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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO CRISTIANO ARAUJO DE MELLO EDDY JEAN ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM POSTE COM SISTEMA DE BACKUP E USO DE ENERGIA RENOVÁVEL Palhoça 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ALESSANDRO CRISTIANO ARAUJO DE MELLO

EDDY JEAN

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM POSTE COM SISTEMA DE BACKUP

E USO DE ENERGIA RENOVÁVEL

Palhoça

2021

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ALESSANDRO CRISTIANO ARAUJO DE MELLO

EDDY JEAN

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM POSTE COM SISTEMA DE BACKUP

E USO DE ENERGIA RENOVÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Engenharia

Elétrica, da Universidade do Sul de Santa

Catarina, como requisito parcial à obtenção

do título de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Anderson Soares André, Dr.

Palhoça

2021

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ALESSANDRO CRISTIANO ARAUJO DE MELLO

EDDY JEAN

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM POSTE COM SISTEMA DE BACKUP

E USO DE ENERGIA RENOVÁVEL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi

julgado adequado à obtenção do título de

Engenheiro Eletricista e aprovado em sua

forma final pelo Curso de Engenharia

Elétrica da Universidade do Sul de Santa

Catarina.

Palhoça, 08 de setembro de 2021.

______________________________________________________

Professor e Orientador Anderson Soares André, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________

Prof. Djan de Almeida do Rosário, Ms.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________

Thiago Scheidt, Eng. Eletricista

Universidade do Sul de Santa Catarina

Page 4: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

Esse trabalho é dedicado aos nossos

familiares, que na maioria das vezes estavam

a quilômetros de distância, porém sempre

nos incentivaram e acreditaram no nosso

sonho.

Page 5: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

AGRADECIMENTOS

Alessandro e Eddy Agradecem:

Primeiramente agradecemos a Deus, por permitir a realização de mais uma etapa

em nossas vidas, que é a conclusão do curso de Engenharia Elétrica.

Agradecemos ao nosso orientador, professor Anderson Soares André, por todo

ensinamento e suporte para elevar o desenvolvimento deste trabalho.

Agradecemos a equipe de PPA - Programa de Promoção de Acessibilidade, em

especial a Salete Cecilia de Souza.

A esta instituição Universidade do Sul de Santa Catarina, e todos os seus

professores que compartilharam seus conhecimentos e suas experiências para nosso

desenvolvimento acadêmico.

Ao professor avaliador Djan de Almeida do Rosário, pelo seu tempo

disponibilizado para avaliar e contribuir para futuras melhorias desse trabalho de conclusão

de curso.

Ao professor Claudio Coelho, pelo direcionamento prestado nesse trabalho de

conclusão de curso.

Ao Engenheiro Thiago Scheidt, por disponibilizar seu tempo para avaliar esse

trabalho.

Aos nossos colegas de cursos e amigos, que sempre estavam presentes

contribuindo de alguma forma para que superássemos as dificuldade e obstáculos

encontrados nessa jornada.

Alessandro Agradece:

Agradeço a minha família, em especial aos meus pais, Areliano Pereira de Mello

e Maria Gerci Araujo de Mello, que sempre estiveram presentes na minha jornada acadêmica

e por toda compreensão quando estive ausente.

A minha esposa pelos momentos de companheirismo, paciência e motivação que

teve durante toda a graduação.

Page 6: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

“Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui, nunca

desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a próxima tentativa pode

ser a vitoriosa.” (Albert Einstein).

Page 7: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

RESUMO

O presente trabalho aborda o estudo e desenvolvimento de um protótipo, destinado a atender

a iluminação do estacionamento e outras partes externas do Campus da Unisul da Pedra

Branca. Esse sistema de iluminação tem como principal fonte de alimentação a energia

proveniente de um módulo fotovoltaico, que é acoplado a um sistema de armazenamento de

energia baseado em baterias de notebook reutilizadas. O tipo de lâmpada escolhido para a

implementação utiliza a tecnologia de LED, por se tratar de uma das mais eficientes da

atualidade. Esse equipamento gera benefícios adicionais, quando comparado com sistemas

tradicionais, como um bom nível de iluminamento durante a noite e segurança para as

pessoas que transitam na parte externa em períodos noturnos pois, quando ocorre falta de

energia elétrica, o sistema de backup garante a continuidade da operação. Assim, este

trabalho de conclusão de curso apresenta informações técnicas e históricas sobre as

lâmpadas, além de conceitos das tecnologias que compõe o protótipo do poste solar. Através

dos resultados obtidos no experimento, conclui-se que é possível fazer a instalação do

projeto para atender o estacionamento dos Campus da Unisul, porém não foi levado em

consideração o custo de implementação, apenas os benefícios que gera para o local e meio

ambiente, pois o projeto comtempla de lâmpadas com eficiência energética e uso de energia

renovável.

Palavras-chave: Poste solar; Baterias; LED.

Page 8: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

ABSTRACT

This work deals with the study and development of a prototype, designed to serve the lighting

of the parking lot and other external parts of the Unisul da Pedra Branca Campus. This

lighting system has as its main power source the energy coming from a photovoltaic module,

which is coupled to an energy storage system based on reused notebook batteries. The type

of lamp chosen for the implementation uses LED technology, as it is one of the most efficient

today. This equipment should generate additional benefits, when compared to traditional

systems, such as a good level of lighting at night and safety for people who travel outside at

night because, when there is a power outage, the backup system must guarantee the

continuity of the operation. Thus, this course conclusion work presents technical and

historical information about the lamps, as well as concepts of the technologies that make up

the prototype of the solar pole.

Keywords: Solar pole. Backup. LEDs Lamp.

Page 9: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A – Unidade Ampére

ABSOLAR – Associação Brasileria de Energia Solar Fotovoltaica

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica

BMS – Sistema de Gerenciamento de bateria (do inglês, Battery Managment System)

CA – Corrente Alternada

CBMM – Companhia Brasileira de Metalurgica e Mineração

eV - Eletron Volt

CC – Corrente Contínua

GW – GigaWatt

KWh – QuiloWatt-hora

LED – Diodo Emissor de Luz ( do inglês, Light-Emitting-Diode)

LI-ION – Ions de Lítio

MW – MegaWatt

PRODIST – Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico

Nacional

PFV – Painel Fotovoltaico

S – Segundo

STC – Condições Padrões de Teste

UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina

V – Tensão Elétrica

W – Unidade Watt

Wh – Unidade Watt hora

Wp – Watt pico

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Evolução do sistema de iluminação ................................................................... 18

Figura 2 – Ilustração e eficiência luminosa de diferentes lâmpadas ................................... 18

Figura 3 – Lâmpada incandescente ..................................................................................... 19

Figura 4 – Ilustração e estrutura interna de um LED de sinal ............................................. 21

Figura 5 – RGB, mistura de cores ....................................................................................... 22

Figura 6 – Evolução das principais fontes de luz branca .................................................... 23

Figura 7 – Comparativo de iluminação utilizando lâmpadas de vapor de sódio e LEDs .... 23

Figura 8 – Iluminância ......................................................................................................... 24

Figura 9 – Estrutura de bandas de energia em condutor, semicondutor, isolante ............... 25

Figura 10 – Estrutura básica de célula fotovoltaica ............................................................. 26

Figura 11 – Célula de silício monocristalina ....................................................................... 28

Figura 12 – Matriz Elétrica do Brasil .................................................................................. 30

Figura 13 – Evolução do preço da energia fotovoltaica no mercado regulado ................... 31

Figura 14 – Mercado fotovoltaico no mundo ...................................................................... 31

Figura 15 – Estação do ano.................................................................................................. 32

Figura 16 – Orbita da terra em torno do sol, com eixo inclinado de 23,45º ........................ 32

Figura 17 – Irradiação solar no plano inclinado média anual.............................................. 33

Figura 18 – Bateria estacionária e suas características construtivas ................................... 35

Figura 18 – Tempo e limites de tensão de descarga ............................................................ 36

Figura 20 – Bateria de íons de lítio...................................................................................... 36

Figura 21 – Microcontrolador Arduino UNO ..................................................................... 38

Figura 22 – Módulo relé ...................................................................................................... 39

Figura 23 – Principio de operação do retificador onda completa ........................................ 39

Figura 24 – Operação do semiciclo positivo ....................................................................... 40

Figura 25 – Operação do semiciclo positivo ....................................................................... 41

Figura 26 – Poste com iluminação Vapor metálico ............................................................. 42

Figura 27 – Lâmpada LED .................................................................................................. 43

Figura 28 – Bateria de lítio modelo ICR18650 ................................................................... 44

Figura 29 – Certificado do INMETRO ............................................................................... 45

Figura 30 – Coordenadas longitude e latitude do Campus Unisul. ..................................... 47

Figura 31 – Irradiação solar no plano Inclinado em Palhoça - SC ...................................... 47

Figura 32 – Painel e estrutura .............................................................................................. 48

Page 11: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

Figura 33 – Módulo BMS .................................................................................................... 49

Figura 34 – Controlador de carga YDTECH ....................................................................... 51

Figura 35 – Configuração do controlador de carga YDTECH ............................................ 52

Figura 36 – Programa na linguagem C ................................................................................ 53

Figura 37 – Diagrama esquemático do poste solar .............................................................. 54

Figura 38 – Protótipo em dia de sol pleno ........................................................................... 56

Page 12: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Etapas evolutivas da produção da luz. ............................................................... 16

Tabela 2 – Dados técnicos de lâmpadas de três fabricantes ................................................ 21

Tabela 3 – Etapas evolutivas das células fotovoltaica ......................................................... 26

Tabela 4 – Dados elétricos STC - Condições Padrão de Testes .......................................... 28

Tabela 5 – Dados elétricos NOCT -Temperatura Nominal de Operação da Célula Solar .. 29

Tabela 6 – Dados técnicos módulo monocristalino ............................................................. 29

Tabela 8 – Dados técnico da bateria modelo ICR18650 ..................................................... 44

Tabela 7 – Dados técnico do PFV ....................................................................................... 45

Tabela 9 – Dados técnico do módulo BMS ......................................................................... 49

Tabela 10 – Tarifa e consumo de energia. ........................................................................... 55

Page 13: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

SUMÁRIO

1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 12

2 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 13

2.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................. 14

2.2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 14

2.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 14

2.2.2 Objetivos Específicos.............................................................................................. 15

2.3 DELIMITAÇÕES ....................................................................................................... 15

