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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CÂMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA DE COBERTURAEM CEBOLA CV BAIA PERIFORME NA REGIÃO NORTE DE
MATO GROSSO
João Paulo Del Bel Torezan
SINOP – MT
Maio-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CÂMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA DE COBERTURA EMCEBOLA CV BAIA PERIFORME NA REGIÃO NORTE DE MATO
GROSSO
João Paulo Del Bel Torezan
ORIENTADOR: DR MÁRCIO ROGGIA ZANUZO
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)apresentado ao Curso de Agronomia doICAA/CUS/UFMT, como parte dasexigências para a obtenção do Grau deBacharel em Agronomia.
SINOP – MT
Maio-2015
Agradecimentos
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por me dar discernimento
e poder ter as melhores escolhas, agradecer meu pai Pedro Evilásio
Torezan e minha mãe Maria Aparecida Del Bel Torezan, por sempre estarem
do meu lado me apoiando nas minhas escolhas e nunca deixando eu
desistir delas, a minha irmã Jaqueline Del Bel Torezan que apesar das
brigas e dos desentendimentos, sempre me ajudou quando eu precisei.
Aos meus amigos José Lucas Joanella, Leandro João Netto e Maycon
Tetsuo por estarem sempre comigo na minha jornada acadêmica e me
ajudando durante ela.
E a meu professor, orientador e amigo Dr Marcio Roggia Zanuzo por
toda a dedicação, tempo e paciência depositados em mim, por acreditar em
mim e me ajudar principalmente nessa reta final.
Obrigado.
SUMÁRIO
Resumo
Abstract 5
Agradecimentos .................................................................................................................. 6
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por me dar discernimento e poder ter as melhores escolhas, agradecer meu pai Pedro Evilásio Torezan e minha mãe Maria Aparecida Del Bel Torezan, por sempre estarem do meu lado me apoiando nas minhas escolhas e nunca deixando eu desistir delas, a minha irmã Jaqueline Del Bel Torezan queapesar das brigas e dos desentendimentos, sempre me ajudou quando eu precisei. ........ 6
Aos meus amigos José Lucas Joanella, Leandro João Netto e Maycon Tetsuo por estarem sempre comigo na minha jornada acadêmica e me ajudando durante ela. .......... 6
E a meu professor, orientador e amigo Dr Marcio Roggia Zanuzo por toda a dedicação, tempo e paciência depositados em mim, por acreditar em mim e me ajudar principalmente nessa reta final. .......................................................................................... 6
Obrigado. ............................................................................................................................ 6
RESUMO ........................................................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 10
3.1. Caracterização do local de experimento .................................................................... 13
O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, em Sinop-MT (11º50’53’’ de latitude sul e a 55º38’57’’ de latitude oeste), no período de março a dezembro de 2012. O solo da área é do tipo latossolo vermelho-amarelo, com areia quartzosa e plintossolos. O relevo é plano, com leves ondulações e raros pontos de erosão sendo necessário fazer correção. A vegetação é de floresta tropical, do tipo Ombrófila ou Tropical. É predominante nesta região clima Tropical chuvoso, com precipitação média anual de 1.900 milímetros, temperatura máxima anual de 33º C e mínima de 27º C e altitude em relação ao nível do mar de 384 metros. ......... 13
O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 5X3 compreendendo 4 doses de N e como fonte foi utilizado o Nitrato de Cálcio.(90, 120,150 e 180) com 4 repetições. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% da probabilidade. O controle de pragas e doenças foi realizado com constante monitoramento da área e se necessário será aplicado produtos químicos para o controle das principais pragas da cultura da cebola como tripes,larva-arame, mosca minadora, lagarta-rosca e lagarta-das-folhas. Para o controle de doenças foi observado a sintomatologia da planta e consequente realização de medidas necessárias para seu controle seja por eliminação ou defensivos químicos. ................... 14
A colheita foi realizada 120 dias após o transplantio quando as plantas apresentaram avançados sinais de senescência como amarelecimento e secagem das folhas e apresentação da característica do estalo. A cura foi realizada em um período de três dias ao sol e doze dias à sombra em galpão arejado. .............................................................. 14
Peso fresco do bulbo – determinado dividindo-se a massa fresca do bulbo após a cura, pelo número de bulbos. .................................................................................................... 15
Diâmetro do bulbo – determinado com auxilio de paquímetro e os resultados expressos em cm. .............................................................................................................................. 15
Produtividade do bulbo – foi mensurada logo após a colheita em balança semi-analítica e os resultados expressos em T/ha-1. ................................................................................. 15
Classificação comercial do bulbo – determinado através de bulbo comercial (bulbos perfeitos e com diâmetro transversal acima de 35mm) e não-comercial ( refugos com diâmetro transversal inferior a 35 mm). A classificação comercial também pode ser feita por tipos variando o diâmetro do bulbo: tipo 2 de 35mm até 50mm, tipo 3 de 50mm até 70mm tipo 4 de 70mm até 90mm e tipo 5 acima de 90mm. ............................................. 15
Figura 2a: Porcentagem de bulbos de classe comercial 2 (35mm até 50mm) em relação as dosagens de N ............................................................................................................. 17
Figura 2c:Produtividade em relação as doses de N. ......................................................... 17
Figura 2b: Porcentagem de bulbos de classe comercial 3 (50mm até 70mm) em relação as dosagens de N. ............................................................................................................ 17
Figura 2c: .......................................................................................................................... 17
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 19
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13
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar parâmetros de
crescimento, desenvolvimento e produtividade comercial de bulbos da
cebola cv. Baia Periforme sob diferentes doses de nitrogênio, usando o
nitrocálcio como fonte principal, no município de SINOP-MT. O experimento
foi conduzido na área experimental do campus da UFMT durante o período
de março a dezembro de 2012. O delineamento experimental a ser utilizado
será de blocos ao acaso em esquema fatorial 5X3 com 4 repetições
totalizando com 16 tratamentos variando-se o as dosagens de nitrogênio
em 90, 120, 150, e 180 kg ha. Serão avaliados parâmetros de crescimento
e desenvolvimento como tamanho da folha, peso seco e peso fresco,
produtividade, diâmetro dos bulbos e classificação comercial.
