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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Análise da Influência do tipo de Arranjo Físico no Sistema de Produção utilizando a Simulação Pesquisa Operacional Modelagem, Simulação e Otimização Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito de avaliação no curso de graduação em Engenharia de Produção na Universidade Estadual de Maringá UEM Aluno: Fernando Parreira Dutra Orientador: Prof. Gilberto Clóvis Antonelli Maringá Paraná Brasil 2014

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Análise da Influência do tipo de Arranjo Físico no Sistema de Produção utilizando a

Simulação

Pesquisa Operacional

Modelagem, Simulação e Otimização

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

requisito de avaliação no curso de graduação em

Engenharia de Produção na Universidade Estadual de

Maringá – UEM

Aluno: Fernando Parreira Dutra

Orientador: Prof. Gilberto Clóvis Antonelli

Maringá

Paraná – Brasil

2014

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Fernando Parreira Dutra

Análise da Influência do tipo de Arranjo Físico no Sistema de Produção utilizando a

Simulação

Este exemplar corresponde à redação final do Trabalho de Conclusão de Curso aprovado

como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Produção da

Universidade Estadual de Maringá, pela comissão formada pelos professores:

_________________________________________________

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Clóvis Antonelli

Departamento de Engenharia de Produção, CTC/DEP

_________________________________________________

Prof. Dr. Manoel Francisco Carreira

Departamento de Engenharia de Produção, CTC/DEP

Maringá - Paraná

2014

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, que

sempre está ao meu lado nos momentos

mais felizes e difíceis da minha vida.

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EPÍGRAFE

“O poder da imaginação é o que muda tudo.”

Autor desconhecido

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha família pelo amor incondicional e ensinamentos à minha pessoa. Agradeço

em especial, meu pai por me incentivar e apoiar durante o curso. Se não fosse você este

trabalho não seria possível. Pai, mãe, amo vocês.

Agradeço também especialmente ao Prof. Dr. Gilberto Clóvis Antonelli por ter aceito me

orientar neste trabalho.

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RESUMO

O Arranjo Físico de um sistema produtivo preocupa-se com o posicionamento físico dos

recursos de transformação. Conhecer o tipo de Arranjo Físico utilizando há simulação como

ferramenta de análise para verificar sua influência no desenvolvimento de um novo Arranjo

Físico é essencial. O modelo analisado foi desenvolvido em uma fábrica de cuecas no ano de

2013 pelas acadêmicas Cinthia Soares Albuquerque e Jaline Akemi K. Katayama no software

de simulação Arena como método de avaliação, e não levou em consideração o Arranjo Físico

do sistema de produção ou normas MTE NR 12 (2013). A partir deste modelo foi

desenvolvido o Arranjo Físico por produto e o Arranjo Físico Celular para o sistema

produtivo. O Arranjo Físico Celular obteve um melhor resultado com (536) peças cortadas,

(434) peças costuradas, (4) peças descartadas e (113) peças produzidas em um dia de trabalho

de 8 horas de simulação. Este Arranjo Físico apresentou um melhor resultado porque há uma

melhor distribuição de carga sobre o sistema produtivo diminuindo no geral a taxa ociosidade

do processo de costura. Como já foi falado são muitas as variáveis a se levar em consideração

em um Arranjo Físico, mas como foi demonstrado é possível ter uma boa perspectiva do

sistema de produção através da simulação levando-se em conta as normas MTE NR 12

(2013).

Palavras-Chave: Arranjo Físico, NR 12, Software de Simulação.

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ABSTRACT

The Physical Arrangement of a production system is concerned with the physical positioning

of the transformation features. Knowing the type of physical arrangement there using

simulation as an analysis tool to check their influence on the development of a new physical

arrangement is essential. The analyzed model was developed in an underwear factory in 2013

by academic Cinthia Smith Albuquerque and Jaline Akemi K. Katayama on Arena simulation

software as the evaluation method, and did not take into account the physical arrangement of

the production system or standards MTE NR 12 (2013). From this model was developed by

the Physical Arrangement product and Physical Arrangement Mobile for the production

system. The Physical Arrangement Mobile got a better result with (536) cut pieces, (434)

workpieces, (4) and discarded parts (113) parts produced in a working day of eight hours of

simulation. The Physical Arrangement presented a better result because there is a better

distribution of load on the production system by decreasing the overall rate of idleness sewing

process. As has been said many variables to consider in a Physical Arrangement, but as has

been shown it is possible to have a good perspective of the production system through

simulation taking into account the standards MTE NR 12 (2013).

