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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM JÉSSICA ORHANA RONDON DE ALMEIDA REVISÃO INTEGRATIVA: PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL EFEITO NOOTRÓPICO USADAS EM PESQUISAS REALIZADAS NO BRASIL Sinop MT 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO

CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ENFERMAGEM

JÉSSICA ORHANA RONDON DE ALMEIDA

REVISÃO INTEGRATIVA: PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL EFEITO NOOTRÓPICO USADAS EM PESQUISAS REALIZADAS NO BRASIL

Sinop – MT 2019

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JÉSSICA ORHANA RONDON DE ALMEIDA

REVISÃO INTEGRATIVA: PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL EFEITO NOOTRÓPICO USADAS EM PESQUISAS REALIZADAS NO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora da Universidade Federal de Mato Grosso Câmpus Sinop para obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação da Profa. Dr.ª Pacífica Pinheiro Cavalcanti.

Sinop – MT 2019

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Dedico esse trabalho a minha mãe.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me concedido saúde e força durante toda a minha

graduação para assim se cumprir mais uma etapa da minha vida.

Obrigada a minha orientadora Pacífica Pinheiro Cavalcanti, por toda

paciência, dedicação e conhecimento passado durante a graduação.

Agradeço a minha mãe Sebastiana da Silva Rondon, por ter me ensinado

como é ser uma mulher forte e independente, mesmo com todas as dificuldades que

a vida nos proporciona. Saiba que sou grata por tudo que fez por mim e minhas

irmãs, minha melhor inspiração de mulher é a senhora. Te amo minha mãe.

Obrigada a minha querida irmã Jaqueline Cristina Rondon de Almeida, por

me apoiar e me auxiliar nos momentos que eu mais precisei.

Agradeço aos meus amigos: Thamires Jara Barbosa, Beatriz de Oliveira,

Paula Taís, Dayane Rodrigues Gonçalves e Flavio Mendes Pinho, que mesmo à

distância me deram força e apoio emocional para seguir em frente.

Obrigada as minhas amigas, colegas e parceiras Alessandra Taís dos

Santos, Luciana Pelizzari e Maraisa Fernada Bento Souza por me auxiliarem nos

estudos.

Agradeço de todo meu coração as minhas amigas e companheiras

Alessandra Tais dos Santos, Lidiane Maria Rodrigues dos Santos e Maraísa

Fernanda Bento Souza, obrigada por me aturarem durante os cinco anos da

graduação, sou grata a vocês imensamente por todo apoio emocional e financeiro

que me propiciaram durante todos esses anos. Nos melhores e piores momentos

vocês sempre estiveram presente e sou grata a Deus por ter colocado vocês em

minha vida, aprendi muito com vocês minhas meninas. Mas há um amigo mais

chegado do que um irmão. Provérbios 18:24

Meu muito obrigada a todos os professores e colaboradores da

Universidade Federal de Mato Grosso Câmpus de Sinop que proporcionaram

minha formação.

Obrigada as professoras Claudia Reis, Patrícia Marisco e a suplente

Emiliane Santiago, pela participação na baca de defesa do meu trabalho de

conclusão de curso.

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Se você andar sabiamente, nada atrapalhará o seu caminho, e

você não tropeçará quando correr. Lembre sempre daquilo que

aprendeu. Sua educação é sua vida; guarde-a bem.

Provérbios 4: 12-13

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RESUMO

As plantas medicinais podem ser usadas de diversas maneiras como compressas,

infusões, inalações, macerações, entre outras formas. Atualmente existem várias

doenças crônicas que atingem a população, tais como ansiedade, depressão,

Doença de Alzheimer (DA), Doença de Parkinson (DP), Acidente Vascular

Encefálico (AVE), entre outras. Analisando esse cenário, o presente estudo teve a

seguinte questão norteadora: Quais são as plantas medicinais com potencial

nootrópico no Brasil?. Nesse contexto, objetivou-se analisar as evidências científicas

disponíveis na literatura sobre plantas medicinais que se mostraram efetivas nos

transtornos da memória. A revisão integrativa (RI) foi a metodologia escolhida, cujas

as bases de dados consultadas foram: National Library of Medicine National

Institutes of Health (PubMed), Web of Science e Scopus, a partir do cruzamentos

dos descritores/sinônimos: Plants, Medicinal, Memory Disorders, Brazil,

acetylcholinesterase e Alzheimer. Os critérios de inclusão foram: artigos primários

disponíveis na íntegra, artigos em inglês, espanhol e português. Critérios de

exclusão: revisões, artigos em duplicada, artigos que não respondiam a pergunta

norteadora da RI e artigos que não estavam disponíveis na integra. A amostra final

foi constituída por 10 artigos. Os estudos apontaram que os anos com mais

publicações foram os anos de 2011 e 2018 com 2 publicações para cada ano, o

estado que mais contribui em pesquisas relacionado ao tema foi o estado do Rio

Grande do Sul com 3 estudos, a família de planta mais citada foi a Leguminosae,

com 11 gêneros e 14 espécies diferentes. Mesmo com a escassez de pesquisas

relacionadas ao tema, pode verificar-se por meios dos artigos analisados que as

famílias Aquifoliáceas, Apocynaceae, Anacardiaceae, Chloranthaceae,

Convolvulaceae, Crassulaceae, Euphorbiaceae, Lycopodiaceae, Leguminosae,

Myrtaceae, Meliaceae e Olacoides apresentam em suas espécies características

bioquímicas, principalmente anticolinesterásicas, neuroprotetoras e antioxidantes,

podendo futuramente constituir uma forma de tratamento para tais patologias.

Descritores: Plantas medicinais, Acetilcolinesterase, Doença de Alzheimer

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ABSTRACT

Medicinal plants can be used in various ways like compresses, infusions, inhalations,

macerations, among others. Nowadays there are several chronic diseases that affect

the population, such as anxiety, depression, Alzheimer's disease (AD), Parkinson's

disease (PD), stroke, among others. Analyzing this scenario, the present study had

the leading question: What are the medicinal plants with nootropic potential in Brazil?

In this context, the objective was to analyze the scientific evidence available in the

literature about medicinal plants that proved to be effective in memory disorders. The

integrative review (IR) was the chosen methodology, whose databases were: US

National Library of Medicine (PubMed), Web of Science and Scopus, from the cross

of descriptors/synonyms: Plants, Medicinal, Memory Disorders, Brazil,

acetylcholinesterase, and Alzheimer. Inclusion criteria were: full-text articles, articles

in English, Spanish and Portuguese. Exclusion criteria: reviews, duplicate articles,

articles that did not answer IR's guiding question, and articles that were not available

in its entirety. The final sample consisted of ten articles. The studies pointed out that

the years with the most publications were 2011 and 2018, with two publications for

each year; the state that most contributed to the subject was the Rio Grande do Sul

with three studies; Leguminosae was the plant family most quoted, with 11 genera

and 14 different species. Even with the lack of research on the subject, it was

possible to verify that the families Aquifoliaceae, Apocynaceae, Anacardiaceae,

Chloranthaceae, Convolvulaceae, Crassulaceae, Euphorbiaceae, Lycopodiaceae,

Leguminosae, Myrtaceae, Meliaceae and Olacoides present in their species

biochemical characteristics, mainly anticholinesterase, neuroprotective and

antioxidant, and may in the future constitute a treatment form for such pathologies.

Descriptors: Medicinal plants, Acetylcholinesterase, Alzheimer's disease.

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LISTA DE IMAGEM

Imagem 1: Fluxograma dos artigos incluídos na RI .................................................. 28

Imagem 2: Ilex paraguariensis .................................................................................. 44

Imagem 3: Hancornia speciosa ................................................................................ 45

Imagem 4: Myracrodruon urundeuva ........................................................................ 46

Imagem 5: Psidium guajava ..................................................................................... 47

Imagem 6: Eugenia umbelliflora ............................................................................... 47

Imagem 7: Senna alata ........................................................................................... 49

Imagem 8: Senna cana ............................................................................................ 49

Imagem 9: Senna pendula........................................................................................ 50

Imagem 10: Cratylia mollis ....................................................................................... 50

Imagem 11: Cenostigma macrophyllum ................................................................... 51

Imagem 12: Bauhinia forficata .................................................................................. 51

Imagem 13: Stryphnodendron coriaceum ................................................................. 52

Imagem 14: Copaifera langsdorffii ............................................................................ 52

Imagem 15: Hedyosmum brasiliense ....................................................................... 53

Imagem 16: Kalanchoe brasiliensis .......................................................................... 54

Imagem 17: Jatropha Curcas ................................................................................... 55

Imagem 18: Jatropha gossypiifolia ........................................................................... 55

Imagem 19: Lycopodium clavatum ........................................................................... 56