2.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................... 15

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 16

3.1.1 Sistema de Iluminação ........................................................................................... 16

3.1.2 Geração de Luz ....................................................................................................... 19

3.1.3 Luminescência ........................................................................................................ 19

3.1.4 Fluorescência .......................................................................................................... 20

3.1.5 Fosforescência ......................................................................................................... 20

3.1.6 Sistemas De Iluminação Atual – Lâmpadas de Vapor Metálico ........................ 20

3.1.7 Sistema de Iluminação Proposto - LED ............................................................... 21

3.1. Iluminância .................................................................. Erro! Indicador não definido.

3.2 ENERGIA SOLAR ................................................................................................... 24

3.2.1 Dados Solarimétricos ............................................................................................. 31

3.3 DIMENSIONAMENTO DE PAINÉIS FOTOVOLTAICO ................................. 34

3.4 SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO .................................................................. 34

3.5 BATERIAS DE ÍON DE LÍTIO .............................................................................. 36

3.5.1 Dimensionamento das Baterias ............................................................................. 37

3.5.2 Placa Microcontrolada ........................................................................................... 37

3.5.3 Módulo Relé ............................................................................................................ 38

3.5.4 Retificador Monofásico .......................................................................................... 39

4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 42

4.1 PRINCIPAIS COMPONENTES ............................................................................. 43

4.1.1 Lâmpada Led .......................................................................................................... 43

4.1.2 Dimensionamento da bateria ................................................................................ 44

4.1.3 PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO .................................................................. 45

4.1.4 Módulo BMS 3S 20A - 18650 ................................................................................ 48

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4.1.5 Controlador de Carga ............................................................................................ 50

4.1.6 Placa Microcontrolada ........................................................................................... 52

5 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 57

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 59

Page 15: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

12

1.1 JUSTIFICATIVA

O Campus Unisul Pedra Branca, situado na cidade de Palhoça, oferece a maior parte

de seus cursos durante o período noturno, o que leva a uma maior concentração de alunos,

professores e funcionários no intervalo de 18h00 às 22h30. Durante a noite, existe a necessidade

de uma boa iluminação, tanto em áreas internas quanto externas, a fim de garantir a segurança

e facilidade de movimentação.

Entretanto, todo sistema elétrico está sujeito a falhas, que levam a situações em que

ocorrem problemas com o sistema de alimentação e muitos deles não são facilmente evitáveis.

As faltas mais comuns do sistema elétrico costumam ser provenientes de falha humana,

intempéries, ventos, animais, umidade, falhas em linhas transmissões.

Embora o campus já seja dotado de sistema de iluminação de emergência na parte

interna de suas edificações, esta situação leva à possibilidade de desenvolvimento de um

equipamento capaz de garantir iluminação mínima na área externa, em especial, nos

estacionamentos. Como um dos elementos mais importantes dessa proposta será o de

armazenamento de energia, pode-se aproveitar sua presença para adicionar uma nova

funcionalidade que é a utilização da energia solar fotovoltaica.

Devido ao número de interrupções de energia registrados pela concessionária serem

baixos, não se justifica o uso de baterias apenas como sistema backup, porém, se for agregado

com painéis fotovoltaicos, se torna economicamente e tecnicamente viável. Assim, a energia

gerada por painéis fotovoltaicos durante o dia pode ser armazenada utilizando o banco de

baterias e consumida durante a noite, reduzindo o uso da energia da concessionária.

Page 16: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

13

2 INTRODUÇÃO

Muitos dos atuais sistemas de iluminação pública utilizam tecnologias e

componentes avançados, e representam uma grande evolução quando comparados com

sistemas do século XX. A iluminação artificial sempre foi importante para toda a humanidade,

pois existem registro de que a primeira fonte de luz utilizada como iluminação foi a fogueira,

cerca de 500.000 A.C. Ao longo dos séculos, vários outros processos foram utilizados na

geração de luz, desde a queima de gorduras e de gás, mas foi a energia elétrica que mais

contribuiu para a evolução do mundo (VALLEJO, 2012).

Atualmente existe inúmeros lugares para aplicações da iluminação pública como

em praças, áreas comerciais, universidades. A iluminação, além de possibilitar visão, influência

a percepção e o comportamento das pessoas, permite ver formas e distinguir objetos, permite

que as pessoas possam andar durante a noite pelas ruas de forma segura (SOUZA, 2018).

A maioria dos sistemas de iluminação atuais são alimentados exclusivamente pela

rede elétrica e utilizam diversos tipos de lâmpadas, como por exemplo: incandescente, vapor

de sódio, vapor metálico, vapor de Mercúrio, compactas ou LEDs. A busca por um sistema de

iluminação pública de qualidade e de baixo impacto ambiental tende a aumentar, a cada dia.

Além disso, alguns setores já estão incorporando o uso energias renováveis em seus projetos de

iluminação pública, tendo como principal fonte de energia a solar fotovoltaica. A energia solar

é convertida em energia elétrica, através dos painéis fotovoltaicos, contendo um sistema de

armazenamento de energia para melhor aproveitamento.

O Brasil é um país privilegiado, pois a radiação solar é ótima quando comparado

com outros países de latitude desfavoráveis. Dados mostram que em 2012, muitas pessoas

tiveram grande interesse na energia fotovoltaica, porém devido aos altos custos a distribuição

dos chamados kits fotovoltaicos tiveram uma venda discreta. Após aproximadamente 4 anos

(2012 a 2016) o cenário brasileiro se manteve em busca de melhores preços e com algumas

instalações. Os preços neste período foram cada vez mais atrativos para o mercado brasileiro,

onde a partir de 2016, o Brasil e o mercado de geração de energia fotovoltaica sentiram um

impacto extraordinário tendo um crescimento exponencial (ABSOLAR ,2020).

Page 17: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

14

2.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A demanda por uma iluminação pública funcional e com continuidade adequada é

cada vez maior, pois é considerada essencial à qualidade de vida nos centros urbanos. Este

serviço começou a ser ofertado em Londres, no ano de 1417, com a instalação de lanternas em

alguns pontos da cidade e já foi baseado no uso de lampiões de óleo de peixe e a gás, que

mantém pouca relação com os modernos sistemas elétricos. Entretanto, os sistemas usualmente

encontrados não possuem qualquer tipo de backup, que permita uma iluminação mínima, no

caso da ocorrência de problemas no sistema de fornecimento de energia da concessionária

(SILVA, 2006).

Conforme o decreto 2.335/1997, a ANEEL estabelece Procedimentos de

Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST. Na seção 8.2, que

trata da qualidade do serviço, a ANEEL determina que as distribuidoras devem fazer a coleta e

apuração dos indicadores de continuidade do serviço de distribuição. Com base nestes dados,

fornecidos pela concessionária, observou-se que no Campus Pedra Branca, da UNISUL,

ocorreram 24 interrupções de energia ao longo do ano de 2019, o que pode ser traduzido em

redução na segurança e bem-estar dos usuários destes ambientes.

Levando-se em consideração a importância da iluminação artificial num ambiente

como um campus universitário, este trabalho apresenta um sistema de iluminação com backup

de baterias. Por outro lado, em função dos custos de um sistema de armazenamento, pode-se

incorporar ao conjunto placas de geração fotovoltaica, que permitirão melhor aproveitamento

das baterias (SHULZ, 2016).

2.2 OBJETIVOS

A seguir são apresentados os objetivos gerais e específicos deste trabalho de conclusão

de curso.

2.2.1 Objetivo Geral

Projetar e implementar um sistema de iluminação, de aplicação externa, capaz de

garantir iluminamento no estacionamento do Campus Pedra Branca, em caso de falhas da rede

Page 18: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

15

elétrica, utilizando energia solar fotovoltaica, como forma de garantir melhor aproveitamento

do conjunto de baterias.

2.2.2 Objetivos Específicos

a) Estudar o sistema de iluminação atualmente utilizado no estacionamento do

Campus Pedra Branca da UNISUL;

b) Avaliar a substituição do atual sistema de Iluminação por LED;

c) Dimensionar um banco de baterias compatível com o sistema de iluminação por

LED;

d) Dimensionar painel fotovoltaico compatível com o conjunto eletrônico utilizado.

e) Desenvolver protótipo do equipamento.

2.3 DELIMITAÇÕES

Este trabalho busca o estudo e desenvolvimento do protótipo de um poste, com

sistema de armazenamento e uso de energia fotovoltaica. Esse protótipo contemplará

tecnologias disponíveis no mercado. Não será feita a instalação física deste conjunto no

estacionamento do Campus.

2.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

Esse trabalho de conclusão de curso está estruturado em 3 capítulos. No Capítulo 1

é feita a apresentação de uma visão geral do objeto em estudo. No segundo capítulo é

apresentada uma Revisão Bibliográfica, que contempla um breve histórico da evolução dos

sistemas de iluminação pública; conceitos e tipos de lâmpadas utilizados, células e módulos de

silício; Arduino, conceito das principais baterias existentes.

No capítulo 3 é apresentado os principais componentes que compõe o protótipo e

especificações técnicas dos equipamentos, programa na linguagem C, apresentação dos dados

obtidos em experimentos realizado.

Page 19: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

16

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A elaboração deste item do trabalho de conclusão de curso, envolveu a escolha de

conceitos científicos e técnico considerados mais significativos para a compreensão do

desenvolvimento do protótipo, incluindo a utilização da energia solar, além de permitir o

entendimento das tecnologias empregadas.

3.1.1 Sistema de Iluminação

A história dos sistemas de iluminação pública está cheia de registro, onde vários

métodos e modelos foram utilizados para iluminar as vias urbanas. Diversos tipos de

equipamentos foram utilizados como forma de iluminação, desde tochas de madeira

impregnadas com óleo, lamparinas, lâmpadas a gás, porém o método que teve maior

contribuição para a humanidade surgiu no ano de 1880, quando Thomas Alva Edison patenteou

a primeira lâmpada incandescente de 16 watts, com duração de 1500 horas (VALLEJO, 2012).

No ano de 1883 junto com o inglês Josep W. Swan, fundou a empresa Edison & Swan United

Electric Light Company Ltd., onde produziram e venderam as primeiras lâmpadas

incandescente. A partir desse marco histórico, vários outros países passaram a utilizar

iluminação pública e residencial utilizando energia elétrica. Essa descoberta, realizada por

Thomas Edison, contribuiu mundialmente para o desenvolvimento tecnológico e científico.

