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REGULAMENTO DA INSPEO INDUSTRIAL E SANITRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DECRETO LEI 3.748,DE 12 DE JULHO DE 1993

DIRIO OFICIAL - ESTADO DE SANTA CATARINA - 28.07.93

DECRETO N 3.748, de 12 de julho de 1993 Aprova o Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, usando da competncia privativa que lhe confere o artigo 71, incisos I e III, da Constituio do Estado, DECRETA: Artigo 1: Fica aprovado o Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal, que a este acompanha, de acordo com o Decreto n 30.691, de 29 de maro de 1952, alterado pelo Decreto n 1.255, de 25 de junho de 1962, a Lei n 7.889, de 23 de novembro de 1989 e a Lei Estadual n 8.534, de 19 de janeiro de 1992. Artigo 2: Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Florianpolis, 12 de julho de 1993

Vilson Pedro Kleinubing Leodegar da Cunha Tiscoski Mrio Roberto Cavallazzi

REGULAMENTO DA INSPEO INDUSTRIAL E SANITRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

TTULOI DISPOSIES PRELIMINARES

ARTIGO 1: O presente Regulamento estatui as normas que regulam, em todo o territrio catarinense, a inspeo industrial e sanitria de produtos de origem animal, de acordo com a Lei n 7.889, de 23 de novembro de 1989, Decreto n 30.691, de 29 de maro de 1952, alterado pelo Decreto n 1255, de 25 de junho de 1962 e Lei Estadual n 8.534, de 19 de janeiro de 1992. Pargrafo nico: Os servios a que se refere o Art. 1 sero de responsabilidade da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, que poder delegar sua execuo a empresa pblica. ARTIGO 2: Ficam sujeitos inspeo e reinspeo, previstas neste Regulamento, os animais de abate, o pescado, o leite, o ovo, o mel, a cra de abelha e seus subprodutos derivados. Pargrafo 1: A inspeo a que se refere o presente artigo abrange, a inspeo "ante" e "postmortem" dos animais, o recebimento, manipulao, transformao, elaborao, preparo, conservao, acondicionamento, embalagem, depsito, rotulagem, trnsito e consumo de quaisquer produtos e subprodutos destinados ou no alimentao humana. Pargrafo 2: A inspeo abrange tambm os produtos afins, tais como: coagulantes, codimentos, corantes, conservadores, antioxidantes, fermentos e outros usados na indstria de produtos de origem animal. ARTIGO 3:

A inspeo de que trata o presente Regulamento ser realizada: I - nas propriedades rurais fornecedoras de matrias-primas, destinadas ao preparo de produtos de origem animal; II - nos estabelecimentos que recebem, abatem industrializam seus produtos, bem como as diferentes espcies de aougue, atendidas como tais as fixadas neste Regulamento; III - nos estabelecimentos que recebem o leite e seus derivados para beneficiamento ou industrializao; IV - nos estabelecimentos que recebem o pescado para manipulao ou distribuio ou industrializao; V - nos estabelecimentos que produzem, recebem mel ou cra de abelha para beneficiamento ou distribuio; VI - nos estabelecimentos que produzem ou recebem ovos para distribuio em natura ou para industrializao; VII- nos estabelecimentos localizados nos centros de consumo que recebem, beneficiam, industrializam e distribuem, no todo ou em parte, matria-primas e produtos de origem animal procedentes de estabelecimentos registrados ou relacionados ou de propriedades rurais na sua rea de competncia; VIII- nos portos martimos e fluviais e nos postos de fronteira. ARTIGO 4: A concesso de inspeo pela SAA, para o mercado intra-estadual isenta o estabelecimento de qualquer outra inspeo, industrial ou sanitria. ARTIGO 5: exclusiva a atuao da SAA, ou empresa por ela delegada, na fiscalizao e inspeo de produtos de origem animal elaboradas em estabelecimentos sujeitos a fiscalizao. Pargrafo nico: Na rotulagem dos produtos fiscalizados pela SAA, ficam dispensadas todas as exigncias relativas a indicaes de anlises ou aprovaes prvias. ARTIGO 6;

Entende-se por estabelecimento de produtos de origem animal qualquer instalao ou local onde sejam abatidos ou industrializados animais produtores de carnes, bem como onde sejam recebidos, manipulados, elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados, depositados, acondicionados, embalados e rotulados com finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, o ovo e seus derivados o mel e a cra de abelhas e seus derivados e os produtos utilizados na sua industrializao. ARTIGO 7: A inspeo da S.A.A. se estende s casas atacadistas e varejistas, sem prejuzo da fiscalizao sanitria local, e ter por objetivo: I - reinspecionar produtos de origem animal, destinados ao comrcio intraestadual. II - verificar se existem produtos de origem animal procedentes de outros municpios que no foram inspecionados e infrinjam dispositivos deste Regulamento. ARTIGO 8: O presente Regulamento e atos complementares, sero executados em todo o territrio estadual, podendo os municpios expedir legislao prpria, desde que no colida com esta regulamentao. Pargrafo nico: A inspeo industrial e sanitria em estabelecimentos de produtos de origem animal que fazem comrcio municipal ou intermunicipal se reger pelo presente Regulamento. ARTIGO 9: A Inspeo Estadual ser instalada em carter permanente ou peridico. Pargrafo nico: Tero inspeo estadual permanente: I - os estabelecimentos de carnes e derivados que abatem e industrializam as diferentes espcies animais; II - os estabelecimentos onde so preparados produtos gordurosos;

III - os estabelecimentos que recebem e beneficiam leite e o destinam, no todo ou em parte, ao consumo pblico; IV - estabelecimentos que recebem, armazenam e distribuem o pescado; V - os estabelecimentos que recebem e distribuem ovos; VI - os estabelecimentos que recebem carnes em natureza de estabelecimentos situados no Estado. ARTIGO 10: A inspeo industrial e sanitria de produtos de origem animal, a cargo da SAA, abrange: I - a higiene geral dos estabelecimentos registrados ou relacionados; II - a captao, canalizao, depsito, tratamento e distribuio de gua de abastecimento, bem como a captao, distribuio e escoamento das guas residuais; III - o funcionamento dos estabelecimentos; IV - o exame "ante" e "pos-mortem" dos animais de aougue; V - as fases de recebimento, elaborao, manipulao, preparo, acondicionamento, conservao, transporte e depsito, de todos os produtos e subprodutos de origem animal e suas matrias-primas adicionadas ou no de vegetais; VI - a embalagem e rotulagem de produtos e subprodutos; VII - a classificao de produtos e subprodutos, de acordo com os tipos de padres previstos neste Regulamento ou frmulas aprovadas; VIII- os exames tecnolgicos, microbiolgicos, histolgicos e qumicos das matrias-primas e produtos, quando for o caso; IX - os produtos e subprodutos existentes nos mercados de consumo para efeito de verificao do cumprimento de medidas estabelecidas no presente Regulamento; X - as matrias - primas nas fontes produtoras e intermedirias bem como em trnsito no estado.

XI - os meios de transporte de animais vivos e produtos derivados e suas matrias-primas, destinados alimentao humana.

ARTIGO 11: S podem realizar comrcio intra-estadual os estabelecimentos que funcionam sob inspeo estadual permanente. ARTIGO 12: Os estabelecimentos registrados, que preparam subprodutos no destinados a alimentao humana, s podem receber matrias-primas de locais no fiscalizados quando acompanhados de certificados sanitrios de servios de Defesa Sanitria Animal da regio. ARTIGO 13: Por "carne de aougue" entendem-se as massas musculares maturadas e demais tecidos que as acompanham, incluindo ou no a base ssea correspondente, procedentes de animais abatidos sob inspeo veterinria. Pargrafo 1: Quando destinada elaborao de conservas em geral, por "carne" (matriaprima) devem-se entender as massas musculares despojadas de gorduras, aponevroses, vasos, gnglios, tendes e ossos. Pargrafo 2: Consideram-se "midos" os rgos e visceras dos animais de aougue usados, na alimentao humana (miolos, lnguas, corao, fgado, rins, rmen, retculo), alm dos mocots e rabada. ARTIGO 14: O animal abatido, formado das massas musculares e ossos; desprovido da cabea, mocots, cauda, couro, rgos e vsceras torcicas e abdominais tecnicamente preparados, constitui a "carcaa". Pargrafo 1: Nos sunos a "carcaa" pode ou no incluir a pele, cabea e ps. Pargrafo 2:

A "carcaa" dividida ao longo da coluna vertebral d as "meias carcaas" que, subdivididas por um corte entre duas costelas (varivel segundo hbitos regionais), do os "quartos" anteriores ou dianteiros e posteriores ou traseiros. ARTIGO 15: A simples designao "produto", "subproduto", "mercadoria" ou "gnero" significa, para efeito do presente Regulamento, que se trata de produto de origem animal ou suas matrias-primas. ARTIGO 16: Os servios de Inspeo dever ser exercido por profissional mdico veterinrio, conforme a Lei n 5.517, de 23 de outubro de 1968. ARTIGO 17: Todos os servidores envolvidos na manipulao de alimentos, quer seja no estabelecimento produtor, no carregamento, transporte ou distribuio, devero submeter-se ao que prescrevem os artigos 79, 80, 81, 82, 83 e 84 da Seco I, Captulo III do Decreto Lei 31.455, de 20 de fevereiro de 1987, do Estado de Santa Catarina. Pargrafo 1: Alm do previsto neste artigo, devero os referidos servidores bem como os proprietrios dos estabelecimentos, sero portadores de carteira de sade renovada semestralmente. Pargrafo 2: Os servidores a que se refere o presente artigo, no exerccio de suas funes, ficam obrigados a exibir carteira funcional quando convidados a se identificar. TTULOII CLASSIFICAO DOS ESTABELECIMENTOS ARTIGO 18: A classificao dos estabelecimentos de produtos de origem animal definidos no Artigo ..., abrange: I - os de carne e derivados; II - os de leite e derivados;

III - os de pescado e derivados; IV - os de ovos e derivados; V - os de mel, cra de abelhas e seus derivados; VI - as casas atacadistas ou de produtos de origem animal. CAPTULOI ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS ARTIGO 19: Os estabelecimentos de carnes e derivados so classificados em: I - matadouros-frigorficos; II - matadouros; III - matadouros de pequenos e mdios animais; IV - charqueadas; V - fbricas de conservas; VI - fbricas de produtos sunos; VII - fbricas de produtos gordurosos; VIII- entrepostos de carnes e derivados; IX - fbricas de produtos no-comestveis; X - matadouros de aves e coelhos; XI - entrepostos-frigorficos.

Pargrafo 1: "Matadouro-Frigorfico" o estabelecimento dotado de instalaes completas e equipamento adequado para o abate, manipulao, elaborao, preparo e conservao das espcies de aougue sob variadas formas, com aproveitamento

completo, racional e perfeito, de subprodutos no-comestveis, e que possuam instalaes de frio industrial. Pargrafo 2: "Matadouro" o estabelecimento dotado de instalaes adequadas para a matana, de qualquer que seja a espcie animal de abate, visando o fornecimento de carne em natura ao comrcio interno com ou sem dependncias para industrializao. Dispor, obrigatoriamente, instalaes e aparelhagem para o aproveitamento completo e perfeito de todas as matrias-primas e preparo de subprodutos no comestveis. Pargrafo 3: "Matadouro de Pequenos e Mdios Animais" o estabelecimento dotado de instalaes para o abate e industrializao de: a) sunos; b) ovinos; c) caprinos; d) aves e coelhos, dispondo de frio industrial e, a juzo da SAA, de instalaes para o aproveitamento de subprodutos no-comestveis. Pargrafo 4: "Charqueada" o estabelecimento que realiza matana com o objetivo principal de produzir charque dispondo obrigatoriamente de instalaes prprias para o aproveitamento integral e perfeito de todas as matrias-primas e preparo de subprodutos no-comestveis. pargrafo 5: "Fbrica de Conservas" o estabelecimento que industrializa a carne de variadas espcies de aougue, com ou sem sala de matana anexa, e em qualquer dos casos seja dotado de instalaes de frio industrial e aparelhagem adequada para o preparo de subprodutos comestveis ou no. Pargrafo 6: "Fbrica de Produtos Sunos" o estabelecimento que dispe de sala de matana e demais dependncias, industrializa animais da espcie suna e, em escala estritamente necessria aos seus trabalhos, animais de outras espcies, disponha de instalaes de frio industrial e de aparelhagem adequada ao aproveitamento completo de subprodutos no-comestveis. Pargrafo 7: "Fbrica de Produtos Gordursos" so os estabelecimentos destinados exclusivamente ao preparo de gorduras excluida a manteiga, adicionadas ou no de matrias-primas de origem vegetal.

