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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
HABILITAÇÃO: RELAÇÕES PÚBLICAS
DIEGO DA SILVA FRANÇA
JOSILENE DA SILVA FÉLIX
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA
ORGANIZAÇÃO
ASSOCIAÇÃO CABEDELENSE DE SAÚDE MENTAL JUNTOS
VENCEREMOS - ACSMJV
JOÃO PESSOA
2015
DIEGO DA SILVA FRANÇA
JOSILENE DA SILVA FÉLIX
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA ASSOCIAÇÃO
CABEDELENSE DE SAÚDE MENTAL JUNTOS VENCEREMOS – ACSMJV
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Universidade Federal da Paraíba, como requisito
para obtenção do título de Bacharel em
Comunicação Social com Habilitação em
Relações Públicas, sob orientação da Prof.ª. Me.
Joelma da Silva Oliveira.
JOÃO PESSOA
2015
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFPB
F814p França, Diego da Silva.
Projeto experimental de relações públicas para Associação Cabedelense de Saúde
Mental Juntos Venceremos – ACSMJV / Diego da Silva, Josilene da Silva Félix. – João
Pessoa, 2015.
58 f. : il. color.
Projeto (Graduação em Comunicação Social – Habilitação em Relações Públicas)
Universidade Federal da Paraíba-UFPB. Centro de Comunicação, Turismo e Artes.
Orientadora: Profa. Ma. Joelma da Silva Oliveira.
1. Relações Públicas. 2. Comunicação. 3. Terceiro Setor. I. Título. II. Félix, Josilene da
Silva.
CDU 659.4(043)
DIEGO DA SILVA FRANÇA
JOSILENE DA SILVA FÉLIX
PROJETO EXPERIMENTAL PARA ASSOCIAÇÃO CABEDELENSE DE SAÚDE
MENTAL JUNTOS VENCEREMOS - ACSMJV
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Universidade Federal da Paraíba, como requisito
para obtenção do título de Bacharel em
Comunicação Social com Habilitação em
Relações Públicas.
Aprovado em, _____ de ______________ de 2015
BANCA EXAMINADORA:
Orientadora:
________________________________
Prof.ª Me Joelma da Silva Oliveira
Examinadores:
________________________________
Prof.ª. Me. Andrea Karinne Albuquerque Maia
_________________________________
Prof. Dr. Severino Alves de Lucena Filho
AGRADECIMENTOS
Diego da Silva França:
A conclusão deste trabalho é um símbolo árduo de muito esforço, por tal motivo
e pelo aprendizado e amadurecimento conquistado nos últimos 5 anos é de grande
importância agradecer a todos que fizeram parte dessa conquista.
Deixo meus agradecimentos:
A meu Deus criador.
A minha amiga, irmã e parceira de trabalho Josilene Félix, que esteve ao meu lado
durante todo o tempo que estive no curso.
A minha Avó Marilene França e aos meus pais por me conduzirem nesse caminho
e por sempre acreditarem no meu potencial.
A minha professora orientadora Joelma Oliveira, pela paciência,
comprometimento e por muito ter ajudado na elaboração desse trabalho científico.
A todos os professores do curso de Comunicação Social Relações Públicas, que
contribuíram na minha formação.
Ao Presidente da Associação Cabedelense de Saúde Mental Juntos Venceremos
Antônio Bezerra por ter fornecido todas as informações necessárias para a concretização
deste trabalho.
Aos Usuários de AD pela disponibilidade e atenção.
Aos professores da formação da banca examinadora pela presença e pelo apoio.
Aos colegas de classe pela amizade e companheirismo.
Josilene da Silva Félix:
Diante da fé que transcende em mim, agradeço primeiramente a Deus, sei que foi
ele que me ajudou chegar até aqui.
Aos meus pais, pelo apoio e incentivo na minha carreira acadêmica, por desde
sempre acreditarem em mim, a eles todo o meu amor e gratidão.
A minha irmã, Lucicleide Félix, por ser o típico exemplo de mulher batalhadora e
guerreira, por encontrar nela um modelo a ser seguido, como estudante e como pessoa.
Ao meu companheiro de equipe, Diego França, por me suportar (admiro as
pessoas que me suportam) durante todo o curso, por todas as experiências compartilhadas
e por aguentar meus desesperos de madrugada durante a construção deste projeto. O
irmão que a vida universitária me presenteou, da universidade para a vida.
A minha orientadora, Professora Joelma Oliveira, por ter aceitado o nosso convite,
por ter auxiliado essa dupla a cada orientação, aonde cada troca de experiência foi
enriquecedora. E em nome dela, agradeço a todos os professores que contribuíram na
minha carreira acadêmica, assim como também os que aceitaram o convite de fazer parte
da banca examinadora.
Ao Presidente da Associação, Sr. Antônio Bezerra, por ter nos acolhido e dado
total apoio na construção deste projeto.
Aos amigos (as) conquistados em sala de aula, cito dentre eles, Paullini Rocha,
Daniella Alves, Roberto Araújo, Nélio de Oliveira e Irley David. A eles, me inclino em
gratidão, pela amizade, pelos momentos compartilhados, pelo incentivo, cada um do seu
jeito, me deixaram marcas e as mesmas, eu levarei para sempre.
Agradeço ainda aqueles que são da minha tão amada cidade, Pilar/PB, que ao
longo da minha jornada sempre acreditaram e estiveram torcendo por mim, Wesley Luiz,
Andreza Torres, Janielly Andrade, Valéria Alves e Joana Paula.
Por fim, agradeço ao meu filho Luiz Miguel, por ser ele a pessoa a qual, todos os
dias me faz encontrar forças para prosseguir. Filho, eu te amo!
RESUMO
Este trabalho é um plano de comunicação elaborado para a Associação Cabedelense de
Saúde Mental Juntos Venceremos - ACSMJV, que auxilia usuários de álcool e drogas
(AD) em processo de recuperação. O objetivo do estudo foi conhecer a organização e
quais as ações de comunicação que poderiam ser realizadas em seu cenário atual. Para
isso, a execução do trabalho teve início com o briefing, para o levantamento de dados da
organização com a aplicação da pesquisa no passo seguinte. Baseados, nos estudos dos
dados obtidos, diagnosticamos as carências e potências da organização, como a falta de
visibilidade, relacionamento com os públicos, preconceito social. Na perspectiva de
contribuir com soluções para as falhas e ausências de comunicação foi elaborado um
plano de ações. A realização deste trabalho evidencia dois aspectos relevantes: a
importância da comunicação pensada para o contexto de uma organização não
governamental, assim como a contribuição do estudo o qual proporcionou uma
aprendizagem, especialmente na relação teoria e prática para um campo em evolução da
comunicação.
Palavras-chave: Comunicação; Relações Públicas; Terceiro Setor; Plano; Associação
ABSTRACT
This work is a communication plan prepared for the Cabedelence Association of Mental
Health Succeeding Together - CAMHST, which assists alcohol and drug users (AD) in the
recovery process. The aim of the study was to know the organization and what
communication actions that could be carried out in its current setting. For this, the execution
of the work began with the briefing, to the data collection of the organization with the
application of the research in the next step. Based in studies of the datas obtained, we
diagnose the needs and powers of the organization, as the lack of visibility, relationship with
the publics, social prejudice. In order to contribute with solutions to the flaws and
communication absences it was drawn up a plan of actions. The realization of this work
evidences two important aspects: the importance of communication thought to the context
of a non-governmental organization, as well as the contribution of the study which provided
a learning, especially in the relation of the theory and practice for a field in evolving of the
communication.
