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0 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO MESTRADO EM HEBIATRIA FABRÍCIA SOARES RODRIGUES NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DE ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE CAMARAGIBE-PE 2015

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO

MESTRADO EM HEBIATRIA

FABRÍCIA SOARES RODRIGUES

NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DE

ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE

CAMARAGIBE-PE

2015

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FABRÍCIA SOARES RODRIGUES

NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DE

ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE

Dissertação apresentada ao Programa de Mestradro em Hebiatria da Faculdade de

Odontologia da Universidade de Pernambuco, como requisito para obtenção

do título de mestre em Hebiatria.

Orientadora: Profa. Dra. Mônica Vilela Heimer

CAMARAGIBE-PE

2015

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FABRÍCIA SOARES RODRIGUES

NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DE

ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE

Dissertação apresentada ao Programa de Mestradro em Hebiatria da Faculdade de

Odontologia da Universidade de Pernambuco, como requisito para obtenção

do título de mestre em Hebiatria.

Data de aprovação:____/____/________

BANCA EXAMINADORA:

Profa. Dra. Mônica Vilela Heimer (Orientadora)

(FOP/UPE)

Profa. Dra. Valdenice Aparecida de Menezes (Membro Titular Interno)

(FOP/UPE)

Profa. Dra.Rosana Christine Cavalcanti Ximenes (Membro titular Externo)

(UFPE)

Profa. Dra. Maria José Rodrigues (Membro Suplente)

(FOP/UPE)

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À minha mãe, por todo seu carinho, incentivo e amor.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que, sempre guiou meus passos e me permitiu mais esta conquista.

A minha mãe Enerilda por toda a sua dedicação a mim e a minha irmã e por

seu imenso amor.

A minha irmã Maria Olívia pelo companheirismo e amizade.

A meu pai Hildomar pelo amor, apoio e compreensão.

A minha tia Jussara pela sua presença sempre alegre em minha vida, pelo

incentivo e apoio em tudo.

A minha orientadora Profa. Mônica Heimer, pelo incentivo, apoio, confiança,

profissionalismo, por estar sempre disponível para tirar minhas dúvidas e pelo

aprendizado que me proporcionou durante esses dois anos de convivência.

A Profa Priscila Prosine que esteve sempre disponível para ajudar.

A colega de orientação Aline, que foi muito importante para realização deste

trabalho, pela amizade e por ter compartilhado todos os desafios da coleta de dados.

A aluna de iniciação científica Thaysa, sempre responsável e comprometida,

pelo seu apoio na coleta de dados.

A todos os professores e demais profissionais do Programa de Mestrado em

Hebiatria da FOP/UPE que contribuíram para o meu crescimento pessoal e

intelectual durante o mestrado.

Aos colegas de mestrado pela convivência, troca de conhecimentos, amizade

e momentos descontração.

Aos amigos e familiares que ajudaram com palavras de incentivo, torcida e

pensamentos positivos.

A todos que de alguma forma contribuíram para o meu sucesso na conclusão

dessa etapa tão importante na minha vida.

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“Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante”

(Antoine de Saint-Exupéry)

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RESUMO

Esta dissertação é apresentada no formato de um conjunto de artigos, sendo

o primeiro uma revisão de literatura sobre o tema em questão, e os outros dois os

resultados desse trabalho. As maloclusões se encontram como um dos principais

problemas bucais entre a população brasileira e estas podem influenciar fatores

psicológicos como qualidade de vida e autoestima, principalmente na adolescência,

onde é dada maior importância a aparência, torna-se importante a avaliação de

como a maloclusão pode influenciar na autopercepção que o adolescente tem de

sua estética dental. O primeiro artigo dos resultados foi relacionado a um estudo

piloto com 107 estudantes, cujo objetivo foi testar os instrumentos e procedimentos

para a realização do estudo principal e realizar a calibração da cirurgiã-dentista

responsável pelo exame clínico no estudo principal. A calibração resultou em kappa

satisfatório de 0,74. O segundo artigo teve como objetivo avaliar a associação entre

necessidade de tratamento ortodôntico e a autopercepção da estética dental em

adolescentes da rede municipal de Recife-PE. Foi realizado um estudo com 625

adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos. As informações coletadas

abrangeram dados sociodemográficos, a classificação econômica da ABEP,

avaliação do autopercepção da estética dental e da necessidade de tratamento

ortodôntico. A prevalência de maloclusão foi de 48,6%, houve associação entre a

autopercepção da estética dental pelos adolescentes com os diferentes níveis de

maloclusão, tanto por meio do OASIS (p< 0,001) como pelo IOTN-AC (p< 0,001),

não houve associação da autopercepção da estética dental com o sexo (p= 0,116) e

nem com a classe socioeconômica (p= 0,113). Conclui-se que houve associação

entre a percepção da estética dental pelos adolescentes com os diferentes níveis de

maloclusão.

Palavras-chave: Autopercepção; estética dentária; adolescente; má oclusão.

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ABSTRACT

This work is presented in the form of a set of articles, the first a literature

review on the topic in question, and the other two the results of this work. The

malocclusions are one of the main dental problems among the Brazilian population

and these can influence psychological factors such as quality of life and self-esteem,

especially in adolescence, which is given greater importance to appearance, it is

important to evaluate how malocclusion may influence the perception that

adolescents have of your dental aesthetics. The first article of the results was related

to a pilot study with 107 students, in order to test the instruments and procedures for

conducting the main study and perform the calibration of dentists responsible for the

clinical examination in the main study. The calibration resulted in satisfactory kappa

0.74. The second study aimed to evaluate the association between orthodontic

treatment need and self-perception of dental aesthetics in adolescents from

municipal Recife. A study was conducted with 625 adolescents aged between 12 and

15 years. The information collected covered sociodemographic, economic

classification ABEP, evaluation of the self-perception of dental aesthetics and need

for orthodontic treatment. The prevalence of malocclusion was 48.6%, there was an

association between self-perceived dental aesthetics by adolescents with different

levels of malocclusion, both through the OASIS (p <0.001) as the IOTN-AC (p

<0.001), not there was an association of self-perceived dental aesthetics with sex (p

= 0.116) nor with socioeconomic status (p = 0.113). It was concluded that there was

an association between the perception of dental aesthetics in adolescents with

different levels of malocclusion.