Pargrafo 8: "Entreposto de Carnes e Derivados" o estabelecimento destinado ao recebimento, guarda, conservao, acondicionamento e distribuio de carnes frescas ou frigorficadas das diversas espcies de aougue e outros produtos animais, dispondo ou no de dependncias anexas para a industrializao, atendidas as exigncias necessrias a juzo da SAA. Pargrafo 9: "Fbrica de Produtos No-Comestveis" o estabelecimento que manipula matrias-primas e resduos de animais de vrias procedncias para o preparo exclusivo de produtos no utilizados na alimentao humana. Pargrafo 10: "Matadouro de Aves e Coelhos" o estabelecimento dotado de instalaes para abate e industrializao de: a) aves e caa de penas, e b) coelhos, dispondo de frio industrial e, a juzo da SAA, de instalaes para o aproveitamento de subprodutos no-comestveis. Pargrafo 11: "Entreposto-Frigorfico" o estabelecimento destinado principalmente estocagem de produtos de origem animal pelo emprego de frio industrial. ARTIGO 20: As fbricas de conservas, as charqueadas e as fbricas de produtos sunos registradas na SAA, podero fornecer carnes frescas ou frigorficadas aos mercados de consumo, desde que a medida atenda aos interesses do Municpio ou da Regio. ARTIGO 21: Na constituio de razes sociais ou denominao de estabelecimentos que industrializam produtos de origem animal a designao frigorfico s pode ser incluida quando plenamente justificada pela explorao do frio industrial. C A P T U L O II ESTABELECIMENTO DE LEITE E DERIVADOS ARTIGO 22:

"Propriedades Rurais" so os estabelecimentos produtores de leite para qualquer finalidade comercial, a saber: I - "fazenda leiteira", assim denominado o estabelecimento localizado, em regra, em zona rural, destinado produo de leite para consumo em natura, do tipo C e para fins industriais; II - "estbulo leiteiro", assim denominado o estabelecimento localizado em zona rural ou suburbana, de preferncia destinado produo e refrigerao de leite para consumo em natura, do tipo "B"; III -"granja leiteira", assim denominado o estabelecimento destinado produo, refrigerao, pasteurizao e engarrafamento para consumo em natura de leite tipo "A". ARTIGO 23: "Posto de refrigerao", se denomina o estabelecimento destinado ao tratamento pelo frio de leite reservado ao consumo ou industrializao. ARTIGO 24: "Estabelecimentos Industriais" so os destinados ao recebimento de leite e seus derivados para beneficiamento, manipulao, fabricao, maturao, embalagem acondicionamento, rotulagem e expedio, a saber: I - "usina de beneficiamento", assim denominado o estabelecimento que tem por fim principal receber, filtrar, beneficiar e acondicionar higienicamente o leite destinado diretamente ao consumo pblico ou a entrepostos-usina; II -"fbrica de laticnios", assim denominado o estabelecimento destinado ao recebimento de leite e de creme, para o preparo de quaisquer produtos de laticnios; III -"entreposto de laticnios", assim denominado o estabelecimento destinado ao recebimento, maturao, classificao e acondicionamento de produtos lcteos, excluido o leite em natureza. CAPTULOIII ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS ARTIGO 25:

Os estabelecimentos destinados ao pescado e seus derivados so classificados em: I - entrepostos de pescados; II - fbricas de conservas de pescado. Pargrafo 1: "Entreposto de Pescado" o estabelecimento dotado de depedncias e instalaes adequadas ao recebimento, manipulao, frigorificao, distribuio e comrcio do pescado, podendo ter anexas dependncias para industrializao e, nesse caso, satisfazendo s exigncias fixadas para as fbricas de conservas de pescado, disponha de equipamento para aproveitamento integral, de subprodutos no-comestveis. Pargrafo 2: "Fbrica de Conservas de Pescado" o estabelecimento dotado de dependncias, instalaes e equipamento adequados ao recebimento e industrializao do pescado por qualquer forma, com aproveitamento integral de subprodutos nocomestveis. CAPTULOIV ESTABELECIMENTOS DE OVOS E DERIVADOS ARTIGO 26: Os estabelecimentos de ovos e derivados so classificados em: I - "Granja Avcola", o local destinado ao recebimento, classificao, ovoscopia, acondicionamento, identificao e distribuio de ovos em natureza, oriundos da prpria granja produtora; II - "Entreposto de Ovos", o estabelecimento destinado ao recebimento, classificao, acondicionamento, identificao e distribuio de ovos em natureza, dispondo ou no de instalaes para sua industrializao. III - "Fbrica de Conservas de Ovos", o estabelecimento destinado ao recebimento e a industrializao de ovos. CAPTULOV

ESTABELECIMENTO DE MEL E CRA DE ABELHAS ARTIGO 27: Os estabelecimentos destinados ao mel e cra de abelhas so classificadas em: I - "Apirio", o estabelecimento destinado produo, extrao, classificao, estocagem e industrializao de mel, cra e outros produtos das abelhas, limitado produo das colmias do seu proprietrio ou associados, que dever ser compatvel com sua capacidade instalada. II - "Entreposto de Mel e Cra de Abelhas", o estabelecimento destinado ao recebimento, classificao e industrializao do mel e da cra de abelhas. CAPTULOVI CASAS ATACADISTAS ARTIGO 28: "Casa Atacadista" o estabelecimento que recebe produtos de origem animal prontos para consumo devidamente acondicionados e rotulados e destinados ao mercado. Pargrafo nico: As casas atacadistas no podem realizar quaisquer trabalhos de manipulao e devem: a) dispor de dependncias apropriadas para a guarda e depsito de produtos que no possam ser estocados com outros; b) dispor, quando for o caso, de cmaras frigorficas apropriadas para a guarda e conservao de produtos perecveis, principalmente frescais, gorduras em geral e laticnios. c) reunir requisitos que permitam sua manuteno em condies de higiene. T T U L O III FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

ARTIGO 29: No ser autorizado o funcionamento de estabelecimento de produtos de origem animal, para explorao do comrcio intraestadual, sem que esteja completamente instalado e equipado com dependncias mnimas, maquinria e utenslios diversos, em face da capacidade de produo. ARTIGO 30: Os estabelecimentos de produtos de origem animal devem satisfazer s seguintes condies bsicas e comuns: I - dispor de rea suficiente para a construo do edifcio ou edifcios principal e demais dependncias; II - dispor de luz natural e artificial abundantes, bem como de ventilao suficiente em todas as depedncias, respeitadas as peculiaridades de ordem tecnolgica; III -possuir pisos convenientemente impermeabilizados, exigindo-se, conforme a natureza do estabelecimento o piso, o endurecido, ladrilhos hidrulicos, lages de pedra reconhecidamente impermeveis e de fcil juno, ou outro material previamente aprovado; os pisos devem ser construidos de modo a facilitar a coleta das guas residuais e sua drenagem para a rede de esgoto; IV- ter paredes e separaes revestidas ou impermeabilizadas, como regra geral at 2m (dois metros) de altura, no mnimo, e, total ou parcialmente quando necessrio, com azulejos de cor clara e em casos especiais, a juzo da SAA, com outro material por ela aprovado; V - possuir forro de material adequado a limpeza em todas as dependncias onde se realizem trabalhos de recebimento, manipulao e preparo de matrias-primas e produtos comestveis; VI- dispor de dependncias e instalaes mnimas para industrializao, conservao embalagem e depsito de produtos comestveis, separadas por paredes das destinadas ao preparo de produtos no-comestveis; VII- dispor de mesas de ao inoxidvel para os trabalhos de manipulao e preparo de matrias-primas de produtos comestveis, montadas em estrutura de ferro, tolerando-se alvenaria de azulejo branco ou mrmore; VIII- dispor de caixas, bandejas ou quaisquer outros recipientes, de ao inoxidvel ou plstico rgidos atxicos, ou tanques, segundo sua

finalidade, que podem ser de alvenaria, convenientemente revestidos de azulejos de cor clara; IX - dispor de rede de abastecimento de gua para atender s necessidades do trabalho industrial e s dependncias sanitrias, e, quando for o caso, de instalaes para o tratamento de gua; X - dispor de gua fria e quente abundantes, em todas as dependncias de manipulao e preparo de produtos, como de subprodutos no-comestveis; XI - dispor de rede de esgoto em todas as dependncias, ligada a tubos coletores e estes ao sistema geral de escoamento, dotada de canalizaes amplas e de instalaes para reteno e aproveitamento de gorduras, resduos e corpos flutuantes, bem como para depurao artificial, de acordo com pescrio do rgo de Defesa Ambiental; XII - dispor de rouparia, vestirios, banheiros privadas, mictrios e demais dependncias necessrias em nmero proporcional ao pessoal, instaladas separadamente para cada sexo, completamente isolados e afastados das dependncias onde so beneficiados produtos destinados alimentao humana; XIII- possuir ptios e ruas pavimentados, bem como reas destinadas secagem de produtos; XIV - dispor de sede para a inspeo estadual que, a juizo da SAA, compreender salas de trabalho, laboratrios, arquivos, vestirios, banheiros e instalaes sanitrias; XV - possuir janelas basculantes e portas de fcil abertura de modo a ficarem livres os corredores e passagens, providas de telas mveis prova de moscas; XVI - possuir instalaes de frio com cmaras e antecmaras necessrias em nmero e com rea suficiente segundo a finalidade e capacidade do estabelecimento; XVII- possuir escadas que apresentem condies de solidez e segurana, construidas de concreto armado, alvenaria ou metal, providas de corrimo e patamares aps cada lance de 20 (vinte) degraus e inclinao de 50 (cinquenta) graus em qualquer dos seus pontos. As escadas em caracol s sero toleradas como escadas de emergncia;

