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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
MARLENE ASPERTI ALVES
ESCOLA E FAMÍLIA: A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DOS PAIS
OU RESPONSÁVEIS NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
VISANDO MELHOR DESEMPENHO EDUCACIONAL
JACAREZINHO 2012
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ESCOLA E FAMÍLIA: A importância da integração dos pais ou responsáveis no
processo ensino e aprendizagem visando melhor desempenho educacional
Marlene Asperti Alves1
Dr. José Carlos da Silva2
RESUMO
Este artigo busca expor algumas reflexões acerca da necessidade de promover uma integração mais efetiva entre escola e família, com a finalidade de encontrar alternativas para amenizar os problemas vivenciados no dia-a-dia escolar. Pois de um lado, a falta da participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento do processo educacional dos filhos que culmina na falta de limites, desrespeito com professores, colegas e desinteresse pelos estudos. Por outro lado, tem-se como consequência o baixo rendimento escolar resultando em índice elevado de evasão e reprovação. Neste sentido, percebeu-se a necessidade de buscar novas estratégias para efetivar a integração da escola com a família por entender que é de suma importância esta relação para que o processo ensino e aprendizagem se realizem de forma harmoniosa. Levando-se em conta as mudanças sociais ocorridas no contexto escolar e familiar, propôs-se um estudo sobre as estruturas e relações da escola com a família, bem como incentivar e proporcionar espaços de interação e informação entre as duas instituições. Nessa perspectiva, procurou-se analisar a integração, a relação e a participação dos pais ou responsáveis na educação formal e informal dos filhos. Para o embasamento teórico recorreu-se a pesquisa bibliográfica dos conceitos de: escola, família, integração, participação, entre outros. Já, para a parte prática fez-se uso de questionários com os pais ou responsáveis dos alunos dos 1º anos do Ensino Médio noturno, direção, equipe pedagógica, professores e funcionários. A partir do levantamento de dados, foram organizados momentos de reflexão por meio de reuniões, palestras e debates. Constatou-se com esta pesquisa que os resultados apresentados foram significativos, porém, a integração entre escola e família é apontada na prática da pesquisa como um grande desafio. Palavras-chave. Escola. Família. Integração. Participação.
1Professora Pedagoga do Colégio Estadual Dr. Ubaldino do Amaral – EFM, de Santo Antônio da
Platina. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2010/2012 – SEED - Paraná. 2Orientador Docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP – Centro de Ciências
Humanas e da Educação - Campus de Jacarezinho.
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1 INTRODUÇÂO
Este artigo visa expor as principais perspectivas de um estudo reflexivo
colocando em evidência a importância da integração entre escola e família com a
finalidade de melhorar o desempenho escolar dos alunos. Sabe-se que escola e
família são instituições fundamentais para a vida do ser humano, de modo que não
tem como pensar em processo educativo, sem pensar em uma educação de
parceria. Portanto, procurou-se entender a realidade na busca de orientações com o
objetivo de fortalecer e diminuir a distância entre as duas instituições.
Em virtude das grandes transformações sociais, culturais e econômicas
vivenciadas nestes últimos tempos de forma acentuada no mundo globalizado, a
relação escola e família foi profundamente prejudicada. A família deixou de participar
da vida escolar de seus filhos, transferindo para a escola a responsabilidade de
educar.
Na verdade, observa-se que a falta de participação dos pais ou responsáveis
no acompanhamento de seus filhos no processo ensino e aprendizagem traz
consequências de curto prazo como faltas às aulas e baixo rendimento resultando
em índice elevado de evasão escolar e reprovação. A longo prazo percebe-se o
aumento de jovens excluídos do sistema educacional e provavelmente, fora do
mercado de trabalho.
Além disso, a desintegração dos valores tem-se constituído como um dos
maiores obstáculos vivenciados dentro da escola pela falta de limites, desrespeito
com professores, colegas e desinteresse pelos estudos. Diante dessa realidade
muitos professores estão desmotivados e apresentando doenças físicas, emocionais
e a escola assume a maior parte dos conflitos, sentindo-se impotente frente a esses
desafios, pois, a participação da família é muito restrita e muitas vezes a escola é
vista pela família como uma inimiga e não uma aliada.
Em razão dessas dificuldades encontradas e as exigências legais do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela Secretaria de
Estado da Educação do Paraná (SEED) que, em parceria com a Instituição de
Ensino Superior UENP (Universidade Estadual do Norte Pioneiro), oportunizou-se o
estudo e a investigação do tema em questão, na busca de ações alternativas para
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efetivar a integração da escola com a família e minimizar os problemas vivenciados
no dia-a-dia escolar, refletidos negativamente no processo ensino e aprendizagem.
Atualmente as instituições família e escola passam por mudanças que
redefinem sua estrutura, significado e papel na sociedade, surgindo assim, a
necessidade de um conhecimento mais elaborado sobre a responsabilidade de
ambas na formação integral da criança e do adolescente.
A relação escola e família é complexa e assimétrica no que diz respeito aos
valores e objetivos entre elas e esta é, realmente uma relação sujeita aos conflitos
de diferentes ordens. Assim, tanto a escola como a família devem derrubar as
barreiras que as separam e fazerem o enfrentamento da crise que envolve a todos e
discutirem democraticamente seus princípios com o intuito de unir os pontos em
comum procurando um relacionamento significativo que possa contribuir para a
construção da identidade, da autonomia e cidadania sem que uma interfira nos
valores e objetivos da outra.
Os educadores, os pais ou responsáveis não podem perder de vista que
apesar das mudanças pelas quais passa a sociedade continuam sendo as primeiras
fontes de influência no comportamento, nas emoções e na ética da criança e do
adolescente. A família e a escola são os pontos de sustentação do ser humano,
portanto, quanto melhor for sua integração, maior serão os resultados no
desenvolvimento intelectual e emocional do cidadão.
Entende-se que é de suma importância a integração da escola com a família
no sentido de educar para a cidadania, logo, propõe-se um estudo sobre as
estruturas e relações da escola com a família, bem como ampliar os espaços de
interação e diálogo entre as duas instituições. Em especial, incentivar a participação
dos pais ou responsáveis nas atividades da escola disponibilizando informação para
compreensão de sua responsabilidade no acompanhamento da educação formal e
informal dos filhos para que os mesmos possam perceber o quanto é importante
essa relação.
Para iniciar o processo de implementação, optou-se por trabalhar com os
alunos dos 1º anos do Ensino Médio noturno ao passo que o envolvimento dos pais
ou responsáveis diminui à medida que os filhos crescem, haja vista que não são
nem criança, nem adulto e sim uma idade complicada, por isso mais vulnerável.
Utilizou-se para atingir os objetivos propostos a pesquisa qualitativa,
embasada na pesquisa bibliográfica fundamentada em um referencial teórico
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científico e o procedimento técnico por intermédio de questionários com os pais ou
responsáveis dos alunos dos 1º anos do Ensino Médio noturno, direção, equipe
pedagógica, professores e funcionários do Colégio Estadual Dr. Ubaldino do Amaral-
EFM de Santo Antônio da Platina – Paraná.