Palavras Chave:. : Allium cepa , produtividade , nitrocálcio, classificação
comercial e classificação de bulbo.
ABSTRACT
14
The present work aims to evaluate growth parameters , development and
commercial productivity of onion bulbs cv. Baia Periforme sobbing Different
levels of nitrogen , using nitrocalcium As the main source , no municipality of
SINOP -Mt . The experiment was conducted in the experimental area of the
campus UFMT During the period July to November 2014. The experimental
design will be a Being Used blocks at random in 5X3 factorial scheme with
four replications totalizing 16 treatments ranging -if the as dosages nitrogen
at 90 , 120, 150, and 180 kg ha . Will be evaluated Growth and Development
Parameters As SIZE leaf , dry weight and fresh weight , Productivity,
Diameter of bulbs and commercial classification .
Keywords: Allium Cepa , productivity , nitrocalcium , commercial classification and bulb.
1. INTRODUÇÃO
A cebola foi introduzida no Brasil por colonizadores europeus,
principalmente portugueses, no Rio Grande do Sul, (Rodriguues 1994),
sendo a terceira hortaliça de maior expressão econômica, depois da batata
e tomate que respondem por 43,9% da quantidade produzida (Filho;
Camargo, 2008). A maior parte dos produtores está concentrada em áreas
15
pequenas e são responsáveis por grande parte da produção nacional. Com
isso é possível verificar que esta atividade é tipicamente de agricultura
familiar, principalmente no Sul e Nordeste brasileiro. O abastecimento de
cebola no Brasil teve alterações significativas nos últimos quinze anos,
devido à formação do MERCOSUL, que possibilitou o fornecimento de
cebola argentina, além da oferta de bulbos de regiões brasileiras. (Camargo
Filho; Alves 2005)
A estimativa para a produção nacional de cebola no mês de setembro
2013 foi de 1,4 milhão de toneladas, um incremento de 4,1% em relação ao
mês anterior. O principal estado produtor é Santa Catarina, responsável por
32,9% da safra nacional. O estado apresentou um crescimento de 10,0%
em relação ao mês anterior devido ao maior rendimento das lavouras
(8,4%), beneficiadas pelas boas condições climáticas que propiciaram um
bom desenvolvimento da cultura (IBGE 2013).
De forma geral, a cebola não foi afetada pelas fortes chuvas que
atingiram o estado, pois a maior parte é cultivada em regiões mais altas. Os
bons preços praticados no mercado levaram a um crescimento de 8,2% na
área cultivada em Minas Gerais, que alcançou um total de 3.034 hectares. A
cultura é praticamente toda irrigada e utiliza alta tecnologia com um sistema
de plantio de semeadura direta em alta densidade o que proporcionou alta
produtividade (56.338 kg/ha), mas que o dobro da média nacional que foi
de 25.484 kg/há (IBGE 2013).
A cebola ainda não esta sendo cultivada comercialmente no estado de
mato grosso, mas a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e
Extensão Rural (Empaer) juntamente com algumas parcerias de outras
entidades implantou no município de Ipiranga do Norte, a 460 km de Cuiabá,
duas unidades demonstrativas para avaliar o cultivo da cebola no estado. A
primeira avaliação feita em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) teve um resultado de 2,5 kg de cebola por metro
quadrado da variedade alfa tropical, um resultado significativo já que não há
produção em escala comercial no estado (GAZETA DIGITAL 2008).
Em Sinop, 500 km de Cuiabá, ainda não há produção de cebola, mas com
os resultados significativos dos experimentos realizados estuda-se a
possibilidade da implantação da cultura na região.
A cebolicultura nacional é uma atividade praticada por pequenos
produtores e sua importância socioeconômica fundamenta-se não apenas
em demandar grande quantidade de mão-de-obra, contribuindo para a
viabilização de pequenas propriedades, como também, para fixar os
16
pequenos produtores na zona rural, reduzindo desse modo a migração para
as grandes cidades (EMBRAPA-SEMI-ÁRIDO, 2002).
A região Norte do Estado de Mato Grosso é uma região promissora no
desenvolvimento desta cultura, pois condições de luminosidade e água
disponível são fatores preponderantes para o bom desenvolvimento da
cultura.
Assim, o estudo referente ao manejo cultural dentre eles principalmente
o manejo da adubação torna-se de grande importância para que se possa
ter êxito com a cultura da cebola na região Norte do Estado de Mato
Grosso.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A cebola é largamente cultivada e consumida há mais de 5.000 anos
pelos hindus, egípcios, gregos e romanos da antiguidade, pertencendo à
família Alliaceae. É originária da Ásia Central, especialmente do noroeste da
Índia e do Afeganistão. Caracteriza-se por ser uma espécie polimórfica que
exibe diferenças quanto à cor e nível de cerosidade das folhas, ao formato,
tamanho e cor dos bulbos, e à reação ao comprimento do dia (Melo, 2007)
A cebola é uma planta herbácea com cerca de 60 cm de altura que
apresenta folhas grandes dispostas alternadamente em duas fileiras,
podendo ser cerosas ou não. O caule verdadeiro está localizado abaixo da
superfície do solo, sendo este um disco compacto com formato cônico,
situado na base inferior do bulbo de onde partem as raízes. As bainhas
foliares formam um pseudocaule cuja parte inferior é o próprio bulbo
(FILGUEIRA, 2008).