Imagem 20: Lycopodium thyoides ............................................................................ 56

Imagem 21: Trichilia catigua ..................................................................................... 57

Imagem 22: Ptychopetalum olacoides ...................................................................... 58

Imagem 23: Ipomoea asarifolia ................................................................................. 59

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Descritores combinados utilizados na busca dos estudos ....................... 26

Quadro 2: Caracterização dos estudos incluídos na revisão (Títulos, Autores,

Famílias/espécies das plantas, Bases dados dos periódicos e Ano/Unidade

Federativa - UF da publicação) ................................................................................. 29

Quadro 3: Caracterização dos estudos incluídos na revisão (Objetivo, Delineamento

experimental e Resultados) ....................................................................................... 32

Quadro 4: Caracterização dos estudos incluídos na revisão (Famílias, Gêneros,

Espécies das Plantas e as respectivas referências) ................................................ 38

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Número de artigos publicados por anos a partir de 2003 ........................ 42

Gráfico 2: Contribuição na pesquisa por estados ..................................................... 43

Gráfico 3: Relação de gêneros e espécies por famílias, incluídas na RI .................. 37

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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária

AChE: Acetilcolinesterase

Ach: Acetilcolina

AVE: Acidente Vascular Encefálico

ABRAZ: Associação Brasileira de Alzheimer

Aβ-Beta: Amiloides

BuChE: Butirilcolinesterase

DeCS: Descritores em Ciências da Saúde

DA: Doença de Alzheimer

DP: Doença de Parkinson

DCNTs: Doenças Crônicas Não Transmissíveis

EE: Extrato de Etanol

MS: Ministério da Saúde

MeSH: Medical Subject Headings

OMS: Organização Mundial da Saúde

PubMed: National Library of Medicine National Institutes of Health

PO: Olacoides de Ptychopetalum

PPA: Precursor da Proteína beta-amiloide

POEE: Olacoides de Ptychopetalum Extrato de Etanol

RI: Revisão Integrativa

SUS: Sistema Único de Saúde

SNC: Sistema Nervoso Central

TRX: Taraxerol

UV: Ultravioleta

UFMT: Universidade Federal de Mato Grosso

WHO: World Helth Organization

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14

2 OBJETIVOS ............................................................................................. 16

2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................. 16

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 16

3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 17

3.1 PLANTAS MEDICINAIS ..................................................................... 17

3.2 MEMÓRIA .......................................................................................... 19

3.3 FISIOPATOLOGIAS QUE ATINGEM A MEMÓRIA ........................... 20

3.3.1 Doença de Alzheimer .................................................................... 20

3.3.2 Acidente Vascular Encefálico ........................................................ 22

3.4 FÁRMACO NOOTRÓPICO ................................................................ 23

4 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA .............................................................. 24

4.1 BUSCA NAS BASES DE DADOS ...................................................... 25

4.2 RESULTADOS DAS BUSCAS NAS BASES DE DADOS .................. 27

5 RESULTADOS ......................................................................................... 29

6 DISCUSSÕES .......................................................................................... 41

6.1 ESPÉCIES ESTUDAS COM POTENCIAIS EFEITO NOOTRÓPICO 44

7 CONCLUSÃO ........................................................................................... 60

8 EFERÊNCIAS ........................................................................................... 61

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil é o país que detém a maior parcela da biodiversidade de todo o

mundo, em torno de 15% a 20%, destacando-se as plantas superiores às quais

detém aproximadamente 24% da biodiversidade. As plantas são utilizadas na prática

popular e tradicional para fazer remédios caseiros. O cuidado realizado por meio de

plantas medicinais é favorável à saúde humana, desde que o usuário tenha

conhecimento prévio da sua finalidade, riscos e benefícios (BADKE et al., 2012;

BRASIL, 2016a).

Silva et al., (2017), relata que mesmo com todo os avanços da indústria

farmacêutica, as plantas medicinais ainda assim continuam a contribuir para

restauração, equilíbrio e/ou cura de diversas doenças em várias parte do mundo.

No ano de 2006, por meio do Decreto nº 5.813, foi elaborado o Programa

Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico, com o intuito de estabelecer diretrizes

para atuação do governo na área de plantas medicinais e fitoterapia. Garantindo

assim, o acesso seguro e uso racional das plantas medicinais, evitando dessa forma

acarretar prejuízos ao paciente (BRASIL, 2016a; PEREIRA et al. 2015).

O uso das plantas medicinais no tratamento de distúrbios da memória vem

cada dia mais se destacando. Ferreira (2016) relata que algumas espécies do

gênero da Guatteria possui efeito inibitório na acetilcolinesterasse (AchE). A inibição

dessa enzima é fundamental para a quanlidade de vida dos indivíduos com doenças

crônicas como Doença de Alzeimer (DA) e Doença de Parkinson (DP). Neste

contexto, as plantas medicinais demonstram ser uma fonte na busca de novos

fármacos (NEVES et al., 2017). As várias doenças que atingem o SNC tal como a

Ansiedade, Depressão, Transtorno Obsessivo Compulsivo, DA, Acidente Vascular

Encefálico (AVE) entre outros, deixando o paciente debilitado em vários aspectos da

sua vida (RANG et al., 2016).

Com o aumento dos índices das doenças neurodegenerativas na população é

de grande relevância identificar as pesquisas já concluídas referente a quais plantas

medicinais com potencial terapêutico para tais doenças, proporcionando assim

métodos alternativos e econômicos para com população.

A presente revisão busca contribuir para estudos futuros com relação à

relevância e importância das plantas medicinais, com efeito nootrópico no Brasil,

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visando assim reduzir gastos com medicamentos sintéticos e disseminando

conhecimento aos usuários referentes aos método alternativos, proporcionando uma

melhor compreensão de quais famílias, gêneros e espécies tem efeito benéfico na

memória.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar as evidências científicas disponíveis na literatura nas referidas bases de

dados escolhidas sobre plantas medicinais que se mostraram ter potencial efeito

nootropico usadas em estudos realizados no Brasil.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Quantificar os números de artigos disponíveis na base de dados relacionados

à temática do trabalho;

Verificar quais as famílias, gêneros e espécies de plantas que foram mais

utilizadas em no Brasil, com efeitos nootrópico;

Identificar quais revistas realizaram as publicações dos artigos;

Identificar população usada nos estudos, metodologia utilizada, usadas nos

estudos e quais estados das realizações das pesquisas.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 PLANTAS MEDICINAIS

Os recursos naturais provenientes das plantas sempre foram muito

empregados para fins terapêuticos desde a antiguidade até os dias atuais. O uso

dessas plantas é amplo, podendo ser usados sob a forma de infusão, decocção,

maceração, tintura, extrato, pomada, creme, gel, xarope, inalação, cataplasma,

compressa, gargarejo ou bochecho, entre outros (GUIMARÃES, 2013).

Compreendem-se como plantas medicinais espécies vegetativas que tem por

finalidade promover alivio e/ou cura de determinadas doenças (JARDIM, 2016).

Vale ressaltar que as plantas medicinais são a matéria prima na produção dos

fitoterápicos. Os medicamentos fitoterápicos são caracterizados por sua eficácia,

riscos e qualidade (OLIVEIRA; ROPKE, 2016).

As plantas produzem várias substâncias químicas conhecidas como produtos

naturais, chamada coletivamente de metabólitos primários e secundários. São

exemplos de metabólitos primários; carboidratos, proteínas, ácidos nucléicos entre

outros, estando presente em todos os vegetais para auxiliar na nutrição e

desenvolvimento (REZENDE et al. 2016; BARNES et al. 2012).

Rezende (2016) e Barnes (2012) já os metabólitos secundários funciona

como atrativo, repelente de polinizadores, dissuasores de herbivoria, proteção contra

radiação UV, poluição etc., essas substâncias são amplamente distribuídos por

muitas famílias de plantas, podendo ser limitado para sobrevivências de

determinados gêneros e espécies. Qualquer que seja sua função dentro das plantas

são elas os chamados princípios ativos, responsáveis pelo efeito farmacológico, o

que tem sido explorado para produção de fármacos como codeína, morfina, digoxina

e quinina entre outros. Com a disseminação do continuo uso das plantas medicinais

pela população em geral os órgãos responsável pela saúde, como o Sistema Único

de Saúde (SUS), vem buscado desenvolver métodos para levar conhecimento com

relação ao uso adequado das plantas medicinais. No campo de atuação do SUS, a

formulação de políticas de medicamentos tem como intuito reduzir os gastos,

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segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, ampliando o acesso aos

tratamentos (BRASIL, 2016a; SILVA; MOREIRA; FELISMO, 2017).