Keywords: Self-perception; estheticas, dental; adolescent; malocclusion.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Medição do diastema incisal em milímetros

31

Figura 2 - Medição do desalinhamento anterior com a sonda CPI

32

Figura 3 - Medição do overjet maxilar e mandibular anterior com a sonda CPI

33

Figura 4 - Medição da mordida aberta vertical anterior com a sonda CPI

33

Figura 5 - Avaliação da relação de molar Antero-posterior

34

Figura 6 - Componente Estético (AC) do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN)

36

ARTIGO 1 Diagrama 1 - Artigos selecionados segundo critérios de exclusão

18

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 -

Variáveis do estudo 28

Quadro 2 –

Divisão dos dez componentes do DAI em três grupos: dentição, espaço e oclusão

29

Quadro 3 –

Equação do DAI com os dez componentes e seus respectivos pesos somados à constante com igual a 13

30

Quadro 4 –

Escores do DAI distribuídos de acordo com a severidade da maloclusão e da necessidade de tratamento ortodôntico

30

ARTIGO 1 Quadro 1 –

Artigos encontrados e os selecionados por base de dados 17

Tabela 1 –

Estudos realizados sobre a associação entre maloclusão e autopercepção da estética dental entre adolescentes

18

ARTIGO 2 Tabela 1 –

Frequência absoluta e relativa de maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico

51

Tabela 2 –

Comparação entre médias da autopercepção dental segundo as variáveis presença de maloclusão e sexo

51

Tabela 3 –

Comparação entre médias da autopercepção dental entre os grupos com diferentes graus de severidade de maloclusão

52

ARTIGO 3 Tabela 1 –

Severidade da maloclusão e grau de necessidade de tratamento ortodôntico segundo o índice DAI

66

Tabela 2 –

Estatísticas do Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS) segundo sexo, classe social, necessidade de tratamento ortodôntico e o IOTN-AC

67

Tabela 3 –

Avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico segundo o Componente Estético (AC) do IOTN

68

Tabela 4 –

Avaliação da associação do “Oral Aesthetic Subjective Impact Scale” (OASIS) segundo cada um dos componentes do DAÍ

69

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

12

2 REVISTA DA LITERATURA

14

2.1 ARTIGO I: MALOCLUSÕES E A AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES

14

3 PROPOSIÇÃO

25

3.1 OBJETIVO GERAL

25

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

25

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

25

4.1 DESENHO DO ESTUDO

25

4.2 LOCAL DO ESTUDO

25

4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

26

4.4 CÁLCULO E SELEÇÃO DA AMOSTRA

26

4.5 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

26

4.5.1 Critérios de Inclusão

26

4.5.2 Critérios de Exclusão

27

4.6 TREINAMENTO E CALIBRAÇÃO

27

4.7 ESTUDO PILOTO

27

4.8 ELENCO DE VARIÁVEIS

28

4.9 COLETA DE DADOS

29

4.9.1 Dados clínicos

29

4.9.1.1 Princípios de Biossegurança

34

4.9.2 Dados pisicossociais

35

4.10 PROCESSAMENTO DOS DADOS E ANÁLISES ESTATÍSTICAS

37

5 ASPECTOS ÉTICOS 37

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5.1 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA O SUJEITO DA PESQUISA

38

5.2 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE

38

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

39

6.1 ARTIGO 2 : NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES . UM ESTUDO PRELIMINAR

39

6.2 ARTIGO 3: NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DE ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE

53

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

70

REFERÊNCIAS

71

APÊNDICES

73

APENDICE A – Ficha Clínica (DAI)

73

APENDICE B - Dados Sociodemográficos

74

APENDICE C - Termo de Assentimento

75

APENDICE D - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE

76

ANEXOS

78

ANEXO 1 – Comprovante de envio para a Revista Arquivos Brasileiros de Psicologia

78

ANEXO 2 - Critério de Classificação socioeconômica - ABEP

79

ANEXO 3 - Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS)

80

ANEXO 4 - Aprovação do Comitê de Ética

81

ANEXO 5 – Carta de Anuência da Prefeitura do Recife-PE

83

ANEXO 6 – Normas da Revista de Odontologia da UNESP

84

ANEXO 7 – Normas da Revista Cadernos de Saúde Pública 90

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1 INTRODUÇÃO

As oclusopatias ocupam o terceiro lugar dentre os problemas bucais na

população brasileira, no entanto, a inclusão destas alterações como um problema de

saúde pública se deve não apenas a sua alta prevalência, mas também ao impacto

sobre a qualidade de vida das pessoas (SOARES, 2012).

Muitos são os fatores que levam uma pessoa a buscar um tratamento

ortodôntico, tais como as disfunções articulares, melhora da saúde dentária e

também os fatores mais subjetivos, como a estética e a busca por uma melhora na

sua auto-imagem (KHAN; HORROCKS, 1991).

Esta questão se torna ainda mais importante quando se trata de

adolescentes, uma vez que estes estão vivendo um período de intensas

transformações biológicas, físicas, psicológicas e sociais (CAMPAGNA; SOUZA,

2006). Ressalta-se ainda que a forma como ele percebe a própria imagem traz

consequências para a sua saúde física e mental, com possíveis repercussões em

suas relações pessoais (DUMITH et al., 2012). Porém, no Brasil, a maioria das

pesquisas científicas desenvolvidas sobre maloclusão em crianças e adolescentes

têm se limitado a abordar o diagnóstico e os aspectos biomecânicos (MARQUES et

al., 2009).

O diagnóstico correto e preciso de uma maloclusão é muito importante, uma

vez que a mesma não é uma doença no sentido estrito do termo, mas uma anomalia

de desenvolvimento. Sendo assim, determinar com precisão em que ponto uma

maloclusão é susceptível de ser tratada é um problema pendente e há grande

debate na literatura científica, devido à dificuldade de estabelecer um consenso

universal (BELLOT-ARCÍS, 2011).