17
2.0. Fatores climáticos
A interação entre temperatura e fotoperíodo favorece a formação de
bulbos, sendo o fotoperíodo o fator mais importante, já que determina os
limites de adaptação das diferentes cultivares. Clima quente e seco
favorece a perfeita maturação do bulbo e a colheita. O efeito da baixa
temperatura no florescimento é preponderante (FILGUEIRA, 2008).
A precipitação e a umidade do ar tem efeito direto no
desenvolvimento dos bulbos e na estrutura floral, podendo afetar a
qualidade dos bulbos, e causar problemas fitossanitários. O excesso de
chuvas em qualquer estádio de desenvolvimento, principalmente no estádio
de maturação da cebola, pode causar prejuízos a produção como o
apodrecimento dos bulbos. Segundo RESENDE et al., (2007), a umidade
relativa elevada proporciona o desenvolvimento de patógenos foliares e, em
condições severas, aumenta o custo de produção, podendo inclusive
inviabilizar totalmente a produção
2.1. Nitrogênio.
O nitrogênio é um dos elementos presente no solo de maior
importância para plantas sendo o mais absorvido em quantidade pela
grande maioria das culturas. É definido como um elemento estrutural,
fazendo parte da composição das proteínas, aminoácidos, enzimas e da
molécula de clorofila. Seu papel está diretamente ligado ao crescimento
vegetativo, formação de folhas e porte de planta (MALAVOLTA, 2006).
Os solos em sua maioria não fornecem adequadamente este elemento
durante certo estágio de desenvolvimento das plantas em função do
aumento da demanda nestes estágios e às transformações biológicas e
químicas que o N está sujeito no solo e que podem alterar
significativamente a sua disponibilidade (WIETHÖLTER, 1996)
O nitrogênio pode se incorporar no sistema solo-planta a partir dos
restos culturais, por processos de fixação biológica, adubação com
fertilizantes industriais e também por precipitação induzida por descargas
elétricas (RAIJ, 1991). O N do solo está fortemente ligado à matéria
orgânica e ao material mineral, sendo que a porção mínima encontra-se
18
disponível para as plantas em formas minerais (NH4 + e NO3 -). Sua
disponibilidade no solo é resultado do balanço dos processos
microbiológicos de mineralização do N orgânico, de imobilização do N
mineral e da taxa de absorção pela planta. Devido ao fato da mineralização
e a imobilização ocorrerem simultaneamente no solo, a quantidade de N
mineral (NH4 + e NO3-) encontrada em um determinado tempo representa a
diferença dos dois processos opostos (FONTES; ARAÚJO, 2007).
O nitrogênio é constituinte da estrutura de aminoácidos, proteínas,
vitaminas, clorofila, enzimas e coenzimas. É ativador enzimático e atua nos
processos de absorção iônica, fotossíntese, respiração, sínteses e no
crescimento vegetativo. A necessidade de N para um ótimo crescimento da
cebola é de cerca de 40 g kg-1 da matéria seca da parte vegetativa da planta
(EMBRAPA 2007).
A deficiência de N na cebola causa inicialmente redução na taxa de
crescimento da parte aérea e sistema radicular. Em seguida há descoloração
generalizada da parte aérea - as folhas tornam-se verde-claras ou verde-
amareladas - e ocorre necrose de coloração palha-clara nas pontas das
folhas, iniciando-se pelas mais velhas. Persistindo a deficiência, as áreas
necrosadas aumentam em tamanho e as necroses de cor palha nas folhas
velhas adquirem tonalidade escura. As folhas novas ficam menores tanto no
comprimento quanto do diâmetro, ralas e delicadas.
No caso de deficiência prolongada, a planta inteira exibe tais sintomas,
há estagnação do crescimento da planta e as folhas mais velhas amarelecem
e secam. Em plantas florescidas, há redução do número e tamanho das
umbelas, com maturação precoce das mesmas. Convém lembrar que
temperaturas baixas, excesso de água ou seca prolongada podem causar
sintomas semelhantes.
O excesso de N pode ocasionar diversos problemas tais como
alongamento do ciclo, plantas com “pescoço grosso”, muito viçoso, com
excesso de folhas e que em geral não produzem bulbos de boa qualidade.
Além disso, aumenta a suscetibilidade a doenças foliares e diminui a
conservação pós-colheita dos bulbos (EMBAPA, 2007).
2.2. Nutrição mineral.
O fosforo (P) atua no processo de armazenamento e transferência de
energia e fixação simbiótica de nitrogênio, para um ótimo crescimento da
planta e necessário cerca de 3g por kg de matéria seca da parte vegetativa
da planta.
19
Sua deficiência acarreta amarelecimento nas folhas mais velhas as
quais secam facilmente, já as intermediarias e as mais novas apresentam
uma coloração verde escura, ocasionando bulbos de tamanho reduzido.
O potássio (K) tem sua atuação em processos osmóticos, síntese de
proteínas, abertura e fechamento de estômatos, na permeabilidade da
membrana e no controle do pH. Para um bom desenvolvimento dos bulbos
de cebola é necessário cerca de 40 g por kg de matéria seca de parte
vegetativa.
Sua deficiência se caracteriza por murchamento das folhas; as mais
velhas apresentam coloração amarelada, progredindo para o secamento
nas pontas, reduzindo o desenvolvimento dos bulbos (MENDES et al.,
2008).