Keywords: Physical Arrangement, NR 12, Simulation Software.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9

1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 10

1.3 DEFINIÇÃO E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ...................................................................... 10

1.4 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 10

1.4.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 10

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 10

2.1 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL .......................................................................................... 11

2.2 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO (FUNCIONAL) ............................................................... 12

2.3 ARRANJO FÍSICO CELULAR .............................................................................................. 12

2.4 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO (FLUXO OU LINHA) ......................................................... 12

2.5 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................... 13

2.6 FLEXSIM .......................................................................................................................... 15

2.6.1 O AMBIENTE DE TRABALHO DO FLEXSIM..................................................................... 15

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 18

3.1 ANÁLISE DO MODELO....................................................................................................... 18

3.2 FLUXOGRAMA DO MODELO ............................................................................................. 19

3.3 SIMULAÇÃO ..................................................................................................................... 21

3.3.1 MODELO 1 .................................................................................................................... 22

3.3.2 ANÁLISE DO MODELO 1 ................................................................................................ 24

3.3.3 MODELO 2 .................................................................................................................... 27

3.3.4 ANÁLISE DO MODELO 2 ................................................................................................ 29

4 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 32

5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 33

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1 INTRODUÇÃO

O surgimento da indústria na história da humanidade foi um processo lento, onde no século

XVI ao XVIII os artesões independentes da Idade Média desapareceram e em seu lugar

surgiram os assalariados. Os trabalhadores eram divididos em grupos de acordo com o tipo de

técnica necessária para operar os processos nas maquinas a vapor.

Com o passar do tempo grandes produtos como embarcações e motores a vapor necessitaram

de uma disposição diferente de Arranjo Físico devido à sua inerente dificuldade de

movimentação no setor de produção, logo se notou a necessidade de se fazer ajustes na

sistema para se ter uma melhor produção, no início do século XX o industrial Henry Ford

(1863-1947) desejava executar grandes produções de automóveis com sua empresa Ford

Motor Company, fundada em 1903. Entre 1905 e 1908, inspirado por F. W. Taylor, introduziu

a linha de montagem, implantando a subdivisão do trabalho, a análise dos movimentos e o

sequenciamento das operações. No entanto com o surgimento de novas tecnologias e produtos

ainda era necessário melhorar o sistema de produção como um todo nas empresas para

diminuir movimentações, melhorar a qualidade, diminuir o tempo de produção de seus

produtos, facilitar comunicação entre as pessoas envolvidas na operação e etc. Uma das

principais vantagens de um arranjo físico bem distribuído é permitir o melhor desempenho

dos funcionários e dos equipamentos fazendo com que o trabalho flua de forma mais fácil.

Slack et al. (2002) fala que umas das características mais notadas no sistema de produção é o

arranjo físico, pois é este quem determina sua forma e aparência, determina como que os

recursos transformados deslocam-se pela fábrica. Quando o Arranjo Físico propõe mudança,

mesmo que relativamente pequena, pode afetar o fluxo de materiais e pessoas ligadas à

operação, mas como são muitas as variáveis a se levar em conta em um Arranjo Físico, não é

possível afirmar categoricamente qual é mais adequado a determinado tipo de sistema de

produção, mas é possível ter uma perspectiva do sistema através da simulação em um

software.

Um desses software é o Arena que permite que se simule o tempo de processamento de

sistemas de produção, outro que se leva em consideração além do tempo de processamento,

mas também o Arranjo Físico é o FlexSim que tem uma versão paga com vários tipos de

recursos gráfico e modelagem ou na sua versão gratuita com alguns recursos limitados.

