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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena ANA LUCIA GOMES RESENDE SOUZA Como melhorar o atendimento de pedido em uma Indústria de Papel que opera no sistema Just-in-time? LORENA - SP 2015

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  • UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

    Escola de Engenharia de Lorena

    ANA LUCIA GOMES RESENDE SOUZA

    Como melhorar o atendimento de pedido em uma Indústria de Papel que

    opera no sistema Just-in-time?

    LORENA - SP

    2015

  • 2

    ANA LUCIA GOMES RESENDE SOUZA

    Como melhorar o atendimento de pedido em uma Indústria de Papel que

    opera no sistema Just-in-time?

    Projeto de trabalho de conclusão de

    curso apresentado como requisito parcial

    para a obtenção do grau de Engenheiro

    Químico.

    Orientador: Prof. Dr. José Roberto Alves de Mattos

    LORENA - SP

    2015

  • AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIOCONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE

    Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Automatizadoda Escola de Engenharia de Lorena,

    com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

    Souza, Ana Lucia Gomes Resende Como melhorar o atendimento de pedido em umaindústria de papel que opera no sistema just-intime? / Ana Lucia Gomes Resende Souza; orientadorJosé Roberto Alves de Mattos. - Lorena, 2015. 49 p.

    Monografia apresentada como requisito parcialpara a conclusão de Graduação do Curso de EngenhariaIndustrial Química - Escola de Engenharia de Lorenada Universidade de São Paulo. 2015Orientador: José Roberto Alves de Mattos

    1. Just in time. 2. Indústria de papel. 3.Atendimento de pedido. I. Título. II. de Mattos, JoséRoberto Alves, orient.

  • 3

    DEDICATÓRIA

    A toda minha família e

    amigos que estiveram junto

    em cada choro e cada

    comemoração.

  • 4

    EPÍGRAFE

    “E é inútil procurar encurtar

    caminhos (...). Pois existe a

    trajetória, e a trajetória não é

    apenas um modo de ir. A trajetória

    somos nós mesmos. Em matéria de

    viver, nunca se pode chegar antes.”

    Clarice Lispector

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente, agradeço a Deus. Pela vida, pela saúde, pela paz e a

    renovação de todos os dias. Sem Ele nada seria possível e só pela Tua Graça

    cheguei até aqui.

    Agradeço também aos meus pais Vera e Narciso e toda a família pelo

    suporte, pela amizade, pelas conversas e principalmente pelos colos nos

    momentos mais difíceis. Por cada empurrão que me fizeram ir mais longe sempre

    e nunca desistir ou fraquejar diante dos muitos desafios que a vida trouxe.

    Aos amigos “de São Paulo”, que embarcaram comigo nessa jornada por

    Lorena, meu muitíssimo obrigada. Sem o apoio e o carinho de vocês não teria

    conseguido. Obrigada principalmente por não terem desistido de mim, apesar da

    distância e dos desaparecimentos para estudo de cálculos, físicas, químicas, etc.

    Aos novos amigos da faculdade, que hoje já são velhos amigos. Muito

    obrigada por fazerem dessa a melhor época da minha vida, por contribuírem pela

    formação do que sou, por se tornarem minha família. Obrigada por me salvarem

    com aquela dica excelente logo antes de entrar na prova e por cada festa cheia

    de risadas sempre.

    Aos professores e demais funcionários da EEL, meu eterno agradecimento.

    Por tudo que ensinaram em sala e fora dela. Pela paciência e pela coragem de

    ensinar. Nada disso faria sentido se não fosse por vocês. Obrigaram por me

    ensinarem a ver com olhos de Engenharia.

    Por fim, mas não menos importante, um agradecimento aos meus colegas

    de estágio. Sem esse complemento minha formação não estaria completa.

    Obrigada pela paciência de me ensinar e me permitir liderar, errar e aprender.

    Todos os dias. Sem todas essas experiências, esse trabalho hoje não faria

    sentido.

  • 6

    RESUMO

    Souza A.L.G.R. Como melhorar o atendimento de pedido em uma Indústria

    de Papel que opera no sistema Just-in-time? 2013. 29 f. Projeto de Monografia

    (Graduação) – Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo,

    Lorena, 2013.

    Neste projeto de trabalho de conclusão de curso, será desenvolvida uma análise

    do atendimento de pedido de uma indústria de papel. Serão utilizados dados

    coletados nos últimos 2 anos para mostrar os pedidos de cliente que não foram

    atendidos. Em seguida, serão mostradas melhorias que a área de Planejamento

    de Operações desenvolveu para diminuir as quebras e se adaptar ao sistema de

    produção “Just-in-time” que visa o menor volume de estoque possível, onde

    problemas de produção tem impacto direto na entrega do pedido ao cliente. Num

    segundo momento, será mostrado como essas melhorias impactaram no número

    de quebras e por fim será proposto novas mudanças e estudos que podem ser

    feitos a fim de promover melhorias continuas ao processo.

    Palavras chave: Indústria de papel, Atendimento de pedido, Just-in-time.

  • 7

    ABSTRACT

    Souza A.L.G.R. How to improve order fulfillment in a paper industry that

    operates on just in time? 2013. 29 f. Project of monograph (Undergraduate) -

    School of Engineering of Lorena, University of São Paulo, Lorena, 2013.

    In this course work completion project, will be developed analysis of order

    fulfillment in a paper industry. Will be used data collected in the last two years to

    show the client requests that have not been delivered on time. Then, will be shown

    the improvements developed by the Operations Planning area to reduce breakage

    and adapt the production system "Just-in-time" for the lower inventory as possible,

    and prevent production problems and their impact on delivery of the request to the

    client. Secondly, will be shown how these improvements have impacted on the

    number of breaks and eventually will be offered new changes and studies that can

    be done to promote the continuous improvement process.

    Keywords: Paper industry, Delivery on time, Just-in-time

  • 8

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Ranking dos principais produtores de Papel no Mundo............... 16

    Tabela 2 - Atendimento de pedidos de Set/13 na Unidade Suzano..............

    Tabela 3 - Status de pedidos na ferramenta de controle de atendimento....

    29

    38

  • 9

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 – Sistema produtivo na Indústria de Papel “PAPER” ........................

    Figura 2 – Calendário de planejamento de produção da máquina 5 na

    empresa PAPER.............................................................................................

    Figura 3 – Ferramenta de atendimento de pedidos .......................................

    Figura 4 – Estoque de bobinas de cada tipo de papel em status S,W e G....

    Figura 5 - Informação enviada para a Demanda com as bobinas em status

    S para aproveitamento....................................................................................

    21

    24

    34

    36

    44

  • 10

    LISTA DE GRÁFICOS

    Gráfico 1 – Evolução da Produção Brasileira de Papel entre 2003 e 2013.....

    Gráfico 2 - Atendimento de pedido de clientes no ano de 2013......................