O cálcio (Ca) é responsável pela manutenção estrutural das membranas
celulares, em particular do plasmalema, também e indispensável para a
germinação do grão de pólen e para o crescimento do tubo polínico. A
necessidade de Ca para o crescimento da cebola é de cerca de 4,0g por kg
de matéria seca de parte vegetativa.
Deficiência de Ca nas plantas de cebola faz com que folhas novas com
a aparência de saudáveis tombarem repentinamente e após alguns dias
secam a partir do ápice, no sentido da base (MENDES,et al., 2008).
O magnésio (Mg) e componente da clorofila, sendo que cerca de 10%
do Mg total da folha esta na sal estrutura, sendo ele ativador de diversas
enzimas e participante dos processos de fotossíntese.
Em situações de deficiência de Mg, as folhas mais velhas tornam-se
uniformemente amareladas ao longo do seu comprimento, sem evoluir para
a morte, tendo o secamento do ápice das folhas e a produção de bulbos
pequenos.
O enxofre (S) e um constituinte importante de aminoácidos como a
cistina, metionina e a cisteina, essenciais para a nutrição humana e
percursores de compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico
da cebola, sendo necessários cerca de 7,0g por kg de matéria vegetativa
seca.
Sua deficiência apresenta folhas finas e deformadas, com
amarelecimento das novas, pode ter também um reduzido crescimento
radicular. Apesar da pouca quantidade de folhas apresenta bulbos
relativamente bem formados (MENDES et al., 2008). O boro (B) é um
ativador enzimático e atua em diversos processos como o de absorção
iônica, transporte de carboidratos, síntese de lignina, celulose, ácidos
20
nucleicos e proteínas. Tem importante função na translocação de açúcares
e no metabolismo de carboidratos, no florescimento, no metabolismo do
nitrogênio e na atividade de hormônios. Intervém na absorção e no
metabolismo de cátions principalmente do Ca, suas concentrações
consideradas ideais podem variar de 12 a 50 mg por Kg de matéria
vegetativa seca.
Sua deficiência pode apresentar nas folhas mais novas uma coloração
verde azulada, torna-se mosqueadas e enrugadas. Já as folhas mais velhas
se tornam quebradiças e com o aparecimento de fendilhos, havendo
paralização e morte das folhas a partir do ápice.
Os bulbos podem apresentar má formação nas casca externas, necrose
nas escamas do centro e região meristemática, menor consistência e menor
poder de conservação pôs colheita (MENDES, et al., 2008).
O cobre (Cu) faz parte da estrutura de proteínas, sendo constituinte de
diversas enzimas que atuam nos processos de fotossíntese, respiração
regulação hormonal e fixação de nitrogênio.
Folhas de coloração amarelo parda, com necrose nas margens, bulbos
amarelos, finos e faltando solidez, são os principais sintomas da falta de
cobre. Na cebola, a aplicação de Cu intensifica a coloração da casca e os
bulbos demonstraram aumento da resistência da casca e menor perda de
peso durante o armazenamento(MENDES, et al., 2008).
O zinco (Zn) é constituinte de diversas enzimas que atuam nos
processos de respiração e controle hormonal, afeta a síntese e conservação
de auxinas, sua concentração pode variar de 3 a 150 mg por kg de material
vegetativo seco.
Sua deficiência pode causar o aparecimento de clorose e folhas
retorcidas.
2.3. Avaliação peso fresco bulbo
O nitrogênio é responsável pelo crescimento rápido das plantas,
aumento do teor de proteínas e promove a coloração verde nas plantas. Em
contrapartida, o seu excesso pode ocasionar o atraso do florescimento
como também da maturação dos bulbos. Algumas precauções devem ser
tomadas com relação às coberturas pois o uso de outras fontes
nitrogenadas como a uréia a perda para atmosfera pode ser considerada.
Em relação à uréia as perdas podem ficar entre30 a 50% de nitrogênio para
a atmosfera caso não seja feita uma leve incorporação (MALAVOLTA,
1988).
21
Segundo RESENDE (2003), trabalhando com adubação nitrogenada na
cultura da cebola e avaliando diferentes cultivares observaram que a
cultivar Texas Grano 502 foi a que melhor respondeu em relação à
adubação nitrogenada com valores de peso fresco da ordem de
89,42g/bulbo-¹ superando as cultivares Crioula e Pira Ouro com valores de
75,88 e 79,68 g bulbo-¹ respectivamente. A adubação básica por hectare
constitui-se de 20 kg de N (sulfato de amônio), 126 kg de P2O5 (superfostato
simples), 116 kg de K2O (cloreto de potássio), 4,5 kg de Mg (sulfato de
magnésio), 2 kg de Zn (sulfato de zinco) e 1,65 kg de B (bórax), aplicados
no plantio. Foi realizada uma cobertura aos 45 dias após o plantio da dose
de 30 kg/ha de N..
ARAÚJO et al. (2004) trabalhando com fonte orgânica de adubação
observaram um incremento no peso médio dos bulbos variando de 100 a
136g, as cultivares utilizadas foram: Superex, SawanaSweet, Tpc-00607,
Brisa, Texas grando-502, IPA11, IPA10, Alfa, São Francisco.
Suas fontes de adubação orgânica utilizada eram: Aminon-25 +
Biofertilizante, Em-4, Em-5 + Biofertilizinte, Urina de vaca Calda bordalesa,
Calda sufocalcica e Ka.
Nesse trabalho do referido autor mostra que o cultivo orgânico é capaz
de influenciar o peso fresco do bulbo de cebola e que a mesma enquadra-
se dentro do padrão do consumidor nacional, que são bulbos achatados
com diâmetro transversal superior a 90 mm.
