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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DE SÃO JOSÉ
CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO COM ÊNFASE EM AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS
GREICI PITZ
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Comunicação Interna e Externa: Estudo de Caso na Empresa de
Consultoria de Engenharia – MPB Saneamento Ltda
São José 2006
GREICI PITZ
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Comunicação Interna e Externa: Estudo de Caso na Empresa de
Consultoria de Engenharia – MPB Saneamento Ltda
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado à Pré-banca de qualificação como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Secretariado Executivo com ênfase em Automação de Escritórios, da Universidade do Vale do Itajaí.
Orientadora: Profa. Emilia Marta Schveitzer
São José 2006
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GREICI PITZ
Comunicação Interna e Externa: Estudo de Caso na Empresa de consultoria de Engenharia – MPB Saneamento Ltda
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado para a obtenção do título de bacharel em Secretariado Executivo com Ênfase em Automação de Escritórios, e aprovada pelo curso de Secretariado Executivo com Ênfase em
Automação de Escritórios, da Universidade do Vale do Itajaí, centro de Educação São José, (SC).
Área de Concentração: Setor Administrativo
São José, 10 de julho de 2006.
Prof (a) Emilia Marta Schveitzer UNIVALI – CE de São José
Professora Orientadora
Prof (a) Cláudia Andrea Rost UNIVALI – CE de São José
Membro de Banca
Prof (a) Luciana Brevian Merlin UNIVALI – CE de São José
Membro de Banca
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AGRADECIMENTOS À Deus por me permitir a vida, por ter me dado a sede do saber, por iluminado através de fé e pessoas, o meu caminho. Aos Meus pais pela vida, pelo amor, por todo apoio, incentivo e oportunidade para a realização desse curso e pesquisa. À Minha família por todo amor e carinho, por toda compreensão e ajuda nessa fase da minha vida.. À Direção e equipe da MPB Saneamento, por darem a oportunidade de realização de estágio e estarem compreendendo toda a ausência e falha que tenha vindo por realizar esse curso e pesquisa. À Minha orientadora: Professora Emilia Marta Schveitzer, pelos ensinamentos, incentivos a esta pesquisa e claro por ter se tornado uma amiga tão paciente e compreensiva em momentos não muito fáceis, a paciência foi também uma grande lição de vida. À Banca examinadora, composta pela Professora Luciana Brevian Merlin e Professora Claudia Andréa Rost por contribuírem no crescimento dessa pesquisa, pelo apoio e amizade recebida. Aos Professores da Univali, que durante esse curso ensinaram e contribuíram com o meu conhecimento, ampliando minha visão de acadêmica e profissional. Aos Meus amigos por estarem ao meu lado entendendo minha exaustão e ausência, vibrando comigo nas minhas conquistas, por serem meus verdadeiros amigos. Aos Meus eternos colegas que se tornaram grandes amigos e parceiros de um objetivo comum, que entrelaçados por esse laço de amizade conseguiram alcançar suas metas crescendo com o apoio entre eles, deixando um sentimento de saudade. Especialmente Patricia Maria Moreira, Sabrina Mattos, Andutsa Mello Cardoso e Julio Pires.
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“A primeira necessidade? Comunicar-se”
Madre Tereza de Calcutá
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RESUMO
Este trabalho teve por objetivo analisar a comunicação interna e externa da MPB Saneamento, descrevendo pontos fortes e fracos para realizar uma proposta de melhoria no processo de comunicação, pois a forma de comunicação que cada empresa utiliza pode determinar muitas vezes o sucesso que ela terá ou não no atual mercado. Acredita-se que o escritório venha ter mais qualidade na prestação de seus serviços com um processo de comunicação controlado e ágil aperfeiçoando o andamento dos projetos, proporcionando uma facilidade de trabalho para seus funcionários e eficácia no atendimento de seus clientes. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica abrangendo conceitos de comunicação (processo, Barreiras, tipos e técnicas) e comunicação organizacional. A metodologia aplicada foi um estudo de caso, com uma pesquisa descritiva e qualitativa. Os dados foram obtidos através de questionário aplicado com clientes e funcionários da MPB, observação participante da pesquisadora e análise de documentos da MPB. Os resultados alcançados foram apresentados em forma de gráfico e a partir disso foi elaborada a proposta de melhoria da comunicação da MPB Saneamento sugerindo uma nova forma de centralizar a informação para estar disponível mais segura e controlada, também foram propostas a Padronização de E-mail, Ofícios e inclusão de memorando, bem como sugerida melhorias para a administração como reuniões e outras melhorias quanto a barreiras organizacionais e interpessoais a serem trabalhadas pela administração. Palavras-chave: Comunicação – Informação - Organização.
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ABSTRACT
This work had for objective to develop a proposal of improvement in the process of internal and external communication of company MPB Saneamento Ltda, therefore the communication form that each company uses can determine many times the success who will be able to have or not in the current market. One gives credit that the office can have more quality in the installment of its services with a process of controlled and agile communication what it can perfect the course of the projects, providing an easiness of work for its employees and effectiveness in the attendance of its customers. For in such a way, a bibliographical research was become fullfilled enclosing concepts of communication (process, barriers, types and techniques) and organizacional communication. The applied methodology was a case study, with a descriptive and qualitative research. The data had been gotten through questionnaire applied with customers and employees of the MPB, participant comment of the researcher and document analysis of the MPB. The reached results had been presented in graph form and to leave of this it was elaborated the proposal of improvement of the communication of the MPB Saneamento, having suggested to center the information to be available of a form more controlled insurance and, had also been proposals the Standardization of email, Crafts and inclusion of memorandum, as well as suggested improvements for the administration as meetings and other improvements how much the organizacionais and interpersonal barriers to be worked for the administration. Keywords: - Communication - Information - Organization.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Processo de Comunicação .....................................................................................................19 Figura 2 – Barreiras de Comunicação ...................................................................................................21 Figura 3 – Formas de Comunicação Organizacional ............................................................................25 Figura 4 - Foto dos Colaboradores da MPB..........................................................................................37 Figura 5 – Organograma ......................................................................................................................38 Figura 6 - Fluxograma atual ..................................................................................................................40 Figura 7 – Correspondência Enviada ...................................................................................................45 Figura 8 – Fax Enviado ........................................................................................................................47 Figura 9 - E-mail enviado externamente ..............................................................................................48 Figura 10 - E-mail enviando internamente ..........................................................................................49 Figura 11 - Formatação de Ofícios .......................................................................................................50 Figura 12 - Fluxograma proposto .........................................................................................................80 Figura 13 - Modelo de Oficio proposto ................................................................................................82 Figura 14 - Continuação de Modelo de Ofício proposto ......................................................................83 Figura 15- E-mail Proposto ..................................................................................................................84 Figura 16 - Memorando Proposto ........................................................................................................85 Gráfico 1 – Idade dos Colaboradores .....................................................................................................52 Gráfico 2– Sexo dos Colaboradores.......................................................................................................53 Gráfico 3 - Grau de Escolaridade dos Colaboradores ............................................................................53 Gráfico 4 - Tempo de Serviço dos Colaboradores ................................................................................54 Gráfico 5 - Setor de Atuação dos Colaboradores ...................................................................................55 Gráfico 6 - Sobre a existência de um canal de comunicação sempre disponível na MPB para os colaboradores fazerem sugestões sobre melhorias no ambiente de trabalho. .......................................56 Gráfico 7 – Canais de comunicação existentes na empresa que os colaboradores têm acesso. .............57 Gráfico 8– Dos canais existentes na empresa considerados eficientes e usa com freqüência................57 Gráfico 9 - Quanto às funções da comunicação descendente (de direção e gerência administrativa para funcionários). .........................................................................................................................................58
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Gráfico 10 - Quanto à função da comunicação de ascendente (funcionários para direção e gerencia administrativa). ....................................................................................................................................59 Gráfico 11 - Percepção dos colaboradores quanto às informações da Direção, se são repassadas em tempo hábil para realização do trabalho dos funcionários. ....................................................................60 Gráfico 12 - Os funcionários costumam comunicar-se no local de trabalho para obter informações gerais de todo o setor..............................................................................................................................61 Gráfico 13 - Os funcionários sabem a que setor devem se dirigir para obter informações gerais.........62 Gráfico 14 - Quanto à centralização das informações na Secretária para que ela possa descentralizar a todos. ......................................................................................................................................................63 Gráfico 15 - Na empresa acontecem boatos com que freqüência. .........................................................63 Gráfico 16 - Quando precisa de ajuda de outros setores (direção, secretaria, administrativo, produção) se os problemas costumam ser resolvidos..............................................................................................64 Gráfico 17 - Barreiras que que estejam presentes no seu ambiente de trabalho e que prejudicam a comunicação com colaboradores, colegas de trabalho e clientes...........................................................65 Gráfico 18 - Satisfação dos funcionários quanto ao processo de comunicação interna da empresa. ....66 Gráfico 19 – Quanto à clareza e compreensão da comunicação da MPB. .............................................68 Gráfico 20 – Coerência nas informações prestadas pela equipe da MPB.. ............................................69 Gráfico 21 -Falta de comunicações específicas encaminhadas pela MPB a seus clientes. ....................69 Gráfico 22 - Hierarquia de autoridades no fluxo de comunicação.........................................................70 Gráfico 23 - Os funcionários demonstram cordialidade para com os clientes da MPB.........................71 Gráfico 24 - Os funcionários da MPB respondem as solicitações e reclamações, resolvem o problema no primeiro contato, notando-se que os mesmos desenvolvem seu trabalho da forma mais rápida e eficiente. .................................................................................................................................................72 Gráfico 25 - As Informações básicas são obtidas diretamente com a Secretária da MPB, de forma eficaz poupando tempo no uso do telefone, sem precisar repassar a ligação para outras pessoas desnecessariamente. ...............................................................................................................................72 Gráfico 26 - O produto /serviço /outros são entregues na data comunicada .........................................73 Gráfico 27- Existe um canal de comunicação (e-mail, telefone) sempre eficiente e disponível pela MPB para se comunicar com a MPB .....................................................................................................74 Gráfico 28 - Meios de comunicação utilizados com freqüência para comunicação com a MPB. ........74 Gráfico 29 - Interferências que causam falhas na comunicação da parte dos funcionários da MPB.....75 Gráfico 30 - Setores da MPB que possuem uma Comunicação eficaz e satisfatória ( Fácil de encontrar na empresa, retorna ligações, prestativo na comunicação, cumpre com o prometido e prontidão para ajudar). ...................................................................................................................................................76
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12
1.1 Apresentação do Tema e do Problema .................................................................... 12
1.2 Objetivos.................................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivo Geral ....................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivos Específicos ............................................................................................ 14
1.3 Justificativa.............................................................................................................. 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 17
2.1 Comunicação ........................................................................................................... 17
2.2 Processo de Comunicação ................................................................................... ....18
2.1.2 Elementos da Comunicação....................................................................................19
2.3 Barreiras da Comunicação...................................................................................... .21
2.4 Comunicação Organizacional................................................................................. .24
2.4.1 Tipos de Comunicação............................................................................................27
2.4.4 Técnicas da Comunicação.......................................................................................28
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 31
3.1 Caracterização da Pesquisa...................................................................................... 31
3.2 População e Amostra ............................................................................................... 32
3.3 Coleta de Dados....................................................................................................... 33
3.4 Análise dos Dados ................................................................................................... 34
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................................... 36
4.1 Caracterização da Empresa........................................................................................36
4.2 Descrição do Sistema Atual de Comunicação.........................................................39
4.2.1 Fluxograma............................................................................................................39
4.2.2 Descrição e análise da comunicação Oral...............................................................41
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4.2.3 Apresentação e análise da comunicação escrita.........................................................44
4.3 Apresentação dos resultados dos questionários...........................................................51
4.3.1 Perfil dos colaboradores.............................................................................................51
4.3.2 Apresentação dos resultados da percepção dos colaboradores..................................52
4.3.3 Apresentação dos resultados da percepção dos clientes............................................55
4.3.4 Síntese dos Resultados..............................................................................................77
4.4 Proposta de melhorias no processo de Comunicação interna/externa........................79
4.4.1 Fluxograma proposto.................................................................................................79
4.4.2 Padrão de Oficio Proposto........................................................................................82
4.4.3 Padrão de E-mail Proposto.......................................................................................83
4.4.4 Memorando proposto................................................................................................84
4.4.5 Sugestões para a Administração...............................................................................85
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................88
REFERÊNCIAS ........................................................................................ .....................71
APENDICES....................................................................................................................72
1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação do Tema e do Problema
A comunicação organizacional pode ser uma vantagem competitiva ou um enorme
problema quando não mapeado o fluxo de informação e não identificadas as barreiras da
comunicação.
O processo de comunicação é um sistema constituído de fonte, codificação, canal,
decodificação e destino que tem a possibilidade de sofrer ruídos. Estes prejudicam as funções
básicas desse processo que são o controle, a motivação, expressão emocional e a informação.
Quando uma dessas funções não obtém sucesso ou sofre alguma barreira, acaba
abalando todo o processo, assim, um detalhe tem a capacidade de fazer surgir um dano no
processo de comunicação, causando um problema na ação do receptor ou do emissor da
mensagem.
Segundo Montana e Charnov (2000, p. 285), comunicação eficaz é absolutamente essencial para o sucesso gerencial e organizacional: se um gerente não conseguir se comunicar com seus subordinados, as funções gerenciais terão pouco sucesso. A comunicação serve de ponte entre a meta e a criação de padrões de desempenho e de realização do funcionário. Funcionários que não compreendem aquilo que é esperado no local de trabalho têm pouca, se tiverem alguma, chance de alcançar os resultados desejados.
Na organização, a comunicação é muito importante, pois ela colabora com que todos
os procedimentos alcancem uma boa imagem para a empresa e para quem nela trabalha. A
empresa MPB Saneamento possui um escritório localizado no centro de Florianópolis e atua
desde 1984 em engenharia com foco nas áreas de saneamento e meio ambiente oferecendo
estudos e projetos em Sistemas de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Resíduos
Sólidos e Estudos de Impacto e Educação Ambiental e possuí uma diversidade de clientes,
fornecedores, colaboradores e público em geral que são a população, órgãos públicos e mídia.
Nota-se que a comunicação é de forte influência para a imagem que ela repassa aos seus
contatos relevando que é indispensável melhorar continuamente a comunicação na MPB
Saneamento.
Os clientes da MPB Saneamento, na sua maioria, são os órgãos públicos como
prefeituras e grandes organizações do Brasil inteiro, como PortoBello S.A, Companhia Vale
do Rio Doce, Companhia Docas de Imbituba, etc. Cada cliente mantém um contato com a
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MPB por um determinado período que varia de meses até anos e quase sempre voltando a
entrar em contato com a empresa para atualização do projeto ou para solicitar novos serviços.
Devido a essa constante procura e pela diversidade de clientes e necessidade de entrar
em contato com estes e com seus respectivos fornecedores e colaboradores envolvidos na
época da realização do trabalho, constatou-se, por meio de observações, dificuldades na
obtenção de informações, porque esses dados (documentos, endereço, telefone, andamento do
trabalho, etc) não ficavam armazenados de forma organizada na Secretaria, o que prejudica o
fluxograma de comunicação da MPB Saneamento. Observou-se que o contato ou
conhecimento é passado adiante não tendo um controle de tudo o que acontece e de quem está
envolvido no processo.
Tendo em vista o crescimento da empresa, é imprescindível que o fluxo de
informações internas e externas seja aperfeiçoado, cita-se assim as observações realizadas
para a iniciativa dessa pesquisa.
Dentre as necessidades notou-se a dificuldade em identificar e informar sobre o
andamento do projeto quando o cliente liga para se informar, devido ao grande número de
projetos e a falta de controle dos mesmos, pois não se sabe qual colaborador cuida de qual
projeto ou procedimento. Com isso, muitas vezes o cliente não é atendido em seu primeiro
contato, pois não havendo como identificar o projeto ou procedimento o colaborador fica de
retornar para o cliente, o que quase sempre acontece no dias seguintes. A situação se complica
quando os colaboradores, envolvidos no assunto referente a este cliente, não estão no
escritório, o que resulta em gasto de telefonia e de tempo na comunicação externa da MPB.
Outro fator que pôde estar prejudicando a comunicação da MPB são os aspectos
internos, no que diz respeito à falta de controle, autonomia de informações na Secretaria e as
ligações e procedimentos dos trabalhos e serviços prestados pela MPB Saneamento. Muitas
vezes as informações não são transmitidas à pessoa responsável na hora pertinente, pois não
tem um repasse anterior de dados e conhecimentos que seriam necessários para saber qual o
responsável por aquele processo naquele determinado momento.
Para que esse processo das ligações esteja dentro de um fluxo correto e que
informações sejam organizadas e distribuídas é preciso que elas sejam centralizadas e filtradas
pela Secretária sem serem repassadas aos demais setores desnecessariamente. Porém o
excesso de trabalho na recepção como o alto número de ligações recebidas e feitas; com o
atendimento as pessoas que chegam ao escritório, com o cadastro das contas a
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pagar/receberer; o acúmulo de papéis e tempo gasto nessas e outras funções impedem a
Secretária de cuidar, controlar e ter todas as informações necessárias e imediatas.
Quando algum cliente entra em contato pedindo o andamento do projeto, a Secretária
sem saber o que responder fica de retornar a ligação para o cliente, ela procura o responsável
pelo projeto e vai passar o recado para que ele retorne, o responsável irá falar com o
funcionário/estagiário que está cuidando daquele determinado projeto. Isso pode demorar até
dias causando insatisfação do cliente, o que não ocorreria se a Secretária já tivesse essa
informação do andamento dos projetos e já repassasse no primeiro contato do Cliente.
