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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIENCIAS APLICADAS ISADORA CONTINI MASSIMINO FUTEBOL FEMININO NA MÍDIA IMPRESSA Limeira 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIENCIAS APLICADAS

ISADORA CONTINI MASSIMINO

FUTEBOL FEMININO NA MÍDIA IMPRESSA

Limeira 2012

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE CIENCIAS APLICADAS

ISADORA CONTINI MASSIMINO

FUTEBOL FEMININO NA MÍDIA IMPRESSA

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado como título de bacharel em Ciências do Esporte à Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas.

Orientador(a) : Profª Drª Marta Fuentes Rojas

Limeira 2011

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA PROF. DR. DANIEL JOSEPH

HOGAN DA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS

M386f

Massimino, Isadora Contini

Futebol feminino na mídia impressa / Isadora Contini Massimino. - Limeira,

SP: [s.n.], 2012.

33 f.

Orientadora: Marta Fuentes Rojas.

Monografia (Graduação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade

de Ciências Aplicadas

1. Esportes. 2. Mulheres. 3. Mídia - Brasil. I. Fuentes-Rojas, Marta. II.

Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Aplicadas. III.

Título.

Título em inglês: Women's Football in the Press Industry. Keywords: - Sports;

- Women's;

- Media – Brazil.

Titulação: Bacharel em Ciências do esporte.

Banca Examinadora: Profª Drª Marta Fuentes-Rojas. Profª Drª Eliana de Toledo. Profª Drª Heloisa Helena Baldy dos Reis.

Data da defesa: 29/12/2012.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família: meus pais, Rosana e Aparecido, e meus irmãos, Ana Carolina, Rafael e Lívia, que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando, incentivando e auxiliando durante todo o meu percurso.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que colaboraram com o desenvolvimento deste

trabalho e contribuíram de alguma forma para que o caminho percorrido

durante todo o curso fosse trilhado da melhor forma.

À minha querida orientadora, Prof. Dra. Marta Fuentes Rojas, que

possibilitou que os objetivos desse projeto fossem atingidos.

A todos os meus professores que, durante todo o período do curso, me

ensinaram, me aconselharam e me apoiaram para que me torna-se uma

pessoa mais consciente do meu papel na sociedade.

Aos meus familiares por compreenderem a importância deste projeto e

os momentos em que estive ausente para o desenvolvimento desta pesquisa.

À colaboração de meus amigos, que mesmo em horas difíceis e com a

distância me ajudaram a fazer um trabalho melhor e em alguns momentos

compreenderem os sacrifícios que fiz para que este trabalho fosse elaborado

da melhor forma possível.

RESUMO

O futebol feminino sempre foi visto como submisso à modalidade masculina. Desde a chegada do futebol com Charles Miller, a modalidade se propagou e desenvolveu de forma rápida, na medida dos interesses da época, desde alienação, desigualdade social até por diversão, facilidade em jogar e unificação étnica e social. Contudo a modalidade feminina não teve a mesma ‘sorte’, desde o inicio da prática por mulheres, as dificuldades de barreiras a serem transpostas eram muito grande, principalmente por contradizerem as regras higienistas da época. Com o passar do tempo o futebol feminino foi se desenvolvendo, a medida que o número de praticantes foi aumentando, a técnica melhorando e a criação de campeonatos oficiais pelas federações, com isso os resultados foram aparecendo e a modalidade sendo reconhecida por muitos. Entretanto mesmo com tudo isso, a modalidade só é bem vista durante os campeonatos e a partir dos seus resultados, principalmente aqui no Brasil em que o primeiro lugar é o que importa. Na mídia impressa o futebol feminino só é abordado em eventos de destaque como os campeonatos oficiais. Este estudo teve por objetivo identificar em periódicos impressos as publicações referentes ao futebol feminino no período de 1990 – 2012, no jornal “O Estado de S. Paulo” no caderno de esporte, Palavras - chave: Esportes; Mulheres; Mídia- Brasil

RESUMEN

El fútbol femenino siempre fue visto como menor a la modalidad masculina. Fue incluido en la sociedad por Charles Miller. Esta modalidad se extendió y desarrollo rápidamente. Por ser un deporte fácil de jugar, permite que personas de diferentes etnias o clases sociales tengan acceso, se caracteriza por ser un deporte de masas que incluye y fuera de esto divierte a toda la populación. En relación a la modalidad femenina, esta no obtuvo la misma suerte, por ser un deporte de grande impacto y reconocido como de hombres, cuando esta modalidad comenzó a ser practicada por mujeres, grandes dificultades y barreras aparecieran se manteniendo algunas de ellas aun se mantienen, tal vez esto explique el poco incentivo y valorización en los medios de comunicación. Con el pasar del tiempo, el futbol femenino fue se desarrollando, mejorando su técnica y aumentando el número de practicantes. Con esto la federación de futbol fue realizando campeonatos, en la medida en que aparecieron los resultados la modalidad fue ganando reconocimiento. En los medios de comunicación el futbol femenino es abordado solo en eventos de destaque como campeonatos oficiales. Este estudio tuvo por objetivo identificar en periódicos impresos las publicaciones sobre el futbol femenino en el periodo de 1990-2012, en el diario “O Estado de S. Paulo”, específicamente en el cuaderno de deporte. Palabras clave: Deporte; Mujeres; Prensa- Brasil,

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Modalidade e tipo de matéria no período de 1990 a 1999.

Tabela 2- Modalidade e tipo de matéria no período de 2000 a 2012

Tabela 3- Totais de acordo com a modalidade e o tipo de matéria

Tabela 4- Assuntos expostos sobre o futebol feminino no período de 1990 -

2012

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 11

2. GÊNERO E O PAPEL DA MULHER.................................................. 13

3. O FUTEBOL COMO PARTE DA CULTURA DO BRASIL................. 16

4. O FUTEBOL FEMININO NA HISTÓRIA DO BRASIL........................ 18

5. METODOLOGIA.................................................................................. 24

6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................................... 25

7. CONCLUSÃO...................................................................................... 30

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 31

10

1 – Introdução.

O futebol é uma prática de esporte reconhecida mundialmente, em todos

os cantos crianças, adolescentes, adultos praticam o futebol, seja para

competir, lazer, reabilitação, prevenção. É um esporte que não é difícil de

identificar quando se está jogando, esta modalidade faz parte da história de

amigos, de escolas, de instituições da vida de muitas pessoas.

No geral, é promovido pelos pais e valorizado aquele que o pratica, uma

modalidade reconhecida e praticada por pessoas do sexo masculino. Nos

tempos atuais se encontram entre os praticantes e profissionais de futebol as

mulheres.

No Brasil, o futebol feminino no inicio foi marcado por controvérsias e

duvidas, em relação à participação das mulheres num espaço eminentemente

masculino. A mulher vista nos estádios para enfeitar as arquibancadas,

passaram a ocupar o espaço masculino dentro de campo. Mesmo atletas os

jogos femininos foram vistos como espetáculo e realizados nas aberturas dos

jogos masculinos.

