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INSTITUTO AGRONÔMICO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUB-TROPICAL AVALIAÇÃO DA QUALIDADE TECNOLÓGICA DE GRÃOS DE FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris) CULTIVADOS EM DIFERANTES AMBIENTES ELIANA FRANCISCHINELLI PERINA Orientador: PqC. Dr. Sérgio Augusto Morais Carbonell Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia. Campinas, SP Abril, 2008

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INSTITUTO AGRONÔMICO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUB-TROPICAL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE TECNOLÓGICA DE GRÃOS DE FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris) CULTIVADOS EM

DIFERANTES AMBIENTES

ELIANA FRANCISCHINELLI PERINA

Orientador: PqC. Dr. Sérgio Augusto Morais Carbonell

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia.

Campinas, SP Abril, 2008

Ficha elaborada pela bibliotecária do Núcleo de Informação e Documentação do Instituto Agronômico P985a Perina, Eliana Francischinelli Avaliação da qualidade tecnológica de grãos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cultivados em diferentes ambientes/ Eliana Francischinelli Perina. Campinas, 2008. 150 fls. Orientador: Sérgio Augusto Morais Carbonell Dissertação (Mestrado) Agricultura Tropical e Subtropical Instituto Agronômico 1. Feijoeiro 2. Interação genótipo x ambiente 2. Valor protéico, I. Carbonell, Sérgio Augusto Morais II. Título

CDD. 635.35

Aos meus amados pais Claudimir e Sueli

que sempre me apóiam e me inspiram na

conquista de meus sonhos.

DEDICO

Ao meu noivo Leandro,

por se manter sempre compreensivo e paciente,

cuja presença e o apoio sempre foram indispensáveis.

Com todo amor e gratidão.

OFEREÇO

AGRADECIMENTOS

- A Deus pela regência de nossas vidas e conforto espiritual! - A minha família, que sempre me acompanham nas alegrias e tristezas, mas que,

principalmente, me trazem infinitamente o grande prazer de viver.

- Ao pesquisador e orientador, Dr. Sérgio Augusto Morais Carbonell, pela amizade e

ensinamentos durante todo curso e minha vida profissional;

- A pesquisadora e amiga Msc. Cássia Regina Limonta Carvalho, que mesmo não sendo

minha co-orientadora no papel eu a considero, pelos ensinamentos, apoio, amizade, e

grande atenção dispensada;

- Ao pesquisador Alisson Fernando Chiorato pelas sugestões, ensinamentos e auxílios nas

análises estatísticas;

- A todo o pessoal do Laboratório de Fitoquímica do IAC (Régia, Jefferson, Andressa, e

Taís), pela grande ajuda na elaboração das análises;

- Aos meus pais Sueli e Claudimir, por acreditarem na minha capacidade e por me

incentivarem a concluir este trabalho;

- Ao meu noivo Leandro Sabino Pereira, pelo companheirismo, amor, incentivo e

paciência, compartilhando todos os momentos alegres e difíceis no decorrer do curso;

- Ao querido amigo e companheiro de trabalho, João Guilherme, em especial, por tudo que fez

por mim. Pelo auxílio, conversas brincadeiras e angústias, e por ter compartilhado dos mais

inusitados\momentos na construção deste trabalho;

- A amiga Francine, pela amizade sincera e o carinho durante todo esse tempo;

- Ao amigo Thiago, pela amizade, paciência e colaboração para a realização deste trabalho;

- Aos colegas da PG-IAC, Eliel, Gustavo e Graziela, em especial, pela amizade sincera,

conselhos e pelo conforto nas horas difíceis;

- A todos os amigos que de forma direta e indireta auxiliaram na elaboração da dissertação.

Meus sinceros agradecimentos à Deniel, Silvia e Danielle;

- A todos os amigos que contribuem de forma singular para a felicidade e coragem para

enfrentar a jornada da vida;

- Aos professores da área de concentração em Melhoramento Vegetal da PG-IAC, pelos

ensinamentos e experiências, que com muita boa vontade nos foi transmitidos;

- Aos funcionários da PG-IAC, em especial á Adilza, Célia e Elizabeth, pelo auxílio no

decorrer do curso;

- A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste

trabalho.

“Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes

que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago

seja construído, é preciso que as árvores e os lagos

tenham nascido dentro da alma.

Quem não tem jardins por dentro,

não planta jardins por fora,

e nem passeia por ele...”

Rubem Alves

SUMÁRIO

ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................................... ix ÍNDICE DE FIGURA ......................................................................................................... xv ÍNDICE DE ANEXOS ........................................................................................................ xvi RESUMO ............................................................................................................................ xx ABSTRACT ........................................................................................................................ xxii 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 01 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 03 2. Aspectos Gerais da Cultura ............................................................................................. 03 2.2 Qualidade Tecnológica dos Grãos................................................................................. 05 2.2.1 Variabilidade genética na qualidade tecnológica dos grãos ....................................... 05 2.2.2 Controle genético da capacidade de cozimento.......................................................... 07 2.2.3 Fatores que afetam o tempo de cozimento ................................................................. 09 2.3 Composição Química dos Grãos ................................................................................... 10 2.3.1 Proteínas ..................................................................................................................... 11 2.3.2 Fibras alimentares....................................................................................................... 13 2.4 Qualidade Tecnológica, Valor Protéico e Interação Genótipo x Ambiente .................. 16 2.5 Adaptabilidade e Estabilidade Fenotípica ..................................................................... 20 2.6 Correlação entre Caracteres........................................................................................... 23 3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 24 3.1 Material Genético .......................................................................................................... 24 3.2 Ambientes Utilizados na Condução dos Ensaios .......................................................... 25 3.3 Determinação da Qualidade Tecnológica...................................................................... 26 3.3.1 Porcentagem de embebição de água antes do cozimento (Peanc).............................. 26 3.3.2 Porcentagem de embebição após cozimento (Peapc) ................................................. 27 3.3.3 Tempo médio de cozimento determinado pelo cozedor de Mattson (TC) ................. 27 3.3.4 Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI)............................................. 27 3.3.5 Determinação da taxa de expansão volumétrica dos grãos após cozimento (EV) ..... 28 3.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc) ...................................................................... 28 3.4 Determinação da Composição Química ........................................................................ 29 3.4.1 Teor de água dos grãos (T.A.G.) ................................................................................ 29 3.4.2 Teor de proteína bruta (PB) ........................................................................................ 29 3.4.3 Teor de fibra alimentar total (FAT), fibra insolúvel (FI) e fibra solúvel (FS) ........... 30 3.5 Análise Estatística dos Dados........................................................................................ 31 3.5.1 Análise de variância individual e conjunta................................................................. 31 3.5.2 Adaptabilidade e estabilidade: Lin & Binns modificado por Carneiro (1998) .......... 33 3.5.3 Análise multivariada da performance genotípica (CARNEIRO, 1998)..................... 35 3.5.4 Correlação entre caracteres: Pearson.......................................................................... 37 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 38 4.1 Qualidade Tecnológica: Análises de Variância Individual e Conjunta......................... 38 4.2 Teor de Proteína Bruta e Teor de Água dos Grãos: Análise de Variância Individua e Conjunta............................................................................................................................ 48 4.3 Qualidade Tecnológica: Adaptabilidade e Estabilidade................................................ 51 4.3.1 Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc)................................. 56 4.3.2 Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc).................................... 60 4.3.3 Tempo de cozimento (TC).......................................................................................... 64

4.3.4 Porcentagem de Grãos Inteiros (PGI)......................................................................... 69 4.3.5 Expansão volumétrica (EV)........................................................................................ 73 4.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc) ...................................................................... 77 4.4 Teor de Proteína Bruta e Teor de Água dos Grãos: Adaptabilidade e Estabilidade...... 81 4.4.1 Teor de proteína bruta (PB) ........................................................................................ 81 4.4.2 Teor de água dos grãos (T.A.G.) ................................................................................ 86 4.5 Análise Multivariada da Performance Genotípica (CARNEIRO, 1998) ...................... 89 4.6 Comparações entre as Análises Univariada e Multivariada .......................................... 92 4.7 Análise da Correlação entre Características Tecnológicas, Teor de Proteína Bruta, Teor de Água dos Grãos e Produtividade............................................................................ 95 4.8 Avaliações de Fibra Alimentar Total e suas Frações .................................................... 98 4.9 Considerações Finais ..................................................................................................... 103 5 CONCLUSÕES................................................................................................................ 104 6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 106

ix

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 Classificação das fibras alimentares de acordo com a solubilidade dos seus componentes em água. ................................................................14

Tabela 2 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro do tipo comercial carioca e preto – VCU 2005/2006/2007, no estado de São Paulo. .................................................................................................25

Tabela 3 Ambientes utilizados para a condução dos experimentos regionais

nas respectivas épocas de semeadura. .......................................................25

Tabela 4 Análise de variância individual. ................................................................32

Tabela 5 Análise de variância conjunta....................................................................32

Tabela 6 Pesos atribuídos para cada variável. ..........................................................37

Tabela 7 Resumo da análise de variância referente a época “das águas, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta, dos 19 genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo ..........................................................................................................39

Tabela 8 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) de 19 genótipos de feijoeiro referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 no estado de São Paulo ..........................................................................................................40

Tabela 9 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento(Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 ..................................................................................................46

x

Tabela 10 Valores médios do teor de proteína bruta (expressos em base seca) e do teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no Estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007.........................................................49

Tabela 11 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base nos índices ambientais (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” ....................................................................................................52

Tabela 12 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ..................................................................................................52

Tabela 13 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN & BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para produtividade média de grãos (kg.ha-1), de 19 genótipos de feijoeiro avaliados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ..............................................................................................53

Tabela 14 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” ..............................................................57

Tabela 15 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura .....................................................57

Tabela 16 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................58

xi

Tabela 17 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...............................................................61

Tabela 18 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura .....................................................61

Tabela 19 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................63

Tabela 20 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo

do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” .....................................................................................................65

Tabela 21 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ..................................................................................................65

Tabela 22 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para tempo de cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ...............66

Tabela 23 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”. .............................................................69

Tabela 24 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ....................................................70

xii

Tabela 25 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ................................................................................71

Tabela 26 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...........................................73

Tabela 27 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ...........................74

Tabela 28 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para expansão volumétrica, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ................75

Tabela 29 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para

sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...............................77

Tabela 30 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ............................78

Tabela 31 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para sólidos solúveis totais no caldo, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .........79

Tabela 32 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.......................................................81

Tabela 33 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura .....................................................82

xiii

Tabela 34 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de proteína bruta, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo..........83

Tabela 35 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grão, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...........................................86

Tabela 36 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ..................................................87

Tabela 37 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de água dos grãos, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo..........88

Tabela 38 Estimativas dos parâmetros de estabilidade multivariada para

condições geral (Pmi), favorável P(mif), desfavorável (Pmid) com suas classificações, segundo a metodologia de LIN e BINNS (1988), modificada por CARNEIRO (1998), para os ensaios de VCU de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ................................................................................90

Tabela 39 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................97

Tabela 40 Valores médios, em %, de fibra alimentar total, fibra insolúvel e fibra solúvel e tempo de cozimento (em min.) de 4 cultivares padrões do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) cultivados na época “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006, em diferentes localidades do Estado de São Paulo ..........................................................................................................100

xiv

Tabela 41 Valores médios gerais do tempo de cozimento (em minutos) e da fibra alimentar total, insolúvel e solúvel (em %) para cada um dos 4 cultivares padrões em relação aos 3 locais de cultivo e às épocas “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006 ..........................................................................................................101

Tabela 42 Matrizes de coeficientes de correlação de Pearson entre as porcentagens de teor de água dos grãos (T.G.A.), de sólidos solúveis totais no caldo (SSTc), proteína bruta (PB), fibra alimentar total (FT), fibra insolúvel (FI) e fibra solúvel (FS) e o tempo de cozimento dos grãos (TC, em min.) de 4 cultivares de feijoeiro avaliados: a) de forma conjunta, para 9 locais de cultivo e com 72 resultados para cada variável e b) separadamente, por época de cultivo (“águas” de 2005, “seca” de 2006 e “inverno” de 2006), para 3 locais de cultivo com 24 resultados para cada variável ......................................................................................................102

xv

ÍNDICE DE FIGURA

Figura 1 Valores de Fibra alimentar total (FT) versus tempo de cozimento (TC) dos grãos de feijoeiro cultivados em diferentes locais no Estado de São Paulo, nas épocas “das águas” de 2005 (amostras em preto), “da seca” de 2006 (amostras em laranja) e “de inverno” de 2006 (amostras em azul). ......................................................................101

xvi

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo 1 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005..........................................................115

Anexo 2 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006...........................................................117

Anexo 3 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006 .............................................................119

Anexo 4 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007 ..............................................................121

Anexo 5 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006.........................................................123

xvii

Anexo 6 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de

absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007.........................................................125

Anexo 7 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” dos anos de 2005 e 2006............................................127

Anexo 8 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de

absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” dos anos de 2006 e 2007 ...............................................128

Anexo 9 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” dos anos de 2006 e 2007 ..........................................129

Anexo 10 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005............................130

Anexo 11 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006............................131

xviii

Anexo 12 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006 ...............................132

Anexo 13 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007 ...............................133

Anexo 14 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006 .........................134

Anexo 15 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007 ..........................135

Anexo 16 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007.........................................136

Anexo 17 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro –

produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas” para o estado de São Paulo ........................................138

Anexo 18 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “da seca” para o estado de São Paulo............................................139

Anexo 19 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro –

produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “de inverno” para o estado de São Paulo ......................................140

Anexo 20 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................141

xix

Anexo 21 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2005............142

Anexo 22 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2006............143

Anexo 23 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2006 ...............144

Anexo 24 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2007 ...............145

Anexo 25 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2006 ..........146

Anexo 26 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2007 ..........147

Anexo 27 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” dos anos de 2005 e 2006 ...............................................................................................148

Anexo 28 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” dos anos de 2006 e 2007 ...........................................................................................................149

Anexo 29 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre

caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” dos anos de 2006 e 2007 ...............................................................................................150

xx

PERINA, Eliana Francischinelli. Qualidade tecnológica de grãos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cultivados em diferentes ambientes. 2008. 150f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.

RESUMO

Sob o ponto de vista nutricional, o feijão é um excelente alimento, pois apresenta

componentes e substâncias que torna o seu consumo vantajoso ao ser humano, sendo a

principal fonte de proteína na alimentação dos brasileiros. O feijão é um dos alimentos

produzidos em maior quantidade em todo território nacional, sendo intensa a busca por

cultivares que apresentem elevada produtividade, adaptadas ao local de cultivo e com

características culinárias e nutricionais desejáveis. Sabendo que a recomendação de uma

nova cultivar não se baseia em apenas uma única variável, o objetivo deste estudo foi

avaliar a estabilidade e a adaptabilidade de genótipos de feijoeiro, cultivados em

diferentes ambientes, por meio da análise multivariada da performance genotípica,

empregando-se os teores de água, o valor protéico e os parâmetros de qualidade

tecnológica dos grãos (porcentagem de absorção de água antes e após o cozimento,

tempo de cozimento, porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e sólidos

solúveis totais no caldo), em conjunto com a produtividade média dos genótipos

cultivados em diversos ambientes, visando identificar as linhagens e/ou cultivares mais

estáveis e adaptadas para o conjunto de caracteres de importância para a cadeia

produtiva do feijoeiro. Para tanto, foram avaliados 19 genótipos de feijoeiro

pertencentes aos ensaios de VCU (Valor de Cultivo e Uso) 2005/2006/2007 de grãos

dos grupos comerciais carioca e preto para o estado de São Paulo. Os resultados

individuais de adaptabilidade e estabilidade para o conjunto das três épocas de cultivo

reportaram a cultivar IAC-Alvorada como sendo estável, responsiva nos ambientes

favoráveis e tolerante nos desfavoráveis para o tempo de cozimento. A cultivar IAC-

Diplomata apresentou estabilidade e adaptabilidade nos ambientes favoráveis e

desfavoráveis para teor de proteína bruta dos grãos. Para a variável porcentagem de

embebição antes do cozimento, o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1 destacou-se por

apresentar estabilidade geral, responsividade aos ambientes favoráveis e tolerância aos

ambientes desfavoráveis. Pela análise multivariada , na época “das águas” o genótipo

BRS-Supremo foi estável, responsivo nos ambientes favoráveis e tolerantes nos

desfavoráveis. Apenas a cultivar IAC-Alvorada apresentou estabilidade e adaptabilidade

xxi

na época “da seca”. Na época “de inverno” as cultivares BRS-Supremo e IAC-

Diplomata foram consideradas estáveis e adaptadas nos ambientes favoráveis e

desfavoráveis. A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada

apresentaram estabilidade e adaptabilidade aos ambientes específicos (favoráveis e

desfavoráveis) para o conjunto dos anos de 2005/2006/2007. Por meio dos resultados

obtidos conclui-se que as análises de estabilidade e adaptabilidade univariada e

multivariada propostas por Carneiro (1998), baseadas em Lin e Binns (1988),

mostraram-se eficientes e simples para a avaliação do desempenho genotípico das

cultivares, além de apresentarem unicidade do parâmetro para estimar a adaptabilidade à

ambientes favoráveis e desfavoráveis, e simplicidade na interpretação dos resultados.

Além disso, a análise multivariada permitiu conhecer melhor o desempenho dos

genótipos para o conjunto de caracteres avaliados, constituindo-se em importante

ferramenta na recomendação de cultivares pelos programas de melhoramento.

Palavras-chave: interação genótipo x ambiente, valor protéico, características

culinárias e estabilidade

xxii

PERINA, Eliana Francischinelli. Technological quality of grains of bean (Phaseolus

vulgaris) grown in different environments. 2008. 150f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.

ABSTRACT

Under nutritional point of view, common bean is a great food because displays

components and substances that do its use beneficial, being the main protein source in

Brazilian meals. The common bean is one of the most produced foods in national

territory, thus the search for highly productive cultivars, adapted for different places and

with good culinary and nutritional properties is necessary. Knowing that the

recommendation of a new cultivar is not based on a only variable, the purpose of this

research was evaluate the stability and adaptability of the genotypes of common beans,

cultivated in different environments through multivariate analysis of the genotypic

performance employing up the water or just humidity in the grains, the value protein

and the technological parameters of quality (percentage of absorption of water before

and after the cooking, time of cooking, percentage of grains complete, volumetric

expansion and solid soluble totals into the broth), together with average of productivity

of the genotypes. However, 19 genotypes of common bean of the carioca and black

commercial group, belonging the testing of VCU (Cultivate Value and Using) of São

Paulo state have been evaluated in the crops of 2005/2006/2007.Adaptability and

stability individual results for the three times of cultivation report cultivar IAC-

Alvorada as stable, responsive in favorable environment and tolerant in unfavorable

environment for the cooking time. Cultivar IAC-Diplomata presented stability and

responsively in favorable environment and tolerance in unfavorable ones for the brute

protein percentage. For the absorption of water before cooking the genotype Gen

96A98-15-3-52-1 was highlighted by present stability and tolerance to the unfavorable

environment and responsive to favorable ones. By second method, in rainy season,

genotype BRS-Supremo was stable and responsive in favorable environment and

tolerant in unfavorable ones. Only IAC-Alvorada presented stability and adaptability in

dry season. In winter season, cultivars BRS-Supremo and IAC-Diplomata was

considered stables and adapted in favorable and unfavorable environments. Lineages

Gen 96A98-15-3-52-1 and IAC-Alvorada was classified as stable and adapted for

specific environments (favorable and unfavorable) for the years 2005/2006/2007. From

xxiii

the acquired results, it can be concluded that the univariate and multivariate adaptability

and stability analyses proposed by Carneiro (1998), based on Lin and Binns (1988),

were efficient and simple to perform the genotypic cultivars performance's assessement.

Also, it allows to estimate the adaptability parameter for favorable and unfavorable

environments with the simple interpretation of the results. Furthermore, the multivariate

analysis was helpful to achieve a better understanding about the genotypic's

performance for the assessed characters set and has proved itself a very important tool

for the recommendation of the news cultivars for the crops breeding.

Key-words: genotype x environment interaction, value protein, features culinary, stability.

1

1 INTRODUÇÃO

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) presente na dieta brasileira é um excelente

alimento sob o ponto de vista nutricional, pois fornece nutrientes essenciais ao ser

humano, como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B),

carboidratos, fibras e lisina que é um aminoácido essencial (MESQUITA et al., 2007).

Na alimentação dos brasileiros, o feijão é a principal fonte de proteína, seguido,

em importância, pela carne bovina e pelo arroz, os quais contribuem com 70% da

ingestão protéica. Além de ser uma cultura de grande expressão socioeconômica em

todo o território nacional devido à mão-de-obra que emprega durante o ciclo da cultura,

a importância alimentar do feijão se deve, especialmente, ao menor custo de sua

proteína em relação aos produtos de origem animal. Por essa razão, tal leguminosa faz

parte da dieta diária da população brasileira e, dessa maneira, é cultivada na maioria dos

estados brasileiros durante todos os meses do ano.

Para o desenvolvimento de novas cultivares para o mercado do agronegócio de

feijão, os programas de melhoramento visam obter variedades que apresentem elevada

produtividade de grãos, aliadas a resistência às pragas e doenças e com produção de

sementes de tamanho, forma, cor e brilho aceitáveis no mercado. Além disso, os grãos

de feijão devem possuir características culinárias desejáveis, como tempo de cozimento

reduzido, boa palatabilidade, textura macia do tegumento e capacidade de produzir

caldo claro e denso após o cozimento (MESQUITA et al., 2007). A redução do tempo

de cozimento é fator de grande importância, uma vez que, com o processo de

urbanização ocorrido nas ultimas décadas em nosso país, o crescimento do papel da

mulher no mercado de trabalho e a redução da disponibilidade de tempo para o preparo

da alimentação da família, acarretaram mudanças no hábito alimentar de parte da

população, que passaram a buscar produtos com alta conveniência e do tipo “fast food”,

sendo estes, fatores que contribuíram para a redução do consumo de feijão (RAMOS

JÚNIOR et al., 2005).

Atualmente existe uma crescente preocupação por parte dos melhoristas, em

relação aos aspectos nutricionais dos alimentos, ou seja, procuram obter um

melhoramento da qualidade nutricional de variedades quanto aos teores protéicos, de

minerais, vitaminas, substâncias antinutricionais, e outros princípios de interesse.

Considerando os graves problemas nutricionais das populações de países em

2

desenvolvimento, onde o feijão faz parte da base alimentar, a obtenção de cultivares

ricas em nutrientes representa uma importante estratégia para nutrir e manter a saúde da

população carente, contribuindo de maneira eficaz para a redução da má nutrição.

Há evidências de que as qualidades tecnológicas e nutricionais dos grãos de

feijão são determinadas pelo genótipo e influenciadas pelo ambiente durante o

crescimento da planta e desenvolvimento dos grãos. Assim, as condições locais

prevalecentes durante a obtenção dos grãos podem contribuir para a ocorrência de

interações genótipo x ambiente nas características tecnológicas e nutricionais do feijão.

O Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do Instituto Agronômico

(IAC) tem como meta desenvolver novas cultivares que possuam características

superiores as das variedades que ocupam atualmente o mercado. Por esse motivo, vem

buscando selecionar cultivares/linhagens que possuam alta produtividade, resistência a

doenças (antracnose, mancha angular) e qualidade tecnológica dos grãos,

principalmente em relação ao tempo de cozimento. Além dessas características já

estabelecidas, o ‘Programa-Feijão’ do IAC passou a visar também à identificação de

linhagens com alto teor de proteína e fibra alimentar, e a relação dessas com o ambiente,

de forma que possam auxiliar no processo de seleção de novas cultivares.

Sabendo que a recomendação de uma nova cultivar não se baseia em apenas uma

única variável, o objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade e adaptabilidade de

genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes, por meio da análise

multivariada da performance genotípica. Para tanto foram avaliados os parâmetros de

qualidade tecnológica dos grãos (porcentagem de absorção de água antes e após o

cozimento, tempo de cozimento, porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e

sólidos solúveis totais no caldo), o teor de água e o valor protéico dos grãos em

conjunto com a produtividade média dos genótipos cultivados em diversos ambientes,

visando identificar as linhagens e/ou cultivares mais estáveis e adaptadas para o

conjunto de caracteres de importância para a cadeia produtiva do feijoeiro.

3

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Aspectos Gerais da Cultura

O feijoeiro (Phaseolus vulgaris) apresenta três centros primários de diversidade

genética: o mesoamericano, que se estende desde o sudeste dos Estados Unidos até o

Panamá; o sul dos Andes, que abrange desde o norte do Peru até as províncias do

noroeste da Argentina; e o norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e Venezuela

até o norte do Peru. Além destes três centros primários, possui ainda outros centros

secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África (EMBRAPA, 2007).

O feijão é uma espécie pertencente á família Leguminosae, sub-família

Papilionoidae, gênero Phaseolus, e classificado como Phaseolus vulgaris L. (SANTOS

& GAVILANES, 1998). È uma planta predominantemente autógama, ou seja, se

reproduz predominantemente por autofecundação, de ciclo anual de dias curtos e baixas

altitudes, encontrado nas mais diversas condições em vários países do mundo (RIOS et.

al., 2002). Sua classificação é feita em dois grupos, considerando o gênero ou espécie:

Grupo I- feijão Anão (comum), da espécie Phaseolus vulgaris; Grupo II- feijão de

Corda, do gênero Vigna (MESQUITA,2005). Sendo o feijoeiro comum (Phaseolus

vulgaris L.) a espécie mais cultivada no gênero Phaseolus, que ainda inclui P.

coccineus, P. acutifolius, P. lunatus. Dentre todas as espécies, o feijoeiro comum

representa 95% do consumo nacional (RODRIGUES, 2004)

O cultivo do feijão ocorre em mais de 100 países, porém o Brasil e a Índia, que

juntos respondem por mais de 33% da colheita global, dominam a produção mundial. O

Brasil é o maior produtor e consumidor mundial, com uma área total semeada de

4.168.300 ha, e uma produção de 3,6 milhões de toneladas na safra 2006/2007, segundo

dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2007). A Índia (3,0 milhões

de toneladas) e a China (1,9 milhão de toneladas) ocupam, respectivamente, o segundo e

o terceiro lugar, permanecendo o quarto lugar por conta de Mianmar (ex-Birmânia).

Atualmente o consumo per capita de feijão não ultrapassa 16,3 Kg.ano-1 por habitante,

segundo WANDER (2006).

No Brasil, o cultivo e a colheita do feijoeiro concentram-se em três épocas

tradicionais: época “das águas”, com a semeadura efetuada entre agosto/setembro;

época “da seca”, com semeadura nos meses de janeiro/fevereiro e o cultivo “de

inverno”, semeado em abril/maio. O feijão pode ser produzido em praticamente todo

território nacional, porém os maiores Estados produtores são: Paraná com 22% da

4

produção nacional, Minas Gerais (15%), Bahia (10%), São Paulo (8%), Goiás (8%) e

Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e Pará, que juntos contribuem

com 30% da produção nacional (CONAB, 2007).

No estado de São Paulo, um dos principais produtores de feijão, algumas regiões

apresentam até três colheitas anuais, segundo o zoneamento agrícola da cultura para o

estado, em um sistema quase contínuo de plantio. Na safra de 2006/2007 para o estado

de São Paulo, o cultivo “das águas” (1a safra) apresentou uma produção de 162.000

toneladas (rendimento médio de 1.812 kg.ha-1) em uma área total de 89.400 ha; o

cultivo “da seca” (2a safra) ocupou uma área de 43.800 ha, com uma produção de

56.500 toneladas e produtividade média de 1.290 kg.ha-1, e o cultivo “de inverno” (3a

safra), com área de 59.100 ha, uma produção de 95.400 toneladas, apresentando

produtividade média de 1.615 kg.ha-1 (CONAB, 2007).

A cultura do feijoeiro tem enorme importância social e econômica, em razão de

ser cultivada em todo o território nacional, apresentando o mais alto nível de

variabilidade quanto à cor, tamanho e forma de grãos e devido à mão-de-obra que

emprega durante o ciclo da cultura. No Brasil, há um enorme contraste nos sistemas de

produção utilizados. De um lado estão pequenos produtores, que não utilizam práticas

adequadas de cultivo e reutilizam os grãos colhidos como sementes por várias gerações.

No extremo oposto estão produtores rurais que cultivam o feijoeiro em grandes áreas

sob irrigação e adotam todas as tecnologias disponíveis (MESQUITA, 2005).

Devido a grande diversidade e preferências dos consumidores quanto ao tipo,

inúmeras linhagens de feijoeiro são cultivadas no Brasil. A exigência de mercado

quanto à cor e ao tipo de grão é variável de região para região, por isso, é natural que

certas áreas se especializem na produção de feijões de determinados tamanhos, formas,

cores e brilhos, obedecendo às exigências do mercado local. Por exemplo, no Rio

Grande do Sul, em certas regiões de Santa Catarina e Paraná, Rio de Janeiro e Espírito

Santo, a preferência é pelo tipo comercial preto. Em São Paulo predomina o consumo de

grãos do tipo comercial carioca e em algumas regiões de Minas Gerais, as preferências

são pelos feijões de cor, principalmente, os de tipo mulatinho, roxinho, rosinha e pardo

(MOURA, 1998).

5

2.2 Qualidade Tecnológica dos Grãos

A busca por cultivares de feijoeiro que apresentem características tecnológicas

dos grãos com qualidade é de grande importância dentro dos programas de

melhoramento genético e para a cadeia produtiva, uma vez que o feijão é consumido por

todas as classes sociais brasileiras. Portanto, para uma nova cultivar ser bem aceita, esta

deve atender inicialmente as exigências dos consumidores, caso contrário ela não terá

condições de ser comercializada. Para os consumidores interessam apenas aspectos

relacionados com os grãos, como cor, tamanho, forma e qualidade culinária (rápida

hidratação, baixo tempo de cozimento, caldo espesso, bom sabor e textura, grãos

moderadamente rachados, casca delgada e boa estabilidade de cor) (BASSINELLO et

al., 2003).

A partir de 1999, de acordo com a Portaria 294 de 14/10/98, testes de qualidade

tecnológica passaram a ser exigidos no momento de registro de uma nova cultivar de

feijão junto ao Registro Nacional de Cultivares (RNC), do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (MAPA), para sua inscrição no sistema de comercialização

de sementes no Brasil (BRASIL, 1998). Atualmente, os principais parâmetros

relacionados com a qualidade dos grãos e exigidos pela portaria do MAPA estão a

determinação do tempo de cozimento e do teor de proteína dos genótipos que estejam

inseridos nos experimentos de Valor de Cultivo e Uso (VCU).

A avaliação do tempo de cozimento é fator determinante para a aceitação de uma

cultivar pelos consumidores, pois a disponibilidade de tempo para o preparo das

refeições é, muitas vezes, restrita (RODRIGUES et al., 2004). Além disso, o cozimento

é indispensável para o consumo dos grãos de feijão devido à inativação de fatores

antinutricionais e por conferir maciez e textura adequada à preferência dos

consumidores. Períodos prolongados de cozimento devem ser evitados, pois ocasionam

mudanças estruturais em nível celular, provocando perda de nutrientes (RIBEIRO et al.,

2007).

2.2.1 Variabilidade genética na qualidade tecnológica dos grãos

Para que um programa de melhoramento possa ter sucesso com a seleção de

determinado genótipo, é necessário, além de outros fatores, que a característica a ser

avaliada tenha variabilidade genética suficiente para que os ganhos com a seleção sejam

significativos. Dessa maneira, o progresso na melhoria para o tempo de cozimento é

proporcional à quantidade de variabilidade genética na população. Contudo, na

6

literatura científica, tem sido constatada a variabilidade genética para esta característica

em feijão, com valores entre 15 a 20 minutos (RODRIGUES et al., 2005b), de 15 a 25

minutos (LEMOS et al., 2004), de 18 a 25 minutos (CARBONELL et al., 2003), de 21 a

40 minutos (RODRIGUES et al., 2005a), de 22 a 139 minutos (RIBEIRO et al., 2005),

de 25 a 42 minutos (DALLA CORTE et al., 2003) e de 35 a 45 minutos (RAMOS

JUNIOR et al., 2005).

Para avaliação da variabilidade genética é necessária a caracterização de uma

grande quantidade de acessos do banco de germoplasma (PAULA, 2004).

Estudando a qualidade tecnológica de genitores de grãos tipo carioca e preto,

utilizados no Programa de Melhoramento da Universidade Federal de Viçosa (UFV),

CARNEIRO et al. (1999a), verificaram alta variabilidade genética entre os genitores

carioca para o tempo de cozimento com destaque para os materiais: IAC-Carioca Aruã,

Pérola, Porto Real, LM96107779, AN910522, 4220333 e 290058. No grupo preto, os

genitores que se destacaram foram: Meia–noite, AN9310743 e CB733780.

Com o objetivo de acessar a variabilidade genética existente para tempo de

cozimento entre vários cultivares de feijão que possuíam alta produtividade, resistência

a doenças e ainda possuíam aceitabilidade pelo consumidor, foi conduzido um

experimento por ELIA et al. (1995), citado por PAULA (2004), onde foram usados oito

genótipos, os quais foram avaliados quanto ao tempo de cozimento, absorção de água e

conteúdo de proteína. Nesse trabalho foi observado que existe diferença significativa no

tempo de cozimento entre as cultivares, evidenciando a existência de uma grande

variabilidade entre as linhagens de cozimento rápido e cozimento demorado, sugerindo

que elas podem ser usadas em futuros programas de melhoramento (PAULA, 2004).

COSTA et al. (2001) avaliaram a variabilidade genética para a absorção de água

em 100 linhagens do Banco de Germoplasma de feijão da Universidade Federal de

Lavras (UFLA), como indicativo do tempo de cozimento, cujas sementes permaneceram

em embebição por quatro horas, sendo logo após esse período estimada a porcentagem

de água absorvida. Constatou-se ampla variação na capacidade de absorção de água das

linhagens do Banco de Germoplasma, destacando-se como as de maior absorção: IAC

Aruã, CI-107 e Ouro Negro, e com menor absorção: G 2333, Amarelinho e Carioca 80.

RIBEIRO e colaboradores (2003) avaliaram o tempo de cozimento de 225

linhagens de feijoeiro de diferentes grupos comerciais. Os tratamentos consistiram de 98

linhagens do grupo preto e 127 de cor (carioca, branco, manteiga e outros). Usaram-se

linhagens e cultivares provenientes de diversos programas de melhoramento do país,

7

que constituem parte do Banco de Germoplasma de Feijão da Universidade Federal de

Santa Maria, RS. Os resultados obtidos evidenciaram que existe grande variabilidade

genética para absorção de água e, conseqüentemente, para o tempo de cozimento dos

grãos. Com base nestes resultados pode-se concluir que linhagens desenvolvidas nos

diferentes programas de melhoramento ainda apresentam diferenças genéticas que

podem ser consideradas. A existência de variabilidade genética para absorção de água

pelos grãos de feijão sugere que a seleção para esse caráter pode ser útil para

identificação precoce de linhagens com maiores facilidades de cozimento, desde que

seja padronizada a metodologia para identificação rápida e eficiente da percentagem de

absorção de água pelos grãos (PAULA, 2004).

Avaliações realizadas por CARNEIRO et al. (1999a), para determinação da

qualidade tecnológica, demonstraram alta variabilidade genética entre os genitores

carioca e preto para o tempo de cocção. Os autores também relataram que os teores de

sólidos solúveis totais no caldo de cozimento variaram de 6,71% a 11,87% nos grãos

tipo carioca e de 8,00% a 14,52% nos grãos de tegumento preto. A porcentagem de

casca variou de 9,53 a 15,49 no carioca e de 8,81 a 12,61 no preto. Em pesquisa

semelhante, CARNEIRO e colaboradores (1999b) avaliaram linhagens provenientes de

ensaio nacional de feijão preto e carioca, para tempo de cocção, porcentagem de sólidos

solúveis totais e de casca. Os resultados obtidos pelos autores mostraram a existência de

alta variabilidade genética para todos os caracteres avaliados.

2.2.2 Controle genético da capacidade de cozimento

Na literatura, há vários relatos sobre a existência de variação genética

significativa para tempo de cozimento e absorção de água (SOUSA, 2003). No entanto,

encontramos poucos trabalhos científicos relacionados com o controle genético desses

caracteres. Um dos trabalhos mais completos realizados a esse respeito foi o de ELIA et

al. (1996) citado por PAULA (2004). Eles utilizaram dezesseis linhagens de feijão

diferindo na capacidade de absorção de água, tanino e no tempo de cozimento. As

linhagens foram intercruzadas usando o delineamento II da Carolina do Norte. Chama a

atenção que a variância genética influenciando essas características foi

predominantemente do tipo aditiva. O grau de dominância indicou que a expressão das

características é governada por genes com dominância parcial. Os valores das

estimativas da herdabilidade foram altos, indicando que o ambiente teve pequeno efeito

na expressão desses caracteres, possibilitando um maior sucesso com a seleção.

8

Estimativas da herdabilidade para o caráter absorção de água têm sido obtidas

em alguns trabalhos. COSTA et al. (2001), por exemplo, obtiveram herdabilidade de

0,98, o que indica que o caráter é de fácil seleção, possibilitando um maior sucesso. Os

autores constataram que o grau médio de dominância foi diferente de zero, indicando a

existência de interação alélica de dominância no controle de todos os caracteres.

Sabendo da importância do tempo de cozimento na aceitação de uma cultivar,

BELICUAS et al. (2002) estudaram o controle genético da capacidade de cozimento dos

grãos de feijão do banco de germoplasma da UFLA. Os autores observaram que houve

uma ampla variação no tempo de cocção dos grãos das famílias e que as estimativas dos

valores de herdabilidade foram maiores que 65%, favorecendo a seleção de famílias

com menor tempo de cozimento.

JACINTO-HERNANDEZ et al. (2003) avaliaram 104 linhagens originadas do

cruzamento biparental entre linhagens contrastantes para o tempo de cozimento. Estas

104 linhagens foram avançadas até as gerações F6, F7, F8 e, juntamente com os pais,

foram avaliadas quanto à capacidade de cozimento. Em todas as gerações avaliadas, a

distribuição de freqüência foi contínua e a favor do genitor com menor tempo de

cozimento. Essa distribuição indica que a característica de capacidade de cozimento é

oligogênica (controlada por poucos genes). A magnitude da herdabilidade também foi

considerada alta (74%), uma vez que, valores de herdabilidade maiores que 50% são

considerados altos, permitindo maior sucesso com a seleção em programas de

melhoramento (PAULA, 2004).

SILVA & SANTOS (2005), sabendo que a capacidade de cozimento é

controlada geneticamente, é afetada pelas diferenças entre as linhagens e, ainda, sofre

influência do ambiente, realizaram um trabalho para obter mais informações sobre o

controle genético desse caráter. Os autores realizaram cruzamentos entre os genitores

Amarelinho e CI-107, para obtenção de uma população segregante. A estimativa de

herdabilidade encontrada foi de 68,58%, devido a acentuadas diferenças entre os tempos

de cozimento das famílias obtidas do cruzamento. Em relação ao número de genes

constatou-se que apenas um é responsável pelo controle desse caráter. Através desses

resultados os autores concluíram que houve ampla variação genética para o tempo de

cozimento, o que possibilita ganho acentuado com a seleção e que, apenas um gene

explica a maior parte dessa variação.

9

2.2.3 Fatores que afetam o tempo de cozimento

Devido à mudança da estrutura social, dos hábitos alimentares e a falta de tempo

da vida moderna, o menor tempo de cozimento no preparo do feijão torna-se um fator

determinante para o consumo. A preferência do consumidor brasileiro é pelo grão recém

colhido, uma vez que a qualidade do feijão é afetada no decorrer do tempo de

armazenamento (ESTEVES et al., 2002).

Segundo SOUSA (2003), durante o armazenamento dos grãos de feijão, ocorrem

algumas alterações químicas e/ou estruturais que levam a depreciação da qualidade

geral e do valor nutritivo do produto. Essa perda de qualidade caracteriza-se por

mudanças no sabor, escurecimento do tegumento dos grãos - em algumas cultivares - e

o aumento no grau de dureza dos grãos, o que resulta em acréscimos no tempo de

cozimento.

O endurecimento dos grãos de feijão tem sido atribuído à ação de polifenóis, por

meio de dois mecanismos: polimerização na casca ou pela lignificação dos cotilédones,

ambos influenciando na capacidade de absorção de água pelos grãos, em que o primeiro

dificulta a penetração de água e o segundo, limitando a capacidade de hidratação

(RIBEIRO et al., 2007).