Em relação à fonte e quantidade de nitrogênio a serem aplicados na
cultura os níveis de absorção para crescimento vegetativo parecem ser
distintos entre as fases de crescimento. De acordo com VIDIGAL et al.,
(2010), até 52 dias após a semeadura as plantas não atingiram a 10% da
massa de peso fresco total da planta, valor similar ao encontrado para o
peso fresco da parte aérea que também teve crescimento lento até os 52
dias após a semeadura.
MANTOVANI et al. (2005), verificaram que o aumento de doses de N na
cultura do alface (cultivares Lucy Brown, Tainá, Vera, Verônica e Elisa)
utilizando dosagens de 0; 141,5; 283; 566 e 1.132 mg/vaso, acarretaram
em acúmulo de nitrato e redução de matéria fresca constatando assim, que
a maior dose de N promoveu maior perda de qualidade das plantas do que
ganho em produção.
Em relação à adubação potássica e nitrogenada, RESENDE et al.
(2009) afirmam que a produção de massa fresca do bulbo na ausência da
adubação potássica e com dose de 90 kg/há de N mostrou efeito positivo
22
em função de doses de nitrogênio sugerindo assim, uma resposta positiva e
complementar para esse nutriente.
Outros autores como FERNANDES et al., (2011) avaliando diferentes
concentrações de nitrogênio em bulbilhos de alho, verificaram que o peso
médio de bulbos respondeu de forma quadrática à aplicação de nitrogênio
em cobertura chegando a 35 g com dose de 321 kg há-¹ de nitrato de
amônio ,SOUZA E CASALI (1991), utilizando a cultivar Júreia verificaram
também efeitos positivos das doses de nitrogênio e um aumento linear na
massa dos bulbos (30 g para dose de 180 kg/ha). GARCIA et al. (1994) e
RESENDE E SOUZA (2001)com os experimentos realizado no período de
abril a outubro de 1991, em Lavras, também conseguiram aumento linear na
massa média de bulbos com doses crescentes de nitrogênio (21,6 e 31,9 g
com doses de 150 e 120 kg/ha respectivamente).
Em vista das varias informações citadas observa-se que as respostas a
adubação nitrogenadas são intrínsecas as cultivares utilizadas e também a
época de plantio visto que a cebola é dependente de fotoperíodo para o
desenvolvimento de bulbos.
2.4. Avaliação do diâmetro do bulbo
Um dos parâmetros para classificação comercial de cebola está
relacionado diretamente ao diâmetro do bulbo.
Em ensaios preliminares COSTA et al. (2000) verificaram que as
cultivares Conquista, Valeouro IPA-11, Franciscana IPA-10, CNPH-6040,
Bola P. EMPASC, CNPH-5898 e Crioula destacaram-se por apresentar
bulbos comerciais acima de 80% nas classes 3 e 4, ou seja, os bulbos
dessas cultivares possuem diâmetro transversal variando de 50 a 70mm e
70 a 90mm respectivamente sendo essas de maior preferência no
consumidor nacional.
Já as cultivares Texas Grano-PRR, Texas Grano-438, Brownsville,
Granex-429 e Houston tiveram cerca de 44% de seus bulbos comerciais na
classe 5, ou seja, apresentaram bulbos com diâmetro transversal acima de
90mm, esses são bulbos grandes e de baixo valor comercial de acordo com
Silva et al. (1991) tendo em vista que o consumidor brasileiro prefere bulbos
com 80 a 100g e com diâmetro transversal de 40 a 80mm..
2.5. Avaliação da produtividade do bulbo
Um dos fatores cruciais para instalação de uma cultura é o quesito
produtividade. A produtividade é um somatório dos fatores ambientais e
genéticos que associados são capazes de expressar o potencial produtivo
de uma espécie. Produtividade definindo comercialmente é sinônimo de
23
rentabilidade econômica. Segundo RESENDE et al. (2003) a cultivar Texas
Grano 502 destaca-se pela sua alta produtividade de bulbos comerciais
(44,36 t/ha) tendo desempenho similar ao da cultivar Granex 33 (50,21
t/ha). Ambas as cultivares apresentaram incrementos na produtividade de
valor 204,3 a 168,8% a media nacional (16,5 t/ha). Estes resultados
mostram que a cultivar Baia Periforme pode representar um rendimento
econômico considerado ao padrão nacional. Esses resultados foram
similares aos obtidos por Costa et al. (2000), só não foram superiores aos
obtidos por Santos Jr. (1993) que alcançou produtividade de 66,04 t/ha.
Além disso, COSTA et al. (2000), relatou uma boa capacidade de produção
e adaptação da cultivar Baia Periforme
COSTA et al. (2000) obteve resultados de produtividade de bulbos
comerciais entre 21,41 e 61,78 t/ha dando destaque as cultivares Texas
Grano-PRR, Granex 429, Texas Grano-438, Brownsville, Texas Grano 502 e
Houston não havendo grandes diferenças entre si e apresentando
incrementos na produtividade na ordem de 285,5 a 386,4% resultados
esses acima da média nacional que é de 12,7 T há-¹ (IBGE 2013).
Ainda de acordo com COSTA et al. (2000), as cultivares Bola Precoce
EMPASC, CNPH-60, Conquista, Crioula Mercosul e XP-2 foram as
cultivares que apresentaram os piores rendimentos. FILGUEIRA (1982)
concluíram que as cultivares Texas Grano-PRR e Texas Grano-438 são as
mais adaptadas e produtivas.