Tomando-se por base os dados coletados foi possível oferecer momentos de
reflexão por meio de reuniões, palestras e debates. Assim como validar o resultado
da pesquisa que permitiu evidenciar a aparência de um relacionamento responsável,
porém, um processo que não se conclui, pois, a integração entre escola e família é
apontada na prática da pesquisa como um grande desafio para a escola.
Nessa perspectiva, o texto procura analisar a escola, a família, a integração, à
relação e a participação dos pais ou responsáveis no processo educacional a fim de
contribuir com a reflexão sobre seus direitos e deveres. Logo, a intervenção deve
partir da escola e disponibilizar aos pais ou responsáveis um espaço de acolhimento
partindo do respeito e da valorização entre escola e família, para que em parceria
desempenhe a difícil tarefa de educar.
Portanto, cabe a escola exercer sua função educativa junto aos pais ou
responsáveis para criar um vínculo e compreender que sua colaboração pode
proporcionar resultados positivos. Logo, torna-se necessário lembrar que a escola
precisa da família assim como a família precisa da escola, porém, cada uma deve
assumir suas funções e interesses em comuns, reorganizar e buscar novos
caminhos visando garantir e promover um ensino e aprendizagem de qualidade
agente facilitador do desenvolvimento integral do aluno.
2 BREVE HISTÓRICO DA TRAJETÓRIA DAS INSTITUIÇÕES: ESCOLA E FAMILIA
Historicamente, a educação é fundamental na produção e reprodução cultural
e social, reservando à família a responsabilidade pela reprodução física e psíquica; o
cuidado com a higiene; a alimentação e o afeto. Constituindo assim, condições
básicas para vida social produtiva.
Carvalho (2004) observa que:
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Como processo de socialização, a educação tem duas dimensões: a social, transmissão de uma herança cultural às novas gerações através de várias instituições, e individual, formação de disposições e visões, aquisição de conhecimentos, habilidades e valores. A dimensão individual é subordinada à social no contexto de interesses objetivos e relações de poder, neste caso baseadas na categoria idade-geração, seja na família, seja na escola. (p.47-48).
Ao passo que, a escola não deve deixar de considerar também à formação
individual. Entretanto, essa formação que até então era dividida com a família, está
ficando sob a responsabilidade somente dos educadores, e não raro em detrimento
da “transmissão da herança cultural”.
É certo que, para entender a construção da relação escola e família é
necessário conhecer alguns aspectos históricos, pois, os modos de educação
variam ao longo da história, em diferentes sociedades, entre os grupos e classes da
mesma sociedade.
2.1 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE EDUCAÇÃO FORMAL E INFORMAL
A escola é uma instituição de ensino onde a educação desenvolve-se de
modo formal, sistemático, sequencial e intencional direcionada por uma pedagogia.
A função social da escola é promover o acesso ao conhecimento para que o ser
humano desenvolva a sua capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu
mundo.
Segundo Sandes (2011, p. 4), “a escola é um dos espaços mais nobres que a
humanidade produziu. É nela que o cidadão adquire valores, desenvolve
potencialidades, e se apropria e constrói conhecimento”.
Pode-se definir educação formal, como o ensino institucionalizado, limitado no
tempo e no espaço, prevê certificados para avanço nesse tipo de educação. A
educação informal está associada ao longo da vida, mediante os processos sociais
de conhecimentos, habilidades, valores e modo de agir, sem métodos, intervenção e
regras. É produzido no convívio social de forma espontânea.
Nas sociedades antigas e medievais não existia escola, mas já havia uma
preocupação com a educação de suas crianças e seus jovens. Carvalho (2004)
mostra que a educação formal era realizada na família e na comunidade,
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principalmente às práticas produtivas e rituais coletivos. A educação erudita,
sinônimo de cultura reservada às elites, os quais estudavam individualmente ou em
pequenos grupos independentes de idade ou seriação, sob a orientação de um
mestre ou em colégios internos. Já nas sociedades ditas primitivas, a educação das
crianças era uma tarefa comunitária.
Na visão de Iwaya (2006), o contexto histórico que favoreceu o nascimento da
instituição escolar deu-se com as revoluções burguesas que encerraram
definitivamente com o feudalismo e iniciando um novo modo de produção: o
capitalismo, surgindo assim, uma nova doutrina social. A escola é criada num
momento de grande valorização da ciência e de preocupação com a formação de
um “novo homem”, adequado às novas regras e aos novos princípios da ideologia
capitalista. Sua função disciplinadora, normativa é muito clara, mas, seu papel
também era levar conhecimento necessário para a vida social.
Para Carvalho (2004), a escola tornou-se lócus de educação predominante na
sociedade moderna, a partir da escolarização compulsória em fins do século XIX,
com uma organização específica. A instituição escolar deve buscar-se por
intermédio de seu ensino um enfoque mais social do que individual, proporcionar
uma formação dentro de uma estrutura coletiva para que seus alunos possam
assumir a responsabilidade por este mundo. Nesta direção, Arendt, (apud ROCHA;
MACEDO, 2002) afirma que:
Ultrapassa os desejos individuais e esta responsabilidade só poderá advir, através do enlaçamento entre conhecimento, e ação, entre o saber e as atitudes, entre os interesses individuais e sociais. A escola como um novo modelo, irá ampliar o mundo dos alunos, convidando-os a olhar suas experiências com uma outra lente, que não a familiar, o que alterará os significados já conhecidos. A escola pública tem mais fortemente, então, a responsabilidade da apresentação de conceitos e conteúdos herdados de nossa cultura, pois muitas crianças só terão acesso a esta herança, através se sua passagem pela escola, que deve então, abrir caminhos de acesso à cultura de maneira igualitária para todos e neste sentido, lutar contra os privilégios de uma classe social. Todo educador enquanto mediador do vínculo entre aluno e a cultura, entre a escola e a família, está mergulhados e comprometidos nesta rede de interesses dos dominantes e dos dominados (p. 25).
Por sua vez, a escola emerge como uma instituição fundamental para
evolução da sociedade e da humanidade. Existem escolas que reproduzem valores
e ideologias dominantes e outras tem posições críticas, mas todas assumem
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posições políticas. A sociedade contemporânea defronta-se com a desagregação
social sobre os princípios e valores que devem reger as relações entre as
instituições, dificultando a definição de qual e como deve ser o projeto de escola e
de sociedade que atenda os princípios de democracia e cidadania responsável.