XVIII- possuir elevadores, guindastes ou qualquer outro aparelhamento mecnico que oferea garantia de resistncia, segurana e estabilidade; XIX - dispor de equipamento necessrio e adequado aos trabalhos, obedecidos os rincpios da tcnica industrial, inclusive para aproveitamento e preparo de subprodutos no-comestveis; XX - sero evitadas transmisses. Porm, quando isso no for possvel, devem ser instaladas de forma a no prejudicarem os trabalhos da dependncia, exigindo-se, conforme o caso, que sejam embutidas; XXI - possuir refeitrios convenientemente instalados de acordo com a legislao pertinente; XXII-dispor de dependncias para armazenamento do combustvel usado na produo de vapor; XXIII-dispor de dependncias para administrao, oficinas, depsitos diversos, embalagem, rotulagem, expedio e outras. ARTIGO 31: Tratando-se de estabelecimento de carnes e derivados, deve satisfazer, mais s seguintes condies: I - ser construido em centro de terreno afastado dos limites das vias pblicas, preferentemente 5m (cinco metros) na frente, e com entradas laterais que permitam a movimentao de veculos de transporte; II - ter os seguintes ps-direitos: sala e matana de bovinos - 7m (sete metros), da sangria linha do matambre e da por diante no mnimo 4m (quatro metros); nas demais dependncias o p direito ser fixado por ocasio do exame dos projetos pela SAA. III - dispor de currais, bretes, banheiros, chuveiros pedilvios e demais instalaes para recebimento, estacionamento e circulao de animais, convenientemente pavimentados ou impermeabilizados, com declive para a rede de esgoto, providos de bebedouros e comedouros; IV - dispor de dependncia e instalaes adequadas para necrpsias com forno crematrio anexo, designada, para efeito deste Regulamento em "Departamento de Necrpsias";

V - dispor de locais apropriados para separao e isolamento de animais doentes; VI -dispor, no caso de matadouro-frigorfico, de instalaes e aparelhagem para desinfeco de vages e outros veculos utilizados no transporte de animais; VII- localizar os currais de recebimento de animais, cocheiras, pocilgas, apriscos e outras dependncias, que por sua natureza produzem mau cheiro, o mais distante possvel dos locais onde so recebidos, manipulados ou preparados produtos utilizados na alimentao humana; VIII-dispor, de acordo com a classificao do estabelecimento e sua capacidade, de dependncia de matana, conforme o caso separada para as vrias espcies, de triparia, graxaria para o preparo de produtos gordurosos comestveis e no-comestveis, salsicharia em geral, depsito de salga de couros, salga, ressalga e secagem de carne, seo de subprodutos no-comestveis e depsitos diversos, bem como de cmaras frias proporcionais capacidade do estabelecimento; IX - dispor de aparelhagem industrial completa e adequada, como sejam: mquinas, aparelhos, caminhes, vagonetas, carros, caixas, mesas e outros utilizados em quaisquer das fases do recebimento e industrializao da matria-prima e do preparo de produtos, em nmero e qualidade que satisfaa finalidade da indstria; X - dispor de carros metlicos apropriados, pintados de vermelho e que possam ser totalmente fechados, destinados unicamente ao transporte de matrias-primas e produtos condenados, dos quais constem, em caracteres bem visveis, a palavra "condenados"; XI -possuir instalaes adequadas para o preparo de subprodutos no-comestveis; XII -possuir, de acordo com a natureza do estabelecimento, depsitos para chifres, cascos, ossos, adubos, crinas, alimentos para animais e outros produtos ou subprodutos no-comestveis localizados em pontos afastados dos edifcios onde so manipulados ou preparados produtos destinados alimentao humana; XIII- possuir digestores em nmero e capacidade de acordo com as possibilidades dirias de matana; XIV- dispor, conforme o caso, de instalaes e aparelhagem para o aproveitamento de glndulas de secreo interna e preparo de extratos glandulares;

XV - dispor de caldeiras com capacidade para as necessidades do estabelecimento; XVI- dispor de instalaes de vapor e gua em todas as dependncias de manipulao e industrializao; XVII- dispor de dependncias de industrializao. Pargrafo 1: Em casos especiais, a SAA pode permitir a utilizao de maquinrio destinado ao fabrico de produtos de origem animal no preparo de conservas vegetais, nas quais entretanto, no podem constar impressos ou gravados carimbos oficiais de inspeo previstos neste Regulamento. Pargrafo 2: Mediante delegao do rgo competente, a SAA pode inspecionar produtos vegetais nos estabelecimentos sob inspeo estadual. Neste caso, ser cumprido o presente Regulamento no que for aplicvel. ARTIGO 32: Tratando-se de estabelecimento, de leite e derivados, deve satisfazer mais s seguintes condies: I) - comuns a todos os estabelecimentos: a - estar localizado em pontos distantes de fontes produtoras de mau cheiro; b - dependncias construidas de maneira a se servar desnveis na sequncia dos trabalhos de recebimento, manipulao, fabricao e maturao dos produtos; c - dependncias principais, como as de recebimento de matria-prima, desnatao, beneficiamento, salga, cura, envase e depsito de produtos utilizados na alimentao humana, separadas por paredes inteiras daquelas que se destinam lavagem e esterilizao do vasilhame ou ao preparo de produtos no-comestveis; d - ser construido em centro de terreno, afastado dos limites das vias pblicas, preferentemente 5m (cinco metros) na frente e dispondo de entradas laterais que permitam a movimentao dos veculos de transporte;

e - ter p-direito mnimo de 4,00m (quatro metros) nas dependncias de trabalho; 3m (trs metros) nas plataformas, laboratrios e lavagem do vasilhame; 2,80 (dois metros e oitenta centmetros) nos vestirios e instalaes sanitrias; f - ter as dependncias orientadas de tal modo que os raios solares no prejudiquem os trabalhos de fabricao ou maturao dos produtos; g - dispor de aparelhagem industrial completa e adequada para a realizao de trabalhos de beneficiamento e industrializao, utilizando maquinaria preferentemente conjugada; h - dispor de dependncia ou local apropriado e aparelhado, a juizo da SAA, para a lavagem e desinfeco de vasilhame, carros-tanques e frascos. As fazendas leiteiras, os abrigos rsticos, os postos de recebimento, os postos de desnatao e as queijarias podem ter instalaes simples para gua quente e vapor; i - dispor de depsitos para vasilhame, frascos e embalagens; j - dispor, conforme o caso, de garagem para a guarda de carros-tanques; II) - condies especficas aos diversos estabelecimentos a saber: a - Fazendas Leiteiras: 1- ter boas aguadas e pastagens devidamente tratadas com reas proporcionais ao rebanho; 2 - manter o gado leiteiro em boas condies sanitrias; 3 - dispor de instalaes rsticas indispensveis permanncia do gado durante o trato e o preparo da ordenha; 4 - manter currais limpos, com cercas caiadas, providos de depsitos para a guarda de raes e de local para limpeza do gado, inclusive para emprego de carrapaticidas;

5 - instalar dependncias para ordenha, de construo rstica, porm slida e higinica, com pisos impermeabilizados, tanque com gua corrente, estrados de madeira para vasilhame, dispositivos de conteno durante a limpeza e a ordenha; pode ser simplesmente cercado e dispor ou no de paredes inteiras, possuir cobertura e ter no mnimo 3m (trs metros) de p-direito; b - Estbulo Leiteiro: 1- ter boas pastagens, com rea proporcional ao gado existente, e, quando necessrio, bosques de proteo contra ventos; 2- manter o rebanho leiteiro em boas condies sanitrias e em regime compatvel com a produo do leite; 3- dispor de currais de bom acabamento, com rea proporcional ao gado existente; 4- dispor de estbulo preferentemente retangular, com corredores e passagens indispensveis, com rea correspondente ao nmero de animais a estabular, sendo aconselhvel um para cada grupo de 80 (oitenta) vacas; ter p-direito mnimo de 3m (trs metros); ter piso impermevel revestido de cimento spero, paraleleppedo ou outro material aceitvel com declive no inferior a 2% (dois por cento), provido de caneletas de largura, profundidade e inclinao suficientes; ter ou no muros ou paredes, os quais, quando existentes, impermeabilizados at a altura mnima de 2,00m (dois metros); ter mangedouras de fcil limpeza, de preferncia cimentadas, possuir abastecimento de gua potvel, rede de esgoto e instalaes para o recebimento e tratamento de resduos orgnicos; 5- para produo de leite tipo "B", deve dispor de sala de ordenha nas condies j fixadas; 6- Quando houver estbulo em condies satisfatrias, a SAA poder dispensar a exigncia de sala prpria para ordenha; 7- Quando a refrigerao do leite for feita no estabelecimento, deve existir anexo ao estbulo uma

dependncia adequada, devidamente construida, instalada e aparelhada. 8- Os "estbulos leiteiros" devem, ainda, dispor de instalaes complementares, a saber: silos ou fenis; banheiro ou pulverizador de carrapaticidas; depsitos de forragens com local prprio para preparo de raes, piquete ou compartimento para bezerros, estrumeira distante da sala de ordenha no mnimo 50m (cinqenta metros). c - Granja Leiteira: 1 -estar situada em zona suburbana ou rural, inclusive de municpios prximos e preferentemente nas redondezas dos grandes centros consumidores; 2 - dispor de terreno suficiente com rea proporcional ao rebanho existente, ficando a critrio da SAA a determinao das extenses mnimas destinadas cultura de forrageiras e reas de pastagens e instalaes; 3 -dispor de edificaes localizadas no mnimo a 50m (cinqenta metros) das vias pblicas e de habitaes; - dispor de "sala de ordenha" destinada exclusivamente a esta finalidade, provida de aparelhagem indispensvel em nmero proporcional ao de vagas, instalada como se segue: rea, iluminao e aerao suficientes; p-direito mnimo de 3m (trs metros); forro convenientemente caiado, ou pintado; piso impermeabilizado com ladrilhos hidrulicos, de ferro ou cimento em cores claras com declive que facilite rpida limpeza; paredes revestidas de azulejos claros cermicos at 2m (dois metros) de altura, sendo a parte restante rebocada caiada ou pintada a leo; telas mveis prova de moscas; abastecimento de gua potvel em abundncia, quente e fria; e anpla rede de esgoto com declive que permita o rpido escoamento; 5 -dispor de usina de beneficiamento instalada de acordo com as exigncias deste Regulamento; 6 -dispor de aparelhamento todo de ao inoxidvel nos casos em que for indicado;

7 -dispor de campo ou piquetes com rea mnima de 100m2 (cem metros quadrados) por animal em lactao; 8 - dispor de dependncias para isolamento e tratamento de animais doentes; 9 - reunir os demais detalhes previstos para os estbulos leiteiros. d - Posto de Refrigerao: 1 - ter dependncias de recebimento de piso cimentado ou com ladrilhos de ferro; 2 - ter dependncias e refrigerao, dotada de aparelhagem necessria; 3 - ter dependncia prpria para as mquinas de produo de frio, quando for o caso; 4 - ter dependncia para caldeira; 5 - ter cmara frigorfica e sala de expedio, quando houver necessidade; 6 - Quando se tratar de leite destinado ao consumo em natura, operaes permitidas nos postos de refrigerao so: a filtrao, a refrigerao e o acondicionamento de leite cru. e - Usina de Beneficiamento: 1 - ter dependncia para recebimento da matria-prima; 2 - ter dependncia de beneficiamento para a realizao das operaes de filtrao, pasteurizao, refrigerao, enlatamento, engarrafamento e capsulamento; 3 - ter dependncia de manipulao e fabricao de produtos derivados, inclusive salga e maturao, quando for o caso; 4 - ter cmaras frigorficas, permitindo-se tanques para congelao quando esta prtica for autorizada;