Em 1978 durante a Conferência em Alma-Ata, a OMS reconheceu

oficialmente o uso de plantas e fitoterápicos, com finalidade profilática, curativa e/ou

para fins de diagnóstico (IBIAPINA, 2014).

No ano de 1996 na 10ª Conferência Nacional de Saúde, foi recomendada a

incorporação no SUS às práticas da fitoterapia, acupuntura e homeopatia para

complementar as terapias alternativas. A partir dessas recomendações, o MS propôs

a Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos (BRASIL,

2015).

Formulou-se então no ano de 2006, por meio do Decreto nº 5.813, de 22 de

junho de 2006, a elaboração do Programa Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterápico, com o intuito de estabelecer diretrizes para atuação do governo na área

de plantas medicinais e fitoterapia. Garantindo assim o acesso seguro e uso racional

de plantas medicinais e fitoterápicos em nosso país. Os norteadores para sua

elaboração do decreto foram melhoria da atenção à saúde, uso sustentável da

biodiversidade brasileira, fortalecimento da agricultura familiar, geração de emprego

e renda, desenvolvimento industrial e tecnológico, perspectiva de inclusão social e

regional (BRASIL, 2016 a).

Algumas espécies usadas pela medicina tradicional como a Curcuma longa

(Açafrão) seus principais efeitos descritos na literatura são anti-inflamatório e

provável efeito neuroprotetor; Zingiber officinale (Gengibre) com atividade anti-

inflamatória; Aesculus hippocastanum (Castanha-da-Índia) indicado para fragilidade

capilar, hemorróidas e varizes; Allium sativum (Alho) atua como expectorante,

antisséptico e hipercolesterolemia; Caesalpinia ferrea (Jucá, Pau-ferro) atua em

lesões, adstringente, hemostático, cicatrizante e antisséptico; Cinnamomum verum

(Canela) usada para falta de apetite, perturbações digestivas como cólicas leves,

flatulência e sensação de plenitude gástrica; Citrus aurantium (Laranja-amarga)

indicado para quadros leves de ansiedade e insônia, calmante suave cardíacos,

entre outras plantas (MARCHI et al., 2016; RAMOS et al., 2014; SILVA et al., 2017).

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3.2 MEMÓRIA

A memória fornece as bases para todos os nossos conhecimentos,

habilidades, sonhos, planos e anseios (TOMAZ, 1993). Izquierdo, et al. (2013), relata

que a memória podem ser divididas em dois grandes grupos: memória de longa

duração e memória de curta duração. As estruturas que participa da consolidação da

memória de longa duração é o hipocampo, córtex entorrinal o núcleo da amígdala e

áreas corticais distantes. A memória de curta duração é paralela a da memória de

longa duração, ocorrendo também no hipocampo e córtex entorrinal.

As substâncias químicas que atua no mecanismo da consolidação da

memória são conhecidos como neurotransmissores o glutamato, GABA, dopamina,

noradrenalina, serotonina e Acetilcolina (Ach), são os principais neurotransmissores

envolvidos no processo da memória (IZQUIERDO, 2018).

As funções cerebrais, caso considerado isoladamente, é a parte mais

essencial da fisiologia, definindo a diferença entre os seres humanos e outras

espécies. O cérebro é o computador central do nosso corpo (RANG et al., 2016).

O desempenho cognitivo é definido como a capacidade de atenção,

memória, raciocínio, linguagem e compreensão. Capacidades essas que podem ser

reduzidas por lesão a nível cerebral, doenças e pelo próprio processo natural de

envelhecimento (REQUETIM, 2013).

Dani, Brooks e Edison (2017) relatam que o envelhecimento é um processo

que leva a problemas estruturais, bioquímicos e alterações funcionais em múltiplos

órgãos, incluindo o cérebro.

Com o aumento da expectativa de vida da população em países em

desenvolvimento, cresce a preocupação com a incidência de doenças crônicas

degenerativas. Junto com o processo de envelhecimento ocorre o declínio fisiológico

das funções do organismo, aumentando a probabilidade do individuo desenvolver

tais doenças (SOUZA, 2015).

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3.3 FISIOPATOLOGIAS QUE ATINGEM A MEMÓRIA

A WHO (2017), Rang et al., (2016), Malloy-Diniz, Fuentes e Cosenza (2013),

relatam que com o passar do tempo, a perda da capacidade cognitiva é considerada

um processo normal, cuja velocidade é muito variável para cada pessoa. Quando

esse processo deixa de ser considerado fisiológico é chamado de demência, de

natureza crônica e progressiva.

A demência é o processo de deterioração da memória, comportamento e

incapacidade de realizar atividades de rotina do indivíduo. Cerca de 50 milhões de

pessoas sofrem de alguma demência e a cada ano cerca de 10 milhões de novos

casos são registrados. As doenças que atingem a memória podem ser causadas por

doenças e/ou lesões que afetam o cérebro de maneira primária ou secundária, como

a DA e o AVE. As fisiopatologias que atingem a memória tem um impacto físico,

psicológico, social e econômico, impactos esses que atinge o próprio indivíduo,

sociedade em geral e seus familiares (WHO, 2017).

3.3.1 Doença de Alzheimer

A DA apresenta-se como demência ou perda de funções cognitivas (memória,

orientação, atenção e linguagem), incurável caracterizado por comprometimento

cognitivo global. Esse transtorno neurodegenerativo progressivo é fatal,

comprometendo progressivamente a qualidade de vida do indivíduo, com uma

variedade de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. A DA é a

forma mais comum de demência em idosos, existindo cerca de 35 milhões de

pessoas afetadas (FALCO et al., 2016; WHO, 2017).

A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ, 2018) descreve que a DA se

desenvolve de modo insidioso, lento e contínuo por vários anos.

Originalmente a DA foi definida como demência pré-senil, mas parece que

essa patologia está subjacente à demência. Sua ocorrência aumenta

gradativamente com a idade, cerca de 5% aos 65 anos para 90% ou mais aos 95

anos. A DA se relaciona como a demência que não tem causas antecedentes, os

estudos nas três últimas décadas revelam mecanismos genéticos e moleculares

referente à DA (QUERFURTH; LAFERLA, 2010).

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As alterações neuropatológicas e bioquímicas da DA podem ser divididas em

duas áreas gerais: mudanças estruturais e alterações nos neurotransmissores. As

mudanças estruturais incluem os enovelados neurofibrilares, placas senis, que são

formadas em decorrências dos fragmentos da proteína Beta Amiloide (Aβ). O

aumento de Aβ, resulta na neurotoxicidade (perda do número das células nervosas),

particularmente neurônios colinérgicos na parte basal do proencéfalo. Acredita-se

que a perda de neurônios colinérgicos corresponde por muitas das deficiências de

aprendizado e da memória na DA. Em decorrência das mudanças estruturais ocorre

um desequilíbrio bioquímico com relação a alguns neurotransmissores (COSTA et

al., 2013).

De acordo com Rang et al. (2016), as opções atualmente para o tratamento

da DA são os inibidores da colinesterase e o antagonista do receptor N-metil D-

Aspartato (NMDA), sendo os únicos fármacos dessa classe utilizados e aprovados

no tratamento da doença. Entretanto, apresentam efeitos adversos significativos e

são de uso clínico limitado. Eles não são capazes de retardar a neurodegeneração

da doença. Estudos laboratoriais evidenciaram que os inibidores da colinesterase

podem agir de alguma forma na redução da neurotoxicidade da Aβ, dessa maneira,

retardam a progressão da DA, logo produzem benefícios sintomáticos, contudo, os

ensaios clínicos mostraram apenas uma pequena melhora na função cognitiva, sem

efeito na progressão da doença. Da classe dos medicamentos anticolinesterásicos

usado para o tratamento da DA, a tracrina foi o primeiro fármaco aprovado, porém

sua eficácia é limitada provocando vários efeitos adversos, tais como náuseas,

cólicas abdominais e hepatotoxicidade (lesão hepática), diminuindo a qualidade de

vida do indivíduo em tratamento. Outros fármacos usados para o tratamento da DA,

com menores efeitos adversos em comparação a tracrina são, donepezila,

rivastigmina e galantamina.

Já na classe dos antagonistas dos receptores NMDA é utilizado a memantina,

que originalmente foi tratado como fármaco antiviral e posteriormente apresentado

como um inibidor potencial da excitotoxicidade, produzindo uma melhora cognitiva

significativo nas formas moderadas e graves da DA, mas não apresenta ter efeitos

de neuroproteção (COLLINGRIDGE; VOLIANSKIS; BANNISTER, 2013).

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22

3.3.1.1 Acetilcolinesterase

A classe de enzimas que catalisa a hidrólise da ACh em ácido acético e colina

na fenda sináptica é chamada de colinesterase. Existindo dois tipos de colinesterase

a Butirilcolinesterase (BuChE) e a AChE (COLOVIC et al., 2013). A colinesterase

que será discutida é a AChE.