Castro, (apud ROCHA; MACEDO, 2002), sobre a escola na sociedade
capitalista escreve:
[...] O tipo de escola e conhecimento que se funda com o capitalismo, legitima-se em um modelo de arquitetura social voltada à satisfação dos direitos intelectuais de uma elite econômica, amparada em sólida composição familiar que, a princípio, pode fornecer o lastro moral, ético e civilizacional, necessários ao bom desempenho de todos aqueles que a freqüentam. Hoje, contudo, a situação é outra. A sociedade pós-industrial alterou, significativamente, sua maneira de operar e produzir mercadorias, conhecimentos e valores, afetando diretamente a escola, afetando seus eixos paradigmáticos, tanto no que se refere à sua organização funcional, curricular e metodológica, quanto aos princípios éticos e participativos que sustentam sua prática cotidiana. Este panorama dificulta a definição de rumos, a fim de que possa determinar as metas a serem atingidas pela escola no campo dos saberes, mas, também, no campo da participação dos diversos segmentos que a compõem, principalmente dos pais. (p. 28).
O desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade depende cada vez mais da
qualidade e da igualdade de oportunidades educativas. Nesse sentido, formar
cidadãos supõe instituições inter-relacionadas com a dimensão social do ser
humano, em que a produção do conhecimento ocorra mediante práticas
participativas e criativas, com a finalidade do desenvolvimento integral do aluno para
que possa exercer sua cidadania plenamente.
De acordo com Freire (2004), “a educação é uma forma de se intervir no
mundo”, ele se refere às mudanças reais da sociedade, no direito ao trabalho, a
propriedade, a educação e a saúde.
Toda essa mudança, muitas vezes provoca um mal estar nas instituições
sociais que buscam encontrar-se frente a essa grande diversidade de relações
humanas, que são apresentadas pelo contexto econômico, social, político e cultural.
Por outro lado, Freire (2000) afirma que:
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Não há cultura nem história imóveis. A mudança é uma constatação natural da cultura e da história. O que ocorre é que há etapas, nas culturas, em que as mudanças se dão de maneira acelerada. É o que se verifica hoje. As revoluções tecnológicas encurtam o tempo entre uma mudança e outra. [...]. Hoje, numa mesma família, nas sociedades mais complexas, o filho mais novo não repete o irmão mais velho, o que dificulta as relações entre pais, mães, filhas e filhos. (p 30).
Logo, educar não é tarefa fácil em uma sociedade com forte influência
negativa que não ajuda a melhorar a consciência moral, individual e coletiva. A
escola apresenta-se como espaço privilegiado para que às mudanças sejam
articuladas, criem formas e propaguem-se, pois é o único lugar de possível
convivência de crianças, adolescentes e jovens de certa idade. Por sua vez, lugar
oportuno para desenvolver os hábitos de socialização, necessários para a vida em
comunidade, propiciar a cultura e favorecer o acesso aos bens culturais.
Em pleno século XXI, a clientela escolar recebe um fluxo de informações
proveniente de várias fontes, e na maioria das vezes chega de forma fragmentada.
Diante disso Marinho (2010) constata que, o papel da escola é orientar a seleção e
significação das informações adequadas à construção e reconstrução dos
conhecimentos voltados para a transmissão de saberes válidos e úteis para toda a
vida do indivíduo.
A partir dessa realidade, o grande desafio da escola é entender as mudanças
e instrumentalizar essa geração na análise e compreensão de sua realidade com o
mundo atual. Nessa instituição, o espaço deve ser ampliado para que o aluno
aprenda a respeitar às diferenças, ao passo que o conhecimento mistura-se aos
sentimentos e que razão e emoção se fundem em busca de sabedoria.
2.2 A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÃO SOCIAL
A família deve ser o lugar de garantia da sobrevivência e de proteção dos
filhos e demais membros sem levar em consideração a forma pela qual ela é
estruturada, mas, que desenvolva o bem-estar dos seus componentes e
desempenhem o papel na educação formal e informal.
Parolin (2010, p.27) afirma que, “entende-se família como um núcleo impar
com uma cultura própria, na qual as pessoas que a compõe compartilham dos
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mesmos ideais e comportamentos”. Porém, cada uma tem suas próprias emoções e
suas significações, essas diferenças se entrelaçam formando o modo de viver e
conviver. Já Szymanki (2010, p.85) define que, família é quando pessoas convivem
assumindo o compromisso de uma ligação com cuidados entre si.
Por essa breve exposição, conclui-se que não há um modelo ideal e nem uma
única definição de família, pois, existem famílias e famílias cada uma com as suas
peculiaridades.
A família é a mais antiga instituição social, iniciou-se na pré-história,
determinou regras culturais e padrões de conduta para os indivíduos em cada
sociedade. Por isso, para compreender os desafios da família diante da conjuntura
atual é necessário entender a evolução da instituição familiar que compõe a
sociedade.
Ramos; Ramos (2010) salientam que na Idade Média, a união entre marido e
mulher tinha como objetivos a conservação dos bens, o sobrenome a proteção da
vida, da honra moral e social. Não existia afetividade com os filhos, apenas
interagiam e viam com curiosidade o comportamento infantil, mas não coabitavam,
pais e filhos mantinham certa distância, viviam ora em grandes espaços, ora em
casas pequenas, eram escassos os sentimentos entre seus membros.
Para os autores acima citados, entre os séculos, XVI e XVII fim da Idade
Média e início da Era Moderna, a criança conquistou um lugar juntos aos pais. A
transformação da família concentrou na criança e emergiram as afetividades, a
intimidade física e moral, surge então, uma nova organização sociocultural.
“A família consolida-se principalmente depois da Revolução Industrial, quando
ocorreu a organização populacional e a fixação em núcleos urbanos, transformando-
se no tipo nuclear, composta por pai, mãe e filhos, constituindo assim a família
patriarcal”. (RAMOS; RAMOS, 2010, p.33).
Nesse contexto histórico, a educação escolar passa a ser valorizada pela
família, pois deseja para seus filhos o conhecimento que eles próprios foram
impossibilitados de adquirir, compreendendo a importância de sua participação na
socialização escolar.
A sociedade atual depara-se, com grandes mudanças que influenciaram e
influenciam a funcionalidade familiar. As relações interpessoais e emocionais
passam a ser complexas e as transformações caminham para uma nova concepção
de família. Em razão das mudanças observa-se o aumento dos divórcios, o controle
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de natalidade, o aumento das relações sexuais fora do casamento, o baixo capital
cultural, a presença da mulher no mercado de trabalho, o declínio da autoridade dos
pais ou dos responsáveis, o individualismo e a falta de religiosidade dentre outros.
Mediante, essa realidade os pais reproduzem aos filhos a configuração e a estrutura
familiar que a sua realidade oferece.
Um dos maiores problemas da família na pós-modernidade dentro das
transformações históricas é a falta de informação em como administrar a convivência
com os adolescentes e a falta de tempo para conviver e dialogar junto aos seus, não
se conta mais histórias e não tem coletividade, vive-se a afirmação da
individualidade, sem vínculos com nada e ninguém.
Do ponto de vista de Lück; Lima (2006), o rol de problemas provenientes do
processo de globalização na sociedade contemporânea aponta mudanças de
valores, hábitos e costumes desencadeando um processo de fragilização nas
famílias, tornando-os mais vulneráveis por inúmeras causas como: abandono,
alcoolismo, drogas, miséria, violência domésticas entre outras.
