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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE NUTRIÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM NUTRIÇÃO CLÍNICA IMPORTÂNCIA DEATINGIR O OBJETIVO CALÓRICO PROTEICO DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL DE CUIABÁ-MT. Flavia Hosaki Silvino da Silva Cuiabá-MT 2016

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

IMPORTÂNCIA DEATINGIR O OBJETIVO CALÓRICO PROTEICO

DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL INTERNADOS NA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL DE

CUIABÁ-MT.

Flavia Hosaki Silvino da Silva

Cuiabá-MT

2016

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

IMPORTÂNCIA DE ATINGIR O OBJETIVO CALÓRICO

PROTEICO DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL

INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM

HOSPITAL DE CUIABÁ-MT.

Cuiabá-MT

2016

Monografia apresentada à

Faculdade de Nutrição da

Universidade Federal de Mato

Grosso como pré-requisito para

obtenção de título de Especialista

em Nutrição Clínica, sob

orientação da Profª MSc. Nilma

Ferreira da Silva

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

IMPORTÂNCIA DE ATINGIR O OBJETIVO CALÓRICO

PROTEICO DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL

INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM

HOSPITAL DE CUIABÁ-MT.

FLAVIA HOSAKI SILVINO DA SILVA

Orientadora:

Nilma Ferreira da Silva

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

_____________________________________________

_____________________________________________

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por me dar sabedoria e serenidade

para conseguir terminar este trabalho.

Aos meus pais, meus exemplos de vida, honestidade e caráter, que sempre fizeram

de tudo para que eu tivesse a melhor educação. Pelas horas de paciência com meu mau

humor, e pelas palavras de conforto nos momentos difíceis.

À minha orientadora, Professora Nilma, pelas conversas e pela orientação para que

este trabalho fosse concluído.

Finalmente, às minhas colegas de turma, pelos finais de semana de muita

aprendizagem, e pelas conversas que trouxeram ótimas lembranças da faculdade. Aos

meus amigos de infância, minha segunda família pelo apoio de sempre.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 .................................................................................................................... 17

Figura 2 .................................................................................................................... 18

Figura 3 .................................................................................................................... 18

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1.................................................................................................................. 14

Tabela 2.................................................................................................................. 15

Tabela 3.................................................................................................................. 16

Tabela 4.................................................................................................................. 17

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SUMÁRIO

1. Introdução ...................................................................................................................10

2. Objetivos ..................................................................................................................... 13

2.1. Objetivo geral ................................................................................................ 13

2.2. Objetivos específicos .....................................................................................13

3. Casuística e Metodologia............................................................................................ 14

3.1. Coleta de dados...............................................................................................14

3.2. Análise de dados.............................................................................................14

4. Resultados e Discussão................................................................................................15

5. Conclusão ....................................................................................................................21

6. Referências Bibliográficas......................................................................................... 22

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RESUMO

Os pacientes possuem risco maior de desenvolverem desnutrição quando estão inseridos

em ambiente hospitalar. Essa desnutrição pode trazer graves consequências em relação à

evolução da doença e o tempo de internação. Complicações quanto maior número de

infecções, complicações com a dieta, maior tempo de internação, maior taxa de morbidade

e mortalidade. Para evitar a rápida evolução de desnutrição nos hospitais, têm se

empregado de forma rotineira a utilização de Terapia Nutricional Enteral (TNE), que deve

ser iniciada no máximo após 24 horas de internação (em caso de pacientes desnutridos

graves). Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais o caso não é diferente, a

TNE tem sido a maior responsável pela nutrição dos pacientes internados. As UTI são

unidades complexas, onde se encontram os casos mais graves de um hospital. Devido à

isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o tempo para atingir o objetivo calórico e proteico

de 78 pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular

de Cuiabá-MT durante dois meses. Dos resultados: Verificou-se que 54,41% dos pacientes

encontravam-se em TNE exclusiva, e a prevalência de desnutridos grave também eram

maioria (61,53%). O objetivo calórico e proteico foram atingidos em menos de 3 dias de

internação e a taxa de óbito foi de 17,28%, em contrapartida, a taxa de alta hospitalar foi de

44,44%. Diante dos resultados podemos concluir que a utilização de ferramentas de fácil

utilização como a Avaliação Subjetiva Global (ASG) e a rápida intervenção nutricional é

crucial para o bom desenvolvimento do paciente dentro dessas unidades. É de extrema

importância a cooperação em conjunto de uma equipe multidisciplinar para assistir o

paciente, deste modo, suas chances de recuperação rápida e sem sequelas são maiores.