Alguns estudos datam o primeiro jogo feminino realizado em 1921, em

São Paulo, sendo disputado por jogadoras paulistas e catarinenses.

Organizado em torneios e exibições de gala das mulheres do subúrbio

carioca, incomodando médicos, jornalistas, professores, intelectuais e a própria

população. Nas épocas mais conservadoras, o fato de correr atrás de uma bola

era ir contra o papel de mãe.

Mesmo controvertido, no final da década de 80 o futebol feminino foi

evoluindo tecnicamente, teve um aumento do número de praticantes, foram se

organizando e melhorando a estrutura das competições, e foram surgindo

novas equipes.

Observa-se que ao conquistar um espaço estritamente masculino as

mulheres mudaram o conceito do futebol, mostrando qualidade e

profissionalismo. Mesmo assim, continua restrito a eventos específicos, como

noutras áreas a mulher tem que mostrar o tempo todo capacidade e

competência, para ter reconhecimento.

Esta condição da Mulher e especificamente de sua atuação no mundo

masculino, nos levou a pensar como a mídia escrita apresenta o futebol

11

feminino? Qual é o lugar que esta modalidade ocupa na mídia escrita? Qual é o

lugar da mulher no esporte na visão da mídia escrita?

Atualmente o futebol feminino aparece em eventos e competições

mostrando um excelente desempenho, mas seu aparecimento na mídia parece

não ter a mesma repercussão, talvez isto se deva ao fato do futebol ser uma

modalidade reconhecida como masculina a diferença de outras modalidades.

Este estudo teve como objetivo identificar a partir da mídia escrita,

matérias que abordem o futebol feminino, publicados no jornal “O Estado de

São Paulo” no caderno de esporte, no período de 1990 – 2012 e a partir desse

estudo analisar, o lugar que a mídia impressa coloca o futebol feminino que

permita compreender como esta modalidade é passada para a população a

partir dos interesses da mídia.

Para tanto, apresentamos neste trabalho de conclusão de curso uma

discussão geral da questão do gênero, considerando que a condição da mulher

no esporte e nesta modalidade vista como contestação de uma cultura

“machista” enraizada e identificada pelo futebol.

Igualmente, se discute o futebol como parte da cultura do Brasil, seu

início, desenvolvimento e o papel da mídia na sua propagação, valorização e

na cultura do país, transformando esta modalidade como referência e símbolo

do Brasil.

Em seguida, apresentamos o futebol feminino na história do Brasil,

desde sua origem, seu desenvolvimento da modalidade feminino, assim como,

as barreiras vivenciadas pelas atletas num mundo masculino.

No seguinte passo, apresentamos o caminho metodológico seguido para

a busca das matérias referentes ao futebol feminino, no período escolhido.

Tomando como base os cadernos de esporte, do jornal Estado de S. Paulo.

Assim como, os resultados e discussão das matérias encontradas,

trazendo de alguma forma a percepção da mídia em relação à mulher no

esporte, que sem dúvida influência a visão da população. Finalmente, algumas

considerações finais, que mostra a necessidade de fazer maior

aprofundamento sobre esta questão e mostrando uma visão da mulher que

merece de novos estudos.

2 – Gênero e o Papel da Mulher.

12

Os estudos sobre sexualidade, trouxeram o conceito de gênero para

distinguir a prática sexual dos papéis atribuídos aos sexos (mulher/homem). Ao

mesmo tempo, em que discute o sistema de relações dadas pelos papéis

determinados pelos grupos sociais e estabelecidos ou impostos pela cultura.

Esta vai determinando qual é o papel de homem e da mulher de acordo com o

sistema de relação.

No Brasil, segundo a historiadora D’Incao (1997), as formas de controle

sobre o corpo e a sexualidade feminina, vão cedendo lugar desde a época da

colônia, a uma ideologia da família onde a mulher ganha um papel de

cuidadora e responsável pela esfera privada, já o homem afirma seu papel

publico provedor do grupo familiar.

As formas de controle social se internalizam de tal forma, estabelecendo

o que é da mulher e o que corresponde ao homem, nesses mecanismos de

controle social. A autora citada, afirma que no final do século XIX, essas novas

formas de controle social se encontravam firmemente internalizadas pelas

próprias mulheres, especialmente as da classe média e da elite, que se

dedicavam em tempo integral aos afazeres domésticos, como mães e esposas.

A medicina e a educação contribuíram para fazer com que as mulheres

se tornassem guardiãs do lar, o corpo da mulher ganha no contexto cultural, a

missão da reprodução e a responsabilidade pelo cuidado da prole. Valoriza-se

a elegância e a delicadeza feminina, com isto as práticas de atividades físicas

permitidas para as mulheres se desenvolveram com a idéia da natureza fraca

do corpo e do sistema reprodutivo feminino.

O século XX, trás uma nova abordagem relacionada com o bem-estar

físico das mulheres, promovendo e permitindo algumas formas de atividade

esportiva e exercício físico leve considerado benéfico para a saúde das ‘futuras

mães e esposas’, sem modificar sua delicadeza e feminilidade.

Afirmava em uma matéria de O Globo (1883, p.282):

“As mulheres brasileiras tem medo de que o corpo passe a não corresponder

aos padrões estéticos e simplesmente não fazem os exercícios.”

Nos países de maior desenvolvimento, aparece a mulher ativa,

independente, autônoma. Os laços étnicos e culturais com a Europa, a vinda

de muitas culturas ao Brasil, de alguma forma trouxeram influencias na elite

urbana, gerando contradições e mudando paulatinamente a condição das

13

mulheres e ampliando sua participação em outros espaços, no entanto, sem

perder a sua condição de submissão e responsável pelo cuidado do lar e da

prole.

No processo de conquista os autores afirmam que as mulheres

brasileiras, foram conquistando o espaço público, como trabalhadoras,

profissionais, participantes de movimentos sociais, levantando a bandeira da

saúde e da educação para seus filhos.

Para Bassanezi (1996), as formas hegemônicas de representação da

“Mulher” enfatizavam ainda ‘papéis tradicionais’, identificados para as mulheres

como a família, o casamento e a domesticidade, mesmo com a abertura do

espaço público.

Em relação ás práticas esportivas, as concepções sobre a feminilidade

antes da década de 1970, continuaram exercendo influência contribuindo para

a limitação da prática esportiva das mulheres, de forma importante.

Rosemberg (1995), afirma que na prática corporal prevaleciam

restrições, datadas de 1941 à 1975 em que vigorava o Decreto-Lei 3.199, que

estabelecia as bases da organização dos esportes no Brasil, nesse decreto, se

encontrava incluído um artigo sobre a prática do esporte feminino “às mulheres

não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições da sua

natureza” .

Na mídia escrita Roncaglio (1996), aponta que nos artigos de jornal da

primeira parte do século, publicaram matérias na forma de relatos animados

sobre as aventuras de algumas mulheres esportistas, ressaltando entre outras

questões, a prática corporal diferente, o desafio às normas vigentes e a própria

delicadeza física feminina.