Na presença desse panorama, muitas vezes os pais ou responsáveis sentem-
se despreparados para educar e transferem para a escola a função de transmitir aos
seus filhos valores morais, princípios éticos e padrões de comportamentos
considerados serem da família. “Alguns pais justificam alegando que, trabalham
cada vez mais e não dispõe de tempo para tal atenção aos filhos; outros nem têm
consciência de seus deveres como pais” (DI SANTO, 2008, p.14), ou responsáveis e
ainda aqueles inseguros que ao decidir o que é melhor para os filhos, ocasionam
conflito entre o idealismo do jovem e realismo do adulto. Isso resulta, em crianças e
adolescentes rebeldes e sem limites, enfraquecendo a coesão familiar e
influenciando no ensino-aprendizagem.
Vale transcrever o pensamento de Freire (2000), sobre esse assunto:
A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a „tirania da liberdade‟ em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face à autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (p.34).
Na verdade, fica evidente que os valores ensinados pelas famílias estão
perdendo seu significado, predominando os valores apresentados pela mídia que
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traz o empobrecimento moral e intelectual. Os pais sentem-se inseguros e não
correspondidos ao colocar limites, mas é necessário alertar que a família é a
principal estrutura na sociedade, sendo responsável pela criação e educação das
crianças e dos adolescentes.
3 A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E FAMÍLIA
A busca de ações de integração entre escola e família é no sentido real da
palavra que significa “tornar inteiro”, “completar”, “unir”, desse modo, aproximar as
duas instituições para que a educação de uma venha completar a outra e juntas
promover fortalecimento, visando uma educação de qualidade e como consequência
melhor desempenho educacional. Para Marrafon (2011):
Cada vez menos os pais participam da vida escolar dos filhos. Alegam falta de tempo, de paciência na hora das reuniões etc. Em alguns casos há pais que delegam à escola a “educação geral” dos filhos, livrando-se da função fundamental da família, que é educar. Afinal, quais são os papéis de cada um? (p.11).
A função da família é de educar, incutir noções de respeito, convivência,
regras limites, entre outras e a função da escola por sua vez, é repassar o
conhecimento socialmente produzido, promover e efetivar a aprendizagem do
educando.
Assim, é essencial uma boa relação entre a escola e a família que tenha
como foco, o desenvolvimento intelectual e emocional das crianças, dos
adolescentes e dos jovens. No entanto, é necessário entender a dinâmica das
relações entre a escola e família.
Szymansk (2010) assegura que a escola na convivência das relações ensina-
se valores e sentimentos, mas, tem a obrigação de ensinar bem os conteúdos
específicos das áreas do saber e família nenhuma, tem obrigação de ensinar os
conteúdos, pois, a ação educativa dos pais pode diferir da escola levando em
consideração que as famílias podem ser de diferentes camadas sociais.
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Sendo assim, a autora escreve que podem advir conflitos entre escola e
família pelos seus valores, crenças e hábitos, ao passo que muitas vezes a escola
explica o fracasso escolar pela desestruturação familiar.
Segundo Aquino (2003), “é na relação escola e família que os educadores
determinam os fatores externo como grande parte dos problemas escolares e em
especial a organização familiar” Ao passo de acreditar que a família encontra-se em
estado de “desestruturação” que por sua vez, responsável pela difusão de crianças,
adolescentes e jovens “sem limites”. Aquino (2003) afirma que:
Se a alegação da dita desestruturação familiar significa, porventura, o rompimento do padrão clássico de organização das famílias (pai provedor + mãe cuidadora + relações harmoniosa = prole disciplinada), é sempre bom lembrar que, provavelmente, tal modelo sequer exista entre aqueles que reclamam sua falta. [...] é necessário, portanto, ter em mente que há um conflito histórico de fronteiras entre família e escola, cujas funções ora se intercalam, ora se sobrepõem. Portanto, são instituições vizinhas, mas diferentes em suas práticas. E o que difere são as questões da vida privada e da vida pública. (p.42-44)
Portanto, é preciso admitir-se que o modelo familiar encontra-se em evolução
e expansão e não em desestruturação. Por outro lado, frequenta a escola uma
geração de crianças, adolescentes e jovens advindos de uma estruturação sócio-
cultural, econômica e familiar com direitos de pertencer à instituição escolar. Por
essa razão, é ilusão explicar que o filho de uma boa família é também um bom
aluno. No entanto, a escola não deve assumir questões de ordem familiar, porque
não é possível dar conta de toda essa atribuição.
Conforme argumentam Dessen; Polônia (2007), para se compreender os
processos de desenvolvimento e seus impactos na pessoa, é preciso considerar
tanto o contexto familiar quanto o escolar e as relações que advém dessa relação.
A base da formação do ser humano é a família, todo aprendizado será de
grande valor para sua realização como indivíduo social. Não importa como seja a
estrutura ou modelo na qual essa família se apresente, e sim que exista amor,
respeito, afeto, educação e proteção.
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3.1 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS NA VIDA ESCOLAR DOS
FILHOS: DIREITO E DEVER
A participação dos pais ou responsáveis pelo acompanhamento do aluno no
processo ensino-aprendizagem é fundamental em uma escola que tenha como meta
uma educação de qualidade e que busca um bom desempenho escolar mediada por
uma gestão participativa.
A história da educação revela a importância do acompanhamento da criança
e do adolescente no processo ensino-aprendizagem. Saviani, (2008) em seu livro “A
Pedagogia no Brasil”, cita que “paedagoga” (pedagogo) designava na Grécia antiga,
o acompanhamento e a vigilância do jovem e que o “paedagogium” era destinado
aos escravos cuja atividade especifica consistia em guiar as crianças à escola.
Nesse caso, percebe-se o quanto é histórico e necessário o envolvimento dos
responsáveis no acompanhamento do educando no ambiente escolar.
Há séculos, instalou-se o modelo de escola e família e por isso, é difícil
acompanhar as mudanças. Por outro lado, já no século XVIII, existia a preocupação
dos pais em acompanhar os filhos com objetivo de orientá-los quanto as suas
responsabilidades.
Polônia; Dessen (2005) explicitam que, é importante a escola reconhecer a
colaboração dos pais na história e no projeto escolar dos alunos, e auxiliar as
famílias a exercerem o seu papel na educação, na evolução e no sucesso dos filhos
e, concomitantemente, na transformação da sociedade.
É certo que, buscar compreender as relações entre escola e família e
promover inter-relações afetivas é uma necessidade premente, assim, pais ou
responsáveis, professores e direção devem juntos traçar metas e ações fazendo
cada um a sua parte para desenvolver-se uma educação de qualidade, sustentada
pela integração entre escola e família e fundamentada na legislação nacional.
De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988 no seu art. 205: “A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
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O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8069, de 13 de julho de 1990 nos
seus artigos abaixo, reforça o papel da família e os direitos da criança e
adolescentes.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou por omissão, aos seus direitos fundamentais.