Para obter este diagnóstico e avaliar a necessidade de tratamento de uma

forma objetiva, uma série de índices reconhecidos e validados por associações

internacionais estão disponíveis. Entre estes se encontra o Índice de Estética Dental

(DAI) (BELLOT-ARCÍS et al., 2012), que foi criado nos Estados Unidos, em 1986,na

Universidade de Iowa (CONS; JENNY; KOHOUT, 1986) e possui componentes

relacionados à estética e à função mastigatória (SANTOS et al, 2008). A partir de

1997 passou a ser o índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde

(OMS) para determinação da necessidade de tratamento ortodôntico (WHO, 1997).

É considerado transcultural (WHO, 1997), altamente reprodutível (LIMA et al., 2010),

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simples e possui alta validade e precisão (JÄRVINEN; VÄÄTÄJÄ, 1987). Foi validado

para uso no Brasil em 2011 por Costa et al.

Como dito anteriormente, além de um diagnóstico clínico, também é

necessário considerar os fatores mais subjetivos, pois a doença não implica

somente na ausência de um bem estar físico. É importante destacar que mesmo

quando este bem estar físico não está presente, o seu impacto irá depender, em

grande parte, do estado psicológico, de princípios e de valores pessoais e culturais

do indivíduo (BELLOT-ARCÍS, 2011).

Para avaliar qualquer intervenção na área de saúde, incluindo serviços de

atenção à saúde bucal, como a ortodontia, são necessárias medidas de importância

para o paciente, que reflitam suas percepções, sem deixar de lado as medidas

informativas para o clínico. Portanto, os indicadores subjetivos vêm se tornando

importantes ferramentas para conseguir captar também a percepção que o paciente

tem sobre seu sorriso (SOUZA, 2009).

A autopercepção é a interpretação que uma pessoa faz do seu estado de

saúde, contribuindo para isso os mais diversos fatores, sejam eles direta ou

indiretamente relacionados, sendo considerada uma variável multidimensional

(ALMEIDA et al.,2013). Uma complexidade de fatores influencia nesse julgamento,

dentre eles as características demográficas, como idade, sexo, raça e fatores de

predisposição, como escolaridade e acesso a informações sobre cuidados

preventivos, que podem influenciar na predisposição para o uso de serviços de

saúde e, consequentemente, na autopercepção da mesma. Sua avaliação está

associada tanto a fatores objetivos como também a fatores subjetivos (MARTINS;

BARRETO; PORDEUS, 2009). É de fundamental importância entender como o

indivíduo percebe sua condição de saúde, pois o seu comportamento é influenciado

pela percepção e pela importância dada a mesma (CARVALHO et al., 2011).

Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a necessidade de tratamento

ortodôntico em adolescentes escolares da cidade de Recife-PE, bem como a sua

associação com a autopercepção da estética dental.

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2 REVISTA DA LITERATURA

2.1 ARTIGO 1:

Maloclusões e a autopercepção da estética dental em adolescentes

RESUMO

Este estudo teve como objetivo verificar, por meio de uma revisão integrativa da

literatura, se existe associação entre a presença de maloclusão e a autopercepção negativa da

estética dental pelos adolescentes. Foram consultadas as bases de dados Pubmed, Scielo,

Lilacs e Medline, com intervalo de 10 anos, para localizar artigos com abstracts disponíveis

em Inglês, Português e Espanhol, usando as palavras-chave “malocclusion”, “self-

perception” e “adolescent”. Após análise foram selecionados seis artigos e analisados os

instrumentos utilizados para avaliar a autopercepção do adolescente a respeito do seu sorriso,

o índice escolhido para determinar a maloclusão, bem como as principais conclusões. O

índice mais utilizado para determinar maloclusão foi o DAI, a maioria utilizou questionários

elaborados pelos próprios autores para avaliar autopercepção. Observou-se a existência de

associação entre a presença de maloclusão e autopercepção negativa da estética dentária.

Palavras-chave: Autopercepção; Adolescente; Má oclusão

Artigo enviado para revista Arquivos Brasileiros de Psicologia (Anexo 6).

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Malocclusion and self-perception of dental aesthetics in adolescents

ABSTRACT

This study aimed to verify, through an integrative literature review, if there is an

association between the presence of malocclusion and negative self-perception of dental

aesthetics with adolescents. The Pubmed, Scielo, Lilacs and Medline were consulted, within a

10 years period, to find articles with abstracts available in English, Portuguese and Spanish,

always using the keywords "malocclusion", "self-perception" and "adolescent ". After the

general analyzes, six articles were selected, among them, the used instruments to assess

adolescent self-perception about their smile, the chosen index to determine malocclusion, as

well as the main conclusions were analyzed. Most of the articles used DAI index to determine

malocclusion, also, most of them used questionnaires made by the authors to assess self-

perception. The existence of association between the presence of malocclusion and negative

self-perception of dental aesthetics was perceived.

Keywords: Self-perception; Adolescent; Malocclusion

Maloclusión y la auto-percepción estética dental en adolescentes

RESUMEN

Este estudio tuvo como objetivo verificar, a través de una revisión integradora de la

literatura, si existe una asociación entre la presencia de maloclusión y la auto-percepción

negativa de la estética dental por los adolescentes. Consultamos la Pubmed, Scielo, Lilacs y

Medline, con un intervalo de 10 años, para encontrar artículos con resúmenes disponibles en

Inglés, portugués y español, utilizando las palabras clave "maloclusión", "auto-percepción" y

"adolescente ". Tras el análisis de seis artículos fueron seleccionados y analizados los

instrumentos utilizados para evaluar la auto-percepción de los adolescentes acerca de su

sonrisa, el índice elegido para determinar la maloclusión, así como las principales

conclusiones. El índice más utilizado para determinar la maloclusión era lo DAI,

cuestionarios más utilizados elaborados por los autores para evaluar la auto-percepción. Hubo

una posible asociación entre la presencia de maloclusión y auto-percepción negativa de la

estética dental.