A lignina é uma substância orgânica de natureza complexa, impermeável à água,

muito resistente à pressão e pouco elástica. Os teores de lignina em feijões variam de

8,4 g/100g a 13 g/100g de matéria seca, sendo que os teores em feijões armazenados são

mais elevados do que em feijões novos (PAULA, 2004).

Segundo SOUSA (2003), a absorção de água pela semente é um processo físico

e varia de acordo com a permeabilidade do tegumento (espessura e composição do

tegumento), temperatura (dentro de determinados limites, a absorção aumenta com a

temperatura), composição química (sementes ricas em proteínas, geralmente absorvem

água mais rapidamente que sementes ricas em amido) e condições fisiológicas (as

sementes imaturas e mais deterioradas absorvem água com maior velocidade, isso está

associado à maior desestruturação das membranas nessas sementes). Fatores genéticos

também afetam a capacidade de hidratação, pois interação cultivares x tempo de

embebição foi constatada em diversos trabalhos encontrados na literatura

(RODRIGUES et al., 2004).

A resistência ao cozimento é causada por diferentes tipos de dureza dos grãos.

Assim, o termo “hardshell” (casca dura) é uma condição em que sementes maduras e

secas não absorvem água dentro de um período razoavelmente longo quando

10

umedecidas (LEMOS et al., 1996). E o termo “hard-to-cook” (difícil de cozinhar) é

usado para descrever uma condição em que as sementes requerem um tempo de

cozimento prolongado para amolecerem, ou não amolecem, mesmo depois de um

cozimento prolongado em água fervente. O termo “hardshell” caracteriza a

impermeabilidade do tegumento à água e “hard-to-cook” está associado ao não-

amolecimento do cotilédone durante a cocção, mesmo que a semente absorva água

(BOURNE, 1967; VINDIOLA et al., 1986).

A ocorrência de “hardshell” é favorecida quando o armazenamento é realizado

em temperaturas altas e em baixa umidade relativa do ar e “hard-to-cook” ocorre,

especialmente, em condições de armazenamento em alta temperatura e alta umidade

relativa do ar (KIGEL, 1999). Com isso, a perda de qualidade durante o armazenamento

manifesta-se pelo aumento no grau de dureza do feijão, aumentando de forma

significativa o tempo necessário para o cozimento, além de alterar o sabor, e provocar o

escurecimento do tegumento em algumas cultivares (RIOS et al., 2002).

2.3 Composição Química dos Grãos

Segundo MESQUITA (2005), a composição química do feijão varia de acordo

com o local de semeadura, fatores ambientais e com o cultivar. Em média, o conteúdo

de proteínas situa-se entre 20% e 22%; carboidratos entre 58% e 62%; cinzas entre

3,5% e 3,8%; lipídeos entre 1,2% e 1,3% e fibra alimentar entre 18% e 22%, segundo a

Tabela Brasileira de Composição de Alimentos publicada pelo NEPA/UNICAMP

(TACO, 2006).

Sob o ponto de vista nutricional, o feijão apresenta substâncias que tornam o seu

consumo vantajoso, entre os quais, possui conteúdo protéico relativamente alto e teores

elevados de lisina, que exercem efeitos complementares às proteínas dos cereais; fibra

alimentar, com seus reconhecidos efeitos hipocolesterolêmico e hipoglicêmico; alto

conteúdo de carboidratos complexos e presença de vitaminas do complexo B. Por outro

lado, o feijão apresenta alguns problemas nutricionais como a baixa digestibilidade

protéica, conteúdo reduzido de aminoácidos sulfurados, a presença de fatores

antinutricionais e a baixa disponibilidade de minerais (LAJOLO et al., 1996).

A qualidade nutricional do feijão está relacionada com o perfil de aminoácidos e

o grau de digestibilidade, além de ser influenciada pela quantidade e qualidade de outras

proteínas consumidas juntamente com as proteínas do feijão, como o arroz (NIELSEN,

1993). Assim, a mistura dos dois tipos de alimentos, feijão e arroz, em proporções

11

adequadas, resultam numa complementação de proteínas de melhor valor biológico. Do

ponto de vista nutricional, um aspecto importante é o aumento da qualidade protéica de

dietas mistas contendo feijões e cereais, tais como arroz e milho, em decorrência do

efeito complementar entre o alto teor de lisina no feijão e os aminoácidos sulfurados dos

cereais (metionina, cisteína e cistina) (GAZZOLA, 1992). O hábito da população

brasileira de ingerir arroz com feijão em proporções adequadas, resulta num alimento

com teor protéico de alto valor biológico, próximo aos das proteínas de origem animal

(BRESSANI, 1989).

Em função da sua composição, o feijão proporciona vários benefícios à saúde,

sendo indicado na prevenção e no tratamento de várias doenças, tais como: distúrbios

cardíacos, diabetes, obesidade e câncer. Os feijões são alimentos que preenchem as

principais recomendações dietéticas para a boa saúde: aumento do consumo de fibras,

amido e outros carboidratos complexos e diminuição no consumo de lipídios e sódio.

Assim, as principais instituições internacionais de apoio e promoção à saúde indicam a

ingestão diária de uma ou mais porções de feijão (MOURA et al., 2005).

2.3.1 Proteínas

As proteínas são construídas a partir da união de seus aminoácidos. São cerca de

200 presentes na natureza, mas apenas 21 são metabolizados pelo organismo humano.

Entre estes, há oito que o nosso organismo não é capaz de sintetizar, são os chamados

aminoácidos essências, e por isso, devem ser consumidos por meio da nossa dieta. Os

outros 13 aminoácidos produzidos pelo nosso organismo são chamados de não

essenciais (alanina, arginina, ácido aspártico, aspargina, ácido glutâmico, cistina,

cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina). Os aminoácidos

essenciais são: leucina, isoleucina, valina, triptofano, metionina, fenilalanina, treonina e

lisina (BOA SAÚDE, 2007).

Dentre as fontes de proteínas de alto valor biológico, ou seja, aquelas que

contêm todos os aminoácidos essenciais em quantidades e proporções ideais para

atender às necessidades orgânicas estão os ovos, o leite, a carne, o peixe e as aves. Os

alimentos de alta qualidade protéica são essencialmente de origem animal, enquanto que

a maioria das proteínas vegetais (lentilhas, feijões, ervilhas, soja, etc) é incompleta em

termos de conteúdo protéico e, portanto, possuem valor biológico relativamente menor.

Entretanto, convém compreender que todos os aminoácidos essenciais podem ser

obtidos, diversificando-se o consumo de alimentos (BOA SAÚDE, 2007).

12

Apesar de ser uma importante fonte protéica, devido à concentração elevada de

lisina, o feijão apresenta baixo valor biológico quando consumido isoladamente. Isso se

deve tanto à baixa digestibilidade quanto ao reduzido teor e biodisponibilidade de

aminoácidos sulfurados, principalmente a metionina. Contudo, essa deficiência é

suprida pelo consumo dessa leguminosa com alguns cereais, especialmente o arroz, que,

quando consumido junto com o feijão fornece todos os aminoácidos essenciais

necessários, uma vez que os cereais são pobres em lisina, porém ricos em aminoácidos

sulfurados, principalmente a metionina (RODRIGUES, 2004).

Diante desses fatos, torna-se importante o conhecimento da variabilidade

genética para teores de proteína em germoplasma elite brasileiro, para formação de

grupos dissimilares, permitindo dessa forma a identificação de acessos semelhantes e o

planejamento das melhores combinações híbridas a serem obtidas para o

desenvolvimento de germoplasma (RIBEIRO et al., 2005).

Na literatura tem sido relatada a presença de variabilidade genética para teor de

proteína em grãos de feijão, com valores compreendidos entre 18 e 30% de proteína

bruta (LONDERO, 2005). Também, há relatos de que cultivares de feijão do grupo

comercial preto apresentam maior teor médio de proteína bruta nos grãos (RAMOS

JÚNIOR et al., 2002; RAMOS JÚNIOR & LEMOS, 2002).

Estudos realizados por RIBEIRO et al. (2005), para identificar quais as melhores

combinações híbridas para o desenvolvimento de populações segregantes com melhor

qualidade nutricional, mostram que existe variabilidade genética para teor de proteína

em grãos de feijão dos grupos comerciais, preto e carioca. Os autores constataram que o

teor de proteína bruta dos genótipos avaliados variou de 19,30 a 30,62% para feijões do

grupo preto, e de 19,49 a 28,27% para grãos tipo carioca.

Acredita-se que o controle genético do teor de proteína em feijão seja exercido

por dois ou quatro genes e estimativas de herdabilidade, no sentido amplo, foram

encontradas variando de 30% a 64%, indicando forte efeito da variância ambiental

(LELEJI et al., 1972). Entretanto, foi observada mais recentemente herdabilidade no

sentido amplo de 88%, o que representa pouco efeito ambiental para essa característica

(ELIA et al., 1996, citado por LONDERO, 2005). Os resultados conflitantes

encontrados na literatura sugerem a necessidade de um melhor entendimento dos efeitos

genéticos, ambientais e da interação desses sob essa característica, uma vez que efeitos

significativos da interação genótipo x ambiente têm sido relatados para teor de proteína

em feijão (LEMOS et al., 1996; DALLA CORTE et al., 2003).

13

Sabendo da existência de variabilidade genética para o teor de proteína e da

importância desta, para que se possa exercer pressão de seleção artificial e obter ganho

de seleção, LONDERO et al. (2006) desenvolveram um trabalho para determinar os

parâmetros genéticos do teor de proteína dos grãos de feijão. Os resultados obtidos

pelos autores mostraram que algumas combinações apresentaram alta herdabilidade no

sentido amplo (61,86% a 83,43%) e maior ganho de seleção (4,27% a 6,75%).

O trabalho conduzido por LEÃO et al. (2005), objetivou avaliar o teor de

proteína em 106 genótipos F2:3, derivados do cruzamento de CNFC 7812 X CNFC

8056. Os genitores selecionados eram contrastantes em relação ao teor de proteína,

sendo que o CNFC 7812 continha 24%, e o CNFC 8056 com 19%. Os resultados

obtidos mostraram que o teor de proteína entre os genitores foi de 21,6%, entretanto, na

população segregante foram encontrados genótipos com até 29,23% de proteína. Com

base nos resultados, os autores sugeriram que a interação alélica aditiva é predominante

para a característica avaliada. Isso porque a média dos indivíduos F2:3 foram iguais à

média dos pais, e também por encontrar indivíduos com desempenho superior ao teor de

proteína encontrado no genitor com teor mais elevado.

2.3.2 Fibras alimentares

As fibras alimentares constituem uma complexa mistura de diferentes tipos de

polissacarídeos e de lignina, além de outras substâncias associadas, sendo ainda,

resistentes à hidrólise pelas enzimas alimentares do trato digestivo humano. Mas, partes

delas, fermentáveis pela microflora intestinal, proporcionam efeitos benéficos à saúde

(GREGÓRIO et al., 2001; COSTA, 2005).

Na maior parte, as fibras alimentares, derivam das paredes celulares das plantas

e, segundo COSTA (2005), podem ser classificadas conforme suas hidrossolubilidades,

viscosidades, capacidades de retenção de água e ligações aos minerais e moléculas

orgânicas. A principal característica para a classificação da fibra alimentar baseia-se na

solubilidade de seus componentes em água (Tabela 1); dessa forma são agrupadas em

fibras solúveis – pectinas, gomas, mucilagens e hemicelulose tipo A e em insolúveis –

celulose, lignina, hemicelulose tipo B.

14

Tabela 1. Classificação das fibras alimentares de acordo com a solubilidade dos seus componentes em água.

Fibras Insolúveis (Não hidrossolúveis)

Lignina Celulose Hemicelulose – tipo B

FIBRAS

Fibras Solúveis (Hidrossolúveis)

Hemicelulose – tipo A Pectinas Gomas Mucilagens

Adaptado de Roberfroid (1993), citado por COSTA (2005).

As fibras dos alimentos contêm uma mistura de componentes insolúveis e

solúveis em proporção variada. As fibras solúveis estão presentes em alimentos, tais

como: aveia, cevada, farelo de arroz, milho, legumes, verduras e frutas, e por serem

dissolvidas em água formando géis, facilitam a digestão. Essas fibras diminuem a

velocidade de esvaziamento gástrico, proporcionando diversos benefícios ao corpo

humano, pois ajudam na diminuição do colesterol, na redução de doenças

cardiovasculares e interferem no ritmo de absorção da glicose, ajudando dessa forma no

controle da diabetes mellitus. Já as fibras insolúveis estão presentes nos cereais, trigo,

pães, milho, feijão, soja, lentilhas e em vários frutos e vegetais; como efeitos

fisiológicos, aceleram o tempo de trânsito intestinal, aumentam o peso das fezes,

auxiliando na prevenção de doenças do trato gastrointestinal (GUTKOSKI &

TROMBETTA, 1999; GREGÓRIO et al., 2001).

As sementes de leguminosas contêm mais fibras do que os cereais e são fontes

melhores de fibra solúvel. O feijão seco é um dos poucos alimentos que possui conteúdo

balanceado de ambas as frações de fibra (HUGHES, 1991), o que torna o seu consumo

vantajoso para a saúde humana.

Não existe um método analítico único que dose separadamente todos os

componentes das fibras alimentares. Atualmente, vários métodos e técnicas continuam

sendo testados e melhorados, com o propósito de aumentar sua precisão, rapidez,

robustez e diminuir os custos das análises. No momento, o método enzimático-

gravimétrico é a metodologia mais aceita pela comunidade científica e pelos órgãos

regulatórios de alimentos, sendo adotado pelo Ministério da Saúde para rotulagem de

alimentos.

Pela literatura científica observa-se que muitos trabalhos ainda empregam o

método de fibra bruta para determinar o teor de fibras na caracterização de cultivares de

15

feijão (ANTUNES et al., 1995; RIBEIRO et al., 2005). Porém ao estimar as fibras por

meio deste método, uma porção significativa da fibra alimentar total não será

considerada, uma vez que o método determina apenas uma fração das fibras (celulose,

hemicelulose e lignina), enquanto que as pectinas, mucilagens e gomas são perdidas

(CAVALCANTI, 1989).

As fibras alimentares constituem a soma de polissacarídeos e de lignina que não

são digeridos pelas enzimas endógenas no trato gastrointestinal humano, enquanto que

fibra bruta refere-se ao resíduo obtido após a digestão de ácidos e álcalis determinado

em laboratório. Assim, o método enzimático-gravimétrico que quantifica o teor de fibra

alimentar total e as suas frações (solúvel e insolúvel) é o mais adequado, por simular o

processo de digestão humana.

Para o melhoramento genético, o desenvolvimento de genótipos com teores

diferenciados de fibra solúvel e insolúvel, para tornar o feijão um alimento funcional, de

alta qualidade e com maiores benefícios à saúde da população é um grande desafio

(LONDERO et al., 2006).

Os conteúdos de fibra alimentar e de suas frações presentes no germoplasma de

diferentes grupos comerciais de feijão apresentam valores diferenciados. Assim,

ACEVEDO & BRESSANI (1990), BECKER et al. (1986), CRUZ et al. (2004) e

OLIVEIRA et al. (1999) observaram em grãos de feijão do grupo de cor (branco,

vermelho, roxo, mulatinho e carioca) valores compreendidos entre 15,6 a 38,2% de fibra

alimentar (FA), 7,5 a 34,7% de fibra insolúvel (FI) e 1,8 a 10,2% de fibra solúvel (FS).

Em grãos de feijão do grupo preto foram constatados teores de 26,8 a 37,3% de FA,

22,6 a 34,2% de FI e de 2,2 a 6,1% de FS (ACEVEDO & BRESSANI, 1990; CRUZ et

al., 2004).

Há evidências de que maiores teores de fibra alimentar podem ser encontrados

em feijões de cor. Ao avaliarem 11 cultivares de diferentes grupos comerciais, SOARES

et al. (1996) constataram que a ‘Safira’ (tipo Roxo) apresentou o maior percentual de

fibra alimentar total (15,75%), sendo seguida da ‘Aporé’ (tipo carioca, com 15,23%) e

da ‘Rio Tibagi’ (tipo preto, com 13,09%).

OLIVEIRA et al. (1999) desenvolveram um trabalho para determinar o teor de

fibra em feijão vermelho, no qual encontraram valores de 15,83% de fibra alimentar

total (FA), 12,40% de fibra insolúvel (FI) e 3,43% de fibra solúvel (FS).

Com o objetivo de estimar a herdabilidade e o ganho de seleção para teor de

fibra solúvel (FS), fibra insolúvel (FI), e fibra alimentar total (FA), LONDERO et al.

16

(2006) estudaram populações obtidas de cinco diferentes cruzamentos entre genótipos

brasileiros de feijão. Os autores não encontram diferenças significativas para as frações

de fibra solúvel, cujo teor variou de 8,04% a 11,11%, e de fibra insolúvel, onde a

variação foi de 24,82% a 31,35%; apenas um cruzamento (Valente x Varre-Sai)

apresentou variabilidade genética para a fibra alimentar total, variando de 33,39% a

39,39%. Com base nos resultados, os autores sugerem a possibilidade de seleção nas

primeiras gerações para o teor de fibra alimentar para algumas combinações (Valente x

Varre-Sai), em virtude da alta herdabilidade (97,03%) e maior ganho de seleção.

Em outro trabalho, LONDERO et al. (2008) objetivaram investigar a presença

de variabilidade genética para o teor de fibra alimentar em populações segregantes de

feijão do grupo comercial preto. A partir dos cruzamentos entre os genitores CNFP

8100 x FT 96-1282 e Varre-Sai x BRS-Valente, as populações obtidas foram avaliadas

quanto aos teores de fibra solúvel, fibra insolúvel e fibra alimentar total. Valores de

33,39% a 39,39% de fibra alimentar total foram observados nas populações segregantes

de feijão, enquanto que para a fração de fibra solúvel a variação foi de 8,04% a 11,11%

e para o teor de fibra insolúvel o valor encontrado variou de 24,82% a 31,35%. Os

autores concluíram que não foi possível obter populações segregantes com variabilidade

genética para o teor de fibra alimentar total e suas frações solúveis e insolúveis.

A determinação do teor de fibra alimentar presente nos grãos de feijão é

essencial para a composição de dietas diferenciadas, em razão dos benefícios

proporcionados à saúde. Contudo, a avaliação da composição química dos grãos de

feijoeiro, enfocando o seu valor nutricional, ainda é muito recente no Brasil

(LONDERO, 2005). Assim, se faz necessário o estudo da quantificação do teor da fibra

alimentar e suas frações (solúvel e insolúvel), além da avaliação da variabilidade

genética e o efeito do ambiente e da interação genótipo x ambiente sobre esta

característica, uma vez que, os dados encontrados na literatura são bastante escassos.

2.4 Qualidade Tecnológica, Valor Proteíco e Interação Genótipo x Ambiente

O Brasil é um país que apresenta ambientes contrastantes devido a sua extensão

e localização. Nestes ambientes, ao longo dos anos, o homem tem adaptado de alguma

forma as suas atividades, especialmente aquelas relacionadas ao setor agrícola

(CARNEIRO, 1998). Dessa forma, as características relacionadas à produção vegetal

estão condicionadas ao controle genético do organismo, ao ambiente em que é cultivado

e à interação entre esses dois fatores. As diferentes respostas fenotípicas frente às

17

mudanças nas condições ambientais resultam em comportamentos distintos dos

genótipos, caracterizando a interação genótipo x ambiente. Se a expressão de um

determinado genótipo depende dos genes e do ambiente em que é avaliado, a interação

GxA deve ser mais um fator a considerar na análise. Assim, no melhoramento genético,

o processo de seleção de genótipos depende dos bons atributos agronômicos e da

consistência do mesmo frente às variações ambientais. (YAMAMOTO, 2006). Nestes

programas, os genótipos são avaliados em diferentes ambientes (ano, local, época de

semeadura e diferentes níveis de tecnologia) antes da seleção final, recomendação e

distribuição dos materiais para a exploração comercial (CARNEIRO, 1998).

Os parâmetros determinados pela qualidade tecnológica do feijão (tempo de

cozimento, hidratação dos grãos, expansão volumétrica, sólidos solúveis totais no caldo

e número de grãos inteiros após o cozimento) são determinados em parte pelo genótipo

e influenciados pelas condições do ambiente durante o desenvolvimento da planta e dos

grãos (DALLA CORTE et al., 2003). De acordo, com CARBONELL et al. (2003), a

qualidade dos grãos para o cozimento é afetada por fatores climáticos, tais como, alta

temperatura no período de enchimento dos grãos, pelas práticas de cultivo, de

beneficiamento pós-colheita, condições de armazenamento e tecnologia de

processamento. Portanto, as condições locais prevalecentes durante o desenvolvimento

da planta e obtenção dos grãos, podem contribuir para a ocorrência de interação

genótipo x ambiente nas características culinárias do feijão (SCHOLZ & FONSECA

JÚNIOR, 1999 b).

Considerando a importância do tempo de cozimento como exigência de mercado

e este sendo um fator que sofre grande influência ambiental, CARBONELL et al.

(2003) avaliaram 19 linhagens promissoras de feijoeiro provenientes dos principais

programas de melhoramento do Brasil. Os experimentos foram instalados em sete locais

do estado de São Paulo, nas três épocas de cultivo no ano de 2000 (“águas”, “seca” e

“inverno”). Os resultados da análise conjunta por época e no conjunto das épocas

indicaram que as condições locais de obtenção dos grãos influenciaram os resultados da

qualidade tecnológica dos grãos e na diferenciação entre os genótipos, indicando alta

interação genótipo x ambiente. Alguns programas de melhoramento nacionais, tais

como: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA - Arroz e Feijão);

Instituto Agronômico (IAC); Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR); Universidade

Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) também têm

reportado diferenças na qualidade tecnológica dos grãos entre genótipos de feijoeiro.

18

Segundo LEMOS et al. (2004), as características da cultivar, o tempo

transcorrido após a colheita, o histórico do armazenamento, a temperatura utilizada no

processo de seleção e as condições ambientais durante o cultivo do feijoeiro influenciam

o tempo de cozimento dos grãos. De acordo com SCHOLZ & FONSECA JUNIOR

(1999a), o cozimento dos grãos de feijão depende ainda, da capacidade de absorção de

água e das características do tegumento do grão.

Devido à importância da determinação da qualidade tecnológica dos grãos de

feijão, CARBONELL et al. (2005) realizaram um trabalho para avaliar tais

características em linhagens/cultivares de feijoeiro semeados em diferentes ambientes

do estado de São Paulo, durante as épocas de cultivo “da seca” e “de inverno” de 2004.

Novamente, as avaliações revelaram que as condições locais de obtenção dos grãos para

a análise da qualidade tecnológica influenciaram nos resultados e na diferenciação entre

os genótipos, indicando alta interação genótipo x ambiente. Quando comparada às

médias obtidas entre as épocas de cultivo, observou-se que a época “de inverno”

propiciou melhores resultados para porcentagem de embebição antes do cozimento

(Peanc) do que o cultivo “da seca”. No entanto, na época “da seca”, as

linhagens/cultivares apresentaram tempos de cozimento menores do que os obtidos na

época “de inverno”, o que não deveria acontecer uma vez que quanto maior a

porcentagem de embebição menor é o tempo de cozimento. Esse resultado reforça a

afirmação de RODRIGUES et al. (2005a) da necessidade de padronizar o tempo ideal

de permanência dos grãos em embebição para a avaliação da capacidade de absorção de

água.

De acordo com LAM-SANCHEZ et al. (1990), as diferentes épocas de

semeadura afetaram as características de hidratação e o tempo de cozimento dos grãos

das cultivares de feijão avaliadas. Os autores observaram uma incidência maior de grãos

com casca dura na época “da seca” para as cultivares Ayso (7,4%) e Carioca-80

(19,5%). No entanto, na época “das águas”, a porcentagem destes grãos foi quase nula,

com apenas a cultivar Paraná-1 apresentando 4,5% de grãos duros. A ocorrência de

grãos duros, sem a capacidade de absorção de água durante o processo de embebição, é

conhecida na produção de sementes em situações de estresse hídrico (seca e altas

temperaturas), próximas à época de colheita (CARBONELL et al., 2003).

No trabalho realizado por RODRIGUES et al., (2005b), estudou-se o efeito de

diferentes épocas de semeadura sobre as características de absorção de água e tempo de

cozimento dos grãos de feijão. Apenas na época 5 (semeadura em fevereiro), houve

19

redução do tempo de cozimento, provavelmente em conseqüência da maior

disponibilidade hídrica registrada durante o período de enchimento dos grãos. Em

relação ao tempo de embebição, as cultivares apresentaram comportamento

diferenciado, de acordo com a época de cultivo, comprovando que o genótipo e as

condições ambientais a que esses grãos são submetidos durante o seu desenvolvimento,

interferem no tempo máximo de hidratação dos grãos. Resultados semelhantes foram

obtidos por SCHOLZ & FONSECA JUNIOR (1999b), que avaliando oito genótipos em

três ambientes para tempo de cozimento, capacidade de absorção de água, sólidos

solúveis totais no caldo e grãos inteiros após cozimento concluíram que na análise

tecnológica há efeitos de ambientes, genótipos e de interações genótipo x ambiente. Os

autores ainda ressaltaram, que o tempo de cozimento apresentou correlação significativa

e negativa com a concentração de sólidos solúveis totais no caldo após o cozimento,

indicando que esta característica provavelmente está associada com características do

tegumento de cada genótipo.

Sabendo que a conservação adequada pode manter as características do grão

recém-colhido por mais tempo, assegurando um melhor valor comercial do produto

estocado, RIBEIRO et al., (2007) avaliaram o efeito de períodos de semeadura na

qualidade de cozimento de grãos de feijão da cultivar FT-Nobre, quando armazenados

em diferentes condições de temperatura, umidade e tempo de estocagem. Os resultados

obtidos indicaram que semeaduras tardias (novembro) e armazenamento sob

temperatura média de 12° C e umidade relativa de 45-50% favorecem a ocorrência de

grãos duros (3,11%). Também foram observados efeitos da interação genótipo x

ambiente para absorção de água e tempo de cozimento, sendo estes afetados pelo

período de semeadura, pelas condições (temperatura e umidade relativa) e período de

armazenamento.

A variação do teor de proteínas não dependente apenas da expressão genética

que controla a síntese e o acúmulo de frações específicas de proteínas, mas também de

genes que controlam outros fatores, como aquisição de nutrientes, vigor da planta,

maturação, tamanho da semente, síntese e acúmulo de amido na semente (OSBORN,

1988).

Há evidências de que, além da própria cultivar, o conteúdo protéico dos feijões

pode ser influenciado por fatores climáticos e pelo local de cultivo (FARINELLI, 2006).

Assim, BURATTO et al. (2005), realizou um trabalho para avaliar os efeitos da

interação genótipo por ambiente nos teores de proteína de grãos em cultivares e

20

linhagens de feijoeiro desenvolvidas pelo programa de melhoramento do IAPAR ou

introduzidas de outras instituições de pesquisa. Os autores concluíram que os genótipos

estudados apresentaram variabilidade genética para os teores de proteína no grão

(22,68% a 25,52%), sendo que estes teores foram influenciados pelo local de cultivo e

pela interação dos genótipos por ambientes.

Na cultura do feijão, existem relatos do teor de proteína bruta ser influenciado

negativamente pela produtividade de grãos. Os dados obtidos por RAMOS JÚNIOR et

al. (2005) indicam que este fato foi observado para algumas cultivares. O teor médio de

proteína nos grãos avaliados foi de 20,5%, valor este inferior aos 22,7% e 25,4%

verificados, respectivamente, por PÁRRAGA et al. (1981) e PIMENTEL et al. (1988).

Esses resultados mostram que as variações do teor protéico ocorrem em função da

cultivar, local e condições ambientais de cultivo (LAJOLO et al., 1996).

Sabendo que o feijão é uma importante fonte protéica e energética, e constitui

um dos alimentos tradicionais da dieta do brasileiro, LEMOS et al. (2004) determinaram

o teor de proteína de genótipos de feijão do grupo comercial carioca. O teor de proteína

bruta variou de 18,6% a 23,8% e de 17,0% a 21,8% nos anos de 2001 e 2002,

respectivamente. Alguns dos genótipos avaliados não apresentaram teor de proteína

bruta acima de 20% no ano de 2001, enquanto no ano de 2002 apenas três dos genótipos

avaliados apresentaram teor de proteína acima de 20%. No entanto, os genótipos que

apresentaram os maiores teores de proteína não se sobressaíram em relação à

produtividade de grãos, nos dois anos de cultivo. Os resultados obtidos nesse trabalho

estão de acordo com a afirmação de LAJOLO et al. (1996), que o conteúdo protéico é

variável em razão do local de cultivo, de fatores ambientais e da própria cultivar.

2.5 Adaptabilidade e Estabilidade Fenotípica

As respostas diferenciadas dos genótipos frente às variações ambientais

representam um problema para os agricultores e um desafio para os melhoristas

(YAMAMOTO, 2006). Esta resposta diferenciada dos genótipos à variação do ambiente

é denominada interação genótipos x ambientes. Isso significa que os efeitos genéticos e

ambientais não são independentes, uma vez que as respostas dos genótipos podem

diferir com as variações ambientais (CARNEIRO, 1998).

Para os agricultores, as cultivares devem apresentar o mínimo de interação com

o ambiente, proporcionando dessa forma redução nos riscos da produção agrícola e

garantia de lucros com a safra. Para os melhoristas, a interação GxA pode tornar-se

21

indesejável, pois dificulta a recomendação de cultivares em vários ambientes, tornando

necessário, o desenvolvimento de cultivares específicas para cada ambiente ou avaliar o

desempenho das futuras cultivares, em diferentes anos e locais, a fim de se ter

conclusões mais consistentes (AMORIM et al., 2006).

Detectada a interação, uma alternativa para atenuar seus efeitos é a identificação

de genótipos com maior estabilidade aos ambientes de cultivo (MORAIS, 2005). Nesse

contexto, os métodos para estudos de adaptabilidade e estabilidade merecem destaque.

Na literatura cientifica são encontradas diversas definições e interpretações para

adaptabilidade e estabilidade.

Segundo MARIOTTI et al. (1976), o termo adaptabilidade refere-se à

capacidade dos genótipos em assimilarem vantajosamente o estímulo ambiental

enquanto a estabilidade é definida como a capacidade dos genótipos de exibirem um

desempenho o mais constante possível, em função das variações da qualidade do

ambiente.

De acordo com BECKER & LÉON (1988), a estabilidade é dividida em dois

tipos: estática, associando aqueles genótipos que apresentam desempenho constante

com as variações ambientais; e dinâmico, associando os genótipos que apresentam um

comportamento previsível dentro das variações ambientais.

O termo estabilidade, para VENCOVSKY & BARRIGA (1992), refere-se a

maior ou menor habilidade apresentada por alguns genótipos para adaptarem-se às

variações climáticas ao longo dos anos agrícolas, dentro de uma localidade. Nesse caso,

o termo adaptabilidade é utilizado para designar a adaptação ecológica a diferentes

ambientes, tais como locais ou condições geográficas distintas.

Para CRUZ et al. (2004), a estabilidade estaria relacionada com a capacidade

que um genótipo tem de mostrar um comportamento altamente previsível em função do

estimulo ambiental. De modo prático, a adaptabilidade representa a capacidade do

genótipo em exibir um bom desempenho em determinado ambiente de cultivo, enquanto

que a estabilidade se refere à capacidade que este genótipo têm de não apresentar

diferenças significativas desse comportamento ao longo dos anos (BIUDES, 2007).

A definição empregada por EBERHART & RUSSEL (1966) permite entender a

adaptabilidade como a capacidade de um genótipo em aproveitar vantajosamente o

estímulo do ambiente de maneira a assegurar um alto nível produtivo em todos os

ambientes (adaptabilidade ampla) ou ambientes específicos (favoráveis ou

desfavoráveis). Já o termo estabilidade, está relacionado com a capacidade dos

22

genótipos em apresentarem um comportamento altamente previsível em função do

estímulo ambiental.

Entre as definições empregadas, LIN et al. (1986) classificaram os conceitos de

estabilidade em três tipos: a) conceito tipo I - um genótipo é considerado estável quando

o seu comportamento é constante frente às variações ambientais; b) tipo II - um

genótipo é considerado estável se sua resposta aos ambientes é paralela à resposta média

de todos os genótipos no experimento; c) estabilidade do tipo III - um genótipo é

considerado estável se for pequeno o quadrado médio do desvio da regressão da

produtividade média do cultivar sobre o índice ambiental.

Existem muitas metodologias de analise de adaptabilidade e estabilidade. A

diferença entre elas origina-se nos próprios conceitos de estabilidade e nos

procedimentos biométricos de quantificar a interação entre cultivares e ambientes

VENCOVSKY & BARRIGA (1992). Dos métodos existentes, CRUZ et al. (2004)

descrevem a existência de procedimentos baseados na análise de regressão linear

simples (Finlay & Wilkson e Eberhart & Russel); na análise de regressão múltipla

(Silva & Barreto e Cruz et al.); métodos não paramétricos (Lin & Binns, Annichiarico);

método multivariado (ACP – Crossa) e métodos que integram análise comum de

variância (univariado) com análise de componentes principais (multivariado), a exemplo

da análise AMMI.

Segundo MACHADO (2007), esses métodos deverão ser empregados quando

ocorrerem interações entre cultivares e ambientes significativas, sendo complementares

às análises de variância, individuais e conjunta, realizadas em uma série de ambientes.

Um dos modelos que vem sendo empregado no melhoramento genético é o

proposto por LIN & BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), pela

simplicidade de seus cálculos e facilidade de interpretação dos resultados. A análise

baseia-se na avaliação da performance genotípica (Pi) dos cultivares em teste; o

estimador da performance genotípica (Pi) refere-se ao quadrado médio da distância

entre a média do cultivar e a resposta média máxima para todos os ambientes. Quanto

menor o valor de (Pi) maior a estabilidade do cultivar. A decomposição de (Pi) proposta

por CARNEIRO (1998) nas partes devidas a ambientes favoráveis e desfavoráveis

ajustou o estimador para ambientes onde há emprego de alta e baixa tecnologia,

respectivamente. A classificação destes ambientes foi feita com base nos índices

ambientais, definidos como a diferença entre a média dos cultivares avaliados em cada

ambiente e a média geral.

23

De modo geral, o ideal seria obter uma cultivar que apresente adaptabilidade

geral e previsibilidade alta, sendo capaz de responder ao estimulo do ambiente e de ser

estável, mantendo bom desempenho quando as condições ambientais forem

desfavoráveis. Assim, é de grande importância para os programas de melhoramento o

estudo da adaptabilidade e estabilidade fenotípica das cultivares.

2.6 Correlação entre Caracteres

A correlação entre caracteres que somos capazes de visualizar diretamente ao

nível de um experimento é de natureza fenotípica (VENCOVSKY & BARRIGA, 1992).

Segundo HARTIWIG et al. (2006), o estudo de correlações entre caracteres nos

programas de melhoramento é muito importante, pois têm por finalidade aprimorar o

genótipo não para caracteres isolados, mas para um conjunto simultâneo de caracteres.

As relações existentes entre os caracteres são, em geral, avaliadas por meio das

correlações genotípicas, fenotípicas e de ambiente. A correlação fenotípica é estimada

diretamente de medidas fenotípicas, sendo resultante, portanto, de causas genéticas e

ambientais (FERREIRA et al., 2003).

Os coeficientes de correlação medem o grau de associação entre valores pela

representação de pontos num sistema de coordenadas e suas respectivas posições em

relação a uma linha reta. Pode tanto ser considerado o coeficiente de correlação

paramétrico (Pearson) como o não paramétrico (Spearman). Os modelos não-

paramétricos implicam ordenação ascendente das variáveis, sendo suas principais

vantagens as variáveis não dependerem da distribuição da população e não serem

afetadas pela presença de valores aberrantes.

O coeficiente de correlação de Pearson mede o grau de relação entre as variáveis

expressas entre os valores +1 e -1. O valor +1 mostra que há correlação positiva perfeita

entre duas variáveis, o valor de -1 mostra que há correlação negativa perfeita, e valor 0

mostra que as variáveis não dependem linearmente uma da outra. Há uma forte

correlação entre as variáveis quando o coeficiente é maior que 0,8 e uma fraca

correlação se o coeficiente é inferior a 0,5.

24

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Material Genético

Os materiais genéticos utilizados neste estudo foram provenientes dos

experimentos regionais de (VCU – valor de cultivo e uso) semeados em diferentes

ambientes no estado de São Paulo, no biênio de 2005/2006 e 2006/2007. Os

experimentos foram compostos por dezenove genótipos provenientes dos principais

programas de melhoramento genético de feijoeiro do Brasil, destes, quatro linhagens

pertencem a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), cinco ao

Instituto Agronômico (IAC), quatro ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e duas

a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e quatro cultivares controle sendo duas do

grupo comercial diversos ou carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e duas do grupo

comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) (Tabela 2).

Os experimentos foram semeados na época “das águas” de 2005 e 2006, “da

seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007. O delineamento experimental

utilizado em todos os experimentos foi o de blocos casualizados conforme as normas do

MAPA/SNPC para ensaios de feijoeiro, com três repetições, sendo as parcelas

constituídas por quatro linhas de 4 metros de comprimento, espaçadas de 0,50 metros

entre si, com 10 a 12 plantas viáveis por metro linear e a área útil da parcela

correspondendo às duas linhas centrais.

A adubação mineral foi realizada de acordo com a necessidade da cultura em

cada situação agrícola, levando-se em consideração informações encontradas em

AMBROSANO et al. (1997).

A fim de garantir o desenvolvimento normal das plantas de feijão, foi realizado

o controle das plantas daninhas por meio de aplicações de herbicidas ou por capina

manual. O controle das pragas e doenças foi feito pelo monitoramento da cultura e,

quando necessário, realizou-se aplicações de produtos recomendados para a cultura e,

para suplementar as necessidades de água da cultura, foram realizadas irrigações sempre

que necessário.

25

Tabela 2. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro do tipo comercial carioca e preto – VCU 2005/2006/2007, no estado de São Paulo.

Cultivares e/ou Linhagens Tipo de Grão Instituição de Pesquisa1/

IAC-Alvorada Carioca IAC Gen 96A45-3-51-52-1 Carioca IAC Gen 96A98-15-3-52-1 Carioca IAC Gen 96A3-P1-1-1 Preto IAC IAC-Diplomata Preto IAC LP 9979 Carioca IAPAR LP 01-38 Carioca IAPAR LP 98-122 Preto IAPAR LP 02-130 Preto IAPAR BRS-Requinte Carioca EMBRAPA BRS-Pontal Carioca EMBRAPA BRS-Supremo Preto EMBRAPA BRS-Grafite Preto EMBRAPA CV-48 Carioca UFLA Z-28 Carioca UFLA IAC – Carioca Tybatã Carioca – testemunha IAC Pérola Carioca – testemunha EMBRAPA IAC-Una Preto – testemunha IAC FT-Nobre Preto – testemunha FT

1/ IAC = Instituto Agronômico; FT = FT-Pesquisa e Sementes; IAPAR = Instituto Agronômico do Paraná; EMBRAPA = Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; UFLA = Universidade Federal de Lavras.

3.2 Ambientes Utilizados na Condução dos Ensaios

Os municípios (locais) utilizados para a condução dos experimentos de campo e

as épocas de semeadura que compuzeram os ensaios de VCU 2005/2006/2007 estão

descritos na Tabela 2. Estes locais, formam o conjunto dos 18 ambientes estudados.

Tabela 3. Ambientes utilizados para a condução dos experimentos regionais nas respectivas épocas de semeadura.

Épocas de semeadura

Águas/2005 Seca/2006 Inverno/2006 Águas/2006 Seca/2007 Inverno/2007

Mococa Avaré Colina Mococa Avaré Colina

Monte Alegre

do Sul Capão Bonito Fernandópolis Capão Bonito

Monte Alegre

do Sul Mococa

Tatuí Mococa Ribeirão Preto Avaré Tatuí Araras

As respectivas latitudes e altitudes dos municípios (ambientes) utilizados para

cada experimento são: Avaré (latitude 23° 05’ e altitude 810 metros); Capão Bonito

(latitude 24° 00’ e altitude 702 metros); Colina (latitude 20° 42’ e altitude 595 metros);

26

Fernandópolis (latitude 20° 17’ e altitude 535 metros); Mococa (latitude 21° 28’ e

altitude 625 metros); Monte Alegre do Sul (latitude 22° 40’ e altitude 750 metros);

Ribeirão Preto (latitude 21° 11’ e altitude 621 metros); Tatuí (latitude 23° 19’ e altitude

600 metros) e Araras (latitude 22° 21’ e altitude 629 metros).