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1.2 Justificativa

O Arranjo Físico é importante para toda e qualquer empresa, independente do seu tamanho ou

ramo de atividade, entender e visualizar sua influência no sistema de produção é essencial

para se ganhar competividade, qualidade e produtividade no sistema de produção,

aproveitando das vantagens desta técnica de simulação para estimar desempenho; visualizar

através da animação os diferentes tipos de Arranjo Físico e proporcionar uma melhor

percepção de como o sistema funcionaria na realidade. A frase abaixo define bem a sua

importância.

1.3 Definição e delimitação do problema

O estudo pretende mostrar a influência dos tipos de Arranjo Físico no sistema de produção

utilizando a simulação. Esta simulação abordará e analisará um estudo de caso que tiver

informações para sua realização, sendo desenvolvida em um software do FlexSim.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral

Este trabalho tem como intuito utilizar a simulação como ferramenta de análise para verificar

a influência no desenvolvimento de um novo Arranjo Físico.

1.4.2 Objetivos específicos

• Escolher um estudo de caso para fazer vários tipos diferentes de simulação de Arranjo

Físico.

• Mostrar tipos de Arranjo Físico na literatura.

• Mostrar no conceito de Arranjo Físico as normas do Ministério do Trabalho e

Emprego.

• Estudar a ferramenta de simulação.

• Modelar e construir o modelo do sistema escolhido.

• Criar cenários de arranjos para o modelo escolhido.

2 REVISÃO DE LITERATURA

O Arranjo Físico nos sistemas de produção tem várias definições segundo alguns autores,

todas análogas e complementares entre si. Algumas são expostas a seguir:

O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o

posicionamento físico dos recursos de transformação. Colocado de forma

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simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações,

máquinas, equipamentos e pessoal da produção. (SLACK, CHAMBERS E

JOHNSTON, 2002, p. 200).

Moreira (apud, Peinado e Graeml, 2007) afirma que o planejamento de um arranjo físico

significa a tomada de decisões sobre a forma de como serão dispostos os centros de trabalho

que aí devem permanecer.

Stevenson (apud, Peinado e Graeml, 2007) considera que o arranjo físico é a configuração de

departamentos, de centros de trabalho e de instalações e de equipamentos, com ênfase

especial na movimentação otimização, através do sistema, dos elementos aos quais se aplica o

trabalho.

Segundo Oliveira (2012) em seu estudo de caso, propondo a simulação de arranjos físicos por

sistemas computacionais, obteve êxito em diminuir o tempo, espaço e aumentar a

produtividade em uma indústria do setor moveleiro.

Bósoli et al. (2009) em seu estudo de caso utilizou a simulação para a validar projetos de

arranjos físicos, o modelo apresentou melhorias nos indicadores de desempenho analisados,

validando assim o arranjo físico proposto.

Segundo Slack et al. (2002) a maioria dos Arranjos Físicos deriva de apenas quatro tipos

básicos:

• Arranjo físico posicional;

• Arranjo físico por processo;

• Arranjo físico celular;

• Arranjo físico por produto.

2.1 Arranjo Físico Posicional

Na análise de Slack et al. (2002, p.202):

Arranjo físico posicional (também conhecido como arranjo físico de posição

fixa) é, de certa forma, uma contradição em termos, já que os recursos

transformados não se movem entre os recursos transformadores. Em vez de

materiais, informações ou clientes fluírem por uma operação, quem sofre o

processamento fica estacionário, enquanto equipamento, maquinário,

instalações e pessoas movem-se na medida do necessário.

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Segundo Moreira (2012) sua marca principal é a sua baixa produção, por se trabalhar apenas

uma unidade do produto.

Para Corrêa (2007) esse tipo de arranjo físico tem uma eficiência baixa, o que torna comum

que terceirizem grande parte das etapas do processo de agregação de valor a empresas

especializadas em certos tipos de operações.

2.2 Arranjo Físico por Processo (Funcional)

De acordo com Slack et al. (2002, p.203):

Assim chamado porque as necessidades e conveniências dos recursos

transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão

sobre o arranjo físico. No arranjo por processo, processos similares (ou

processos com necessidades similares) são localizados juntos um do outro.