Ressalvando que outras informações mais detalhadas somente o responsável pode
passar ao cliente, portanto, muitas vezes a Secretária não tem a informação de quem poderá
passar esse detalhamento direto ao cliente.
Envolve-se também a questão de que para repassar as informações para um cliente, a
Diretoria antes precisa ter tomado conhecimento desse contato feito, devido a uma tradição
que há no escritório, que apesar de estar ocorrendo mudanças, ainda há dúvidas quanto essas
tomadas de decisões e por isso ela muitas vezes não é feita pelo funcionário.
Identificados esses problemas na Comunicação interna e externa da MPB Saneamento,
questionou-se como melhorar o processo de comunicação da empresa MPB Saneamento, para
que a mesma possa ter um fluxo de informações de excelência.
Diante desses fatos, percebeu-se que há uma necessidade de se analisar a
Comunicação da MPB para alcançar os objetivos dessa organização e facilitar o trabalho dos
colaboradores. E como o profissional de Secretariado pôde contribuir com a comunicação?.
1.2 Objetivo Geral
Analisar a Comunicação interna/externa da empresa MPB Saneamento Ltda.
1.2.1 Objetivos Específicos
. Descrever e analisar o atual sistema de comunicação interna/externa da empresa
MPB Saneamento.
. Identificar e analisar os pontos fortes e fracos da comunicação interna/externa no
sistema atual, sob a percepção dos colaboradores e clientes.
. Propor melhorias no atual processo de comunicação interna/externa.
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1.3 Justificativa
A comunicação deve ser algo eficaz dentro e fora de uma organização, portanto notou-
se, devido aos problemas que ocorrem diariamente na MPB, uma necessidade de analisar os
pontos fracos e fortes do processo atual visando identificar as falhas que ocorreram na
comunicação interna/externa na MPB Saneamento, focou-se a comunicação interna e externa,
oral e escrita.
Tendo em vista o aumento de clientes e respectivamente de projetos, fornecedores e
colaboradores na MPB Saneamento, acreditou-se que o escritório pudesse ter mais qualidade
na prestação de seus serviços com uma de comunicação controlada e ágil, de forma que o
cliente, ao entrar em contato com o escritório fosse identificado prontamente. Sendo
encaminhado diretamente ao responsável por determinado projeto ou procedimento de
administração, filtrando na Secretaria informações que precisassem ser encaminhadas
urgentemente e ligações que não tinham a necessidade de serem repassadas aos
colaboradores, economizando tempo de trabalho e de contas telefônicas. Conforme Alonso,
(2002, p.109) uns dos principais desperdiçadores de tempo do executivo é “interrupções pelo
telefone (...) falta de comunicação e mensagens obscuras” e também mostrando como um dos
principais desperdiçadores de tempo do assessor(a) / secretário(a) é “Telefonemas: excesso e
falta de delegação por parte da chefia, para resolver diretamente alguns dos assuntos das
ligações (...) O executivo modifica compromissos de sua agenda sem notificar”. Esses são
exemplos básicos de como a comunicação faz a diferença se for bem praticada.
A secretária que tinha uma grande concentração de informações desorganizadas da
MPB Saneamento e sobre todo o processo de comunicação existente, convivia diariamente
com esse fluxo e com todas as falhas dele que prejudicavam o trabalho e a empresa, precisava
analisar os indícios de ruídos que causavam essas falhas. .
Sendo a secretária uma acadêmica do Curso de Secretariado Executivo com Ênfase em
Automação de Escritórios, julgou-se pertinente a prática do estágio obrigatório na empresa,
podia assim estudar, analisar e descrever a comunicação interna e externa da organização
visando obter resultados concretos e reais da situação atual para poder então contribuir com a
empresa da qual faz parte.
Pois a acadêmica buscou aplicar o aprendizado adquirido ao longo de sua formação no
curso, principalmente os conhecimentos voltados para a parte de comunicação organizacional.
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O trabalho pretendeu com uma análise da comunicação da empresa, trazer
contribuições que melhorassem e trouxesse um diferencial para o escritório, pois, com a alta
competitividade, a imagem do escritório também poderia ser bem vista, pela eficiência e
agilidade da comunicação interna e externa, e, com isso, acabaria tornando mais fácil o acesso
às informações para os clientes e fornecedores que entram em contato com os colaboradores
da MPB. Acreditou-se que as informações estariam mais bem organizadas e seguras se
fossem repassadas pela Secretária, sendo que essa é a própria estagiária do Curso de
Secretariado Executivo, a empresa se beneficiaria com a pesquisa em questão, já que a
Secretária tem experiências e observações na empresa em várias áreas inclusive na
Comunicação Organizacional.
Realizou-se então, o estagio obrigatório desde Agosto de 2005 até o presente mês
Junho de 2006 pela acadêmica do Curso de Secretariado Executivo.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este tópico contempla os principais conceitos necessários para embasar este trabalho e
defender a análise proposta por este. Os tópicos são: Comunicação; Processo de
Comunicação; Elementos da Comunicação; Barreiras da Comunicação; Comunicação
Organizacional; Tipos de Comunicação e Técnicas da Comunicação.
2.1 Comunicação
Para poder comunicar-se bem é preciso antes de tudo saber o que comunicação se
refere, há vários conceitos, mas todos introduzem a mesma idéia, uma delas, segundo Certo (
apud CHIAVENATO, 2004, p.304) a “comunicação é o processo de compartilhar
informação com outras pessoas. A informação aqui é definida como um pensamento ou idéia
que uma pessoa quer compartilhar com a outra”. Em uma visão geral, a comunicação
conceitua-se por Infante (1998, p.13) como “a necessidade básica da pessoa humana, do
homem social.” Mostrando que há muito o que se esclarecer sobre a comunicação.
De acordo com Alonso (2002, p.36), “a comunicação é um novo e importante
ingrediente para o sucesso das pessoas e das empresas, o ser humano se torna cada vez mais
participativo, questionador e consciente dos seus direitos e deveres”.
A comunicação não é somente uma ferramenta das empresas, e sim de todas as
pessoas que querem obter sucesso, os funcionários dentro de uma empresa utilizam da
Comunicação para melhor interagirem e assim proporcionando melhorias nas organizações.
Dentro de um grupo ou organização, a comunicação tem quatro funções básicas:
Controle, Motivação, Expressão Emocional, Informação. De forma separada pode-se
resumidamente conceituar cada função.
Controle é quando a comunicação controla o comportamento das pessoas em vários
aspectos, tanto no controle das informações que devem ser transmitidas, ou no
comportamento que a pessoa tem devido a alguma comunicação feita a ela. Motivação,
quando a comunicação é usada para a orientação das pessoas, de forma a motivar elas e obter
resultados. Já a Expressão Emocional dentro de um grupo é quando a comunicação faz os
membros expressarem seus sentimentos bons e ruins a fim de serem compreendidos. E por
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fim a Informação que a comunicação facilita para as tomadas de decisões. (CHIAVENATO,
2004).
Essas funções se conhecidas de forma correta dentro de uma organização podem evitar
problemas de comunicação. Quando há o conhecimento da importância das funções, há
também o cuidado em trabalhá-las e assim pode diminuir as falhas.
Segundo Alonso (2002, p. 35),
no trabalho em equipe, o grupo é responsável pelo sucesso ou fracasso dos projetos e cada membro assume não só a responsabilidade pela sua contribuição, mas também por ser compreendido. O processo de comunicação é responsável pelo sucesso da equipe e empresa. A comunicação que era vista como um mero instrumento para transmissões de ordens e informações, hoje visa aproximar e integrar os públicos aos princípios e objetivos centrais da empresa na construção e veiculação das mensagens, numa crescente relação de troca com o ambiente.
A comunicação é compreendida por Megginson et al (1986, p.333), como “o processo
de transferir significado de uma pessoa para outra na forma de idéias ou informação. Usa a
cadeia que liga os membros de várias unidades de uma organização em níveis e áreas
diferentes.”
O processo de comunicação pode ser considerado de extrema importância e será
apresentado a seguir de forma detalhada.
2.2 Processo de Comunicação
Define-se que, a comunicação é um processo e que segue um fluxo bem definido em
todas as utilidades (CHIAVENATO, 2004).
O sistema da comunicação organizacional deve segundo Alonso (2002, p.36) “ser
baseado no diálogo e na participação crescente de todos os departamentos envolvidos,
inclusive o operacional”.
Para entender o processo de comunicação se faz necessário saber o que está envolvido
nele.
O processo de comunicação é um propósito na forma de mensagem a ser transmitida.
A mensagem tem um fluxo que vai de um emissor até um receptor sendo codificada e
transmitida através de uma mídia que o receptor vai decodificar essa mensagem e responder.
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Essa retroação vai passar pelo mesmo processo onde pode sofrer ruídos assim como a
mensagem que foi enviada anteriormente. De acordo com a figura 1, a seguir:
Figura 1 – Processo da Comunicação Fonte: CHARNOV e MONTANA ( 1999, p. 287)
A comunicação começa com a ação de codificação de mensagem. O ato de codificação
de uma mensagem é um procedimento complexo que envolve a seleção do que deve ser
comunicado e o canal de comunicação a ser usado (CHARNOV e MONTANA, 2000).
O exemplo prático desse processo se dá, quando em uma organização alguém
transmite um aviso, supondo um chefe (fonte) repassa (codificação) um e-mail (canal) para a
secretária (receptor), ela recebe (decodificação) a mensagem sem o anexo (ruído), e responde
esse e-mail (feedback) ao seu chefe lhe avisando que o anexo do e-mail não veio ou que não
entendeu, etc. .
Segundo Alonso (2002, p.36), “para que o processo de comunicação ocorra de forma
satisfatória é imprescindível que estejamos preparados para atender às constantes trocas de
paradigmas que passarão a ocorrer cada vez mais em nossa vida pessoal e profissional”.
Cada elemento do Processo de Comunicação tem sua complexidade e por isso serão
apresentados individualmente a seguir.
2.2.1 Elementos da Comunicação
Para se entender um processo de comunicação, é preciso conhecer os elementos
envolvidos no mesmo. Para obter clareza em suas funções e distinguir onde podem ocorrer
falhas. Segue cada etapa do processo de comunicação.
A comunicação começa com o emissor codificando uma mensagem e termina com o receptor
decodificando a mensagem. Entre esses dois pontos a mensagem passa pelos filtros tanto do
emissor quanto do receptor e pelo ruído externo.
Codificação filtro filtro decodificação
feedback
Ruído
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Mensagem é o conteúdo do que se quer transmitir. Segundo Chiavenato (2004,
p.307), é “o produto físico codificado pelo emissor. A mensagem é a fala quando falamos ou
o texto escrito quando escrevemos”. Há ainda outras formas de uma mensagem.
Montana e Charnov (2000, p.287) dizem que “em sua forma básica, a mensagem é
qualquer estímulo que pode evocar uma resposta. A comunicação pode ser por escrito, verbal
ou visual”. Pode -se identificar formas verbais quando recebemos alguma comunicação por
escrito ou pessoalmente de um colega de trabalho, e identificar formas não-verbais, por
exemplo, quando alguém nos mostra alguma imagem que tenha um significado.
Já a codificação e Emissão, quer dizer que para codificar uma mensagem envolve a
formulação do conteúdo e a seleção do veículo eficaz para sua transmissão. Gerentes
precisam escolher o que querem comunicar e precisam decidir como fazer a comunicação. O
meio que for escolhido, o veículo, influenciará diretamente a eficácia da comunicação.
(MONTANA e CHARNOV, 1999).
O Filtro é um processo que ocorre tanto com o emissor quanto com o receptor, de
natureza tanto fisiológica e psicológica. A primeira é quando nosso cérebro automaticamente
faz filtros durante a recepção de simultâneas mensagens, por exemplo, escutar algo que nos
interessa em um ambiente ruidoso. E a segunda refere-se a fatores como preconceito, que tem
o poder de distorcer a mensagem, por exemplo, um preconceito contra mulheres pode
influenciar a comunicação de um gerente para com as mesmas dentro de uma organização.
(MONTANA e CHARNOV, 1999).
Ruído é qualquer coisa entre a emissão e a recepção que pode distorcer a mensagem,
porém não fazendo parte nem do emissor e nem do receptor. (MONTANA e CHARNOV,
1999). O Ruído pode ocorrer em qualquer etapa do processo de comunicação
(CHIAVENATO, 2004).
Decodificação é a interpretação da mensagem pelo receptor. È importante reconhecer
que a mensagem pode ter sido alterada pelo filtro do emissor, pelo ruído e pelo filtro do
receptor. (MONTANA e CHARNOV, 1999).
O Feedback, ou retroação, segundo Vanoye (1998, p.210), “designa o conjunto dos
sinais perceptíveis que permitem conhecer os resultados da emissão da mensagem: se ela foi
recebida ou não, compreendida ou não”. Entende-se assim como a resposta ou o retorno que
se tem quando se emite alguma comunicação.
Podendo também ser chamado de “retroalimentação”, segundo Montana e Charnov,
(1999, p.291) “o feedback é fundamental para o emissor da mensagem. Ao examinar e avaliar
21
o feedback, o emissor pode ganhar um discernimento valioso sobre a maneira como a
mensagem está sendo recebida”. Tendo essa avaliação, o emissor também verifica se a sua
forma de enviar a mensagem foi correta ou não.
No entanto, o feedback tem sua extrema importância dentro de um grupo, segundo
Alonso (2002, p.31), “é necessário que cada um de nós saiba desenvolver uma atitude de
receptividade, de modo a incentivar membros do grupo a nos dar o feedback. Para isso
acontecer precisamos ter prontidão para aceitá-lo e só assim ele será produtivo, independente
de ser uma critica ou um elogio”.
Considera-se que o feedback precisa ser emitido no momento oportuno e de forma
adequada para que não seja mal interpretado. Como em todo o processo de comunicação,
pode haver barreiras que, sem perceber, são cometidas.
2.3 Barreiras da Comunicação
As barreiras de comunicação são as falhas ligadas ao emissor e receptor, e que fazem a
comunicação não ser eficaz e não ter sucesso. Montana e Charnov (2000, p.292) citam as
mais comuns barreiras existentes que são a “sobrecarga e a complexidade de mensagens; falta
de atenção ou falta de vocabulário comum; e mecanismos psicológicos de distorções, como a
racionalização e a negação”. Os autores consideram essas barreiras as mais freqüentes na
comunicação organizacional.
Oliva (2001, p.16) destaca que “deve se evitar ao máximo de barreiras, como o tom de
voz ou a falta de interesse e atenção, que impedem a comunicação eficaz e para isso é preciso
utilizar a empatia, fornecendo, recebendo e solicitando o feedback”. A empatia é fator
fundamental para que as barreiras da comunicação sejam mais bem aceitas e trabalhadas.
Para Vanoye (1998), é necessário determinar o sentido de uma mensagem conforme o
tipo de comunicação utilizada e segundo o alvo e finalidade da comunicação. E que para
combater os riscos de perturbação na transmissão das mensagens faladas ou escritas, a língua
tem mecanismos como a redundância, que é todo elemento da mensagem que não traz
nenhuma informação nova.
No entanto Chiavenato (2004, p.315), afirma que “em todo o processo de
comunicação existem barreiras, que servem como obstáculos ou resistências à comunicação
entre as pessoas”. As pessoas podem não conseguir se comunicar devido às barreiras como
podem usá-las como justificativas para não querer se comunicar.
22
Já, Alonso (2002, p.38) cita três classificações das barreiras que bloqueiam a
comunicação, que serão apresentadas na figura a seguir,
TIPOS DE BARREIRAS CONCEITO
Barreiras mecânicas
Um problema físico, como a surdez, algo na
produção da fala, como a gagueira, murmúrio,
rouquidão – podem impedir a recepção da
mensagem.
Barreiras semânticas
Diz respeito ao significado das palavras. Palavras
inarticuladas ou usadas inadequadamente,
interpretações aleatórias, quebra de convenções e
outros fatores, tais como o contexto no qual o código
(vocabulário ou sistema de sinais) está sendo
utilizado, podem provocar bloqueios em relação ao
entendimento da mensagem.
Barreiras psicológicas
Relacionadas à seleção e interpretação das
mensagens no processo comunicativo, de acordo
com as nossas presunções, crenças, valores e
ideologia, inseridas no processo emocional que
envolve as pessoas no ato comunicativo.
Figura 2 - Tipos de barreiras da Comunicação Fonte: Elaborada a partir da pesquisa
Notando-se uma diferença na divisão dos tipos de Barreiras da Comunicação entre os
autores, Megginson et al (1986, p.333) divide-as em Barreiras Interpessoais e Organizacionais
conceituando-as como, Barreiras Interpessoais são: Percepções diferentes – Processo complicado pelo qual selecionamos, organizamos e damos significado ao mundo que nos cerca. [...] As diferentes experiências que temos justificam as interpretações diversas de eventos e atos nas organizações. Os diferentes pontos de referência dos administradores e dos subordinados criam um grande obstáculo na maneira de perceber o comportamento das duas partes. Essas diferenças ocorrem freqüentemente nas atividades de comunicação [...]. Estereotipar – é a tendência perceptiva de estruturar o mundo em um padrão previsível [...]. Percepção Seletiva – descreve a maneira pela qual nosso quadro de referencia limita de ver (perceber) os eventos, as pessoas, os objetos, e as situações, [...] as partes mais focalizadas têm geralmente um objetivo imediato [...].