Palabras clave: auto-percepción; Adolescente; maloclusión

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Introdução

Para avaliar qualquer intervenção na área de saúde, incluindo serviços de atenção à

saúde bucal, como a ortodontia, são necessárias medidas de importância para o paciente, que

reflitam suas percepções, sem deixar de lado as medidas informativas para o clínico. Portanto,

os indicadores subjetivos vêm se tornando relevantes ferramentas para conseguir captar

também a percepção que o paciente tem sobre seu sorriso (Souza, 2009).

Estes fatores subjetivos se tornam ainda mais importantes quando se trata de

adolescentes, uma vez que estes estão vivendo um período de intensas transformações

biológicas, físicas, psicológicas e sociais (Campagna & Souza, 2006). A forma como ele

percebe a própria imagem traz consequências para a sua saúde física e mental, com possíveis

repercussões em suas relações pessoais (Dumith et al., 2012).

A autopercepção é a interpretação que uma pessoa faz do seu estado de saúde,

contribuindo para isso os mais diversos fatores, sejam eles direta ou indiretamente

relacionados, sendo considerada uma variável multidimensional (Almeida, Alencar, Barbosa,

Dias, & Almeida, 2013).

Uma complexidade de fatores influencia nesse julgamento, dentre eles as

características demográficas, como idade, sexo, raça e fatores de predisposição, como

escolaridade e acesso a informações sobre cuidados preventivos, que podem influenciar na

predisposição para o uso de serviços de saúde e, consequentemente, na autopercepção da

mesma. Sua avaliação está associada tanto a fatores objetivos como também a fatores

subjetivos (Almeida, Alencar, Barbosa, Dias, & Almeida, 2013).

É fundamental entender como o indivíduo percebe sua condição de saúde, pois o seu

comportamento é influenciado pela percepção e pela importância dada a mesma (Carvalho et

al., 2011).

Sendo assim, por meio de uma revisão integrativa da literatura, este trabalho tem como

objetivo verificar se existe associação entre a presença de maloclusão e a autopercepção

negativa da estética dental pelos adolescentes.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, cuja pergunta norteadora de pesquisa

foi: “Existe associação entre a presença de maloclusão e uma autopercepção negativa da

estética dental pelos adolescentes?”. Esta revisão foi construída mediante a análise de

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17

publicações de artigos indexados em bases de dados que contêm grande quantidade de

pesquisas de impacto para a saúde. O estudo incluiu os artigos sobre a temática Maloclusão,

Autopercepção da estética dental e Adolescência, disponíveis na literatura internacional e

nacional, indexados no Medical Literature Analysis and Retrieval System Oline (Medline),

National Library of Medicine (Pubmed), Literatura Latino-Americana de Ciências da Saúde

(Lilacs) e no Scientific Electronic Library Online (Scielo).

Para o refinamento adequado da pesquisa foram definidos como critérios de inclusão os

artigos nos idiomas inglês, português e espanhol, no período de 2006 a 2015, que abordassem

o tema Maloclusões e Autopercepção da Estética Dental em Adolescentes, na faixa etária de

10 a 19 anos, caracterizando a adolescência segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)

(World Health Organization, 1986.) e que possuíssem resumos disponíveis nas bases de dados

supracitados. Excluiu-se desta seleção os estudos classificados como artigos de revisão de

literatura, artigos que testavam a validade ou a adaptação transcultural de instrumentos e

trabalhos com metodologia qualitativa.

Utilizou-se como estratégia de busca o seguinte cruzamento de descritores do assunto:

Malocclusion AND Self-perception AND Adolescent.

Resultados

Encontra-se demonstrado no Quadro 1 o número de artigos encontrados em cada base

de dados, bem como a quantidade de artigos selecionados.

Quadro1 – Quantidade de artigos encontrados e selecionados por base de dados

Após a analisar os artigos, alguns foram excluídos de acordo com os critérios de

exclusão como se encontra demonstrado no Diagrama 1.

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18

Diagrama 1 – Quantidade de artigos selecionados após aplicação dos critérios de exclusão

Dos artigos selecionados, foram destacadas a autoria, o ano de publicação, a amostra

selecionada para o estudo, o país de origem, a faixa etária dos participantes, os instrumentos

utilizados para avaliar a autopercepção e determinar o grau de maloclusão e a suas principais

conclusões (TABELA 1)

Tabela 1 - Estudos realizados sobre a associação entre maloclusão e autopercepção da

estética dental entre adolescentes.

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19

Quanto à distribuição temporal, 1 dos estudos foi realizado em 2009; 2 foram

realizados em 2010; 1 em 2011 e 2 foram realizados em 2012. Quanto à distribuição

geográfica, 4 das pesquisas localizaram-se no Brasil; 1 na Índia e 1 foi realizada no Irã.

Em relação ao índice utilizado para definir a presença e grau de maloclusão, 5

utilizaram o Índice de Estética Dental (DAI) e 1 utilizou o Índice de Necessidade de

Tratamento Ortodôntico (IOTN). Em relação ao instrumento utilizado para avaliar a

percepção da estética dental, 4 utilizaram questionários elaborados pelos próprios autores, 1

utilizou o Oral Aesthetic Subjective Impact Scale (OASIS) e 1 utilizou o Componente

Estético do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN-AC).

Entre os artigos analisados, todos encontraram associação entre presença de

maloclusão e a autoperpeção negativa da estética dental. Destes, a metade também encontrou

uma relação entre o aumento da severidade da maloclusão e aumento da percepção negativa

da estética dental.

Discussão

A busca de artigos deste trabalho resultou em uma pequena quantidade de pesquisas e

todas (Moura et al., 2012; Marques et al., 2009 ;Feu, Oliveira, Celeste, & Miguel, 2011;

Tessarollo, Feldens, & Closs, 2012; Nagarajan & Pushpanjali, 2010; Danaei & Salehi, 2010)

encontraram uma associação entre maloclusão e autopercepção negativa da estética dental.

Estes achados demonstram a necessidade de mais investigações sobre este tema, bem como

sugerem a importância da inclusão de medidas que levem em consideração a opinião do

paciente na avaliação clínica do problema.