Segundo Moreira (2012) o posicionamento dos equipamentos ou departamentos é um fator

importante, devido ao grande número de pessoas ou materiais.

Para Corrêa (2007) é necessário agrupar recursos com funções ou processo similar, em geral é

usado quando os fluxos que passam pelos setores são muito variados e intermitente.

2.3 Arranjo Físico Celular

Para Slack et al. (2002, p.205): O arranjo físico celular é aquele em que os recursos transformados, entrando

na operação, são pré-selecionados (ou pré-selecionam-se a si próprios) para

movimentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) na qual

todos os recursos transformadores necessários a atender a suas necessidades

imediatas de processamento se encontram. A célula em si pode ser arranjada

segundo um arranjo físico por processo ou por produto.

Segundo Corrêa (2007) o arranjo físico celular tenta aumentar a eficiência do arranjo físico

por processo, sem perder sua desejável flexibilidade na produção. Ele agrupa em famílias

produtos com formato e processo similares para o desenvolvimento deste tipo de arranjo.

2.4 Arranjo Físico por Produto (fluxo ou linha)

Segundo Slack et al. (2002, p.207): O arranjo físico por produto envolve localizar os recursos produtivos

transformadores inteiramente segundo a melhor conveniência do recurso que

está sendo transformado. Cada produto, elemento de informação ou cliente

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segue um roteiro predefinido no qual a sequência de atividades requerida

coincide com a sequência na qual os processos foram arranjados fisicamente.

Segundo Moreira (2012) é mito utilizado quando se requer uma sequência linear das

operações para se produzir um produto ou serviço.

Para Corrêa (2007) esse arranjo tem a lógica de arranjar a posição relativa dos recursos para

que se tenha uma sequência das etapas do processo de produção.

A figura abaixo faz uma análise de volume e variedade na influência do tipo de arranjo a ser

utilizado.

Figura 1: Posição do processo no continuo volume -variedade influência seu arranjo físico e

consequentemente, o fluxo dos recursos transformados.

Fonte: Slack et al. (2002)

2.5 Legislação

Segundo o MTE NR 12 (2013), segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

estabelece as seguintes normas.

12.6 Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de

circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as

normas técnicas oficiais.

12.6.1 As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que

conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte

centímetros) de largura.

12.6.2 As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente

desobstruídas.

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12.7 Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados

em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com

faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando

se tratar de áreas externas.

12.8 Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser

adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a

ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

12.8.1 A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas

características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores

durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a

movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.

12.8.2 As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em

torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de

forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e

manuais, movimentem-se com segurança.

12.9 Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e

equipamentos e das áreas de circulação devem:

a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais

que ofereçam riscos de acidentes;

b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos

e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e

c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.

12.10 As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser

organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa

finalidade.

12.11 As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto

à sua estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem

intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis,

forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental.

12.11.1 A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os requisitos

necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto

elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à

fundação, fixação, amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação

elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de refrigeração.

12.12 Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles

devem possuir travas.

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12.13 As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer

outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de

modo que não ocorra transporte e movimentação aérea de materiais sobre os

trabalhadores.

2.6 FlexSim

Segundo o software do FlexSim (2013, User Manual) O Flexsim é uma ferramenta que fornece feedback quantitativo de uma série

de propostas de soluções que ajuda rapidamente na decisão sobre a melhor

solução. Com animação gráfica realista do Flexsim e relatórios de

desempenho extensivos, pode identificar problemas e avaliar soluções

alternativas em um curto espaço de tempo. Usando Flexsim para modelar um

sistema antes de ser construído, ou para testar políticas operacionais antes de

serem realmente implementadas. Melhorias que anteriormente levou meses

ou anos de experimentação de tentativa e erro para atingir agora pode ser

alcançado em questão de dias e horas usando Flexsim.

2.6.1 O Ambiente de Trabalho do FlexSim

O ambiente de trabalho do FlexSim:

Janela de visualização (Model): Onde serão colocados os objetos da biblioteca de

objetos.