    16

    29

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 12

    1.1 Motivação ...................................................................................................................... 12

    1.2 Objetivo do trabalho ................................................................................................... 13

    1.3 Justificativa ................................................................................................................... 14

    2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ............................................................................................... 15

    2.1 Indústria de Papel no Brasil ..................................................................................... 15

    2.2 Sistemas Just in Time ..................................................................................................... 17

    2.2.1 Impactos do sistema Just in Time no atendimento de pedido ............... 18

    3 METODOLOGIA ................................................................................................................... 21

    4 SISTEMA DE PRODUÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS ........................ 23

    4.1 Estrutura da empresa ................................................................................................. 23

    4.2 Entrada do pedido ....................................................................................................... 24

    4.3 Demanda ........................................................................................................................ 24

    4.4 Planejamento de Operações .................................................................................... 25

    4.5 Produção ....................................................................................................................... 27

    4.6 Acabamento .................................................................................................................. 28

    4.7 Logística ........................................................................................................................ 29

    4.8 Atendimento de Pedido ............................................................................................. 30

    4.9 Quebras ......................................................................................................................... 32

    5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 33

    5.1 Criação de uma ferramenta para acompanhamento dos pedidos ................. 33

    5.2 Criação de nova cultura na produção .................................................................... 41

    5.3 Criação de pedidos de reposição de estoque com alta rotatividade para aproveitamento ............................................................................................................................ 43

    6 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 45

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 46

  • 12

    1 INTRODUÇÃO

    1.1 Motivação

    Com o nascimento do sistema Just in Time (JIT) da Toyota, na década de

    50, o mundo começou uma grande transformação no seu sistema produtivo. Com

    o objetivo de reduzir custos e estoques e garantir qualidade nos processos, o JIT

    viria para modificar o modo de produzir e gerenciar empresas nas décadas

    seguintes. Esse novo sistema gerencia as organizações de forma a colocar o

    componente certo, no lugar certo e na hora certa, para que atendam as

    necessidades de produção. (UHLMANN ,1997)

    Com a globalização a concorrência está cada vez maior, os recursos cada

    vez mais escassos e os clientes mais exigentes com relação a prazo e qualidade,

    e para esses novos desafios as empresas buscam a todo custo reduzir custos e

    desperdícios. Com o sucesso do sistema JIT e por sua facilidade de adaptação a

    qualquer tipo de indústria, organizações de todo mundo tem adotado esse modo

    de gerenciamento.

    Um dos grandes problemas do sistema Just in Time é o atendimento de

    pedido sem atrasos ou quebras. Com a ausência de estoque, e produzindo

    apenas aquilo que já foi vendido (make-to-order), qualquer problema na produção

    poderá significar atraso da chegada do produto ao cliente. Na tentativa de evitar

    essa situação as empresas buscam formas de manter o estoque mínimo e

    atender aos pedidos no prazo e quantidade.

  • 13

    1.2 Objetivo do trabalho

    O objetivo desse trabalho de conclusão de curso é mostrar como uma

    empresa de papel tem buscado atender os pedidos de seus clientes nos prazos e

    quantidades corretos, com estoques mínimos.

    Afim de alcançar esse objetivo principal, as seguintes etapas serão

    seguidas para elaboração do trabalho:

    - Estudo do sistema de planejamento e produção, a partir do pedido até

    sua entrega ao cliente;

    - Estudo das dificuldades encontradas para o atendimento de pedido

    devido a ausência de estoque;

    - Estudo quantitativo e qualitativo das quebras no atendimento de pedido;

    - Estudo do sistema desenvolvido pela empresa para controlar o

    atendimento de pedido;

    - Estudo das medidas criativas tomadas pela empresa para atender aos

    pedidos no prazo;

    - Estudo das medidas criadas pela empresa para diminuir o volume de

    estoque de produtos semi-acabados e melhorar o atendimento de pedido;

    - Ideias para melhoria do sistema de atendimento de pedido.

  • 14

    1.3 Justificativa

    Por ser um sistema de gerenciamento muito recente para algumas

    empresas no Brasil, muitas ainda tentam se adaptar ao Just-in-time. A mudança

    na gestão de uma organização causa um enorme impacto em toda sua estrutura.

    A área de Planejamento de Operações é uma das que sofre grande impacto. Está

    sob sua responsabilidade planejar, controlar e definir qual produto e em que

    quantidade deve ser produzido para cada período de forma a atender os pedidos

    de clientes evitando atrasos e estoques e, por consequência, diminuir os custos

    de produção e as perdas.

    Nas indústrias de papel é ainda mais complexo garantir o atendimento de

    pedidos sem estoque. Devido a uma série de fatores produtivos, muitas vezes

    torna-se impossível a produção de um determinado tipo de papel ou gramatura,

    assim um produto pode atrasar dias para sair de máquina com qualidade. Outros

    exemplos de problemas enfrentado pela indústria papeleira em relação as

    quebras na produção são: o papel não sai com qualidade de máquina e não pode

    ser utilizado, ou durante o transporte interno é danificado.

    Esse trabalho busca mostrar formas criativas de contornar alguns

    dos problemas encontrados a fim de, sobretudo, garantir o atendimento de pedido

    de cliente na data e quantidade estipulados.

  • 15

    2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

    2.1 Indústria de Papel no Brasil

    No Brasil, o papel começou a ser fabricado em 1809, no Rio de Janeiro. E

    chegou a São Paulo com o desenvolvimento industrial proporcionado pela vinda

    de imigrantes europeus para trabalhar na cultura do café. Em sua bagagem, eles

    trouxeram conhecimento sobre o processo de produção de papel. (BRACELPA)

    Em São Paulo, a produção de papel chegou junto com o desenvolvimento

    da cultura do café. Com o progresso do Estado, os empreendimentos ganharam

    número e, com a chegada dos imigrantes europeus, a produção tomou grandes

    proporções e o papel passou a ser popularizado. (BRACELPA)

    Em 1889, após algum desenvolvimento tecnológico, foi iniciada a mais

    antiga fábrica de papel em funcionamento. A empresa Melchert & Cia deu início

    ao empreendimento que continha uma fábrica abastecida pela energia hidráulica

    proveniente do rio Tietê e funciona até os dias de hoje. (BRACELPA)

    Segundo levantamento da BRACELPA, o Brasil aumentou a produção de

    papel em 27% entre 2003 e 2013 (Gráfico 1). Chegando a produzir em 2013,

    quase 10,5 milhões de toneladas de papel, impulsionado pelo desenvolvimento

    socioeconômico e o aumento de renda da população que resultou em mais

    consumidores de livros, cadernos, jornais, revistas e embalagens de alimentos e

    remédios. O Brasil é o nono maior produtor de papel do mundo, segundo o último

    levantamento de 2012 da BRACELPA (Tabela 1).

  • 16

    Gráfico 1 – Evolução da Produção Brasileira de Papel entre 2003 e 2013.

    Fonte: Publicação mensal da Associação Brasileira de Papel e Celulose – MAR 14

    Tabela 1 – Ranking dos principais produtores de Papel no Mundo

    Fonte: Publicação mensal da Associação Brasileira de Papel e Celulose – MARÇO 14

  • 17

    A Industria que será citada nesse trabalho, receberá o nome fictício de

    “PAPER” foi criada em 1924 e teve sua primeira sede de produção de Papel

    apenas em 1939 no bairro do Ipiranga em São Paulo. Hoje a companhia tem

    unidades nas cidades de Suzano (SP), São Paulo (SP), Embú (SP), Mucuri (BA) e

    Imperatriz (MA) e é a maior produtora de papel da América Latina e a segunda

    maior produtora de celulose no mundo.