Apenas 2 tipos de índices que avaliam a necessidade de tratamento ortodôntico

apareceram nas pesquisas, o DAI (Moura et al., 2012; Marques et al., 2009; Tessarollo et al.,

2012; Nagarajan & Pushpanjali, 2010; Danaei & Salehi, 2010) e o IOTN (Feu et al., 2011),

sendo o primeiro o mais utilizado, provavelmente por ser o índice recomendado pela

Organização Mundial de Saúde (OMS) para determinação da necessidade de tratamento

ortodôntico (World Health Organization, 1997). Apesar disso, Moura et al.(2012) chama

atenção para a limitação do DAI de não considerar a mordida cruzada posterior e sugere que

estudos sejam feitos para avaliar a influência da mordida cruzada sobre a autopercepção dos

adolescentes. Porém, ambos são índices bem reconhecidos em todo o mundo, possuem alta

validade, precisão e reprodutibilidade (Lima, Paiva, Farias, & Lima, 2010).

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20

Em relação aos instrumentos utilizados para avaliar a autopercepção da estética dental

entre os adolescentes, a maioria utilizou questionários elaborados pelos próprios autores

(Moura et al., 2012; Tessarollo et al., 2012; Nagarajan & Pushpanjali, 2010; Danaei & Salehi,

2010). Isto pode ser uma desvantagem durante a análise dos artigos, pois não se sabe sobre a

validade, confiabilidade e se a abordagem do tema foi feita de forma adequada, demonstrando

que existem poucos questionários sobre esta temática, o que indica a necessidade de que

estudos sejam realizados para criação e validação de instrumentos, com o intuito de facilitar a

comparação entre diferentes populações.

Moura et al. (2012) abordaram a temática da autopercepção fazendo o seguinte

questionamento “Você esta satisfeito com a aparência do seu sorriso”, onde o adolescente

poderia responder “sim” ou “não”. Já Tessarolo et al. (2012), Nagarajan e Pushpanjali (2010)

e Danaei e Salehi (2010) não especificaram como foi a abordagem sobre o tema, informando

apenas que utilizaram questionários estruturados, inspirados ou adaptados de outros estudos,

com perguntas a respeito da autopercepção da aparência dental.

Outros 2 instrumentos utilizados para avaliar a autopercepção da estética dental foram o

OASIS (Marques et al., 2009) e o IOTN-AC (Feu et al., 2011). O primeiro é uma escala do

tipo likert, com cinco perguntas que avaliam o grau de preocupação que o indivíduo tem com

o arranjo de seus dentes, tanto sob sua percepção, como também sobre a influência de outras

pessoas (Pimenta & Traebert, 2009). Já o IOTN-AC faz parte do Índice de Necessidade de

Tratamento Ortodôntico (IOTN), e consiste em uma escala fotográfica, contendo 10

fotografias organizadas em ordem decrescente de atratividade dental (Dias & Gleiser, 2008) e

é considerada como padrão ouro para a avaliação da percepção da estética dental (Mandall,

Wright, Conboy, & O’ Brien, 2001).

O estudo de Feu et al.(2011), acompanhou um grupo de adolescentes em tratamento e

outro sem tratamento, e avaliou a autopercepção da estética dental, por meio do IOTN, em

dois momentos. Os autores verificaram que o grupo que recebeu tratamento obteve uma

melhora na percepção do seu sorriso, enquanto o outro grupo se manteve estável. O que

demonstra a importância do tratamento ortodôntico, não somente para melhoria da função,

mas também de fatores mais subjetivos, que durante a adolescência são de fundamental

importância para a formação do indivíduo.

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21

Conclusão

Apesar da pequena quantidade de estudos sobre o tema, foi possível observar a

existência de associação entre a presença de maloclusão e autopercepção negativa da estética

dental, assim como uma correlação positiva entre o aumento da severidade da maloclusão e

aumento da percepção negativa da estética dental.

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Referências

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Mandall, N. A., Wright, J., Conboy, F. M., & O'Brien, K. D. (2001). The relationship between

normative orthodontic treatment need and measures of consumer perception. Community

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Marques, L. S., Pordeus, I. A., Ramos-Jorge, M. L., Filogônio, C. A., Filogônio, C. B.,

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Moura, C., Cavalcanti, A. L., Gusmão, E. S., Soares, R. D. S. C., Moura, F. T. C., & Santillo,

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Nagarajan, S., & Pushpanjali, K. (2010). The relationship of malocclusion as assessed by the

Dental Aesthetic Index (DAI) with perceptions of aesthetics, function, speech and treatment

needs among 14-to 15-year-old schoolchildren of Bangalore, India. Oral health & preventive

dentistry, 8(3), 221-228.

Pimenta, W. V., & Traebert, J. (2009). Adaptation of the Oral Aesthetic Subjective Impact

Score (OASIS) questionnaire for perception of oral aesthetics in Brazil. Oral health &

preventive dentistry, 8(2), 133-137.

Souza, D. F. R. K. D. (2009). Avaliação prospectiva longitudinal da qualidade de vida de

adolescentes submetidos a tratamento ortodôntico (Doctoral dissertation, Universidade do

Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Odontologia).

Tessarollo, F. R., Feldens, C. A., & Closs, L. Q. (2012). The impact of malocclusion on

adolescents' dissatisfaction with dental appearance and oral functions. The Angle

Orthodontist, 82(3), 403-409.

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em:<http://whqlibdoc.who.int/trs/WHO_TRS_731.pdf>Acesso em 14 jul. 2013.

World Health Organization. (1997). Oral health surveys: basic methods. 4th ed. Geneva.

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3 PROPOSIÇÃO

3.1 OBJETIVO GERAL

Verificar a necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes da cidade

do Recife-PE e sua associação com a autopercepção de estética dental.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estabelecer o perfil sócio-demográfico;

Determinar a prevalência da necessidade de tratamento ortodôntico;

Determinar o grau de maloclusão mais prevalente;

Avaliar a associação entre necessidade de tratamento ortodôntico e

autopercepção de estética dental.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 DESENHO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo transversal, também conhecido como estudo de

prevalência. Pode ser definido como estratégia de estudo epidemiológico que se

caracteriza pela observação direta de determinada quantidade planejada de

indivíduos em uma única oportunidade (MEDRONHO et al., 2011).