Desde então, novas pesquisas foram realizadas, o que permitiu desenvolver outros tipos de

lâmpadas, com mais eficiência energética, maior tempo de vida útil e com menor custo de

produção (VALLEJO, 2012). A Tabela 1, apresenta as etapas evolutivas da produção de luz.

Tabela 1 – Etapas evolutivas da produção da luz.

(Continua) ANO FONTE LUMINOSA

DOMÍNIO DO FOGO

? Descoberta do Fogo

500000 a.C. Fogueira

200000 a.C. Tocha

20000 a. C. Lâmpada a óleo animal

Século I Vela de Cera

1780 Vela de Espermacete

1784 Lampião Argand

1803 Lampião a gás de carvão

Page 20: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

17

(Conclusão) ANO FONTE LUMINOSA

DOMÍNIO DA ELETRICIDADE

1808 Arco voltaico

1880 Arco voltaico controlado

1901 Lâmpada a vapor baixa pressão

1902 Lâmpada incandescente de ósmio

1906 Lâmpada incandescente Tântonio

1907 Lâmpada incandescente tungstênio

1908 Lâmpada vapor de mercúrio alta pressão

1912 Lâmpada incandescente tungstênio espiral

1931 Lâmpada vapor de sódio baixa pressão

1932 Lâmpada fluorescente

1933 Lâmpada incandescente espiral dupla

1933 Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão

1934 Lâmpada incandescente espiral tripla

1935 Lâmpada vapor de mercúrio alta pressão

1941 Lâmpada de luz mista

1955 Lâmpada vapor de sódio alta pressão

1959 Lãmpada incandescente halógena

1962 Comercialização do Led para sinalização

1964 Lâmpada vapor a iodetos metálicos

1965 Lâmpada de sódio alta pressão

1973 Lâmpada florescente de pós-emissivos

1980 Lâmpada florescente compacta

1987 Lâmpada incandescente econômica

1988 Sistemas integrados

1990 Leds variadas cores

1991 Lâmpada de indução

1992 Lâmpada fluorescente eletrônica compacta

1994 Lâmpada de enxofre

1995 Lâmpadas Leds

1996 Lâmpadas fluorescentes de 16 mm diâmetro

Fonte: Adaptado de Marteleto (2011).

A Figura 1, mostra a ilustração de apenas alguns dos dispositivos que contribuíram

para a evolução do sistema de iluminação.

Page 21: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

18

Figura 1 – Evolução do sistema de iluminação

Fonte: Tridan (2021).

A evolução das lâmpadas nem sempre teve como objetivo principal a qualidade da

luz emitida, pois o consumo de energia é o foco principal na maioria dos projetos. Um exemplo

são as lâmpadas de vapor de sódio utilizadas em sistemas de iluminação pública, onde apresenta

uma eficiência melhor na reprodução de luz, porém com índices de reprodução de cores

deficiente, o que dá a sensação de um ambiente melancólico.

Segundo o fabricante OSRAM, atualmente existem vários tipos de lâmpadas

disponíveis, o que as diferenciam são as tecnologias utilizadas, a potência de consumo e o fluxo

luminoso. A eficiência luminosa é a relação entre o fluxo luminoso liberado pela lâmpada

(lumens) e a potência elétrica aplicada (watts) que tem como unidade lumens/watts (lm/W). A

Figura 2, mostra a eficiência energética entre modelos de lâmpadas, como pode ser verificado

uma lâmpada no modelo HCV PAR38, tem um rendimento superior a 140lm/W.

Figura 2 – Ilustração e eficiência luminosa de diferentes lâmpadas

Fonte: Acaroni (2013).

Page 22: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

19

3.1.2 Geração de Luz

Segundo André (2004), as fontes de luz são classificadas em duas classes,

conhecidas como; incandescente e luminescente. A forma da emissão da luz é o mesmo em

ambos os casos, isto é, “transição eletrônica de um estado de energia mais alto para um mais

baixo, diferindo apenas no modo de excitação.” (ANDRÉ, 2004, p.56).

A incandescência é um fenômeno que ocorre através emissão de radiação

eletromagnética por um corpo quando submetido a alta temperatura, um exemplo é a construção

de lâmpadas incandescentes e alógenas. A lâmpada incandescente consiste numa base de rosca

e um bulbo onde se encontra um filamento com gás inerte como argônio ou vácuo para evitar

o consumo do filamento, quando a corrente elétrica circula pelo filamento, ocorre o

aquecimento do filamento e torna-se incandescentes (ANDRÉ,2004). Abaixo a Figura 3, mostra

a estrutura de uma lâmpada incandescente.

Figura 3 – Lâmpada incandescente

Meio Interno

Bulbo

Filamento

Tubo de Exaustão

Base

Condutores Internos

Fonte: André (2004).

3.1.3 Luminescência

Luminescência é a característica que alguns corpos têm de absorver energia e

posteriormente emitir essa radiação. Quando uma fonte de fótons de luz é introduzida sobre

esse material ocorre a excitação de elétrons desse material da banda de valência para a banda

de condução. A luminescência é dividida em dois tipos; Fluorescência e Fosforescência

(SMITH; HASHEMI, 2012).

Page 23: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

20

3.1.4 Fluorescência

Segundo André (2004, p.14) escreve: “lâmpadas fluorescentes e lâmpadas de

mercúrio, a radiação ultravioleta, resultante da luminescência do vapor de mercúrio devido à

descarga no gás, é convertida em luz visível por uma cobertura de fósforo no interior do tubo

[...]”.

A fluorescência ocorre após a excitação, onde o processo de emissão leva 10−8 s,

e volta ao estado fundamental, em fluorescência o material emite luz visível, enquanto está

sendo excitado por uma fonte de energia (SMITH; HASHEMI, 2012).

3.1.5 Fosforescência

De acordo com Smith e Hashemi (2012) fosforescência ocorre após a excitação,

onde o processo de emissão leva mais de 10−8 s, ou seja, o material emite luz visível, somente

após o corte da fonte de energia.

Segundo André (2004) esse fenômeno chamado fosforescência, ocorre em

lâmpadas fluorescentes de forma muito rápida, quando uma lâmpada é alimentada em corrente

alternada de baixa frequência, esse fenômeno ajuda minimizar o efeito estroboscópio nas

lâmpadas fluorescentes.

3.1.6 Sistemas De Iluminação Atual – Lâmpadas de Vapor Metálico

A lâmpada de vapor metálico é constituída de um bulbo de vidro e um tubo de

quartzo, contendo iodetos metálicos e gás argônio de alta pressão. Quando uma tensão é

aplicada entre os eletrodos cria-se um campo elétrico entre os eletrodos, o que faz gerar um

arco elétrico entre os mesmos, o calor gerado pelo arco elétrico ioniza o argônio, o que causa a

evaporação metálica que se ioniza e passa emitir luz (NERY, 2019).

As lâmpadas de vapor metálico foram projetadas para proporcionar um fluxo

luminoso com excelente reprodução de cores, conseguindo iluminar grandes espaços, com

muita qualidade. Esse modelo de lâmpada necessita de reator para a partida e capacitor para a

correção do fator de potência (NERY, 2019).

A lâmpada de vapor metálico é muito similar a uma lâmpada de vapor mercúrio,

porém com algumas vantagens, pois as lâmpadas de vapor metálico têm melhor fluxo luminoso

e eficiência luminosa, conforme apresentada a Tabela 2.

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21

Tabela 2 – Dados técnicos de lâmpadas de três fabricantes

Fonte: Philips; Osram; Ourolux (2020).

3.1.7 Sistema de Iluminação Proposto - LED

Segundo Nery (2019), LED é a sigla em inglês, de Light Emissor Diode, um diodo

emissor de luz é composto de um terminal ânodo, conhecido como polo positivo (+) e outro

chamado cátodo, conhecido como polo negativo (-). Quando polarizado de forma direta ocorre

o efeito luminoso, liberando energia em forma de luz visível. Os materiais utilizados na

construção dos semicondutores são de Silício (Si) e Germânio (Gr). A Figura 4, apresenta a

estrutura interna de um LED de sinal.

Figura 4 – Ilustração e estrutura interna de um LED de sinal

Fonte: Timóteo (2011).

De acordo com Junior (2010), LEDs de alta potência têm como característica a

necessidade do uso de dissipador de energia, e são projetados para suportar potências a partir

de 1W. Esses LEDs são aplicáveis na construção das lâmpadas do modelo LED, contendo um

Lâmpadas Potência

(W)

Fluxo Luminoso

(lm)

Eficiência Luminosa (lm/W)

Lâmpada de vapor Mercúrio HPLN

400W PHILIPS

400 22000 55

Lâmpada de vapor Metálico

3HQIBT 400W/D PRO

OSRAM

420 34000 81

Lâmpada de vapor Mercúrio 400W

Ourolux

400 21000 53

Lâmpada de vapor Metálico 400W

Ourolux

400 32000 80

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formato de módulos planares, que são constituídos de vários semicondutores encapsulados,

podendo atingir até 200W de potência.

A cor branca é uma das mais utilizada em sistemas de iluminação. Para as lâmpadas

de LEDs emitirem essa cor branca é utilizado uma combinação de três Leds individuais RGB

(vermelho, verde, azul). O RGB pode ser combinado de várias outras formas de modo a

reproduzir um espectro cromático (SOARES, 2013).

A Figura 5 apresenta diferentes maneiras de combinar as cores vermelha, verde e

azul, o que permite reproduzir uma ampla gama de cores.

Figura 5 – RGB, mistura de cores

Fonte: Brito (2013).

Atualmente as lâmpadas LEDs são encontradas com tensão de alimentação bivolt,

127V ou 220V. Para o correto funcionamento utiliza um conversor genericamente chamado de

driver, que é composto de circuitos eletrônicos, transformador, retificador e alguns modelos de

drive utilizam etapas de saída do tipo Buck ou Bock-Boost. As principais funções do driver são

fazer com que a lâmpada de LED receba corrente contínua, filtrar os ruídos, fazer o isolamento

entre a entrada e saída de alimentação, fazer regulação de tensão na saída (SOARES, 2013).

Para Soares (2013) o uso da tecnologia LED aplicada em iluminação pública,

permite uma evolução na qualidade de serviços prestados, e ganhos com a redução de consumo

de energia elétrica, visto que o rendimento dessa tecnologia vem permitindo que sejam

alcançados os mesmos níveis de iluminamento, porém com potências elétricas cada vez

menores.