Segundo ARAÚJO et al. (2001), o uso de esterco suíno (40 t/ha) junto
com adubo mineral( 450 kg/ha de superfosfato simples e 170 kg/ha de
cloreto de potássio em adubação de plantio e 300 kg/ha de sulfato de
amônio aplicado em cobertura após a semeadura parcelado em 50% aos 20
dias e 50% aos 40 dias) promove um incremento de 4,2 t/ha de vagens na
cultura do Feijão-Vagem, sendo esta uma forma mais viável de adubação
para a cultura do Feijão-Vagem pois essa forma de adubação visa o uso de
esterco suíno para aumentar a produtividade e a adubação mineral apenas
para complementação tornando assim mais barato ainda a adubação em
lugares onde é encontrado o esterco suíno a preços baixos.
De acordo com BÜLL et al. (2001) o parcelamento de adubação
potássica não causa influência na produção de bulbos de alho mesmo em
diferentes estádios de desenvolvimento.
KURTZ et al. (2010), constatou que a aplicação de Zn ao solo aumentou
a produtividade de bulbos de cebola tendo como rendimento de 19,4 para
22,4 t/ha (safra 2006/2007), de 14,0 para 16,8 t/ha (safra 2007/2008) e de
24
31,9 para 35,1 t/ha (safra 2008/2009) refletindo em um incremento de
13,5%.
Em relação ao nitrogênio, RESENDE et al. (2008) afirmam que em
interação com o potássio ou mesmo isoladamente, resulta na redução da
produtividade de refugos na cultura da cebola.
2.6. Avaliação comercial do bulbo
Segundo Silva et al. (1991), bulbos com peso entre 80 e 100g, com
diâmetro transversal entre 4 e 8 cm e forma arredondada são de maior
preferência pelos consumidores que mantiveram essas características como
de maior valor comercial ( Gandim et al., 1994). Em relação a esse padrão
estabelecido, a cultivar Baia Periforme se enquadra em todos os requisitos
atendendo de forma ampla o mercado consumidor em relação ao peso
médio de bulbos e diâmetro de bulbos uma vez que o consumidor prefere
bulbos de menor tamanho, cujo são consumidos na forma in natura e sua
maior parte e também possuem maior poder de conservação devido ao
menor teor de umidade. A única cultivar que não correspondeu aos
requisitos do mercado consumidor foi a cultivar Chata Roxa, pois seus
bulbos apresentam forma achatada e de coloração roxa.
De acordo com (Souza e Resende, 2002), bulbos de cor amarelo-
avermelhada possuem preferência do consumidor, porém, é importante
lembrar que existem nichos específicos de consumo em que o mercado é
influenciado por fatores como poder aquisitivo e cultura de cada região.
Belo Horizonte e Rio de Janeiro são exemplos onde ocorre tendência de
consumir cebola com coloração roxa ou arroxeada. Com a abertura da
economia brasileira e o contato com produto importado, o consumidor
brasileiro esta em processo de mudança quanto à exigência de qualidade,
desconsiderando a não-uniformidade do produto em relação à cor, tamanho
e formato.
Para RESENDE et al. (2009) é de grande importância a maior
conservação do produto no pós-colheita para a comercialização, pois existe
variações de preços em curtos períodos de tempo e dessa forma o produtor
sabendo das perdas de massa da cebola, pode conseguir melhores
cotações de preços e aumentar seus lucros devido a volatilidade do
mercado ceboleiro.
25
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Caracterização do local de experimento
O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade
Federal de Mato Grosso, em Sinop-MT (11º50’53’’ de latitude sul e a
55º38’57’’ de latitude oeste), no período de março a dezembro de 2012. O
solo da área é do tipo latossolo vermelho-amarelo, com areia quartzosa e
plintossolos. O relevo é plano, com leves ondulações e raros pontos de
erosão sendo necessário fazer correção. A vegetação é de floresta tropical,
do tipo Ombrófila ou Tropical. É predominante nesta região clima Tropical
chuvoso, com precipitação média anual de 1.900 milímetros, temperatura
máxima anual de 33º C e mínima de 27º C e altitude em relação ao nível do
mar de 384 metros.
3.2. Material vegetal, plantio e condução
As sementes foram de cultivar Baia Periforme que se caracteriza por
apresentar bulbo em forma de pião, de coloração amarelo-claro, bastante
uniforme e sabor suave. O ciclo varia entre 150 e 160 dias dependendo da
região. As sementes foram semeadas no dia 25/04/2012 em sementeira e
num intervalo de 35 dias transplantadas para o local definitivo. Previamente
ao plantio uma amostra de solo foi submetida a analise para fins de
orientação com relação a adubação (Tabela 1).
Tabela 1.0: Análise de solo.
PROTOC. AMOSTRA pH(H2O)
pHCaCl2
P K P-REM P- RES
mg/dm3
4 PADRÃO 5,47 4,8 2,16 22,00 NS 6,22
PROTOC. AMOSTRA Zn Cu Fe Mn B S
mg/dm3
4 PADRÃO 0,84 0,28 136,54 7,68 0,18 49,89
Micronutrientes +S +B
K Ca Mg Al H H+AL C M.O N.Tot Na
cmol/dm3 g/dm3 g/kg
0,06 1,06 0,66 0,05 4,65 4,70 NS 26,26
26
Como manejo de adubação pela analise de solo (Tabela 1), foram
utilizados 300 kg há-1 de P2O5 na forma de superfosfato simples, 120 Kg há-
1de N em forma de ureia e 180 Kg há-1 de KCL em forma de cloreto de
potássio, o calcário para correção utilizado foi o dolomítico, na quantidade
de 2,75 T há-1. Aplicação via foliar de 60 kg/ha-1 de N parcelados em duas
vezes aos 30 e 60 dias após o transplantio.
