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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA LOPES MELLO PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM FLORIANÓPOLIS Palhoça 2015

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MAYARA LOPES MELLO

PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM FLORIANÓPOLIS

Palhoça

2015

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MAYARA LOPES MELLO

PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM FLORIANÓPOLIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aoCurso de Educação Física da Universidade do Sulde Santa Catarina, como requisito parcial àobtenção do título de Bacharel em EducaçãoFísica.

Orientadora: Profª. Elinai dos Santos Freitas Schütz, Msc.

Palhoça

2015

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me conceder força, paciência e sabedoria

para enfrentar todos os obstáculos e superar as dificuldades.

Aos meus pais, pela minha educação e por não pouparem esforços para sempre

me ver bem.

À minha irmã, Maristela, minha fonte de apoio e motivação, por me compreender

e estar sempre do meu lado me ajudando. Dedico a ela essa conquista.

À minha orientadora, prof. Elinai Freitas, por ter aceitado e assumido a missão de

me orientar, e por ter feito isso tão bem em tão pouco tempo.

À professora Maria Leticia Knorr, pelo excelente trabalho que faz pelo Curso de

Educação Física da Unisul, por ser um exemplo de profissional, e por clareado minhas ideias

lá no inicio quando esse estudo não passava de um simples rascunho.

Ao meu time de futebol Society, Veneno/Paula Ramos, à comissão técnica, à

minha amiga e Presidente Renata Souza, e em especial às minhas companheiras de equipe por

compreenderem minhas ausências nos treinos.

Aos familiares, amigos e colegas que fiz durante esse tempo de faculdade.

Agradeço a todos esses que me ajudaram direta ou indiretamente para que eu chegasse até

aqui, ou por simplesmente torcerem pelo meu sucesso.

Por fim, e não menos importante, à minha amiga Gabriela Cardoso, minha dupla

inseparável, por estar comigo em todos os momentos. Foi uma amizade que nasceu na

Faculdade e que com certeza quero levar para o resto da vida.

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5

“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia,

porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela pra ser insignificante. ’’

(CHARLES CHAPLIN).

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RESUMO

Esse trabalho teve como objetivo principal investigar o perfil dos consumidores do Futebol

Society em Florianópolis. O futebol Society não somente em Florianópolis, mas no país

inteiro é uma modalidade que vem se desenvolvendo de forma notória desde a sua criação no

Rio de Janeiro e atualmente é um dos esportes mais praticados no país com um número

aproximado de 12 milhões de praticantes. No entanto, por ser uma modalidade recente e não

olímpica, nota-se a falta de informações e de estudos nessa área. Quanto aos objetivos essa

pesquisa é classificada como descritiva e referente às fontes de dados é uma pesquisa de

campo. Para fazer o levantamento de dados e atingir os objetivos, foi elaborado e validado um

questionário com 18 questões voltado ao perfil dos praticantes/consumidores do Futebol

Society. Foram explorados fatores considerados importantes às estratégias de marketing

esportivo, tais como: perfil sociodemográfico; motivos que os levam a praticar futebol

Society; fatores levados em conta na hora da escolha do local para praticar; se são federados,

assim como algumas questões referentes à gastos e rotina dos mesmos em relação à prática.

O tratamento das informações utilizou o método quantitativo e os resultados foram

apresentados em Tabelas e Gráficos através de médias e frequência percentual. A partir do

questionário aplicado, verificou-se que houve uma participação um pouco maior dos homens

em relação as mulheres, quanto a faixa etária metade deles são jovens de 18 a 24 anos e

grande parte dos pesquisados são solteiros. A grande maioria mostrou ter ensino superior

incompleto e possuir atividade remunerada, 100% da amostra afirmou utilizar meio de

transporte próprio para se locomover até o local da prática, e gastar em média R$ 50,00

semanais com o futebol Society. Mais da metade são federados, praticam o esporte por lazer

(hobby) e diversão e para estar com os amigos. Com os resultados dos dados obtidos pôde-se

identificar características do perfil do público que pratica a modalidade em questão. Em

conclusão, notou-se que existe um mercado que gera receita em torno do futebol Society, e

que as empresas devem estar atendas para atender e suprir a demanda dentro do perfil desses

consumidores que está cada vez mais exigente.

Palavras-chave: Futebol Society. Perfil. Consumidores/Praticantes.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Medidas campo oficial Futebol Society............................................................... 19

Figura 2: Modalidades do Futebol Society.......................................................................... 20

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Grau de importância dos serviços em uma empresa de futebol Society .......... 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Perfil sociodemográfico do consumidor............................................................ 33

Tabela 2- Vinculação, motivos para pratica e preferencias do consumidor........................ 35

Tabela 3 – Frequência, meio transporte utilizado e investimento na prática ...................... 39

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA................................................ 12

1.2 OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 12

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 13

1.4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 13

2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 15

2.1 FUTEBOL ..................................................................................................................... 15

2.1.1 O futebol Society ...................................................................................................... 15

2.1.1.1 Histórico .................................................................................................................. 15

2.1.1.2 Desenvolvimento da modalidade no Brasil ............................................................. 17

2.1.1.3 Federações .......................................................................................................... 18

2.1.1.4 Principais Regras ................................................................................................... 18

2.2 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE EM SANTA CATARINA.................. 20

2.2.1 Campeonatos Estaduais ........................................................................................... 21

2.3 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE NA GRANDE FLORIANÓPOLIS .... 21

2.3.1 Estrutura da modalidade ......................................................................................... 21

2.3.2 Organização de Campeonatos ................................................................................. 22

2.3.2.1 Equipes .................................................................................................................... 22

2.3.2.2 Atletas ...................................................................................................................... 22

2.3.2.3 Benefício aos clubes ................................................................................................ 22

2.3.2.4 Beneficio à Federação............................................................................................. 22

2.3.2.5 Quadras ................................................................................................................... 23

2.3.2.6 Ligas .................................................................................................................. 23

2.4 GESTÃO ESPORTIVA ................................................................................................ 23

2.4.1 Definição .................................................................................................................... 23

2.4.2 Administração esportiva .......................................................................................... 24

2.5 MERCADO DO FUTEBOL ......................................................................................... 25

2.5.1 O consumidor do futebol no Brasil ........................................................................ 25

2.6 MARKETING ............................................................................................................... 26

2.6.1 Definições................................................................................................................... 26

2.6.2 Marketing esportivo ................................................................................................. 27

3 MÉTODO ....................................................................................................................... 30

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3.1 TIPO DE PESQUISA.................................................................................................... 30

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA .......................................................................................... 30

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................................................................ 30

3.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS............................................................ 31

3.5 ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................................. 32

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................... 33

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES ................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 44

ANEXOS ............................................................................................................................ 46

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA

O Futebol foi oficialmente criado em 1863 na Inglaterra e trazido ao Brasil em

1894 pelo estudante e praticante da modalidade Charles Miller (COSTA, 2006b). O esporte

foi desenvolvendo no país e tornou-se uma paixão. Com o desenvolvimento do futebol outras

modalidades derivadas desse esporte foram surgindo, dentre elas destaca-se o Futebol Society,

também conhecido como Futebol Social, Futebol Suiço ou Futebol de Sete (FGF7, 2005).

O Futebol Society é um jogo onde o time é composto por sete jogadores, sendo

um deles obrigatoriamente o goleiro. As medidas do campo são reduzidas, porém as regras

são basicamente as do futebol com certas diferenças e/ou adaptações (CBF7, 2010). O esporte

é hoje um dos mais praticados no país com 12 (doze) milhões de praticantes. Acredita-se que

tudo começou no Rio de Janeiro, passando por uma fase importante de desenvolvimento da

modalidade no Rio Grande do Sul e estruturou-se de fato em São Paulo (CBF7, 2010). Após

ser disseminado em São Paulo, o esporte logo chegou a Santa Catarina e assim como nos

outros Estados. Na capital Florianópolis e região, o esporte conquistou muitos adeptos, tanto

como os famosos “peladeiros” quanto atletas amadores. Na Grande Florianópolis também são

realizados campeonatos que atraem muitos espectadores e até times de outras cidades (FUT7-

SC, 2008).

Para a gestão, seja qual for o ramo, é importante conhecer o perfil dos seus

consumidores, pois assim torna-se mais fácil ressaltar e interpretar os desejos daqueles que

consomem seus serviços e produtos. No entanto, por ser uma modalidade considerada nova

pouco se sabe sobre a mesma. Não existem dados científicos referentes ao esporte na região e

nem quanto cada individuo investe e/ou gasta em média com a sua pratica semanal, diante

disso apresenta-se a seguinte problemática: qual é o perfil do praticante/consumidor da

modalidade de futebol Society em Florianópolis?

1.2 OBJETIVO GERAL

Investigar o perfil do praticante/consumidor de Futebol Society em Florianópolis.

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1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar o perfil sociodemográfico dos praticantes/consumidores de futebol

Society em Florianópolis;

Identificar se os consumidores são federados;

Traçar uma média do valor financeiro investido por cada praticante

semanalmente;

Identificar os motivos que levam o indivíduo a praticar o esporte;

Identificar as preferencias dos praticantes na hora de escolher o local da pratica.