3.3 Determinação da Qualidade Tecnológica

As avaliações analíticas das qualidades tecnológicas foram efetuadas em

sementes com até 60 dias depois de colhidas, uniformizadas por peneiras de

classificação (peneira 13) e pré-analisadas para a retirada de sementes visualmente

danificadas por insetos ou dano mecânico. As sementes, depois de selecionadas, foram

armazenadas em geladeiras de uso doméstico com temperatura estável de 10ºC.

Para a determinação da qualidade tecnológica, fez-se o uso de três repetições

analíticas e as variáveis avaliadas foram:

● Porcentagem de embebição de água antes do cozimento (Peanc);

● Porcentagem de embebição após cozimento (Peapc);

● Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI);

● Tempo médio de cozimento determinado pelo Cozedor de Mattson (TC);

● Expansão volumétrica dos grãos após cozimento (EV);

● Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc).

3.3.1 Porcentagem de embebição de água antes do cozimento (Peanc)

A porcentagem de embebição de água antes do cozimento foi determinada

aplicando-se a metodologia modificada, baseada em SARTORI (1982). No estágio

inicial do procedimento analítico foram amostradas aproximadamente 30g de sementes

uniformes e inteiras, obtendo-se, deste modo, a massa de sementes antes da embebição

(MS). As sementes foram colocadas em béquer de 250mL, com 100mL de água

destilada, por 16 horas à temperatura ambiente. Após o período de embebição, as

sementes foram retiradas e foram rapidamente secas com papel toalha. Em seguida,

foram pesadas obtendo-se a massa dos grãos úmidos (MU). A porcentagem de

embebição foi determinada pela fórmula:

% Peanc = MS

x 100 MU - MS

27

3.3.2 Porcentagem de embebição após cozimento (Peapc)

Para a determinação do Peapc, foram amostradas 30 g de sementes uniformes e

inteiras, obtendo-se a massa de sementes antes da embebição (MS). Após o período de

embebição de 16 horas à temperatura ambiente, os grãos foram aquecidos por 1 hora,

utilizando-se uma chapa aquecedora elétrica e iniciando a contagem do tempo após o

início da fervura da água. Os grãos (inteiros e fragmentados) foram drenados e pesados,

obtendo-se a massa úmida dos grãos após cozimento (MUc). A porcentagem de

embebição foi determinada pela seguinte fórmula:

3.3.3 Tempo médio de cozimento determinado pelo cozedor de Mattson (TC)

A análise para determinação do tempo médio de cozimento foi realizada

seguindo metodologia adaptada dos métodos propostos por PROCTOR & WATTS

(1987) e SARTORI (1982). Como nos métodos passados, 30 g de sementes uniformes e

inteiras foram amostradas, permanecendo em embebição em água destilada por 16 horas

à temperatura ambiente. Destes, vinte e cinco grãos escolhidos aleatoriamente foram

colocados no Cozedor de Mattson (cada grão colocado individualmente em uma

cavidade do aparelho e sob uma vareta de metal de 90g e 1,48 mm de diâmetro de

ponta). Foram aquecidos 1000mL de água destilada até a fervura, em béquer com

capacidade para 3000mL, e o cozedor, já preparado com os grãos, foi colocado dentro

do béquer. O tempo de cozimento das amostras foi medido por meio de cronômetro, até

o momento em que a treze varetas perfurassem os grãos.

3.3.4 Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI)

A quantificação da porcentagem de grãos inteiros foi realizada com as mesmas

amostras de sementes utilizadas para a determinação da porcentagem de embebição

após cozimento. Os grãos após o cozimento foram contados e separados em duas

porções: inteiros e partidos. A seguir, quantificou-se, a porcentagem de grãos inteiros.

MUc – MS % Peapc = x 100

MS

28

3.3.5 Determinação da taxa de expansão volumétrica dos grãos após cozimento (EV) Para essa avaliação, inicialmente foram amostradas aproximadamente 30 g de

sementes uniformes e inteiras, obtendo-se, deste modo, a massa de sementes antes da

embebição (MS). Após o período de embebição de 16 horas em água destilada os grãos

foram aquecidos por uma hora, utilizando-se chapa aquecedora elétrica e iniciando a

contagem do tempo após o início da fervura da água. Após o cozimento, os grãos foram

retirados do recipiente, pré-lavados com água destilada e levemente secos com papel-

toalha. As amostras foram colocadas em uma proveta com capacidade para 500 mL,

contendo 250 mL de água destilada. Em seguida, mediu-se, em mL, o volume deslocado

da água (VD).A taxa de expansão volumétrica foi determinada pela seguinte fórmula:

3.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)

O método foi padronizado baseando-se na metodologia descrita por SARTORI

(1982). Em béqueres de forma alta, foram amostradas 10g de sementes uniformes e

inteiras, obtendo-se, deste modo, a massa seca das sementes. Após o período de

embebição, em 100 mL de água destilada por 16 horas, os béqueres com os feijões

foram aquecidos em chapa elétrica, empregando-se os tempos de cozimento

previamente estabelecidos para cada cultivar nos testes de cozimento. Em seguida, os

caldos obtidos com a cozimento foram filtrados, sendo coletados em béqueres limpos,

secos e de massas conhecidas, utilizando-se como instrumento de filtração uma peneira

com 0,70 mm de abertura. Durante a filtração, os feijões e os béqueres onde foram

realizados os cozimentos foram lavados com água destilada até completa extração dos

sólidos solúveis, sendo a água de lavagem recolhida juntamente com o caldo. Os

béqueres com os caldos foram secos em estufa com circulação de ar forçado, a 60ºC.

Após a secagem completa do caldo, os béqueres foram novamente pesados. Os teores de

sólidos solúveis totais no caldo foram determinados de acordo com a fórmula descrita

abaixo.

SSTc (%) = [(massa do béquer + resíduo seco) – (massa do béquer)] x 100

MS

MSEV=

VD = g/mL

29

3.4 Determinação da Composição Química

As avaliações analíticas para as determinações da composição química foram

efetuadas nas sementes com até 60 dias depois de colhidas, realizando os mesmos

procedimentos de uniformização e armazenamento das sementes como descrito para a

Determinação da Qualidade Tecnológica dos grãos, avaliando-se com duas repetições

os seguintes caracteres:

● Teor de água nos grãos (T.A.G.);

● Teor de proteína bruta (PB);

● Teor de fibra alimentar total (FT), solúvel (FS) e insolúvel (FI).

3.4.1 Teor de Água nos Grãos (T.A.G.)

A determinação da umidade dos grãos foi feita segundo a metodologia oficial

descrita pela AOAC (1998). Pesou-se 5g de amostra moída (A), secando-a em estufa

com circulação de ar forçado a 100°C até obtenção constante de massa seca (AS). A

porcentagem do teor de água (T.A.G.) foi dada por:

O tempo mínimo utilizado para secagem foi de 5 horas. As amostras foram

colocadas na estufa em placas de Petri, cujas massas foram descontadas no cálculo da

matéria seca.

3.4.2 Teor de proteína bruta (PB)

As análises de proteína bruta (PB) nos genótipos de feijoeiro foram realizadas

conforme metodologia analítica descrita em BATAGLIA et al. (1983), utilizando-se o

método microKjeldhal. Primeiramente, amostras de grãos de cada genótipo foram

tomadas ao acaso e moídas em moinho, com a finalidade de se obter partículas menores

do que 1mm. Logo após este procedimento, as amostras foram armazenadas em potes

plásticos, devidamente identificados e conservados adequadamente até o momento da

realização da análise.

Para realização da digestão da amostra com destruição de toda a matéria

orgânica e isolamento do nitrogênio protéico, transferiu-se cerca de 0,200g de material

vegetal para balão de Kjeldahl de 100 mL, adicionando, em seguida, 0,500g de sulfato

de potássio e 3mL de ácido sulfúrico concentrado. A digestão das amostras foi feita em

T.A.G. (%) = AS

A x 100

30

temperatura acima de 350°C, até a obtenção de um extrato claro. Após resfriamento do

meio, adicionou-se 2mL de água oxigenada, reaquecendo a solução ácida até

evaporação residual da água oxigenada e obtenção de extrato totalmente claro.

Posteriormente, realizou-se a destilação do nitrogênio protéico em meio básico,

recolhendo a amônia destilada em solução de ácido bórico em presença de indicadores.

A determinação do teor de nitrogênio foi realizada, titulando as soluções das amostras

em ácido bórico com solução de ácido clorídrico 0,01N até a mudança de coloração dos

indicadores, do azul esverdeado para a cor rosa.

Para estimar o conteúdo de proteína bruta, os valores de nitrogênio foram

multiplicados pelo fator de conversão igual a 6,25, com os resultados expressos em base

seca (g/100g de matéria seca).

3.4.3. Teor de fibra alimentar total (FT), fibra solúvel (FS) e fibra insolúvel (FI)

Para a determinação da fibra alimentar total (FAT) e de suas frações (FS e FI)

aplicou-se o método enzimático, procedente de estudo colaborativo, proposto por LEE

et al. (1992). Devido à complexidade da análise, essas avaliações foram realizadas

apenas nos cultivares padrões do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e

Pérola) e do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) utilizados nos experimentos

de VCU, na época “das águas” de 2005, “da seca de” 2006 e “de inverno” de 2006.

Os grãos foram moídos até a obtenção de partículas extremamente finas (1mm).

Para a digestão enzimática do material, pesaram-se 0,5g das amostras moídas em

béqueres de forma alta, de 600mL. Logo após, foram adicionados aos béqueres 40 mL

de solução tampão MES/TRIS (pH = 8,2) e 200µL da enzima α-amilase. As amostras

foram incubadas em banho-maria a 95-100ºC, por 15 minutos, para digestão do amido

presente pela enzima. Os béqueres foram retirados do banho e resfriados a 60ºC.

Adicionou-se em cada béquer 200µL da enzima alcalase (protease), sendo as amostras

novamente incubadas em banho-maria a 60ºC, por 30 minutos, para a digestão das

proteínas encontradas no meio. Os béqueres foram novamente retirados do banho, sendo

o pH das soluções ajustado para 4,0 - 4,7, com solução de HCl 0,561N. Em seguida,

300µL da enzima amiloglucosidase foram adicionados ao meio e estes foram mantidos

a 60ºC por mais 30 minutos, para digestão de alguma porção de amido resistente à

primeira etapa da digestão.

Para a determinação do teor de fibras insolúveis, as amostras digeridas pelas

enzimas foram filtradas em cadinhos de vidro com placa de porcelana porosa, nos quais

31

foram adicionadas camadas de celite (agente auxiliar de filtração). Os cadinhos com a

celite foram previamente levados a mufla, a 500ºC, e pesados. Durante o processo de

filtração, com a finalidade de passar todo o resíduo resultante da digestão para os

cadinhos e para eliminação das substâncias interferentes, os béqueres com as soluções

digeridas e os cadinhos de vidro foram lavados com água destilada, a 60ºC. Em seguida,

os resíduos obtidos foram enxaguados com 15 mL de etanol a 78% e 15 mL de etanol a

95%. Os cadinhos com os resíduos das fibras insolúveis foram mantidos em estufa

ventilada a 60ºC, por 12 horas, e pesados.

Para a determinação de fibras totais, cujo procedimento de digestão é o mesmo

para as fibras insolúveis, foi necessário adicionar ao material digerido pelas enzimas um

volume de etanol a 95% (igual a quatro vezes o volume do material digerido), deixando

a solução em repouso por uma hora. A adição de etanol ao material digerido tem como

finalidade a precipitação da fração solúvel. Os cadinhos com camadas de celite,

previamente pesados, e os béqueres com as soluções digeridas foram lavados com

etanol a 95%, a 60ºC. Em seguida, os cadinhos com os resíduos das fibras totais

(solúvel e insolúvel) foram secos em estufa ventilada a 60ºC, por 12 horas, e pesados.

Os teores de fibra solúvel foram obtidos pela diferença entre os valores de FAT

e FI, sendo os resíduos da FAT e FI corrigidos para proteínas, cinzas e branco.

3.5 Análise Estatística dos Dados

3.5.1 Análise de variância individual e conjunta

Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância individuais,

para cada ensaio (Tabela 4), com a finalidade de detectar significância dos efeitos de

genótipos, e posteriormente, todas as características foram submetidas às análises de

variância conjunta (Tabela 5).

O modelo matemático utilizado para análise de variância individual é dado por:

Yij = µ + gi + rj + eij

Onde,

Yij: observação do genótipo i na repetição j;

µ: média geral do caráter;

gi: efeito fixo da linhagem i; i = 1,..., T;

rj: efeito aleatório da repetição j; j = 1,..., J;

32

eij: erro experimental associado a parcela ij admitido ser independente e com

distribuição normal de média zero e variância σ2.

Tabela 4 Análise de variância individual.

FV GL QM E(QM) F Blocos (B) b – 1 QMB QMB/QMR σ

2 + gσ2B

Genótipos (G) g – 1 QMG QMG/QMR σ2

+ bΦ2G

Resíduo (b-1) (g-1) QMR σ2

Total (bg) – 1

A análise conjunta de variância (Tabela 5) foi realizada pelo modelo de blocos

casualizados, constituído de efeitos fixos para genótipos, ambientes e para a interação

de genótipos com ambientes. O modelo matemático da análise é dado por:

Yijl = µ + bl(j) + gi + aj + (ga)ij + є (il)j

Onde,

ijlY : valor observado do genótipo i no bloco l (l = 1, 2, ..., r) e dentro do ambiente j;

µ : média geral dos experimentos;

)(jlb : efeito aleatório do bloco l dentro do ambiente j;

ig : efeito fixo do genótipo i, com i = 1, 2, 3, ..., p;

ja : efeito fixo do ambiente j, com j = 1, 2, 3, ..., q;

ijga)( : efeito fixo da interação do genótipo i com o ambiente j;

є (il)j: erro experimental.

Tabela 5. Análise de variância conjunta.

FV GL SQ QM F E(QM)

Blocos/Ambientes (b –1)a SQB QMB/A - σ2 + gσ

2B/A

Ambientes (A) a – 1 SQA QMA QMA/QME σ2 + gbΦ

2A

Genótipos (G) g –1 SQG QMG QMG/QME σ2 + abΦ

2G

Interação G x A (g - 1) (a -1) SQGA QMG x A QMG x A/QME σ2 + bΦ

2GA

Erro a (b -1) (g -1) SQE QME - σ2

Total agb -1 SQT

33

A análises de variâncias individuais e conjuntas foram realizadas utilizando-se o

modelo PROC GLM de ANAVA do programa computacional SAS (Statistical Analysis

System), devido ao desbalanceamento dos dados. As médias dos genótipos estudados,

em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (IAC-Una e

FT-Nobre), e do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola), foram

comparadas pelo teste de Dunett (5%).

A detecção da interação significativa de genótipos com as épocas de semeadura

possibilitou o uso da análise de adaptabilidade e estabilidade, como forma de obter

dados complementares que permitam maior segurança na identificação de linhagens

superiores para todos os ambientes ou para ambientes específicos (favoráveis e

desfavoráveis).

3.5.2 Adaptabilidade e estabilidade: Lin & Binns modificado por Carneiro (1998)

Para estimar a adaptabilidade e estabilidade dos genótipos de feijoeiro cultivados

em diferentes ambientes foram empregados os resultados das variáveis Peanc, Peapc,

PGI, TC, EV, PROD, T.A.G., SSTc e PB, adotando o método de LIN & BINNS (1988),

modificado por CARNEIRO (1998). As estimativas da adaptabilidade e estabilidade dos

genótipos de feijoeiro foram realizadas pelo programa computacional GENES (CRUZ,

2006).

Os valores do tempo de cozimento (TC) foram subtraídos de 100 e, os da

expansão volumétrica após o cozimento (EV) de 1, de tal modo que, os maiores valores

referem–se aos menores tempos de cozimento e de expansão volumétrica. Essa

transformação foi necessária, pois, no método utilizado, o menor valor do Pi indica a

maior média, ou seja, o maior tempo de cozimento. Nas tabelas do item resultados e

discussão, encontram-se os valores reais do tempo de cozimento dos genótipos.

Na metodologia de LIN & BINNS (1988), a performance genotípica (Pi) foi

definida como o quadrado médio da distância entre a média da cultivar e a resposta

média máxima para cada variável analisada em todos os ambientes. Desde que a

resposta máxima esteja no limite superior em cada ambiente, o quadrado médio menor,

ou seja, o Pi menor indicou uma superioridade geral do genótipo em questão. Esta

medida de superioridade é dada por:

34

P

X M

ni

ij jj

n

=

−=

∑( )2

1

2

Em que,

Pi: é a estimativa do parâmetro estabilidade do genótipo i;

Xij: é a produtividade do i-ésimo genótipo no j-ésimo ambiente;

Mj: é a resposta máxima observada entre todos os genótipos no ambiente j;

n: é o número de ambientes.

Para que a recomendação atenda ao conceito de grupos de ambientes favoráveis

e desfavoráveis, CARNEIRO (1998) fez a decomposição do estimador Pi proposto por

LIN & BINNS (1988) em estimadores Pif referentes a ambientes favoráveis e Pid

referentes a ambientes desfavoráveis. A partir da decomposição, por considerar o

desempenho e o comportamento diante das variações ambientais, o estimador Pi foi

denominado de parâmetro MAEC (medida de adaptabilidade e estabilidade de

comportamento).

A classificação de ambiente em favorável ou desfavorável é feita com base nos

índices ambientais (I), definidos como a diferença entre a média dos genótipos

avaliados em cada local e a média geral. Os experimentos (locais) que apresentam maior

média em relação à média geral constituem os ambientes favoráveis (Pif) e aqueles com

média menor que a média geral são classificados como ambientes desfavoráveis (Pid).

Assim, a recomendação geral é feita com base no Pi original do método de LIN

& BINNS (1988), e para os ambientes desfavoráveis (Pid) e favoráveis (Pif), conforme a

decomposição apresentada abaixo.

Para os ambientes favoráveis, com índices maiores ou iguais a zero, o parâmetro

MAEC (Pif) foi estimado conforme a seguir:

f

)MX(

P

f

j

jij

if 21

2∑=

=

Onde,

Pif: estimativa da estabilidade e adaptabilidade do genótipo i;

35

f: é o número de ambientes favoráveis;

Xij e Mj: como definidos no item anterior.

Em ambientes desfavoráveis, que têm índices negativos, o parâmetro MAEC

(Pid) foi estimado da seguinte forma:

d

)MX(

P

d

j

jij

id 21

2∑=

=

Em que d é o número de ambientes desfavoráveis e Yij e Mj como definidos

anteriormente.

3.5.3 Análise multivariada da performance genotípica (CARNEIRO, 1998)

Após a realização da análise de adaptabilidade e estabilidade univariada,

realizou-se a análise multivariada da performance genotípica (Pmi). Esse tipo de análise

é de importância quando não apenas uma característica determina o objetivo final do

melhoramento, mas sim, quando consideramos várias variáveis, sendo algumas mais

importantes que outras (CRUZ, 2006).

Para a realização da análise multivariada da performance genotípica (Pmi), com

base no Método das Diferenças em Relação à Reta Bissegmentada Ponderadas pelo

Coeficiente de Variação (CV) – multivariado, modificado por CARNEIRO (1998),

considerou-se uma cultivar de performance teoricamente ideal, como definido por

VERMA et al. (1978), a qual apresenta baixa resposta em ambientes desfavoráveis (b1 <

1) e responsividade em ambientes favoráveis (b1 + b2 > 1). O genótipo hipotético foi

definido de acordo com o modelo proposto por CRUZ et al. (1989), conforme a seguir:

)I(TbIbbX jm2jm1m0mj ++=

Em que,

Xmj: é a resposta ideal do genótipo hipotético no ambiente j;

b0m: é o valor fornecido para que a resposta ideal seja máxima para todos os locais;

b1m e b2m: coeficientes de regressão linear, cujos valores são atribuídos para que haja

resposta o mais próximo possível do ideal;

36

Ij: é o índice de ambiente codificado;

T (Ij) = 0 se Ij < 0; e T (Ij) = Ij – I+ se Ij > 0, sendo I+ a média dos índices (Ij) positivos.

Assim sendo, neste trabalho foi estabelecido b0m igual ao valor máximo obtido

pela variável para cada experimento, pois assim elimina-se o risco de excluir alguma

cultivar por apresentar valores que ultrapassem o genótipo ideal em qualquer que seja o

ambiente considerdo. Também foram atribuídos os valores, b1m = 0,5 que reflete baixa

resposta aos ambientes desfavoráveis e b2m = 1,0 responsivo às condições favoráveis,

ou seja, considerou-se um genótipo com baixa resposta nos ambientes desfavoráveis

(b1m = 0,5) e responsivos nos ambientes favoráveis (b1m + b2m = 1,5). Dessa forma, as

cultivares de melhor performance genotípica multivariada (Pmi) serão aquelas com os

valores mais próximos da performance ideal.

A análise multivariada da performance genotípica (Pmi) pode ser realizada desde

que seja possível somar os valores dos Pi’s do genótipo referentes a cada variável. Para

isso, há necessidade de padronização destes Pi’s, conforme se segue:

∑=

σ=

v

k pk

ikmiˆ

PP1

1

Em que,

Pmi: é o estimador do parâmetro MAEC - multivariado para a cultivar i;

Pik: é o estimador do parâmetro MAEC para a cultivar i relativo à k-ésima variável;

pkσ̂ é o desvio-padrão dos Pi’s para a k-ésima variável.

Além disso, CARNEIRO (1998) considerou um fator de multiplicação dado pelo

inverso dos pesos atribuídos a cada variável a fim de balancear a importância de cada

variável. Assim o estimador do parâmetro MAEC é dado pela equação:

∑=

σ=

v

k pk

ikmiˆ

PP1

1 x

kp

1

Em que,

k: 1, 2, 3, ..., v;

37

Pmi: estimador do parâmetro MAEC – multivariado para a cultivar i;

Pik: estimador do parâmetro MAEC – univariado para a cultivar i relativo à k-ésima

variável;

pkσ̂ : o desvio-padrão dos Pi’s para a k-ésima variável; e

Pk: representa os pesos atribuídos, a cada variável.

Neste trabalho, os pesos atribuídos para cada variável estão apresentados na

tabela abaixo (Tabela 6).

Tabela 6. Pesos atribuídos para cada variável.

Variável Peso Peanc 1,0 Peapc 2,0 TC 1,0 PGI 1,0 EV 2,0 PROD 1,0 T.A.G. 2,0 SSTc 1,0 PB 1,0

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento; Peapc: Porcentagem de embebição após o cozimento; TC: Tempo de Cozimento; PGI: Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento; EV: expansão volumétrica; PROD: produtividade; T.A.G.: Umidade; SSTc: Sólidos solúveis totais e PB: proteína bruta.

Os resultados obtidos por meio do programa GENES (CRUZ, 2006) fornecem

os valores de (Pmi) para cada genótipo analisado, considerando, simultaneamente, todos

os ambientes e também os ambientes favoráveis (Pmif) e desfavoráveis (Pmid).

3.5.4 Correlação entre caracteres: Pearson

A medida do grau de associação entre duas variáveis foi realizada com o

auxílio do programa computacional GENES (CRUZ, 2006). A fórmula para o

coeficiente de correlação de Pearson (r), é:

( )( )

( ) ( )∑ ∑∑

−−

−−=

22yyxx

yyxxr

38

Onde,

x e y = são os valores medidos de ambas as variáveis;

x e y = são as médias aritméticas de ambas as variáveis.

Está correlação foi utilizada para medir o grau de associação na análise de

variância conjunta contendo o grupo de linhagens/cultivares e as testemunhas

provenientes dos experimentos regionais de feijoeiro, entre as variáveis estudadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Qualidade Tecnológica: Análises de Variância Individual e Conjunta

O melhoramento do feijoeiro no Instituto Agronômico (IAC) é uma atividade

multidisciplinar, envolvendo diversas áreas de conhecimento. Destas, é de interesse a

obtenção de cultivares mais produtivas, resistentes às pragas e às doenças, e com

melhores características agronômicas. No entanto, pouco tem sido investido em

pesquisas referentes as características culinárias dos grãos de feijão que, igualmente, são

relevantes na avaliação das cultivares (CARNEIRO et al., 1999b). Porém, com o

aumento da exigência dos consumidores e das indústrias, esse cenário vem se

modificando nos últimos anos. Para atender aos padrões requeridos, as características

relacionadas com a qualidade tecnológica estão recebendo maior destaque no processo

de obtenção das novas cultivares, uma vez que estão agregadas ao valor comercial do

produto.

Pelos resultados da tabela 7, foi possível observar que os efeitos de interação

GxA, o efeito de ambientes e o efeito de genótipos foram significativos pelo teste F a

1% e 5% de probabilidade, para todas as épocas de semeadura (“águas”, “seca” e

“inverno”) e no conjunto dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 (análise conjunta), para

todas as variáveis analisadas. Como foi observado por meio da interação genótipos x

ambiente um comportamento diferenciado das linhagens em relação aos locais de

avaliação é justificável um estudo mais detalhado das diferenças entre as linhagens com

relação à adaptabilidade e à estabilidade.

39

Tabela 7. Resumo da análise de variância referente a época “das águas, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta, dos 19 genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo.

ÁGUAS Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.

Repetição/Ensaio ns ns ns ns ns ns ** * ns Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 102,75 138,74 26,15 47,13 0,55 10,72 2684 21,23 7,42 CV% 2,79 3,84 3,20 15,36 3,99 3,44 13,25 1,91 3,29

SECA Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.

Repetição/Ensaio ns ns ** ns ns ns ** ns * Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 102,18 145,11 29,30 35,89 0,51 11,57 2643 22,93 9,36 CV% 2,82 3,56 3,99 14,08 5,63 3,81 13,04 1,72 3,44

INVERNO Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.

Repetição/Ensaio ns ns ns ns ns * ** ns ns Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 104,71 142,00 34,27 39,65 0,53 11,96 1587 21,35 7,83 CV% 2,26 3,40 3,36 17,91 3,84 3,44 17,92 1,80 3,14

ANÁLISE CONJUNTA Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.

Repetição/Ensaio ns ns ** ns ns ns ** ns ns Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 103,22 141,95 29,53 40,89 0,53 11,42 2305 21,83 8,21 CV% 2,63 3,60 3,53 16,00 4,51 3,57 14,31 1,81 3,33 **, * : significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.

ns: não significativo ao teste F.

Na tabela 8 são apresentadas as produtividades médias dos genótipos em todas

as épocas de semeadura (“águas”, “seca” e “inverno”) e em dois anos agrícolas,

2005/2006 e 2006/2007. Isto é importante, pois, além dos dados de qualidade

tecnológica, o MAPA-RNC baseia-se nos dados de produtividade média para registros

dos novos cultivares de feijoeiro para cultivo pelos agricultores.

40

Tabela 8. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) de 19 genótipos de feijoeiro referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 no estado de São Paulo.

Águas Seca Inverno Conjunta Cultivares e Linhagens (kg.ha-1)

IAC-Alvorada (C) 2531 2642 1679 2277 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2793 2691 1488 2324 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2450 2416 1434 2100 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 2200 2289 1515 2001 IAC-Diplomata (P) 2483 2402 1629 2171 LP 9979 (C) 2859 2940 1635 2478 LP 01-38 (C) 3053 3004 1615 2558 LP 98-122 (P) 2591 2643 1612 2282 LP 02-130 (P) 2916 2618 1802 2445 BRS-Requinte (C) 2493 2666 1736 2298 BRS-Pontal (C) 2861 2883 1679 2474 BRS-Supremo (P) 2722 2520 1568 2270 BRS-Grafite (P) 2496 2806 1507 2270 CV-48 (C) 2849 2559 1706 2371 Z 28 (C) 2818 2804 1386 2336 IAC-Carioca Tybatã (C) 2505 2504 1438 2149 Pérola (C) 2874 2693 1624 2397 IAC-Una (P) 2697 2620 1553 2290 FT-Nobre (P) 2805 2668 1540 2338 Média 2684 2643 1587 2305 CV % 13,25 13,04 17,92 14,31 DMS 344 334 275 183

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.

Os resultados apresentados na tabela 8 reportaram que nenhuma das linhagens

avaliadas foi estatisticamente superior a melhor testemunha de cada grupo comercial.

A qualidade tecnológica do feijoeiro é determinada basicamente pelo seu

comportamento frente ao cozimento, etapa comum tanto aos processos de

industrialização, como para o consumo doméstico. O cozimento dos grãos de feijão,

segundo SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR (1999b), depende da capacidade de absorção

de água e das características do tegumento do grão no momento da colheita, além das

condições de armazenamento e das técnicas de processamento. Embora o tempo de

cozimento seja a característica determinante para aceitação de uma cultivar pelos

consumidores, outras características como Peanc, Peapc, PGI, EV e SSTc, cujas

aplicabilidades são de grande interesse para a seleção de genótipos superiores, foram

também determinadas nesse trabalho.

41

Desse modo, os valores médios individuais por local, referentes a cada época de

semeadura, encontram-se nos anexos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, respectivamente. Em relação à

época “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e

2007 os resultados estão apresentados respectivamente nos anexos 7, 8 e 9.

Na época “das águas”, os resultados analisados (Tabela 9), revelaram que

somente os genótipos do grupo comercial carioca IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-

1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e Z-28 apresentaram superior capacidade de

absorção de água antes do cozimento (Peanc) em relação a testemunha correspondente

do grupo comercial carioca (Pérola). Para a variável Peapc, os genótipos IAC-Alvorada,

Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1 e Z-28 do grupo comercial carioca, foram

estatisticamente superiores à testemunha Pérola. Já em relação ao tempo de cozimento,

apenas a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 foram superiores

em relação a testemunha (IAC-Carioca Tybatã). Para as variáveis PGI, EV e SSTc,

dentre os genótipos do grupo comercial carioca não ocorreram diferenças significativas.

Já para o grupo comercial preto, houve diferença significativa apenas para Peapc e PGI,

sendo os genótipos BRS-Grafite e BRS-Supremo superiores em relação a melhor das

testemunhas do grupo comercial preto.

Em relação aos dois cultivos na época “da seca” referente aos anos agrícolas de

2006 e 2007 (Tabela 9), os genótipos IAC-Alvorada e Gen 96A98-15-3-52-1

mostraram-se superiores em relação a melhor testemunha para a variável Peanc. As

linhagens do grupo comercial carioca Gen 96A98-15-52-1, CV-48 e o genótipo do

grupo comercial preto LP 98-122 foram superiores estatisticamente a testemunha Pérola

e FT-Nobre para a variável Peapc. Em relação ao tempo de cozimento apenas a cultivar

IAC-Alvorada apresentou tempo de cozimento inferior a testemunha, enquanto que a

linhagem Gen 96A3-P1-1-1, do grupo comercial preto, obteve a maior porcentagem de

grãos inteiros em relação à testemunha IAC-Una. Para as demais variáveis, não

ocorreram diferenças significativas.

Os genótipos que se destacaram na época “de inverno” (Tabela 9) foram a IAC-

Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e Z-28, os quais

apresentaram maior porcentagem de embebição de água antes do cozimento em relação

testemunha IAC-Carioca Tybatã, do grupo comercial carioca. Para o grupo comercial

preto, apenas a linhagem LP 98-122 foi superior estatisticamente a melhor testemunha.

Em relação a variável Peapc, a linhagem LP 01-38 foi a única superior a testemunha

Pérola do grupo comercial diversos. Os resultados para tempo de cozimento reportaram

42

que os genótipos BRS-Supremo do grupo comercial preto e IAC-Alvorada, Gen 96A98-

15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e Z-28 do grupo comercial diversos foram

superiores as testemunhas FT-Nobre e Pérola, respectivamente. Os genótipos do grupo

comercial carioca Gen 96A98-15-3-52-1 e BRS-Requinte apresentaram maior expansão

volumétrica em relação a melhor testemunha.

Ainda na Tabela 9, estão apresentados os resultados obtidos no conjunto dos

anos 2005/2006/2007. Pelos dados apresentados observou-se que alguns genótipos

mostraram-se superiores a melhor testemunha do grupo comercial carioca para as

características de Peanc, Peapc e TC, enquanto para as demais variáveis não houve

nenhum genótipo do grupo comercial carioca superior a melhor testemunha. Para a

variável Peanc, os resultados mostraram que os genótipos superiores em relação a

testemunha Pérola do grupo comercial carioca foram IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-

52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 9979, LP 01-38 e Z-28. Em relação a Peapc, apenas os

genótipos IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-1, LP 01-38 e CV-48 mostraram-se

significativos em relação a testemunha (Pérola). Os resultados apresentados para o

tempo de cozimento reportaram que os genótipos IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-

1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38, LP 9979 e Z-28 destacaram-se em relação a melhor

testemunha. Para o grupo comercial preto, os genótipos que se destacaram, por

apresentarem uma porcentagem de grãos inteiros superior a testemunha FT-Nobre

foram: LP 02-130, BRS-Supremo, BRS-Grafite e Gen 96A3-P1-1-1. Na análise

conjunta (Tabela 9), houve diferenciação da EV para o genótipo do grupo preto (LP 98-

122). Enquanto que no grupo comercial carioca os genótipos que se destacaram foram:

Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e C-48

Os coeficientes de variação obtidos, no conjunto dos anos, (Tabela 9): 2,63%,

3,60%, 3,53%, 16,00% e 4,51%, respectivamente, para os parâmetros Peanc, Peapc, TC,

PGI e EV foram considerados adequados segundo os padrões estabelecidos. Mesmo

para PGI, que apresentou os maiores valores devido a possíveis falhas na observação de

rupturas mínimas de tegumento na pré-análise dos grãos a serem avaliados, foram

considerados satisfatórios. Resultados semelhantes foram obtidos por CARBONELL et

al. (2003) e CARBONELL et al. (2005). O coeficiente de variação de 3,57% para a

característica sólidos solúveis totais no caldo (SSTc), quando comparado com os

resultados obtidos por SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR (1999a) e SCHOLZ &

FONSECA JÚNIOR (1999b), para genótipos de feijão preto (7,38%) e carioca

(10,89%) podem ser considerados adequados.

43

Ao se comparar as médias obtidas entre as épocas de semeadura (“das águas”,

“da seca” e “de inverno”), observou-se que a época “de inverno” foi a que propiciou

resultados superiores para Peanc (104,71%), em relação a época “das águas” (102,75%)

e “da seca” (102,18%), no entanto, os genótipos cultivados na época “das águas”

apresentaram tempo médio de cozimento inferior (26’15’’), em relação a média dos

genótipos cultivados no inverno (34’27’’). Resultado contrários foram obtidos por

(SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR, 1999a; SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR, 1999b;

DALLA CORTE et al., 2003; RODRIGUES et al., 2005b), que encontraram correlação

positiva entre absorção de água pelos grãos de feijão e o tempo de cozimento.

Entretanto, o resultado reforça a afirmação realizada por CARBONELL et al. (2003) em

que seleções de genótipos com base na utilização do teste de absorção de água pelos

grãos como indicativo do tempo de cozimento, são pouco expressivas e nem sempre

confiáveis devido à baixa correlação encontrada entre essas características.

Provavelmente, as diferentes respostas obtidas sejam possíveis em decorrência de

diferenças genéticas entre os genótipos e quanto ao tempo de embebição dos grãos em

água destilada, reforçando a afirmação de RODRIGUES et al. (2005b), sobre a

necessidade de se padronizar o tempo ideal de permanência dos grãos em embebição

para avaliação da capacidade de absorção de água.

Para o tempo de cozimento, destacou-se das demais a cultivar IAC-Alvorada,

recém lançada pelo IAC, que obteve resultados inferiores em relação aos da melhor

testemunha do grupo (Pérola e IAC- Carioca Tybatã), em todas as épocas. Tal resultado

é importante, pois gera uma economia de combustível e diminui o tempo dispensado no

preparo do feijão, uma vez que a busca por alimentos de rápido preparo estão se

tornando cada vez mais necessários. Além disso, podem também determinar a aceitação

de uma cultivar em nível comercial por toda as etapas da cadeia produtiva. Observou-se

também que os valores de tempo de cozimento para a época “das águas” foram

inferiores em relação aos das épocas “da seca” e “de inverno” (Tabela 9), resultado

esperado, uma vez que a época “das águas” é considerada como a mais propícia para se

diferenciar genótipos superiores para tempo de cozimento (CARBONELL et al., 2003).

No entanto, na literatura são encontrados valores inferiores para o tempo de cozimento

na época “da seca” (CARBONELL et al., 2003; CARBONELL et al., 2005;

FARINELLI, 2006), comprovando que o tempo de cozimento pode estar relacionado

com a qualidade do grão no momento da colheita.

44

Na tabela 9, nota-se também que para o parâmetro TC, a maioria dos genótipos

superiores aos padrões correspondentes foram as que apresentavam grãos do grupo

comercial carioca, indicando que neste grupo pode haver maior chance de sucesso para

se obter genótipos com menor tempo de cozimento. Dentre os genótipos do grupo

comercial preto, apenas a cultivar BRS-Supremo foi superior a testemunha FT-Nobre na

época “de inverno”, sugerindo qualidade superior para tempo de cozimento em relação

as testemunhas utilizadas e menor possibilidade de sucesso em se obter genótipos de

grãos pretos, superiores ao IAC-Una e FT-Nobre.

De acordo com os resultados médios obtidos para PGI, entre as três épocas de

cultivo, observou-se que os genótipos com menor porcentagem de embebição após o

cozimento, apresentaram maior porcentagem de grãos inteiros. A presença de grãos

inteiros, aspecto desejável na industrialização do feijão, foi superior na época “das

águas” (47,13%) e inferior na época “da seca” (35,89%). Para a característica PGI

somente os genótipos do grupo comercial preto foram superiores as testemunhas

correspondentes (IAC-Una e FT-Nobre). Esse resultado pode indicar maior

probabilidade de sucesso em se obter genótipos com grãos pretos superiores aos padrões

IAC-Una e FT-Nobre. Para o grupo comercial carioca não se observaram genótipos com

porcentagem de grãos inteiros superiores que as testemunhas. Esse fato sugere que as

testemunhas utilizadas já apresentam qualidade e que há pouca possibilidade em se

obter genótipos superiores as testemunhas IAC-Carioca Tybatã e Pérola.

Não houve diferenciação significativa em nenhuma das épocas de cultivo para

sólidos solúveis totais no caldo, importante determinador de qualidade em feijão, uma

vez que, maiores quantidades de SSTc conferem maior consistência no caldo.

De acordo com os resultados médios obtidos entre as épocas de cultivo “das

águas”, “da seca” e “de inverno” (Tabela 9), observou-se que na época “das águas”, o

teor de sólidos solúveis totais no caldo foi de 10,72%, provavelmente porque o tempo

de cozimento foi reduzido e a porcentagem de grãos inteiros superior, não permitindo a

liberação dos sólidos solúveis para o caldo. Já em relação à época “de inverno”, onde o

teor de sólidos solúveis foi maior (11,96%), houve aumento no tempo de cozimento e

redução na porcentagem de grãos inteiros. Assim, o aumento do tempo de permanência

dos grãos cozinhando pode ter favorecido o aumento do teor de SSTc. Na época “da

seca”, embora o tempo de cozimento tenha sido superior ao “das águas”, o teor de

sólidos solúveis totais no caldo foi de 11,57%; resultado que pode ser explicado pela

porcentagem maior de grãos partidos (64,11%), o que teria facilitado a liberação dos

45

sólidos solúveis para o caldo. De forma geral, o teor de sólidos totais no caldo, pode ser

influenciado pelo tempo de cozimento e porcentagem de grãos inteiros.

46

Tabela 9. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento(Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007.