23
Status do Comunicador – [...] é a tendência a julgar, avaliar, e pesar a mensagem em termos das características das pessoas que enviam a comunicação, especialmente de sua credibilidade. Erros de Audição – [...] Alguns dos maus de audição incluem: (1) ouvir superficialmente, sem tentar levar seriamente em conta o que a pessoa está dizendo; (2) dar a impressão, pela linguagem ou maneiras (olhando para o relógio, olhando para cima, mostrando-se impaciente), de que se tem pressa em terminar a conversa; (3) mostrar aborrecimento com o assunto sob discussão; (4) não compreender o quadro de referências da pessoa que fala. Uso impreciso da linguagem – Um dos piores erros que fazemos ao nos comunicar é supor que todo o significado está nas palavras que usamos. Por exemplo um supervisor que diz a seu subordinado para “fazer uma limpeza por aqui” (querendo significar uma limpeza de cinco minutos perto da prensa do empregado) ficará muito aborrecido ao voltar uma hora depois e encontrar o empregado fazendo a limpeza de toda a arca do departamento, com prejuízo do programa de produção [...]. Diferenças na linguagem – Diversidade de culturas e línguas nos grupos de trabalho de hoje. Com o aumento das multinacionais e a compra de empresas norte-americanas por pessoas de outros paises, tornou-se mais difícil de dar ordens, receber feedback e tomar decisões [...].
Essas barreiras interpessoais demonstram como as pessoas e podem interferir no
ambiente de trabalho, e de onde elas surgem, pois o ser humano em seus aspectos físicos e
psicológicos podem comprometer no andamento dos trabalhos, porém devem ser
compreendidos pois muitas vezes são falhas inevitáveis, porém o conhecimento pode
contribuir para trabalhar com essas barreiras.
Mas há também as barreiras que são advindas da estrutura da organização, ou seja,
aquelas que interferem as pessoas no ambiente de trabalho por motivos da própria empresa.
São quatro as barreiras organizacionais: Níveis Organizacionais, Autoridade dos
Administradores, Especialização e Sobrecarga de informações, definidas por Megginson et al
(1986, p.332), que conceitua cada uma delas: Níveis organizacionais – Medida que uma mensagem atravessa vários níveis organizacionais, ela passa por diversos “filtros”. Cada nível da cadeia pode acrescentar, retirar, modificar ou mudar completamente a intenção de uma mensagem [...]. Autoridade da Administração – Fato de uma pessoa supervisiona outras, cria uma barreira para a comunicação livre e aberta. [...] muitos subordinados evitam situações em que precisem revelar informação que os faça aparecer de forma desfavorável. Especialização – Funções diferentes, interesses especiais e o jargão do trabalho podem fazer com que as empresas sintam que vivem em mundos diferentes. O resultado seria impedir qualquer sentimento de comunidade e tornar a compreensão muito difícil [...]. Sobrecarga de Informação - Mais comunicação do que se necessita ou pode processar. Esse problema é ainda aumentado pela nova tecnologia de comunicação eletrônica, que resulta no receptor que pode ficar confuso e incerto – e isso pode levar a inércia.
24
Verifica-se a diferença que há, quando o autor separa as barreiras interpessoais das
organizacionais, esclarecendo as barreiras que a própria organização pode trazer para a
comunicação, e como sugestão de serem analisadas separadamente para não se buscar os
problemas causados no processo de organização apenas nas pessoas que a compõem, mas sim
o que a estrutura da organização pode causar.
2. 4 Comunicação Organizacional
Torna-se necessário compreender os conceitos da comunicação no âmbito
organizacional.
A “Comunicação Organizacional é o processo pelo qual entidades intercambiam
informação e estabelecem um entendimento comum” (SCHERMERHORN, 1995, apud
CHIAVENATO, 2004).
O autor citado focaliza como processo entre entidades que trocam informações, essas
entidades são compreendidas entre pessoas, departamentos, hierarquias, e empresas. Portanto
para se ter uma visão melhor estruturada, cita-se Alonso (2002, p.36), que afirma que “a
Comunicação organizacional deixa de ser acionada em situações emergenciais, para inserir-
se como ferramenta fundamental e ajudar a atingir metas e otimizar relações interpessoais”.
Visto isso se conclui que a Comunicação dentro de uma organização é ferramenta
básica, portanto deve ser conhecida e bem utilizada por todos, para o sucesso de relações entre
as pessoas que estão direta ou indiretamente ligadas à organização e seus objetivos como
qualidade e competitividade.
Para que a empresa seja competitiva é necessário que se atualize constantemente,
aprimorando processos e modelos de gestão. Nesse sentido, a comunicação de duas vias, entre
a organização e seu público interno, é fundamental. (ALONSO, 2002).
Essencial para as empresas que querem manter-se no mercado competitivo, que se
englobe em aspectos emergentes como a comunicação entre a organização e seus
colaboradores, ou seja, melhorando sua comunicação interna.
A Comunicação Interna, segundo Alonso (2000, p.37), “engloba a comunicação
administrativa (memorandos, e-mails, cartas circulares, instruções), a comunicação social
(boletins, jornais internos, vídeos institucionais, revistas, etc.) e a comunicação interpessoal
(funcionários/funcionários, chefia/funcionários)”. Voltada para o público interno das
25
organizações (diretoria, gerencias, funcionários), a comunicação interna busca informar e
integrar os diversos segmentos desse público aos objetivos e interesses organizacionais,
(CURVELLO, 1993, apud ALONSO, 2002)
Para se entender melhor como funciona a comunicação interna, analisa-se então como
ela acontece, como é seu fluxo de informações e como é dividida.
O fluxo de informações pode ter duas direções, que são vertical e horizontal. A
primeira subdivide-se em Fluxo descendente que é quando as mensagens surgem dos níveis
hierárquicos altos para os demais e Fluxo Ascendente quando as mensagens em geral saem
dos níveis hierárquicos baixos para os altos. E por último na Direção Horizontal há o Fluxo
horizontal, quando as mensagens circulam em um mesmo nível hierárquico. (PIMENTA,
2004). Esses fluxos de informações devem ser analisados para identificar se há concentração
de informações desnecessárias e se há falta de mensagens importantes.
Dentro de uma organização, se estabelece o fluxo de informações através de sua
estrutura e cadeia hierárquica, portanto, nesse contexto o fluxo de informações pode ocorrer
em 4 aspectos, conforme Montana e Charnov (1999, p.298) na figura a seguir:
Figura 3 – As formas da Comunicação Organizacional Fonte: Montana e Charnov (1999, p. 298)
26
Salientando a importância dessa divisão, pois na mesma há a concentração de
problemas de comunicação organizacional, as quais prejudicam os objetivos da empresa, se
apresentam os conceitos, vantagens e desvantagens de cada hierarquia.
As hierarquias da Comunicação são conceituadas como:
Comunicação de cima para baixo: da alta gerencia para os subordinados, onde um
dos perigos é a filtragem organizacional que ocorre tanto com os superiores quanto com os
subordinados. Filtros gerados por como a transmissão de informações não suficientes do
gerente para com o subordinado, para criar dependência, pode fazer com que o subordinado
não tenha informações suficientes para realizar determinada tarefa. Ou ainda a falta de
confiança, justificada, no funcionário é necessário que a empresa não continue com aquele
funcionário na ocupação que exige confiança. Portanto o vocabulário comum necessário a
comunicação eficaz, de gerentes para funcionários, não deve ser confundido como esnobismo.
Comunicação de baixo para cima: dos subordinados para as altas gerencias e estão
ligadas a informações de desempenho ou identificação de problemas, onde o subordinado
pode informar com boa vontade informações de sucesso, pode omitir ou transmitir com medo
e justificativas noticias ruins (MONTANA e CHARNOV, 1999).
Ainda Montana e Charnov (1999) conceituam outros 2 aspectos da comunicação
interna, a comunicação diagonal e lateral: A Comunicação diagonal ocorre entre indivíduos ou departamentos diferentes que estão no mesmo nível hierárquico. A Comunicação lateral ocorre entre dois níveis hierárquicos diferentes. Ambas são vitais para o funcionamento da complexa organização atual, para permitir que indivíduos com conhecimentos diversos posam contribuir para a solução de problemas em áreas diferentes de uma organização e para servir de elo de ligação entre grupos e espalhar informações.
As comunicações internas, que tem o objetivo de facilitar o trabalho de pessoas e
grupos na organização para atingir as metas da mesma, diante os problemas e benefícios que
cada forma hierárquica possui, conclui-se que se cada forma for usada de acordo com suas
particularidades, só irá determinar o sucesso como um todo.
Porém, é preciso verificar a comunicação com o público externo, ou seja, a
comunicação externa, como saber atender aos visitantes da empresa. A comunicação externa
é aquela que abrange consumidores, clientes, fornecedores, acionistas, imprensa, enfim, o
público em geral. (BAHIA, 1995). Todo contato com o meio externo da empresa é uma ponte
para novos clientes e fontes de informações de interesse, essas fontes podem vir desde um
pequeno fornecedor até um jornal de influencia, todos devem ser bem atendidos pois são
meios de comunicação e informação.
27
Essa comunicação é dirigida ao público fora da empresa, em especial ao cliente, como
Kotler (2002, p. 385) diz:
a empresa prestadora de serviços profissionais precisa ser comunicar de modo eficaz com seus mercados e clientes [...] não basta desenvolver programas e serviços adequados, a preços atraentes, e colocá-los à disposição dos clientes-alvo. A empresa também terá de informar suas metas, atividades e ofertas aos consumidores e demais interessados, motivando-os a se interessar [...].
Fica insuficiente aquela comunicação breve sobre informações básicas da empresa,
isso vale também para um cadastro com um fornecedor, pois, ao apresentar a empresa, estará
havendo uma divulgação indireta, aquele fornecedor poderá mais tarde estar indicando a
empresa para um grande trabalho.
Faz-se necessária essa apresentação a todos os interessados pela empresa por algum
motivo. Nesse contexto Wood e Colosi afirmam que:
Sempre existem terceiros interessados – como a imprensa, o governo, o publico e a concorrência – que gostariam de ter mais informações [...] informações que se forem tratadas de forma inadequada podem destruir o relacionamento de confiança construído com a outra equipe, colocar seu grupo em desvantagem e ameaçar o acordo em andamento.
O cliente precisa estar sendo comunicado de forma eficaz, e também todos os
interessados naquele assunto, para que não haja uma imagem que a empresa faz negociações
em segredo e isso comprometer a imagem da empresa. Portanto as informações que saem da
empresa precisam ser cuidadosamente repassadas, havendo um filtro do que pode e não pode
ser informado ao publico externo, pois o sigilo pode vir muitas vezes do interesse do próprio
cliente.
Porém, é imprescindível saber que tipos de comunicação são utilizados entre os níveis
organizacionais citados e entre a organização e o público externo. Se há adequação com os
meios de comunicação utilizados e suas necessidades. Portanto serão apresentados os tipos de
comunicação existentes: Escrita; Oral; Verbal e Não-verbal.
2.4.1 Tipos de Comunicação
Os tipos de comunicação, também são classificados de forma diferente para cada
autor, para Vanoye eles subdividem-se em Comunicação Escrita e Oral. A Comunicação
28
Escrita é segundo Vanoye (1998, p. 69), “a forma tangível das imagens acústicas da
linguagem articulada”, ou seja, ela transmite a mensagem através da leitura das formas.
A escrita é cada vez mais uma garantia legal pela confiança na assinatura, contratos,
etc, diferente de uma palavra, um aperto de mão. Dentre outros, o grande problema da escrita
seria distorções que façam o leitor não conhecer as formas, pois ler é perceber as formas das
palavras. (VANOYE, 1998).
Já Comunicação Oral, segundo Vanoye (1998, p. 209) tem três aspectos quanto a
passagem do aparelho fonador humano. Esses aspectos serão apresentados a seguir: um aspecto fisiológico, vinculado ao estudo da sensibilidade às variações de freqüência (de altura), de intensidade e de periodicidade das ondas sonoras. Sem entrar em detalhes, diremos que existem limites, além ou aquém dos quais a percepção fica confusa; um aspecto psicolingüístico, vinculado ao estudo da língua enquanto conjunto de segmentos conhecidos e reconhecidos; receber uma mensagem oral é o mesmo que categorizar seus componentes gramaticais, semânticos, simbólicos, estilísticos; esta categorização se dá a partir da cultura e da experiência do receptor, em suma, de seus hábitos; um aspecto psicológico, vinculado aos problemas de atenção e de personalidade. A comunicação oral só e possível: Se o emissor da mensagem não ultrapassar certos limites fisiológicos precisos, se a mensagem for identificável e se o contato psicológico se mantiver de ambas as partes.
Porém, há outra forma de se entender os tipos de Comunicação, que são dois: verbais
e não-verbais.
Conforme Chiavenato (2004, p. 312), esses tipos são conceituados como: A comunicação verbal utiliza palavras faladas ou escritas para compartilhar informação com os outros. A língua é fundamental na comunicação verbal. A comunicação não-verbal significa o compartilhamento da informação sem a utilização de palavras para codificar os pensamentos. Os fatores comumente utilizados para codificar pensamentos da comunicação não-verbal são gestos, tons vocais e expressões faciais ou corporais.
Na comunicação esses dois tipos forem utilizados, pode haver o uso de uma
mensagem não-verbal como o tom de voz, para incrementar ou adicionar novos conteúdos na
mensagem verbal, o que pode causar uma desaprovação de um dos fatores, causando
ambigüidade, o que causaria frustração ao destinatário. (CHIAVENATO, 2004).
2.4.1 Técnicas de Comunicação
Algumas técnicas de Comunicação são listadas segundo, Alonso (2002, p.34), como: transmitir as informações, idéias e instruções de forma clara, objetiva e breve que o conteúdo a ser transmitido tenha começo, meio, fim (introdução, desenvolvimento e conclusão), nunca perdendo de vista o objetivo principal; fazer anotações dos pontos
29
importantes; fazer relatórios, atas dos assuntos tratados, para efeito de registro; pensar,cuidadosamente, sobre o que será transmitido; não usar termos rebuscados e sim termos simples, de acordo com o nível de entendimento do(s) receptor(es); dominar o assunto; pedir feedback e saber ouvir etc.
Porém em uma visão mais moderna, cita-se outras dicas vitais para se ter uma
comunicação eficaz:
• Saiba o que vai dizer: arrume as idéias, a pior coisa é alguém falar do que não
sabe.
• A quem vai se dirigir: procure as idéias ao perfil do interlocutor, adapte ao
contexto cultural da outra pessoa.
• Determine seus objetivos: quais as razões, intenção de se comunicar.
• Saiba como dizer: o método, a tonalidade da voz, as expressões faciais,
atitudes corporais, gestos, meios audiovisuais, dialogo franco e objetivo são
recursos para motivar e manter o público atento.
• Consulte outras pessoas: opiniões ajudam ao planejamento e orientação de uma
comunicação.
• Compreensão: Procure perceber se sua intenção na comunicação foi
correspondida.
• Compartilhe: Não sonegue informações, compartilhe tanto quanto for possível.
• Feedback: Sem ele não há comunicação, portanto peça e faça o feedback.
• Examine o ponto criticado: Extraia pontos positivos e construtivos ao receber
criticas.
• Procure ser claro e objetivo: Não faça rodeios, mesmo que a mensagem seja o
que as pessoas não gostariam de ouvir.
• Saiba ouvir: ouça atentamente mostrando interesse, sem interromper
desnecessariamente. (MATOS, 2004).
Não há uma só técnica ou fórmula para se comunicar bem, pois cada pessoa age de
uma maneira diferente, portanto é preciso observar segundo Oliva (2001, p.16) que: “o uso da
empatia facilita o processo de comunicação, o estabelecimento da harmonia da relação é
essencial para a criação e manutenção de vínculos entre o emissor e o receptor”. Portanto a
30
empatia é uma das qualidades de um bom comunicador, ela é tão eficaz que se percebe o
quanto ela faz bem.
Já Chiavenato (2004), cita 8(oito) dicas para melhorar a comunicação organizacional.
São elas:
1) Acompanhamento: verificar se o significado da mensagem foi realmente captado
[...]. 2) Retroação: Abertura de um canal para resposta do destinatário que permite ao
emissor determinar se a mensagem foi recebida ou se produziu a resposta desejada. 3)
Empatia: Os comunicadores se coloquem figurativamente no lugar do destinatário para
perceber como a mensagem será provavelmente decodificada, assumindo seus pontos de vista
e emoções. 4) Repetição: é a mensagem repassada de diversas maneiras para garantir que a
comunicação seja assegurada. 5) Simplificação da linguagem: os Administradores precisam
codificar as mensagens em palavras, apelos e símbolos que tenham significados para o
destinatário. 6) Boa escuta: Parar de falar, colocar-se à vontade, mostrar que quer ouvir,
afastar as possíveis distrações, buscar a empatia, ser paciente, dominar o temperamento, ir
direto ao assunto e a critica, parar de falar, evitar juízos de valor, ouvir toda a história,
reconhecer os sentimentos e as emoções, reavaliar a posição do outro, perguntar com cuidado.
7) Encorajamento da confiança mútua: confiança recíproca entre administradores e
subordinados. 8) Criação de Oportunidades: Retiros que criam uma oportunidade para troca
de idéias a respeito de um assunto que não pode ser levado em conta ou não foi recebido.
(CHIAVENATO, 2004).
No entanto, as técnicas melhor utilizadas, são aquelas adequadas a cada tipo de
empresa, de acordo com cada tipo de pessoa. É necessário conhecer todas as formas possíveis
de comunicações para conhecer e utilizar com cada situação diferente de organização e
pessoas.
Para melhor conhecer a empresa, a qual esta pesquisa se destina, serão utilizados
métodos para buscar dados e informações que venham contribuir ao conhecimento da
organização e alcançar os objetivos propostos no item 1.2.
31
3. METODOLOGIA
De acordo com a realidade da MPB buscou-se a melhor forma de pesquisa para
descrever a MPB e entender, através de pontos fortes e fracos, os problemas possivelmente
encontrados para propor melhorias conforme o objetivo desta pesquisa. Para tanto será
apresentado a caracterização da pesquisa e do recolhimento de dados na MPB.