Biblioteca de objetos (Library): Nela estão os recursos disponíveis para a criação dos

modelos;

Barra de ferramentas: Onde são estão os comandos para a criação de um novo modelo,

geração de funções estatísticas ou executar (Run) o modelo construído.

Figura 2: Janela de Visualização do Software FlexSim.

Fonte: FlexSim Software, 2013.

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A seguir se tem uma breve descrição dos principais FixedResources (Recursos fixos).

Source

Ele Cria e libera flowitems, objetos ou pessoas que serão processados, nele pode-se definir o

tempo entre chegadas, horários de chegada, sequência de chegada ou a cor que o objeto terá.

Sink

Recebe e remove flowitems da simulação.

Queue

Armazena temporariamente vários flowitems quando os objetos não podem aceita-lo, ele pode

processar flowitems em lote e recebe flowitems até a sua capacidade máxima especificada for

atingida

Processor

Processa ou força o atraso de um flowitem e chamar os operadores para as operações de setup

ou processamento. Ele pode incorrer em paradas programadas ou não programadas

manipulando um flowitem de cada

Combiner

• Agrupa vários flowitens e todos os objetos viajam juntos como um grupo, uma entrada da

Porta 1 pode ser um “recipiente” para armazenar flowitems de outras portas. Ele pode ter

tempos de processo, uso de recursos, e incorrer em paradas programadas ou não programadas.

Separator

Aceita uma entrada de cada vez e pode ter tempos de processo, uso de recursos, e incorre em

paradas programadas ou não programadas. Ele desembala ou divide um recipiente e faz

cópias de um flowitem.

A seguir tem se uma breve descrição dos principais TaskExecuters (Recursos móveis).

Operator

Os operadores podem ser chamados por objetos a serem utilizados durante a instalação,

transformação ou reparação tempo. Eles vão ficar com o objeto que os chamou até que sejam

liberados. Uma vez liberado, eles podem ir para o trabalho com um objeto diferente se eles

são chamados. Eles também podem ser usados para transportar flowitems entre objetos.

Transporter

O transportador é utilizado principalmente para transportar flowitems a partir de um objeto

para outro. Tem uma empilhadeira que vai elevar a posição de um flowitem se for pegar ou

deixar cair fora de um rack. É também possível realizar vários flowitems de cada vez, se

necessário.

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Dispatcher

O distribuidor é usado para controlar um grupo de transportadores ou operadores. Sequências

de tarefas são enviadas para o despachante de um objeto.

Robot

O robô é um transporte especial que eleva flowitems de seus locais de partida e coloca-los em

seus locais finais. Geralmente, a base do robô não se move. Em vez disso, seis juntas de girar

para mover os flowitems.

Elevator

O elevador é um tipo especial de transporte que se move flowitems para cima e para baixo.

Ele irá automaticamente viajar para o nível onde flowitems precisa ser pego os Flowitems são

animados como eles entrar e sair do elevador. Isso dá uma sensação melhor para a carga e

descarga de tempo do elevador.

Em uma representação mais ampla dos seus recursos pode ser mostrada na árvore do FlexSim,

esta árvore mostra em uma visão macro os recursos disponíveis do software.

Figura 3: Árvore do Flexsim.

Fonte: FlexSim Software, 2013.

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3 METODOLOGIA

Este estudo tem caráter exploratório, com métodos qualitativos e quantificativos, serão

utilizadas a pesquisas bibliográficas nos livros dispostos no acervo da Biblioteca Central da

Universidade Estadual de Maringá, também a biblioteca de TTCs do departamento de

Engenharia de Produção assim como MTE NR 12 (2013) como referência para as NR sobre

Arranjo Físico.

Com o intuito de alimentar o modelo a ser desenvolvido no software FlexSim, será elaborado o

fluxograma da produção para o melhor entendimento do modelo.

No software FlexSim, poderão ser introduzidos os dados coletados, simulando possíveis

modificações e visando verificar influência do tipo de Arranjo Físico no sistema de produção. Por

meio dos relatórios gerados pelo software, serão analisados os dados, procurando assim encontrar

da melhor forma se houve ou não há influência do tipo de Arranjo Físico no sistema de produção.