O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso em
esquema fatorial 5X3 compreendendo 4 doses de N e como fonte foi
utilizado o Nitrato de Cálcio.(90, 120,150 e 180) com 4 repetições. Os dados
foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Tukey a 5% da probabilidade. O controle de pragas e doenças foi
realizado com constante monitoramento da área e se necessário será
aplicado produtos químicos para o controle das principais pragas da cultura
da cebola como tripes, larva-arame, mosca minadora, lagarta-rosca e
lagarta-das-folhas. Para o controle de doenças foi observado a
sintomatologia da planta e consequente realização de medidas necessárias
para seu controle seja por eliminação ou defensivos químicos.
A colheita foi realizada 120 dias após o transplantio quando as plantas
apresentaram avançados sinais de senescência como amarelecimento e
secagem das folhas e apresentação da característica do estalo. A cura foi
realizada em um período de três dias ao sol e doze dias à sombra em
galpão arejado.
3.3. Definição das avaliações
Peso fresco do bulbo – determinado dividindo-se a massa fresca do
bulbo após a cura, pelo número de bulbos.
Diâmetro do bulbo – determinado com auxilio de paquímetro e os
resultados expressos em cm.
Produtividade do bulbo – foi mensurada logo após a colheita em
balança semi-analítica e os resultados expressos em T/ha-1.
Classificação comercial do bulbo – determinado através de bulbo
comercial (bulbos perfeitos e com diâmetro transversal acima de 35mm) e
não-comercial ( refugos com diâmetro transversal inferior a 35 mm). A
classificação comercial também pode ser feita por tipos variando o diâmetro
do bulbo: tipo 2 de 35mm até 50mm, tipo 3 de 50mm até 70mm tipo 4 de
70mm até 90mm e tipo 5 acima de 90mm.
27
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Houve diferenças significativas para as variáveis peso fresco (PF),peso
seco (PS),diâmetro de bulbo (DB),comprimento de folhas (CF), classificação
comercial 2 (CC2),classificação comercial 3 ( CC3) em relação às doses de
nitrogênio e rendimento da cultura da cebola. Já para a variável CC4 não
houve diferença significativa. (Tabela 1).
Tabela 1- Análise de Variância (Teste-F) e médias para Peso fresco (PF), Peso
Seco (PS), Diâmetro de bulbo (DB), Comprimento de folha (CF), Classe comercial
(CC2; CC3 e CC4) para cebola da cultivar Baia Periforme submetidas a doses de
Nitrogênio (kg ha-¹).
Dosesde N
(Kg há-¹)
PF(g)
PS(g)
DB(mm)
CF(cm)
CC 2(%)
CC3(%)
CC4(%)
90 79,369 79,531 55,521 36,531 18,75 79,75 1,50
120 91,149 81,190 54,076 38,762 24,50 73,50 2,00
150 97,190 88,973 51,731 34,479 33,50 66,75 -
180 99.048 73,607 56,634 34,216 8,833 91,67 -
Teste - F 4.49* 5.08* 3.83* 5.25* 1.08* 1.03* 0.58ns
CV(%) 61.01 40.43 10.85 33.45 7.38 5.72 1.28
Variáveis Analisadas
*Significativo com p<(0,05); ns Não significativo com p<(0,05);
Em relação ao peso fresco dos bulbos (PF), houve um efeito linear para
o incremento de doses de Nitrogênio (Figura 1A) mostrando que o
incremento até a dose de 180 kg há-¹ de N é responsivo. A equação que
representa essa função é representada por Y= 0,297x + 53,594 R²=0,9864.O
aumento das doses proporcionou um incremento gradativo na massa fresca
28
dos bulbos. Estes resultados mostram a capacidade de resposta da cebola à
aplicação de nitrogênio e alicerça as afirmações de autores como Singh &
Sharma,(1991).Que relatam que o elemento contribui marcadamente para
produção de bulbos de maior tamanho (massa fresca) e consequentemente
melhor produtividade da cultura.
Faria & Pereira, (1992); que relata que o elemento contribui
marcadamente para o melhor desenvolvimento, e maior tamanho de bulbos
de cebola. Torrance e Hill (2007) observaram que as melhores respostas
quanto à produtividade foram obtidas com a dose de 263 kg ha-1 de N,
utilizando ureia como fonte. Já Vilas Boas et al.,(2014) estimas que os
valores máximos estimados para a produtividade total de bulbos e para a
produtividade de bulbos comerciais ocorreram à dose de 180 kg ha-1 de N.
Um outro parâmetro avaliado foi o peso seco (Ps). Para este valor o
incremento da dose de 150 kg há-¹ a 180kg há-¹ mostrou um efeito negativo
nessa variável. A perda de peso foi de 17,27% o que tem mostrado que
doses elevadas de N reduzem a produtividade comercial de bulbos de
cebola. (Figura 1b). A equação que demonstra este comportamento é
expressa pela regressão (Y= -0,0047x2 + 1,2436x + 4,4516 R²= 0,6438). O
maior peso seco foi de 88,973 com a dose de 150 kg há-1. Esse incremento
na dose de N aumenta o teor de água do tecido tornando o tecido mais
vulnerável a perda de água e nutrientes em relação as plantas com doses
menores. Para o ambiente além de ocasionar problemas de ordem
fisiológica. Segundo Resende (2009); bulbos armazenados a tempo
superiores a 60 dias, apresentam efeitos quadráticos, constatando-se uma
perca maior nas dosagens mais altas do que nas plantas de testemunha.
Segundo Resende, et al. (2010) observa-se o baixo desempenho do
híbrido Baia F1, que obteve baixo teor de massa seca acumulada. Esse fato
pode estar relacionado com a alta capacidade da cultivar em armazenar
água, proporcionando, em contrapartida, alta produção de massa fresca.