Keywords: Communication; Public Relations; Third Sector; Plan; Association
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Visão geral...................................................................................................32
Quadro 2 - Maxi categoria preconceito - unidades de registros.....................................32
Quadro 3 - Maxi categoria percepção da associação - unidades de registro................. 34
Quadro 4 - Pontos fortes e Pontos fortes........................................................................38
Quadro 5 - Oportunidades e Ameaças........................................................................... 38
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 14
2 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 15
3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16
4 BRIEFING ............................................................................................................. 17
4.1 Dados cadastrais ................................................................................................. 17
4.2 Histórico: ............................................................................................................. 17
4.3 Descrição estrutural da organização: ............................................................... 18
4.3.1 Tipo de organização: .................................................................................... 18
4.3.2 Corpo funcional: ........................................................................................... 18
4.3.3 Organograma: .............................................................................................. 18
4.4 Descrição econômica da organização ................................................................ 19
4.5 Análise dos públicos ............................................................................................ 21
4.6 Análise da cultura organizacional ..................................................................... 22
4.6.1 Diretrizes organizacionais: .......................................................................... 22
4.6.2 Artefatos visíveis: ......................................................................................... 23
4.6.3 Relação entre cultura e o clima organizacional: ....................................... 23
4.6.4 Sistema de decisão: ....................................................................................... 23
4.6.5 Auditoria de Comunicação:......................................................................... 23
4.6.6 Identidade corporativa: ............................................................................... 23
4.6.6.1 Elementos que constroem a identidade corporativa da
empresa................................................................................................................23
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 25
6 PESQUISA ............................................................................................................. 30
6.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 30
6.1.1 Objetivo geral ............................................................................................... 30
6.1.2 Objetivos específicos .................................................................................... 30
6.2 MÉTODO ............................................................................................................ 30
6.2.1 TIPO DE PESQUISA .................................................................................. 30
6.2.2 COLETA DE DADOS ................................................................................. 31
6.2.3 ANÁLISE DA PESQUISA .......................................................................... 31
7 ANÁLISE DO GRUPO DE DISCUSSÃO .......................................................... 37
8 DIAGNÓSTICO .................................................................................................... 38
8.1 ANÁLISE DE SWOT ......................................................................................... 38
9 PROGNÓSTICO ................................................................................................... 40
10 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS .................................................. 41
10.1 PROGRAMA I: COLABORANDO UM COM O OUTRO ......................... 41
10.1.1 Objetivos ..................................................................................................... 41
10.1.2 Público-alvo................................................................................................. 41
10.2 PROJETO I - Título: Trabalhando o ambiente interno ............................... 41
10.2.1 Justificativa ................................................................................................. 42
10.2.2 Objetivos: .................................................................................................... 42
10.2.3 Público-alvo................................................................................................. 42
10.2.4 Ações ........................................................................................................ 42
10.2.5 Formas de avaliação dos resultados ......................................................... 42
10.2.6 Orçamentos ................................................................................................. 43
10.2.7 Cronograma de ação .................................................................................. 43
10.3 PROGRAMA II: USANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ................. 43
10.3.1 Objetivos ..................................................................................................... 43
10.3.2 Público-alvo................................................................................................. 43
10.4.1 Justificativa ................................................................................................. 44
10.4.2 Objetivos ..................................................................................................... 44
10.4.3 Público-alvo................................................................................................. 44
10.4.4 Ações ............................................................................................................ 44
Primeira Ação: SPOT Conheça a Associação, seja um de nós ................................. 45
10.4.5 Formas de avaliação dos resultados ......................................................... 46
10.4.6 Orçamentos ................................................................................................. 46
10.4.7 Cronograma de ação .................................................................................. 46
10.5 PROJETO II- Título: E se fosse com você? ................................................... 46
10.5.1 Justificativa ................................................................................................. 47
10.5.2 Objetivos ..................................................................................................... 47
10.5.3 Público-alvo................................................................................................. 47
10.5.4 Ações ............................................................................................................ 47
10.5.6 Orçamentos ................................................................................................. 50
10.5.7 Cronograma de ação .................................................................................. 50
10.6 PROGRAMA III: SEMANA SOLIDÁRIA ................................................... 51
10.6.1 Objetivos ..................................................................................................... 51
10.6.2 Público-alvo................................................................................................. 51
10.7 PROJETO I- Título: I Semana Brechó Solidário .......................................... 51
10.7.1 Justificativa ................................................................................................. 52
10.7.2 Objetivos: .................................................................................................... 52
10.7.3 Público-alvo................................................................................................. 52
10.7.4. Ações .......................................................................................................... 52
10.7.5 Formas de avaliação dos resultados ......................................................... 52
10.7.6 Orçamentos ................................................................................................. 53
10.7.7 Cronograma de ação .................................................................................. 53
11 CONCLUSÃO .................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 55
ANEXOS ....................................................................................................................... 56
APÊNDICES ................................................................................................................. 58
14
1 APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Experimental de Relações Públicas (RP) foi elaborado para a
Associação Cabedelense de Saúde Mental Juntos Venceremos – ACSMJV. É um
trabalho que consiste em aproximar os estudantes do mercado, aliando a teoria e a prática.
Além disso, possibilitou conhecer uma organização e interagir com a mesma. O trabalho
engloba todas as fases que compreende a elaboração de um Programa de Relações
Públicas, perpassando pela aplicação do briefing, pesquisa, diagnóstico, prognóstico,
plano de ações, além do aporte teórico.
Com base no mapeamento feito através do levantamento de dados fornecidos pelo
briefing, o ponto de partida foi à aplicação da pesquisa, que abordou o público interno,
sendo sua principal vertente conhecer as diversas faces e opiniões em relação a dois temas
principais: o preconceito enfrentado pelos usuários e sobre a importância da Associação.
Os resultados fornecidos serviram como base para a elaboração das estratégias no
plano aqui apresentado.
Além de proporcionar uma relevante contribuição para o Curso, o presente
trabalho também servirá de reflexão de como o profissional de RP pode atuar
desenvolvendo ações de comunicação numa organização que tem muitas fragilidades,
desde o espaço físico a sua gestão. Acreditamos que este trabalho mostra situações bem
específicas, as quais consideramos desafiadoras, mas ao mesmo tempo, recompensadoras.
Considerando que os projetos experimentais desempenham um papel importante
na formação dos alunos, por meio desta interação que acontece entre a prática e a teoria,
além de promover a divulgação do curso de RP para as organizações. Dessa forma, este
projeto, se constitui de uma experiência enriquecedora.
15
2 INTRODUÇÃO
Por meio da comunicação são realizadas várias estratégias que aprimoram uma
organização, seja na questão da visibilidade da marca ou relacionamento com os públicos,
por exemplo. A atividade de Relações Públicas consiste em estabelecer canais de
comunicação que auxiliem as necessidades das organizações, sejam elas de setor público,
privado ou do terceiro setor.
O Terceiro Setor, é formado por entidades sem fins lucrativos que buscam atender
necessidades de modo espontâneo e voluntário. Seu crescimento aumenta a cada dia
dando voz a grupos menos favorecidos, provocando mudanças e inovações sociais
importantes.
Atualmente o ambiente é propício para o surgimento de organizações pertencentes
ao Terceiro Setor como associações, fundações, cooperativas. A exemplo da Associação
nosso objeto de estudo, a qual definimos como grupo de pessoas com um determinado
objetivo.
Nosso trabalho tem como foco a ACSMJV, uma organização da sociedade civil
que tem como finalidade a participação no controle social dos direitos e deveres das
pessoas portadoras de sofrimento psíquico, a mesma atua junto a discussão da legislação
sobre Saúde/Doença no país e as práticas das instituições de saúde mental do estado e do
município. A associação busca também formar, educar e informar as pessoas portadoras
de sofrimento psíquico e seus familiares dentre outras finalidades. Ao certo, podemos
perceber a importância da Associação junto à comunidade cabedelense na melhoria da
cidadania, da ética e dos direitos humanos.
16
3 JUSTIFICATIVA
Os diversos problemas enfrentados pelos usuários de álcool e drogas (AD) na
atualidade em relação ao tratamento, direitos e preconceito da sociedade demandam
abertura de organizações que deem apoio e suporte a essa parte da população brasileira.
A realização deste trabalho junto ACSMJV busca melhorias não somente na sua
comunicação, mas no âmbito organizacional em geral. A referida associação necessita
exclusivamente de patrocínio, doações e apoios para manter a sobrevivência da
organização, e assim continuar contribuindo para a melhoria da vida dos usuários de AD.
Vale salientar que a Associação não possui sede e isso é um grande obstáculo a
ser enfrentado. Sem uma estrutura para suas reuniões e atividades o plano de comunicação
desenvolvido buscou atender as necessidades enfrentadas e contribuir com ações para que
a mesma se torne mais estruturada e menos vulnerável às tendências desse setor.
Espera-se que esse projeto seja uma referência no setor e que as ações aqui
desenvolvidas consigam atender as prioridades da Associação, buscando incentivar os
demais componentes (Associados) a fazer parte desse movimento institucional que tem
como objetivo a melhoria da vida dos usuários de AD.
17
4 BRIEFING
4.1 Dados cadastrais
Razão social: Associação Cabedelense de Saúde Mental Juntos Venceremos- ACSMJV
Endereço: Rua São Sebastião - 145 –Casa 1- Camalaú – Cabedelo - PB
Telefone: (83) 98739-4574
E-mail: [email protected]
Horário de funcionamento: Reuniões sistemáticas mensais, às primeiras quartas de cada
mês, as 14h:30min.
Número de funcionários: 62 associados
4.2 Histórico:
A Associação Cabedelense de Saúde Mental Juntos Venceremos foi fundada em
15 de fevereiro de 2010 em Cabedelo - PB por Antônio Bezerra Brito. Esta é uma
associação voltada para pessoas com transtornos psiquiátricos, usuários de álcool e
drogas. A Juntos Venceremos tem dentre suas ações: reuniões sistemáticas e participação
nas assembleias mensais dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), ações de
reivindicações à gestão local, participação/organização na conferência Municipal e
Estadual de Saúde, nos diversos eventos da saúde mental.
O idealizador desta Associação motivou-se em fundá-la, primeiramente por ter
uma filha que sofre transtornos psiquiátricos e noutra ocasião acompanhou a situação do
CAPS I quando foi fundado na cidade de Cabedelo, onde as suas condições eram
extremamente precárias, faltava assistência para os usuários e principalmente os
medicamentos, vendo esta situação ele e outros resolveram abraçar essa causa.
Inicialmente as reuniões de pauta eram feitas numa associação da cidade de João
Pessoa, no entanto eles sentiam dificuldades de trazer a diretoria de lá para Cabedelo.
Dessa forma, eles decidiram se organizar na própria Cabedelo. Há necessidade de
destacar que os passos foram dados aos poucos, primeiramente surgiu um grupo familiar
com características de coletivo, visando obter recursos para os usuários do CAPS. Na
época, a Prefeitura local também não estava mais fornecendo os medicamentos que era
18
primordial para os usuários, o que é dever da mesma, como consta na lei 8080 do SUS
(Sistema Único de Saúde):
Art. 2º. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução
de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e
de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.
Dessa forma, as reivindicações, cobranças e insistências, revelaram insatisfações
por parte dos usuários. Esse coletivo foi o que se transformou na Associação Cabedelense.