Palavras Chaves: Terapia Nutricional Enteral, Unidade de Terapia Intensiva, Objetivo

calórico, Objetivo protéico

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ABSTRACT

Patients have a higher risk of developing malnutrition when they are inserted in the

hospital. This malnutrition can have serious consequences for the evolution of the disease

and hospitalization. Complications higher number of infections, complications with the

diet, longer hospital stays, increased morbidity and mortality. To prevent the rapid

evolution of malnutrition in hospitals, they have been employed routinely using Enteral

Nutrition Therapy (TNE), which should start at the latest after 24 hours of hospitalization

(in case of severely malnourished patients). In Intensive Care Units (ICU) of the hospital

case is no different, the TNE has been most responsible for the nutrition of hospitalized

patients. ICUs are complex units, where the most serious cases to the hospital. Because of

this, the aim of this study was to evaluate the time to reach the calorie and protein goal of

78 patients admitted to an Intensive Care Unit of a private hospital in Cuiabá for two

months. From the results: It was found that 54.41% of patients were exclusively TNE and

the prevalence of severe malnutrition were also most (61.53%). The calorie and protein

goal were achieved in less than 3 days, and the death rate was 17.28%, however, the

discharge rate was 44.44%. With the results we can conclude that the use of easy to use

tools such as the Subjective Global Assessment (SGA) and rapid nutritional intervention is

crucial for the proper development of the patient within these units. It is of utmost

importance to cooperation together a multidisciplinary team to assist the patient, thus your

chances of rapid recovery without sequelae are higher.

Key words: Enteral Nutrition Therapy, Intensive Care Unit, calorie goal, protein Objective

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1. Introdução

Pacientes internados em unidades de terapia intensiva, a depleção nutricional é

frequente, já que a resposta metabólica ao estresse, conhecida como resposta de fase aguda,

promove intenso catabolismo e mobilização de proteínas para reparo dos tecidos lesados e

fornecimento de energia (TEIXEIRA, 2006).

A desnutrição proteica calórica atinge cerca de 30% a 50% em pacientes clínicos e

cirúrgicos internados. O gasto com pacientes desnutridos em relação aos eutróficos

aumenta em 60,0 %. Além disso, a desnutrição hospitalar tem sido associada a maior

tempo de internação e ao aumento de complicações e da mortalidade (CORREIA &

WAITZBERG, 2003).

A desnutrição do paciente sozinho, ou em conjunto com a segregação social, fatores

psicológicos, situação econômica, falta de consciência médica e hospitalizações mais

longas, entre outros, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento da

desnutrição.

Um estudo clássico, nacional, multicêntrico, realizado com quatro mil pacientes

internados (IBRANUTRI - Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar),

revelou que 48,1% dos pacientes internados estavam desnutridos e 12,6% apresentavam

desnutrição grave. Este estudo mostrou também que a desnutrição hospitalar progride à

medida que aumenta o período de internação. Um estudo clínico, em Cuba, realizado em

12 hospitais cubanos, selecionou aleatoriamente 1905 pacientes, e mostrou que 41,2%

apresentavam-se desnutridos (PENIE, 2005).

Trabalho realizado por AGUILAR-NASCIMENTO et al. (1991) com 241 pacientes

candidatos à cirurgia eletiva, mostrou que 31,5% apresentavam algum grau de desnutrição.

