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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR
ANTÔNIO PITZ JÚNIOR
OS PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DA EMPRESA ORSITEC: ESTUDO DE CASO
São José 2006
ANTÔNIO PITZ JÚNIOR
OS PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DA EMPRESA ORSITEC: ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação – apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí.
Professor Orientador: Amarildo Felipe Kanitz
São José
2006
ANTÔNIO PITZ JÚNIOR
OS PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DA EMPRESA ORSITEC: ESTUDO DE CASO
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final
pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Comércio Exterior da
Universidade do Vale do Itajaí, em [dia, mês e ano – constante da ata de aprovação]
Professora MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – CE São José
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
Professor MSc. Amarildo Felipe Kanitz
Univali – CE São José Professor Orientador
Professor MSc. Julio César Schimitt Neto
Univali – CE São José Membro
Professora MSc. Evelize Mara de Souza Gomes Martins
Univali – CE São José Membro
iii
Aos meus pais, Antônio e Marli, minha irmã Juliana e a minha namorada Carolina, exemplos de vida, amizade e força.
iv
AGRADECIMENTOS: À minha família, namorada e amigos pelo apoio, incentivo e compreensão. À Orsitec, pela oportunidade de realização do trabalho. Ao professor Amarildo Felipe Kanitz, pela orientação e incentivo no desenvolvimento deste trabalho. Aos professores do Curso de Administração com Habilitação em Comércio Exterior do CES VII – São José. E a todos aqueles que de maneira direta ou indireta contribuíram para a realização deste trabalho.
v
“Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. (Cora Coralina)
vi
RESUMO
O presente trabalho acadêmico propôs-se a descrever as tarefas realizadas na empresa Orsitec
Assessoria em Comércio Exterior S/A, identificando a percepção da rotina de trabalho para
com os colaboradores desta organização. Foi realizada, uma pesquisa descritiva, junto aos
colaboradores da Orsitec. Pode-se apurar após a pesquisa que os colaboradores atualmente
atuam em serviços variados não se fixando em apenas uma atividade rotineira. Pode-se
concluir que o comércio exterior é uma área de constante renovação, pode se perceber isto
pelas mudanças dos serviços oferecidos pela organização atualmente, que não se resume
somente ao despacho aduaneiro.
Palavras-chave: despachante aduaneiro, serviços e comércio exterior.
vii
ABSTRACT
The present academic work considered to describe it the tasks carried through in the Orsitec
company Assessorship in Foreign commerce S/A, being identified the perception of the work
routine stops with the collaborators of this organization. It was carried through, a descriptive
research, next to the collaborators of the Orsitec. The research can be selected after that the
collaborators currently act in varied services if not fixing in only one routine activity. It can be
concluded that the foreign commerce is an area of constant renewal, can currently perceive
this for the changes of the services offered for the organization, that it is not only summarized
to the customs forwarding.
Key-words: customs’ broker, services and foreign trade.
viii
Lista de siglas e abreviaturas
AFRF – Auditor-Fiscal da Receita Federal.
AFRMM – Adicional do Frete para Renovação da Marinha Mercante.
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
ATA – Associação de Transporte Aéreo.
BACEN – Banco Central do Brasil.
CE – Comprovante de Exportação.
CFR – Incoterms, onde o vendedor assume todos os custos (custo e frete).
CI – Comprovante de Importação.
CIF – Cost, Insurance and Freight.
CIN – Centro internacional de negócios.
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.
CONCEX – Conselho Nacional do Comércio Exterior.
DDE – Declaração de Despacho de Exportação.
DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior.
DI – Declaração de Importação.
DMM – Departamento de Marinha Mercante.
DSI – Declaração Simplificada de Importação.
EADI – Estação Aduaneira do Interior.
FCA – Free Carrier.
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.
FOB – Free on Board.
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.
ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços.
INCOTERMS – Termos internacionais de comércio.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
LI – Licenciamento de Importação.
MANTRA – Manifesto de Trânsito de Carga.
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul.
NALADI – Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração.
ix
NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul.
OMC – Organização Mundial do Comércio.
PIS – Contribuição para os programas de integração social.
RC – Registro de Operação de Crédito.
RE – Registro de Exportação.
RECOM – Registro Especial de Importação de Insumos.
REI – Registro de Exportadores e Importadores.
REPETRO – Regime Especial de Importação de Bens Destinados às Atividades de
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e Gás Natural.
REPEX – Regime Especial de Importação de Petróleo e seus Derivados.
RES – Registro de Exportação Simplificado.
ROF – Registro de Operações Financeiras.
RV – Registro de Vendas.
SECEX – Secretaria do Comércio Exterior.
SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados.
SGP – Sistema Global de Preferências.
SH – Sistema Harmonizado.
SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior.
SRF – Secretaria da Receita Federal.
ZFM – Zona Franca de Manaus.
ZPE – Zona de Processamento de Exportações.
x
SUMÁRIO
Resumo .................................................................................................................................................................. vi
Abstract ................................................................................................................................................................vii
Listas de siglas ....................................................................................................................................................viii
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................12
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .....................................................................12
1.2 OBJETIVOS...............................................................................................................13
1.2.1. Objetivo geral .............................................................................................13
1.2.2. Objetivos específicos..................................................................................13
1.2.3. Justificativa.................................................................................................13
1.3 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ....................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................16
2.1 COMÉRCIO INTERNACIONAL ..........................................................................................16
2.1.1 Precauções e cuidados em relação ao Comércio Internacional ..................19
2.1.2 Sistemática de Importação..........................................................................20
2.1.3 Sistemática de Exportação..........................................................................25
2.1.4 Incoterms ....................................................................................................28
2.1.5 Regimes aduaneiros....................................................................................31
2.1.6 Despacho aduaneiro....................................................................................33
2.1.7 Despacho aduaneiro de importação............................................................34
2.1.8 Despacho aduaneiro de exportação ............................................................35
2.2 MODAIS DE TRANSPORTE, FRETE E SEGURO ...........................................................36
2.2.1 Marítimo .....................................................................................................37
2.2.2 Aéreo ..........................................................................................................38
2.2.3 Transporte Ferroviário................................................................................40
2.2.4 Transporte Rodoviário................................................................................40
2.2.5 Transporte Multimodal ...............................................................................41
2.2.6 Seguro.........................................................................................................42
2.2.7 Capatazia ....................................................................................................42
2.2.8 Armazenagem.............................................................................................43
2.2.9 Adicional ao frete para renovação da marinha mercante ...........................43
2.3 SERVIÇOS ................................................................................................................43
xi
2.3.1 Perfil do cliente de serviços........................................................................44
2.3.2 Terceirização de serviços............................................................................45
2.3.3 Características dos serviços ........................................................................47
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO.............................................................................................48
4 RESULTADOS DA PESQUISA ........................................................................................49
4.1 FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELA EMPRESA NAS ATIVIDADES DE IMPORTAÇÃO E
EXPORTAÇÃO ...........................................................................................................49
ORGANOGRAMA ORSITEC ASSESSORIA E COMÉRCIO EXTERIOR S/S LTDA. ......................51
4.3 AS ETAPAS REALIZADAS PELA EMPRESA NA SUA ATIVIDADE DE IMPORTAÇÃO E
EXPORTAÇÃO ...........................................................................................................52
4.3.1 Negociação de frete ....................................................................................52
4.3.2 Classificação de mercadorias......................................................................53
4.3.3 Previsão de custos de importação e exportação..........................................54
4.3.4 Assessoria logística ....................................................................................54
4.3.5 Assessoria de câmbio .................................................................................55
4.3.6 Emissão de Licenciamento Automático (LI)..............................................55
4.3.7 Despacho de Importação ............................................................................56
4.3.8 Despacho de Exportação ............................................................................57
4.3.9 Conferência dos documentos......................................................................58
4.3.10 Contato com órgãos intervenientes ............................................................58
4.3.11 Confecção do Certificado de Origem .........................................................59
4.3.12 Acompanhamento de previsão de chegada de embarques..........................59
4.4 PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES FRENTE AOS FATORES LIMITADORES E
FACILITADORES EM SUAS ATIVIDADES NA EMPRESA ................................................60
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................64
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................66
ANEXOS .................................................................................................................................69
1 INTRODUÇÃO
A expansão no comércio vem proporcionando mudanças no contexto das organizações,
onde se percebe que cada vez mais o mercado se torna exigente, assim iniciativas para inserir-
se no contexto global são necessárias para as mesmas.
A globalização provoca um grande impacto em países e empresas ao redor do mundo,
sendo que os capitais e a tecnologia de setores privados circulam além das fronteiras
nacionais, fazendo com que a necessidade das empresas relacionarem-se internacionalmente
cresça imensamente.
O processo de práticas comerciais juntamente com os acordos internacionais e
preferenciais alteram a realização de novos negócios, o que passam a acontecer em caráter
mundial. A internacionalização torna-se, portanto, importante para as empresas, sendo que
elas encontram a oportunidade de expandir negócios através das exportações e adquirem
produtos não fabricados no seu país de origem com as importações. De fato, a
internacionalização torna-se o caminho natural, para que as empresas se mantenham
preparadas e competitivas.
Nesse sentido, há possibilidade de mercado para empresas de assessoria em comércio
exterior. Estas empresas têm a função de administrar os processos e rotinas dos processos de
importação e exportação para empresas que desejam iniciar ou participar do comércio
internacional e que pelas dificuldades aparentes precisam de apoio.
A empresa Orsitec Assessoria em Comércio Exterior S/S Ltda, buscando atender este
mercado em constante crescimento, tem por objetivo oferecer prestação de serviço
especializado, para os clientes atuais e clientes em potencial.
Assim este trabalho tem como finalidade descrever os procedimentos realizados no
cotidiano desta empresa.
1.1 Descrição da situação problema
Diante da inserção crescente de empresas brasileiras e precisamente o Estado de Santa
Catarina, no ambiente do comércio internacional, percebe-se a necessidade de compreender
como uma empresa prestadora de serviços e assessoria em comércio exterior, vem
13
desempenhando suas atividades, apontando como está estruturada a empresa Orsitec
Assessoria de Comércio Exterior S/S Ltda., no que diz respeito ao processo de exportação e
importação realizadas, e como as atividades rotineiras são desenvolvidas nesta organização.
1.2 Objetivos
1.2.1. Objetivo geral
Descrever o processo de prestação de serviços de importação e exportação realizados
pela empresa Orsitec Assessoria de Comércio Exterior S/S Ltda.
1.2.2. Objetivos específicos
• Relatar as funções desempenhadas pela empresa na sua atividade de
importação e exportação.
• Descrever as etapas do processo rotineiro de exportação e importação.
• Verificar a percepção dos colaboradores frente aos fatores limitadores e
facilitadores em suas atividades na empresa.
1.2.3. Justificativa
No contexto global, as empresas passam por profundas mudanças, pois qualidade e
competitividade podem deixar de ser apenas um diferencial entre as companhias para se
tornarem fator de sobrevivência no mercado global.
Com a queda das barreiras protecionistas, traça-se um novo desafio para as empresas.
A concorrência, que antes era nacional, agora é global, incrementada pelo surgimento dos
blocos econômicos e acordos comerciais entre países. Vê-se então a necessidade das empresas
estarem atentas às oportunidades de abertura de mercado em outros países.
14
A motivação pela escolha do tema derivou-se da experiência adequada na prática de
estágio, e também, pelo interesse em aprofundar o conhecimento na área, complementando a
formação adquirida durante o curso de administração com ênfase em comércio exterior.
Percebe-se, também a oportunidade de se criar um diferencial para o acadêmico uma
vez que os conhecimentos aqui obtidos poderão ser úteis no campo profissional.
Esta escolha também visou contribuir com a empresa, para descrever o processo de
prestação de serviços que possam ser úteis para a realidade da Orsitec Assessoria em
Comércio Exterior S/S Ltda., viabilizando informações e proporcionando controle sobre os
processos de importação e exportação.
Para a Univali, esse estudo poderá contribuir com os demais alunos, uma vez que
diversos ramos do comércio exterior são abordados e podem servir como base para outros
trabalhos.
1.3 Apresentação geral do trabalho
Neste trabalho de conclusão de curso foram abordados quatro capítulos.
Primeiramente à introdução, descrição da situação problema, objetivos geral e específicos e,
por fim, a justificativa da escolha na área de prestação de serviços como objeto de estudo.
A revisão da literatura é apresentanda no capítulo 2, que é dividido em duas partes. A
primeira parte é caracterizada pelo comércio exterior brasileiro, ressaltando os conceitos dos
principais autores de comércio exterior, abordando o despacho aduaneiro. Na segunda parte
da fundamentação teórica abordam-se os serviços, apresentando a definição de serviços, a
terceirização dos serviços, as características dos serviços e, finalmente, a qualidade dos
serviços.
Feita a revisão de literatura, o terceiro capítulo descreve os aspectos metodológicos
utilizados na pesquisa, os procedimentos adotados para a coleta de dados e as formas como as
informações foram analisadas.
No capítulo quatro é apresentado o estudo de caso, que é o resultado da pesquisa. Esse
estudo compreende um rápido histórico e caracterização da empresa em estudo, bem como a
descrição e o mapeamento do processo de rotineiro de importação e exportação.