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23

A Figura 6, apresenta a “evolução dos LEDs, chamada de lei Craford’s, mostra que

o desempenho da emissão de luz aumenta dez vezes a cada década” (JUNIOR, 2010, p.5).

Figura 6 – Evolução das principais fontes de luz branca

Fonte: Junior (2010).

A Figura 7 mostra uma rua utilizando um sistema de iluminação pública, sendo

iluminada por lâmpadas de vapor de sódio de cor amarelada e após sendo substituídas por

lâmpadas de LEDs de cor branca.

Figura 7 – Comparativo de iluminação utilizando lâmpadas de vapor de sódio e LEDs

Fonte: Vale Pinho (2020).

3.1.8 Iluminância

Segundo Guerrini (2008) iluminância é a densidade de fluxo incidente em uma

superfície por unidade de área, sua unidade de medida é o lúmen/m² ou lux.

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Para fazer a medida é utilizado um equipamento chamado de luxímetro. O fluxo

luminoso de um lúmen incidindo sobre uma área de um metro quadrado produz o iluminamento

de um lux, conforme apresentada a Figura 8.

Figura 8 – Iluminância

Fonte: Costa (2021).

De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnica – ABNT determina que

cada ambiente necessita de um determinado nível de iluminância, esses níveis de iluminância

são estabelecidos de acordo com as atividades que são desenvolvidas.

De acordo com a NBR ISO/CIE 8995-1:2013, para estacionamentos públicos

internos é exigido um iluminância de 75 Lux. Um sistema de iluminação vertical elevada

permite usuários que circulam essa área reconheçam as faces de outras pessoas, o que se traduz

em sensação de segurança.

3.2 Energia Solar

Segundo Moreira (2014) energia solar são todas as formas de energias originadas

pela luz e calor do sol. Essa fonte de energia é gerada a partir do fenômeno de fusão nuclear

nas camadas mais internas do sol, emitindo anualmente para a atmosfera terrestre

1,5×1018kWh de energia. Para medir essa radiação são utilizados dois equipamentos,

piranômetros e pireliômetros.

Todo este potencial usualmente é aproveitado de duas maneiras diferentes. A

energia solar térmica pode ser utilizada através da captação da energia utilizado um sistema

Page 28: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

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com coletores solares e reservatórios térmicos para manter a temperatura de um fluído. A

energia térmica tem diversas aplicações e formas de aproveitamento. (MOREIRA, 2014).

Entretanto, a forma de aproveitamento que se encaixa nesse trabalho de conclusão

de curso e que será melhor debatida é a energia solar fotovoltaica. De acordo com Pinho e

Galdino (2014) a energia solar fotovoltaica é gerada através da conversão de raios solares em

energia elétrica de corrente contínua. Os módulos fotovoltaicos são constituídos de células

semicondutoras que, quando submetidas a uma radiação solar, são responsáveis pelo efeito

fotovoltaico. Em 1839, Edmond Becquerel descobriu o este efeito, pois observou que devido a

absorção de luz, ocorre na junção p-n das células uma diferença de potencial no material

semicondutor.

Ainda segundo Pinho e Galdino (2014), os materiais semicondutores possuem três

bandas chamadas de banda de valência, banda de condução, banda proibida ou gap. Para os

semicondutores a banda de valência é composta somente por elétrons e uma banda de condução

vazia, ou seja, sem elétrons, já na banda proibida apresenta apenas três elétron-volt.

Os semicondutores possuem uma banda proibida intermediaria, com isso são

capazes de mudar sua condição de isolante para condutores. Tal fenômeno ocorre quando um

fóton de luz fornece energia suficiente para elétrons da banda de valência se deslocarem para a

banda de condução. Quando a tensão do fóton é igual a tensão do gap não ocorre tal fenômeno,

isso ocorre devido a energia ser baixa para ultrapassar a banda proibida.

Na Figura 9, apresenta a estrutura da separação de bandas de energia em condutor,

semicondutor e isolante.

Figura 9 – Estrutura de bandas de energia em condutor, semicondutor, isolante

Fonte: Pinho e Galdino (2014).

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No ano de 1876, foi desenvolvido o primeiro aparato fotovoltaico, através de

estudos da física de estado sólido e em 1956, iniciou se sua produção em escala industrial.

(PINHO; GALDINO, 2014).

A estrutura física de uma célula fotovoltaica é apresentada conforme a Figura 10,

onde fótons de luz incidem sobre o painel e com o uso dessa energia os elétrons ficam excitados

e se deslocam pelos condutores até a carga.

Figura 10 – Estrutura básica de célula fotovoltaica

Fonte: Ramos (2015).

Os principais registros da evolução dos equipamentos fotovoltaicos podem ser

verificados na Tabela 3.

Tabela 3 – Etapas evolutivas das células fotovoltaica

ANO EVOLUÇÃO DAS CÉLULAS

1800 Descoberta do Selênio (Se) (Berzelius)

1820 Preparação do Silício (Si) (Berzelius)

1840 Efeito Fotovotaico (Becquerel)

1860 Efeito Fotocondutivo no Se (Smith)

Retificador de Ponto de Contato (Braun)

1880 Efeito Fotocondutivo no Se (Adams e Day)

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Célula Fotovotaica de Se (Fritts/Uljanin)

1900 Fotosensitividade em Cu-Cu2O (Hallwachs)

1910 Efeito Fotovotaico com Barreira de Potencial (Goldman e

Brudsky)

1920 Monocristal a partir do Si Fundido (Czochralski)

Retificador de Cu-Cu2O (Grondahl)

1930 Célula Fotovotaica de Cu-Cu2O ( Grondahl eGeiger)

Teorias de Bandas em Sólidos (Strutt/Brillouin/Kröng & P)

Teorias de células com Barreiras V e H (Schotty et al)

1940 Teoria da Difusão Eletrônica (Dember)

Aplicações Fotométricas (Lange) 1% de Eficiência em Células

de Sulfeto de Tálio (Nix & Treptow)

1950 Crescimento de Células fotovoltaicas com Junção (Ohl)

Teoria das Junções p-n (Schockley)

1954 Célula Solar de Si (Person, Fuller & Chapin)

1955 Junções p-n Difundidas (Fuller)

1960 Célula Solar de Cds (Reynolds et al)

Teorias de Células Solares (Piann & Roosbroeck/Prince)

1962 O ``Bandgap´´ e a Eficiência das Células (Loferski, R. & W)

Teoria da Resposta Espectral, Mecanismo de Perdas (Wolf)

Efeitos de Resitência em Série (Wolf & Rauschenbach)

Células de Si n/p Resistentes a Radiação (Kesperis & M.)

Contatos Evaporados de Ti-Ag (BTL)

1973 Células Violeta com 15,2% de Eficiência

1976 Células de Silício Amorfo (a-Si)

1992 Células Metal-Insulator-Semicondutor (MIS) de 24% de

Eficiência

1998 Células de Silício Monocristalino com Eficiência de 24,7%

1999 Potência Instalada Acumulada atinge o Primeiro GWp

2002 Potência Instalada Acumulada Dobra em Relação a 1999

2005 Eficiência Superior a 20% para Células em Silício Policristalino

2006 Células Multijunção com Rendimentos Superiores a 34%

Células de Tripla Junção Superam os 40 % de Eficiência

2008 Módulos de c-Si Dominam 87% do Mercado (John Wiley &

Sons, 2011).

Expansão de Módulos de Filme Fino ( a-Si, CdTe e Módulos

CIS)

2009 Mais de 70GWp de Potência Instalada Acumulada (EPIA,2012)

2012 Potência Instalada Acumulada Supera 100GWp (EPIA, 2013)

Fonte: Adaptado de Pinho e Galdino (2014).

Segundo Pinho e Galdino (2014, p.50) “[...] as células mais comercializadas são

compostas de silício monocristalino (m-Si) e silício policristalino (p-Si), são compostas de uma

tecnologia consolidada, segura, e por possui eficiência, tem uma representatividade com mais

de 85% no mercado.”

A Figura 11, apresenta uma célula de silício monocristalina utilizada em painéis

solares para geração de energia fotovoltaica.

Page 31: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

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Figura 11 – Célula de silício monocristalina

Fonte: Ramos (2015).

De acordo com o fabricante Trina Solar (2018) os módulos monocristalinos

contendo 60 células, atingem 19.2% de máxima eficiência e potência de 315Wp. Abaixo podem

ser verificados dados elétricos de um dos produtos deste fabricante (Tabela 4).

Tabela 4 – Dados elétricos STC - Condições Padrão de Testes

Fonte: Adaptado datasheet trina solar (2018).

Segundo Trina Solar (2018), STC – Condições Padrão de Testes: Irradiância de

1000W/m², Temperatura de Célula de 25°C, Massa de Ar AM1.5. *Tolerância de teste a: ±3%.

São utilizados estes dados de STC para ter um padrão de referência entre

fabricantes. Conforme pode apresentado na Tabela 5.

DESCRIÇÃO VALOR

Potência nominal-PMAX (Wp)* 315

Tolerância de potência nominal-PMAX (W) 0 ~ +5

Voltagem no ponto máximo-VMPP (V) 33.3

Corrente máxima-IMPP (A) 9.46

Voltagem em circuito aberto-V OC (V) 40.5

Corrente em curto-circuito-ISC (A) 10.0

Eficiência do módulo (%) 19.2

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Tabela 5 – Dados elétricos NOCT -Temperatura Nominal de Operação da Célula Solar

Fonte: Adaptado datasheet trina solar (2018).

NOCT: Irradiância de 800W/m², Temperatura ambiente de 20°C, Velocidade de

vento 1m/s.

O NOCT de uma placa solar pode ser utilizado pelo projetista do sistema

fotovoltaico como um guia para a temperatura à qual um módulo vai funcionar no campo e, por

consequência, é um parâmetro útil quando se compara o desempenho de diferentes modelos de

painéis fotovoltaicos. (TRINASOLAR, 2018). Conforme apresentada Tabela 6.