1.4 JUSTIFICATIVA

O futebol é uma paixão nacional e é um produto altamente lucrativo em todo o

mundo. Mesmo o Brasil não sendo o inventor do esporte o país tornou-se solo fértil para

difusão e popularização da modalidade. No Brasil existem mais de 180 milhões de

apaixonados pelo esporte, sendo que dentre estes há uma imensidade de torcedores/clientes

com dinheiro e disposição para comprar elementos relacionados a sua paixão. De acordo com

o relatório final do Plano de Modernização do Futebol Brasileiro (2000) da Fundação Getúlio

Vargas (FGV), esta atividade gera no mundo uma cifra em torno de 250 bilhões de dólares

por ano (LEONCINI; SILVA, 2005).

Os números do futebol no Brasil são expressivos, mas não os maiores do mundo.

O número de clubes do Brasil - quase 30.000 - é menor que o da Inglaterra, enquanto o

número de pouco mais de 2 milhões de jogadores cadastrados é menor que o da Alemanha.

Também o total de jogadores é menor do que os de países como a Índia e a China

(SAUERESSIG NETO 2011).

Uma prova de que o futebol é uma paixão nacional são as inúmeras variações

futebolísticas criadas no país, como o Futebol de Areia, o Futvôlei, o de Futebol de Salão e o

Society, que será o foco deste trabalho. Assim como em outros estados do território brasileiro

como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, em Santa Catarina a modalidade está

em processo de desenvolvimento e conquistando adeptos por todo o estado.

Como em tantos outros esportes que encontram problemas estruturais, o Futebol

Society em Florianópolis não foge dessa realidade. A região é palco de eventos da

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modalidade, porém a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina conta com apenas 4 locais que

possuem estrutura adequada para comportar esses eventos.

Segundo a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina (2008), não existe dados

exatos e oficiais sobre a modalidade em Florianópolis, sabe-se apenas que o esporte cresceu

muito nos últimos anos, ou seja, em termos de gestão, não existem números reais para se

tomar como base. A partir dessa problemática, esse estudo tem como finalidade investigar o

perfil dos consumidores/praticantes do Futebol Society em Florianópolis, podendo dessa

forma beneficiar os gestores, assim como as empresas que planejam investir no esporte aqui

abordado, auxiliando dessa maneira no desenvolvimento da modalidade na região além de ser

uma importantíssima ferramenta de gestão que permitira aos gestores do Futebol Society

adotar estratégias de marketing para alcançar seus consumidores de forma mais eficaz.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 FUTEBOL

Oficialmente criado na Inglaterra em 1863 pela Football Association- FA,

entidade esportiva ainda existente, o futebol tornou-se uma atividade recreativa entre os

trabalhadores que praticavam o esporte nas suas tardes de folga (COSTA, 2006b).

No Brasil o futebol teve inicio em 1894, ano que Charles Miller, filho do cônsul

britânico retornou ao país após jogar na primeira divisão do futebol inglês enquanto estudava

em Southampton, Inglaterra. Miller promoveu o novo esporte, que foi se desenvolvendo por

todo o território brasileiro. Do futebol, outras modalidades parecidas, porém com regras

diferentes foram derivadas, sendo elas: o Futsal, o Futebol de Areia e o Futebol Society

(COSTA, 2006b).

2.1.1 O futebol Society

Dependendo da região onde é praticado, o Futebol Society também conhecido como

Futebol Sete, Fut 7 e Futebol Suiço, é atualmente praticado em todo território nacional. Em

quase todos os estados do Brasil já existem Federações Estaduais, que são subordinadas

oficialmente à Confederação Brasileira de Futebol Sete Society, entidade que padronizou as

várias regras existentes, unificando o esporte a nível nacional (FGF7, 2005).

2.1.1.1 Histórico

A história do Futebol Society no Brasil iniciou-se de 1950, quando no Rio de

Janeiro praticava-se o futebol de amigos nos quintais dos casarões da Tijuca. O primeiro

campo era situado na rua Uruguai, na Tijuca. O campo era de propriedade de José Coelho,

que na época acabou servindo de motivação para outras famílias que viviam na região a

criarem seus campos para a prática deste esporte. As regras eram adaptadas do futebol, mas

sem impedimento, com cobranças de faltas diretas de seu próprio campo como acontece ainda

hoje. Havia somente uma área e suas medidas eram de 25x50 metros, dentro dos padrões da

época (CBF7, 2010).

O termo “CAFÉ SOCIETY” era uma expressão muito usada, onde o comentarista

Ruy Porto fez elogios quando soube de uma partida com altas personalidades da sociedade

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carioca, quando se referiu ao evento como um clássico "Futebol Society". O comentário

chamou a atenção de todos, e desde então o esporte passou a ser chamado de Futebol Society

(CBF7,2010).

O Country Clube da Tijuca (RJ) ocupa hoje o endereço do 1º campo, lá se

realizaram diversas disputas e muitos clubes importantes do Rio de Janeiro participaram. Os

cariocas criaram então, uma entidade estadual com a finalidade de dirigir o esporte em 1981,

ainda com as mesmas características, inclusive com o mesmo tipo de bola. Um outro estado, o

Rio Grande do Sul, iniciou o movimento do chamado Futebol Sete, nome dado pelos gaúchos

ao Futebol Society. Ainda existiam dúvidas quanto a sua real origem, pois alguns diziam que

ele se chamava Futebol Suíço e que nascera na cidade de Santana do livramento (RS), divisa

com o Uruguai (CBF7, 2010).

As primeiras disputas tiveram a participação de equipes vindas do Uruguai, da

cidade de Riviera. O movimento foi crescendo e em 1968 vários desportistas fundaram a Liga

Santanense de Futebol Sete, em 1970 na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. O

esporte implantou-se em 1980 com suas regras ainda não padronizadas, e foi praticado no

SESI e na Brigada Militar. E logo atravessou as fronteiras e chegando aos estados vizinhos de

Santa Catarina e Paraná (CBF7, 2010).

Os praticantes da modalidade em Porto Alegre reuniram-se em 1986 e iniciaram o

processo para criar a Federação Gaúcha que se deu em 1987, tornando-se a primeira

Federação do esporte no Brasil, já com suas próprias regras embora, muito semelhantes às do

Futebol (CBF7, 2010).

O movimento do Futebol Society em São Paulo, capital, começou por volta de

1985, com o fim dos campos de várzea devido a grande expansão demográfica. Então foram

criados os de grama natural em mansões do Morumbi, onde executivos encontravam-se para

bater bola e encerrar com o famoso churrasco. Os primeiros campos, com o objetivo de

locação para a prática extraoficial do público em geral, foram construídos de areia e surgiram

no bairro do Itaim por volta de 1988. Nada era organizado e as regras utilizadas eram também

as mesmas do futebol sem impedimento, assim como a bola utilizada era a do futebol. O

tamanho dos campos variava de acordo com o espaço disponível. Os participantes tinham em

sua maioria a idade de 40 anos (CBF7. 2010).

A Associação de Futebol Social do Estado de São Paulo foi fundada em 1988,

propulsora da Federação Paulista que foi criada em 1989. Nesta época, o desportista Milton

Mattani, iniciou o trabalho de padronização das regras oficiais da modalidade, organizando e

criando regras próprias, que hoje, são editadas em três idiomas - Inglês, Espanhol e Português.

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O mesmo projetou um novo tipo de bola oficial, para uma melhor adaptação da prática deste

esporte, e que teve imediatamente aceitação nacional, unindo com isto o Brasil de Norte a Sul

(CBF7, 2010).

A chegada da grama sintética foi um sucesso total, pois em pouco mais de dois

anos já existiam mais de mil campos no Brasil. Sendo o primeiro instalado em São Paulo no

Jardim Aeroporto, com grama importada da Holanda. O esporte era praticado por Cafu,

Jorginho, Denílson, Careca, Dunga e tantos outros ídolos do futebol brasileiro (CBF7, 2010).

2.1.1.2 Desenvolvimento da modalidade no Brasil

O Futebol Society é hoje sem dúvida, um dos esportes mais praticados no país

com 12 milhões de participantes, em 4.000 campos, 24 Federações Estaduais, 150 Ligas

Municipais e na Liga Nacional. Acreditando enfim, que tudo começou no Rio de Janeiro,

passou por uma fase importante no Rio Grande do Sul, e terminou com sua total estabilização

e organização em São Paulo (CBF7, 2010).

Em 30 de outubro de 1996 foi criada a Confederação Brasileira, que organizou e

continua trabalhando em vários campeonatos nacionais e internacionais, massificando

totalmente este esporte no Brasil, pois sabe-se que este é um esporte nacional criado e

adaptado da melhor maneira, para todos os apaixonados do Futebol Society, sejam eles

praticantes brasileiros ou estrangeiros (CBF7, 2010).

No início de 1999 a Confederação conseguiu um patrocínio da empresa de

material esportivo Adidas, e da empresa de grama sintética Recoma, foi daí que a

Confederação providenciou materiais gráficos (súmulas, papel cartas, envelopes etc...) e jogos

de uniformes completos para a Seleção Brasileira (CBF7, 2010).