3.1 Análise do modelo

O modelo selecionado foi criado em 2013, pelas acadêmicas Cinthia Soares Albuquerque e

Jaline Akemi K. Katayama, como método de avaliação da disciplina de Simulação de

Sistemas de Produção, este modelo representa uma fábrica de cuecas com quatro tipos

diferentes, e não levou em consideração o Arranjo Físico da fábrica, o modelo construído no

Arena apenas forneceu o número de funcionários para cada função mostrado na Tabela 1, a

distribuições estatísticas do modelo em minutos mostrado na Tabela 2 e o fluxograma do

processo mostrado na Figura 4 seguido com uma breve descrição de cada etapa.

Tabela 1: Número de funcionários.

Função Número de funcionários disponíveis.

Cortar 3

Costurar 20

Colocar Cordão 1

Colocar Elástico 1

Colocar Botão 1

Colocar Fecho 1

Remate 1

Inspeção 1

Embalar 1

Administrador 1

Auxiliar 1

Fonte: ALBUQUERQUE e KATAYAMA, 2013

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Tabela 2: Distribuições estatísticas e expressões de cada processo.

Processos Distribuição Expressão (Minutos)

Entrada Normal normal(1, 1, 1)

Cortar Normal normal(1, 0.5, 0)

Costurar Uniforme uniform(3, 5, 0)

Colocar Cordão Poisson poisson(2, 0)

Colocar Elástico Poisson poisson(3, 0)

Colocar Botão Poisson poisson(2, 0)

Colocar Fecho Poisson poisson(2, 0)

Remate Poisson poisson(2, 0)

Inspeção Uniforme uniform(2, 4, 0)

Embalar Normal normal(3, 0.5, 0)

Fonte: ALBUQUERQUE e KATAYAMA, 2013

3.2 Fluxograma do Modelo

A primeira etapa para o processo de simulação foi identificar o fluxograma do processo

produtivo feito no Arena para a fábrica de cuecas.

Figura 4: Fluxograma da produção de cuecas.

Fonte: O Autor.

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A seguir está uma descrição dos processos realizados em cada etapa do fluxograma da

produção de cuecas.

Entrada

A etapa inicial do processo onde é lançado matéria prima no sistema para se ter o início da

simulação.

Cortar

Nesta etapa do processo é onde os funcionários fazem o corte no tecido para se ter uma peça

que será costurada, essa etapa tem-se a formação de lotes com 20 peças.

Costurar

Nesta etapa do processo é onde os funcionários fazem a costura das peças que receberam o

acabamento.

Colocar Elástico

Nesta etapa do processo é onde os funcionários colocam o elástico na cueca, esta etapa recebe

50% das cuecas costuradas, as peças seguem individualmente para a próxima etapa.

Colocar Cordão

Nesta etapa do processo é onde os funcionários colocam o cordão na cueca, esta etapa recebe

50% das cuecas costuradas, as peças seguem individualmente para a próxima etapa.

Colocar Botão

Nesta etapa do processo é onde os funcionários colocam o botão na cueca, esta etapa recebe

50% das cuecas vindos do processo de elástico e 50% das cuecas vindos do processo de

cordão, essa etapa tem-se a formação de lotes com 20 peças.

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Colocar Fecho

Nesta etapa do processo é onde os funcionários colocam o fecho na cueca, esta etapa recebe

50% das cuecas vindos do processo de elástico e 50% das cuecas vindos do processo de

cordão, essa etapa tem-se a formação de lotes com 20 peças.

Remate

Essa etapa do processo onde os funcionários fazem o acabamento na cueca retirando pedaços

de linha soltos, esta etapa recebe 50% dos lotes vindos do processo de colocar botão e 50%

dos lotes vindos do processo de colocar fecho.

Inspeção

Essa etapa do processo onde os funcionários fazem a inspeção na cueca onde, 90% são

aprovadas, 7% voltam para serem reparadas nos processos de colocar elástico, colocar cordão,

colocar botão e colocar fecho, e 3% são descartadas.