15
Concluindo o estudo, o quinto capítulo apresenta as considerações finais do trabalho e
sugestões a respeito de como a empresa poderá fazer uso da sistemática para lapidar a sua
prestação de serviços.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A teoria se faz necessária para que se possa dar base concreta ao estudo abordado e
com isso se ter uma compreensão dos temas que se considera importante, como o comércio
internacional, importação, exportação entre outros para o desenvolvimento do trabalho.
2.1 Comércio Internacional
Ao apresentar referências de ordem teórica sobre relações comerciais entre as nações
pode-se perceber que o fluxo e a importância do comércio internacional desenvolveu-se com
mais ênfase após a Segunda Guerra Mundial, época em que os países precisavam se
reconstruir e voltar a possuir a economia estável que havia sido arrasada. Com a intensidade
do comércio, os países conseguiram se reestruturar.
Nas reflexões de Ratti (2000), o comércio internacional nada mais seria do que um
prolongamento do comércio interno, sendo que, o comércio internacional e o comércio
interno apresentam várias semelhanças, já que ambos têm como base os desejos e as
necessidades humanas e, como objetivo primordial, o atendimento dessas necessidades e
desejos.
Na visão de Keedi (2005) diante do exposto o comércio internacional significa o
intercâmbio de bens e serviços entre países, oriundos das vantagens comparativas dos países e
das especializações na divisão internacional do trabalho, buscando sempre uma integração
econômica mundial.
Nos dizeres de Maia (1998), o comércio internacional não se resume apenas na troca
de bens e divisas, mas também na prestação de serviços, que são atos humanos relacionados
com a atividade econômica.
Na visão de Maluf (2000, p.18) o “Comércio Internacional é o principal instrumento
com que o mundo capitalista busca implantar a ordem econômica liberal, do ideal de
integração e internacionalização da economia mundial.”
17
Assim também existem as relações entre os países, sendo que estes necessitam trocar
as mercadorias pelas mais diversas razões, e elas poderão não estar relacionadas a abundância
ou à falta de recursos, clima, capital, mão de obra, entre outros fatores.
Segundo Silva (2001) o comércio internacional é o grande responsável para o melhor
desempenho econômico das nações. Assim nota-se que há uma interligação com vários países
e cada vez mais este vínculo aumenta, gerando uma interdependência muito grande entre esta
co-relação.
Nos dizeres de Keedi (2005), a importância dos relacionamentos tem como base os
motivos materiais, visto que estão interligadas a motivos comerciais onde a compra e venda
de mercadorias fariam um conjunto mais abrangente de contatos e ações entre os países. Nota-
se que a política influência as negociações comerciais, assim pode-se estabelecer um volume
de negócios entre os países.
Conforme Vazquez (1999), diante das referências acima, o comércio internacional
apresenta-se a cada dia obtendo um maior crescimento em valores, quantidade e variedade
comercializada, podendo-se dizer assim que cada vez mais buscamos trocas no exterior e
expandindo os sistemas de produção e comercialização entre países.
Para Keedi (2005), percebe-se a crescente comercialização entre os países pois
nenhum país consegue produzir tudo o que necessita, ou seja, ser auto-suficiente. E mesmo
tendo recursos para suprir sua auto-suficiência, se depara com custos inviáveis. Para tanto
estes buscam se especializar nas áreas de maior produtividade, onde pode obter vantagens em
relação a outros países, comercializando assim seus produtos com estas nações.
Segundo Maia (1998) existe uma interdependência até mesmo em países que
produzem a mesma mercadoria. Porém o fator que as diferencia é o custo de produção, isto
traz uma maior tecnologia obtida através de pesquisas, fazendo com que se torne vantajoso
comprar do que produzir.
Conforme Bortoto (2004), com a melhoria na qualidade tem-se um ponto
determinante nas relações comerciais, caso haja uma abertura de fronteira esta poderá
balançar a produção interna por meio da concorrência estrangeira, ou permitirá mudanças
importantes na produção da indústria nacional.
A visão de Torres (2000), mostra que paralelamente ao processo de globalização
identifica-se outro movimento no sentido de integração política, econômica e social de
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Estados Nacionais em esferas regionais que buscam também o fortalecimento da presença
regional no cenário multilateral, movimento este denominado de Integração Regional.
Nos dizeres de Silva (2001), entende-se que uma integração econômica regional
consiste na formação de um mercado integrado de dois ou mais países, constituído a partir de
uma progressiva eliminação de barreiras ao comércio de bens e serviços, ao movimento de
fatores de produção e até mesmo na criação de instituições supranacionais voltadas para a
coordenação e uniformização das políticas dos países-contratantes.
A integração econômica dos países se processa por fases com características bem
definidas. Existem assim as seguintes formas de integração segundo Silva (2001) e Bortoto
(2004):
• Zona Preferencial: Consiste numa região englobando dois ou mais países,
caracterizada pela adoção mútua de tarifas preferenciais (reduzidas), para o
comércio intra-bloco.
• Área de Livre Comércio: Trata-se de uma região em que os países membros
eliminam as barreiras ao comércio intra-regional, mas mantêm suas políticas
comerciais independentes em relação aos países não-membros.
• União Aduaneira: Oferece os mesmos benefícios da Área de Livre Comércio,
tendo ainda uma política externa comum, onde os estados-membros passam a
adotar uma política comercial uniforme em relação aos países exteriores à
união.
• Mercado Comum: Além das características de uma União Aduaneira, permite a
livre circulação de fatores de produção. Ou seja, a mão-de-obra, o capital e
empresas podem circular livremente entre os países da região, sem qualquer
restrição.
• União Econômica e Monetária: Trata-se de um mercado comum com adoção
de políticas econômicas uniformes e unificadas, inclusive com a constituição
de uma autoridade econômica central e supranacional encarregada de
coordenar e fazer cumprir aquelas políticas. É o estágio mais avançado de
integração econômico-regional, sua maior expressão é a adoção de uma moeda
única em todos os estados-membros.
19
Segundo Torres (2000, p.29) “A forma de integração mais profunda é a União Política,
que pressupõe, além da existência do mercado comum e união monetária, a criação de política
comum de relações externas, de defesa e de segurança”. Sendo assim percebe-se a
necessidade da integração entre os países para um fortalecimento econômico, demonstrando
que a cada dia necessitamos de mais parceiros comerciais.
2.1.1 Precauções e cuidados em relação ao Comércio Internacional
Tendo em vista que para uma boa negociação é preciso conhecer o país com quem se
irá trabalhar e o futuro parceiro, nesse aspecto, é interessante analisar:
• Política do país do importador – sendo outro país, o sistema político ou a
política de comércio exterior adotada por ele pode ser diferente e, assim, tem
que ficar alerta para que esta diferença não acarrete em prejuízos.
• Idioma – é recomendado utilizar o idioma do país do importador, o inglês ou
outro acordado entre o importador e o exportador. Existem palavras que não se
podem utilizar por possuírem uma conotação diferente no país do importador.
• Cores – nem todas as cores utilizadas com sucesso aqui no Brasil, darão
resultado em outros países.
• Cultura – os hábitos culturais e sociais deferem-se entre as nações. Esta
variável tem que ser profundamente estudada para evitar os problemas
advindos de choques culturais.
As empresas que desejam entrar no mercado internacional devem tomar cuidado com
estes itens para viabilizar a exportação ou importação com sucesso, sem causar nenhum
constrangimento para as empresas ou para os países.
Há a necessidade também, de ficar atento no que se refere às barreiras para a
exportação. Elas podem inviabilizar um projeto ou até fazer com que o exportador perca
mercado. Segundo Minervini (2001), pode-se listar algumas barreiras pertinentes a
exportação:
No país do importador:
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• Normas técnicas – há países que só permitem a entrada de mercadorias caso
estas obedeçam a certas especificações.
• Localização geográfica e elevados custos de frete e transporte – dependendo de
onde se encontrar o país de destino, o negócio se torna inviável pelo alto custo
de transporte a ser pago.
• Diferenças culturais – há que se tomar muito cuidado com este item, por ser
outro país, conseqüentemente, apresenta outra cultura e outra consciência,
outro modo de viver.
• Concorrência local – é bom que se faça um estudo sobre a concorrência local
para que o produto não chegue com preço maior ou com pior qualidade.
• Instabilidade econômica – há que se informar sobre a solvência do país.
• Excessivo protecionismo na indústria local – por mais globalizado que o
mundo esteja, os governos ainda protegem as indústrias locais.
No país exportador:
• Falta de uma política de comércio exterior – há países que não possuem nem
política e nem infra-estrutura voltadas à exportação.
• Excesso de regulamentações – muita burocracia para se exportar.
• Empresário exportador não está preparado – como as empresas não exportam,
não existe a chamada mentalidade exportadora.
• Falta de um sistema atualizado de oportunidades de negócios – com a
globalização e o avanço da tecnologia, tem-se um excesso de informações.
Tem que haver um melhor gerenciamento destas informações voltadas à
captação de clientes, mercados e produtos para o empresariado que deseja
exportar.
2.1.2 Sistemática de Importação
Para Keedi (2002), ao buscar uma compreensão sobre como conceituar importação
pode-se demonstrar sendo a saída da mercadoria de um país com entrada em outro. Sendo que
as importações podem ser diretamente ou indiretamente para o consumidor final, onde as
21
diretas são os próprios produtos de consumo e as indiretas seriam os maquinários para a
indústria nacional poder aperfeiçoar sua produção e se tornar mais competitiva tanto
internamente como externamente. Estas importações podem ser efetuadas com ou sem
cobertura cambial, e também, podem ser definitivas ou não definitivas.
Para Ratti (2000), denomina-se importação a entrada de mercadorias em um país,
proveniente do exterior. Essa importação poderá compreender, também, os serviços ligados a
aquisição desses produtos no exterior (fretes, seguros, serviços bancários etc).
Segundo Maluf (2000), importação é à entrada de mercadorias no país, provenientes
do exterior, resultando, conseqüentemente, na saída de divisas.
Para Keedi (2002), não existe apenas a importação de bens, as empresas podem
também importar serviços, entre estes, assessoria, consultoria, conhecimentos, transportes,
turismo, dentre outros.
Segundo Maia (1998), uma importação poderá ser vantajosa pois permite ao país
comprador adquirir uma mercadoria de alta tecnologia desenvolvida por outras nações.
As importações quando definitivas são importadas e após nacionalizadas, conforme
Barbosa (2001), isto independe da cobertura cambial. Nas importações não definitivas não
ocorre nacionalização, como é o caso das mercadorias importadas sob o regime aduaneiro
especial de admissão temporária que são re-exportadas após um período de tempo de
permanência no país.
Maluf (2000) e Vazquez (1999), descrevem os documentos que são de extrema
importância para o comércio internacional, sendo assim descreve-se os documentos que
fazem parte deste processo de importação:
• LI – Licença de Importação (se for o caso): para alguns produtos é feito o
licenciamento não-automático (LI). Por esse procedimento, o importador deve
prestar informações mais detalhadas de sua carga.
• DI – Declaração de Importação: documento norteador do despacho aduaneiro,
a DI deve contar informações gerais, que incluem importador, transporte carga
e pagamento; e as específicas, chamadas adição, onde constam fornecedor,
valor aduaneiro, Incoterms, tributos e câmbio.
• CI – Comprovante de Importação: documento oficial emitido pelo sistema final
de uma importação.
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• Fatura Comercial: é o documento hábil para o desembaraço da mercadoria no
país de destino.
• Conhecimento de Embarque: é um título de crédito emitido pelo transportador
que relaciona todos os conhecimentos de carga embarcados em determinado
ponto e destinado a um outro ponto.
• Certificado de Origem: é um documento que confirma a natureza, quantidade,
valor e outros dados das mercadorias e objetos de exportação, incluindo
também uma declaração formal de que as mercadorias são originárias de
determinado país.
• Packing List: este não é um documento contábil e tem por finalidade auxiliar
nos serviços de movimentação de carga, identificação das mercadorias pela
alfândega e conferencia por parte do importador.
• Comprovante de pagamento de impostos, taxas e despesas incidentes.
• Contratos de câmbio: contrato firmado entre o comprador e vendedor de
moeda estrangeira, onde existe a troca do valor em moeda estrangeira a enviar
ou receber por moeda nacional, dentre outros.