Épocas Águas Seca Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc

(%) Peanc

(%) Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc

(%) IAC-Alvorada (C) 105,38* 153,06* 22,58* 28,06 0,52 10,04 107,01* 149,40 25,27* 35,60 0,52 11,09 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 105,09* 142,30* 25,46 59,60 0,55 10,69 102,16 138,83 32,15 45,03 0,50 10,87 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,02* 141,92* 23,11* 41,87 0,55 10,31 108,54* 157,22* 26,35 22,98 0,48 10,83 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,13 135,41 26,51 54,50 0,57 10,46 104,95 139,96 28,18 44,32* 0,52 12,71 IAC-Diplomata (P) 103,61 135,40 26,39 42,89 0,56 10,63 103,40 144,26 27,37 27,11 0,51 11,67 LP 9979 (C) 102,44 139,45 27,21 45,35 0,56 11,19 103,55 144,06 33,15 32,50 0,51 11,04 LP 01-38 (C) 104,59* 137,18 28,18 26,61 0,56 9,62 104,73 147,77 29,15 20,32 0,49 10,33 LP 98-122 (P) 103,43 138,44 24,01 38,32 0,55 11,92 108,98 150,98* 31,36 24,31 0,48 12,62 LP 02-130 (P) 100,77 141,21 24,12 37,21 0,55 11,67 101,07 142,93 26,21 44,02 0,53 11,61 BRS-Requinte (C) 102,69 134,92 25,31 56,77 0,56 10,33 88,44 139,08 27,52 37,88 0,53 10,55 BRS-Pontal (C) 100,48 130,57 29,00 42,86 0,56 9,87 94,66 146,31 31,24 36,01 0,51 11,81 BRS-Supremo (P) 104,24 132,95 27,09 77,35* 0,57 10,82 96,97 139,22 30,36 54,07 0,52 11,85 BRS-Grafite (P) 103,71 146,26* 23,28 45,28 0,54 11,35 107,38 147,99 30,24 36,64 0,52 12,65 CV-48 (C) 102,58 144,44 27,04 35,11 0,54 10,21 100,79 152,87* 28,09 37,25 0,50 10,15 Z 28 (C) 105,84* 141,45* 26,37 66,30 0,52 9,51 99,34 145,23 27,10 43,59 0,52 10,88 IAC-Carioca Tybatã (C) 93,33 129,11 27,37 62,31 0,56 10,91 95,77 145,69 30,36 24,12 0,52 12,86 Pérola (C) 100,34 134,69 28,11 51,25 0,55 12,69 102,41 136,99 28,16 54,86 0,52 10,36 IAC-Una (P) 101,46 136,20 24,11 51,85 0,56 9,99 104,08 143,79 27,21 37,96 0,52 12,55 FT-Nobre (P) 104,21 141,04 24,17 31,91 0,54 11,60 107,29 144,62 29,33 24,29 0,51 13,00 Média 102,75 138,74 26,15 47,13 0,55 10,72 102,18 145,11 29,30 35,89 0,51 11,57 CV % 2,79 3,84 3,20 15,36 3,99 3,43 2,82 3,56 3,99 14,08 5,63 3,81 DMS 2,78 5,15 2,30 7,01 0,02 0,44 2,78 4,99 2,75 4,89 0,03 0,53

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.

47

Continua Tabela 9. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento(Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 (Continuação).

Épocas Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc

(%) Peanc

(%) Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc

(%) IAC-Alvorada (C) 108,45* 144,27 34,12* 16,42 0,57 11,62 106,95* 148,91* 27,19* 26,69 0,54 10,91 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 108,32* 147,11 31,39* 37,40 0,52 10,98 105,19* 142,74 29,53* 47,34 0,52* 10,84 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 108,88* 145,09 30,32* 44,10 0,51* 10,56 107,81* 148,08* 26,27* 36,32 0,51* 10,71 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,19 141,86 39,33 38,54 0,53 12,70 104,09 139,08 31,20 45,79* 0,54 11,96 IAC-Diplomata (P) 105,36 138,75 34,15 37,73 0,56 12,72 103,95 139,47 29,14 35,71 0,54 11,67 LP 9979 (C) 105,13 141,36 38,40 36,44 0,53 11,67 103,70* 141,62 32,28 38,12 0,53 11,17 LP 01-38 (C) 111,11* 154,89* 32,28* 12,08 0,52 12,28 106,81* 146,61* 30,14 19,54 0,52* 10,74 LP 98-122 (P) 107,06* 140,77 33,55 39,88 0,53 12,50 106,49 143,40 29,38 34,17 0,52* 12,34 LP 02-130 (P) 96,02 135,62 32,49 61,10* 0,54 12,40 99,29 139,92 28,01 48,11* 0,54 11,89 BRS-Requinte (C) 98,07 137,82 34,28* 45,90 0,51* 11,10 96,40 137,27 29,27* 46,85 0,53 10,66 BRS-Pontal (C) 93,50 139,78 39,33 42,90 0,53 11,66 96,21 138,89 33,19 40,59 0,53 11,11 BRS-Supremo (P) 105,16 140,78 28,00* 46,28* 0,53 12,85 102,12 137,65 28,18 59,24* 0,54 11,84 BRS-Grafite (P) 108,60 138,20 35,31 54,94* 0,53 11,72 106,57 144,15 29,48 45,62* 0,53 11,90 CV-48 (C) 98,19 144,07 35,38 38,48 0,52 12,23 100,52 147,12* 30,30 36,95 0,52* 10,86 Z 28 (C) 109,80* 138,22 30,38* 41,40 0,54 11,89 104,99* 141,63 27,52* 50,43 0,53 10,76 IAC-Carioca Tybatã (C) 104,69 132,11 40,08 46,27 0,56 12,84 97,93 135,63 32,47 44,23 0,55 12,20 Pérola (C) 102,02 148,38 37,14 44,43 0,53 11,70 101,59 140,02 31,00 50,18 0,53 11,58 IAC-Una (P) 105,32 144,69 33,15 34,03 0,52 11,64 103,62 141,56 28,16 41,28 0,53 11,39 FT-Nobre (P) 108,64 144,23 32,05 33,14 0,53 12,70 106,71 143,30 28,39 29,78 0,53 12,43 Média 104,71 142,00 34,27 39,65 0,53 11,96 103,22 141,95 29,53 40,89 0,53 11,42 CV % 2,26 3,40 3,36 17,91 3,84 3,44 2,63 3,60 3,53 16,00 4,51 3,57 DMS 2,29 4,68 2,15 6,87 0,02 0,49 1,51 2,84 1,39 3,63 0,01 0,28

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.

48

4.2 Teor de Proteína Bruta e Teor de Água dos Grãos: Análise de Variância Individual e Conjunta

Os principais objetivos dos programas de melhoramento genético do feijoeiro no

Brasil sempre estiveram embasados na obtenção de cultivares mais produtivas,

resistentes às pragas e às doenças, e com melhores características agronômicas. No

entanto, busca-se também melhoria da qualidade tecnológica e nutricional dos grãos,

visando atender as exigências do mercado consumidor.

O desafio para o melhoramento genético está no desenvolvimento de genótipos

com teores diferenciados de proteína bruta para tornar o feijão um alimento funcional e

de alta qualidade, o que possibilitará maiores benefícios à saúde da população brasileira,

uma vez que, o feijão é um dos principais ingredientes da cesta básica nacional, e a

principal fonte de consumo direto de proteína de origem vegetal.

Os valores médios do teor de proteína bruta e do teor de água dos grãos para

cada localidade e época de semeadura estão apresentados respectivamente nos anexos

10, 11, 12, 13, 14 e 15. Os resultados médios referentes às épocas de cultivo “das

águas” de 2005 e 2006, “da seca” dos anos de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e

2007, encontram-se no anexo 16.

Para comparação entre as médias dos genótipos avaliados em relação a melhor

testemunha do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) e do grupo comercial

carioca ou diversos (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) utilizou-se o teste de Dunnett, ao

nível de 5% de significância, como instrumento para verificar diferenças significativas

entre as médias gerais referentes aos locais e épocas de plantio dos genótipos de

feijoeiro.

Na tabela 10, são apresentados os resultados para o teor de proteína bruta e teor

de água dos grãos obtidos nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”, bem como

a análise conjunta dos dados dos anos agrícolas de 2005/2006/2007.

49

Tabela 10. Valores médios do teor de proteína bruta (expressos em base seca) e do teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no Estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007.

Águas Seca Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

PB (%)

T.G.A. (%)

PB (%)

T.G.A. (%)

PB (%)

T.G.A. (%)

PB (%)

T.G.A. (%)

IAC-Alvorada (C) 22,57* 7,36 23,82 9,73 22,04* 8,20 22,81* 8,43 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,01 7,36 22,55 9,41 22,12* 7,47 21,89 8,08 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,87* 7,50 23,05 9,08 23,80* 7,92* 23,31* 8,11 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,40* 7,41 24,29* 9,06 22,20* 7,98 22,96* 8,15 IAC-Diplomata (P) 23,30* 7,51 24,55 9,35 23,04* 8,17 23,62* 8,34 LP 9979 (C) 19,58 7,20 21,16 9,69 21,56 7,94* 20,69 8,31 LP 01-38 (C) 18,88 7,79 20,55 8,61 19,13 7,76 19,52 8,05 LP 98-122 (P) 20,68 7,28 22,66 9,76 20,99 7,78 21,44 8,27 LP 02-130 (P) 18,54 7,77* 21,57 9,82 19,04 7,67 19,71 8,42 BRS-Requinte (C) 21,48 7,58 23,72 8,37 21,35 7,94* 22,18 7,96 BRS-Pontal (C) 21,13 7,61 22,86 9,19 21,05 7,57 21,68 8,12 BRS-Supremo (P) 21,88* 7,20 22,78 9,46 21,26 7,47 21,97 8,04 BRS-Grafite (P) 21,63 7,31 23,12 9,77 22,71* 8,05 22,49* 8,37 CV-48 (C) 21,58 7,28 23,02 8,71 20,75 7,98* 21,78 7,99 Z 28 (C) 20,44 7,43 23,13 9,87 20,73 8,13* 21,43 8,48 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,42 7,57 23,94 9,59 21,17 7,57 22,18 8,24 Pérola (C) 21,62 7,43 22,36 10,04 21,45 7,48 21,81 8,31 IAC-Una (P) 20,93 7,38 22,86 9,52 21,24 7,98 21,67 8,29 FT-Nobre (P) 21,38 7,08 23,50 9,10 20,30 7,70 21,72 7,96 Média 21,23 7,42 22,93 9,36 21,35 7,83 21,83 8,21 CV % 1,91 3,29 1,72 3,44 1,80 3,14 1,81 3,33 DMS 0,49 0,29 0,47 0,39 0,46 0,29 0,27 0,19

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial Preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.

Na época “das águas”os genótipos que mostraram superioridade em relação a

testemunha FT-Nobre, do grupo comercial preto, foram Gen 96A3-P1-1-1, IAC-

Diplomata e BRS-Supremo. Para o grupo comercial carioca, os genótipos IAC-

Alvorada e Gen 96A98-15-3-52-1 foram superiores em relação a testemunha Pérola.

Apenas a linhagem LP 02-130 foi estatisticamente superior a testemunha FT-Nobre do

grupo comercial preto em relação ao teor de água dos grãos.

O genótipo Gen 96A3-P1-1-1 foi o único que apresentou resultado superior a

melhor testemunha do grupo comercial preto (FT-Nobre) para teor de proteína bruta, na

época “da seca”. Em relação ao teor de água dos grãos não ocorreram diferenças

significativas.

Na época “de inverno”, a cultivar IAC-Alvorada e as linhagens Gen 96A98-15-

3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, pertencentes ao grupo comercial diversos, foram

50

superiores testemunha Pérola para teor de PB. No grupo comercial preto, os genótipos

Gen 96A3-P1-1-1, IAC-Diplomata e BRS-Grafite foram superiores a testemunha IAC-

Una. Para o T.G.A. dos grãos nenhum dos genótipos foi superior as testemunhas.

Em relação a análise conjunta dos dados, a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem

Gen 96A98-15-3-52-1 apresentaram níveis elevados de proteína dentre os genótipos do

grupo comercial carioca. Os genótipos Gen 96A3-P1-1-1, IAC-Diplomata e BRS-

Grafite foram superiores a melhor testemunha do grupo comercial preto para teor de

proteína bruta. Em relação ao T.G.A., nenhum dos genótipos avaliados apresentaram

diferença significativa.

A época “da seca” propiciou resultados médios maiores para o teor de proteína

bruta (22,93%) e teor de água dos grãos (9,36%), em relação à época “de inverno”

(21,35%) e (7,83%) e “das águas” (21,23%) e (7,42%), respectivamente.

Mesmo estando os conteúdos de proteína dos feijões expressos em base seca, o

teor médio nos grãos, de 21,83% (Tabela 10), foi inferior aos valores 22,7% e 25,4%,

verificados por PÁRRAGA et al. (1981) e PIMENTEL et al. (1988) em duzentas

cultivares e em vinte linhagens de feijoeiro, respectivamente. Esses resultados

corroboram, porém, com LAJOLO et al. (1996), que afirmaram haver variações na

composição de proteína do feijão em função do local de cultivo, condições climáticas e

da própria cultivar.

O teor de proteína bruta nas sementes depende muito da produção de grãos,

sendo que, quanto menor a produtividade de grãos, maior o teor de proteína bruta e

vice-versa (RAMOS JUNIOR, 2002). Nas condições experimentais desse trabalho,

alguns genótipos mais produtivos (Tabela 8) apresentaram teores de proteína

relativamente menores (Tabela 10). No entanto, essa condição não prevaleceu para

todos os genótipos.

Os resultados obtidos com esse estudo mostraram que a produtividade nem

sempre é inversamente proporcional ao teor de proteína nos grãos, pois, segundo

RAMOS JÚNIOR (2002), se houver adequada nutrição e irrigação evita-se o estresse,

permitindo que a planta produza satisfatoriamente sem que o teor de proteína seja

diminuído. LEMOS et al. (1996) e DALLA CORTE et al. (2003) sugeriram que é

necessário um melhor entendimento dos efeitos genéticos, ambientais e da interação

desses sob essa característica, haja visto que foram encontrados efeitos significativos da

interação genótipos x ambientes para o teor de proteína bruta nos grãos (Anexos 10, 11,

12, 13, 14 e 15) e, na literatura são encontrados valores de herdabilidade para o teor de

51

proteína bruta nos grãos no sentido amplo, variando de 30% a 83,43% (LELEJI et al.,

1972; ELIA et al., 1996, citado por LONDERO, 2005; LONDERO et al., 2005).

4.3 Qualidade Tecnológica: Adaptabilidade e Estabilidade

O Instituto Agronômico (IAC), por meio do programa de melhoramento

genético do feijoeiro, vem ao longo dos anos buscando desenvolver cultivares que

apresentem caracteres agronômicos desejáveis, produtividades superiores as

encontradas em outros cultivares em produção, resistência às pragas e doenças e

qualidades tecnológicas e nutricionais dos grãos acima dos níveis médios de outras

cultivares registradas no MAPA.

De maneira geral, os programas de melhoramento demandam muitos anos de

trabalho em condições de campo, onde são selecionadas plantas em gerações

segregantes com o intuito de buscar a uniformidade genética. A partir desse momento,

aqueles genótipos considerados promissores precisam ser avaliados em vários

ambientes (locais e anos) a fim de se obter informações consistentes sobre a

adaptabilidade e a estabilidade para que, desta forma, possam ser recomendados para

cultivo pelos agricultores (MURAKAMI et al., 2004).

Nas tabelas 11 e 12 encontram-se tanto os índices ambientais (I), quanto, a

classificação dos ambientes em favoráveis (+) e desfavoráveis (-).

Pelos resultados observados nas tabelas 11 e 12, foi possível notar, que os

fatores, épocas (“águas”, “seca” e “inverno”) e anos (2005, 2006 e 2007) foram

marcantes na classificação dos locais de experimentação em ambientes favoráveis e

desfavoráveis.

52

Tabela 11. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base nos índices ambientais (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (kg.ha-1)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 588.71 Favorável Mococa Águas/2005 -366.94 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -802.65 Desfavorável Avaré Águas/2006 -276.07 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 661.82 Favorável Mococa Águas/2006 195.14 Favorável Avaré Seca/2006 1425.39 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -923.25 Desfavorável Mococa Seca/2006 -632.46 Desfavorável Avaré Seca/2007 809.73 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -448.76 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -230.92 Desfavorável Colina Inverno/2006 716.10 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 379.74 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 432.08 Favorável Araras Inverno/2007 -765.88 Desfavorável Colina Inverno/2007 -420.42 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -341.61 Desfavorável

Tabela 12. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (kg.ha-1)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 965.88 Favorável Mococa Águas/2005 10.23 Favorável Tatuí Águas/2005 -425.48 Desfavorável Avaré Águas/2006 101.11 Favorável Capão Bonito Águas/2006 1039.00 Favorável Mococa Águas/2006 572.31 Favorável Avaré Seca/2006 -5.04 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -341.40 Desfavorável Mococa Seca/2006 -289.05 Desfavorável Avaré Seca/2007 1769.43 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -579.20 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -288.41 Desfavorável Colina Inverno/2006 -1487.54 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -1141.56 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -1062.75 Desfavorável Araras Inverno/2007 1153.77 Favorável Colina Inverno/2007 -104.43 Desfavorável Mococa Inverno/2007 113.12 Favorável

53

Embora a variável produtividade não faça parte da qualidade tecnológica dos

grãos, os resultados estão apresentados na tabela 13, e a sua discussão é de grande

importância, pois, trata-se de uma das principais características avaliadas dentro do

programa de melhoramento.

Tabela 13. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN & BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para produtividade média de grãos (kg.ha-1), de 19 genótipos de feijoeiro avaliados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes desfavoráveis.

Águas Seca Cultivares e Linhagens Média

Kg.ha-1 Pi .10

-5 Pif.10-5 Pid.10

-5 Média Kg.ha-1

Pi.10-5 Pif.10

-5 Pid.10-5

IAC-Alvorada (C) 2531 13,8 13,7 13,9 2642 32,8 33,9 32,2 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2793 10,3 13,0 7,5 2691 31,9 38,4 28,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2450 15,4 17,1 13,6 2416 39,7 52,1 33,6 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 2200 19,6 21,3 17,8 2289 42,9 57,7 35,5 IAC-Diplomata (P) 2483 14,6 17,4 11,8 2402 39,4 42,7 37,8 LP 9979 (C) 2859 8,8 8,3 9,2 2940 26,2 30,3 24,1 LP 01-38 (C) 3053 6,6 4,4 8,7 3004 24,7 19,7 27,2 LP 98-122 (P) 2591 13,0 12,8 13,3 2643 32,9 35,6 31,5 LP 02-130 (P) 2916 8,1 6,2 10,0 2618 33,7 41,2 29,9 BRS-Requinte (C) 2493 14,2 13,1 15,5 2666 32,2 33,4 31,6 BRS-Pontal (C) 2861 9,2 7,4 11,1 2883 27,3 21,6 30,1 BRS-Supremo (P) 2722 11,0 14,9 7,1 2520 36,9 49,9 30,4 BRS-Grafite (P) 2496 14,3 14,5 14,1 2806 28,9 35,6 25,6 CV-48 (C) 2849 9,4 9,0 9,8 2559 35,2 41,2 32,1 Z 28 (C) 2818 9,5 7,5 11,4 2804 29,4 37,2 25,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 2505 14,9 16,8 12,9 2504 36,6 43,8 33,0 Pérola (C) 2874 8,6 6,9 10,2 2693 32,2 31,1 32,8 IAC-Una (P) 2697 11,5 12,1 10,9 2620 34,1 38,9 31,7 FT-Nobre (P) 2805 9,7 8,0 11,5 2668 32,3 40,9 28,1

54

Continua Tabela 13. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN & BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para produtividade média de grãos (kg.ha-1), de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes desfavoráveis.

Considerando a época “das águas”, com os ambientes favoráveis e os

desfavoráveis, as linhagens LP 01-38, LP 9979, BRS-Pontal e CV-48 do grupo

comercial carioca e LP 02-130 do grupo comercial preto, foram aquelas com

desempenho próximo do máximo da média dos seis ambientes (3053 kg.ha-1), ou seja,

apresentaram menores estimativas de Pi (Tabela 13). As linhagens Gen 96A98-15-3-52-

1 (carioca) e Gen 96A3-P1-1-1 (preto), não apresentaram um bom desempenho entre os

genótipos avaliados. Ao examinar os ambientes favoráveis (Tabela 11), as linhagens LP

01-38, LP 02-130 e a testemunha Pérola tiveram os menores valores de (Pif), enquanto

que nos ambientes desfavoráveis (Pid) (Tabela 11) o genótipo do grupo comercial preto

BRS-Supremo e as linhagens do grupo comercial carioca Gen 96A45-3-51-52-1 e LP

01-38 se destacaram pelo bom desempenho (Tabela 13). Entre os genótipos avaliados

destacam-se, pela baixa performance aos ambientes favoráveis, a linhagem Gen 96A3-

P1-1-1 e a cultivar IAC-Diplomata, ambas de grãos pretos. Enquanto que, para os

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens Média

Kg.ha-1 Pi .10

-5 Pif.10-5 Pid.10

-5 MédiaKg.ha-1

Pi.10-5 Pif.10

-5 Pid.10-5

IAC-Alvorada (C) 1679 10,8 9,5 12,1 2277 41,6 44,1 39,5 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 1488 13,5 13,9 13,2 2324 40,8 41,3 40,3 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 1434 14,3 16,2 12,5 2100 47,2 52,7 42,8 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 1515 13,1 15,5 10,8 2001 50,1 59,0 43,0 IAC-Diplomata (P) 1629 11,4 9,2 13,5 2171 44,9 48,4 42,2 LP 9979 (C) 1635 11,2 11,5 10,9 2478 36,2 35,9 36,4 LP 01-38 (C) 1615 11,6 12,1 11,1 2558 34,0 30,4 36,9 LP 98-122 (P) 1612 11,5 11,7 11,3 2282 41,4 42,4 40,6 LP 02-130 (P) 1802 9,0 9,2 8,9 2445 37,0 39,2 35,3 BRS-Requinte (C) 1736 9,8 9,1 10,4 2298 40,9 44,2 38,4 BRS-Pontal (C) 1679 11,1 10,5 11,8 2474 36,4 32,9 39,3 BRS-Supremo (P) 1568 12,6 13,1 12,2 2270 42,5 45,7 39,9 BRS-Grafite (P) 1507 13,1 15,0 11,2 2270 41,8 48,8 40,2 CV-48 (C) 1706 10,3 10,9 9,7 2371 39,2 40,5 38,2 Z 28 (C) 1386 15,2 17,2 13,1 2336 40,1 38,3 41,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 1438 14,5 14,3 14,6 2149 45,7 48,8 43,2 Pérola (C) 1624 11,8 9,7 13,8 2397 38,4 36,4 40,1 IAC-Una (P) 1553 12,4 12,3 12,4 2290 41,6 41,3 41,8 FT-Nobre (P) 1540 12,7 12,0 13,4 2338 40,0 40,7 39,4

55

ambientes classificados como desfavoráveis os genótipos Gen 96A3-P1-1-1 (grupo

comercial preto) e BRS-Requinte (grupo comercial carioca) apresentaram desempenho

inferior em relação aos demais genótipos avaliados.

Considerando todos os ambientes da época “da seca”, observou-se desempenho

próximo do máximo da média dos seis ambientes (3004 kg.ha-1) para as linhagens LP

01-38, LP 9979, BRS-Pontal e Z-28 do grupo comercial carioca e BRS-Grafite do grupo

comercial preto. As linhagens Gen 96A3-P1-1-1 e Gen 96A98-15-3-52-1 foram as de

menor estabilidade entre os 19 genótipos avaliados (Tabela 13). Em relação aos

ambientes favoráveis (Tabela 11), as linhagens LP 01-38 e BRS-Pontal foram as que

apresentaram os menores valores de Pif. Enquanto que, nos ambientes desfavoráveis, Pid

(Tabela 11) as linhagens LP 9979, Z-28 e BRS-Grafite se destacaram como as mais

estáveis e adaptadas (Tabela 13). Os desempenhos mais baixos foram observados nos

genótipos Gen 96A3-P1-1-1 (preto) e Gen 96A98-15-3-52-1 (carioca) para os ambientes

favoráveis, e IAC-Diplomata e Gen 96A3-P1-1-1 para os desfavoráveis.

Considerando a época “de inverno” (Tabela 13), conjuntamente com os

ambientes favoráveis e os desfavoráveis (Tabela 11), observou-se que as linhagens LP

02-130, BRS-Requinte e CV-48, apresentaram desempenho próximo do máximo da

média dos seis ambientes (1802 kg.ha-1), ou seja, menores estimativas de Pi. A

testemunha IAC-Carioca Tybatã foi a menos estável entre os genótipos avaliados. As

linhagens BRS-Requinte, do grupo comercial carioca, a linhagem LP 02-130 e a cultivar

IAC-Diplomata, do grupo comercial preto, foram os genótipos mais responsivos a

melhoria do ambiente, enquanto que os genótipos mais tolerantes aos ambientes

desfavoráveis foram LP 02-130, CV-48 e BRS-Requinte (Tabela 11).

Os resultados obtidos no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 (Tabela 13)

demonstraram que as linhagens do grupo comercial carioca LP 01-38, LP 9979 e BRS-

Pontal comportaram-se como as mais estáveis, ou seja, apresentaram menores

estimativas de Pi. As linhagens que apresentaram desempenho inferior entre os

genótipos avaliados foram Gen 96A98-15-3-52-1 (grãos carioca) e Gen 96A3-P1-1-1

(grãos pretos). Examinando os ambientes favoráveis (Tabela 12), as linhagens LP 01-38

e BRS-Pontal tiveram os menores valores de Pif enquanto que, nos ambientes

desfavoráveis (Tabela 12), os genótipos LP 02-130, LP 9979 e LP 01-38 se destacaram

como os mais adaptados. Desempenho inferior aos demais foi observado na linhagem

Gen 96A3-P1-1-1 para o ambiente favorável e, para o ambiente desfavorável, na

56

testemunha IAC-Carioca Tybatã e na linhagem Gen 96A3-P1-1-1 de grãos pretos

(Tabela 13).

O comportamento diferencial dos genótipos em relação à adaptabilidade e

estabilidade foi influenciado pelas condições ambientais. Este fato dificulta a

recomendação de cultivares para o conjunto das épocas estudadas, pois nessas

circunstâncias, não se pode fazer recomendação uniforme para o conjunto das épocas,

sem prejuízo na produção obtida.

No presente estudo, as linhagens LP 01-38 e LP 9979 apresentaram estabilidade

de produção, tolerância a ambientes desfavoráveis e responsividade aos favoráveis, ou

seja, se houver o manejo correto da cultura, o genótipo responderá de forma satisfatória,

o que implica em maior rendimento de grãos e, conseqüentemente, maior rentabilidade

ao produtor.

4.3.1 Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc)

A classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis para Porcentagem

de absorção de água antes do cozimento (Peanc) e seus respectivos índices ambientais

(I), estão apresentados nas tabelas 14 e 15. Na tabela 14 encontram-se os índices

ambientais das épocas, “das águas” dos anos de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007

e da época “de inverno” dos anos de 2006 e 2007. Os ambientes desfavoráveis são os

que apresentam índices ambientais negativos, e ambientes favoráveis são aqueles cujos

índices ambientais são positivos.

57

Tabela 14. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 1.52 Favorável Mococa Águas/2005 1.75 Favorável Tatuí Águas/2005 1.59 Favorável Avaré Águas/2006 -1.35 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -0.80 Desfavorável Mococa Águas/2006 -2.70 Desfavorável Avaré Seca/2006 -7.62 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 0.50 Favorável Mococa Seca/2006 -1.24 Desfavorável Avaré Seca/2007 1.57 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -2.46 Desfavorável Tatuí Seca/2007 9.24 Favorável Colina Inverno/2006 -0.68 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -1.82 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 2.66 Favorável Araras Inverno/2007 -4.93 Desfavorável Colina Inverno/2007 4.75 Favorável Mococa Inverno/2007 0.02 Favorável

Tabela 15. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 1,06 Favorável Mococa Águas/2005 1,30 Favorável Tatuí Águas/2005 1,14 Favorável Avaré Águas/2006 -1,80 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -1,25 Desfavorável Mococa Águas/2006 -3,16 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,82 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -0,32 Desfavorável Mococa Seca/2006 4,17 Favorável Avaré Seca/2007 -8,64 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,52 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -2,26 Desfavorável Colina Inverno/2006 -3,59 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 6,26 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,52 Favorável Araras Inverno/2007 0,55 Favorável Colina Inverno/2007 -3,49 Desfavorável Mococa Inverno/2007 8,22 Favorável

58

Considerando a época “das águas”, com os ambientes favoráveis e desfavoráveis

(Tabela 14), a cultivar IAC-Alvorada e as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e Z-28,

foram as que apresentaram as menores estimativas de Pi (Tabela 16). A testemunha

IAC-Carioca Tybatã apresentou a menor estabilidade entre os 19 genótipos avaliados

(Tabela 16). Para os ambientes favoráveis, os genótipos que apresentaram os menores

valores de Pif foram Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1 e IAC-Alvorada,

enquanto nos ambientes desfavoráveis à testemunha Pérola e a linhagem Z-28 se

destacaram como as mais estáveis (Tabela 16). Desempenho inferior foi observado na

testemunha IAC-Carioca Tybatã para o ambiente favorável. Enquanto que, nos

ambientes desfavoráveis as testemunhas Pérola e IAC-Carioca Tybatã apresentaram

performance inferior em relação aos demais genótipos avaliados.

Tabela 16. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média

% Pi .10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1 Média

% Pi.10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1

IAC-Alvorada (C) 105,38 4,9 2,7 7,1 107,01 15,0 19,3 10,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 105,09 5,7 2,1 9,3 102,16 24,1 26,2 21,9

Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,02 4,5 2,4 6,7 108,54 11,5 12,4 10,6

Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,13 8,4 6,5 10,2 104,95 17,9 20,2 15,7

IAC-Diplomata (P) 103,61 7,0 4,9 9,1 103,40 21,3 26,9 15,7

LP 9979 (C) 102,44 8,2 8,5 7,8 103,55 20,5 16,5 24,5

LP 01-38 (C) 104,59 5,5 5,1 5,8 104,73 19,2 25,2 13,2

LP 98-122 (P) 103,43 7,4 3,5 11,3 108,98 11,7 15,4 8,1

LP 02-130 (P) 100,77 10,3 10,2 10,2 101,07 27,9 30,9 24,9

BRS-Requinte (C) 102,69 7,8 5,9 9,7 88,44 66,2 50,4 82,0

BRS-Pontal (C) 100,48 11,6 16,6 6,5 94,66 46,3 25,9 66,7

BRS-Supremo (P) 104,24 5,8 5,3 6,2 96,97 39,9 29,9 49,9

BRS-Grafite (P) 103,71 6,9 8,8 5,1 107,38 14,6 18,0 11,1

CV-48 (C) 102,58 7,7 9,4 6,1 100,79 28,4 25,9 30,6

Z 28 (C) 105,84 4,9 5,3 4,6 99,34 30,9 23,5 38,3

IAC-Carioca Tybatã (C) 93,33 27,9 47,5 8,3 95,77 40,7 49,1 32,3

Pérola (C) 100,34 13,4 22,3 4,7 102,41 23,4 15,4 31,7

IAC-Una (P) 101,46 9,0 8,7 9,3 104,08 20,1 24,2 16,0

FT-Nobre (P) 104,21 6,1 4,4 7,9 107,29 15,2 22,8 7,7

59

Continua Tabela 16. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Na época “da seca” as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 98-122

apresentaram boa adaptabilidade e estabilidade geral. Em relação aos ambientes

favoráveis, a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a testemunha Pérola foram as que

apresentaram os menores valores de Pif, enquanto que, nos ambientes desfavoráveis

Pid, a linhagem LP 98-122 e a testemunha FT-Nobre se destacaram das demais, sendo

superiores (Tabela 16).

Considerando a época “de inverno” (Tabela 16), conjuntamente com os

ambientes favoráveis e desfavoráveis, observou-se que a linhagem LP 01-38 foi a que

apresentou maior estabilidade geral Pi entre os materiais avaliados. O genótipo LP 02-

130 apresentou desempenho inferior entre os genótipos observado. A linhagem LP 01-

38 foi a mais responsiva nos ambientes favoráveis, enquanto que, os genótipos mais

tolerantes aos ambientes desfavoráveis foram LP 01-38 e Z-28.

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média

% Pi .10-1 Pif.10

-1 Pid.10-1

Média% Pi.10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1

IAC-Alvorada (C) 108,45 7,9 8,1 7,7 106,95 13,9 14,4 13,4 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 108,32 7,5 5,9 9,1 105,19 16,9 14,1 19,8 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 108,88 7,4 8,8 6,1 107,81 12,3 11,6 12,9 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,19 11,9 9,1 14,7 104,09 18,4 17,5 19,3 IAC-Diplomata (P) 105,36 11,7 13,9 9,5 103,95 18,9 20,5 17,3 LP 9979 (C) 105,13 13,1 17,6 8,6 103,70 19,6 19,6 19,7 LP 01-38 (C) 111,11 4,7 4,2 5,3 106,81 14,1 15,3 12,9 LP 98-122 (P) 107,06 9,9 6,4 13,4 106,49 14,9 12,9 17,0 LP 02-130 (P) 96,02 46,1 19,2 72,9 99,29 35,0 25,7 44,3 BRS-Requinte (C) 98,07 28,4 20,5 36,2 96,40 40,2 30,1 50,2 BRS-Pontal (C) 93,50 40,7 43,9 37,6 96,21 40,4 36,9 43,9 BRS-Supremo (P) 105,16 13,3 16,4 9,9 102,12 24,7 21,9 27,6 BRS-Grafite (P) 108,60 8,1 8,5 7,7 106,57 14,9 17,7 12,1 CV-48 (C) 98,19 26,8 23,9 29,8 100,52 27,4 28,6 26,2 Z 28 (C) 109,80 5,9 6,4 5,3 104,99 18,0 15,4 20,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 104,69 13,2 14,6 11,8 97,93 34,8 46,0 23,5 Pérola (C) 102,02 20,8 29,4 12,2 101,59 25,9 30,9 20,8 IAC-Una (P) 105,32 12,5 13,5 11,6 103,62 19,8 22,6 16,9 FT-Nobre (P) 108,64 7,5 6,8 8,1 106,71 14,4 15,1 13,7

60

Os resultados obtidos no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 (Tabela 16)

demonstraram que apenas a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 comportou-se como a mais

estável. As linhagens que apresentaram desempenho inferior entre os genótipos

avaliados foram BRS-Requinte e BRS-Pontal. Examinando os ambientes favoráveis

(Tabela 15) para o conjunto das três épocas, as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP

98-122 tiveram o menor valor de Pif (Tabela 15), enquanto que nos ambientes

desfavoráveis (Tabela 15) as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1, LP 01-38 e BRS-Grafite

destacaram-se como as melhores (Tabela 16).

As diferenças apresentadas podem ter ocorrido, sobretudo, pelo fato dos grãos

apresentarem diferentes condições no momento da colheita (seca ou chuva), interferindo

na qualidade fisiológica e nas características do tegumento (integridade das

membranas), influenciando, dessa forma, na absorção de água e no tempo de cozimento

(SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR 1999 b).

4.3.2 Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc)

A classificação dos locais em favoráveis e desfavoráveis, bem como, seus

índices ambientais encontram-se nas tabelas 16 e 17. A tabela 18 reporta os resultados

obtidos para estabilidade e adaptabilidade para Peapc nas épocas “das águas”, “da seca”

e “de inverno” e no conjunto das três épocas de semeadura.

Na época “das águas” (Tabela 19), a cultivar IAC-Alvorada foi estável e

responsiva nos ambientes favoráveis, enquanto que a testemunha IAC-Carioca Tybatã,

apresentou-se como a de menor desempenho no ambiente favorável. Examinando os

ambientes desfavoráveis, a linhagem Z-28 foi a mais estável e adaptada, enquanto que

as cultivares IAC-Carioca Tybatã e Pérola foram de desempenho inferiores entre os

genótipos avaliados.

Em relação à época “da seca”, o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1 apresentou-se

como o de menor valor da estimativa Pi, sendo por tanto o mais estável. O de maior

valor Pi, ou seja, o menos estável, foi a testemunha Pérola. Para os ambientes favoráveis

(Tabela 16), as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 98-122 foram as de menor Pi e,

nos ambientes desfavoráveis (Tabela 17) às linhagens com resultados mais satisfatórios

foram Gen 96A98-15-3-52-1 e CV-48. As linhagens BRS-Requinte e BRS-Grafite

foram as que apresentaram resultados menos satisfatórios nos ambientes favoráveis,

enquanto que o genótipo Gen 96A3-P1-1-1 foi inferior nos ambientes desfavoráveis.

61

Tabela 17. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 16,50 Favorável Mococa Águas/2005 6,35 Favorável Tatuí Águas/2005 2,00 Favorável Avaré Águas/2006 -20,24 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 2,23 Favorável Mococa Águas/2006 -6,85 Desfavorável Avaré Seca/2006 -8,22 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -6,73 Desfavorável Mococa Seca/2006 -8,00 Desfavorável Avaré Seca/2007 15,24 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,47 Desfavorável Tatuí Seca/2007 8,19 Favorável Colina Inverno/2006 -0,45 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -12,32 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 5,48 Favorável Araras Inverno/2007 -11,43 Desfavorável Colina Inverno/2007 1,04 Favorável Mococa Inverno/2007 17,68 Favorável

Tabela 18. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas

(%) Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 13,30 Favorável Mococa Águas/2005 3,15 Favorável Tatuí Águas/2005 -1,20 Desfavorável Avaré Águas/2006 -23,44 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -0,97 Desfavorável Mococa Águas/2006 -10,05 Desfavorável Avaré Seca/2006 -0,39 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -12,26 Desfavorável Mococa Seca/2006 5,55 Favorável Avaré Seca/2007 -5,05 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -3,56 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -4,83 Desfavorável Colina Inverno/2006 -11,59 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 1,11 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 17,74 Favorável Araras Inverno/2007 18,42 Favorável Colina Inverno/2007 2,70 Favorável Mococa Inverno/2007 11,37 Favorável

62

Analisando os resultados da tabela 19 para a época “de inverno” com todos os

ambientes (favoráveis e desfavoráveis), a linhagem LP 01-38 apresentou a menor

estimativa de Pi e a linhagem LP 02-130 foi a menos estável entre os 19 genótipos

avaliados. Para os ambientes favoráveis (Tabela 17), observou-se que o genótipo LP 01-

38 apresentou o menor valor de Pif, enquanto que, nos ambientes desfavoráveis (Tabela

17) a testemunha Pérola destacou-se, apresentando resultados superiores aos demais.

Desempenho inferior foi observado na testemunha IAC-Carioca Tybatã para os

ambientes favoráveis e na linhagem LP 02-130 nos ambientes desfavoráveis.

No conjunto total das médias das três épocas, pela tabela 19, observou-se que a

cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 como as mais estáveis, ou

seja, com os menores valores de Pi e a testemunha IAC-Carioca Tybatã como a menos

estável. Em relação aos ambientes favoráveis (Tabela 18), as linhagens LP 98-122 e

Gen 96A98-15-3-52-1 foram classificadas como as de desempenho superior. A cultivar

IAC-Alvorada foi a mais adaptada aos ambientes desfavoráveis enquanto que, a

testemunha IAC-Carioca Tybatã, apresentou desempenho inferior nos ambientes

favoráveis. Já o genótipo Gen 96A3-P1-1-1 obteve resultado inferior aos demais para

absorção de água após o cozimento, nos ambientes desfavoráveis.

63

Tabela 19. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Águas Seca Cultivares e Linhagens Média

% Pi .10

-2 Pif.10-2 Pid.10

-2 Média

% Pi.10

-2 Pif.10-2 Pid.10

-2

IAC-Alvorada (C) 153,06 12,9 10,8 17,1 149,40 6,7 7,6 6,2 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 142,30 18,1 16,8 20,9 138,83 11,2 10,9 11,4 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 141,92 18,4 17,6 19,9 157,22 4,2 3,9 4,3 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 135,41 22,6 22,7 22,3 139,96 11,6 5,9 14,4 IAC-Diplomata (P) 135,40 22,6 21,5 24,9 144,26 8,5 9,9 7,8 LP 9979 (C) 139,45 20,0 18,6 22,9 144,06 9,4 5,7 11,3 LP 01-38 (C) 137,18 21,3 21,8 20,4 147,77 7,9 8,7 7,5 LP 98-122 (P) 138,44 20,8 18,9 24,3 150,98 7,7 4,1 9,5 LP 02-130 (P) 141,21 19,0 16,5 24,1 142,93 9,1 12,2 7,6 BRS-Requinte (C) 134,92 23,2 22,0 25,4 139,08 10,8 13,5 9,5 BRS-Pontal (C) 130,57 26,5 27,8 23,9 146,31 7,8 4,9 9,3 BRS-Supremo (P) 132,95 24,5 26,0 21,5 139,22 11,6 13,4 10,6 BRS-Grafite (P) 146,26 15,9 15,9 16,1 147,99 7,7 6,5 8,3 CV-48 (C) 144,44 17,1 16,5 18,3 152,87 5,7 8,1 4,5 Z 28 (C) 141,45 20,3 23,9 12,9 145,23 8,2 11,5 6,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 129,11 27,1 27,8 25,8 145,69 8,3 12,9 5,9 Pérola (C) 134,69 23,4 20,0 30,0 136,99 12,1 13,0 11,7 IAC-Una (P) 136,20 21,9 20,9 24,1 143,79 8,9 12,8 7,0 FT-Nobre (P) 141,04 19,0 16,4 24,2 144,62 8,6 12,9 6,4

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

64

Continua Tabela 19. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

4.3.3 Tempo de cozimento (TC)

Os resultados das análises de estabilidade e adaptabilidade para época “das

águas”, “da seca” e “de inverno”, e no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 obtidas

por meio do método proposto por LIN e BINNS (1988), com modificações propostas

por CARNEIRO (1998) para o tempo de cozimento estão apresentados na tabela 22.