A partir daí começou a grande alavancada do Futebol Society Nacional, com

jogos amistosos da seleção, com isso a modalidade ganhou o incentivo de mais um

patrocinador a Segasp (seguro de atletas). Com o avanço contínuo e o crescimento relâmpago

do esporte a empresa de Marketing Esportivo Octagon koch Tavares fechou em 29 de

novembro de 1999 um contrato com a Confederação, onde ela teria o direito exclusivo de

organização e promoção de todos os eventos da CBF7 (CBF7, 2010).

Em consequência de todos esses fatos a Confederação passou em 02 anos de 07

federações fundadas para 22 federações, com vários cursos de formação de Oficiais de

Arbitragem em todo Brasil, com realizações de Campeonatos Brasileiros de Clubes nos

estados de Goiás e Minas Gerais (CBF7, 2010).

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A Confederação Brasileira de Futebol Society, juntamente com seus filiados, vem

cumprindo rigorosamente com todas suas competições nacionais, ou seja, com todo seu

Calendário Oficial Nacional em todas as categorias, fazendo com que o esporte seja cada vez

mais organizado e competitivo, com o único intuito de fazer a modalidade crescer

continuamente, para que seu espaço seja definitivamente consolidado. A mesma afirma que o

Futebol Society é o esporte de melhor estrutura para prática dos atletas e emprega cerca de

20.000 pessoas diretas, e em torno de 200.000 pessoas em empregos indiretos (CBF7, 2010).

Segundo a FPFS (2012), hoje no Brasil existem Federações de Futebol Society em

26 estados, sendo a Federação Paulista considerada a de melhor infraestrutura entre todas.

2.1.1.3 Federações

As Federações são entidades que organizam, promovem e administram a

modalidade em cada Estado Brasileiro. No site da Confederação Brasileira de Futebol 7 estão

expostas o nome de vinte Federações voltadas ao Futebol Society (CBF7, 2010).

2.1.1.4 Principais Regras

Como ilustra a figura 1, o campo oficial para a prática do esporte deve ter o

formato retangular com as medidas no máximo 55 metros e mínimo de 45 metros para o seu

comprimento, e no máximo 35 metros e mínimo de 25 metros para sua largura. Considerando

sempre que o comprimento seja maior que a largura (CBF7, 2010).

As marcações no campo, como suas linhas e marcas, devem ser da cor branca, e

com boa visibilidade, obedecendo uma largura de 10 cm e o nível do campo (CBF7, 2010).

As traves por sua vez, devem ser posicionadas no centro de cada linha de fundo.

Sendo que serão constituídas de dois postes verticais distantes 5 metros entre si e ligados por

um outro poste horizontal, cuja a parte inferior do poste horizontal deve ficar a uma altura de

2,20 metros do solo (CBF7, 2010).

A bola deve ser de forma esférica, e produzida com materiais aprovados pela

CBF7S para que não ofereçam nenhum tipo de perigo aos atletas. O quique da bola, é sua

principal referência, que em seja em campo de grama natural ou sintética, sendo soltada de

uma altura de 2 metros, o seu primeiro quique não deve ultrapassar a altura de 80 centímetros

(CBF7, 2010).

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Figura 1: Medidas campo oficial Futebol Society

Fonte: Regras oficiais internacionais CBF7 (2010 p. 6)

Para o início da partida, as equipes devem estar formadas por sete atletas. Sendo

que um obrigatoriamente será o goleiro (CBF7, 2010).

Quando uma equipe, ou ambas, ficarem reduzidas a 03 atletas, seja por qualquer

motivo, a partida deverá ser encerrada imediatamente (CBF7, 2010).

A troca de atletas durante a partida é feita de forma ilimitada, não sendo

necessárias paralisações durante o jogo para serem efetuadas, e restrita apenas aos atletas

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inscritos na súmula oficial do jogo. Essas substituições devem ser feitas pela zona de

substituição obrigatoriamente (CBF7, 2010).

O uniforme dos atletas consiste de: camiseta de meia manga ou longa, calção,

meias de cano longo, caneleiras oficiais, tênis ou chuteiras apropriados para a prática da

modalidade, podendo utilizar equipamentos de proteção próprios para o esporte (CBF7,

2010).

O futebol Society, segundo a Confederação Brasileira de Futebol 7 (2010),

compreenderá as seguintes categorias, conforme nos ilustra a figura 2:

Figura 2: Modalidades do Futebol SocietyCategorias Idades Tempo (min) de Jogo

Sub 09 07/08/09 anos 15 x 15

Sub 11 10/11 anos 15 x 15

Sub 13 12/13 anos 15 x 15

Sub15 feminino Até 15 anos 15 x 15

Sub15 14/15 anos 20 x 20

Sub 17 16/17 anos 20 x 20

Principal/feminino Acima de 18 anos (15

anos com autorização)

20 x 20

Sub 20 18/19/20 anos 25 x 25

Principal Acima de 18 anos (16

anos com autorização)

25 x 25

Veterano De 35 a 40 anos 25 x 25

Máster Acima de 40 anos 25 x 25

Categorias a serem criadas deverão seguir orientação da cbf7s

Fonte: Regras oficiais internacionais CBF7 (2010 p. 13)

2.2 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE EM SANTA CATARINA

O esporte vem se desenvolvendo e ganhando muitos adeptos à modalidade. No

ano de 2008 foi criada a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina (Fut7-SC), entidade que

vem desde então administrando o crescimento constante da modalidade no Estado. A Fut7-SC

atualmente presidida pela Sr. Mauricio dos Santos é a entidade de promoção do futebol

Society no Estado de Santa Catarina e deu uma impulsionada enorme no esporte, aumentando

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o número de equipes e de atletas filiados, além de criar as ligas, os campeonatos regionais e os

campeonatos estaduais (FUT7-SC, 2008).

2.2.1 Campeonatos Estaduais

A Federação Catarinense organiza alguns campeonatos para que a modalidade

cresça e se desenvolva no Estado, dentre eles podemos destacar o Campeonato Catarinense de

Futebol; o Campeonato Catarinense de Cidades que é disputado entre seleções municipais

visando incluir a modalidade nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) e Copa SC de

Clubes onde jogam times como Figueirense, Avaí, Criciúma e Joinville (FUT7-SC, 2008).

2.3 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE NA GRANDE FLORIANÓPOLIS

Assim como em outras localidades como São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de

Janeiro, o Futebol Society conquistou bastante espaço na Região de Florianópolis. Na Capital

encontra-se a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina localizada na Avenida Rio Branco,

354, Florianópolis, SC. A mesma promove a modalidade na região com Campeonatos Oficias

e extraoficiais e divide a modalidade em categorias (FUT7-SC, 2008).

Ao andar pela cidade encontra-se diversos campos de Futebol Society, que são

locais destinados a pratica de atividade física como lazer/diversão ou até mesmo sedes dos

maiores Campeonatos amadores da Região (FUT7-SC, 2008).

2.3.1 Estrutura da modalidade

A Federação Catarinense de Futebol 7 Society de Santa Catarina possui parceria

com as 5 maiores estruturas voltadas à pratica da modalidade na região, que são: Complexo

Esportivo Show de Bola localizado na SC 401, estrutura que possui 2 campos descobertos,

bar e estacionamento; Chácara do Zezinho, localizado em São José; SESC Cacupé, local onde

foram disputadas as três primeiras edições da Floripa Cup e a primeira edição da Copa dos

Campeões. O SESC Cacupé passou por uma reforma no seu gramado. Possui 2 campos

oficiais e dois vestiários; Fair Play, localizado ao lado da Ressacada (estádio do Avaí), possui

2 campos cobertos, amplo estacionamento e vestiários e o Trevo Futebol Sete, também

localizado na SC 401, possui 4 campos descobertos, bar, vestiários e estacionamento. O Trevo

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Futebol Sete receberá os principais campeonatos da Grande Florianópolis em 2015. Como a

2º Copa Floripa e a Copa Vulcano (FUT7-SC, 2008).

2.3.2 Organização de Campeonatos

2.3.2.1 Equipes

Para disputar os campeonatos oficiais de futebol 7 é necessário ter o Alvará de Equipe,

que é válido até o dia 31 de dezembro. A renovação é anual e o Alvará é necessário para todas

as categorias. Se um mesmo clube tiver equipes no adulto e feminino, por exemplo, o mesmo

deverá ter um Alvará para cada categoria (FUT7-SC, 2008).

2.3.2.2 Atletas

Em todos os campeonatos oficiais da Fut7-SC, os clubes necessitam filiar os seus

atletas à Federação. Após filiado a determinado clube, o atleta deverá jogar toda a temporada

por esse clube, caso queira mudar para outro time, o mesmo deverá desvincular-se do clube

anterior e pagar multa.Caso o atleta esteja filiado a algum clube e jogue algum campeonato

por outro time a Federação tem o direito de punir o atleta (FUT7-SC, 2008).

2.3.2.3 Benefício aos clubes

Preservação do elenco, criação de uma identidade entre clube-atleta, estatísticas dos

atletas, são exemplos de benefícios para os clubes, além de evitarem que atletas atuem de

forma irregular (FUT7-SC, 2008).