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são unidades complexas,

destinadas ao atendimento de pacientes graves, que demandam espaço físico

específico, recursos humanos especializados em instrumental tecnológico

avançado, o que as tornam unidades de alto custo. Dessa forma, torna-se

necessária a definição de critérios de internação e alta de pacientes na UTI que

considere os diversos aspectos envolvidos na indicação do tratamento intensivo,

com vistas a beneficiar o paciente e otimizar recursos. (Barreto SM et al, 2001.)

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Outro estudo concluído no mesmo serviço após 15 anos mostrou que 41% dos pacientes

eram desnutridos (DOCK-NASCIMENTO, 2005).

Quando há depleção nutricional, a resposta imunológica é deprimida, o processo de

cicatrização é comprometido, ocorrem alterações na composição corporal e na função dos

órgãos, além de outras consequências que levam à maior probabilidade de ocorrer

infecções, úlceras por pressão, entre outras complicações. Isso resulta em incremento na

morbidade e na mortalidade, além de levar ao prolongamento do tempo de internação, bem

como elevar o número de re-internações, fatores esses, associados com maior custo de

assistência (TEIXEIRA, 2006).

Uma grande parte dos pacientes desnutridos não consegue ingerir adequadamente o

total de calorias e nutrientes pela via oral. Dessa forma a terapia nutricional enteral precoce

(TNEP) deve ser a primeira via de escolha para nutrir esses pacientes desnutridos que não

podem ou não conseguem ingerir toda a quantidade de nutrientes e calorias pela via oral

(LEWIS, 2009). Nesse contexto assegurar uma evolução adequada de nutrientes e calorias

pela via enteral, é um desafio constante que a equipe de terapia nutricional enfrenta.

Assim a administração da terapia nutricional enteral (TNE) deve ser monitorada

diariamente. A tolerância da dieta, a evolução na prescrição e as complicações

apresentadas, são informações importantes que devem fazer parte da avaliação diária do

paciente. Na prática clínica os pacientes com terapia nutricional não recebem o total de

volume e calorias do prescrito. Isso contribui para o aumento das complicações e ao maior

tempo de internação e para a mortalidade hospitalar (PLANK, 2003). Essas Informações

no prontuário do paciente asseguram a quantidade de dieta ofertada e auxiliam se a

quantidade calórica e proteica planejada foi atingida (LEITE, 2005).

A terapia nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente

crítico, devido às evidências científicas que comprovam que o estado nutricional interfere

diretamente na sua evolução clínica (KLEIN, 1997).

Na literatura atual a baixa administração da TNE tem sido ponto de várias

pesquisas e discussões. Muitos fatores contribuem para a não administração e evolução

adequada da quantidade total de dieta enteral prescrita. Em 2003, Engel et al, mostraram

que a necessidade de jejum para procedimento cirúrgico, problemas relacionados com a

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sonda enteral e a intolerância gastrointestinal, são os principais fatores associados

administração inadequada da TNE.

Um estudo envolvendo 138 pacientes mostrou que a oferta calórica inferior a 25%

esteve associada ao aumento do risco de infecção (RUBINSON, 2004). Em 2009, um

estudo de coorte multicêntrico, envolvendo 167 pacientes críticos internados, que teve

como objetivo analisar a relação da caloria ofertada com as complicações mostrou que os

pacientes que receberam maior quantidade de calorias e proteínas foram os que

apresentaram melhora clínica mais significativa, particularmente pacientes com IMC

menor que 25 Kg/m² ou maior que 35 Kg/m² (ALBERDA et al., 2009).

Villet et al (2006), também mostraram que o balanço energético negativo

está relacionado com o aumento de complicações, aumento de morbidade e da mortalidade

hospitalar. Eles observaram que a oferta reduzida da TNE foi maior na primeira semana de

internação. Esse déficit energético negativo frequentemente não é compensado durante o

tempo de internação.

Cada vez mais a nutrição adequada de pacientes internados em

hospitais tem sido relacionada com a melhora precoce dos pacientes, diminuindo o tempo

de internação e também a mortalidade. Nas Unidades de Terapia Intensiva, o desafio de

atingir o objetivo calórico e proteico se torna um desafio maior, porém possível.