Enquanto que, a classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis estão

apresentadas nas tabelas 20 e 21.

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média

% Pi .10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1 Média

% Pi.10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1

IAC-Alvorada (C) 144,27 5,9 7,0 4,9 148,91 14,8 16,0 13,9 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 147,11 4,4 4,6 4,3 142,74 17,9 17,3 18,3 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 145,09 6,2 4,0 8,3 148,08 15,1 13,9 16,0 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 141,86 6,3 7,0 5,7 139,08 20,3 17,9 22,2 IAC-Diplomata (P) 138,75 7,4 8,5 6,3 139,61 19,6 20,9 18,4 LP 9979 (C) 141,36 7,2 3,8 10,6 141,25 19,2 16,2 21,5 LP 01-38 (C) 154,89 3,1 2,5 3,8 146,61 16,1 15,7 16,4 LP 98-122 (P) 140,77 7,2 4,7 9,7 143,40 18,1 13,8 21,6 LP 02-130 (P) 135,62 9,0 7,3 10,8 139,92 19,7 17,9 21,0 BRS-Requinte (C) 137,82 7,8 8,3 7,3 137,27 21,2 22,8 19,9 BRS-Pontal (C) 139,78 7,6 8,6 6,6 138,89 20,5 23,5 18,1 BRS-Supremo (P) 140,78 6,8 5,9 7,7 137,65 21,3 23,6 19,4 BRS-Grafite (P) 138,20 8,3 6,5 10,2 144,15 17,4 16,1 18,5 CV-48 (C) 144,07 5,6 4,4 6,8 147,12 15,4 15,6 15,3 Z 28 (C) 138,22 8,1 7,2 9,0 141,63 19,1 23,2 15,8 IAC-Carioca Tybatã (C) 132,11 10,0 10,5 9,6 135,64 22,4 25,5 19,9 Pérola (C) 148,38 4,9 6,8 3,0 140,02 20,0 19,9 20,1 IAC-Una (P) 144,69 5,7 7,4 3,9 141,63 18,6 20,7 16,9 FT-Nobre (P) 144,23 5,4 6,3 4,6 143,30 17,5 18,4 16,8

65

Tabela 20. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (min.)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 4,20 Favorável Mococa Águas/2005 -4,48 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -5,78 Desfavorável Avaré Águas/2006 -2,78 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 5,46 Favorável Mococa Águas/2006 3,38 Favorável Avaré Seca/2006 3,53 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -1,15 Desfavorável Mococa Seca/2006 -2,69 Desfavorável Avaré Seca/2007 -0,62 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -4,58 Desfavorável Tatuí Seca/2007 5,48 Favorável Colina Inverno/2006 -1,44 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -1,17 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 11,09 Favorável Araras Inverno/2007 -7,06 Desfavorável Colina Inverno/2007 -4,50 Desfavorável Mococa Inverno/2007 3,08 Favorável

Tabela 21. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (min.)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 1,06 Favorável Mococa Águas/2005 1,30 Favorável Tatuí Águas/2005 1,14 Desfavorável Avaré Águas/2006 -1,80 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -1,25 Desfavorável Mococa Águas/2006 -3,16 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,82 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -0,32 Desfavorável Mococa Seca/2006 4,17 Favorável Avaré Seca/2007 -8,64 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,52 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -2,26 Desfavorável Colina Inverno/2006 -3,59 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 6,26 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,52 Favorável Araras Inverno/2007 0,55 Favorável Colina Inverno/2007 -3,49 Favorável Mococa Inverno/2007 8,22 Favorável

66

Tabela 22. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para tempo de cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média(min.)

Pi .10-1 Pif.10

-1 Pid.10-1

Média (min.)

Pi.10-1 Pif.10

-1 Pid.10-1

IAC-Alvorada (C) 22,58 4,9 5,7 4,1 25,27 3,8 3,6 3,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 25,46 8,4 8,4 8,4 32,15 13,6 20,7 10,1 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,11 5,5 4,9 5,9 26,35 4,8 7,6 3,4 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 26,51 10,6 14,8 6,4 28,18 6,7 7,7 6,2 IAC-Diplomata (P) 26,39 9,9 9,1 10,7 27,37 5,8 9,9 3,7 LP 9979 (C) 27,21 11,0 8,9 13,1 33,15 14,1 20,8 10,8 LP 01-38 (C) 28,18 12,7 15,4 10,0 29,15 9,3 9,8 9,0 LP 98-122 (P) 24,01 6,1 5,3 6,9 31,36 12,9 3,9 17,5 LP 02-130 (P) 24,12 6,5 7,1 6,0 26,21 5,0 3,4 5,8 BRS-Requinte (C) 25,31 7,5 8,3 6,7 27,52 6,4 5,5 6,8 BRS-Pontal (C) 29,00 13,9 9,9 18,1 31,24 10,9 16,5 8,2 BRS-Supremo (P) 27,09 10,2 10,7 9,7 30,36 9,3 6,8 10,6 BRS-Grafite (P) 23,28 6,1 7,7 4,4 30,24 11,8 8,2 13,7 CV-48 (C) 27,04 10,5 7,3 13,8 28,39 6,9 5,3 7,7 Z 28 (C) 26,37 9,9 9,9 8,2 27,10 5,5 6,4 5,1 IAC-Carioca Tybatã (C) 27,37 10,9 10,9 10,8 30,36 9,5 5,9 11,2 Pérola (C) 28,11 12,7 9,1 16,3 28,16 7,9 16,7 3,5 IAC-Una (P) 24,11 6,5 6,5 6,6 27,21 6,1 5,5 6,5 FT-Nobre (P) 24,17 6,3 5,5 7,0 29,33 8,6 5,9 9,9

67

Continua Tabela 22. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para tempo de cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Considerando a época “das águas” com os ambientes favoráveis e desfavoráveis

(Tabela 20), a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 do grupo

comercial carioca e as linhagens BRS-Grafite, LP 98-122 e FT-Nobre do grupo

comercial preto, foram aquelas que obtiveram os menores tempos médios de cozimento

dos seis ambientes testados (26’15’’), ou seja, apresentaram menores estimativas de Pi.

As linhagens BRS-Pontal, LP 01-38 e a cultivar Pérola foram as de menor estabilidade

entre os genótipos avaliados. Para os ambientes favoráveis (Tabela 20), os genótipos

que apresentaram os menores valores de Pif foram Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 98-122,

enquanto que, nos ambientes desfavoráveis (Tabela 20) as cultivares IAC-Alvorada e

BRS-Supremo se destacaram como as mais adaptadas. Desempenhos menos expressivos

foram observados nas linhagens LP 01-38 e Gen 96A3-P1-1-1 para os ambientes

favoráveis. Já a cultivar Pérola e a linhagem BRS-Pontal apresentaram resultados

inferiores aos demais, nos ambientes desfavoráveis (Tabela 22).

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Médiamin. Pi .10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1 Médiamin. Pi.10

-1 Pif.10-1 Pid.10

-1

IAC-Alvorada (C) 34,12 16,0 18,2 14,9 27,19 11,3 10,4 12,1 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 31,39 11,9 17,9 8,8 29,53 15,5 18,1 13,5 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 30,32 11,7 23,4 5,9 26,27 10,3 12,1 8,9 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 39,33 27,7 26,6 28,3 31,20 19,2 16,6 21,4 IAC-Diplomata (P) 34,15 17,1 23,1 14,2 29,14 14,8 15,6 14,2 LP 9979 (C) 38,40 27,7 19,4 31,8 32,28 22,4 18,9 25,3 LP 01-38 (C) 32,28 14,9 15,4 14,7 30,14 16,7 20,3 13,9 LP 98-122 (P) 33,55 15,6 21,9 12,4 29,38 15,3 12,5 17,5 LP 02-130 (P) 32,49 14,3 10,7 16,1 28,01 12,1 11,7 12,6 BRS-Requinte (C) 34,28 17,2 14,6 17,5 29,27 14,1 13,7 14,4 BRS-Pontal (C) 39,33 28,0 25,9 29,0 33,19 22,3 20,1 24,1 BRS-Supremo (P) 28,00 7,8 10,9 6,3 28,18 13,3 17,5 9,9 BRS-Grafite (P) 35,31 17,6 18,6 17,0 29,48 15,7 13,9 17,2 CV-48 (C) 35,38 21,6 12,4 26,2 30,30 17,1 16,1 17,8 Z 28 (C) 30,38 9,7 14,1 7,5 27,52 11,7 14,2 9,7 IAC-Carioca Tybatã (C) 40,08 29,3 38,5 24,7 32,47 20,8 17,8 23,2 Pérola (C) 37,14 21,9 24,3 20,8 31,00 18,3 22,6 14,9 IAC-Una (P) 33,15 15,3 16,6 14,6 28,16 12,8 12,9 12,7 FT-Nobre (P) 32,05 13,7 12,8 14,1 28,39 13,2 11,2 14,8

68

Considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis em conjunto (Tabela 20)

para época “da seca”, observou-se valores próximos do menor tempo médio de

cozimento dos seis ambientes (29’30’’) para a cultivar IAC-Alvorada e, entre as

linhagens, para a Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 02-130. As linhagens LP 9979 e Gen

96A45-3-51-52-1 foram as menos estáveis entre os 19 genótipos avaliados. Em relação

aos ambientes favoráveis (Tabela 20), as linhagens LP 02-130 e LP 98-122, do grupo

comercial preto, e a cultivar IAC-Alvorada foram as que apresentaram menores valores

de Pif; enquanto que nos ambientes desfavoráveis Pid (Tabela 20) a linhagem Gen

96A98-15-3-52-1, as cultivares IAC-Alvorada e IAC-Diplomata, além da cultivar

Pérola, se destacaram como as mais adaptadas. Resultados inferiores foram observados

nos genótipos LP 9979 e Gen 96A45-3-51-52-1 para o ambiente favorável, e LP 98-122

para o desfavorável.

Considerando a época “de inverno”, conjuntamente com os ambientes favoráveis

e desfavoráveis (Tabela 22) observou-se, que os genótipos BRS-Supremo e Z-28 foram

os que apresentaram TC próximos aos do menor tempo médio de cozimento, dentre os

seis ambientes testados (34’27’’), ou seja, menores estimativas de Pi. Já a testemunha

IAC-Carioca Tybatã foi a que apresentou a menor estabilidade entre os genótipos

avaliados. A linhagem LP 02-130 e a cultivar BRS-Supremo, do grupo comercial preto,

foram os genótipos mais responsivos à melhoria do ambiente, enquanto que, os

genótipos mais tolerantes aos ambientes desfavoráveis (Tabela 20) foram Gen 96A98-

15-3-52-1 e BRS-Supremo. A testemunha IAC-Carioca Tybatã apresentou desempenho

inferior para os ambientes favoráveis e a linhagem LP 9979, para os ambientes

desfavoráveis.

Os resultados obtidos no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 (Tabela 22)

demonstraram que as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1, LP02-130, Z-28 e a cultivar

IAC-Alvorada comportaram-se como as mais estáveis, ou seja, com menores

estimativas de Pi. As linhagens que apresentaram baixa estabilidade entre os genótipos

avaliados foram LP 9979 e BRS-Pontal. Ao examinar os ambientes favoráveis (Tabela

21), apenas a cultivar IAC-Alvorada teve o menor valor de Pif, enquanto que nos

ambientes desfavoráveis (Tabela 21) as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1, Z-28, BRS-

Supremo e a cultivar IAC-Alvorada destacaram-se das demais. Resultado inferior foi

observado pela cultivar Pérola, do grupo comercial carioca, para os ambientes

favoráveis e, para os desfavoráveis pelas linhagens LP 9979 e BRS-Pontal.

69

De acordo com os resultados obtidos por meio do método de Lin e Binns (1988),

modificado por Carneiro (1998), é possível dizer que as condições locais de obtenção

dos grãos para a análise da qualidade tecnológica influenciaram nos resultados e na

diferenciação entre os genótipos, indicando alta interação genótipo x ambiente.

Entre os genótipos avaliados, a cultivar IAC-Alvorada, pode ser considerada

como uma das mais promissoras, por se tratar de um material estável, tolerante aos

ambientes desfavoráveis e responsiva nos ambientes favoráveis, ou seja, se houver o

emprego de tecnologias adequadas, a cultivar responderá de forma satisfatória, tendo o

TC reduzido.

4.3.4 Porcentagem de Grãos Inteiros (PGI)

A classificação dos locais em ambientes favoráveis e desfavoráveis, que

representam, de certa forma, ambientes onde há emprego de alta e baixa tecnologias,

encontram-se nas tabelas 23 e 24.

Tabela 23. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -24,08 Desfavorável Mococa Águas/2005 0,07 Favorável Tatuí Águas/2005 11,81 Favorável Avaré Águas/2006 20,80 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -14,83 Desfavorável Mococa Águas/2006 6,22 Favorável Avaré Seca/2006 17,71 Favorável Capão Bonito Seca/2006 31,02 Favorável Mococa Seca/2006 16,44 Favorável Avaré Seca/2007 -31,13 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -26,38 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -7,66 Desfavorável Colina Inverno/2006 7,66 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 24,42 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 11,19 Favorável Araras Inverno/2007 4,91 Favorável Colina Inverno/2007 -10,06 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -38,13 Desfavorável

70

Tabela 24. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -17,92 Desfavorável Mococa Águas/2005 6,23 Favorável Tatuí Águas/2005 17,97 Favorável Avaré Águas/2006 26,96 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -8,67 Desfavorável Mococa Águas/2006 12,38 Favorável Avaré Seca/2006 6,34 Favorável Capão Bonito Seca/2006 23,10 Favorável Mococa Seca/2006 9,87 Favorável Avaré Seca/2007 12,67 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 25,95 Favorável Tatuí Seca/2007 11,37 Favorável Colina Inverno/2006 5,00 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 -11,38 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -39,46 Desfavorável Araras Inverno/2007 -36,20 Desfavorável Colina Inverno/2007 -31,45 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -12,73 Desfavorável

Os resultados da tabela 25 mostram que para a época “das águas”, apenas a

cultivar BRS-Supremo foi estável para PGI. A linhagem LP 01-38 apresentou

desempenho inferior aos demais genótipos avaliados. Ao considerar os ambientes

favoráveis e desfavoráveis (Tabela 23), a cultivar BRS-Supremo apresentou-se como a

mais estável em relação as demais, testadas tanto em ambientes favoráveis quanto nos

desfavoráveis.

Considerando em conjunto os ambientes favoráveis e desfavoráveis na época

“da seca” (Tabela 25), os resultados apontaram que os genótipos com os menores

valores de Pi foram BRS-Supremo e a testemunha Pérola. Em relação aos ambientes

favoráveis (Tabela 23), os genótipos Gen 96A3-P1-1-1 e BRS-Supremo, apresentaram

maior responsividade quando se observou melhoria dos ambientes, enquanto que, o

genótipo Z-28 foi o mais tolerante aos ambientes desfavoráveis (Tabela 23).

71

Tabela 25. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média

% Pi .10-2 Pif.10

-2 Pid.10-2

Média% Pi .10

-2 Pif.10-2 Pid.10

-2

IAC-Alvorada (C) 28,06 31,1 32,9 27,5 35,60 26,5 26,5 26,4 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 59,60 11,9 8,2 19,4 45,03 22,2 23,8 20,6 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 41,87 21,1 18,4 26,5 22,98 36,2 42,0 30,3 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 54,50 17,5 16,0 20,5 44,32 20,8 11,7 29,9 IAC-Diplomata (P) 42,89 21,0 16,9 29,0 26,71 32,3 30,4 34,3 LP 9979 (C) 45,35 18,7 16,9 22,2 32,50 29,2 30,5 27,9 LP 01-38 (C) 26,61 33,6 32,7 35,5 19,92 38,1 42,2 34,0 LP 98-122 (P) 38,32 25,2 25,7 24,1 24,31 35,0 34,8 35,3 LP 02-130 (P) 37,21 24,0 21,7 28,6 44,02 21,0 21,9 20,2 BRS-Requinte (C) 56,77 13,5 14,9 10,6 37,88 25,9 21,3 30,4 BRS-Pontal (C) 42,86 22,8 25,3 17,9 36,01 25,3 23,3 27,4 BRS-Supremo (P) 77,35 5,0 6,2 2,7 54,07 14,7 11,8 17,6 BRS-Grafite (P) 45,28 18,2 16,3 22,2 36,64 26,8 21,0 32,7 CV-48 (C) 35,11 25,2 25,7 24,4 37,25 24,5 22,6 26,5 Z 28 (C) 66,30 9,9 12,0 5,8 43,59 22,0 29,4 14,7 IAC-Carioca Tybatã (C) 62,31 10,0 8,6 12,9 24,12 35,9 48,1 23,8 Pérola (C) 51,25 16,5 12,3 24,9 54,86 15,9 14,7 17,2 IAC-Una (P) 51,85 14,8 13,6 17,4 37,96 24,7 24,5 24,9 FT-Nobre (P) 31,91 27,0 26,5 28,0 24,29 35,9 45,9 25,9

72

Continua Tabela 25. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Em relação à época “de inverno”, a linhagem LP 02-130 apresentou menor

estimativa de Pi, sendo a mais estável. A linhagem LP 02-130 foi classificada como a de

desempenho mais satisfatório nos ambientes favoráveis (Tabela 23), enquanto que, os

genótipos BRS-Supremo e a testemunha IAC-Una foram nos ambientes desfavoráveis

(Tabela 23) Já a linhagem LP 01-38 foi a que apresentou desempenho inferior para

ambos ambientes.

Os resultados para a análise conjunta das três épocas de semeadura (Tabela 25)

reportam a cultivar BRS-Supremo como a mais estável, enquanto que o genótipo LP 01-

38 apresentou desempenho inferior em relação aos 19 genótipos avaliados. Para o grupo

de ambientes favoráveis (Tabela 24), os genótipos BRS-Supremo, BRS-Grafite e LP 02-

130 apresentaram os melhores valores. Em relação aos ambientes desfavoráveis (Tabela

24), os genótipos mais tolerantes foram BRS-Supremo e Z-28. A linhagem LP 01-38

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média

% Pi .10-2 Pif.10

-2 Pid.10-2

Média% Pi .10

-2 Pif.10-2 Pid.10

-2

IAC-Alvorada (C) 16,42 42,0 46,4 33,4 26,69 34,8 37,9 29,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 37,40 22,2 25,6 27,4 47,34 20,8 19,4 23,1 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 44,10 21,8 20,9 23,7 36,31 27,5 26,9 28,5 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 38,54 26,1 28,9 20,5 45,79 22,5 20,6 25,5 IAC-Diplomata (P) 37,73 25,7 20,9 35,4 37,20 26,5 21,6 34,2 LP 9979 (C) 36,44 26,6 23,2 33,5 38,10 25,9 24,0 28,9 LP 01-38 (C) 12,08 47,0 52,7 35,6 19,54 40,9 44,0 36,2 LP 98-122 (P) 39,88 25,0 22,3 30,5 34,17 29,8 28,5 31,8 LP 02-130 (P) 61,10 12,4 6,7 23,7 48,11 20,6 17,9 24,6 BRS-Requinte (C) 45,90 20,6 16,3 29,0 46,85 20,9 18,4 25,1 BRS-Pontal (C) 42,90 26,0 25,9 26,2 40,59 26,0 26,5 25,3 BRS-Supremo (P) 46,28 22,9 25,6 17,7 59,23 14,7 15,3 13,8 BRS-Grafite (P) 54,94 15,9 11,0 25,6 45,62 21,6 17,1 28,7 CV-48 (C) 38,48 24,8 23,5 27,4 36,95 26,3 25,8 27,2 Z 28 (C) 41,40 23,3 20,9 27,9 50,43 19,1 20,8 16,3 IAC-Carioca Tybatã (C) 46,27 19,8 14,1 31,0 44,23 22,4 21,7 23,5 Pérola (C) 44,43 23,4 23,8 22,7 50,18 19,6 18,2 21,9 IAC-Una (P) 34,03 31,2 36,9 19,8 41,28 24,5 25,9 22,2 FT-Nobre (P) 33,14 31,9 37,1 21,8 29,78 32,9 37,1 26,5

73

como na época “de inverno”, foi a que apresentou desempenho menos satisfatório em

ambos ambientes avaliados.

Os resultados mostram poucos genótipos estáveis para a porcentagem de grãos

inteiros, sendo está uma importante característica para industrialização do feijão.

Analisando os dados, observou-se que os grãos do grupo comercial preto foram mais

estáveis do que os do grupo comercial carioca para porcentagem de grãos inteiros, sendo

esta característica, provavelmente, relacionada a particularidades físicas que acabam por

favorecer a integridade dos grãos após o cozimento. Os resultados da análise conjunta

(Tabela 24) reportaram apenas a cultivar BRS-Supremo como estável e adaptada tanto

nos ambientes favoráveis quanto nos desfavoráveis.

4.3.5 Expansão volumétrica (EV)

A classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis bem como seus

índices ambientais para a variável expansão volumétrica, encontram-se nas tabelas 26 e

27.

Tabela 26. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (g.mL)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -0,09 Desfavorável Mococa Águas/2005 -0,07 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -0,07 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,11 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,05 Favorável Mococa Águas/2006 0,07 Favorável Avaré Seca/2006 -0,02 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 0,06 Favorável Mococa Seca/2006 0,11 Favorável Avaré Seca/2007 -0,07 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,03 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -0,06 Desfavorável Colina Inverno/2006 0,05 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 0,04 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 0,06 Favorável Araras Inverno/2007 -0,02 Desfavorável Colina Inverno/2007 -0,06 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -0,07 Desfavorável

74

Tabela 27. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (g.mL)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -0,07 Desfavorável Mococa Águas/2005 -0,05 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -0,05 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,13 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,07 Favorável Mococa Águas/2006 0,09 Favorável Avaré Seca/2006 0,05 Favorável Capão Bonito Seca/2006 0,05 Favorável Mococa Seca/2006 0,06 Favorável Avaré Seca/2007 -0,04 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 0,04 Favorável Tatuí Seca/2007 0,09 Favorável Colina Inverno/2006 -0,02 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -0,06 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -0,07 Desfavorável Araras Inverno/2007 -0,09 Desfavorável Colina Inverno/2007 -0,05 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -0,08 Desfavorável

Analisando os resultados da tabela 28 para a época “das águas”, com os

ambientes favoráveis e desfavoráveis, os genótipos BRS-Supremo, Gen 96A3-P1-1-1,

LP 9979 e IAC-Carioca Tybatã foram os que apresentaram os menores valores da

estimativa Pi, ou seja, foram os mais estáveis e adaptados. A linhagem Z-28 e a cultivar

IAC-Alvorada apresentaram desempenho inferior entre os 19 genótipos avaliados. Para

os ambientes favoráveis (Tabela 26), os genótipos que apresentaram os menores valores

de Pif foram, BRS-Requinte e a testemunha IAC-Carioca Tybatã, enquanto que, nos

ambientes desfavoráveis (Tabela 26) a cultivar BRS-Supremo e a linhagem Gen 96A3-

P1-1-1 apresentaram resultados satisfatórios. Desempenho inferior foi observado na

linhagem Z-28 para o ambiente favorável e na testemunha FT-Nobre nos ambientes

desfavoráveis.

75

Tabela 28. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para expansão volumétrica, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média(g.mL) Pi . Pif . Pi.d

Média (g.mL) Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 0.48 0.024 0.024 0.024 0.52 0.010 0.007 0.016 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 0.45 0.018 0.015 0.021 0.50 0.007 0.008 0.005 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 0.46 0.019 0.019 0.019 0.48 0.006 0.004 0.008 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 0.43 0.015 0.017 0.013 0.52 0.009 0.008 0.013 IAC-Diplomata (P) 0.45 0.017 0.015 0.019 0.51 0.009 0.006 0.014 LP 9979 (C) 0.44 0.016 0.019 0.013 0.51 0.009 0.008 0.010 LP 01-38 (C) 0.44 0.016 0.016 0.017 0.49 0.006 0.005 0.008 LP 98-122 (P) 0.45 0.018 0.019 0.018 0.48 0.005 0.005 0.007 LP 02-130 (P) 0.45 0.018 0.017 0.020 0.53 0.011 0.010 0.014 BRS-Requinte (C) 0.44 0.016 0.015 0.018 0.53 0.011 0.011 0.012 BRS-Pontal (C) 0.44 0.016 0.018 0.014 0.51 0.009 0.007 0.013 BRS-Supremo (P) 0.43 0.014 0.016 0.012 0.52 0.010 0.011 0.006 BRS-Grafite (P) 0.46 0.020 0.021 0.018 0.52 0.010 0.009 0.013 CV-48 (C) 0.46 0.020 0.019 0.021 0.50 0.007 0.007 0.005 Z 28 (C) 0.48 0.024 0.030 0.019 0.52 0.010 0.008 0.014 IAC-Carioca Tybatã (C) 0.44 0.016 0.015 0.017 0.52 0.009 0.009 0.010 Pérola (C) 0.45 0.018 0.017 0.019 0.52 0.010 0.009 0.012 IAC-Una (P) 0.45 0.017 0.017 0.018 0.52 0.010 0.009 0.013 FT-Nobre (P) 0.46 0.021 0.016 0.026 0.51 0.008 0.008 0.010

76

Continua Tabela 28. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para expansão volumétrica, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo. (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Em relação a época “da seca” referente aos anos agrícolas de 2006 e 2007, os

resultados da tabela 28 indicaram que os genótipos LP 98-122 e Gen 96A45-3-51-52-1

foram os mais estáveis. Em relação aos ambientes favoráveis (Tabela 26), as linhagens

LP 98-122 e Gen 96A98-15-3-52-1 foram as de menores valores de (Pif), enquanto que

nos ambientes desfavoráveis (Pid) (Tabela 26), as linhagens Gen 96A45-3-51-52-1 e

CV-48 se destacaram positivamente dos demais. Resultados inferiores foram

observados nos genótipos BRS-Requinte para os ambientes favoráveis, e IAC-

Diplomata para os desfavoráveis.

Ao considerar a época “de inverno” (Tabela 28), com todos os ambientes

(favoráveis e desfavoráveis), os genótipos BRS-Requinte e Gen 96A98-15-3-52-1

apresentaram os menores valor de Pi, ou seja, foi a mais estável e adaptada. Entre os

genótipos avaliados a testemunha IAC-Carioca Tybatã apresentou baixa estabilidade.

As linhagens CV-48 e LP 01-38 foram as mais responsivas a melhoria do ambiente,

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média(g.mL) Pi . Pif . Pi.d

Média (g.mL) Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 0,57 0.017 0.020 0.013 0.57 0.017 0.020 0.013 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 0,52 0.008 0.007 0.010 0.52 0.008 0.007 0.010 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 0,51 0.007 0.007 0.007 0.51 0.007 0.007 0.007 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 0,53 0.010 0.009 0.010 0.53 0.010 0.009 0.010 IAC-Diplomata (P) 0,56 0.014 0.020 0.009 0.56 0.014 0.020 0.009 LP 9979 (C) 0,53 0.010 0.010 0.010 0.53 0.010 0.010 0.010 LP 01-38 (C) 0,52 0.008 0.006 0.010 0.52 0.008 0.006 0.010 LP 98-122 (P) 0,53 0.010 0.007 0.012 0.53 0.010 0.007 0.012 LP 02-130 (P) 0,54 0.010 0.010 0.010 0.54 0.010 0.010 0.010 BRS-Requinte (C) 0,51 0.007 0.009 0.005 0.51 0.007 0.009 0.005 BRS-Pontal (C) 0,53 0.010 0.011 0.009 0.53 0.010 0.011 0.009 BRS-Supremo (P) 0,53 0.010 0.008 0.012 0.53 0.010 0.008 0.012 BRS-Grafite (P) 0,53 0.009 0.010 0.009 0.53 0.009 0.010 0.009 CV-48 (C) 0,52 0.008 0.006 0.011 0.52 0.008 0.006 0.011 Z 28 (C) 0,54 0.011 0.009 0.013 0.54 0.011 0.009 0.013 IAC-Carioca Tybatã (C) 0,56 0.015 0.019 0.011 0.56 0.015 0.019 0.011 Pérola (C) 0,53 0.011 0.015 0.006 0.53 0.011 0.015 0.006 IAC-Una (P) 0,52 0.008 0.008 0.008 0.52 0.008 0.008 0.008 FT-Nobre (P) 0,53 0.010 0.008 0.012 0.53 0.010 0.008 0.012

77

enquanto que os genótipos mais tolerantes aos ambientes desfavoráveis foram BRS-

Requinte e Pérola. A cultivar IAC-Diplomata apresentou desempenho inferior para os

ambientes favoráveis e a cultivar IAC-Alvorada, para os desfavoráveis.

Para o conjunto dos anos de 2005/2006/2007, os resultados demonstraram as

linhagens BRS-Requinte e Gen 96A98-15-3-52-1 como as mais estáveis entre os

genótipos avaliados (Tabela 28). As cultivares que apresentaram baixo desempenho

foram IAC-Carioca Tybatã e IAC-Alvorada. Ao examinar os ambientes favoráveis

(Tabela 27), os genótipos CV-48 e LP 01-38 tiveram os menores valores de Pif,

enquanto que, nos ambientes desfavoráveis (Tabela 27) o genótipo BRS-Requinte e a

testemunha Pérola destacaram-se das demais (Tabela 28). Desempenho inferior foi

observado na cultivar IAC-Alvorada do grupo comercial carioca para os ambientes

favoráveis e, para os ambientes desfavoráveis, na linhagem CV-48 do grupo comercial

carioca.

4.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)

Nas tabelas 29 e 30 são apresentados a classificação dos ambientes em

favoráveis e desfavoráveis, assim como seus índices ambientais (I).

Tabela 29. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas

(%) Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -1,32 Desfavorável Mococa Águas/2005 0,65 Favorável Tatuí Águas/2005 -0,51 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,94 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,70 Favorável Mococa Águas/2006 -0,46 Desfavorável Avaré Seca/2006 1,84 Favorável Capão Bonito Seca/2006 0,03 Favorável Mococa Seca/2006 -1,02 Desfavorável Avaré Seca/2007 -0,72 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,64 Desfavorável Tatuí Seca/2007 0,50 Favorável Colina Inverno/2006 -0,10 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -0,07 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 0,06 Favorável Araras Inverno/2007 0,70 Favorável Colina Inverno/2007 -0,16 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -0,44 Desfavorável

78

Tabela 30. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas

(%) Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -2,02 Desfavorável Mococa Águas/2005 -0,04 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -1,20 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,25 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,01 Favorável Mococa Águas/2006 -1,16 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,47 Favorável Capão Bonito Seca/2006 0,50 Favorável Mococa Seca/2006 0,63 Favorável Avaré Seca/2007 1,97 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 0,16 Favorável Tatuí Seca/2007 -0,89 Desfavorável Colina Inverno/2006 1,26 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 0,41 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 0,13 Favorável Araras Inverno/2007 -0,59 Desfavorável Colina Inverno/2007 -0,51 Desfavorável Mococa Inverno/2007 0,63 Favorável

A partir dos resultados obtidos para a época “das águas” (Tabela 31) pelo

método de LIN & BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), a linhagem LP

98-122 e a testemunha Pérola sobressaíram-se por possuírem maior adaptabilidade e

estabilidade geral, isto é, apresentaram os menores valores de Pi. As linhagens Z-28 e

LP 01-38 apresentaram desempenho inferior em relação aos demais genótipos

avaliados. Aplicando-se as modificações sugeridas por CARNEIRO (1998) verificou-se

que a cultivar Pérola foi a mais responsiva aos ambientes favoráveis (Tabela 29),

enquanto que a cultivar FT-Nobre e a linhagem LP 98-122 se destacaram em ambientes

desfavoráveis (Tabela 29).

Para o plantio “da seca”, verificou-se, por meio dos resultados apresentados na

tabela 31, que a cultivar FT-Nobre do grupo comercial preto, foi a mais estável,

enquanto que as linhagens LP 01-38 e CV-48 apresentaram baixo desempenho. Nos

ambientes favoráveis (Tabela 29), apenas à testemunha IAC-Carioca Tybatã destacou-se

das demais, enquanto que a linhagem LP 01-38 foi a que obteve desempenho inferior

dentre os ambientes favoráveis. Em relação aos ambientes desfavoráveis (Tabela 29), a

cultivar FT-Nobre apresentou boa adaptabilidade e estabilidade. Já a linhagem CV-48

apresentou resultado inferior em relação aos demais genótipos estudados.

79

TABELA 31. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para sólidos solúveis totais no caldo, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média

(%) Pi . Pif . Pi.d Média

(%) Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 10,04 50,3 50,7 49,9 11,09 16,4 18,2 14,5 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 10,69 43,6 47,1 40,0 10,87 18,2 13,7 22,6 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 10,31 47,3 49,3 45,3 10,83 18,8 15,2 22,3 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 10,46 45,7 42,9 48,4 12,71 8,4 7,9 8,9 IAC-Diplomata (P) 10,63 44,8 56,3 33,2 11,67 13,1 9,3 16,9 LP 9979 (C) 11,19 39,7 41,3 38,2 11,04 16,5 14,5 18,6 LP 01-38 (C) 9,62 54,3 50,9 57,7 10,33 21,9 27,2 16,8 LP 98-122 (P) 11,92 32,9 34,2 31,7 12,62 8,9 12,3 5,5 LP 02-130 (P) 11,67 35,2 29,5 40,9 11,61 12,9 12,1 13,9 BRS-Requinte (C) 10,33 47,4 45,3 49,5 10,55 19,9 22,5 17,5 BRS-Pontal (C) 9,87 51,5 45,8 58,2 11,81 12,9 9,6 16,3 BRS-Supremo (P) 10,82 43,0 33,5 52,6 11,85 12,2 10,8 13,6 BRS-Grafite (P) 11,35 37,9 39,5 36,2 12,65 8,9 9,4 8,4 CV-48 (C) 10,21 48,7 54,6 42,9 10,15 21,9 16,4 27,3 Z 28 (C) 9,51 55,9 69,3 42,6 10,88 18,0 21,1 15,0 IAC-Carioca Tybatã (C) 10,91 41,7 42,1 41,2 12,86 10,4 6,8 14,1 Pérola (C) 12,69 30,7 18,5 43,1 10,36 20,8 22,3 19,3 IAC-Una (P) 9,99 51,4 53,4 49,4 12,55 9,7 14,0 5,4 FT-Nobre (P) 11,60 36,2 41,9 30,6 13,00 7,4 10,8 4,0

80

Continua TABELA 31. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para sólidos solúveis totais no caldo, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Os resultados obtidos na época “de inverno” (Tabela 31) reportaram que a

cultivar BRS-Supremo e a testemunha IAC-Carioca Tybatã sobressaíram-se das demais

por apresentar maior estabilidade geral Pi, enquanto que a linhagem Gen 96A98-15-3-

52-1 não apresentou desempenho satisfatório entre os genótipos avaliados. Em relação

ao grupo de ambientes favoráveis e desfavoráveis (Tabela 29), a testemunha FT-Nobre

foi mais responsiva nos ambientes favoráveis, sendo a cultivar BRS-Supremo e a

testemunha IAC-Carioca Tybatã de alta tolerância à queda do nível ambiental. As

linhagens Z-28 e Gen 96A98-15-3-52-1 foram as menos adaptadas aos ambientes

favoráveis e desfavoráveis, respectivamente.

Na análise conjunta dos anos 2005/2006/2007 (Tabela 31), a testemunha FT-

Nobre e a linhagem LP 98-122 foram as mais estáveis. Já o genótipo Gen 96A98-15-3-

52-1 foi classificado como menos estável. A testemunha IAC-Carioca Tybatã e a BRS-

Supremo foram as mais responsivas nos ambientes favoráveis (Tabela 30), enquanto

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média

(%) Pi . Pif . Pi.d Média

(%) Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 11,62 4,78 7,72 3,32 10,91 41,7 42,0 41,0 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 10,98 7,35 5,34 8,35 10,85 42,4 42,8 41,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 10,56 9,56 4,26 12,21 10,57 45,4 46,2 44,0 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 12,70 2,70 2,20 2,94 11,96 32,9 30,9 36,0 IAC-Diplomata (P) 12,72 2,30 2,71 2,09 11,67 35,1 34,2 36,5 LP 9979 (C) 11,67 4,51 3,53 5,00 11,30 38,2 38,4 37,9 LP 01-38 (C) 12,28 3,12 4,84 2,26 10,74 43,8 40,7 48,7 LP 98-122 (P) 12,50 2,77 2,27 3,03 12,34 29,6 32,0 25,8 LP 02-130 (P) 12,40 3,49 4,18 3,15 11,89 33,4 32,4 34,9 BRS-Requinte (C) 11,10 6,53 7,26 6,16 10,66 44,1 44,7 43,2 BRS-Pontal (C) 11,66 4,38 4,57 4,28 11,11 39,9 35,5 46,7 BRS-Supremo (P) 12,85 1,65 2,06 1,45 11,84 33,8 29,8 40,0 BRS-Grafite (P) 11,72 5,21 1,37 7,13 11,91 33,4 36,1 29,0 CV-48 (C) 12,23 3,44 3,20 3,55 10,87 42,3 39,3 47,0 Z 28 (C) 11,89 4,45 8,16 2,6 10,76 43,4 44,2 42,2 IAC-Carioca Tybatã (C) 12,84 1,85 2,00 1,78 12,20 31,5 27,7 37,6 Pérola (C) 11,70 5,22 4,04 5,81 11,58 38,2 37,2 39,7 IAC-Una (P) 11,64 5,07 6,03 4,59 11,39 38,1 37,9 38,5 FT-Nobre (P) 12,70 2,07 0,63 2,79 12,43 28,9 32,6 23,2

81

que nos ambientes desfavoráveis (Tabela 30) a cultivar FT-Nobre e a linhagem LP 98-

122 foram as mais tolerantes. As linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 01-38

apresentaram resultados inferiores em relação aos demais genótipos avaliados nos

ambientes favoráveis e desfavoráveis, respectivamente.

4.4 Proteína Bruta e Teor de Água nos Grãos: Adaptabilidade e Estabilidade

4.4.1 Proteína bruta (PB)

A classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis e o índice ambiental

estão nas tabelas 32 e 33.

Tabela 32. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -0,44 Desfavorável Mococa Águas/2005 -2,96 Desfavorável Tatuí Águas/2005 3,76 Favorável Avaré Águas/2006 1,00 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -0,48 Desfavorável Mococa Águas/2006 -0,89 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,22 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -3,13 Desfavorável Mococa Seca/2006 1,86 Favorável Avaré Seca/2007 0,94 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 1,71 Favorável Tatuí Seca/2007 -1,60 Desfavorável Colina Inverno/2006 -2,58 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 0,67 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,33 Favorável Araras Inverno/2007 2,77 Favorável Colina Inverno/2007 -1,09 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -1,09 Desfavorável

82

Tabela 33. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 -1,03 Desfavorável Mococa Águas/2005 -3,54 Desfavorável Tatuí Águas/2005 3,17 Favorável Avaré Águas/2006 0,41 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -1,07 Desfavorável Mococa Águas/2006 -1,48 Desfavorável Avaré Seca/2006 -3,03 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 0,22 Favorável Mococa Seca/2006 0,88 Favorável Avaré Seca/2007 1,32 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -2,03 Desfavorável Tatuí Seca/2007 2,96 Favorável Colina Inverno/2006 1,94 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 -1,55 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -1,55 Desfavorável Araras Inverno/2007 2,05 Favorável Colina Inverno/2007 2,81 Favorável Mococa Inverno/2007 0,49 Favorável

Os resultados da análise de estabilidade e adaptabilidade para a época “das

águas”, “da seca” e “de inverno” e no conjunto dos anos de 2005/2006/2007, obtidas

por meio do método LIN & BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), para

o teor de proteína bruta nos grãos estão apresentados na tabela 34.

Ao considerar a época “das águas” com os ambientes favoráveis e

desfavoráveis a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 foram as

mais estáveis, tendo obtido valores próximos as do maior teor médio de proteína bruta

dos seis ambientes avaliados (23,30%), ou seja, menores estimativas de Pi. A

linhagem LP 02-130 foi a de menor estabilidade entre os genótipos avaliados. Para os

ambientes favoráveis (Tabela 32), a cultivar IAC-Alvorada apresentou o menor valor

de Pif (Tabela 34), enquanto que nos ambientes desfavoráveis (Tabela 32) à linhagem

Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada se destacaram como as mais

estáveis e adaptadas (Tabela 34). Desempenho inferior foi observado na linhagem LP

83

01-38 para os ambientes favoráveis, assim como, para as linhagens LP 01-38 e LP02-

130 nos ambientes desfavoráveis.