Tabela 6 – Dados técnicos módulo monocristalino

(Continua)

DESCRIÇÃO VALOR

Potência máxima-PMAX (Wp) 235

Potêmcia máxima de voltagem-VMPP (V) 30.9

Corrente máxima-IMPP (A) 7.60

Voltagem em circuito aberto-VOC (V) 37.6

Corrente em curto-circuito-ISC (A) 810

DADOS TÉCNICOS

Células solares Monocristalino 156,75 × 156,75 mm (6 polegadas)

Distribuição de células 60 células (6 × 10)

Dimensão do módulo 1650 × 992 × 35 mm (65,0 × 39,1 × 1,38 polegadas)

Peso 18,6 kg (41,0 lb)

Vidro 3,2 mm (0,13 polegadas), Alta Transmissão, vidro

temperado

Capa traseira Branca

Moldura Liga de alumínio anodizado cor preto

Caixa de junção Classificação IP 67 ou IP 68

Cabos Classificado cabo de tecnologia fotovoltaica 4.0mm² (0,006

polegadas²)

Classificacão de incêndio Tipo 1 ou Tipo 2

NOCT(TempNominal de

Funcionamento da Célula)

44°C (±2°C)

Coeficiente

de Temperatura Pmax

- 0.39%/°C

Coeficiente de Temp Voc - 0.29%/°C

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Fonte: Adaptado datasheet trina solar (2018).

De Acordo com a ABSOLAR (2021), as instalações de sistemas fotovoltaicos,

tiveram um crescimento significativo, em primeiro de agosto de 2021, a energia fotovoltaica

representa 1,9% de toda a matriz energética brasileira e com 9,73GW de potência instalada. A

Figura 12, mostra a geração solar centralizada que atingiu o marco de 3.427MW de potência.

Figura 12 – Matriz Elétrica do Brasil

Fonte: ABSOLAR, (2021).

A Figura 13, mostra a evolução do preço da fonte fotovoltaica em leilões de energia

no mercado regulado Brasileiro.

Coeficiente de Temp Isc 0.05%/°C

Tempertura de operação -40~+85°C

Tensão máxima 1000VDC(IEC) 1000VDC (UL)

Valor máximo de fusível em

série

15 A

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Figura 13 – Evolução do preço da energia fotovoltaica no mercado regulado

Fonte: ABSOLAR (2020).

Em 2019 o Brasil ocupou a décima segunda posição no mercado fotovoltaico no

mundo, com 2.1GW de capacidade adicionada e a décima sexta posição, com 4.5GW de

capacidade instalada acumulada. Conforme pode ser verificado a Figura 14.

Figura 14 – Mercado fotovoltaico no mundo

Fonte: ABSOLAR (2020).

3.2.1 Dados Solarimétricos

O planeta Terra tem seu movimento chamado de translação. Esse movimento ocorre

durante todo ano, com formato de uma elipse. O eixo imaginário da Terra tem inclinação de

23,45º em relação ao plano de sua órbita. As estações do ano são provenientes do movimento

de translação e inclinação da terra. (PINHO; GALDINO, 2014).

Como pode ser verificado a Figura 15, a terra faz diferentes trajetórias de leste a

oeste em torno do sol ao decorrer do ano.

Page 35: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

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Figura 15 – Estação do ano

Fonte: Pereira (2016).

A Figura 16, mostra as datas das estações do ano no hemisfério sul. No dia 21/12

ocorre o solstício de verão, quando verifica-se que o ângulo de incidência de raios solares no

plano do equador forma ângulo de -23,45º e um ângulo de +23,45º na data de 21/06, onde ocorre

solstício de inverno. Na data 21/09, ocorre o equinócio de primavera e no dia 21/03, ocorre o

equinócio de outono (PINHO; GALDINO, 2014).

Figura 16 – Orbita da terra em torno do sol, com eixo inclinado de 23,45º

Fonte: Pinho e Galdino (2014).

Segundo Pinho e Galdino (2014, p.70) “[...], “a diferença entre a declinação e a

latitude determina a trajetória do movimento aparente do sol para um determinado dia e uma

dada localidade na terra.”

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A Equação 1, pode ser utilizada para calcular o ângulo de declinação solar, onde a

letra d significa dia juliano. Conhecer a posição do sol é importante para determinar a

intensidade da radiação solar que atinge numa determinada localidade da terra. (PINHO;

GALDINO,2020).

𝛿 = 𝑆𝑒𝑛−1[−𝑆𝑒𝑛(23,45º )𝑐𝑜𝑠 [(360

365.25 ) (𝑑 + 10]] (1)

De acordo com o Atlas de energia solar brasileira, disponibilizada pela rede

SONDA- Sistema de Organização Nacional de dados Ambientais, apresenta dados sobre a

irradiação solar global incidente no Brasil. O estado de Santa Catarina situado na região sul do

mapa brasileiro, apresenta a menor irradiação solar global de 4,25kWh/m², sendo que a maior

índice de irradiação solar global está ao norte do estado de Bahia com aproximadamente

6,5kWh/m². A Figura 17, apresenta o mapa brasileiro com a irradiação solar média anual.

Figura 17 – Irradiação solar no plano inclinado média anual

Fonte: INPE (2021).

Segundo Torres (2012) em qualquer parte do território brasileiro apresenta irradiação

solar entre (1.500-2500 kWh/m²) que são índices superiores aos países como Alemanha que

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34

apresenta valores entre 900 à 1250 KWh/m² e França que apresenta valores de irradiação solar

entre 900 à 1650kWh/m².

3.3 Dimensionamento de Painéis Fotovoltaico

Segundo Pinto e Galdino (2014), para determinar o dimensionamento dos painéis

solares, é considerado a intensidade da radiação solar da região, potência da lâmpada e a

quantidade de horas que a lâmpada fica ligada. A Equação 2, apresenta a forma de dimensionar

o painel fotovoltaico.

𝑃𝑚 =𝐿𝑖

HSPi×Red1×Red2 (2)

Onde:

𝑃𝑚 Potência total painel (Wp)

𝐿𝑖 Potência consumida diariamente no mês pela Lâmpada (kWh/dia)

𝐻𝑆𝑃𝑖 Horas de sol pleno no plano do painel, horas de sol pico (h/dia)

𝑅𝑒𝑑1 Eficiência da célula, para módulos de c-Si recomendado usar o valor de 0,75.

𝑅𝑒𝑑2 Fator de perdas em controladores, diodos e fiação. É recomendado utilizar o valor 0,9.

3.4 Sistemas de Armazenamento

Segundo Moreira (2014) um sistema de armazenamento, faz uso de tecnologias

para armazenar energia, mantendo armazenada por um período e a devolvendo para suas fontes

para consumo. As fontes renováveis estão sujeitas a intermitências e variações, características

peculiares de cada fonte de energia, quando comparadas com fontes tradicionais. Para se ter

controle do fluxo da energia, incorporou se aos projetos de fontes renováveis, sistema de

armazenamento de energia.

Para Moreira (2014) existem as seguintes formas de armazenar energia:

a) Armazenamento de energia mecânica

b) Armazenamento eletroquímicos de energia

c) Armazenamento diretos de energia elétrica

d) Armazenamento de energia térmica

e) Armazenamento químico de energia

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As baterias se classificam como sistema de armazenamento eletroquímico,

convertem a energia elétrica em energia química, sendo classificadas em dois tipos: as

recarregáveis e as não-recarregáveis (MOREIRA, 2014).

As baterias recarregáveis são aquelas onde é possível reverter as reações químicas

dos componentes da bateria para que ela possa gerar energia novamente, porém elas têm uma

quantidade de ciclos limitada. Já as baterias não-recarregáveis, são aquelas onde não é possível

reverter a reação química. As baterias mais importantes do grupo eletroquímico são as baterias

de chumbo-ácido (PbA), a de níquel cádmio (NiCd), a de níquel-hidreto metálico (Ni-MH), a

de íon lítio (Li-íon), a de metal-ar e a de sódio-enxofre. (MOREIRA, 2014).

As baterias de chumbo-ácido são as mais recomendáveis para sistema fotovoltaicos

isolados, quando comparado com as baterias do tipo NiCd e NiMH, isso se dá devido ter o

menor custo (PINHO; GALDINO,2020).

Segundo o fabricante Moura (2020) a bateria estacionária – série MVA, tem tensão

nominal de 12V e tensão de flutuação / recarga a 2,27 Vpe ± 1% por elemento a 25°C. 13,65V

para a bateria. A temperatura ideal para funcionamento fica entre 20 ℃ ~ 30 ℃.

A Figura 18, apresenta um modelo de bateria estacionária particionada.

Figura 18 – Bateria estacionária e suas características construtivas

Fonte: Moura (2008)

De acordo com o fabricante Moura (2018), para garantir que as baterias

estacionárias tenham uma vida útil mais longa, recomenda-se que não sejam descarregadas

abaixo dos limites de tensão mínimos indicados. Essa recomendação se dá devido a tensão de

descarga diminuir quando a corrente de descarga aumenta. Conforme apresenta a Figura 19.

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36

Figura 19 – Tempo e limites de tensão de descarga

Fonte: Moura (2018).

3.5 Baterias de Íon de Lítio

Segundo Moreira (2014), as baterias de lítio foram projetadas para serem utilizadas

em equipamentos eletrônicos portáteis, com capacidade de armazenamento chegando ao dobro

quando comparado com baterias de NiMH, e três vezes mais que uma bateria de NiCd. Devido

a densidade de energia do lítio ser maior que as outras tecnologias anteriores foram possíveis

desenvolver baterias mais leves e com tamanhos menores.

De acordo com a CBMM (2018) as baterias de lítio são compostas de um polo

negativo (-), um polo positivo (+), separador, eletrólito e camadas de íons de lítio.

A Figura 20 b, mostra o processo de descarga, onde ocorre a migração dos íons de

lítio do polo negativo (-) para o polo positivo (+), passando através do separador, para fazer a

carga é somente fazer o processo reverso, conforme pode ser verificada a Figura 20 a.

Figura 20 – Bateria de íons de lítio

Fonte: CBMM (2018).

Page 40: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

37

3.5.1 Dimensionamento das Baterias

Para Alvarenga (2020), a escolha de baterias específicas para sistema fotovoltaico,

ainda tem poucas opções no mercado, baterias especificas tem vida útil longa, porém são caras

quando comparadas com baterias estacionárias. O dimensionamento do banco da bateria do

sistema fotovoltaico, primeiramente deve-se definir a profundidade de descarga que vai atingir

as baterias, a fim de aumentar o tempo da vida útil, quando faz escolhas por ciclos profundos

menor será o tempo de vida útil da bateria.