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2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

Avaliar a evolução da prescrição de calorias e proteínas em pacientes com terapia

nutricional enteral (TNE), internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital

particular em Cuiabá, entre os meses de maio de junho de 2012.

2.2. Objetivos Específicos

Avaliar o estado nutricional através da Avaliação Subjetiva Global (ASG);

Acompanhar a evolução calórica e protéica durante sete dias consecutivos;

Avaliar a frequência das complicações e a mortalidade hospitalar.

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3. Casuística e Metodologia

O estudo foi de caráter observacional descritivo. A coleta de dados foi realizada em

um hospital particular da cidade de Cuiabá-MT, no ano de 2012 durante dois meses (maio

e junho).

Para compor a população de estudo, foram estudados prospectivamente 78

pacientes adultos internados na unidade de terapia intensiva (UTI). Os pacientes que eram

nutridos exclusivamente por via oral foram excluídos do estudo.

3.1. Coleta de dados

Os dados foram coletados diariamente através de um formulário próprio de

acompanhamento dos pacientes. As variáveis coletadas foram: terapia nutricional enteral,

mista ou exclusiva, quantidade diária de calorias e proteínas prescritas durante os sete

primeiros dias de início da TNE, dia de internação em que foi atingido o total de calorias e

proteínas adequadas, tempo de internação hospitalar, frequência de complicações durante

os dez primeiros dias de internação (diarreia, constipação e vômitos), frequência de alta e

óbito. O estado nutricional foi avaliado pela equipe nutricional utilizando a Avaliação

Subjetiva Global (ASG), que foi aplicada no primeiro dia de internação.

3.2. Análise de dados

Os dados foram apresentados em frequência absoluta e relativa, na forma de tabelas

e figuras.

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4. Resultados e Discussão

Os 78 pacientes internados na unidade de terapia intensiva de um hospital particular

com terapia nutricional enteral ou parenteral exclusiva ou mista, possuíam em média 67

anos (19-98), sendo que desses, 64,9% tinham mais de 60 anos, com maior percentual do

sexo feminino. (tabela 1)

Tabela 1. Classificação dos pacientes de quanto ao sexo.

Estudo feito por Barreto (2001) também em uma UTI, mostrou que 66% dos

pacientes eram idosos, corroborando com nossos achados, mostrando que os idosos ainda

perfazem maioria nas Unidades de Terapia Intensiva.

As metas da terapia nutricional se iniciam com a triagem nutricional e passam por

diferentes etapas até o final do tratamento, como calcular necessidades, selecionar rota de

administração da dieta, monitorar a ingestão ou quantidade infundida e os efeitos da

terapêutica. (LAMB, 2003).

Dentre as causas da internação, a maioria dos pacientes encontrava-se em

tratamento clínico, independente do sexo, e o segundo motivo mais frequente foi o câncer,

como demonstra a tabela 2, confirmando dados publicados pelo INCA em 2014, em que a

incidência de câncer no Brasil cresce exponencialmente ano após ano, também sendo um

importante agravante do estado nutricional dos pacientes.

Sexo Frequência Absoluta (F) Frequência Relativa

(Fr)

Feminino 44 56,41

Masculino 34 43,59

Total 78 100,00

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Tabela 2. Classificação dos pacientes estudados quanto ao diagnóstico.

Estudo feio por Correia (2003) evidencia que as principais causas de hospitalização

são: doenças cardiovasculares, seguido de doenças gastrointestinais, doenças ginecológicas

e urológicas, doenças respiratórias, câncer e traumas.

Souza et al (2008), em seu trabalho no qual estudaram pacientes internados em

UTIs de três hospitais municipais do estado de São Paulo, mostram que mais de 70% dos

pacientes estudados foram internados devido a alterações clínicas, sendo as principais

cardiovasculares (26,8%), seguido de alterações gastrointestinais (26,8%) e respiratórias

(22,5%).