A AChE é uma enzima reguladora, responsável pela finalização da

transmissão dos impulsos nervosos, que está presente no sistema nervoso central e

periférico, fazendo a hidrólise da ACh nas junções neuromuscular e nas sinapses

(MATOS, 2012).

Moléculas capazes de coibir a atividade da AChE são possíveis fármacos para

tratamento das doenças neurodegenerativas. O desenvolvimento de fármacos da

classe dos nootrópicos depende da eficiência e praticidade dos ensaios empregados

nas pesquisas para avaliar a atividade enzimática da AChE (ARAÚJO; SANTOS;

GONSALVES, 2016).

3.3.2 Acidente Vascular Encefálico

Pesquisas indicam que as doenças cerebrovasculares estão em segundo

lugar no topo de doenças que mais acomete vítimas com óbitos no mundo,

perdendo apenas para doenças cardiovasculares e esses índices tende a se manter

até o ano de 2030 (BRASIL, 2013).

A WHO (2017), relata que o AVE está entre as Doenças Crônicas Não

Transmissíveis (DCNTs) que mais causa morte. Sua ocorrência se da pela

interrupção do suprimento sanguíneo para o cérebro, as duas formas de AVE são:

ruptura de algum vaso presente no cérebro (AVE-hemorrágico) e/ou bloqueio por

coágulos (AVE-isquêmico), esse processo leva a falta de oxigênio no cérebro

danificando o tecido cerebral. Dependendo da localização e tamanho da lesão, a

cognição e função motora do individuo pode ser afetada (ALZHEIMERS;

DEMENTIA, 2017).

Os principais sintomas de um AVE baseiam-se por confusão, dificuldade em

falar, dificuldade de ver com um ou ambos os olhos, tontura, dor de cabeça,

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23

fraqueza súbita de braços ou pernas, mais frequente em um dos lados do corpo,

desmaio ou inconsciência (WHO, 2017).

3.4 FÁRMACO NOOTRÓPICO

O primeiro nootrópico descrito foi piracetam em 1972 por Corneliu E. Giurgea,

(MARGINEAU, 2011; ALKURAISHY, et al., 2014). Os nootrópicos são drogas

inteligentes, podendo ser usado nos tratamentos de desordens neuropsiquiátricas,

promovendo a melhora e o aumento de faculdades mentais tais como a

concentração, facilitando a manutenção cognitiva e promovendo a estimulação

cerebral (Magalhães, 2014).

A base molecular por trás dos efeitos nootrópicos ainda não foi totalmente

esclarecida. Acredita-se que atuem na composição química do cérebro ao regularem

a libertação de neurotransmissores que estão envolvidos no processamento de

informação melhorando assim o desempenho cognitivo e a capacidade de atenção,

memória, raciocínio, linguagem e compreensão (REQUETIM, 2013).

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24

4 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA

A Revisão Integrativa (RI) requer a síntese dos dados primários de forma

sistemática e rigorosa, tendo como finalidade sumarizar as pesquisas já concluídas

a partir de um tema de interesse, possibilitando dessa forma, apontar lacunas em

determinada áreas (CAMPOS et al., 2016; ERCOLE et al., 2014; SOARES et al.,

2014).

Simultaneamente, a RI permite a inclusão de pesquisa já concluídas,

combinando dados de literatura teórica e empírica, possibilitando dessa forma uma

compreensão mais ampla sobre o tema de interesse (CAMPOS et al. 2016). Para

elaborar uma RI é preciso percorrer por seis etapas distintas: identificação do tema e

seleção da hipótese ou questão de pesquisa; estabelecimento dos critérios de

inclusão e exclusão; definição das informações a serem extraídas dos estudos

selecionados/categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos;

interpretação dos resultados e apresentação da revisão (BOTELHO, 2011).

Para a elaboração da RI teve como pergunta norteadora: Quais são as

plantas medicinais com potenciais efeitos nootrópico em estudos realizados no

Brasil?

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25

4.1 BUSCA NAS BASES DE DADOS

As buscas no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject

Headings (MeSH) foi realizada utilizando as seguintes palavras-chave : Plants,

Medicinal, Memory Disorders e Brazil.

O DeCS foi criado pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação

em Ciências da Saúde (BIREME), com objetivo de padronizar um vocábulo

multilíngue compatível com o Medical Subject Headings (MeSH) (TARDELLI, 2009).

O MeSH foi criado pela National Library of Medicine (NLM), seu objetivo

principal é indexar um vocabulário controlado para área da saúde. O MeSH inclui

os descritores de assuntos que aparecem no MEDLINE, PubMed e em outras

bancos de dados do NLM (SWANSON,1959).

Bases de dados utilizadas: National Library of Medicine National Institutes of

Health (PubMed), Web of Science e Scopus. A coleta de dados foi realizada por

meio de consultas a publicações de artigos relacionados ao tema e posterior leitura

crítica dos títulos e resumos. O Quadro 1 mostra como as busca foi realizada nas

referidas base de dados.

Os critérios para inclusão dos artigos foram: artigos primários disponíveis na

íntegra, artigos em inglês, espanhol e português. Critérios de exclusão: revisões,

artigos em duplicada, artigos que não respondiam a pergunta norteadora da RI e

artigos que não estavam disponíveis na integra.

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26

Quadro 1: Descritores combinados utilizados na busca dos estudos

Origem dos dados dos artigos

Descritores e Sinônimos

PubMed

(“Plants, Medicinal” [MeSH]) OR (“Pharmaceutical Plants”) OR (“Healing Plants”)

OR (“Plants,Healing”) OR (“Medicinal Herbs”) AND (“Memory Disorders”

[MeSH]) OR (“Retention Disorders,Cognitive”) OR (“Cognitive Retention

Disorders”) OR (“Memory Losses”) OR (“Memory Disorders, Semantic”) OR

(“Semantic Memory Disorders”) OR (“Memory Disorders, Spatial”) OR

(“Spatial Memory Disorders”) OR (“Age Related Memory Disorders”) OR

(“Deficits, Memory”) AND (Brazil [MeSH])

((medicinal plants) AND memory) AND brazil

(((Plants, Medicinal) OR medicinal herb) AND Memory Disorders) AND

((plants medicinal) AND alzheimer) AND brazil

((plants medicinal) AND acetylcholinesterase) AND brazil

Web of Science

TS=(“Plants, Medicinal” OR “Pharmaceutical Plants” OR “Healing Plants” OR

“Plants, Healing” OR “Medicinal Herbs” AND “Memory Disorders” OR “Retention

Disorders, Cognitive” OR “Cognitive Retention Disorders ORMemory Losses”

OR “Memory Disorders, Semantic” OR “Semantic Memory Disorders” OR

“Memory Disorders, Spatial” OR “Spatial Memory Disorders” OR “Age Related

Memory Disorders” OR “Deficits, Memory” AND Brazil)

Scopus

“Plants, Medicinal” OR “Pharmaceutical Plants” OR “Healing Plants” OR “Plants,

Healing” OR “Medicinal Herbs”AND “Memory Disorders” OR “Retention

Disorders, Cognitive” OR “Cognitive Retention Disorders” OR “Memory Losses”

OR “Memory Disorders, Semantic” OR “Semantic Memory Disorders” OR

“Memory Disorders, Spatial” OR “Spatial Memory Disorders” OR “Age Related

Memory Disorders” OR “Deficits, Memory” AND Brazil

Fonte: Produção do próprio autor

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27

4.2 RESULTADOS DAS BUSCAS NAS BASES DE DADOS

As buscas nas bases de dados foram realizadas nos meses de novembro e

dezembro de 2018, na biblioteca da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Câmpus Sinop, utilizando a rede de internet da Universidade já que o acesso à

mesma disponibiliza mais artigos na íntegra.

Na base de dados da Web of Science foram encontrados 321 artigos, além

dos critérios de exclusão utilizados para busca dos artigos foi realizado uma

filtragem disponibilizada pela plataforma, excluindo dessa forma: reunião resumo

(13), carta (5), bibliografia (1), documentos do procedimento (40), resenha do livro

(12), news item (2), correction (1), revisão (28), material editorial (12), nota (2) e

acesso precoce (1). Restaram 204 artigos. Dos 204 artigos somente 61 estava

disponível na íntegra.

Após a leitura dos títulos e resumos foram excluídos 56 artigos, por não

responderem à pergunta, 5 respondiam à pergunta, porém os estudos foram

realizados em outros países. A Scopus disponibilizou 14 artigos, que após a leitura

dos títulos e resumos, 4 foram excluídos por não responderem à pergunta, 4 artigos

eram pagos, 2 artigos eram revisão, 2 respondiam à pergunta, mas eram estudos

realizados em outros países, resultando em 2 artigos.