Na modernidade, o mundo esportivo tem incorporado no seu discurso a

luta das mulheres com o objetivo de fazer parte das práticas esportivas e de

alguma forma contestar a sua condição de fragilidade e o controle ao qual tem

sido submetida, se apropriando dos espaços esportivos.

Nessa apropriação dos espaços esportivos, as mulheres atletas, tem tido

que encarar preconceitos, relacionados com as diferenças físicas que as

faziam menos competentes para algumas modalidades do que os homens. Em

alguns casos, a prática do esporte as masculiniza, tornando-as fora do padrão

14

que se espera da mulher e recebendo novos conceitos pejorativos como

“anormal/lésbica”.

Isto tem feito que a mulher atleta se sinta obrigada a adotar uma postura

de defesa e justificativa pela sua opção, tomando cuidado de mostrar ao

público que a prática do esporte não compromete a sua feminilidade. No

entanto, certas modalidades continuam sendo avaliadas pelo gênero, como é o

caso do futebol, a luta e outros.

Adelman (2003), trás no seu estudo uma nova discussão relacionada

com o declínio da condição exclusivamente doméstica da mulher, os padrões

de corporeidade e fragilidade ao sair do espaço doméstico se alteraram,

cedendo espaço a uma mulher mais ativa.

Esta nova condição cria uma nova imagem ideal da mulher, valorizando

a beleza feminina, estabelecendo o corpo ideal, que para conquistá-lo requer

de muito esforço e investimento em tempo e dinheiro, para conseguir um corpo

magro e firme, o que leva as mulheres a uma busca por espaços que criam

novas elites e diferenças sociais.

O esporte tem se tornado para algumas mulheres uma saída para dar

conta da cultura feminina. Ao tornarem-se atletas, as mulheres colocam em

jogo as crenças, os valores e ganham uma luta quando profissionais, para

serem identificadas e reconhecidas como atletas, como forma de ganhar a vida

e não só pelo prazer de praticá-lo.

De todas as formas, a participação da mulher em algumas modalidades

como o futebol, por exemplo, esta conseguindo afirmar-se a capacidade da

atleta, tanto fisicamente apresentando corpos fortes e competentes. Mesmo

assim, a participação esportiva contribui para uma re-significação do corpo e do

papel da mulher, também prevalece uma apropriação da atividade esportiva

que a insiste em enquadrá-la dentro de padrões sociais que reproduzem o

controle (masculino) sobre os corpos das mulheres.

15

3 - O Futebol como parte da Cultura do Brasil

O futebol, sem duvida é um dos esportes mais populares do mundo.

Praticado em centenas de países, todas as pessoas podem praticar, de fácil

acesso e movimenta o interesse não só dos que se encontram dentro do

campo do jogo, como aqueles que o acompanha desde a arquibancada. È um

esporte promovido desde o núcleo familiar, no Brasil faz parte da cultura, e da

formação das crianças. Utilizado como espaço de lazer. Visto atualmente como

um fator de proteção para as crianças e adolescentes.

Diferentes autores, afirmam que o futebol nem sempre foi um jogo de

inclusão ou de caráter social. Este foi trazido por estrangeiros para divertir a

elite branca, a classe média alta com a finalidade de entretenimento dos finais

de semana para alegrar e exercitar os amadores. (DA SILVA, 2006)

Caldas (1990), afirma que não se conhece ao certo os primórdios do

futebol, alguns historiadores encontraram vestígios sobre jogos de bola,

trazidos ao Brasil pelos ingleses, possivelmente pelos marinheiros nas costas

brasileiras ou operários na construção das ferrovias.

O autor relata que no Brasil Charles Miller é considerado o patrono do

futebol. O descreve como filho da aristocracia paulista, de origem inglesa,

estudou no Banister Court School de Inglaterra e jogou pelo Southampton

Football Club do condado de Hampshire, em 1894 retornou e trouxe junto uma

bola de coro e um manual de regras sobre o jogo.

Da Silva (2006) descreve o futebol como é visto e criado no Brasil. O

futebol já era considerado em 1919 como um esporte de massas, mobilizando

milhares de pessoas e esporte popular praticado nas escolas, nas ruas e em

campos improvisados. Como já foi apontado, herdou as tradições aristocráticas

britânicas excluindo pobres, negros e mestiços. Ressalta que esta modalidade

esportiva tomou tamanha força nas diferentes camadas da população

brasileira, tornando-se parte dos processos de democratização da sociedade e

utilizado como espetáculo e elemento de manipulação do Estado.

Contudo esta modalidade veio a diminuir as diferenças sociais, tornou-se

parte do cotidiano das camadas menos favorecidas, de alguma forma

promoveu a ampliação da cidadania, e ate hoje é uma das principais atividades

16

de massa, livre e diversa, que consegue integrar os povos e as pessoas de

diferentes etnias ou classes sociais.

Com o surgimento da mídia escrita ou jornais, os esportes passaram a

fazer parte da pauta, destacando numa seção especifica e relacionado com

situações cotidianas do esporte. As matérias mais frequentes estavam

associada ao esporte ou modalidades que reuniram maior número de publico,

como foi o caso do Turfe, o remo e o futebol.

Os autores afirmam que a relevância destas modalidades dentro do

cenário esportivo e jornalístico pode ser colaborada a partir de registros e

fotografias que ilustraram a cobertura dos eventos. Em geral após competição,

o noticiário, costumava apresentar fotografias de jogadores e torcedores,

tomadas antes o depois da competição.

O futebol, além de ter sido uma modalidade que reúne um grande

número de pessoas, estabelece alianças entre os grupos, torna-se

simbolicamente a representação de uma nação a partir da ajuda da mídia,

colocando-a em espaços de representação da nacionalidade e da identidade

do cidadão, promovendo eventos e melhores estruturas. Sai de um espaço

excludente para a ativação da cidadania onde o futebol passa a ser o esporte

de todos e para todos.

17

4- O Futebol Feminino na História do Brasil

A prática de futebol feminino data desde os anos 70. Marcado por outras

modalidades como futebol de praia, de campo, society e de salão. Circulou por

estas práticas devido à falta de equipes e suas praticantes jogavam nestas

modalidades. Ou seja, a atleta que jogava no campo, também o fazia na areia

ou nas quadras.

Dentro dos fatos históricos que acompanharam o desenvolvimento do

futebol feminino no Brasil, Witter, (1990), afirma que a prática do futebol por

mulheres era vista como nociva à saúde, assim como as primeiras praticantes

foram marginalizadas e estigmatizadas socialmente.

Desde a época de 1940, a ordem médica e resoluções do Conselho

Nacional de Desportos- CND desaconselhavam à mulher a prática de esportes,

de esforços intensos e de contatos violentos. A proibição apoiada no Decreto

de Lei 3.199/1941, revogado em 1979 com a deliberação nº 10 do CND

(MOREL 2001).