Embalar

Nesta etapa do processo é onde os funcionários embalam as cuecas prontas para a venda.

Lotes

Nesta etapa inicial do processo Corte são formados lotes de 20 peças para seguirem para o

processo de Costura. Na etapa final de palatização são formado lotes com 50 peças.

3.3 Simulação

Na etapa de simulação, é necessário identificar as variáveis que influenciam o processo,

como, as distancias, e principalmente a escala de tempo para se realizar a simulação, na

Figura 5 verifica-se que o modelo segue o padrão de distância em metros e de tempo em

minutos. O sistema de simulação deverá seguir basicamente o mesmo fluxo observado na

Figura 4.

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Figura 5: Criação do modelo.

Fonte: FlexSim Software, 2013.

3.3.1 Modelo 1

No primeiro modelo criado para a simulação, serão aplicados os dados coletados na Tabela 2,

a partir do modelo do Arena, e as normas MTE NR 12 (2013) que estabelece para as vias

principais de circulação uma distância de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura.

Figura 6: Distancias dos processos.

Fonte: FlexSim Software, 2013.

Na Figura 6 pode-se verificar que a criação do modelo segue os parâmetros estabelecidos de

distância em metros, logo as distancias entre cada processo foi ajustada manualmente

utilizando o software e seguem essa norma.

Assim construindo o primeiro modelo no software de simulação FlexSim considerando o

Arranjo Físico por Produto e as normas MTE NR 12 (2013) que estabelece para as vias

principais de circulação uma distância de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura, é

mostrado na Figura 7 o seu Arranjo Físico por Produto.

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Figura 7: Arranjo Físico por Produto.

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3.3.2 Análise do Modelo 1

O Software FlexSim gera automaticamente um relatório com os dados coletados durante a

simulação, sendo assim, será uma ferramenta muito útil para a análise dos resultados. A

construção deste relatório, é possível graças ao recurso do FlexSim que exibe variáveis na

tela, na expressão que o usuário escolher, cabendo apenas ao autor organizá-las do formato

necessário.

Ao analisar o relatório final da simulação, exibido pelo FlexSim, pode-se perceber alguns

resultados importantes. A utilização de recursos, estava muito abaixo nas etapas iniciais do

processo, conforme é mostrado na Figura 8 pela taxa de ocupação do Processo.

Figura 8: Taxa de ocupação do processo de Corte no Arranjo Físico por Produto.

Logo, o processo fica muito ocioso com apenas esta quantidade de matéria prima que é

disponibilizada em uma jornada de trabalho de 8 horas com um dia de simulação.

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Figura 9: Taxa de ocupação do processo de Costura no Arranjo Físico por Produto.

Observa-se que a maioria das costureiras ficam ociosas. Uma explicação está no fato de o

tempo de corte disponibilizado no modelo selecionado ser bem elevado.

Nos processos mostrados a seguir, Figura 10 e 11 verificam-se que a taxa de ocupação não é

de cem porcento, porque existe uma movimentação das peças durante o transporte de um

processo para outro.

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Figura 10: Taxa de ocupação dos processos de Cordão, Fecho, Botão e Elástico no Arranjo Físico por

Produto.

Figura 11: Taxa de ocupação dos processos de Remate, Inspeção e Embalar no Arranjo Físico por

Produto.

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A quantidade de peças cortadas, costuradas, descartadas e produzidas em um dia de simulação

com 8 horas de trabalho são mostradas na Tabela 3.

Tabela 3: Resultado do Arranjo Físico por Produto.

Cortadas Costuradas Descartadas Produzidas

524 422 5 108

3.3.3 Modelo 2

No segundo modelo criado para a simulação, serão aplicados os dados coletados na Tabela 2,

a partir do modelo do Arena, e as normas MTE NR 12 (2013) que estabelece para as vias

principais de circulação uma distância de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura.

Na Figura 6 pode-se verificar que a criação do modelo segue os parâmetros estabelecidos de

distância em metros, logo as distancias entre cada processo seguem essa norma.