Na época “das águas” a cultivar IAC-Alvorada foi estável, responsiva nos

ambientes favoráveis e, tolerante nos ambientes desfavoráveis.

Tabela 34. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de proteína bruta, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média

% Pi . Pif . Pi.d Média

% Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 22,57 20,2 27,8 16,4 23,82 13,7 12,5 16,0 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,01 31,2 33,9 29,7 22,55 25,5 18,8 38,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,87 17,9 24,8 14,4 23,05 19,6 18,4 21,9 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,40 21,0 25,7 18,7 24,29 11,8 13,0 9,3 IAC-Diplomata (P) 23,30 16,0 13,3 17,4 24,55 10,3 10,4 10,0 LP 9979 (C) 19,58 42,5 43,7 41,9 21,16 31,2 28,3 37,0 LP 01-38 (C) 18,88 50,1 60,8 44,8 20,55 36,4 33,6 42,1 LP 98-122 (P) 20,68 33,7 44,9 28,1 22,66 21,7 16,3 32,3 LP 02-130 (P) 18,54 53,3 54,4 52,7 21,57 28,9 28,8 29,3 BRS-Requinte (C) 21,48 27,2 25,3 28,2 23,72 14,2 14,6 13,4 BRS-Pontal (C) 21,13 30,0 31,2 29,5 22,86 19,2 20,7 16,3 BRS-Supremo (P) 21,88 25,5 32,6 21,9 22,78 20,8 22,9 16,6 BRS-Grafite (P) 21,63 27,9 27,4 28,1 23,12 18,4 14,1 26,8 CV-48 (C) 21,58 26,9 28,7 25,9 23,02 18,7 17,0 22,0 Z 28 (C) 20,44 35,6 30,7 38,1 23,13 18,6 17,2 21,7 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,42 28,6 33,1 26,4 23,94 13,2 12,6 14,3 Pérola (C) 21,62 27,3 35,2 23,4 22,36 22,4 23,9 19,6 IAC-Una (P) 20,93 31,9 33,6 31,0 22,86 19,3 18,1 21,8 FT-Nobre (P) 21,38 28,9 24,6 29,9 23,50 15,5 14,4 17,7

84

Continua Tabela 34. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de proteína bruta, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes desfavoráveis.

Ao considerar a época “da seca”, conjuntamente com os ambientes favoráveis e

desfavoráveis a cultivar IAC-Diplomata foi a de maior estabilidade e adaptabilidade

geral, enquanto que a linhagem LP 01-38 foi a de menor estabilidade entre os 19

genótipos avaliados (Tabela 34). Em relação aos ambientes favoráveis (Tabela 32), a

cultivar IAC-Diplomata, IAC-Alvorada e a IAC-Carioca Tybatã foram às que

apresentaram as menores estimativas de (Pif), enquanto que nos ambientes desfavoráveis

(Pid), a linhagem Gen 96A3-P1-1-1 e a cultivar IAC-Diplomata se destacaram como as

mais estáveis e adaptadas. Resultado inferior foi observado no genótipo LP 01-38 para o

conjunto de ambientes favoráveis e desfavoráveis.

Dentre os ambientes avaliados, na época “de inverno” (Tabela 34), observou-se

que os genótipos Gen 96A98-15-3-52-1 e IAC-Diplomata foram os mais estáveis e

responsivos. A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a BRS-Grafite foram as mais

tolerantes aos ambientes desfavoráveis. Já as linhagens LP 01-38 e LP 02-130

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média

% Pi . Pif . Pi.d Média

% Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 22,04 41,3 34,3 48,3 22,81 34,9 34,3 35,7 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 22,12 41,1 45,7 36,4 21,89 44,5 42,8 46,2 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,80 27,5 25,4 29,7 23,24 32,7 34,9 30,4 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,20 38,9 41,5 36,4 22,96 33,5 36,0 31,0 IAC-Diplomata (P) 23,04 32,9 31,9 34,1 23,23 31,7 33,7 29,6 LP 9979 (C) 21,56 45,7 48,0 43,4 20,76 54,2 53,5 54,9 LP 01-38 (C) 19,13 71,0 71,8 70,3 19,52 67,5 68,7 66,5 LP 98-122 (P) 20,99 51,3 46,7 55,9 21,44 47,5 45,0 49,9 LP 02-130 (P) 19,04 72,3 74,4 70,2 19,72 65,7 64,3 66,9 BRS-Requinte (C) 21,35 47,7 50,4 45,0 22,18 40,3 40,0 40,6 BRS-Pontal (C) 21,05 50,5 52,5 48,4 21,68 44,9 46,5 43,3 BRS-Supremo (P) 21,26 48,1 58,0 38,2 21,97 42,9 49,8 35,7 BRS-Grafite (P) 22,71 35,7 39,1 32,3 22,49 38,6 36,6 40,6 CV-48 (C) 20,75 53,7 47,6 59,7 21,78 44,4 41,9 46,7 Z 28 (C) 20,73 53,4 52,2 54,7 21,43 47,6 43,6 51,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,17 49,2 52,6 45,8 22,18 40,6 41,1 40,0 Pérola (C) 21,45 46,3 42,3 50,4 21,81 44,1 46,7 41,6 IAC-Una (P) 21,24 48,5 49,6 47,5 21,68 44,9 44,4 45,6 FT-Nobre (P) 20,30 57,6 53,4 61,8 21,73 44,5 40,6 48,3

85

apresentaram menor desempenho geral e específico para os ambientes favoráveis e

desfavoráveis (Tabela 32).

Os resultados apresentados na tabela 34 para o conjunto dos anos de

2005/2006/2007, demonstraram que a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-

Diplomata comportaram-se como as mais estáveis, ou seja, apresentaram menores

estimativas de Pi . Ao examinar os ambientes favoráveis (Tabela 33), as cultivares IAC-

Alvorada e IAC-Diplomata foram as mais responsivas a melhoria ambiental, ou seja,

obtiveram os menores valores de Pif, enquanto que nos ambientes desfavoráveis (Tabela

33), a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Diplomata se sobressaíram

entre os genótipos avaliados (Tabela 34). As linhagens LP 01-38 e LP 02-130 foram

classificadas como as de menor estabilidade geral, alta responsividade nos ambientes

favoráveis e desempenho satisfatório nos ambientes desfavoráveis.

Os resultados obtidos indicaram que a classificação dos genótipos de feijoeiro em

relação ao teor de proteína bruta, alterou-se de uma época para outra, mostrando que o

efeito diferencial que o ambiente exerceu sobre os genótipos foi resultado da interação

genótipo x ambiente.

A cultivar IAC-Diplomata do grupo comercial preto apresentou-se como a mais

estável, responsiva nos ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento e tolerante aos

ambientes desfavoráveis. A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1, do grupo comercial

carioca, apresentou estabilidade e desempenho superior em ambientes desfavoráveis.

86

4.4.2 Teor de água nos grãos (T.G.A.)

A classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis, que refletem

respectivamente, ambientes com e sem emprego de tecnologia, e seus índices

ambientais (I) estão descritos nas tabelas 35 e 36.

Tabela 35. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grão, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 1,69 Favorável Mococa Águas/2005 1,05 Favorável Tatuí Águas/2005 0,53 Favorável Avaré Águas/2006 -0,45 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -1,31 Desfavorável Mococa Águas/2006 -1,51 Desfavorável Avaré Seca/2006 -2,05 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -1,18 Desfavorável Mococa Seca/2006 -1,47 Desfavorável Avaré Seca/2007 1,55 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 0,10 Favorável Tatuí Seca/2007 3,05 Favorável Colina Inverno/2006 -2,09 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -0,60 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -0,83 Desfavorável Araras Inverno/2007 -0,06 Desfavorável Colina Inverno/2007 1,91 Favorável Mococa Inverno/2007 1,67 Favorável

87

Tabela 36. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.

Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)

Classificação

Monte Alegre do Sul Águas/2005 0,90 Favorável Mococa Águas/2005 0,27 Favorável Tatuí Águas/2005 -0,25 Desfavorável Avaré Águas/2006 -1,23 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -2,10 Desfavorável Mococa Águas/2006 -2,30 Desfavorável Avaré Seca/2006 -2,47 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -0,97 Desfavorável Mococa Seca/2006 -1,21 Desfavorável Avaré Seca/2007 -0,89 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,01 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -0,30 Desfavorável Colina Inverno/2006 -0,48 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 1,53 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,30 Favorável Araras Inverno/2007 2,71 Favorável Colina Inverno/2007 1,27 Favorável Mococa Inverno/2007 4,22 Favorável

De acordo com os resultados obtidos na época “das águas” (Tabela 37), as

linhagens LP 01-38, do grupo comercial carioca, e LP 02-130 do grupo comercial preto,

foram as que apresentaram maior estabilidade e responsividade nos ambientes

favoráveis (Tabela 35). A cultivar FT-Nobre foi classificada como pouco estável e

responsiva a melhoria do ambiente. Para os ambientes desfavoráveis (Tabela 35), os

genótipos mais tolerantes foram Gen 96A3-P-1-1 e BRS-Requinte.

Os resultados obtidos na época “da seca” (Tabela 37) demonstraram que a cultivar

Pérola e a linhagem CV-48 foram estáveis, ou seja, apresentaram os menores valores de

Pi. Já a linhagem LP 01-38 foi a menos estável entre os genótipos avaliados. Ao

considerar os ambientes favoráveis e desfavoráveis (Tabela 35) a cultivar IAC-Alvorada

e a linhagem LP 9979 foram as que se sobressaíram nos ambientes favoráveis, enquanto

que as mais tolerantes aos ambientes desfavoráveis foram os genótipos LP 02-130 e a

cultivar Pérola. Já as linhagens BRS-Requinte e LP 01-38 apresentaram resultados

inferiores nos ambientes favoráveis e desfavoráveis respectivamente.

Na época “de inverno” (Tabela 37), os genótipos mais estáveis foram IAC-

Alvorada e IAC-Carioca Tybatã. A linhagem Gen 96A45-3-51-52-1 foi a menos estável

88

e também a menos responsiva nos ambientes favoráveis. Apenas a cultivar IAC-

Alvorada foi responsiva nos ambientes favoráveis, enquanto que os genótipos FT-

Nobre, Gen 96A45-3-51-52-1 e LP 01-38 foram os mais adaptados aos ambientes

desfavoráveis.

Na análise conjunta dos anos 2005/2006/2007, os resultados (Tabela 37)

mostraram que a cultivar IAC-Alvorada e Pérola foram as mais estáveis e com os

melhores desempenhos nos ambientes favoráveis (Tabela 36). Já a linhagem BRS-

Requinte foi a que apresentou menor estabilidade e responsividade nos ambientes

favoráveis. Em relação aos ambientes desfavoráveis (Tabela 36), as linhagens que

apresentaram melhor desempenho Pid foram LP 02-130, BRS-Grafite e a cultivar IAC-

Carioca Tybatã.

Tabela 37. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de água dos grãos, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média

% Pi . Pif . Pi.d Média

% Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 7,36 4,0 4,6 3,5 9,73 15,3 12,8 17,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 7,36 3,9 4,6 3,3 9,41 17,2 18,3 16,1 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 7,50 3,5 3,3 3,7 9,08 19,0 17,9 20,2 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 7,41 3,8 8,8 2,8 9,06 19,4 18,2 20,6 IAC-Diplomata (P) 7,51 3,5 3,4 3,6 9,35 17,6 17,6 17,6 LP 9979 (C) 7,20 4,4 4,7 3,9 9,69 15,7 12,9 18,5 LP 01-38 (C) 7,79 2,9 2,2 3,6 8,61 22,2 23,1 21,4 LP 98-122 (P) 7,28 4,1 3,8 4,3 9,76 15,1 16,9 13,3 LP 02-130 (P) 7,77 2,9 2,4 3,5 9,82 15,2 18,1 12,2 BRS-Requinte (C) 7,58 3,3 3,7 2,9 8,37 27,3 36,1 18,5 BRS-Pontal (C) 7,61 3,5 2,9 4,0 9,19 18,4 17,1 19,7 BRS-Supremo (P) 7,20 4,3 4,2 4,4 9,46 16,9 16,1 17,7 BRS-Grafite (P) 7,31 4,1 4,3 3,9 9,77 15,2 16,9 13,4 CV-48 (C) 7,28 4,1 4,3 3,9 8,71 22,2 23,5 20,9 Z 28 (C) 7,43 3,7 3,3 4,0 9,87 14,5 13,2 15,8 IAC-Carioca Tybatã (C) 7,57 3,3 3,1 3,4 9,59 16,2 14,2 18,3 Pérola (C) 7,43 3,7 3,9 3,5 10,04 13,6 14,3 12,9 IAC-Una (P) 7,38 3,8 3,2 4,3 9,52 16,8 14,7 18,9 FT-Nobre (P) 7,08 4,9 5,9 3,8 9,10 19,0 19,7 18,5

89

Continua Tabela 37. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de água dos grãos, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).

Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

4.5 Análise Multivariada da Performance Genotípica (CARNEIRO, 1998)

Com o objetivo de integrar o conhecimento das características tecnológicas

(porcentagem de absorção de água antes e após o cozimento, tempo de cozimento,

porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e sólidos solúveis totais no caldo),

porcentagem de proteína bruta e teor de água nos grãos, associados às produtividades

em diversos ambientes realizou-se a análise multivariada da performance genotípica.

De acordo com a tabela 38, observou-se que para a época “das águas” os

genótipos que apresentaram maior estabilidade, ou seja, menores estimativas de Pi

foram BRS-Supremo do grupo comercial preto, e os genótipos Gen 96A45-3-51-52-1 e

Gen 96A98-15-3-52-1, ambos do grupo comercial carioca. A cultivar IAC-Carioca

Tybatã foi classificada como a de menor estabilidade geral. Considerando os ambientes

favoráveis e desfavoráveis, a cultivar BRS-Supremo e os genótipos BRS-Grafite e CV-

48 foram classificados como responsivos a melhoria dos ambientes Pif e tolerantes nos

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média

% Pi . Pif . Pi.d Média

% Pi . Pif . Pi.d

IAC-Alvorada (C) 8,20 9,4 6,4 10,9 8,43 22,7 21,5 23,4 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 7,47 13,4 22,6 8,8 8,08 25,3 30,2 22,2 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 7,92 10,4 11,6 9,9 8,17 24,4 25,6 23,7 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 7,98 10,3 12,5 9,1 8,15 24,6 26,3 23,5 IAC-Diplomata (P) 8,17 9,7 10,8 9,2 8,30 23,7 24,7 23,0 LP 9979 (C) 7,94 10,6 9,4 11,3 8,28 23,7 22,6 24,4 LP 01-38 (C) 7,76 11,4 16,5 8,8 8,05 25,5 29,5 22,9 LP 98-122 (P) 7,78 11,2 12,7 10,5 8,27 23,8 25,2 22,9 LP 02-130 (P) 7,67 11,7 12,4 11,4 8,42 23,0 25,5 21,5 BRS-Requinte (C) 7,94 10,4 8,5 11,4 7,96 27,5 32,7 24,1 BRS-Pontal (C) 7,57 12,3 11,2 12,8 8,12 24,9 25,1 24,8 BRS-Supremo (P) 7,47 12,8 14,6 11,8 8,04 25,3 25,9 25,0 BRS-Grafite (P) 8,05 9,9 10,4 9,7 8,37 23,1 25,1 21,8 CV-48 (C) 7,98 10,2 11,3 9,7 7,99 26,0 28,9 24,2 Z 28 (C) 8,13 9,5 10,3 9,0 8,48 22,3 21,7 22,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 7,57 12,2 14,2 11,3 8,25 23,9 23,9 23,7 Pérola (C) 7,48 12,8 18,6 9,9 8,32 23,5 25,9 21,9 IAC-Una (P) 7,98 10,5 14,4 8,6 8,29 23,7 24,4 23,3 FT-Nobre (P) 7,70 11,8 11,9 11,8 7,96 26,1 28,0 24,8

90

ambientes desfavoráveis Pid. As linhagens LP 01-38 e LP 02-130 apresentaram baixo

desempenho nos ambientes favoráveis e desfavoráveis.

Tabela 38. Estimativas dos parâmetros de estabilidade multivariada para condições geral (Pmi), favorável P(mif), desfavorável (Pmid) com suas classificações, segundo a metodologia de LIN e BINNS (1988), modificada por CARNEIRO (1998), para os ensaios de VCU de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Pmi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pmif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pmid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Águas Seca Cultivares e Linhagens

Média Pmi . Pmif . Pmid Média Pmi . Pmif . Pmid

IAC-Alvorada (C) 22,57 1,6 1,8 1,6 24,22 1,4 1,5 1,3 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,01 1,4 1,8 1,6 22,55 1,9 2,1 1,9 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,27 1,5 1,8 1,6 23,05 1,6 1,8 1,6 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,39 1,8 1,9 1,7 24,29 1,5 1,6 1,5 IAC-Diplomata (P) 23,30 1,6 1,8 1,7 24,55 1,5 1,6 1,5 LP 9979 (C) 19,58 1,7 2,1 1,8 21,16 1,9 2,2 1,9 LP 01-38 (C) 19,28 1,9 2,3 1,9 20,55 2,0 2,3 1,9 LP 98-122 (P) 21,08 1,6 2,1 1,7 23,06 1,7 2,0 1,8 LP 02-130 (P) 18,54 1,7 2,3 1,9 21,57 1,6 1,9 1,5 BRS-Requinte (C) 21,48 1,6 1,9 1,7 24,12 2,0 2,2 2,0 BRS-Pontal (C) 21,13 1,9 2,1 1,9 23,26 1,8 2,2 1,9 BRS-Supremo (P) 22,28 1,4 1,6 1,4 23,18 1,7 2,0 1,7 BRS-Grafite (P) 22,03 1,6 1,7 1,5 23,12 1,5 1,8 1,6 CV-48 (C) 21,58 1,7 1,9 1,7 23,02 1,8 2,0 1,8 Z 28 (C) 20,44 1,5 1,7 1,5 23,13 1,6 1,7 1,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,42 2,6 1,9 1,7 24,35 1,8 1,8 1,6 Pérola (C) 22,02 1,7 2,0 1,8 22,36 1,7 1,8 1,5 IAC-Una (P) 21,33 1,6 1,9 1,7 23,26 1,5 1,6 1,4 FT-Nobre (P) 21,38 1,6 1,9 1,7 23,50 1,5 1,5 1,3

91

Continua Tabela 38. Estimativas dos parâmetros de estabilidade multivariada para condições geral (Pmi), favorável P(mif), desfavorável (Pmid) com suas classificações, segundo a metodologia de LIN e BINNS (1988), modificada por CARNEIRO (1998), para os ensaios de VCU de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo. (Continuação).

Pmi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pmif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pmid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.

Os resultados obtidos na safra “da seca” (Tabela 38) atribuíram as cultivar IAC-

Alvorada, IAC-Una e a linhagem Gen 96A3-P1-1-1 como as mais estáveis. Os

genótipos LP 01-38 e BRS-Requinte foram os de menor estabilidade geral dentre os

genótipos avaliados. Ao considerar os ambientes favoráveis e desfavoráveis, a cultivar

IAC-Alvorada, IAC-Una e FT-Nobre apresentaram desempenhos satisfatórios em

relação aos demais genótipos estudados. Já as linhagens LP 9979 e LP 01-38

apresentaram resultados inferiores nos ambientes favoráveis e as linhagens BRS-Pontal

e BRS-Requinte nos ambientes desfavoráveis.

Ao considerar a safra “de inverno”, os resultados (Tabela 38) mostraram que as

cultivares BRS-Supremo e IAC-Diplomata foram as mais estáveis e adaptadas nos

ambientes favoráveis e desfavoráveis. No entanto, os genótipos LP 02-130 e BRS-

Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens

Média Pmi . Pmif . Pmid Média Pmi . Pmif . Pmid

IAC-Alvorada (C) 22,04 1,6 1,6 1,4 23,21 1,6 1,7 1,5 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 22,12 1,6 1,8 1,6 22,29 1,7 1,9 1,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 24,20 1,7 1,8 1,7 23,24 1,6 1,7 1,5 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,20 1,6 1,7 1,5 23,36 1,7 1,9 1,7 IAC-Diplomata (P) 23,04 1,4 1,5 1,3 23,23 1,6 1,8 1,6 LP 9979 (C) 21,56 1,8 2,1 1,9 21,16 1,8 2,2 1,9 LP 01-38 (C) 19,13 1,7 1,9 1,5 19,52 1,9 2,2 1,9 LP 98-122 (P) 21,39 1,5 1,8 1,6 21,44 1,7 2,0 1,7 LP 02-130 (P) 19,04 1,9 2,5 2,2 20,12 1,8 2,3 1,9 BRS-Requinte (C) 21,35 1,9 2,1 1,9 22,18 1,9 2,2 2,0 BRS-Pontal (C) 21,05 2,1 2,2 2,0 22,08 2,0 2,3 2,1 BRS-Supremo (P) 21,26 1,4 1,5 1,2 22,37 1,6 1,8 1,5 BRS-Grafite (P) 23,11 1,5 1,8 1,6 22,49 1,6 1,8 1,6 CV-48 (C) 21,15 1,8 2,1 1,9 22,18 1,8 2,1 1,8 Z 28 (C) 21,13 1,5 1,6 1,4 21,43 1,6 1,8 1,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,17 1,7 1,9 1,6 22,18 1,9 2,0 1,8 Pérola (C) 21,45 1,8 1,8 1,6 22,21 1,7 1,9 1,6 IAC-Una (P) 21,24 1,7 1,7 1,4 22,08 1,7 1,8 1,6 FT-Nobre (P) 20,30 1,5 1,7 1,5 22,13 1,6 1,8 1,6

92

Pontal foram os de menor estabilidade e adaptabilidade nos ambientes favoráveis e

desfavoráveis.

Os resultados da análise conjunta dos anos 2005/2006/2007 apontaram os

genótipos BRS-Grafite, Gen 96A15-3-52-1, BRS-Supremo e IAC-Alvorada como os de

maior estabilidade geral. Em relação aos ambientes favoráveis e desfavoráveis, a

linhagem Gen 96A15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada apresentaram desempenho

superior tanto nos ambientes favoráveis, como nos desfavoráveis. A cultivar BRS-

Supremo também foi tolerante nos ambientes desfavoráveis. Já a linhagem LP 01-38

apresentou estabilidade e adaptabilidade geral dentre os materiais avaliados, bem como

desempenho inferior tanto nos ambientes favoráveis, quanto nos desfavoráveis (Tabela

38).

De acordo com os resultados obtidos por meio da análise multivariada da

performance genotípica, é possível dizer que a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a

cultivar IAC-Alvorada são apropriadas para as novas exigências do mercado, ou seja,

são materiais estáveis e responsivos ao emprego de tecnológica tanto nos ambientes

favoráveis quanto nos desfavoráveis. Além disso, estes genótipos também atendem as

exigências dos consumidores, uma vez que possuem bom conteúdo protéico e menor

tempo de cozimento, dentre outras características culinárias.

O desempenho satisfatório e similar desses genótipos para as variáveis avaliadas,

podem ter sido conseguidas devido a constituição genética e a similaridade entre ambos,

uma vez, que são linhagens irmãs (IAC-Alvorada-Gen 96A98-13-1-52-1).

4.6 Comparações entre as Análises Univariada e Multivariada

Os principais objetivos dos programas de melhoramento genético do feijoeiro no

Brasil sempre estiveram embasados na obtenção de cultivares mais produtivas,

resistentes às pragas e às doenças, e com melhores características agronômicas. No

entanto, com o aumento das exigências dos consumidores e das indústrias, esse cenário

vem sendo modificado nos últimos anos, e as características relacionadas com a

qualidade culinária e nutricional dos grãos estão recebendo maior destaque no processo

de obtenção das novas cultivares, fazendo-se necessário o conhecimento da interação

genótipo x ambiente.

A fim de minimizar os efeitos da interação genótipo x ambiente e tornar a

recomendação de cultivares confiável o desempenho dos genótipos foi avaliado por

93

meio das análises de adaptabilidade e estabilidade univariada e multivariada, propostas

por LIN & BINNS (1988) e modificadas por CARNEIRO (1998).

Pelos resultados da análise multivariada, para a época “das águas”, o genótipo

BRS-Supremo apresentou estabilidade geral e adaptabilidade específica, para os

ambientes favoráveis e desfavoráveis. Na análise univariada, apenas para as

características PGI e EV, o genótipo BRS-Supremo continuou apresentando bom

desempenho para condições gerais e específicas (ambientes favoráveis e desfavoráveis).

Os resultados apontaram que ao considerar outras variáveis independentes, a

classificação dos genótipos foi alterada, evidenciando a influência destas variáveis no

valor final dos genótipos e, conseqüentemente, no seu desempenho.

Na época “da seca”, os resultados da análise multivariada reportaram que as

cultivares IAC-Alvorada, do grupo comercial carioca e IAC-Una, do grupo comercial

preto, apresentaram colocações de destaque, para o conjunto de ambientes e para os

grupos de ambientes específicos (favoráveis e desfavoráveis), mostrando que são

materiais rústicos e produtivos. Segundo os resultados da análise univariada, a cultivar

IAC-Alvorada apresentou bom desempenho geral e específico para as variáveis Peanc,

Peapc, TC e PB, sendo que estes caracteres podem ter auxiliado no desempenho

superior as demais obtido pela cultivar na análise multivariada. No entanto, ao se

considerar as variáveis individualmente o desempenho da cultivar IAC-Una não foi

satisfatório. Essa mudança na classificação pode ter sido atribuída a existência de

alguma(s) característica(s) vantajosa(s), que, ao terem sido avaliadas simultaneamente,

implicaram no ordenamento diferencial dos genótipos.

Analisando os resultados da época “de inverno”, observou-se que as linhagens

BRS-Supremo e IAC-Diplomata mostraram-se estáveis as condições gerais e bem

adaptadas aos ambientes favoráveis e desfavoráveis. Com base nos resultados da análise

univariada, a cultivar BRS-Supremo foi considerada estável de um modo geral,

responsiva nos ambientes favoráveis a ela e tolerante nos ambientes desfavoráveis para

o tempo de cozimento e porcentagem de sólidos solúveis totais no caldo, tais

características são importantes determinadores da qualidade tecnológica dos grãos de

feijoeiro, podendo ter contribuído de forma satisfatória para o desempenho superior do

genótipo na análise multivariada. Já a cultivar IAC-Diplomata apresentou estabilidade

geral e bom desempenho nos ambientes específicos (favoráveis e desfavoráveis) para

porcentagem de proteína presente nos grãos. Provavelmente essa importante variável,

94

em conjunto com as demais características avaliadas, foram importantes por manter a

cultivar entre as mais bem classificadas, na análise multivariada.

Considerando os resultados obtidos pela análise multivariada para o conjunto

das três épocas de semeadura, o genótipo BRS-Grafite apresentou o melhor desempenho

para as condições gerais, e também se posicionou entre os primeiros colocados para os

ambientes favoráveis, discordando dos resultados obtidos pelas análises univariadas,

onde o desempenho do genótipo não foi satisfatório. Essa mudança na classificação

pode ser atribuída, em parte, ao bom desempenho médio do genótipo para algumas das

variáveis estudadas. Já a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada

apresentaram performance superior as demais, para as condições gerais, favoráveis e

desfavoráveis, segundo o procedimento da análise multivariada, assim como, para a

maioria dos caracteres avaliados individualmente (Peanc, Peapc, TC e PB), mostrando

que estas variáveis pesaram na classificação multivariada dos genótipos, assim como os

pesos atribuídos a elas.

Em relação a variável produtividade, as linhagens LP 01-38 e LP 9979

destacaram-se por apresentar maior estabilidade geral e adaptabilidade às condições

específicas (ambientes favoráveis e desfavoráveis). No entanto, considerando-se

simultaneamente as demais variáveis, foram constatadas alterações na classificação das

linhagens e/ou cultivares, confirmando a existência de características de grande

influência no desempenho final dos genótipos, assim, as linhagens LP 01-38 e LP 9979

apresentaram os maiores valores de Pmi. Essa mudança na classificação pode ser

atribuída às características tecnológicas e principalmente ao baixo conteúdo protéico

dessas linhagens, fatores que acabaram pesando na classificação multivariada dos

genótipos.

No entanto, quando avaliada a produtividade da linhagem Gen 96A98-15-3-52-1

e da cultivar IAC-Alvorada, por meio da análise univariada, esses genótipos

apresentaram baixa estabilidade e adaptabilidade à ambientes específicos (favoráveis e

desfavoráveis). Pela análise multivariada foram os mais estáveis, responsivos aos

ambientes favoráveis e também tolerantes aos desfavoráveis, devido ao desempenho

apresentado para as variáveis tecnológicas, como por exemplo, Peanc e TC e para o

conteúdo protéico, os quais colaboraram para a mudança na classificação da

performance genotípica, uma vez que foram atribuídos pesos de maior valor para essas

variáveis. Assim, se considerássemos somente os dados de produtividade, a cultivar

IAC-Alvorada não seria recomendada, pois não foi superior neste quesito às demais,

95

tendo tido somente resultados próximos a média dos materiais avaliados. No entanto, o

Programa de Melhoramento do Feijoeiro, do IAC, registrou esta cultivar no

MAPA/RNC, em 2007, levando em consideração suas características agronômicas,

tecnológicas, qualidade de grão e o conteúdo protéico, por acreditar que a cadeia

produtiva tem buscado cultivares que atendam aos interesses dos produtores e

consumidores.

4.7 Correlação entre Características Tecnológicas, Teor de Proteína Bruta, Teor de água nos grãos e Produtividade

Embora se tenha observado várias correlações significativas entre os caracteres

avaliados (Tabela 39), a maioria delas foram de baixa magnitude(< 0,5). No entanto,

algumas correlações apresentaram resultados de média magnitude e por isso, foram

discutidas.

Por meio da análise de correlações fenotípicas existente entre as características,

ficou evidenciado uma correlação significativa e negativa entre as características Peapc

e PGI, em todas as épocas de semeadura e no conjunto dos anos agrícolas de

2005/2006/2007. Os valores encontrados são considerados de média magnitude e,

variaram de acordo com a época de semeadura (Tabela 39). Os resultados obtidos

mostraram que a medida que ocorreu incremento em uma das características a outra

reduziu.

Correlação significativa e negativa também foi observada entre as variáveis

Peapc e EV, embora as correlações encontradas tenham sido de baixa a média

magnitude (-0,39 a -0,71) (Tabela 39), foram observadas em todas as épocas de cultivo

e no conjunto dos anos 2005/2006/2007. Os resultados mostraram que quando a

absorção de água pelo grão após o cozimento é maior, a expansão volumétrica ou

rendimento de panela é menor.

Por meio da análise de correlação de Pearson (Tabela 39), identificou-se

correlação significativa e negativa entre EV e T.G.A. para todas as épocas de semeadura

e na análise conjunta.

Ainda na tabela 39, os resultados mostraram a existência de correlação positiva e

significativa entre PGI e EV para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e para

análise conjunta. Os coeficientes de correlação de Pearson variaram de 0,48 a 0,60 e

96

indicaram que a medida que temos uma porcentagem maior de grãos inteiros também

temos uma maior expansão volumétrica.

Apesar da baixa e média magnitude dos coeficientes de correlação significativos

entre os caracteres avaliados (Tabela 39), a estimativa desses coeficientes é importante

pois informa como a seleção para um caráter influencia na expressão de outros. Neste

sentido, a utilização de caracteres correlacionados pode favorecer na identificação dos

melhores indivíduos, para que sejam selecionados. Todavia, a presença de correlação

fenotípica "per se" não garante ao melhorista uma existência de correlação genética

entre dois caracteres.

97

Tabela 39. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB

Peanc 0,34** -0,18** -0,08 -0,32** -0,06 0,20** 0,03 0,12 Peapc -0,65** -0,24** -0,71** 0,17** 0,46** -0,23** -0,11 PGI 0,39** 0,34** -0,37** -0,21** 0,15* 0,22** TC -0,13 -0,52** 0,27** 0,17* 0,17* EV 0,12* -0,74** 0,25** -0,01 PROD -0,17** -0,07 -0,37** T.G.A. -0,21** -0,04 SSTc -0,13*

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Seca” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB

Peanc 0,43** -0,22** -0,09 -0,23 -0,19 0,45 0,04 -0,18 Peapc -0,66** -0,19** -0,55** 0,15** 0,42** -0,10 0,00 PGI -0,02 0,60** -0,17** -0,39** 0,18** -0,24** TC 0,17** -0,20** -0,14* -0,08 0,21** EV -0,42** -0,51** -0,12 0,00 PROD 0,03 0,17** 0,11 T.G.A. -0,01 -0,06 SSTc -0,05

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Inverno” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB

Peanc 0,30** -0,24** -0,16** -0,13* 0,03 0,13 -0,05 0,00 Peapc -0,65** -0,32** -0,39** 0,06 0,23** -0,15 -0,26** PGI 0,03 0,48** 0,24** -0,48** 0,07 0,17* TC -0,18** -0,29** 0,13 0,05 0,02 EV 0,54** -0,66** 0,06 0,07 PROD -0,57** -0,06 -0,33** T.G.A. -0,04 0,00 SSTc 0,02

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Análise Conjunta” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB

Peanc 0,34** -0,21** -0,03 -0,20** -0,15** 0,23** 0,03 -0,06 Peapc -0,66** -0,20** -0,58** 0,10** 0,39** -0,12** -0,07 PGI 0,06* 0,48** -0,07* -0,39** 0,10* 0,01 TC -0,08* -0,46** 0,06 0,15** 0,09* EV 0,00 -0,62** 0,03 -0,04 PROD -0,06 -0,09* -0,08* T.G.A. -0,01 0,10** SSTc -0,03

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cocção em minutos, EV: Expansão volumétrica em g. mL-1, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

98

4.8 Avaliações de Fibra Alimentar Total e suas Frações

Os valores médios de fibra alimentar total, fibra insolúvel e fibra solúvel

determinados nas cultivares utilizados nos experimentos de VCU como padrões do

grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e do grupo comercial preto

(IAC-Una e FT-Nobre) para a época “das águas” de 2005, “da seca de” 2006 e “de

inverno” de 2006 estão demonstradas na Tabela 40. Nesta tabela também estão

incluídos os tempos médios de cozimento dos genótipos para cada local de cultivo. Na

Tabela 41 encontram-se os resultados médios gerais do tempo de cozimento e das

concentrações das fibras para cada um dos genótipos em relação às épocas de

semeadura.

As amplitudes encontradas para os teores de fibra alimentar total e fibra

insolúvel, neste trabalho, foram, respectivamente, de 17,81 a 25,68% e 12,20 a 21,35%,

havendo correlação positiva entre estes componentes e o tempo de cozimento

correspondente (Figura 1 e Tabela 42). Quando avaliados de forma conjunta, os

coeficientes de correlação entre o tempo de cozimento e os teores de fibra insolúvel e

fibra total dos grãos foram altamente significativos (Tabela 42), indicando que o

aumento das frações de fibra dificultam o cozimento dos grãos. O mesmo

comportamento foi observado para todas as épocas de cultivo, com exceção apenas para

a época “da seca” de 2006, na qual apenas houve correlação entre o tempo de cozimento

e o teor de fibra insolúvel.

Embora tenham ocorrido correlações significativas com outros parâmetros de

qualidade avaliados neste estudo (Tabela 42), não é possível realizar deduções sólidas,

uma vez que tais parâmetros foram avaliados em apenas um único ano de cultivo,

tornando-se necessário avaliar tais características, em um maior número de cultivos,

para que se possa compreender as relações dos teores de fibras com as demais

características.

Pela Figura 1, nota-se que não houve discriminação nítida dos genótipos de

feijoeiro em relação aos locais de cultivo, entretanto, os ambientes de Colina e

Fernandópolis na época de “inverno” de 2006 proporcionaram, de forma geral, teores

mais elevados de fibra insolúvel e maiores tempos de cozimento do que os demais

locais, demonstrando que o teor de fibra insolúvel resulta em maior tempo de cozimento

dos grãos (Tabela 41).

99

Os resultados médios na Tabela 41, demonstraram que os cultivares padrões

empregados nos ensaios de VCU não apresentaram diferenças discrepantes entre si, em

relação às concentrações de fibra solúvel, insolúvel e total, a não ser os valores da época

de inverno de 2006, a qual proporcionou valores um pouco mais elevados do que os

demais locais.

Segundo HUGHES (1991), feijões secos possuem quantidades significativas de

fibra alimentar total, entre 15 a 25%, sendo uma boa fonte de fibra insolúvel e solúvel.

Os valores encontrados para fibra alimentar no presente estudo estão dentro desta faixa

e estão próximos às concentrações registradas pela Tabela Brasileira de Composição de

Alimentos publicada pelo NEPA/UNICAMP (TACO, 2006) para feijões do tipo carioca

(18,4%) e para feijões do grupo preto (21,8%). Entretanto, os valores estão abaixo, dos

encontrados por LONDERO et al. (2006), principalmente os teores de fibra insolúvel e

total que empregaram o mesmo método enzimático-gravimétrico. Tais autores

estimaram a fibra alimentar total e suas frações em populações obtidas de cinco

cruzamentos entre genótipos brasileiros de feijão, encontrando de 8,04 a 11,11% de

fibra solúvel, de 24,82 a 31,35% de fibra insolúvel e de 33,39 a 39,39% de fibra total.

É importante ressaltar que como há pouquíssimas informações referentes à

qualidade nutricional de genótipos brasileiros de feijoeiro, novas pesquisas tornam-se

necessárias no sentido de melhorar a eficiência de seleção de linhagens de feijoeiros

quanto a uma cultivar de melhor valor nutricional.

100

Tabela 40. Valores médios, em %, de fibra alimentar total, fibra insolúvel e fibra solúvel e tempo de cozimento (em min.) de 4 cultivares padrões do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) cultivados na época “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006, em diferentes localidades do Estado de São Paulo.

“ÁGUAS 2005” Mococa Monte Alegre do Sul Tatuí

CULTIVARES TC FT FI FS TC FT FI FS TC FT FI FS

IAC-Carioca Tybatã (C) 30,14d1B2 20,76bB 14,40aA 6,36aA 27,36dA 21,17aAB 15,07abA 6,50aA 33,04cC 22,18bA 14,69bA 7,49bA Pérola (C) 32,41cC 22,81aA 15,40aA 7,35aA 18,39aA 20,02aC 13,56bA 6,46aB 31,15aB 21,17cB 15,17abA 6,00cB

IAC-Una (P) 27,09bB 19,45cB 14,13aB 5,32bB 21,03cA 20,92aA 16,01aA 4,91bC 32,31bC 21,38bcA 15,32aA 6,07cA

FT-Nobre (P) 26,15aB 21,12bB 14,51aAB 6,61aB 19,17bA 19,25bC 14,11bB 5,54abB

33,39dC 23,89aA 15,31aA 8,58dA

Média Local 29,35 21,04 14,63 6,41 29,05 20,34 14,49 5,85 32,47 22,16 15,12 7,04

“SECA 2006” Avaré Capão Bonito Mococa

CULTIVARES TC FT FI FS TC FT FI FS TC FT FI FS

IAC-Carioca Tybatã (C) 21,31bA 20,76 aAB

14,92 aA 5,84bA 38,14dC 21,91aA 14,70abA 7,21aA 29,06bB 20,51aB 15,35aA 5,16bA Pérola (C) 30,19dC 20,45

aAB 14,87 aA 5,58bA 23,11aA 21,30aA 14,70abA 6,60bA 29,18cB 19,31bB 13,93bB 5,38bA

IAC-Una (P) 21,04aA 21,38 aA 13,27 bB 8,11aA 36,19cC 20,37bB 15,44aA 4,93dA 25,60aB 20,97aAB 14,45abAB 6,52aB

FT-Nobre (P) 24,28cA 17,93 bB 13,28 bB 4,65cB 32,32bB 20,07bA 14,51bA 5,56cA 40,11dC 20,64 aA 15,02aA 5,62bA

Média Local 24,21 20,13 14,09 6,05 33,09 20,91 14,84 6,08 31,39 20,36 14,69 5,67

“INVERNO 2006” Colina Fernandópolis Ribeirão Preto

CULTIVARES TC FT FI FS TC FT FI FS TC FT FI FS

IAC-Carioca Tybatã (C) 39,06bC 24,51aA 20,18aA 4,33bc 36,23bB 23,42bA 18,09bB 5,33bB 27,31cA 19,71dB 12,36cC 7,35bA Pérola (C) 36,04dB 23,68aB 18,29bB 5,39bB 40,39cC 25,64aA 21,32aA 4,32bC 30,12dA 24,47aB 15,20bC 9,27aA

IAC-Una (P) 31,28cB 20,03bC 15,04dB 4,99aB 41,11dC 21,36cB 16,83cA 4,53bB 25,02bA 22,71bA 15,42abB 7,29bA

FT-Nobre (P) 29,08aB 20,00bC 16,14cA 3,86bB 29,47aB 23,93bA 15,77dA 8,16aA 19,28aA 20,54cB 15,92aA 4,62cB

Média Local 34,27 22,06 17,41 4,64 37,20 23,59 18,00 5,59 25,43 21,86 14,73 7,13

FT: fibra total, FI: fibra insolúvel e FS: fibra solúvel e TC: tempo de cozimento. 1 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, para cada característica. 2 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, para cada característica.

101

Figura 1. Valores de Fibra alimentar total (FT) versus tempo de cozimento (TC) dos grãos de feijoeiro cultivados em diferentes locais do estado de São Paulo, nas épocas “das águas” de 2005 (amostras em preto), “da seca” de 2006 (amostras em laranja) e “de inverno” de 2006 (amostras em azul).

Tabela 41. Valores médios gerais do tempo de cozimento (em minutos) e da fibra alimentar total, insolúvel e solúvel (em %) para cada um dos 4 cultivares padrões em relação aos 3 locais de cultivo e às épocas “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006.

“ÁGUAS 2005” Média das Localidades

Cultivares TC FT FI FS

IAC-Carioca Tybatã (C) 30,18a1 21,37a 14,59a 6,78ab Pérola (C) 27,05a 21,33a 14,73a 6,60ab IAC-Una (P) 26,54a 20,58a 15,15a 5,43b FT-Nobre (P) 26,10a 21,42a 14,51a 6,91a

“SECA 2006” Média das Localidades

Cultivares TC FT FI FS

IAC-Carioca Tybatã (C) 29,50a 21,06a 14,99a 6,07b Pérola (C) 27,23a 20,35b 14,50b 5,85b IAC-Una (P) 27,48a 20,91a 14,39b 6,52a FT-Nobre (P) 32,37a 19,55c 14,27b 5,28c

“INVERNO 2006” Média das Localidades

Cultivares TC FT FI FS

IAC-Carioca Tybatã (C) 34,20ab 22,55ab 16,88a 5,67a Pérola (C) 35,25b 24,60a 18,27a 6,33a IAC-Una (P) 32,20ab 21,37b 15,76a 5,60a FT-Nobre (P) 26,08a 21,49b 15,94a 5,55a

FT: fibra total, FI: fibra insolúvel e FS: fibra solúvel. 1 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

102

Tabela 42. Matrizes de coeficientes de correlação de Pearson entre as porcentagens de teor de água dos grãos (T.G.A.), de sólidos solúveis totais no caldo (SSTc), proteína bruta (PB), fibra alimentar total (FT), fibra insolúvel (FI) e fibra solúvel (FS) e o tempo de cozimento dos grãos (TC, em min.) de 4 cultivares de feijoeiro avaliados: a) de forma conjunta, para 9 locais de cultivo e com 72 resultados para cada variável e b) separadamente, por época de cultivo (“águas” de 2005, “seca” de 2006 e “inverno” de 2006), para 3 locais de cultivo com 24 resultados para cada variável.

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2005

UM SSTc PB FT FI FS

TC -0.53** 0.35 0.37 0.72** 0.47* 0.60** UM -0.52** -0.44* -0.49* -0.31 -0.40*

SSTc 0.15 0.58** 0.29 0.53**

PB 0.51* 0.44* 0.34

FT 0.64** 0.82**

FI 0.09

Coeficientes da Correlação de Pearson – “Seca” de 2006

UM SSTc PB FT FI FS

TC 0.44* 0.03 -0.12 0.12 0.50* -0.24 UM -0.24 -0.26 0.21 0.45* -0.10

SSTc 0.15 -0.05 0.20 -0.20

PB -0.22 -0.16 -0.11

FT 0.40* 0.76**

FI -0.30

Coeficientes da Correlação de Pearson – “Inverno” de 2006

UM SSTc PB FT FI FS

TC 0.01 -0.37 -0.27 0.51* 0.69** -0.35 UM 0.22 0.44* -0.09 -0.23 0.20

SSTc -0.12 -0.79** -0.49* -0.25

PB 0.08 -0.34 0.57**

FT 0.70** 0.21

FI -0.55**

Coeficientes de Correlação de Pearson – Análise Conjunta

UM SSTc PB FT FI FS

TC -0.18 0.16 0.03 0.49** 0.58** -0.14 UM -0.37** -0.11 -0.33* -0.39* 0.09

SSTc 0.21 -0.01 0.06 -0.09

PB 0.06 -0.11 0.23*

FT 0.72** 0.33**

FI -0.41**

**, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

103

4.9 Considerações Finais

O uso da análise univariada é importante quando se pretende conhecer o

comportamento do genótipo para uma determinada característica, como por exemplo,

produtividade média. No entanto, as cultivares não devem ser recomendadas para o

cultivo pelos agricultores sem que outras características de interesse sejam avaliadas.

Levando em consideração a informação acima, o uso da análise multivariada da

performance genotípica é uma ferramenta complementar na recomendação de novas

cultivares uma vez que os programas de melhoramento necessitam preencher uma série

de requisitos para que um novo material seja registrado no MAPA/RNC.

Os resultados discordantes entre as análises univariada e multivariada, indicam

que outras variáveis apresentam efeitos significativos na classificação dos genótipos.

Esta análise também permitiu, para o conjunto das variáveis estudadas, melhores

esclarecimentos da performance dos genótipos, pois vários caracteres foram avaliados

simultaneamente.

O uso do método multivariado da performance genotípica, é promissor nos

programas de melhoramento, pois reúne, em um único parâmetro, todos os requisitos

exigidos para a recomendação de novas cultivares. No entanto, para o uso correto dessa

metodologia, são necessários melhores conhecimentos da contribuição que cada

variável exerce no objetivo final dos programas de melhoramento, e, conseqüentemente,

dos pesos adotados para cada uma delas, uma vez que esses valores são atribuídos pela

vivência prática dos melhoristas. Uma forma de ponderar os pesos atribuídos para cada

variável na metodologia multivariada, é o uso de análises estatísticas que permitam

avaliar de forma satisfatória, a contribuição de cada caractere para o desempenho final

do genótipo.

104

5 CONCLUSÕES

a) As análises de estabilidade e adaptabilidade univariada e multivariada

propostas por Carneiro (1998), baseadas em Lin e Binns (1988), mostraram-

se eficientes e simples para a avaliação do desempenho genotípico das

cultivares, além de apresentarem unicidade do parâmetro para estimar a

adaptabilidade à ambientes favoráveis e desfavoráveis, e simplicidade na

interpretação dos resultados.

b) Os resultados individuais de adaptabilidade e estabilidade para o conjunto

das três épocas de cultivo reportam a cultivar IAC-Alvorada como sendo

estável, responsiva nos ambientes favoráveis e tolerante nos desfavoráveis,

para o tempo de cozimento. Para a produtividade de grãos apenas a

linhagem LP 01-38 e LP 9979 apresentaram estabilidade geral e

adaptabilidade aos ambientes favoráveis e desfavoráveis. A cultivar IAC-

Diplomata apresentou estabilidade, responsividade nos ambientes favoráveis

e tolerância nos ambientes desfavoráveis para teor de proteína bruta dos

grãos. Para a variável porcentagem de embebição de água antes do

cozimento, houve destaque para o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1, por

apresentar estabilidade, tolerância aos ambientes desfavoráveis e

responsividade aos ambientes favoráveis.

c) Com base nos resultados obtidos na análise da performance genotípica, na

época “das águas”, o genótipo BRS-Supremo foi estável, responsivo nos

ambientes favoráveis e tolerante nos desfavoráveis. Apenas a cultivar IAC-

Alvorada apresentou estabilidade e adaptabilidade na época “da seca”. Na

época “de inverno” as cultivares BRS-Supremo e IAC-Diplomata foram

consideradas estáveis e adaptadas nos ambientes favoráveis e desfavoráveis.

A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada foram

classificadas como estáveis, responsivas a melhoria dos ambientes e

tolerantes nos ambientes desfavoráveis para o conjunto dos anos de

2005/2006/2007.

d) A análise multivariada permitiu conhecer melhor o desempenho dos

genótipos para o conjunto de caracteres avaliados, constituindo-se em

105

importante ferramenta na recomendação de cultivares pelos programas de

melhoramento.

e) As correlações fenotípicas entre os caracteres de qualidade tecnológica,

produtividade, porcentagem de proteína e teor de água dos grãos não foram

expressivas devido à baixa e média magnitude.

f) Houve indicativos que maiores concentrações de fibra alimentar total e fibra

insolúvel proporcionaram aumento no tempo de cozimento dos grãos dos

feijoeiros.

106

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115

7 ANEXOS

Anexo 1. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005.

Localidades

Monte Alegre do Sul Tatuí

Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 108,08 197,78* 16,48 0,33 0,38* 7,48 109,90* 160,27* 26,53 13,62 0,46 11,68 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 108,34 173,33* 24,39 18,58 0,41 9,71 114,06* 140,31* 33,39 76,14 0,50 11,11 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 112,96* 159,44 16,38 2,46 0,47 8,39 111,88* 136,41* 30,31 78,53 0,49 11,17 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,77 163,33 27,51 2,39 0,48 9,19 103,23 141,11 32,15 38,36 0,50* 9,92 IAC-Diplomata (P) 104,61 148,89 21,20 13,12 0,45 11,37 112,90 145,71* 38,39 68,67* 0,46 10,64 LP 9979 (C) 99,05 174,44* 23,19 9,94 0,52 12,51* 105,34* 141,56* 36,36 62,89 0,49 8,55 LP 01-38 (C) 104,24 151,11 20,52 4,10 0,49 7,88 108,05* 145,50* 27,31 0,56 0,46 9,51 LP 98-122 (P) 111,69* 156,11 15,38* 9,82 0,46 9,65 107,08 136,30 27,16 96,93* 0,49 12,22 LP 02-130 (P) 101,52 172,22 19,59 0,52 0,42 9,11 99,20 136,67 26,08 59,92 0,46 11,63 BRS-Requinte (C) 109,20 138,33 22,49 61,66* 0,49 10,14 105,11* 137,51* 32,13 65,65 0,47 7,35 BRS-Pontal (C) 98,14 130,56 18,24 33,43 0,46 8,48 104,63* 143,01* 40,12 23,85 0,47 8,03 BRS-Supremo (P) 104,17 133,33 28,56 55,91* 0,50 8,34 108,30 137,33 29,10 72,45* 0,47 7,88 BRS-Grafite (P) 106,42 161,67 23,23 18,64 0,50 10,06 97,00 145,56* 26,05 52,45 0,47 10,62 CV-48 (C) 102,13 150,11 20,14 17,00 0,49 8,11 104,72* 149,19* 32,36 37,69 0,46 12,12 Z 28 (C) 103,10 127,78 27,37 94,36* 0,46 9,75 111,39* 145,26* 33,21 75,83 0,49 9,37 IAC-Carioca Tybatã (C) 89,37 131,67 27,36 42,31 0,45 10,06 77,63 128,33 33,04 98,70 0,50 9,51 Pérola (C) 106,82 156,67 18,39 6,05 0,45 8,54 89,01 131,11 31,15 98,41 0,49 11,24 IAC-Una (P) 102,22 151,67 21,03 37,31 0,52 9,28 103,69 137,22 32,31 55,38 0,46 9,07 FT-Nobre (P) 103,35 171,11 19,17 9,92 0,40 10,61 109,43 135,59 33,39 43,80 0,46 12,56 Média 104,27 155,24 22,01 23,05 0,46 9,40 104,34 140,73 32,06 58,94 0,48 10,22 CV % 2,03 2,45 1,93 10,89 4,86 3,55 2,63 1,22 3,75 4,01 3,04 4,03 DMS 5,24 9,45 3,76 6,23 0,06 1,07 6,82 4,28 6,39 5,87 0,04 1,32

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

116

Continua Anexo 1. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005 (Continuação).

Localidades

Mococa Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 109,66* 152,78 27,08 32,67 0,50 11,56 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 109,30* 148,33 31,50 74,01* 0,47 12,09 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,13* 149,44 28,35 29,05 0,44 11,79 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 106,41 128,33 30,21 98,89* 0,52 11,45 IAC-Diplomata (P) 104,72 135,56 32,02 67,14* 0,49 10,93 LP 9979 (C) 107,30* 135,56 37,03 55,72 0,49 12,33 LP 01-38 (C) 107,11 136,67 32,15 49,64 0,49 8,99 LP 98-122 (P) 106,76 161,11* 29,10 18,76 0,47 12,38 LP 02-130 (P) 106,98 157,78 30,10 14,46 0,52 13,50 BRS-Requinte (C) 103,55* 150,00 29,48 19,44 0,46 10,93 BRS-Pontal (C) 93,71 123,89 36,03 85,38* 0,56 10,68 BRS-Supremo (P) 106,51 135,00 31,11 87,32* 0,55 12,88 BRS-Grafite (P) 109,36 149,44 30,56 42,63 0,45 12,78 CV-48 (C) 101,73* 156,11 27,39 17,58 0,43 11,15 Z 28 (C) 105,96* 146,67 27,28 46,05 0,45 8,55 IAC-Carioca Tybatã (C) 91,81 142,78 30,14 46,29 0,49 9,85 Pérola (C) 94,49 155,56 32,41 33,94 0,46 13,01 IAC-Una (P) 104,01 140,00 27,09 54,09 0,45 8,18 FT-Nobre (P) 110,07 151,67 26,15 23,70 0,44 13,15 Média 104,50 145,09 30,37 47,19 0,48 11,38 CV % 2,70 2,05 1,73 8,83 4,43 2,95 DMS 7,00 7,40 3,00 10,35 0,05 1,08

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

117

Anexo 2. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006.

Localidades

Avaré Capão Bonito

Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 98,73 130,63 25,09 45,08 0,60* 10,24 102,58 142,60 20,21 32,12 0,60 10,34 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 99,81 124,69 24,32 69,09 0,67 10,58 99,44 139,13 17,59 35,63 0,61 10,59 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 100,49 120,40 25,15 64,09 0,67 10,43 102,88 150,24* 18,29 32,56 0,60 10,35 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 101,61 121,40 20,15 56,48 0,65 10,69 100,01 131,31 24,45 58,72* 0,60 12,44 IAC-Diplomata (P) 100,88 114,72 24,00 52,29 0,67 9,49 99,99 141,16 21,11 12,92 0,61 10,10 LP 9979 (C) 99,99 118,51 25,39 57,70 0,63 11,84 104,83 138,38 21,28 36,94 0,60 10,91 LP 01-38 (C) 102,44 124,66 34,15 42,68 0,67 12,16 105,87 135,44 30,01 5,79 0,60 11,06 LP 98-122 (P) 101,15 112,91 30,20 57,60 0,67 13,35 97,86 134,17 19,01 30,58 0,60 11,78 LP 02-130 (P) 98,88 121,15 28,16 67,44 0,64 13,90 100,43 137,32 20,10 28,29 0,60 11,96 BRS-Requinte (C) 101,34 117,98 23,39 82,78 0,67 11,16 99,86 144,10 18,19 31,43 0,60 11,65 BRS-Pontal (C) 105,38 114,34 32,10 66,40 0,67 11,89 101,86 142,15 20,16 25,85 0,60 11,32 BRS-Supremo (P) 101,33 122,70 33,30 80,31 0,68 12,00 101,93 141,17 19,14 79,68* 0,60 12,90 BRS-Grafite (P) 103,10 119,84 21,40 74,90 0,67 10,31 104,56 149,82 20,13 26,55 0,56 12,82 CV-48 (C) 102,22 119,28 39,34 81,27 0,67 9,97 100,97 149,16* 17,28 21,55 0,60 9,88 Z 28 (C) 100,66 122,17 29,30 72,02 0,63 8,58 103,19 142,32 18,15 43,70 0,60 9,88 IAC-Carioca Tybatã (C) 101,45 114,15 33,32 85,09 0,67 12,47 101,57 133,51 20,37 35,07 0,60 12,64 Pérola (C) 105,46 100,55 40,44 86,40 0,70 19,61 105,77 136,48 22,11 33,06 0,60 13,52 IAC-Una (P) 100,01 114,48 26,41 91,90 0,70 10,15 101,08 145,04 19,30 24,49 0,58 13,72 FT-Nobre (P) 101,74 116,84 27,08 57,09 0,67 12,82 102,44 144,92 18,40 18,73 0,58 9,32 Média 101,40 118,49 28,56 67,93 0,66 11,66 101,95 140,97 20,28 32,30 0,60 11,43 CV % 1,59 4,84 5,37 12,01 3,48 3,03 2,67 3,42 2,70 25,03 2,06 3,58 DMS 4,00 14,24 9,57 20,26 0,06 1,14 6,76 11,98 5,34 20,07 0,03 1,32

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

118

Continua Anexo 2. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006 (Continuação).

Localidades

Mococa Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 103,34 134,30 20,11 44,51 0,60 8,93 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 99,61 127,98 22,35 84,16 0,65 10,07 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 101,80 135,61 20,58 44,52 0,60 9,72 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 95,77 127,00 25,17 72,17 0,65 9,07 IAC-Diplomata (P) 98,56 126,35 23,45 43,18 0,65 11,27 LP 9979 (C) 98,10 128,22 21,20 48,91 0,65 10,97 LP 01-38 (C) 99,85 129,69 26,17 56,89 0,65 8,11 LP 98-122 (P) 96,02 130,01 21,21 16,24 0,60 12,13 LP 02-130 (P) 97,60 122,14 22,10 52,64 0,67 9,92 BRS-Requinte (C) 97,07 121,56 23,16 79,63 0,67 10,72 BRS-Pontal (C) 99,13 129,46 28,13 22,26 0,62 8,82 BRS-Supremo (P) 103,21 128,18 20,12 88,42* 0,64 10,94 BRS-Grafite (P) 101,82 151,25 19,13 56,51 0,60 11,52 CV-48 (C) 103,72 142,76 24,24 35,56 0,60 10,03 Z 28 (C) 110,75 164,51* 21,54 65,86 0,51* 10,94 IAC-Carioca Tybatã (C) 98,16 124,19 22,11 66,39 0,67 10,95 Pérola (C) 100,47 127,79 25,38 49,63 0,60 10,20 IAC-Una (P) 97,77 128,76 19,33 47,90 0,62 9,52 FT-Nobre (P) 98,21 126,11 19,26 38,24 0,67 11,14 Média 100,05 131,89 22,24 53,35 0,63 10,26 CV % 4,41 7,10 2,60 23,20 5,18 3,48 DMS 10,97 23,24 5,03 30,73 0,08 1,15

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

119

Anexo 3. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006.

Localidades Capão Bonito Mococa

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 106,31 151,78 30,12 64,81 0,53 12,73 105,15 133,50 25,40 78,56* 0,70 10,58 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 100,52 149,53 25,13 49,68 0,53 8,93 106,80* 129,57 41,11 49,91 0,57 9,27 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 103,85 154,27 25,13 49,68 0,53 8,93 106,37 141,61 24,27 54,53 0,62 9,32 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,85 132,86 27,09 85,95 0,60 12,81 103,21 102,22 30,50 74,46* 0,62 13,60 IAC-Diplomata (P) 103,60 133,87 22,54* 73,73 0,62 13,06 102,02 134,45 29,00 40,60 0,62 9,86 LP 9979 (C) 101,30 129,16 37,14 74,03 0,60 11,65 96,95 156,81* 32,26 14,05 0,58 8,02 LP 01-38 (C) 104,15 116,30 41,30 60,23 0,55 10,16 107,69* 140,99 25,12 32,10 0,60 7,78 LP 98-122 (P) 101,09 103,09 27,19 74,46 0,54 13,02 104,27 142,97 46,54 53,66 0,60 12,83 LP 02-130 (P) 99,17 137,86 35,08 85,59 0,60 11,17 112,22 129,55 25,33 68,23 0,64 9,94 BRS-Requinte (C) 96,46 144,44 27,38 59,40 0,55 10,79 69,82 123,18 26,35 96,00* 0,65 7,83 BRS-Pontal (C) 98,63 145,09 32,55 64,03 0,58 12,14 90,97 133,34 29,15 54,83 0,64 9,52 BRS-Supremo (P) 103,37 137,23 32,01 92,14 0,55 10,66 102,61 144,89 37,16 59,52 0,58 9,47 BRS-Grafite (P) 106,50 155,09* 22,00* 53,67 0,60 12,37 103,12 132,15 47,15 57,67 0,62 14,01 CV-48 (C) 112,82* 139,58 22,19 84,97 0,53 11,64 98,96 150,61 32,50 57,38 0,58 8,86 Z 28 (C) 102,22 142,41 34,29 73,47 0,58 10,81 103,19 146,95 24,01 36,73 0,65 8,77 IAC-Carioca Tybatã (C) 96,33 151,89 38,14 23,65 0,60 14,07 89,60 143,50 29,06 29,04 0,58 16,29 Pérola (C) 103,24 139,59 23,11 84,34 0,55 10,33 101,64 140,54 29,18 54,07 0,65 7,75 IAC-Una (P) 106,08 128,27 36,19 93,93 0,60 13,19 103,96 141,92 25,60 54,04 0,63 13,40 FT-Nobre (P) 102,62 136,93 32,32 23,65 0,60 11,55 109,50 136,37 40,11 29,01 0,58 12,98 Média 102,69 138,38 30,05 66,92 0,57 11,72 100,95 137,11 31,57 52,34 0,62 10,53 CV % 3,55 4,52 4,78 8,27 5,84 4,78 2,25 2,82 5,69 12,86 5,87 3,89 DMS 9,05 15,53 8,34 13,75 0,08 1,80 5,64 9,61 9,70 16,72 0,09 1,32

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

120

Continua Anexo 3. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006 (Continuação).

Localidades

Avaré Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 103,83* 153,13 22,16 32,35 0,47 11,64 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 94,54 113,31 36,46 95,87 0,48 15,91 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 102,58* 151,89 24,21 11,89 0,45 13,40 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 97,05 121,62 24,58 81,65* 0,47 14,35 IAC-Diplomata (P) 100,81 136,52 28,23 38,20 0,48 13,94 LP 9979 (C) 95,41 118,42 34,36 74,97 0,52 13,37 LP 01-38 (C) 101,34* 153,97 23,06 19,18 0,42 11,69 LP 98-122 (P) 105,12* 164,26 21,35 14,21 0,41 12,98 LP 02-130 (P) 90,17 141,02 21,01 38,08 0,58 14,46 BRS-Requinte (C) 76,09 131,96 21,12 49,97 0,53 11,32 BRS-Pontal (C) 72,24 133,43 31,37 63,40 0,52 13,03 BRS-Supremo (P) 80,38 120,49 27,12 93,87* 0,53 14,22 BRS-Grafite (P) 103,24 117,45 29,04 95,34* 0,56 14,95 CV-48 (C) 94,91 147,11 20,01 43,64 0,50 13,00 Z 28 (C) 89,45 145,44 23,37 46,21 0,45 10,62 IAC-Carioca Tybatã (C) 91,71 146,48 21,31 42,93 0,53 14,21 Pérola (C) 91,99 108,18 30,29 91,36 0,49 13,44 IAC-Una (P) 100,57 142,76 21,04 33,72 0,48 12,08 FT-Nobre (P) 105,32 153,52 24,28 51,71 0,45 15,84 Média 94,57 136,89 25,19 53,61 0,49 13,39 CV % 2,26 4,29 1,76 9,64 6,89 3,91 DMS 5,32 14,58 3,26 12,83 0,08 1,68

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

121

Anexo 4. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007.

Localidades Avaré Monte Alegre do Sul

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 112,24 169,18* 26,25 2,88 0,44 10,28 106,50 138,35 31,11 11,01 0,49 10,67 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,40 159,35 29,30 1,17 0,43 8,76 96,62 136,54 35,48 10,71 0,50 9,50 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 109,89 167,22 31,15 1,96 0,43 9,08 106,93 149,51 28,46 5,83 0,45 9,24 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 100,13 162,33 29,22 2,62 0,45 11,38 106,85 152,26 35,22 1,61 0,48 10,71 IAC-Diplomata (P) 104,60 160,79 27,20 2,19 0,44 10,67 103,45 152,35 31,34 1,37 0,45 9,76 LP 9979 (C) 107,39 162,86 29,24 0,88 0,43 11,65 100,90 127,57 37,27 15,67 0,51 10,21 LP 01-38 (C) 107,85 169,67* 27,59 0,85 0,43 10,59 102,08 160,35* 31,12 1,65 0,46 13,12* LP 98-122 (P) 108,40 169,85* 28,39 0,76 0,43 12,29 114,32 154,50 43,16 0,00 0,46 12,63 LP 02-130 (P) 105,43 157,09 28,37 9,21 0,43 10,82 94,96 150,71 29,35 7,43 0,46 11,15 BRS-Requinte (C) 92,02 150,49 32,56 7,07 0,46 12,44 97,06 141,52 36,22 7,63 0,50 10,55 BRS-Pontal (C) 95,84 167,29 31,05 5,63 0,42 10,71 88,59 130,40 36,29 13,86 0,49 10,37 BRS-Supremo (P) 89,07 135,28 37,25 18,51* 0,50 11,52 85,17 129,52 28,21 33,65* 0,52 11,25 BRS-Grafite (P) 113,54 167,18* 31,06 2,67 0,42* 12,11 109,10 158,17 34,34 3,00 0,48 10,27 CV-48 (C) 102,64 181,13* 32,02 2,27 0,41 8,20 91,48 157,45* 37,35 9,23 0,46 8,46 Z 28 (C) 100,44 153,50 26,20 10,47 0,46 10,64 86,27 135,28 30,20 23,83 0,51 12,37 IAC-Carioca Tybatã (C) 87,59 156,91 30,30 11,84 0,43 8,71 104,35 136,51 38,25 8,04 0,49 10,29 Pérola (C) 108,01 151,74 27,15 3,12 0,46 10,99 91,23 138,22 31,34 18,42 0,50 10,77 IAC-Una (P) 106,87 153,92 28,49 3,76 0,49 11,79 101,30 153,69 30,03 4,18 0,46 12,84 FT-Nobre (P) 112,07 150,95 28,06 2,80 0,46 13,11 107,53 145,29 31,42 3,72 0,48 13,07 Média 103,76 160,35 30,08 4,77 0,44 10,83 99,72 144,61 33,48 9,52 0,48 10,90 CV % 2,69 2,65 3,32 42,98 3,31 3,93 3,74 3,55 3,89 48,72 4,81 2,66 DMS 6,92 10,56 5,83 5,09 0,04 1,37 9,26 12,66 6,44 11,51 0,06 0,93

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

122

Continua Anexo 4. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007 (Continuação).

Localidades

Tatuí Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 108,04 150,45 18,27 23,98 0,46 10,61 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,06 144,66 27,02 62,84 0,47 12,86 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 121,63 178,82* 24,09 13,96 0,42 14,98* Gen 96A3-P1-1-1 (P) 119,63* 168,49* 23,26 19,63 0,47 13,41* IAC-Diplomata (P) 105,94 147,59 23,33 4,19 0,45 12,73 LP 9979 (C) 119,35 169,54* 30,25 15,42 0,43 11,35 LP 01-38 (C) 105,28 145,34 27,12 5,49 0,45 8,64 LP 98-122 (P) 120,66 171,19* 19,55 2,77 0,44 11,95 LP 02-130 (P) 104,47 141,36 19,31 55,60* 0,46 12,09 BRS-Requinte (C) 99,20 142,88 23,10 7,19 0,48 10,39 BRS-Pontal (C) 121,70 168,31* 29,13 14,30 0,41 15,08* BRS-Supremo (P) 121,20* 167,90* 19,21 26,73 0,42 13,98* BRS-Grafite (P) 108,79 157,92* 19,03 7,47 0,44 12,19 CV-48 (C) 103,94 141,33 23,15 26,02 0,49 10,76 Z 28 (C) 114,44 147,80 22,53 70,80 0,45 12,07 IAC-Carioca Tybatã (C) 105,04 138,83 23,08 29,22 0,46 13,60 Pérola (C) 118,33 143,67 30,07 77,84 0,48 8,90 IAC-Una (P) 105,72 142,16 23,11 38,14 0,47 11,97 FT-Nobre (P) 106,70 144,65 21,37 34,86 0,47 11,44 Média 111,43 153,31 23,47 28,23 0,45 12,05 CV % 2,00 3,40 3,70 17,64 5,51 3,17 DMS 5,52 12,93 7,05 12,37 0,06 1,23

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

123

Anexo 5. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006.

Localidades Colina Fernandópolis

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 106,39 128,51 36,46 11,15 0,63 11,72 101,17 142,26 29,43* 47,33 0,60 11,28 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 104,59 146,35 28,59* 35,07 0,58 12,20 102,96 135,59 27,31* 64,35 0,58 9,74 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,77 158,38 27,34* 69,63 0,55 6,81 103,86 103,06 26,37* 94,49 0,58 1156 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,07 150,75 41,21 59,45 0,58 13,02 100,30 134,99 38,12 34,00 0,58 13,02 IAC-Diplomata (P) 103,11 133,24 29,11 41,43 0,56 12,83 103,94 140,98 37,20 82,16 0,57 13,27 LP 9979 (C) 106,38 131,93 33,54 25,00 0,55 11,18 105,44 108,95 58,19 89,84 0,60 11,27 LP 01-38 (C) 106,95 130,25 34,12 25,93 0,60 12,91 105,88 163,24 29,31* 7,64 0,60 11,96 LP 98-122 (P) 101,08 140,86 36,43 60,96 0,60 12,06 97,62 103,88 38,14 98,13 0,60 14,09 LP 02-130 (P) 102,80 147,71 44,54 74,32 0,56 9,80 102,72 117,73 33,35 99,52 0,60 13,36 BRS-Requinte (C) 101,23 136,01 34,47 74,03 0,53 11,58 100,77 135,81 35,40 81,73 0,53 10,44 BRS-Pontal (C) 103,97 132,36 34,23 70,24 0,60 11,39 102,82 154,88 40,48 9,39 0,50 11,28 BRS-Supremo (P) 107,92 142,23 35,25 1,07 0,60 13,29 103,61 113,63 26,24 99,75 0,60 13,45 BRS-Grafite (P) 104,82 154,00 36,04 78,62 0,53 13,28 102,03 103,89 38,14 98,13 0,60 9,48 CV-48 (C) 101,78 140,92 55,24 23,79 0,60 9,96 101,99 123,42 38,25 90,95 0,57 11,97 Z 28 (C) 106,85 146,66 34,42 23,76 0,62 13,89 106,51 105,36 30,10* 98,73 0,60 1117 IAC-Carioca Tybatã (C) 99,42 128,39 39,06 51,13 0,62 11,59 102,93 123,43 36,23 91,31 0,57 12,56 Pérola (C) 103,72 154,00 36,04 78,62 0,53 12,41 106,90 161,18 40,39 23,67 0,53 11,86 IAC-Una (P) 101,19 137,19 31,28 56,51 0,58 12,83 99,54 155,50 41,21 3,50 0,55 12,82 FT-Nobre (P) 105,51 149,66 29,08 38,60 0,60 13,14 103,87 136,06 29,47 2,62 0,60 11,89 Média 104,03 141,55 35,60 47,31 0,58 11,89 102,89 129,68 35,44 64,06 0,58 11,92 CV % 0,78 5,31 4,30 15,42 4,27 3,80 1,42 3,07 2,80 12,18 3,33 2,90 DMS 2,02 18,66 6,88 18,12 0,06 11,89 3,63 9,89 4,50 19,38 0,05 1,11

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

124

Continua Anexo 5. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006 (Continuação).

Localidades

Ribeirão Preto Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 108,49 161,19 21,20* 16,60 0,58 11,09 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 113,75 147,34 23,31* 80,36 0,60 13,03 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 108,24 155,14 20,20* 28,46 0,56 12,04 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 108,48 146,68 21,25 57,53 0,60 13,30 IAC-Diplomata (P) 103,25 141,76 26,07 67,95 0,60 12,47 LP 9979 (C) 108,44 146,65 23,41* 38,97 0,60 11,92 LP 01-38 (C) 111,31 155,18 25,18 18,57 0,55 11,44 LP 98-122 (P) 110,90 147,69 26,15 52,96 0,60 12,03 LP 02-130 (P) 114,32 141,70 19,42 65,74 0,60 11,83 BRS-Requinte (C) 98,76 147,62 22,29* 35,82 0,57 9,90 BRS-Pontal (C) 93,86 134,19 26,15 76,25 0,60 11,04 BRS-Supremo (P) 105,93 148,33 19,13 48,35 0,60 12,75 BRS-Grafite (P) 108,41 150,12 23,41 43,94 0,60 12,73 CV-48 (C) 104,98 149,60 21,06* 51,56 0,60 11,87 Z 28 (C) 111,72 147,76 21,13* 51,56 0,60 10,80 IAC-Carioca Tybatã (C) 102,96 135,59 27,31 64,35 0,58 13,63 Pérola (C) 107,42 146,40 30,12 64,87 0,60 11,74 IAC-Una (P) 107,99 148,96 25,02 45,45 0,68 11,92 FT-Nobre (P) 110,88 150,28 19,38 56,56 0,60 13,38 Média 107,37 147,48 23,22 50,83 0,59 12,05 CV % 3,26 2,73 1,82 11,68 2,59 2,48 DMS 8,69 9,99 3,48 14,74 0,04 0,96

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

125

Anexo 6. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007.

Localidades Araras Colina

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 112,46 146,16* 38,30 11,50 0,57 11,18 114,04 139,16 44,33 10,99 0,49 11,84 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 106,19 136,85 38,32 16,95 0,49 11,16 114,81 147,38 38,07* 27,85 0,46 10,06 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 113,31 139,62* 33,25* 33,28 0,48 12,25 115,62 146,25 36,17* 35,10 0,48 10,49 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 100,09 122,57 37,38 26,56 0,50 12,83 111,35 136,92 56,15 53,69 0,49 9,97 IAC-Diplomata (P) 105,79 127,31 45,12 26,23 0,58 12,98 110,93 134,99 35,33 5,49 0,48 10,82 LP 9979 (C) 102,75 129,85 46,38 53,00 0,58 12,85 99,52 162,80* 37,35* 11,83 0,44* 12,54 LP 01-38 (C) 111,90 145,30* 50,21 13,59 0,49 12,42 119,17 162,66* 29,35* 6,50 0,45 13,75 LP 98-122 (P) 108,80 136,89 34,29* 7,96 0,46 13,89 114,96 145,86* 35,50 19,28 0,49 10,49 LP 02-130 (P) 54,46 108,17 40,52 99,53* 0,55 12,48 96,68 137,80 32,30 37,85 0,48 12,75 BRS-Requinte (C) 77,22 121,31 48,56 60,75 0,52 12,82 105,63 136,86 38,37* 22,04 0,46 12,08 BRS-Pontal (C) 74,30 120,08 46,03 70,46 0,55 13,10 94,81 140,98 54,17 26,96 0,48 11,51 BRS-Supremo (P) 100,41 136,74 35,36 58,43 0,48 13,29 100,68 141,89 26,35* 69,82* 0,50 12,25 BRS-Grafite (P) 114,41 124,28 43,53 75,35 0,52 14,06 111,79 138,73 38,25 33,38 0,48 10,32 CV-48 (C) 81,61 131,79 41,14 37,36 0,50 13,16 100,63 155,63* 31,60* 20,15 0,44* 13,41 Z 28 (C) 110,68 135,27 34,33* 48,17 0,50 11,22 114,02 141,39 31,46* 25,62 0,48 12,39 IAC-Carioca Tybatã (C) 106,80 123,08 46,38 53,00 0,58 12,85 115,43 133,65 47,51 16,77 0,46 13,58 Pérola (C) 97,32 129,11 41,57 56,10 0,52 12,66 114,72 146,21 45,32 41,70 0,44 13,09 IAC-Una (P) 110,73 135,58 41,22 44,94 0,50 11,38 113,73 133,56 36,24 49,79 0,48 11,45 FT-Nobre (P) 106,53 130,82 43,01 53,47 0,44 14,47 111,29 135,11 43,27 47,38 0,49 11,95 Média 99,78 130,57 41,31 44,58 0,51 12,57 109,46 143,04 39,19 29,59 0,47 11,83 CV % 3,07 2,68 4,71 22,46 4,84 3,13 2,05 2,57 3,46 24,13 4,42 4,05 DMS 7,60 8,68 6,95 24,86 0,06 1,26 5,57 9,13 5,28 17,73 0,05 1,54

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

126

Continua Anexo 6. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007 (Continuação).

Localidades

Mococa Cultivares e Linhagens Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 108,17* 148,36 33,39 0,92 0,57 12,59 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,60* 169,13* 31,17 0,23 0,43 9,66 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 105,45 168,08* 38,57 3,64 0,43 10,22 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 108,87 159,23 40,35 0,00 0,44 14,07* IAC-Diplomata (P) 105,11 154,24 32,58 1,93 0,56 13,93* LP 9979 (C) 108,22* 167,98* 32,25 0,00 0,42 10,25 LP 01-38 (C) 111,44* 172,73* 24,34 0,26 0,43 11,21 LP 98-122 (P) 108,97 169,46 31,51 0,00 0,42 12,43 LP 02-130 (P) 105,13 160,58 25,19 1,64 0,43 14,18 BRS-Requinte (C) 104,82 149,31 27,09 1,03 0,46 9,79 BRS-Pontal (C) 91,23 156,19 36,05 4,07 0,44 11,64 BRS-Supremo (P) 112,39 161,88 26,60 0,27 0,42 12,07 BRS-Grafite (P) 110,16 158,19 31,27 0,22 0,45 10,43 CV-48 (C) 98,15 163,04 26,21 7,07* 0,43 13,03 Z 28 (C) 109,03* 152,85 29,02 0,56 0,45 11,84 IAC-Carioca Tybatã (C) 100,58 148,54 44,01 1,06 0,57 12,82 Pérola (C) 82,06 153,37 28,23 1,61 0,56 8,41 IAC-Una (P) 98,71 157,32 26,04 3,97 0,44 9,46 FT-Nobre (P) 113,74 163,44 29,01 0,23 0,45 11,38 Média 104,73 159,68 31,20 1,52 0,46 11,87 CV % 1,93 3,19 2,98 90,67 3,36 3,80 DMS 5,02 12,66 5,10 3,41 0,04 1,50

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

127

Anexo 7. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” dos anos de 2005 e 2006.

Épocas Águas/2005 Águas/2006

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 109,21* 170,27* 23,36* 15,54 0,45 10,24 101,55 135,84* 22,20* 40,57 0,60* 9,83 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 110,57* 153,99* 30,03 56,24 0,46 10,97 99,62 130,60 21,29* 62,96 0,64 10,41 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 110,32* 148,43 25,28 36,68 0,47 10,45 101,72 135,42* 21,34* 47,05 0,62 10,17 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,14 144,26 30,36 46,55 0,50 10,18 99,13 126,57 23,06 62,46 0,63 10,73 IAC-Diplomata (P) 107,41 143,39 30,34 49,64 0,47 10,98 99,81 127,41 23,25 36,13 0,64 10,28 LP 9979 (C) 103,90* 150,52 32,19 42,85 0,50 11,13 100,98 128,37 23,03 47,85 0,63 11,24 LP 01-38 (C) 106,47* 144,43 26,53 18,10 0,48 8,79 102,72 129,93 30,34 35,12 0,64 10,44 LP 98-122 (P) 108,51 151,17 24,15 41,84 0,47 11,41 98,35 125,70 23,48 34,81 0,62 12,42 LP 02-130 (P) 102,57 155,56 25,06 24,97 0,47 11,41 98,97 126,87 23,19 49,45 0,64 11,92* BRS-Requinte (C) 105,95* 141,95 28,03 48,92 0,47 9,47 99,42 127,88 21,58 64,62 0,65 11,17 BRS-Pontal (C) 98,83 132,48 31,46 47,55 0,50 9,06 102,12 128,65 26,53 38,17 0,63 10,67 BRS-Supremo (P) 106,33 135,22 29,46 71,89 0,51 9,70 102,16 130,69 24,32 82,80* 0,64 11,95* BRS-Grafite (P) 104,26 152,22 26,48 37,91 0,47 11,15 103,16 140,30* 20,09 52,65 0,61 11,55 CV-48 (C) 102,86* 151,80 26,46 24,09 0,46 0,46 102,30 137,07* 27,22 46,13 0,62 9,96 Z 28 (C) 106,82* 139,90 29,09 72,08* 0,47 9,22 104,87 143,00* 23,26 60,53 0,58* 9,80 IAC-Carioca Tybatã (C) 86,27 134,26 30,18 62,44 0,48 9,81 100,40 123,95 25,37 62,19 0,65 12,02 Pérola (C) 96,77 147,78 27,05 46,14 0,47 10,93 103,90 121,60 29,18 56,36 0,63 14,44 IAC-Una (P) 103,30 142,96 26,54 48,93 0,48 8,84 99,62 129,43 22,08 54,76 0,63 11,13 FT-Nobre (P) 107,61 152,79 26,10 25,80 0,43 12,10 100,80 129,29 21,45 38,02 0,64 11,09 Média 104,37 147,02 28,20 43,06 0,47 10,33 101,14 130,45 24,20 51,19 0,63 11,12 CV % 2,47 2,01 2,57 7,25 4,17 3,50 3,10 5,31 3,66 19,04 0,03 3,36 DMS 3,56 4,09 2,57 4,31 0,03 0,62 4,33 9,56 3,87 13,47 3,83 0,64

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

128

Anexo 8. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” dos anos de 2006 e 2007.