    Em 2013, a PAPER vendeu 1,3 milhão de toneladas.

    2.2 Sistemas Just in Time

    Antes da crise do petróleo de 1973, tínhamos um mercado em expansão

    onde a indústria ditava o que seria consumido pelo mercado. No entanto, o

    cenário econômico mudou e o mercado passou a estipular o que queria consumir,

    assim o ciclo de vida dos produtos diminuiu e a variedade de aumentou. Além

    disso, nos países industrializados as pessoas já possuíam os produtos usuais e

    para continuar a incentivar o consumo, a indústria tinha que oferecer mais e mais

    variedade. (YAMASHINA, 1988)

    Segundo DENNIS (2008) Just-in-Time significa produzir o item necessário

    no exato momento e quantidade em que são necessários – não antes ou em

    maior quantidade para que não formem estoques, mas que também não faça o

    cliente esperar.

    A maioria das empresas acredita que é mais fácil programar corridas

    longas de um mesmo produto e evitar trocas, porém se paga muito caro por isso,

    os lead times de atendimento de pedido aumentam muito e torna-se complicado

    atender a demanda dos clientes por produtos diferentes. O JIT, também chamado

    de sistema puxado, possui maiores trocas de produto em produção para atender

  • 18

    a variedade de pedidos dos clientes. Para isso reduz o tempo de ciclo, reduz a

    despesa com operações através da redução do estoque, melhora a qualidade

    (defeito zero), a ergonomia (lotes menores) e a segurança (menos estoque,

    menos empilhadeiras). (DENNIS, 2008)

    Para CORRÊA E GIANESI (1993), os problemas de produção como por

    exemplo problemas de qualidade e de quebra e preparação da máquina são

    camuflados por altos estoques em cada parte do processo. Assim, se ocorre

    qualquer parada no meio do processo, as demais etapas produtivas podem

    consumir o estoque. No entanto, o objetivo da filosofia JIT é exatamente reduzir

    os estoques para gerar visibilidade nos problemas reais e corrigi-los. Ou seja,

    melhorar continuamente o processo e não disfarçar baixa qualidade e

    produtividade com estoques altos.

    A filosofia JIT aplicado a um sistema de manufatura tem como objetivos

    otimizar processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios.

    Para Shigeo Shingo – autoridade reconhecida em JIT – existem sete tipos de

    desperdícios que devem ser sanados: de superprodução, espera, transporte,

    processamento, movimento, estoque e de produzir produtos defeituosos.

    CORRÊA E GIANESI (1993)

    2.2.1 Impactos do sistema Just in Time no atendimento de pedido

    Tony Arnold (1999) define o atendimento de pedido como a capacidade de

    uma empresa de entregar o que o cliente precisa, quando ele precisa, enquanto o

    objetivo da administração de estoques é oferecer esse atendimento com o menor

    estoque possível, buscando a redução de custos causados pela armazenagem.

    A ausência ou diminuição do estoque, no entanto, gera um grande

    problema, quando tratamos de uma indústria em que há muita quebra de máquina

    e tem problemas em seguir a sequência de fabricação. Isso porque, quando se

  • 19

    deixa de produzir um determinado pedido, não há estoque para garantir que o

    cliente irá receber o seu produto no prazo estipulado. Sendo assim, qualquer

    problema de produção tem impacto direto no cliente. (DENNIS, 2008)

    Por esse motivo, o sistema JIT, busca também a qualidade e o defeito

    zero, através de manutenção preventiva que oferece mais confiabilidade aos

    processos, eliminação/redução de todas as perdas no processo através de uma

    forte gestão de pessoas, além de treinamento dos colaboradores afim de que

    estejam prontos para identificar rapidamente a fonte de problemas na produção e

    corrigi-los, afim de reduzir-se o tempo do processo. (DENNIS, 2008)

    Com o aumento da variabilidade de produtos, temos enfrentado um cenário

    onde a previsão de demanda se torna bastante complexa. Portanto, segundo

    Yamashima(1999) existem duas opções para atender ao mercado com rapidez,

    variedade, preço e qualidade:

    1- Manter um elevado estoque de produto acabado: com a desvantagem

    do alto custo de armazenagem, comprometendo o capital investido e o

    risco de encalhes. Sendo assim, não se trata de uma boa opção.

    2- Rapidez no atendimento de pedidos e reposição de produtos conforme

    as exigências dos clientes que são garantidas pelo aumento de

    produtividade, redução no tempo de produção, contratação de mão de

    obra especializada, treinamento de pessoas e aplicação de processos

    de melhora contínua em toda a linha. Assim os pedidos podem ser

    entregues em um tempo calculado com um preço justo e qualidade.

    Sendo assim, para a implementação do sistema JIT, é necessário entender

    que o tempo para atendimento de pedidos será maior, porém ao mesmo tempo os

    custos de produção e armazenagem serão muito menores e a qualidade do

    produto também será melhor e com menos perdas. Porém, é importante ressaltar

    que para se tornar competitiva no mercado, as empresas precisam garantir que

    estão trabalhando com o menor lead time de produção, respeitando a melhor

    flexibilidade da linha para atender a variabilidade dos pedidos.

  • 20

    Contudo, numa indústria de papel que sofre com muitas quebras e

    dificuldades de atender os pedidos no tempo certo, necessita de uma demanda

    estabilizada para que suas necessidades sejam planejadas corretamente e assim

    possam ser produzidas com excelência. Caso contrário, é necessário manter um

    estoque maior de produto acabado, que aborde toda a variabilidade da demanda

    em quantidade “de segurança”.

  • 21

    3 METODOLOGIA

    Nesse trabalho, procura-se analisar os aspectos qualitativos das quebras

    no atendimento de pedido em uma indústria de papel. Com o objetivo de mostrar

    saídas já desenvolvidas para melhorar o atendimento e também propor outras

    formas de sanar as principais causas das quebras.

    O caso foi observado e estudado durante o período de estágio da presente

    aluna, onde também a aluna participou da implementação da ferramenta e pode

    propor melhorias ao processo junto com os times de Demanda, Produção e

    Planejamento de Operações – área em que foi feito o estágio.

    Foster (1972 apud COUGHLAN E COGHLAN, 2002) define a pesquisa-

    ação a partir de 4 características principais:

    Pesquisa em ação ao invés de pesquisa sobre ação;

    Participação;

    No momento da ação;

    Uma sequência de eventos e uma abordagem para solucionar

    problemas.

    Ainda define que existe um ciclo de estudo caracterizado por quatro

    passos: planejamento, tomada de decisão (ação) e avaliação do resultado que

    leva a um novo planejamento. Sendo assim, a pesquisa-ação é sequencia desse

    ciclo que leva a resolução do problema.

    No presente trabalho foram seguidos os seguintes passos:

    1- Observação dos problemas no atendimento de pedidos;

    2- Criação de nova ferramenta para acompanhamento dos status dos

    pedidos online;

    3- Implementação da nova ferramenta no dia-a-dia dos programadores de

    acabamento;

  • 22

    4- Desenvolvimento de soluções junto com a produção para bloqueio de

    excedentes e de criação de uma nova cultura com foco no atendimento

    de pedidos;

    5- Reuniões semanais com a produção para mostrar os impactos no

    atendimento dos pedidos;

    6- Análise de dados para entender os impactos das mudanças criadas.