Em relação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) pode-se
constatar:
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental. Art. 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII – informar aos pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
Afinal, pode-se observar por meio desses referidos artigos, o quanto à família
é responsável pela educação formal e informal dos filhos. Portanto, as escolas têm a
obrigação de articular com as mesmas e os pais têm direito a ter ciência do processo
educativo, porém, entende-se que esse envolvimento é bastante restrito; muitos pais
vêem a escola como um benefício de uso da infraestrutura e dos equipamentos
públicos, sem se preocupar com aprendizagem. Reis (2007, p.6), acrescenta que “a
escola não é depósito para os pais livrar-se dos filhos por algum tempo, de modo
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que, ela não educa sozinha e a responsabilidade educacional da família jamais
cessará”.
Sabe-se que a legislação assegura a participação dos pais ou responsáveis
no contexto escolar, mas, não têm sido suficiente para garantir um envolvimento
efetivo dessa relação. Para que se torne um processo contínuo, é preciso de uma
parceria das instituições escola e família.
De acordo com Parolin (2010, p. 35), “a família e a escola têm, na sociedade
atual, tarefas complementares apesar de distintas em seus objetivos, metodologias
de abordagem e campo de abrangência”.
Szymanski (2010), por sua vez, acrescenta que,
Escola é escola, família é família, o que ambas têm em comum é o fato de prepararem os jovens para uma inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social. Ambas desempenham um papel importante na formação do indivíduo e do futuro cidadão. (p.98).
Partindo dessa premissa, a escola tem uma especificidade, ou seja, a de
promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade e
escolhidos como fundamentais para a instrução de novas gerações.
A escola foi criada com a finalidade de servir à sociedade. Por isso, tem o
dever de prestar contas do seu trabalho, articular com a comunidade o que faz como
conduz o ensino-aprendizagem e estabelecer mecanismos para que a família
acompanhe a vida escolar de seus filhos. A respeito disso, Szymansk (2010),
propõe:
A elaboração de projetos que visem implementar a participação das famílias na escola e desta na vida da comunidade, deve ter como ponto de partida o (re) conhecimento mútuo. O conhecimento das escolas a respeito das famílias muitas vezes, baseado em preconceito se limita a uma interpretação fechada. (p.107).
Portanto, reconhecer, significa sair dos limites e abrir-se para as novas
possibilidades de ser do outro e de ser com o outro. A escola deve apresentar um
ambiente acolhedor de modo que as famílias sintam-se aceitas e colaborem com o
trabalho da escola. Reforçando essa idéia, Szymanski, (2010) afirma que:
16
Num primeiro momento, é preciso encarar os próprios preconceitos e, depois, desejar sair dessa perspectiva limitada e ensaiar um novo olhar, de preferência interrogativo, curioso. O processo de reconhecimento pede, também, um dar-se a conhecer, que ocorre na relação face- a- face, aberta e respeitosa. (p.107-108).
Para que haja esse reconhecimento de que fala a autora acima citada, é
necessário que a escola abra suas portas para as famílias, intensificando e
garantindo sua permanência por meio de atividades interessantes e motivadoras,
com o propósito de compor uma integração de forma que a família não
responsabilize somente a escola e que a escola não responsabilize somente a
família.
Mandelbaum (apud RODRIGUES, 2010), considera que a ideia
preconceituosa que a escola tem em relação às novas formações familiares deve
ser deixada de lado, pois essas novas configurações conseguem sucesso na
educação de crianças e adolescentes sob sua responsabilidade, desde que, alguém
exerça o papel materno e paterno.
Em vista disso, os profissionais da educação devem repensar sua prática,
fortalecer o relacionamento com os pais ou responsáveis mediante um diálogo livre
de preconceito para que a aprendizagem aconteça de forma integral.
Assim, a presença dos pais ou responsáveis no processo de aprendizagem
visa contribuir para a formação dos valores essenciais à aquisição do conhecimento
científico, de atitudes comportamentais e melhoria da qualidade do ensino.
A criança, o adolescente e o jovem hoje é fruto da globalização e da
revolução tecnológica, geração capaz de realizar várias atividades ao mesmo tempo,
mas, apresenta-se falta de valores e padrões de conduta que a família deixou de
fazer, muitas vezes não por omissão, mas por falta de conhecimento. Neste sentido,
é pertinente à contribuição de Paro (2007) ao assegurar que,
[...] à falta de um necessário conhecimento e habilidade dos pais para incentivarem e influenciarem positivamente os filhos a respeito de bons hábitos de estudo e valorização do saber, o que se constata é que os professores, por si, não têm a iniciativa de um trabalho a esse respeito junto aos pais e mães. Mesmo aqueles que mais enfaticamente afirmam constatar um preparo maior dos pais para ajudarem seus filhos em casa se mostram omissos no tocante à orientação que eles poderiam oferecer, especialmente nas reuniões de pais, que é quando há um encontro que se poderia considerar propício para isso. (p 65).
17
O autor acima citado considera que, a escola deve auxiliar os pais na
superação das dificuldades para evitar que as crianças, adolescentes e jovens
fiquem sem referencial de valores e princípios. É importante que família e escola
estabeleçam uma aliança de cooperação, respeito e responsabilidade para que haja
um trabalho único, com objetivo de aproximar e estabelecer uma boa relação entre
as duas instituições. Do mesmo modo, é preciso que a escola torne-se atraente para
estimular o aluno a querer aprender, mas, sozinha não conseguirá tal êxito. Segundo
Paro (2007),
É aqui que entra a questão da participação da população na escola, pois dificilmente será conseguida alguma mudança se não se partir de uma postura positiva da instituição com relação aos usuários, em especial com os pais e responsáveis pelos estudantes, oferecendo ocasiões de diálogo, de convivência verdadeiramente humana, numa palavra, de participação na vida da escola. Levar o aluno a querer aprender implica um acordo tanto com os educandos, fazendo-os sujeitos, quanto com seus pais, trazendo-os para o convívio da escola, mostrando-lhes quão importante é sua participação e fazendo uma escola pública de acordo com seus interesses de cidadãos. (p.16-17).
A participação efetiva dos pais ou seus responsáveis é fundamental, faz com
que o aluno sente-se valorizado, motivado e com interesse pelo processo de ensino
e aprendizagem. Os pais ou responsáveis devem estimular à educação,
conversando e estando constantemente em sintonia com a escola e com seus filhos.
Como demonstra Schargel (2005), a escola tem a responsabilidade de prestar
assistência às famílias, especialmente àquelas cujo envolvimento dos pais ou
responsáveis diminui à medida que os filhos crescem. Percebe-se que é nessa
época que os jovens precisam ainda mais do acompanhamento dos seus
responsáveis, pois sofrem as pressões dos colegas e estão mais expostos às
drogas e as gangues pelo fato de encontrar-se na adolescência.