2.3.2.4 Beneficio à Federação

Quando os atletas se filiam, ou seja, se cadastram, a Federação consegue obter

informações mais precisas que podem ser usadas para o desenvolvimento da modalidade. Isso

traz apoio no planejamento e ações em benefício de clubes e atletas e mais segurança aos

eventos, facilitando a punição de atletas infratores (FUT7-SC, 2008).

Page 23: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

23

2.3.2.5 Quadras

Para sediar qualquer campeonato oficial de futebol Society, o complexo esportivo

precisa estar filiado à Fut7-SC. Para isso, basta que a quadra tenha as medidas oficiais da

modalidade e uma estrutura mínima em condições de sediar jogos oficiais (FUT7-SC, 2008).

A taxa de filiação é irrisória comparável à visibilidade, volume de atletas e torcedores

que frequentarão o complexo esportivo em função dos campeonatos de futebol Society. Por

isso, antes de definir o local do evento, é necessário certificar-se de que a quadra é filiada à

Fut7-SC (FUT7-SC, 2008).

2.3.2.6 Ligas

As ligas regionais são de extrema importância para o desenvolvimento da

modalidade em todo o Estado. No sistema da Confederação Brasileira de Futebol 7 todos os

campeonatos oficiais classificam suas equipes para um campeonato futuro. Isso valoriza as

conquistas dos clubes e os eventos locais (FUT7-SC, 2008).

Em Florianópolis, por exemplo, uma equipe que inicia a disputa pela Série D,

pode subir para as Séries C, B e A respectivamente, que por sua vez classifica as melhores

equipes para o Campeonato Catarinense, que concede vagas para a Copa Sul, que oferecem

vagas para Campeonato Brasileiro, Copa do brasil e Mundialito de Clubes (FUT7-SC, 2008).

2.4 GESTÃO ESPORTIVA

2.4.1 Definição

Segundo Costa (2006a) a gestão do esporte diz respeito à organização e direção

racional e sistemática de atividades esportivas e físicas ou entidades e grupos que fazem

acontecer estas atividades quer orientadas para competições de alto nível ou participações

populares ocasionais, e práticas de lazer e de saúde, o que variam de acordo com países e

continentes. Na prática é uma atividade de apoio ao esporte e à Educação Física.

Gestão e administração esportiva tem o mesmo significado e para Azevedo e

Barros (2004) administrar é multiplicar os seus esforços através de outros, é planejar,

organizar, dirigir e controlar as atividades de outras pessoas para atingir ou ultrapassar

Page 24: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

24

objetivos definidos, ou seja, uma tarefa que possibilita alcançar os objetivos previamente

definidos com maior eficiência.

2.4.2 Administração esportiva

A administração evolui muito rapidamente desde o inicio do século XX. Os

métodos e teorias usados em tempos passados vão sendo atualizados a medida que o tempo

vai se passando (SOUZA, 2008).

O caminho para o país obter sucesso a nível olímpico seria o aperfeiçoamento da

administração esportiva do país, e essa necessidade se faz urgente para que haja

profissionalização no esporte de forma transparente. Para o aprimoramento da área é

necessário, antes de tudo, que se conheça o esporte no Brasil, que se tenha a real avaliação da

realidade nacional em termos das condições e necessidades existentes (BASTOS, 2004).

Para Azevedo e Barros (2004), a administração no esporte assim como acontece

em todas as demais áreas, tem que estar centrada em planejamento focado na realidade futura,

visando a perenização das organizações. Apesar de importantes num mundo com alta

velocidade no trânsito das informações, as mudanças devem ser planejadas. Embora as

organizações sejam assediadas por muitas forças exigindo mudanças, é importante reconhecer

que forças opostas mantêm a organização num estado de equilíbrio. Segundo o autor, se essa é

uma moderna teoria para orientação, na gestão de empresas de uma maneira geral, poderá ser

também para a gestão pública do esporte.

Outra necessidade refere-se ao aprimoramento da formação do profissional para

atuar na área, que acreditamos deva se dar cada vez mais com ênfase nos conhecimentos

multidisciplinares. Este aprimoramento poderá ser dado com base na fundamentação teórica

para o estabelecimento de disciplinas específicas, nos cursos de formação de profissionais

(graduação e pós-graduação), com programas cada vez mais adequados à realidade e às

perspectivas da área no país (BASTOS, 2004).

Lima (2012) diz que toda tese que tem como pilar os estudos e não apenas no

“achismo” e experiência, existe uma importância muito maior. Para ele não seria correto e

nem seguro enfrentar desafios, e tomar decisões unicamente pela sua experiência, é necessário

estudo, organização, e cautela para que se consiga o melhor rendimento possível, realizando

as metas almejadas e que foram traçadas. Tudo isso faz parte da administração, o

planejamento, estudo, cautela, tomada de decisão. É preciso sempre estar atualizado sobre as

Page 25: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

25

teorias que cercam o meio da administração, para poder tirar proveito daquilo que se é

necessário no momento para traçar os objetivos.

2.5 MERCADO DO FUTEBOL

O futebol mundial é hoje um grande negócio. De acordo com o relatório final do

Plano de Modernização do Futebol Brasileiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que inclui

os agentes diretos, como clubes e federações, e indiretos, como indústrias de equipamentos

esportivos e a mídia, o futebol mundial movimenta, em média, cerca de 250 bilhões de

dólares anuais. No Brasil, dados desse mesmo relatório mostram que o futebol é uma

atividade econômica com grande capacidade de gerar empregos, e tem efeito multiplicador

maior que vários setores tradicionais, contabilizando:

• trezentos (300) mil empregos diretos;

• trinta (30) milhões de praticantes (formais e não formais);

• quinhentos e oitenta (580) mil participantes em treze (13) mil times que

participam de jogos organizados (esporte formal);

• quinhentos e oitenta (580) estádios com capacidade para abrigar mais de cinco e

meio (5,5) milhões de torcedores;

• cerca de quinhentos (500) clubes profissionais disputando uma média de noventa

(90) partidas por ano; e

• em termos de fornecimento anual de materiais e equipamentos esportivos, são

cerca de nove (9) milhões de chuteiras para futebol e futsal, seis (6) milhões de bolas e trinta e

dois (32) milhões de camisas. (LEOCINI; SILVA, 2005)

2.5.1 O consumidor do futebol no Brasil

Para Bourdieu (1983), o surgimento do mercado consumidor do futebol não se

trata de um processo histórico, e sim de um evento ligado à popularização de sua prática. A

disseminação da prática do esporte é que estabelecia as bases da demanda de consumo.

Segundo Leoncini e Silva (2005) essa demanda por produtos esportivos e

respectiva satisfação dos consumidores de futebol estão associadas a fatores como o resultado

dos eventos e a sua administração.

Uma particularidade do consumidor do futebol é o seu relacionamento com o

clube, independente da qualidade do serviço prestado ou do desempenho esportivo da equipe,

Page 26: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

26

porém, ainda que tenham características próprias, os consumidores do futebol não são todos

iguais (MANSUR; ZANETTE, 2012).

2.6 MARKETING

Marketing é um processo empresarial que se desenvolveu com o crescimento das

empresas (KOTLER, 1998).

De acordo com Saueressig Neto (2011) existe uma grande dificuldade na

compreensão exata do que seja Marketing. Muitas pessoas costumam confundir o conceito ou

distorcer suas aplicações. Marketing e propaganda, por exemplo, são frequentemente vistos

como sinônimos. Na realidade, Marketing é muito mais profundo do que o conhecimento

popular preconiza. Diante disso, faz-se necessário uma melhor definição para saber seu real

significado.

2.6.1 Definições

A palavra marketing tem como origem o inglês market, que, pode ser traduzida

para o português como mercado (MACHLINE; DIAS, 2003).

Segundo Kotler (2000) marketing é um processo onde as pessoas podem ter

aquilo que desejam e necessitam. E fazem isso de acordo com as ofertas, por meio do que é

criado, através da livre negociação de produtos e serviços.

Rocha e Christensen (1999), afirmam que a tarefa primordial da organização é

satisfazer o consumidor desde que respeitadas suas condições de sobrevivência e continuidade

de seus trabalhos.

O marketing, quando da busca da sua definição, muitas vezes é ligado como um

sinônimo da palavra vendas, e isso deve ser levado em consideração (KOTLER, 1998).

Marketing é caracterizado como sendo a troca de informações entre as empresas e

seus clientes. É uma estrada que leva e traz essas informações. Em uma primeira fase, a

empresa busca de seus clientes as suas maiores necessidades, seus maiores desejos de

consumo. E com base nessas informações conseguidas, utiliza maneiras de atingir esse

público, atraindo o consumidor a efetuar a compra, ou utilizar o serviço. O uso dessa

ferramenta varia de empresa para empresa, que escolhe a melhor maneira de despertar o

interesse de consumidor (MACHLINE; DIAS, 2003).

Page 27: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

27

É necessário definir qual o seu público alvo, para que a ferramenta marketing seja

utilizada da forma mais eficiente possível. De nada adianta investir com pessoal qualificado,

projetos e criação de ideias, se não se tem o mercado alvo bem definido. Existe uma diferença

entre necessidades, desejos e demandas. Em resumo, a empresa tem que descobrir o que o

consumidor quer e fornecer o produto (LIMA, 2012).