Segundo Alvarenga (2020) as baterias têm o ciclo de carga e o ciclo de descarga,

que acontece diariamente, ou seja, a bateria se carrega durante o dia e descarrega o mais comum

durante a noite, após um tempo fornecendo energia para a carga utilizada. Existe também

profundidade de descarga por falta de energia solar suficiente, que ocorre por exemplo no tempo

chuvoso ou quando o céu está nublado.

É necessário fazer uma análise criteriosa levando em conta as curvas de vida útil

das baterias, em função da profundidade de descarga fornecida pelo fabricante, pois pode afetar

a capacidade do banco da bateria expressada em Ah. Baterias de chumbo-ácido tem descargas

entre 10% a 20%, sendo que para ciclos esporádicos e profundos utiliza descargas em torno de

60% da autonomia da bateria. Para essa aplicação é usado uma bateria de 12V. Esta capacidade

é dada pela Equação 3. (ALVARENGA,2020).

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(𝐴ℎ) =𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎)

𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎(𝑉)×𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒(𝑝𝑢/𝑑𝑖𝑎) (3)

3.5.2 Placa Microcontrolada

O Arduino Uno é uma placa microcontrolada baseada no Atmega328P, sendo que

possui 14 pinos de entrada e 6 saídas digitais que são utilizadas como saídas PWM, 6 entradas

analógicas, um ressonador de cerâmica de 16Mhz, conexão USB, conector de alimentação,

botão de reset. (ARDUINO, 2021)

As entradas e saídas analógicas são grandezas que podem assumir infinitos valores

de amplitude dentro de uma faixa de tensão, para esse estudo é utilizada a entrada analógica A0

conectada ao divisor de tensão que fica em paralelo com a bateria. (ARDUINO, 2021)

Page 41: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

38

As entradas e saídas digitais são grandezas que assumem dois estados definidos

como; como nível lógico alto, que tem o valor de 5V e nível lógico baixo, que tem valor de

tensão de 0V. (ARDUINO, 2021).

As saídas PWM é uma modulação de largura de pulso capaz de variar a largura de

pulso de um sinal digital, através dessa função é possível controlar velocidade e posições de

motores ou a intensidade do brilho de LEDs. Essa técnica de modulação varia o valor médio e

uma forma de onda periódica, mantendo sua frequência, porém, mas alterando seu valor médio

de tensão ao longo do tempo. (ARDUINO, 2021). Conforme é apresenta a Figura 21.

Figura 21 – Microcontrolador Arduino UNO

Fonte: ARDUINO (2021).

3.5.3 Módulo Relé

Para Thonsen (2021) módulo relé é um equipamento que permite controlar vários

dispositivos elétricos, como ligar uma carga em 220V, isso só é possível fazendo uso de placas

microcontroladas, como o Arduino. Atualmente existem módulos com diferentes quantidades

de relés, podendo chegar até 16 canais para aquisição.

De acordo com Thonsen (2021) o módulo relé 2 canais é capaz de controlar até dois

dispositivos que pode ser de corrente continua ou de corrente alternada, respeitando os níveis

de corrente que é de 10A.

O módulo relé opera a partir da placa microcontrolada, recebendo tensão de 5 V e

logo após é realizado o chaveamento para comutar seus contatos em normalmente fechado ou

normalmente aberto. o módulo possui optoacopladores, que são responsáveis em isolar uma

região de outra afim de proteger a placa microcontrolada em casos de sobre carga.

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39

A Figura 22, mostra o pino IN1 que é responsável pelo acionamento do relé 1 e o

pino IN2 que aciona o relé 2. Uma consideração muito importante é que os relés são ligados

em níveis lógicos baixo LOW e para desligar os relés utiliza HIGH. (THONSEN,2021).

Figura 22 – Módulo relé

Fonte: Felipeflop (2021).

3.5.4 Retificador Monofásico

Segundo Cruz e Júnior (2014), circuitos retificadores são responsáveis por

converter tensão alternada AC em tensão contínua DC, para essa transformação é utilizado

retificador meia onda ou retificador de onda completa.

Entretanto, a forma de aproveitamento que se encaixa nesse trabalho de conclusão

de curso e que será utilizado é o retificador monofásico de onda completa.

De acordo com Cruz e Júnior (2014) no retificador de onda completa utiliza os dois

semiciclos da tensão de alimentação da carga. A Figura 23, apresenta o princípio de

funcionamento do retificador onda completa em ponte.

Figura 23 – Principio de operação do retificador onda completa

Fonte: SENAI (2021).

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40

Para Cruz e Júnior (2014) o circuito retificador de onda completa em ponte, contém

quatro diodos e um transformador. Os diodos semicondutores são responsáveis por retificar a

tensão CA em tensão CC.

Quando o semiciclo da tensão é positiva no polo 1 do secundário do transformador,

os diodos D2 e D4 são polarizados diretamente e entram em condução em série. Para os diodos

D1 e D3 não circula corrente nesse ciclo positivo pois, estão polarizados reversamente. A

corrente que circula na carga RL tem sentido de cima para baixo. A Figura 24, apresenta o

circuito com polarizações e regimes de operação dos diodos semicondutores durante o ciclo

positivo da tensão.

Figura 24 – Operação do semiciclo positivo

Fonte: Cruz e Júnior (2014).

Para Cruz e Júnior (2014) considerando agora o semiciclo da tensão sendo positiva

no polo 2 do secundário do transformador, os diodos D1 e D3 são polarizados diretamente e

entram em condução em série. Já os diodos D2 e D4 não circula corrente nesse ciclo negativo,

pois estão polarizados reversamente. A corrente que circula na carga RL tem o mesmo sentido

de cima para baixo.

A Figura 25, apresenta o circuito com polarizações e regimes de operação dos

diodos semicondutores durante o ciclo negativo.

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41

Figura 25 – Operação do semiciclo positivo

Fonte: Cruz e Júnior (2014).

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4 DESENVOLVIMENTO

Este trabalho de conclusão de curso foi proposto e elaborado tomando como base o

sistema de iluminação utilizado na parte externa do Campus Unisul da Pedra Branca, no mês

de setembro de 2020. Uma verificação in loco demonstrou que o sistema era composto,

principalmente, por lâmpadas do tipo vapor metálico de 400W, modelo 645-VM, alimentadas

através de reatores eletromagnético VTE400AHPI, ambos da marca PHILIPS. Tal arranjo pode

ser observado na Figura 26.

Figura 26 – Poste com iluminação Vapor metálico

Fonte: Autores (2021).

Na inspeção inicial verificou se que o sistema de iluminação não é dotado de um

circuito de backup de energia. Assim, sempre que ocorre uma falha no sistema elétrico da

concessionária, com consequente falta de energia, os alunos, professores e colaboradores que

circulam por aquele setor ficam as escuras. Posteriormente, foi realizado análise do histórico

de interrupções de energia, que demonstrou que a concessionária atende a legislação vigente,

porém, o que justifica a troca desse sistema iluminação por um sistema de melhor desempenho

é agregar o uso de energia fotovoltaica, o uso de lâmpadas mais eficientes e baterias. O próximo

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43

passo foi a escolha dos equipamentos que compõe a implementação do protótipo como; Painel

solar, baterias de Lítio, lâmpada de LED, controlador de carga, Arduino.

4.1 Principais Componentes

A partir deste ponto, serão apresentados os principais componentes utilizados na

elaboração do protótipo. Embora nem todos os componentes sigam os critérios de

dimensionamento apresentados no capítulo anterior, o trabalho aqui exposto limitou-se a

utilização dos elementos disponíveis no laboratório no momento da implementação prática.

4.1.1 Lâmpada Led

A fim de simplificar e reduzir custos de elaboração do protótipo, não se adotou o

uso de inversor de tensão, o que levou à utilização de uma lâmpada da linha Avant padrão E27,

do modelo LED 7W-12VDC.

Os modelos de lâmpada alimentados em corrente contínua têm a vantagem de ser

ligados diretamente à bateria, dispensando o uso de inversores, que representariam o aumento

das perdas no sistema, além de afetar significativamente o custo do protótipo. O modelo

selecionado para esta aplicação, por ser de 7 watts, apresenta uma corrente aproximada de

580mA, a Figura 27, apresenta o modelo utilizado para esse estudo.

Figura 27 – Lâmpada LED

Fonte: AVANT (2021).

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4.1.2 Dimensionamento da bateria

Na implementação do protótipo, utilizou-se baterias de lítio, modelo ICR18650,

que também foi selecionada em função da disponibilidade. Esse modelo de bateria de lítio tem

uma forma cilíndrica, com um polo negativo (-) e outro polo positivo (+), como apresenta a

Figura 28.

Figura 28 – Bateria de lítio modelo ICR18650

Fonte: Mercado livre (2021).

A tensão máxima suportada pela bateria é de 4,20V. outras especificações técnicas

são apresentadas na Tabela 8.

Tabela 7 – Dados técnico da bateria modelo ICR18650

Fonte: Adaptado mercado livre (2021).

O dimensionamento da bateria é calculado através da Equação 3. Supondo que

deseja dimensionar uma bateria 12V, com profundidade de descarga de 0,7, para suprir a

necessidade da lâmpada LED com consumo de 56 Wh/dia. Para o dimensionamento bateria não

é considerado como requisito uma autonomia, para dias que não te

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(𝐴ℎ) =𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎)

𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎(𝑉)×𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒(𝑝𝑢/𝑑𝑖𝑎)

DESCRIÇÃO VALOR

Tensão nominal 3,6V

Tensão máxima 4,20V

Tensão mínima 2,50V

Corrente de Carga 2200mA

Descarga máxima 4400mAh

Dimensões 18mm x 65mm

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𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(𝐴ℎ) =56

12×0.7

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(𝐴ℎ) = 6.7

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 = 7Ah

4.1.3 PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO

Para a implementação do protótipo, utilizou-se o painel solar YNGLI de100W,

policristalino com 36 células, que também foi selecionado em função da disponibilidade. O

módulo fotovoltaico tem 10 anos de garantia contra defeitos de fabricação, 25 anos de garantia

linear de produção de energia e tem uma eficiência de 15%. Trata se de um modelo certificado

pelo INMETRO como classe A. Conforme pode ser verificado a Figura 29.

Figura 29 – Certificado do INMETRO

Fonte: ENERGYSHOP (2021)

As principais especificações técnicas do painel fotovoltaico utilizado nesta

implementação são apresentadas na Tabela 7.

Tabela 8 – Dados técnico do PFV

DESCRIÇÃO VALOR

Potência máxima 100Wp

Tolerância da potência ±5%

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Fonte: Adaptado datasheet YNGLI (2018).