Nessa visão, o envolvimento das instituições precisa ser de parceria, e em
especial a escola precisa ser receptiva e convidativa com os familiares para que se
sintam respeitados e valorizados. Por certo, muitos pais ou responsáveis sente-se
distante da escola pelas experiências negativas que tiveram com ela ou pela
exigência que a escola faz dos comportamentos inadequados dos adolescentes, que
por falta de referencial, não tem como dar suporte.
18
Com toda certeza a participação dos pais ou seus responsáveis não se faz
espontaneamente, pois, existe a necessidade da escola viabilizar mecanismos que
incentivem essa prática na escola, para que eles constatem a importância de somar
forças para atingir os objetivos propostos e em especial um melhor resultado
educacional.
Nessa relação não basta os pais ou responsáveis estar aberto a contribuir e
participar, pois, é preciso levar em consideração que alguns profissionais da
educação vêem a presença dos mesmos como empecilhos educativos e não, como
colaboradores.
Nesse sentido, faz-se necessário uma conscientização para mudança de
posicionamento frente às questões, por meio de uma gestão participativa com
valorização do trabalho educacional, do mesmo modo analisar as formas de
participação dos pais ou responsáveis, e que os mesmos venham contribuir para a
discussão e o regulamento das regras e limites sobre seus direitos e deveres na
escola.
Destaca Marrafon (2011, p.11), “quando a família cria um vínculo de
confiança com a escola, o filho percebe a relação que os pais têm e até muda sua
postura, porém, quem ganha com isso, é o filho que terá uma formação eficaz”.
Certamente, um bom relacionamento apresenta-se vantagens significativas
em todos os níveis de aprendizagem independente da idade ao passo que, os
alunos que não têm o acompanhamento dos seus responsáveis possuem, maior
probabilidade de abandonar os estudos. O desempenho escolar não acontece
conforme sua condição social, mas, é comprovado que um ambiente com boas
influências e expectativas em relação ao aproveitamento desenvolve um melhor
desempenho escolar.
De acordo com Gomide (2009), as crianças, os adolescentes e os jovens
precisam de imposição de regras e limites e quando elas são colocadas e não são
cumpridas, desenvolve-se nas crianças, adolescentes e jovens a falta de respeito às
instituições e as pessoas por isso, são chamadas “malcriadas”.
À frente de tal situação pais e professores usam a ameaça como prática
educativa, acreditando que esteja cumprindo o seu papel de educadores, ao
contrário, o adolescente pode sentir descriminado e com esse desconforto procurar-
se integrar em algum grupo que se sinta acolhido pela sua ousadia, por fim,
abandonar a escola e até o convívio familiar.
19
O grande segredo da educação é o equilíbrio entre aplicar as regras e
manter-se efetivo. A seleção dos procedimentos punitivos na educação é que faz a
diferença entre crianças, adolescentes e jovens saudáveis, seguras e criativas, das
amedrontadas, inseguras e indisciplinadas (GOMIDE, 2009).
Desse modo, o compartilhamento de um propósito comum em torno de uma
educação de qualidade, deve nascer a partir de uma gestão compartilhada,
discutindo-se democraticamente com a família e a comunidade, respeitando suas
ideias, opiniões e aspirações, por meio de um trabalho integrado.
4 METODOLOGIA
Segundo Suzuki et al (2009, p. 117), “metodologia é a operacionalização da
pesquisa”. Portanto, ela define os caminhos que deve percorrer para atingir os
objetivos da pesquisa. No entanto, para este estudo utilizou-se a pesquisa qualitativa
contemplando a metodologia da pesquisa-ação. A pesquisa bibliográfica
fundamentou-se teoricamente esta pesquisa focando a prática escolar e propondo
ações de integração entre escola e família.
A partir do levantamento teórico sobre a integração escola e família e
vivenciar no cotidiano escolar a ausência dos pais ou responsáveis nos assuntos
relacionados à vida escolar dos filhos, desenvolveu-se um projeto na busca de
ações alternativas para integrar as duas instituições.
Considerando as informações bibliográficas e um dos requisitos do Programa
de Desenvolvimento Educacional (PDE), elaborou-se uma Produção Didático-
Pedagógica na forma de Unidade Didática, que serviu de subsídio no processo de
implementação do projeto de intervenção na escola com intuito de motivar a
participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento da vida escolar dos
filhos.
Com intenção de adquirir informações para amenizar as dificuldades
encontradas no ambiente escolar, a execução da pesquisa deu-se por intermédio de
questionários diversificados sem identificação o que possibilitou uma liberdade para
se manifestarem sobre o assunto.
20
Iniciou-se a implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola
durante a Semana Pedagógica com apresentação do mesmo à direção, equipe
pedagógica, professores e funcionários para informação sobre o tema que seria
desenvolvido no semestre. Foi um momento muito bom, no qual, obtive algumas
sugestões por parte de alguns integrantes da reunião demonstrando interesse pelo
projeto.
Num segundo momento, procedeu-se a apresentação do projeto aos alunos
dos primeiros anos do Ensino Médio noturno, com interação dos mesmos no espaço
da sala de aula, onde foi conversado sobre a relevância do tema em questão. Em
seguida, foram entregue questionários aos alunos para encaminhamento aos pais
ou responsáveis, dando continuidade à pesquisa aplicou-se também um
questionário à direção, equipe pedagógica, professores e funcionários.
Vale-se ressaltar que paralelo a implementação do projeto desenvolveu-se o
Grupo de Trabalho em Rede (GTR). Enquanto tutora do grupo foram proporcionados
espaços de reflexões, trocas de ideias e experiências que muito contribuiu para
enriquecer o projeto na escola. Essa interação oportunizou um momento privilegiado
para a socialização do tema: Integração Escola e Família. No contato com outras
escolas, verificou-se que apesar das realidades diferentes, as dificuldades são
comuns e todos buscam melhorar a integração entre a escola e família.
4.2 RESULTADO DA PESQUISA
Valendo-se dos dados obtidos através dos questionários (Apêndice 1 e 2) foi
realizada a interpretação da pesquisa com direção, equipe pedagógica e
funcionários. Quando indagados sobre a participação dos pais na escola constatou-
se que 52% a participação dos pais na escola sucede de forma razoável e, 48% que
é péssima. Já a ausência dos pais na escola 29% acontece por falta de tempo, 14%
por falta de comunicação da escola, 24% falta de informações dos pais; e 33% por
falta de comunicação entre pais e escola.
Quanto ao questionamento você conhece os pais de seus alunos, as
respostas foram às seguintes: 14% conhecem 50% dos pais, 28% conhecem 30%
dos pais, 49% conhecem 15% dos pais e 9% não conhece nenhum pai.
21
De acordo com a pergunta, nas suas atividades você busca a integração com
a família do aluno? 24% responderam que sim, 9% não buscam a integração e 67%
buscam às vezes essa integração. No entanto, 100% responderam que acham
necessário que sejam desenvolvidas atividades buscando maior participação da
família na escola.