2.6.2 Marketing esportivo

Em uma definição abrangente, o termo marketing esportivo poder ser utilizado

para designar toda e qualquer forma de satisfação de necessidades e desejos de consumo no

esporte (CONTTURSI, 1996).

Vale ressaltar que todas as ferramentas, atividades e funções do marketing podem

ser usadas e/ou adaptadas para os produtos do marketing esportivo (KOTLER, 1998).

Para Pitts e Stotlar (2002) Marketing Esportivo é o processo de elaborar e

programar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um

produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos dos consumidores e realizar os

objetivos da empresa.

Segundo Mansur e Zanette (2012), qualquer gestão de marketing,

independentemente do ramo da atividade, costuma utilizar um conceito chamado mix de

marketing, o qual inclui o gerenciamento de quatro variáveis para gestão de uma marca, de

um produto ou de um serviço, são os chamados 4P’s: Produto (marca ou serviço), Preço,

Promoção (publicidade e divulgação) e Ponto (distribuição). Aplicados às modalidades

esportivas de forma geral, o conceito dos 4P’s seria:

1. Produto: Seria a modalidade esportiva propriamente dita e suas diversas

características, as quais devem ser gerenciadas visando sempre melhores performances. É

importante que a essência que caracteriza cada modalidade não seja perdida em função de

alterações que venham descaracteriza-la. Entre outros pontos que devem ser analisados,

controlados e, se for o caso, alterados, valem ser exemplificados:

Número de praticantes: tanto nas atividades relacionadas à iniciação, como

também nas de participação e alto rendimento.

Possibilidade de o publico presente assistir confortavelmente a todo o evento:

um jogo futebol por exemplo, é assistido na totalidade por quem está presente no estádio, já

uma maratona não apresenta essa característica, nessa caso, soluções de transmissão precisam

ser desenvolvidas.

Page 28: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

28

Facilidade para entendimento das regras e contagem: essa foi uma das razões

que levou o voleibol a alterar sua contagem, visto que o publico não habituado com o esporte

tinha dificuldades para entender a forma anterior de pontuação. A outra razão que colaborou

para a alteração foi a televisão, que considerava o tempo das partidas demasiadamente alto.

Duração do evento: esse ponto afeta não só a transmissão como também o

publico presente.

Existência de ídolos: a idolatria não esta ligada apenas ao sucesso e às vitórias,

muitos ídolos nascem em função de carisma e características que tragam identificação com a

população.

Incentivo a torcer: exemplificando, esportes como o futebol propiciam que o

publico, mesmo que não conheça o esporte, tome partido e torça por algumas das equipes, já a

vela não oferece a mesma facilidade.

Calendário da temporada: um calendário bem elaborado, que considere para

sua formação a concorrência de outros eventos, contribui não só para um bom índice de

audiência e presença, como também para a obtenção de espaço na mídia.

Emoção, suspense e plasticidade: a emoção despertada pelo resultado, o

suspense causado pela duvida do que irá acontecer ao final de um lance e a beleza que cores,

movimentos, equipamentos e o corpo humano agregam às modalidades são componentes

vitais para o produto.

Adequação aos sexos, faixas etárias e socioeconômicas: a quem o esporte é

dirigido, tanto para ser praticado como para ser assistido.

Capacidade de gerar sinergia: características que possam ser associadas aos

posicionamentos dos patrocinadores.

2. Preço: Valor envolvido para assistir, praticar ou montar uma equipe de algum

esporte, em função desses valores as politicas de margem e adequação de preços são

estabelecidas:

Ingressos: valor que se despenderá para ir ao local das competições. Aqui se

considera o valor da entrada para o evento, estacionamento, locomoção, e o consumo de

alimentos e bebidas na ocasião da competição.

Televisão: custo de Pay Per View (PPV).

Prática do esporte: quanto custa praticar a modalidade esportiva. Nesse valor estão

incluídos os equipamentos, eventuais necessidades de aluguel de espaço para a prática, valor

de inscrições para provas, custo de treinadores, professores, staffs como nutricionistas,

médicos, massagistas, alimentação etc.

Page 29: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

29

Equipe: nesse item consideram-se os custos referentes ao salario/ajuda de custo

dos atletas e de toda comissão técnica.

3. Promoção: tudo que se refere à comunicação e divulgação da modalidade,

como por exemplo:

Espaço na mídia: para competições, reportagens e entrevistas.

Comentários e narradores: que saibam se comunicar com o público-alvo.

Comunicação eficaz: com o publico no próprio local de competição. Redes

sociais, sites e ações de mobile.

4. Ponto: Locais para competições, treinamentos e praticas do esporte:

Acesso: facilidade de acesso, distâncias a serem percorridas, opções de

transporte.

Conforto: se as instalações para a plateia assistir ao evento são confortáveis,

próximas aos banheiros e pontos de vendas de alimentos e bebidas.

Page 30: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

30

3 MÉTODO

3.1 TIPO DE PESQUISA

Quanto à abordagem do problema caracteriza-se como quantitativa, que permite a

mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes em um universo, por meio de uma

amostra que o represente estatisticamente (NEVES, 1996).

Em relação aos objetivos é uma pesquisa descritiva na qual objetiva conhecer e

interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la (VIEIRA, 2002).

Quanto aos procedimentos técnicos é caracterizada como empírica do tipo

descritiva. Já quanto aos procedimentos de coleta de dados é uma pesquisa de levantamento e

por fim, quanto às fontes de dados é uma pesquisa de campo.

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Para identificar o perfil dos praticantes/consumidores do futebol Society em

Florianópolis foram convidados a participar 200 indivíduos, entre homens e mulheres, com

idade igual ou superior a 18 anos que aceitaram participar da pesquisa. Os indivíduos que

participaram da pesquisa estavam presentes em um campeonato organizado pela Federação

Catarinense de Futebol Society, alguns estavam participando do campeonato, outros estavam

apensas assistindo aos jogos. A seleção dos praticantes/consumidores foi através de uma

amostragem do tipo não aleatória intencional por conveniência devido à facilidade de acesso a

esse público.

Foram incluídos no estudo os participantes/consumidores que atenderam aos

seguintes critérios: (a) Concordar em participar do estudo (assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido); (b) Praticar o esporte no mínimo uma vez a cada 15 dias;

(c) Ser maior de idade.

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Para coletar os dados foi usado um questionário que está em anexos voltado aos

praticantes/consumidores da modalidade de futebol Society. O instrumento aborda questões

sobre o perfil sociodemográfico do pesquisado e na sequencia questões sobre rotina de

prática, gastos referentes à modalidade, e sobre as preferências do praticante/consumidor em

Page 31: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

31

relação o esporte em questão. O questionário possui 18 questões no total, sendo dividido em

15 perguntas fechadas, 2 abertas e 1 mista.

Os procedimentos utilizados para determinar se o questionário media o que se

pretende medir foram a aplicação de testes de fidedignidade e validade de clareza e conteúdo.

No quesito clareza o mesmo foi validado por indivíduos cujas características eram parecidas

com a amostragem selecionada. Em cada questão os indivíduos deveriam responder: confuso,

pouco claro e claro. As questões respondidas como confusas foram retiradas do questionário,

as pouco claras foram reformuladas e as respondidas como claras foram mantidas. Já no

quesito validade do conteúdo os questionários foram avaliados por 3 profissionais de

Educação física com conhecimento na área da gestão esportiva. Em cada questão estes

profissionais deveriam responder como: inválida, pouco válida e válida. As questões

respondidas como inválidas foram retiradas do questionário, as respondidas como pouco

válidas foram reformuladas e as válidas foram mantidas no questionário.

3.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

O projeto foi submetido à análise e aprovado (n° 338.732), pelo Comitê de Ética

em Pesquisa da Unisul.

As coletas de dados foram realizadas em dois dias de um campeonato realizado

pela Federação Catarinense de Futebol 7, durante o mês de Outubro de 2013 e as rodadas

tanto do masculino quanto do feminino aconteciam simultaneamente aos sábados no período

da tarde. Nos dois dias de coleta, a pesquisadora contou com a ajuda de três voluntários, que

chegaram 1 hora antes do início dos jogos.

Os praticantes/consumidores foram contatados para que os objetivos fossem

expostos e havendo concordância de participação o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) era entregue ao pesquisado e o questionário era apresentado. O mesmo

era aplicado sempre antes de cada jogo pelo fato de que após os jogos os indivíduos estariam

cansados e/ou alterados devido a algum tipo de acontecimento durante a partida, o que

poderia interferir nas respostas.

Todos os questionários foram respondidos no momento da aplicação, e logo após

entregues a pesquisadora para dar início a análise de dados.

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32

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram tabulados e transportados para o excel. Para analisá-los foi

utilizada a estatística descritiva através de médias e percentuais das respostas obtidas e

apresentados através de gráficos e tabelas. Após conclusão da pesquisa os dados serão

armazenados por um período de 5 anos, ao término desse período o material será deletado e

incinerado.

Page 33: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

33

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A fim de caracterizar o perfil sociodemográfico dos participantes, a Tabela 1 a

seguir, apresenta os dados referentes ao gênero, cidade, faixa etária, escolaridade, renda

mensal e estado civil dos mesmos.

