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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO DE ESPECIALISTAS DO NORDESTE (CAEN) MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA. LINHA DE PESQUISA SETOR PÚBLICO. FRANCISCO WILSON FERREIRA DA SILVA ESTUDO DA SOLVÊNCIA ATUARIAL, ECONÔMICA E FINANCEIRA DOS REGIMES PROPRIOS DE PREVIDENCIA SOCIAL MUNICIPAIS CEARENSES. Fortaleza - CE 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO DE ESPECIALISTAS DO NORDE STE (CAEN)

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA.

LINHA DE PESQUISA SETOR PÚBLICO.

FRANCISCO WILSON FERREIRA DA SILVA

ESTUDO DA SOLVÊNCIA ATUARIAL, ECONÔMICA E FINANCEIR A

DOS REGIMES PROPRIOS DE PREVIDENCIA SOCIAL MUNICIPA IS

CEARENSES.

Fortaleza - CE 2014

FRANCISCO WILSON FERREIRA DA SILVA

ESTUDO DA SOLVÊNCIA ATUARIAL, ECONÔMICA E FINANCEIR A DOS REGIMES PROPRIOS DE PREVIDENCIA SOCIAL MUNICIPA IS

CEARENSES.

Dissertação submetida à Universidade Federal do Ceará para conclusão da disciplina Seminário de Pesquisa do Curso de Pós Graduação stricto senso em Economia do Centro de Aperfeiçoamento de Especialistas do Nordeste (CAEN).

Área de concentração. Economia do Setor Público.

Orientador. Prof. º Frederico Augusto Gomes de Alencar, PhD.

Fortaleza - Ce 2014

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca de Pós Graduação em Economia - CAEN

S58e Silva, Francisco Wilson Ferreira da

Estudo da solvência atuarial, econômica e financeira dos regimes próprios de previdência

social municipais cearenses / Francisco Wilson Ferreira da Silva. – 2014. 87f. il. color., enc. ; 30 cm.

Dissertação (mestrado profissional) – Programa de Pós Graduação em Economia, CAEN,

Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. Orientação: Prof. Dr. Frederico Augusto Gomes de Alencar

1. Previdência social 2.Deficit atuarial 3. Demonstrativo atuarial I. Título.

CDD 368.4

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO DE ESPECIALISTAS DO NORDE STE (CAEN)

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA.

LINHA DE PESQUISA SETOR PÚBLICO.

ESTUDO DA SOLVÊNCIA ATUARIAL, ECONÔMICA E FINANCEIR A DOS

REGIMES PROPRIOS DE PREVIDENCIA SOCIAL MUNICIPAIS C EARENSES.

Por

FRANCISCO WILSON FERREIRA DA SILVA

Dissertação submetida à Universidade Federal do Ceará, do Curso de Mestrado Profissional

em Economia. Economia do Setor Público, do Curso de Pós-Graduação em Economia do

Centro de Aperfeiçoamento de Especialistas do Nordeste (CAEN), com a seguinte comissão

Examinadora.

BBAANNCCAA EEXXAAMMIINNAADDOORRAA

1.º Examinador: ___________________________________________________

Prof. º Frederico Augusto Gomes de Alencar. PHD. Orientador

2.º Examinador: ___________________________________________________

Prof. º Maurício Benegas. Dr.

3.º Examinador: ___________________________________________________

Prof. º Ricardo Brito Soares, PHd.

Coordenação do Centro de Aperfeiçoamento de Especialistas do Nordeste

AGRADECIMENTOS

A Deus, sobretudo, Pai Longânimo, amigo presente de todas as horas;

Aos meus filhos, Luiza Carolina Santos Ferreira e Gustavo Henrique Santos Ferreira,

pelo apoio nos instantes mais difiíceis da confecção deste trabalho;

Ao Professor Orientador, Dr. Frederico Augusto Gomes de Alencar, pelo incentivo à

produçao da pesquisa;

Ao Auditor Substituto de Conselheiro, Dr.DavId Santos Matos.

Ao Dr. Marcondes Uchôa Júnior, grato que sou pelo seu esforço, e pela ajuda,

quando precisei de pouso;

Aos colegas de trabalho Reginaldo Madeira, Aloisio Gonçalves, Régis Cordeiro,

Paula Nayara, Violeta Porto e Rafael de Deus, pela “torcida” na finalização deste

trabalho;

Ao colega de trabalho e de mestrado José Geraldo Araújo Correia, por seu empenho

e dedicação nos estudos e, particularmente, por dividir comigo os anseio de

finalização do nosso mestrado;

Ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, na figura do seu ex-

Presidente Dr. Manoel Beserra Veras e do atual Presidente Dr. Francisco de Paula

Rocha Aguiar, pelo custeio de parte deste Curso;

Aos colegas de mestrado, mormente àqueles com o qual tivemos maior convivência:

Ribamar (Riba Love), Jefferson, Sérgio Pinho, Francisca, Emanuelda (Carminha),

Marlene, Socorro, Salomão, e aos demais, pelos bons momentos;

Ao Gilberto, ao Cláudio, ao Rone e ao Gleidson (Controller Municipal Assessoria e

Planejamento) que contribuíram na construção de um software para o cálculo

atuarial;

Aos mestres e doutores do CAEN, pelos ensinamentos;

Aos servidores do CAEN, pela ajuda despendida no decorrer do curso.

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, que tanto lutaram para que este momento chegasse;

Aos meus filhos, esperando que os passos do pai sejam seguidos;

A todos que, como eu nascido de origem humilde, acreditam poder chegar aos

bancos da universidade.

Ao Professor Emílio Recamonde Capelo, mestre de todos os atuários no Estado do

Ceará.

EPÍGRAFE Xote Universitário

(Tato)

Eu perdi o vestibular de medicina,

A minha mãe ficou zangada

E eu nem um pouco.

Eu não sei, mas talvez seja muito louco

Aprender a receitar penicilina.

Sou nervoso e tenho medo de ver sangue.

Minha família quer me ver na cirurgia

Costurando quem vem lá do bang-bang

Que aparece na tv, pois acontece todo dia.

Pra ter um anel no dedo, um Dr. no nome

Ser um grande homem, feliz e famoso

Mudar, de repente

Meu comportamento tão escandaloso.

Casar com a benção da Virgem Maria

Não me envolver nessa má companhia

Que não se penteia,

Freqüenta cadeia e lugar perigoso.

Tenho medo da polícia e de bandido

Alergia a político safado

E um irmão que não me sai do pé do ouvido

Dizendo que eu devia estudar pra advogado

Outro diz que se eu fizer engenharia

Mesmo sem ter vocação eu enriqueço

E eu pergunto se este peste gostaria

Que o prédio que eu fizesse lhe caísse na cabeça.

LISTA DE ABREVIATURAS

SIM Sistema de Informações Municipais

TCM-CE Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

C.F Constituição Federal

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LRF Lei de Responsabilidade Fiscal

DRAA Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial

DAIR Demonstrativo das Aplicações e Investimentos

DIPR Demonstrativo de Informações Previdenciárias e Repasses

RPPS Regime Próprio de Previdência Social

RGPS Regime Geral de Previdência Social

RCPS Regime Complementar de Previdência Social

MPAS Ministério da Previdência e Assistência Social

DF Distrito Federal

GO Goiás

MS Mato Grosso do Sul

MT Mato Grosso

TO Tocantins

Al Alagoas

BA Bahia

CE Ceará

MA Maranhão

PB Paraíba

PE Pernambuco

PI Piauí

RN Rio Grande do Norte

SE Sergipe

AC Acre

AM Amazonas

AP Amapá

PA Pará

LISTA DE ABREVIATURAS

RO Rondônia

ES Espírito Santo

MG Minas Gerais

RJ Rio de Janeiro

SP São Paulo

PR Paraná

RS Rio Grande do Sul

SC Santa Catarina

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Centro-Oeste…………......……………………………………………………………

30

Tabela 2 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Nordeste…….…………………………………………………………………

31

Tabela 3 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Norte………………………………………………………………………

31

Tabela 4 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Sudeste……………………………………………………………………….

32

Tabela 5 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Sul……………………………………………………………………………

33

Tabela 6 Regimes Próprios de Previdência Social Instituídos no Estado do Ceará……………………………………………………………………………

33

Tabela 7 Status das Certidões de Regularidade Previdenciária dos Regimes próprios de Previdência no Estado do Ceará. 2014. ……………………

41

Tabela 8 Aspectos considerados pelo MPAS para a não concessão de CRP´s a RPPS Cearenses …………………………………………………………….

44

Tabela 9 Aspectos considerados pelo MPAS para a não concessão de CRP´s a RPPS Cearenses …………………………………………………………….

45

Tabela 10 Apuração do Resultado Atuarial dos RPPS Municipais Cearenses com base nos DRAA´s encaminhados ao MPAS……………………………….

48

Tabela 11 Resultado Atuarial verificado nos Demonstrativos de Resultado das Avaliações Atuariais encaminhados ao MPAS……….……………………

60

Tabela 12 Principais Divergências entre o Resultado Atuarial Calculado e o Resultado Atuarial registrado nos DRRA´s do MPAS .............................

70

Tabela 13 Confronto entre o Resultado Atuarial Calculado e o Resultado Atuarial Registrado nos DRRA´s do MPAS ..........................................................

70

Tabela 14 Ranking do Déficit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 1............ 72

Tabela 15 Ranking do Superávit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 1........ 74

Tabela 16 Ranking do Déficit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 2............ 75

Tabela 17 Ranking do Superávit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 2........ 76

Tabela 18 Ranking do Déficit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 3............ 77

Tabela 19 Ranking do Superávit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 3........ 78

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 15

1 REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ………………………. 19 1.1 Aspectos Legais dos RPPS contidos na Lei n. º 9.717/1988 ……………… 21 1.2 Regimes Próprios de Previdência Social por Região Brasileira ………… 29 1.2.1 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Centro-

Oeste …………………………………………………………………………… 30

1.2.2 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Nordeste. 31 1.2.3 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Norte…… 31 1.2.4 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Sudeste… 32 1.2.5 Regimes próprios de previdência social instituídos na Região Sul……… 32 1.3 Regimes Próprios de Previdência Social Instituídos no Estado do Ceará.. 33 1.4 Plano de Benefícios Aplicados aos Regimes Próprios de Previdência… 35

2 CERTIDÃO DE REGULARIDADE PREVIDENCIÁRIA …………………. 37 2.1 Critérios para a obtenção do Certificado de Regularidade Previdenciária 38 2.2 Certidão de Regularidade Previdenciária, no Estado do Ceará, com

prazos de Validade Vencidos …………………………………………………. 40

3 APURAÇÃO DO DÉFICIT/SUPERÁVIT ATUARIAL DOS ENTES PREVIDENCIÁRIOS MUNICIPAIS CEARENSES DE ACORDO COM AS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DAS AVALIAÇÕES ATUARIAIS ENCAMINHADAS AO MINISTÉRIO DA PREVIDENCIA… ……………….

47

4 EXPRESSÕES DE CÁLCULO DOS PRINCIPAIS VALORES PRESENTES ATUARIAS, UTILIZADOS PARA A ELABORAÇÃO DO S DEMONSTRATIVOS DE RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES ATUARIAIS (DRRA’S). ………………………………………………………

52

4.1 O cálculo atuarial ………………………………………………………………. 53 4.1.1 O valor presente atuarial dos salários ……………………………………… 54 4.1.2 O valor presente atuarial das contribuições ………………………………… 55 4.1.3 O valor presente atuarial dos benefícios a conceder ………………………. 55 4.1.3.1 Aposentadorias …………………………………………………………………. 56 4.1.3.2 Benefícios ……………………………………………………………………….. 56 4.1.3.3 Auxílio-doenca…………………………………………………………………… 56 4.1.3.4 Salário-maternidade ……………………………………………………………. 56 4.1.3.5 Auxílio-reclusão ………………………………………………………………… 56 4.1.4 Despesas Administrativas …………………………………………………… 56 4.1.5 Tábuas Biométricas ……………………………………………………………. 56 4.1.6 Compensação Financeira entre Regimes de Previdência …………………. 57 4.1.7 Demais Hipóteses Atuariais ………………………………………………… 58

4.2 Apuração do Resultado Atuarial registrado nos Demonstrativos de Resultado da Avaliação Atuarial encaminhados ao MPAS…………………

59

4.2.1 Inconsistências verificadas nos Demonstratgivos de Resultados das Avaliações Atuariais encaminhados ao MPAS ………………………………

61

4.3 Apuração e Resultados da Avaliação Atuarial dos Regimes Próprios de Previdencia instituídos no Estado do Ceará. Exercício financeiro de 2013.

65

4.3.1 Dados da massa laboral ……………………………………………………… 66 4.3.2 Premissas inicial para o cálculo atuarial dos RPPS cearenses à partir dos

dados do SIM …………………………………………………………………… 67

4.3.3 Resultados da pesquisa e da apuração do cálculo atuarial dos RPPS cearenses à partir dos dados do SIM………………………………………….

68

4.3.4 Cenários de apuração da Solvência dos RPPS Municipais Cearenses de acordo com os Dados do SIM …................……………………………….

72

4.3.4.1 Paridade de Contribuição do Ente Patrocinador (município) e servidores 9ativos e inativos): 11% de cada grupo patrocinador..................................

72

4.3.4.2 Contribuição do Ente Patrocinador (município) em 15% e Servidores (ativos e inativos) em 11%

74

4.3.4.3 Contribuição do Ente Patrocinador (município) em 20% e Servidores (ativos e inativos) em 11% ..........................................................................

76

5 CONCLUSÕES …………………………………………………………………. 80 REFERÊNCIAS ………………………………………………………………… 85 APÊNDICES ……………………………………………………………………. 88

RESUMO

O ordenamento jurídico brasileiro, à partir de 1998, permitiu que os entes federativos estados e municípios pudessem migrar do Regime Geral de Previdência (RGPS), capitaneado pelo INSS, para um Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) tomando o cuidado para os aportes financeiros necessários para a harmonia do equilíbrio atuarial de modo a garantir, no futuro, o pagamento dos benefícios a quem de direito (massa laboral incluída nos regimes previdenciários), de sorte que dos 5.509 municípios brasileiros, 1.957 instituíram os seus RPPS e, 55 municípios no Estado do Ceará, dos 184 existentes. O objetivo principal desta pesquisa foi apurar o resultado atuarial dos RPPS instituídos nos municípios cearenses por meio de um software construído pelo autor e confrontá-lo com o resultado atuarial contido nos Demonstrativos de Resultado das Avaliações Atuariais – DRRA´s. De acordo com os cálculos realizados os RPPS municipais cearenses apresentam déficit atuarial no montante de R$ 3.361.632.976,77, enquanto o valor do resultado atuarial demonstrados nos DRAA´s apresentam déficit atuarial no valor de R$ 10.344.705.187,76. Em ambas as apurações o resultado deficitário tem concentração nos municípios de Fortaleza, Canindé, Maracanaú, Juazeiro do Norte e Itapipoca. Na 1.ª e 2.ª apuração os municípios de Amontada e Caucaia se mostraram superavitários, acrescentando-se, também, que os municípios de Cruz e Fortim se revelaram superavitários no cálculo realizado pelo autor. O déficit atuarial do Município de Itapipoca apresentou-se preciso, tanto no cálculo formulado pelo autor, quanto no demonstrado no DRRA do ente. Conclui-se que os entes previdenciários deficitários não oferecem sistema de estrutura para o acúmulo de recursos para o pagamento de compromissos definidos nos planos de benefícios.

Palavras-Chave: Regimes próprios de previdência; déficit atuarial; certidão de

regularidade previdenciária; demonstrativo atuarial.

ABSTRACT The Brazilian legal system , starting from 1998 revealed that the federative states and municipalities could migrate from the General Provident Fund Scheme ( RGPS ) , headed by the INSS , for its Own Social Security System ( RPPS ) taking care to financial contributions necessary for the harmony of actuarial balance to ensure in the future payment of benefits to those eligible ( work force included in pension schemes ) , so that the 5,509 Brazilian municipalities, 1,957 have instituted their RPPS and 55 towns in State of Ceará , the existing 184 . The main objective of this research was to determine the actuarial results of RPPS established in municipalities of Ceará through a software built by the author and confront him with the actuarial results contained in the statements of income of the Actuarial Reviews - DRRA 's. According to the calculations the Ceará municipal RPPS present actuarial deficit in the amount of R $ 3,361,632,976.77 , while the value of actuarial results demonstrated in the present DRAA 's actuarial deficit of R $ 10,344,705,187.76 . In both calculations the deficit result has concentration in the cities of Fortaleza, Canindé, Maracanaú, Juazeiro and Itapipoca. In 1.ª & 2.ª calculating the municipalities of Amontada and Caucaia proved surplus, also adding to the towns of Cruz and Fortim, the surplus calculation performed by the author. The actuarial deficit of the municipality of Itapipoca presented itself takes both the calculation made by the author, as in shown in the DRRA one. It is concluded that the pension deficit loved not offer structural system for the accumulation of resources for the payment of obligations defined benefit plans. There is evidence that there is no consistency in the figures to the MPAS during transport of the DRAA 's MPAS is recommending the external control bodies investigate that the reason pointed out the differences. Keywords : own pension schemes; actuarial deficit; pension certificate regularity; actuarial statement .

INTRODUÇÃO

A instituição de uma entidade de regime próprio de previdência social, segundo

o nosso entendimento, é como um projeto de edificação de uma estrutura de

engenharia que deve ter bases sólidas, e estruturadas sob o aporte de recursos

financeiro que possam assegurar, no futuro, à sua solvência, garantido os

pagamentos necessários à sua massa beneficiária: aposentadorias, pensões,

auxílio, dentre outros.

Com a entrada no ordenamento jurídico da Lei n. º 9.717/98, os municípios

foram autorizados a migrar do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), para o

Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

A principal motivação dos municípios que migram do Regime Geral de

Previdência Social (RGPS) para o Regime Próprio de Previdência (RPPS) é a

economia de aproximadamente 45% (quarenta e cinco por cento) na folha de

pagamento em relação à contribuição social paga ao Instituto Nacional de Seguro

Social (INSS)1. Adotando o RPPS, os servidores contribuirão com o limite mínimo de

11% (onze por cento) de acordo com a Ementa Constitucional 41/2004, e a

prefeitura poderá vir a contribuir no máximo com até o dobro de 11% (onze por

cento), conforme ficar estabelecido com o Estudo Técnico Atuarial, assinado por

Atuário devidamente inscrito no Ministério do Trabalho e no Instituto Brasileiro de

Atuaria – IBA, conforme Decreto Lei n. º 806/69.

Mas essa concepção de economia dada pela Confederação Nacional dos

Municípios (CNM) e pelas federações estaduais de municípios, não corresponde á

realidade, pois somente a partir de um estudo acurado, realizado por profissional

hábil e competente, o atuário, é que, efetivamente, se poderá estabelecer as

alíquotas e condições necessárias para que o município possa instituir o regime

próprio de previdência social, com base nos aportes que deverão ser r]feitos para

que o regime instituídos esteja em equilíbrio, tendo, inclusive, o direito à

compensação previdenciária cujo objetivo é receber o repasse financeiro desta

1 Cálculo da Confederação Nacional dos Municípios, publicadas no site www.cnm.org.br. acesso em

23/12/2013.

16

compensação junto ao INSS.