4.2 LOCAL DO ESTUDO

Foi realizado na rede municipal de ensino da cidade do Recife-PE. A cidade

de Recife, capital pernambucana, está localizada no litoral. Possui uma população

de 1.537.704 habitantes, distribuídos numa área de 218,435 Km2 (IBGE, 2010).

Possui 94 bairros que, para efeito de planejamento e gestão, estão aglutinados em 6

Regiões Político-Administrativas (RPA) (RECIFE,2010).

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26

4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

Adolescentes matriculados no ensino fundamental II da rede pública municipal

de ensino da cidade do Recife-PE.

4.4 CÁLCULO E SELEÇÃO DA AMOSTRA

Para assegurar a representatividade da amostra, foi realizada a distribuição

de modo proporcional à real distribuição das escolas pela cidade, obedecendo-se os

seguintes passos: inicialmente, com base na consulta das listas fornecidas pela

Secretaria Municipal de Educação da cidade do Recife-PE, foi observada a

distribuição das escolas pertencentes a cada RPA da cidade, bem como a

quantidade de alunos de cada escola. Como não apresentaram grandes diferenças

em relação a quantidade de alunos por escolas, a distribuição da amostra foi

realizada pela quantidade proporcional de escolas por RPA.

Para o cálculo amostral utilizou-se uma prevalência de 41,5% de maloclusão,

dado para a região Nordeste, segundo o levantamento epidemiológico de saúde

bucal (SB Brasil, 2010). Este cálculo foi realizado com a calculadora Open Epi para

estudos transversais, onde baseou-se em um universo de 13.750 escolares, um

intervalo de confiança de 95%, foi admitido um erro de 5% e um efeito de desenho

(DEFF) DE 1.5.

Desta forma, a amostra mínima necessária foi de 543 estudantes, porém para

compensar possíveis perdas foi acrescido 20%, resultando numa amostra final de

652 adolescentes. Para que pesquisa fosse realizada em toda a cidade, as escolas

foram sorteadas pelo site Randomizer, de forma proporcional a quantidade de

escolas existentes em cada RPA e, em cada região, a pesquisa utilizou no mínimo 2

escolas.

4.5 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

4.5.1 Critérios de Inclusão

Foram incluídos estudantes de 12 a 15 anos, de ambos os sexos,

matriculados no ensino fundamental II da rede pública municipal de ensino da cidade

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do Recife-PE. A faixa etária em questão foi escolhida por se esperar que na mesma

os adolescentes já possuam dentição permanente, uma vez que o índice escolhido

para determinar a necessidade de tratamento ortodôntico não é adequado ás

dentições decídua ou mista.

4.5.2 Critérios de Exclusão

Foram excluídos os adolescentes que estavam sob tratamento ortodôntico,

adolescentes com dentição mista e os que apresentaram deficiências

neuropsicomotoras (referenciado pelos professores) que pudessem comprometer a

aplicação dos instrumentos.

4.6 TREINAMENTO E CALIBRAÇÃO

A examinadora e a equipe de pesquisa participaram de um exercício de

treinamento e calibração para definição dos padrões estabelecidos quanto à

realização do exame e preenchimento dos questionários, realizado sob supervisão

de uma professora de Ortodontia da FOP/UPE.

O exercício de calibração consistiu de duas etapas: a etapa teórica, que

envolveu a discussão dos critérios para o diagnóstico do agravo pesquisado, com

análise de fotografias destas condições; e a etapa clínica (segundo passo), que foi

realizada durante o estudo piloto, na qual a examinadora (também especialista em

Ortodontia) examinou 17 adolescentes, em dois momentos diferentes, com intervalo

de uma semana. A análise de concordância intra-examinador foi testada e

apresentou uma estatística Kappa satisfatória de 0,74.

4.7 ESTUDO PILOTO

Foi realizado um estudo piloto em três escolas municipais, onde os

estudantes possuíam as mesmas características da população de estudo, cujo

objetivo foi testar os instrumentos e procedimentos para a realização do estudo

principal. Os adolescentes avaliados no estudo piloto não foram considerados no

estudo principal.

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4.8 ELENCO DE VARIÁVEIS

Quadro 1: Variáveis do estudo

VARIÁVEL CATEGORIZAÇÃO

Va

riá

ve

is Ind

ep

end

en

tes

Faixa etária (Anos completos no momento do exame)

1. 12 2. 13 3. 14 4. 15

Escolaridade 1. 6º ano 2. 7º ano 3. 8º ano 4. 9º ano

Sexo 1. Masculino 2. Feminino

Classificação socioeconômica 1. A1 2. A2 3. B1 4. B2 5. C1 6. C2 7. D 8. E

Raça 1. Branca 2. Preta 3. Parda 4. Amarela 5. Indígena

Va

riá

ve

is D

epe

nd

ente

s

Presença de maloclusão 1. Sem anormalidade ou oclusopatia leve 2. Oclusopatia definida 3. Oclusopatia severa 4. Oclusopatia muito severa ou incapacitante

Necessidade de tratamento ortodôntico 1. Nenhuma ou pouca necessidade 2. Eletivo 3. Altamente desejável 4. Imprescindível

Autopercepção em relação à estética dental Escores que variam de cinco a 35

Escala de atratividade dental que possui 10 fotografias.

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4.9 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada no período de agosto a novembro de 2014,

foram coletados dados clínicos (maloclusão) e dados psicossociais.

4.9.1 Dados clínicos

Foi avaliada a presença de má oclusão e a necessidade de tratamento

ortodôntico por meio do Índice de Estética Dental (DAI). A coleta foi realizada com o

escolar sentado em uma cadeira em frente à examinadora. Foram utilizadas sondas

periodontais do tipo CPI (Community Periodontal Index) para aferição dos critérios

de diagnóstico do índice DAI, e abaixadores de língua de madeira para afastamento

das bochechas, sob fonte de luz natural. As informações coletadas foram registradas

numa ficha (APÊNDECE A) por uma anotadora devidamente treinada.

O DAI possui dez componentes os quais estão divididos em três grupos

conforme o quadro 2 (SANTOS et al., 2008).