Tabela 1 – Perfil sociodemográfico do consumidor.%

SEXO Feminino 40Masculino 60

CIDADEFlorianópolisSão JoséPalhoça

602515

FAIXA ETÁRIA

18 a 24 anos 5025 a 31 anos 4032 a 40 anos 8,541 a 50 anos 1,5Acima de 50 anos 0

ESCOLARIDADE

Fundamental incompleto 0Fundamental completo 0Médio incompleto 0Médio completo 10Superior incompleto 55Superior completoPós graduadoMestradoDoutorado

30500

RENDA MENSAL

Não estou trabalhando 5De 500,00 a 1.000,00 25De 1.001,00 a 2.500,00 55De 2.501,00 a 4.000,00 10De 4.001,00 a 6.000,00 5De 6.001,00 a 10.000,00 0Acima de 10.001,00 0

ESTADO CIVIL

SolteiroCasadoSeparadoViúvoOutro

70200010

Fonte: Elaboração dos autores, 2015.

Page 34: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

34

Em primeiro momento procurou-se saber o gênero dos participantes envolvidos na

pesquisa. Como ilustra o primeiro tópico da Tabela 1 pouco mais da metade dos pesquisados

eram do sexo masculino. Mansur e Zanette (2012) dizem que essa particularidade não confere

a exclusividade do consumo futebolístico ao universo masculino. As mulheres cada vez mais

acompanham, praticam e consomem os produtos relacionados ao futebol.

No segundo tópico da Tabela 1 estão representadas as cidades que os pesquisados

residem. Os dados mostram que os mesmos estão divididos em três cidades: Florianópolis,

onde residem a maioria dos participantes, seguidos das cidades vizinhas São José e Palhoça.

A faixa etária dos participantes foi um ponto importante para ser analisado, com

ela permitiu-se criar uma faixa de idade que mostra quando as pessoas são mais ativas em

relação à prática da modalidade aqui abordada. Os dados da Tabela 1 apontam que 90% das

pessoas que responderam a pesquisa possuem idade entre 18 a 31 anos, onde a maior

incidência são jovens de 18 a 24 anos de idade.

Ao observar a Tabela 1 nota-se que a maior porcentagem encontra-se nas pessoas

que possuem ensino superior incompleto. Isso pode ser relacionado com o fato da maioria dos

pesquisados serem jovens de 18 a 24 anos, ou seja, idade frequente que as pessoas ainda

estejam em formação acadêmica.

Em relação à renda mensal dos participantes, observa-se que apenas uma pequena

porcentagem não possui atividade remunerada. Mais da metade das pessoas pesquisadas

responderam ter renda mensal entre R$ 1.001,00 a R$ 2.500,00. Fator esse positivo, pois

classifica essas pessoas como sendo da classe média, segundo Portal Brasil (2011), a renda

familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais. Além de inseri-las no mercado

consumidor, pois podem utilizar uma parte de seus ganhos na aquisição de bens e serviços

relacionados à modalidade que praticam, no caso, o futebol Society. Nesse sentido, Machline e

Dias (2003) afirmam que a estabilidade econômica do país, o aumento do nível de emprego, e

a melhoria da renda e da capacidade de compra dos brasileiros ajudam na possibilidade de

crescimento do consumo. Esses números estão alinhados aos indicadores observados sobre a

faixa etária e nível de escolaridade dos pesquisados.

Por fim, a Tabela 1 apresenta o estado civil dos participantes. Como maior parte

dos pesquisados eram jovens de 18 a 24 anos, já era esperado que a maior incidência dos

participantes fossem solteiros.

A Tabela 2 apresenta as questões referentes às preferências do

praticante/consumidor. Para atingir alguns dos objetivos da pesquisa foi necessário saber se

eram federados, os motivos que os levam a praticar o esporte, os fatores levados em conta para

Page 35: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

35

a escolha do local da prática, qual a melhor empresa na opinião dos pesquisados e se os

mesmos possuíam horário fixo em alguma empresa de Futebol Society de Florianópolis.

Tabela 2- Vinculação, motivos para pratica e preferencias do consumidor.%

FEDERADO SimNão

7030

MOTIVO DA PRÁTICA

DiversãoLazer (hobby)Para estar com os amigosCondicionamento físicoProfissionalSaúde

504545301510

FATORES PARA AESCOLHA DO LOCAL

Encontro com os amigosPreçoQualidade da infraestruturaLocalizaçãoOutro

403525150

MELHOR EMPRESA

Fair PlayTrevo Futebol seteAvanteComplexo Esportivo Show de BolaOutro (Paula Ramos)

35302555

HORÁRIO FIXO

Não:

Sim:Paula RamosTrevo Futebol SeteAvanteFair PlayChácara do Zezinho

25

402015105

Fonte: Elaboração dos autores, 2015.

Como mostra o primeiro tópico da Tabela 2, mais da metade dos participantes são

federados, fator importantíssimo que beneficia à Federação, pois quando os atletas se filiam, a

Federação consegue obter informações mais precisas para o desenvolvimento da modalidade,

trazendo dessa maneira apoio no planejamento e ações em benefício aos clubes e atletas e mais

segurança aos eventos da Federação. (FUT7-SC, 2008)

O segundo tópico da Tabela 2 apresenta os dados de uma questão de múltipla

escolha. Ao observa-la constata-se que a maioria dos participantes da pesquisa praticam o

Page 36: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

36

esporte por motivo de diversão, lazer (hobby) e para estar com os amigos. Uma porcentagem

um pouco menor são daqueles que são adeptos da modalidade para melhorar o

condicionamento físico. Mais da metade dos pesquisados eram federados, porém, verificou-se

que o nível dos praticam o esporte por profissão ainda é baixo, talvez por ser uma modalidade

considerada nova acredita-se que ainda seja difícil encontrar clubes que remunerem o atleta.

Por fim, com uma porcentagem baixa de respostas obtidas são os que praticam o esporte por

motivo de melhora da saúde. Todos esses dados que entram em consenso com o que diz a

Confederação Brasileira de Futebol 7 Society na qual afirma que o futebol é um meio natural

de preservar a saúde física e psicológica, além de despertar o companheirismo entre seus

praticantes. (CBF7, 2010)

Em outra questão de múltipla escolha foi perguntado quais os fatores que os

praticantes/consumidores levam em consideração para escolha do local da prática. Observa-se

na tabela que muitos levam em conta o fator encontro com os amigos e logo em seguida outro

fator não menos importante é o preço cobrado pela empresa que disponibiliza o local para a

prática. A ocorrência de o fator preço não ter vindo em primeiro lugar deve-se ao fato de que

os participantes por serem em sua maioria Federados, muitas vezes os times da qual eles

fazem parte possuem patrocínio de alguma empresa de futebol Society e por isso o preço não é

prioridade. Outro fator também levado bem em conta é qualidade da estrutura que a empresa

de futebol Society oferece e logo após a localização da empresa. Outros fatores não foram

assinalados.

Achou-se necessário também, fazer um questionamento em torno da opinião dos

praticantes acerca das empresas disponíveis em Florianópolis. Essas empresas citadas no

questionário foram selecionadas devido ao fato de serem locais onde a Federação Catarinense

de Futebol 7 realiza seus campeonatos. Esses dados estão representados no quarto tópico da

Tabela 2 que mostra que três empresas foram assinaladas com uma frequência maior, são elas:

Fair Play (Carianos), Trevo Futebol Sete (Ratones) e Avante (Santo Antônio de Lisboa),

destaque para a empresa Fair Play que recebeu a maioria das opiniões como sendo a melhor

empresa de futebol Society da região relacionada à qualidade de infraestrutura. Outro destaque

também vai para o Clube Paula Ramos que não estava dentre os opções do questionário,

porém como era uma questão que permitia ao participante escrever sua opinião, foi uma

empresa bastante citada. O consumidor busca produtos para a satisfação de suas necessidades

e desejos. Para usufruir desse produto, ele sabe que terá custos. O conceito de valor para o

consumidor advém dessa relação: a diferença ou razão por ele percebida entre os benefícios

obtidos com a troca e os custos envolvidos nesse processo. (MANSUR; ZANETTE, 2012)

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37

Para sediar qualquer campeonato oficial de futebol Society, o complexo esportivo

precisa estar filiado à Fut7-SC. Para isso, basta que a quadra tenha as medidas oficiais da

modalidade e uma estrutura mínima em condições de sediar jogos oficiais. (FUT7-SC, 2008)

Os praticantes também foram questionados se possuíam horários fixos para jogos

em alguma empresa de futebol Society. Se a resposta assinalada fosse “sim”, o mesmo era

questionado sobre onde possuía o horário fixo. A Tabela 2 mostra que a minoria dos

pesquisados não possuem horário fixo em nenhuma empresa de futebol Society, ou seja, essas

pessoas não são obrigadas a praticarem o esporte no mesmo local toda semana, o que permite

a elas pesquisarem e variarem o local de prática, podendo assim procurar uma empresa que

pratique um valor mais em conta e até mesmo uma empresa mais próxima de casa,

economizando dessa maneira ou até mesmo evitando o gasto com transporte. Já a grande

maioria dos pesquisados, ou seja, 75% deles responderam ter horário fixo em alguma empresa

de Florianópolis, algumas delas responderam ter horário fixo em até duas empresas por

semana. Com 40% das respostas obtidas, o Paula Ramos foi a empresa de futebol Society mais

assinalada, seguidos do Trevo Futebol Sete, Avante, Fair Play e Chácara do Zezinho. As

empresas possuírem uma agenda lotada com horários fixos se torna um fator benéfico a

modalidade, pois tendo esse lucro fixo semanal permite que essas empresas invistam em sua

infraestrutura, melhorando a qualidade dos serviços oferecidos, aumentando a frequência de

praticantes e consumidores no local, impulsionando e desenvolvendo automaticamente o

crescimento da modalidade na região.