A PubMed disponibilizou 47 artigos, 14 não que respondiam à pergunta, 10

estavam em duplicada, 4 respondiam à pergunta, mas eram estudos realizados em

outros países, 4 revisão e 7 eram pagos, resultando em 8 artigos para compor

amostra desta pesquisa. A amostra final resultou em 10 artigos para a composição

da presente revisão, como pode ser observado na Figura 2.

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Imagem 1: Fluxograma dos artigos incluídos na RI

Fonte: Produção do próprio autor

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29

5 RESULTADOS

Quadro 2: Caracterização dos estudos incluídos na revisão (Títulos, Autores, Famílias/espécies das plantas, Bases dados dos periódicos e

Ano/Unidade Federativa - UF da publicação)

Títulos Autores Família/espécies Bases de

dados/Periódico

Ano/UF

1 Ptychopetalum olacoides, a traditional

Amazonian ‘‘nerve tonic’’, possesses

anticholinesterase activity

SIQUEIRA

et al.

Olacaceae/ Ptychopetalum olacoides

Bentham

Pubmed/Phamaco

logy, Biochemistry

and Behavior

2003

RS

2

Ilex paraguariens has Antioxidant Potential

and Attenuates Haloperidol-induced

Orofacial Dyskinesia and Memory

Dysfunction in Rats

COLPO et

al.

Aquifoliaceas/Ilex paraguariensis

Scopus/Neurotoxi

cily Research

2007

RS

3 Taraxerol as a possible therapeutic agent

on memory impairments and Alzheimer’s

disease: Effects against scopolamine and

streptozotocin-induced cognitive

dysfunctions

BERTÉ et

al.

Myrtaceae/Eugenia umbelliflora Berg Scopus/Steroids 2018

SC

4

Bioactivity and Toxicity of Senna cana and

Senna pendula Extracts

MONTEIR

O et al.

Fabaceae/Senna Cana Nees & Mart e

Senna pendula Willd

PubMed/Biochemi

stry Research

International

2018

CE

5 Inhibitory effect of sesquiterpene lactones AMOAH et Chloranthaceae /Hedyosmum brasiliense PubMed/Europea 2015

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30

and the sesquiterpene alcohol

aromadendrane-4β,10α-diol on memory

impairment in a mouse model of Alzheimer

al. Miq n Journal of

Pharmacology

SC

6

Medicinal Plants from Northeastern Brazil

against Alzheimer’s Disease

PENIDO et

al.

Leguminosae/Anadenanthera peregrina;

Bauhinia forficata; Copaifera langsdorffii;

Plathymenia reticulata; Stryphnodendron

coriaceum.

Arecaceae/Euterpe oleracea.

Apocynaceae/ Hancornia speciosa.

Malvaceae/ Luehea divaricata.

Anacardiaceae/ Mangifera indica;

Myracrodruon urundeuv.

Myrtaceae/ Psidium guajava.; Syzygium

aromaticum.

PubMed/Evidence

-Based

Complementary

and Alternative

Medicine

2017

CE

7 Preclinical evaluation of Trichilia catigua

extracts on the central nervous system of

mice

CHASSO

et al.

Meliaceae/Trichilia catigua Juss PubMed/Journal

of

Ethnopharmacolo

gy

2011

PA

8 In vitro acetylcholinesterase activity of

peptide derivatives isolated from two

species of Leguminosae

ALVES et

al.

Leguminosae/Cratylia mollis e Cenostigma

macrophyllum

PubMed/Pharmac

eutical Biology

2013

BA

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31

9 Investigation of the in vitro and ex vivo

acetylcholinesterase and antioxidant

activities of traditionally used Lycopodium

species from South America on alkaloid

extracts

KONRATH

et al.

Lycopodiaceae/Licopódio clavatum e

Lycopodium thyoides

PubMed/Journal

of

Ethnopharmacolo

gy

2012

RS

10 Acetylcholinesterase inhibition by somes

promising Brazilian medicinal plants

FEITOSA

et al.

Convolvulaceae/ Ipomoea asarifolia;

Ipomoea batatas. Crassulaceae/Kalanchoe

brasiliensis; Kalanchoe pinnata; gastonis-

bournieri.

Euphorbiaceae/Phyllanthus amarus;

Jatropha curcas; Jatropha gossypiifolia;

Jatropha pohliana.

Leguminosae/Caesalpinia ferrea; Senna

reticulata; Senna alata; Cassia fistula;

Leucaena leucocephala.

Malvaceae/Gossypium herbaceum.

Moraceae/Ficus benjamina.

Nyctaginaceae/Bougainvillea glabra

Choisy.

Rutaceae/Citrus limmonia Osbeck.

PubMed/Brazilian

Journal of Biology

2011

PI

Fonte: Produção do próprio autor

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32

Quadro 3: Caracterização dos estudos incluídos na revisão (Objetivo, Delineamento experimental e Resultados)

Objetivo Delineamento experimental Resultados

1 Avaliar a atividade do extrato

etanólico, obtido de raízes P.

olacoides na AChE.

-Animais; cinco ratos Wistar machos com 3

meses de idade.

-Drogas e Tratamentos; iodeto de ACh e

Extrato de etanol P. olacoides (POEE).

-Ensaio in vitro e ex vivo.

POEE inibiu significativamente a atividade da

AChE in vitro e in vivo.

2 Determinar a capacidade

antioxidante do extrato aquoso

bruto de Ilex paraguariensis (lp)

em um sistema in vitro e in vivo,

usando homogeneizados

cerebrais e avaliar o potencial da

capacidade preventiva do uso

crônico do extrato em dois

modelos comportamentais:

Orofacial discinesia induzida por

haloperidol e aprendizagem.

-Animais; ratos Wistar machos.

-Drogas e Extratos; extrato de decanoato de lp

+ haloperidol.

-Estudo in vivo e Estudos in vitro.

Os resultados mostraram que a bebida "mate"

apresenta propriedades antioxidantes nesses

dois sistemas in vitro e in vivo. A ingestão de

extrato aquoso de Ip proporcionou

neuroproteção contra dois pontos, neurotóxicos

associados ao uso crônico de haloperidol e

aprendizagem.

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33

3 Determinar a atividade anti-AChE

de Taraxerol (TRX) isolado de

folhas de E. umbelliflora para

verificar seu efeito sobre memória

aversiva

-Animais; ratos Wistar machos e ratos albinos

-Drogas e Tratamentos; escopolamina, ácido

5,5-ditio-streptozotocina, ácido bis-2-

nitrobenzóico (DTNB) e sacarose e extrato de

TRX.

-Estudo in vitro e Estudo in vivo.

Resultados sugerem que o TRX tem atividade

anti-amnésica e pode ter valor terapêutico

significativo para aliviar deficiências de

memória. Além disso, o mecanismo dos efeitos

anti-amnésicos TRX pode estar parcialmente

envolvido na ativação da acetilcolina.

4 Investigar o teor de compostos

polifenólicos totais e flavonóides,

bem como sua toxicidade e

larvicida e atividades inibitórias da

acetilcolinesterase dos extratos de

espécies medicinais de Senna (S.

cana e S. pendula) também foram

investigados extrato etanólico das

folhas de S. cana e o extrato

etanólico dos ramos de S.

pendula, espécies nativas de

nordestino brasileiro.

-Os extratos foram obtidos a partir folhas e

ramos de S. cana e folhas, galhos e flores de

S. pendula. Solventes usados, hexano e etanol.

-Estudo In vitro.

O resultado determinou que extratos de hexano

apresentaram melhores resultados para a

atividade da AChE, que pode ser atribuída à

presença de triterpenos e/ou antraquinonas,

mas os extratos etanólicos das folhas de S.

cana (LEESC) apresentou atividade satisfatória

de acordo com testes quantitativos,

confirmando que quanto maior o teor de

compostos fenólicos e flavonóides, melhor o

desempenho quanto à inibição da AChE.

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34

5 Investigar se os compostos

presentes no extrato de H.

brasilienseque têm efeitos

neuroprotetores em modelo de

ratos induzido por amilóide-β

péptidos proteína presente na

Doença de Alzheimer.

-Animais: camundongos albinos Swiss machos

com 3 meses de idade.

-Drogas e Tratamentos; extratos etanólicos das

folhas frescas de H. brasiliense, Galantamina,

peptídeo β-amióide.

-Estudo In vivo.

Os compostos estudados demostraram ter

efeito sobre o estresse oxidativo e assim,

melhora a memória em ratos que receberam

a infusão de Aβ 1-42.

6 Analisar as principais plantas

medicinais utilizadas no nordeste

do Brasil e determinar suas

atividades antioxidantes, teor de

compostos fenólicos e teor de

flavonóides, e atividade inibitória

da acetilcolinesterase.