Apesar da referida atuação, a ACSMJV, tem enfrentado dificuldades para ser
formalizada (CNPJ), em virtude da inexistência de uma sede, os encontros e reuniões são
realizados numa estrutura improvisada, em uma praça sob tenda.
No ano de 2013, a maior conquista da ACSMJV se deu através do projeto “Saúde
Mental – Protagonismo e Cidadania”, escrito e coordenado por membros do CAPS, onde
ela foi premiada com o valor de 50 mil reais, para serem investidos em minicursos,
aperfeiçoamento dos profissionais e eventos para os usuários e técnicos dos CAPS.
4.3 Descrição estrutural da organização:
4.3.1 Tipo de organização: Esta associação é de pessoa jurídica de direito
privado, constituída na forma de sociedade civil de fins não econômicos,
doravante chamada Associação e regendo-se por Estatuto e pela legislação que
lhe for aplicável.
4.3.2 Corpo funcional: São 62 associados sendo 36 homens e 26 mulheres, com
escolaridade entre níveis fundamental, médio e superior. Com faixa etária dos 20
aos 69 anos idade, com permanência média na instituição de 3 anos.
4.3.3 Organograma:
Diretoria: Composta pelo presidente da associação e responsável legal
pela instituição.
Tesoureiro: Responsável pelas funções administrativas.
19
Associados: Pessoas que assinaram a Ata da Assembleia Geral de
constituição da Associação e que compõem legalmente a mesma.
4.4 Descrição econômica da organização
Nota-se que sendo está uma organização do terceiro setor, é, portanto, sem fins
lucrativos. O único recurso que ela capta é uma taxa de três reais que os associados pagam
mensalmente. A finalidade da mesma é praticamente apenas de reivindicar melhorias para
os usuários (medicamentos, passe livre...). Um outro intento da Associação é que os
CAPS, desempenhem a função de tratar a crise dos usuários dos serviços de saúde neles
próprios, pois segundo nos relata o diretor Antônio em entrevista, quando uma pessoa é
internada num hospital, eles querem que ela permaneça interna 30/60 dias, ou mais,
enquanto no CAPS, eles afirmam poder tirar a crise no máximo em três dias. O
internamento em um hospital faz com que o interno volte ainda mais traumatizado. Segue
trecho da entrevista:
[...] houve um Programa Nacional de Avaliação dos Hospitais Psiquiátricos
que acontece todo ano. [...]. Então avaliamos o São Pedro e o Juliano Moreira.
[...]. Então, como eu fiquei com a vigilância sanitária a gente olhou bem
detalhadamente cada coisa, e lá ainda hoje no São Pedro a gente encontrou
pessoas, homens nus, alguns deitados, dopados dentro de uma cela com
cadeados e isolados. Aí fomos para o Juliano, lá foi que eu fiquei horrorizado
[...] ai eu disse: por isso, essa é a razão da gente lutar, se chama luta
antimanicomial, que é a luta pra se fechar os hospitais psiquiátricos, mas como
é que se fecha? O SUS vai desativando os leitos enquanto vai criando Caps.
Meu Deus, por isso que alguns usuários que são internados no Juliano quando
voltam pra casa, voltam revoltados com a família [...]. Quando terminou toda
vistoria [...] teve uma menina que falou que antes de todo mundo que queria
me ouvir, e eu disse: olhe estou me sentindo traído pela saúde eu jamais
imaginei que eu entregava minha filha pra um hospital como esse. (BRITO,
entrevista: cabedelo, 08 de dezembro de 2013)
Diante do exposto, é perceptível observar que não existe uma posição de mercado,
a Associação quer buscar benefícios para os usuários e esclarecer a população, sobre a
saúde mental, pois esclarecendo esperasse diminuir o preconceito, para que as pessoas
possam compreender o porquê daquela pessoa ser como é, pois, existem vários fatores
que contribuíram para uma pessoa ser usuária de drogas, por exemplo.
O internamento num hospital psiquiátrico não garante saúde de ninguém e é
por isso uma de nossas buscas é a divulgação, porque o pessoal que sofre
transtorno psiquiátrico e até mesmo os de álcool e drogas, eles mesmos, a
família esperam que eles vão ficar curados, mas depois que se instala não vai
ter cura, existe um controle que você pode instabilizar, mas vai tomar
medicamentos e precisar de acompanhamento pelo resto da vida. (BRITO,
entrevista: Cabedelo, 08 de dezembro de 2013).
20
No que concerne ao planejamento, podemos destacar que não existe uma
preocupação em planejar-se estrategicamente, o que eles costumam fazer é listar as datas
que irão se reunir durante o ano e as possíveis atividades a serem realizadas.
Podemos constatar que a mesma possui alguns pontos fortes, mas em
contrapartida muitos pontos fracos. Segue abaixo:
Pontos fortes:
Eficiência do Presidente;
Os próprios usuários assumirem cargos na associação;
Boa participação da Associação em diversas atividades da saúde mental como
cursos, eventos, congressos;
As conquistas da causa: direitos dos usuários.
Pontos fracos
A baixa participação dos associados;
Diretoria desestruturada;
Inexistência de um imóvel onde possam se reunir;
Poucos recursos financeiros;
Inexistência de planejamento;
Inexistência de uma comunicação estruturada;
Nenhuma parceria para ajudá-la com doações.
Centralização de responsabilidades no diretor da associação;
Em relação as ameaças e oportunidades podemos destacar as seguintes:
Oportunidades
Captação de Doações;
Alta influência na construção dos direitos dos usuários de saúde mental;
Os meios de comunicação, e divulgação;
21
Oportunidades de conseguir voluntários.
Ameaças
Rejeição da comunidade;
Possibilidade de não conseguirem parceiros;
Não conseguir se sustentar como associação;
A desestruturação da rede de saúde.
4.5 Análise dos públicos
Para que uma organização tenha resultados satisfatórios, é preciso que as partes
envolvidas considerem que uma precisa da outra, numa relação de permanente interação.
No entanto, é sabido que cada organização tem seus públicos específicos.
Segundo França (2003, p. 81), “não se pode conceituar público como apenas um
agrupamento de pessoas, mas é preciso especificidade ao determinar os níveis de interesse
de cada um, nas suas relações com a instituição”.
Os públicos principais da Associação Cabedelense de Saúde Mental Juntos
Venceremos são: O corpo funcional da Associação (usuários e familiares), profissionais
do CAPS, gestores da saúde, governo, imprensa, a comunidade e ONGs parceiras.
Usuários e Familiares: São formados por usuários dos CAPS I e CAPS
AD e os familiares dos usuários.
Profissionais dos CAPS: São os técnicos dos CAPS, funcionários da
saúde que convivem diariamente com os usuários e participam dos
tratamentos.
Gestores da Saúde: Responsáveis pela liberação dos medicamentos
fornecidos pela secretaria de saúde;
Comunidade: Participam das ações sociais que os usuários juntos com
associação e o CAPS realizam como a luta antimanicomial;
Governo: Por ser a liderança do estado, a qualquer momento pode
influenciar na Associação;
22
Imprensa: Possível parceiro no trabalho de divulgação e visibilidade para
a Associação, como por exemplo em caso de reivindicações e reclamações
a respeito dos direitos dos usuários.
ONGS Parceiras: ONGs que possuem residência na cidade de Cabedelo.
4.6 Análise da cultura organizacional
4.6.1 Diretrizes organizacionais:
O conjunto de sistemas, valores, princípios que regem uma organização e são
compartilhados por seus membros, formam a sua cultura organizacional.
Segundo Kunsch,
Para as relações públicas, exercer função estratégica significa ajudar as
organizações a se posicionar perante a sociedade, demonstrando qual a razão
de ser do seu empreendimento, isto é, sua missão, quais são os seus valores, no
que acreditam e o que cultivam. (KUNSCH 2003, p.103).
Sendo assim, embora a ACSMJV saiba qual a sua razão de existir, eles não têm
esse conceito formulado, por isso segue como proposta para a mesma o nosso conceito
de missão e visão:
Missão: Contribuir com apoio e participação na luta pelos direitos das
pessoas portadoras de transtornos psíquicos e usuários de álcool e drogas
e inserir os mesmos na sociedade.
Visão: Ser uma associação estruturada, podendo expandir a importância
da causa e romper com os preconceitos impostos pela sociedade.
A Associação possui objetivos e valores, segue:
Objetivo: “Promover projetos e ações que ofereçam respostas mais
efetivas as necessidades dos usuários e portadores”
Valores: “Promover o exercício da cidadania, da ética, dos direitos
humanos e outros valores morais universais de seus associados e das
pessoas portadoras de sofrimento psíquico, através de atividades sociais,
econômicas e culturais”.
23
4.6.2 Artefatos visíveis:
Como já foi exposto anteriormente, a ACSMJV não tem um local fixo em que
atue, por isso, suas reuniões acontecem sob tenda numa praça, dificultando assim
destacarmos a sua estrutura física, onde a mesma, faz uso apenas das cadeiras e alguns
materiais quando necessário, disponibilizados pelo CAPS.
4.6.3 Relação entre cultura e o clima organizacional:
A ACSMJV é uma organização que não possui captação de recursos, a sua
prioridade é assistência com relação aos direitos dos associados. Quanto ao clima
organizacional, não existe um relacionamento favorável, apenas as reuniões, inclusive
verificamos a falta de motivação dos usuários na associação, o nível de comprometimento
chega a ser menor ainda, como pudemos observar no grupo de discussão que foi realizado.