A falta de estudos relacionados ao conhecimento fisiológico da mulher

segundo Salles; Silva; Moura (1996) promoveu especulações e originou

preconceitos e barreiras à prática do futebol feminino. Os valores sexistas,

criam e perpetuam as desigualdades do gênero, mantém códigos de conduta

específico do comportamento feminino, desta forma atingindo a prática

esportiva.

As barreiras impostas à mulher trazem uma comparação do rendimento

entre homens e mulheres, injusta. A mídia, ao tentar aproximar do Futebol

Feminino, apostando no espaço de publicidade, de acordo com os autores

citados, foi pouco exitosa por comparar a performance da mulher à

performance do homem, tornando o jogo feminino pouco atrativo.

As principais atletas da geração 1980/1990 apresentavam perfis

‘masculinizados’ conflitantes aos interesses das empresas patrocinadoras, que

buscavam realçar o estilo delicado da mulher.

O Atlas Do Esporte no Brasil (2006) e o site Federation Internationale de

Football Association (FIFA) listam, algumas atividades esportivas realizadas

por mulheres, assim como os decretos e leis que controlam essa prática desde

18

1921, as anotamos aqui por serem marcos de referencia no desenvolvimento

da modalidade:

1921- Jogo realizado em São Paulo-SP, no Tremembé Futebol Clube entre

senhoritas Tremembenses contra senhoritas Cantareirenses.

1941- No Estado Novo (Governo de Getúlio Vargas) elaborou o Decreto Lei

3199 que criou o Conselho Nacional dos Desportos – vigorando até 1975 – e

que trazia, no seu artigo 54, a seguinte orientação, inspirada por

recomendações médicas higienistas, à época: “Às mulheres não se permitirá a

prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”.

O Decreto só foi regulamentado em 1965 pelo Conselho Nacional de

Desportos / Deliberação 7, estipula: “Não é permitida a prática feminina de

lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo,

halterofilismo e baseball”.

1959- O jogo beneficente entre “vedetes” (artistas do teatro de revista) cariocas

e paulistas.

1965- Instruções para entidades que promoviam práticas desportivas através

da deliberação do CND nº. 07/65, vedando a prática de futebol, futebol de

salão, futebol de praia (...) para as mulheres brasileiras.

1976- Uma reportagem do jornal O Globo (11/04/76) do RJ, noticiou a prática

do Futebol de Praia, na praia do Leblon-RJ, que ocorria sempre tarde da noite

em função das jogadoras serem empregadas domésticas. As praticantes, por

simpatia, denominaram os clubes com os nomes Clube de Regatas do

Flamengo e Botafogo Esporte Clube, mas sem vínculos com os tradicionais

clubes cariocas.

1977- O Clube Federal localizado no bairro do Leblon-RJ foi o primeiro clube a

implantar a prática do Futebol Feminino.

1979- Foi revogada a deliberação do CND nº. 07/65 com a deliberação nº.

10/79.

1981- Fundação da Liga de Futebol de Praia Feminino do RJ e a realização do

primeiro evento de Futebol de Praia, na época noticiado nos jornais como: 1º

Campeonato de Futebol de Praia Feminino do RJ; 1º Campeonato Feminino de

Praia; 1º Torneio de Futebol de Praia do RJ; Campeonato Estadual Feminino

de Futebol de Praia.

19

Alguns documentos afirmam que neste ano (81) foi fundada a Liga de

Futebol de Salão Feminino do RJ, e o Esporte Clube Radar do RJ que permitiu

o Futebol Feminino dando visibilidade e repercussão à modalidade.

1982- O Esporte Clube Radar, foi o primeiro clube a excursionar pelos EUA e

América do Sul, e para reforçar a equipe nos amistosos, contou com a fusão de

jogadoras dos clubes Federal e Pump Iron, ambas do RJ.

1983- Realização do 1º Campeonato Carioca de Futebol de Campo Feminino.

A partida final foi entre as equipes do Bangu e do Esporte Clube Radar,

ocorrendo durante o jogo um desentendimento que teve forte repercussão na

mídia, devido à violência do conflito.

Outro fato acontecido no mesmo ano, na presença de aproximadamente

5.000 espectadores por partida, foi realizado, no Rio de Janeiro, o Copertone

Copacabana Beach, que contou com a participação de quatorze clubes,

inclusive com equipes internacionais da França, Portugal e Espanha. Este

evento teve ampla cobertura da imprensa.

Realizou-se a 1ª Taça Brasil de Futebol de Campo, sendo o Esporte

Clube Radar campeão. Em abril o Futebol Feminino é reconhecido no Diário

Oficial como esporte sob resolução do Conselho Nacional Desporto.

Realização do 1º Campeonato de Futebol Feminino da ABRESC-

Campinas.

Realização do 1º Campeonato Campineiro de Futebol Feminino da Liga

Campineira de futebol.

1984- Guarani F.C. Bicampeãs Campineira de Futebol, sendo também vice

campeãs Paulista de futebol do 1º Campeonato Paulista.

1986- O Esporte Clube Radar, excursiona pelo México e pela Itália. Pela

primeira vez na história do Estádio do Maracanã, mulheres fizeram a preliminar

do clássico Flamengo x Fluminense, disputando a final do campeonato carioca

de Futebol de Campo, quando o Esporte Clube Radar sagrou-se tetra campeão

contra a Portuguesa.

1987 - A CBF, estimou nesse ano a existência de mais de duzentos clubes,

com cerca de 40 mil jogadoras. Outro fato inédito em relação à mulher no

futebol é a Helena Pacheco ser a primeira mulher a trabalhar como técnica no

futebol feminino e a ingressar na Associação Brasileira de Técnicos

20

Profissionais, conquistando no Futebol de Campo cinco títulos estaduais e

quatro nacionais, e no Futsal, um título nacional e cinco títulos estaduais.

1988- Por não haver uma seleção brasileira oficial, o Esporte Clube Radar

representou o Brasil jogando nos quatro continentes, inclusive representou o

Brasil no 1º Torneio de Futebol de Campo Feminino realizado na China. A

então existente Liga de Futebol de Salão se dissolve passando as suas

funções para a Federação de Futebol de Salão do Estado do RJ-FFSERJ.

Nos anos 80 o Futebol Feminino ganhou espaço e notoriedade da

impressa e no próprio país. De acordo com o atlas, a sociedade costumava ver

as mulheres nas arquibancadas, assistindo, enfeitando os eventos e

acompanhando os jogadores. No começo o futebol feminino era visto como

espetáculo e as partidas eram realizadas antes das partidas masculinas nos

estádios.

Na medida em que esta modalidade foi mostrando evolução técnica,

aumento do número de praticantes, melhor organização e estrutura nas

competições, surgiram novas equipes, inúmeros campeonatos no futebol de

campo, futsal, futebol society e futebol de areia, inclusive alguns eventos eram

destinados a equipes juvenis.

Mesmo assim, o Futebol Feminino teve seu desenvolvimento

prejudicado, por não contar com um calendário oficial, as atletas migrarem para

outra modalidade, pouco investimento prejudicando as equipes.