5 - ter dependncias prprias para as mquinas de produo de frio; 6 - ter depsito para vasilhame e utenslios diversos; f - Fbrica de Laticnios: 1. ter dependncia para recebimento da matria-prima; 2. ter dependncia nica para manipulao e fabricao de mais de um produto, quando no houver contra-indicao; 3. ter cmara de salga maturao de acordo com os tipos de queijos fabricados, dotadas de divises para diferentes temperaturas; 4. ter dependncias de acondicionamento, embalagem rotulagem e expedio; 5. ter dependncia para depsito de produtos; 6. ter cmaras frigorficas, obrigatoriamente, nas fbricas que preparem manteigas. g - Entreposto de Laticnios: 1. ter dependncias de recebimento e classificao das matriasprimas e produtos semi-fabricados; 2. ter, quando for o caso, dependncias prprias para enlatamento e empacotamento de manteiga, preparo de queijo fundido, limpeza, maturao, secagem, embalagem de queijo fundido, limpeza, maturao, secagem, embalagem de queijos e cmaras frigorficas. ARTIGO 33: Tratando-se de estabelecimentos destinados ao recebimento e industrializao do pescado, devem satisfazer o seguinte: I - dispor, nos entrepostos, de cmaras frigorficas para estocagem de pescado em temperatura de -15C (menos quinze graus centgrados) a 25C (menos vinte e cinco graus centgrados); II - dispor de dependncias para inspeo sanitria, recebimento, manipulao, classificao e distribuio do pescado; III - dispor de veculos apropriados e isotrmicos; IV - dispor, quando for o caso, de dependncias apropriadas para industrializao. Pargrafo nico:

s fbricas de conservas do pescado obedecero ainda, no que lhes for aplicvel, s exigncias fixadas para os estabelecimentos de carnes e derivados. ARTIGO 34: Tratando-se de estabelecimentos de ovos e derivados, devem satisfazer mais o seguinte: I - dispor de sala ou de rea coberta para triagem dos ovos; II - dispor de dependncia de recebimento dos ovos; III - dispor de dependncias para ovoscopia, exame de fluorescncia da casca e verificao do estado de conservao dos ovos; IV - dispor de dependncia para classificao comercial; V - dispor de cmaras frigorficas; VI - dispor de dependncias para industrializao, quando for o caso. ARTIGO 35: As fbricas de conservas de ovos tero dependncias apropriadas para recebimento e manipulao, elaborao, preparo e embalagem dos produtos. ARTIGO 36: Os estabelecimentos destinados ao mel e cra de abelhas, devem: I - dispor de dependncia de recebimento; II - dispor de dependncias de manipulao, preparo, classificao e embalagem do produto. ARTIGO 37: Os ngulos entre paredes e pisos sero arredondados com o mesmo material de impermeabilizao. Pargrafo nico: proibido o emprego de utenslios em geral (gamelas, bandejas, mesas, carrostanques e outros) com angulosidades ou frestas. ARTIGO 38:

A SAA, quando julgar necessrio, pode exigir dispositivos especiais para regulagem da temperatura e ventilao nas salas de trabalho industrial, depsitos ou cmaras. ARTIGO 39: Os fumeiros sero de material incombustvel, com portas de ferro e providos de lanternins. ARTIGO 40: Nos entrepostos que recebem tripas e nos estabelecimentos industriais, as seces destinadas salga, macerao ou fermentao s podem ser instaladas em lugares afastados das dependncias onde forem manipuladas matrias-primas ou fabricados produtos utilizados na alimentao humana. ARTIGO 41: A construo dos estabelecimentos deve obedecer as exigncias previstas na legislao ordinria do Estado, e municpios, as exigncias de ordem sanitria e industrial previstas neste Regulamento ou atos complementares expedidos pela S.A.A. ARTIGO 42: O funcionamento de estabelecimentos de carnes e derivados s pode ser autorizado dentro do permetro urbano ou suburbano, aps ouvida as autoridades de Sade Pblica e a Prefeitura Municipal. Pargrafo nico: Os atuais estabelecimentos se adequaro s exigncias do presente artigo, ficando obrigados a realizar os melhoramentos e obras necessrios indicados pela SAA, que levar em conta sua finalidade, rea disponvel e possibilidade industrial. ARTIGO 43: Quaisquer outros detalhes sero previstos em cada caso, por ocasio do exame dos projetos de construo, ampliao ou reforma de estabelecimentos ou em instrues expedidas pela SAA. ARTIGO 44:

Qualquer estabelecimento que interrompa seu funcionamento por espao superior a um ano, s poder reiniciar os trabalhos mediante inspeo prvia de todas as dependncias, instalaes e equipamentos. TTULOIV REGISTRO E RELACIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS

ARTIGO 45: Somente podem realizar comrcio intermunicipal com produtos de origem animal, os estabelecimentos registrados na S.A.A.

CAPTULOI REGISTRO E RELACIONAMENTO

ARTIGO 46: Esto sujeitos a registro os seguintes estabelecimentos: I - matadouros-frigorficos, matadouros, matadouros de aves e pequenos animais, charqueadas, fbricas de produtos sunos, fbricas de conservas, fbricas de produtos, entrepostos de carnes e derivados e fbricas de produtos no-comestveis; II - granjas leiteiras, estbulos leiteiros, usinas de beneficiamento, fbricas de laticnios, entrepostos-usinas, entrepostos de laticnios, postos de refrigerao e postos de coagulao; III - entrepostos de pescado e fbricas de conservas de pescado; IV - granjas avcolas entrepostos de ovos e fbricas de conservas de ovos; Pargrafo 1: S podem ser registrados entrepostos de ovos que tenham movimento de 500 (quinhentas) dzias por dia.

Pargrafo 2: Os demais estabelecimentos previstos neste Regulamento sero relacionados. ARTIGO 47: O registro ser requerido SAA, instruindo-se o processo com os documentos indicados em portaria ou instruo por ela emitida.

ARTIGO 48: Nos estabelecimentos de produo de origem animal destinados a alimentao humana considerada bsica, para efeito de registro ou relacionamento, a apresentao prvia de boletim oficial de exame da gua de abastecimento, que deve se enquadrar nos padres microbiolgicos e qumicos seguintes: I - no demonstrar na contagem global, mais de 500 (quinhentos) germes por mililitro; II - no demonstrar, no teste presuntivo para pesquisa de coliformes, maior nmero de germes do que os fixados pelos padres para 5 (cinco) tubos positivos na srie de 10 ml (dez mililitros) e 5 (cinco) tubos negativos nas sries de 1 ml (um mililitro) e 0,1 ml (um dcimo de mililitro) da amostra; III - a gua deve ser lmpida, incolor, sem cheiro e de sabor prprio, agradvel; IV - no conter mais de 500 (quinhentas) partes por milho de slidos totais; V - conter no mximo 0,005g (cinco miligramas) por litro de nitrognio amoniacal; VI - ausncia de nitrognio nitroso e de sulfdrico; VII -no mximo 0,002g (dois miligramas) de nitrognio ntrico por litro; VIII- no mximo 0,002g (dois miligramas) de matria orgnica, por litro; IX - grau de dureza inferior a 20 (vinte);

X - chumbo, menos de 0,1 (um dcimo) de parte por milho; XI - cobre, menos de 3 (trs) partes por milho; XII - zinco, menos de 15 (quinze) partes por milho; XIII- cloro livre, mximo de 1 (uma) parte por milho quando se tratar de guas cloradas e cloro residual mnimo de 0,05 (cinco centsimos) partes por milho; XIV - arsnico, menos de 0,05 (cinco centsimos) partes por milho; XV - fluoretos, mximo de 1 (uma) parte por milho; XVI - selnio, mximo de 0,05 (cinco centsimos) partes por milho; XVII -magnsio, mximo de 0,03 (trs centsimos) partes por milho; XVIII- sulfatos no mximo 0,010 mg (dez miligramas) por litro; XIX - componentes fenlicos, no mximo 0,001 (um milsimo) parte por milho: a - quando as guas revelarem mais de 500 (quinhentos) germes por mililitro, impe-se novo exame de confirmao antes de conden-la. b - mesmo que o resultado da anlise seja favorvel, a SAA pode exigir, de acordo com as circunstncias locais, o tratamento da gua.

ARTIGO 49: Qualquer ampliao, remodelao ou construo nos estabelecimentos registrados ou relacionados, tanto de suas dependncias como instalaes, s pode ser feita aps aprovao prvia dos projetos. ARTIGO 50: No ser registrado o estabelecimento destinado produo de alimentos para consumo humano, quando situado nas proximidades de outro que, por sua natureza, possa prejudic-lo.

ARTIGO 51: Apresentados os documentos exigidos neste Regulamento, o chefe de Servio de Fiscalizao mandar vistoriar o estabelecimento, para apresentao do competente laudo, a ser organizado de acordo com instrues aprovadas pela SAA. ARTIGO 52: Autorizado o registro, uma das vias das plantas e dos memoriais descritivos arquivada na SAA e a outra entregue ao interessado. ARTIGO 53: Satisfeitas as exigncias fixadas no presente Regulamento, a SAA autorizar a expedio do "TTULO DE REGISTRO", dele constando o nmero do registro, nome da firma, classificao do estabelecimento, localizao (Estado, Municpio, Cidade, Vila e Povoado), e outros detalhes necessrios. ARTIGO 54: A SAA determinar a inspeo peridica das obras em andamento de estabelecimentos em construo ou remodelao, tendo-se em vista o plano aprovado. Pargrafo nico: A cada vistoria realizada, ser cobrada uma taxa, a ser determinada pela SAA, com a finalidade de ressarcir os custos de deslocamento da equipe. ARTIGO 55: A S.A.A divulgar projetos de orientao para construo dos diversos tipos de estabelecimentos de produtos de origem animal, bem como planos, oramentos e outros detalhes. ARTIGO 56: Em instrues expedidas pela SAA, sero baixadas as normas prprias ao processamento de registro dos estabelecimentos, bem como as de transferncia de propriedades e seu funcionamento. ARTIGO 57:

O relacionamento requerido a SAA e o processo respectivo deve obedecer o mesmo critrio estabelecido para o registro dos estabelecimentos no que lhes for aplicvel.

ARTIGO 58: So relacionadas as fazendas leiteiras, os apirios, os entrepostos de mel e cra de abelhas e as casas atacadistas, fixando-se, conforme o caso, as mesmas exigncias para os demais estabelecimentos.

CAPTULOII TRANSFERNCIA DE REGISTRO E RELACIONAMENTO

ARTIGO 59: Nenhum estabelecimento registrado ou relacionado pode ser vendido ou arrendado sem que, seja efetuada a competente transferncia de responsabilidade do registro ou relacionamento para a nova firma. Pargrafo 1: No caso do comprador ou arrendatrio se negar a promover a transferncia, deve ser feita, pelo vendedor ou locador imediata comunicao escrita SAA, esclarecendo os motivos da recusa. Pargrafo 2: As firmas responsveis por estabelecimentos registrados ou relacionados durante as fases do processamento da transao comercial devem notificar aos interessados na compra ou arrendamento a situao em que se encontram, em face das exigncias deste Regulamento. Pargrafo 3: Enquanto a transferncia no se efetuar, continua responsvel pelas irregularidades que se verifiquem no estabelecimento a firma em nome da qual esteja registrado ou relacionado. Pargrafo 4:

No caso de o vendedor ou locador ter feito a comunicao a que se refere o pargrafo 1, e o comprador ou locatrio no apresentar dentro do prazo de no mximo trinta dias os documentos necessrios transferncia respectiva, cassado o registro ou relacionamento do estabelecimento, o qual s ser restabelecido depois de cumprida a exigncia legal. Pargrafo 5: Adquirido o estabelecimento, por compra ou arrendamento dos imveis respectivos e realizada a transferncia do registro ou relacionamento, anterior a nova firma obrigada a cumprir a todas as exigncias formuladas ao responsvel anterior, sem prejuzo de outras que venham a ser determinadas.