-Sessenta espécies foram encontradas e

testadas para atividade antioxidante.

Posteriormente, as 34 espécies que exibiram a

maior atividade antioxidante, teor de fenol e

flavonóides as plantas que obtiveram melhores

resultados passaram pelo teste de inibição da

acetilcolinesterase.

- Estudo In vitro.

As espécies que exibiram a melhor atividade

antioxidante e atividade anticolinesterásica

foram H. Speciosa, B. forficata, C. langsdorffii,

M. Urundeuva, P. Guajava e S. coriaceum.

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35

7 Investigar os possíveis efeitos

antidepressivos, ansiolíticos,

motores e cognitivos do extrato

bruto (CE) ou fração acetato de

etila (EAF) da casca T. catigua.

-Animais: Camundongos albinos-Swiss

machos.

-Drogas e Tratamentos: via VO de CE.

-Estudo In vivo.

EAF obtido a partir das cascas de T. catigua

apresentou efeito semelhante ao

antidepressivo e melhorou a memória dos

ratos.

8 Avaliar as actividades inibidoras

da AChE, de dos derivados

peptídicos N –

benzoylphenylalaninoyl-

phenlyalaninolacetate (acetato

aurentiamide) ( 1 ) e N -

benzoylphenylalaninyl- N -

benzoylphenylalaninate ( 2 ),

ambos isolados a partir das folhas

de membros da família

Leguminosae, C. mollis e C.

macrophyllum.

-Dois compostos peptídicos foram isolados das

espécies C. mollis e C. macrophyllum.

- Estudo in vitro

Os resultados mostraram que os dois

compostos isolados da família Leguminosae

possuíam atividades inibitórias da AChE.

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9 Testar a hipótese que os extratos

alcalóides de espécies

de Lycopodium podem inibir a

atividade da enzima AChE e

também apresentar atividades

antioxidantes.

-Animais; ratos Wistar machos adultos e

camundongos albinos suíços.

-Extrato L. thyoides e L. clavatum.

-Estudo in vitro e ex vivo

Os extratos alcalóides das espécies L.

clavatum e L. thyoides têm a capacidade de

inibir a AChE e apresentar propriedades

antioxidantes, conforme avaliado

por ensaios in vitro e ex vivo.

10 Testar dezoito espécies de

plantas pertencente às famílias

Convolvulaceae, Crassulaceae,

Euphorbiaceae, Leguminosae,

Malvaceae, Moraceae,

Nyctaginaceae e Rutaceae, tem

efeito positivo sobre a AchE..

-Dezoito espécies foram testadas das famílias

Convolvulaceae, Crassulaceae,

Euphorbiaceae, Leguminosae, Malvaceae,

Moraceae, Nyctaginaceae e Rutaceae.

-Solventes: hexano, acetato de etilo e metanol.

-Quarenta e oito extratos foram obtidos de

folhas, flores e caules das plantas.

-Estudo in vitro.

Dezoito plantas medicinais foram selecionadas

para atividade inibitória em AchE. As plantas

mais ativas foram I. asarifolia , J. curcas, J.

gossypiifolia, K. brasiliensis e S. alata. Os

resultados mostram que várias plantas

possuem substâncias capaz de inibir a AchE.

Fonte: Produção do próprio autor

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37

Quanto às famílias estudadas incluídas na RI, foram identificadas 17 famílias

botânicas, demostrada no Gráfico 3, com 32 Gêneros e 41 espécies diferentes,

identificados na tabela 4. A família Leguminosae foi a mais citada, com 11 gêneros e

14 espécies. Seguida pela família Myrtaceae com 3 gêneros e 3 espécies,

Euphorbiaceae 2 gêneros e 4 espécies, Crassulaceae 1 gêneros e 4 espécies,

Anacardiaceae e Malvaceaeambas possuíam 2 gêneros e 2 espécies,

Lycopodiaceae e Convolvulaceaeambas com 1gênero e 2 espécies. As demais

famílias contribuíram com 1 gênero e 1 espécie.

Gráfico 1: Relação de gêneros e espécies por famílias, incluídas na RI

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Quadro 4: Caracterização dos estudos incluídos na revisão (Famílias, Gêneros, Espécies das Plantas e as respectivas referências)

FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES REFERÊNCIAS

Aquifoliáceas Ilex Ilex paraguariensis COLPO et al.,

2007.

Apocynaceae Hancornia Hancornia speciosa PENIDO et al.,

2017.

Anacardiaceae Mangifera Mangifera indica* PENIDO et al.,

2017. Myracrodruon Myracrodruon urundeuv

Arecaceae Euterpe Euterpe oleracea* PENIDO et al.,

2017.

Chloranthaceae Hedyosmum Hedyosmum brasiliense AMOAH et al.,

2015.

Convolvulaceae Ipomoea Ipomoea asarifolia;

Ipomoea batatas*.

FEITOSA et al.,

2011.

Crassulaceae Kalanchoe Kalanchoe brasiliensis;

Kalanchoe pinnata*;

Kalanchoe gastonis-

bournieri*.

FEITOSA et al.,

2011.

Euphorbiaceae

Phyllanthus Phyllanthu samarus*

FEITOSA et al.,

2011.

Jatropha Jatroph acurcasL.;

Jatropha pohliana*;

Jatropha gossypiifoliaL.

Lycopodiaceae Lycopodium

Lycopodium clavatum;

Lycopodium thyoides

KONRATH et al.,

2012.

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39

Leguminosae Anadenanthera Anadenanthera peregrina*

PENIDO et al., 2017.

Bauhinia Bauhinia forficata PENIDO et al., 2017.

Caesalpinia Caesalpinia férrea* FEITOSA et al., 2011.

Cratylia Cratylia mollis ALVES et al., 2013.

Cenostigma Cenostigma macrophyllum

Copaifera Copaifera langsdorffii

PENIDO et al., 2017.

Cassia Cassia fistula* FEITOSA et al., 2011.

Leucaena Leucaena leucocephala*

FEITOSA et al., 2011.

Plathymenia

Plathymenia reticulata*

PENIDO et al., 2017.

Senna Senna Cana; Senna Pendula; Senna reticulata*; Senna alata.

MONTEIRO et al., 2018; FEITOSA et al.,

2011.

Stryphnodendron

Stryphnodendron coriaceum

PENIDO et al., 2017.

Myrtaceae Eugenia Eugenia umbeliflora BERTÉ et al., 2018.

Psidium Psidium guajava PENIDO et al., 2017.

Syzygium Syzygium aromaticum*

Meliaceae

Trichilia Trichilia catigua CHASSO et al.,2011.

Malvaceae Luehea Luehea divaricata* PENIDO et al., 2017.

Gossypium Gossypium herbaceum*

FEITOSA et al., 2011.

Moraceae Ficus Ficus benjamina* FEITOSA et al., 2011.

Nyctaginaceae Bougainvillea Bougainvillea glabra*.

FEITOSA et al., 2011.

Olacaceae Ptychopetalum Ptychopetalum olacoides

SIQUEIRA et al., 2003

Rutaceae Citrus Citrus limonia* FEITOSA et al., 2011.

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40

Os estudos revelaram que as espécies C. limonia; B. glabra; F. benjamina; G.

herbaceum; S. reticulata; L. leucocephala; C. fistula; C. férrea; J. pohliana; P.

samarus; K. pinnata; K. gastonis-bournieri; I. batatas Feitosa et al. (2011), e L.

divaricata; S. aromaticum; P. reticulata; A. peregrina; M. indica; E. oleracea Penido

et al. (2017), não promoveram resultados significativos para doenças

neurodegenerativas.

No que diz respeito às revistas que mais publicou trabalhos relacionados ao

tema foi o Journal of Ethno Pharmacology que publicou 2 artigos, já as outra revistas

Biochemistry Research International, Brazilian Journal of Biology, European Journal

of Pharmacology, Evidence-Based Complementary, Alternative Medicine,

Neurotoxicily Research, Pharmacology Biochemistry Behavior, Pharmaceutical

Biology disponibilizaram 1 artigo, conforme descrito no Quadro 2.

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41

6 DISCUSSÕES

Verifica-se que, em relação aos métodos de pesquisa que foram adotados

pelos artigos analisados, a predominância do método utilizado pelos pesquisadores

foi o estudo in vitro com 4 artigos, estudo in vivo 2 artigos, estudo in vitro e in vivo 2

artigos e estudo in vitro e ex vivo com 2 artigos. De acordo com o Conselho Nacional

de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), são aceitáveis práticas

alternativas ao uso de animais em atividades de pesquisas no Brasil, com a

finalidade de reduzir e/ou substituir o uso de animais em atividade de ensino e

pesquisa (BRASIL, 2016 b).