    A presente aluna teve participação direta nas etapas de implementação da

    nova ferramenta e da procura de novas soluções junto a produção. Durante todo

    o processo houve a colaboração dos programadores e da gerência do

    Planejamento de Operações da empresa PAPER.

    Os dados analisados foram a variação do semi acabado e a porcentagem

    de pedidos atendidos na data e na quantidade pedida. Para conseguir esses

    dados foram utilizadas bases do SAP e a própria ferramenta de atendimento de

    pedidos.

    A metodologia usada nesse trabalho, portanto, é “Pesquisa Ação”.

  • 23

    4 SISTEMA DE PRODUÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS

    4.1 Estrutura da empresa

    Para o entendimento do sistema de produção, é necessário o

    conhecimento da estrutura da empresa em questão, a “PAPER”. Isto é, saber o

    caminho que o pedido do cliente percorre até que ele receba o produto no final do

    ciclo, conforme mostrado na figura 1.

    Figura 1 – Sistema produtivo na Indústria de Papel “PAPER”.

    Fonte: a própria autora.

    No final de cada mês, a área de Planejamento de Demanda define uma

    curva de produção. Nessa curva, estará definido quando e quanto será produzido

    de cada produto dentro do mês seguinte e também a cota de produção de cada

    produto que será destinado para cada divisão de venda.

    Assim, a partir dessa divisão de cotas, inicia-se todo o processo da entrada

    do pedido de produção até a sua entrega para o cliente.

  • 24

    4.2 Entrada do pedido

    A “PAPER” possui quatro divisões de vendas: distribuição, consumo,

    conversão e embalagem. Cada uma dessas divisões tem vendedores que

    cadastram todos os pedidos dos clientes em um banco de dados. Esses pedidos

    são enviados a Demanda que transforma aqueles pedidos em ordens de

    produção para a próxima corrida.

    Por vezes, as divisões vendem mais do que a cota de produção, nesse

    caso os vendedores precisam negociar novos prazos com os clientes e alguns

    pedidos são colocados na corrida do mês seguinte. No entanto, algumas vezes

    para atender pedidos especiais, onde o ganho financeiro será grande, aumenta-

    se a cota de produção de um determinado produto.

    4.3 Demanda

    A área de Demanda, após juntar todos os pedidos de cliente cadastrados

    pelas divisões de vendas, analisa a formação de um bloco de produção de um

    determinado produto em uma certa gramatura. Nesse primeiro, momento será

    negociado com as divisões o quanto poderá ou não ser produzido naquele mês e

    quais pedidos serão atendidos e quais deverão ser renegociados os prazos com

    os clientes, pois só poderão ser produzidos na próxima produção daquele

    determinado produto.

    Após as negociações iniciais, os analistas de Demanda montam os blocos

    de produção. Nessa etapa são analisadas as combinações de largura e diâmetro

    da bobina de acordo com os pedidos cadastrados e a capacidade da máquina de

  • 25

    papel. Após fechado o bloco de produção, esses são enviados aos analistas de

    Planejamento de Operações.

    4.4 Planejamento de Operações

    Os analistas de Planejamento de Operações, ao receberem os blocos de

    produção, montam a programação na máquina de papel. As combinações

    enviadas pela Demanda, são analisadas, afim de buscar a melhor produção na

    máquina de papel. Nessa etapa, procura-se aproveitar ao máximo a largura da

    máquina, isto é, busca-se fazer a melhor combinação para se obter a máxima

    produtividade.

    Muitas vezes, com os pedidos do bloco, fica impossível fazer uma boa

    combinação na máquina. Ou seja, as combinações não aproveitam a largura total

    da máquina ou não respeitam a subida/descida de gramatura. Para evitar um

    número muito grande de parada da máquina o ideal é que se produza a mesma

    família de produto subindo ou descendo a gramatura sequencialmente. Além

    disso é muito importante que haja um balanceamento entre bobinas, resmas e

    skids para que as cortadeiras não fiquem ociosas, mas que também não fiquem

    sobrecarregadas demais.

    Nos casos em que os programas não atendem esses pré-requisitos, são

    enviadas a Demanda, opções de combinação que melhorariam a produção.

    Esses por sua vez, negociam com os vendedores algum pedido que tenha ficado

    incialmente fora do bloco de produção, mas que serão produzidos para melhorar

    a produtividade da máquina.

    Quando tudo está resolvido, o programa é cadastrado e enviado a

    produção. Todos os dias, a Produção e a Demanda recebem do Planejamento de

    Operações um calendário de cada máquina com as datas, horários e quantidades

    que cada produto que já está programado e deve ser produzido conforme mostra

    a Figura 2.

  • 26

    Figura 2 – Calendário de planejamento de produção da máquina 5 na empresa PAPER

    Fonte: a própria autora

    Ainda no Planejamento, os produtos que passarão pelo processo de corte

    (skids ou resmas) são distribuídos entre as cortadeiras de acordo com o tamanho

    da bobina e o produto.

    Também é tarefa do Planejamento de Operações o controle do

    atendimento de pedidos. Isto é, todos os dias, os programadores analisam os

    pedidos em relação a data que devem ser atendidos, a quantidade que deve ser

    produzida e em que etapa do processo está.

    Cabe ao programador ainda, o controle do semi acabado ruim. Isto é, o

    controle das bobinas que saem de máquina e que não podem seguir o processo

    normal de acabamento pois apresentam algum problema de qualidade. Nos casos

    das bobinas de sobra ou de aproveitamento, ou seja, aquelas que apresentam

    problemas mas que ainda podem ser utilizadas, cabe ao programador enviar

    combinações possíveis aos analistas de Demanda, para que esses enviem

  • 27

    pedidos de aproveitamento com tamanhos de alta demanda. Assim, cria-se um

    estoque de produto acabado que será rapidamente consumido.

    4.5 Produção

    Após receberem o calendário e a programação, inicia-se o processo de

    produção. É nessa etapa que os problemas de quebra de pedido e atraso na

    entrega começam a ser gerados. Na saída da máquina de papel, após a formação

    e secagem da folha, essa vai para uma rebobinadeira para ser novamente

    rebobinada e cortada em bobinas menores.

    Por diversos problemas, como quebra da máquina ou matéria prima com

    problema de qualidade, algumas vezes torna-se impossível produzir alguns tipos

    de papel ou gramatura. Esse problema é bastante recorrente em gramaturas mais

    baixas em que a formação do papel é mais sensível e a quebra é maior. Nesse

    caso, é feita uma alteração na sequência de produção até que a máquina

    normalize e consiga produzir novamente de acordo com a curva antes

    estabelecida.

    Como, na maioria dos casos, os problemas são descobertos na metade da

    corrida de um determinado produto, por vezes a produção não volta para produzir

    o saldo ou demoram dias para voltar a produzi-lo. Assim, muitos pedidos acabam

    não sendo atendidos ou são atendidos com um enorme atraso.