(MALUF e VAZQUEZ 1999), também descrevem o processo de importação, assim,
descreve-se o roteiro de importação:
• Pesquisa de mercado: identificar a melhor opção para a compra, tanto em
quantidade, prazo de entrega, assistência técnica quando em relação ao preço e
à modalidade de pagamento. Esta pesquisa poderá ser realizada por fax, telex,
e-mail, home-pages, através de participações em feiras, missões comerciais e
eventos na área de interesse, representante ou visitas. (MALUF e VAZQUEZ
1999)
• Legislação: consultar a legislação brasileira para definir: se a importação da
mercadoria é permitida; se está sujeita a alguma exigência específica para que
a sua nacionalização possa ocorrer; exigências cambiais e fiscais de
importação. Isto serve de parâmetro na negociação, inclusive para que não haja
perda de tempo entre as partes. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
23
• Estudo da viabilidade da operação (Planilha de custo): levantar os custos da
importação. Será formulado com base na preconização da legislação no que se
refere à base de cálculo para o pagamento dos impostos, considerando as
despesas aduaneiras e outras despesas que se fizerem necessárias para a
realização da nacionalização da mercadoria. O custo estimado será a base para
se calcular o preço de venda/aquisição do produto e definir a viabilidade ou
não. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Negociação: negociar a operação. A negociação será feita tomando por base a
pesquisa realizada junto à legislação como condicionante à realização da
operação, assim como levando em consideração a legislação cambial que
regula as condições para a negociação da modalidade de pagamento e da
definição das condições de venda (incoterms) possíveis de aplicação nas
operações de importação. Depois de concluída a negociação, as partes
assinarão o Contrato de Compra e Venda e o exportador no exterior emitirá e
enviará a Fatura Pro-Forma ao importador. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Preparação da mercadoria: preparar a mercadoria para o embarque. Enquanto o
exportador no exterior prepara a mercadoria para o embarque, o importador
brasileiro deverá tomar todas as providências para que seja garantida a chegada
da mercadoria, atendendo as exigências estabelecidas pela legislação brasileira,
seja em nível cambial, fiscal e/ou administrativo, bem como colocar o
exportador a par de qualquer exigência necessária para que ocorra o embarque
da mercadoria. O exportador enviará ao importador em consonância com a
exigência da legislação brasileira. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Prontidão da mercadoria: o exportador avisar a prontidão de carga. Estando a
mercadoria pronta para o embarque, nos termos e condições estabelecidas entre
as partes, deverá o exportador avisar ao importador ou a quem este designar,
para que as providências de sua responsabilidade sejam tomadas. As definições
destas responsabilidades estão contidas nas condições de venda (incoterms)
negociadas entre as partes. Apesar do seguro internacional não ser obrigatório,
caso o importador queira fazê-lo na modalidade “porta a porta”, este é o
momento para contratá-lo. O importador deverá tomar todas as providencias
24
exigida para a importação do produto, para que possa autorizar o embarque da
mercadoria no exterior. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Embarque da mercadoria: autorizar o embarque da mercadoria. O embarque
deverá ocorrer na forma combinada, sendo que a contratação do frete e seguro
internacionais deverá ser feita segundo a condição de venda. Logo após o
embarque, o exportador deverá enviar por fax, e-mail, telex, etc, o aviso de
embarque, fornecendo os dados conforme o modal de transporte, se marítimo:
nome do navio, número do conhecimento de embarque, data de saída do porto
de embarque, data prevista de chegada no armador; se aéreo: cia. aérea,
número do conhecimento de embarque, número e data do vôo e conexões – se
houverem; se rodoviário: nome da cia. transportadora, número e data do
conhecimento rodoviário, data estimada de chegada na fronteira, tempo de
viagem até o destino final; se ferroviário: nome da cia. ferroviária número e
data da emissão do conhecimento, data prevista de carregamento caso a
mercadoria não complete um vagão inteiro, data estimada da chegada na
fronteira, data estimada de chegada no destino. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Envio de documentos: enviar os documentos. O importador deverá
acompanhar junto ao exportador o envio de documentos de exportação para
que não ocorra em hipótese da mercadoria chegar e ficar parada na alfândega
pagando armazenagem, pelo fato de os documentos ainda não terem chegado.
O importador, de posse dos documentos, deverá encaminhar ao despachante,
para que o mesmo os analise e dê início ao processo de despacho aduaneiro,
tão logo a mercadoria chegue ao Brasil, exceto para o despacho aduaneiro
antecipado. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Despacho aduaneiro: uma vez recebido os documentos dar-se-á início ao
processo de despacho aduaneiro com o registro da Declaração de Importação
(DI) e finalização com o desembaraço aduaneiro (CI) e entregar a mercadoria
ao importador. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
• Pagamento da importação: pagar a importação, fechar o câmbio. O pagamento
ficará sujeito ao que foi combinado entre as partes e dentro do que é permitido
pela legislação brasileira, que poderá ser antes ou depois do despacho
aduaneiro. (MALUF e VAZQUEZ 1999)
25
2.1.3 Sistemática de Exportação
Segundo Vazquez (1999), a exportação é a abertura do país para o mundo, sendo uma
forma de confrontar com as demais nações, trazendo assim para o país exportador a
assimilação de técnicas e conceitos a que não teria acesso em seu mercado interno.
Para Ratti (2000), a exportação é a remessa de bens de um país a outro, podendo
englobar além dos bens, os serviços ligados a este processo, como frentes, seguros, serviços
bancários, etc, sendo que como na importação as exportações também podem ser com ou sem
cobertura cambial.
Segundo Castro (2000), para realizar uma exportação bem aprimorada as empresas
podem buscar assessorias ou contratar recursos humanos especializados, porém ela não
poderá deixar de investir em seu comprometimento tecnológico, visto que, alguns mercados
exigem produtos mais elaborados.
Nos dizeres de Maluf (2000), a exportação é uma atividade de extrema importância
para o desenvolvimento econômico do país, esta trata da relação direta de comércio entre
países e blocos, ou seja, é a venda de produtos do mercado interno para o mercado
internacional. Esta é a atividade que traz muitos benefícios para o país exportador, tanto em
termos econômicos, quanto por meio das trocas de informações.
Conforme Bortoto (2004), as empresas vêm buscando novos mercados para poder
diversificar seus riscos, assim elas não dependem apenas do mercado interno, mas sim do
mercado internacional onde operam com diversas nações. Tendo assim mais flexibilidade
entre os mercados internos e externos, empresas que buscam constantes investimentos em
suas instalações ou produção visam muito o mercado antes de tomar qualquer forma de
decisão.
Para Castro (2000), existem motivos a levar uma empresa à tomar a decisão de inserir
os seus produtos ao mercado internacional. Além dos motivos de aumentar a receita
operacional, algumas das razões de “porque exportar”, entre outras, podem decorrer devido a
características de cada empresa, sendo a seguir mencionadas:
• Melhorias financeiras: essa alternativa propicia à empresa, simultaneamente,
maximizar seu capital de giro, reduzir seu custo financeiro e melhorar seu
fluxo de caixa. Castro (2000).
26
• Marketing e Status: a concretização de exportações para mercados com
elevados níveis de controle integrado por consumidores exigentes representa
claro indicador de que os produtos fabricados pelas empresas têm qualidade e
preço competitivo. (CASTRO 2000).
• Qualidade e Operacionalidade: o mercado externo requer das empresas
exportadores técnicas de produção mais desenvolvidas e controles de qualidade
mais rigorosos. A aplicação desses instrumentos operacionais no produtos
destinados ao exterior será automaticamente adotada para melhorar a operação
e a qualidade dos produtos comercializados no mercado doméstico,
aumentando sua competitividade, produtividade e lucratividade. (CASTRO
2000).
• Ampliação de mercado e economia de escala: a exportação proporciona um
série de vantagens – diretas e indiretas- para as empresas exportadores,
conforme a relação a seguir: expansão de mercados, criação de economia de
escala, redução de custos de fabricação, diminui custos unitários de matéria-
prima, consolida a redução dos custos fixos unitários e permite a busca de
novos mercados. (CASTRO 2000).
• Importação de tecnologia oculta: quando uma empresa realiza a venda de um
produto para o exterior, normalmente tornam-se necessárias algumas alterações
em seu sistema de produção, no seu controle de qualidade, no seu design, entre
outras, para atender às exigências ou características do mercado importador.
Essas modificações podem ser concretizadas a partir de informações técnicas,
desenhos industriais etc., muitas vezes fornecidas pelo próprio importador,
indiretamente, constituindo-se numa importação de tecnologia oculta e sem
custo. (CASTRO 2000).
Apresenta-se a seguir o roteiro explicativo do processo de exportação segundo
(MALUF e BORTOTO 2004):
• Prospecção de mercado: identificar os possíveis compradores no mercado
externo. Essa identificação será feita através de uma pesquisa de mercado.
• Legislação: enquadrar a exportação do produto as normas nacionais e
internacionais.
27
• Contato com o comprador: contatar o possível comprador através de carta,
telefone, e-mail, home page, faz, visita e/ou participação em feiras, missões
comerciais. Apresentar a empresa e o seu produto enviando catálogos e listas
de preços.
• Formação de preço para exportação: preparar preço FOB / FAC (incoterms) do
produto colocado em Porto ou Aeroporto no país como sendo um preço básico.
A partir desta estruturação, consegue-se compor outras modalidades
acrescendo as despesas adicionais. Produtos destinados ao mercado externo
beneficiam-se de isenção do recolhimento de impostos tais como IPI, PIS,
COFINS e não incidência de ICMS.
• Negociação: definir as condições de preços, entrega, embalagem, modalidade
de pagamento, prazo de pagamento, quem irá encarregar-se do transporte e
seguro internacional, dentre outras.
• Fatura Pro Forma: emitir e enviar, após a assinatura do Contrato de Compra e
Venda Internacional, a Fatura Pro Forma contendo especificação da
mercadoria, modalidade de venda (FOB, CIF, CFR, etc.), forma de pagamento,
prazo de entrega, validade da cotação, meio de transporte e outras informações
demandadas pela legislação do país de destino.
• Preparação da mercadoria para embarque: coordenar a produção da mercadoria
para entrega dentro do prazo e condições acertadas com o importador.
• Registro e Credenciamento: para operar no comércio exterior brasileiro, a
empresa deverá efetuar a sua inscrição no REI (Registro de Exportadores e
Importadores) junto ao DECEX/SECEX. A empresa deverá efetuar o
credenciamento junto à Secretaria da Receita Federal, onde efetuará o
despacho aduaneiro.
• Transporte e Seguro Internacional: contatar e/ou contratar, de acordo com a
modalidade de venda estipulada na negociação, uma empresa para realizar o
transporte internacional. Com relação ao seguro, o exportador enviará os dados
da prontidão da carga e previsão de embarque para que o importador tenha
condições de contratar o seguro antes mesmo da mercadoria sair do
28
estabelecimento do exportador, ou contratará o seguro cobrindo a sua
responsabilidade.
• Despacho Aduaneiro: efetuar diretamente ou contratar despachante aduaneiro
para cumprir os trâmites de despacho, finalizando com o desembaraço
aduaneiro da mercadoria. No caso de contratação de despachante aduaneiro,
que é a situação mais usual, o exportador providenciará a procuração para que
o mesmo atue em seu nome.
• Emissão de Documentos: emitir os documentos fiscais, comerciais e
financeiros. Existem dois momentos para emissão de documentos: Emitidos
antes do embarque (RE, nota fiscal e instrução de documentação) e emitidos
após o embarque (CE, Fatura Comercial, Packing List, Certificados, Saque,
Letras de Câmbio e outros).
• Câmbio: fechar câmbio. O comércio exterior brasileiro tem o seu câmbio
centralizado, isso quer dizer que o valor a ser recebido pelo exportador deverá
ser “trocado” por moeda nacional através de uma interveniência bancária.
• Chegada da mercadoria no destino: acompanhar a chegada da carga no destino
e aprovação por parte do importador.
• Recebimento de Divisas: receber o pagamento na data estipulada para que seja
efetuado o pagamento (vencimento das cambiais – à vista ou a prazo). O
importador efetuará o pagamento da operação através do seu banco no exterior
que remeterá as divisas ao Banco do Brasil o qual avisará ao exportador e este
receberá o valor correspondente às divisas. O recebimento das divisas também
poderá ocorrer antes do embarque.
2.1.4 Incoterms
Os incoterms (Internacional Commercial Terms) são termos padronizados no
comércio internacional, que definem com precisão quais as responsabilidades do vendedor e
do comprador (WERNECK, 1997).
Para Maluf (2000, p.59), “Os incoterms são um conjunto padrão de definições
determinando regras e práticas neutras que servem para definir, dentro de um contrato de
29
compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do
importador”
Conforme Ratti (2000), estes termos surgiram em 1936, quando a Câmara de
Comércio Internacional, com sede em Paris, resolveu editar um livreto consolidando e
interpretando as várias fórmulas contratuais que vinha há muito tempo sendo utilizadas pelos
comerciantes internacionais, ficando conhecido como “incoterms 1936”. Foram feitas também
alterações e adições a estas nos anos de 1953, 1967, 1976, 1980, 1990 e 2000, a qual se
encontra atualmente em vigor e é denominada de “incoterms 2000”.
“As importações brasileiras, bem como as exportações, têm suas condições de compra
e venda cursadas em quaisquer modalidades de incoterms praticadas no comércio
internacional...” (LOPES VAZQUEZ,1999).