Estudo feito por Prada (2012) relata que muitos pacientes já chegam à internação

desnutridos, e a há piora do estado nutricional ao longo da internação. Por isso, a

identificação de pacientes desnutridos e com risco nutricional é o primeiro passo da terapia

nutricional.

De acordo com Kubrak (2007), a Avaliação Subjetiva Global tem o maior valor de

diagnóstico para pacientes de cuidados agudos. Medidas simples, como documentar altura,

peso na admissão, avaliar a ingestão nutricional do paciente, status de peso e

medicamentos que alteram a ingestão nutricional pode auxiliar na detecção precoce da

desnutrição no paciente de cuidados agudos.

Trabalhos demonstram que, a desnutrição hospitalar é uma realidade frequente nos

dias de hoje, principalmente de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva, no

Diagnóstico

Feminino

Masculino

Freq.

Absoluta

(n)

Freq.

Relativa

(%)

Freq.

Absoluta

(n)

Freq.

Relativa

(%)

Clínico 20 45,45 13 38,23

Cirúrgico 5 11,37 9 26,47

Câncer 19 43,18 12 35,30

Total 44 100,00 34 100,00

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qual há um intenso estresse metabólico. Como mostra a tabela 3, a prevalência de ASG=C,

ou seja, de pacientes desnutridos grave, foi de 61,53%. Enquanto 21,80% apresentavam

desnutrição moderada (ASG=B2) e 16,67% estavam em risco nutricional (ASG=B1). É

importante ressaltar que nenhum dos pacientes observados se encontrava em ASG=A,

destacando que a desnutrição grave prevalece nas unidades de terapia intensiva dos

hospitais do país.

Tabela 3. Classificação dos pacientes estudados quanto à Avaliação Subjetiva Global

ASG).

Kubrak (2007), em seu estudo de revisão confirma a situação de que

atualmente, a desnutrição varia de 13-78% entre os pacientes de cuidados agudos.

A desnutrição hospitalar vem sendo relatada como fator para aumento da

morbidade, mortalidade, tempo de internação hospitalar, e custos para o hospital. Os

distúrbios funcionais do corpo e do metabolismo, o que justifica os eventos anteriores,

baseiam-se na premissa de que a desnutrição interfere em quase todos os órgãos e/ou

sistemas do corpo humano.

Em relação à terapia nutricional (Tabela 4), para a maioria dos pacientes estudados,

a terapia nutricional enteral foi exclusiva, e nos demais, a terapia enteral estava associada à

via oral, à parenteral ou suplementação por via oral, como pode ser observado na tabela

abaixo:

Tabela 4. Classificação dos pacientes quanto à Terapia Nutricional aplicada.

ASG (Avaliação

Subjetiva Global)

Frequência Absoluta (F) Frequência Relativa

(Fr)

A 0 0,00

B1 13 16,67

B2 17 21,80

C 48 61,53

Total 78 100,00

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* VO = via oral; SVO= suplementação via oral; NP= nutrição parenteral.

Estudo feito por Dejonghe et al.(2001), mostra que a porcentagem de administração

da NE (Nutrição Enteral) em UTI é variável e pode atingir de 50% a 100% do objetivo

calórico desejado.

De acordo com Weissman (1999), a TNE faz parte da rotina de tratamento

intensivo em pacientes impossibilitados de utilizar a via oral para alimentação, mas que

possam utilizar o trato gastrintestinal (TGI). O uso da nutrição enteral (NE) está associado

a redução no número de complicações infecciosas, manutenção da integridade da barreira

mucosa intestinal e redução da translocação bacteriana.

Para que a Terapia Nutricional seja efetiva, é extremamente importante sempre

verificar o posicionamento da sonda, já que muitos pacientes internados nas unidades de

terapia intensiva desenvolvem gastroparesia, e podem cursar com refluxo gastroesofágico,

o que pode complicar ainda mais o quadro do paciente, como a presença de

broncoaspiração da dieta. Para estes pacientes, é preferível o posicionamento da sonda pós-

pilórica, o que diminui os ricos.