Na questão de indicar atividades para melhorar a “integração da escola e
família” foram consideradas mais importantes: Escola mais receptiva e interativa;
reuniões em horários diferenciados, comunicação via rádio, palestras de assuntos
do interesse dos pais, promoções de gincanas, exposições culturais, oficinas e mais
atuação dos órgãos colegiados entre outros.
Já, por meio dos questionários dos pais ou responsáveis percebeu-se a
importância da contribuição para entender qual a sua percepção sobre a escola,
levando em conta a escolaridade dos participantes.
Diante disso, certificou-se que: 28% têm o Ensino Fundamental completo,
12% Ensino Fundamental incompleto, 12% Ensino Médio completo e 48% Ensino
Médio incompleto. Perguntando aos pais, você já participou de alguma atividade na
escola de seu filho? 44% responderam que já participaram 24% que nunca
participaram 16% que participam sempre e 16% alegam não ter tempo para
participar.
Questionados se conhecem a escola de seu filho confirmaram que sim 84% e
que não 16%. Já, a respeito do acompanhamento das tarefas escolares 40%
disseram que sim, 24% que não, 32% às vezes e 4% não respondeu. Quando
indagados se acham importante a participação da Família na escola, 88%
asseguraram que sim e 12% que não. No entanto, quanto à questão você conhece
os representantes do colegiado da escola de seu filho, 32% disseram não conhecer,
56% disseram conhecer e 12% não sabiam que havia colegiados.
Analisando as questões anteriores e a questão você sabe qual é o método ou
filosofia que a escola utiliza encontramos contradições na análise das respostas,
pois, 24% sabem qual é o método ou filosofia que a escola utiliza 72% não sabem e
4% não responderam.
Respondendo sobre as reuniões marcadas pela escola, 36% acham muito
importante, 60% acha importante e 4% nenhuma importância. Quanto à forma que a
escola informa das reuniões e suas atividades, 84% afirma que o aluno entrega o
bilhete, 4% não entrega o bilhete e 12% não recebe nenhuma informação. Bem
22
como, gostariam que as reuniões acontecessem mensalmente 40%, bimestralmente
36%, trimestralmente 20% e não responderam 4%.
Com o propósito de apurar informações se os pais ou responsáveis
participariam das reuniões e qual seria o melhor horário das mesmas conseguiu-se
os seguintes resultados: 88% afirmaram participar das reuniões e 12% que não
participaria. Elegeu-se o horário da manhã 12%, à tarde 24%, à noite 56% e não
respondeu 8%.
Em relação aos temas eleitos por ordem de prioridades para serem
trabalhados nas reuniões, 27% dos pais consideraram mais importante o assunto
drogas, 23% o tema limites e regras; 20% o papel dos pais e dos professores; 15% o
tema adolescência; 9% tema sexualidade e 6% o tema relacionados aos valores.
Além desses, “Violência na escola” foi apontado como um assunto que
gostaria que fosse abordado. Diante dessa realidade destacou algumas
contradições, mas, serviu como ponto de partida para iniciar o trabalho com os pais
ou responsáveis.
Após evidenciar os dados, procedeu a análise da pesquisa e observou-se que
a maioria dos pais ou responsáveis considera importante a participação da família
na escola e que participariam das reuniões.
Com base nos dados preparou-se e concretizou a primeira reunião, no qual
deu inicio a mesma com uma dinâmica com objetivo de integrar o grupo e em
seguida efetuou a exposição da unidade didática que muito contribuiu para o
desenvolvimento da parte prática da implementação do projeto com a
fundamentação teórica enfatizando a relação, integração e participação da escola e
da família, como uma forma de valorizar a opinião e firmar compromisso de
acompanhamento no processo ensino e aprendizagem. Além disso, a direção
realizou a apresentação e a eleição da chapa única que pleiteou os cargos da
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), tendo como público-alvo:
direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e APMF.
De acordo com os temas sugeridos pelos os pais ou responsáveis, tornou-se
real a segunda reunião com a diretora do Centro de Socioeducação (CENSE), a qual
proferiu uma palestra abordando a importância da relação família e escola e
violência na escola. Os participantes tiveram um momento de interação com a
palestrante tirando suas dúvidas e ou dando sugestões. Para tanto, a reunião foi
23
preparada com intuito de sensibilizar e cativar os pais ou responsáveis da
importância do acompanhamento no processo educacional dos seus filhos.
Na terceira reunião proporcionou-se aos presentes a peça teatral “FICA
COMIGO” envolvendo os temas: relação professor aluno, integração escola e
família, violência na escola e evasão escolar. Em seguida, discorreu uma palestra
com um representante da Patrulha Escolar que articulou assuntos relevantes
referentes às temáticas: tipos de famílias, direitos e deveres da família e da escola
(limites), violência escolar, drogadição e evasão escolar. Esteve-se presente nesta
reunião, direção, professores, equipe pedagógica, professores, pais ou responsáveis
e alunos. Sem dúvida, um momento muito especial onde todos estavam reunidos em
prol de uma causa nobre “a educação”.
Finalizou a implementação do projeto com a quarta reunião, na qual analisou
a importância da aproximação da escola e família para que se estabeleça uma
relação harmônica que venha contribuir para o sucesso do processo educativo das
crianças e adolescentes. Na sequência realizou-se uma avaliação por meio de um
questionamento informal sobre os conteúdos das reuniões e a contribuição que
estes trouxeram além de um espaço para expor suas sugestões. Encerrou-se a
reunião com agradecimento aos participantes pela sua contribuição.
No decorrer do desenvolvimento do projeto, pode-se constatar que de uma
reunião para outra houve avanço, mas, a frequencia dos pais ou responsáveis nas
reuniões foi considerada pequena e que contradiz a questão, a qual questionou se
participariam das reuniões em que a maioria respondeu que sim.
Portanto, concluiu-se que o resultado foi significativo para todos os
participantes que sentiram valorizados pelo espaço oferecido para o diálogo e troca
de experiências por meio de reuniões descontraídas. Porém, o trabalho não encerra
aqui os desafios pela frente ainda são grandes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Revalidou-se nesta pesquisa que a integração da escola com a família é
necessária para o acompanhamento do processo ensino e aprendizagem da vida
escolar dos filhos, pois as duas instituições são peças fundamentais na construção
24
da identidade, da autonomia e cidadania e, consequentemente, responsável pelo
desenvolvimento do ser humano.
Percebeu-se que a interação entre a escola e família é possível mediante
atividades atrativas e interessantes para fortalecer a relação de uma parceria
consciente e de corresponsabilidade. Portanto, cabe a escola tomar a iniciativa de
aproximar da família para compreender suas características, particularidades e
trajetória para que a mesma sinta-se respeitada e valorizada.
No entanto, é preciso conhecer a realidade da escola e das famílias, aceitar e
acolher suas necessidades. À medida que a escola oferecer mecanismos para atrair
e efetivar a relação entre ambas, com certeza surgirá novos caminhos de
entendimento e parceria, vista que os pais ou responsáveis não têm conhecimento
do funcionamento da escola.