ARTIGO 60: O processo de transferncia deve obedecer, no que lhe for aplicvel, ao mesmo critrio estabelecido para o registro ou relacionamento. ARTIGO 61; Tratando-se de estabelecimentos reunidos em grupo e pertencentes mesma firma, ser respeitada, para cada um, a classificao que lhe couber, dispensando-se apenas a construo isolada de dependncias que possam ser comuns. TTULOV HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

ARTIGO 62: Todas as dependncias e equipamentos dos estabelecimentos devem ser mantidos em condies de higiene antes, da realizao dos trabalhos industriais e, depois deles, as guas servidas e residuais tero destino conveniente, de acordo com o rgo de defesa do meio ambiente. ARTIGO 63: O maquinrio, carros, tanques, vagonetas, caixas, mesas e demais materiais e utenslios sero convenientemente marcados, de modo a evitar qualquer confuso entre os destinados a produtos comestveis e os usados no transporte ou depsito

de produtos no-comestveis ou, ainda, utilizados na alimentao de animais, usando-se as denominaes comestveis e no-comestveis. ARTIGO 64: Os pisos e paredes, assim como o equipamento ou utenslios usados na indstria, devem ser lavados diariamente e convenientemente desinfetados, neste caso pelo emprego de substncias previamente aprovadas pela S.A.A. ARTIGO 65: Os estabelecimentos devem ser mantidos livres de moscas, mosquitos, baratas, ratos, camundongos, quaisquer outros insetos ou animais, agindo-se cautelosamente quanto ao emprego de venenos cujo uso s permitido nas dependncias no destinadas manipulao ou depsito de produtos comestveis e mediante conhecimento da Inspeo Estadual. No permitido para os fins deste artigo o emprego de produtos biolgicos.

Pargrafo nico: proibida a permanncia de ces, gatos e outros animais estranhos no recinto dos estabelecimentos. ARTIGO 66: O pessoal que manipula produtos condenados ou trabalha em necrpsias, fica obrigado a desinfetar as mos, instrumentos e vesturios com anti-spticos apropriados. ARTIGO 67: proibido fazer refeies nos locais onde se realizam trabalhos industriais, bem como depositar produtos, objetos e material estranho finalidade da dependncia ou ainda guardar roupas de qualquer natureza. ARTIGO 68: proibido fumar em qualquer dependncia dos estabelecimentos, bem como praticar qualquer ato que transgrida as normas de higiene. ARTIGO 69:

Os pisos e paredes de currais, bretes, mangueiras e outras instalaes prprias para guarda, pouso e conteno de animais vivos ou depsito de resduos industriais devem ser lavados e desinfetados tantas vezes quantas necessrias com gua de cal ou outro desinfetante apropriado autorizado pela S.A.A. ARTIGO 70: As caixas de sedimentao de substncias residuais devem ser frequentemente inspecionadas e convenientemente limpas. ARTIGO 71: Durante a fabricao, no embarque ou nos transportes, os produtos devem ser conservados ao abrigo de contaminaes de qualquer natureza. ARTIGO 72: proibido empregar na coleta embalagem,transporte ou conservao de matrias-primas e produtos usados na alimentao humana vasilhame de cobre, zinco, barro, ferro estanhado, com liga que contenha mais de 2% (dois por cento) de chumbo ou apresente estanhagem defeituosa ou de qualquer utenslio que, pela sua forma e composio, possa prejudicar as matrias-primas ou produtos. ARTIGO 73: Sempre que fique comprovada a existncia de dermatoses de doenas infectocontagiosas ou repugnante, e de portadores indiferentes de salmonelas em qualquer pessoa que exera atividade industrial no estabelecimento, ela imediatamente afastada do trabalho, cabendo a Inspeo Estadual comunicar o fato autoridade de sade pblica.

ARTIGO 74: Os continentes j usados, quando destinados ao acondicionamento de produtos utilizados na alimentao humana, devem ser previamente inspecionados, condenando-se os que aps terem sido limpos e desinfetados por meio de vapor e substncia permitida, no forem julgados em condies de aproveitamento. Pargrafo nico:

Em caso algum permitido o acondicionamento de matrias-primas e produtos destinados alimentao humana em carros, recipientes ou continentes que tenham servido a produtos no-comestveis. ARTIGO 75: proibido manter em estoque, nos depsitos de produtos, nas salas de recebimento, de manipulao, de fabricao e nas cmaras frias ou de cura, material estranho aos trabalhos da dependncia. ARTIGO 76: No permitido residir no corpo dos edifcios onde so realizados trabalhos industriais de produtos de origem animal. ARTIGO 77: Sero diariamente limpos e convenientemente desinfetados os instrumentos de trabalho. Pargrafo nico: Os estabelecimentos devem ter em estoque desinfetantes aprovados para uso nos trabalhos de higienizao de dependncias e equipamento. ARTIGO 78: As cmaras frias devem corresponder s mais rigorosas condies de higiene, iluminao e ventilao e devero ser limpas e desinfetadas pelo menos uma vez por ano. ARTIGO 79: Nos estabelecimentos de leite e derivados obrigatria a rigorosa lavagem e esterilizao do vasilhame antes de seu retorno aos postos de origem. ARTIGO 80: Nas salas de matana e em outras dependncias a juzo da SAA obrigatria a existncia de vrios depsitos de gua com descarga de vapor para esterilizao de facas, ganchos e outros utenslios.

TTULOVI

OBRIGAES DAS FIRMAS

ARTIGO 81: Ficam os proprietrios de estabelecimentos obrigados a: I - observar e fazer observar todas as exigncias contidas no presente Regulamento; II - fornecer pessoal necessrio e habilitado, bem como material adequado julgado indispensvel aos trabalhos de inspeo, inclusive acondicionamento e autenticidade de amostras para exames de laboratrio; III - fornecer at o dcimo dia til de cada ms, subsequente ao vencido, os dados estatsticos de interesse na avaliao da produo, industrializao transporte e comrcio de produtos de origem animal, bem como as guias de recolhimento da taxa de inspeo sanitria, devidamente quitadas pela repartio arrecadadora; IV - dar aviso antecipado de 12 (doze) horas, no mnimo, sobre a realizao de quaisquer trabalhos nos estabelecimentos sob Inspeo Estadual permanente, mencionando sua natureza e hora de incio e de provvel concluso; V - avisar, com antecedncia, da chegada de gado e fornecer todos os dados que sejam solicitados pela Inspeo Estadual; VI - fornecer armrios, mesas, arquivos, mapas, livros e outro material destinado Inspeo Estadual, para seu uso exclusivo; VII - fornecer material prprio, utenslios e substncias adequadas para os trabalhos de coleta e transporte de amostras para laboratrio, bem como para limpeza, desinfeco e esterilizao de instrumentos, aparelhos ou instalaes; VIII - manter locais apropriados, a juzo da Inspeo Estadual, para recebimento e guarda de matrias-primas procedentes de outros estabelecimentos sob Inspeo Estadual, ou de retorno de centros de consumo, para serem reinspecionados bem como para sequestro de carcaas ou partes de carcaa, matrias-primas e produtos suspeitos;

IX - fornecer substncias apropriadas para desnaturao de produtos condenados quando no haja instalaes para sua transformaoa imediata; X - fornecer instalaes, aparelhos e reativos necessrios, a juzo da Inspeo Estadual, para anlise de matrias ou produtos no laboratrio do estabelecimento; XI - manter em dia o registro do recebimento de animais e matriasprimas, especificando procedncia e qualidade, produtos fabricados, sada e seu destino; XII - manter pessoal habilitado na direo dos trabalhos tcnicos do estabelecimento; XIII - dar aviso com antecedncia sobre a chegada ou recebimento de barcos pesqueiros ou de pescados. Pargrafo nico: Os proprietrios de estabelecimentos registrados ou relacionados so obrigados a manter livros para escriturao de matrias-primas oriundas de outros pontos para serem utilizadas, no todo ou em parte, na fabricao de produtos e subprodutos no-comestveis. ARTIGO 82: Os estabelecimentos de leite e derivados com volume de matria-prima para beneficiamento ou industrializao, igual ou superior a 10.000 (dez mil) litros dirios, devem ter na direo dos trabalhos especialistas em indstrias de laticnios, diplomados em Escola de Veterinria ou outros cursos superiores com especialidade reconhecida por lei. Pargrafo nico: Nos estabelecimentos de laticnios de menor produo, admitir empregados habilitados em fbrica-escola de laticnios do pas ou do estrangeiro. ARTIGO 83: Todos os estabelecimentos devem registrar diariamente , em livros prprios e mapas, fornecidos pela S.A.A, as entradas e sadas de matrias-primas e produtos de laticnios. Pargrafo 1:

Tratando-se de matria-prima ou produtos de laticnios procedentes de outros estabelecimentos sob Inspeo Estadual, deve ainda a firma anotar nos livros e mapas indicados a data de entrada, o nmero de guia de embarque ou certificado sanitrio, a qualidade, quantidade e nmero de registro ou relacionamento do estabelecimento remetente. Pargrafo 2: Os estabelecimentos de leite e derivados ficam obrigados a fornecer, a juzo da S.A.A, uma relao atualizada de fornecedores de matria-prima, com os respectivos endereos, quantidade mdia dos fornecimentos e nome da propriedade rural.

TTULOVII INSPEO INDUSTRIAL E SANITRIA DE CARNES E DERIVADOS CAPTULOI INSPEO "ANTE-MORTEM"

ARTIGO 84: Nos estabelecimentos subordinados Inspeo Estadual permitida a matana de bovdeos, equdeos, sunos, ovinos, caprinos e coelhos, bem como das diferentes aves domsticas usadas na alimentao humana. ARTIGO 85: Por ocasio da chegada de animais, a Inspeo Estadual deve verificar os documentos de procedncia e julgar as condies de sade do lote. Pargrafo 1: Qualquer caso suspeito implica exame clnico do animal ou animais incriminados, procedendo-se, quando necessrio, ao isolamento de todo o lote e aplicando-se as medidas prprias de policia sanitria animal que cada caso exigir.

Pargrafo 2: Todas as vezes que, pelo adiantado da hora ou ausncia de funcionrio responsvel por tal servio, houver animais para ingressar nos estabelecimentos, este ingresso s permitido em depsito parte, exclusivamente destinado, a essa finalidade, designado "depsito de chegada". Os animais a introduzidos s podem ser retirados depois de inspecionados. ARTIGO 86: Quando houver suspeita de carbnculo hemtico, alm de medidas j estabelecidas, Inspeo Estadual cabe proceder como segue: I - observar por 48 (quarenta e oito) horas, se no fim desse perodo no ocorrerem novos casos, permitir, no final da matana, o sacrifcio de todo o lote;

II - ocorrendo novos casos, determinar o isolamento de todo o lote e aplicar soro anti-carbunculoso, permanecendo os animais em observao pelo tempo que a Inspeo Estadual julgar conveniente, sendo que no mnimo devem decorrer 21 (vinte e um) dias depois da ltima morte ou da aplicao do soro para sacrifcio de qualquer animal ou lote; III- determinar a limpeza e desinfeco das dependncias e locais onde estiveram em qualquer momento, esses animais, compreendendo a remoo e queima de toda a palha, esterco e demais detritos e imediata aplicao, em larga escala, de uma soluo de soda a 5% (cinco por cento) ou de outro desinfetante especificamente aprovado pela S.A.A. ARTIGO 87: A administrao dos estabelecimentos fica obrigada a tomar as medidas mais adequadas, no sentido de serem evitados maus tratos aos animais pelos quais responsvel desde o momento de seu desembarque. Pargrafo nico: proibido, no desembarque ou movimentao de animais, o uso de instrumentos pontiagudos ou de quaisquer outros que possam lesar o couro ou a musculatura. ARTIGO 88:

proibida a matana de qualquer animal que no tenha permanecido pelo menos 24 (vinte e quatro) horas para os poligstricos e 6 (seis) horas para os monogstricos em descanso, jejum e dieta hdrica nos depsitos do estabelecimento. Pargrafo 1: O perodo de repouso pode ser reduzido, quando o tempo de viagem no for superior a 2 (duas) horas e os animais procedam de campos prximos, mercados ou feiras, sob controle sanitrio permanente. O repouso, porm, em hiptese alguma deve ser inferior a 6 (seis) horas. Pargrafo 2: Em tais casos, a autoridade sanitria do ponto de partida deve fornecer um documento mencionando claramente as condies de sade dos animais. Pargrafo 3: O tempo de repouso, de que trata este artigo, pode ser ampliado todas as vezes que a Inspeo julgar necessrio. ARTIGO 89: Apesar do exame por ocasio da chegada ao estabelecimento, os lotes so ainda examinados no dia do abate.