A administração de NE é dificultada por fatores diretamente relacionados com a

Terapia Intensiva (instabilidade hemodinâmica, jejum para procedimentos e exames,

dentre outros). Ocorrem também problemas mecânicos com a sonda nasoenteral, como

obstrução, mal posicionamento, e demora para a sua repassagem.

O uso de NE precoce, isto é, com início em 24-48 horas após a admissão em UTI

está relacionada a melhora do balanço nitrogenado, manutenção da função intestinal,

Tipo de TN Frequência Absoluta (F) Frequência Relativa

(Fr)

TNE Exclusiva 44 54,41

TNE+VO 27 34,62

TNE+SVO 4 5,13

TNE+NP 3 3,85

Total 78 100,00

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melhora da imunidade, melhor capacidade antioxidante celular e diminuição da resposta

hipermetabólica (HEYLAND, 2003). Esta conduta já é rotina no hospital em que os dados

foram coletados, o que facilitou que as calorias adequadas fossem atingidas em poucos

dias, o que pode ter influenciado as baixas taxas de complicações e mortalidade

observadas.

Apesar da alta prevalência de pacientes desnutridos, o objetivo calórico de 33

kcal/kg (21-35) foi atingido em 2,7 ± 1,8 dias e o objetivo proteico 1,5 g/kg (1,0-1,8)

também foi atingido em 2,4 ± 1,6 dias, como mostra a Figura 1. No que diz respeito às

complicações, dos 78 pacientes, 20,51% apresentaram diarreia, 17,34% apresentaram

constipação, e 10,26% apresentaram vômito durante a internação. Portanto, mais de 50%

dos pacientes seguiu com suas internações sem maiores intercorrências relacionadas à

terapia nutricional oferecida.

Figura 1. Tempo gasto para atingir as necessidades calóricas e proteicas dos pacientes

estudados.

0

1

2

3

4

5Objetivo Calório

Objetivo Proteico

Tem

po

(d

ias)

Em estudo realizado por Elpern e col. (2004) constatou-se diarréia em 72% dos

pacientes, enquanto que Petros e Engelmann (2006) observaram apenas 9,6% de incidência

de diarréia. Isso demonstra a grande variabilidade de dados encontrados quando se refere à

incidência de diarreia em pacientes internados (Figura 2).

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Figura 2. Frequência de complicações durante a internação.

Diarréia Constipação Vômito

0

5

10

15

20

13,26%

17,34%

10,20%

Fre

qu

en

cia

Rela

tiva (

%)

Durante o período de coleta de dados, a mortalidade foi de 17,28% (Figura 3),

refutando ideologias errôneas de que a maioria dos pacientes internados em UTI vão a

óbito.

Figura 3. Desfecho dos pacientes estudados

Óbito Alta Transferência

0

20

40

60

80

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5. Conclusão

O estudo apresentado mostra a importância de se ter uma equipe de terapia

nutricional atuante nos hospitais, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva, onde

o risco de complicações e mortalidade entre os pacientes é maior. É de suma importância a

constante vigilância com as intercorrências que podem vir a acontecer com os pacientes.

A terapia nutricional deve ser escolhida de forma criteriosa, e deve ser aplicada de

forma correta, sempre pensando no bem estar e na melhora rápida do paciente, assim como

as ferramentas imprescindíveis de fácil utilização como a Avaliação Subjetiva Global

(ASG). Com essas atitudes, nós nutricionistas podemos evitar diversas complicações para

os nossos pacientes, diminuindo os riscos decorrentes da internação.

Segundo a ASG, os pacientes internados estavam desnutridos em sua maioria, no

entanto, os resultados obtidos neste trabalho evidenciam que os pacientes internados na

UTI apresentaram uma rápida evolução de calorias e proteínas sem trazer maiores

prejuízos, devido a efetiva participação da equipe multidisciplinar atuante no hospital

estudado. A melhora do estado nutricional dos pacientes internados, pode ter contribuído

para as baixas complicações e mortalidade observadas durante o estudo.

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