O RPPS, apesar de entidade integrante da administração pública direta ou

indireta do ente público que o instituiu, possui particularidades distintas dos demais

órgãos da administração regidos pela Contabilidade Pública. De fato, conforme LIMA

(2005, p. 23), essa diferença é peculiar pelos seguintes aspectos:

� Visão de longo prazo: a preocupação é que a entidade se perpetue, para

que seja possível o cumprimento do seu objeto social;

� Foco no patrimônio: diferentemente da maioria dos órgãos públicos, a

preocupação dos RPPS não é voltada exclusivamente para a execução

orçamentária e financeira, mas também para o fortalecimento de seu

patrimônio, objetivando garantir as condições de honrar os compromissos

previdenciários sob sua responsabilidade;

� Trazer as provisões para o balanço: Na Contabilidade Pública, não é

muito comum trazer em seus balanços compromissos futuros, com

valores estimados, que se tornarão obrigações para a entidade, mas, nos

RPPS, essa informação é fundamental, para se aferir sua capacidade de

garantir a cobertura desses compromissos assumidos no momento do

ingresso do servidor ao regime.

À partir desta contextualização, e considerando que os entes municipais

instituídos devem encaminhar, anualmente, os seus Demonstrativos de Resultado

das Avaliações Atuariais (DRAA´s) ao Ministério da Previdência e Assistência Social

(MPAS), e, mensalmente, devem encaminhar ao Tribunal de Contas dos Municípios

do Estado do Ceará (TCM-CE), por meio do Sistema de Informações Municipais –

SIM, os dados da execução orçamentária, financeira, contábil, patrimonial e

operacional (contendo inclusive os dados dos agentes públicos da folha: data de

nascimento, sexo, data de entrada no serviços público, dentre outros), eis que surge

a problemática aqui apresentada: os regimes próprios de previdência municipais no

estado do Ceará, de acordo com os demonstrativos de resultado atuariais

encaminhados ao Ministério da Previdência os RPPS instituídos no Estado do Ceará

tem capacidade de garantir e cobrir os compromissos previdenciários de sua massa

laboral? Qual o montante do resultado atuarial desses fundos registrados nos

17

DRAA´S? Os dados apresentados ao MPAS são consistentes? É possível apurar o

resultado atuarial à partir dos registros contidos no Banco de Dados do Sistema de

Informações Municipais – SIM, do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do

Ceará? Em sendo possível, qual o resultado atuarial à partir dessa base de dados?

É compatível com os dados registrados no MPAS:

Para responder a essas indagações o trabalho que se apresenta tem como

objetivo geral criar uma metodologia de apuração do resultado atuarial de um regime

próprio de previdência social, por meio da produção de um software que contemple

as receitas e despesas futuras de um RPPS e no Estado do Ceará, em particular,

com base nos registrados contidos no Sistema de Informações Municipais – SIM, do

TCM-CE e confrontá-lo com os registros contidos nos demonstrativos de resultados

da avaliação atuarial encaminhados ao Ministério da Previdência e Assistência

Social.

O trabalho está estruturado em 4 Capítulos: o Primeiro apresentará os regimes

próprios de previdência social, à partir dos seus aspectos legais de instituição e o

quadro de instituição desses no Estado Brasileiro: quanto são e quais os estados

que mais os instituíram, demonstrado por meio de tabelas, mapeados nas diversas

regiões brasileiras.

Tendo em vista que o Ministério da Previdência Social (MPAS) concede

certificados de regularidade previdenciária (CRP), o Segundo Capítulo apresentará o

quadro de instituição de regimes próprios de previdência social no Estado do Ceará

apontando a sua situação quanto à validade das certidões de regularidade

previdenciária, as principais irregularidades que impossibilitam à sua emissão,

nominando os entes municipais cearenses que estão com CRP vencidos.

O Terceiro Capítulo fará a apuração do resultado atuarial dos regimes próprios

de previdência social municipais cearenses (déficit/superávit), a partir dos

demonstrativos de resultados das avaliações atuariais (DRRA´s) encaminhados ao

Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).

O Quarto Capítulo fará a apuração do resultado atuarial dos regimes próprios

de previdência social municipais cearenses, á partir dos dados do Sistema de

Informações Municipais, mormente às tabelas de agentes públicos da folha de

18

pagamento contendo as variáveis principais para a elaboração de um cálculo

atuarial: data de nascimento, sexo, data de entrada no serviço público, dentre

outros), e dentro das premissas atuariais, normalmente, aceitas.

Em seguida, têm-se as conclusões que irá delinear os resultados da pesquisa,

apresentando se os objetivos foram alcançados e se a problemática apresentada foi

respondida, sugerindo medidas para as soluções de inconsistências, porventura,

apuradas no decorrer do trabalho.

Por fim, apresentar-se-ão as referências bibliográficas que deram supedâneo à

pesquisa.

1 REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

A previdência social, na sua mais tenra acepção, é um seguro (seguro social)

que o trabalhador paga como garantia de uma renda para a sua família, quando

ocorre o sinistro morte ou invalidez permanente, ou temporária, ou perda da sua

capacidade de trabalho em decorrência dos riscos sociais (reclusão, doença, etc).

A Emenda Constitucional n. º 20 (BRASIL, 1998), modificou o sistema de

previdência social até então vigente, e passou a ser ancorado no Regime Geral do

Seguro Social, capitaneado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os

regimes próprios de previdência social (RPPS), instituídos pelos Estados e

Municípios, e os regimes de previdência complementar, (RPC), de natureza

eminentemente privada.

A Constituição Brasileira em seu art. 40, com redação dada pela emenda

Constitucional n. º 41, de 19 de dezembro de 2.003, assegurou aos servidores

titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, o regime de previdência de

caráter contributivo e solidário, os denominados regimes próprios de previdência

social (RPPS), mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores

ativos e inativos e dos pensionistas, desde que preservados os critérios de equilíbrio

financeiro e atuarial.

Considera-se de caráter contributivo, conforme o art. 19 da Instrução Normativa

n. º 03, de 03 de agosto de 2.004, da Secretaria de Previdência Social – SPS, o

regime próprios que se enquadrem nos seguintes critérios:

20

� Previsão legal e efetiva das alíquotas de contribuição do ente federativo e

dos servidores ativos, inativos e pensionistas, determinadas pelo cálculo

atuarial;

� Repasse mensal e integral dos valores das contribuições à unidade

gestora do regime próprio;

� Retenção pela unidade gestora do regime, dos valores devidos pelos

segurados inativos e pensionistas relativos aos Benefícios cujo

pagamento esteja sob sua responsabilidade.

Ricardo Souza em palestra contida na rede mundial, endereço

http://www.tce.pe.gov.br/astec/Perguntas_e_respostas_Previd%C3%AAncia_Ricard

o_Souza.htm asseverou que o equilíbrio financeiro é aquele que garante que, em

um exercício financeiro as receitas previdenciárias pagarão as despesas

previdenciárias.

Para as ciências atuariais, o equilíbrio atuarial considera a incidência da

totalidade de efeitos sobre o plano previdenciário em decorrência das variáveis de

natureza demográfica, econômica, financeira e das relativas às políticas de recursos

humanos do ente federativo. Utiliza-se ainda de premissas atuariais como

expectativa de vida, tábuas de mortalidade e sobrevivência, taxa de inflação,

crescimento real da remuneração, taxa de juros atuariais, dentre outras.

Conforme Da Silva e Duque (2000, p. 3):

Nos fundos de pensão, o dimensionamento de seus compromissos presentes e futuros com todos os seus associados é definido através de processos denominados avaliações atuariais. Nesse processo busca-se verificar o nível ideal de recursos para que a entidade possa honrar seus compromissos, de modo a proporcionar segurança aos administradores quanto à viabilidade econômico-financeira da entidade, inibindo a criação ou ampliação de benefícios sem a respectiva fonte de custeio e assegurando, dessa forma, aos seus associados, a realização de suas expectativas relacionadas à obtenção de um benefício previdencial privado. A avaliação atuarial é desenvolvida no mínimo uma vez no ano e envolve projeções futuras acerca de determinados parâmetros que geralmente podem ser classificados como hipóteses atuariais e financeiras. Essas hipóteses são utilizadas pelo atuário como ponto de partida para o desenvolvimento dos cálculos que darão origem aos custos e às reservas de um plano de previdência privada. Em função dessas hipóteses e dos estudos atuariais, é extraída a taxa de custeio do plano de benefício, que normalmente é custeada pelos participantes e patrocinadores. As hipóteses atuariais envolvem a probabilidade de desligamento espontâneo através da

21

aposentadoria ou do desligamento do quadro de empregados; das tábuas de mortalidade; da entrada em invalidez; da rotatividade dos empregados; dos herdeiros; e da idade de entrada em aposentadoria. As hipóteses financeiras são premissas utilizadas nas projeções de forma a criar um cenário hipotético visando estabelecer o real comportamento dos salários, da inflação, dos juros, do crescimento dos benefícios e do carregamento administrativo. A taxa real de juros tem grande impacto na determinação do custeio de um plano de benefícios, visto que é utilizada para encontrar o valor presente dos pagamentos e dos recebimentos no futuro, daqui a 20, 30, 40 ou mais anos; ela representa a expectativa de retorno das aplicações dos investimentos ao longo do tempo.

Desta forma o regime próprio de previdência social deverá garantir um aporte

de recursos que sejam necessários ao pagamento das despesas projetadas no

decorrer do tempo, em exercícios posteriores, com previsão legal do cálculo atuarial.

A Secretaria de Previdência Social – SPS, na forma do inciso I do art. 2.º da

Orientação Normativa n. º 03, de 13 de agosto de 2.004, assim definiu os regimes

próprios de previdência social:

O sistema de previdência, estabelecido no âmbito de cada ente federativo, que assegure, por lei, ao servidor titular de cargo efetivo, pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão por morte previstos no art. 40 da Constituição Federal.

O dispositivo legal que rege as regras gerais para a organização e o

funcionamento dos regimes próprios de previdência social - RPPS dos servidores

públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos

militares dos Estados e do Distrito Federal é a Lei n. º 9.717, de 27 de novembro

de 1998.

1.1 Aspectos Legais Contidos na Lei n. º 9717/1988

Para que seja instituído um Regime Próprio de Previdência Social, a entidade

Estadual ou Municipal deve seguir os aspectos legais contidos na Lei n. º 9717/1988

a seguir detalhados.

O art. 1.º da Lei dos RPPS determina que, para garantir o equilíbrio financeiro e

atuarial, os regimes próprios deverão ser organizados e baseados em normas gerais

de contabilidade e atuária, obedecendo aos critérios contidos nos incisos I a XI do

artigo retro mencionado:

22

I - realização de avaliação atuarial inicial e em cada balanço utilizando-se parâmetros gerais, para a organização e revisão do plano de custeio e benefícios;

II - financiamento mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das contribuições do pessoal civil e militar, ativo, inativo e dos pensionistas, para os seus respectivos regimes;

III - as contribuições e os recursos vinculados ao Fundo Previdenciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e as contribuições do pessoal civil e militar, ativo, inativo, e dos pensionistas, somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários dos respectivos regimes, ressalvadas as despesas administrativas estabelecidas no art.6º, inciso VIII, desta Lei, observado os limites de gastos estabelecidos em parâmetros gerais;

IV - cobertura de um número mínimo de segurados, de modo que os regimes possam garantir diretamente a totalidade dos riscos cobertos no plano de benefícios, preservando o equilíbrio atuarial sem necessidade de resseguro, conforme parâmetros gerais;

V - cobertura exclusiva a servidores públicos titulares de cargos efetivos e a militares, e a seus respectivos dependentes, de cada ente estatal, vedado o pagamento de benefícios, mediante convênios ou consórcios entre Estados, entre Estados e Municípios e entre Municípios;

VI - pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime e participação de representantes dos servidores públicos e dos militares, ativos e inativos, nos colegiados e instâncias de decisão em que os seus interesses sejam objetos de discussão e deliberação;

VII - registro contábil individualizado das contribuições de cada servidor e dos entes estatais, conforme diretrizes gerais;

VIII - identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas as despesas fixas e variáveis com pessoal inativo civil, militar e pensionistas, bem como dos encargos incidentes sobre os proventos e pensões pagos;

IX - sujeição às inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos de controle interno e externo;

X - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho, de função de confiança ou de cargo em comissão, exceto quando tais parcelas integrarem a remuneração de contribuição do servidor que se aposentar com fundamento no art. 40 da Constituição Federal, respeitado, em qualquer hipótese, o limite previsto no § 2º do citado artigo;

XI - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, do abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº. 41, de 19 de dezembro de 2003.

O artigo retro mencionado tem como cerne o equilíbrio do Regime Próprio de

Previdência Social quanto aos aspectos financeiro quanto no aspecto atuarial. O

equilíbrio financeiro trata do equilíbrio entre a despesa e a receita do RPPS no

23 exercício financeiro; o equilíbrio atuarial trata do equilíbrio entre os gastos futuros e

os ativos constituídos pelo Regime Próprio, devendo as contribuições consignadas

dos salários dos servidores e à contribuição patrocinada pelo Ente Municipal ser

suficiente para o custeio o pagamento de benefícios futuros (aposentadorias,

pensões, dentre outros), bem como para o atendimento de continências.

Os artigos 2.º e 3.º da Lei n. º 9.717/98 trata da forma como se farão as

contribuições patronais e dos servidores aos Regimes Próprios de Previdência

Social – RPPS.

O art. 2. º determina que a contribuição dos entes federativos (a União, os

Estados, o Distrito Federal e o Municípios, incluídas suas autarquias e fundações),

aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores

não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao

dobro desta contribuição. Na forma do parágrafo 1.º os entes federativos, em caso

do pagamento de benefícios previdenciários, são responsáveis pela cobertura de

eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio.

O art. 3.º assevera que as alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos RPPS não serão

inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, observando-se

ainda, que em caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as

pensões deverão ser aplicadas as mesmas alíquotas às remunerações dos

servidores em atividade do respectivo ente estatal.

Tendo sido revogado o art. 4. º, o artigo 5. º exige que os RPPS dos servidores

públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares

dos Estados e do Distrito Federal não concedam benefícios distintos dos previstos

no Regime Geral de Previdência Social, tratados na Lei n. º 8.213, de 24 de julho de

1991.

O art. 6. º facultou à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,

a constituição de fundos integrados de bens, direitos e ativos, com a finalidade

previdenciária, e dentro dos critérios estabelecidos no art. 1º, desde que mantenham

conta do fundo distinta do Tesouro da Unidade Federativa, a aplicação dos recursos

estejam dentro do estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, não utilizem

24 recursos do fundo de bens, direitos e ativos para empréstimos de qualquer natureza;

não apliquem recursos em títulos públicos, à exceção de títulos do Governo Federal,

a avaliação de bens, direitos e ativos de qualquer natureza integrados ao fundo seja

realizada de acordo com a Lei n. º 4.320/64 e sejam estabelecidos limites para a

taxa de administração do fundo.

Os artigos 7. º e 8.º impôs sanções ao não cumprimento do disposto na Lei n. º

9.717/98 pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, quais sejam:

I – a suspensão das transferências voluntárias de recursos pela União;

II – o impedimento para celebrar acordos, contratos, convênios ou ajustes, bem como receber empréstimos, financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou entidades da Administração direta e indireta da União;

III – a suspensão de empréstimos e financiamentos por instituições financeiras federais.

IV – a suspensão do pagamento dos valores devidos pelo Regime Geral de Previdência Social em razão da Lei n. º 9.796, de 5 de maio de 1999.

Na conformidade do art. 8. º, os dirigentes do órgão ou da entidade gestora do

regime próprio de previdência social dos entes estatais, bem como os membros dos

conselhos administrativo e fiscal dos fundos de que trata o art. 6º, respondem

diretamente por infração ao disposto nesta Lei, sujeitando-se, no que couber, ao

regime repressivo da Lei n. º 6.435, de 15 de julho de 1977, que dispõe sobre as

entidades privadas de previdência, apurando-se as infrações mediante processo

administrativo, assegurado ao acusado o contraditório e a ampla defesa.

O art. 9. º delimita as competências do Ministério da Previdência e Assistência

Social, em relação aos regimes próprios de previdência social:

I - a orientação, supervisão e o acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e dos fundos a que se refere o art. 6º, para o fiel cumprimento dos dispositivos desta Lei;

II - o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei;

III - a apuração de infrações, por servidor credenciado, e a aplicação de penalidades, por órgão próprio, nos casos previstos no art. 8º desta Lei.

Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios prestarão ao Ministério da Previdência e Assistência Social, quando solicitados, informações sobre regime próprio de previdência social e fundo previdenciário previsto no art. 6º desta Lei.

25

Por fim o art. 10 determina que em caso de extinção de regime próprio de

previdência social a União, o Estado, o Distrito Federal e os Municípios assumam,

integralmente, a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos

durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários

a sua concessão foram implementados anteriormente à extinção do regime próprio

de previdência social.

A principal motivação dos municípios que migram do Regime Geral de

Previdência Social (RGPS) para o RPPS é a economia de aproximadamente 45%

(quarenta e cinco por cento) na folha de pagamento em relação à contribuição social

paga ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)2.

Adotando o RPPS, os servidores contribuirão com o limite mínimo de 11%

(onze por cento) de acordo com a Ementa Constitucional 41/2004, e a prefeitura

poderá vir a contribuir no máximo com até o dobro de 11% (onze por cento),

conforme ficar estabelecido com o Estudo Técnico Atuarial, assinado por Atuário

devidamente inscrito no Ministério do Trabalho e no Instituto Brasileiro de Atuaria –

IBA, conforme Decreto Lei n. º 806/69.

Os municípios que migram para o RPPS têm, ainda, o direito à compensação

previdenciária cujo objetivo é receber o repasse financeiro desta compensação junto

ao INSS.

O RPPS, apesar de entidade integrante da administração pública direta ou

indireta do ente público que o instituiu, possui particularidades distintas dos demais

órgãos da administração regidos pela Contabilidade Pública. De fato, conforme De

Lima em “Contabilidade Aplicada aos RPPS”, (2005; p. 23), essa diferença é peculiar

pelos seguintes aspectos:

� Visão de longo prazo: a preocupação é que a entidade se perpetue, para

que seja possível o cumprimento do seu objeto social;

� Foco no patrimônio: diferentemente da maioria dos órgãos públicos, a

preocupação dos RPPS não é voltada exclusivamente para a execução

2 Cálculo da Confederação Nacional dos Municípios, publicadas no site www.cnm.org.br. Acesso em 23/12/2013.

26

orçamentária e financeira, mas também para o fortalecimento de seu

patrimônio, objetivando garantir as condições de honrar os compromissos

previdenciários sob sua responsabilidade;

� Trazer as provisões para o balanço: Na Contabilidade Pública, não é

muito comum trazer em seus balanços compromissos futuros, com

valores estimados, que se tornarão obrigações para a entidade, mas, nos

RPPS, essa informação é fundamental, para se aferir sua capacidade de

garantir a cobertura desses compromissos assumidos no momento do

ingresso do servidor ao regime.