Pargrafo 1: O exame de que trata este artigo ser realizado pelo mesmo veterinrio encarregado da Inspeo Final na sala de matana. Pargrafo 2: Qualquer caso suspeito implica exame clnico do animal ou animais incriminados, procedendo-se de acordo com as medidas estabelecidas neste Regulamento. ARTIGO 90: Nenhum animal, lote ou tropa pode ser abatido sem autorizao da Inspeo Estadual.

ARTIGO 91: Deve ser evitada, a juzo da Inspeo Estadual a matana de: I - fmeas em estado adiantado de gestao (mais de dois teros do tempo normal da gravidez); II - animais caquticos; III - animais com menos de 30 (trinta) dias de vida extra-uterina; IV - animais que padeam de qualquer enfermidade que torne a carne imprpria para consumo. ARTIGO 92: As fmeas em gestao adiantada ou de parto recente, no-portadoras de doena infecto-contagiosa, podem ser retiradas do estabelecimento para melhor aproveitamento. Pargrafo 1: As fmeas de parto recente s podem ser abatidas no mnimo 10 (dez) dias depois do parto, desde que no sejam portadoras de doena infecto-contagiosa, caso em que so julgadas de acordo com o que o presente Regulamento prescreve. Pargrafo 2: As fmeas que abortarem s podem ser abatidas no mnimo 10 (dez) dias depois do aborto, desde que no sejam portadoras de doena infecto-contagiosa, caso em que so julgadas de acordo com o que prescreve o presente Regulamento. ARTIGO 93: Animais com sintomas de paralisia "post-partum" e de "doena de transporte" so condenados. Pargrafo nico: permitido reter animais nas condies deste artigo para tratamento.

ARTIGO 94: proibida a matana em comum de animais que no ato de inspeo "antemortem" sejam suspeitos das seguintes zoonoses: I - artrite infecciosa; II - babesioses; III - bruceloses; IV - carbnculo hemtico; V - carbnculo sintomtico; VI - coriza gangrenosa; VII - encefalomielites infecciosas; VIII- enterites septicmicas; IX - febre aftosa; X - gangrena gasosa; XI - linfangite ulcerosa; XII - metro-peritonite; XIII - mormo; XIV - para tuberculose; XV - pasteureloses XVI - pneumoenterite; XVII - peripneumonia contagiosa (no constatada no pas); XVIII- doena de Newcastle; XIX - peste bovina (no existe no pas); XX - peste suna; XXI - raiva e pseudo-raiva (doena de Aujezsky);

XXII - ruiva; XXIII-ttano; XXIV-tularemia (no existe no pas); XXV- tripanosomases; XXVI-tuberculose. Pargrafo 1: Nos casos comprovados de peste bovina, peripneumonia contagiosa, carbnculo hemtico, ruiva e mormo os animais so imediatamente sacrificados no "Departamento de Necrpsias", os cadveres devem ser incinerados ou transportados em aparelhagem apropriada, aplicando-se as medidas de defesa sanitria animal em vigor. Cabe Inspeo Estadual levar a ocorrncia ao conhecimento da autoridade regional, esclarecendo a procedncia dos animais e a zona por eles percorrida pelos mesmos de modo a serem prontamente tomadas medidas sanitrias aconselhveis.

Pargrafo 2: No caso de qualquer outra doena contagiosa no prevista no presente artigo, o sacrifcio tambm feito em separado, para melhor estudo das leses e verificaes complementares para diagnstico. ARTIGO 95: No caso das doenas referidas no artigo anterior, os animais do respectivo lote ou tropa devem ficar em observao por prazo varivel, a juzo da Inspeo Estadual, tendo-se em vista a doena e seu perodo normal de incubao. ARTIGO 96: So condenados os bovinos atingidos de anasarca, quando apresentem edema extenso e generalizado. Pargrafo nico: Quando o anasarca no for generalizado, o animal abatido em separado.

ARTIGO 97: Os animais levados ao abate, para controle de provas de tuberculinizao, so sacrificados em separado, no matadouro sanitrio, no fim da matana. ARTIGO 98: Sunos hipermunizados para preparo de soro contra a peste suna s podem entrar em estabelecimento quando acompanhados de documento oficial da Defesa Sanitria Animal, no qual se ateste que a hiperimunizao ficou concluida pelo menos h 15 (quinze) dias. ARTIGO 99: S ser permitido o abate de sunos no castrados com at 180 dias procedentes de granjas credenciadas pela ABCS e destinados avaliao de carcaas (Circ. 047/88). ARTIGO 100: Quando o exame "ante-mortem" constatar casos isolados de doenas nocontagiosas, que por este Regulamento impliquem condenao total do animal, ele abatido no "Departamento de Necrpsias". ARTIGO 101: Quando o exame "ante-mortem" constatar casos isolados de doenas nocontagiosas, que por este Regulamento permitam aproveitamento condicional do animal, ele abatido no fim da matana ou do matadouro sanitrio.

ARTIGO 102: So condenados os bovinos, ovinos e caprinos que no exame "ante-mortem" revelem temperatura retal igual ou superior a 40,5C (quarenta e meio graus centgrados); so tambm condenados os sunos com temperatura igual ou superior a 41C (quarenta e um graus centgrados), bem como as aves com temperatura igual ou superior a 43C (quarenta e trs graus centgrados). Pargrafo nico: So condenados os animais em hipotermia.

ARTIGO 103: A existncia de animais mortos ou cados em vages, currais ou em qualquer dependncia da fbrica, deve ser imediatamente levada ao conhecimento da Inspeo Estadual para providenciar a necrpsia ou sacrifcio, bem como determinar as medidas que se fizerem necessrias. ARTIGO 104: Quando a Inspeo Estadual autorizar o transporte de animais mortos ou moribundos para o "Departamento de Necrpsias", deve-se usar veculo especial, apropriado, impermevel, que permita desinfeco logo aps sua utilizao. Pargrafo 1: Quando houver suspeita de doena infecto-contagiosa, feito tamponamento das aberturas naturais antes do transporte de modo a ser evitada a disseminao das secrees e excrees. Pargrafo 2: Confirmada a suspeita, o cadver incinerado ou esterilizado pelo calor em aparelhagem prpria. Pargrafo 3: Findos os trabalhos de necrpsias, devem ser rigorosamente desinfetados, alm do veculo utilizado no transporte, o piso da sala, todos os instrumentos e objetos que entraram em contato com o cadver. ARTIGO 105: A Inspeo Estadual levar ao conhecimento superior os resultados de necrpsias que evidenciarem doenas infecto-contagiosas, remetendo o material para controle de diagnstico aos laboratrios regionais ou aos laboratrios da Defesa Sanitria Animal reservando, porm, elementos de contraprova. ARTIGO 106: O lote ou tropa, no qual se verifique qualquer caso de morte natural, s ser abatido depois do resultado da necrpsia. ARTIGO 107: A direo do estabelecimento obrigada a fornecer diariamente, Inspeo Estadual, dados referentes aos animais entrados, detalhando procedncia,

espcie, nmero, meio de conduo utilizado hora de chegada. Para tal fim, existir um impresso, designado "Mapa do Movimento de Animais", onde constar tambm o estoque existente nos currais, campos de repouso e outros locais.

CAPTULOIIMATANA SECOI MATANA DE EMERGNCIA ARTIGO 108: Matana de emergncia o sacrifcio imediato de animais apresentando condies que exijam essa providncia. Pargrafo nico: Devem ser abatidos de emergncia os animais doentes, agonizantes, com fraturas, contuso generalizada, hemorragia, hipo ou hipertemia, decbito forado, sintomas nervosos e outros estados, a juzo da Inspeo Estadual. ARTIGO 109: Sempre que haja suspeita de processo septicmico, a Inspeo Estadual lanar mo do exame bacteriolgico, principalmente quando houver inflamao de intestinos, mamas, tero, articulaes, pulmes, pleura, peritnio ou leses supuradas e gangrenosas. ARTIGO 110: proibida a matana de emergncia na ausncia de funcionrio da Inspeo Estadual. ARTIGO 111: So considerados imprprios para consumo os animais que, sacrificados de emergncia, se enquadrem nos casos de condenao previstos neste Regulamento ou por outras razes justificadas pela Inspeo Estadual.

Pargrafo nico

Sempre que os animais abatidos de emergncia apresentem, logo aps a morte, carne com reao francamente cida, as carcaas sero consideradas imprprias para consumo. ARTIGO 112: Animais que tenham morte acidental nas dependncias do estabelecimento, desde que imediatamente sangrados, podero a juizo da Inspeo Estadual, ser aproveitados. Pargrafo nico: Nesses casos, a Inspeo Estadual se louvar na riqueza em sangue da musculatura e na colorao vermelho-escura de todos os rgos, considerar os fenmenos congestivos das vsceras, sobretudo fgado e tecido subcutneo; verificar se a face interna do couro ou pele est normalmente mida, louvando-se ainda na verificao da congesto hiposttica; verificar se a ferida de sangria tem ou no seus bordos infiltrados de sangue; levar em conta a colocao da parede abdominal e odor que se exala no momento da eviscerao, alm de outros sinais e informes que venha a obter, para julgar se a sangria foi ou no realizada a tempo.

SEOII MATANA NORMAL

ARTIGO 113: S permitido o sacrifcio de bovdeos por insensibilizao seguida de imediata sangria. Pargrafo 1: facultado o sacrifcio de bovinos de acordo com preceitos religiosos (jugulao cruenta). Pargrafo 2: Os estabelecimentos que venham a abater equdeos usaro o mesmo processo indicado para bovdeos. ARTIGO 114:

Os suinos podem ser sacrificados por inciso dos grandes vasos sanguneos do pescoo ou por puno direta no corao, aps insensibilizao. ARTIGO 115: Os ovinos, caprinos e coelhos sero sacrificados por inciso dos grandes vasos do pescoo (jugulao cruenta). ARTIGO 116: As aves aps insensibilizao, podem ser sacrificadas por qualquer dos seguintes processos: I - inciso das jugulares, atravs da boca, seguida de destruio da medula alongada quando se pretende realizar a depenagem a seco; II - inciso das jugulares, externamente; III - provocando-se uma ferida de sangria de cada lado do pescoo, pela insero de um instrumento perfurocortante. Pargrafo nico: proibido o sacrifcio de aves por deslocamento da cabea ou por qualquer processo que no provoque efuso de sangue. ARTIGO 117: O emprego de qualquer outro processo de matana depende de autorizao da S.A.A. ARTIGO 118: A sangria deve ser completa e de preferncia realizada com o animal suspenso pelos membros traseiros. Pargrafo nico: Nenhuma manipulao pode ser iniciada antes que o sangue se tenha escoado ao mximo possvel. ARTIGO 119: As aves podem ser depenadas por qualquer dos seguintes processos: I - a seco;

II - aps escaldagem na gua em temperatura entre 82 e 90C (oitenta e dois - noventa graus centgrados), pelo tempo necessrio; III- aps escaldagem na gua, em temperatura entre 53C - 55C (cinquenta e trs e cinquenta e cinco graus centgrados), pelo tempo necessrio, seguida ou no de imerso das aves em substncias adesivas (cra parafina, betume ou misturas prontas, destinadas a essa finalidade). Pargrafo nico: Qualquer outro processo depende de autorizao da S.A.A. ARTIGO 120: obrigatria a pelagem e raspagem de toda a carcaa de suino pelo prvio escaldamento em gua quente, sempre que deva ser entregue ao consumo com o pelo; a operao depilatria ser completada a mo e as carcaas sero lavadas convenientemente antes de evisceradas. ARTIGO 121: A eviscerao deve ser realizada sob as vistas de funcionrios da Inspeo Estadual, em local que permita pronto exame das vsceras, com identificao perfeita entre estas e as carcaas. Pargrafo 1: Sob pretexto algum pode ser retardada a eviscerao Pargrafo 2: A Inspeo Estadual agir com rigor no caso de carcaas contaminadas por fezes no momento da eviscerao, aplicando as medidas preconizadas no captulo "Inspeo post-mortem". ARTIGO 122: A cabea, antes de destacada do corpo, deve ser marcada para permitir fcil identificao com a respectiva carcaa procedendo-se do mesmo modo relativamente s vsceras. ARTIGO 123: Pode ser permitida, excepcionalmente, nos casos de consumo imediato, a insuflao de vitelos, ovinos e caprinos, desde que empregado ar convenientemente purificado.