1991- Realização do 1º Campeonato Sul Americano de Futebol de Campo em

Maringá-PR, onde o Brasil foi campeão invicto, e do 1º Mundial de Futebol de

Campo na China, quando o Brasil ficou em 9º lugar.

1992- Primeira Taça Brasil de Futebol de Salão Feminino em Mairinque- SP.

Essa competição mantém regularidade até os dias atuais.

1995- 2º Campeonato Sul Americano de Futebol de Campo em Uberlândia-

MG: o Brasil foi bi-campeão invicto. Realização do 2º Mundial de Futebol de

Campo na Suécia, onde o Brasil ficou em 9º lugar. Neste ano, os Jogos do

Interior de Minas-JIMI incluem o Futebol Feminino. Na edição dos JIMI de

2003, 154 equipes femininas de futsal participaram divididas em 12 micro-

regiões de representação. Cada equipe pode inscrever até 20 atletas.

1996 - 1ª edição do Futebol de Campo em Jogos Olímpicos – Atlanta-EUA: o

Brasil ficou em 4º lugar.

21

1998- 3º Campeonato Sul Americano de Futebol de Campo em Mar Del Plata

(ARG): o Brasil sagrou-se tri-campeão invicto.

1999- 3º Mundial de FC nos EUA, onde o Brasil conquistou o 3º lugar,

participando também da Women Gold Cup – CONCACAF e foi vice-campeão.

A expectativa na década de 90, era a consolidação de que se

consolidaria a presença da mulher no futebol devido aos bons resultados nos

campeonatos Sul-Americanos, nos Jogos Olímpicos, e também a implantação

dos campeonatos mundiais pela FIFA. Estes eventos indicavam que haveria

um maior interesse do público, da mídia, bem como de empresas

patrocinadoras. No entanto este crescimento não se confirmou, o aumento no

número de praticantes não provocou o interesse da mídia e nem da população

em geral, que é indispensável para o crescimento e expansão do Futebol

Feminino.

2000- Jogos Olímpicos de Sydney, Austrália: o Brasil colocou-se em 4º lugar.

2002- Primeiro Mundial de Futebol de Campo na categoria SUB-20 no Canadá,

onde o Brasil ficou em 4º lugar. Já no Sul Americano, o país sagrou-se

campeão. Quatro jogadoras brasileiras participaram da WUSA (primeira Liga

Norte-Americana de Futebol Feminino): Delma Gonçalves – Pretinha, Roseli de

Belo, Kátia Cilene Teixeira da Silva e Sisleide Lima do Amor – Sissi. Em São

Paulo, realiza-se o Campeonato Brasileiro de Seleções/2002 Adulto Feminino,

com São Paulo sagrando-se o estado campeão; Paraná em segundo; Minas

Gerais em terceiro e Santa Catarina em quarto lugar.

2003- O Brasil sagrou-se tetra campeão Sul Americano invicto na categoria

adulto, na quarta edição do campeonato; o Brasil tornou-se campeão de

Futebol de Campo nos Jogos Pan Americanos, na República Dominicana.

Realização da Taça Brasil de clubes – feminino, 2003; estados que tiveram

representantes: RS, SP, SC, CE, PA, GO, AM, PR, BA e MT.

2004- Seleção Feminina fica em 4º lugar no mundial sub-20. Seleção Feminina

adulta conquista a prata nos Jogos Olímpicos de Atenas.

2006- Seleção brasileira feminina Sub20 bate Argentina na decisão da Sul

Americano.

2007- O time feminino do Santos conquista pela primeira vez o Campeonato

Paulista, competição organizada, porem sem apoio;

22

O ano em que a seleção feminina encantou o mundo, apesar das ‘derrotas’,

meninas brilharam no Pan e no Mundial Feminino se consagrou vice- campeãs.

2008- Seleção Feminina conquista a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de

Pequim.

Atualmente, segundo a Confederação Brasileira de Futebol, existem no Brasil

cerca de 400 mil mulheres jogando futebol, embora a FIFA estime esta

participação em sete milhões. Em São Paulo, o estado com maior número de

praticantes, há apenas 206 atletas federadas. Na Enciclopédia do Futebol

Brasileiro (2001) em que se inclui um universo de 924 biografias completas dos

jogadores mais importantes de todos os tempos que figuraram no futebol

brasileiro, há apenas seis biografias de jogadoras.

O Futebol Feminino no Brasil depende de: investimentos financeiros,

interesse dos meios de comunicação e de clubes que incentivem a prática,

adoção de um mecanismo de incentivo pelos órgãos dirigentes (Federações e

Confederações), adequação do sistema competitivo à mulher, valorização

profissional das praticantes, entre outros.

Atualmente o Futebol de Campo está desprestigiado, o calendário dos

eventos internos não é regular, gerando um desinteresse das atletas iniciantes

e dos clubes.

O preconceito para com a mulher, praticante do Futebol Feminino tem

sido minimizado pelo desempenho das atletas. Mas, não basta que sejam boas

jogadoras e profissionais, ainda hoje se exige delas beleza e feminilidade, para

que ai sim viabilize o empreendimento.

Os preconceitos e falta de incentivo da mídia em geral, de

patrocinadores e das confederações, que não valorizam e não enxergam

‘retorno’ financeiros na modalidade, obrigando muitas vezes as jogadoras a

saírem do país por falta de opção e de valorização.

Observa-se que o futebol feminino só tem seu espaço e só é valorizado

na época das competições e na conquista de bons resultados, fora isso o

futebol feminino cai no ‘esquecimento’.

23

5 – Metodologia

Este estudo é classificado como estudo documental. De acordo com

Kelly (apud GAUTHIER,1984: 296): Trata-se de um método de coleta de dados

que elimina, ao menos em parte, a eventualidade de qualquer influência –

presença ou intervenção do pesquisador – do conjunto das interações,

acontecimentos ou comportamentos pesquisados, anulando a possibilidade de

reação do sujeito à operação de medida.

A escolha do jornal se deu através da disponibilidade dos documentos,

onde o jornal O Estado de S. Paulo disponibiliza em seu site na internet um

acervo online. Após a escolha do jornal, procuramos saber os tipos de matérias

mais representativas no caderno de esportes, onde encontramos jornalismo

informativo (noticia, reportagem, entrevista e nota) e jornalismo opinativo

(comentários).

O período escolhido para a busca das matérias relacionadas ao futebol

feminino foi entre os anos de 1990 a 2012, totalizando assim um período de

vinte e dois anos. Inicialmente verificaram-se as publicações totais

relacionadas com a mulher no esporte, onde foram escolhidas modalidades

como basquete, natação, vôlei, atletismo, tênis, handebol e o futebol feminino.

Após a coleta geral, analisamos os tipos de matérias e os assuntos

relacionados com o futebol feminino.

Após todo esse processo, foram confeccionadas tabelas de visualização

da quantidade geral de matérias relacionadas com a mulher no esporte, a partir

das modalidades citadas acima e quantidade especifica de matérias

relacionadas com a mulher no futebol feminino e seus respectivos assuntos.

24

6 – Discussão dos Resultados

Da busca por matérias no jornal Estadão, no caderno de esportes

encontramos que: em relação ao esporte feminino ele é apontado em várias

modalidades. Entre elas temos: basquete, vôlei, futebol feminino, tênis,

natação, atletismo e handebol. Em relação ao tipo de matéria, foi encontrado

que o caderno de esporte, utiliza- se de várias formas de apresentação entre

eles temos: reportagem, noticia, notas, entrevista.

Na tabela 1 e 2, apresentamos o número de acordo com cada

modalidade e tipo de matéria, nos últimos 22 anos. E a tabela 3, aparecem os

totais das matérias de acordo com a modalidade.

Podemos perceber que a modalidade mais referenciada pelo jornal é o

vôlei em todos os tipos de matéria, seguido do atletismo e o basquete. Em

seguida temos o tênis e em quarto lugar o futebol feminino com 38

reportagens, 20 notícias, 18 notas e nenhuma entrevista. Observa-se que na

década de 1990 foram apresentadas apenas 5 reportagens, 2 notícias e 1 nota.

Já no período de 2000 – 2012, observa-se que o futebol feminino começa a ser

noticiado pelo jornal, se tem um aumento considerável do número de matérias

referentes a modalidade, mas ainda, não acompanha a freqüência de matérias

das outras modalidades.

Tabela No.1: Modalidade e tipo de matéria no período de 1990 a 1999.

Modalidade Tipo de

matéria

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Total

Basquete

R

N

Nt E

2

3

7 -

4

3

5 1

4

5

- -

3

4

- -

-

1

- 1

-

-

4 -

-

-

2 -

1

3

- -

2

2

2 -

2

3

2 -

18 27 22 2

Vôlei

R

N

Nt E

-

-

8 -

2

1

1 -

6

3

- -

-

4

- -

1

1

- -

-

-

1 -

-

-

1 -

2

3

1 -

3

6

3 -

6

17

9 -

20 35 24 -

Futebol

Feminino.

R

N

Nt

E

-

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

1

-

-

-

1

2

-

-

-

-

1

-

1

-

-

-

5 2 1 -

Tênis

R

N Nt

E

2

3 4

-

1

- 3

-

-

1 -

-

-

- 4

-

-

- 1

-

-

- 2

-

-

- 1

-

1

1 -

-

4

3 -

-

4

1 -

-

12 9

15 -

Nat.

R N

Nt

E

- -

4

-

- -

3

-

- -

1

-

- -

-

-

- -

-

-

- -

1

-

- -

-

-

- 1

-

-

- 3

1

-

- 1

3

-

- 5

13 -

Atlet.

R N

Nt

E

- -

3

-

1 -

1

-

3 -

-

-

1 -

4

-

- -

1

-

- -

2

-

- -

2

-

2 2

1

-

1 2

2

-

3 1

-

-

11 5

16 -

Hand.

R

N

Nt E

-

-

- -

1

-

- -

-

-

- -

-

-

- -

-

-

- -

-

-

-

-

-

- -

-

-

- -

-

-

- -

-

1

- -

1 1 - -

25

Tabela No.2: Modalidade e tipo de matéria no período de 2000 a 2012.

Modalidade Tipo de matéria

00

01

02

03

o4

05

06

07

08

09

10

11

12

Total.

Basquete

R N Nt E

4 5 1 -

1 5 3 -

1 2 1 -

2 2 1 -

6 6 1 -

- 1 2 -

3 7 3 1

2 2 - -

1 2 4 1

- - 2 -

1 2 - 1

1 2 - -

- - 2 -

22 36 18 6

Vôlei R N Nt E

5 12 2 -

3 5 3 -

5 4 3 -

1 9 1 -

5 10 4

4 6

10 -

6 7 10 -

2 8 9 -

2 3 7 -

1 3 7 -

2 7 5 -

- 3 7 -

4 - 5 -

40 77 73 -

Futebol

Feminino.

R N Nt E

1 1 1 -

- - - -

2 - - -

3 1 1 -

1 1 1 -

2 4 1 -

1 - 3 -

11 8 - -

5 - 4 -

2 - 1 -

2 1 3 -

2 2 2 -

1 - - -

33 18 17 -

Tênis R N Nt E

4 1 3 -

1 1 2 -

- 4 - -

- 2 1 -

2 5 - -

9 2 2 -

3 5 2 -

4 5 2 -

3 1 2 1

2 2 2 -

1 2 2 -

1 3 4 -

1 - - -

31 33 22 1

Nat.

R N Nt E

1 1 - -

- - 1 -

- - 2 -

- - - -

2 3 2 -

- 1 - -

- - 1 -

4 3 2 -

2 - 5 -

- 2 2 1

1 2 - -

- 1 - -

1 - - -

11 13 15 1

Atlet. R N Nt E

6 4 4 -

1 6 3 -

2 1 6 -

3 3 - -

2 3 - -

2 1 6 -

1 2 4 1

6 5 3 1

5 2 3 -

5 2 2 -

4 2 4 -

1 2 1 -

4 1 - -

42 34 36 2

Hand. R N Nt E

1 1 - -

- - 1 -

- - - -

1 1 1 -

1 1 1 -

- - 2 -

- - - -

- - - -

- - - -

- - - -

- - - -

- 1 1 -

- - - -

3 3 5 -

Tabela No. 3: Totais de acordo com a modalidade e o tipo de matéria

Basquete Vôlei Futebol Feminino

Tênis Natação Atletismo Handebol

R N Nt E R N Nt E R N Nt E R N Nt E R N Nt E R N Nt E R N Nt E

18 27 22 2 20 35 24 - 5 2 1 - 12 9 15 - - 5 13 - 11 5 16 - 1 1 - - 1990 – 1999

22 36 18 3 40 77 73 - 33 18 17 - 31 33 22 1 11 13 15 1 42 34 36 2 3 3 5 - 2000-2012

40 63 40 5 60 112 97 - 38 20 18 - 43 42 37 1 11 18 28 1 53 39 52 2 4 4 5 - Totais

Podemos afirmar que para a mídia as modalidades femininas mais

valorizadas são o vôlei, o atletismo, e o basquete. A valorização dessas

modalidades se da devido a sua construção história, no caso do vôlei e do

atletismo são consideradas modalidades feminina, onde não se tem contato

físico, com isso conservando sua condição de mulher (delicada e feminina). No

caso do futebol feminino possivelmente a modalidade masculina tenha mais

relevância para a mídia pelo fato de ser um esporte alvo de investimentos e um

símbolo do país, o que não acontece com a modalidade feminina. Talvez seja

26

porque o futebol se encontra associado a uma condição mais masculina,

especificamente o que parece não acontecer nas outras modalidades.

Os esportes onde as mulheres estão inseridas aparecem principalmente

nas notas, que é um texto curto de interesse do leitor, algo que não possui

detalhes relevantes para serem descritos.

Em relação ao futebol feminino observamos nos documentos analisados

um quadro ainda mais deficiente, a quantidade de matérias diminui

drasticamente, principalmente nos anos que não ocorrem às competições

oficiais, Sul Americano, Copa do Mundo de Futebol Feminino, Jogos Olímpicos

e etc.