O dimensionamento do painel solar é calculado através da Equação 2. Supondo que

deseja calcular a quantidade de painéis para uma carga com consumo de 7W/h e seu tempo de

funcionamento sendo de 8 horas diárias.

𝑃𝑚 =𝐿𝑖

HSPi×Red1×Red2

𝑃𝑚 =8×7

3.34×0.75×0.9

𝑃𝑚 = 24.84Wp

Os dados de irradiação solar são de difícil obtenção, pois demanda o uso de

equipamentos para medição e um longo tempo de estudo para a localização desejada.

Entretanto, atualmente, existe uma ampla base de dados onde pode-se consultar a fim de obter

dados solarimetricos.

A base de dados que será utilizado para análise é a do CRESESB – Centro de

Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de S. Brito. Segundo CRESESB o mesmo

utiliza o programa SunData v3.0 que se destina ao cálculo da irradiação solar diária média

mensal em qualquer ponto do território nacional. Produzido a partir de um total de 17 anos de

imagens de satélite e com informações de mais de 72.000 pontos em todo o território brasileiro,

o Atlas Brasileiro de Energia Solar - 2ª Edição é o que se existe de mais moderno em

informações de irradiação solar no Brasil na atualidade.

Tensão de potência máxima 18.5V

Corrente de potência máxima 5,41 A

Tensão de Circuito aberto 22,9V

Corrente de curto-circuito 5,74 A

Tensão máxima do sistema 1000 V

Eficiência do módulo 15%

Células por módulo 36

Tamanho do painel 1010x660x25mm

Coeficiente de Temperatura do Isc +0,06%/ ºC

Coeficiente de Temperatura do Voc -0,37%/ ºC

Coeficiente de Temperatura da potência -0,45%/ ºC

Temperatura da operação -40 ~ 85 ºC

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A localização geográfica do Campus Unisul Pedra Branca, foi obtida através do

Google Maps, com latitude de 27.624911 e longitude de 48.68209, abaixo a Figura 30, mostra

a localização e coordenadas geográficas do Campus Unisul.

Figura 30 – Coordenadas longitude e latitude do Campus Unisul.

Fonte Google Maps (2020)

A partir das coordenadas geográfica do Campus, serão coletados dados de

irradiação diária média KWh/m². dia, utilizando o programa SunData como ferramenta de

apoio.

Para o sistema fotovoltaico é recomendado uma inclinação mínima de 10°, afim de

evitar acumulo de poeira e em dias de chuvas facilitar a limpeza dos painéis, sem a necessidade

de intervenção humana. Para sistemas off grid é considerado o pior índice de irradiação solar

para a localização desejada, como pode ser verificado a Figura 31, mostra que no mês de junho

a menor irradiação é de 3. 34KWh/m².dia, com ângulo igual a latitude de 22º apontando para o

norte geográfico.

Figura 31 – Irradiação solar no plano Inclinado em Palhoça - SC

Fonte: CRESESB (2020).

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A Figura 32, mostra a estrutura montada para suportar o painel solar com inclinação

de 22º, livre sombreamento, pois o sombreamento é um fator que gera perdas na geração.

Figura 32 – Painel e estrutura

Fonte: Autores (2021).

4.1.4 Módulo BMS 3S 20A - 18650

Como citado no capítulo anterior, a energia proveniente do painel fotovoltaico deve

ser condicionada e controlada para carregar a bateria utilizada no protótipo. A primeira

implementação utilizou um controlador de carga do tipo BMS.

O Controlador de Carga 18650 3S BMS, foi escolhido para ser utilizado para a

proteção de baterias de lítio, permitindo que a operação de carga e descarga seja realizada de

forma segura e eficiente. Esse módulo BMS pode ser agregado em projetos a fim de garantir a

proteção dos equipamentos eletrônicos contra curtos-circuitos. O controlador de carga é

projetado para carregar baterias 18650 de 3.6 V. Este circuito é capaz de fazer a identificação

da situação em que as baterias estão com níveis tensão diferentes, através da função auxiliar

balance. O BMS faz a verificação do nível de tensão das baterias e se identificar níveis de

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49

tensões diferentes, promove um “descarregamento” da bateria até que todas atinjam o mesmo

nível de potencial elétrico.

Neste modelo de BMS é necessário montar um pack com, no mínimo três baterias,

que são conectadas em série e monitoradas em paralelo. Uma das vantagens deste tipo de

circuito é que, se for necessário aumentar a autonomia do conjunto, é possível utilizar unidades

em paralelo, como demonstrado na Figura 33.

Figura 33 – Módulo BMS

Fonte: Mercado shops (2021).

A Tabela 9, apresenta as principais especificações do módulo BMS utilizado no

protótipo desenvolvido.

Tabela 9 – Dados técnico do módulo BMS

DESCRIÇÃO VALOR

Tensão de operação 9,6V - 12,6V

Tensão recomendada 12V

Corrente máxima de trabalho 20 A

Tensão máx. de carga por bateria 4.25V

Tensão máx. com 3 baterias 12.6V

Tensão de corte por bateria 2.54V

Temperatura de trabalho -40 a +50°C

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Fonte: Adaptado mercado shops (2021).

Embora os resultados iniciais tenham sido promissores, o módulo BMS apresentou

problemas, deixando de funcionar após algum tempo de operação. Como trata-se de um

equipamento normalmente importado e levando-se em conta o tempo disponível para a

conclusão deste trabalho, optou-se por substituir o módulo por um modelo carregador

controlador tradicionalmente utilizado nos sistemas fotovoltaicos, o que será apresentado a

seguir.

4.1.5 Controlador de Carga

Como comentado no item anterior, em substituição ao módulo BMS, adotou-se um

controlador de carga solar modelo 10A-12/24V-YDTCH, fabricado pela YDTECH. Este

dispositivo contém um controlador do tipo PWM, além de apresentar outras características

como com Led indicador de funcionamento, saída com padrão USB, e proteção contra curto-

circuito e inversão de polaridade da bateria.

O controlador tem uma interface de inicialização de 1S após ser energizado,

posteriormente mostra de forma automática a interface principal, a cada 3S mostra o valor das

seguintes grandezas: tensão de bateria, tensão do painel fotovoltaico, temperatura do ambiente.

A Figura 34, mostra a interface principal, além das conexões do painel solar,

bateria, lâmpada. Para ligar ou desligar a lâmpada de forma manual basta pressionar o botão

seta uma vez. Este modelo também apresenta a característica de acendimento automático da

lâmpada, ou seja, ao anoitecer a lâmpada é automaticamente acionada.

Mantendo pressionado o botão seta por mais cinco segundos, faz acelerar a

visualização dos valores de tensão do PFV, tensão da bateria, temperatura. Soltando o botão

seta volta a configuração automática, mostrando a cada três segundos o valor das grandezas.

Resistência 100mOhm

Proteção contra sobrecarga de tensão 4.25 ± 4.35V

Proteção da seção individual de sobre-

descarga de tensão

2.3 ± 3.0V

Proteção contra curto circuito Sim

Medidas 6cm x 1,5cm

Peso 10,5g

Tensão de operação 9,6V - 12,6V

Page 54: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

51

Figura 34 – Controlador de carga YDTECH

Fonte: Shop Time (2021).

Ainda com base na Figura 34, que mostra a interface principal, pressionando o

botão menu para entrar numa sequência de configurações, sendo a primeira delas a tensão de

flutuação, esse parâmetro da tensão flutuante foi ajustado para 11.4V, pois a tensão do estado

de reforço aumenta em 0.6V, ou seja, a tensão atinge 12V. Pressionando o menu mais uma vez

para entra na configuração da tensão de reconexão de baixa tensão (LVR), esse parâmetro tem

a função de controle da tensão da bateria, quando a tensão estiver baixa deixa de oferecer

energia para a carga.

Pressionando novamente o menu entra na função tensão de desconexão de baixa

tensão, esse paramento serve para o proteger as baterias de descargas profundas.

Pressionando o menu novamente entra na seleção de tensão o qual permite 3 modos

de operação, o primeiro é o padrão UTO 12/24V automático, verifica se a tensão da bateria é

superior a 18 V, o controlador faz a mudança automática para sistema de 24V, ajustando dados

de controle de 24V. Se a tensão da bateria é inferior 18V, o controlador reconhece que deve

operar com configurações de 12V. O segundo modo de operação é a seleção do padrão 1, onde

o controlador permite operar somente em 12V, sem reconhecimento automático. O terceiro

modo de operação é o padrão 2, o controlador trabalha com tensão de 24V, sem reconhecimento

automático, para este padrão a tensão da bateria não é válida.

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Figura 35 – Configuração do controlador de carga YDTECH

Fonte: Shop Time (2021).

4.1.6 Placa Microcontrolada

O Arduino foi adicionado ao protótipo desenvolvido com o objetivo de fazer o

monitoramento das principais variáveis envolvidas no processo de funcionamento. Havia

também o desejo de implementar um sistema de comunicação, entretanto, as limitações

impostas ao acesso dos laboratórios da universidade durante o momento de pandemia, não

permitiram evoluir neste sentido. De qualquer forma, a programação elaborada tornou o circuito

capaz de fazer a leitura das tensões nas baterias utilizadas.

Os experimentos realizados demonstraram que, em dias nublados ou chuvosos, em

função da baixa irradiação solar, ocorre um comprometimento do carregamento das baterias.

Isso significa que, quando ocorrer situações climáticas como esta, a quantidade de energia

acumulada será suficiente para uma autonomia de, no máximo, duas horas no protótipo

implementado. Entretanto, a autonomia pode ser ampliada através da utilização de um maior

número de células no conjunto de 18650 utilizadas. Isso significa que, além da energia solar, o

sistema também deverá ser alimentado pela rede da concessionária, estando alinhado com o

propósito de tornar o sistema um backup.

A programação desenvolvida avalia a tensão aplicada na porta analógica A0 do

Arduino. Se esta for menor que 9,5 volts (tensão da bateria), o Arduino aciona a saída digital 4

e faz ligar o módulo relé, passando a utilizar a energia da concessionaria por um período

definido no controlador de carga.