Épocas Seca/2006 Seca/2007

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 105,10* 146,14 25,59 58,57 0,57 11,65 108,93 152,66* 25,34* 12,62 0,46 10,52 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 100,62 130,80 34,37 65,15 0,53 11,37 103,69 146,85 30,33 24,91 0,47 10,37 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 104,26* 149,26 23,02 38,74 0,53 11,44 112,82* 165,18* 28,17 7,25 0,43* 11,10 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 101,04 118,90 27,39 80,69* 0,56 13,59 108,87 161,02* 29,37 7,95 0,47 11,83 IAC-Diplomata (P) 102,14 134,95 26,59 50,84 0,58 12,29 104,66 153,57 27,15 2,58 0,45 11,05 LP 9979 (C) 97,89 134,79 34,19 54,35 0,57 11,01 109,21 153,32* 32,12 10,66 0,45 11,07 LP 01-38 (C) 104,39* 137,09 30,09 37,17 0,52 9,88 105,07 158,45* 29,01 2,66 0,45 10,78 LP 98-122 (P) 103,49 136,77 31,56 47,44 0,51 12,94 114,46* 165,18* 30,36 1,18 0,44* 12,29 LP 02-130 (P) 100,52 136,14 27,27 63,97 0,61 11,86 101,62 149,72 25,54 24,08* 0,45 11,35 BRS-Requinte (C) 80,79 133,19 24,55 68,45 0,57 9,98 96,09 144,96 30,49 7,30 0,48 11,12 BRS-Pontal (C) 87,28 137,29 31,06 60,75 0,58 11,56 102,04 155,33* 32,23 11,26 0,44 12,05* BRS-Supremo (P) 95,45 134,20 32,03 81,84* 0,55 11,45 98,48 144,23 28,09 26,30* 0,48 12,25 BRS-Grafite (P) 104,28 134,89 32,59 68,89* 0,60 13,77 110,48 161,09* 28,28 4,38 0,44* 11,52 CV-48 (C) 102,23 145,77 25,30 61,99 0,54 11,17 99,35 159,97* 30,47 12,51 0,45 9,14 Z 28 (C) 98,29 144,93 27,09 52,14 0,56 10,07 100,38 145,52 26,31 35,03 0,47 11,69* IAC-Carioca Tybatã (C) 92,55 147,29 29,50 31,87 0,57 14,85 99,00 144,08 30,41 16,37 0,46 10,87 Pérola (C) 98,96 129,44 27,23 76,59 0,56 10,51 105,86 144,54 29,09 33,12 0,48 10,22 IAC-Una (P) 103,53 137,65 27,48 60,56 0,57 12,89 104,63 149,93 27,34 15,36 0,47 12,20 FT-Nobre (P) 105,81 142,27 32,37 34,79 0,54 13,45 108,77 146,97 27,08 13,80 0,47 12,54 Média 99,40 137,46 29,01 57,62 0,56 11,88 104,97 152,77 29,20 14,17 0,46 11,26 CV % 2,79 3,95 4,31 10,15 6,16 4,22 2,84 3,19 3,64 28,95 4,66 3,29 DMS 3,83 7,51 4,24 8,08 0,05 0,86 4,12 6,73 3,59 5,67 0,03 0,64

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

129

Anexo 9. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” dos anos de 2006 e 2007.

Épocas Inverno/2006 Inverno/2007

Cultivares e Linhagens

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

Peanc (%)

Peapc (%)

TC (min.)

PGI (%)

EV (g.mL)

SSTc (%)

IAC-Alvorada (C) 105,35 143,99 29,03* 25,02 0,60 11,36 111,56* 144,56 38,41 7,80 0,54 11,87 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,10 143,09 26,27* 59,79 0,59 11,65 109,53 151,12* 36,12 15,01 0,46* 10,29 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,29 138,86 25,04* 64,19 0,57 10,14 111,46* 151,32* 36,00 24,01 0,46* 10,98 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 103,62 144,14 33,52 50,33* 0,59 13,11 106,77 139,57 44,33 26,75 0,48 12,29 IAC-Diplomata (P) 103,43 138,66 31,19 63,84* 0,58 12,86 107,27 138,85 37,51 11,22 0,54 12,57 LP 9979 (C) 106,76 129,18 38,24 51,27 0,58 11,45 103,50 153,54* 35,12 21,75 0,45 11,13 LP 01-38 (C) 108,05 149,56 29,40* 17,38 0,58 12,10 114,17* 160,23* 34,37* 6,78 0,46* 12,46 LP 98-122 (P) 103,20 130,81 33,34 70,68* 0,60 12,72 110,91 150,74* 34,16 9,08 0,46* 12,27 LP 02-130 (P) 106,62 135,71 32,30 79,86* 0,59 11,66 85,42 135,52 33,07 46,34* 0,48 13,13 BRS-Requinte (C) 100,26 139,82 31,12* 63,86 0,54 10,64 95,89 135,83 38,24 27,94 0,48* 11,56 BRS-Pontal (C) 100,22 140,48 33,52 51,96 0,57 11,24 86,78 139,08 45,15 33,83 0,49 12,08 BRS-Supremo (P) 105,82 134,73 27,11 49,72* 0,60 13,16 104,49 146,84 29,30* 42,86 0,47 12,54 BRS-Grafite (P) 105,09 136,00 32,40 73,56* 0,58 11,83 112,12 140,40 37,42 36,32 0,48 11,60 CV-48 (C) 102,92 137,98 38,31 55,43 0,59 11,27 93,46 150,15* 33,25* 21,53 0,46* 13,20 Z 28 (C) 108,36 133,26 28,41* 58,01 0,61 11,95 111,24* 143,17 31,34* 24,79 0,47* 11,82 IAC-Carioca Tybatã (C) 101,77 129,14 34,20 68,93 0,59 12,59 107,60 135,09 46,37 23,61 0,54 13,08 Pérola (C) 106,01 153,86 35,25 55,72 0,55 12,00 98,03 142,90 38,24 33,14 0,51 11,38 IAC-Una (P) 102,91 147,22 32,20 35,15 0,57 12,52 107,72 142,15 34,10 32,90 0,47 10,76 FT-Nobre (P) 106,75 145,34 26,08 32,59 0,60 12,80 110,52 143,13 38,43 33,70 0,46 12,60 Média 104,76 139,57 31,42 56,07 0,58 11,95 104,66 144,43 37,29 25,23 0,48 11,98 CV % 2,14 3,89 3,02 13,05 3,46 3,10 2,37 2,88 3,72 28,32 4,30 3,74 DMS 3,09 7,50 2,88 9,75 0,03 0,64 3,43 5,74 3,25 9,87 0,03 0,77

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

130

Anexo 10. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005.

Águas/2005

M. A.do Sul Tatuí Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 22,53* 9,37 25,83* 8,29 18,87 7,20 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 20,17 8,52 25,62* 7,21 16,68 8,90 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,43* 9,24 26,42* 8,44 20,76* 8,38 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,97 9,17 25,53 6,94 21,20* 8,21 IAC-Diplomata (P) 20,85 8,97 27,99* 8,02 20,29* 8,86 LP 9979 (C) 18,85 8,85 23,95 7,76 16,26 7,85 LP 01-38 (C) 17,73 9,29 23,74 9,14 16,00 9,19 LP 98-122 (P) 21,83 9,12 25,05 7,39 17,96 8,85 LP 02-130 (P) 20,18 9,18 23,63 9,28* 15,19 8,95 BRS-Requinte (C) 19,85 9,08 26,35* 7,25 20,00 9,28 BRS-Pontal (C) 21,75 9,23 24,78 9,57* 16,83 8,22 BRS-Supremo (P) 24,74 9,25 24,90 7,51 18,64 8,19 BRS-Grafite (P) 20,36 8,21 23,71 8,10 20,96* 8,84 CV-48 (C) 19,45 9,26 24,57 8,04 18,90 7,66 Z 28 (C) 20,49 9,12 25,43* 7,64 15,39 9,23 IAC-Carioca Tybatã (C) 18,29 9,43 24,25 8,02 18,70 8,66 Pérola (C) 19,01 9,23 23,55 7,28 19,06 8,81 IAC-Una (P) 21,76 9,15 24,13 7,91 16,65 8,98 FT-Nobre (P) 21,79 9,41 25,32 7,32 18,81 6,80 Média 20,79 9,11 24,98 7,95 18,27 8,47 CV % 2,44 1,91 1,45 4,52 1,75 2,98 DMS 3,22 0,56 1,17 1,16 1,03 0,81

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

131

Anexo 11. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006.

Águas/2006

Avaré Capão Bonito Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 22,39 7,48 23,08 6,08 22,71 5,76 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,02 7,44 20,25 6,18 22,33 5,90 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,62 6,87 21,96 6,15 23,05 5,90 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 23,40 7,77 20,48 6,02 20,80 6,34 IAC-Diplomata (P) 24,84 7,47 24,95* 6,01 20,85 5,72 LP 9979 (C) 20,49 7,17 19,18 6,00 18,75 5,54 LP 01-38 (C) 17,43 7,25 17,79 6,05 20,61 5,84 LP 98-122 (P) 19,19 6,51 19,89 6,16 20,16 5,67 LP 02-130 (P) 18,64 7,23 17,34 6,11 16,25 5,88 BRS-Requinte (C) 22,53 7,40 21,74 6,03 18,38 6,44 BRS-Pontal (C) 22,68 6,15 20,69 6,14 20,04 6,32 BRS-Supremo (P) 22,13 6,32 20,95* 6,33 19,92 5,58 BRS-Grafite (P) 26,12* 6,56 19,17 6,11 19,48 6,02 CV-48 (C) 23,76 6,49 22,54 6,03 20,26 6,20 Z 28 (C) 22,04 6,28 19,99 6,16 19,30 6,16 IAC-Carioca Tybatã (C) 22,83 7,21 23,28 6,18 21,18 5,91 Pérola (C) 23,22 7,34 22,13 6,02 22,74 5,91 IAC-Una (P) 22,85 6,33 19,53 6,14 20,66 5,77 FT-Nobre (P) 24,05 7,29 19,33 6,20 18,97 5,44 Média 22,22 6,97 20,75 6,11 20,34 5,91 CV % 2,02 3,07 1,80 1,57 1,95 4,76 DMS 1,46 0,69 1,20 0,31 1,27 0,90

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

.

132

Anexo 12. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006.

Seca/2006

Avaré Capão Bonito Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 23,16 6,93 20,44 8,28 26,30* 7,91 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 28,23 8,55 19,12 7,19 22,73 8,38 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,33 6,88 19,12 7,19 26,77* 7,91 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 24,01 5,74 22,85* 8,22 25,04 8,02 IAC-Diplomata (P) 24,46 6,68 22,59* 9,23 27,81* 7,48 LP 9979 (C) 22,21 7,53 18,02 8,08 22,91 7,18 LP 01-38 (C) 20,31 7,30 16,63 6,28 22,10 7,92 LP 98-122 (P) 24,36 8,57* 20,17 9,01 25,66 7,98 LP 02-130 (P) 20,80 7,11 18,07 9,86 21,08 9,54 BRS-Requinte (C) 23,65 6,56 22,26 8,67 25,51 7,62 BRS-Pontal (C) 22,17 6,81 20,27 8,36 25,33 7,07 BRS-Supremo (P) 23,99 8,71* 20,42 7,49 25,59 7,14 BRS-Grafite (P) 24,17 7,94 18,06 8,55 24,70 9,01 CV-48 (C) 22,30 6,78 18,51 7,20 26,21* 7,62 Z 28 (C) 24,02 8,50 18,42 8,37 23,53 7,34 IAC-Carioca Tybatã (C) 23,48 6,55 21,52 8,72 24,91 7,73 Pérola (C) 20,42 8,78 20,26 8,96 24,79 8,10 IAC-Una (P) 22,04 6,14 19,16 8,08 25,08 8,50 FT-Nobre (P) 23,49 7,02 20,10 8,00 24,75 7,77 Média 23,13 7,32 19,86 8,14 24,78 7,90 CV % 1,34 4,86 2,02 4,27 1,28 4,28 DMS 0,99 1,14 1,29 1,12 1,02 1,09

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

133

Anexo 13. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007.

Seca/2007

Avaré M. A. do Sul Tatuí Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 24,63 11,59 25,97 9,23 22,39 14,45 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 23,06 10,22 24,60 9,53 17,53 12,60 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 26,38* 10,91 21,85 9,31 21,86 12,30 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 26,63* 11,02 24,56 8,98 22,66 12,35 IAC-Diplomata (P) 23,78 10,24 26,09 9,30 22,57 13,15 LP 9979 (C) 21,53 11,05 23,41 10,58 18,85 13,70 LP 01-38 (C) 23,09 9,82 21,94 8,83 19,20 11,50 LP 98-122 (P) 22,02 11,05 25,67 9,17 18,10 12,75 LP 02-130 (P) 24,61 10,58 24,02 9,11 20,84 12,70 BRS-Requinte (C) 23,66 11,36 25,63 9,82 21,59 6,20 BRS-Pontal (C) 23,04 10,94 23,81 9,08 22,52 12,85 BRS-Supremo (P) 23,25 11,09 21,21 8,61 22,19 13,70* BRS-Grafite (P) 25,07 10,53 25,06 9,87 21,67 12,70 CV-48 (C) 23,93 11,16 24,38 9,67 22,78 9,81 Z 28 (C) 23,12 11,35 26,55 9,63 23,11 14,05 IAC-Carioca Tybatã (C) 24,61 10,65 27,27 10,29 21,90 13,65 Pérola (C) 22,86 11,20 24,53 9,64 21,32 13,55 IAC-Una (P) 22,95 11,50 26,05 10,40 21,89 12,50 FT-Nobre (P) 25,15 11,21 25,31 9,05 22,18 11,55 Média 23,86 10,92 24,63 9,48 21,32 12,42 CV % 1,91 2,71 1,52 3,33 2,27 2,18 DMS 1,47 0,95 1,21 1,02 1,55 0,87

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

134

Anexo 14. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006.

Inverno/2006

Colina Fernandópolis Ribeirão Preto Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 20.12 5.37 25.39 7.16 23.11 7.12 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 17.47 6.53 22.36 7.84 21.87 6.46 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 19.16 5.68 23.19 7.29 23.79 7.46 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 19.54 5.65 22.42 7.29 23.61 7.32 IAC-Diplomata (P) 21.20 6.42 22.00 6.38 22.99 7.62 LP 9979 (C) 18.56 4.56 24.09 7.72 22.24 7.30 LP 01-38 (C) 17.62 6.90 17.42 7.22 21.44 7.04 LP 98-122 (P) 17.44 5.41 24.18 6.47 22.36 7.30 LP 02-130 (P) 18.33 5.37 20.36 7.12 20.91 6.71 BRS-Requinte (C) 17.33 6.49 22.88 6.19 22.31 6.49 BRS-Pontal (C) 19.49 4.45 21.80 6.88 24.03 6.76 BRS-Supremo (P) 19.48 5.47 20.61 7.61 21.69 6.50 BRS-Grafite (P) 18.10 5.37 22.25 7.65 23.70 7.45 CV-48 (C) 16.50 5.76 22.53 7.72 20.37 6.70 Z 28 (C) 18.46 6.58 20.82 7.72 24.17 6.74 IAC-Carioca Tybatã (C) 21.38 5.53 22.28 6.44 22.32 7.32 Pérola (C) 18.38 6.24 20.02 6.88 24.23 6.60 IAC-Una (P) 19.53 6.78 22.71 8.59 23.72 6.46 FT-Nobre (P) 18.82 4.45 21.30 7.25 22.40 7.55 Média 18,78 5,74 22,03 7,23 22,69 6,99 CV % 1,50 4,18 1,45 2,89 1,47 2,93 DMS 0,91 0,77 1,03 0,67 1,07 0,66

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

135

Anexo 15. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007.

Inverno/2007

Araras Colina Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 24,91 7,45 19,36 11,87* 19.36 10.20 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 24,92 8,21 23,06* 7,18 23.06* 8.62 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 30,21* 7,58 23,23* 9,93* 23.23* 9.56 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 24,47 8,54* 21,58* 9,63 21.58* 9.47 IAC-Diplomata (P) 29,72* 8,32 21,15 11,71* 21.15 8.55 LP 9979 (C) 22,61 7,52 20,92 9,89* 20.92 10.63 LP 01-38 (C) 23,21 7,73 17,54 9,38 17.54 8.26 LP 98-122 (P) 22,79 8,48* 19,57 9,86 19.57 9.18 LP 02-130 (P) 20,19 7,51 17,23 9,10 17.23 10.18 BRS-Requinte (C) 22,74 7,55 21,42* 10,31* 21.42* 10.59 BRS-Pontal (C) 21,71 7,59 19,63 9,44 19.63 10.28 BRS-Supremo (P) 23,17 6,76 21,30* 8,46 21.30* 10.00 BRS-Grafite (P) 25,30 7,83 23,46* 10,36 23.46* 9.64 CV-48 (C) 25,98 8,04 19,56 10,40* 19.56 9.24 Z 28 (C) 22,51 7,69 19,21 10,45* 19.21 9.60 IAC-Carioca Tybatã (C) 22,61 7,52 19,22 8,55 19.22 10.07 Pérola (C) 26,31 8,22 19,88 8,97 19.88 7.96 IAC-Una (P) 21,99 7,56 19,74 8,67 19.74 9.80 FT-Nobre (P) 23,14 7,40 18,07 10,84 18.07 8.69 Média 24,06 7,80 20,27 9,73 18,78 5,74 CV % 1,83 3,29 2,20 2,37 1,50 4,18 D. M. S. 1,41 0,82 1,43 0,74 1,43 1,02

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

136

Anexo 16. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007.

Águas/2005 Águas/2006 Seca/2006 Seca/2007 Cultivares e Linhagens PB

(%) T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 22,41* 8,29 22,73 6,44 22,87* 6,55 24.33 11.75 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 20,82 8,21 21,20 6,51 20,56 6,94 21.73 10.78 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,20* 8,69 22,54 6,30 22,04 6,81 23.36 10.84 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 23,23* 8,10 21,56 6,71 21,86 6,75 24.62 10.78 IAC-Diplomata (P) 23,04* 8,61 23,55* 6,40 22,06 6,81 24.15 10.90 LP 9979 (C) 19,69 8,15 19,47 6,23 21,63 6,53 21.26 11.77 LP 01-38 (C) 19,16 9,20* 18,61 6,38 18,83 7,05* 21.41 10.05 LP 98-122 (P) 21,61 8,45 19,75 6,11 21,33 6,39 21.93 10.99 LP 02-130 (P) 19,67 9,13 17,41 6,40 19,86 6,40 23.16 10.80 BRS-Requinte (C) 22,07* 8,53 20,88 6,62 20,84 6,39 23.63 9.13 BRS-Pontal (C) 21,12 9,00 21,13 6,20 21,77 6,03 23.12 10.96 BRS-Supremo (P) 22,76* 8,31 21,00 6,07 20,59 6,53 22.21 11.13 BRS-Grafite (P) 21,67 8,38 21,59 6,23 21,35 6,82 23.93 11.03 CV-48 (C) 20,97 8,32 22,19 6,24 19,80 6,73 23.70 10.21 Z 28 (C) 20,44 8,66 20,44 6,20 21,15 7,01* 24.26 11.67 IAC-Carioca Tybatã (C) 20,41 8,70 22,43 6,43 21,99 6,43 24.59 11.53 Pérola (C) 20,54 8,44 22,70 6,42 20,87 6,57 22.90 11.46 IAC-Una (P) 20,84 8,68 21,01 6,08 21,99 7,28 23.63 11.47 FT-Nobre (P) 21,97 7,84 20,78 6,31 20,84 6,41 24.21 10.60 Média 21,35 8,51 21,10 6,33 22,59 7,79 23,27 10,94 CV % 1,90 3,21 193 3,34 1,52 4,46 1,89 2,69 DMS 0,70 0,47 0,70 0,36 0,59 060 0,76 0,51

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

137

Continua Anexo 16. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007 (Continuação).

Inverno/2006 Inverno/2007

Cultivares e Linhagens PB (%)

T.G.A (%)

PB (%)

T.G.A (%)

IAC-Alvorada (C) 22,87* 6,55 21,21 9,84* Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 20,56 6,94 23,68* 8,00 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,04 6,81 25,55* 9,02 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 21,86 6,75 22,54* 9,21 IAC-Diplomata (P) 22,06 6,81 24,00* 9,52* LP 9979 (C) 21,63 6,53 21,03 9,60* LP 01-38 (C) 18,83 7,05* 19,43 8,46 LP 98-122 (P) 21,33 6,39 20,64 9,17 LP 02-130 (P) 19,86 6,40 18,21 8,93 BRS-Requinte (C) 20,84 6,39 21,86 9,48* BRS-Pontal (C) 21,77 6,03 20,32 9,10 BRS-Supremo (P) 20,59 6,53 21,92* 8,41 BRS-Grafite (P) 21,35 6,82 24,07* 9,27 CV-48 (C) 19,80 6,73 21,70 9,22* Z 28 (C) 21,15 7,01* 20,31 9,25* IAC-Carioca Tybatã (C) 21,99 6,43 20,35 8,71 Pérola (C) 20,87 6,57 22,02 8,38 IAC-Una (P) 21,99 7,28 20,49 8,68 FT-Nobre (P) 20,84 6,41 19,76 8,98 Média 21,17 6,65 21,53 9,01 CV % 1,47 3,28 2,06 3,01 DMS 0,54 0,38 0,76 0,47

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

138

Anexo 17. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas” para o estado de São Paulo.

Águas/2005 Águas/2006

Monte Alegre do

Sul Tatuí Mococa Avaré

Capão Bonito

Mococa Cultivares e Linhagens

(Kg.ha-1) (Kg.ha-1) IAC-Alvorada (C) 3397 1925 1696 2498 2904 2767 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2925 3175 2092 2337 3525 2704 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2795 1771 1838 2608 2858 2829 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 2590 1650 1563 2199 3071 2125 IAC-Diplomata (P) 2835 2363 1758 2377 2900 2663 LP 9979 (C) 3435 2408 2333 2270 3483 3225 LP 01-38 (C) 3930 2333 2508 2307 3821 3421 LP 98-122 (P) 2788 2150 1558 2552 3408 3092 LP 02-130 (P) 3645 2692 2075 2120 3796 3167 BRS-Requinte (C) 3377 2129 1425 2289 3204 2533 BRS-Pontal (C) 3418 2387 1525 2894 3675 3267 BRS-Supremo (P) 3240 2454 2417 2634 2862 2725 BRS-Grafite (P) 3270 2008 1663 2395 2883 2758 CV-48 (C) 3650 3156 1808 2182 3413 2888 Z 28 (C) 3610 2367 2038 2144 3424 3329 IAC-Carioca Tybatã (C) 3143 2631 1467 2279 3675 1833 Pérola (C) 3550 2129 2221 2443 3821 3079 IAC-Una (P) 2738 2304 1733 2680 3567 3153 FT-Nobre (P) 3845 1992 2029 2540 3283 3142 Média 3273 1881 2317 2408 3346 2879 CV % 9,70 17,84 16,64 12,40 11,21 14,18 DMS 789 833 957 741 931 1014

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

139

Anexo 18. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “da seca” para o estado de São Paulo.

Seca/2006 Seca/2007

Avaré Capão. Bonito

Mococa Avaré Monte

Alegre do Sul

Tatuí Cultivares e Linhagens

(Kg.ha-1) (Kg.ha-1) IAC-Alvorada (C) 4351 1583 2042 3449 2183 2242 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 4095 2450 1833 3369 1938 2463 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 3544 2450 1679 3016 1750 2058 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 3550 1696 1800 2659 1979 2050 IAC-Diplomata (P) 3681 1600 1579 3533 1821 2200 LP 9979 (C) 4319 1608 2258 3773 2671 3008 LP 01-38 (C) 4826 1417 2479 4218 2454 2633 LP 98-122 (P) 4129 1567 1950 3549 2267 2396 LP 02-130 (P) 3820 1667 2208 3474 2196 2342 BRS-Requinte (C) 4139 1821 1942 3723 2279 2092 BRS-Pontal (C) 4820 1438 2296 4029 2450 2267 BRS-Supremo (P) 3907 1700 1950 2785 1908 2867 BRS-Grafite (P) 4246 2079 1950 3420 2442 2700 CV-48 (C) 4182 1454 2150 3082 2242 2242 Z 28 (C) 3839 2113 2042 3779 2225 2825 IAC-Carioca Tybatã (C) 3938 1975 1900 3148 2196 1867 Pérola (C) 4269 1042 2108 3765 2329 2646 IAC-Una (P) 3794 1238 2150 3691 2246 2600 FT-Nobre (P) 3999 1929 2033 3290 2271 2483 Média 4076 1681 2018 3461 2202 2420 CV % 11,86 11,80 15,91 10,73 12,93 14,16 DMS 1200 493 797 922 707 851

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

140

Anexo 19. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “de inverno” para o estado de São Paulo.

Inverno/2006 Inverno/2007

Colina Fernandópolis Ribeirão

Preto Araras Colina Mococa

Cultivares e Linhagens

(Kg.ha-1) (Kg.ha-1) IAC-Alvorada (C) 4351 1583 2042 3449 2183 2242 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 4095 2450 1833 3369 1938 2463 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 3544 2450 1679 3016 1750 2058 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 3550 1696 1800 2659 1979 2050 IAC-Diplomata (P) 3681 1600 1579 3533 1821 2200 LP 9979 (C) 4319 1608 2258 3773 2671 3008 LP 01-38 (C) 4826 1417 2479 4218 2454 2633 LP 98-122 (P) 4129 1567 1950 3549 2267 2396 LP 02-130 (P) 3820 1667 2208 3474 2196 2342 BRS-Requinte (C) 4139 1821 1942 3723 2279 2092 BRS-Pontal (C) 4820 1438 2296 4029 2450 2267 BRS-Supremo (P) 3907 1700 1950 2785 1908 2867 BRS-Grafite (P) 4246 2079 1950 3420 2442 2700 CV-48 (C) 4182 1454 2150 3082 2242 2242 Z 28 (C) 3839 2113 2042 3779 2225 2825 IAC-Carioca Tybatã (C) 3938 1975 1900 3148 2196 1867 Pérola (C) 4269 1042 2108 3765 2329 2646 IAC-Una (P) 3794 1238 2150 3691 2246 2600 FT-Nobre (P) 3999 1929 2033 3290 2271 2483 Média 4076 1681 2018 3461 2202 2420 CV % 11,86 11,80 15,91 10,73 12,93 14,16 DMS 1200 493 797 922 707 851

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diversos (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

141

Anexo 20. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.

Águas/2005 Águas/2006 Seca/2006 Seca/2007 Inverno/2006 Inverno/2007

Cultivares e Linhagens (Kg.ha-1) (Kg.ha-1) (Kg.ha-1)

IAC-Alvorada (C) 2339 2723 2659 2625 2261 1056 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2731 2855 2793 2589 1974 1003 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2134 2765 2265 2275 1833 1036 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 1934 2465 2349 2229 1884 1146 IAC-Diplomata (P) 2319 2647 2287 2517 2290 968 LP 9979 (C) 2726 2993 2728 3151 2119 1203 LP 01-38 (C) 2924 3183 2907 3102 2108 1123 LP 98-122 (P) 2166 3017 2548 2737 2109 1115 LP 02-130 (P) 2804 3028 2565 2671 2319 1285 BRS-Requinte (C) 2310 2675 2634 2698 2296 1177 BRS-Pontal (C) 2444 3279 2851 2915 2260 1097 BRS-Supremo (P) 2704 2741 2519 2520 2082 1055 BRS-Grafite (P) 2314 2679 2759 2854 1900 1115 CV-48 (C) 2871 2827 2596 2522 2162 1251 Z 28 (C) 2671 2965 2664 2943 1776 996 IAC-Carioca Tybatã (C) 2414 2596 2604 2403 1975 902 Pérola (C) 2633 3114 2473 2913 2292 956 IAC-Una (P) 2259 3134 2394 2846 2069 1037 FT-Nobre (P) 2622 2988 2654 2681 2096 983 Média 2490 2878 2592 2694 2095 1079 CV % 13,95 12,63 13,67 12,43 16,81 17,99 *DMS 480 502 489 463 487 268

*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diversos (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.

142

Anexo 21. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2005.

Monte Alegre do Sul

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,32* -0,23 0,39** -0,05 -0,26 -0,19 -0,20 -0,37* Peapc -0,73** 0,38** -0,38** -0,01 -0,15 0,01 0,10 PGI -0,53** 0,23 0,06 0,01 0,11 0,05 TC -0,25 0,06 0,19 -0,30 0,05 EV -0,05 -0,21 0,09 0,03 PROD 0,11 -0,17 -0,39* UM -0,40* 0,15 SSTc -0,24

Tatuí Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,48** -0,32* 0,01 -0,17 0,17 -0,01 0,07 0,53** Peapc -0,68** -0,09 -0,31* -0,03 0,22 0,10 0,24 PGI 0,03 0,44** -0,06 -0,46** 0,06 0,08 TC 0,07 -0,13 0,02 0,32* 0,21 EV -0,19 -0,32* -0,07 0,08 PROD -0,01 0,08 -0,17 UM -0,05 -0,22 SSTc 0,04

Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,19 -0,10 -0,26 -0,16 -0,14 -0,14 -0,26 -0,01 Peapc -0,84** -0,47** -0,53** 0,09 -0,02 0,40* -0,02 PGI 0,43** 0,56** 0,01 0,02 -0,18 0,02 TC 0,39** 0,09 0,08 0,25 -0,16 EV 0,08 0,06 0,11 -0,21 PROD 0,07 0,03 -0,30 UM -0,37* -0,20 SSTc 0,28

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD:Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

143

Anexo 22. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2006.

Avaré

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc -0,41** 0,24 0,25 0,33* 0,35** -0,17 0,23 0,34* Peapc -0,44** -0,24 -0,63** 0,03 0,13 -0,59** -0,16 PGI 0,20 0,38** 0,06 -0,30 0,20 0,28 TC 0,27* -0,02 -0,30 0,48** -0,16 EV 0,08 -0,27 0,27 0,15 PROD -0,16 -0,19 0,25 UM 0,18 -0,04 SSTc -0,21

Capão Bonito Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,05 -0,12 0,24 -0,07 -0,02 -0,34* 0,05 -0,30 Peapc -0,28* -0,34* -0,38** -0,33* -0,02 -0,27 0,19 PGI -0,11 0,17 -0,20 0,42** 0,27 0,08 TC 0,04 0,09 -0,25 0,08 -0,20 EV 0,05 -0,28 -0,16 0,23 PROD -0,17 0,11 -0,30 UM 0,09 -0,09 SSTc -0,14

Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,59** 0,07 0,06 -0,56** 0,15 0,27 0,07 0,02 Peapc -0,15 -0,02 -0,79** 0,17 0,27 0,18 0,03 PGI -0,08 0,21 -0,29* 0,11 -0,14 0,10 TC 0,03 0,12 0,42** -0,36* 0,11 EV -0,24 -0,26 -0,14 -0,23 PROD -0,20 -0,15 -0,17 UM -0,20 -0,01 SSTc -0,28

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

144

Anexo 23. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2006.

Avaré

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,36** -0,34* -0,13 -0,39** -0,12 -0,04 0,18 0,03 Peapc -0,88** -0,69** -0,43** -0,05 -0,26 -0,34* -0,19 PGI 0,67** 0,40** 0,05 0,32* 0,46** 0,32* TC 0,13 0,24 0,41** 0,35* 0,34* EV 0,00 -0,12 0,23 0,00 PROD 0,10 -0,32* -0,17 UM 0,09 0,22 SSTc 0,37*

Capão Bonito Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,01 0,32* -0,25 -0,04 -0,23 -0,35* -0,02 -0,18 Peapc -0,37** -0,28* -0,15 0,35** -0,09 0,00 0,11 PGI -0,07 0,07 -0,47** 0,15 -0,09 -0,07 TC 0,21 -0,06 0,12 0,05 -0,34* EV 0,01 0,37* 0,16 0,03 PROD -0,03 -0,17* -0,03 UM 0,36 0,28 SSTc 0,40*

Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,09 -0,27* 0,16 -0,09 0,03 0,34* 0,09 -0,23 Peapc -0,57** 0,02 -0,26* 0,18 -0,26 -0,19 -0,10 PGI -0,13 0,40** -0,16 0,20 -0,05 0,28 TC -0,38** -0,09 0,10 0,34* 0,08 EV 0,19 0,08 -0,21 0,12 PROD -0,15 -0,40* 0,31 UM 0,28 -0,37* SSTc 0,17

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

145

Anexo 24. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2007.

Avaré

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,40** -0,67** -0,44** -0,23 0,17 -0,05 0,10 0,12 Peapc -0,65** -0,13 -0,78** 0,13 -0,19 -0,36* 0,13 PGI 0,33* 0,44** -0,15 0,21* 0,05 0,00 TC 0,01 -0,20 0,11 0,00 0,07 EV -0,15 0,36 0,41** -0,07 PROD -0,13 0,14 -0,56** UM 0,25 -0,01 SSTc -0,13

Monte Alegre do Sul Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,43** -0,63** 0,24 -0,32* -0,04 0,11 0,08 0,23 Peapc -0,73** 0,06 -0,72** -0,05 -0,02 0,18 0,08 PGI -0,25 0,67** 0,06 -0,09 -0,07 -0,23 TC -0,04 0,24 0,12 -0,10 0,27 EV 0,07 -0,01 -0,12 0,03 PROD 0,24 0,16 0,11 UM -0,19 0,44** SSTc 0,10

Tatuí Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,80** -0,04 0,20 -0,48** 0,13 0,50** 0,42** -0,10 Peapc -0,45** 0,05 -0,75** 0,01 0,26 0,50** -0,06 PGI 0,12 0,35** 0,17 0,27 -0,16 0,03 TC -0,14 0,15 0,06 -0,08 -0,21 EV -0,01 -0,28 -0,51** 0,11 PROD 0,10 -0,33* -0,21 UM 0,27 -0,01 SSTc 0,23

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

146

Anexo 25. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2006.

Colina

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,17 -0,48** -0,33 0,03 -0,05 -0,13 0,03 -0,06 Peapc 0,33* -0,03 -0,36** -0,17 0,00 -0,18 -0,30 PGI -0,04 -0,51** 0,10 -0,08 -0,26 -0,10 TC 0,12 -0,05 -0,07 -0,15 -0,36* EV -0,08 -0,12 0,19 0,17 PROD -0,04 -0,10 -0,26 UM 0,22 -0,14 SSTc 0,10

Fernandópolis Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,11 -0,06 -0,04 0,08 0,09 0,10 -0,18 -0,61** Peapc -0,84** 0,01 -0,53** 0,40** -0,07 0,01 -0,36* PGI -0,01 0,36** -0,26* -0,14 0,02 0,27 TC -0,23 0,08 0,04 0,02 0,32* EV -0,25 0,25 0,12 -0,03 PROD -0,18 0,06 -0,30 UM -0,17 0,00 SSTc -0,09

Ribeirão Preto Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,33* -0,09 -0,24 0,04 -0,01 0,09 0,17 -0,19 Peapc -0,75** -0,30* -038** 0,08 0,11 -0,10 -0,07 PGI 0,23 0,50** -0,12 -0,16 0,34* 0,06 TC -0,05 -0,02 0,02 -0,02 0,29 EV 0,08 -0,04 0,19 0,17 PROD 0,05 -0,02 -0,30 UM 0,39* 0,15 SSTc -0,11

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

147

Anexo 26. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2007.

Araras Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,69** -0,58** -0,22 -0,24 0,00 0,06 -0,14 0,36* Peapc -0,71** -0,24 -0,36** 0,02 0,00 -0,26 0,31 PGI 0,17 0,23 0,10 -0,35* 0,17 -0,40* TC 0,32* 0,00 -0,12 0,27 -0,11 EV -0,14 0,01 -0,16 0,12 PROD -0,09 0,05 -0,31 UM -0,07 0,22 SSTc 0,11

Colina Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc -0,02 -0,18 0,03 0,06 -0,50** -0,02 -0,21 0,10 Peapc -0,39** -0,33* -0,48** 0,40** -0,05 0,26 -0,03 PGI 0,05 0,29* -0,16 -0,35* -0,17 0,16 TC 0,07 -0,25 0,05 -0,19 0,03 EV -0,13 0,16 -0,38* 0,06 PROD 0,03 0,05 0,09 UM -0,06 -0,11 SSTc -0,64**

Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB

Peanc 0,34** -0,48** -0,05 -0,36** -0,04 0,10 0,26 0,09 Peapc -0,10 -0,17 -0,61** 0,11 -0,33* -0,14 0,12 PGI -0,12 -0,03 0,33* 0,05 0,07 -0,07 TC 0,33* -0,12 0,22 0,20 0,28 EV -0,24 -0,16 0,13 -0,11 PROD 0,05 0,04 0,00 UM 0,15 0,07 SSTc -0,33*

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

1

Anexo 27. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” dos anos de 2005 e 2006.

Época

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2005 Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2006

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,34** -0,48** -0,05 -0,36** -0,04 0,10 0,26 0,09 0,24** -0,01 0,08 -0,27** 0,13 0,09 0,14 0,03 Peapc -0,10 -0,17 -0,61** 0,11 -0,33* -0,14 0,12 -0,56** -0,51** -0,83** 0,45** -0,40** -0,24** -0,23* PGI -0,12 -0,03 0,33* 0,05 0,07 -0,07 0,38** 0,53** -0,52** 0,34** 0,11 0,28** TC 0,33* -0,12 0,22 0,20 0,28 0,45** -0,35** 0,38** 0,29** 0,14 EV -0,24 -0,16 0,13 -0,11 -0,47** 0,28** 0,10 0,19* PROD 0,05 0,04 0,00 -0,46** -0,07 -0,26** UM 0,15 0,07 0,26** 0,29** SSTc -0,33* -0,07

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

2

Anexo 28. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” dos anos de 2006 e 2007.

Época

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Seca” de 2006 Coeficiente da Correlação de Pearson – “Seca” de 2007

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,19* -0,10 0,12 0,11 -0,39** 0,15 -0,10 -0,19* 0,51** 0,08 -0,34** 0,40** 0,05 0,51** 0,33** -0,28** Peapc -0,62** -0,26** -0,19* 0,01 -0,17 -0,15 -0,07 -0,38** -0,15 -0,74** 0,36** 0,28** 0,16 -0,09 PGI 0,14 0,21** -0,19* 0,28 0,09 -0,10 -0,32** 0,26** -0,18* 0,45** 0,12 -0,37** TC 0,25** -0,30** 0,27** -0,01 0,08 0,16* 0,01 -0,45** -0,25** 0,46** EV -0,59** 0,27** -0,38** 0,12 -0,32** -0,28** -0,14 0,14 PROD -0,35** 0,31** 0,23* 0,23* -0,09 -0,15 UM 0,02 -0,07 0,33** -0,44** SSTc 0,05 -0,17

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.

3

Anexo 29. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” dos anos de 2006 e 2007.

Época

Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2005 Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2006

Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,30** -0,18* -0,39** 0,12 -0,01 0,07 0,05 0,00 0,35** -0,38** -0,11 -0,30** 0,08 0,23 -0,09 0,01 Peapc -0,57** -0,27** -0,30** 0,20** -0,12 -0,04 -0,17 -0,77** -0,55** -0,55** 0,54** 0,39** -0,26** -0,37** PGI 0,06 0,04 -0,18* 0,06 -0,03 0,19* 0,43** 0,36** -0,39** -0,48** 0,21* 0,27** TC -0,16* 0,10 -0,19* -0,08 -0,30** 0,35** -0,36** -0,19* 0,19* 0,26** EV -0,10 0,00 0,17 0,08 -0,40** -0,29** 0,09 0,28** PROD -0,32** -0,03 -0,46** 0,47** -0,18* -0,48** UM 0,10 0,53** -0,18* -0,45** SSTc 0,02 0,01

Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.