3.1 Caracterização da Pesquisa
O ato de realizar uma pesquisa parte do princípio da necessidade de se saber sobre um
determinado assunto mais profundamente, tem como principal objetivo verificar a veracidade
dos fatos, de modo que possa trazer benefícios na área da Comunicação.
Conforme Goldenberg, (1999, p. 105), pesquisar
é a construção original de acordo com certas exigências científicas. É um trabalho de produção de conhecimento sistemático, não meramente repetitivo, mas produtivo, que faz avançar a área de conhecimento a qual se dedica.
Ou ainda, segundo Gil, (1999, p. 42), “pode-se definir pesquisa como o processo
formal e sistemático do desenvolvimento do método científico”.
Dessa forma, na MPB Saneamento, observou-se que seria necessária uma pesquisa
qualitativa na forma de um estudo de caso.
A definição pela pesquisa qualitativa se deu pelo fato de se fazer observações ao
descrever a situação atual da Comunicação da MPB. Em outras palavras, é o que descreve
Richardson (1999 p. 90): a pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características e comportamentos.
Tratando-se de um estudo de caso, com um perfil de pesquisa descritiva, Mezzaroba e
Monteiro (2003, p.107) afirmam que: o perfil desse tipo de pesquisa é altamente descritivo, o investigador pretenderá sempre obter o maior grau de correção possível em seus dados, assegurando assim a confiabilidade de seu trabalho. Descrição rigorosa das informações obtidas é condição vital para uma pesquisa que se pretenda qualitativa.
32
Também Gil (1999, p.72) conceitua que: “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo
profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento
amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos
considerados”.
Com esta pesquisa, procurou-se verificar mais detalhadamente os problemas de
comunicação que pudessem estar afetando a qualidade dos serviços prestados pelo escritório.
Portanto, acredito-se que, dessa forma, os resultados seriam mais detalhados a fim de
atingir os objetivos deste trabalho.
3.2 População e Amostra
Através da pesquisa que o pesquisador pode coletar as informações necessárias para
atingir os objetivos do assunto estudado. Porém, selecionou-se uma parte da População para
se aplicar a pesquisa, essa parte é chamada Amostra.
A amostra para a pesquisa quanto a Comunicação Interna, no caso da MPB
Saneamento foi o número total da população da empresa, utilizando-se do questionário
destinado aos colaboradores da MPB (Apêndice A), pois há um número pequeno de
colaboradores na organização. Assim, compõem a população e amostra deste estudo: 02
Sócios-Gerentes, 01 assistente administrativo, 01 Gerente Administrativo Financeiro, 01
Office-boy, 03 estagiários de Engenharia Sanitária, 03 Engenheiros, 01 Consultor, 02
Desenhistas, totalizando assim, uma população de 14 pessoas, porém 11(onze) colaboradores
responderam o questionário.
Desta forma, procurou-se representar mais detalhadamente a opinião dos pesquisados
em relação às informações solicitadas, conseqüentemente, espera-se um resultado mais
preciso das informações coletadas.
Já a pesquisa quanto à Comunicação Externa, feita com Clientes da MPB Saneamento,
a população foram os Clientes que a MPB prestou serviços desde janeiro de 2005, pois é a
partir dessa data que foi criado o catálogo de endereços no Outlook com os dados dos clientes
e assim a pesquisa pôde ser encaminhada diretamente para o e-mail do responsáveis.
Atualmente, o número de clientes são 26 (vinte e seis), portanto esse número que representou
a população desta pesquisa, porém 10(dez) clientes responderam o questionário.
Os resultados não visam generalizar a pesquisa, apenas embasar a proposta.
33
3.3 Coleta de Dados
Nesta pesquisa, foram utilizados para clientes, os questionários e para funcionários e
colaboradores, questionário e observações.
Gil (1999, p.128) conceitua questionário como:
uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentados por escrito às pessoas, tendo como objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.
Pode haver melhor obtenção da percepção dos clientes, colaboradores e funcionários,
quanto ao sistema atual de Comunicação da MPB Saneamento, se fossem aplicadas questões
escritas que buscam opiniões, experiências e expectativas, etc.
Segundo Gil (1999), para que o questionário possa traduzir o máximo de credibilidade
possível, é necessário que as questões sejam muito bem formuladas para mostrar com clareza
as informações que se deseja coletar, a fim de atingir os objetivos a serem alcançados.
Observou-se no caso da MPB Saneamento, que seria necessário a elaboração de um
questionário com perguntas abertas e fechadas, para que as respostas não ficassem muito
limitadas.
Na percepção de Gil (1999, p. 129), “questões fechadas apresenta-se ao respondente
um conjunto de alternativas de respostas, para que seja escolhida a que melhor representa sua
situação ou ponto de vista”. No entanto, as respostas apresentaram-se mais limitadas.
Portanto, optou-se também por apresentar questões abertas, a fim de se obter respostas
diversas quanto à comunicação e opinião do entrevistado, pois Gil (1999, p. 131) afirma que:
“nas questões abertas, apresenta-se à pergunta e deixa-se um espaço em branco para que a
pessoa escreva sua resposta sem qualquer restrição”. Dessa forma, acreditou-se na obtenção
de melhores resultados.
Ao descrever a comunicação da MPB, seria utilizada também, a observação
participante que conforme Gil (1999, p. 113), “consiste na participação real do conhecimento
na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. Nesse caso, o observador
assume, pelo menos até certo ponto, o papel de um membro do grupo”.
34
Os documentos em papel também foram considerados importantes na Coleta de
Dados, conforme Gil (1999, p.160) “as fontes de papel muitas vezes podem proporcionar ao
pesquisador dados suficientemente ricos para evitar a perda de tempo com levantamentos de
campo”. Portanto, foram levantados documentos de Comunicação externa como
Correspondências, Fax e E-mails enviados a clientes e Comunicação interna como E-mails
entre colaboradores, escolhidos aleatoriamente para a amostra, com (1) um exemplo de cada,
utilizados para melhor analisar diretamente como a comunicação estava sendo feita via
escrita.
Sendo que a secretária é um elo entre todos da empresa, atribuiu-se o papel de
observadora nesta pesquisa que assumiu sua função de colaboradora e membro essencial na
Comunicação Organizacional.
3.4 Análise dos Dados
As informações coletadas neste estudo foram analisadas da forma mais detalhada
possível, a fim de obter um resultado mais preciso de acordo com o objetivo do trabalho
proposto.
Conforme Gil (1999, p. 168), “a análise tem como objetivo organizar e sumariar os
dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de resposta ao problema proposto para a
investigação”.
A interpretação também fez parte do processo de análise de dados, pois segundo Gil
(1999, p. 168), “a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das
respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos”.
Contudo é importante salientar que a análise e a interpretação dependeram muito do
objetivo da pesquisa e do assunto explorado.
Salienta Martins (1994, p.47) que:
uma vez apurados os dados e informações, deverão ser analisados visando à solução do problema de pesquisa proposto, o alcance dos objetivos colimados, bem como utilizados para se testar as hipóteses enunciadas.
Foi interpretado todo o dado fornecido pelos colaboradores durante as observações e
questionário aplicado, a fim de serem captados todos e quaisquer tipos de informações que
vinham contribuir para o alcance dos resultados.
35
Os dados obtidos através dos questionários foram tabulados e apresentados em forma
de gráficos e tiveram seus dados analisados em forma de conteúdo e argumentados com base
nos conceitos expostos na Fundamentação Teórica.
Para que fosse observado a comunicação escrita foi feito o levantamento documental,
que segundo Gil (1999, p.166) tem as seguintes vantagens:
possibilita o conhecimento do passado [...] possibilita a investigação dos processos de mudança social e cultural [...] permite a obtenção de dados com menor custo [...] favorece a obtenção de dados sem o constrangimento dos sujeitos
Para tanto foi analisado documento como correspondência, fax e e-mail, observados
quanto sua apresentação e resultado para uma comunicação eficiente conforme citado na
Fundamentação Teórica.
36
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para melhor entendimento dos pontos fracos e fortes da comunicação dessa pesquisa,
descreveu-se a MPB, que é a empresa onde se realizou o estágio e aplicou-se a pesquisa.
Aspectos da estrutura da MPB contribuiram para a compreensão deste trabalho, iniciado pelas
características fundamentais da MPB. Na seqüência, foram apresentados a caracterização da
MPB, organograma, fluxograma, observações quanto a comunicação oral e escrita, descrição
dos resultados dos questionários aplicados a clientes e fornecedores e proposta de melhorias
na comunicação da MPB.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.
4.1.1 Missão, Histórico e Objetivo.
A MPB, cuja razão social é MPB Saneamento Ltda, é uma empresa brasileira, com
escritório localizado na Rua Felipe Shimidt, 649, sala 304, Centro de Florianópolis-SC, com
21 anos de atuação, especializada na prestação de serviços de engenharia consultiva para os
setores público e privado, notadamente para as áreas de saneamento básico, recursos hídricos
e meio ambientes. Tem atuado destacadamente em projetos e assessoria no licenciamento
ambiental para empreendimentos voltados para os setores de recursos hídricos tais como
energia elétrica, abastecimento de água, saneamento e indústrias de forma geral.
Os êxitos obtidos através destes princípios, resultaram em um excelente conceito da
MPB perante seus clientes, comprovando sua capacidade técnica.
4.1.2 Estrutura Organizacional
Mesmo sendo uma empresa de pequeno porte, a MPB que vem dominando e
desenvolvendo as mais modernas tecnologias, o que lhe propicia elaborar soluções específicas
e adaptada a cada realidade local ou regional, a MPB baseia-se em uma administração
objetiva, garantindo o desenvolvimento dos trabalhos nos prazos estabelecidos, propiciando
uma atuação dinâmica e flexível.
37
4.1.3 Quadro Funcional
Conta com pessoal próprio e capacitado em todas as áreas necessárias para cada fase
dos projetos de engenharia que executa. A empresa tem a sua disposição, profissionais que
atuam nas mais diversas áreas da Engenharia Sanitária e Ambiental.
Atualmente os setores do escritório da empresa dividem-se em Diretoria; Secretaria e
Recepção; Administração; Engenharia; Desenho e informática. Seus colaboradores são 4
Sócios-Gerentes, 2 Secretárias, 1 Responsável pela Administração, 3 engenheiros, 3
estagiários, 2 Desenhistas, 1 para serviços gerais e 1 office-boy e os consultores que não
possui um numero definido, pois há contratações e encerramento de contratos em períodos
curtos. Abaixo, segue a foto dos colaboradores em frente ao escritório da MPB Saneamento
no ano de 2002.
Figura 4 – Foto dos Colaboradores e Funcionários da MPB na frente do escritório.
Fonte: Arquivo da MPB
Alguns dos funcionários não trabalham mais na empresa, outros foram substituídos,
portanto não há uma foto recente do grupo da MPB.
4.1.4 Parceiros
A empresa de consultoria em engenharia tem diversas parcerias ligada a Engenharia
Sanitária e Ambiental, tem como parceiros e amigos todos envolvidos com o bom
funcionamento do escritório e seus serviços prestados.
38
Seus parceiros são: Prestadores de serviços especializados, envolvendo assim
profissionais de Engenharia, Arquitetura, Geologia, Biologia entre outros; Fornecedores de
materiais e equipamentos usados em projetos e consultorias que possam facilitar os objetivos
da MPB e o trabalho dos colaboradores e Empresas e Consultorias de Engenharia que se
tornam parcerias ou consórcios com o objetivo mutuo e amigável.
4.1.5 Organograma
A empresa MPB Saneamento, estava passando por mudanças em sua administração, e,
portanto ainda predomina o Organograma, definido pelo ISO 9001, mas que poderá sofrer
algumas alterações posteriormente. Abaixo, segue o organograma citado.
ORGANOGRAMA – MPB SANEAMENTO LTDA EPP
Figura 5 – Organograma Fonte: Arquivo da MPB
Este organograma apresentou os Setores da MPB de forma clara e objetiva, visando
que como assistentes da Direção estão os Consultores, a Gerencia Administrativa, Recepção e
Engenharia, com seus setores apoios, no caso Desenho que auxilia a Engenharia e Serviços
Gerais que auxilia a Administração.
DIREÇÃO
CONSULTORES RECEPÇÃO (ASSESSORIA / PABX)
GERÊNCIA ADMINISTRATIVA ENGENHARIA
DESENHO SERVIÇOS GERAIS
39
4.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO ATUAL SISTEMA DE COMUNICAÇÃO
INTERNA E EXTERNA DA MPB SANEAMENTO.
Através da observação participativa diária da estagiária observadora nos procedimentos
de trabalho da MPB Saneamento, apresenta-se o fluxograma baseado nas funções e no fluxo
de trabalho, envolvendo a comunicação a qual foi analisada. As observações participativas
foram registradas em dezembro de 2005, conforme etapa 3 do Cronograma e apêndice C.
4.2.1 Fluxograma
Organizado em um fluxograma, segue o fluxograma atual de comunicação
ocorrida dentro da MPB ao atender os Clientes, com ênfase maior na Comunicação Oral na
qual é mais utilizada nos primeiros contatos com o Cliente e, posteriormente, a
Comunicação Escrita que é apresentada através das figuras que representam os modelos
utilizados pela MPB e respectivamente suas descrições e problemas identificados nas
Observações participativas.
40
FLUXOGRAMA DA MPB SANEAMENTO
Figura 6 – Fluxograma
Fonte: Arquivo da MPB
Conforme teoria citada no item 2.4 deste trabalho, no que fala da do Fluxo de
Informações, o fluxo apresentado seguiu uma Comunicação de baixo para cima (Secretária à
Direção) como também a Comunicação de cima para baixo (Direção à Secretária),
identificado presente também a Comunicação diagonal e lateral (Secretaria, Administração,
Engenharia).
Secretária atende
Secretária repassa ou anota recado para o possível responsável
Discussão das Necessidades
Consulta com algum
Responsável pelo
Possível Elaboração de Proposta / ART/ Contratos / NF / Projetos na Administração/ Engenharia
Discussão das Necessidades
Consulta com Diretoria
Secretária repassa ou anota recado para o possível responsável pelo projeto ou para diretoria
Solicita Informações sobre seu
projeto
Solicita Informações do Projeto ou
pessoa responsável na época
Cliente atual Cliente antigo
Clientes já Contratados Cliente Novo
Secretária recolhe dados de contato em Rascunhos e
Agenda Eletrônica
Pode retornar ao clico
Prováveis contatos futuros
41
4.2.2 Descrição e análise da comunicação Oral:
De acordo com Fundamentação teórica no item 2.4.1 que se dirige à Comunicação
Oral, foram analisados os momentos que podem ser considerados importantes para a
Comunicação Organizacional, e através da observação participante é que se puderam
descrever essas situações no dia-a-dia da MPB:
• Atendimento na portaria a clientes, fornecedores, outros.
O pessoal visitante é identificado na recepção. Pelo nome, empresa, seu objetivo e a
quem se destinam. A Secretária informava ao colaborador da empresa pelo ramal interno, que
determinado visitante aguardava–o na recepção. O colaborador vinha ao encontro do visitante,
ou a Secretária o encaminhava até ele.
A secretária quando não era informada de reuniões ficava sem ação ao receber tais
visitantes, podendo ela, se obtivesse informações, encaminhar determinados visitantes a sala
de reunião já reservada e, posteriormente, avisar as pessoas da organização que iriam
participar dela. Conforme Alonso (2002, p.108), um os principais desperdiçadores de tempo
do Assessor(a) / Secretário (a) é quando “o executivo modifica compromissos de sua agenda
sem notificar [...] o executivo e o (a) secretário /assessor (a) não estabelecem planos diários de
trabalhos, nem definem prioridades”.
• Atendimento a ligações de clientes, fornecedores, outros.
As ligações de novos Clientes eram na maioria das vezes repassadas diretamente à
Direção. Os antigos e atuais clientes também entravam em contato solicitando falar com a
Direção ou não sabendo a pessoa certa a se dirigir, apresentavam todo seu objetivo com a
secretária, essa então repassava determinada pessoa na organização ou transmitia
informações, de acordo com o que estava anteriormente informada.
Ocorria a falta de informações suficientes para poder responder o cliente /fornecedor
no momento em que ligava, repassava as ligações para direção ou equipes de produção
desnecessariamente, causando apenas transtornos e tempo perdido. Havia dificuldade em
saber quem eram os responsáveis por determinada coordenação de tal tarefa para que o cliente
/fornecedor pudesse ser atendido prontamente de forma correta. Ainda Alonso (2002, p.108)
considera que “Telefonemas: excesso e falta de delegação, por parte da chefia, para resolver
42
diretamente alguns dos assuntos das ligações” é um dos fatores principais de desperdiçadores
de tempo.
• Atendimento da Secretária de ligações de colaboradores, direção.
A Secretária recebia freqüentemente, ligações internas dos ramais, dos colaboradores
solicitando ligações para clientes, fornecedores, e outros. As ligações são feitas pela
Secretária, que se identifica pelo seu nome e empresa, informando que passará a ligação para
outro colaborador ou direção da empresa.
O excesso de pedidos de ligações, as quais o tempo se torna insuficiente para marcá-
los, muitas vezes esquecendo da ligação solicitada, executando-a apenas depois de uma ou
duas mais solicitações do colaborador, o que causa mais transtorno ainda tanto para a
Secretária quanto para os colaboradores. Novamente o excesso de ligações bem como o
pedido delas é citada como desperdiçador de tempo do Assessor(a) / Secretário(a) nas
organizações (ALONSO, 2002). Porém se os colaboradores entregassem uma lista de ligações
já pré-determinadas para a execução durante o dia, reduzira o excesso de pedido de ligações, o
que não desperdiçaria tempo nem da Secretária e demais colaboradores.
• Atendimento direto entre colaboradores
São feitas informalmente de forma verbal e não-verbal. Sendo eficiente no momento
que requer urgência e precisão no assunto. Essa comunicação é freqüente no cotidiano da
MPB.
O não conhecimento de informações que eram importantes para outro colaborador ou
para a Secretária que podia retransmiti-las aos demais colaboradores, clientes ou fornecedores
que necessitarem daquela informação foi um ponto fraco encontrado. A falta de controle
quanto à segurança das informações, visto que eram feitas de forma verbal falada dentro da
empresa, fazia com que a informação perdesse seu valor secreto naquele ou em outro
momento. Para esses pontos fracos identificados, buscou-se como base a teoria citada no item
2.3 no que diz sobre as Barreiras Organizacionais, salientando que todas as barreiras citadas
podiam estar presentes no ambiente organizacional da MPB. Elas poderiam vir a serem
melhoradas com a colaboração da Administração da MPB, já que envolvem fatores que só
podem ser mais bem gerenciados pelos responsáveis, bem como abriu-se uma sugestão de
melhoria no item 4.4 conforme objetivo desse trabalho.
43
• Atendimento direto entre Direção e Colaboradores.
Essa comunicação era feita freqüentemente. De cima para baixo (descendente), a
direção se que dirige aos departamentos e repassa as informações tendo uma certeza de que a
comunicação foi feita naquele momento. Já a comunicação de baixo para cima, (ascendente)
era feita com os colaboradores que se dirigem a direção para fazer algum comunicado, tirar
duvida e informar desempenho ou insucesso de determinada tarefa.
Essa forma apresentou problemas como o tom de voz utilizado, certas exclamações,
comentários não desejados, inibição, seleção de um destinatário sem dirigir a palavra aos
demais causando frustração. Esses pontos fracos identificados podem ser comparados com as
Técnicas de Comunicação citadas no item 2.4.1 deste trabalho, pois é trabalhando com as
técnicas que pode haver o aperfeiçoamento da comunicação, já que o desconhecimento delas
faz com que o emissor não tenha alcance das falhas que pode estar cometendo.
No caso dos colaboradores para direção, notou-se certo receio em se comunicar, tendo
a omissão de informações ruins pelo motivo de não querer levar problemas a direção, muitas
vezes causando posteriormente um problema bem maior. Novamente as Barreiras
Organizacionais, citada no item 2.3 dessa pesquisa, no qual Megginson et al (1986, p.332)
informar que a “Autoridade da Administração – Fato de uma pessoa supervisionar à outras,
cria uma barreira para a comunicação livre e aberta [...] muitos subordinados evitam situações
em que precisem revelar informação que os faça aparecer de forma desfavorável”.
Essa barreira encontrada que pode vir a ser trabalhada de uma forma geral através de
palestras, visto que quase todas as organizações podem ter esse ponto fraco pois ela é gerada
pela própria estrutura organizacional, porem pode ser melhorada através de incentivos à
quebra dessa barreira.
• Atendimento direto entre Direção e Secretaria / Recepção.
Quase sempre a direção repassava as informações devidas, detalhadas, separadas as
quais deviam ser distribuídas aos demais colaboradores e as que não deviam ser. A Secretária
tornou-se assim um centro de informações as quais eram freqüentemente solicitadas e
importantes para que ela pudesse filtrar inúmeras ligações, comunicar-se com o emissor
(cliente / fornecedor / colaborador e outros ) ou encaminhá-lo a pessoa e tarefa certa.
44
Essa comunicação teve seu aspecto eficiente, porém a separação e caracterização das
informações algumas vezes não eram feitas, ocorria assim uma mistura de informações
urgentes, determinadas por prazo, confiabilidade, segredo ou informação nova referente à
outra informada anteriormente. Segundo Alonso (2002, p.108) o Secretário (a) deve
“negociar os urgentes sempre. Sem os aceitar facilmente ou sem questionar a sua real
necessidade e prioridade [...] devemos perguntar: urgente para que horas? [...] estabelecendo
junto à pessoa que solicitou a prioridade de cada tarefa.”. Isso iria contribuir na
Administração do tempo da Secretária e organizar as informações. .
• Atendimento direto entre Colaboradores e Secretaria / Recepção.
Com a mesma característica da comunicação anterior, portanto nesse caso o problema
identificado foi a maioria das informações que não eram nem repassadas a Secretaria, tendo
que a direção/ clientes e fornecedores obrigatoriamente se dirigirem a esses destinatários para
que pudessem obter alguma informação de urgência. Se não havia a Comunicação ou se
algumas de suas funções básicas não estavam sendo efetivadas, ressaltou-se o que afirma
Chiavenato no item 2.1 deste trabalho, no que diz as Funções Básicas da comunicação que é
controle, motivação, expressão emocional e a informação. Verificou-se que as funções de
controle e informação estavam sendo interferidas por essa falta de comunicação à Secretária.
4.2.3 Apresentação e análise da Comunicação Escrita.
Sendo uma técnica de coleta de informações, conforme citado no item 3.3, a Análise
Documental como fonte precisa de dados bem como o item 2.4.1 da Fundamentação Teórica,
ressaltavam a importância dos Documentos escritos da empresa para comprovação da
comunicação. Seguem os tipos de Documentos observados e analisados neste trabalho que são
Correspondência (ofícios), Fax e E-mail enviados à clientes e o e-mail enviado entre
colaboradores:
45
• Correspondência Enviada a Clientes:
Figura 7 - Correspondência Enviada Fonte: Arquivo da MPB
A correspondência enviada por correio, via sedex, só havia a confirmação de
recebimento, consultado pela Internet a entrega do documento. Ou via sedex com Aviso de
Recebimento, sendo que este chegava semanas depois da entrega, trazendo apenas uma
informação atrasada e segura de quem recebeu o documento.
As cartas eram feitas em rede de computadores (armazenadas em servidor para acesso
geral dos colaboradores), segundo uma ordem anual, em um Controle Manual e em Rede da
Administração. Eram arquivadas as cópias rubricadas sem timbre das correspondências
entregues pessoalmente e que obtiveram protocolos, e apenas as cópias sem timbre rubricadas
enviadas pelo correio, cujo controle deste fica na Secretaria / recepção.
46
Esse tipo de correspondência é feito com base no anterior, podendo haver
modificações, não tendo um padrão de formatação da MPB, apenas o papel timbrado.
O conteúdo das cartas enviadas pela recepção e administração, geralmente é de ordem
de apresentação de outros documentos como Notas Fiscais, Propostas e Projetos.
Já as cartas enviadas da engenharia são mais técnicas, nesses casos saindo do padrão
de formatação como letra, espaçamentos e etc.
De acordo com os registros, são encaminhadas em torno de 10(dez) a 30(trinta) cartas
por mês.
47
• Fax Enviado à clientes.
Figura 8 – Fax Enviado Fonte: Arquivo da MPB
Não há um comprovante de recebimento do fax, tendo que a Secretária ligar
novamente para o destinatário para saber informalmente se a transmissão do fax obteve
sucesso, se ficou legível e se foi encaminhado ao destinatário.
A folha de rosto de fax encaminha geralmente documentos técnicos e diversos, serve
como apresentação de qual colaborador envia e o que está sendo enviado em seguida. Porém
o uso deste vem se reduzindo cada vez mais.
48
• Correio Eletrônico Externo.
Figura 9 – E-mail Enviado. Fonte: Arquivo da MPB
Os e-mails enviados para clientes, fornecedores, entre outros são elaborados conforme
cada colaborador, não seguindo um padrão de formatação, plano de fundo, logo.
49
• Correio Eletrônico Interno
Figura 10 – E-mail Enviado internamente. Fonte: Arquivo da MPB
Nem todos os colaboradores utilizam desse recurso, não há uma conscientização de
mudança de comunicação para ser através do Correio eletrônico de forma freqüente. Alguns
colaboradores e direção utilizam, porém outros colaboradores como administração e
engenharia ainda não tinham acesso ao correio-eletrônico da empresa ou não tinham o
costume de usar.
50
4.2.3.1 Análise dos documentos apresentados.
As correspondências enviadas internamente na MPB como o e-mail exemplificado, e as
correspondências enviadas aos clientes como o oficio, fax e e-mail, tiveram na análise uma
identificação de problemas na linguagem e padronização quanto à formação.
Para o e-mail, que é uma comunicação usada com muita freqüência, sugere-se padronizar no
aspecto de imagem, como plano de fundo, logo e assinatura.
Já para o oficio segue a padronização da formatação, citada por Medeiros (2003, p. 319) para
contribuir na imagem dos ofícios:
Figura 11 – Formatação de Ofícios. Fonte: Medeiros (2003,p.319).
De uma forma geral o oficio segundo Medeiros (2003, p.317) salienta “ o que distingue de
uma carta é o caráter oficial de seu conteúdo”. Por isso tal importância de se buscar uma linguagem
formal, sem ser ultrapassada, e seguir as formatações citadas acima.
51
4.3 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE PONTOS FORTES E FRACOS NA
COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA NO SISTEMA ATUAL, SOB PERCEPÇÃO
DOS COLABORADORES E CLIENTES.
Conforme os questionários aplicados (Apêndices A e B), segue os resultados que
foram apresentados através de um gráfico para cada pergunta aplicada, sua porcentagem,
descrição e observações feitas pelos clientes e colaboradores.
A análise fundamentada dos resultados do questionário aplicado aos colaboradores
foi feita em seguida e separadamente de cada descrição de gráfico, já para os resultados do
questionário aplicado aos clientes foram descritos todos os gráficos para posterior análise
fundamentada conjunta.
Sendo que os 14 colaboradores pertencentes a essa amostra e população receberam o
questionário, porém 11 (onze) colaboradores responderam o questionário.
Já os 26 (vinte e seis) clientes que correspondem a amostra do questionário quanto à
comunicação externa, receberam o questionário, porém 10 (dez) responderam e
encaminharam a MPB.
Ambos os questionários foram encaminhados por e-mail e solicitados a responder
através de ligações feitas aos clientes e pedido diretamente aos colaboradores.
4.3.1 Perfil dos Colaboradores.
Neste item pesquisou-se sobre o perfil dos colaboradores a fim de entender
características que influenciam na comunicação da MPB Saneamento, o primeiro item é
quanto a idade dos colaboradores.
52
40%
40%
20%18 a 30 anos31 a 45 anosacima de 45 anos
Idade dos Colaboradores
Gráfico 1 – Idade dos Colaboradores
Percebeu-se que 40% dos entrevistados têm a idade de 18 a 30 anos, pois trata-se de
funcionários recém formados ou estagiários o que atualmente preenche o quadro de
funcionários da MPB. Sendo que os demais são colaboradores que já trabalham algum tempo
na MPB. Para buscar o perfil dos colaboradores, apresenta o sexo predominante na MPB, para
distinguir as possíveis diferenças que possam existir e influenciar no processo de
comunicação.
27%
73%
FemininoMasculino
Sexo dos colaboradores
53
Gráfico 2 – Sexo dos Colaboradores
Notou-se que a maioria, no caso 73% dos colaboradores da MPB, é do sexo
masculino, perfazendo um estilo de trabalho de acordo com características masculinas. Para
buscar o grau de compreensão do assunto desta pesquisa, entre outros resultados dela,
questionou-se quanto o grau de escolaridade dos colaboradores da MPB.
8%17%
17%34%
8% 8%
8%
Fundamental completo
Fundamental incompleto
Médio Completo
Médio incompleto
Técnico Completo
Técnico incompleto
Superior Completo
Superior incompleto
Pós Graduação completa
Pós Graduação incompleta
Outros
Grau de Escolaridade
Gráfico 3 – Grau de Escolaridade dos Colaboradores
Na média, a maior parte dos colaboradores tinha curso superior completo ou
incompleto. Sendo que nos níveis abaixo eram na maioria cursos completos. Pôde-se entender
assim que os funcionários tinham capacidade de entender a importância da comunicação no
âmbito organizacional. Entretanto para que pudesse analisar a estrutura da empresa e
distinguir possíveis graus de influência e experiência na MPB, buscou-se saber qual o tempo
de serviço dos colaboradores da MPB.
54
46%
9%9%
36%
Menos de 1 ano
de 1 a 3 anos
de 3 a 6 anos
de 7 a 10 anos
Acima de 10 anos
Tempo de Serviço
Gráfico 4 – Tempo de Serviço dos Colaboradores
Em sua maioria, são colaboradores que estão pouco tempo de serviço na MPB, ou já
estão há muitos anos na MPB. O que caracterizou uma rotatividade nas áreas que estão sendo
ocupadas por pessoas de pouco tempo de serviço na MPB, na comunicação isso implicou em
ter padronizado a apresentação da empresa como um todo, desde seus objetivos, estrutura e
recursos humanos. Porém a outra maioria eram colaboradores que prestavam serviços na
MPB há muitos anos, considerando-os como experientes nas funções que exercem, mas que
podiam ter sua característica própria de trabalho tendo um comportamento adquirido pela
comodidade e desmotivação no trabalho.
E por fim para entender qual a área onde há mais concentração de colaboradores e
possivelmente a comunicação deve ser adequada ao tipo de linguagem usada por ela,
verificou-se a área ou setor onde há mais colaboradores prestando serviços.
55
10%10%
10%
40%
20%
10%Direção
Recepção / Secretária
Administração
Consultoria
Engenharia
Desenho
Serviços Gerais
Setor de Atuação
Gráfico 5 - Setor de Atuação dos Colaboradores
No gráfico dos Setores da MPB, percebeu-se que a maioria dos colaboradores da
MPB atuam na área da Engenharia, havendo assim, uma caracterização de que se há mais
pessoas nesta área há mais trabalho e respectivamente mais comunicação e fluxo de
informação.
Houve assim uma necessidade de atenção maior nas áreas que há menos
colaboradores para descentralizar as informações, tinha-se em vista que o excesso de
informações podia causar problemas no andamento dos trabalhos devido à falta de tempo que
os mesmos têm. Esse aspecto pôde ser considerado como o mais agravante de stress no
trabalho, pois conforme Alonso (2002, p.93) um tipo de stress que é o “ distres – é a tensão
com rompimento do equilibrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível
com o tempo, resultados e realizações”. A comunicação nestes setores deveria ser mais
focada nesta pesquisa assim como as outras áreas que estão direta ou indiretamente ligadas.
4.3.2 Apresentação e análise dos resultados do questionário aplicado aos colaboradores
da MPB Saneamento.
A comunicação interna da MPB, muito importante para o andamento dos trabalhos
dentro de uma organização, foi questionada aos colaboradores da MPB, a fim de analisar a
percepção da importância da comunicação eficaz na empresa e também para resgatar
informações e dados necessários para mapear o perfil da MPB, obter idéias e sugestões para o
melhoramento da comunicação atual da MPB. Introduzindo o questionário fez-se a pergunta
quanto a existência de um canal para os colaboradores fazerem suas sugestões de melhoria no
ambiente de trabalho.
56
20%
40%
40%
Sim, sempreQuase sempreÀs vezesRaramente Nunca
Canal de Comunicação disponível
Gráfico 6 – canal de comunicação sempre disponível na MPB para sugestões sobre melhorias no ambiente
de trabalho.
Observações feitas por parte de alguns colaboradores nesta questão foram que existe
um canal informal que a qualquer momento podendo haver sugestões de melhoria, tanto em
ordem profissional quanto comportamental, relações com outras áreas, relação interpessoal e
etc. Porém nem todos utilizavam esse canal (por falta de costume, inibição, bloqueios
diversos). Também foi citado que o canal que falta é um administrador. Já outros
colaboradores comentaram que o canal informal (face-a-face) só era possível quando o
colaborador tinha interesse e sabe ouvir e aproveitar critica construtiva.
Visto que 40% dos colaboradores responderam que às vezes há canais de
comunicação, ficou compreendido que não há sempre um canal disponível para se fazer
sugestões. Neste caso pôde-se interpretar, através das observações feitas pelos colaboradores,
que havia um canal informal, porém ele não é usado por alguns por motivos como bloqueios,
inibições.
E assim entendeu-se que ele nem sempre existe ou está disponível ou há outras
barreiras que possam interferir neste canal informal que seria o (face-a-face).
Para verificar os canais de comunicação existentes e que os colaboradores tinham
acesso, citou-se alguns canais de comunicação e perguntou-se a quais deles se tem acesso na
MPB Saneamento.
57
22%
22%10%10%
22%
7% 7%telefonee-mailreuniõesmural face-a-faceMSNcirculares
Canais de Comunicação acessíveis
Gráfico 7 - Canais de comunicação existentes na empresa que os colaboradores têm acesso.
Somadas as respostas de canais de comunicação, o e-mail e telefone e face-a-face são
os meios que mais estavam disponíveis aos colaboradores da MPB. Entendendo-se assim que
a comunicação oral tinha maior uso na empresa, e nas demais comunicações escritas o e-mail
era considerado o mais acessado, bem como os outros meios citados como o mural, MSN,
circulares e reuniões que tem suas importâncias, porém não havia um acesso devido a
empresa não disponibilizar ou o colaborador não conhecer os demais meios.
Por isso, interrogou-se ainda, quanto a estes canais que possivelmente existiam, quais
deles eram usados com freqüência e considerados eficientes.
32%
29%9%
9%
9%9% 3%
telefonee-mailreuniõesmural face-a-faceMSNcirculares
Canais existentes considerados eficientes e frequentes
Gráfico 8 - Dos canais existentes na empresa considerados eficientes e usa com freqüência.
58
Novamente a maioria das respostas quanto utilização freqüente e eficiente de meios
de comunicação foram dirigidas ao uso do telefone e e-mail. Os demais canais foram citados
na minoria.
Os meios mais indicados como uso freqüente é o telefone (comunicação oral) e por
e-mail (comunicação escrita), verificou-se a importância do uso desses tipos de comunicação
citada na fundamentação teórica no item 2.4.1 e exemplificado na Figura 9 com a ilustração
de e-mail enviado e também na descrição de atendimento a ligações no item 4.2.2.
Quanto à função de cada comunicação foi interrogado quais eram as funções da
comunicação da diretoria para os colaboradores.
15%
35%15%
23%
12%
aconselhar
informar
dirigir
instruir
avaliar
Funções da Comunicação descendente
Gráfico 9 - Quanto as funções da comunicação descendente (de direção e gerência administrativa para
funcionários).
O intuito de entender as funções nas hierarquias da comunicação, foi saber qual é a
sua maior função dentro da MPB, que por sua vez na comunicação descendente teve a função
de informar instruir e dirigir. As outras funções também tiveram suas parcelas bem dividas e
assim puderam-se considerar todas importantes e eficientes.
Não houve observações dos colaboradores quanto a essa questão, visto que na
Comunicação descendente ou de cima para baixo, conforme item 2.4. da fundamentação
teórica, que exemplificava possíveis problemas filtragem, vocabulário utilizado e etc.
Cumprindo assim duas das funções básicas da Comunicação que é o controle e a informação
citado no item 2.1.
59
A comunicação de colaboradores para direção também foi questionada e analisada
conforme gráfico a seguir.
0%27%
30%13%
30%aconselhardar sugestõesdar explicaçõespedir ajudasolicitar decisões
Funções da Comunicação ascedente
Gráfico 10 – Quanto a função da comunicação de ascendente (funcionários para direção e gerencia
administrativa).
Na comunicação ascendente, houve uma divisão bem equilibrada quanto suas
funções de comunicação dos colaboradores para a direção. Tendo em vista a importância de
cada uma delas e ressaltando a preocupação que existia em haver canais organizados para se
ter uma comunicação clara e eficaz.
Também não houve observações dos colaboradores quanto à comunicação
ascendente que no item 2.4. da fundamentação teórica exemplificava possíveis problemas
como a omissão de informações ruins conforme citado por Montana e Charnov.
No entanto, como característica principal da eficiência e eficácia, o tempo, além da
organização citada, também era essencial para haver a formalidade da comunicação e assim
ela ser segura sem causar pressão aos colaboradores, por isso questionou-se como é essa
comunicação da direção para os colaboradores, se ela era feita em tempo hábil ou ela era
comunicada como assunto urgente.
60
27%
37%
36% Sim, sempreQuase sempreÀs vezesRaramente Nunca
Quanto à rapidez das informações da Direção
Gráfico 11 – Percepção dos colaboradores quanto às informações da Direção, se são repassadas em tempo
hábil para realização do trabalho dos funcionários.
Com uma divisão uniforme e pequena, notou-se que há de uma forma positiva, a
percepção de que as informações são repassadas em tempo hábil para realização dos
trabalhos. No entanto 36% indicaram que às vezes as informações são repassadas em tempo
hábil, fez-se entender que são informações muitas vezes oriundas de urgência e por isso nem
sempre há o que fazer para evitar.
Porém para as informações passadas com atraso por parte da direção, assim como o
atraso na comunicação entre os colaboradores, sugeriu-se um planejamento e cronograma de
datas e trabalhos a serem realizados. (ALONSO, 2002).
Portanto para que haja uma sincronia desses planejamentos buscou-se identificar se
há a comunicação entre os colaboradores, se eles procuram entre si informações gerais sobre
todo o setor, podendo assim dar respostas completas quando há interrogações sobre assuntos
ou andamento de trabalhos.
61
64%
27%
9% Sim, sempreQuase sempreÀs vezesRaramenteNunca
Comunicação no local de trabalho
Gráfico 12 - Os funcionários costumam comunicar-se no local de trabalho para obter informações gerais
de todo o setor.
Visualizando que 64% responderam que há comunicação entre os colaboradores,
verificou-se assim que há fluxo de informações forte no qual o excesso sem um planejamento
pode vir a prejudicar a realização dos trabalhos (ALONSO, 2002). Porém o lado positivo e
importante desse resultado foi que a comunicação em si existe e os problemas e barreiras
comportamentais que venham a decorrer podem ser melhoradas e trabalhadas para que essa
comunicação existente seja eficaz e organizada para o acesso de todos. Como toda
organização, há sempre setores que tem suas informações especificas de cada área, como é
citado por Megginson no item 2.3 no que ressalta as barreiras organizacionais, no caso a
“Especialização”, porém, é necessário saber qual o setores e funções dos colaboradores para
buscar informações no setor correto tendo em vista que a falta de conhecimento da estrutura
da empresa bem como as funções, cargos e setores dela podem causar uma confusão para
quem precisa de informações de outras áreas. Pois no item citado acima, Megginson revela
que a Especialização que sucede funções diferentes, interesses especiais e o jargão do trabalho
podem fazer com que as empresas sintam que vivam em mundos diferentes. No caso da MPB,
como foi verificado no Gráfico 4, houve uma porcentagem considerável no Tempo de Serviço
dos Colaboradores para que fosse analisado se há o conhecimento dos setores nos quais
devem se dirigir para buscar informações sobre todo o setor. No entanto segue a o gráfico
que representou o resultado desse objetivo.
62
18%
9%
73%
Sim, sempreQuase sempreÀs vezesRaramenteNunca
Conhecimentos dos setores e funções
Gráfico 13 - Os funcionários sabem a que setores devem se dirigir para obter informações gerais.
As observações feitas por alguns colaboradores sobre essa questão foi que só
conseguem obter a informação após passar por mais de um setor e também que o pessoal
sempre pedia informações no setor errado.
Notou-se que a maioria sabia onde buscar informações, porém 9% consideraram que
só às vezes sabem onde buscar informações, concluiu-se com as observações feitas pelos
colaboradores, que para alguns deles haiva falta de conhecimento sobre cargos e funções e
setores da empresa. Retomando assim o item 2.3 das Barreiras da Comunicação, no qual
representa a Especialização como uma barreira organizacional que impossibilita o sentimento
de comunidade nas empresas, conforme citado por Megginson.
Neste sentido a questão a ser apresentada no próximo gráfico, vem a analisar se havia
um repasse de informações para Secretária, visto que esta já tinha acesso a muitas
informações da empresa, portanto para que elas fossem completas e estejam filtradas e
definidas para atender os clientes e demais, as informações precisavam ser repassadas a
Secretária.
63
27%
0%
55%
9%9%
Sim, sempreQuase sempreÀs vezesRaramenteNunca
Centralização das informações na Secretária
Gráfico 14 - Quanto a centralização das informações na Secretária para que ela possa descentralizar a
todos.
Neste gráfico verificou-se a diferença de percepções de cada colaborador quanto a
disponibilidade das informações. Pois 27% acharam que estão disponíveis 55% responderam
que só às vezes, porém soma-se total de 18% os que indicaram que nunca e raramente as
informações estão centradas e dispostas a todos.
Alonso (2002, p.108) afirma que fator que desperdiça tempo do Assessor (a) /
Secretario (a) é quando o executivo não informa a agenda de compromissos e tarefas, pois o
assessor tem que buscar as informações para posteriormente dar seqüência ao trabalho.
Para verificar o desvio de comunicação que podia estar ocorrendo quando há forte
comunicação entre colaboradores, verificou-se se havia ou não boatos que vinham a
prejudicar a comunicação interna da MPB Saneamento.
9% 0%
36%
0%46%
9%
Sim, sempre
Quase sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não sabe, nãorespondeu
Ocorrência de boatos
Gráfico 15 - Na empresa acontecem boatos com que freqüência.
64
Em uma percepção uniforme e contraditória, notou-se que alguns colaboradores
identificaram boatos e outros desconhecem completamente. Concluiu-se que esse desvio tem
sido observado para alguns, porém a idéia do que é um boato podia estar confuso para ambos
os lados, ressaltou-se que o lado negativo de se fazer boatos pode inibir os próprios
colaboradores de responder essa questão. No entanto o lado positivo de boatos é fato e
suposições a serem levantados para a busca da informação correta, precisa e verdadeira.
Porém o boato pode ser considerado um causador de vários problemas organizacionais
tratando-se de relações interpessoais.
Entrando assim, no aspecto de pontos fortes e fracos existentes na empresa, que
possam comprometer a comunicação de qualidade dentro da organização, buscou-se verificar
se há sinergia na solução de problemas, buscando nas observações pontos fortes e fracos
ligados a comunicação ou outros que possam causar problemas no fluxo de comunicação e
trabalho.
25%
42%
33%Sim, sempreQuase sempreÀs vezesRaramenteNunca
Solução de problemas com outros setores
Gráfico 16 - Quando precisa de ajuda de outros setores (direção, secretaria, administrativo, produção) se
os problemas costumam ser resolvidos.
Algumas observações feitas pelos colaboradores no sentindo que dependem do
profissional (alguns resolvem, alguns quase sempre, alguns às vezes resolvem, outros
raramente resolvem e alguns nunca resolvem). Outra observação feita por um colaborador foi
que a falta de solução decorria de comportamento profissional e não de problemas de
comunicação.
Tendo uma compreensão distinta dos colaboradores percebeu-se que a visão deles
eram contraditórias e divididas. Visto que eles respondiam que a ajuda dos setores são dadas,
mas de uma forma limitada por área e pessoas. Na qual verificou-se que o comportamento
65
profissional é considerado o foco de problemas quanto à ajuda e solução de tarefas conforme
citado nas Barreiras Interpessoais e Organizacionais do item 2.3 da fundamentação teórica.
Abriu-se então um novo aspecto a ser estudado para que esses problemas de comportamento
de alguns colaboradores sejam solucionados primeiramente.
Porém, a fim de compreender quais são as barreiras interpessoais e pessoais
existentes, e que comprometem a comunicação eficaz da organização, levantou-se algumas
dessas barreiras para que fossem respondidas e identificadas pelos colaboradores quais estão
presentes no âmbito organizacional da MPB.
7% 4%11%
4%
4%
4%11%7%18%
4%
4%
11%11%
Diferentes pontos de vista
Clima de desconfiança
interferência de emoções
Conversas paralelas
Ruídos
Interpretações diferentes
Diferenças no vocabulário
Excesso de informações
Diferença entre autoridade
Não conhecimento sobre a rotina dos outrosfuncionários Retardamento no fluxo de informações
Lutas por espaço
Falta de canais formais de informação
colaboradores que retém informações
Barreiras presentes na Comunicação.
Gráfico 17 - Barreiras que estejam presentes no seu ambiente de trabalho,e que prejudicam a
comunicação com colaboradores, colegas de trabalho e clientes.
Quanto a outras barreiras, os colaboradores fizeram as seguintes observações: que
havia falta de espírito de equipe e faltavam definições de cargos / funções. Citou-se também
que barreiras pessoais como falta de espírito participativo, falta de comportamento conjunto e
66
de equipe, falta de vontade em realizar tarefas e alcançar soluções, preguiça profissional e
mental.
Considerando as barreiras citadas na maioria como presentes na comunicação da
MPB, identificou-se vários itens a serem estudados devido seu elevado número de barreiras
citadas. No entanto as barreiras mais consideradas presentes foram: o não conhecimento das
rotinas de trabalho dos colegas, excesso de informações e colaboradores que retém
informações necessárias. Estas estão todas ligadas às Barreiras Organizacionais apresentadas
no item 2.3, no entanto conversas paralelas foram citadas pela maioria dos colaboradores
como barreira mais presente que assim como as outras citadas nas observações são Barreiras
Interpessoais que podiam ter origem organizacional ou pessoal de alguns colaboradores.
Tendo em vista, a identificação dessas barreiras e os problemas que elas causavam
no processo de comunicação e conseqüentemente no processo de trabalho prejudicando o
andamento dos trabalhos e desempenho, questionou-se a satisfação e vontade de mudança dos
colaboradores quanto à situação atual do processo de comunicação.
7%
37%
21%7%
7%
21%
Sim, não há o que modificar
Às vezes, o processo ainda precisaser melhoradoNão, o processo precisa sermelhoradoNão tenho interesse em mecomunicarSim, sempre
Quase sempre
Às vezes
Raramente
Barreiras presentes na Comunicação
Gráfico 18 – Os funcionários se sentem satisfeitos com o processo de comunicação interna da empresa.
Neste gráfico observou-se que ainda há muito a ser melhorado no processo de
comunicação, somando as respostas que sugerem melhorar o processo de comunicação resulta
em 58%. Porém foi observado neste gráfico que ainda pode haver comodismo e falta de
interesse na satisfação e aperfeiçoamento da comunicação interna da MPB para alguns
colaboradores.
67
No entanto, houve sugestões importantes e consideráveis para a melhoria no
processo de comunicação da MPB, feitas através de uma pergunta aberta aos colaboradores
para que eles sugerissem o que deve ser melhorado. Alguns colaboradores citaram que o
ganho que a empresa teria no melhoramento da comunicação interna seria se os funcionários
antigos não dificultassem tanto na troca de informação, pois o sistema de trabalho usado por
eles é truculento, a troca ficava restrita, onde só trocavam informações em momentos
escolhidos por eles ou quando havia uma boa vontade momentânea. O que é considerado
como uma barreira interpessoal pelo Status do comunicador ou novamente a Especialização
que é uma Barreira Organizacional podia estar causando este problema citado segundo um
colaborador.
Outro colaborador citou que deve haver reuniões no processo dos trabalhos a serem
realizadas com a participação de todos os envolvidos. Também foram sugeridas reuniões
periódicas entre os envolvidos em determinado assunto ou projeto. Reuniões são consideradas
por Alonso (2002, p.119 ) como:
uma troca de informações para o esclarecimento de um ou mais assuntos. O propósito dela deve concentrar-se em traçar linhas de ação através da contribuição do grupo, promovendo assim uma maior produtividade, quando há a participação e o comprometimento do grupo na tomada de decisões.
Por isso sua vital importância na organização bem como o Planejamento, Condução,
Controle para que as reuniões realmente tenham resultados.
Ter um administrador para controlar e orientar nas atividades da empresa foi citado
por um colaborador como sugestão de melhoria.
Assim como foram citadas as utilizações de memorandos, murais, e-mails internos e
coletivos. Nesta observação nota-se que a Comunicação Escrita, por Vanoye no item 2.4.1 da
fundamentação teórica, tem uma garantia legal de que a comunicação foi efetuada.
Porem sugeriu-se, através de uma proposta de melhoria, o aperfeiçoamento da
comunicação interna já utilizada, no caso o e-mail, considerado pelos colaboradores como a
comunicação escrita mais utilizada, conforme gráfico 8, que deve ser padronizada conforme
análise da Figura 09 – E-mail Enviado.
68
4.3.3 Apresentação dos resultados do questionário aplicado aos clientes e análise geral dos
gráficos.
Nesta etapa, verificou-se, conforme os 10(dez) clientes que responderam à
pesquisa, se há características importantes na comunicação da MPB para seus clientes,
iniciando assim pela coerência das informações conforme a 1ª pergunta do questionário
(apêndice B), segue o resultado conforme gráfico abaixo:
80%
20%Sim, SempreQuase sempreÀs vezesRaramente Nunca
Clareza e compreensão das informações prestadas.
Gráfico 19 - Quanto a clareza e compreensão da comunicação da MPB.
Neste gráfico verificou-se que a comunicação da MPB é clara e compreensiva
plenamente de acordo 80% dos clientes Porém ressaltando que 20% indicaram que só às
vezes.
Para identificar se há coerência na comunicação, segue o gráfico que mostra o
resultado da percepção dos clientes quanto essa característica.
69
70%
10%
20%
Sim, SempreQuase sempreÀs vezesRaramente NuncaNão respondeu
Coerência nas informações prestadas
Gráfico 20 - Coerência nas informações prestadas pela equipe da MPB.
Neste gráfico verificou-se que a comunicação da MPB é coerente para 70% dos
clientes. Porém ressaltando que 20% responderam que é quase sempre e 10% não
responderam essa questão. Como a empresa MPB, tem como seu produto e serviço, a
consultoria em engenharia sanitária e ambiental, questionou-se sobre a comunicação
especifica, ou seja aquela que tratava diretamente sobre os trabalhos que a MPB realizava
para seus clientes.
10%
50%
10%
30%
Sim, Sempre
Quase sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não respondeu
Falta de comunicações específicas
Gráfico 21- Falta de comunicações especificas encaminhada pela MPB a seus clientes.
Uma observação importante feita por um cliente é que ele estava satisfeito com o
nível de detalhes recebido pela MPB. As comunicações especificas, detalhadas e técnicas da
70
MPB, eram efetuadas na percepção de 50% dos clientes que responderam que nunca há falta
dessa comunicação, também 30% responderam que raramente há falta dessa comunicação,
porém ainda 10% respondeu que há, no entanto 10% não respondeu a pergunta.
Nesse aspecto, visou-se buscar entender se as hierarquias das comunicações
especificam, mostram um retardamento no fluxo das informações, causando demora.
40%
20%
30%
10%
Sim, SempreQuase sempreÀs vezesRaramente NuncaNão respondeu
Hiearquia de autoridades no fluxo de comunicação
Gráfico 22 - Hierarquia de autoridades no fluxo de comunicação.
O pouco contato com MPB e fato do produto da MPB ser técnico especializado e por
isso necessitar dessa hierarquia de autoridades (funcionários para direção), foram fatores
citados nas observações feitas por alguns clientes para justificar quem não respondeu a
questão ou respondeu que há o retardamento de informações, mas que entende que isso é
normal no caso citado.
Nesta questão, as respostas ficaram também dividas, porém 30% dos colaboradores
não responderam a questão, o que leva a entender que não compreenderam a questão ou
optaram por não comentar. Portanto segundo observações, o produto da MPB é de ordem
técnica (Projetos de Engenharia) por isso ele segue a hierarquia de autoridades e um certo
retardamento é considerável normal, porém se há o retardamento anormal desse fluxo pode
estar oriundo de problemas de comunicação interna.
Para que fosse, buscado a imagem que os clientes têm da comunicação interna da
MPB, questionou-se quanto à cordialidade dos colaboradores para com os clientes.
71
90%
10%Sim, SempreQuase sempreÀs vezesRaramente Nunca
Demostração de cordialidade aos clientes
Gráfico 23 - Os funcionários demonstram cordialidade para com os clientes da MPB.
Quanto à cordialidade na comunicação da MPB, os clientes representando 90% deles
responderam que há, o que completa 10% que respondeu que quase sempre.
Consideravelmente uma indicação positiva para o atendimento aos clientes.
Portanto não apenas no aspecto da educação, mas também quanto à demonstração de
presteza aos clientes, foi questionado também conforme gráfico a seguir.
72
70%
20%
10%
Sim, SempreQuase sempreÀs vezesRaramente Nunca
Funcionários demonstram e respodem de forma
Gráfico 24- Os funcionários da MPB respondem as solicitações e reclamações, resolvem o problema no
primeiro contato, notando-se que os mesmos desenvolvem seu trabalho da forma mais rápida e eficiente.
Ressaltando que um cliente observou que há um trabalho que está demorado,
aguardando resposta, porém de uma forma positiva, 70% dos clientes responderam que há
atendimento eficiente da parte dos colaboradores da MPB, porém houve cliente que indicou
respondeu que raramente isso acontece, então há uma ligação com a espera de um trabalho,
motivo da tal frustração.
80%
10%10% Sim, Sempre
Quase sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Informações básicas direto com a Secretária
Gráfico 25- As Informações básicas são obtidas diretamente com a Secretária da MPB.
Levando em conta, que o mesmo cliente do gráfico acima, observou nesta questão
que o contato feito foi sempre diretamente com os engenheiros, ressaltou-se de acordo com a
pergunta do questionário, quanto às informações básicas, 80% dos clientes responderam que
73
há sempre a obtenção dessas informações com a Secretária, o que poupa tempo para o cliente.
Mas 10% responderam que quase sempre obtém e outros 10% responderam que raramente
obtém informações básicas com a secretária, pois o contato é direto com engenheiros.
Voltando-se então, a comunicação especifica, de ordem técnica, muitas vezes
estabelecidas em cronogramas, reuniões e contratos, questionous-se quanto a data da entrega
dos trabalhos da MPB, se estas são cumpridas.
30%10%10%
50%
Sim, SempreQuase sempreÀs vezesRaramente NuncaNão respondeu
Produto / Serviço entregues na data comunicada.
Gráfico 26 - O produto /serviço /outros são entregues na data comunicada.
Valendo ressaltar a contradição entre as respostas de alguns clientes, foram
observados por um cliente que não sabe se teve data programada no trabalho a ser feito pela
MPB, mas que a entrega esta demorando. Porém outro cliente já afirma que por se tratar de
um produto técnico nem sempre é possível cumprir os prazos pactuados.
Com as limitações citadas, 50% informaram que quase sempre são entregues e 30%
responderam que sempre são entregues.
No entanto, para identificar se os clientes encontram um canal disponível pela MPB
segue o próximo resultado.
74
17%
50%33%
Sim, Sempre
Quase sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Comunicação sempre eficientes e disponível?
Gráfico 27 - Existe um canal de comunicação (e-mail, telefone) sempre eficiente e disponível pela MPB
para se comunicar com a MPB.
De forma média, foi identificado que existem canais disponíveis, mas nem sempre
são eficientes ou são utilizados pelos clientes, 50% deles responderam que às vezes existe
canal disponível, já 33% responderam que quase sempre, no entanto 17% responderam que
sempre há esses canais disponíveis.
Portanto para identificar esses tipos de canais de comunicações, citaram-se alguns
dos canais provavelmente disponíveis, para que fossem identificados quais os canais
considerados utilizados com freqüência pelos clientes para se comunicar com a MPB.
50%
40%
10%
Vocabulário utilizado pelosfuncionáriosRuídos e conversas paralelasexistentes Diferentes pontos de vista
Influência de emoções
Outros
Não acontecem falhas
Não sei responder
Interferências da MPB que causam falhas na Comunicação.
Gráfico 28 - Meios de comunicação utilizados com freqüência para comunicação com a MPB.
Ao perguntar quais os meios de comunicação utilizados com freqüência, 48%
responderam que o telefone fixo é mais utilizado, enquanto 26% consideraram o e-mail mais
usado, no entanto 16 % consideram o fax mais utilizado. Entre outros também citados, fica
75
claro que a comunicação escrita via e-mail e a comunicação oral via telefone são as mais
utilizadas pelos clientes para se comunicar com a MPB.
Tendo em vista que nesse processo de comunicação, caracterizado pelos meios de
telefone e e-mail, entre os outros, foi questionado quais são as interferências da parte dos
colaboradores e ambiente da MPB que venham causarem falhas no processo de comunicação.
50%
40%
10%
Vocabulário utilizado pelosfuncionáriosRuídos e conversas paralelasexistentes Diferentes pontos de vista
Influência de emoções
Outros
Não acontecem falhas
Não sei responder
Interferências da MPB que causam falhas na Comunicação.
Gráfico 29 - Interferências que causam falhas na comunicação da parte dos funcionários da MPB.
O pouco tempo de contato com a MPB foi uma observação feita por um cliente.
Nesse aspecto, verificou-se que o pouco contato com a MPB limitou as respostas quanto à
fatores que contribuem a falhas. Portanto 50% dos clientes responderam que não acontecem
falhas. Mas 10% responderam que um fator que contribui a falhas são os diferentes pontos de
vista.
De acordo com a previsão das respostas do gráfico anterior, foi elaborada uma questão
para verificar quais os setores da MPB apresentam uma comunicação eficaz e satisfatória.
76
19%
33%11%
7%
26%4%
Direção Recepção / Secretária AdministraçãoConsultoriaEngenharia Desenho
Setores que possuem comunicação satisfatória.
Gráfico 30 - Setores da MPB que possuem uma Comunicação eficaz e satisfatória ( Fácil de encontrar na
empresa, retorna ligações, prestativo na comunicação, cumpre com o prometido e prontidão para ajudar).
Algumas observações feitas por alguns clientes foram que eles só mantêm contato com
recepção e engenharia; não tem contato com área de desenho e informática; tem mais contato
com Secretária e Engenharia.
Recepção / Secretária, Engenharia e Direção foram consideradas as áreas que os
clientes mais mantêm contato na MPB, porém não puderam avaliar os outros setores devido a
essa limitação.
Os comentários dos Clientes sobre a pesquisa foi o pouco contato que um cliente tem
com a MPB, pois até hoje teve contato somente com os engenheiros que visitaram o projeto.
Outro cliente também citou que a pesquisa teve uma estrutura clara e fácil de responder.
Comunicação sempre é fácil e eficiente foi comentando por outro cliente e também foi
ressaltado por outro cliente que as relações são satisfatórias e as diversidades de opiniões e
conceitos são resolvidos na prática da engenharia. Pois as ações são objetivas e eficazes e há
cordialidade e presteza requerida pelo cliente aos responsáveis da MPB.
4.3.3.1 Análise dos gráficos apresentados quanto à percepção dos clientes.
A comunicação externa teve um aspecto positivo considerando que houve na maioria
respostas sem identificações de pontos fracos, porém apenas um cliente respondeu em
algumas questões que havia problemas. No entanto as limitações nessa pesquisa foram que 16
clientes não responderam o questionário. E nas observações feitas foram comentados quanto o
setor que tinham mais contato, que no caso foi a recepção e engenharia.
77
4.3.4 Síntese dos resultados
Observações quanto à Comunicação Interna e Externa Oral:
Reuniões programadas sem serem avisadas
Falta de informações suficientes
Dificuldade em saber quem são os responsáveis por determinado projeto
Excesso pedido de ligações.
Falta de controle e segurança das informações.
Tom de voz, inibições, seleção de destinatário.
Receio em se comunicar, omissão de informações.
Não discernimento de informações urgentes ou não
Informações que não são repassadas para a Secretária.
Observações quanto à Comunicação Interna e Externa Escrita:
Cartas Enviadas: ( sem padrão exato para todos), Modelo a ser proposto.
Fax enviado: Linguagem a ser revista
E-mails enviados: Sem padrão de linguagem e formalidade. Sugere-se plano de fundo
com logo da MPB e assinatura padrão. Modelos a serem propostos.
Percepção dos Colaboradores quanto à Comunicação Interna.
Telefone e e-mail como meios de comunicação mais utilizados
Função de informar e dirigir (comunicação descendente).
Cronograma de datas e trabalhos a serem realizados.
78
Problemas como a "Especialização" pode dividir e tornar as pessoas e suas
funções / cargos desconhecidas.
Especialização pode impedir o sentimento de "comunidade" na organização.
Desconhecimento da Secretária quanto à agenda do executivo.
Problemas de comportamento profissional e interpessoal.
Barreiras da comunicação presentes: (diferentes pontos de vista, clima de
desconfiança, interferência de emoções, conversas paralelas, ruídos, interpretações diferentes,
diferenças no vocabulário, excesso de informações, diferença de autoridade, não
conhecimento sobre a rotina de outros funcionários, retardamento no fluxo de informações,
lutas por espaço, falta de canais formais de informação, colaboradores que retém
informações).
Desconhecimento da rotina de trabalho dos colegas, conversas paralelas e
retenção de informação foram consideradas as barreiras mais presentes pelos colaboradores.
Sugestões de ter um administrador,
Sugestões de utilização de comunicação interna: e-mail, mural, circular e
reuniões.
Percepção dos Clientes quanto à Comunicação Externa.
Maior parte dos clientes, quase que por unanimidade, as respostas foram positiva
quanto a Comunicação externa da MPB Saneamento. Porém com indicações de limitações das
respostas, como o produto da MPB for técnico (projetos de engenharia) e também pelo pouco
contato com todos os colaboradores da MPB Saneamento. A focalização de contato ficou na
recepção e engenharia. No caso da engenharia os engenheiros responsáveis que podem dar as
informações necessárias aos clientes. De forma geral a pesquisa teve o aspecto positivo
quanto à Comunicação Externa.
79
4.4 PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
INTERNA E EXTERNA.
Para atender o objetivo de melhorar o processo de comunicação da MPB Saneamento,
através dos pontos fracos e fortes identificados, apresentam-se propostas de melhorias que
visam aperfeiçoar os procedimentos já utilizados pela MPB bem como apresentar formas e
meios que possam solucionar as sugestões e problemas encontrados. Os itens a serem
apresentados são Fluxograma no atendimento a clientes, Padrão de E-mail, interno e externo,
Memorando proposto e de acordo com observações ligadas à comunicação, mas que se tratam
de assuntos ligados a Administração também se apresenta Sugestões de melhorias na
Administração.
4.4.1 Fluxograma de atendimento a clientes.
O fluxograma a ser apresentado é um fluxo de informação e procedimentos de como as
informações podem ser centradas e disponibilizadas na MPB, para o acesso dos
colaboradores para o fluxo de trabalho e atendimento aos clientes.
80
Figura 12 – Fluxograma proposto
O novo fluxograma visa organizar as informações, através da organização da Secretária e
da contribuição dos colaboradores, para manter as documentações atualizadas nas Pastas dos
Projetos e também mantendo as informações (que podem ser disponibilizadas) sobre o
andamento dos trabalhos.
81
Podendo solucionar problemas identificados nas observações da comunicação da MPB,
tais como falta de informações suficientes, dificuldade em saber quem são os responsáveis por
determinado projeto, falta de controle e segurança das informações, e as informações que não
são repassadas para a Secretária. O armazenamento controlado de documentos e informações
faz com que as informações passem pela Secretária de uma forma que não a sobrecarregue,
pois cada colaborador vai colocar a informação naquela determinada e poderá acessar
diretamente na pasta em rede outras informações e documentos que outro colaborador
disponibilizou. Quanto às informações e documentos que não podem estar disponíveis por não
serem precisos ou outro motivo quanto à segurança ficam retidos com o colaborador
responsável podendo somente ele passar essa informação se for mantido um contato direto.
Assim as informações e documentos certos ficam descentralizados poupando tempo dos
colaboradores e atendendo com maior eficiência os clientes.
Para que o novo fluxo de trabalho seja posto em prática, é necessária uma reunião com
os colaboradores da MPB, para que seja comunicada esta proposta e receber o feedback
positivo para apresentar ao responsável da empresa.
Quanto ao custo da implantação, não há custos de mão de obra visto que é um novo
procedimento de trabalho, porém a viabilidade dessa proposta depende da adequação também
de equipamentos que possibilitem a digitalização dos documentos e armazenamento para
acesso dos colaboradores.
Atualmente a empresa proporciona uma impressora multifuncional onde estão
concentrados os trabalhos de impressão/ xerox (preto e branco) e a digitalização de
documentos. Porém, há uma incompatibilidade nesta impressora, que ao digitalizar não pode
ser enviados documentos para impressão e nem xerox. O que causa erro tanto na digitalização
como impressão causando problemas como a perca de tempo, impressões erradas, a própria
impressora e até o servidor às vezes precisam ser desligados e ligados novamente. Esse
problema causa transtorno e dificuldade para digitalizar.
A solução aparente para este problema, seria adquirir um Servidor de Impressora que
custa em torno de R$500,00 (quinhentos reais) no mercado atual. Porém pode-se buscar
outras formas de solucionar o problema que há algum tempo já causa insatisfações nos
colaboradores e nada foi resolvido.
82
4.4.2 Padrão de Formatação de Ofícios.
Para obter a qualidade na comunicação externa da MPB Saneamento, sugere-se
uma padronização das correspondências enviadas através dos ofícios encaminhados aos
clientes e etc. Seguindo assim conforme o exemplo a seguir citado por Medeiros (2003,
p.321) que mostra o modelo atual:
Figura 13 – Modelo de Oficio.
Fonte: Medeiros (2003, p. 320).
83
Figura 14 – Continuação de Modelo de Oficio.
Fonte: Medeiros (2003, p.321).
Este modelo apresenta um oficio que pode ter duas ou mais páginas, mostrando que o
destinatário é apresentado na primeira página do oficio, e posteriormente a continuação e
assinatura. Para os ofícios de apenas 1(uma) pagina, primeiro mostra-se a assinatura e
posteriormente o remetente.
4.4.3 Padrão de E-mail interno e externo.
Sugerem-se nos e–mails internos e externos que haja uma assinatura com o setor de cada
colaborador. Também que seja padronizado nos e-mails um plano de fundo com o logo da
MPB, conforme modelo a seguir:
84
Figura 15 – Padrão de E-mail proposto.
4.4.4 Memorando proposto
Conforme sugestões dos colaboradores e atendimento à proposta de melhoria na
comunicação da MPB Saneamento, sugere-se a utilização de memorando para alcançar a
agilidade e controle nas informações entre os colaboradores. É viável, mesmo com a
utilização do e-mail, pois o memorando fica visível na mesa do colaborador e de uma forma
mais controlada ele pode se organizar com os memorandos lidos e executados as tarefas,
daqueles não lidos. Sendo que o e-mail pode muitas vezes ser lido, porém não chamar a
atenção do colaborador para determinada tarefa ou mensagem.
Os memorandos devem ser muitos bem elaborados, para que sejam breves, promovendo
assim a relação entre a concisão (brevidade) e a precisão (exatidão), a fim de que as
informações sejam expressas da melhor forma possível. (MEDEIROS, 2003).
85
Segue um modelo de memorando que pode melhor se adequar no uso na MPB
Saneamento, podendo assim ser inserido o Logo da MPB conforme as outras comunicações
escritas.
MEMORANDO
Para: Desenho
De: Secretária
Data: 23 / 03 / 06
Verificar se haverá viagens a serem realizadas no próximo mês, tendo em vista a
programação e reservas.
Greici Pitz.
Figura 16 – Memorando proposto
O memorando pode ser impresso na própria impressora da empresa, em papel
“rascunho” conforme já é feito com outras tabelas de recados, não desperdiçando papel e sem
custo de gráfica para a MPB.
Entre outras sugestões que serão listadas no próximo item para que a administração
possa tratar.
4.4.4 Sugestões para a Administração
Os resultados dessa pesquisa já foram apresentados parcialmente de forma informal ao
responsável da MPB Saneamento que por sua vez já tomou algumas decisões como a
contratação de um novo gerente administrativo e reuniões de trabalho com o setor da
engenharia. Porém ainda há os itens levantados nas observações dos colaboradores como
exemplo os problemas de comportamento profissional e interpessoal que são temas mais
86
relacionados com a Administração e que podem ser trabalhos pela Administração e
responsáveis ou elaborados novos estudos pelo profissional de Secretariado da MPB.
Visto que a desmotivação que pode ser o motivo pelo tal comportamento, pode estar
sendo advinda da falta de reconhecimento e retribuição pelo trabalho realizado pelos
funcionários. Sugere-se assim que seja traçada uma meta de Qualidade de Vida Total (QVT)
para os colaboradores, pois Alonso (2002, pg.95) et al Chiavenato (1999) revela que:
a QVT representa em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais por meio do seu trabalho na organização. Sendo assim, ela envolve uma série de fatores: 1º satisfação com o trabalho executado; 2º as possibilidades de futuro na organização; 3º reconhecimento pelos resultados alcançados; 4º o salário percebido; 5º os benefícios auferidos; 6º o relacionamento humano dentro do grupo e da organização, 7º o ambiente psicológico e físico de trabalho; 8º a liberdade e responsabilidade de decidir; 9º as possibilidades de participar.
Esses fatores podem estar sendo esquecidos pelos dirigentes das organizações que não
possuem um setor de Recursos Humanos, porém vale salientar a importância deste já que
vários outros problemas de comportamento profissional e interpessoal podem ser ocorridos
por Barreiras Organizacionais, tanto na comunicação como na estrutura organizacional e
administrativa.
O desconhecimento da rotina de trabalho, conversas paralelas e excesso de
informações também são fatores a serem trabalhos pela administração. Por exemplo ser
transmitido circulares com a descrição de cargos e funções de cada colaborador a todos
colaboradores, para que cada um saiba a limitação e dever do seu colega, bem como o
conhecimento amplo de toda a organização quebrando assim as barreiras de “especialização”
identificadas.
Para as conversas paralelas sugerem-se circulares orientando que essas conversas sejam
cuidadas para não se tornarem excessivas e atrapalhar o trabalho e concentração dos colegas.
Bem como a orientação de tom de voz e local para ter as conversas necessárias ao trabalho e
convivência humana e necessária.
O excesso de informação, também citada como uma barreira organizacional, também
oriunda da atualidade que faz as empresas estarem mais competitivas através da informação
rápida, bem como o uso da Internet, faz com que as pessoas possam ter muitas informações e
não ter tempo e nem saber como separá-las. Sugere-se um planejamento de Administração do
Tempo, que conforme Alonso (2002, p.113) alguns dos economizadores de tempo são
87
“estabelecer níveis de prioridades [...] controle das informações [...] discipline o uso do
telefone [...] limpe a mesa [...] diluir pressões não aguardando o prazo de término do trabalho
[...]” entre outras dicas importantes principalmente para o assessor e para o executivo.
Através também da organização nos procedimentos de trabalho conforme já sugerido no
item 4.4.1 no Fluxograma de atendimento á clientes, o excesso de informações pode ser
controlado organizado focando-se no que interessa visto que a era digital tem proporcionado
excesso de informação que não acompanha a memória do ser humano sem apresentar a forma
de filtrar tudo sem perder dados importantes. Por isso a importância de ter organizado o que
é prioritário ou não.
88
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atual competitividade vem exigindo das organizações que as mesmas venham se
adequar às suas novas tecnologias e padrões de qualidade, através de novas ferramentas para o
fácil acesso de informações, imprescindíveis na atual corrida contra a permanência no
mercado de trabalho.
Além disso, para alcançar um diferencial a mais, é preciso estudar e utilizar dessas
novas formas de trabalho, neste sentido procurou-se buscar uma forma de analisar a
comunicação a fim de contribuir na eficácia das atividades desenvolvidas pela MPB
Saneamento possibilitando um melhoramento no acesso dos clientes e colaboradores nas
informações necessárias ao andamento dos trabalhos, eliminando desperdiçadores de tempo
através da organização das informações.
Tentou-se obter junto aos colaboradores do escritório identificar alguns aspectos
importantes quanto à Comunicação Interna e junto aos clientes aspectos quanto à
comunicação externa, através da aplicação de um questionário com perguntas abertas e
fechadas. Após a análise do questionário aplicado, foram levantados alguns problemas
relacionados à comunicação da MPB. Considerando também que as observações e o
levantamento documental contribuíram para a identificação do sistema atual de comunicação
da MPB bem como as causas de possíveis problemas encontrados.
Com base nos dados levantados, sugeriu-se um fluxo de trabalho no Processo de
Comunicação, para as informações serem centralizadas na Secretária, sendo organizadas e
gerenciadas por ela, podendo assim disponibilizar a todos os colaboradores e clientes,
facilitando o seu próprio trabalho e dos demais com a descentralização organizada de acesso
fácil e rápido à documentos e informações importantes para o trabalho de todos os setores da
MPB.
No entanto o processo de comunicação não deve estagnar, pois muitas outras questões
podem ser melhoradas, conforme o levantamento de dados feitos, observações e comentários
importantes, bem como a aplicação dos conhecimentos da pesquisadora em disciplinas no
Curso de Secretariado Executivo, que relacionadas aos problemas levantados podem ser
elaboradas futuras propostas de melhoramento.
89
Recomenda-se, no entanto, que seja elaborado um estudo mais aprofundado quanto a
solução de Barreiras Interpessoais e Organizacionais, que reuniões sejam controladas através
de uma “elaboração de cronograma”.
Para um embasamento sobre assunto, recomenda-se também que sejam criadas palestras
e incentivos para conhecimento da importância da Comunicação na MPB.
Entre problemas e barreiras da comunicação identificadas nesta pesquisa, muitas vezes
ocasionada pela desmotivação dos colaboradores no ambiente de trabalho, pode esta vir a ser
trabalhada como atuante no incentivo na produção, na eliminação de problemas e na
implantação de novos procedimentos de trabalho.
Conclui-se que a realização desta pesquisa, colaborou ainda como um elo entre a
secretária e colaboradores e clientes que interagem no dia-a-dia, possibilitando que a mesma
tivesse a oportunidade de sugerir melhorias nas atividades desenvolvidas pelo escritório,
resultando no crescimento profissional de todos, e principalmente da organização perante seus
clientes.
90
6 REFERÊNCIAS
ALONSO, Maria Ester C. A arte de assessorar executivos, São Paulo: Pulsar, 2002. BAHIA, Benedito Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. CHARNOV, Bruce H; MONTANA, Patrick J. Administração. São Paulo: Saraiva, 1999/2000. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações.São Paulo: Thomson, 2004. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999. GOLDENBERG, Mirian. A Arte de Pesquisar. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1999. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. 5.ed. São Paulo: Scipione, 1998. KOTLER, Philip; HAYES, Thomas; BLOOM, Paul N. Marketing de serviços profissionais. 2ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2002. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações, 2 ed. São Paulo: Atlas, 1994. MATOS, Gustavo Gomes. Para se entender. Sistema ABRH Nacional. Revista MELHOR – Gestão de Pessoas. São Paulo. Nº 204, Out. 2004. MEDEIROS, João Bosco; HERNANDES, Sonia. Manual da Secretária 7. ed. São Paulo: Atlas, 1999/2003. MEGGINSON, Leon C.: MOSLEY, Donald C. & PIETRI JR ,Paul H. Administração, conceitos e aplicações. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1986. MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Sevilha. Manual de Metodologia da Pesquisa no Direito. São Paulo: Saraiva, 2003. OLIVA, E. Curso de Telemarketing. 2. ed. São Paulo: Raízes, 2001 PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação empresarial. 4. ed., rev. ampl. Campinas: Alinea, 2004. RICHARDSON, J. R,; Pesquisa Social. 3.ed. São Paulo: Atlas,1999 VANOYE, Francis. Usos da Linguagem. 11.ed. WOOD, Jack D., COLOSI, Thomas R. As outras negociações. HSM Management, São Paulo: n.8, p.76-80, mai./jun. 1998
91
APÊNDICE A - Questionário para Colaboradores
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI
CENTRO DE EDUCAÇÃO SÂO JOSÉ
COLETA DE DADOS PARA APRESENTAÇÃO EM TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE ESTÁGIO APRESENTADO A PRÉ – BANCA DE QUALIFICAÇÃO COMO
REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO TÌTULO DE BACHAREL EM
SECRETARIADO EXECUTIVO COM ÊNFASE EM AUTOMAÇÃO DE
ESCRITÓRIOS
Prezado(a) senhor(a):
Segue, em anexo, um questionário destinado à coleta de dados para a elaboração do
meu Trabalho de Conclusão de Estágio, cujo objetivo é analisar o processo de comunicação
interna e externa da empresa MPB Saneamento Ltda. Essa pesquisa poderá auxiliar na
implementação de melhorias no processo de comunicação interna/externa revertendo em
benefícios para você e para a empresa.
Solicito que o questionário seja respondido sem a necessidade de identificação pessoal
e as respostas serão utilizadas, exclusivamente, para este fim. Ressalto que esta pesquisa conta
com o apoio da direção da empresa.
Sua colaboração é muito importante!
Atenciosamente,
Greici Pitz
Acadêmica do Curso de Secretariado Executivo
92
PERFIL DO ENTREVISTADO
Idade: ( ) 18 a 30 anos ( ) 31 a 45 anos ( ) acima de 45 anos
Sexo: ( ) feminino ( ) Masculino
Escolaridade: ( ) Fundamental completo ( ) incompleto
( ) Médio Completo ( ) incompleto
( ) Técnico completo ( ) incompleto
( ) Superior completo ( ) incompleto
( ) Pós Graduação completo ( ) incompleto
( ) Outros Quais?____________
Tempo de serviço na empresa: ( ) menos de 1 ano ( ) de 1 a 3 anos
( ) 3 a 6 anos ( ) 7 a 10 anos ( ) acima de 10 anos
Setor de atuação: ( ) Diretoria ( ) Consultoria ( ) Adm. ( ) Recepção ( )
Engenharia ( ) Desenho ( ) Serviços Gerais
QUANTO A COMUNICAÇÃO INTERNA
1. Existe um canal de comunicação sempre disponível na MPB para você fazer sugestões
sobre melhorias no ambiente de trabalho?
( ) Sim, sempre
( ) Quase sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações :
2. Dos canais de comunicação citados abaixo existentes na empresa, qual(is) você tem
acesso?
( ) telefone ( ) e-mail ( ) reuniões ( ) mural ( ) face-a face ( ) MSN ( )circulares
93
Observações :
3. Dos canais existentes na empresa, qual(is) você considera eficiente e usa com
freqüência?
( ) telefone ( ) e-mail ( ) reuniões ( ) mural ( ) face-a face ( ) MSN ( )circulares
Observações :
4. A comunicação descendente (de direção e gerência administrativa para funcionários)
acontece geralmente para:
( ) aconselhar ( ) informar ( ) dirigir ( ) instruir ( ) avaliar
Observações:
5. A comunicação de ascendente (funcionários para direção e gerencia administrativa)
acontece geralmente para:
( ) aconselhar ( ) dar sugestões ( ) dar explicações ( )pedir ajuda ( ) solicitar decisões
Observações :
94
6. Na sua percepção, as informações da Direção são repassadas em tempo hábil para
realização do trabalho dos funcionários.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações :
7. Os funcionários costumam comunicar-se no local de trabalho para obter informações
gerais de todo o setor
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações :
95
8. Os funcionários sabem a que setor devem se dirigir para obter informações gerais.
( ) Sim, sempre
( ) Quase sempre
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações :
9. As informações são centradas na Secretária para que ela possa disponibilizar a todos?
( ) Sim, sempre
( ) Quase sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
10. Na empresa acontecem boatos com que freqüência.
( ) Sim sempre
96
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações :
11. Quando precisa de ajuda de outros setores (direção, secretaria, administrativo, produção)
os problemas costumam ser resolvidos.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
97
12. O processo comunicativo está sujeito a barreiras, quais as barreiras abaixo, que você
acredita que estejam presentes no seu ambiente de trabalho, e que prejudicam a
comunicação com colaboradores, colegas de trabalho e clientes?
( ) diferentes pontos de vista ( ) Clima de desconfiança ( ) interferência das emoções
( ) Conversas paralelas ( ) Ruídos
( ) interpretações diferentes devido ao vocabulário utilizado
( ) diferença entre o que as pessoas falam e vocabulário utilizado
( ) Excesso de informações
( ) diferença de autoridade e poder entre os envolvidos
( ) falta de conhecimento sobre a rotina de trabalho dos outros funcionários
( ) Os chefes e outros setores retardam o fluxo de informação.
( ) há “lutas” por espaço.
( ) falta de canais formais de comunicação
( ) colaboradores que retém ou centralizam informações que deveriam ser repassadas.
( ) Outras. Quais__________________________________________________________
13. Os funcionários se sentem satisfeitos com o processo de comunicação interna da
empresa.
( ) Sim, não há o que modificar ( ) Às vezes, o processo ainda precisa ser melhorado
( ) Não, o processo precisa ser melhorado ( ) Não tenho interesse em me comunicar
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
98
14. Sugestões de melhoria no processo de comunicação:
99
APENDICE B - Questionário para Clientes
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE SÃO JOSÉ
COLETA DE DADOS PARA APRESENTAÇÃO EM TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE ESTÁGIO APRESENTADO A PRÉ – BANCA DE QUALIFICAÇÃO COMO
REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO TITULO DE BACHAREL EM
SECRETARIADO EXECUTIVO COM ENFASE EM AUTOMAÇÃO DE
ESCRITÓRIOS
Prezado Cliente:
Segue, em anexo, um questionário destinado à coleta de dados para a elaboração do
meu Trabalho de Conclusão de Estágio, cujo objetivo é analisar o processo de comunicação
interna e externa da empresa MPB Saneamento Ltda. Essa pesquisa poderá auxiliar na
implementação de melhorias no processo de comunicação interna/externa revertendo em
benefícios para você e para a empresa.
Solicito que o questionário seja respondido sem a necessidade de identificação pessoal
e as respostas serão utilizadas, exclusivamente, para este fim. Ressalto que esta pesquisa conta
com o apoio da direção da empresa.
Sua colaboração é muito importante!
Desde já agradeço.
Atenciosamente,
Greici Pitz
Acadêmica do Curso de Secretariado Executivo
100
1 – As Comunicações da MPB são realizadas de forma clara a permitir uma compreensão
plena.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
2 – Há coerência nas informações prestadas pela equipe da MPB.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
3 – Há falta de comunicações especificas encaminhadas pela MPB a seus clientes.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
101
4 – O fluxo de comunicação segue as posições de hierarquia de autoridades. Isto é,
passam dos funcionários para a direção da empresa, retardando o fluxo de comunicação.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Comentários e observações:
5 – Os funcionários demonstram cordialidade para com os clientes da MPB?
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações optativas:
6– Os funcionários da MPB respondem as solicitações e reclamações, resolvem o
problema no primeiro contato, notando-se que os mesmos desenvolvem seu trabalho da
102
forma mais rápida e eficiente?
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
7 – As Informações básicas são obtidas diretamente com a Secretária da MPB, de forma
eficaz poupando tempo no uso do telefone, sem precisar repassar a ligação para outras
pessoas desnecessariamente.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
8 – O produto /serviço /outros são entregues na data comunicada.
( ) Sim sempre
103
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
9 – Existe um canal de comunicação (e-mail, telefone) sempre eficiente e disponível pela
MPB para eu me comunicar com ela.
( ) Sim sempre
( ) Quase Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Observações:
10 – Dos meios de comunicação abaixo, os que utilizados com freqüência para
comunicação com a MPB são:
( ) Telefone fixo ( ) Fax ( ) Cartas, ofícios via Correios
( )Diretamente no celular ( ) E-mail
( ) Skype
( ) Conversa Instantânea - Messenger (MSN)
104
( ) SMS, Torpedos, Mensagens via celular
Comentários e observações:
11 – Quais os fatores abaixo contribuem para falhas na comunicação que podem já ter
ocorrido na parte dos funcionários da MPB.
( ) Vocabulário utilizado pelos funcionários.
( ) Ruídos e conversas paralelas existentes.
( ) Diferentes pontos de vista.
( ) Influência de emoções
( ) Outros. Quais?____________________________
( ) Não acontecem falhas na comunicação
( ) Não sei responder, sem opinião
Observações:
12 – Assinale os Setores da MPB citados abaixo que possuem uma Comunicação eficaz
e satisfatória ( Fácil de encontrar na empresa, retorna ligações, prestativo na comunicação,
cumpre com o prometido e prontidão para ajudar).
( ) Direção
105
( ) Recepção ( Secretária / Assessora da Direção , PABX)
( ) Gerência Administrativa
( ) Consultores
( ) Engenharia
( ) Desenho e Informática
Observações:
13 - Sugestões para melhoria do processo de comunicação da MPB Saneamento
106
APENDICE C – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
Descrever o atual sistema de comunicação interna/externa da empresa MPB Saneamento através das observações no trabalho diário.
Quanto à comunicação Oral:
• Atendimento à portaria (clientes, fornecedores, outros) - COMUNICAÇÃO
EXTERNA – VERBAL OU NÃO VERBAL
• Atendimento a ligações (clientes, fornecedores, outros - COMUNICAÇÃO
EXTERNA - VERBAL OU NÃO VERBAL
• Atendimento a ligações (colaboradores, direção, secretaria –
COMUNICAÇÂO INTERNA – VERBAL OU NÃO-VERBAL
• Atendimento direto entre colaboradores - COMUNICAÇÃO ORAL
LATERAL OU DIAGONAL – VERBAL OU NÃO-VERBAL
• Atendimento direto entre Direção e Colaboradores – COMUNICAÇÃO DE
CIMA PARA BAIXO E COMUNICAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA - VERBAL OU NÃO-
VERBAL
• Atendimento direto entre Direção e Secretaria / Recepção. –
COMUNICAÇÃO LATERAL OU DIAGONAL - VERBAL OU NÃO-VERBAL
• Atendimento direto entre Colaboradores e Secretaria / Recepção. –
COMUNICAÇÃO LATERAL OU DIAGONAL - VERBAL OU NÃO-VERBAL
Quanto a comunicação Escrita
• Correspondências Enviadas e Recebidas - COMUNICAÇÃO
ESCRITA/VERBAL EXTERNA
• Fax Enviado e Recebido - COMUNICAÇÃO ESCRITA/VERBAL
EXTERNA
• Correio Eletrônico entre colaboradores, secretaria, direção, clientes,
fornecedores e outros. - COMUNICAÇÃO ESCRITA/VERBAL INTERNA E EXTERNA
107
8 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Greici Pitz Paulo José Aragão Emilia Marta Schveitzer
Estagiário (a) Supervisor(a) de campo Professor (a) Orientador (a)