ARTIGO 124: Antes de atingir a sala de matana, os animais devem passar por um chuveiro e por um banheiro de asperso, provido de chuveiros superiores e lateriais.

CAPTULOIIIINSPEO "POST - MORTEM"

SEOIGENERALIDADES - BOVDEOS

ARTIGO 125: A inspeo "post-mortem" consiste no exame de todos os rgos e tecidos, abrangendo a observao a apreciao de seus caracteres externos, sua palpao e abertura dos gnglios linfticos correspondentes,alm da cortes sobre o parnquima dos rgos, quando necessrio.

ARTIGO 126: A inspeo "post-mortem" de rotina deve obedecer seguinte seriao: I - observao dos caracteres organolpticos e fsicos do sangue por ocasio da sangria e durante o exame de todos os rgos; II - exame de cabea, msculos mastigadores, lngua, glndulas salivares e gnglios linfticos correspondentes; III - exame da cavidade abdominal, rgos e gnglios linfticos correspondentes; IV - exame da cavidade torxica, rgos e gnglios linfticos correspondentes;

V - exame geral da carcaa, serosas e gnglios linfticos cavitrios, inframusculares, susperficiais e profundos acessveis, alm da avaliao das condies de nutrio e engorda do animal. ARTIGO 127: Sempre que a Inspeo Estadual julgar necessrio, as carcaas de suinos sero reexaminadas por outro funcionrio, antes de darem entrada nas cmaras frigorficas ou serem destinadas ao tendal. ARTIGO 128: Devem ser sempre examinados, aps inciso, os gnglios inguinais ou retromamrios, os ilacos, os pr-crurais, os pr-escapuladores e os pr-peitorais. Pargrafo 1: Nas espcies ovina e caprina, a simples palpao dos pr-escapulares e prcurais constitui a norma geral, praticando-se incises sempre que necessrio, para esclarecimento de anormalidade percebida na apalpao. Pargrafo 2: As aves, cujo sistema linftico apresente formaes ganglionares (palmpedes em geral) devem ser examinadas. ARTIGO 129: Todos os rgos, inclusive os rins, sero examinados na sala de matana imediatamente depois de removidos das carcaas, assegurada sempre a identificao entre rgos e carcaas. ARTIGO 130: Toda carcaa, partes de carcaa e rgos com leses ou anormalidades que possam torn-los imprprios para o consumo, devem ser convenientemente assinalados pela Inspeo Estadual e diretamente conduzidos ao "Departamento de Inspeo Final"onde sero julgados aps exame completo.

Pargrafo 1:

Tais carcaas ou partes de carcaa no podem ser subdivididas ou removidas para outro local sem autorizao expressa da Inspeo Estadual. Pargrafo 2: As carcaas, partes e rgos condenados ficam sob custdia da Inspeo Estadual e sero conduzidos a graxaria, atravs de chutes ou carros especiais, acompanhados por um de seus funcionrios Pargrafo 3: Todo o material condenado fica tambm sob custdia da Inspeo Estadual no "Departamento de Sequestro", quando no possa ser inutilizado no prprio dia da matana. ARTIGO 131: As carcaas julgadas em condies de consumo so assinaladas com os carimbos previstos neste Regulamento, por funcionrio da Inspeo Estadual. ARTIGO 132: Em hiptese alguma permitida a remoo, raspagem ou qualquer prtica que possa mascarar leses antes do exame da Inspeo Estadual. ARTIGO 133: Depois de aberta a carcaa ao meio, sero examinados o externo, as costelas, as vrtebras e a medula espinhal. ARTIGO 134: O couro de animais condenados por qualquer doena contagiosa, bem como ou couros que eventualmente tenham tido contato com eles, sero desinfetados por processos previamente aprovados pela SAA e sob as vistas da Inspeo Estadual. ARTIGO 135: Abcessos e leses supuradas - Carcaas, partes de carcaa ou rgos atingidos de abcesso ou de leses supuradas, devem ser julgados pelo seguinte critrio: I - localizado, circunscrito de pequena extenso, superficial, sem reparao no rgo ou carcaa; - retirada do abcesso, sem contaminao do rgo ou carcaa;

- liberao do rgo ou carcaa; II - localizado, circunscrito, mas de maior extenso, no superficial, com repercusso ou no no go ou carcaa; - retirada do abcesso sem contaminao a carcaa; - condenao rgo ou parte da carcaa; III- mltiplo em um s rgo ou em parte da carcaa, excetuado o pulmo, sem repercusso ganglionar ou no estado geral da carcaa; - retirada de regio lesada sem contaminao; - condenao do rgo ou parte da carcaa; IV - mltiplos, no-profundos, na superfcie externa da carcaa e sem comprometimento da mesma ou da cadeia ganglionar; - retirada da regio lesada, sem contaminao das partes no atingidas; - aproveitamento condicional para charque; V - circunscrito ou mltiplo em um s rgo ou em parte da carcaa com repercusso no estado geral de carcaa; - retirada do abcesso ou regio lesada, sem contaminao das partes no atingidas; - condenao do rgo lesado, aproveitamento condicional da carcaa para conserva; VI - mltiplo no pulmo sem repercusso no estado geral da carcaa; - condenao total do rgo; - aproveitamento condicional da carcaa-conserva. VII - mltiplo em vrios rgos e partes, repercutindo ou no no estado geral da carcaa. Mltiplo do pulmo com repercusso no estado geral da carcaa. - condenao total para graxaria. ARTIGO 136:

Actinomicose e actinobacilose - Devem ser condenadas para graxaria as carcaas que apresentem leses generalizadas de actinomicose ou actinobacilose, com repercusso no estado geral da carcaa. Pargrafo nico: Faz-se rejeio parcial da carcaa nos seguintes casos: I - processo localizado em um s rgo: - condenao do rgo lesado; - aproveitamento de carcaa; II - leso discreta no maxilar: - retirada da proo afetada; - liberao do rgo lesado; III - leses localizadas nos rgos de eleio e/ou extensas nos pulmes, sem repercusso no estado geral da carcaa: - condenao do rgo lesado; - aproveitamento condicional da carcaa para conserva. ARTIGO 137: Adenite: As adenites localizadas implicam em rejeio da regio que drena a linfa para o gnglio ou glnlios atingidos. ARTIGO 138: Anasarca: Devem ser condenadas as carcaas que no exame "post-mortem" demonstrem edema generalizado.

Pargrafo nico: Nos casos descritos e localizados, basta que se removam e se condenem as partes atingidas. ARTIGOS 139:

Animais novos - Sero condenados animais novos nos seguintes casos: I - quando a carne tem aparncia aquosa, flcida, dilacerando-se com facilidade, podendo ser perfurada sem dificuldade; II - quando o desenvolvimento muscular, considerado em conjunto, incompleto e as massas musculares apresentam ligeira infiltrao serosa ou pequenas reas edematosas; III -quando a gordura perirenal edematosa, de cor amarelo-sujo ou de um vermelho-acinzentado, mostrando apenas algumas ilhotas de gordura. ARTIGO 140: Broncopneumonia vermintica - enfisema pulmonar e outras afeces ou alteraes. Devem ser condenados os pulmes que apresentem localizaes parasitrias (broncopneumonia vermintica), bem como os que apresentem enfisema, aspiraes de sangue ou alimentos, alteraes pr-agnicas ou outras leses localizadas, sem reflexo sobre a musculatura. ARTIGO 141: Brucelose - Devem ser condenadas as carcaas com leses extensas de brucelose. Pargrafo nico: Nos casos de leses localizadas, encaminham-se as carcaas esterilizao pelo calor, ou pasteurizao a critrio da Inspeo Estadual, depois de removidas e condenadas as partes atingidas. ARTIGO 142: Carbnculo sintomtico, anaplasmose, hemoglobinria bacilar dos bovinos, septicemia hemorrgica, catarro malgno epizotico, piroplasmoses, pioemia, septicemia e vacina - So condenadas as carcaas e rgos de animais atacados dessas doenas. ARTIGO 143: Carcaas contaminadas - As carcaas ou partes de carcaa que se contaminarem por fezes durante a eviscerao ou em qualquer outra fase dos trabalhos devem ser condenadas.

Pargrafo 1: Sero tambm condenadas as carcaas, partes de carcaa, rgos ou qualquer outro produto comestvel que se contamine por contato com os pisos ou de qualquer outra forma, desde que no seja possvel uma limpeza completa. Pargrafo 2: Nos casos do pargrafo anterior, o material contaminado pode ser destinado a esterilizao pelo calor, a juizo da Inspeo Estadual, tendo-se em vista a limpeza praticada. ARTIGO 144: Carbnculo hemtico - Devem ser condenadas as carcaas portadoras de carbnculo hemtico, inclusive couro, chifres, cascos, plos, vsceras, contedo intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execuo das seguintes medidas: I - no podem ser evisceradas as carcaas portadoras de carbnculo hemtico; II - quando o reconhecimento ocorrer depois da eviscerao, impe-se imediatamente limpeza e desinfeco de todos os locais que possam ter tido contato com resduos do animal, tais como: serras, ganchos, equipamento em geral, bem como a indumentria dos operrios e qualquer outro material que possa ter sido contaminado; III- uma vez constatada a presena de carbnculo, a matana automaticamente interrompida e imediatamente se inicia a desinfeco; IV - recomenda-se para a desinfeco o emprego de uma soluo a 5% (cinco por cento) de hidrxido de sdio (contendo no mnimo, noventa e quatro por cento deste sal) (a soluo dever ser recente e empregada imediatamente, to quente quanto possvel, tomadas medidas de precauo, tendo em vista sua natureza extremamente custica, deve-se ainda fazer proteger os olhos, sendo prudente ter pronta uma soluo cida fraca de cido actico, por exemplo, para ser utilizada, em caso de queimaduras pela soluo desinfetante); V - pode-se empregar, tambm, uma soluo recente de hipoclorito de sdio, em diluio de 1% (um por cento); VI - a aplicao de qualquer desinfetante exige a seguir abundante lavagem com gua corrente e largo emprego de vapor;

VII- o pessoal que manipulou material carbunculoso, depois acurada lavagem das mos e braos, usar como desinfetante uma loo de bicloreto de mercrio a 1 : 1000 (um por mil), por contato no mnimo durante um minuto; VIII- a Inspeo Estadual ter sempre sob sua guarda quantidade suficiente de hidrxido de sdio e de bicloreto de mercrio; IX - como medida de precauo, todas as pessoas que tiverem contato com material infeccioso sero mandadas ao servio mdico do estabelecimento ou ao servio de Sade Pblica mais prximo; X - todas as carcaas ou partes de carcaas, inclusive couros, cascos, chifres, vsceras e seu contedo, que entrarem em contato com animais ou material infeccioso, devem ser condenados; XI - a gua do tanque de escaldagem de suinos, por onde tenha passado animal carbunculoso, tambm receber o desinfetante, e ser imediatamene removida para o esgoto; o tanque ser por fim convenientemente lavado e desinfetado.

ARTIGO 145: Carnes cansadas (febre de fadiga) - Em todos os casos em que se comprovem alteraes por febre de fadiga, faz-se a rejeio total. Pargrafo nico: No caso de alteraes localizadas e bem circunscritas a um s grupo muscular e depois de negativo o exame microscpico direto, a carcaa ser destinada esterilizao ou pasteurizao a critrio da Inspeo Estadual pelo calor aps remoo e condenao das partes atingidas. ARTIGO 146: Carnes caquticas - So condenadas as carcaas em estado de caquexia. ARTIGO 147: Carnes magras - Animais magros, livres de qualquer processo patolgico, podem ser destinados a aproveitamento condicional (conserva pasteurizao ou salsicharia). ARTIGO 148:

Carnes hidromicas - So condenadas as carcaas de animais que apresentem infiltraes edematosas dos parnquimas ou do tecido conjuntivo. ARTIGO 149: Carnes fermentadas (carnes febris) - Devem ser condenadas as carcaas de animais que apresentem alteraes musculares acentuadas e difusas, bem como quando exista degenerescncia do miocrdio, fgado, rins ou reao do sistema linftico, acompanhada de alteraes musculares. Pargrafo 1: Tambm so condenadas as carcaas em incio de processo putrefativo, ainda que em rea muito limitada. Pargrafo 2: A rejeio ser tambm total quando o processo coexista com leses inflamatrias de origem gstrica ou intestinal e, principalmente, quando se tratar de vitelos, suinos e equdeos.

Pargrafo 3: Faz-se rejeio parcial quando a alterao limitada a um grupo muscular e as modificaes musculares so pouco acentuadas, com negatividade do exame microscpico direto, destinando-se a carcaa esterilizao pelo calor, aps remoo e condenao das partes atingidas. ARTIGO 150: Carnes repugnantes - So assim consideradas e condenadas as carcaas que apresentem mau aspecto, colorao anormal ou que exalem odores medicamentosos excrementiciais, sexuais e outros considerados anormais. ARTIGO 151: Carnes sanguinolentas - Sero condenadas as carcaras desde que a alterao seja consequncia de doenas do aparelho digestivo Pargrafo nico:

Quando as leses hemorrgicas ou congestivas decorrem de contuses, traumatismo ou fratura, a rejeio deve ser limitada s regies atingidas. ARTIGO 152: Carnes responsveis por toxiinfeces - Todas as carcaas de animais doentes, cujo consumo possa ser causa de toxiinfeco alimentar, devem ser condenadas. Consideram-se como tais as que procedem de animais que apresentarem: I - inflamao aguda dos pulmes, pleura, peritnio, pericrdio e meninges; II - gangrena, gastrite e enterite hemorrgica ou crnica; III - septicemia ou pioemia de origem puerperal traumtica ou sem causa evidenciada; IV - metrite ou mamite aguda difusa; V - poliartrite; VI - flebite umbelical; VII - pericardite traumtica ou purulenta; VIII- qualquer inflamao aguda, abcesso ou leso supurada associada a nefrite aguda, degenerescncia gordurosa do fgado, hipertrofia do bao, hiperemia pulmonar, hipertrofia generalizada dos gnglios linfticos e rubefao difusa do couro. ARTIGO 153: Cirrose heptica - Os fgados com cirrose atrfica ou hipertrfica devem ser condenados, exigindo-se neste caso, rigoroso exame do animal no intuito de se eliminar a hiptese de doenas infecto-contagiosas. Pargrafo nico: So tambm condenados os fgados com cirrose decorrente de localizao parasitria. ARTIGO 154: Cisticercose ("Cysticercus bovis") - Sero condenadas as carcaas com infestaes intensas pelo "Cysticercus bovis" ou quando a carne aquosa ou descorada.

Pargrafo 1: Entende-se por infestao intensa a comprovao de um ou mais cistos em incises praticadas em vrias partes da musculatura e numa rea correspondente a aproximadamente a palma da mo. Pargrafo 2: Faz-se rejeio parcial nos seguintes casos: I - quando se verifique infestao discreta ou moderada aps cuidadoso exame sobre o corao, msculos da mastigao, lngua , diafragma e seus pilares, bem como sobre msculos facilmente acessveis, nestes casos devem ser removidas e condenadas todas as partes com cistos inclusive os tecidos circunvizinhos; as carcaas so recolhidas s cmaras frigorficas ou desossadas e a carne tratada por salmora, pelo prazo mnimo de 21 (vinte e um) dias em condies que permitam, a qualquer momento, sua identificao e reconhecimento esse perodo pode ser reduzido para 10 (dez) dias, desde que a temperatura nas cmaras frigorficas seja mantida sem oscilao e no mximo a 1C (um grau centrgrado); II - quando o nmero de cistos for maior do que o mencionado no item anterior, mas a infestao no alcance generalizao, a carcaa ser destinada esterilizao pelo calor; III - podem ser aproveitadas para consumo as carcaas que apresentem um nico cisto j calcificado, aps e condenao dessa parte; Pargrago 3: As vsceras, com exceo dos pulmes, corao e poro carnosa do esfago, e a gordura das carcaas destinadas ao consumo ou refrigerao, no sofrero qualquer restrio, desde que consideradas isentas de infestao. Os intestinos podem ser aproveitados para envoltrio depois de trabalhados como normalmente. Pargrafo 4: Na rotina da inspeo, sero obedecidas as seguintes normas: I - Cabea: Observam-se e incisam-se os masseteres e pterigideos internos e externos. II - Lngua: O rgo deve ser observado externamente, palpado; sero praticados pequenos cortes na sua base neutral quando surgir suspeita

quanto existncia de cistos ou quando encontrados cistos nos msculos da cabea. III - Corao: Examina-se a superfcie externa do corao e faz-se uma inciso longitudinal, da base ponta, atravs da parede do ventrculo esquerdo e do septo interventricular, examinando-se as superfcies de cortes, bem como as superfcies mais internas dos ventrculos. A seguir, praticam-se largas incises em toda a musculatura do rgo, to numerosas quanto possvel desde que j tenha sido verificada a presena de "Cysticercus bovis", na cabea ou na lngua. IV- Inspeo Final: Na inspeo final identifica-se a leso parasitria inicialmente observada e examinan-se sistematicamente os msculos mastigadores, corao, poro muscular do diafragma, inclusive seus pilares, bem como os msculos do pescoo, estendendo-se o exame aos intercostais e a outros msculos, sempre que necessrio, devendo-se evitar tanto quanto possvel, cortes desnecessrios que possam acarretar maior depreciao carcaa. ARTIGO 155: Contuso - Os animais que apresentem contuso generalizada devem ser condenados. Pargrafo nico: Nos casos de contuso localizada, o aproveitamento deve ser condicional (salga, salsicharia ou conserva) a juizo da Inspeo Estadual, depois de removidas e condenadas as partes atingidas. ARTIGO 156: Cisticercose ("C. tenuicollis"), estrongilose, tenase e escaridioses - Estas parasitoses, bem como outras no transmissveis ao homem, permitem o aproveitamento do animal desde que no sejam secundadas por alteraes da carne, apenas rgos e partes afetadas devem ser condenados. ARTIGO 157: Fasciolose - As carcaas de animais portadores de distomatose heptica devem ser condenadas quando houver caquexia consecutiva. Pargrafo nico: Os fgados infestados com distoma sero sempre condenados.

ARTIGO 158: Hidatidose - Podem ser condenadas as carcaas de animais portadores de equinococose desde que, concomitantemente haja caquexia. Pargrafo 1: Os rgos e a partes atingidas sero sempre condenados. Pargrafo 2: Figados portadores de uma ou outra leso de equinococose perifrica, calcificada e bem circunscrita podem ter aproveitamento condicional a juizo da Inspeo Estadual, aps remoo e condenao das partes atingidas.

ARTIGO 159: Esofagostomose - As carcaas de animais portadores de esofagostomose, sempre que haja caquexia consecutiva, devem ser condenadas. Pargrafo nico: Os intestinos ou partes de instestinos podem ser aproveitados, sempre que os ndulos sejam em pequeno nmero e possam ser extirpados. ARTIGO 160: Gestao adiantada, parto recente e fetos - As carcaas de animais em gestao adiantada ou que apresentem sinais de parto recente, podem ser destinadas ao aproveitamento condicional, critrio da Inspeo Estadual, ou esterilizao, desde que no haja evidncia de infeco. Pargrafo 1`: Os fetos sero condenados. Pargrafo 2: A fim de atender hbitos regionais a Inspeo Estadual, pode autorizar a venda de fetos bovinos, desde que demonstrem desenvolvimento superior a 7 (sete) meses, procedam de vacas ss e apresentem bom estado sanitrio. Pargrafo 3:

proibido a estocagem de fetos, bem como o emprego de sua carne na elaborao de embutidos e enlatados. Pargrafo 4: Quando houver aproveitamento de couros de fetos , sua retirada deve ser feita na graxaria. ARTIGO 161: Glndulas mamrias - As glndulas mamrias devem ser removidas intactas. Pargrafo 1: A presena de pus nas mesmas, entrando em contato com a carcaa ou partes da carcaa, determina a remoo e condenao das partes contaminadas. Pargrafo 2: O aproveitamento de glndula mamria para fins alimentcios, pode ser permitido depois de rigoroso exame do rgo; sua retirada da carcaa deve ser feita com o cuidado de manter a identificao de sua procedncia.

Pargrafo 3: As glndulas mamrias portadoras de mastite, bem como as de animais reagentes a brucelose, so sempre condenadas.

ARTIGO 162: Glossites - Condenam-se todas as lnguas portadoras de glossite. Pargrafo 1: Nos casos de leses j completamente cicatrizadas, as lnguas podem ser destinadas salsicharia, para aproveitamento do cozimento e retirada do epitlio. Pargrafo 2:

proibido o enlatamento dessas lnguas, mesmo quando apresentem leses cicatrizadas. ARTIGO 163: Hepatite nodular necrosante - So condenados os fgados com necrose rodular. Pargrafo nico: Quando a leso coexiste com outras alteraes, a carcaa tambm deve ser condenada. ARTIGO 164: Ictercia - Devem ser condenadas as carcaras que apresentem colorao amarela intensa ou amarelo-esverdeada, no s na gordura mas tambm no tecido conjuntivo, aponevroses, ossos, tnica interna dos vasos, ao lado de caracteres de afeco do fgado ou quando o animal no tenha sido bem sangrado e mostre numerosas manchas sanguneas, musculatura e gelatinosa, ou ainda quando revele sinais de caquexia ou anemia decorrentes de intoxicao ou infeco. Pargrafo 1: Quando tais carcaas no revelam caracteres de infeco ou intoxicao e venham a perder a cor normal aps a refrigerao podem ser dadas ao consumo. Pargrafo 2 : Quando, no caso do pargrafo anterior, as carcaas conservam sua colorao depois de resfriadas, podem ser destinadas ao aproveitamento condici