No gráfico 1 a seguir estão apresentados os dados referentes ao grau de

importância dos serviços oferecidos em uma empresa de futebol Society para os

praticantes/consumidores.

Page 38: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA …

38

Gráfico 1- grau de importância dos serviços em uma empresa de futebol Society

Fonte: Elaboração dos autores, 2015.

No gráfico 1 a escala de 1 a 9 representa, para os pesquisados, o grau de

importância dos serviços que geralmente são oferecidos em uma empresa de futebol Society,

na qual o número 1 seria para serviços mais importantes e número 9 para menos importantes.

Após contagem dos dados, foi traçada uma média e ao coloca-la no gráfico, verificou-se que a

qualidade do gramado é o serviço onde o praticante mais exige qualidade em uma empresa de

futebol Society, seguidos da qualidade na iluminação dos campos, levando em conta que

muitos praticam o esporte à noite e do fornecimento da bola para o jogo. Como itens menos

exigidos, ou seja, menos importantes, ficaram a qualidade dos vestiários, localização e

disponibilidade de estacionamento. Nessa linha, Kloter (2000) afirma que os dirigentes,

administradores e profissionais de negócios devem adotar o ponto de vista do consumidor, e as

decisões estratégicas das empresas e instituições precisam estar apoiadas no que o cliente

necessita e deseja. Consumidores satisfeitos aumentam seu envolvimento com a empresa, se

identificam com ela e seus produtos, os divulgam quando possível e os defendem quando

sofrem críticas (PITTS; STOTLAR, 2002).

A Tabela 3 buscou relacionar os gastos do praticante/consumidor com a prática do

futebol Society. Os pesquisados foram questionados sobre a frequência semanal de suas

práticas, o meio de transporte que são utilizados, os preços que os praticantes/consumidores

pagam para utilizar os serviços das empresas de futebol Society, e os gastos semanais com o

esporte e com a prática dele, com consumo ou aquisição de produtos por exemplo. Essas

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39

questões foram importantes serem abordadas para que fosse possível ter uma ideia se o esporte

gera ou não receita para a região.

Tabela 3 – Frequência, meio transporte utilizado e investimento na prática.%

FREQUÊNCIA

Uma vez a cada quinze diasUma vez por semanaDuas vezes por semanaTrês vezes por semanaMais de três vezes por semana

51550300

MEIO DE TRANSPORTE

CaminhandoÔnibusCarroMotoOutro

00

85150

PREÇO PRATICADOPELA EMPRESA

De R$ 40,00 a R$ 60,00 a horaDe R$ 61,00 a R$ 80,00 a horaDe R$ 81,00 a R$ 90% a horaDe R$ 91,00 a R$ 110,00 a horaOutro

51525550

NÍVEL DE CONSUMIDORNível baixoNível médioNível alto

35605

CONSUMO ANTES E PÓS-JOGO

Antes:SimNão

Depois:SimNão

4555

8020

GASTO SEMANAL

R$ 20,00R$ 30,00R$ 40,00R$ 50,00R$ 60,00R$ 70,00R$ 100,00R$ 120,00R$ 150,00 a R$ 200,00

5171428149643

Fonte: Elaboração dos autores, 2015.

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40

Foi perguntado aos pesquisados a frequência semanal que os indivíduos praticam a

modalidade. Analisando a Tabela 3, percebe-se que 80% dos respondentes praticam o esporte

de duas a três vezes por semana, fator interessante, pois quanto maior a frequência maior será

o investimento financeiro na modalidade. Dados importantes também para reforçar a

afirmação da Confederação Brasileira de Futebol Society que diz que o futebol Society é um

dos esportes mais praticados no país (CBF7, 2010).

Para traçar a média do valor gasto semanalmente com a modalidade, fez-se

necessário saber qual o meio de transporte utilizado pelo praticante para chegar ao local da

prática. Nota-se que 100% dos pesquisados utilizam meio de transporte próprio, uma pequena

porção faz uso da moto e todo o restante utiliza o carro para se transportar. Fator que está

ligado e alinhado à renda mensal e classe social dos pesquisados visto que estas possibilitam

que os indivíduos tenham condução própria. Nenhum outro meio de transporte foi assinalado

pelos respondentes.

Foi abordado também no questionário o valor praticado pelas empresas de futebol

Society que o consumidor mais utiliza. Esses valores variam bastante, principalmente de ano

para ano. Observa-se na Tabela 3 que pouco mais da metade dos praticantes pesquisados

pagam de R$91,00 a R$ 110,00 a hora, que são preços utilizados por empresas que oferecem

uma estrutura mais adequada e completa aos seus consumidores. Vale ressaltar que quando os

praticantes possuem horários fixos e pagam mensalmente, essas empresas oferecem descontos

e por isso geralmente os preços ficam mais baixos.

Outro fator importante na hora de traçar uma média de investimento financeiro por

parte de cada praticante foi saber em qual nível de consumidor em relação a produtos

esportivos específicos de futebol o mesmo se encaixaria. Foram disponibilizadas aos

respondentes três níveis de consumidor onde eles deveriam se encaixar, nível baixo -

Aquisição de um ou dois itens por ano; Nível médio – Aquisição de três a cinco itens por ano;

e Nível Alto - Aquisição de um item novo a cada dois meses. Pouco mais da metade dos

pesquisados classificaram-se como sendo do nível médio, ou seja, adquirem de três a cinco

itens relacionados como futebol por ano, nesses itens pode-se incluir roupas, chuteiras e

materiais de treino por exemplo. Infelizmente o nível alto que são os consumidores que

compram produtos novos de futebol a cada dois meses foi o menos assinalado. Seria

interessante que todos ou pelo menos a maioria fossem consumidores de nível alto, o que

geraria um investimento maior no esporte aqui abordado. Saueressig Neto (2011) diz que, seja

na forma de espetáculo esportivo ou seja como práticas corporais, é inegável o fato de que, nas

ultimas duas décadas, o esporte (e a atividade física, de um modo geral) tem se constituído

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num vasto e sempre crescente campo de investimento econômico. Tal crescimento está

associado ao surgimento de uma imensa rede de produção industrial de equipamentos,

artefatos, academias, eventos e megaeventos, que dão a medida da importância destes

fenômenos, quando comparados com períodos anteriores.

Quando questionado se os praticantes costumam consumir alguma bebida e/ou

comida antes e/ou depois da pratica, verificou- se que pouco mais da metade não consome

nenhum produto antes e quase todos consomem algum produto após o jogo, ou seja, esse

consumo antes e após a prática significa que o praticante gasta com a prática e ajuda no lucro

das empresas de futebol Society da região.

Por fim, questionou-se quanto em média o pesquisado gasta semanalmente com a

prática do esporte. Ao traçar uma média dos valores indicados por cada respondente pode-se

notar que a grande maioria mostrou gastar de R$ 30,00 a R$ 70,00 semanalmente, isso inclui

aluguel da quadra, combustível, consumo, aquisição de produtos esportivos, entre outros

gastos. Uma parte da amostra afirmou gastar em media R$100,00 por semana. E uma parte

pequena dos pesquisados mostrou gastar entre R$ 120,00 a R$150,00 na semana.

Foi estimado em média, quanto cada consumidor gasta anualmente com futebol no

Brasil, a média de gasto do torcedor inglês foi adotada como padrão ideal. Tal média foi então

ajustada proporcionalmente aos valores do PIB per Capita de cada país, o que resultou numa

média ajustada de gastos anuais com futebol no Brasil de R$ 57 ou US$ 20 por torcedor

(LEONCINI; SILVA, 2005).

Fica evidenciada a necessidade de ampliar a participação financeira do

praticante/consumidor, tornando-o consumidor ativo e disseminador do esporte, possibilitando

a maximização da arrecadação das empresas do esporte. Contursi (1996) diz que ato de

comprar é abordado não como uma coisa em si. É visto como um meio de descobrir, mediante

a observação das práticas das pessoas, algo sobre seus relacionamentos. Na verdade,

fundamenta-se na ideia de que esse pode ser o melhor meio de revelar a experiência

vivenciada desses relacionamentos do que um estudo feito especificamente sobre eles.

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5. CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Após a realização dos procedimentos de coleta de dados e de todos os processos

para verificação dos objetivos específicos e geral, foi possível relaciona-los para um melhor

entendimento dos resultados obtidos através da pesquisa.