Em relação ao diâmetro dos bulbos, observa-se um efeito quadrático para
esta variável representada pela equação Y = 0,0018x2 - 0,4728x + 84,196,R²
= 0,7531 (Figura 1d). O máximo diâmetro foi obtido com a dose de 180kg há -
1. Observa-se que a dose de 180kg há-1 de N foi capaz de promover diâmetro
de até 64,86 mm. De acordo com Silva,(1987) o fato de uma possível
redução no diâmetro dos bulbos, em relação às doses de nitrogênio, tem
origem por uma adubação desequilibrada, provavelmente de potássio que se
aplicado em dose certa juntamente com o nitrogênio, rende um aumento no
diâmetro, relativo às quantidades aplicadas.
29
Para a parte aérea houve uma redução não significativa nessa variável,
onde é expressa pela equação y = -4,533ln(x) + 58,087, R² = 0,4107, sendo
o melhor rendimento120 kg há-1 (Figura 1c),
Segundo RESENDE et al. (2009) usando-se doses de 180 kg ha-1 de
nitrogênio (ureia) e 90 kg ha-1 de K2SO4 (sulfato de potássio ) ira se obter o
melhor desenvolvimento da cultura, onde a falta de potássio pode explicar
uma possível redução no tamanho do bulbo em relação a quantidade de
nitrogênio aplicada, o que pode ter sido um fator limitante neste trabalho, pois
foi feita apenas a adubação de correção de potássio, sendo que com o
incremento de nitrogênio na cultura deveria haver também um incremento de
K para um melhor rendimento.
Nas analises de parâmetros comercias de tipo, onde o tipo 2 vai
de 35mm até 50mm, tipo 3 de 50mm até 70mm tipo 4 de 70mm até 90mm e
tipo 5 acima de 90mm, constatou-se uma variação significativa em relação as
doses N e as classes dos bulbos, onde quanto maior a dose de nitrogênio, u
bulbo se encaixa em classes de maiores diâmetros, podemos observa
(Figura 2a) que com o aumento das doses de N, os bulbos já saiam da
classe comercial 2 (de 35mm ate 50mm), passando para classe comercial 3
(de 50 até 70 mm). Doses como 90, 120 e 150 apresentaram um melhor
rendimento de classe 2 já a dose de 180 kg há-1 obteve um melhor resultado
sobre a classe comercial mais procurada, a classe 3 (Figura 2b), reforçando
a teoria de Resende, (2009).sendo que com a aplicação dos 180kg há-1
houve o melhor rendimento comercial dentre todas as dosagens. A obtenção
de bulbos maiores, além de estar diretamente relacionada com o aumento no
rendimento, também aumenta a lucratividade, pois bulbos com diâmetro
inferior a 50 mm apresentam menor valor de mercado do que bulbos
maiores, Bulbos de tamanho muito grande devem ser evitados, pois, além de
terem menor aceitação comercial, são mais suscetíveis ao apodrecimento
(Batal et al., 1994).
Onde os mesmos resultados coincidem com a afirmação de Faria &
Pereira, (1992); que relata que o nitrogênio tem uma grande contribuição
para o melhor desenvolvimento, e maior tamanho de bulbos de cebola.
Trevisan et al. (1999) relatam produtividade para a cultivar Baia
Periforme de 21,79 t/ha e peso médio de bulbo de 130 g/bulbo utilizando
uma adubação de 40kg/ha de nitrogênio incorporado depois duas aplicações
de de 30 kg há-1 uma as 30 e outra aos 45 dias após o transplantio..
Já Rosa et al, (2003) obteve produtividade de 34,6 T há-1 usando sulfato
de amônio na dosagem de 20 kg há-1 , fazendo mais duas aplicações de 20
kg há-1 de N uma aos 25 e outras aos 35 dias depois de transplantados. Os
30
resultados apresentados nesse trabalho Em relação a produtividade dos
bulbos, houve um efeito linear para o incremento de doses de Nitrogênio
(Figura 2c) mostrando que o incremento até a dose de 180 kg há-¹ de N é
responsivo. A equação que representa essa função é representada por y =
0,0677x + 30,483R² = 0,9483, mostram a cultivar de baia periforme com um
rendimento de 36,1 T há-1 com a aplicação de 90 kg há de N, com a
aplicação de 120 kg há-1 de N o rendimento foi de 39,5 t/há-1, a dose de 150
kg há-1 deu rendimento de 40,30 t/há-1, e com um rendimento de 42,6
utilizando 180 kg há-1 de N.
Figura 1a: Rendimento de massa fresca da cebola em relação as doses de N.
Figura 1b: Rendimento de massa seca de cebola em relação as doses de N
Figura 1c: Desenvolvimento de parte aérea de cebola em relação as doses de N
Figura 1d: Diâmetro de bulbo de cebola em relação as doses de N
31
Figura 2a: Porcentagem de bulbos declasse comercial 2 (35mm até 50mm)em relação as dosagens de N
Figura 2c:Produtividade em relação asdoses de N.
Figura 2b: Porcentagem de bulbos declasse comercial 3 (50mm até 70mm)em relação as dosagens de N.
Figura 2c:
32
5. Conclusão.
Com isso concluísse que o cultivo de cebola na cidade de Sinop se
torna viável utilizando-se nitrocalcio como fonte de nitrogênio na dosagem
de 150 kg há-1 e 180 kg há-1, sendo a que, nas dosagens de 150 kg há -1
obteve-se melhor resposta em desenvolvimento de parte aérea, massa
seca e classe comercial 2. Já a dosagem de 180 kg há-1 obteve melhor
resposta para massa fresca, diâmetro de bulbo, classe comercial 3 e
produtividade.
33
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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