4.6.4 Sistema de decisão:
Sempre que necessário, as decisões são tomadas nas reuniões por meio de votação,
todos os associados têm o direito de votar na opção que desejam demonstrando assim
uma democracia.
4.6.5 Auditoria de Comunicação:
A associação não possui um departamento de comunicação, as informações são
passadas através do diretor nas reuniões e assembleias para os usuários.
4.6.6 Identidade corporativa:
A militância é um atributo essencial para destacar a identidade corporativa da
associação, desde seu surgimento a associação vem ganhando destaque e participação em
eventos e causas a respeito da luta dos direitos dos usuários, a associação nasceu com essa
característica e continua até hoje.
4.6.6.1 Elementos que constroem a identidade corporativa da empresa:
Existe a logomarca da Associação que foi idealizada em assembleia com o apoio
dos presentes e desenhada por um dos associados. As cores são as mesmas da bandeira
municipal de Cabedelo, dispostas nas partes, superior que sugere as nuvens e inferior com
formatos de onda do mar, entre ambas as cores a sigla da Associação. As correntes, por
24
sua vez, formam um elo, que significa a união de usuários, familiares e amigos. A imagem
da logomarca encontra-se em anexo.
25
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A comunicação é um dos pilares de qualquer organização. Dessa forma, as ações
comunicacionais são fundamentais para o desenvolvimento das mesmas.
Segundo Kunsch (1989, p. 29);
[...]a comunicação é imprescindível para qualquer organização social. O
sistema organizacional viabiliza-se graças ao sistema de comunicação nela
existente, que permitirá sua realimentação e sua sobrevivência. Caso contrário,
ela entrará em um processo de entropia e morte.
É notório que as organizações devem investir no processo comunicacional, tendo
em vista, que por meio de uma comunicação bem executada, visualiza a construção e
manutenção de uma imagem positiva perante os públicos de interesse.
Todo esse processo de reconhecimento da comunicação enquanto diferencial para
o desenvolvimento organizacional deve estar pautado na clareza dos objetivos, valores e
princípios, ou seja, na sua cultura organizacional. Sabendo também que alguns
componentes presentes no ambiente de uma organização, tais como condutas e padrões,
tanto formais quanto informais, podem intervir diretamente na visão de uma equipe, bem
como no grau de satisfação, motivação, relacionamento, eficiência e produtividade.
Dessa forma, vale salientar, que para que uma organização tenha resultados
positivos é necessário que as partes envolvidas, estejam dispostas a colaborar numa
relação mútua.
De semelhante forma, chama-se atenção para o ambiente interno de toda e
qualquer organização. Na perspectiva da ACSMJV, um dos desafios para o Relações
Públicas é elaborar um planejamento flexível voltado para realidade do público interno,
permitindo “que os colaboradores sejam bem informados e a organização antecipe
respostas para suas necessidades e expectativas. Isso ajudará a mediar os conflitos e a
buscar soluções preventivas” (KUNSCH, 2003, p. 159).
Com o fortalecimento da comunicação interna os demais processos
comunicacionais tendem a ganhar coesão, a exemplo do uso das ferramentas da
comunicação externa. Afinal, não é possível desenvolver um bom trabalho externo, caso
existam conflitos dentro da própria organização. “Compreender em que consiste a cultura
de uma organização, como ela é criada, sustentada e aprendida pode melhorar nossa
26
capacidade de explicar e prever o comportamento das pessoas no trabalho” (ROBBINS,
2002, p.498).
Percebe-se que atualmente com o avanço da globalização, com a chegada da
internet e a convergência dos meios de comunicação, o bombardeio de informações
tornou-se constante. “O mundo globalizado não sofre por falta de informação; sofre por
excesso...” (PAIVA, 1998, p. 43). Além de que, as empresas vivem hoje em um ambiente
de mercado altamente competitivo e em constante mutação, se desenvolvendo e sofrendo
impactos devido às mudanças do mercado, consequentemente as organizações precisam
se adaptar a essas variações, tendo em vista seus públicos de interesse.
Diante deste cenário, na perspectiva de organizações do Terceiro Setor, que
segundo Domeneghetti (2001) surge da inoperância do Estado, a situação tornar-se um
pouco mais complexa, devido à falta de clareza no uso da comunicação como estratégia
de gestão e diante da falta de recursos diversos. O Terceiro Setor, compreende:
O conjunto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase
na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando
continuidade às práticas tradicionais de caridade, da filantropia e do mecenato,
expandindo o seu sentido para outros domínios, graças sobretudo à
incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações da
sociedade civil. (FERNANDES apud DOMENEGHETTI 2001, p. 20)
O Terceiro Setor é um campo bastante promissor para a atuação das Relações
Públicas, o profissional pode contribuir no gerenciamento da comunicação
organizacional, além de, captação de recursos, novos parceiros e voluntários, assim como
também no fortalecimento da imagem institucional e clima de boa convivência entre os
públicos. Portanto, o trabalho de Relações Públicas no Terceiro Setor busca atingir
contribuições de recursos para essas instituições.
A atividade de Relações Públicas 1 possui importante função social e
organizacional por servir de ponte entre organizações e públicos. Por meio de um contato
planejado e preparado o RP pode concretizar a missão da organização e assim atingir os
seus objetivos. Podemos perceber também, as relações públicas como o profissional da
comunicação de prevenir problemas e conflitos que possam prejudicar a imagem de uma
organização perante seus públicos. De acordo com Ferrari,
1 É interessante notar que, no Brasil, as Relações Públicas surgem especialmente voltadas para a administração
pública, amparada por decretos-lei que instituíam serviços de informação, divulgação e publicidade de vários órgãos
públicos. A ditadura de Getúlio Vargas, na década de 40, por exemplo, tinha, em matéria de comunicação, o objetivo
de elaborar e utilizar técnicas de persuasão, tendo em vista a perpetuação do poder; os esforços nessa área foram
pautados pela demagogia e pela mera utilização da publicidade governamental (PINHO, 2008).
27
O objetivo das relações públicas é estabelecer, desenvolver e manter, de forma
planejada, ligações, relacionamentos diretos, gerais ou especializados, entre
pessoas, organizações, públicas e privadas, entre públicos da organização e a
sociedade, de forma a transformar essa rede de relacionamentos em benefícios
tangíveis e intangíveis para todos os envolvidos. (FERRARI, 2009, p. 160)
Existe uma variedade de autores e suas definições para esta profissão. França,
acredita que são:
Tendências que caracterizam a atividade como própria do campo da
administração, das Ciências da Comunicação e das Ciências Sociais Aplicadas,
ou mesmo como uma mera prestadora de serviços às organizações, havendo
até quem a eleve ao nível de ciência. (FRANÇA, 2003, p.130)
Simões (2001, p. 52) afirma que “a atividade (profissional) de Relações Públicas
é a Gestão da Função Política”, visando “(...) a ação favorável dos públicos à missão da
organização”.
Para Ferrari (2003, p. 58), “as relações públicas aparecem no cenário das
organizações para ajudar a construir relacionamentos harmônicos e duradouros destas
com os públicos dos quais depende a sua sobrevivência”.
Kunsch (2002, p. 89), por sua vez, estabelece “As Relações Públicas, como
disciplina acadêmica e atividade profissional, têm como objetivo as organizações e seus
públicos, instâncias distintas que, no entanto, se relacionam dialeticamente”
Dessa forma, podemos perceber que embora exista uma infinidade de definições
todas chegam a um objetivo comum, que a essência da profissão de Relações Públicas
está voltada ao relacionamento estabelecido com seus públicos, atuando como
estrategista, de acordo com o cenário em que se encontra a organização.
Sabendo que, a comunicação é algo essencial para a sobrevivência de uma
instituição, percebe-se a importância do profissional de Relações Públicas, considerando
que os relacionamentos são fundamentais para a coesão de uma organização.
Dentre as várias funções de um RP, destacamos o planejamento como função
determinante para a profissão. Através dele, elabora-se todas as estratégias e ações
eficientes que possam atender a demanda dos públicos. Sendo assim, um instrumento
que evita improvisos e oferece uma maior segurança quanto aos objetivos a serem
traçados.
O foco do trabalho das Relações Públicas são as organizações e seus públicos. Os
28
Públicos são de maneira geral a essência da profissão.
França afirma que:
São múltiplos os públicos que podem estar ligados a uma organização, pois,
como parte da cadeia produtiva, ela tem inúmeras necessidades a serem
preenchidas, precisa recorrer a outras instituições e mercados para conseguir
os recursos necessários a sua sobrevivência, mas de fato ela só se relaciona de
maneira planejada e constante com alguns públicos: aqueles que formam a
constelação de seus negócios [...] ( FRANÇA, 2009, p. 259)
Para o RP os públicos são prioridades, por isso a importância de identificar,
conhecer, com o intuito de relacionar-se de forma adequada com cada um deles.
Como já foi mencionado, Terceiro Setor, são entidades sem fins lucrativos. As
Relações Públicas que antes se limitavam ao campo empresarial e governamental,
encontrou com o crescimento dos movimentos sociais uma área ideal para sua atuação,
sabendo que essas novas entidades, necessitam cada vez mais de espaço na mídia e de
relacionamentos com os públicos para atingir seus objetivos.
Atualmente, percebe-se a mudança da posição da sociedade em relação a seus
direitos nos campos econômicos, político e social. Hoje em dia as pessoas se tornaram
ativas e isso influencia nas manifestações onde esses indivíduos exigem serem ouvidos.