Quadro 2: Divisão dos dez componentes do DAI em três grupos: dentição, espaço e

oclusão.

GRUPO COMPONENTES

Dentição Dentição

Condições de espaço Apinhamento no segmento incisal (API)

Espaçamento no segmento incisal (ESP)

Presença de diastema incisal (DI)

Desalinhamento maxilar anterior (DMXA)

Desalinhamento mandibular anterior (DMDA)

Condição de oclusão Overjet maxilar anterior (OMXA)

Overjet mandibular anterior (OMDA)

Mordida aberta vertical anterior (MAA)

Relação molar ântero-posterior (RMAP)

Depois de atribuídas as pontuações de cada um dos dez componentes,

aplica-se a equação contida no quadro 3, por meio da qual se obterá um escore

(SANTOS et al., 2008).

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Quadro 3: Equação do DAI com os dez componentes e seus respectivos pesos

somados à constante com valor igual a 13.

DAI = (dentição x 6) + (API) + (ESP) + (DI x 3) + (DMXA) + (DMDA) + (OMXA x 3) + (OMDA x 4) + (MAA x 4) + (RMAP x 3) + 13

Este escore, dependendo do valor pode se enquadrar em quatro situações

diferentes quanto a severidade da maloclusão e sua respectiva necessidade de

tratamento ortodôntico (quadro 4) (SANTOS et al., 2008).

Quadro 4: Escores do DAI distribuídos de acordo com a severidade da maloclusão e da necessidade de tratamento ortodôntico

Escores do DAÍ - níveis de severidade - níveis de necessidade do tratamento

ortodôntico

< 25 (grau 1) - oclusão normal ou má oclusão leve - nenhuma ou pequena necessidade de

tratamento

26-30 (grau 2) - má oclusão definida - necessidade eletiva de tratamento

31-35 (grau 3) - má oclusão severa - necessidade altamente desejável de

tratamento

≥ 36 (grau 4) - má oclusão muito severa ou deformadora - necessidade obrigatória de tratamento

A pontuação de cada componente, segundo o manual do examinador do

Projeto SB Brasil (BRASIL, 2001), é obtida avaliando-se as seguintes dimensões:

A-Dentição

As condições da dentição são expressas pelo número de incisivos, caninos e

pré-molares permanentes, no arco superior e no arco inferior. O valor a ser

registrado corresponde ao número de dentes perdidos. Dentes perdidos não devem

ser considerados quando o seu respectivo espaço estiver fechado, o decíduo

correspondente ainda estiver em posição, ou se prótese(s) estiver (em) instalada(s).

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B-Condições de espaço

Apinhamento no Segmento Incisal

O segmento é definido de canino a canino. Considera-se apinhamento

quando há dentes com giroversão ou mal posicionados no arco. Não se considera

apinhamento quando os 4 incisivos estão adequadamente alinhados e um ou ambos

os caninos estão deslocados. Considera-se a seguinte pontuação: 0 - sem

apinhamento; 1 - apinhamento em um segmento; 2 - apinhamento em dois

segmentos.

Espaçamento no Segmento Incisal

São examinados os arcos superior e inferior. Há espaçamento quando a

distância intercaninos é suficiente para o adequado posicionamento de todos os

incisivos e ainda sobra espaço e/ou um ou mais incisivos têm uma ou mais

superfícies proximais sem estabelecimento de contato interdental. Considera-se a

seguinte pontuação: 0 - sem espaçamento; 1 - espaçamento em um segmento; 2 -

espaçamento em dois segmentos.

Diastema Incisal

É definido como o espaço, em milímetros, entre os dois incisivos centrais

superiores permanentes, quando estes perdem o ponto de contato. O valor a ser

registrado corresponde ao tamanho em mm medido com a sonda CPI, sempre

considerar o número inteiro mais próximo (figura 1).

Figura 1: Medição do diastema incisal em milímetros.

Desalinhamento Maxilar Anterior

Podem ser giroversões ou deslocamentos em relação ao alinhamento normal.

Os 4 incisivos superiores são examinados, registrando-se a maior irregularidade

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entre dentes adjacentes. A medida é feita, em mm, com a sonda CPI, cuja ponta é

posicionada sobre a superfície vestibular do dente posicionado mais para lingual,

num plano paralelo ao plano oclusal e formando um ângulo reto com a linha do arco.

Desalinhamento pode ocorrer com ou sem apinhamento (Figura 2).

Figura 2: Medição do desalinhamento anterior com a sonda CPI.

Desalinhamento Mandibular Anterior

O conceito de desalinhamento e os procedimentos são semelhantes ao arco

superior (Figura 2).

C-Condição de oclusão

Overjet Maxilar Anterior

A relação horizontal entre os incisivos é medida com os dentes em oclusão

cêntrica, utilizando-se a sonda CPI, posicionada em plano paralelo ao plano oclusal.

O overjet é a distância, em mm, entre as superfícies vestibulares do incisivo superior

mais proeminente e do incisivo inferior correspondente. O overjet maxilar não é

registrado se todos os incisivos (superiores) foram perdidos ou se apresentam

mordida cruzada lingual. Quando a mordida é do tipo “topo-a-topo” o valor é zero

(figura 3).

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Figura 3. Medição do overjet maxilar e mandibular anterior com a sonda CPI.

Overjet Mandibular Anterior

O overjet mandibular é caracterizado quando algum incisivo inferior se

posiciona anteriormente ou por vestibular em relação ao seu correspondente

superior. A protrusão mandibular, ou mordida cruzada, é medida com a sonda CPI e

registrada em milímetros. Os procedimentos para mensuração são os mesmos

descritos para o overjet maxilar. São desconsideradas as situações em que há

giroversão de incisivo inferior, com apenas parte do bordo incisal em cruzamento

(figura 3).

Mordida Aberta Vertical Anterior

É falta de ultrapassagem vertical entre incisivos opostos. O tamanho da

distância entre os bordos incisais é medido com a sonda CPI e o valor, em mm,

registrado (figura 4).

Figura 4: Medição da mordida aberta vertical anterior com a sonda CPI.