“É importante lembrar que dentre os vários contratos a serem celebrados entre
importadores e exportadores (transporte, seguro e financiamento) os incoterms estão
relacionados somente ao Contrato de Compra e Venda” (MALUF, 2000). Existem 13 opções
de inconterms, os quais variam de acordo com o transporte utilizado, sendo estes
(WERNECK, 1997; LOPES VAZQUES, 1999; MALUF, 2000):
• Ex Works (EXW): é o incoterm que apresenta menor risco para o vendedor,
colocando este a mercadoria à disposição do importador, no seu
estabelecimento (do vendedor) ou em local designado. Este incoterm é
utilizado para qualquer tipo de transporte, inclusive multimodal;
• Free Carrier (FCA): utilizado para qualquer tipo de transporte, inclusive
multimodal; o vendedor terá a obrigação de entregar a mercadoria, liberada
para exportação, à custodia do transportador indicado pelo importador, em
local determinado;
• Free Alongside ship (FAS): de uso exclusivo para o transporte marítimo, o
vendedor corre com os riscos e as despesas da mercadoria até a liberação desta
e a sua colocação no cais do porto de embarque, ao lado do costado do navio;
• Free on Board (FOB): somente utilizado no transporte marítimo e de
cabotagem, é o termo mais utilizado no transporte internacional, onde o
vendedor tem a responsabilidade de colocar a mercadoria a bordo do navio
para embarque, assumindo todos os riscos e despesas até determinado ponto;
30
• Cost and Freight (CFR): é utilizado somente no transporte marítimo, sendo
responsabilidades do vendedor arcar com as despesas necessárias para a
colocação da mercadoria a bordo do navio, bem como o valor do frete até o
porto de destino;
• Cost, Insurance and Freight (CIF): utilizado exclusivamente no transporte
marítimo, o vendedor tem a obrigação de correr com todas as despesas
correspondentes, inclusive com o pagamento do frete e seguro internacional,
até o porto de destino. Porém, nas importações brasileiras não é permitido este
termo, pois, conforme a Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP) n° 03/71, o seguro internacional de mercadorias importadas deve ser
realizado através de sociedades seguradoras estabelecidas no Brasil, sendo que
somente em casos excepcionais, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)
poderá autorizar a realização do seguro, no todo ou em parte, no exterior;
• Carriage Paid To (CPT): termo similar ao CFR, com a diferença que o CPT
aplica-se a todos os tipos de transporte, inclusive multimodal;
• Carriage and Insurance Paid to (CIP): termo similar ao CIF, porém aplicável
a todos os tipos de transporte, inclusive multimodal. É importante lembrar que
esta negociação, igual ao incoterm CIF, sofre restrição na contratação do
seguro internacional quando realizada uma importação no Brasil (Resolução
CNSP n° 03/71);
• Delivered At Frontier (DAF): utilizado em todos os tipos transporte, é
responsabilidade do vendedor entregar a mercadoria na fronteira ou em ponto
combinado, antes da divisa do país fronteiriço, correndo com todas as despesas
até o ponto;
• Delivered Ex Ship (DES): somente utilizado no transporte marítimo ou de
cabotagem, é obrigação do vendedor disponibilizar a mercadoria, ao
comprador, a bordo do navio, não desembaraçada, no ponto de destino
designado, sendo este responsável pelos danos ou perdas da mesma até aquele
ponto;
• Delivered Ex Quay (DEQ): utilizado no transporte marítimo ou de cabotagem,
onde o vendedor tem a obrigação de entregar a mercadoria no porto do cais do
31
porto do comprador, arcando com os custos e as responsabilidades até o ponto
de destino;
• Delivered Duty Unpaid (DDU): utilizado em qualquer tipo de transporte,
inclusive multimodal, onde a responsabilidade do vendedor vai até a colocação
da mercadoria à disposição do comprador no ponto designado do país de
importação, arcando com as despesas e riscos até a entrega da mesma, exceto
com o pagamento dos tributos devidos à importação no país do comprador;
• Delivered Duty Paid (DDP): termo utilizado para qualquer tipo de transporte,
sendo o de maior responsabilidade para o vendedor, pois este deverá assumir
todos os riscos e despesas da venda da mercadoria, colocando-a a disposição
do comprador, desembaraçada, com o pagamento dos tributos correspondentes
à importação, em local designado no país do importador.
2.1.5 Regimes aduaneiros
É importante destacar o papel que o governo têm no comércio exterior, criando
regimes aduaneiros, que incentivam as empresas a exportar e importar mercadorias com
benefício fiscal das mesmas.
“Os regimes aduaneiros dizem respeito ao pagamento, ou não, dos tributos devidos”.
Os regimes aduaneiros criados pelo governo são de dois tipos: regimes aduaneiros especiais e
regimes aduaneiros atípicos. (WERNECK, 1997, p.75).
Os regimes aduaneiros especiais são também denominados de regimes econômicos ou
suspensivos, em que os tributos são suspensos por determinado período (WERNECK, 1997).
Para Maluf (2000, p.227), os regimes aduaneiros especiais têm um tratamento diferenciado
pela legislação, sendo estes (WERNECK, 1997; MALUF, 2000; RATTI, 2000; KEEDI,
2002):
• Trânsito aduaneiro: permite o transporte de mercadoria sob controle aduaneiro,
de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão dos tributos (RA,
art.252 a 259 apud WERNECK, 1997; MALUF, 2000; RATTI, 2000). Esse
transporte pode ser de mercadorias destinadas tanto para exportação quanto
32
para importação, movimentadas somente das zonas primárias para as zonas
secundárias;
• Admissão temporária: permite a permanência, no país, de bens procedentes do
exterior, por prazo fixado e para fins específicos, com suspensão de tributos.
Ao final do prazo as mercadorias deverão ser destinadas ao exterior sem
cobertura cambial. Se as mercadorias forem entregues para o consumo interno,
pagarão os tributos devidos como no caso de uma importação normal. No caso
da utilização econômica do bem, ou seja, produto destinado à produção de
outros bens, a tributação incidirá de forma proporcional entre a vida útil do
bem e o prazo de permanência da mercadoria no país (Decreto-Lei n° 9.430, de
1996, art. 79. (RATTI, 2000; WERNECK, 1997; MALUF, 2000);
• Drawback: é um incentivo à exportação, que permite importar mercadorias
com isenção, suspensão ou ainda restituição dos tributos exigidos na
importação normal. Porém, para se beneficiar deste regime, as mercadorias
importadas – matérias primas, insumos, partes e componentes deverão ser
implementadas a produtos que tenham como destino a exportação;
• Drawback de Suspensão: para mercadorias a serem exportadas;
• Drawback de Isenção: para mercadorias a serem utilizadas na reposição de
estoque, usados na produção de mercadorias exportadas;
• Drawback de Restituição: tributos pagos na importação da mercadoria
restituídos de forma total ou parcial na exportação da mesma;
• Entreposto aduaneiro: regime aduaneiro especial utilizado na importação e
exportação de mercadorias que são depositadas em local determinado com a
suspensão dos tributos e sob controle fiscal;
• Entreposto industrial: regime que permite a uma indústria importar
mercadorias com suspensão de tributos, as quais, depois de industrializadas,
serão destinadas à exportação. Este regime é semelhante ao Entreposto
Aduaneiro;
• Exportação temporária: permite a saída da mercadoria do país, por tempo
determinado, retornando esta no mesmo estado ou submetida a processo de
conserto, reparo, restauração, beneficiamento ou transformação. Este regime
33
também se aplica para mercadorias destinadas a feiras, espetáculos ou
competições, para animais reprodutores, e para bens de cidadãos que morem
no exterior temporariamente. Quando as mercadorias são destinadas para
conserto, reparo, restauração, beneficiamento ou transformação, serão exigidos
os tributos de importação dos materiais usados para esses serviços.
2.1.6 Despacho aduaneiro
Toda mercadoria destinada ao exterior ou dele oriunda deve ser submetida ao
despacho aduaneiro.
“Despacho aduaneiro é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão
dos dados declarados pelo importador ou exportador em relação à mercadoria, aos
documentos apresentados e à legislação vigente, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.”
(WERNECK, 2003, p.17)
Segundo o Decreto n° 646/92, art. 1°, entende-se por atividades relacionadas ao
despacho aduaneiro de bens ou mercadorias, inclusive bagagem de viajante, na importação ou
na exportação, transportados, por qualquer via, aquelas que consistem basicamente em:
• Preparação, entrada e acompanhamento da tramitação de documentos que
tenham por objeto o despacho aduaneiro, nos termos da legislação respectiva;
• Assistência à verificação da mercadoria na conferência aduaneira;
• Assistência à retirada de amostras para exames técnicos periciais;
• Recebimento de mercadorias ou de bens desembaraçados;
• Solicitação de vistoria aduaneira;
• Assistência à vistoria aduaneira;
• Desistência de vistoria aduaneira;
• Subscrição de documentos que sirvam de base de despacho aduaneiro;
• Ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos de infração, de
despacho, de decisões dos demais atos e termos processuais relacionados com
o procedimento fiscal;
34
• Subscrição de termos de responsabilidade.
Exclui-se das disposições do Decreto a remessa postal internacional, cujo
desembaraço pode ser feito por despachante aduaneiro; pessoalmente, por seu destinatário; ou
por qualquer mandatário do destinatário (DECRETO 646/92, Parágrafo Único).
No despacho aduaneiro, existem dois tipos de processos, despacho aduaneiro de
importação e despacho aduaneiro de exportação.
2.1.7 Despacho aduaneiro de importação
Segundo Vazquez (1999), o despacho aduaneiro de importação é o procedimento
fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados em relação à mercadoria
importada, aos documentos apresentados e à legislação vigente, para que o seu desembaraço
aduaneiro seja processado no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). Assim, o
desembaraço aduaneiro é o ato final do despacho aduaneiro, que resulta na autorização da
entrega da mercadoria ao importador.
Conforme Vazquez (1999), o despacho aduaneiro de importação inicia-se com o
registro, pelo Siscomex, da declaração de importação (DI), junto à repartição fiscal
competente. Nesse momento, o importador recolhe os impostos devidos, habilitando-se,
cumprindo outras formalidades, pagamentos de taxas, emolumentos, despesas de capatazia,
remoção, dentre outras a tomar posse efetiva da mercadoria.
Entre os impostos pagos na importação, têm-se os impostos federais; imposto de
importação (II), imposto sobre produtos industrializados (IPI), contribuição para
financiamento da seguridade social (COFINS) e a contribuição para os programas de
integração social (PIS); e os impostos estaduais; imposto sobre a circulação de mercadorias e
serviços (ICMS). Após o registro da declaração de importação e o pagamento dos devidos
impostos é realizada a parametrização da mercadoria importada.
Nos dizeres de Maluf (2000), a parametrização é o procedimento realizado após o
registro da declaração de importação, pagamento de impostos devidos e entrega dos
documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal, em que a importação está sujeita a
alguma das conferências representada pelos respectivos canais citados a seguir, para
35
posteriormente ser liberada pela Secretaria da Receita Federal, através da conclusão do
desembaraço;
• Canal verde: A mercadoria é liberada automaticamente, independente de
qualquer conferência, seja ela física documental ou de valor aduaneiro;
• Canal amarelo: A mercadoria, para ser liberada, esta sujeita a exame
documental;
• Canal vermelho: A mercadoria está sujeita à conferência física e fiscal;
• Canal cinza: A mercadoria está sujeita à valoração aduaneira, que é o
processo de verificação, de preço, onde a Secretaria da Receita Federal
exige uma série de documentos comprobatórios, declarações e outros que
achar conveniente.
Para Werneck (2003), por outro lado, a parametrização no processo de exportação
distribui os despachos somente nos canais verde, amarelo e vermelho.
2.1.8 Despacho aduaneiro de exportação
Conforme Brasil (1994), despacho aduaneiro de exportação é o procedimento fiscal
mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria destinada ao exterior. A
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, a título definitivo ou não, fica
sujeita ao despacho de exportação. A mercadoria que importada a título não definitivo, ou
seja, de retorno ao exterior deve também se sujeitar ao despacho de exportação.
Nos dizeres de Maluf (2000), por ocasião do despacho aduaneiro ou empregado,
funcionário, especificamente designados, indica o RE objeto de despacho, através de qualquer
ponto interligado ao Siscomex.
Para Maluf (2000), os documentos que instruem o despacho devem ser examinados à
vista das informações registradas, no Siscomex, antes do desembaraço da mercadoria. A
verificação da mercadoria consiste na sua identificação e quantificação, à vista das
informações constantes do despacho e dos documentos que os que o instruem, após a
conclusão da verificação da mercadoria, dar-se-á o desembaraço aduaneiro e a
conseqüentemente autorização para o seu trânsito, embarque ou transposição da fronteira.
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Segundo Werneck (2003), a parametrização no processo de exportação distribui os
despachos nos canais verde laranja e vermelho. Sendo que cada um dos canais possui um
nível de exigência como veremos a seguir:
• Canal verde: estão liberados para embarque e não sofreram conferência
documental nem física;
• Canal laranja: será conferidos apenas documentalmente;
• Canal vermelho: será conferido tanto documentalmente quanto fisicamente.
Segundo Rocha (2003), a conferência aduaneira na exportação tem por finalidade
identificar o exportador, verificar a mercadoria e a correção das informações relativas a sua
natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar o cumprimento de todas as
obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação.
Para Maluf (2000), a averbação de embarque é o ato final do despacho de exportação e
consiste na confirmação pela fiscalização aduaneira do embarque ou da transposição de
fronteira da mercadoria.
Nos dizeres de Maluf (2000), assim, no despacho aduaneiro de exportação, o
exportador ou seu representante legal, indica o Registro de Exportação (RE) como objeto de
despacho, através de qualquer ponto interligado ao Siscomex.
Para Maluf (2000), finalmente, a averbação do embarque é o ato final do despacho
aduaneiro de exportação e consiste na confirmação, pela fiscalização aduaneira, do embarque
ou da transposição de fronteira da mercadoria.
2.2 Modais de Transporte, Frete e Seguro
Existem no transporte internacional cinco principais modalidades: marítimo, aéreo,
ferroviário, rodoviário e multimodal.
Nos dizeres de Labatut (1990), o comércio de mercadorias para ser realizado exige,
além do ato de compra e venda algumas operações complementares que devem ser
desenvolvidas com eficiência a fim de que se chegue no resultado esperado com êxito.
Segundo Keedi e Mendonça (2000), o transporte de carga internacional, é chamado de
longo curso, significando a atividade de circulação de mercadorias.
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Os tipos de modais de transporte são aquaviário (marítmo, fluvial e lacustre), terrestre
(rodoviário e ferroviário) e aéreo.