Segundo Simon (1972, p. 71) “Sem o conhecimento das tendências básicas, econômicas,
culturais e sociais de nossos dias, não podemos analisar, e muito menos antecipar, as
implicações públicas daquilo que estamos fazendo [...]”
O cenário econômico e político do Brasil mudou, e isso influenciou no
posicionamento das pessoas diante a mídia e organizações. As pessoas se tornaram
participantes, e se organizam em grupos de militância reivindicando seus direitos e
inclusão na sociedade. É nesse momento que as ONG'S, associações e demais grupos
como coletivos se fortalecem e ganham papel importante na luta por direitos iguais para
os menos favorecidos.
A Comunicação Comunitária insere-se nesse contexto, tendo como objetivo
principal a luta pela transformação social junto aos grupos sociais em busca de um bem
comum. Sua evolução ocorreu a partir da necessidade de democratizar a informação para
estreitar as ligações entre comunidade, comunicação e educação e ganhou forma através
do surgimento de ONG'S, associações, grupos e da mobilização em prol da sociedade.
Kunsch (2007).
29
As Relações Públicas têm espaço na Comunicação Comunitária através do
gerenciamento de relacionamentos, no planejamento estratégico e comunicação com os
líderes de opinião, percebendo no Terceiro Setor uma nova forma de atuação.
Peruzzo (1993, p. 8) argumenta que “no início de 1990 já podemos olhar
criticamente a prática das relações públicas no âmbito dos movimentos sociais, visto que
várias experiências vêm sendo realizadas, com ou sem a presença de um profissional de
relações públicas”.
Podemos destacar o conceito de Relações Públicas comunitárias como agente
fundamental na elaboração de ações, que segundo Peruzzo (1993, p.7) “facilitem a
conquista de aliados, através de uma comunicação eficiente com os públicos e com a
sociedade como um todo”.
Para Kunsch uma das autoras que contribuiu com grande parte na teoria, diz que
“relações públicas comunitárias autênticas são muito mais que um trabalho “para” a
comunidade, nos moldes tradicionais, por meio de ações paternalistas”. Além disso é “um
trabalho comprometido com os interesses dos segmentos sociais organizados ou com o
interesse público”. Kunsch (2007, p. 107).
Percebe-se assim, que o profissional de Relações Públicas possui grande afinidade
e espaço na Comunicação Comunitária devido a sua característica de tentar se relacionar
com seus públicos de forma harmoniosa com intuito de conquistar parceiros por meio de
um bom relacionamento entre organização e públicos essenciais, nesse caso, púbicos que
se comprometam com as causas sociais.
30
6 PESQUISA
A presente pesquisa pretende verificar qual é a posição que a sociedade tem a
respeito dos usuários de álcool e drogas da Associação Cabedelense, segundo a percepção
dos próprios, com profundidade em relação ao preconceito, e em contrapartida pretende
ao mesmo tempo identificar qual a contribuição da Associação na vida daqueles,
destacando as melhorias e os pontos negativos.
Vale salientar, que através dos resultados obtidos, pudemos diagnosticar subsídios
para desenvoltura do futuro plano de ação.
6.1 OBJETIVOS
6.1.1 Objetivo geral
Identificar qual a percepção dos usuários em relação ao preconceito enfrentado na
sociedade, e qual a importância da associação para os mesmos.
6.1.2 Objetivos específicos
Identificar quais são as variáveis que interferem num bom e mau
relacionamento entre usuários e sociedade;
Detectar qual a percepção em relação ao trabalho desenvolvido pela
Associação;
Sugerir ações de comunicação para Associação.
6.2 MÉTODO
6.2.1 TIPO DE PESQUISA
Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, ou seja, não existe
preocupação com a representatividade numérica. Caracterizando-se como uma pesquisa
de base aplicada, de acordo com Barros e Lehfeld (2000, p. 78), “contribuir para fins
práticos, visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na
realidade”. E num segundo momento, como exploratória, tendo assim, a finalidade de
ampliar o conhecimento a respeito de um determinado fenômeno.
31
A pesquisa foi realizada de maneira semiestruturada e espontânea, para obtenção
dos resultados, foram utilizadas as técnicas do grupo de discussão e da análise de
conteúdo. Dessa forma, a partir do processo de discussão, os dados foram categorizados
em duas maxis categorias: preconceito e percepção da associação. Aquelas foram
dispostas em unidades de registros. Os resultados foram criados unicamente a partir do
que diziam os “dados”. Os dados foram, por sua vez, contabilizados a partir de recursos
tabulares.
6.2.2 COLETA DE DADOS
Para este estudo, foi aplicado um questionário a partir da técnica do grupo de
discussão, o mesmo contendo 10 perguntas abertas, semiestruturadas, com a presença de
um moderador e um escrivão observador, dez pessoas participaram do grupo de
discussão. O questionário aplicado encontra-se no apêndice.
6.2.3 ANÁLISE DA PESQUISA
Os resultados expostos nesta análise referem-se aos dados coletados durante a
discussão realizada com o grupo de participantes da ACSMJV. O grupo foi constituído
por 10 usuários, que foram escolhidos pela própria diretoria da Associação.
Para garantir a privacidade dos usuários, os seus nomes foram substituídos por
pseudônimos: Lua, Sol, Satélite, Marte, Vênus, Saturno, Terra, Júpiter, Plutão e Urano.
Os perfis dos pseudônimos eram de pessoas com idades de 35 a 60 anos, todos do sexo
masculino e alfabetizados, sendo usuários de álcool e drogas, todos fazem tratamento no
CAPS AD. A discussão durou em torno de 40 minutos.
Para podermos identificar os resultados, como já mencionado na metodologia, os
dados foram categorizados. Seguindo a categorização, dispomos em quadro uma visão
geral contendo as maxis categorias e unidades de registros e em seguida a análise dos
resultados.
Foram usadas siglas como: P- Preconceito e PA- Percepção da Associação
32
Quadro1: Visão geral
MAXIS CATEGORIAS
PRECONCEITO
PERCEPÇÃO DA ASSOCIAÇÃO
UNIDADES DE REGISTROS
P PA
Exclusão pela sociedade Reivindicação
Exclusão pela família Importância
Ofensas Participação
Revolta Infraestrutura
Base: 10 usuários
Como está apresentado na tabela acima, dentro das duas maxis categorias
preconceito e percepção da Associação, dispomos as oito unidades de registros. As
seguintes unidades foram detectadas de acordo com o que pudemos extrair como resposta
do grupo de discussão, depois contabilizamos estatisticamente as frequências.
Embora nem todos os usuários tenham participado ativamente em todas as
perguntas, cada um teve a sua contribuição singular de forma específica. O quadro
apresentado logo abaixo, além de mostrar o percentual total de respostas para as unidades
de registros, quantifica em termos de porcentagem quantas vezes cada usuário falou
aquela unidade, destacando o que mais enfatizou determinada unidade, isso será exposto
também nos demais resultados.
Dessa forma, apresenta-se a seguir os resultados obtidos:
Quadro2: Maxi categoria preconceito-unidades de registros
Unidades de registros Quantidade de
respostas Porcentagem
Total Por
pseudônimos
Exclusão pela
sociedade
10
100%
Júpiter: 04%
Terra: 04%
Marte: 04%
Vênus: 08%
Plutão: 08%
Urano: 12%
Saturno: 12%
Sol: 12%
Satélite: 16%
Lua: 20%
33
Exclusão pela família
5
100%
Saturno: 00%
Terra: 00%
Júpiter: 00%
Urano: 00%
Marte: 00%
Vênus: 08%
Sol: 08%
Lua: 25%
Satélite: 25%
Plutão: 34%
Ofensas
7
100%
Júpiter: 00%
Plutão: 00%
Vênus: 00%
Terra: 09%
Lua: 09%
Marte: 09%
Satélite: 09%
Saturno: 18%
Urano: 18%
Sol: 28%
Revolta
5
100%
Sol: 00%
Satélite: 00%
Terra: 00%
Júpiter: 00%
Plutão: 00%
Urano: 09%
Vênus: 09%
Saturno: 18%
Lua; 18%
Marte: 46% Base: Grupo de discussão, 10 participantes
Nota: Respostas abertas
No que concerne à unidade de registro exclusão por parte da sociedade, 100% do
universo se posicionou, ou seja, todos os usuários. No entanto, é perceptível que o usuário
Lua, foi o que mais se destacou, resultando em 20% a sua fala. Nesta unidade, pudemos
constatar a indignação dos usuários perante a sociedade, onde eles revelaram-se
excluídos, pelo fato de se tratar de um grupo social de usuários de álcool e outras drogas
em processo de recuperação.
“Nós somos seres humanos, a sociedade olha pra gente com um olhar torto, como
se a gente não fosse normal” (LUA, grupo de discussão: Cabedelo, 27 de janeiro de 2014)
A família de alguns também não os apoiaram, a vontade de querer melhorar partiu
deles próprios, alguns até tiveram esse apoio, no entanto 50% do universo declararam
34
exclusão por parte dos familiares, dentro dessa porcentagem o participante Plutão, foi o
que mais se destacou com 34%.
No tocante a unidade ofensas, obteve-se fala de 70% dos usuários, sendo o Sol o
que mais enfatizou essa unidade com 28%, essa unidade trata-se da forma como alguns
pessoas chegavam a falar quando eles passavam na rua, com insultos e xingamentos.