A migração dos regimes gerais praticados pelas edilidades, para o regime

próprio de previdência, é incentivado pelas federações estaduais dos municípios e,

principalmente, pela Confederação Nacional dos Municípios – CNM, apregoando as

seguintes vantagens para a instituição dos RPPS, e aos servidores, dentre outras,

observadas em FEMURN (2013):

� O RPPS representa uma economia média de 50% (cinqüenta por cento)

em relação à despesa que o município efetua para a manutenção dos

benefícios dos servidores públicos no Regime Geral de Previdência Social

(RGPS). Isto se dá em razão de a contribuição patronal para o Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS) ser de 22% (vinte e dois por cento)

enquanto que no RPPS, a contribuição média é estabelecida no mínimo

legal de 11% (onze por cento);

� A alteração do tempo de efetivo exercício no serviço público de 10 para 20

anos propicia o aumento do tempo para a constituição de reserva,

fazendo com que a necessidade de recursos nos primeiros anos seja

menor;

� A instituição de contribuição previdenciária aos inativos e pensionistas

para o custeio das aposentadorias e pensões por morte que ultrapassem

o valor máximo estipulado pelo RGPS possibilita a redução do custo

administrativo para a sua manutenção;

� Possibilidade de dedutibilidade de todas as contribuições feitas para o

27

plano de previdência;

� No RGPS o município não tem a garantia de que as eventuais “sobras”

(receitas de contribuições menos despesas previdenciárias) estejam

sendo capitalizadas para custear o pagamento dos futuros benefícios dos

segurados;

� O objetivo da capitalização dessas “sobras” é garantir o pagamento dos

benefícios previdenciários a médio e longo prazo;

� Os recursos destinados ao INSS são atualmente insuficientes para custear

os benefícios sob sua responsabilidade;

� No RPPS a contribuição estabelecida na avaliação atuarial é suficiente

para garantir o pagamento dos benefícios previdenciários do exercício e

cobrir as despesas administrativas;

� Além de capitalizar o superávit corrente, o município ainda pode utilizar a

economia de até 50% (cinqüenta por cento) que deixa de contribuir para o

RGPS para investir em áreas sociais, fomentando o seu desenvolvimento

sócio-econômico;

� A contabilização da avaliação atuarial permite que o município verifique se

há déficit atuarial, com valores projetados de todos os benefícios que já

foram concedidos e dos que ainda serão;

� PLANIFICAÇÃO CONTÁBIL – permite uma visão mais consistente acerca

da situação patrimonial do regime por meio da utilização do Plano de

Contas a ele aplicável - Portaria MPS nº 916/03, que definiu a

implementação de procedimentos contábeis como a constituição de

provisões, avaliação da carteira de ativos a valor de mercado,

reavaliações, depreciações, entre outros;

� Os servidores públicos vinculados ao RGPS não acompanham o seu

histórico previdenciário - a previdência representa apenas uma despesa

para o Ente Público que corre o risco de contribuir, no futuro, com

percentuais ainda maiores do que os atualmente praticados para a

28

manutenção dos benefícios;

� Para os servidores públicos, a previsão legal que lhes confere o direito à

participação direta na gestão do regime próprio, permite a proximidade

com o sistema de previdência e o acompanhamento da garantia do direito

às suas aposentadorias e pensões de seus dependentes;

� O RPPS garante o pagamento dos mesmos benefícios que são

concedidos pelo RGPS;

� Não há carência para a concessão de benefícios no RPPS. Auxílio-doença

e aposentadoria por invalidez, por exemplo, não estão sujeitos a prazos

carenciais como acontece no RGPS.

� Os segurados vinculados ao RPPS não estão sujeitos ao fator

previdenciário previsto na Lei nº 8.213/91 que leva em conta, no momento

da concessão do benefício, a expectativa de sobrevida, o tempo de

contribuição, a idade e alíquota de contribuição correspondente a 0,31;

� No cálculo dos proventos de aposentadoria no RPPS são consideradas

apenas as remunerações utilizadas como base de contribuições do

servidor - média aritmética simples das maiores remunerações

correspondentes a 80% de todo o período contributivo desde a

competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior

àquela competência;

� Garantia de atualização monetária dos benefícios concedidos pelo RPPS -

todas as remunerações consideradas para o cálculo do valor inicial dos

proventos, serão atualizadas monetariamente (tabelas no site MPS) (art.

40, § 17 CF/88 e art. 1º, § 1º da Lei 10.887/04);

� Abono de Permanência - no RGPS não há previsão de pagamento de

abono de permanência; No RPPS, o servidor que opte por permanecer

em atividade tendo completado as exigências para aposentadoria

voluntária e que conte com, no mínimo, 25 anos de contribuição, se

mulher, ou trinta anos de contribuição, se homem, fará jus a um abono de

permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até

29

que complete 70 anos de idade; (ARTIGO 3°, § 1° da EC n° 41/03);

� Municípios que têm hoje RPPS, mas que no passado recolheram a

contribuição de seus servidores ao INSS, podem reaver os recursos para

ajudar no pagamento desses servidores nas suas aposentadorias pelo

serviço público (Lei nº 9.796/99 regulamenta o §9º do art. 201 da CF/88);

� Os recursos financeiros provenientes do repasse da compensação

previdenciária fortalecem e aumentam significativamente a capitalização

para o RPPS, garantindo o pagamento das aposentadorias e pensões por

morte devidas pelo município;

� A Compensação Previdenciária amortiza o déficit atuarial, contribuindo

para o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS;

� A Compensação Previdenciária representa, em média, uma economia de

41% (quarenta e um por cento) no pagamento dos inativos e pensionistas.

Em resumo, apregoa-se a idéia de que a instituição de um regime próprio de

previdência é vantajosa tanto para a administração pública municipal, quanto a seus

servidores, basicamente pela redução das despesas do município para com o

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pela gestão ativa dos seus recursos

financeiros.

Entretanto, salvo melhor juízo, no nosso entendimento, para que o instituto de

previdência seja instituído é preciso que seja fundado em bases atuariais fortes e

precisas, amparadas em uma massa populacional exata e fechada, fazendo-se as

provisões matemáticas necessárias e o aporte de recursos que garantam,

efetivamente a cobertura do déficit atuarial calculado por profissional hábil, de forma

a garantir o pagamento das aposentadorias, pensões e benefícios futuros, dentro

das premissas atuariais permitidas.

1.2 Regimes Próprios de Previdência Próprios por Re gião Brasileira

A pesquisa realizada no Sítio do Ministério da Previdência Social,

www.mpas.gov.br, revelou que dos 5.509 (cinco mil quinhentos e nove) municípios

brasileiros, 1.957 (um mil novecentos e cinquenta e sete), instituíram regime próprio

30 de previdência social, na forma do art. 40 da Constituição Federal.

A Região Sudeste é a que possui o maior número de municípios com RPPS,

645 (seiscentos e quarenta e cinco), representando 29% (vinte e nove por cento),

seguidas da Região Sul - 576 (quinhentos e setenta e seis) – representando 27%

(vinte e sete por cento, da Região Nordeste – 531 (quinhentos e trinta e um) –

representando 25% (vinte e cinco por cento), da Região Centro-Oeste – 315

(trezentos e quinze) representando 15% (quinze por cento) e da Região Norte – 96

(noventa e seis) representando 4% (quatro por cento).

1.2.1 RPPS Instituídos na Região Centro-Oeste

A Região Centro-Oeste possui 585 (quinhentos e oitenta e cinco) municípios

divididos em 04 (quatro) Estados e um Distrito Federal. Desses, o Estado do Mato

Grosso tem instituído 100 (noventa e quatro) municípios com regime próprio de

previdência social, dos 126 (cento e vinte e seis) criados nesse Estado, o que

representava 79,37 - Tabela 1 .

Tabela 1 – RPPS Instituídos na Região Centro-Oeste

Estado

(A)

Quantidade de Municípios do Estado que Mantém RPPS

(B)

Quantidade de Municípios do

Estado

A/B

%

DF – Distrito Federal 1 1 - GO – Goiás 166 242 68,60

MS – Mato Grosso do Sul 45 77 58,44 MT – Mato Grosso 100 126 79,37

TO – Tocantins 17 139 12,23 Total 315 585 56,24

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

O Estado de Goiás tem a segunda maior instituição de RPPS (68,60%),

representado por 166 (cento e sessenta e seis) dos 242 (duzentos e quarenta e

dois) municípios que o compõe.

A seguir vem o Estado do Mato Grosso do Sul (58,44%) com 45 (trinta e

quatro) dos seus 77 (setenta e sete) municípios e o Estado do Tocantins (12,23%)

com 17 (quinze) dos 139 (cento e trinta e nove) municípios.

31 1.2.2 RPPS Instituídos na Região Nordeste

A Região Nordeste possui 1.788 (um mil setecentos e oitenta e oito) municípios

divididos em 09 (nove) estados. Desses o Estado de Pernambuco possui 145 (cento

e quarenta e cinco) municípios com regime próprio de previdência social, dos 185

(cento e oitenta e cinco) criados no Estado, representando 78,38% (setenta e oito

vírgula trinta e oito por cento) – Tabela 2 .

Tabela 2 – RPPS Instituídos na Região Nordeste

Estado

(A) Quantidade de

Municípios do Estado que Mantém RPPS

(B) Quantidade de Municípios do

Estado

A/B %

AL – Alagoas 64 102 62,75% BA – Bahia 37 415 8,92% CE – Ceará 57 184 30,98%

MA – Maranhão 40 217 18,43% PB – Paraíba 71 223 31,84%

PE – Pernambuco 145 185 78,38% PI – Piauí 40 221 18,10%

RN – Rio Grande do Norte 20 166 12,05% SE - Sergipe 4 75 5,33%

Total 478 1788 26,73%

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

1.2.3 RPPS Instituídos na Região Norte

A Região Norte possui 310 (trezentos e dez) municípios divididos em 06 (seis)

estados. Desses, o Estado do Amazonas possui 29 (vinte e nove) municípios com

regime próprio de previdência social, dos 62 (sessenta e dois) criados no Estado,

representando 46,77% (quarenta e seis vírgula setenta e sete por cento) – Tabela 3 .

Tabela 3 – RPPS Instituídos na Região Norte

Estado

(A) Quantidade de

Municípios do Estado que Mantém RPPS

(B) Quantidade de Municípios do

Estado

A/B %

AC – Acre 1 22 4,55% AM – Amazonas 23 62 37,10%

AP – Amapá 2 16 12,50% PA – Pará 29 143 20,28%

32

Estado

(A) Quantidade de

Municípios do Estado que Mantém RPPS

(B) Quantidade de Municípios do

Estado

A/B %

RO – Rondônia 29 52 55,77% RR - Roraima 0 15 0,00%

Total 84 310 27,10%

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

1.2.4 RPPS Instituídos na Região Sudeste

A Região Sudeste possui 1.667 (um mil seiscentos e sessenta e sete)

municípios divididos em 04 (quatro) Estados. Desses, o Estado do Rio de Janeiro

possui 71 (setenta e um) municípios com regime próprio de previdência social, dos

92 (noventa e dois) criados no Estado, representando 77,17% (setenta e sete vírgula

dezessete por cento) – Tabela 4 .

Tabela 4 – RPPS Instituídos na Região Sudeste

Estado

(A) Quantidade de

Municípios do Estado que Mantém RPPS

(B) Quantidade de Municípios do

Estado

A/B %

ES – Espírito Santo 34 77 46,75 MG - Minas Gerais 212 853 32,47 RJ – Rio de Janeiro 75 92 77,17

SP – São Paulo 220 645 40,47 Total 645 1.667 38,69

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

1.2.5 RPPS Instituídos na Região Sul

A Região Sul possui 1.159 (um mil cento e cinqüenta e nove) municípios

divididos em 003 (três) Estados. Desses, o Estado do Rio Grande do Sul possui 308

(trezentos e oito) municípios com regime próprio de previdência social, dos 467

(quatrocentos e sessenta e sete) criados no Estado, representando 65,95%

(sessenta e cinco vírgula noventa e cinco por cento) – Tabela 5.

33

Tabela 5 – RPPS instituídos na Região Sul

Estado

(A) Quantidade de

Municípios do Estado que Mantém RPPS

(B) Quantidade de Municípios do

Estado

A/B %

PR – Paraná 169 399 42,36 RS – Rio Grande do Sul 319 467 68,31

SC – Santa Catarina 67 293 22,87 Total 555 1159 47,89%

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

1.3 Regimes Próprios de Previdência Instituídos no Estado do Ceará

De acordo com a pesquisa realizada no Portal do Ministério da Previdência e

Assistência Social disponibilizados na Rede Mundial de Computadores, em

27/01/2014, dos 184 (cento e oitenta e quatro) municípios criados no Estado do

Ceará, 54 (cinquenta e quadro) têm instituído Regime Próprio de Previdência Social,

29,35% (vinte e nove vírgula trinta e cinco por cento) do total de municípios do

Estado, atendendo a uma massa populacional de 105.248 (cento e cinco mil

duzentos e quarenta e oito) servidores e servidoras, sendo 88.036 (oitenta e oito mil

e trinta e seis) ativos e 13.164 (treze mil cento e sessenta e quatro), inativos e 4.048

(quatro mil e quarenta e oito) pensionistas distribuídos conforme a Tabela 6 a seguir:

Tabela 6. Municípios Cearenses com RPPS

Servidores sujeitos ao RPPS Município Ativo Inativo Pensionista

Acopiara 1.449 20 5 Alto Santo 365 20 5 Amontada 1.365 119 28

Aracati 1.032 251 72 Aracoiaba 875 108 23

Araripe 849 13 1 Beberibe 1.000 163 38

Boa Viagem 1.088 439 39 Canindé 650 323 42

Capistrano 616 54 4 Cascavel 1.390 0 0 Caucaia 2.349 306 64

Choró 458 62 9 Chorozinho 667 18 8

Crato 1.900 2 3 Cruz 1.422 24 0

34

Servidores sujeitos ao RPPS Município Ativo Inativo Pensionista

Eusébio 511 64 17 Fortim 421 19 2

Fortaleza 25.537 8.190 2.959 General Sampaio 287 40 5

Horizonte 1.384 56 28 Ibicuitinga 569 0 0

Icapui 442 59 15 Ipu 1.365 4 2

Ipueiras 1.434 320 60 Irauçuba 840 Itaitinga 670 76 20 Itapagé 1.011 103 33

Itapipoca 3.066 106 12 Itapiúna 685 239 31 Itarema 5.511 15 6

Jaguaruana 1.246 184 47 Juazeiro do Norte 5.596 158 37

Maranguape 1.756 225 90 Morada Nova 1.735 292 88 Nova Olinda 526 10 2

Ocara 278 39 7 Pacajus 1.520 0 0

Pacatuba 1.636 18 14 Pacoti 413 69 21

Palhano 403 24 8 Palmácia 333 19 1

Potiretama 258 0 1 Quiterianópolis 352 0 0

Quixadá 933 0 0 Quixeramobim 945 420 77

Redenção 784 58 34 Russas 1.370 299 52

Santa Quitéria 1.309 18 9 São Gonçalo do Amarante 861 94 28

Solonópole 666 0 0 Tauá 1.340 0 0

Tejucuoca 835 0 0 Viçosa do Ceará 1.733 43 6

Sub-total 88.036 13.164 4.053 Total 105.248

Fonte: Portal do Ministério da Previdência Social

35

1.4 Plano de Benefícios aplicados aos Regimes Própr ios de Previdência

De acordo com as diretrizes do Ministério da Previdência e Assistências Social

(MPAS) os benefícios instituídos aos servidores das prefeituras municipais são os

seguintes:

1. Quanto aos segurados:

a. Aposentadoria por Invalidez: fundamentada no art. 40, §1.º, I, da

Constituição Federal, é devida ao segurado ativo que estando ou

não em gozo de licença para tratamento de saúde, for considerado

definitivamente incapaz para as atividades que lhe garanta a sua

subsistência;

b. Aposentadoria por Idade (compulsória): fundamentada no art. 40,

§1.º, II da CF/88, devida ao servidor ativo, que completar 70 anos de

idade e que deverá ser desligado do serviço público.

c. Aposentadoria por Idade e Tempo de contribuição: d evida ao

segurado ativo, observando-se o disposto no art. 40, §1.º, III da

CF/88.

d. Salário-Maternidade , devida a segurada do sexo feminino

(gestante) por um período de 120 (cento e vinte) dias consecutivos,

como início entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de

ocorrência deste;

e. Auxílio-Doença , devido ao segurado ativo que ficar incapacitado

para o trabalho por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

2. Quanto aos dependentes:

a. Pensão por morte , devida aos dependentes inscritos no Plano, em

caso de falecimento do segurado ativo ou aposentado, a contar do

1.º (primeiro) dia do mês subseqüente à data do óbito, ou no caso

de morte presumida, a contar da decisão judicial.

b. Auxílio-Reclusão , devido aos dependentes inscritos pertinente a

segurado recolhido à prisão que, por este motivo, não perceba

remuneração dos cofres públicos.

36

Os benefícios retro mencionados deverão constar do Plano de benefícios do

Regime Próprios para que tenham validade legal.

02 CERTIDÃO DE REGULARIDADE PREVIDENCIÁRIA

Com o objetivo de se atestar o cumprimento dos critérios e exigências retro

mencionados pelos regimes próprios de previdência social dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, o Ministério da Previdência e Assistência Social, através

do Decreto n. º 3.788, de 11 de abril de 2.001, instituiu no âmbito da administração

Pública Federal o Certificado de Regularidade Previdenciária -CRP.

Os atos necessários à expedição da Certidão de Regularidade Previdenciária –

CRP, na forma do Art. 3. º do Decreto n. º 3.788/01 estão dispostos na Portaria n. º

204, de 10 de julho de 2008.

A Certidão de Regularidade Previdenciária - CRP é um documento sem a qual

a administração dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá

realizar as seguintes transações:

� Celebração de acordos, contratos, convênios ou ajustes, bem como de

empréstimos, financiamentos, avais e subvenções em geral;

� Realização de transferências voluntárias de recursos pela União;

� Celebração de acordos, contratos, convênios ou ajustes, bem como de

empréstimos, financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou

entidades da Administração direta e indireta da União;

� Celebração de empréstimos e financiamentos por instituições financeiras

federais;

� Pagamento dos valores devidos pelo Regime Geral de Previdência Social

em razão da Lei n. º 9.796, de 05 de maio de 1999 (compensação

financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes

próprios de previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios), nos casos de contagem recíproca de tempo de

contribuição para efeito de aposentadoria.

A não emissão da CRP, também, impedirá a realização de transferências

voluntárias de recursos da União.

38 2.1 Critérios para a Obtenção do Certificado de Reg ularidade Previdenciária.

Para a obtenção do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP),

conforme a Portaria n. º 204, de 10 de julho de 2008, do Ministério da Previdência

Social, o ente federativo, Estado ou Município, deve encaminhar, para análise e

atualização do Cadastro de Regime próprio de previdência social, à Secretaria de

Previdência Social (SPS) do Ministério da Previdência e Assistência Social, a

legislação específica que trata da previdência, regime jurídico dos servidores,

Constituição Estadual ou Lei Orgânica, inclusive quando ocorrer à extinção do

regime próprio.

O ente federativo que não encaminhar a SPS toda a legislação que

regulamenta ou extingue o regime próprio não receberá o CRP. Nos casos de

extinção, é obrigatório que isso ocorra por meio de lei, não se considerando extinto o

regime próprio, caso a lei local disponha apenas sobre a extinção da pessoa jurídica

encarregada de gerenciar o regime, isto é, a unidade gestora.