Diante desta realidade é aplausível transpor as dificuldades implícitas
historicamente entre escola e família, e assegurar uma interação por meio de uma
relação de confiança de forma sistêmica visando minimizar os problemas
educacionais presente no ambiente escolar na busca de ações alternativas
significativas que favoreçam a afetividade e a responsabilidade entre os membros da
escola e da família dos alunos.
A escola por sua vez, deve desmistificar-se do conceito de família
“desestruturada” como justificativa dos problemas educativos, pois mesmo não
correspondendo aos modelos ideais, à família pode ser capaz de cuidar dos seus.
Entretanto, faz-se necessário ser o mais imparcial possível, desprovido de
preconceitos e aberto às novas descobertas, rever conceitos e modificar quando
preciso, uma vez que cada família tem a sua história e sua maneira de viver.
Neste sentido, evidencia-se a necessidade de respeitar as diversidades e ser
persistente nas suas práticas para superar os obstáculos e adotar todas as ações
possíveis para tornar o ambiente escolar um espaço saudável, responsável e
propício à aprendizagem, pois, a escola e a família são distintas, mas, têm tarefas
complementares e esta integração é fundamental para o processo educativo.
Observou-se que houve êxito no processo de implementação e que a
pesquisa serviu como reflexão, mas, o trabalho não esgota aqui, tem-se um longo
caminho a percorrer e a escola precisa preocupar-se em manter a permanência dos
pais ou responsáveis atuantes e buscar novas alternativas para conseguir aumentar
25
o número de participantes, visando melhoria na qualidade da relação das partes
envolvidas o que irá favorecer o processo ensino e aprendizagem.
Entende-se que a família precisa saber que uma educação de qualidade para
seus filhos é um direito garantido por lei, mas os seus deveres também. Porém, a
escola deve estar aberta ao diálogo e aproveitar todos os meios de contato com as
famílias para passar informações deixando visível seu objetivo com o propósito de
motivar a participação das famílias e compartilhar no que diz respeito ao
aproveitamento escolar, relacionamento entre professores e alunos, valores,
respeito às regras e os limites em defesa de uma educação de qualidade e de uma
relação que prevaleça atitudes adequadas de demonstração de amor pelas crianças,
adolescentes e jovens, imprescindível para formação do cidadão.
26
REFERÊNCIAS
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27
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SZYMANSKI, Heloísa. A relação família/ escola. Desafios e perspectivas. 2ª ed. Brasília; Líber, 2010.
29
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
QUESTIONÁRIO PARA SUBSÍDIO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
QUESTIONÁRIO 1: PARA AGENTES EDUCACIONAIS, PROFESSORES, EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Função:_____________________________________________Data: ___/___/___
Tempo de atuação no Magistério:_______________________________________
Formação:_________________________Vínculo:__________________________
Gostaria de contar com sua colaboração. Não é preciso se identificar, apenas informar os
dados abaixo solicitados, pelo que agradeço.
1. A participação dos pais ou responsáveis na escola se dá de que forma na instituição?
( .) ótima (...) boa ( .) razoável ( . ) péssima
2. A que se deve a ausência dos pais?
( .) falta de tempo por questões de trabalho.
( ) falta de comunicação da escola.
( . ) falta de interesse e informação dos pais ou responsáveis.
( . ) falta de comunicação deles com a escola.
3. Como é o rendimento escolar dos alunos que tem a participação da família na escola?
( .) ótimo (. ) bom ( . ) médio (. ) ruim
4. As dificuldades dos alunos estão relacionadas à:
( .) falta de interesse ( . ) falta de entendimento ( . ) falta de estudo
5. Sua metodologia envolve recursos práticos e tecnológicos?
( . ) sim (. ) não (. ) às vezes
30
6. Qual o seu envolvimento com as mudanças no ensino atualmente?
( .) pouco ( . ) muito
7. Nas suas atividades, você busca a integração com a família do aluno?
( .) sim (. ) não ( . ) às vezes
8. Você acha necessário que sejam desenvolvidas atividades buscando mais participação
da família na escola?
(. ) sim ( . ) não
9. Você conhece os pais de seus alunos? Qual a média?
(. ) não conhece nenhum ( .) 100% dos pais ( . ) 50% ( . ) 30% ( .) 15%
10. Cite 3 atividades que você julgue necessário para melhorar a “Integração da escola
com a família”.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
31
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
QUESTIONÁRIO PARA SUBSÍDIO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
QUESTIONÁRIO 2: PARA PAIS OU RESPONSÁVEIS
Data:___/___/___Idade:____Série______ Grau de parentesco:__________
Gostaria de contar com sua colaboração. Não é preciso identificar, apenas informar
os dados abaixo solicitados, pelo que agradeço.
1. Grau de escolaridade:
Ensino Fundamental: (. ) completo ( . ) incompleto
Ensino Médio: ( . ) completo ( .) incompleto
Ensino Superior: ( . ) completo ( . ) incompleto
(. ) Analfabeto
2. Você participa ou já participou de alguma atividade na escola de seu filho?
( . ) já participei ( . ) nunca participei ( . ) participo sempre ( . ) não tenho tempo 3. Você conhece a escola de seu filho? ( .) sim (. ) não 4. Acompanha as tarefas escolares?
( . ) sim ( . ) não ( .) às vezes 5. Você atende as convocações da escola? ( . ) sim ( . ) não ( .) às vezes 6. Quando é chamado, pelo o professor qual sua atitude? (. ) gosta ( . ) não gosta
7. Você acha importante a participação da Família na escola?
( .) sim ( . ) não ( ) não opinaram
32
8. Você conhece os representantes do colegiado de sua escola? (. ) não conheço ( . ) conheço ( .) não sabiam que tinha colegiados
9. Você sabe qual é o método ou filosofia que a escola utiliza? (. ) sim ( . ) não 10. Você foi convidado a participar do projeto político pedagógico da escola de seu filho? ( .) sim ( . ) não 11. Qual a sua opinião sobre as reuniões marcadas pela escola? ( . ) muito importante ( . ) importante ( .) sem nenhuma importância 12. Como a escola informa das reuniões e suas atividades? ( . ) aluno entrega o bilhete ( . ) aluno não entrega o bilhete ( . ) não recebe nenhuma informação. 13. Gostaria que as reuniões acontecessem? ( .) quinzenal ( ) mensal ( . ) bimestral ( ) trimestral 14. Você participaria das reuniões? ( .) sim ( . ) não 15. Para você o melhor horário para realização das reuniões é: ( .) manhã ( . ) tarde ( ) noite 16. Quais assuntos seriam interessantes e necessários para estarmos conversando nas reuniões? Numere de acordo com sua prioridade.
a) ( ) adolescência
b) ( ) limites e regras
c) (. ) valores
d) (. ) sexualidade
e) (. ) drogas
f) (. ) papel dos pais e professores
g) Escreva outras sugestões sobre temas que gostariam que fossem abordados.
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