Podemos observar também, na tabela 4, ‘Assunto das Matérias Sobre

Futebol Feminino nos Respectivos Anos’ que mesmo com as competições

algumas das matérias sobre o futebol feminino, são irrelevantes, levando não

para o lado profissional, mas sim para o lado pessoal, como a beleza e a

feminilidade das atletas.

Nessa mesma tabela, temos as matérias mais relevantes, onde abordam

a realidade da modalidade no país, as dificuldades, a falta de incentivo e

estrutura, principalmente de campeonatos. Assim como, os resultados e

conquistas da seleção feminina.

Tabela No. 4; Assuntos expostos sobre o futebol feminino no período de 1990 - 2012

Ano de

publicação Assunto exposto

1990 -

1991 22/09 Reportagem Sobre Futebol Feminino – Dificuldades e Pré – Conceitos

1992 -

1993 -

1994 -

1995

22/01 Reportagem – Futebol Feminino Busca Melhor Estrutura para disputar mundial na Suécia;

Maioria das Jogadoras de Futebol de Campo vieram do Futebol de Salão, com isso buscam uma melhora no Condicionamento Físico.

1996

21/04 Reportagem – Futebol Feminino em busca do futuro nas Olimpíadas de Atlanta- primeira vez que a

seleção feminina de futebol tem uma comissão técnica completa, com técnico experiente.

1997

26/01 Reportagem – Uma mulher na Federação de Futebol da Paraíba; Noticia – Bandeirinha agredida em 93 perdoa machismo;

Noticia – Lindonice ex- torcedora de mundial, é cartola do São José – primeira mulher a dirigir um clube da

primeira divisão

1998 07/06 – Nota sobre Futebol Feminino – Final do Campeonato do Paulistana 98 – Corinthians x Lusa.

1999

11/07 – Reportagem- Brasileiras em alta querem o reconhecimento. Depois de terceiro lugar no mundial dos

EUA, elas vão lutar pela regulamentação da profissão- média de idade é 23 anos e muitas pretendem estudar.

2000

04/06 – Nota – Sorteio das chaves de Futebol da Olimpíada de Sydiney;

26/11- Reportagem – No país do futebol as meninas não tem vez- A falta de incentivo faz com que clubes tradicionais abandonem a categoria;

Noticia – Guarujá estreante como o XV, é a alegria dos rivais- Entrada de times femininos novos nas

competições.

2001 -

27

2002

04/08 – Reportagem- Nada tira a força dos atletas de Heliópolis ( maior favela do Brasil,localizada em São Paulo) – As condições do time são precárias, mas 23 meninas sonham um dia jogar em um campo;

Reportagem – Rô, 16 anos, garra em cada dividida – Ela mora na FEBEM e tem autorização para praticar

esporte: uma motivação para viver.

2003

01/06 – Reportagem- A peneira dos Sonhos- Elas são humildes, vêm de longe e correm atrás com a bola nos

pés;

Reportagem- Estilos diferentes no futebol e na vida ; Noticia- As belas tropeçam na bola, mas enchem os olhos- Enquanto as meninas da periferia buscam futuro

no futebol, garotas lindas e famosas brincam com a maior paixão do brasileiro (Coelhinhas da Playboy

fazem partida amistosa no programa Rockgol , da MTV) 28/09 – Nota – Seleção Feminina empata e garante primeiro lugar na chave ( mundial EUA)

2004

11/03- Noticia – Milene quer deixar pra trás a imagem de “Ronaldinha”;

18/08- Reportagem- O Futebol Feminino não segura os EUA 28/08- Nota- Seleção feminina fica em 4º lugar no mundial sub- 19;

19/12 – Noticia – Meninas abrem festa do santos – 4 vices campeãs olímpicas estarão em campo na final do

Paulista Feminino, preliminar do jogo em Rio Preto.

2005

10/04 – Reportagem – Às meninas só restou o Paulista – Ricardo Teixeira ignora promessas feitas antes de Atenas, após prata Olímpica, e Secretaria Estadual resolve organizar torneio;

Noticia – Seis meses depois, a vida dura continua.

07/08 – Reportagem – Mariah, a afilhada do divino- Garota de 14 anos ganhou a admiração de Ademir da Guia, que começou acompanhar sua carreira depois de jogar futsal com ela;

Noticia – Prata em Atenas de nada adiantou- incentivo as meninas ficou na promessa e elas tiveram de ir

jogar no exterior; Noticia – Renovar. Essa é a palavra para a seleção;

Noticia – Campeonato Paulista, organizado e sem apoio.

21/08 – Nota – Brasil: Ouro no futebol – Futebol Feminino conquistou ouro na Universiada, em Iemir, Turquia.

2006

22/01- Nota – Sul Americano sub20- Brasil bate Argentina na decisão feminina;

27/08 – Nota – Brasil na semifinal espera o adversário; 03/09- Nota- Brasil tenta bronze diante das Americanas;

31/12- Reportagem- Alagoanos festejam ano bom. Marta, Adriano e Souza foram destaques no futebol

brasileiro e mundial.

2007

29/04 – Reportagem – Bonita, charmosa e zagueira da seleção- Vaidosa assumida, a talentosa Aline não dispensa brincos e maquiagem;

15/07- Reportagem – Marta deixa cansaço de lado e arrebenta na goleada- Melhor do mundo chega sexta

feira ao país. Ontem , driblou, sofreu pênalti e fez gol nos 5 à 0 sobre a Jamaica ( Pan do Rio); 16/09 – Noticia – Mundial Feminino – Brasil tem Marta inspirada. Azar da China. A melhor do mundo

comanda o time nos 4 à0 , com dois gols e duas assistências para Cristiane;

23/09 – Reportagem – Mundial feminino- Brasil pega Austrália para fazer historia- A melhor campanha da primeira fase da competição empurra a equipe liderada por Marta no duelo pelas quartas de final em Tianjin,

na China; 30/09 – Reportagem – O grande dia da Seleção – Marta e Cia enfrentam a Alemanha na decisão da Copa do

Mundo;

Reportagem – Craque criada no improviso- Marta Surgiu de um ambiente humilde onde parecia impossível formar um atleta internacional de ponta;

Noticia – A soldado Jerstin espera seu presente- jogadora da Alemanha que espera ganhar do Brasil na final

da Copa do Mundo em Xangai; Reportagem – Guerreiras prontas para o titulo do atual time, 15 jogadoras já foram a mundiais. Hoje vivem

seu grande dia;

Reportagem- Sem estrutura, amor pela bola mantém vivo o sonho das meninas- Falta apoio e equipe formadas por mulheres no Brasil sobrevivem graças a perseverança;

Noticia- Time de futebol feminino do Santos conquistou pela primeira vez o Campeonato Paulista;

Reportagem – Alemanha, o primeiro mundo da bola para mulheres- No país das bicampeãs do mundo, nacional é realizado desde 1990 e há trabalho de formação de jovens atletas;

Noticia – Futuro nos gramados é o sonho das meninas- Garotas de Berlim enxergam futebol como profissão;

Noticia – Copa do Brasil: times saem dia 10; 28/10 – Reportagem – Se criarem torneios elas virão- Embora tenha potencial, a categoria sobrevive graças à

paixão de atletas e dirigentes que vivem do amadorismo;

Noticia – Copa do Brasil começa na Terça – Confrontos da primeira fase foram regionalizados; Noticia- Times paulista- histórias semelhantes- Santos, Jaguariúna e Botucatu apostam parcerias pública

privada;

11/11- Reportagem – Cristiane, uma estrela escondida no Vale do Parnaíba- Atleta brilhou na seleção, mas deixou a Alemanha e hoje joga no São Jose, que lhe dá bolsa;

Noticia – Premio pelo bi no Pan, não tem data para sair;

23/12 – Reportagem – O ano em que a Marta encontrou o mundo- Camisa 10 da seleção brilhou no Pan e no Mundial Feminino.

2008 09/03 – Reportagem- As varias faces do Brasil desfilam no Sul-Americano sub- 20 com atletas de diferentes

raças e diversas regiões; 23/03- Nota- Brasil decide titulo diante da Argentina- Sul – Americano;

06/04- Nota- Santos e Juventos, em amistoso pré-paulista;

13/04- Reportagem- Contra Gana, o futuro esta em jogo- Para zagueira e a goleira Maravilha da Seleção, investimento no esporte só continua se vaga olímpica vier;

20/04- Reportagem – Goleada põe Brasil em Pequim- Seleção de futebol faz 5 à 1 em Gana, garante vaga e

agora mira ouro ; 18/05- Nota- Time de marta fica apenas no empate- Final copa UEFA (Umea x Frankfurt);

28

25/05 – Nota – Frankfurt derrota time de Marta ( Umea) na decisão da copa UEFA feminina; 10/08 – Reportagem – Vitoria – Acerta- Atuação nos 2 a 1 contra a Coréia do Norte faz Brasil líder da

chave, mas não entusiasma;

24/08 – Reportagem – Na volta para a casa incerteza- Apesar da prata em Pequim, elas temem futuro no país.

2009 29/03- Reportagem- Marta, a estrela maior nos EUA- Liga Mundial começa hoje com a melhor do mundo

em campo; 19/07- Reportagem – Uma genial brasileira levanta os Estados Unidos – Desde o inicio de 2009, em Los

Angeles, Marta, 23 anos, faz sucesso e ganha popularidade;

01/11- Nota -Time de Futebol Feminino do Santos perde titulo Paulista para Botucatu.

2010 19/09 – Reportagem – Futebol Social – Nesta Copa, participar já é uma vitória – Seleções de 48 países ( times masculinos e femininos) disputam campeonato mundial para pessoas sem teto. Já pisam no campo

realizados, moradores de favelas e periferias do Rio e São Paulo, integram a seleção feminina que representa o Brasil a partir de hoje, nas areias de Copacabana, no 8º Campeonato Mundial de Futebol Social ;

10/10 – Nota – Time feminino do Santos ganha e esta na semifinal da Libertadores;

Reportagem – Jogos mundiais Militares ou Jogos da Paz testam estrutura e tecnologia que serão usadas no Rio em 2016;

17/11- Noticia – Brasil busca a segunda vitoria no Sul Americano- torneio que é classificatório para a

Olimpíada de Londres; 12/11- Nota- Brasil ,de Marta, pega a Holanda no Pacaembu- Segunda rodada do Torneio Internacional

Cidade de São Paulo;

19/11 – Nota- Brasil busca o bi contra o Canadá – Final do Torneio Internacional Cidade de São Paulo;

2011 10/01 – Noticia – Jovem alemã ameaça reinado de marta; 06/06- Nota- FIFA diz que futebol com véu não pode. Proibidas pela FIFA de jogarem com véis na cabeça

contra a Jordânia pelas eliminatórias Olímpicas, iranianas protestam em campo;

27/06 – Nota- Mundial feminino – Diante de 73 mil , anfitriã Alemanha bate Canadá; 11/07 – Reportagem – Copa do Mundo Feminina brasileiras são eliminadas pelos EUA nos pênaltis;

Noticia – Americanos celebram vitoria Hollywoodiana;

18/07- Reportagem – Japão vai do tsunami à conquista inédita- Primeiro asiático a conquistar um troféu adulto da FIFA, seleção feminina quase ficou fora da copa devido a tragédia;

19/12 – Reportagem – Seleção dá troco na Dinamarca- Jogadoras brasileiras que dias antes haviam perdido

para equipe Européia, venceram por 2 à 1 de virada, e foram campeãs do Torneio Internacional Cidade de São Paulo.

2012 até o

mês de abril

26/02 – Reportagem – Maturidade é a aposta de Marta e Cia- Com time de veteranas, seleção feminina do

país põe suas fichas em atletas que disputam os jogos pela terceira vez.

29

7 – Conclusão

Após analise das matérias registradas no caderno de esporte do Jornal

Estadão, observa-se pouca representação do futebol feminino, devido à falta

de interesse da mídia escrita para com uma modalidade que não gera tantos

lucros e visibilidade como a modalidade masculina, por exemplo.

A mídia consegue valorizar certos eventos e assuntos que estão de

acordo com seu interesse, com isso observamos que a mídia impressa não

está interessada em mostrar o futebol feminino, por estar associado na

mentalidade da população brasileira o gênero masculino e devido à modalidade

feminina não render tantos lucros e visibilidade como a modalidade masculina,

afinal o jornal tem que ser vendido, logo eles vendem o que é de interesse

deles e da população, no caso o futebol masculino.

Sabe-se que a mídia pode colocar no topo um assunto se este for de

interesse dela, e ao que parece a modalidade feminina não tem conseguido

ainda interessar aos jornalistas, a não ser no momento das competições. Se a

mídia focasse no futebol feminino, acreditamos que a valorização tanto da

modalidade como das atletas será positivo.

Concluímos que os documentos observados contêm muito pouco

conteúdo sobre o futebol feminino propriamente e que nem sempre as matérias

exibidas são fidedignas à modalidade, mesmo tendo matérias sobre as

dificuldades, falta de incentivo, patrocínio, quantidade de praticantes no país

entre outras questões, a mídia impressa nestes anos todos não lhe há

interessado a divulgação do futebol feminino, de maneira que incentive o

crescimento deste no país.

30

8 – Referências Bibliográficas.

Acervo do Jornal O Estado de São Paulo do ano de 1990 a 2012. Disponível

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ADELMAN , M. – “Mulheres atletas: re-significações da corporalidade

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significacoes_da_corporalidade_feminina Acesso em: 02 de setembro 2012.

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Disponível em: http://www.cbf.com.br/competicoes/copa-do-brasil-de-futebol-

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Da Silva – Memória social dos esportes. Futebol e Política: A construção

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31

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___________-Torneio Olímpico de Futebol Feminino. Disponível em:

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