As normas devem ser enviadas em documentos originais ou cópias

autenticadas em cartório ou por servidor público devidamente identificado por nome,

cargo e matrícula. Deverá acompanhar a legislação, o comprovante de publicação

na imprensa oficial ou afixação no local próprio.

Após receber a legislação, a SPS verificará os seguintes critérios e exigências:

� Caráter contributivo do regime próprio de previdência social - esse critério

determina a necessidade de previsão expressa, em lei, das alíquotas de

contribuições dos entes federativos e de seus segurados, bem como o

repasse integral das respectivas contribuições ao órgão ou entidade

gestora do regime próprio de previdência social;

� Cobertura exclusiva a servidores públicos titulares de cargos efetivos e a

militares, isto é, todos os que prestaram concurso e seus respectivos

dependentes, não podendo amparar aqueles servidores que ocupam,

exclusivamente, os cargos em comissão, também chamados de cargos de

confiança, e os servidores temporários. Nesta última categoria, estão

incluídos aqueles que exercem os mandatos eletivos e, ainda, os

39

contratados por tempo determinado em razão de excepcional interesse

público;

� Utilização dos recursos vinculados ao regime próprio de previdência social

apenas para o pagamento de benefícios previdenciários. Os recursos

vinculados ao regime próprio não podem ser utilizados para conceder

assistência médica e auxílio financeiro de qualquer espécie. Nesse

critério, existe uma exceção: as despesas administrativas do regime de

previdência social;

� O pagamento de benefícios não pode ser feito por meio de convênios,

consórcios ou outra forma de associação entre Estados, entre Estados e

Municípios e entre Municípios, ou seja, os benefícios devem ser

concedidos diretamente pelo regime próprio que o instituiu;

� É garantido o pleno acesso dos segurados às informações relativas à

gestão do regime próprio de previdência social;

� Para o cálculo do valor dos benefícios, bem como sua percepção, não é

permitida a inclusão de parcelas remuneratórias temporárias, como

aquelas pagas em decorrência de função de confiança, de cargo em

comissão ou do local de trabalho;

� A conta do regime próprio de previdência social deve ser distinta da conta

do ente federativo, Estado ou Município, possibilitando a comprovação da

utilização adequada dos recursos previdenciários;

� É garantida a participação de representantes dos segurados nos

colegiados e instâncias de decisão nos órgãos ou entidades responsáveis

pela gestão do regime próprio de previdência social, nas questões em que

seus interesses sejam objetos de discussão e deliberação;

� Devem ser disponibilizados, aos segurados, os registros individualizados

das contribuições do servidor, do militar e do ente federativo;

� Os recursos do regime próprio devem ser aplicados conforme as regras

fixadas pelo Conselho Monetário Nacional;

40

� As solicitações do Ministério ou do Auditor da Previdência Social devem

ser atendidas dentro do prazo estipulado;

� Também é necessário o encaminhamento à SPS do Demonstrativo das

receitas e das despesas previdenciárias, conhecido como Demonstrativo

Previdenciário, até 30 dias após o encerramento de cada bimestre;

� Os municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes podem

optar pelo encaminhamento em até trinta dias após o encerramento de

cada semestre;

� Os benefícios concedidos pelo regime próprio não podem ser distintos

daqueles concedidos pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS. A

respeito da concessão de benefícios, deve-se considerar que a previsão

de requisitos e critérios de concessão, bem como a definição de

dependente, não podem ser diferentes daqueles utilizados pelo RGPS;

� Não é permitida a concessão de benefícios com requisitos diversos

daqueles previstos na Constituição Federal;

� Devem ser encaminhados, à SPS, os seguintes documentos:

- Avaliação atuarial inicial do regime próprio de previdência social (por

ocasião da criação do regime próprio de previdência social);

- Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA), até 31 de

julho de cada exercício.

2.2 Certificados de Regularidade Previdência, no Es tado do Ceará, com Prazos

de Validade Vencidos.

Dos 184 (cento e oitenta e quatro) municípios criados no Estado do Ceará, 55

(cinquenta e cinco) haviam instituído Regime próprio de previdência social – RPPS

com uma população de 105.248 (cento e cinco mil duzentos e quarenta e oito)

setenta e cinco) servidores e servidoras, sendo 88.036 (oitenta e oito mil e trinta e

seis)) ativos, 13.164 (treze mil cento e sessenta e quatro) inativos (aposentados) e

4.048 (quatro mil e quarenta e oito ) pensionistas, delineados no quadro a seguir:

41

Quadro 1. Situação da População dos RPPS Municipais Cearenses

Quantidade Remuneração Média (R$)

* Idade Média

Situação da População Coberta Sexo

Feminino Sexo

Masculino Sexo

Feminino Sexo

Masculino Sexo

Feminino Sexo

Masculino Ativos 56.607 31.429 1.189,14 1.124,61 42 41

Aposentados por Tempo de

Contribuição 8.887 2.745 702,27 559,06 48 45

Aposentados por Idade

762 214 181,90 173,36 18 20

Aposentados Compulsória 37 20 115,66 106,95 13 11

Aposentados por Invalidez

360 139 232,91 260,40 17 14

Pensionistas 3.063 985 519,08 668,62 39 41 Sub-total 69.716 35.532

Total 105.248

Fonte: Portal do Ministério da Previdência Social

De acordo com a pesquisa realizada no Portal do Ministério da Previdência

Social, na data de 27/01/2014, 11 (vinte e um) regimes próprios de previdência

municipais no Estado do Ceará, 20,37% (vinte vírgula trinta e sete por cento) dos

RPPS instituídos estão com o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP)

vencidos, conforme delineados na Tabela 7, a seguir, uma delas perfazendo o total

de 900 dias de atraso:

Tabela 7 – Status das CRP dos Regimes Próprios de P revidência no Estado do Ceará. 2014

CRP

Município Data de Emissão Validade Status

Dias de atraso

Acopiara 26/12/2013 14:07 24/06/2014 Prazo -

Alto Santo 18/08/2011 15:27 14/02/2012 Vencida 703

Amontada 29/07/2013 11:30 25/01/2014 Vencida 2

Aracati 26/11/2013 15:39 25/05/2014 Prazo -

Aracoiaba 19/08/2013 11:09 15/02/2014 Prazo -

Araripe 31/01/2014 10:18 30/07/2014 Prazo -

Beberibe 22/08/2013 16:10 18/02/2014 Prazo -

Boa Viagem 18/10/2013 16:00 16/04/2014 Prazo -

Canindé 28/01/2011 14:48 27/07/2011 Vencida 900

Capistrano 25/11/2013 15:48 24/05/2014 Prazo -

Cascavel 23/01/2014 00:26 22/07/2014 Prazo -

Caucaia 23/10/2013 16:30 21/04/2014 Prazo -

Choró 27/03/2013 11:07 23/09/2013 Vencida 124

42

CRP

Município Data de Emissão Validade Status

Dias de atraso

Chorozinho 30/09/2013 22:15 29/03/2014 Prazo -

Crato 23/01/2014 11:33 22/07/2014 Prazo -

Cruz 17/12/2013 14:35 15/06/2014 Prazo -

Eusébio 22/11/2013 23:29 21/05/2014 Prazo -

Fortim 02/09/2013 17:47 11/03/2014 Prazo -

Fortaleza 28/08/2013 08:37 24/02/2014 Prazo -

General Sampaio 18/09/2013 13:44 17/03/2014 Prazo -

Horizonte 0/10/2013 14:07 08/04/2014 Prazo -

Ibicuitinga 11/11/2013 21:33 10/05/2014 Prazo -

Icapui 22/01/2014 09:49 21/07/2014 Prazo -

Ipu 17/12/2013 16:34 15/06/2014 Prazo -

Ipueiras 30/12/2013 19:05 28/06/2014 Prazo -

Irauçuba 28/11/2013 16:12 21/05/2014 Prazo -

Itaitinga 24/06/2013 18:42 21/12/2013 Vencida 36

Itapagé 13/08/2013 16:46 09/02/2014 Prazo -

Itapipoca 16/01/2014 15:37 15/07/2014 Prazo -

Itapiúna 24/12/2012 13:58 22/06/2013 Vencida 215

Itarema 24/12/2013 11:04 22/06/2014 Prazo -

Jaguaruana 24/12/2013 12:40 22/06/2014 Prazo -

Juazeiro do Norte 21/01/2014 10:02 20/07/2014 Prazo -

Maranguape 15/12/2013 11:05 13/06/2014 Prazo -

Maracanaú 18/11/2013 10:33 17/05/2014 Prazo -

Morada Nova 24/01/2014 15:21 23/07/2014 Prazo -

Nova Olinda 30/07/2013 15:19 26/01/2014 Vencida 1

Ocara 26/11/2012 09:52 25/05/2013 Vencida 242

Pacajus 04/12/2013 11:12 02/06/2014 Prazo -

Pacatuba 16/09/2013 15:43 15/03/2014 Prazo -

Pacoti 24/01/2013 13:33 23/07/2013 Vencida 184

Palhano 31/12/2013 09:53 29/06/2014 Prazo -

Palmácia 19/12/2013 11:11 17/06/2014 Prazo -

Potiretama 20/08/2012 16:56 16/02/2013 Vencida 341

Quiterianópolis 08/11/2013 15:03 07/05/2014 Prazo -

Quixadá 27/01/2014 18:28 26/07/2014 Prazo -

Quixeramobim 29/11/2013 17:49 28/08/2014 Prazo -

Redenção 10/02/2012 11:15 08/08/2012 Vencida 529

Russas 31/12/2013 14:05 29/06/2014 Prazo -

Santa Quitéria 28/01/2014 10:37 27/07/2014 Prazo -

São Gonçalo do Amarante 31/10/2013 17:07 29/04/2014 Prazo -

Solonópole 07/08/2013 11:50 03/02/2014 Prazo -

Tauá 05/12/2013 16:54 03/06/2014 Prazo -

Tejucuoca 10/09/2013 16:54 09/03/2014 Prazo -

Viçosa do Ceará 13/01/2014 09:31 12/07/2014 Prazo -

43 Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

Apresenta-se a seguir, na Tabela 8 , os principais motivos que estão impedido

certificar a regularidade previdenciária dos municípios que estão com a certidão de

regularidade previdenciária vencidos:

Tabela 8 – Aspectos Considerados pelo MPAS para a n ão concessão de CRPS a RPPS Cearenses.

Município Caráter

Contributivo. Ente e Ativo. Repasse

Caráter Contributivo. Inativo e

Pensionistas. Repasse

Caráter Contributivo.

Pagamento de Contribuições

Parceladas

Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos - DAIR

Demonstrativo Previdenciário

Demonstrativo de Informações

Previdenciárias e Repasses - DIPR

-

Demonstrativos Contábeis

Alto Santo REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR IRREGULAR

Amontada IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR I RREGULAR REGULAR

Canindé IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR I RREGULAR IRREGULAR

Choró IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR I RREGULAR REGULAR

Itaitinga IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR I RREGULAR REGULAR

Itapiúna IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR I RREGULAR REGULAR

Nova Olinda IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR I RREGULAR REGULAR

Ocara IRREGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR REGULAR

Palmácia IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR REGULAR

Potiretama IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR REGULAR

Redenção IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR REGULAR

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

45

Tabela 9 – Aspectos Considerados pelo MPAS para a n ão concessão de CRPS a RPPS Cearenses.

Município

Demonstrativo do Resultado da

Avaliação Atuarial - DRAA

Equilíbrio Financeiro e patrimonial

Observância dos Limites de Contribuição do

Ente

Aplicações financeiras de acordo com

Resolução do CMN - Decisão Administrativa

Atendimento ao MPS em auditoria indireta no

prazo

Utilização de Recursos Previdenciários

Alto Santo REGULAR IRREGULAR IRREGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Amontada REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Canindé REGULAR REGULAR REGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR

Choró REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Itaitinga REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Itapiúna IRREGULAR REGULAR REGULAR REGULAR IRREGULAR REGULAR

Nova Olinda REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Ocara REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Palmácia REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Potiretama IRREGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Redenção REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR REGULAR

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

A situação não parece ser alarmante, dado que a maior parte dos RPPS

instituídos está regular junto ao Ministério da Previdência.

Entretanto, no Capítulo a seguir, pode-se constatar, em pesquisa realizada nos

Demonstrativos do Resultado da Avaliação Atuarial – DRRA, encaminhados pelos

regimes próprios previdenciários, ao Ministério da Fazenda, que o montante do

déficit atuarial registrados pelos entes municipais cearenses que adotaram o regime

próprio, já está superando a casa dos bilhões.

A legislação pertinente ao Tema, exige que no caso da avaliação indicar déficit

atuarial, na forma prevista no artigo 18 da Portaria MPS nº 403/2008 (BRASIL,

2008), deverá ser apresentado no Parecer Atuarial um plano de amortização para o

seu equacionamento.

O plano de amortização deverá estabelecer um prazo máximo de 35 anos para

que sejam acumulados os recursos necessários para a cobertura do déficit atuarial.

O plano de amortização poderá ser revisto nas reavaliações atuariais anuais,

respeitando sempre o período remanescente para o equacionamento, contado a

partir do marco inicial estabelecido pela implementação do plano de amortização

inicial.

O plano de amortização indicado pelo Parecer Atuarial poderá consistir no

estabelecimento de alíquota de contribuição suplementar ou em aportes periódicos

cujos valores sejam preestabelecidos e somente será considerado implementado a

partir do seu estabelecimento em lei do ente federativo.

A definição de alíquota de contribuição suplementar ou aportes periódicos

deverá estar fundamentada na capacidade orçamentária e financeira do ente

federativo para o cumprimento do plano de amortização.

Mas os demonstrativos encaminhados ao Ministério da Previdência Social,

pesquisados pelo autor, não corroboram esses equilíbrios requeridos pela Norma

Legal, razão pela qual existe uma grande probabilidade de crash (quebra) desses

regimes próprios de previdência municipais, no Estado do Ceará, em um curto

prazo, salvo melhor juízo.

3 APURAÇÃO DO DÉFICIT/SUPERÁVIT ATUARIAL DOS ENTES

PREVIDENCIÁRIOS MUNICIPAIS CEARENSES DE ACORDO COM

AS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DAS AVALIAÇÕES

ATUARIAIS ENCAMINHADAS AO MINISTÉRIO DA PREVIDENCIA

A Lei n. º 9.717/98 (BRASIL, 2008), em seu art. 1.º, inciso I, determina que o

ente que instituir regime próprio de previdência, na forma prevista na legislação

vigente, deverá iniciá0lo por meio de uma avaliação atuarial, e em cada exercício

financeiro, utilizando-se os parâmetros gerais, para a organização e revisão do plano

de custeio e benefícios, de modo que a estrutura do regime implemente as

condições necessárias que garanta a solvência econômica, financeira e atuarial do

ente instituído.

Para a manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial, a entidade previdenciária

deve prover alternativas de financiamento para que o RPPS apresente efetivo

equilíbrio financeiro e atuarial, em atendimento ao disposto no item II do artigo 5º da

portaria MPS nº 204 de 10 de julho de 2008 (BRASIL, 2008), citando-se entre essas

alternativas:

� apurar as reservas matemáticas correspondentes, bem como estabelecer

o plano de custeio para o próximo exercício;

� apresentar demonstrativo de projeções atuariais de receitas e despesas

previdenciárias, preencher o DRAA – Demonstrativo de Resultados da

Avaliação Atuarial e apresentar o demonstrativo de projeções atuariais da

Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF;

� elaborar a Nota Técnica Atuarial e encaminhá-la ao MPS;

� definir o relatório de contabilização da provisão matemática;

� apresentar relatório anual de avaliação atuarial detalhado; e

� prestar as informações atuariais necessárias ao tribunal de contas do

estado, estudo da evolução da população de participantes do plano

48

previdenciário e da aderência das hipóteses atuariais utilizadas na

avaliação anual.

À partir dos Demonstrativos dos Resultados das Avaliações Atuariais

(DRAA´s), Apêndice 1 , encaminhados ao Ministério da Previdência, pode-se apurar

que o déficit atuarial dos entes previdenciários municipais cearenses, importa em

R$ 10.331.367.996,05 (dez bilhões trezentos e trinta e um milhões trezentos e

sessenta e sete mil novecentos e noventa e seis reais e cinco centavos), delineados

conforme Tabela 8 a seguir, representados pela seguinte equação:

, onde (1)

Ativo Patrimonial no momento da avaliação atuarial;

Receita atuarial futura;

Despesa Atuarial futura.

Tabela 10. Apuração do Resultado Atuarial dos RPPS Municipais

Cearenses com base nos DRAA´s encaminhados ao MPAS

Município Superávit (+) / Déficit (-)

Fortaleza -5.857.378.357,73

Boa Viagem -565.719.463,15

Aracati -523.574.496,95

Quixeramobim -457.568.506,07

Quixadá -441.215.897,22

Canindé -332.138.580,78

São Gonçalo do Amarante -227.482.063,79

Fortim -206.414.023,84

Juazeiro do Norte -136.900.487,27

Russas -128.042.797,93

Maracanaú -113.921.323,00

Tauá -108.581.427,97

Ocara -108.171.409,20

Crato -94.854.536,14

49

Município Superávit (+) / Déficit (-)

Redenção -90.282.035,49

Ipueiras -79.938.550,94

Morada Nova -78.344.602,90

Pacatuba -64.079.751,52

Maranguape -60.442.231,15

Itapipoca -53.978.718,59

Itapagé -48.518.176,13

Quiterianópolis -48.057.566,11

Jaguaruana -43.610.274,66

Itapiúna -43.375.490,89

Cascavel -38.598.329,33

Solonópole -38.111.506,07

Capistrano -35.018.406,60

Pacajus -33.567.023,69

Chorozinho -30.423.651,78

Icapui -30.069.115,00

Itarema -25.852.790,89

Ipu -23.085.812,20

Nova Olinda -22.995.308,70

Horizonte -22.332.895,17

Eusébio -19.209.019,79

Beberibe -17.961.058,31

Ibicuitinga -16.361.146,67

Araripe -16.178.466,55

Acopiara -15.191.676,17

Santa Quitéria -14.404.312,07

Choró -12.999.076,93

Tejucuoca -12.744.394,21

Irauçuba -11.539.837,47

Aracoiaba -11.165.700,94

Palhano -10.563.323,15

Palmácia -8.645.220,95

50

Município Superávit (+) / Déficit (-)

Potiretama -8.583.299,79

Itaitinga -8.226.038,66

Pacoti -7.443.700,64

Viçosa do Ceará -6.919.501,67

Alto Santo -6.770.347,52

General Sampaio -2.951.889,49

Cruz 0,00

Caucaia 13.584.526,52

-10.385.840.648,79

A apuração dos dados revelou que os 10 (dez) maiores déficits atuariais

registrados nos entes previdenciários municipais no Estado do Ceará se encontram

nos municípios de Fortaleza (R$ 5.857.378.357,73), Boa Viagem (R$

565.719,463,15) Aracati (R$ 523.574.496,95), Quixeramobim (R$ 457.568.506,07),

Quixadá (R$ 441.215.897,22), Canindé (R$ 332.138.580,78), São Gonçalo do

Amarante (R$ 227.482.063,79), Fortim (R$ 206.414.023,84, Juazeiro do Norte (R(

136.900.487,27) e Russas (R$ 128.042.797,93).