Assim construindo o segundo modelo no software de simulação FlexSim considerando o

Arranjo Físico Celular e as normas MTE NR 12 (2013) que estabelece para as vias principais

de circulação uma distância de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura, é mostrado

na Figura 12 o seu Arranjo Físico Celular.

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Figura 12: Arranjo Físico Celular.

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3.3.4 Análise do Modelo 2

Ao simular o modelo 2, construído pelo FlexSim, pode-se percebe-se também alguns

resultados importantes, exibidos no relatório final da simulação do FlexSim. A utilização de

recursos, estava muito abaixo nas etapas iniciais do processo, conforme é mostrado na Figura

13 pela taxa de ocupação do Processo.

Figura 13: Taxa de ocupação do processo de Corte no Arranjo Físico Celular.

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Figura 14: Taxa de ocupação do processo de Costura no Arranjo Físico Celular.

Observa-se também no Arranjo Físico Celular que a maioria das costureiras ficam ociosas,

mas há uma redução na taxa de ociosidade das costureiras. Uma explicação está no fato de o

tempo de corte disponibilizado no modelo ter diminuído com distribuição de carga sobre o

sistema.

Nos processos mostrados a seguir, Figura 15 e 16 verificam-se que a taxa de ocupação não é

de cem porcento, porque existe uma movimentação das peças durante o transporte de um

processo para outro.

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Figura 15: Taxa de ocupação do processo de Cordão, Fecho, Botão e Elástico no Arranjo Físico Celular.

Figura 16: Taxa de ocupação do processo de Cordão, Fecho, Botão e Elástico no Arranjo Físico Celular.

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A quantidade de peças cortadas, costuradas, descartadas e produzidas em um dia de simulação

de 8 horas de trabalho são mostradas na Tabela 4.

Tabela 4: Resultado do Arranjo Físico Celular.

Cortadas Costuradas Descartadas Produzidas

536 434 4 113

Na Figura 17 se faz uma comparação da produção entre os diferentes tipos de Arranjo Físico

simulados no software de simulação FlexSim levando-se em consideração as normas MTE

NR 12 (2013), e o modelo original do Arena feito pelas acadêmicas ALBUQUERQUE, C. S.

e KATAYAMA, J. A. K.

0

100

200

300

400

500

Arena

A.F. Produto

A.F. Celular

Arena 150 146 2 65

A.F. Produto 524 422 5 108

A.F. Celular 536 434 4 113

Cortadas Costuradas Descartadas Produzidas

Figura 17: Comparação entre os diferentes tipos de Arranjo Físico utilizando a simulação.

O Arranjo Físico Celular mostrou um melhor resultado no sistema produtivo na comparação,

por apresentar uma menor taxa de ociosidade nos processos durante a simulação levando-se

em consideração as normas MTE NR 12 (2013).

4 CONCLUSÃO

Este trabalho focou-se na simulação dos processos produtivos em uma fábrica de cuecas, com

o objetivo de mostrar diferentes tipos de Arranjo Físico e sua influência no sistema de

produção.

Utilizando-se do Software FlexSim de simulação, simulou-se dois diferentes tipos de Arranjo

Físico, mostrando flexibilidade na tomada de decisão sobre Arranjo Físico, de acordo com a

vontade do usuário.

Como é mostrado na Figura 17 há um aumento substancial na produção quando se é levado

em consideração o tipo de Arranjo Físico no sistema de produção, demonstrando que há

alguma influência. O Arranjo Físico Celular apresentou um melhor resultado no sistema

produtivo em geral do que o Arranjo Físico por Produto, porque há uma melhor distribuição

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de carga sobre o sistema produtivo, diminuindo a taxa de ociosidade dos processos. Como já

foi falado são muitas as variáveis a se levar em consideração em um Arranjo Físico, como

setup de máquina, fator humano, ambiental e etc. No entanto como foi demonstrado é possível

ter uma boa perspectiva do sistema de produção através da simulação levando-se em conta as

normas MTE NR 12 (2013).

5 REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, C. S. e KATAYAMA, J. A. K. Simulação de Sistemas de Produção:

Trabalho final de curso. UEM-DEP. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e

documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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