O principal objetivo do presente trabalho foi investigar o perfil dos consumidores

do futebol Society em Florianópolis. A partir do questionário aplicado pôde-se identificar

algumas características do público que pratica a modalidade em questão. Em sua maioria são

homens de 18 a 24 anos, solteiros, residentes em Florianópolis. Grande parte desse publico

possui ensino superior incompleto e sua renda mensal varia de R$ 1001,00 a R$ 2.500,00.

A partir dos dados obtidos, conclui-se que 70% dos respondentes são atletas

federados, ou seja, possuem registro juntamente a Federação Catarinense de Futebol Sete e por

isso, são intitulados atletas amadores.

A maior parte dos respondentes afirmou gastar em média R$ 50,00 semanalmente

para praticar futebol Society, isso inclui gastos com o campo onde normalmente o valor da

quadra é dividido entre os participantes; transporte, sendo que a maioria respondeu utilizar o

carro para de deslocar ate o local da pratica; e consumo antes e/ou após a pratica, que também

foram questões abordadas durante a aplicação do questionário. Sabendo que 1 mês possui

geralmente 4 semanas e que a grande maioria dos pesquisados possuem horários fixos e

praticam o esporte duas vezes na semana, pode-se concluir que o consumidor/praticante gasta

em média R$ 200,00 mensais para praticar o esporte aqui abordado.

Uma questão abordada no questionário foi utilizada para saber em qual nível de

consumidor o praticante se encaixava. Obteve-se como resposta que maior deles se

consideram no nível médio de consumo de produtos do esporte aqui abordado, ou seja,

adquirem de três a cinco produtos relacionados ao futebol por ano.

Ao analisar os motivos que levam o indivíduo a praticar o futebol Society,

destacaram-se três principalmente: diversão; lazer (hobby) e para estar com os amigos, ou seja,

praticam o esporte como forma de entretenimento. Em um mundo onde o mercado de trabalho

é muito concorrido, as pessoas procuram uma pratica esportiva desvinculada de obrigações

competitivas para que se saia um pouco da rotina e automaticamente já se mantenham

saudáveis também.

Em um mundo cada vez mais modernizado é natural que o grau de exigência dos

consumidores também seja maior. Independente da área de mercado em que se atua, é

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imprescindível manter-se sempre atualizado, oferecendo serviços e produtos de boa qualidade

para sustentar a relação e principalmente a satisfação dos seus consumidores. Tendo isso em

vista, procurou-se enfatizar as preferencias e exigências dos consumidores/praticantes na hora

de escolher um local para praticar futebol Society.

Inicialmente o fator que consumidores mais levam em consideração é o encontro

com os amigos, não esquecendo também que o preço praticado pela empresa onde se vai

praticar também é um quesito bastante levado em conta. Quando se trata da qualidade da

infraestrutura, os praticantes consideram importantes principalmente que o gramado e a

iluminação da quadra sejam de qualidade.

Outro ponto abordado sobre as preferências dos praticantes foi identificar a melhor

empresa de futebol Society da região. Três empresas foram bastante citadas no questionário,

porem a maior porcentagem das respostas foi para a empresa Fair Play localizada no bairro

Carianos, Florianópolis.

O presente trabalho procurou mostrar que a modalidade contribui na economia da

cidade e que existe um amplo mercado de consumidores por trás disso. O futebol,

independente do tipo de modalidade, é um esporte da grande massa Brasileira, por isso

identificar o perfil e atender a demanda de consumidores se faz importante pois é justamente o

consumo que faz o esporte crescer.

Por fim, fica a sugestão para os próximos trabalhos acerca do assunto aqui tratado

que seja feita uma analise mais especifica e minuciosa do ponto de vista financeiro das

empresas de futebol Society existentes na região, verificando por exemplo, o investimento

realizado na infraestrutura, os serviços que são considerados prioridades pela empresa, e o

tempo de retorno desse investimento, bem como as estratégias adotadas para alcançar os

consumidores.

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REFERÊNCIAS

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MANSUR, T.; ZANETTE, R. O Marketing esportivo no Brasil. Florianópolis: IBME-Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo, 2012.

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ANEXOS

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

PESQUISA DE GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO FÍSICA E

ESPORTES

Florianópolis, Outubro de 2013

Prezado Amigo (a),

Este questionário trata-se de uma pesquisa feita para obtenção de dados auxiliares para o

término do Trabalho de Conclusão de Curso do acadêmica Mayara Lopes Mello, graduanda

do Curso de Educação Física e Esportes da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)

que tem como tema: “PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM

FLORIANÓPOLIS”.

A identificação do respondente não se faz necessária, e as suas respostas serão mantidas em

sigilo. Muito obrigado por sua participação.

Agradecemos desde já sua ajuda. Será de enorme valia.

Mayara Lopes Mello

Rafael Andreis, Msc.

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO

- Você deverá assinalar com X a resposta de sua preferência.

- Nas perguntas abertas você deverá ser direto e responder apenas o que foi perguntado

na questão.

- É fundamental que o questionário seja preenchido na ordem correta. Por isso, pedimos

que respondam as perguntas na ordem estabelecida, e não retornem para atualizar

nenhuma resposta após terem à respondido.

O questionário demora aproximadamente 15 minutos para ser preenchido.

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Questionário sobre perfil do praticante

1. Sexo

Masculino ( ) Feminino ( )

2. Cidade onde reside: ___________________________________

3. Qual sua faixa etária (idade)?

( ) 18 a 24 anos

( ) 25 a 31 anos

( ) 32 a 40 anos

( ) 41 a 50 anos

( ) Acima de 50 anos

4. Qual sua escolaridade?

( ) ensino fundamental completo ( ) ensino fundamental incompleto

( ) ensino médio completo ( ) ensino médio incompleto

( ) ensino superior completo ( ) ensino superior incompleto

( ) pós-graduação ( ) mestrado

( ) doutorado

5. Se você está trabalhando atualmente, qual a sua renda ou seu salário mensal?

( ) Não estou trabalhando

( ) de 500,00 a 1.000,00

( ) de 1.001,00 a 2.500,00

( ) de 2.501,00 a 4.000,00

( ) de 4.001,00 a 6.000,00

( ) de 6.001,00 a 10.000,00

( ) acima de 10.001,00

6. Estado civil

Solteiro (a) ( ) Casado (a) ( ) Separado ( ) Viúvo ( ) Outro ( )

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7. Com que freqüência você pratica futebol Society?

( ) Uma vez por semana ( ) Mais de três vezes por semana

( ) Duas vezes por semana ( ) Uma vez a cada quinze dias

( ) Três vezes por semana ( ) Outro

8. Por qual motivo você pratica futebol Society? Múltipla escolha (pode escolher

mais de uma opção).

( ) Lazer (Hobby) ( ) Condicionamento físico ( ) Saúde

( ) Para estar com amigos ( ) Profissional ( ) Diversão

( ) Outro

9. Você é atleta de futebol Society federado?

Sim ( ) Não ( )

10. Qual o meio de transporte utilizado para se deslocar até o loca de jogo?

Caminhando ( ) Ônibus ( ) Carro ( ) moto( ) Outro ( )

11. Qual fator você leva mais em consideração na hora de escolher o lugar para

praticar futebol Society? Múltipla escolha (pode escolher mais de uma opção).

( ) Preço

( ) Encontro com amigos

( ) Localização

( ) Qualidade da infraestrutura

( ) Outro

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12. Numere de 1 a 9 os itens abaixo referentes ao grau de importância para você em

uma empresa de futebol Society. 1 = Muito importante; 9 = Menos importante.

( ) Fornecer a bola para o jogo

( ) Disponibilizar de um espaço para confraternização após o jogo

( ) Disponibilizar de um bar ou lanchonete

( ) Qualidade dos vestiários

( ) Qualidade do gramado

( ) Disponibilidade de estacionamento

( ) Localização

( ) Qualidade na iluminação dos campos

( ) Qualidade no atendimento

13. Qual o preço praticado pela empresa de futebol Society que você mais frequenta?

( ) de R$ 40,00 a R$ 60,00/hora ( ) de R$ 81,00 a R$ 90,00/hora

( ) de R$61,00 a R$ 80,00/hora ( ) de R$ 91,00 a R$ 1100,00/hora

( ) Outro

14. Em sua opinião, qual a melhor empresa de futebol Society de nossa região?

( ) Complexo Esportivo Show de Bola ( Ratones)

( ) Fair Play ( Carianos)

( ) Trevo Futebol Sete ( Ratones)

( ) Avante ( Santo Antônio de Lisboa)

( ) Outro: ___________________

15. Você tem horário fixo semanal para jogo em alguma empresa de futebol Society?

Caso a resposta seja sim, você pode colocar o nome de mais de uma empresa.

( ) Não ( ) Sim; Onde?_________

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16. Que nível de consumidor você se considera em relação a produtos esportivos

específicos de futebol?

( ) Nível Baixo - Aquisição de um ou dois itens por ano;

( ) Nível Médio – Aquisição de três a cinco itens por ano;

( ) Nível Alto - Aquisição de um item novo a cada dois meses

17. Você costuma comprar /consumir bebida ou comidas antes ou após jogar?

Antes: Sim ( ) Não ( )

Após: Sim ( ) Não ( )

18. Quanto você gasta semanalmente para poder praticar futebol Society (aluguel da

quadra, combustível, consumo)?

R:

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