Apenas 2 (dois) municípios apresentaram superávit atuarial: Caucaia (R$

13.584.526,52) e Amontada (R$ 21.078.444,51).

Os municípios que apuraram déficit atuarial devem procurar estabelecer um

plano previdenciário (plano financeiro) através de um sistema estrutura no sentido de

acumular recursos para o pagamento dos compromissos definidos no plano de

benefícios do RPPS, por meio de um plano financeiro.

Plano Financeiro é um sistema estruturado somente no caso de segregação

da massa, segundo conceito do regime financeiro de Repartição Simples, onde as

contribuições a serem pagas pelo ente federativo e pelos segurados vinculados

(servidores ativos, inativos e pensionistas) são fixadas sem objetivo de acumulação

de recursos, sendo as insuficiências aportadas pelo ente federativo, admitida a

constituição de Fundo Financeiro.

51

O seu plano de custeio deve ser calculado atuarialmente segundo conceitos

dos regimes financeiros de Capitalização, Repartição de Capitais de Cobertura e

Repartição Simples e, em conformidade com as regras dispostas na Portaria MPS

nº 403/2008.

O atuário deverá informar nos demonstrativos previdenciários e financeiros

os valores das Reservas Matemática Previdenciárias calculadas em conformidade

com a Nota Técnica Atuarial e as Reavaliações Atuariais, com a finalidade de

serem registradas no Passivo, observando o detalhamento estabelecido no Plano

de Contas aplicável aos RPPS.

4 EXPRESSÕES DE CÁLCULO DOS PRINCIPAIS VALORES

PRESENTES ATUARIAS, UTILIZADOS PARA A ELABORAÇÃO DO S

DEMONSTRATIVOS DE RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES

ATUARIAIS (DRRA’S).

As expressões de cálculo dos valores presentes atuariais, custos e provisões

matemáticas utilizadas para a elaboração dos Demonstrativos de Resultados das

Avaliações Atuariais devem seguir conformidade com o regime de capitalização e

com o método agregado adotado, calculando-se, primeiramente, para cada

segurado ativo, o valor presente atuarial dos salários, contribuições e despesas

administrativas, e, em seguida, determinando-se o valor presente atuarial de todos

os benefícios futuros relativos aos segurados ativos, inativos e pensionistas,

calculando-se, também], o valor presente atuarial das compensações previdenciárias

entre o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e Regime Próprio de

previdência Social (RPPS), obtendo-se ao final o montante da provisão matemática

e o percentual do Custo Normal Agregado.

Este Capítulo tem por objetivo dispor as gerações futuras, as duas principais

formulações matemáticas de cálculos dos valores pressente atuariais, baseados nas

demonstrações atuariais de Capelo (2006) e nos ensinamentos de BOWERS (1997).

4.1 O Cálculo Atuarial

O cálculo atuarial nasceu na Roma Antiga, nos tempos do |Imperador Severus,

de acordo com FILHO (2009, p. 18) que “elaborou uma tabela de esperança de vida

da população”, construída sem nenhuma base científica, mas fornecendo uma idéia

de esperança de vida dos cidadãos da Cidade de Ulpianos, no qual era prefeito.

De forma geral o cálculo atuarial é uma metodologia matemática utilizada pra a

determinação do montante de recursos e de contribuições são necessários para o

pagamento de benefícios futuros: aposentadorias, pensões e benefícios aos seus

segurados, utilizando conceitos de ordem financeira, econômica e probabilísticos.

AS contribuições dos segurados e da entidade mantenedora (no caso em

53

espécie, as prefeituras municipais) devem constituir reservas técnicas e os

previdenciários deverão ser pagos com rendimentos financeiros, e com a exaustão

dos recursos, denominado fundo previdenciário.

São os levantamentos atuariais e as conclusões da “quantidade de pessoas

vivas e os montantes de falecimentos, de acordo com as idades, o tempo decorrido

ou a decorrer, a vida média e provável”, de acordo com FILHO (2009, p. 15), por

meio de tábuas de sobrevivência ou de mortalidade.

O cálculo atuarial deve levar em conta a vida média ou esperança de vida ao

nascer do contribuinte, o seu envelhecimento dentro de um contexto populacional, o

índice de envelhecimento, sua probabilidade de vida, sua probabilidade de morte e a

sua probabilidade de sobrevivência, medindo as probabilidades de sobrevivência e

extinção de uma determinada população em um determinado período, validando o

cálculo dos valores presentes atuariais de salários, do valor presente atuarial das

contribuições e valor presente atuarial dos benefícios a serem pagos, no futuro.

4.1.1 Valor Presente Atuarial dos Salários

Na projeção da remuneração tendo por intuito a contribuição mensal do

segurado ativo, com o objetivo de calcular o valor presente atuarial dos salários,

considera-se o vencimento ou subsídio do cargo efetivo, acrescido das vantagens

pecuniárias estabelecidas em lei, dos adicionais de caráter individual, ou demais

vantagens de qualquer natureza, incorporados ou incorporáveis, percebidas pelo

segurado, acrescidas, em épocas próprias, das parcelas salariais referentes ao 13.º

salário.

O Valor Presente Atuarial dos Salários Mensais Futuros do segurado , em

relação a cada um dos segurados ativos, deve ser calculada pelo uso da seguinte

expressão:

(1)

Onde:

54

Remuneração de participação do segurado referente ao mês

consoante a sua presumida progressão funcional.

, número de comutação para cada idade da Tábua

indicada;

, fator de atualização financeira mensal obtido pela composição

da taxa mensal de juros atuariais com a taxa mensal de inflação;

número de vivos validos na idade da Tábua Bidecremental por

Morte e Invalidez;

índice de mês, com origem em zero no instante da avaliação;

número de meses faltantes, na data da avaliação, para o segurado

completar os requisitos de elegibilidade para benefício de

aposentadoria por tempo de contribuição e idade, por idade ou

compulsória; e

índice de segurado do RPPS.

O Valor Presente Atuarial dos Salários Mensais Futuros, de todos os

segurados ativos do RPPS, é dado por:

Onde:

número de segurados ativos do RPPS.

4.1.2 Valor Presente Atuarial Das Contribuições

O Valor Presente Atuarial das Contribuições Normais Mensais dos Segurados

Ativos, referente ao segurado é mensurada pela seguinte expressão:

55

(2)

Onde:

taxa de contribuição normal dos segurados ativos.

O Valor Presente Atuarial das Contribuições Normais Mensais do ente

federativo, referente ao mesmo segurado , é dado por:

Onde:

taxa de contribuição normal do ente federativo.

4.1.3 Valor Presente Atuarial dos Benefícios a Conceder

4.1.3.1 Aposentadorias

O valor inicial da aposentadoria por tempo de contribuição e idade, idade, por

invalidez ou compulsória é calculado conforme as disposições da legislação federal

em vigor, destacando-se as normas contidas nas emendas constitucionais vigentes

considerando-se os segurados ativos que já implementaram, na data da avaliação,

todas as condições regulamentares para o usufruto do benefício de aposentador

retro mencionados, calculados pela seguinte expressão:

(3)

Onde:

valor mensal de aposentadoria por tempo de contribuição e idade,

por idade ou compulsória, no mês genérico adicionado do valor correspondente ao

respectivo abono natalino anual, no mês em que ocorre.

56

4.1.3.2 Benefícios

4.1.3.2.1 Auxílio-doença

Utilizam-se as estatísticas acerca da quantidade de contribuintes e de auxílios

concedidos constantes dos mais recentes anuários estatísticos da previdência

social, disponíveis no Portal do MPAS;

4.1.3.2.2 Salário-maternidade

Empregam-se as estatísticas obtidas à partir de taxas específicas de

fecundidade por região e grupos de idades, constantes dos mais recentes anuários

estatísticos da previdência social, disponíveis no Portal do MPAS;

4.1.3.2.3 Auxilio-reclusão

Empregam-se as estatísticas acerca da quantidade de auxílio concedidos e a

quantidade de contribuintes constantes dos mais recentes anuários estatísticos da

previdência social, disponíveis no Portal do MPAS.

4.1.4 Despesas Administrativas

Para a estimativa do Valor Atual das obrigações do RPPS com despesa de

administração relativas a um determinado grupo fechado de atuais segurados ativos,

considera-se o percentual de 2,0% sobre a base de salários de contribuição,

proventos e pensões dos segurados que se vinculam ao RPPS, conforme premissa

disposta na Portaria do Ministério de Previdência e Assistência Social MPAS n. º

4.9992/1999, art. 17, § 3.º, alterada pela Portaria MPAS n. º 1.317/2003 (MPAS,

2003).

4.1.5 Tábuas Biométricas

As tábuas biométricas são ferramentas importantes para a análise das

estimativas de vida de um regime próprio de previdência, “conjunto de dados em si,

informações dos óbitos e da população em risco”, na concepção de OLIVEIRA et all

(FUNENSEG, 2010).

57

Dentre as principais tábuas adotadas nos cálculos atuariais desta avaliação,

encontram-se:

AT-49: Sobrevivência de válidos;

CSO-58(male): Mortalidade de Válidos;

IAPB-57: Sobrevivência de inválidos;

IAPB-57: Mortalidade de inválidos;

CSO-58(male): Mortalidade de Válidos;

Álvaro Vindas: para composição de tabela bidecremental) e

IBGE-2010 para a sobrevivência de válidos.

As tábuas são utilizadas pelas instituições que tratam de risco, como

seguradoras e em empresas, órgãos de supervisão e regulação, dentre outros, como

ferramenta de base para o cálculo da eficiência operacional e solvência dos

sistemas de previdência.

4.1.6 Compensação Financeira entre Regimes de Previdência

A Compensação Previdenciária é um acerto de contas do Regime Geral da

previdência Social com os Regimes Próprios dos entes federativos. Desta forma,

servidores que contribuíram durante boa parte da vida laboral para um determinado

regime e mudam para outro, embora tenham os benefícios proporcionados pelo

último, possibilita o acerto de tempo entre os sistemas.

A avaliação atuarial deverá prever a redução dos encargos dos benefícios

integrais a serem, pagos pelo Regime próprio de Previdência social do Município de

Iracema – RPPSIRC, decorrente da compensação Previdenciária do Regime geral

de Previdência Social – RGPS do INSS, concedida ao Regime Próprio, que ora se

pleiteia a instituição, nos casos de contagem recíproca do tempo de contribuição

para efeito de aposentadoria e pensão em que o RPPSIRC seja parte, como regime

58

instituidor, nos termos da Lei Federal n.º 9.796, de 05/05/1999 e com base nos

Decretos n.º 3.112 e 3.217 de 06/07/199 e 22/10/1999, respectivamente, que

regulamentam a Lei n.º 9.796 retro mencionada.

Segundo a Legislação Federal, o montante da compensação previdenciária

pertinente a cada participante do RPPS é calculado pelo Instituto Nacional do

Seguro Social – INSS com base nos benefícios concedidos, em consonância com as

normas do RGPS vigentes na data em que houver a desvinculação do participante

desse regime, ficando incorporadas, na ocorrência da compensação previdenciária

entre os regimes, as novas regras da lei que criou o fator previdenciário.

O INSS calcula essa compensação previdenciária com base em dados

fornecidos pelo RPPSIRC, atendendo a todos os requerimentos adicionais

introduzidos pelo citado fator previdenciário. Dentre esses dados se requer todo o

histórico salarial do participante, a partir de julho de 1994, como filiados ao INSS –

RGPS.

4.1.7 Demais Hipóteses Atuariais

O profissional atuário deve utilizar de outras premissas atuariais geralmente

aceitas, dentre elas se destacam:

� Taxa de Juros Atuariais: taxa real 6,00% a.a. (seis por cento ao ano),

incidentes sobre todas as variáveis salariais, previdenciárias e econômica

do Plano.

� Taxa de Inflação Futura: taxa real 6,00% a.a. (seis por cento ao ano),

incidentes sobre todas as variáveis salariais, previdenciárias e econômica

do Plano.

� Projeção de Crescimento Real dos Salários: Adicional de Tempo de

Serviço: 1,00% (um por cento ao ano) sobre o vencimento-base, ao qual

se incorpora;

� crescimento real do salário ao longo da carreira, calculado à razão de

1,0% a.a. (um por cento ao ano), sobre o salário de participação,

correspondente ao vencimento ou subsídio mensal do cargo efetivo do

segurado, acrescido das vantagens pecuniárias de caráter permanente;

59

� considera-se que os benefícios uma vez concedidos, são constantes em

termos reais ao longo do tempo, sem acréscimos, desvinculados da futura

evolução dos salários dos ativos;

� Admite-se uma rotatividade nula, para ao grupo fechado.

A partir das formulações matemáticas apresentadas e baseadas nas premissas

atuariais geralmente aceitas, o profissional hábil já poderá construir a sua avaliação

atuarial e emitir o Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial competente,

razão pela qual realizamos uma simulação tendo por caso concreto a Prefeitura

Municipal de São Gonçalo do Amarante, escolhida aleatoriamente, conforme se

poderá verificar a seguir.

4.2 Resultado da Apuração Atuarial registrado nos D emonstrativos de

Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA´s).

De acordo com os demonstrativos de resultados das demonstrações atuariais

encaminhados ao Ministério da Previdência e Assistência Social pelos entes

municipais cearenses que têm regimes próprios de previdência instituídos no

exercício de 2013, o montante do déficit atuarial desses importa em R$

10.344.7065.187,76 (dez bilhões trezentos e quarenta e quatro milhões setecentos e

cinco mil cento e oitenta e sete reais e setenta e seis centavos), tendo sua maior

concentração nos municípios de Fortaleza (R$ 5.857.378.357,73), Boa Viagem (R$

565.719.463,15), Aracati (R$ 523.574.496,95), Quixeramobim (R$ 457.568.506,07),

Quixadá (R$ 441.215.897,22), Canindé (R$ 332.138.580,78), São Gonçalo do

Amarante (R$ 227.482.063,79) e Eusébio (R$ 206.414.023,84).

As menores concentrações desse déficit, muito embora na casa dos milhões

dizem respeito aos RPPS instituídos nos municípios de Palmácia (R$ 8.645.220,95),

Potiretama (R$ 8.583.299,79), Itaitinga (R$ (R$ 8.226.038,66), Pacoti (R$

7.443.700,64), Viçosa do Ceará (R$ 6.919.501,67) e Alto Santo (R$ 6.770.347,52).

60

Tabela 11. Resultado Atuarial verificado nos Demons trativos

encaminhados ao MPAS

Valor do Resultado Atuarial Demonstrado nos DRAA´s

Município R$ Amontada 21.078.444,51 Caucaia 13.584.526,52

General Sampaio -2.951.889,49 Alto Santo -6.770.347,52

Viçosa do Ceará -6.919.501,67

Pacoti -7.443.700,64

Itaitinga -8.226.038,66

Potiretama -8.583.299,79 Palmácia -8.645.220,95 Palhano -10.563.323,15

Aracoiaba -11.165.700,94 Irauçuba -11.539.837,47

Tejucuoca -12.744.394,21

Choró -12.999.076,93 Santa Quitéria -14.404.312,07

Acopiara -15.191.676,17 Araripe -16.178.466,55

Ibicuitinga -16.361.146,66 Beberibe -17.961.058,31

Fortim -19.209.019,79 Horizonte -22.332.895,17

Nova Olinda -22.995.308,70

Ipu -23.085.812,20 Itarema -25.852.790,89

Icapui -30.069.115,00 Cruz -30.087.551,10

Chorozinho -30.423.651,78 Solonópole -33.111.506,06

Pacajus -33.567.023,69 Capistrano -35.018.406,60 Cascavel -38.598.329,33

Itapiúna -43.375.490,89

Jaguaruana -43.610.274,66 Quiterianópolis -48.057.566,11

Itapajé -48.518.176,13 Itapipoca -53.978.718,59

Maranguape -60.442.231,15 Pacatuba -64.079.751,52

Morada Nova -78.344.602,90

Ipueiras -79.938.550,94 Redenção -90.282.035,49

Crato -94.854.536,14

Ocara -108.171.409,20

61

Valor do Resultado Atuarial Demonstrado nos DRAA´s

Tauá -108.581.427,97

Maracanaú -113.921.323,00 Russas -128.042.797,93

Juazeiro do Norte -136.900.487,27 Eusébio -206.414.023,84

São Gonçalo do Amarante -227.482.063,79 Canindé -332.138.580,78

Quixadá -441.215.897,22

Quixeramobim -457.568.506,07 Aracati -523.574.496,95

Boa Viagem -565.719.463,15

Fortaleza -5.857.378.357,73 -10.344.705.187,76

Os municípios de Amontada e Caucaia apresentaram superávit sendo R$

21.078.444,51 (vinte e um milhões setenta e oito mil quatrocentos e quarenta e

quatro reais e cinqüenta e um centavos) e R$ 13.584.526,52 (treze milhões

quinhentos e oitenta e quatro mil quinhentos e vinte e seis reais e cinqüenta e dois

centavos), respectivamente.

4.2.1 Algumas Inconsistências Verificadas nos Demonstrativos dos Resultados das

Avaliações Atuariais encaminhados ao Ministério da Previdência.

Analisando mais detalhadamente os Demonstrativos das Avaliações Atuariais

encaminhadas ao Ministério da Previdência Social, verificamos que existem algumas

inconsistências que requerem uma melhor avaliação por parte dos órgãos de

controle e fiscalização dos regimes próprios de previdência e dos órgãos de controle

social das contas públicas, no caso em espécie, do Tribunal de Contas dos

Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE):

� Como justificar o fato da Prefeitura Municipal de Quixeramobim tenha

apresentado equilíbrio financeiro e atuarial no exercício de 2011, tendo

apurado superávit/déficit de R$ 0,00, e no exercício seguinte tenha

apresentado o déficit atuarial de R$ 346.804.443,14;

� Como justificar o fato da Prefeitura Municipal de Quixeramobim estar

62

pagando aposentadorias e pensões com recursos da sua receita corrente,

aportando recursos da ordem de R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro

milhões anuais) evidenciando não ter capitalizado recursos ao longo da

vida laboral dos assistidos para o pagamento dos benefícios

previdenciários, de acordo com os dados do Sistema de Informações

Municipais – SIM, do TCM-CE.

QUIXERAMOBIM - 2011 Campos Valores da avaliação atuarial em R$ *

Benefícios - Regime de Benefícios - Regime de

Capitalização Repartição

Ativo do Plano 0,00

Valor Atual dos Salários Futuros 84.889.731,55 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios a conceder) 253.029.896,67 0 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios concedidos) 82.319.316,92 0 Valor Atual das Contribuições Futuras (Benefícios concedidos) 82.319.316,92 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentados e Pensionistas (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ente (Benefícios a Conceder) 243.692.026,20 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentado e Pensionista (Benefícios a Conceder) 9.337.870,47 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Receber 0,00 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Pagar 0,00 0 Resultado Atuarial: (+) Superávit/(-) Déficit 0,00 0

Quadro 2. Valores da Avaliação Atuarial do Municípi o de Quixeramobim.

2011

Fonte: Ministério da previdência e Assistência social

QUIXERAMOBIM - 2012

Campos Valores da avaliação atuarial em R$ *

Benefícios - Regime de Benefícios - Regime de

Capitalização Repartição

Ativo do Plano 0,00

Valor Atual dos Salários Futuros 89.029.334,85 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios a conceder) 268.898.233,66 0 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios concedidos) 99.157.511,71 0

63

QUIXERAMOBIM - 2012 Valor Atual das Contribuições Futuras (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentados e Pensionistas (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ente (Benefícios a Conceder) 11.458.075,40 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentado e Pensionista (Benefícios a Conceder) 9.793.226,83 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Receber 0,00 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Pagar 0,00 0 Resultado Atuarial: (+) Superávit/(-) Déficit -346.804.443,14 0

Quadro 3. Valores da Avaliação Atuarial do Municípi o de Quixeramobim.

2012.

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

� Como justificar o fato da Prefeitura Municipal de Maracanaú ter

“desaparecido” com o saldo bancário do regime próprio de previdência

instituído até 31/12/2012 (conforme dados do SIM), época em que

retornou ao Regime Geral de Previdência (RGPS) no importe de cerca de

R$ 31.000,000,00 (trinta e um milhões), tendo registrado apenas R$

15.756.780,87 (quinze milhões setecentos e cinqüenta e seis mil

setecentos e oitenta reais e oitenta e sete centavos), no DRRA de 2011.

MARACANAÚ – 2011 Campos Valores da avaliação atuarial em R$ *

Benefícios - Regime de Benefícios - Regime de

Capitalização Repartição

Ativo do Plano 15.756.780,87

Valor Atual dos Salários Futuros 584.423.057,70 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios a conceder) 319.239.852,12 0 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios concedidos) 2.964.700,65 0 Valor Atual das Contribuições Futuras (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentados e Pensionistas 0,00 0

64

MARACANAÚ – 2011 (Benefícios concedidos)

Valor Atual das Contribuições Futuras do Ente (Benefícios a Conceder) 65.280.055,54 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentado e Pensionista (Benefícios a Conceder) 65.650.746,07 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Receber 123.297.755,98 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Pagar 0,00 0 Resultado Atuarial: (+) Superávit/(-) Déficit -52.219.214,30 0

Quadro 4. Valores da Avaliação Atuarial do Municípi o de Maracanaú. 2011

Fonte: Ministério da Previdência e Assistência Social

MARACANAÚ – 2011

Campos Valores da avaliação atuarial em R$ *

Benefícios - Regime de Benefícios - Regime de

Capitalização Repartição

Ativo do Plano 0,00

Valor Atual dos Salários Futuros 1.309.500.334,03 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios a conceder) 472.015.616,63 0 Valor Atual dos Benefícios Futuros (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentados e Pensionistas (Benefícios concedidos) 0,00 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ente (Benefícios a Conceder) 117.855.030,06 0 Valor Atual das Contribuições Futuras do Ativo, Aposentado e Pensionista (Benefícios a Conceder) 144.176.669,28 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Receber 96.062.594,29 0 Valor Atual da Compensação Financeira a Pagar 0,00 0 Resultado Atuarial: (+) Superávit/(-) Déficit -113.921.323,000 0

Quadro 5. Valores da Avaliação Atuarial do Municípi o de Maracanaú. 2012

Fonte: Ministério da previdência e Assistência social

65

� Como o Regime Próprio de Servidores do Município de Ipueiras

conseguiu capitalizar recursos da ordem de R$ 7.773.599,85 (sete

milhões setecentos e setenta e três mil quinhentos e noventa e nove reais

e oitenta e cinco centavos), de acordo com o DRAA emitido em

11/12/2013,apurado déficit de R$ 79.938.550,94 (setenta e nove milhões

novecentos e trinta e oito mil quinhentos e cinqüenta reais e noventa e

quatro centavos); enquanto o Regime Próprio de Previdência dos

Servidores do Município de Ipu, de massa de servidores com as mesmas

características, possui um ativo no montante de R$ 773.089,77

(setecentos e setenta e três mil oitenta e nove reais e setenta e sete

centavos), e apura déficit de, apenas R$ 23.085.812,20 (vinte e três

milhões oitenta e cinco mil oitocentos e doze reais e vinte centavos).

As respostas não poderão ser conclusas nesta pesquisa, mas, para um melhor

entendimento das evidências das inconsistências na apuração dos resultados

atuariais apresentados nos demonstrativos encaminhados ao Ministério da

Previdência e Assistência Social, à partir das formulações matemáticas e premissas

atuariais aceitas, com base nos registros contidos no Sistema de Informações

Municipais – SIM, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-CE), confeccionamos

um programa em linguagem Hypertext Preprocessor (PHP), disponível no endereço

eletrônico http://177.19.130.172/atuarial/, relativo ao Município de São Gonçalo do

Amarante, exercício financeiro de 2013, escolhido aleatoriamente.

4.3 Apuração e Resultados da Avaliação Atuarial dos Regimes Próprios de

Previdência instituídos no Estado do Ceará. Exercíc io Financeiro de 2013.

Dados as inconsistências que verificamos nos números apresentados nos

demonstrativos das avaliações atuariais encaminhadas ao Ministério da Previdência

e Assistência Social – MPAS, à partir das formulações matemáticas e premissas

atuariais aceitas, com base nos registros contidos no Sistema de Informações

Municipais – SIM, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-CE), confeccionamos

um programa em linguagem Hypertext Preprocessor (PHP), disponível no endereço

eletrônico http://177.19.130.172/atuarial/, buscou-se realizar o cálculo atuarial dos

55 (cinqüenta e cinco) municípios cearenses com RPPS instituídos, exercício

financeiro de 2013, escolhido aleatoriamente.

66

4.3.1 Dados da Massa Laboral

Com os dados da massa laborativa do RPPS do regimes próprios de

previdência social municipais instituídos no Estado do Ceará (idade, sexo, data de

posse, valor dos vencimentos, dentre outros), dados contidos na Tabela AP (agentes

públicos da folha) e Tabela FP (Agentes públicos da folha de pagamento), do banco

de dados do Sistema de Informações Municipais – SIM do Tribunal de Contas dos

Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE), de acordo com o modelo apresentado no

Quadro 05 a seguir:

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"20833644300","N","E","016/2009",1001,1000.00,"O",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"20833644300","N","E","016/2009",1900,80.00,"",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"21865000353","E","L","001/2013",1128,4000.00,"O",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"21865000353","E","L","001/2013",1900,152.48,"",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"21865000353","E","L","001/2013",1910,874.66,"",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"44335610378","E","L","001/2013",1128,6000.00,"O",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"44335610378","E","L","001/2013",1900,430.78,"",201301,200

"959","009",201300,"02","10",201301,"AN",20130130,"44335610378","E","L","001/2013",1910,775.01,"",201301,200

67

"959","009",201300,"03","10",201301,"AC",20130130,"00901691313","T","H","20110101",1201,311.00,"O",201301,200

"959","009",201300,"03","10",201301,"AC",20130130,"00901691313","T","H","20110101",1900,24.88,"",201301,200

"959","009",201300,"03","10",201301,"AC",20130130,"56068069320","T","H","20110101",1201,311.00,"O",201301,200

"959","009",201300,"03","10",201301,"AC",20130130,"56068069320","T","H","20110101",1900,24.88,"",201301,200

Quadro 05. Formato das Tabelas AP2013.00 (Agentes d a Folha) e AF

(Itens Remunetarórios) contidos no SIM .

Fonte: Sistema de Informações Municipais – SIM.

4.3.2 Premissas iniciais para Cálculo Atuarial dos RPPS Cearenses à partir dos

dados do SIM.

Com os dados da massa laborativa do RPPS instituídos nos municípios

cearenses contidos na Tabela AP (agentes públicos da folha) e Tabela FP (Agentes

públicos da folha de pagamento), do banco de dados do Sistema de Informações

Municipais – SIM, contendo os segregamos as os servidores em 2 (dois) grupos:

não magistério e magistério .

Os servidores do grupo não magistério contribuem com o RPPS até o final de

suas vidas, na forma contida na Tabela de Sobrevivência IBGE-2010, e ao

completarem 60 anos de idade (mulher) e 65 anos de idade (homem) aposentam-se

com o recebimento integral de seus vencimentos até o momento em que a

probabilidade de sua sobrevivência deixa de existir.

. Os servidores do grupo Magistério contribuem com o RPPS até completarem

25 anos de serviço, a partir da posse no exercício da função, momento em que

aposentam do serviço público, correndo à Tabela de Sobrevivência IBGE-2010,

percebendo os seus vencimentos até o momento em que a probabilidade de sua

sobrevivência se extingue.

Os pensionistas e aposentados “correm” a mesma tabela, percebendo os

vencimentos, de direito, do servidor (falecido) até completarem 21 (vinte e um anos

de idade, se menor; e se maior, até o momento em que a probabilidade de sua

68

sobrevivência se extingue.

Os benefícios e auxílios representam percentuais de acordo com as

severidades (estatísticas) contidas nos mais recentes anuários da previdência social,

relativos aos salário-maternidade, auxílio reclusão, aposentadorias por invalidez e

salário-família.

4.3.3 Resultados da Pesquisa e da Apuração do Cálculo Atuarial dos RPPS

Cearenses à partir dos dados do SIM.

A Tabela 14 , a seguir delineia os valores resultantes da apuração do resultado

atuarial de cada dos 55 (cinqüenta e cinco) municípios cearenses que tem instituídos

RPPS no exercício de 2013, apontando-se as divergências verificadas entre os

valores apurados e os valores demonstrados nos demonstrativos de resultado das

avaliações atuariais encaminhadas ao Ministério da Previdência e Assistência

Social.

O montante do déficit atuarial de todos os 55 municípios que tinham RPPS

instituído no exercício de 2013 importou no montante de R$ 3.361.632.976,77 (três

bilhões trezentos e sessenta e um milhões seiscentos e trinta e dois mil novecentos

e setenta e seis reais e setenta e sete centavos), diferente do registrado nos

Demonstrativos de Resultado das Avaliações Atuariais encaminhados ao Ministério

da Previdência e Assistência Social (MPAS), este que importa em R$

10.344.705.187,76 (dez bilhões trezentos e quarenta e quatro milhões setecentos e

cinco mil cento e oitenta e sete reais e setenta e seis centavos).

Do apurado atuarialmente, Os municípios de Fortaleza (R$ 2.402.018.653,15),

Canindé (R$ 103.443.859,31), Maracanaú (R$ 85.439.402,06), Juazeiro do Norte

(R$ 65.683.337,53) Itapipoca (R$ 53.989.414,38) Boa Viagem (R$ 52.804.355,38) e

Quixadá (R$ 51.793.087,04) são os que apresentaram os maiores déficits.

Do apurado atuarialmente, Os municípios de Fortaleza (R$ 2.402.018.653,15),

Canindé (R$ 103.443.859,31), Maracanaú (R$ 85.439.402,06), Juazeiro do Norte

(R$ 65.683.337,53) Itapipoca (R$ 53.989.414,38) Boa Viagem (R$ 52.804.355,38) e

Quixadá (R$ 51.793.087,04) são os que apresentaram os maiores déficits.

Os municípios de Amontada e Caucaia confirmaram o superávit atuarial, mas

69

em R$ 5.142.879,321 (cinco milhões, cento e quarenta e dois mil, oitocentos e

setenta e nove reais e trinta e dois centavos) e não R$ 21.078.444,51 (vinte e um

milhões, setenta e oito mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais e cinqüenta e um

centavos); e R$ 25.292.558,30 (vinte e cinco milhões duzentos e noventa e dois mil

quinhentos e cinqüenta e oito reais e trinta centavos) e não R$ 13.584.526,52 (treze

milhões quinhentos e oitenta e quatro milhões quinhentos e vinte e seis mil e

cinqüenta e dois centavos), respectivamente, divergente dos demonstrados nos

DRRA´s encaminhados ao MPAS.

Na apuração, também, apresentaram superávit os municípios de Fortim (R$

779.994,57) Cruz (R$ 1.002.320,07), Choró (R$ 1.592.754,37) e Itaitinga (R$

2.992.854,48), quando os DRRA´s apresentaram déficit de R$ 19.209.019,79), (R$

30.087.551,10), R$ 12.999.076,93 e R$ 8.226.038,66, respectivamente.

Os Municípios que apresentaram os maiores déficits na apuração do resultado

atuarial foram: Fortaleza (R$ 2.402.018.653,15), Canindé (R$ 103.443.859,31),

Maracanaú (R$ 85.439.402,06), Juazeiro do Norte (R$ 65.683.337,53), Itapipoca (R$

53.989.414,38), Boa Viagem (R$ 52.804.355,38), Quixadá (R$ 51.793.087,04)

Cascavel (R$ 43.000.739,45) Eusébio (R$ 37.035.702,28) e Quixeramobim (R$

29.535.631,15).

A apuração atuarial mais precisa verificou-se no Município de Itapipoca que

apresentou déficit de R$ 53.989.414,38 (cinqüenta e três milhões, novecentos e

oitenta e nove mil, quatrocentos e quatorze reais e trinta e oito centavos), enquanto

o demonstrativo do resultado da avaliação atuarial apresentado ao Ministério da

Previdência e Assistência Social apurou déficit de R$ 53.978.718,59 (cinqüenta e

três milhões, novecentos e setenta e oito mil, setecentos e dezoito reais e cinqüenta

e nove centavos), verificando-se uma diferença entre um e outro no valor de,

apenas, R$ 10.695,79 (dez mil, seiscentos e noventa e cinco reais e setenta e nove

centavos).

As principais divergências entre o cálculo atuarial realizado na pesquisa e o

cálculo atuarial registrado nos DRAA´s, mais grosseiras, verificaram-se nos

municípios de Fortaleza (R$ 3.455.359.704,58), Boa Viagem (R$ 512.915.107,77),

Aracati (R$ 502.631.219,40), Quixeramobim (R$ 428.032.874,92), Quixadá (R$

70

389.422.810,18), Canindé (R$ 228.694.721,47), São Gonçalo do Amarante (R$

205.667.160,94) e Eusébio (R$ 169.378.321,56), conforme Tabela 12 a seguir:

Tabela 12. Principais divergências entre o resultad o atuarial calculado e o

resultado atuarial registrado nos DRRA´s do MPAS

Município Resultado Apurado

Resultado Demonstrado nos

DRAA´S 169.378.321,56

Eusébio -37.035.702,28 -206.414.023,84 169.378.321,56 São Gonçalo do Amarante -21.814.902,85 -227.482.063,79 205.667.160,94

Canindé -103.443.859,31 -332.138.580,78 228.694.721,47 Quixadá -51.793.087,04 -441.215.897,22 389.422.810,18

Quixeramobim -29.535.631,15 -457.568.506,07 428.032.874,92

Aracati -20.943.277,55 -523.574.496,95 502.631.219,40 Boa Viagem -52.804.355,38 -565.719.463,15 512.915.107,77

Fortaleza -

2.402.018.653,15 -5.857.378.357,73 3.455.359.704,58

Fonte: elaborado pelo Autor

À exceção do Município de Fortaleza, de grande porte, que mantém em seus

quadros equipe de atuários para consolidar os dados dos servidores públicos

municipais lotados na Prefeitura Municipal de Fortaleza, administração pública direta

e indireta, as demais divergências não se justificam, devendo os municípios retro

mencionados envidarem esforços no sentido de reavaliar os seus estudos atuariais,

refazendo os seus cálculos e, sobretudo, buscar forma de aportar recursos para a

cobertura dos déficits apurados, procurando o estabelecimento não só do equilíbrio

financeiro, ,mas, também do equilíbrio atuarial.

Tabela 13. Confronto entre o resultado atuarial ca lculado e o resultado

atuarial registrado nos DRRA´s do MPAS

Resultado Atuarial Apurado pela Pesquisa

Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Valor do Resultado Atuarial

Demonstrado nos DRAA´s

Diferença

Solonópole 1.864.681,67 69.343.125,42 84.693.518,53 -13.485.711,44 -33.111.506,06 -46.597.217,50

Amontada 34.425.089,76 132.278.045,48 161.560.256,03 5.142.879,21 21.078.444,51 -15.935.565,30

Aracoiaba 5.438.274,51 77.294.842,77 106.282.202,16 -23.549.084,88 -11.165.700,94 -12.383.383,94

Araripe 6.218.391,97 82.854.474,80 113.926.825,19 -24.853.958,42 -16.178.466,55 -8.675.491,87

Acopiara 5.879.043,21 124.132.519,98 151.611.566,65 -21.600.003,46 -15.191.676,17 -6.408.327,29 Viçosa do

Ceará 22.925.280,11 158.133.806,65 193.139.671,79 -12.080.585,03 -6.919.501,67 -5.161.083,36

Cascavel 11.829.194,98 145.314.357,79 200.144.292,22 -43.000.739,45 -38.598.329,33 -4.402.410,12

71

Resultado Atuarial Apurado pela Pesquisa

Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Valor do Resultado Atuarial

Demonstrado nos DRAA´s

Diferença

Pacoti 4.280.610,80 63.363.767,90 77.390.518,80 -9.746.140,10 -7.443.700,64 -2.302.439,46

Itapipoca 31.589.434,03 386.589.761,84 472.168.610,25 -53.989.414,38 -53.978.718,59 -10.695,79

Irauçuba 4.735.256,11 69.526.553,05 84.917.551,29 -10.655.742,13 -11.539.837,47 884.095,34 General Sampaio 3.595.376,75 25.261.496,35 30.853.599,35 -1.996.726,25 -2.951.889,49 955.163,24

Tejucuoca 4.870.535,79 73.052.629,18 89.224.190,09 -11.301.025,12 -12.744.394,21 1.443.369,09

Beberibe 27.805.517,14 115.870.598,95 159.324.761,92 -15.648.645,83 -17.961.058,31 2.312.412,48

Alto Santo 3.380.061,13 20.024.606,28 24.457.426,07 -1.052.758,66 -6.770.347,52 5.717.588,86

Palmácia 3.231.034,35 26.713.379,96 32.626.884,45 -2.682.470,14 -8.645.220,95 5.962.750,81

Potiretama 332.849,44 8.864.864,43 10.827.267,38 -1.629.553,51 -8.583.299,79 6.953.746,28

Horizonte 29.759.458,73 197.096.713,72 240.727.744,47 -13.871.572,02 -22.332.895,17 8.461.323,15

Palhano 2.491.250,16 19.484.385,73 23.797.617,62 -1.821.981,73 -10.563.323,15 8.741.341,42

Itaitinga 26.103.288,84 104.397.961,44 127.508.395,80 2.992.854,48 -8.226.038,66 11.218.893,14

Caucaia 74.117.229,25 586.678.590,40 635.503.261,35 25.292.558,30 13.584.526,52 11.708.031,78

Santa Quitéria 17.591.311,97 87.389.132,14 106.734.345,16 -1.753.901,05 -14.404.312,07 12.650.411,02

Ibicuitinga 0,00 15.823.310,87 19.326.095,62 -3.502.784,75 -16.361.146,66 12.858.361,91

Choró 3.319.865,97 20.753.020,52 22.480.132,12 1.592.754,37 -12.999.076,93 14.591.831,30

Nova Olinda 2.915.190,83 45.270.303,81 55.291.729,23 -7.106.234,59 -22.995.308,70 15.889.074,11

Icapui 4.798.498,42 71.161.299,81 86.914.179,71 -10.954.381,48 -30.069.115,00 19.114.733,52

Fortim 7.055.092,01 28.346.822,50 34.621.919,94 779.994,57 -19.209.019,79 19.989.014,36

Ipu 773.089,77 13.466.159,88 16.447.145,33 -2.207.895,68 -23.085.812,20 20.877.916,52

Pacajus 7.174.792,51 88.235.233,09 107.767.746,32 -12.357.720,72 -33.567.023,69 21.209.302,97

Capistrano 9.382.938,87 61.335.963,64 84.479.216,07 -13.760.313,56 -35.018.406,60 21.258.093,04

Itarema 20.614.837,72 101.339.474,18 123.772.855,39 -1.818.543,49 -25.852.790,89 24.034.247,40

Jaguaruana 10.819.685,54 134.262.397,50 163.983.881,36 -18.901.798,32 -43.610.274,66 24.708.476,34

Chorozinho 5.867.407,48 62.588.329,51 72.152.355,98 -3.696.618,99 -30.423.651,78 26.727.032,79

Maracanaú 0,00 385.959.833,60 471.399.235,66 -85.439.402,06 -113.921.323,00 28.481.920,94

Cruz 9.644.831,53 56.557.806,11 65.200.317,57 1.002.320,07 -30.087.551,10 31.089.871,17

Itapajé 16.001.782,19 136.875.404,91 167.175.326,64 -14.298.139,54 -48.518.176,13 34.220.036,59

Quiterianópolis 0,00 58.707.679,85 71.703.718,88 -12.996.039,03 -48.057.566,11 35.061.527,08

Itapiúna 1.449.214,75 41.735.798,52 50.974.795,33 -7.789.782,06 -43.375.490,89 35.585.708,83

Pacatuba 13.459.373,15 141.299.311,12 172.578.546,94 -17.819.862,67 -64.079.751,52 46.259.888,85

Maranguape 37.842.154,45 181.654.797,62 221.867.472,46 -2.370.520,39 -60.442.231,15 58.071.710,76

Morada Nova 4.593.467,90 111.024.789,91 135.602.196,25 -19.983.938,44 -78.344.602,90 58.360.664,46

Crato 13.948.665,88 282.131.751,55 325.243.871,05 -29.163.453,62 -94.854.536,14 65.691.082,52

Ipueiras 7.773.599,85 96.307.215,00 117.626.611,86 -13.545.797,01 -79.938.550,94 66.392.753,93 Juazeiro do

Norte 80.448.841,83 660.130.458,25 806.262.637,61 -65.683.337,53 -136.900.487,27 71.217.149,74

Redenção 12.715.714,05 124.976.404,80 152.642.261,11 -14.950.142,26 -90.282.035,49 75.331.893,23

Ocara 600.365,97 69.052.055,08 84.338.014,35 -14.685.593,30 -108.171.409,20 93.485.815,90

Tauá 0,00 53.798.996,86 65.708.407,44 -11.909.410,58 -108.581.427,97 96.672.017,39

Russas 7.124.389,76 164.926.413,05 201.435.948,21 -29.385.145,40 -128.042.797,93 98.657.652,53

Eusébio 10.352.973,69 310.118.136,43 357.506.812,40 -37.035.702,28 -206.414.023,84 169.378.321,56 São Gonçalo do

Amarante 12.788.178,35 156.314.289,91 190.917.371,11 -21.814.902,85 -227.482.063,79 205.667.160,94

Canindé 0,00 274.154.586,15 377.598.445,46 -103.443.859,31 -332.138.580,78 228.694.721,47

Quixadá 1.053.436,17 238.726.334,87 291.572.858,08 -51.793.087,04 -441.215.897,22 389.422.810,18

Quixeramobim 0,00 133.422.835,48 162.958.466,63 -29.535.631,15 -457.568.506,07 428.032.874,92

Aracati 14.126.583,26 158.422.897,60 193.492.758,41 -20.943.277,55 -523.574.496,95 502.631.219,40

72

Resultado Atuarial Apurado pela Pesquisa

Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Valor do Resultado Atuarial

Demonstrado nos DRAA´s

Diferença

Boa Viagem 1.591.666,00 144.164.368,36 198.560.389,74 -52.804.355,38 -565.719.463,15 512.915.107,77

Fortaleza 741.647.619,84 14.201.046.383,66 17.344.712.656,65 -2.402.018.653,15 -5.857.378.357,73 3.455.359.704,58

-3.361.632.976,77 -10.344.705.187,76

Fonte: elaborado pelo Autor

4.3.4 Cenários de Apuração da Solvência dos RPPS Municipais Cearenses de

Acordo com os dados do SIM.

4.3.4.1 Paridade de Contribuição do Ente Patrocinador (município) e servidores

(ativos e inativos): 11% de cada grupo patrocinador.

À partir dos dados contidos no Sistema de Informações Municipais – SIM,

criou-se o ranking dos principais déficits atuariais calculados, no montante de

R$ 3.398.436.337,78 (três bilhões trezentos e noventa e oito milhões quatrocentos e

trinta e seis mil trezentos e trinta e sete reais e setenta e sete reais e setenta e oito

centavos) tendo como os 10 (dez) principais regimes deficitários Fortaleza, Canindé,

Maracanaú, Juazeiro do Norte e Itapipoca, Boa Viagem, Quixadá, Cascavel, Eusébio

e Quixeramobim de acordo com a Tabela 14 a seguir, com a participação do Ente

Patrocinador (Município) e Servidores (Ativos e Inativos) em 11% (onze por cento)

do salário-base de cada colaborador:

Tabela 14. Ranking do Déficit Atuarial Calculado p ela Pesquisa. Cenário

1.

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa. C ENÁRIO 1 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Fortaleza 741.647.619,84 14.201.046.383,66 17.344.712.656,65 -2.402.018.653,15

Canindé 0 274.154.586,15 377.598.445,46 -103.443.859,31

Maracanaú 0 385.959.833,60 471.399.235,66 -85.439.402,06

Juazeiro do Norte 80.448.841,83 660.130.458,25 806.262.637,61 -65.683.337,53

Itapipoca 31.589.434,03 386.589.761,84 472.168.610,25 -53.989.414,38

Boa Viagem 1.591.666,00 144.164.368,36 198.560.389,74 -52.804.355,38

Quixadá 1.053.436,17 238.726.334,87 291.572.858,08 -51.793.087,04

Cascavel 11.829.194,98 145.314.357,79 200.144.292,22 -43.000.739,45

Eusébio 10.352.973,69 310.118.136,43 357.506.812,40 -37.035.702,28

Quixeramobim 0 133.422.835,48 162.958.466,63 -29.535.631,15

Russas 7.124.389,76 164.926.413,05 201.435.948,21 -29.385.145,40

Crato 13.948.665,88 282.131.751,55 325.243.871,05 -29.163.453,62

73

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa. C ENÁRIO 1 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Araripe 6.218.391,97 82.854.474,80 113.926.825,19 -24.853.958,42

Aracoiaba 5.438.274,51 77.294.842,77 106.282.202,16 -23.549.084,88

São Gonçalo do Amarante 12.788.178,35 156.314.289,91 190.917.371,11 -21.814.902,85

Acopiara 5.879.043,21 124.132.519,98 151.611.566,65 -21.600.003,46

Aracati 14.126.583,26 158.422.897,60 193.492.758,41 -20.943.277,55

Morada Nova 4.593.467,90 111.024.789,91 135.602.196,25 -19.983.938,44

Jaguaruana 10.819.685,54 134.262.397,50 163.983.881,36 -18.901.798,32

Pacatuba 13.459.373,15 141.299.311,12 172.578.546,94 -17.819.862,67

Beberibe 27.805.517,14 115.870.598,95 159.324.761,92 -15.648.645,83

Redenção 12.715.714,05 124.976.404,80 152.642.261,11 -14.950.142,26

Ocara 600.365,97 69.052.055,08 84.338.014,35 -14.685.593,30

Itapajé 16.001.782,19 136.875.404,91 167.175.326,64 -14.298.139,54

Horizonte 29.759.458,73 197.096.713,72 240.727.744,47 -13.871.572,02

Capistrano 9.382.938,87 61.335.963,64 84.479.216,07 -13.760.313,56

Ipueiras 7.773.599,85 96.307.215,00 117.626.611,86 -13.545.797,01

Solonópole 1.864.681,67 69.343.125,42 84.693.518,53 -13.485.711,44

Quiterianópolis 0 58.707.679,85 71.703.718,88 -12.996.039,03

Pacajus 7.174.792,51 88.235.233,09 107.767.746,32 -12.357.720,72

Viçosa do Ceará 22.925.280,11 158.133.806,65 193.139.671,79 -12.080.585,03

Tauá 0 53.798.996,86 65.708.407,44 -11.909.410,58

Tejucuoca 4.870.535,79 73.052.629,18 89.224.190,09 -11.301.025,12

Icapui 4.798.498,42 71.161.299,81 86.914.179,71 -10.954.381,48

Irauçuba 4.735.256,11 69.526.553,05 84.917.551,29 -10.655.742,13

Pacoti 4.280.610,80 63.363.767,90 77.390.518,80 -9.746.140,10

Itapiúna 1.449.214,75 41.735.798,52 50.974.795,33 -7.789.782,06

Nova Olinda 2.915.190,83 45.270.303,81 55.291.729,23 -7.106.234,59

Chorozinho 5.867.407,48 62.588.329,51 72.152.355,98 -3.696.618,99

Ibicuitinga 0 15.823.310,87 19.326.095,62 -3.502.784,75

Palmácia 3.231.034,35 26.713.379,96 32.626.884,45 -2.682.470,14

Maranguape 37.842.154,45 181.654.797,62 221.867.472,46 -2.370.520,39

Ipu 773.089,77 13.466.159,88 16.447.145,33 -2.207.895,68

General Sampaio 3.595.376,75 25.261.496,35 30.853.599,35 -1.996.726,25

Palhano 2.491.250,16 19.484.385,73 23.797.617,62 -1.821.981,73

Itarema 20.614.837,72 101.339.474,18 123.772.855,39 -1.818.543,49

Santa Quitéria 17.591.311,97 87.389.132,14 106.734.345,16 -1.753.901,05

Potiretama 332.849,44 8.864.864,43 10.827.267,38 -1.629.553,51

Alto Santo 3.380.061,13 20.024.606,28 24.457.426,07 -1.052.758,66

Total -3.398.436.337,78

Fonte: elaborado pelo Autor

Com os mesmos percentuais de participação – 11% (onze por cento), o

calculado realizado identificou 6 (seis) municípios que apresentaram superávit

atuarial, ei-los a seguir, conforme Tabela 15.

74

Tabela 15. Ranking do Superávit Atuarial Calculado pela Pesquisa.

Cenário 1.

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa. C ENÁRIO 1 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Caucaia 74.117.229,25 586.678.590,40 635.503.261,35 25.292.558,30

Amontada 34.425.089,76 132.278.045,48 161.560.256,03 5.142.879,21

Itaitinga 26.103.288,84 104.397.961,44 127.508.395,80 2.992.854,48

Choró 3.319.865,97 20.753.020,52 22.480.132,12 1.592.754,37

Cruz 9.644.831,53 56.557.806,11 65.200.317,57 1.002.320,07

Fortim 7.055.092,01 28.346.822,50 34.621.919,94 779.994,57

Em havendo superávit atuarial, os municípios contidos na Tabela retro

mencionada, nos cenários a seguir observados, apresentarão, sempre, receita futura

maior que despesa futura, motivo pelo qual não os comporão, como instrumentos de

observação da solvência, eis que solventes foram calculados.

4.3.4.2 Contribuição do Ente Patrocinador (município) em 15% e servidores (ativos e

inativos): 11%.

O cenário de apuração que se apresenta a seguir, à partir dos dados contidos

no SIM, foi criado à partir da manutenção da contribuição de 11% do salário base

dos servidores (ativos e inativos); mas, aumentando a contribuição do ente

federativo (município) de 11% para 15%, apresentou um déficit atuarial no montante

de R$ 2.989.061.453,14 (dois bilhões novecentos e oitenta e Nov e milhões,

sessenta e um mil quatrocentos e cinqüenta e três reais e quatorze centavos) o que

diminuiu o déficit anteriormente apurado no Cenário 1 em R$ 409.374.884,64

(quatrocentos e nove milhões trezentos e setenta e quatro mil oitocentos e oitenta e

quatro reais e sessenta e quatro centavos).

Neste novo cenário, os 10 (dez) principais regimes deficitários são assim

apresentados Fortaleza, Juazeiro, Maracanaú, Itapipoca, Canindé, Quixadá, Crato,

Russas, Cascavel e Eusébio, acordo com a Tabela 16 a seguir, com a participação

do Ente Patrocinador (Município) em 15% e Servidores (Ativos e Inativos) em 11%

(onze por cento) do salário-base de cada colaborador, havendo uma inversão no

ranking, anteriormente classificado, quanto aos municípios de : O Município de

Itapipoca a ser o 7.º do ranking quando no Cenário 1 era o 5.º, posição assumida

pelo Município de Boa Viagem que no Cenário 1 assumia a 6.ª posição, esta no

75

Cenário 2 assumida pelo Município de Quixadá.

Tabela 16. Ranking do déficit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 2

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa - Cenário 2 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Fortaleza 741.647.619,84 14.485.067.311,33 17.344.712.656,65 -2.117.997.725,48

Canindé 0,00 279.637.677,87 377.598.445,46 -97.960.767,59

Maracanaú 0,00 393.679.030,27 471.399.235,66 -77.720.205,39

Juazeiro do Norte 80.448.841,83 673.333.067,42 806.262.637,61 -52.480.728,37

Itapipoca 31.589.434,03 394.321.557,08 472.168.610,25 -46.257.619,14

Boa Viagem 1.591.666,00 147.047.655,73 198.560.389,74 -49.921.068,01

Quixadá 1.053.436,17 243.500.861,57 291.572.858,08 -47.018.560,34

Cascavel 11.829.194,98 148.220.644,95 200.144.292,22 -40.094.452,29

Eusébio 10.352.973,69 316.320.499,16 357.506.812,40 -30.833.339,55

Quixeramobim 0,00 136.091.292,19 162.958.466,63 -26.867.174,44

Russas 7.124.389,76 168.224.941,31 201.435.948,21 -26.086.617,14

Crato 13948665,88 287.774.386,58 325.243.871,05 -23.520.818,59

Araripe 6.218.391,97 84.511.564,30 113.926.825,19 -23.196.868,92

Aracoiaba 5.438.274,51 78.840.739,63 106.282.202,16 -22.003.188,02

São Gonçalo do Amarante 12.788.178,35 159.440.575,71 190.917.371,11 -18.688.617,05

Acopiara 5.879.043,21 126.615.170,38 151.611.566,65 -19.117.353,06

Aracati 14.126.583,26 161.591.355,55 193.492.758,41 -17.774.819,60

Morada Nova 4.593.467,90 113.245.285,71 135.602.196,25 -17.763.442,64

Jaguaruana 10.819.685,54 136.947.645,45 163.983.881,36 -16.216.550,37

Pacatuba 13.459.373,15 144.125.297,34 172.578.546,94 -14.993.876,45

Beberibe 27.805.517,14 118.188.010,93 159.324.761,92 -13.331.233,85

Redenção 12715714,05 127.475.932,90 152.642.261,11 -12.450.614,16

Ocara 600.365,97 70.433.096,18 84.338.014,35 -13.304.552,20

Itapajé 16.001.782,19 139.612.913,01 167.175.326,64 -11.560.631,44

Horizonte 29759458,73 201.038.647,99 240.727.744,47 -9.929.637,75

Capistrano 9.382.938,87 62.562.682,91 84.479.216,07 -12.533.594,29

Ipueiras 7.773.599,85 98.233.359,30 117.626.611,86 -11.619.652,71

Solonópole 1.864.681,67 70.729.987,93 84.693.518,53 -12.098.848,93

Quiterianópolis 0,00 59.881.833,45 71.703.718,88 -11.821.885,43

Pacajus 7.174.792,51 89.999.937,75 107.767.746,32 -10.593.016,06

Viçosa do Ceará 22.925.280,11 161.296.482,78 193.139.671,79 -8.917.908,90

7Tauá 0,00 54.874.976,80 65.708.407,44 -10.833.430,64

Tejucuoca 4.870.535,79 74.513.681,76 89.224.190,09 -9.839.972,54

Icapui 4.798.498,42 72.584.525,81 86.914.179,71 -9.531.155,48

Irauçuba 4.735.256,11 70.917.084,11 84.917.551,29 -9.265.211,07

Pacoti 4.280.610,80 64.631.043,26 77.390.518,80 -8.478.864,74

Itapiúna 1.449.214,75 42.570.514,49 50.974.795,33 -6.955.066,09

76

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa - Cenário 2 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Nova Olinda 2.915.190,83 46.175.709,89 55.291.729,23 -6.200.828,51

Chorozinho 5.867.407,48 63.840.096,10 72.152.355,98 -2.444.852,40

Ibicuitinga 0,00 16.139.777,09 19.326.095,62 -3.186.318,53

Palmácia 3231034,35 27.247.647,56 32.626.884,45 -2.148.202,54

Maranguape 37.842.154,45 185.287.893,57 221.867.472,46 1.262.575,56

Ipu 773.089,77 13.735.483,08 16.447.145,33 -1.938.572,48

General Sampaio 3.595.376,75 25.766.726,28 30.853.599,35 -1.491.496,32

Palhano 2.491.250,16 19.874.073,44 23.797.617,62 -1.432.294,02

Itarema 20.614.837,72 103.366.263,66 123.772.855,39 208.245,99

Santa Quitéria 17.591.311,97 89.136.914,78 106.734.345,16 -6.118,41

Potiretama 332849,44 9.042.161,72 10.827.267,38 -1.452.256,22

Alto Santo 3380061,13 20.425.098,41 24.457.426,07 -652.266,53

-2.989.061.453,14

Apresenta-se, a seguir, de acordo com a Tabela 17 , os municípios que se

tornaram solventes com o Cenário 2:

Tabela 17. Ranking do Superávit Atuarial Calculado pela Pesquisa.

Cenário 2.

Ranking – Superávit Atuarial Calculado na Pesquisa. CENÁRIO 2 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Itarema 20.614.837,72 103.366.263,66 123.772.855,39 208.245,99 Maranguape 37.842.154,45 185.287.893,57 221.867.472,46 1.262.575,56 Fortim 7.055.092,01 28.346.822,50 34.621.919,94 779.994,57 Cruz 9.644.831,53 56.557.806,11 65.200.317,57 1.002.320,07

4.3.4.3 Contribuição do Ente Patrocinador (município) em 20% e servidores (ativos e

inativos): 11% do salário-base de cada colaborador.

O cenário de apuração que se apresenta a seguir, à partir dos dados contidos

no SIM, foi criado à partir da manutenção da contribuição de 11% do salário base

dos servidores (ativos e inativos); mas, aumentando a contribuição do ente

federativo (município) de 15% para 20%, apresentou um déficit atuarial no montante

de R$ 2.477.342.847,35 (dois bilhões quatrocentos e setenta e sete milhões

trezentos e quarenta e dois mil oitocentos e quarenta e sete reais e trinta e cinco

centavos) o que diminuiu o déficit anteriormente apurado no Cenário 2 em

77

511.718.605,80 (quinhentos e onze milhões setecentos e dezoito mil seiscentos e

cinco reais e oitenta centavos).

Tabela 18. Ranking do déficit Atuarial Calculado pela Pesquisa. Cenário 2

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa - Cenário 3

Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Fortaleza 741.647.619,84 14.840.093.470,92 17.344.712.656,65 -1.762.971.565,89

Canindé 0,00 286.491.542,53 377.598.445,46 -91.106.902,93

Maracanaú 0,00 403.328.026,11 471.399.235,66 -68.071.209,55

Juazeiro do Norte 80.448.841,83 689.836.328,87 806.262.637,61 -35.977.466,91

Itapipoca 31.589.434,03 403.986.301,12 472.168.610,25 -36.592.875,10

Boa Viagem 1.591.666,00 150.651.764,94 198.560.389,74 -46.316.958,80

Quixadá 1.053.436,17 249.469.019,94 291.572.858,08 -41.050.401,97

Cascavel 11.829.194,98 151.853.503,89 200.144.292,22 -36.461.593,35

Eusébio 10.352.973,69 324.073.452,57 357.506.812,40 -23.080.386,14

Quixeramobim 0,00 139.426.863,08 162.958.466,63 -23.531.603,55

Russas 7.124.389,76 172.348.101,64 201.435.948,21 -21.963.456,81

Crato 13948665,88 294.827.680,37 325.243.871,05 -16.467.524,80

Araripe 6.218.391,97 86.582.926,17 113.926.825,19 -21.125.507,05

Aracoiaba 5.438.274,51 80.773.110,69 106.282.202,16 -20.070.816,96

São Gonçalo do Amarante 12.788.178,35 163.348.432,96 190.917.371,11 -14.780.759,80

Acopiara 5.879.043,21 129.718.483,38 151.611.566,65 -16.014.040,06

Aracati 14.126.583,26 165.551.927,99 193.492.758,41 -13.814.247,16

Morada Nova 4.593.467,90 116.020.905,46 135.602.196,25 -14.987.822,89

Jaguaruana 10.819.685,54 140.304.205,39 163.983.881,36 -12.859.990,43

Pacatuba 13.459.373,15 147.657.780,12 172.578.546,94 -11.461.393,67

Beberibe 27.805.517,14 121.084.775,90 159.324.761,92 -10.434.468,88

Redenção 12715714,05 130.600.343,02 152.642.261,11 -9.326.204,04

Ocara 600.365,97 72.159.397,56 84.338.014,35 -11.578.250,82

Itapajé 16.001.782,19 143.034.798,13 167.175.326,64 -8.138.746,32

Horizonte 29759458,73 205.966.065,84 240.727.744,47 -5.002.219,90

Capistrano 9.382.938,87 64.096.082,00 84.479.216,07 -11.000.195,20

Ipueiras 7.773.599,85 100.641.039,68 117.626.611,86 -9.211.972,33

Solonópole 1.864.681,67 72.463.566,06 84.693.518,53 -10.365.270,80

Quiterianópolis 0,00 61.349.525,44 71.703.718,88 -10.354.193,44

Pacajus 7.174.792,51 92.205.818,58 107.767.746,32 -8.387.135,23

Viçosa do Ceará 22.925.280,11 165.249.827,95 193.139.671,79 -4.964.563,73

Tauá 0,00 56.219.951,72 65.708.407,44 -9.488.455,72

Tejucuoca 4.870.535,79 76.339.997,49 89.224.190,09 -8.013.656,81

Icapui 4.798.498,42 74.363.558,30 86.914.179,71 -7.752.122,99

Irauçuba 4.735.256,11 72.655.247,94 84.917.551,29 -7.527.047,24

78

Ranking - Déficit Atuarial Calculado na Pesquisa - Cenário 3

Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Pacoti 4.280.610,80 66.215.137,46 77.390.518,80 -6.894.770,54

Itapiúna 1.449.214,75 43.613.909,45 50.974.795,33 -5.911.671,13

Nova Olinda 2.915.190,83 47.307.467,48 55.291.729,23 -5.069.070,92

Chorozinho 5.867.407,48 65.404.804,34 72.152.355,98 -880.144,16

Ibicuitinga 0,00 16.535.359,86 19.326.095,62 -2.790.735,76

Palmácia 3231034,35 27.915.482,06 32.626.884,45 -1.480.368,04

Maranguape 37.842.154,45 189.829.263,51 221.867.472,46 5.803.945,50

Ipu 773.089,77 14.072.137,07 16.447.145,33 -1.601.918,49

General Sampaio 3.595.376,75 26.398.263,69 30.853.599,35 -859.958,91

Palhano 2.491.250,16 20.361.183,09 23.797.617,62 -945.184,37

Itarema 20.614.837,72 105.899.750,52 123.772.855,39 2.741.732,85

Santa Quitéria 17.591.311,97 91.321.643,09 106.734.345,16 2.178.609,90

Potiretama 332849,44 9.263.783,33 10.827.267,38 -1.230.634,61

Alto Santo 3380061,13 20.925.713,56 24.457.426,07 -151.651,38

-2.477.342.847,35

Apresenta-se, a seguir, de acordo com a Tabela 19 , os municípios que se

tornaram solventes com os Cenários 1, 2 e 3:

Tabela 19. Ranking do Superávit Atuarial Calculado pela Pesquisa.

Cenário 3.

Ranking – Superávit Atuarial Calculado na Pesquisa. Cenário 3 Município Ativo Receita Futura Despesa Futura Apuração

Caucaia 74.117.229,25 586.678.590,40 635.503.261,35 25.292.558,30 Itaitinga 26.103.288,84 104.397.961,44 127.508.395,80 2.992.854,48 Itarema 20.614.837,72 105.899.750,52 123.772.855,39 2.741.732,85 Maranguape 37.842.154,45 189.829.263,51 221.867.472,46 5.803.945,50 Santa Quitéria 17.591.311,97 91.321.643,09 106.734.345,16 2.178.609,90

Verifica-se, portanto, que mesmo procurando estratégias para minimizar o

déficit atuarial dos 55 (cinqüenta e cinco) regimes de previdência instituídos no

Estado do Ceará, elevando-se a alíquota de contribuição do ente de 11% do salário

de contribuição para 15%, e destes para 20%, apenas 2 (dois) municípios

conseguiriam equalizá-lo, visto que dos 5 (cinco) RPPS com superávit atuarial 3

(três) deles já estavam equilibrados, deste a apuração contida no Cenário 1 ;

portanto, 90% (noventa por cento) dos RPPS instituídos no Estado do Ceará, após a

79

apuração contida no Cenário 3 estão deficitários, razão pela qual novos estudos

devem ser realizados visando estabelecer-se a correta alíquota de contribuição para

o equilíbrio financeiro e atuarial dos regimes próprios retromencionados, por meio de

uma técnica atuarial denominada rate making.

O Tema Previdência Própria é um relevante e de interesse da sociedade. O

risco de crash (“quebra”) dos regimes próprios municipais no Estado do Ceará é

iminente, de acordo com os valores pesquisados, e a sociedade, e os principais

atores envolvidos no sistema previdenciário municipal, servidores ativos e inativos,

pensionistas e beneficiários de auxílios previdenciários, necessitam de respostas

para o equacionamento do equilíbrio, econômico, financeiro e atuarial dos regimes

próprios, mormente, os regimes de previdência no Estado do Ceará.

5 CONCLUSÕES

O sistema de previdência vigente no Brasil permitiu que os municípios

instituíssem regimes próprios de previdência social, os denominados RPPS, com a

condição precípua de que fosse equilibrado, financeira e atuarialmente, devendo as

contribuições dos servidores e das prefeituras municipais ser suficiente para o

custeio de pagamento de benefícios futuros (aposentadorias, pensões, benefícios,

dentre outros) depositados em conta específica, aplicados na forma prevista pelo

Conselho Monetário Nacional sob a fiscalização de um conselho administrativo e, na

sua extinção, com a assunção da responsabilidade pelos pagamentos de benefícios

concedidos durante a sua vigência.

Com o advento da Lei n. º 9.717/98, no Brasil 1.957 instituíram regimes

próprios de previdência, dos 5.509 municípios existentes (35,55%) e no Estado do

Ceará 55 (cinqüenta e cinco) dos 184 (cento e oitenta e quatro existentes), 29,89%.

No Capítulo 2, estudando o comportamento das certidões de regularidade

previdenciária (CRP), a pesquisa deixou evidente que 11 (onze) entes estão com

esses certificados vencidos e, dentre os principais motivos de sua não liberação por

parte do Ministério da Previdência e Assistência Social encontram-se o

desequilíbrio entre o caráter contributivo do ente e dos servidores ativos e

inativos, o não pagamento de contribuições parceladas, inconsistências nos

demonstrativos das aplicações e investimento (DAIR), inconsistências nos

demonstrativos de informações previdenciárias e repasses (DIPR), e ausência de

demonstrações contábeis.

Mas mesmo a regularidade dos fundos previdenciários municipais cearenses,

certificada pelas CRP´s, não é documento cabal para asseverar a condição de

regularidade desses, posto que, em sua maioria são deficitários não aportando

recursos denominados de provisões técnicas, responsáveis que são pela cobertura

de eventuais insuficiências financeiras do regime, decorrentes do pagamento de

benefícios previdenciários.

O estudo que se encerra expôs fatos e constatações, e indagava, de forma

sucinta, qual o resultado da avaliação atuarial registrado nos demonstrativos

81

encaminhados ao Ministério da Previdência, e da sua consistência; e qual o

resultado da avaliação atuarial de acordo com uma metodologia própria de apuração

do resultado atuarial, elaborada pelo Autor, à partir dos registros contidas nas

tabelas de agentes públicos municipais cearenses, encaminhadas ao Tribunal de

Contas dos Municípios do Estado do Ceará e da sua compatibilidade com a 1.ª

apuração.

O resumo dos cálculos atuariais efetuados pelo autor (cenário 1), e a

apuração do seu resultado, em confronto com o valor do resultado atuarial registrado

nos DRAA´s encaminhados ao MPAS, em suma, teve o seguinte comportamento:

Município Calculado pelo

Autor

Valor do Resultado Atuarial

Demonstrado nos DRAA´s Diferença

Cruz 1.002.320,07 -30.087.551,10 31.089.871,17

Fortim 779.994,57 -19.209.019,79 19.989.014,36

Choró 1.592.754,37 -12.999.076,93 14.591.831,30

Itaitinga 2.992.854,48 -8.226.038,66 11.218.893,14

Aracoiaba -23.549.084,88 -11.165.700,94 -12.383.383,94

Caucaia 25.292.558,30 13.584.526,52 11.708.031,78

Viçosa do Ceará -12.080.585,03 -6.919.501,67 -5.161.083,36

Araripe -24.853.958,42 -16.178.466,55 -8.675.491,87

Acopiara -21.600.003,46 -15.191.676,17 -6.408.327,29

Pacoti -9.746.140,10 -7.443.700,64 -2.302.439,46

Cascavel -43.000.739,45 -38.598.329,33 -4.402.410,12

Itapipoca -53.989.414,38 -53.978.718,59 -10.695,79

Irauçuba -10.655.742,13 -11.539.837,47 884.095,34

Tejucuoca -11.301.025,12 -12.744.394,21 1.443.369,09

Beberibe -15.648.645,83 -17.961.058,31 2.312.412,48

Maracanaú -85.439.402,06 -113.921.323,00 28.481.920,94

General Sampaio -1.996.726,25 -2.951.889,49 955.163,24

Horizonte -13.871.572,02 -22.332.895,17 8.461.323,15

Juazeiro do Norte -65.683.337,53 -136.900.487,27 71.217.149,74

Jaguaruana -18.901.798,32 -43.610.274,66 24.708.476,34

Fortaleza -2.402.018.653,15 -5.857.378.357,73 3.455.359.704,58

Solonópole -13.485.711,44 -33.111.506,06 -46.597.217,50

Capistrano -13.760.313,56 -35.018.406,60 21.258.093,04

Pacajus -12.357.720,72 -33.567.023,69 21.209.302,97

Icapui -10.954.381,48 -30.069.115,00 19.114.733,52

Canindé -103.443.859,31 -332.138.580,78 228.694.721,47

Palmácia -2.682.470,14 -8.645.220,95 5.962.750,81

Nova Olinda -7.106.234,59 -22.995.308,70 15.889.074,11

Crato -29.163.453,62 -94.854.536,14 65.691.082,52

Itapajé -14.298.139,54 -48.518.176,13 34.220.036,59

Pacatuba -17.819.862,67 -64.079.751,52 46.259.888,85

82

Quiterianópolis -12.996.039,03 -48.057.566,11 35.061.527,08

Morada Nova -19.983.938,44 -78.344.602,90 58.360.664,46

Amontada 5.142.879,21 21.078.444,51 -15.935.565,30

Russas -29.385.145,40 -128.042.797,93 98.657.652,53

Ibicuitinga -3.502.784,75 -16.361.146,66 12.858.361,91

Potiretama -1.629.553,51 -8.583.299,79 6.953.746,28

Itapiúna -7.789.782,06 -43.375.490,89 35.585.708,83

Eusébio -37.035.702,28 -206.414.023,84 169.378.321,56

Palhano -1.821.981,73 -10.563.323,15 8.741.341,42

Ipueiras -13.545.797,01 -79.938.550,94 66.392.753,93

Redenção -14.950.142,26 -90.282.035,49 75.331.893,23

Alto Santo -1.052.758,66 -6.770.347,52 5.717.588,86

Ocara -14.685.593,30 -108.171.409,20 93.485.815,90

Santa Quitéria -1.753.901,05 -14.404.312,07 12.650.411,02

Chorozinho -3.696.618,99 -30.423.651,78 26.727.032,79

Quixadá -51.793.087,04 -441.215.897,22 389.422.810,18

Tauá -11.909.410,58 -108.581.427,97 96.672.017,39

São Gonçalo do Amarante -21.814.902,85 -227.482.063,79 205.667.160,94

Ipu -2.207.895,68 -23.085.812,20 20.877.916,52

Boa Viagem -52.804.355,38 -565.719.463,15 512.915.107,77

Itarema -1.818.543,49 -25.852.790,89 24.034.247,40

Quixeramobim -29.535.631,15 -457.568.506,07 428.032.874,92

Aracati -20.943.277,55 -523.574.496,95 502.631.219,40

Maranguape -2.370.520,39 -60.442.231,15 58.071.710,76

Os municípios de Cruz, Fortim, Choró e Itaitinga, por meio dos cálculos

elaborados na pesquisa mostraram solventes apresentando superávit atuarial nos

valores de R$ 1.002.320,07, R$ 779.994,57, R$ 1.592.754,37 e R$ 2.992.854,48;

quando os dados registrados nos DRAA´s apresentam déficit atuarial nos valores de

R$ 30.087.551,10, R$ 19.209.019,79, R$ 12.999.019 e R$ 8.226.038,66,

respectivamente, divergência, em termos percentuais de 3.001,79%, 2.462.71%, -

816,14% e -274,86%.

Os municípios de Amontada e Caucaia apresentaram superávit nos cálculos

realizados pelo Autor R$ 5.142.879,21 e R$ 25.292.558,30; e, também, na apuração

atuarial com base nos DRAA´s encaminhados ao MPAS: R$ 21.078.444,51 e R$

13.584.526,52, respectivamente, uma divergência em termos percentuais de

83

409,86% e 53,71% a de divergência de Itarema considerada alta, em termos

percentuais.

Os Municípios de Aracoiaba, Caucaia, Viçosa do Ceará, Araripe, Acopiara,

Pacoti, Cascavel, Itapipoca, Irauçuba, Tejuçuoca, Beberibe, Maracanaú, general

Sampaio e Horizonte apresentaram déficit atuarial nos cálculos realizados pela

pesquisa e nos demonstrativos atuariais encaminhados ao MPAS, mas com uma

diferença entre o calculado e o apurado entre 47% para mais e 61% para menos.

As maiores divergências, entre o resultado atuarial calculado pela pesquisa e o

resultado atuarial registrado nos demonstrativos de resultados atuariais

encaminhados ao MPAS, verificaram-se nos municípios de Juazeiro do Norte,

Jaguaruana, Fortaleza, Solonópole, Capistrano, Pacajus, Icapui, Canindé, Palmácia,

Nova Olinda, Crato, Itapajé, Pacatuba, Quiterianópolis, Morada Nova, Russas,

Ibicuitinga , Potiretama, Itapiúna, Eusébio, Palhano, Ipueiras, Redenção, Alto Santo,

Ocara, Santa Quitéria, Chorozinho, Quixadá, Tauá, São Gonçalo do Amarante, Ipú,

Boa Viagem, Itarema, Quixeramobim, Aracati e Maranguape, variando entre

108,42% e 2.549,75%, em termos percentuais, todos considerados deficitários.

Entrementes, mesmo considerando o aumento das alíquotas de contribuição

por parte da entidade (prefeituras) de 11% para 15% e, deste, para 20%, conforme

apurados nos cenários 1 , 2 e 3 demonstrados no Capítulo anterior, 90% dos

regimes próprios de previdência instituídos no Estado do Ceará são deficitários e

merecem uma revisão dos seus demonstrativos atuarias, à partir de premissas e

metodologias que dêem transparência à forma como estão sendo construídos os

demonstrativos dos resultados das avaliações atuariais encaminhadas ao Ministério

da Previdência e Assistência Social (MPAS).

Os achados da pesquisa que ora se finaliza, nos levam a concluir que os

números obtidos no cálculo do resultado atuarial realizado pelo Autor demonstra

evidências de que há inconsistências nos demonstrativos de resultado atuariais

encaminhados pelo entes previdenciários municipais cearenses, o déficit atuarial

consolidado dos RPPS no Estado do Ceará importa em Cerca de 3 bilhões de reais

e não há registro de reservas técnicas que possam aportar recursos para a

cobertura do déficit apurado; consequentemente, não há garantia de recursos

84

necessários ao pagamento das despesas projetadas no decorrer do tempo, em

exercícios posteriores, com previsão legal do cálculo atuarial.

Os órgãos de controle social, e o Tribunal de Contas dos Municípios do

Estado do Ceará, devem envidar esforços no sentido de que os municípios

envolvidos nesta pesquisa possam reavaliar os seus RPPS, por meio de profissional

idôneo e empresa competente, e que sejam apuradas as divergências e

inconsistências aqui ventiladas.

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30. Mar. 2013.

AAPPÊÊNNDDIICCEESS

Apêndice 1 Massa Laboral contida nos Demonstrativos de Resultados da

Avaliação Atuarial encaminhados ao Ministério da Previdência.

Apêndice 2 Dados para a apuração do Resultado Atuarial contidos nos

Demonstrativos de Resultados da Avaliação Atuarial

encaminhados ao Ministério da Previdência.

Apêndice 3 Programa para elaboração do Fluxo Atuarial. Cálculo atuarial.

Apêndice 4 Dados das Tabelas de Agentes da Folha de pagamento

contidos no bando de dados do Sistema de Informações

Municipais – SIM, do Tribunal de Contas dos Municípios do

Estado do Ceará.

Apêndice 5 Fluxo atuarial. Cálculo atuarial dos 55 (cinqüenta e cinco)

municípios cearenses que têm regime próprio de previdência

instituídos no Estado do Ceará.

(Vide CD-ROM em anexo)