    Outro problema causado pela descoberta tardia do problema na máquina

    de papel é a produção de bobinas inadequadas para uso por problemas de

    qualidade. Essas bobinas são divididas em status de acordo com a sua qualidade.

    Quando é possível utiliza-la em aproveitamento, isto é, a bobina não está

    adequada para seguir o processo normal, mas em caso de reprocesso em que a

    preocupação com perda é menor e o trabalho de acabamento é feito com maior

  • 28

    cuidado no quesito controle da qualidade, ela está apta a ser utilizada, a bobina é

    colocada em status “W”.

    No sentido oposto, mas que também se mostra um problema, quando a

    produção está boa, produz-se mais bobinas do que o necessário. Isso acontece

    principalmente porque as metas da produção envolvem apenas produtividade e

    não atendimento de pedido, portanto quando a produtividade da máquina está

    indo bem (principalmente altas gramaturas que tem poucas quebras e peso

    maior), a produção continua com a corrida ao invés de seguir o planejamento para

    aquela máquina. Quando as bobinas passam pela balança e atinge-se o peso do

    pedido, as bobinas em excedente são bloqueadas automaticamente, mudando

    para o status “S” (sobra). Essas bobinas também serão usadas em

    aproveitamentos.

    As bobinas que saem da máquina de papel já no tamanho do corte ou no

    tamanho de serem embaladas (no caso de pedido de bobina) são enviadas ao

    acabamento.

    4.6 Acabamento

    Existem 4 tipos diferentes de acabamento na empresa “PAPER”:

    Embalagem de bobinas: no caso de pedidos de bobina, as bobinas

    que saem da máquina de papel em bom estado são embaladas, pesadas e

    estão prontas para serem enviadas aos clientes;

    Corte de bobina: quando há quebra de algum pedido, ou

    necessidade de aproveitamento para formação exclusivamente de bobinas,

    estas passam por uma cortadeira que faz o mesmo processo final da

    máquina de papel, ou seja, rebobina e corta a bobina em bobinas menores.

    Após essa etapa a bobina de interesse passa pela embalagem de bobinas;

    Skids e Resmas: para esses casos, o sistema de corte é o mesmo.

    Os pedidos que já foram sequenciados por nível de prioridade no

    atendimento e visando o aumento da produtividade da cortadeira, são

  • 29

    cortados nos respectivos formatos. Para o caso de skids, após essa etapa

    são levados diretamente para o “stretch” onde o papel é embalado. Já as

    resmas são dividas e embaladas a cada número de folhas, selecionada pelo

    cliente, em pacotes menores. Esses então são enviados ao “stretch” onde o

    pallet completo é embalado.

    No fim dos processos de embalagem, os produtos são pesados e liberados

    para seguirem para logística, que será responsável por entrega-lo ao cliente e

    faturar aquele produto.

    Nessa etapa, podemos identificar algumas outras causas de quebras no

    atendimento de pedido. Durante o transporte das bobinas da máquina de papel ao

    acabamento ocorrem as primeiras quebras. Muitas bobinas são batidas e

    amassadas nessa etapa, gerando bobinas sem condições de uso. Quanto mais

    alto está o volume de semi acabado, tanto o bom (para corte) quanto o ruim

    (aproveitamento, sobra e refugo) maior é a dificuldade de movimentação das

    bobinas que saem da máquina, pois a área fica lotada. Assim, quando o semi

    acabado está muito alto tende-se a aumentar o número de quebras.

    Outro problema encontrado no processo do acabamento são as limitações:

    determinadas gramaturas só cortam acima de 3 bobinas, algumas larguras são

    impossíveis de cortar ou só cortam em determinadas cortadeiras.

    4.7 Logística

    Cabe a Logística levar o produto acabado até o cliente e fatura-lo.

    Buscando-se entregar nas datas negociadas com clientes, respeitando as datas e

    horários de embarcações

    Também é responsabilidade da logística garantir que todo o material

    necessário para produção, chegue no momento certo na sua respectiva etapa de

    produção. Dessa forma, essa área deve analisar o tamanho de estoque de

    segurança necessário para que não seja necessário parar a produção caso ocorra

  • 30

    algum problema, mas que também não seja grande demais para que gere

    prejuízos a companhia.

    4.8 Atendimento de Pedido

    O conceito de atendimento de pedido pode variar em cada indústria, mas

    na “PAPER”, que está sendo analisada, é considerado que um pedido foi atendido

    quando o mesmo for finalizado no processo produtivo, isto é, pesado após a

    embalagem final, na data estipulada e com a quantidade solicitada pelo cliente

    (considera-se uma margem de 5% para mais ou para menos para pedidos até 50

    toneladas e 3% para pedidos maiores).

    A data dada para o atendimento de pedido é definida de acordo com a

    sequência de produção. Quando o analista do Planejamento de Operações fecha

    um bloco de produção, ele informa ao sistema que data aquele produto sairá da

    máquina de papel. O sistema por sua vez dá a data para cada pedido de acordo

    com o seu acabamento, da seguinte maneira:

    Bobina: 3 dias

    Skids: 7 dias

    Resmas: 9 dias

    Dessa forma após sair de máquina os pedidos devem ser atendidos de

    acordo com essa régua de acabamento.

    O gráfico 2, mostra que desde do início do ano houve uma considerável

    melhora no atendimento de pedido.

    Assim, podemos dizer que o trabalho desenvolvido em 2013 – e que será

    mostrado nesse trabalho - está oferecendo grande melhora na entrega do pedido

    ao cliente.

  • 31

    Gráfico 2 - Atendimento de pedido de clientes no ano de 2013.

    Fonte: a própria autora.

    A tabela 2, mostra o atendimento de pedido de clientes no mês de

    setembro de 2013 e as metas de cada uma das máquinas da unidade de Suzano

    da empresa “PAPER”. As metas do ano de 2013 foram calculadas da seguinte

    forma: a média de atendimento em 2012 acrescida de 5%. Dessa forma, pode-se

    dizer, que para essa unidade, houve grande melhora.

    Tabela 2 - Atendimento de pedidos de Set/13 na Unidade Suzano.

  • 32

    Fonte: a própria autora

    4.9 Quebras

    É considerado como quebra, pedidos que não puderem ser atendidos na

    quantidade pedida e não tiver bobinas em status S e W em estoque para atendê-

    lo. Dessa forma será necessário esperar que esse produto entre novamente em

    produção na máquina para que seja atendido.

    Fabrica Máquina Atendidos % Não Atendidos Total ST Real Setembro % Meta 2013

    Su

    za

    no

    4 178 76% 55 233 ▲ 76,4% 33,0% 43,4%

    5 32 65% 17 49 ▲ 65% 22,2% 43%

    6 374 54% 319 693 ▲ 54,0% 1,9% 52,1%

    7 70 70% 30 100 ▲ 70% 15,7% 54%

    8 67 59% 46 113 ▲ 59% 23,2% 36%

    Total 721 60,7% 467 1188 ▲ 61% 13,9% 47%

  • 33

    5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

    5.1 Criação de uma ferramenta para acompanhamento dos pedidos

    Como e para que é usada?