Cada modal apresenta característica própria, tendo cada situação à utilização de um
modal mais adequado. Sendo que o marítimo e o aéreo serão mais aprofundados para efeito
de estudo, pois são os mais utilizados para a importação e exportação.
Para Maluf (2000), a escolha destas modalidades fica condicionada pela localização
geográfica dos países intercambiadores, urgência da mercadoria, relação custo e benefício e
pelas características do produto a ser transportado.
2.2.1 Marítimo
Para Keedi e Mendonça (2000), o transporte marítimo é o realizado por navios a
motor, de grande porte, nos mares e oceanos, é o transporte de cargas entre os portos de países
diferentes.
Segundo Labatut (1990), o transporte marítimo permite transportar qualquer classe de
produtos, de volumes e de valores, os quais ficam condicionados às características dos navios.
Conforme Maluf (2000), existem diversos tipos de navios para o transporte
internacional, sendo que os principais são: graneleiros; tanques; porta containers; frigoríficos;
Lash ou navios porta-barcaças, Ro – Ro (roll on / roll off) e outros.
Nos dizeres de Keedi e Mendonça (2000), os navios possuem vários tamanhos, tipos,
finalidades e configurações, adequando-se às especificações necessárias. São propulsionados
por motores de grande potência, capazes de impulsionar e locomover embarcações de todos
os tamanhos e toneladas.
Nos relatos de Maluf (2000), o órgão governamental que regula as operações de
transporte marítimo no Brasil é o Departamento da Marinha Mercante, vinculado ao
Ministério dos Transportes.
Segundo Labatut (1990), o documento emitido no transporte marítimo é o
Conhecimento de Embarque (B/L), documento no qual o transportador reconhece ter recebido
uma mercadoria e se compromete a transportá-la a um porto determinado em um navio
determinado, sob condições estabelecidas, em data predeterminada e por preço estipulado.
Neste documento deve constar designação, qualidade, peso, quantidade, volume e marcas.
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O frete marítimo é o preço do transporte marítimo, que segundo Labatut (1990), é
calculado a partir das características da mercadoria, do transporte e da qualidade comercial.
Algumas das características em relação ao transporte, segundo Labatut (1990) e Keedi
e Mendonça (2000):
• O peso da mercadoria determina o espaço que a mesma irá ocupar no navio;
• As formas de mercadoria ou da embalagem, que também influem na ocupação;
• A facilidade apresentada para o roubo;
• Periculosidade da carga;
• O custo de sua movimentação ou da proteção especial de que necessite;
• Provisões e combustível;
• Risco de guerras e tumultos.
Para Labatut (1990), os custos gerais de transporte marítimo são influenciados por
alguns fatores como, por exemplo: as rotas e portos freqüentados; navios utilizados;
mercadorias transportadas.
Segundo Rodrigues (2001), o transporte marítimo tem como vantagem a altíssima
eficiência energética e a elevada economia de escala para grandes lotes e longa distância, em
contraposição, pressupõe a exigência de portos, o que dificulta o seu uso e o serviço é lento e
com grande número de manuseios, propiciando a ocorrências de avarias.
2.2.2 Aéreo
Nos dizeres de Keedi e Mendonça (2000), o transporte aéreo é um modal ágil,
recomendado para mercadorias de alto valor agregado e pequenos volumes, oferecendo
segurança e operacionalidade.
Conforme Maluf (2000), o Departamento de Aviação Civil – DAC, é o órgão que
controla a aviação nacional e internacional no país, regulamentando e instrumentando as
normas internacionais dos acordos de aviação civil.
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Segundo Labatut (1990), o contrato de transporte aéreo se formaliza com o documento
denominado Conhecimento de Transporte Aéreo (AWB) que é redigido e assinado pelo
expedidor e se completa pela companhia expedidora, em três vias.
Para Keedi e Mendonça (2000), o AWB tem as seguintes finalidades: é o contrato de
transporte entre o transportador e o embarcador; é o comprovante de que a carga foi recebida
para embarque; título de crédito da mercadoria; caráter de fatura de frete, na qual devem
constar todos os dados da mercadoria, do vôo, cálculo de frete, tipo de tarifa utilizada, que
vão respaldar o pagamento do frete da carga.
As tarifas de frete aéreo segundo Keedi e Mendonça (2000), são estabelecidas pelas
empresas de transporte, devidamente fiscalizados e controladas pela IATA ( International Air
Transport Association), que estabelece valores máximos a serem respeitados. A cotação do
frete é baseada pelo peso da carga, calculado na maioria das vezes por quilo.
Cada modal possui suas vantagens e desvantagens, seguem algumas vantagens e
despantagens do aéreo, segundo Keedi e Mendonça (2000):
Vantagens:
• Ideal para o transporte de mercadorias com prioridade de entrega;
• Documento de transporte obtido com maior rapidez, face à emissão antecipada;
• Redução dos custos com embalagem, que não necessita ser robusta;
• Seguro é mais baixo em relação ao marítimo.
Desvantagens:
• Frete relativamente alto em relação aos demais modais;
• Capacidade de carga menor;
• Custo elevado da sua infra-estrutura.
Segundo Rodrigues (2001), no modal aéreo, são consideradas como vantagens, a
velocidade, eficiência e confiabilidade, a competitividade ou seja a freqüência de vôos
permite altos giros de estoque, os manuseios são automaticamente mecanizados e este modal
atinge áreas inacessíveis para outros modais. Tem como desvantagens a menor capacidade em
peso e volume das cargas, não atende granéis, o custo de capital e frete são elevados e possui
fortes restrições às cargas perigosas.
40
2.2.3 Transporte Ferroviário
Segundo Keedi e Mendonça (2000), o transporte ferroviário é realizado por trens,
compostos de vagões puxados por locomotivas, sobre trilhos e com trajetos devidamente
delineados, ou seja, não possuem flexibilidades dos percursos, o que pode acarretar atrasos na
entrega da mercadoria em caso de obstrução da ferrovia.
Para Maluf (2000), não é ágil, quanto o transporte rodoviário, um vez que as cargas
precisam ser levadas até ele.
Para Rodrigues (2001), este modal só oferece vantagens quando há grande quantidade
de carga a ser transportadas a longas distâncias, no parâmetro internacional é usual para lotes
de mercadorias cuja distância de transporte exceder a 500 km.
2.2.4 Transporte Rodoviário
Nos dizeres de Maluf (2000), o transporte rodoviário internacional, é aquele realizado
em estradas com utilização de veículos como caminhões e carretas, e normalmente, liga países
limítrofes, mas pode ocorrer também entre países que não façam fronteiras entre si, mais que
possuem condição para a utilização deste modal, em relação a distância quanto à viabilidade
de custos e condições de estradas.
Para Rodrigues (2001), o transporte rodoviário é um dos modais mais simples e
eficientes, porém apresenta um elevado consumo de combustível (tonelada de diesel por
quilômetro transportado). Pesquisas comprovam que em distâncias superiores a um raio
máximo de 500 km, esse modal torna-se antieconômico, por seu elevado custo de consumo
energético.
Nos dizeres de Keedi e Mendonça (2000), é mais recomendado para mercadorias de
alto valor ou perecíveis, sendo que os produtos agrícolas a granel, não se tornam viável para
este transporte, cujo seu valor é muito baixo, encarecendo sobre maneira o produto final, não
tornando-o competitivo.
41
Conforme Maluf (2000), a principal característica desta modalidade é a simplicidade
do funcionamento, onde é chamado de transporte porta a porta, pois a mercadoria é
embarcada na porta do exportador e desembarcada na porta do importador.
Rodrigues (2001), apresenta as principais vantagens do transporte rodoviário:
• Maior disponibilidade de vias de acesso;
• Possibilita o serviço porta-a-porta;
• Embarques e partidas mais rápidos;
• Favorece embarques de pequenos lotes;
• Facilidade de substituir o veículo em caso de quebra ou acidente;
• Maior rapidez de entrega;
E as principais desvantagens apresentadas segundo Rodrigues (2001) seriam:
• Maior custo operacional e menor capacidade de carga;
• Nas épocas de safras provoca congestionamentos nas estradas;
• Desgasta prematuramente a infra-estrutura da malha rodoviária.
2.2.5 Transporte Multimodal
Nos dizeres de Keedi e Mendonça (2000), o transporte multimodal utiliza mais de um
modal de transporte para levar a carga de sua origem até seu destino. Isso ocorre em virtude
da impossibilidade de determinada carga ser transportada em apenas um modal. Envolve
apenas a emissão de um documento de transporte para todo o processo.
Rodrigues (2001), reúne algumas características para considerar o transporte como
multimodal:
• Haver um único responsável perante o dono de carga;
• Haver um único contrato de transporte entre o transportador e o dono de
mercadorias;
• Existir um conhecimento único (Multimodal Bill of Ladding), válido para todo
o percurso;
42
• Uso de cargas unitizadas indivisíveis;
• Inspeções fiscais apenas na origem e no destino.
Para Maluf (2000), este modal tem como vantagem de permitir que um único
responsável tenha a obrigação do transporte da carga, desde a origem até a entrega no seu
destino, onde opera com apenas um transportador.
Conforme Rodrigues (2001), o transporte multimodal apresenta vantagens sob o
aspecto operacional, onde é necessário que a carga seja utilizada, de forma indivisível e
inviolável, assim a carga poderá ser integralmente transferida de um modo de transporte para
outro. E sob o aspecto fiscal, onde a carga é inspecionada apenas na origem ou no destino,
não ocorrendo desagregação das suas unidades de carga durante todo o transporte.
2.2.6 Seguro
O seguro segundo Keedi e Mendonça (2000), é uma operação realizada entre duas
partes na qual o segurado precisa proteger uma mercadoria e o segurador é quem está disposto
a fazer esta proteção. O seguro tem como objetivo dar a carga proteção contra danos ou
perdas, visando sempre repor o bem sinistrado.
Para Labatut (1990), o seguro é um contrato no qual o segurador assume, em troca do
pagamento de uma quantia (prêmio), os riscos de danos e perdas materiais que podem ocorrer
com as mercadorias transportadas, independentes do modal utilizado.
2.2.7 Capatazia
Para Maluf (2000), a capatazia é uma tarifa devido à movimentação e o manuseio das
mercadorias importadas no Terminais de Carga. Sendo estes nos terminais portuários ou
aeroportuários. Sua qualificação é feita em função do peso bruto por embalagem ou unidade,
quando desembalada e pela natureza da mercadoria.
Segundo Vazquez (1999), essa taxa é referente aos gastos com a movimentação de
mercadorias em portos e em aeroportos feito pela administração dos próprios
estabelecimentos.
43
2.2.8 Armazenagem
Nos dizeres de Maluf (2000), a armazenagem é uma tarifa devida à guarda e o controle
das mercadorias importadas nos armazéns de carga. A sua quantificação será dada através do
valor CIF/CIP da mercadoria, da natureza e do tempo de armazenagem.
Para Vazquez (1999), é referente ao custo de armazenamento da mercadoria em seus
estabelecimentos (portos e aeroportos), podendo ela ser interna, externa, em armazéns gerais
ou especiais.
2.2.9 Adicional ao frete para renovação da marinha mercante
Para Maluf (2000), é um percentual, de 25% que incide sobre as importações sendo
esta taxa calculada pelo valor declarado do frete no conhecimento de Embarque Marítimo, é
um recurso utilizado para promover a renovação, ampliação e recuperação da frota mercante
nacional, objetivando o atendimento das reais necessidades do transporte hidroviário.
Nos dizeres de Vazquez (1999), tem como objetivo a arrecadação para o governo
brasileiro visando apoiar o desenvolvimento da marinha mercante brasileira e das construções
navais.
2.3 Serviços
O termo serviços abrange grande variedade de indústrias que desempenham várias
funções para os compradores que, e excepcionalmente, envolve também a venda de produto
concreto. Dada a enorme amplitude e variedade das indústrias de serviços, não há uma
taxonomia de serviços geralmente aceita. (PORTER, 1989).
Para Mello (1997), serviços são atos, ações ou desempenho, que têm como enfoque
aquela parte intangível que acompanha ou não algum bem, igualmente objeto de uma
transação comercial. Já Berry e Parasuraman (1995), afirmam que durante muito tempo o
setor de serviços precisou recorrer a atributos tangíveis para assinalar seus benefícios
intangíveis, mas na atualidade todos os produtos estão vinculados a algum tipo de serviço.
Conforme Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), serviços são toda atividade ou
benefício, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer à outra e que não resulte na
posse de algum bem, sendo estes, via de regra, intangíveis, inseparáveis e perecíveis.
44
Conforme Mello (1997), os serviços são atividades múltiplas e não homogêneas e,
assim, o setor que é marcado pela heterogeneidade tem demonstrado uma importância crucial
no emprego e nas transações econômicas gerais, seja como atividade principal, seja como
atividade secundária.
Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) relatam que serviços são idéias e conceitos,
enquanto produtos são objetos, sendo por isso que inovações em serviços não são passíveis de
registro com patente.
Para Grönroos (1993), o serviço é uma atividade, ou série de atividades, que
normalmente acontece durante as interações entre cliente e prestador de serviços.
Nos dizeres de Mello (1997) o serviço é o resultado de um processo que leva um
produto ao cliente, composto por uma gama expressiva de intangibilidade.