Segue trecho:
Você quer que eu fale? Eu falo! Quando nós passamos na rua meu filho, eles
olham pra gente assim: pia, lá vai aquele cachaceiro, [...]. É assim mesmo, tá
pensando que ajudam a gente é? A gente é discriminado! Num é fácil não,
porque a gente até que tenta conviver, mas o povo num gosta de nós, aí fica
difícil. (SOL, grupo de discussão: Cabedelo, 27 de janeiro de 2014).
No que concerne à unidade revolta, destacamos o seguinte relato:
Faz 3 anos que eu faço tratamento e graças ao meu bom Deus, eu estou muito
bem, mas eu já sofri muito nesta vida, já morei na rua, minha família não quis
saber de mim, também já fiz muita coisa errada, perdi muita oportunidade de
emprego, por causa do álcool, das drogas. Olhe, porque mesmo mostrando que
você está superando, ainda não querem ajudar a gente. Isso é revoltante, sabe?
Eu mesmo não acho que o preconceito pode ser enfrentado (MARTE, grupo
de discussão: Cabedelo, 27 de janeiro de 2014)
De acordo com as perguntas do questionário, constatamos que eles demonstraram
revolta por não conseguirem emprego, pela exclusão, pelo preconceito. Dessa, e de outras
histórias, conseguimos extrair a unidade revolta, a qual foi contabilizada em 50%. Marte
foi o participante que mais se demonstrou revoltado, sua fala resultou em 46%.
Apresentaremos agora, os dados relacionados à segunda maxi categoria,
percepção da associação-unidades de registros.
Quadro 3: Maxi categoria percepção da associação-unidades de registros
Unidades de registros Quantidade de respostas Porcentagem
Total Por
pseudônimos
Reivindicação
10
100%
Lua: 10%
Sol: 10%
Satélite:10%
Marte: 10%
Vênus: 10%
Saturno:10%
Terra: 10%
Júpiter: 10%
Plutão: 10%
Urano: 10%
Sol: 00%
35
Importância
3
100%
Satélite:00%
Vênus: 00%
Saturno:00%
Júpiter: 00%
Plutão: 00%
Urano: 00%
Lua: 33%
Terra: 33%
Marte: 34%
Participação
3
100%
Lua: 50%
Sol: 25%
Satélite:25%
Marte: 00%
Vênus: 00%
Saturno:00%
Terra: 00%
Júpiter: 00%
Plutão: 00%
Urano: 00%
Infraestrutura
5
100%
Satélite:00%
Saturno:00%
Júpiter: 00%
Plutão: 00%
Urano: 00%
Lua: 17%
Marte: 17%
Vênus: 17%
Terra: 17%
Sol: 32% Base: Grupo de discussão, 10 participantes
Nota: Respostas abertas
Como já foi exposto nem todos os usuários respondiam todas as perguntas, no
entanto, as respostas dos que falavam serviam como afirmação ou negação para os
demais. De acordo com o que aponta a tabela acima, no que refere-se à unidade
reivindicação os 10 usuários responderam, fazendo com que a margem de porcentagem
fosse 100%, e no tocante a quantidade de quantas vezes cada um falou individualmente,
sendo assim, a estimativa de 10% para cada participante.
Um dos pontos abordados no questionário foi sobre o motivo que teria levado os
usuários a participar da ACSMJV. Neste caso eles responderam que foi com a finalidade
de reivindicar, pelos seus direitos, vendo na Associação uma possibilidade de trazer
melhorias para eles.
Em relação à importância da Associação para os usuários, apenas 30% do universo
expuseram a sua opinião, percebe-se ter sido uma porcentagem pequena, levando em
36
consideração o tema em questão. No entanto, conforme foi observado no grupo, os demais
integrantes demonstraram ter a mesma opinião daqueles que falaram, através de gestos
afirmativos. Salienta-se que para eles, a coragem do diretor de lutar pela causa dos
usuários, é muito significativa. Também é importante destacar que, por conta da parceria
que a Associação mantém com o CAPS, eles de certa forma, enfatizaram muito a
importância do mesmo, pois participar da Associação partiu da parceria com aquele.
No que diz respeito à unidade participação, 30% dos usuários expuseram as suas
opiniões. Diante do exposto e com base nas explanações, constatamos que o nível de
participação dos associados é baixo. Contudo, manter a participação na Associação é
primordial para o sucesso da mesma, por isso, ratificaram que se esforçariam para serem
mais participativos, inclusive no que diz respeito ao pagamento da mensalidade, a qual
estavam em falta.
No tocante a unidade infraestrutura, metade do universo expôs sua opinião, sendo
que, como já foi apresentado no corpo deste trabalho, a Associação, possui várias
carências com relação a sua infraestrutura, como o fato de não possuir sede. Dessa forma,
a fala dos usuários foi apenas uma forma de ilustrar o que constatamos na observação do
grupo de discussão.
37
7 ANÁLISE DO GRUPO DE DISCUSSÃO
A escolha da técnica do grupo de discussão foi adotada com o intuito de conversar
de maneira informal com os usuários, e como retorno eles interagiram naturalmente sem
nenhum constrangimento. O contato com a realidade dos usuários foi uma experiência
muito importante para a coleta das informações.
Foi por meio do grupo de discussão que tivemos base e justificamos as estratégias
que serão expostas como proposta para Associação, principalmente no que concerne ao
preconceito sofrido na sociedade, o qual foi evidenciado como sendo algo do cotidiano
dos usuários, com relação à oportunidade de entrar no mercado de trabalho, entre outras
questões.
38
8 DIAGNÓSTICO
8.1 ANÁLISE DE SWOT
AMBIENTE INTERNO
Na análise do ambiente interno extraímos as forças e as fraquezas da organização.
A seguir são apresentados os seus pontos fortes e fracos:
Quadro 4: Pontos fortes e Pontos fracos
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Eficiência do Presidente A baixa participação dos associados
Os próprios usuários assumirem cargos
na Associação
Centralização de responsabilidades no
Presidente da Associação.
Boa participação da Associação em
diversas atividades da saúde mental
Inexistência de um imóvel
A causa da Associação: a busca pela
conquista dos direitos dos usuários
Poucos recursos financeiros
Inexistência de planejamento
Inexistência de uma comunicação
estruturada.
Nenhuma parceria para ajudá-la com
doações
AMBIENTE EXTERNO
No ambiente externo identificamos as principais ameaças que a organização
enfrenta ou poderá enfrentar e as oportunidades que ela pode ou poderá aproveitar.
Segue o quadro:
Quadro 5: Oportunidades e Ameaças
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Captação de doações Possibilidade de não serem ouvidos pela
comunidade
Alta influência na construção dos
direitos dos usuários de saúde mental
Possibilidade de não conseguirem
parceiros
Os meios de comunicação, contato e
divulgação na imprensa Falta de sustentabilidade
39
Oportunidades de conseguir voluntários A desestruturação da rede de saúde
No que concerne à análise do cenário encontrado, detectamos as forças que
empurram a organização para frente (pontos fortes e as oportunidades) que entram em
confronto com as forças que a puxam para trás (pontos fracos e ameaças).
Percebe-se o destaque de quatro pontos fortes: a eficiência do presidente, ou seja,
ele vem desempenhando com louvor a sua função, os usuários poderem participar de
cargos na Associação, mostrando a importância e utilidade dos mesmos, a oportunidade
da Associação participar dos eventos da saúde mental permitindo a mesma agregar
conhecimentos e o fato de terem êxito na luta pelos seus direitos. Em contrapartida, as
fraquezas, são muitas, apesar da referida atuação da Associação a mesma vem sofrendo
com a baixa participação dos associados, a diretoria por sua vez, encontra-se
desestruturada, centralizando responsabilidades apenas no presidente.
Vale salientar, que a ausência de uma sede, os poucos recursos financeiros, e o
fato da mesma não planejar e investir na sua comunicação buscando novos parceiros
ocasiona sérios problemas como o desconhecimento da comunidade em relação à mesma.
Já o ambiente externo oferece como oportunidades, captação de doações, a
participação no Conselho Municipal de Saúde, influenciando na luta pelos direitos dos
usuários.
Cabe destacar que existem meios de comunicação disponíveis para que a
Associação possa se tornar conhecida, como a rádio comunitária da cidade de Cabedelo,
onde a mesma pode melhorar o relacionamento com os públicos, conseguir parceiros,
voluntários e doações.
No que concerne as suas ameaças, destacamos que existe também a possibilidade
de a comunidade não querer ouvi-la e ignorar a sua causa, também pode enfrentar a falta
de parceiros e não conseguir se sustentar como Associação. A desestruturação da rede de
saúde é também uma forte ameaça para Associação, porque interfere no cotidiano dos
usuários que frequentam o CAPS.
40
9 PROGNÓSTICO
De acordo com análise situacional dos ambientes, detectamos algumas ameaças
que a organização enfrenta e outras que ela poderá enfrentar, em decorrência também dos
seus pontos fracos. No entanto, cabe a Associação, aproveitar as oportunidades,
minimizar ou extinguir os pontos fracos e fortalecer os pontos fortes. Caso a Associação,
não tome um posicionamento com relação as suas debilidades a consequência será não
conseguir alcançar a sua missão nem materializar a sua visão.
O principal prognóstico é a falência da organização em decorrência da
desmotivação dos associados pela não percepção do progresso dos projetos em benefício
da Associação.