    Para melhorar o atendimento de pedido, a primeira ferramenta criada foi

    uma base online com todos os pedidos de clientes. Nessa ferramenta estão todos

    os pedidos dos clientes divididos entre: pendentes de programação e já em

    fabricação.

    Essa ferramenta é muito usada em dois momentos na área de

    Planejamento de Operações:

    Pedidos sem Ordem de Fabricação

    Na criação dos programas da máquina de papel: como já explicado

    anteriormente, muitas vezes os programas enviados pela área de Demanda não

    eram bons para a produtividade da máquina, podendo assim aumentar os riscos

    de quebra e os tempos de parada. Sendo assim, a área de Planejamento buscava

    nessa ferramenta os pedidos pendentes de programação que poderiam

    complementar as corridas. Antes de adicionar esses pedidos aos programas, a

    área de Planejamento precisa entrar em contato com a área de Demanda, que

    por sua vez negocia com o Comercial. Com todos de acordo, os novos pedidos

    podem entrar na corrida de produção.

    Pedidos em processo de fabricação

    No acompanhamento da fabricação. Através dessa ferramenta é possível

    acompanhar online o quanto foi produzido em cada ordem de fabricação. Assim já

  • 34

    é possível saber, antes de chegar no acabamento, se haverá quebras no

    atendimento de pedido e entrar em contato com a Produção para entender o

    porquê de as ordens não terem sido atendidas. Também oferece um panorama

    real para a Demanda e o comercial do que poderá ser atendido.

    Nessa fase ainda, o programador deve colocar a primeira data de entrega

    do produto, baseando-se na data prevista de produção daquele bloco e do fim do

    acabamento.

    Status de Pedidos

    No acompanhamento e atualização dos status dos pedidos. Essa

    ferramenta gera a visibilidade de todos os pedidos de clientes que estão em

    produção e traz informações do tipo: quanto já foi produzido, quanto está

    esperando passar pelo acabamento (cortadeiras e embaladeiras) e quanto já está

    acabado. Também mostra a data que o pedido precisa estar pronto e o desvio de

    produção (para mais e para menos) se ele existir. Conforme imagem abaixo.

    Figura 3 – Ferramenta de atendimento de pedidos

    Fonte: a própria autora.

    Esta função da ferramenta será foco desse trabalho devido ao seu uso

    como controle no atendimento de pedido.

    É de responsabilidade do programador de acabamento interno,

    acompanhar o atendimento de pedidos diariamente através dessa ferramenta.

    Sendo assim, todos os dias, o programador faz o download de todos os pedidos

    Data de

    Criação Pedido Cliente Papel Acabamento Largura

    Diam/

    Compr

    Qtd.

    Ped./t

    Qtd. Prog.

    Bobina/t

    Qtd. Prog.

    Corte/t Atendido/t

    Corte

    G/t

    Corte

    W/t

    Emb

    G/t

    Emb

    W/t

    Saldo

    Atual

    Data de

    Entrega

    Data de

    Prevista

    Desvio

    Programação

    23/jun/13 11111 A Tipo A Bobina 100 70 34,11 53,5 - 35,2 -1,09 24/jun 24/jun 157%

    23/jun/13 22222 B Tipo A Resma 100 70 15,23 8,4 7,5 7,73 26/jun 26/jun 55%

    23/jun/13 33333 C Tipo C Skid 32 100 40,45 41,34 41,34 40,5 02/jul 30/jun 102%

    23/jun/13 44444 D Tipo B Skid 112 100 99,56 72,23 71 32,6 99,6 30/jun 15/jul 73%

  • 35

    que precisam ser entregues até o final do mês conforme a planilha como na figura

    3, acima.

    Nessa planilha, é possível observar as seguintes informações:

    a- Informações básicas sobre o pedido: Número do pedido, cliente,

    tipo do papel, tipo de acabamento, largura e

    comprimento/diametro, quantidade pedida e data em que o

    pedido deve estar pronto.

    b- Informações sobre o processo de produção: Quanto já foi

    produzido de bobina, o quanto já passou pelo processo de corte

    e de embalagem e o quanto já foi produzido.

    c- Status das bobinas produzidas para aquele pedido e que não

    passaram por nenhum acabamento ainda. Portanto é possível

    saber o quanto foi produzido de bobinas que estão em bom

    estado apenas aguardando passar pelo acabamento, o quanto foi

    produzida com algum tipo de problema e estão disponíveis para

    aproveitamento mas que podem não servir para atender o pedido

    em questão. Também é possível descobrir o quanto houve de

    desvio no programa de produção.

    d- Data prevista para finalização desse pedido. Essa data pode e

    deve ser alterada pelo programador sempre que for constatado

    que não será possível entregar o pedido na data que foi

    solicitado. O programador deve alterar essa informação

    diretamente na ferramenta e com isso, dá a visibilidade para toda

    a companhia de quando esse pedido será realmente entregue.

    Com todas essas informações ainda não é possível saber se o pedido

    poderá ser entregue na data, para isso é necessário trazer do SAP a informação

    da quantidade de bobinas semi-acabadas (sem cortar ou embalar) nos status S,

    W e G para constatar se existe a possibilidade de aproveitamento dessas bobinas

    para atender os pedidos em questão.

  • 36

    Para isso cria-se novas planilhas com todos os tipos de papéis,

    gramaturas, quantidades de bobinas, peso e largura das bobinas. Conforme é

    possível ver na Figura 4:

    Figura 4 – Estoque de bobinas de cada tipo de papel em status S,W e G.

    Fonte: a própria autora.

    É necessário separar o controle das bobinas em status G pois para usá-las

    é preciso checar se os pedidos que elas pertenciam incialmente já foram

    atendidos e as bobinas realmente podem ser usadas para repor quebras de

    outros pedidos.

    Assim, com a informação dos pedidos que não foram atendidos e não

    possuem bobinas no status G ou S e com as informações das bobinas que estão

    disponíveis para aproveitamento (Figura 4) o programador pode realocar essas

    bobinas para atender os pedidos em questão, evitando a quebra. Para isso, o

    programador deve criar uma ordem manual nas cortadeiras (se for o caso de

    resmas ou skids) e nas rebobinadeiras onde são feitos os cortes de bobinas em

    bobinas menores (para o caso de pedido de bobinas).

    Tipo/Largura Soma Contagem Tipo/Largura Soma Contagem

    Tipo A 1050 1 Tipo A 9647 11

    74 1050 1 82,4 6460 8

    Tipo B 30854 23 87 1142 1

    82,4 790 1 96 630 1

    98 28333 21 98 1415 1

    134 1731 1 Tipo D 32286 28

    Tipo C 8759 8 74 718 1

    84 803 1 84 1544 2

    88 7956 7 86 7488 9

    Tipo D 14472 12 90 6649 7

    28 271 1 130 1249 1

    86 839 1 142 2012 1

    87 770 1 154 4287 2

    86 7488 9 168 3198 2

    90 6649 7 179 3486 2

    Status S e W Status G

  • 37

    Em alguns casos, as bobinas que estão no sistema, não são encontradas

    fisicamente, sendo assim é muito importante sempre que criar as programações

    de aproveitamento informar aos responsáveis pelo acabamento as identificações

    das bobinas que devem ser usadas para atender aquele pedido e acompanhar se

    foi possível encontra-las.

    Para criar um pedido manual de aproveitamento, é necessário que tenha

    pelo menos 3 bobinas do mesmo tamanho, para que a perda no processo não

    seja tão grande. Pois as cortadeiras demoram um tempo para ajustar o corte e a

    largura da bobina e a cada troca de largura, portanto, cada vez que é necessário

    usar uma bobina de largura diferente para atender um pedido é necessário parar

    todo o processo e ajustar a máquina para aquele tamanho.

    Pensando no sistema JIT e a ideia do aumento de produtividade e menos

    paradas e perdas, o aproveitamento não é um processo ideal e deve ser utilizado

    conforme a necessidade. Sendo assim, foi estipulado que só seria atendido com

    aproveitamento, pedidos que tivessem quebras acima de 5% para pedidos até 50t

    e 3% para os pedidos que possuem mais de 50t, e que tivessem mais de 3

    bobinas do mesmo tamanho para atendê-lo.

    Ainda assim, em momentos em que temos muitas bobinas saindo das

    máquinas para serem cortadas deixando a área lotada, será priorizado o corte de

    bobinas grandes. Isso porque, quando a área está cheia aumenta muito o risco de

    acidentes e de estragar as bobinas em batidas nas movimentações. Nesses

    períodos, três cortadeiras cortam bobinas grandes de forma a aumentar a

    produtividade e uma cortadeira irá cortar apenas aproveitamento. Mas também há

    momentos em que as cortadeiras estão vazias pois as máquinas estão

    produzindo bobinas e nesses casos os aproveitamentos garantem que não seja

    necessário parar completamente as máquinas.

  • 38

    Atualização dos Status e datas

    Após verificar o status de cada pedido, o programador deve voltar na

    ferramenta online e atualizar o status do pedido para gerar visibilidade a

    Demanda e área comercial. Dessa forma, eles podem reprogramar as quebras

    com mais rapidez e passar para os clientes a real situação dos pedidos.

    O programador deve atualizar os pedidos conforme os status abaixo:

    Tabela 3 - Status de pedidos na ferramenta de controle de atendimento

    Fonte: a própria autora.

    Alguns pontos devem ser destacados da tabela acima:

    Os status: “não confirmado”, “planejado”, “programado” e “acabado” são

    atualizados automaticamente pelo sistema quando os pedidos sobem para

    Status Descrição

    acabadopedido em fase acabamento; aguardando análise do programador de operações, que

    identificará se ainda existe semi acabadou ou não, para completar o saldo.

    aprovar reprogramaçãopedido com quebra, aguardando análise e aprovação da área comercial sobre a

    necessidade de reprogramação do saldo.

    liquidado pedido já encerrado.

    não confirmadopedido criado no SAP, porém ainda não foi confirmado em nenhum bloco de

    produção

    planejadoPedido incluso dentro de um bloco de produção, porém ainda não está programado (com OF criada), o que significa que ele pode ou não, ser produzido nessa corrida.

    Necessário confirmar a produção do mesmo, junto a area de Demanda

    programadoPedido incluso dentro de um bloco de produção e com OF já criada, o que significa

    que está confirmada sua produção naquela corrida.

    reprogramação aprovada / liquidadaPedido que teve quebra, porém já foi aprovado ou reprovado pela área comercial a

    produção do saldo.

  • 39

    a ferramenta, são adicionados a uma ordem de fabricação ou quando

    entram em produção.

    Os status “aprovar reprogramação” e “liquidado” devem ser colocados pelo

    programador informando a demanda que o pedido foi finalizado com

    sucesso ou que precisam ser reprogramados. Quando existem bobinas no

    semi acabado para atender os pedidos, deve-se atualizar a data de

    atendimento e criar o aproveitamento do pedido. O status “aprovar

    reprogramação” só deve ser dado aos pedidos que não puderem ser

    atendidos com as bobinas produzidas e nem com o semi acabado

    existente e, portanto, precisam entrar em produção novamente. Para isso é

    necessário a aprovação da Demanda, que irá analisar se vale retornar

    aquele produto em máquina e/ou se o cliente irá esperar até a próxima

    corrida daquele produto.

    Por fim, os status “reprogramação aprovada” e “liquidado” são dados aos

    pedidos pela Demanda que irá avaliar se vale ou não produzir o saldo

    daquele cliente.

    Por fim, junto a atualização dos status, o programador ainda deve fornecer

    a data de prontidão dos pedidos para aqueles que estiverem desatualizados. No

    final de cada dia, nenhum pedido em fabricação deve ter data de prontidão no

    passado. As datas de prontidão deve ser a melhor estimativa da data em que o

    produto estará pronto e devem considerar as datas de programação do

    acabamento.

    Ordem de prioridade

    Durante a análise dos pedidos e quando for decidir qual pedido deverá ser

    priorizado no atendimento desde a programação no acabamento até os casos de

    aproveitamento, o programador deve seguir a seguinte lógica:

  • 40

    1. Primeiramente, os pedidos de exportação, depois os pedidos de

    clientes do mercado interno e por fim os pedidos de reposição de

    estoque

    2. Depois deve se organizar por data de entrega, ou seja, a data em

    que o pedido deveria estar pronto.

    Acompanhamento e impactos na produção

    É obrigação do programador ponderar o atendimento de pedidos com o

    acompanhamento da produtividade da produção (principalmente do acabamento).

    Isto é, o programador deve analisar:

    Quantas máquinas estão produzindo papel para corte e embalagem

    no momento;

    Quantas toneladas de papel que serão liberados para os próximos

    dias que passarão no acabamento;

    Quantas toneladas de papel estão nos status de aproveitamento (S,

    W e G de pedidos que já foram finalizados);

    Quantos pedidos tiveram quebras e possuem volume de

    aproveitamento para atender

    Todas essas informações versus a produtividade das cortadeiras, ajudam o

    programador a tomar a decisão de quantas cortadeiras serão destinadas apenas

    a aproveitamento para atendimento de pedidos, seguindo as regras da produção

    já apresentadas.

    Quando mais de uma máquina estão produzindo bobinas para o

    acabamento, normalmente evita-se cortar bobinas de aproveitamento para que as

    bobinas que saem fiquem o menor tempo possível parada na área para evitar

    diversos tipos de problema, como por exemplo:

    Perda de bobinas. Por falta de espaço na área os operadores

    acabam colocando bobinas em lugares longe do acabamento e

  • 41

    longe do resto da produção, dessa forma, e devido a falta de

    organização, muitas bobinas ficam perdidas e os pedidos deixam de

    ser atendidos.

    Machucado/Batidas: quando a área de produção fica lotada, torna-

    se um problema a movimentação de bobinas e aumenta-se o risco

    de acidentes e batidas. Assim, muitas vezes bobinas se perdem com

    machucados que tornam impossível recuperar.

    Umidade: quando as bobinas ficam expostas durante muito tempo,

    correm o risco de absorver umidade do meio ambiente, ficando, em

    alguns casos, impossível o corte.

    No entanto, quando as quebras estão muito altas, principalmente em

    pedidos de exportação e temos papel para aproveitamento, procura-se atender

    esses pedidos colocando-os na programação da máquina de forma que haja

    pouco impacto na produtividade. Ou seja, perto de bobinas de tamanho próximo e

    que serão cortadas no mesmo formato, usando o mesmo número de facões.

    5.2 Criação de nova cultura na produção

    É impossível ter sucesso no atendimento de pedidos sem a cooperação

    entre a área de Demanda, Planejamento e Produção. A maior resistência

    encontrada na aplicação dessa nova solução foi encontrada na produção devido

    principalmente no impacto que isso trazia para a produtividade. Até a criação

    dessa nova cultura de foco no cliente, era muito comum a produção de muito

    excedentes quando a máquina estava produzindo bem um tipo de papel,

    principalmente quando se tratava de alta gramatura (produtividade é calculada em

    toneladas, portanto quanto maior a gramatura, melhor a medida, além de as

    gramaturas maiores gerarem menores quebras na produção). Por outro lado,

    também era comum a produção não seguir com os programas de gramatura

  • 42

    menor quando essas estavam gerando muitas quebras. Assim, a produtividade

    era grande, mas o atendimento de pedidos atingia preocupantes 37%.

    O Planejamento de Operações passou então a fazer um trabalho de

    conscientização explicando os impactos negativos que estávamos tendo para o

    cliente quando não atendíamos os seus pedidos em um prazo e quantidade

    razoável. Para isso, era feito reuniões semanais com gerentes e supervisores de

    produção para mostrar os principais pedidos que não foram entregues no prazo e

    quantidade na semana anterior e o acompanhamento do número no mês.

    Também foi solicitada durante essas reuniões com a produção, que

    refugassem as bobinas que não existiam fisicamente, fossem muito pequenas,

    estivessem muito machucadas para aproveitamento ou que tivessem mais de 100

    dias, pois geravam falsa visibilidade no sistema e por vezes eram consideradas

    para aproveitamento, quando na verdade não estavam disponíveis para uso. Com

    a limpeza dessas bobinas, o programador teria certeza que as bobinas que

    estavam no sistema realmente estavam disponíveis para corte e o pedido para a

    qual estava sendo destinado realmente seria atendido.

    Por fim, foi solicitado o bloqueio de todas as bobinas que eram produzidas

    em excesso, assim quando o pedido excedia em até 5% o peso solicitado, não

    era possível adicionar mais nenhum volume. Portanto, quando um determinado

    produto, por conta da boa produtividade, era produzido além do que foi pedido,

    esse produto ficava como semi acabado o que também impactava o número da

    máquina, ou seja as metas da produção.

    Assim que essa medida foi implementada, houve um aumento grande do

    semi acabado, por isso tivermos que agir para diminuir esse número. Porém, foi

    muito eficaz na conscientização, pois começou a impactar as medidas da

    produção e logo tivemos uma queda brusca de produto excedente de 470t/mês

    para 190t/mês.

  • 43

    5.3 Criação de pedidos de reposição de estoque com alta rotatividade

    para aproveitamento

    Com o intuito de consumir as bobinas de sobra principalmente (bobinas

    que estão em excelente estado e apenas foram produzidas em excesso), diminuir

    o semi acabado, limpar a área e evitar que essas bobinas sejam degradadas na

    área e se percam, os programadores do Planejamento devem fazer

    semanalmente um levantamento de todas as bobinas no status S, que não

    atendem nenhum pedido e não servem para aproveitamento em nenhum pedido

    já existente no sistema da seguinte forma:

    Reúne as bobinas que atendem aos pré-requisitos acima e que

    possuem mais de 4 unidades (quantidade considerada mínima para

    as cortadeiras);

    Verifica qual tamanho padrão de corte as bobinas podem ser

    cortadas sem que haja uma perda muito grande de papel. (Ex: 66,

    76, 96,112 cm);

    Confirma com a produção que essas bobinas existem fisicamente e

    estão em bom estado para serem utilizadas;

    Envia um e-mail para a Demanda com as informações do tipo de

    papel, formato padrão e peso (Kg) para que, se possível, sejam

    criados os pedidos de estoque.

  • 44

    Figura 5 - Informação enviada para a Demanda com as bobinas em status S para

    aproveitamento

    Fonte: a própria autora.

    Através da visibilidade de rotatividade e demanda de cada produto em

    cada formato, a Demanda envia os pedidos para que o programador crie

    manualmente e programe o corte e embalagem.

    Esse procedimento, ajudou a diminuir muito o semi acabado e a evitar a

    perda de bobinas.

    Tipo/Largura Soma Contagem Tamanho padrão Peso Total

    Tipo A 10500 10

    74 10500 10 66X96 10.500

    Tipo B 47560 37

    82,4 7110 9 76X112 7.110

    98 28333 21 96x66 28.333

    134 12117 7 66x96 12.117

    Tipo C 11971 12

    84 4015 5

    88 7956 7

    Tipo D 20297 24

    87 6160 8

    86 7488 9

    90 6649 7

    Total para aproveitamento: 90.328

    Tipo D

    DemandaStatus S

    11.971

    20.297 76x112

    76x112

    Tipo A

    Tipo B

    Tipo C

  • 45

    6 CONCLUSÃO

    Através das melhorias apresentadas por esse trabalho, a indústria em

    questão teve um aumento no atendimento de pedido, saindo de 37% em 2012,

    subindo para 48% em junho de 2013 e chegando a 67% no final de 2013.

    Além disso teve ganhos indiretos:

    Diminuição do volume de semi acabado, ou seja, do volume de

    estoque entre as etapas de produção;

    Menos parada no acabamento ocasionado pela falta de papel – falta

    de balanceamento no planejamento. No lugar de paradas,

    aproveitamentos;

    Menor perda de papel, agora os produtos que antes eram refugados

    ou processados em quantidade maior que os pedidos são

    reaproveitados em pedidos reais que irão atender a demanda;

    Com o semi acabado mais baixo a área de produção ficou mais livre

    e há maior segurança para movimentação de bobinas sem acidentes

    ou batidas. O que além de ser importante para segurança das

    pessoas diminui a quantidade de perdas de produto por acidentes;

  • 46

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL. Publicação mensal da

    Associação Brasileira de Celulose e Papel – Março/2014 . Disponível em:

    Acesso em:

    01 jun 2015.

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL. História do início da

    produção de papel. Disponível em:

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    numa empresa Just InTime. 2008. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso

    (Bacharel em Administração de Empresas). – Centro Universitário Eurípides de

    Marília, Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha, Marília, 2008.

    CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações. 2ª

    ed. São Paulo, Atlas, 2008.

    CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Just in time, MRP II e OPT: Um enfoque

    estratégico. 1ª ed. São Paulo, Atlas, 1993.

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    Patrimoniais. 1ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002.

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  • 47

    UHLMANN, G. W. . Administração: Das Teorias Administrativas à

    Administração Aplicada Contemporânea. São Paulo, 1997.

    YAMASHINA, H. JOT- Just on Time: No Tempo Certo, Quantidade e

    Qualidade Certas com Sincronismo Total. 1ª ed. São Paulo, IMC Internacional

    Sistemas Educativos Ltda., 1988