A tensão da bateria é monitorada através de um divisor de tensão resistivo, cujo

valor é aplicado ao pino A0 do Arduino, que é configurado como entrada analógica. Os

resistores utilizados neste divisor são de 1Kꭥ e 2,8Kꭥ. A Figura 37, apresenta o diagrama de

Page 56: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

53

blocos simplificado do protótipo. Os resistores do divisor de tensão foram selecionados de tal

forma que, quando a bateria atinge sua maior tensão, que é 12 volts, a tensão na porta do

Arduino será de 4.72 volts.

O Arduino monitora o nível da tensão da bateria a fim de, verificar se a bateria está

carregada, garantindo que a mesma não irá ultrapassar níveis mínimo de descarregamento

indicado pelo fabricante, sendo que o nível máximo de carregamento é definido pelo

controlador. A observação dos limites máximo e mínimo de tensão para carregamento e

descarregamento, contribui de forma significativa para que se tenha a manutenção da vida útil

prevista pelo fabricante. Quando o Arduino identifica que a bateria atingiu nível mínimo de

tensão, passa a utilizar energia da concessionaria. A Figura 36, apresenta o código do programa

na linguagem C e o comentário de cada linha do programa.

Figura 36 – Programa na linguagem C

Fonte: Autores (2021).

O diagrama simplificado apresentado na Figura 37, permite o entendimento do

princípio de funcionamento do poste solar proposto. De acordo com o esquemático, a principal

fonte de alimentação é o PFV, onde raios solares incidem e são convertidos em energia elétrica

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54

do tipo corrente contínua. A energia gerada é transportada até o controlador que garante o

carregamento adequado da bateria, através do ajuste dos níveis de tensão e corrente fornecidos.

Após o carregamento total, o controlador mantém as baterias em nível de flutuação

e somente faz o monitoramento. Ao anoitecer é ligada automaticamente a saída da lâmpada do

próprio controlador, identificada como LED na Figura 37. Este contato seco é utilizado para

acionar um relé externo, identificado como relé 1, que aciona a lâmpada a partir da energia

disponível no pack de baterias, identificado como BAT. Quando o Arduino verifica que o nível

de tensão das baterias é menor que 9,5V, aciona o módulo relé, que passa a consumir energia

da concessionaria, que é convertida para corrente contínua através de um retificador ponte

completa.

Figura 37 – Diagrama esquemático do poste solar

Fonte: Autores (2021).

De acordo com dados obtidos em experimentos realizados no laboratório de

eletrônica da UNISUL, verificou se que um pack de três baterias do tipo 18650, propiciam uma

autonomia aproximada de 3 horas, tendo um consumo mensal de 630W. Esta autonomia não

foi ampliada adicionando-se novos módulos no pack de baterias, pois o sistema conta com a

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55

energia da concessionaria para dias em que as condições climáticas são desfavoráveis. Outra

informação apurada é que em dias de sol pleno o tempo de 35 minutos carregamento da bateria.

Se este protótipo fosse utilizado em uma aplicação residencial, mantendo o

consumo mensal do previsto de 630W, considerando o preço cobrado do KWh pela

concessionaria igual a R$ 0.785 (dados de meados de 2021), incluído todos os tributos e

encargos setoriais mais significativos para determinar o custo da energia elétrica.

A Equação 4, apresenta a forma de calcular o consumo diário de energia, pago em

R$ a concessionária.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑟 =𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 × Horas ligada × Preço KWh

1KWh (4)

Fonte: Cooperluz (2021).

Finalmente, a Tabela 10, apresenta uma comparação entre dois modelos de

lâmpadas, com suas especificações técnicas de fluxos luminosos e potências das lâmpadas,

também apresenta valores em R$ do consumo mensal e anual, considerando que a lâmpada é

ligada três horas diária e o custo total do KWh de R$ 0.785.

Para uma luminária do modelo pétala LED 300W, apresenta fluxo luminoso bem

próximo ao sistema de iluminação que utiliza lâmpada VM 400W, porém com potências

diferentes, uma diferença de 100W entre os modelos de lâmpadas, o que representa

aproximadamente R$ 85,00 anualmente na tarifa de energia.

Tabela 10 – Tarifa e consumo de energia.

Fonte: Philips; Avant; Livre (2021).

Finalmente, a Figura 38, apresenta o protótipo desenvolvido. Em dia de sol pleno

sendo submetido a testes de carregamento das baterias e execução do programa no Arduino

UNO. Ao noitecer o controlador reconhece que é noite e liga a lâmpada, verificando a tensão

Lâmpadas

Potência

(W)

Fluxo

Luminoso

(lm)

Consumo

KW.mês

Horas de

consumo

Preço

R$

KWh

Custo

mensal

R$

Tarifa

anual R$

Lâmpada AVANT

LED

7W

7 630 0,63 3 0,785 0,49 5,88

Luminária LED

Pétala 300W 300 30000 27 3 0,785 21,19 254,28

Lâmpada de vapor

Metálico 645-VM-

400W PHILIPS

400 32000 36 3 0,785 28,26 339,12

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56

nos terminais do painel com um multímetro digital Minipa, apresentou uma tensão abaixo de

7V e após 5 minutos fazendo uma nova verificação a tensão apresentou zero volt nos terminais

do painel. No Pack de bateria verificou se que os níveis de tensões medido pelo multímetro

eram muito próximos aos valores de tensão que o Arduino através da porta analógica A0.

Em condições climáticas favoráveis e com a bateria carregada foi realizada medição

da tensão nos terminais do painel utilizando o multímetro Minipa, onde apresentou tensão

máxima de 22.5V e no pack de baterias 12V.

Figura 38 – Protótipo em dia de sol pleno

Fonte: Autores (2021).

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57

5 CONCLUSÃO

Para chegar aos objetivos propostos neste trabalho, foram realizados estudos no

referencial teórico já existente sobre o uso da energia solar fotovoltaica, além da utilização da

pesquisa aplicada para o desenvolvimento de um protótipo completo do equipamento proposto.

Entretanto, o resultado final obtido foi limitado por dois fatores principais: a falta de recursos

e a dificuldade de acesso aos laboratórios da universidade em função da pandemia da COVID

19.

Ainda assim, o equipamento implementado mostrou-se funcional e apto a garantir

a iluminação em um ambiente externo, mesmo quando da ocorrência de uma eventual falha no

fornecimento da concessionária. Isso é obtido através do uso de baterias de íons de lítio do tipo

18650, cuja proposta de uso foi baseada no propósito de reduzir o impacto causado pelo descarte

desse tipo de material, ao termino da vida útil das baterias de notebooks. Os dados obtidos do

experimento foram aceitáveis, pois, um conjunto de três baterias apresentou a capacidade de

iluminação de aproximadamente três horas e sua capacidade pode ser facilmente ampliada

através de conexão de outras células em paralelo. Some-se a isso o fato de que essas baterias

são, primordialmente, alimentadas pelo sol, que é um recurso energético ecologicamente

correto e que vem ganhando reconhecimento e representatividade na matriz energética

brasileira.

Assim, a implementação do protótipo foi baseada na utilização de componentes

disponíveis no mercado local, o que exigiu esforço extra de adaptação e integração para garantir

um resultado satisfatório de funcionamento. Para o painel fotovoltaico, foi realizado

dimensionamento através de cálculo, que apresentou um valor de aproximadamente 25Wp.

O sistema também se mostrou capaz de alimentar a lâmpada quando as baterias não

estão disponíveis para isso, quer seja por falha do carregador, condições climáticas

desfavoráveis ou eventuais falhas no próprio conjunto de baterias.

O sistema de iluminação utilizado no estacionamento do Campus Pedra Branca da

UNISUL em setembro de 2020, era composto por lâmpadas de vapor metálico, porém, em

outubro de 2020, a UNISUL contratou uma empresa para substituir e instalar postes novos com

lâmpadas LED, dessa forma comprometeu a coleta de dados do sistema de iluminação que era

utilizado até meados do ano de 2020.

Após esse fato relatado acima e também devido as restrições que foram

determinadas pelo Governador de SC em função da COVID 19, não foi possível cumprir com

todos os objetivos específicos desse trabalho, tivemos que adaptar os objetivos específicos em

Page 61: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALESSANDRO …

58

função do protótipo, portanto, o dimensionamento da bateria estacionaria e painel fotovoltaico

foram calculados em função da potência da lâmpada LED utilizada no protótipo.

Para essa implementação não foram levados em consideração custos com

equipamentos, apenas a segurança e o bem estar das pessoas que circulam no local de aplicação.

Entretanto, em função da flexibilidade e da praticidade que são peculiares às instalações de

plantas solares fotovoltaicas, este trabalho poderia ser expandido para aplicações autônomas,

ou seja, em que o poste trabalharia de maneira independente da rede elétrica, tornando o

investimento ainda mais atrativo.

Dessa forma, espera-se que este trabalho venha contribuir para estudos posteriores,

a fim de nortear novas pesquisas relacionadas, que permitam maior proximidade com

tecnologias sustentáveis e que possuam apelo ecológico.

Como recomendações para futuras pesquisas, sugerimos fazer a instalação física do

poste seja no Campus Pedra Branca ou em outro local carente desse sistema de iluminação,

agregando um modulo wifi integrado no projeto, o que permitirá ver em tempo real no próprio

telefone celular o nível de tensão do conjunto de bateria, ligar ou desligar a lâmpada.

Outra sugestão é fazer análise da viabilidade técnica e financeira do reuso dos

painéis solares utilizados em sistemas de geração de energia, quando estes indicarem baixo

rendimento, verificar se é mais vantajoso descartar os painéis ou fazer uma nova instalação dos

painéis em regiões carentes de energia elétrica.

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59

REFERÊNCIAS

ABSOLAR– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA:

Infográfico ABSOLAR. 2020. Disponível em: https://www.absolar.org.br/infografico-

absolar.html. Acesso em 22 out 2020.

ACARONI, Júnio Pereira. Eficiência energética melhores práticas em economia de energia

em um setor industrial. Minas Gerais, p.11, 2013. Disponível em:

https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_junio.pdf. Acesso em: 20 nov.

2020.

ALVARENGA, Carlos Alberto. Como dimensionar um gerador fotovoltaico com baterias.

2020. Disponível em: https://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/iluminacao-

publica.pdf. Acesso em: 26 nov. 2020.

ANDRÉ, Anderson Soares. Sistema eletrônico para lâmpadas de vapor de sódio de alta

pressão. 2004. 122f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) -Curso de Pós-graduação em

Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

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ANEXO 1 HISTÓRICO DE INTERRUPÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA

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ANEXO 2 HISTÓRICO DE INTERRUPÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA