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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CURSO DE AGRONOMIA USO DE BIOESTIMULANTES À BASE DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS E EXTRATO DE ALGAS NO DESENVOLVIMENTO INCIAL DO ARROZ DE TERRAS ALTAS Ohana Cristina Oliveira Faria Barra do Garças/MT Outubro/2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE AGRONOMIA

USO DE BIOESTIMULANTES À BASE DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS

E EXTRATO DE ALGAS NO DESENVOLVIMENTO INCIAL DO

ARROZ DE TERRAS ALTAS

Ohana Cristina Oliveira Faria

Barra do Garças/MT

Outubro/2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE AGRONOMIA

USO DE BIOESTIMULANTES À BASE DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS

E EXTRATO DE ALGAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DO

ARROZ DE TERRAS ALTAS

ACADÊMICO: Ohana Cristina Oliveira Faria

ORIENTADOR: PROF. DR. MILTON FERREIRA MORAES

Trabalho de Curso (TC) apresentado ao Curso de Agronomia do ICET/CUA/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Agronomia.

Barra do Garças/MT

Outubro/2018

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OFEREÇO

À Deus,

Por ter me dado saúde nessa caminhada para que eu pudesse concretizar mais este sonho,

por me dar força nos momentos mais difíceis e me guiar sempre no caminho do bem, afim

de conquistar vitórias

Dedico

Aos meus pais,Edma Alves Oliveira Faria e Onisio Divino de Faria, os quais me presentearam

com a vida, e ao meu irmão Victor Oliveira Faria que me deu total e apoio para que eu

conseguisse esta conquista.

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ii

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus por ser minha força, por me presentear com dom da

vida, por nunca deixar abalar a fé, por me dar força e coragem para alçar os obstáculos e

caminhar em frente.

À todas as pessoas que proporcionaram crescimento cientifico e humano até este

momento, colaborando para que eu crescesse. Agradeço a aqueles que me ajudaram pois

sozinha não conseguiria esta conquista.

À toda minha família, que sempre me ensinou os valores e dádivas que uma família

deve ensinar, dando amor e carinho, apesar de todas as diferenças. Literalmente sou uma

pessoa muito feliz por ter a família que Deus me concedeu.

Ao meus pais Onísio e Edma que sonharam comigo, que me desejaram por muito

tempo, diante disso estão a todo momento se doando para o melhor dos filhos, sem sequer

nos deixar faltar absolutamente nada na vida acadêmica, mesmo nos momentos mais difíceis

desta jornada estiveram sempre conciliando para que tudo culminasse neste momento, por

terem dedicado as suas vidas ao meu irmão e a mim. Em especial à minha mãe que é vista

como exemplo de mulher na família e entre amigos e não menos ao meu pai por ser o esteio

da casa e ser um homem digno de caráter, força, e lealdade. Meus pais são ídolos que tenho

e que sigo os passos para que eu possa me tornar semelhante a eles, ou ao menos

semelhante as atitudes justas, são pessoas esplêndidas que me passaram princípios morais

e éticos e que me fizeram ser a pessoa que sou, devo tudo a eles. Ao meu irmão Victor Oliveira

Faria que é meu exemplo de profissional, que me ensina a ser justa e trilhar os caminhos

certo, não ceder meus medos, e encará-los de cabeça erguida e com sorriso no rosto, me

dando forças para que eu sempre trilhe o que for melhor para mim, e ao meu irmão de

consideração João Claudino Fernandes Neto pela preocupação, atenção carinho e toda a

ajuda emocional que me deu durante essa jornada e por todo o orgulho que todos me dão.

Estas pessoas são o meu apoio eles são minha motivação.

Ao meu orientador Prof. Dr. Milton Ferreira de Moraes, por ser um exemplo de

profissional e de pessoa, sendo visto como grande influência no cenário agronômico, por ter

me acolhido como parte de sua equipe, me dando suporte para realizar mais este sonho,

depositando confiança, tendo paciência, atenção e reconhecimento em mim o que contribuiu

para o meu crescimento profissional e também pessoal.

Aos professores do Curso de Agronomia, agradeço a cada um pelos ensinamentos,

transmitindo seus conhecimentos, todos de uma forma ou de outra contribuíram para a minha

formação pessoal e profissional.

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Obrigado à equipe de pesquisas do laboratório de solos, equipe do professor Milton,

as pessoas que me ajudaram a realizar o experimento por me proporcionar um aprendizado

imensurável de trabalho em equipe, em especial a Yara, Fabricio, Natasha, Samuel, Valdir.

As minhas amigas Maklane Moraes, Rhandalla Cristina, Tayná Assis, que sempre me

apoiaram e sempre me deram base para continuar e nunca desistir, que me acolheram desde

quando cheguei na Universidade e que me presentearam com carinho, companheirismo,

amizade, amor, e fizeram tudo que podiam por mim, por serem minhas primeiras amigas na

universidade.

Aos componentes da banca examinadora que lançaram mão de seu tempo para

analisar meu conhecimento e o trabalho, diante ao curso de Agronomia, recebam

respeitosamente os sinceros agradecimentos.

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SUMÁRIO

Página

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE.................................................................................... 1

ABSTRACT E KEYWORDS............................................................................................ 2

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3

2. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................... 5

2.1. A cultura do arroz........................................................................................... 5

2.2. Bioestimulante no Brasil................................................................................. 6

2.3. Bioestimulante no Exterior............................................................................. 6

2.4. Efeito dos bioestimulantes nas plantas......................................................... 7

2.5. Substancia Húmica........................................................................................ 7

2.6. Extrato de Alga............................................................................................... 9

3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 10

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................. 14

5. CONCLUSÕES........................................................................................................... 20

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 21

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v

LISTA DE TABELAS

Página

Tabela1: Quantidade de elementos químicos e físicos presente no solo do

experimento que o caracteriza como sendo de textura franco arenosa .....................

11

Tabela 2 Adubação realizada em cada vaso do experimento.......................... 12

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 Altura de plantas comparando xt-95® com K-humate® e testemunha, Barras

seguidas pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de

Scott-Knott.....................................................................................................................

14

Figura 2. Comprimento radicular, comparadao entre os tratamentos k-humate® e

xt-95®,barras seguidas de mesma letra não diferenciam entre si no teste de scott-

knit a 5% de probabilidade...........................................................................................

16

Figura 3. Condutância estomática dos tratamentos xt-95® e K-humate®, . Barras

seguidas pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste

de ScottKnott ...............................................................................................................

17

Figura 4. : : Condutância estomática e peso de matéria seca de parte aérea sendo

comparadas quanto aos tratamentos............................................................................

18

Figura 5. Eficiência Quântica do Fotossistema II, comparando testemunha, xt-95® e

k-humate®, Barras seguidas pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de

probabilidade, pelo teste de Scott-

Knott..............................................................................................................................

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RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de dois bioestimulante no

desenvolvimento inicial do arroz de terras altas, um extrato de alga e o outro substância

húmica. O experimento foi locado segundo delineamento experimental inteiramente

casualizado (DIC), com três repetições e sete tratamentos, sendo: 0,5; 1; e 2 vezes a dose

recomendada pelo fabricante do XT-95® (sólido), e 0,5; 1 e 2 vezes a dose recomendada pelo

fabricante do K-Humate® (liquido), mais a testemunha que não recebeu nenhuma aplicação

dos produtos, ou seja dose 0,. Avaliaram-se as características: altura de plantas, comprimento

radicular, matéria seca de parte aérea e de raízes, condutância estomática e eficiência

quântica do fotossistema II. Com os resultados obtidos é possível afirmar que o uso desses

produtos, não atuou diretamente sobre as variáveis avaliadas.

Palavras-chave: Matéria seca, condutância estomática, K-Humate®, XT-95®

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ABSTRACT

The objective of the present work was to evaluate the effect of two biostimulants on the initial

development of upland rice, one algae extract and the other humic substance. The experiment

was located in a completely randomized experimental design (DIC), with three replications and

seven treatments, being: 0.5; 1; and 2 times the dose recommended by the manufacturer of

XT-95® (solid), and 0.5; 1 and 2 times the dose recommended by the manufacturer of K-

Humate® (liquid), plus the control that received no application of the products, or dose 0. The

following characteristics were evaluated: plant height, root length, dry matter of aerial part and

roots, stomatal conductance and quantum efficiency of photosystem II. With the results

obtained it is possible to affirm that the use of these products did not act directly on the

evaluated variables

Keywords: Dry matter, stomatal conductance, K-humate®, Xt-95®

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1. INTRODUÇÃO

O arroz é um dos grãos em maior produção e consumo no mundo, é uma poaceae

anual, adeptas tanto ao clima subtropical quanto ao tropical, com exceção da Antártida o arroz

é produzido em todos os continentes (CHANDLER, 1984).

A quantidade desse grão produzido no cenário mundial não vem acompanhando a

necessidade do consumo. A produção da safra 2017/2018 foi de 486 milhões de toneladas, A

produção do mundo aumentou por volta de 1,09% ao ano nos últimos anos, em contra partida

a população cresceu 1,32% e o consumo 1,27%, despertando a grande preocupação quanto

à estabilidade da produção mundial (EMBRAPA, 2018), as variações foram tanto de aumento

como de retração do consumo. Ou seja, nos últimos 10 anos, o consumo tem ficado em torno

dos 12,0 milhões de toneladas e, em meio a um persistente crescimento populacional

brasileiro, pode-se concluir que o consumo per capita do país tem retraído com o passar dos

anos (CONAB 2018).

O interesse e a utilização de produtos que tenham à sua base formada por substâncias

húmicas (SHs) em lavouras comerciais têm crescido em função dos resultados obtidos

principalmente em cultivos de alto valor econômico (BALDOTTO et al., 2009; CUNHA et al.,

2009;).

As SHs constituem o produto final da decomposição de resíduos orgânicos e

representam o principal componente da matéria orgânica em água, solos e sedimentos. Essa

classe de compostos engloba materiais coloidais do tipo ácido fúlvico, ácido húmico e humina,

em um esquema simplificado de classificação; trata-se de quatro classes de moléculas que

possuem variação em cor, grau de condensação e massa molar e que apresentam anéis

aromáticos e grupos funcionais com potencial de desenvolvimento de cargas elétricas

(VAUGHAN; MALCOM; ORD, 1985).

São várias as funções que as SHs exercem nas propriedades químicas, físicas e

biológicas do solo (STEVENSON, 1994); e também, interferem em processos fisiológicos das

plantas, na absorção de nutrientes e no desenvolvimento radicular e da parte aérea de

diferentes espécies vegetais (CHEN; AVIAD, 1990; NARDI et al., 2002).

Para que haja respostas, inibição, promoção, alteração metabólica da planta a um

determinado regulador, fitohormônio as doses devem ser na quantidade suficiente nas células

apropriadas, ser capturados e reconhecidos por receptores específicos que se localizam na

membrana plasmática de células vegetais e ter seus efeitos expandidos por mensageiros

secundários (SALISBURY; ROSS 1994).

Os extratos de algas também vem se destacando, uma das espécies que mais tem

sido estudada é a alga Ascophyllum nodosum, alga de origem marinha para fins agrícolas

(ACADIAN, 2009).

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O extrato destas algas contém aminoácido, vitaminas, auxinas, citocinas macro e

micronutrientes e ácido abscisico, como substâncias promotoras do crescimento (Mooney e

Van Staden, 1986) Segundo Castro e Vieira (2001), a utilização dos biorreguladores a base

de algas na agricultura vem acrescentando uma grande capacidade no aumento da

produtividade, mesmo que sua utilização ainda não seja uma prática adotada em culturas que

não atingiram alto nível tecnológico.

Diante do exposto acima, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o

comportamento inicial do arroz de terras altas à aplicação de bioestimulantes à base de

substancias húmicas e extrato de algas.

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REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A cultura do arroz

O gênero Oryza pertencente à família Gramineae (Poaceae), ordem Glumiflorae,

subfamília Ehrhartoideae, e tribo Oryzae (VAUGHAN; MALCOM; ORD, 2003) É um dos

alimentos mais importantes para a nutrição humana e o principal alimento para mais da

metade da população mundial, desempenhando importante papel tanto em âmbito social e

econômico quanto cultural. Em relação a demanda por alimentos dos brasileiros, o arroz é o

principal produto da base nutricional que está na mesa de todas as classes sociais (CONAB

2017)

A cultura do arroz ocupa uma área de 158 milhões de hectares podendo chegar a 746

milhões de toneladas de produção. O consumo médio mundial é de 60 quilos por pessoa por

ano. No Brasil, a faixa de produção de arroz fica anualmente entre 11 e 13 milhões de

toneladas de grãos colaborando com 79,3% da produção do Mercosul e atualmente, o arroz

é a cultura com maior potencialidade em aumentar a produção e corresponde pelo suprimento

de 20% das calorias consumidas na alimentação das pessoas do mundo (SOSBAI, 2014), o

consumo de arroz pelos brasileiros é por volta de 11,5 milhões de toneladas ao ano (CONAB,

2017).

O mundo consome em média 70 kg/pessoa/ano de arroz beneficiado de forma que os

países asiáticos, onde se produz boa parte deste cereal, 91%, apresentam as médias mais

elevadas (84,4 kg/pessoa/ano). Na América Latina, são consumidos, em média, 30

kg/pessoa/ano, destacando-se o Brasil como grande consumidor (45 kg/pessoa/ano)

(SOSBAI, 2016).

No Brasil, destacam-se como regiões climaticamente favoráveis ao cultivo do arroz de

terras altas, parte do Maranhão e do Mato Grosso, Rondônia e Pará (GUIMARÃES et al.,

2006). Os Estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, no geral são

regiões consideradas desfavoráveis para o cultivo de arroz de terras altas (FORNASIERI

FILHO; FORNASIERI, 2006).

A implantação de arroz em sistema de cultivo em terras altas foi usada como primeira

cultura a ser implantada no Estado de Mato Grosso para desbravar novas áreas, devido ser

pouco rigorosa em insumos e tolerante a solos ácidos, o Mato Grosso encontra-se em primeiro

lugar em produção de grãos e em relação ao arroz está entre os 4 maiores produtores do

Brasil (CONAB, 2015)

Os países integrantes do Mercosul deverão produzir, na safra 2017/18, o total de 14,9

milhões toneladas de arroz em casca (retração de 5,7% em relação à safra anterior em razão

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6

de fatores climáticos), sendo o Brasil responsável por 77,1% da produção do bloco.(USDA,

2018).

No Brasil, algumas culturas já atingiram altos níveis tecnológicos alcançando alta

produtividade, como é o caso do arroz e já não estão condicionadas por limitações de ordem

nutricional ou hídrica, o que tem levado ao emprego de biorreguladores, que podem ser

compensadores além de econômicos (CASTRO, 2006).,

2.2 Bioestimulante no Brasil

Os bioestimulantes são caracterizados como nutrientes minerais, sendo uma

alternativa mais em conta e que tem menor impacto no meio ambiente, exercendo a função

de fornecer nutrientes e substâncias que promovem o crescimento afim de estimular o vegetal

em seus processos naturais, os bioestimulantes podem ser descritos em quatro categorias de

substâncias, sendo eles os aminoácidos e hidrolisados de proteínas, substâncias húmicas,

microrganismos e inóculos, e os extratos de algas. (EMBRAPA 2016).

Permitiram o registro dos bioestimulantes analisando somente as taxas de macro e

micronutrientes e a existência de resíduos que provocam contaminação, como é realizado

com agrotóxicos e com fertilizantes convencionais, visto que não se tem parâmetros definidos

de análise dessa categoria produtos no processo da germinação, desenvolvimentos e

crescimento, ganho de produtividade das culturas (COLMAN et al. 2013; DU JARDIN, 2015)

Encontra-se muitas barreiras para as empresas que fabricam e desenvolvem estes

produtos, no Brasil uma das barreiras é não ter leis claras para essa classe de estimulantes

vegetais. No presente momento, os bioestimulantes são 7 sendo eles registrados na classe

de “Regulador de Crescimento Vegetal”, no MAPA, se “enquadrando” na legislação de

defensivos agrícolas (SILVA et al., 2012; MORAES, 2015).

No Brasil, o uso de produtos a base de extrato de algas na agricultura é regulamentado

pelo Decreto no 4.954 (Brasil, 2004) e é enquadrado como agente complexante em

formulações de adubos foliares e também utilizado na fertirrigação. Na mesma categoria,

enquadra-se o ácido L-glutâmico, aminoácido que é produzido pela fermentação do melaço

da cana pela bactéria Corynebacterium glutamicum (MOGOR; ONO;

RODRIGUES, 2008).

2.3 Bioestimulante no exterior

Na União Europeia e no Estados Unidos as empresas encontram a mesma dificuldade

do Brasil, devido a carência global sobre a ciência dos mecanismos e sítios de ação de

produtos biorreguladores e suas implicâncias no metabolismo da planta torna mais difícil a

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7

geração de resoluções ou leis próprias para esse ramo de produtos (COLMAN et al., 2013;

DU JARDIN, 2015; MORAES, 2015).

O Conselho Europeu da Indústria de Bioestimulantes (EBIC - European Biostimulants

Industry Council) propõe a elaboração de uma categoria nova estabelecida como

bioestimulantes, de maneira que a exigência seja menor nos procedimentos regulatórios do

que aqueles referentes à agrotóxicos e biopesticidas, no entanto, mais criteriosos em relação

à capacidade dos produtos bioestimulantes realizarem modificações fisiológicas positivas no

vegetal. Na Europa e nos Estados Unidos os trabalhos giram em torno de criação de uma

legislação própria para bioestimulantes de forma prioritária, dessa maneira poderá atender à

normas internacionais (CALVO; NELSON; KLOEPPER, 2014; DU JARDIN, 2015, MORAES;

2015).

2.4 Efeito dos Bioestimulantes nas plantas

Fitohormonios são substâncias endógenas, orgânicas, que em pequenas

concentrações são produzidas, regulam, inibem ou promovem qualitativamente o crescimento

e desenvolvimento das plantas, podendo agir no próprio local de síntese ou ser translocado

atuando em outras regiões do vegetal (TAIZ; ZEIGER, 2003).

Os bioestimulantes são classificados como a mistura de dois ou mais reguladores

vegetais com outras substâncias de procedência química diferentes, como minerais ou

aminoácidos (CASTRO et al., 2008), que podem ser utilizados em aplicações diretamente nas

plantas ou em tratamento de sementes (KLAHOLD et al., 2006), tendo como objetivo melhoria

na qualidade das sementes e maiores produções. O biorregulador facilita a expressão da

capacidade genética da planta por realizar equilibro hormonal e estimular o crescimento das

raízes (SILVA et al., 2008). Esses produtos podem ampliar a absorção de água e nutrientes

pelas plantas e favorecer maior resistência aos efeitos residuais de herbicidas e estresse

hídrico, tornando-os de grande valia para a utilização na agricultura (VASCONCELOS, 2006).

2.5 Substância húmicas

A maior fração da matéria orgânica e dos sedimentos do solo é constituida por SHs.

Estudos relatam o destaque das SHs para agricultura por demonstrar vários efeitos, em

especial em solos tropicais e subtropicais pelo fato dessas substâncias terem a capacidade

de fornecerem nutrientes às culturas, intervirem na retenção de cátions, sequestrante de

compostos tóxicos e micronutrientes, na retenção de água, na aeração e na manutenção

microbiana do solo, colaborando para melhorar a produtividade agrícola (LOSS et al., 2010;

ZANDONADI et al., 2014).

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8

Devido a resultados positivos nos últimos anos, o interesse em produtos que são à

base de SHs nas culturas como a soja e milho vem crescendo (SILVA et al., 2011). A principal

fonte de retirada de SHs para a formulção de fertilizantes orgânicos e organominerais, são de

origem geológica que possuem bastante carbono humificado, tais como turfas, resíduos

orgânicos, rochas, lignita, esterco e carvão (REUSA; GIRARDI; CALEMMA, 1994). As

SHs são compostas basicamente por ácidos húmicos, ácidos fúlvicos e huminas. Esses

componentes estimulam a produção de hormônios vegetais naturais (auxinas, citocininas e

giberelinas), trabalhando em sinergia, melhorando o crescimento vegetal, incluindo

mecanismos fisiológicos responsáveis por incentivar esse crescimento por meio de complexos

solúveis com micronutrientes interagindo com constituintes enzimáticos da membrana

plasmática, de forma semelhante à ação dos hormônios vegetais (SILVA et al., 2011).

O surgimento das raízes laterais está ligado com a ativação da bomba de H+ que é

induzida pelas SHs existente no ambiente. Os sistemas essenciais de transporte de prótons

que atuam nas células das plantas são as H+ -ATPases do tipo P (localizadas na membrana

plasmática), H+ -ATPases do tipo V (localizadas no tonoplasto) as duas são responsáveis pela

catálise da hidrólise de ATP e as H+ -PPases (situada também no tonoplasto) atuando como

bomba de prótons interligada a hidrólise de PPi (COLODETE, 2013). As bombas de H+

situadas na membrana vacuolar (tonoplasto) e na membrana plasmática, responsáveis pela

formação do gradiente eletroquímico que energiza os deslocamentos de íons e moléculas,

usados na absorção de nutrientes pelas células, são ainda responsáveis, pela acidificação do

apoplasto e pela turgidez vacuolar, gerando condições necessárias para o aumento da celular

(CANELLAS; SANTOS, 2005). As bombas de H+ são importantes marcadores bioquímicos de

bioatividade das SHs. Uma vez que subunidades estruturais de ácidos húmicos (AH) podem

ter acesso aos receptores na superfície ou no interior da membrana plasmática das células

radiculares, realizando a síntese de H+ - ATPase de membrana (FAÇANHA et al., 2002).

Estudos demonstram que o uso de SHs em vegetais, viabiliza um aumento na atividade das

bombas de H+ o que ajuda a indução da emissão de raízes laterais finas e pêlos radiculares,

o que implicaria, principalmente, no aumento na área superficial do sistema radicular, trazendo

vários benefícios para a planta, melhorando es especialmente a absorção de nutrientes e

água existentes no solo (CANELLAS; SANTOS, 2005).

Outro fator é a fonte de extração das SHs e suas propriedades físico-químicas, além

da concentração recomendada para cada cultura (ZANDONADI et al., 2014). Deve-se atentar

a esses fatores para conseguir alcançar os resultados desejados, caso contrário poderá

ocasionar prejuízos significativos em lavouras: é necessário que se faça mais estudos para

melhor compreensão da atuação e dos efeitos das SHs no desenvolvimento radicular

(ZANDONADI; CANELLAS; FAÇANHA, 2007).

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2.6 Extrato de algas

Os produtos comerciais oriundos de extratos de algas é realizada principalmente a

partir de espécies que habitam águas salgadas. Ascophyllum nodosum (L.) Le Jolis destaca-

se dentre as espécies de algas marinhas comumente utilizadas (UGARTE; SHARP; MOORE,

2006), e tem sido muito estudada por suas propriedades que incluem desde a promoção de

crescimento vegetal ao uso na alimentação humana e animal (KHAN et al., 2009; CRAIGIE,

2011). É uma alga de coloração marrom encontrada nos mares árticos e nas costas rochosas

do oceano Atlântico no Canadá e no norte da Europa (COLAPIETRA; ALEXANDER 2006),

onde a temperatura da água não ultrapassa 27°C (KESER et al., 2005).

Diversos estudos têm apontado o potencial de uso dos Extrato de algas (EA) para

incrementar o desenvolvimento vegetal, algumas vezes com consequentes aumentos na

produção; sendo também relatado aumento da tolerância vegetal à estresses bióticos e

abióticos. Estas pesquisas mostram que, mesmo em baixas concentrações, os produtos à

base de EA afetam o desenvolvimento vegetal, sugerindo que os derivados dos EA possuem

compostos bioativos (KHAN et al., 2009; CARVALHO et al., 2013).

Como exemplo, pode ser citado que têm se comprovado a eficiência da A. nodosum

no aumento da produtividade de culturas como pimentão (ERIS; SIRRITEPE; SIRRITEPE,

2011); feijão (TEMPLE; BOMKE, 1989) e citros (KOO; MAYO, 1994). Além disso, o estudo

realizado com a pulverização aérea de extrato de algas proporcionou a melhoria na qualidade

dos frutos de macieira, em função do acréscimo na coloração avermelhada (MARANGONI;

ROMBOLA; SORRENTI, 2004).

O EA da Ascophyllum nodosum estimula a atividade de síntese da fitoalexina capsidiol

e a peroxidases em plantas, aumentando a resistência das plantas às doenças. Produtos de

Ascophyllum nodosum, são geralmente misturados com fertilizantes ou puros, e estão sendo

comercializados em diferentes países como bioestimulantes e/ou bioprotetores de plantas

contra doenças (ABREU; TALAMINI; STADNIK, 2008).

Em pesquisa conduzida na Indonésia, foram testados extratos de várias algas

(Turbinaria murayana, Turbinaria ornata, Sargassum sp., Sargassum polycistum, Ulva

fasciata, Ulva ferticulata, Padina sp., Chaetomorpha sp. e Hydroclatrus sp.) sobre a produção

de arroz (SUNARPI et al., 2010). Foi constatado aumento do número de perfilhos e panículas

e do peso de 1000 grãos, sendo que o extrato de Hydroclatrus sp. (15% da solução) foi que

promoveu melhor desempenho.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Caracterização do local do experimento

A etapa experimental foi conduzida na casa de vegetação a qual pertencente à

Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, situado no

município de Barra do Garças – MT, suas coordenadas geográficas são de 15º52’29” S e

52º18”37” O, com altitude média de 350 metros acima do nível do mar. Segundo a

classificação de Köppen (1931), o clima é do tipo Aw, caracterizado por possuir clima tropical

com inverno seco, apresenta estação chuvosa de novembro a abril e estação seca bem

definida, temperaturas médias são superiores a 18º C nos meses mais frios (junho a agosto)

O solo foi coletado na Universidade, destorroado e passado em peneira. Após o

peneiramento o solo foi bem misturado alocado em uma área coberta com papel dentro do

laboratório de solos, para que houvesse a secagem. Foi feita a adubação necessária (Tabela

2) desta terra, e foi transferida para os vasos de 1 dm³ nos quais foram semeadas as sementes

do arroz esmeralda, a variedade usada no experimento

Tabela 1: Quantidade de elementos químicos e físicos presente no solo do experimento que

o caracteriza como sendo de textura franco arenosa

Características Quantidade

pH em CaCl2 4,5 g dm-³

Matéria Orgânica 13,8 mg dm-³

Saturação por Base 23,8%

Potássio 0,11 cmolc dm-³

Cálcio 0,72 cmolc dm-³

Magnésio 0,31 cmolc dm-³

Fosforo 1,15 mg dm-³

Hidrogênio + Alumínio 3,6 cmolc dm-³

Areia 755 g kg-1

Silte 50 g kg-1

Argila 195 g kg-1

O solo foi classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico (EMBRAPA, 2006)

cujas características químicas e físicas estão apresentadas na tabela a seguir (tabela 1)

Tabela 2: Adubação realizada em cada vaso do experimento

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11

Produto Dose (g dm-³)

Fosfato de cálcio monobásico 0,80

Fosfato de amônio monobásico 0,68

Fosfato de potássio monobásico 0,21

Sulfato de amônio 0,12

Ácido bórico 0,007

Sulfato de cobre 0,005

Cloreto de manganês 0,022

Sulfato de zinco 0,016

Cloreto de cobalto 0,0017

Hepta molibidato de amônio tetra hidratado 0,0017

Sulfato de níquel 0,0042

3.2 Caracterização dos tratamentos

O experimento foi locado segundo delineamento experimental inteiramente

casualizado (DIC), com sete tratamentos e cada tratamento com três. O trabalho seguiu a

seguinte forma: tratamento 1: XT-95® com a aplicação de metade da dose recomendada pelo

fabricante, que neste caso é de meio litros por hectare; tratamento 2: XT -95® com a aplicação

da dose recomendada, 1 litro por hectare; tratamento 3: XT 95® com a aplicação do dobro da

dose recomendada, sendo dois litros por hectare; tratamento 4: K-Humate® com metade da

dose recomendada, meio litro por hectare; tratamento 5: K-Humate® com a aplicação da dose

recomendada, um litro por hectare; tratamento 6: K-Humate® com o dobro da dose

recomendada, dois litros por hectare, e tratamento 7: Testemunha, ausência de aplicação.

Os produtos foram aplicado via foliar, o XT -95® foi pesado em balança de precisão

devido sua formula ser granular, foi então diluído em água destilada nas concentrações

recomendadas, enquanto o K-Humate® que é liquido foi medido em pipeta nas dosagens

estabelecidas, agitou-se ambos os produtos para perfeita diluição. Após a diluição do produto

em balão volumétrico de um litro, foi transferido para garrafas de material pet, com capacidade

volumétrica para dois litros, para a realizar a aplicação.

3.3 Plantio e Irrigação

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12

Foram semeadas em cada vaso 8 sementes na mesma profundidade (4 centímetros)

no dia 29 de abril de 2018, logo após uma semana de condução do experimento, no dia 6

maio de 2018 foi feito o desbaste das plantas deixando apenas 4 plantas por vaso, logo em

seguida foi feita a aplicação foliar com as plantas estavam em estádio vegetativo V1 porque

as plantas tinham o colar formado na primeira folha do colmo principal o término do

experimento foi no dia 21 de maio em que completou 15 dias após a aplicação foliar que foi

realizada com pulverizador costal e foi dado início as a analises deste experimento as plantas

estavam ainda em estágio vegetativo quando foram retiradas dos vasos, e se encontravam

em v4, onde se tem a formação do colar na quarta folha principal. Os vasos foram irrigados

mantendo 70% da capacidade total de retenção do solo.

3.4 VARIÁVEIS ANALISADAS NO EXPERIMENTO

3.4.1 Condutância Estomática e Eficiência Quântica do Fotossistema II

No período da manhã das 08 às 10 horas com temperatura de 24ºC foi avaliado a

eficiência quântica do fotossistema II com uso do aparelho Clorophyll Fluorometer OS-30, e a

condutância estomática por meio do aparelho Porômetro SC-1 marca DECAGON DEVICES.

Foram analisada todas as plantas do vaso. Em cada planta, uma folha da parte superior

totalmente expandida e exposta à radiação solar foi selecionada para fazer tais medidas

(RODRIGUES, 1984).

3.4.2 Comprimento de parte aérea , Comprimento de Raízes e matéria seca

O comprimento da parte aérea consistiu na medida entre o colo da plântula até a

extremidade da parte aérea e o comprimento da raiz foi determinado medindo se a distância

do ápice radicular (que é a ponta da raiz) até o colo da plântula, ambas as mensurações foram

realizadas com régua comum, as raízes e a parte aérea foram colocadas separadamente em

sacos de papel, onde todas as raízes do vaso ficavam em um único saco, e todas as folhas

do vaso em outro saco, foram ambos secos em estufa com circulação forçada a 65 °C por 72

horas. Após isso, foram pesados com balança de precisão.

3.5 Análise de Dados

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) pelo programa

computacional SISVAR versão 5.6 (FERREIRA, 2011) e as médias comparadas pelo teste

Scott Knott, (p<0,05).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

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13

4.1 Altura de Plantas e comprimento radicular

Na variável altura de plantas quando analisada estatisticamente em relação aos

tratamentos com os produtos K-Humate® e XT-95®, observou-se na Figura 1, que não houve

diferença significativa entre os tratamentos e que as médias gerais tanto para K-Humate®

quanto para XT-95® ficaram bem próximas.

Quando comparado estatisticamente juntos, observou-se que as dosagens não

obtiveram efeito algum no crescimento de plantas independente dos produtos, pois, ambos

produtos não diferiram estatisticamente da testemunha (dose 0), como observado na Figura

1.

Figura 1: Altura de plantas comparando XT-95® com K-Humate® e testemunha, Barras

seguidas pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Scott-

Knott..

Os bioestimulantes quando aplicados em excesso possuem ação similar aos grupos

de hormônios vegetais conhecidos. Se não houver estresse, estiverem em condições ótimas

de fertilidade, ambiente favorável os níveis e equilíbrio hormonais naturais são suficientes

para o desenvolvimento da planta (FARIA, 2017).

Existe uma faixa de concentração ótima para que o hormônio seja efetivo, abaixo dela

não há resposta fisiológica e acima dessa faixa ocorrerá um efeito inibitório. Normalmente são

obtidas respostas de crescimento com baixíssimas concentrações hormonais. Como a

concentração ideal é crítica, existem nas plantas mecanismos de controle fino de quantidade

de hormônios livres (FERRI, 1985).

Vasconcelos (2006) relatou que os bioestimulantes podem modificar o status hormonal

da planta e ter grandes influencias no seu crescimento e desenvolvimento. Taiz e Zeiger

(2003), relataram que o crescimento das plantas acontece porque a giberelina atua

41,5

36,4 36,2

41,1

38,6

37,6 37,6

33,00

34,00

35,00

36,00

37,00

38,00

39,00

40,00

41,00

42,00

testemunha xt 0,5 xt 1 xt2 k-humate 0,5 k-humate 1 khumate 2

ALT

UR

A D

E P

LAN

TAS

(cm

)

DOSES

aa

aa

a

aa

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14

promovendo a divisão e alongamento celulares, maior número de células e maior

alongamento celular.

Quanto ao comprimento radicular no arroz, ambos os produtos utilizados nos

tratamentos não tiveram diferença significativa, O aumento no crescimento das raízes é um

dos principais efeitos fisiológicos das substâncias húmicas e depende tanto da espécie e

idade das plantas como da fonte e concentração utilizada, provavelmente as raízes não

sofrem tanto a ação dos produtos pelas plantas estarem no início de seu desenvolvimento e

não terem a total capacidade de absorção de nutrientes contidos no solo. Outro fator é que os

produtos não foram aplicados via tratamento de semente, que poderia influenciar quanto ao

comprimento radicular com maior eficiência do que por aplicação foliar. Segundo os autores,

as SHs ao alterarem diretamente o metabolismo bioquímico das plantas, podem influenciar

seu crescimento e desenvolvimento. De acordo com Vaughan, Malcom e Ord (1985) e Rosa

et al. (2009), este fato pode estar relacionado com o aumento da absorção de nutrientes pelas

plantas devido à influência das substâncias húmicas na permeabilidade da membrana celular,

dentre outras.

Neste trabalho os componentes contidos nos produtos não influenciaram no

comprimento radicular, onde geralmente os efeitos das SHs sobre a fisiologia das plantas

geralmente são reconhecidos como resultado da promoção do crescimento radicular

(VAUGHAN; MALCOM; ORD, 1985; CHEN; AVIAD, 1990; NARDI et al., 2002). Isso torna a

planta capaz de explorar um volume maior de solo e representa um processo importante na

adaptação das plantas a ambientes com baixo conteúdo de nutrientes disponível ou

submetidos a estresse hídrico (FITTER, 1991).

Mesmo que a aplicação dos produtos tenha sido foliar, constata-se que por mais que

não tenha dado diferença estatística entre si, o tratamento que mais surtiu efeito foi o K-

Humate® contendo uma média de 16,57 cm, ficando a frente da testemunha (16,02 cm), e do

XT-95® (15,88).

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Figura 2: Comprimento radicular, comparação entre os tratamentos K-Humate® e XT-

95®,barras seguidas de mesma letra não diferenciam entre si no teste de Scott-knott a 5% de

probabilidade.

O efeito das SHs não é fácil de ser explicado, devido à natureza complexa ainda pouco

conhecida dessas substâncias (ROSA et al., 2009) e a resposta das plantas aos ácidos

húmicos e fúlvicos está na dependência da fonte destes e, principalmente da espécie vegetal

(SILVA et al., 1999). Embora as bases celulares e moleculares da ação dos ácidos húmicos

não estejam totalmente esclarecidas, estudos apontam para uma estimulação da atividade e

promoção da síntese das enzimas H+- ATPases da membrana plasmática, num efeito

tipicamente auxínico (CANELLAS; FAÇANHA, 2004). Tais efeitos são refletidos na aceleração

das taxas de crescimento radicular, incremento de biomassa vegetal e alterações na

arquitetura do sistema radicular como o incremento da emissão de pelos radiculares e de

raízes laterais finas, resultando em aumento da área superficial e/ou no comprimento do

sistema radicular (QUAGGIOTTI et al., 2004).

4.2 Matéria Seca, Condutância Estomática Eficiência Quântica do Fotossistema II

Não foram verificadas grandes diferenças nos valores médios de condutância

estomática entre os tratamentos no desenvolvimento inicial da cultura do arroz, não diferindo

estatisticamente da testemunha (Figura 3). Provavelmente, as condições hídricas que foram

impostas aos dois tratamentos não foram suficientes para provocar grandes variações na

condutância estomática, pois ambas recebiam a mesma quantidade de água.

16,3

16,0

15,715,8

17,5

17,1

15,1

13,50

14,00

14,50

15,00

15,50

16,00

16,50

17,00

17,50

18,00

TESTEMUNHA XT-95 0,5 XT-95 1 XT-95 2 K-HUMATE 0,5 K-HUMATE 1 KAHUMATE2

a

aaa

a

a

a

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Figura 3: Condutância estomática dos tratamentos XT-95® e K-Humate®, barras seguidas

pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Scott-Knott.

Por meio da redução da condutância estomática, a perda de água pelos estômatos é

diminuída, no entanto, há restrição à entrada de CO2, provocando a redução da fotossíntese

e da respiração (ARAÚJO; DEMICINIS; 2009). Costa e Marenco (2007) afirmam que em

situações de baixa disponibilidade hídrica no solo as plantas reduzem a perda de água ao

reduzir a condutância estomática.

Martins (2011) observou que plantas de H. pectinata sob deficiência hídrica (25% da

capacidade de campo), tiveram redução na biomassa seca, na condutância estomática.

Presume-se que, a ponto de evitar que o potencial hídrico da folha diminua abaixo de níveis

considerados críticos para a estabilidade do sistema de transporte de água, a condutância

estomática é diminuída (OREN et al., 1999). Deste modo, reduzindo então a fotossíntese,

refletirá diretamente no acúmulo de matéria seca na planta.

Porém neste trabalho notou-se uma tendência positiva quanto aos valores obtidos pelo

peso de mateia seca do produto K-Humate® quando comparada a condutância estomática.

Comparando a matéria seca de parte aérea, o produto K-Humate® (Figura 3) independente

da dose manteve a média bem próxima entre os tratamentos, tendo a melhor condutância

estomática quando utilizou-se a metade da dose recomendada pelo fabricante, onde também

obteve o melhor peso sendo de 0,56 gramas de matéria seca de parte aérea. Em

contrapartida, quando observada as doses do XT-95® nota-se que não há explicação precisa,

mas a dose recomendada pelo fabricante em relação a matéria seca mesmo que os valores

sejam bem próximos foi inferior, enquanto o melhor resultado foi quando utilizou-se o dobro

da dose recomendada que interferiu tanto na condutância estomática quanto na matéria seca

de parte aérea (Figura4).

117,5109,7

136,0

147,9

165,0

153,8 150,7

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

testemunha xt 0,5 xt 1 xt 2 k-humate 0,5 k-humate 1 k-humate 2

CO

ND

UTÂ

NC

IA E

STO

MA

TIC

A (

mm

ol/

m²s

)

a

aa

a

aaa

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Figura 4: Condutância estomática e peso de matéria seca de parte aérea sendo comparadas

quanto aos tratamentos

Outros trabalhos não verificaram diferenças significativas com o uso de

bioestimulantes: algodão (BALDO et al. 2006;) (LIMA et al, 2006), maracujá amarelo (ATAIDE

et al, 2006), milho (FERREIRA et al, 2008). A exemplo do que ocorre em outras culturas,

também no feijoeiro, os resultados envolvendo bioestimulantes nem sempre demonstram

diferenças significativas para as características agronômicas, conforme trabalhos de

Bernardes et al (2010) e Avila et al (2010).

Quando analisou a eficiência do fotossistema II, com a aplicação de K-Humate® e XT-

95®, observou-se que o valores quantificados não diferiu da testemunha, e não apresentaram

diferenças significativas em função das doses estabelecidas. Os valores quantificados pelos

aparelhos se mantiveram entre 0,73 e 0,75 fv/fm, como observado na Figura 5.

Segundo Maxwell e Johnson (2000), se a planta estiver em condições não

estressantes, o valor obtido pelo fluorômetro na maioria das espécies, pode variar de 0,75 a

0,85. Os valores inferiores a esses indicarão estresse e redução da eficiência quântica

máxima do fotossistema II e, por consequência, do potencial fotossintético da planta.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0co

nd

utâ

nci

a es

tom

átic

a

porômetro

mat

eria

sec

a (g

)

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Figura 5: Eficiência Quântica do Fotossistema II, comparando testemunha, XT-95® e k-

Humate®, Barras seguidas pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo

teste de Scott-Knott.

Provavelmente o regime hídrico não foi suficiente para o perfeito desenvolvimento das

plantas. E isso explica o provável motivo da irregularidade da condutância estomática e como

consequência houve diminuição do potencial fotossintético prejudicando o acúmulo de matéria

seca na planta. Baker e Rosenqvist (2004) e Maxwell e Johnson (2000) citam que fluorômetro

tem sido utilizado para detectar perturbações no sistema fotossintético causadas por

estresses ambientais e bióticos. Ressalte-se que sua diminuição indica inibição da atividade

fotoquímica (PEREIRA et al.,2000).

0,75

0,75 0,74

0,74

0,76

0,75

0,75

0,73

0,735

0,74

0,745

0,75

0,755

0,76

testemunha xt 0,5 xt 1 xt 2 k-humate 0,5 k-humate 1 k-humate 2

FV/F

M

a

a

aa

a

a

a

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19

5. CONCLUSÕES

Nas condições em que o presente experimento foi desenvolvido, pode-se concluir que,

tanto o K-Humate® quanto para XT-95® não proporcionaram grandes incrementos na

variável altura de plantas.

O acúmulo de matéria seca de parte aérea e radicular para todos os tratamentos não

foram influenciados pela condutância estomática e pela eficiência quântica do

fotossistema II.

Consequentemente há redução da fotossíntese e diminuição do acúmulo de matéria

seca na planta, os produtos K-Humate® e XT-95® não conseguiram reverter ou

melhorar as condições do ambiente solo planta onde não diferenciaram da

testemunha.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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