A Agência Europeia das Substâncias Químicas (2018) define o método in vitro

como ensaio realizado fora do organismo vivo, envolvendo normalmente células,

tecidos e/ou órgãos isolados.

Mesmo com o avanço na pesquisa referente aos estudos in vitro, ex vivo

entre outros métodos, o estudo in vivo ainda é predominante nas pesquisas. Os

artigos que compõem essa RI, demonstram que nos estudos in vivo os animais

utilizados foram os ratos e/ou camundongos.

Por serem de fácil manipulação, inteligentes e demonstrarem similaridade nos

traços comportamentais com o ser humano, tornando-se de interesse para as

pesquisas científicas (GOSSER et al. 2018).

Uns dos pais da fisiologia experimental Claude Bernard defendia os estudos

experimentais com animais, pois os efeitos observados em estudos eram bastante

conclusivos, semelhante em seres humanos (ANELLI, 2015). Hipócrates (450 a.C.),

também relacionava os aspectos de órgãos humanos doentes com os de animais

para melhor compreensão do processo biológico. Tornando assim os experimentos

em animais mais amplos, a fim de produzir conhecimento científico útil aos seres

humanos (VICTAL et al. 2015).

Foi observado que os anos que mais tiveram publicações de artigos foram

2011 e 2018 com 2 publicações para cada ano, nos anos de 2003, 2007, 2011,

2012, 2013, 2015 e 2017 foi obtido um artigo por ano como mostra o Gráfico 1.

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Gráfico 2: Número de artigos publicados por anos a partir de 2003

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No que se refere à produção de trabalhos por estado, observa-se a maior

contribuição do Estado do Rio Grande do Sul com 3 trabalhos. Seguido pelo Ceará e

por Santa Catarina com 2 trabalhos para cada um desses estados, seguidos por

Bahia , Pará e Piauí que colaborara com 1 artigo cada um, conforme ilustrado no

Gráfico 2.

Gráfico 3: Contribuição na pesquisa por estados

Vale ressaltar que no ano de 2017, foi assinada a portaria 588/2017 que

Institui a Relação Estadual de Plantas Medicinais de interesse do Sistema Único de

Saúde no Rio Grande do Sul e listas complementares. Essa portaria segue a já

então lei existente Nº 12.560/2006, de 12 de julho de 2006, que instituiu a Política

Intersetorial de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos no estado do Rio

Grande do Sul (PIPMF/RS), a qual segue as diretrizes da Política Nacional de

Assistência Farmacêutica e da Política Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico

(BRASIL, 2017). Essa iniciativa busca ampliar e qualificar a utilização das plantas

medicinais e de fitoterápicos no estado, bem como promover a pesquisa científica, o

desenvolvimento tecnológico e inovação.

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6.1 ESPÉCIES ESTUDAS COM POTENCIAIS EFEITO NOOTRÓPICO

I. paraguariensis espécie que pertence a família Aquifoliáceas, é uma planta

nativa da região sul do continente americano, popularmente conhecida como “erva-

mate” suas folhas depois de processadas forma a bebida conhecida como chimarrão

(FAGUNDES, et al. 2015).

Um estudo in vivo e in vitro realizado por Colpo et al., (2007), para avaliar o

extrato I. paraguariensis no déficits de memória e discinesia orofacial em decorrência

do uso crônico de Haloperidol, demostraram que a espécie possui propriedades

antioxidantes que promove a neuroproteção ao uso crônico do Haloperidol.

Arçari et al., (2013) também utilizou o método in vivo e in vitro para avaliar o

extrato das folhas de I. paraguariensis e evidenciou sua atuação na modulação do

genes envolvidos na síntese de adipócitos, sendo um possível coadjuvante na

redução de peso.

Imagem 2: Ilex paraguariensis

Fonte: BREEN, P.

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H. speciosa conhecida como “mangaba”, é uma árvore frutífera amplamente

distribuída em vários tipos de vegetação do país. Em algumas regiões os frutos de

H. speciosa apresenta um valor comercial significativo, sua casca, folhas e seu látex

é utilizado na medicina popular para tratamento de enfermidades como tuberculose,

herpes, verrugas, hipertensão entre outras enfermidades (BRASIL, 2004).

Estudo in vitro realizado para avaliar substância antioxidante presente nos

extrato da H. speciosa revelaram possuir atividades anti-AChE (PENIDO et al. 2017).

Outro estudo realizado com a espécie identificou flavonoides em sua

composição, substância antioxidante presente nos vegetais (VIDAL, 2010). Fonseca,

et al., 2016 nos traz que os flavonoides atuam na prevenção de varias doenças

neurodegenerativas como por exemplo, a DA e DP.

Imagem 3: Hancornia speciosa

Fonte: OLIVEIRA, C

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M. urundeuva, conhecida como “aroeira”, sua ocorrência se da principalmente

na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (MAIA-SILVA, et al. 2012). A madeira dessa

espécie é grandemente explorada por ser de boa qualidade para construção civil,

produção de carvão e para outros fins (CORNEEL, et al. 2018).

A elevada quantidade de compostos fenólicos presente na “aroeira”, classifica

a espécie como rica em metabólitos secundários, responsáveis pela resistência

natural de sua madeira (QUEIROZ et al., 2002)

Salomão (2016) descreve que as propriedades químicas de M. urundeuva é

amplamente utilizada pela medicina tradicional como anti-inflamatório, analgésico,

resfriado, reumatismo entre outras patologia. Penido (2017) identificou que a espécie

também possui atividade neuroprotetora.

Imagem 4: Myracrodruon urundeuva

Fonte: MEDEIROS, J.

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Nos estudos incluídos na presente revisão dois pesquisadores utilizaram a

família Myrtaceae, Penido et al., (2017) usou a espécie P. guajava “goiabeira” e

Berté et al., (2018, usou a espécie E. umbeliflora “Pitanga do inverno” ambas

espécies demostram atividade anti-AChE.

HAIDA, et al., (2015) identificou em seu estudo a presença de compostos

fenólicos nas sementes e poupa da goiaba, mostrando assim que a fruta tem alto

potencial antioxidante e que o consumo deve ser estimulado para proteger o

organismo humano contra danos oxidativos.

Já a espécies E. umbeliflora é amplamente utilizado pela medicina popular,

suas folhas e frutos são considerados excitantes, antifebrífugos, aromáticos,

antirreumáticos e antidisentéricos (DE QUEIROZ et al., 2015).

Imagem 5: Psidium guajava

Fonte: CHEZSMOKEY

Imagem 6: Eugenia umbelliflora

Fonte: CAZETTA, E.

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A família Leguminosae foi a mais citada nos estudos da presente revisão.

Lima et al., (2015) relata que a família Leguminosae/Fabaceae no Brasil possuem

212 gêneros (16 endêmicos) e 2.735 espécies catalogadas até o momento, é

amplamente distribuídas nas florestas brasileira, podendo ser encontradas em quase

todos os biomas e ecossistemas. Pode ser encontrada em forma de arbusto, árvore,

erva eliana/volúvel/trepadeira (ARAUJO; CAPELLAR, 2014). Habitualmente é

reconhecida como uma única família, estando classificada em três subfamílias:

Papilionoideae ou Faboideae, Caesalpinioideae e Mimosoideae (BENTHAM 1876;

POLHILL et al. 1981).

Gênero mais citado da família Leguminosae foi a Senna, um género da sub-

família Caesalpinoideae (CHAPPILL, 1995; DOYLE et al., 2000; LEWIS et al., 2005).

Considerada pantropical compreendem 171 gêneros e cerca de 2.250 espécies

(CHAPPILL, 1995; DOYLE et al., 2000).

Monteiro et al., (2018) realizou um estudo com as espécies S. cana e S.

pendula e Feitosa et al., (2011), usou em sua pesquisa a espécie S. alata, ambos

pesquisadores usaram o método in vitro. As três espécies do gênero Senna usadas

nas pesquisas referidas demonstraram possuir substâncias químicas capaz de inibir

a enzima AChE. Principalmente a espécies S. Cana. Achado de grande relevância

para o desenvolvimento de um possível fitoterápico contra doenças

neurodegenerativas. Outras espécies da família Leguminosae usadas em outro

estudos também evidenciaram potencial farmacológico para inibição da AChE, foram

elas C. molli; C. macrophyllum; B. forficata “vaca preta”; S. coriaceume

“barbatimão”; C. langsdorffii “Copaiba” (ALVES et al., 2013; MONTEIRO et al., 2018;

PENIDO et al., 2017;).

Outros estudos relacionados às espécies Senna que também evidenciaram

importante fonte de princípios bioativos apresentaram atividades antioxidantes,

antitumoral Macedo; Silva; Silva (2016), antileishmania Melo et al., (2014) e anti-

malárico Hiben et al., (2016). Comprovado assim o potencial biofarmacológico das

espécies nativas de Senna.