41
10 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
O plano de relações públicas contará com a criação de três programas, o primeiro
programa ‘Colaborando um com o outro’, tem como foco solucionar problemas de
comunicação interna da ACSMJV, o mesmo contará apenas com um projeto,
‘Trabalhando o Ambiente interno’. O segundo programa ‘Usando os meios de
comunicação’, por sua vez tem como objetivo divulgar a referida Associação e
desenvolver uma campanha de conscientização junto à comunidade, o mesmo será
composto por dois projetos: ‘Projeto I - Conhecendo a Associação’ e ‘Projeto II - E se
fosse com você?’. O terceiro programa intitulado ‘Semana Solidária’ conta com o,
‘Projeto I - Brechó Solidário’, destinado à captação de recursos, além de, divulgar a
Associação e obter interação com os usuários. Por meio do mesmo, será realizado uma
campanha com intuito de arrecadar doações de roupas por meio do ambiente virtual,
visando a realização do brechó. A divulgação funcionará através dos perfis nas principais
mídias digitais Facebook, Instagram.
10.1 PROGRAMA I: COLABORANDO UM COM O OUTRO
10.1.1 Objetivos
• Solucionar problemas internos;
• Enfatizar a importância de que ambas as partes (usuários e diretoria) precisam
colaborar um com o outro, numa relação de permanente interação.
10.1.2 Público-alvo
• Ambiente interno
10.2 PROJETO I - Título: Trabalhando o ambiente interno
Cada ação desse projeto consiste em melhorar o ambiente interno da Associação.
Propomos ações simples, pois são falhas pequenas que podem ser solucionadas apenas
com um diálogo efetivo, e até mesmo pensando na situação financeira que a ACSMJV se
encontra no momento, procuramos fazer uso de poucos recursos.
42
10.2.1 Justificativa
Nota-se que não é possível desenvolver um bom trabalho externo, sabendo que
podem existir problemas internos na organização. Através do diagnóstico detectamos
pontos críticos no ambiente da Associação, a mesma precisa estruturar sua Diretoria,
assim como também, pensar em planejar-se estrategicamente.
Diante deste cenário, a finalidade deste projeto é sugerir ações visando minimizar
estes pontos negativos do ambiente interno.
10.2.2 Objetivos:
Melhorar o relacionamento estabelecido no ambiente interno;
Estimular os associados a participarem das atividades da Associação;
Planejar-se estrategicamente e estruturar a Diretoria.
10.2.3 Público-alvo
Ambiente interno
10.2.4 Ações
Reunião com todos os associados e enfatizar a importância da causa, procurando
incentivá-los e motivá-los:
Realização de uma votação com os associados, com a intenção de convocar
membros para compor a Diretoria;
Planejamento nas reuniões anuais ou semestrais
10.2.5 Formas de avaliação dos resultados
Os resultados desse projeto serão vistos na prática, de acordo com a participação
dos usuários nas reuniões realizadas.
43
10.2.6 Orçamentos
Recursos humanos Recursos materiais Recursos financeiros
Membros da associação Cadeiras, lápis e papel. Recursos materiais
existentes.
10.2.7 Cronograma de ação
Ambiente
interno
Abr.
2015
Mai. Jun. Jul.
2015
Ago.
2015
Set.
2015
Out.
2015
Nov.
2015
Dez.
2015
Convocar a
reunião
X
Reunião
para
votação
X
Processo de
continuação
das reuniões
X X X X X
10.3 PROGRAMA II: USANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
10.3.1 Objetivos
Divulgar a associação, com intuito de torná-la visível e manter a comunidade
informada sobre os trabalhos que ela realiza;
Prospectar a adesão de voluntários na comunidade circunvizinha e conseguir
parceiros;
Desenvolver ações voltadas para a conscientização da comunidade em relação ao
preconceito contra os usuários.
10.3.2 Público-alvo
Toda comunidade local
44
10.4 PROJETO I - Título: Conhecendo a Associação: seja um de nós!
O projeto ‘ Trabalhando o ambiente interno’ busca fortalecer o público interno. O
objetivo é otimizar a comunicação com os usuários e assim conseguir motiva-los a
participar das atividades da Associação.
Sendo assim, o intento desse projeto consiste numa continuidade do anterior, uma
vez que, os associados motivados, o mesmo pretende fazer com que a comunidade
conheça a Associação. O processo desse projeto pretende ser contínuo e despertar o
interesse da comunidade.
Com meio de divulgação, pretende-se também nesse projeto inserir a Associação
nas redes sociais.
Vale salientar novamente que para desenvolver as ações pensamos na situação
financeira da ACSMJV, e os recursos a serem investidos são mínimos.
10.4.1 Justificativa
Como muito já vem sendo citado ao longo desse trabalho a ACSMJV não tem
visibilidade e a comunidade desconhece o trabalho que ela desempenha: lutar pelos
direitos dos associados e inseri-los na sociedade. Com a divulgação na comunidade
pretendemos informar e sensibilizar os públicos sobre a importância da causa da
Associação.
10.4.2 Objetivos
Manter a comunidade informada sobre a Associação;
Estabelecer um relacionamento com a comunidade circunvizinha;
Conseguir voluntários e parceiros.
10.4.3 Público-alvo
Comunidade circunvizinha
10.4.4 Ações
45
A associação não possui recursos, por isso, inicialmente a divulgação da mesma
será com o chamado “boca a boca”.
Principais atividades:
Formação de grupos de divulgação da Associação com o intuito de apresentar para
a comunidade a existência da mesma;
Reuniões a cada dois meses com pessoas da comunidade mobilizadas pelos
grupos de divulgação.
Uso da Rádio Comunitária Kebramar FM da cidade de Cabedelo para divulgar a
Associação;
Criação de spot para divulgação na rádio.
Criação de perfis nas redes sociais Facebook e Instagram
Primeira Ação: SPOT Conheça a Associação, seja um de nós
SPOT: TÍTULO: Conheça a Associação, seja um de
nós!
LOCUÇÃO: DIEGO FRANÇA TEMPO: 30”
LOC: Todos têm direitos.
Alguns grupos são excluídos e precisam de
representação da sociedade civil.
A Associação Cabedelense de Saúde Mental
Juntos Venceremos precisa do seu apoio.
Participe das nossas reuniões sempre na
primeira quarta-feira do mês, as 14 horas na
praça do skate localizada na rua Sólon de
Lucena.
Ajude esse movimento de luta pelos direitos
das pessoas portadoras de sofrimento
psíquico.
Conheça a Associação, seja um de nós!
46
10.4.5 Formas de avaliação dos resultados
A avaliação deste projeto também será vista na prática, caso a comunidade esteja
engajada nas reuniões promovidas pela Associação. Uma pesquisa de opinião também
poderá ser aplicada junto aos participantes das reuniões. Conversas informais com os
usuários, familiares, técnicos do CAPS, vizinhos, também serão utilizadas para avaliar o
projeto. Assim como também, diariamente ou semanalmente verificar a interação nas
redes sociais.
10.4.6 Orçamentos
Recursos humanos Recursos materiais Recursos financeiros
Membros da Associação
Estudantes de Relações
Públicas
Cadeiras, lápis, papéis,
computador, internet.
Recursos materiais
existentes, doações.
10.4.7 Cronograma de ação
Conhecendo
a
Associação
Abr.
2015
Mai.
2015
Jun.
2015
Jul.
2015
Ago.
2015
Set.
2015
Out.
2015
Nov.
2015
Dez.
2015
Início da
divulgação
X
Reunião X X X X X
Processo de
continuação
do convite
X X X X
10.5 PROJETO II- Título: E se fosse com você?
Esse projeto, conta com o desenvolvimento de uma campanha intitulada ¨E se
fosse com você? ”, a mesma busca conscientizar a comunidade e sociedade cabedelense
a respeito dos usuários AD que muitas vezes sentem preconceito e dificuldades de entrar
no mercado de trabalho, devido ao seu processo de recuperação no tratamento com álcool
e outras drogas. A campanha procura mostrar para a sociedade que o problema com as
47
drogas é caso de saúde e que muitos usuários buscam junto ao CAPS e outras
organizações da sociedade civil o apoio que falta na sociedade.
10.5.1 Justificativa
Alcançado os objetivos dos projetos anteriores que são fortalecer e estruturar a
relação entre os usuários e a Associação, assim como também de fazer com que a
comunidade conheça a Associação e desperte por ela interesse, partimos para o
desenvolvimento desse projeto.
Com base no grupo de discussão realizado junto aos associados percebemos o
quanto eles se sentem excluídos pela sociedade, principalmente, por causa do preconceito.
Dessa forma, o intuito da criação desse projeto é continuar divulgando a Associação e
desenvolver ações voltadas para conscientização, e consequentemente alterar o
comportamento em relação ao tratamento e o modo que a comunidade enxerga os
usuários. Além de permanecer com a estratégia de conseguir doações e voluntários.
A Campanha nas escolas e na comunidade em geral será primordial para romper
com as barreiras do preconceito em relação aos usuários, facilitando, por exemplo, a
admissão dos mesmos em um emprego.
10.5.2 Objetivos
Conscientizar a comunidade e romper as barreiras do preconceito;
Desenvolver uma campanha de conscientização;
Conseguir parceiros e voluntários.
10.5.3 Público-alvo
Toda comunidade
10.5.4 Ações
Campanha: E se fosse com você? A campanha tem como ponto principal
sensibilizar a sociedade, rompendo com o preconceito e a discriminação em
relação aos usuários de álcool e drogas.