Para Porter (1989), os serviços representaram, há muito tempo, uma significativa
proporção na maioria das economias nacionais, havendo certa competição internacional, nos
diferentes setores. O setor de serviços vem crescendo acentuadamente como proporção nas
economias nacionais de todas as nações, sendo este visto como componente importante da
economia.
2.3.1 Perfil do cliente de serviços
A expansão do setor de serviços também tem resultado em mudanças na configuração
dos mercados de serviços com alteração, por exemplo, do perfil dos clientes. Segundo
Hammer e Champy (1994, p. 10):
Desde o início dos anos 80, nas nações desenvolvidas, a força dominante na relação vendedor-cliente tem se deslocado. Os vendedores já não estão mais no controle; os clientes é que estão. Os clientes agora informam aos fornecedores o que desejam, quando o desejam, como o desejam e quanto pagarão. [...]. Entretanto, os clientes, agora que desfrutam de alternativas, já não mais se comportam como se tivessem sido moldados na mesma forma. Os clientes – tanto os consumidores como as empresas – exigem produtos e serviços adaptados às suas necessidades específicas e peculiares.
Nos dizeres de Téboul (1999) as necessidades de serviços dos clientes mudam do
mesmo modo que suas expectativas de como essas necessidades serão satisfeitas.
Os clientes buscam nas empresas de serviços que estas compreendam o que elas
querem. Hammer e Champy (1994) afirmam que compreender as necessidades dos clientes
45
não significa perguntar aos clientes quais são suas necessidades. A compreensão significa
considerar as metas e os problemas subjacentes do cliente, e não apenas a mecânica do
processo que une as duas organizações. Hammer e Champy (1994, p. 108) ainda ressaltam
que “o objetivo não é aprender o trabalho do cliente, mas compreender a sua atividade – e
coletar idéias” sobre como atender melhor o cliente.
O processo de serviço, conforme Gianesi e Corrêa (1996), deve ter seu foco inicial na
necessidade do cliente, “tais como volume dos pedidos, localização, comodidade, prazo de
entrega, variedade dos produtos e assim por diante”, sendo que os mercados, normalmente,
não apresentam homogeneidade.
2.3.2 Terceirização de serviços
Devido ao tamanho de muitas empresas, estas apresentam alguns setores nos quais não
possuem o conhecimento ou a capacidade necessária para apresentar um desempenho
competitivo. Desta forma, muitas empresas têm feito a opção de centrar a atenção no foco
principal da organização e terceirizar esses outros setores para poder oferecer um melhor
produto ou serviço aos seus consumidores.
Assim, de acordo com Gianesi e Corrêa (1996), a incapacidade de gerenciar alguns
serviços executados internamente tem levado muitas empresas a contratar estes serviços
externamente, numa tendência denominada “terceirização”. Assim, como destaca Anjos
(2004), a competência em serviços diz respeito à eficiência no atendimento ao cliente.
De acordo com Téboul (1999), as empresas sempre consumiram serviços prestados
por outras empresas e, ao longo dos anos, essa demanda cresceu consideravelmente. Uma das
explicações para o aumento na demanda por serviços foi o processo de terceirização que
muitas empresas adotaram, transferindo para terceiros a responsabilidade por determinadas
tarefas, tal processo visa a redução de custos e assegurar a qualidade do serviço.
Conforme Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), em uma sociedade industrializada,
empresas especializadas podem prestar serviços a outras empresas, de forma mais barata e
eficiente do que as próprias empresas que contratam poderiam produzir. Segundo os autores, é
imperativo reconhecer que os serviços são parte integrante da sociedade, sendo fundamentais
para que a economia se mantenha sadia e funcional. Assim, o setor de serviços não só facilita
como torna possível a atividade de produção.
46
Conforme Berry e Parasuraman (1995), o serviço produzido é um grande, senão o
maior, fator de sucesso para as empresas fabricantes.
Para Téboul (1999, p. 19),
A prestação de um serviço implica um contato, uma interação entre prestador e cliente. O cliente faz parte integrante do sistema de entrega do serviço, pois ele participa igualmente na realização do serviço com as informações ou matérias-primas que fornece.
Da mesma forma, Téboul (1999), concorda que a relação entre cliente e prestador de
serviços é constantemente aprimorada com o aprendizado contínuo e a maior personalização.
Portanto, percebe-se que os clientes procuram em uma empresa prestadora de serviços,
qualidade no serviço oferecido e alto grau de confiabilidade e respeito, sendo, estes, fatores
predominantes na escolha da empresa prestadora de serviços.
Contudo, Normann (1993, p. 76) destaca que:
[...] o cliente geralmente considera coisas como natureza e qualidade do funcionário de contato, instalações físicas e equipamentos usados pela organização de serviços, como eles são apresentados e a identidade dos outros clientes como parte dos benefícios que ele receberá (a qual ‘grupo de clientes’ ele está associado?).
Segundo Normann (1993), no comércio exterior, esses intermediários são as empresas
que prestam serviços na área, as quais podem facilitar as transações entre as duas partes, ou
seja, importador e exportador.
Para Normann (1993), no Brasil, a terceirização é verificada a partir dos anos 80, a
qual insere-se num cenário caracterizado, em primeiro lugar, através da crescente integração
aos mercados externos, bem como à necessidade de competição com os produtos importados
e, em segundo lugar, a prolongada recessão da economia brasileira.
47
2.3.3 Características dos serviços
Para Gianesi e Corrêa (1996) os serviços apresentam natureza e características
peculiares, sendo que estas peculiaridades fazem com que os serviços sejam: intangíveis, não-
estocáveis e variáveis, fazendo com os tais serviços mantenham a obrigação de ser produzidos
e consumidos simultaneamente.
Segundo Gianesi e Corrêa (1996), os serviços apresentam as seguintes características:
são intangíveis, inseparáveis, heterogêneos e simultâneos.
Para Gianesi e Corrêa (1996), as principais características especiais das operações de
serviços são:
• a intangibilidade dos serviços;
• a necessidade da presença do cliente ou de um bem de sua propriedade;
• o fato de que geralmente os serviços são produzidos e consumidos
simultaneamente.
Desta forma, em conformidade com os autores de serviços Gianesi e Corrêa (1996),
Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), destacamos que os serviços são intangíveis, impossíveis
de serem estocados, sendo produzidos e consumidos simultaneamente e a variabilidade dos
serviços.
48
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
Esta pesquisa realizada foi de caráter descritivo. Segundo Oliveira, (1996) a
pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem,
entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo. Não há interferência do investigador, que apenas
procura descobrir, com o necessário cuidado, a freqüência com que o fenômeno acontece.
Também se apresenta como estudo de caso. Para Gil, (1999) é caracterizado pelo
estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu
conhecimento amplo e detalhado.
Para alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa, necessitou coletar dados,
através da aplicação de entrevista semi-estruturada com os responsáveis dos setores de
gerencia administrativa Ivete Loeser Grazziotin, e os gerentes operacionais Andréa Kalfeltz
Vieira e Karla Janaina Grando da organização para obter legitimidade e coerência frente a
estudo proposto.
Percebe-se que esta entrevista semi-estrutura foi importante e adequada, pois
possibilitou maior clareza e obtenção das respostas do trabalho envolvido.
Utilizou-se também de documentos que nos levaram a compreensão do fenômeno
a ser estudado, e através da observação direta.
Aplicou-se também um questionário para doze colaboradores, onde estes trataram
de nos responder as questões onde podem apresentar maiores detalhamentos sobre as
atividades desenvolvidas pela empresa desde as atividades desenvolvidas em prestar serviços
de importação e exportação, até o envolvimento dos colaboradores nestas etapas e o que elas
como parte integrante do processo consideram limitantes e facilitadores.
Após efetiva e exaustiva busca de informações, a interpretação e análise dos
dados, se fizeram através do cruzamento das respostas que após as informações adquiridas
nos possibilitaram melhor compreensão ao problema proposto.
49
4 Resultados da pesquisa
A empresa Orsitec se apresenta como uma organização composta de 04 (quatro)
empresas constituídas sob os nomes: Orsitec Assessoria Empresarial S/S Ltda., Orsitec
Contabilidade S/S Ltda., Orsitec Logística e Distribuição Ltda. e Orsitec Assessoria e
Comércio Exterior S/S Ltda.
Essa diversificação de atividades permite ao grupo oferecer serviços nas áreas jurídica,
auditoria, contábil, tributária, pessoal, econômica, financeira, comércio exterior, logística e
distribuição.
Neste contexto apresenta-se como sendo objeto de estudo a referencia Orsitec
Assessoria e Comércio Exterior S/S Ltda, onde será aqui exposto no contexto da pesquisa.
4.1 Funções desempenhadas pela empresa nas atividades de importação e exportação
A Orsitec Assessoria e Comércio Exterior S/C Ltda. surgiu em 16 de novembro de
2000, sediada em Florianópolis, onde presta seus serviços no ramo de comércio exterior. A
atual empresa era, até bem pouco tempo, um departamento da Orsitec Assessoria Empresarial
S/C Ltda, que surgiu da parceria entre a Orsitec Contabilidade e a empresa Reyc Comércio e
Participações Ltda, no ano de 1993.
Conforme a entrevistada (01) realizada no dia 14 de abril, nos diz que houve a
necessidade da criação da Orsitec Assessoria e Comércio Exterior onde se fez, devido o
crescimento da empresa a Reyc, pois a mesma proporcionou a oportunidade de criar um setor
para cuidar dos despachos aduaneiros da empresa, uma vez que a Reyc é a importadora dos
equipamentos para a construção e manutenção da rede de TV a cabo Net Serviços de
Comunicação S.A.
Com a crescente demanda proporcionada para atender a coirmã e também dos serviços
especializados, a mesma começou a atender outros clientes importadores e também empresas
exportadoras, ainda que o volume desses clientes não possa ser comparado ao da importação.
A empresa foi criada justamente para atender as necessidades dos clientes que operam com o
50
comércio exterior e que constituem uma fatia significativa nas transações comerciais
internacionais do país.
A empresa conta atualmente para o desenvolvimento de suas atividades e prestar os
serviços desejados com doze funcionários: dois despachantes aduaneiros, três ajudantes de
despachante aduaneiros, um responsável pelo setor financeiro, três auxiliares aduaneiros e três
estagiários. Os funcionários que desempenham atividades relacionadas ao comércio exterior
atuam tanto no despacho de importação, como no despacho de exportação. Para melhor
compreensão segue o quadro abaixo com as funções designadas pelos colaboradores desta
organização:
ÁREA DE ATUAÇÃO RESPONSÁVEL ATRIBUIÇOES
Gerente Administrativa Ivete Loeser Grazziotin
Responsável pela empresa; Contato com cliente; Prospecção de novos clientes; Participação em feiras.
Gerente Operacional Andréa Kalfeltz Vieira
Controle da empresa REYC; Contato com cliente; Responsável pelas exportações; Participação em feiras.
Gerente Operacional Karla Janaina Grando Controle da empresa ST; Contato com cliente; Participação em feiras.
Financeiro Tatiane Schilikman Cobrança; Responsável pela conta bancária; Contas a pagar.
Assessor de comércio exterior Jairo Vieira Júnior Registro de DI`s e LI`s; Classificação fiscal; Contato com outros órgãos anuentes.
Assessor de comércio exterior Leonardo Machado
Controle das importações; Autoriza os embarques; Conferência documental; Contato com os agentes de carga; Monitora as cargas internacionais; Registro de DI`s.
Assessor de comércio exterior Everaldo José Felix
Monitora as cargas a partir de sua chegada no Brasil; Fechamento das despesas dos processos; Envia as solicitações de numerário; Alimenta os relatórios diários.
Assessor de comércio exterior Antônio Pitz Júnior
Monitora as importações até o porto ou aeroporto; Conferência documental; Responsável pelo fechamento do câmbio; Montagem das instruções de embarque; Contato com os agentes de carga.
Assessor de comércio exterior Henrique Jacinto da Silveira Atua na área externa; Conferência física; Entrega dos documentos aos órgãos anuentes.
51
Colaborador Henrique Diener Gentil
Fechamento e arquivamento de processos; Envio da planilha de despesas da importação; Termos marítimos e aéreos; Xerox.
Colaborador Gabriel da Silva Fechamento e arquivamento de processos; Termos marítimos e aéreos; Xerox.
Colaborador Jairo Júnior Auxiliar no registro de DI`s.
Fonte: Antônio Pitz Júnior.
De acordo com os dizeres da entrevistada (01) atualmente a carta de clientes da
Orsitec aponta duas grandes empresas importadoras responsáveis por cerca de 90% das suas
atividades: a Net Serviços de Comunicação S.A. e a ST que é importadora da Shoptime e
também do grupo Americanas. E os outros 10% são empresas que não representam muitas
importações ou exportações, tais como Fahece, Malharia Pieri entre outras.
4.2 Organograma Orsitec Assessoria e Comércio Exterior S/S Ltda.
Fonte: Antônio Pitz Júnior.
Gerente
Adminitrativo
Gerente Operacional Gerente Operacional Auxiliar Financeiro
Assessor de comércio exterior Assessor de comércio exterior Assessor de comércio exterior Assessor de comércio exterior
Colaborador Colaborador
Assessor de comércio exterior
Assessor de comércio exterior
52
4.3 As etapas realizadas pela empresa na sua atividade de importação e exportação
Diante do contexto exportador brasileiro onde cada vez mais organizações buscam
questões da sua necessidade estratégica frente às competitividades existentes, foi nessa
necessidade que a empresa Orsitec busca dar ao seu cliente a melhor forma de representá-lo.
Segundo a entrevistada (01) há casos em que os representa através de procurações. As
empresas que utilizam os serviços assinam procurações para que os despachantes aduaneiros
da Orsitec possam representá-los nos processos de importação e exportação. A Orsitec possui
uma tabela para a cobrança de seus serviços, dos quais pode-se citar os que têm valores
fixados: classificação de mercadorias, classificação com consulta a outros órgãos, assessoria
de câmbio, cotação de importação, processos de importação e exportação com base nos
valores FOB.
Desta forma a empresa se apresenta como prestadora de serviço, onde tem como
referência além das atividades desenvolvidas, um corpo de colaboradores que atuam nas mais
diversas áreas de assessoria em comércio exterior sendo estas etapas:
4.3.1 Negociação de frete
Para detalhamento desta função buscou-se a compreensão da entrevistada (02), que
nos faz entender que o serviço prestado se organiza da seguinte forma: A negociação de frete
é o momento onde o cliente, em conjunto com a Orsitec, avalia qual o melhor modal para que
a mercadoria seja transportada, levando em consideração custos, urgência do pedido e tipo de
mercadoria. Após esta análise inicial, a Orsitec entra em contato com agentes de carga, para
que seja feita uma cotação de frete. Para que o cliente tenha a melhor relação custo/beneficio,
a Orsitec, através dos seus colaboradores, entra em contato com no mínimo três agentes de
carga, para que seu cliente possa ter sempre o melhor serviço, com o menor custo possível.
Apresentam-se aqui dois modais mais utilizados pela empresa: o aéreo e o marítimo.
No transporte aéreo, a cotação do frete é sempre dada apenas por peso, e o fato de que o
mesmo é cobrado também por seu volume, embora não seja cotado, deve ser de conhecimento
53
do embarcador. O frete nunca é cotado por volume embora possa ser pago por ele. Portanto, é
necessário sempre comparar o volume e o peso da carga, isto é, verificando-se a relação entre
o volume e o peso.
No transporte marítimo, pode ser cotado de diversas formas. A cotação pode ser feita
considerando-se o peso da carga, o volume da carga, peso ou volume, unidade de mercadoria,
unidade de carga, navio completo etc.
Nesta modalidade de transporte, o contratante irá pagar ao armador pela unidade que
lhe der a maior receita de frete. A decisão considerada para a decisão entre o peso e o volume
é a de que uma tonelada é equivalente a um metro cúbico de carga. Assim pela simples
comparação entre os dois, já se verifica qual deles deverá ser utilizado. Nas cargas densas o
peso é sempre maior que o volume, ocorrendo o contrário nas cargas volumosas.
4.3.2 Classificação de mercadorias
Para maior detalhamento desta função busca-se a compreensão do auxiliar de
comércio exterior, pelo processo que nos faz entender que o serviço prestado se organiza da
seguinte forma: nesta etapa do processo, a empresa solicitante do serviço entra em contato
com a Orsitec, onde é feita a análise do produto a ser importado ou exportado. Após o
recebimento das especificações da mercadoria, chega o momento onde ela é classificada de
acordo com as nomenclaturas NCM e NALADI/SH.
A classificação da mercadoria é um processo que requer do colaborador muita atenção,
pois é através dela que o cliente saberá quais as alíquotas dos impostos incidentes na sua
mercadoria e qual o tratamento administrativo aplicável a ela, seja na importação ou na
exportação. Quando a mercadoria é classificada de uma forma errada, a empresa deverá pagar
uma multa por erro de classificação, a mercadoria pode ficar apreendida na SRF, até que o
problema seja solucionado. Este tipo de erro afeta a credibilidade da empresa perante a SRF.
O Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação de
mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. A composição
dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades
dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação.
54
O Mercosul adota, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do Mercosul
(NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a
NCM, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e o
oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.
A NALADI/SH possui estrutura semelhante a NCM e o mesmo número de dígitos –
oito, sendo que os seis primeiros são sempre idênticos.
Este é um procedimento que requer do colaborador muita atenção e conhecimento do
produto do seu cliente, pois o erro de classificação de mercadorias, além de ser um processo
oneroso, ainda coloca em dúvida os serviços prestados pela empresa Orsitec.
4.3.3 Previsão de custos de importação e exportação
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão do auxiliar em
comércio exterior Everaldo José Felix, pelo processo que nos fez entender que o serviço
prestado se organiza da seguinte forma: Após a classificação das mercadorias, a empresa tem
como fazer a previsão de quanto irá gastar para concluir o processo, pois a mercadoria se
enquadrará na NCM, sendo que esta apresenta alíquotas dos impostos incidentes nos
processos de importação e exportação. Uma previsão de custo mal elaborada pode fazer com
que a empresa tenha prejuízos nos produtos importados ou exportados, assim percebe-se a
grande importância da assessoria prestada pela Orsitec.
4.3.4 Assessoria logística
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão da gerente
operacional, pelo processo que nos fez entender que o serviço prestado se organiza da
seguinte forma: a Orsitec assessoria presta, além de serviços relacionados ao desembaraço de
mercadorias assessoria logística para duas empresas, a ST Importações Ltda. e a Reyc
Comércio e Participações Ltda., serviços como: controle de estoque, negociação de frete,
55
controle de armazenamento na EADI (Estação Aduaneira do Interior), acompanhamento da
previsão de chegada de embarques.
A ST Importações Ltda. e a Reyc Comércio e Participações Ltda., contam com uma
relação de parceria com a Orsitec, estas são duas empresas potencialmente importadoras.
Sendo assim, a Orsitec atua desde a negociação do frete internacional até a entrega da
mercadoria nas empresas.
4.3.5 Assessoria de câmbio
Para maior detalhamento nesta função busca-se a compreensão da gerente operacional
Andréa Kalfeltz Vieira, pelo processo que nos faz entender que o serviço prestado se organiza
da seguinte forma: através de consultas a sistema on-line são realizadas consultas sobre a
situação das empresas junto ao Banco Central, verificando o fechamento cambial referente a
cada importação/exportação, impedindo a aplicação de multas e/ou sanções e, efetuando
retificações quando necessárias. Como exemplos de casos onde ocorrem multas ou
penalidades no câmbio pode-se citar: contratação fora do prazo ou não contratação de câmbio,
por não liquidação, por evasão ou sonegação de divisas, por informações falsas ou falsidade
ideológica, etc.
4.3.6 Emissão de Licenciamento Automático (LI)
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão do auxiliar em
comércio exterior, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da seguinte
forma: o Licenciamento automático é o procedimento mais comum na importação. Ele é feito
automaticamente durante a formulação da Declaração de Importação (DI). Para isso, o
importador tem que registrar no Siscomex as informações comerciais, financeiras, cambiais e
fiscais da operação. Para alguns produtos é feito o Licenciamento não-automático (LI). Neste
procedimento os colaboradores prestam informações mais detalhadas da carda de seu cliente.
Todo o processo deve ser feito via Siscomex, neste o formulário da LI é preenchido
off-line e transmitido para o computador central do Serpro (Serviço Federal de Processamento
de Dados), o sistema fará a verificação dos campos e dará a aceitação do LI, fornecendo o
número do Registro da LI e indicando a qual análise a operação será submetida.
56
Após o registro de LI o despachante tem que verificar no Siscomex quanto ao seu
deferimento, dependendo da mercadoria, são exigidos certificados ou amostras, por parte do
DECEX ou outros órgãos, para uma melhor análise do produto, podendo fazer com que este
deferimento ocorra dentro de um período mais longo. A agilidade por parte dos colaboradores
neste processo é fundamental, pois quanto antes for registrado o LI, mais rápido poderá
acontecer o seu deferimento, e a mercadoria poderá ser liberada para o embarque.
4.3.7 Despacho de Importação
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão do ajudante de
despachante aduaneiro, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da
seguinte forma: o despacho de importação inicia-se pela entrega dos documentos pelo
importador, tais como: packing list, commercial invoice e conhecimento de embarque, onde
este é submetido à conferência prévia do colaborador, para que seja iniciado o processo de
registro da DI (Declaração de Importação) pelo próprio despachante ou funcionário
responsável. A DI é desenvolvida no Siscomex, onde são declaradas todas as informações
pertinentes a mercadoria importada.
Nos dizeres de Maluf (2000), despacho aduaneiro de importação é o procedimento
fiscal mediante o qual é fiscalizada a exatidão dos dados declarados pelo importador em
relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação vigente, com
vistas ao seu desembaraço aduaneiro. O desembaraço aduaneiro em virtude do qual é
autorizada a entrega da mercadoria ao importador.
Após o registro da Declaração de Importação, todos os documentos referentes ao
despacho de importação são encaminhados por um colaborador à Secretaria da Receita
Federal, onde é feita a conferência, se a mercadoria se enquadrar no canal vermelho à
conferência é realizada com a presença do despachante aduaneiro ou do seu ajudante. A
presença deste colaborador no momento da conferência é muito importante para assegurar a
integridade da mercadoria. Se o processo de conferência for bem sucedido ocorre à liberação
da mercadoria em favor do importador.
57
4.3.8 Despacho de Exportação
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão do ajudante de
despachante aduaneiro, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da
seguinte forma: a Orsitec inicia o processo de despacho de exportação, após a entrega por
parte do exportador dos documentos, tais como: packing list e commercial invoice, que são
necessários para o mesmo. Com a entrega dos documentos, a empresa emite o RE de qualquer
ponto do Siscomex e também confecciona o certificado de origem, se necessário. O
certificado de origem, além de denominar o país de fabricação, poderá fazer com que a
mercadoria destinada à exportação tenha uma redução dos seus impostos.
Conforme Maluf (2000), despacho aduaneiro de exportação é o procedimento fiscal
mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria destinada ao exterior. A
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, a título definitivo ou não, fica
sujeita ao despacho de exportação.
Com a conclusão do RE e do certificado de origem, a Orsitec envia todos os
documentos instrutivos para o despacho de exportação, para que estes sejam encaminhados
junto com a mercadoria, para a análise da SRF.
Para Maluf (2000), os documentos que instruem o despacho devem ser examinados à
vista das informações registradas, no Siscomex, antes do desembaraço da mercadoria. A
verificação da mercadoria consiste na sua identificação e quantificação, à vista das
informações constantes do despacho e dos documentos que os instruem, após a conclusão da
verificação da mercadoria, dar-se-á o desembaraço aduaneiro e a conseqüentemente
autorização para o seu trânsito, embarque ou transposição da fronteira.
A parametrização no processo de exportação distribui os despachos nos canais: verde,
laranja e vermelho. Sendo que cada um dos canais possui um nível de exigência, no canal
vermelho, são conferidos os documentos e também o produto fisicamente, sendo assim, é
necessária a presença do despachante aduaneiro neste procedimento.
Após a conferência por parte da SRF, e esta for bem sucedida, a mercadoria estará
liberada para a entrega a seu importador.
58
4.3.9 Conferência dos documentos
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão do ajudante de
despachante aduaneiro, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da
seguinte forma: o processo de conferência de documentos é um processo que exige
responsabilidade para os despachantes aduaneiros da Orsitec, pois qualquer informação que
não seja exata, tais como: peso líquido e bruto do packing list, valor da fatura comercial, valor
e peso da mercadoria no conhecimento de embarque, falta de assinatura em documentos, etc.,
pode fazer com que a mercadoria fique presa no posto fiscal da Receita Federal e/ou sujeita a
multa. Assim todos estes campos são analisados cuidadosamente antes de serem entregues na
SRF.
Quando são encontrados dados incongruentes, é feita a comunicação imediata ao
cliente, para que o mesmo possa providenciar as alterações o mais rápido possível, assim
sendo, o processo terá um andamento normal.
Portanto, a análise da documentação instrutiva dos despachos aduaneiros (fatura
comercial, conhecimento de embarque, packing list), é um serviço que corrige equívocos da
parte de importadores e exportadores.
4.3.10 Contato com órgãos intervenientes
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão do auxiliar em
comércio exterior, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da seguinte
forma: os colaboradores têm contato com órgãos que estão ligados à sua atividade, como, por
exemplo, pode-se citar:
• DECEX, este é responsável pelo deferimento das LI`s;
• Secretaria do Estado da Fazenda, está relacionado com o ICMS das
mercadorias;
• SRF, para acompanhamento dos processos de importação e exportação;
• ANVISA é o órgão responsável pelas mercadorias que necessitam de licença
da vigilância sanitária para serem exportadas ou importadas;
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• DMM, o Departamento da Marinha Mercante, é o responsável pela cobrança
do AFRMM;
• IBAMA, órgão responsável pelo licenciamento de mercadorias que possam
afetar o meio ambiente.
4.3.11 Confecção do Certificado de Origem
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão da gerente
administrativa, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da seguinte
forma: o certificado de origem é o documento que tem por finalidade atestar oficialmente a
origem da mercadoria do país de exportação, bem como especificar as normas de origem
negociadas e estabelecidas nos acordos comerciais entre países.
A Orsitec também presta este tipo de serviço ao seu cliente exportador, pois o
Certificado de Origem costuma ser exigido por parte do importador. Esta exigência é para a
obtenção da redução ou isenção do Imposto de Importação, pela aduana do país importador,
de conformidade com o acordo vigente. Entre exemplos de acordos pode-se citar:
MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), ALADI (Associação Latino-Americana de
Integração) e SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais).
Após o preenchimento do Certificado de Origem, a Orsitec o encaminha para o Centro
Internacional de Negócios (CIN), que é a entidade habilitada pela Federação das Indústrias do
Estado de Santa Catarina (FIESC) para a emissão do Certificado de Origem em Florianópolis
– SC, para que este seja deferido.
Nas exportações destinadas a países membros do SGP, o Certificado de Origem é
emitido pelo Banco do Brasil.
4.3.12 Acompanhamento de previsão de chegada de embarques
Para maior detalhamento desta função buscou-se a compreensão da gerente
operacional, o processo nos fez entender que o serviço prestado se organiza da seguinte
forma: a Orsitec faz um rastreamento diário da carga de seus clientes, para que se tenha uma
60
previsão de chegada dos embarques mais precisa possível, esta é informada aos clientes, seja
por meio telefônico ou pela Internet – e-mail.
Esta previsão no transporte marítimo é feita através de contato com agentes de carga e
consultas via Internet. No caso de cargas aéreas a consulta é feita através do Mantra, que
localiza a mercadoria no Brasil.
O acompanhamento da previsão de chegada de embarques é muito importante, pois o
cliente saberá quando a mercadoria estará a sua disposição.
4.4 Percepção dos colaboradores frente aos fatores limitadores e facilitadores em suas atividades na empresa
Para auxiliar na compreensão deste estudo aborda-se neste ponto, através da aplicação
de questões que apontam os aspectos mais significativos nas atividades desenvolvidas pelos
colaboradores nesta organização, onde os mesmos têm um relacionamento e estão interagidos
com o processo, assim podendo contribuir para a melhoria de suas funções e as atividades
desenvolvidas pela empresa.
A justificativa para a consulta a estes colaboradores se dá ao fato de que a sistemática
proposta tenha sua aplicação maior nível operacional. Deste modo, serão estes colaboradores
que descreveram dando um feedback a respeito do desempenho do processo.
Assim seguem os gráficos que representam as respostas dos colaboradores:
1) Qual a sua função desempenhada na organização?
34%
33%
25%
8%Operacional
Assessor decomércio exterior
Colaborador
Financeiro
61
2) Qual a sua formação acadêmica?
34%
33%
25%
8%Cursando EnsinoSuperior na área
Com ensino superiorna área
Com ensino superiorem outra área
Sem ensino superior
3) A empresa disponibiliza cursos de capacitação para as atividades envolvidas?
17%
33%
50%
0%Não sabe sedisponibiliza
Disponibiliza se for deinteresse da empresa
Sim disponibiliza
Não disponibiliza
62
4) O que você considera como facilitante nas suas atividades desenvolvidas?
55%
18%
27%
Ótimo ambiente detrabalho
Colaboração dosclientes no processo
Metodologia aplicadapela empresa naprestação dosserviços
5) O que você considera como limitador na atividade desenvolvida para o bom
desempenho de suas atividades e sua função?
Esta questão gerou muitas respostas diferentes, assim as respostas serão
respectivamente colocadas a seguir:
• fuso horário (China): conforme o entrevistado, este se queixa devido as pendências
que surgem e demoram um dia a serem resolvidas devido ao horário;
• burocracia nos órgãos federais: o entrevistado cita que há muitos documentos e
exigências desnecessárias para a comprovação de alguma penalidade ou infração;
• o sistema Siscomex;
• feedback de clientes (Faturas comerciais distintas das proformas enviadas, atrasos no
envio de documentos e atrasos no retorno das informações pelo cliente.);
• feedback dos exportadores e agentes de carga: conforme o entrevistado, o mesmo
reclama na demora do envio dos conhecimentos de embarque pelos agentes;
63
• o problema da logística no Brasil, onde acarreta vários gargalos dos portos, aeroportos
e rodovias;
• refazer o trabalho por falta de organização do cliente: o entrevistado cita que o cliente
tem uma previsão e depois altera para outra, assim o colaborador terá que refazer todo
o seu trabalho;
• órgãos federais de regulamentação da importação: este entrevistado cita que as
importação provindas da China necessitam em muitos casos de licenciamentos de
importação o qual tarda a saída da mercadoria do país de origem;
• o recebimento dos numerários solicitados aos clientes nas respectivas datas
facilitariam o pagamento de todo o processo de importação e exportação: o
entrevistado afirma que não há dinheiro em caixa para o pagamento das devidas taxas
pelo atraso do cliente em depositar o adiantamento para os seus respectivos
pagamentos.
Este último item do trabalho apresentou a sistemática proposta para a avaliação do
processo de importação e exportação e descreveu as etapas rotineiras dos colaboradores
indicados. O principal objetivo da sistemática proposta aqui é a identificação dos serviços a
partir da análise do processo de trabalho. Essas análises contribuíram para o melhor
entendimento do processo de trabalho, seus desdobramentos e inter-relações com os demais
processos da assessoria em comércio exterior, mas será um referencial que permitirá a
identificação das ações úteis para a melhoria do processo e auxiliará na priorização das ações
identificadas.
64
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve por objetivo o desenvolvimento de uma pesquisa para
percepção dos colaboradores frente as suas facilidades e dificuldades no dia-a-dia de seu
trabalho no departamento de comércio exterior da empresa Orsitec. Ao concluir as atividades
da pesquisa, percebe-se a importância de sua realização para a Orsitec, uma organização com
um grande potencial a ser desenvolvido, que está se mantendo no mercado, ao mesmo tempo
em que parte para ações inovadoras na conquista de novos clientes.
O comércio exterior tem apresentado importante contribuição para a economia de
muitos países, sendo responsável por parcela considerável do Produto Interno Bruto. O
comércio internacional tem como atividades principais a importação e exportação de
mercadorias entre os países, atividades, estas, que também contribuem para o aumento do
número de empregos.
Quando as empresas nacionais decidem empreender transações internacionais, em
geral, recorrem à prestadora de serviços em comércio exterior.
Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), uma das características dos serviços é a
impossibilidade de estocá-los, sendo necessária à agilidade da empresa prestadora de serviços
– e de seus funcionários – para realizar a operação. Esta ‘não estocabilidade’ está presente na
intangibilidade dos serviços em comércio exterior, sendo que se este for mal executado (falta
de competência), as empresas importadoras não terão como reclamar por tal serviço, porque,
conforme os autores de serviços, a prestação e o consumo dos serviços ocorrem de forma
simultânea.
Os serviços de assessoria em comércio exterior identificaram-se, como atributos
considerados determinantes, a competência e a velocidade no atendimento, seguido da
credibilidade e segurança, da flexibilidade e do custo.
Frente à existência de uma ampla gama de empresas prestadoras de serviços em
comércio exterior, as empresas importadoras, para contratar uma empresa que realize suas
operações internacionais, recorrem a uma série de atributos que consideram os ‘mais
adequados’ e ajustam-nos às suas necessidades para, finalmente, optar pela prestadora de
serviços que mais se identifique com seu perfil.
65
Através das conclusões apresentadas, é possível deixar algumas recomendações
visando à continuidade dos trabalhos junto à empresa estudada.
Entregar fichas de avaliação periódicas aos colaboradores para identificar futuros
conflitos de quaisquer naturezas, controlando assim um possível melhoramento no fluxo das
atividades prestadas pela empresa.
Recomenda-se a elaboração de programas de treinamento e orientação para os
colaboradores, a partir dos resultados levantados, na procura de um melhor aproveitamento do
desempenho dos mesmos colaboradores.
Referências
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elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 1999.
BERRY, Leonard; PARASURAMAN, A. Serviços de marketing: competição através da
qualidade. 3. ed. São Paulo: Maltese, 1995.
BIZELLI, João dos Santos e BARBOSA, Ricardo. Noções básicas de importação. São
Paulo: Aduaneiras, 2001.
BORTOTO, Artur César. Comércio exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2004.
CASTRO, José Augusto de. Exportação: aspectos práticos e operacionais. 2 ed. São Paulo:
Aduaneiras, 1999.
GARCIA, Luiz Martins. Exportar: rotinas e procedimentos, incentivos e formação de preços.
6 ed. São Paulo: Aduaneiras, 1997.
GRÖNROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços: a competição por serviços na
hora da verdade. Rio de Janeiro: Campus, 1993.
HAMMER, Michael; CHAMPY, James. Reengenharia: revolucionando a empresa em
função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência. Rio de Janeiro:
Campus, 1994.
FITZSIMMONS, James; FITZSIMMONS, Mona. Administração de serviços: operações,
estratégia e tecnologia de informação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.
GIANESI, Irineu; CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços:
operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1996.
GRÖNROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços: a competição por serviços na
hora da verdade. Rio de Janeiro: Campus, 1993.
KEEDI, Samir. ABC do comércio exterior: abrindo as primeiras páginas. São Paulo:
Aduaneiras, 2005.
LABATUT, Ênio Neves. Teoria e prática de comércio exterior. 3 ed. São Paulo:
Aduaneiras, 1990.
67
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade total em serviços: conceitos, exercícios, casos
práticos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina de A. Fundamentos de metodologia científica.3.
ed. São Paulo: Atlas, 1991.
LOPES VAZQUEZ, José. Comércio exterior brasileiro. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SILVA, Mozart Foschete da. Relações econômicas internacionais. São Paulo: Aduaneiras,
2001.
MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. 4ª ed. São Paulo:
Atlas, 1998.
MALUF, Sâmia Nagib. Administrando o comércio exterior do Brasil. São Paulo:
Aduaneiras, 2000.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho
científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações
e trabalhos científicos. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MINERVINI, N. O exportador. 3 ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
NORMANN, Richard. Administração de serviços: estratégia e liderança na empresa de
serviços. São Paulo: Atlas, 1993.
OLIVEIRA, Claudionor dos Santos. Metodologia cientifica, planejamento e técnicas de
pesquisa: uma visão holística do conhecimento humano. São Paulo: LTr, 2000.
PORTER, Michael. A vantagem competitiva das nações. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus,
1989.
RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 10ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2000.
ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para
estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2 ed. São Paulo: Atlas,
1999.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e
à logística internacional. 2 ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001.
TÉBOUL, James. A era dos serviços: uma nova abordagem ao gerenciamento. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1999.
68
TORRES, Igor Gonçalves. Comércio internacional no século XXI. São Paulo: Aduaneiras,
2000.
VAZQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
WERNECK, Paulo de Lacerda. Comércio exterior e despacho aduaneiro. 2 ed. Curitiba:
Juruá, 1997.
Anexos
70
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO 1
71
PESQUISA DE CAMPO
TÍTULO DA PESQUISA: Relataras funções desempenhadas pela empresa ORSITEC na sua
atividade de exportação e importação.
ENTIDADE:
Orsitec Assessoria e Comércio Exterior S/C Ltda.
Rua Araújo Figueiredo, 119 – salas 403, 405 e 904, Centro.
Florianópolis, SC.
CEP: 88010-520
COORDENADOR DA PESQUISA:
A presente pesquisa tem o objetivo de servir como instrumento para a elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso do acadêmico Antônio Pitz Júnior, aluno do Curso de
Administração com Habilitação em Comércio Exterior, do Centro de Educação Superior VII,
da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
1) Como a empresa Orsitec desenvolve seu processo de exportação e importação?
2) Quais são os colaboradores envolvidos?
3) As atividades desenvolvidas utilizam-se de serviços terceirizados?
4) Dados das atividades de exportação e importação?
72
ANEXO 2 – QUESTIONÁRIO 2
73
PESQUISA DE CAMPO
TÍTULO DA PESQUISA: Descrição das etapas do processo rotineiro de exportação e
importação.
ENTIDADE:
Orsitec Assessoria e Comércio Exterior S/C Ltda.
Rua Araújo Figueiredo, 119 – salas 403, 405 e 904, Centro.
Florianópolis, SC.
CEP: 88010-520
COORDENADOR DA PESQUISA:
A presente pesquisa tem o objetivo de servir como instrumento para a elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso do acadêmico Antônio Pitz Júnior, aluno do Curso de
Administração com Habilitação em Comércio Exterior, do Centro de Educação Superior VII,
da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
1) Relatar as funções desempenhadas nas atividades de exportação e importação.
2) Quais os procedimentos que a empresa adotou para desempenhar as atividades de
exportação e importação?
3) Como e por que a empresa iniciou suas atividades?
4) A empresa possuí algum planejamento para sua expansão em suas atividades?
5) A empresa após seu início, como buscou divulgar suas atividades prestadoras de
serviços?
74
ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO 3
75
PESQUISA DE CAMPO
TÍTULO DA PESQUISA: Verificar as percepções dos colaboradores frente aos fatores
limitadores e facilitadores em suas atividades na empresa.
ENTIDADE:
Orsitec Assessoria e Comércio Exterior S/C Ltda.
Rua Araújo Figueiredo, 119 – salas 403, 405 e 904, Centro.
Florianópolis, SC.
CEP: 88010-520
COORDENADOR DA PESQUISA:
A presente pesquisa tem o objetivo de servir como instrumento para a elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso do acadêmico Antônio Pitz Júnior, aluno do Curso de
Administração com Habilitação em Comércio Exterior, do Centro de Educação Superior VII,
da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
1) Qual a sua função desempenhada na organização?
2) Sua formação na área?
3) A empresa disponibiliza cursos de capacitação para as atividades envolvidas?
5) O que você considera como limitador na atividade desenvolvida para o bom
desempenho de suas atividades e sua função?
6) O que você consideraria como facilitante nesta atividade desenvolvida?