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Imagem 7: Senna alata

Fonte: TREESEEDSPLUS

Imagem 8: Senna cana

Fonte: QUEIROZ, L. P.

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Imagem 9: Senna pendula

Fonte: BOTANICAL GARDEN

Imagem 10: Cratylia mollis

Fonte: LEWIS

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Imagem 11: Cenostigma macrophyllum

Fonte: LEWIS

Imagem 12: Bauhinia forficata

Fonte: HERBALS MEDICINAL

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Imagem 13: Stryphnodendron coriaceum

Fonte: SCALON, V. R

Imagem 14: Copaifera langsdorffii

Fonte: COSTA

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H. brasiliense “Cidrão” é uma árvore ou arbusto aromático, predominante na

Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (FILARDI, LEITMAN, 2015). A espécie é usada

para fins terapêuticos como anti-inflamatório, calmante e afrodisíaco (REITZ, 1965).

Amoah et al. (2015 a) evidenciou que a espécie H. brasiliense possui em seu

extrato efeito neuroprotetor.

Estudos sobre a espécie H. brasiliense são escassos na literatura, mas outro

estudo Amoah, (2015 b), continua frisando que a espécie possui metabólitos

secundários importantes para atuar como antioxidantes em doenças

neurodegenerativas.

Imagem 15: Hedyosmum brasiliense

Fonte: SCHWIRKOWSKI, P.

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K. brasiliensis “saião” é uma espécie brasileira que esta amplamente

distribuída, principalmente nas zonas litorâneas do país (AMARAL; SIMÔES e

FERREIRA, 2005). É uma espécie amplamente utilizada na medicina popular para

tratar infecções, estudos já realizados comprovaram sua atividade antimicrobiana

(DA SILVA, 2009).

Além da atividade antimicrobiana já comprovada Feitosa, (2016) nos traz que

em teste pré-clínicos realizados com animais a espécie K. brasiliensis, sugere ações

inibitórias da AChE. Essa evidência só reafirma o estudo científico produzido por

Feitosa et al. (2011), que a espécie K. brasiliensis tem atividades neuroprotetoras

frente as doenças neurodegenerativas.

Imagem 16: Kalanchoe brasiliensis

Fonte: JOURNEY

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A família Euphorbiaceae retém cerca 63 gêneros e 945 espécies no Brasil é

formado por arbusto, árvore, erva, liana, volúvel, trepadeira ou subarbusto

(CORDEIRO, 2015). As espécies da família Euphorbiaceae se destaca na atividade

econômica e medicina popular (TRINDADE e LAMEIRA, 2015).

Estudos já realizados com espécies pertencente à família Euphorbiaceae

demostraram atividade antioxidante, antitumoral, anti-leishmanial, analgésico,

antiinflamatório, antidiarreico, antiofídico, antitérmico, anti-hipertensivo, antipirético,

diurético, anticonvulsionante, antisséptico, anti-hipertensivo e anti-hepatotóxico

(ROCHA, 2016; MARTINS, et al. 2018; FÉLIX-SILVA, et al. 2014).

Feitosa et al., (2011) em seu estudo usou duas espécies da família

Euphorbiaceae, espécie J. Curcas “pinhão-de-purga” e J. gossypiifolia “pião roxo”,

as duas espécies apresentaram atividades antioxidades capaz de atuar contra

AChE.

Imagem 17: Jatropha Curcas

Fonte: NAVIE, S.

Imagem 18: Jatropha gossypiifolia

Fonte: KAWA, L.

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As espécies L. clavatum e L. thyoides estudadas por (Konrath, et al., 2012)

constatou que essas espécies possui atividades anti-AChE. Em outros estudos

realizados com essas mesmas espécies evidenciaram além da atividade anti-AChE,

possuem atividades hepatoprotetora e anti-flamatória (KONRATH, et al., 2012;

LANDI; DA SILVA, 2013).

Imagem 19: Lycopodium clavatum

Fonte: CARVALHO, B.

Imagem 20: Lycopodium thyoides

Fonte: EKMAN, J.

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T. catigua “catuaba” é amplamente distribuída pelo país e seu uso é amplo na

medicina popular (VIANA et al., 2009)

O extrato de acetato de etila produzido das cascas de T. catigua, apresentou

efeito semelhante ao antidepressivo e melhoru a memória em um estudo realizado

com camundongos (CHASSO et al., 2011).

Barbosa et al., (2004) e Neves; Gomes, (2015) relata em seus estudos que

essa espécie tem propriedade anti-inflamatória, antiestresse, usado para fadiga,

antioxidante e possui efeito positivo no tratamento de nefropatia diabética.

Imagem 21: Trichilia catigua

Fonte: MALYSZ, M.

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A espécie, P. olacoides, é uma árvore nativa das florestas tropicais da Bacia

Amazônica, sobretudo do Brasil e Guiana Francesa. P. olacoides conhecida

popularmente com “muirapuama”, é uma planta utilizada em diversos países,

muirapuama é conhecida por suas formulações utilizadas como complementos

alimentares, estimulantes gerais e afrodisíacos (MONTRUCCHIO, 2002).

Além do seu efeito neuroprotetor identificado no estudo de Siqueira et al.,

2003, outro estudo de sugere que a espécie contém compostos capazes de

melhorar a eficácia da rede celular antioxidante no cérebro, diminuindo o estresse

oxidativo (SIQUEIRA et al., 2007).

Em estudo realizado por SILVA et al., 2004 constatou que o uso da

“muirapuama” facilita a recuperação da memória de pacientes que apresentaram

isquemia cerebral. Essa espécie também apresenta atividade antimicrobiana e

estimulante do sistema imunológico (MONTRUCCHIO, 2005; GUIMARÃES, 2016).

Imagem 22: Ptychopetalum olacoides

Fonte: RODRIGUES, K.

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As espécies de Convolvuaceae é amplamente distribuídas na região da

caatinga e cerrado, onde são utilizadas na medicina popular para tratar tosse, dor de

cabeça, neuralgia e reumatismo (ELUMALAI et al., 2011).

Em estudo in vitro realizado por Feitosa et al., (2011), com a espécie I.

asarífolia “Salsa-brava”, pertencente a família Convolvuaceae demonstrou atividade

anti-AChE. Outro estudo realizado em ratos por Farida et al., (2012), utilizou-se o

extrato metanólico das folhas da I. asarífolia, que apresentaram atividade

hepatoprotetora contra danos hepáticos induzido por tetracloreto de carbono e Aliyu

et al., (2011) a partir do extrato aquoso da mesma espécie identificou atividade

antibacteriana contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus.

Já na medicina popular a espécies é usada para tratamento de dermatite,

sarna, sífilis, úlcera de pele e feridas externas (ALBUQUERQUE et al., 2007;

FARIDA et al., 2012). Lima, (2015)relata que existem poucos estudos referentes às

substâncias químicas presente na “Salsa-brava” que possam justificar o uso da

espécie na medicina tradicional.

Imagem 23: Ipomoea asarifolia

Fonte: Manual de Identificação de Plantas

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7 CONCLUSÃO

Os avanços nas pesquisas etnobotânicas e farmacológicas com a

implantação de políticas públicas, capacitação dos profissionais para disseminar

conhecimento científico a população são incentivos governamentais que vem cada

dia mais se destacando em nosso país. Porém foi possível verificar através da

presente revisão que são poucos os estudos relacionados a plantas medicinais que

possuem efeitos nootrópicos no Brasil.

Mesmo com a escassez de pesquisas relacionadas ao tema, pode verificar-se

por meios dos artigos analisados que as espécies Ilex paraguariensis, Hancornia

speciosa, Myracrodruon urundeuva, Psidium guajava, Eugenia umbeliflora, Senna

alata, Senna cana, Senna pendula, Cratylia mollis, Cenostigma macrophyllum,

Bauhinia forficata, Stryphnodendron coriaceum, Copaifera langsdorffii, Hedyosmum

brasiliense, Kalanchoe brasiliensis, Jatropha Curcas, Jatropha gossypiifolia,

Lycopodium clavatum, Lycopodium thyoides, Trichilia catigua, Ptychopetalum

olacoides e Ipomoea asarifolia. apresentam características bioquímicas capazes de

atuar nas doenças neurodegenerativas, podendo futuramente ser uma forma de

tratamento para tais doenças.

É de suma importância o conhecimento popular e científico relacionado ao

uso das plantas medicinais, permitindo uma melhor compreensão de sua eficácia e

segurança como sugere a atual Política Nacional de Práticas Integrativas e

Complementares (PNPIC) para o SUS.

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8 EFERÊNCIAS

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