Principais atividades:
48
Lançamento da campanha ̈ E se fosse com você? ̈ em uma reunião.
Divulgação do lançamento da campanha com a confecção de
cartazes e panfletos.
Divulgação da campanha nas escolas da cidade.
Palestras informativas nas escolas e nos principais pontos da
cidade: As palestras serão monitoradas por membros da associação
e profissionais do CAPS, onde serão abordados diversificados
temas, tais como: Os problemas que o álcool e outras drogas
podem causar em uma pessoa.
Divulgação da campanha na rádio comunitária Kebramar FM
50
10.5.5 Formas de avaliação dos resultados
Como ferramenta de avaliação serão aplicadas duas pesquisas: Com os usuários
para verificar se houve alguma mudança de tratamento da comunidade em relação ao
preconceito sofrido na sociedade; e com a comunidade, para verificar se a mesma conhece
a associação e qual a opinião a respeito dela.
10.5.6 Orçamentos
Recursos humanos Recursos materiais Recursos financeiros
Membros da Associação.
Estudantes de Relações
Públicas,
Profissionais do CAPS
Computador, internet,
impressora.
Recursos materiais
existentes, doações.
10.5.7 Cronograma de ação
E se fosse
com você?
Abr.
2015
Mai.
2015
Jun.
2015
Jul.
2015
Ago.
2015
Set.
2015
Out.
2015
Nov.
2015
Dez.
2015
Lançamento
da campanha
¨E se fosse
com você?
¨em uma
reunião.
X
Início da
divulgação
(Divulgação
das artes
gráficas)
X
Divulgação
da campanha
nas escolas
da cidade.
X
X
51
Divulgação
da campanha
na rádio
comunitária
Kebramar
FM
X
X
X
X
X
X
X
Palestras
informativas
nas escolas e
nos
principais
pontos da
cidade.
X X X X
Reunião de
encerramento
X
10.6 PROGRAMA III: SEMANA SOLIDÁRIA
10.6.1 Objetivos
Divulgar Associação nas mídias digitais.
Captação de recursos para a associação.
10.6.2 Público-alvo
Público Externo.
10.7 PROJETO I- Título: I Semana Brechó Solidário
A I Semana Brechó Solidário será um evento criado com o intuito de arrecadar
recursos financeiros para a ACSMJV. Será realizado em duas etapas, a primeira uma
campanha nas redes sociais, com o objetivo de arrecadar roupas para o brechó
beneficente. A segunda etapa, a realização do Evento na praça Venâncio Neiva, em
52
Cabedelo. O evento busca divulgar a ACSMJV nas redes sociais Facebook e Instagram e
captar recursos com a venda dos produtos adquiridos atrás da campanha.
10.7.1 Justificativa
Na cidade de Cabedelo os brechós são eventos bastante populares e aceitos pela
comunidade circunvizinha, ou seja, grande oportunidade para divulgação e captação de
recursos financeiros, além de possibilitar um contato direto com os públicos. Esse projeto
busca, de maneira participativa, integrar a ACSMJV na comunidade de Cabedelo,
aproximando a mesma com os seus públicos seja por meio de doação das roupas na
campanha nas redes sociais, até o contato com o cliente que obtém a peça no brechó.
10.7.2 Objetivos:
Divulgação da Associação nas mídias digitais;
Captação de recursos;
Realização de Evento.
10.7.3 Público-alvo
Internautas
Comunidade Circunvizinha
10.7.4. Ações
Arrecadação de roupas para o brechó por meio de doações divulgadas em
Campanha nas mídias digitais;
Realização da I Semana Brechó Solidário;
Divulgação na Rádio Comunitária
Divulgação nas mídias digitais.
10.7.5 Formas de avaliação dos resultados
O evento contará com reuniões a cada fim de dia, com intuito de verificar o seu
desempenho e em como atrair mais os públicos.
53
10.7.6 Orçamentos
Recursos humanos Recursos materiais Recursos financeiros
Membros da associação Celular, Computador,
Internet, produtos para o
brechó.
Recursos materiais
existentes, doações.
10.7.7 Cronograma de ação
Mídias
Digitais
Abr.
2015
Mai.
2015
Jun.
2015
Jul.
2015
Ago.
2015
Set.
2015
Out.
2015
Nov.
2015
Dez.
2015
Criação do
perfil nas
mídias
digitais
X
Divulgação
da
campanha
de doação
de roupas
para o
brechó.
X
Realização
do Evento
X X X X X
54
11 CONCLUSÃO
Com base no diagnóstico, pudemos perceber que o Plano de Comunicação
elaborado, constitui-se de suma importância para a Associação, uma vez que, sua imagem
está comprometida por vários fatores, especialmente a falta de visibilidade. Visualizamos
que a comunicação e a profissão de Relações Públicas apresentam à Associação,
ferramentas adequadas à solução de muitas de suas fragilidades, a exemplo das
estratégias executadas, a produção do cartaz e do spot enquanto ações viáveis na captação
de parceiros, voluntários e militantes da causa.
O presente trabalho identificou através do briefing e pesquisa possíveis problemas
que atrapalham a comunicação da ACSMJV com seus públicos. Com base no grupo de
discussão realizado com os usuários a respeito de dois temas, o preconceito enfrentado
na sociedade e a percepção dos mesmos a respeito da associação. Constatamos que a
associação sofre problemas que podem ocasionar grandes obstáculos na realização da
missão, visão e valores da organização.
Concluímos que é necessário providências por parte da Associação a respeito das
dificuldades encontradas, na perspectiva de manter a participação ativa dos usuários e
conquistar voluntários. As ações desenvolvidas no plano de comunicação buscaram
atender a realidade da Associação tendo em vista os poucos recursos da mesma.
Destacamos, em especial, que a proposta das campanhas foi conscientizar a
população cabedelenses a respeito do preconceito enfrentado pelos usuários de AD no
mercado de trabalho.
Foi de grande importância conhecer a associação por dentro, seus desafios e suas
qualidades, as dificuldades na Saúde Mental, os profissionais envolvidos no processo de
tratamento e por fim, mas não menos importante a luta diária do presidente da ACSMJV.
O contato com os usuários foi enriquecedor a respeito de superação e histórias de vida.
Verificamos como cada um enfrenta os obstáculos da vida em uma sociedade
preconceituosa.
Contudo, conclui-se que a organização deve investir na comunicação mais efetiva
com os públicos, além de uma gestão mais estruturada, a fim de concretizar a missão da
organização.
55
REFERÊNCIAS
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Relações públicas: perspectivas de comunicação. São Paulo: Atlas, 1972. p. 71.
DOMENEGHETTI, Ana Maria Martins de Souza. VOLUTARIADO Gestão de
Trabalho Voluntariado em Organizações Sem Fins Lucrativos. 2ª Edição. São
Paulo/SP: Editora Esfera, 2001
FRANÇA, Fábio. Conceituação lógica de públicos em relações públicas. In: Estudos
de Jornalismo e Relações Públicas. São Paulo: UMESP. n. 1, Jun. 2003.
FERRARI, Maria Aparecida. Novos Aportes das relações públicas para o século
XXI. In: Revista de Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo: Umesp., Ano
24, nº 39, 1º semestre/2003, pp. 53-65.
GRUNIG, James E; FERRARI, Maria Aparecida; FRANÇA, Fábio. Relações Públicas
teoria, contexto e relacionamentos. São Caetano do Sul- São Paulo: Difusão, 2009.
PAIVA, Raquel. O Espírito comum: comunidade, mídia e globalismo. Rio de
Janeiro, Vozes, 1998.
PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Relações Públicas, Movimentos Populares e
Transformação Social. Revista Brasileira de Comunicação, v.XVI, n. 2. São Paulo,
1993.
GESTÃO PESSOAS. Cultura e Comportamento Organizacional. Disponível em:
<http://gestaopessoas042010.blogspot.com.br/?m=1>. Acesso em 24 Nov. 2015
SAÚDE. Legislação mental. 2010. Disponível
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fev. 2014
SAÚDE. Publicações. 2014. Disponível
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12fev. 2014
SIMÕES, Roberto Porto. Relações Públicas e Micropolítica. 2º ed. São Paulo,
Summus, 2001.
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<http://www.uniabeu.edu.br/publica/index.php/RE/article/viewFile/26/pdf_23>. Acesso
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KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na
comunicação integrada. 2° ed. São Paulo, Summus. 2002.
KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na
comunicação integrada. 2° ed. São Paulo, Summus. 1989.
KUNSCH, Margarida M. K.; KUNSCH, Waldemar Luiz (orgs.). Relações públicas
comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São
Paulo: Summus, 2007.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de relações públicas na
comunicação integrada. 4. ed. rev. atual. e ampl. Sao Paulo: Summus, 2003.
58
APÊNDICES
APÊNDICE A: Questionário de Pesquisa-Grupo de discussão
Questões
• Como vocês acham que são vistos pela sociedade e como gostariam de serem
vistos?
• Quais tipos de preconceitos vocês já vivenciaram?
• Vocês consideram-se diferentes?
• De que maneira vocês acham que o preconceito pode ser enfrentado?
• Vocês já perderam alguma oportunidade de emprego devido ao preconceito?
• Quais propostas vocês nos dariam para desenvolver a conscientização na sociedade?
• De que forma a Associação juntos venceremos vem ajudando na construção da
história de vocês?
• O que vocês acham que poderia melhorar na Associação?
• O que vocês acham que podem fazer para melhorar a Associação?
• Quais motivos os levaram a participar da Associação?