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Relação Molar Ântero-Posterior

A avaliação é feita com base na relação entre os primeiros molares

permanentes, superior e inferior. Se isso não é possível porque um ou ambos estão

ausentes, não completamente erupcionados, ou alterados em virtude de cárie ou

restaurações, então os caninos e pré-molares são utilizados. Os lados direito e

esquerdo são avaliados com os dentes em oclusão e apenas o maior desvio da

relação molar normal é registrado. Os seguintes códigos são empregados (figura 5):

0 – Normal; 1 – Meia Cúspide. O primeiro molar inferior está deslocado meia cúspide

para mesial ou distal, em relação à posição normal. 2 – Cúspide Inteira. O primeiro

molar inferior está deslocado uma cúspide para mesial ou distal, em relação à

posição normal.

Figura 5: Avaliação da relação molar ântero-posterior.

4.9.1.1 Princípios de Biossegurança

Os dados clínicos foram coletados respeitando os princípios de

biossegurança. As sondas CPI eram esterilizadas no centro de esterilização da

Faculdade de Odontologia de Pernambuco-FOP/UPE, os abaixadores de língua de

madeira eram descartáveis e a examinadora utilizou gorro, luvas e máscaras

descartáveis, óculos de proteção e jaleco.

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4.9.2 Dados psicossociais

Foram incluídas questões sobre idade, gênero, raça e escolaridade

(APÊNDICE B). Foi aplicado o Questionário de Classificação socioeconômica

(ANEXO 2 ), segundo critério ABEP, desenvolvido pela Associação Brasileira de

Empresas e Pesquisas, com a finalidade de dividir a população em categorias, de

acordo com os padrões ou potenciais de consumo. Este questionário apresenta uma

escala ou classificação socioeconômica por intermédio da atribuição de pesos a um

conjunto de itens de conforto doméstico, além do nível de escolaridade do chefe de

família. A classificação socioeconômica da população é apresentada por meio de

cinco classes, denominadas A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E. Optou-se por tal

instrumento por levar em consideração itens de conforto familiar; utilizar indicadores

simples, passíveis de serem informados por crianças, adolescentes e adultos

através de questionários auto-administrados.

Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS)

A avaliação da autopercepção de estética dental foi realizada por meio da

aplicação da versão validada para o Brasil do questionário Oral Aesthetic Subjective

Impact Score (OASIS) (ANEXO 3 ) (PIMENTA; TRAEBERTA, 2010). Este é

composto por 5 perguntas, tendo como resposta uma escala tipo Likert. Cada

reposta equivale a uma pontuação que varia de 1 a 7, a qual no final são somadas

podendo ser alcançado um escore mínimo de 5 e máximo de 35 pontos e, quanto

maior o valor final, mais provável que o indivíduo possua uma maior percepção

negativa da estética bucal.

Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento

Ortodôntico (IOTN-AC)

O adolescente foi solicitado a identificar no Componente Estético do Índice de

necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN-AC) (figura 6) a fotografia que melhor

retratasse a sua condição bucal.

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Figura 6:Componente Estético (AC) do IOTN (EVANS; SHAW, 1987).

As questões sobre idade, gênero, raça, escolaridade, os questionários do

ABEP e do OASIS são do tipo auto-administrados e foram respondidos em sala de

aula coletivamente, após esclarecimentos sobre a pesquisa e orientações a respeito

do preenchimento dos mesmos. Em seguida cada aluno foi conduzido a uma sala

reservada da própria escola, onde foi realizado o exame clínico para determinação

do índice DAI e aplicação do componente estético do IOTN.

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4.10 PROCESSAMENTO DOS DADOS E ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram tabulados em um banco de dados do programa Excel e o

programa StatisticalPackage for Social Science (SPSS), versão 21, foi utilizado para

os cálculos estatísticos, admitindo-se uma margem de erro de 5%. Foram utilizadas

técnicas de estatística descritiva, por meio da obtenção das distribuições de

frequências absolutas e percentuais e das medidas estatísticas média, desvio

padrão e mediana, apresentadas sob a forma de tabelas. Para a comparação entre

as categorias das variáveis independentes em relação aos escores do OASIS, foram

utilizados os testes estatísticos Mann-Whitney, na comparação de duas categorias e

Kruskal-Wallis para mais de duas categorias. Para avaliar a associação entre as

variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson. Para avaliar o

grau da correlação entre variáveis foi obtido o coeficiente de correlação de

Spearman.

Ressalta-se que a escolha dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foi

devido à rejeição da hipótese de normalidade dos dados.

5 ASPECTOS ÉTICOS

Obedecendo a Resolução n.º 466/2012 da Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa, o projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

da Universidade de Pernambuco – UPE (ANEXO 4), sob o número do parecer

705.682, após solicitação da autorização institucional da Secretaria Municipal de

Educação de Recife-PE (ANEXO 5), responsável pelo local onde foi realizada a

pesquisa.

Somente foram coletados os dados dos indivíduos que autorizaram sua

participação por meio do termo de assentimento (APÊNDICE C), e também

apresentaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) (APÊNDICE D)

assinado por seu responsável.

Não houve coleta de dados antes da aprovação do Comitê de Ética e os

mesmos serão utilizados exclusivamente para produção de conhecimento científico,

com o compromisso de manutenção de sigilo sobre os dados da população em

estudo.

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38

5.1 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA O SUJEITO DA PESQUISA

Este trabalho implicou em risco mínimo para o participante, uma vez que não

houve procedimentos invasivos, mas o participante esteve sujeito a se sentir

constrangido durante a coleta dos dados. Para minimizar este possível incômodo, o

exame clínico e os questionários aplicados em forma de entrevista foram realizados

em uma sala reservada na própria escola. Teve como benefício o conhecimento da

presença de maloclusão e os estudantes que apresentaram necessidade tratamento

ortodôntico foram orientados e receberam encaminhamento para os seguintes

cursos de especialização em Ortodontia na região metropolitana da cidade do

Recife: Faculdade de Odontologia de Pernambuco – FOP/UPE, Sindicato dos

Odontologistas no Estado de Pernambuco - SOEPE, Associação Brasileira de

Odontologia – ABO-PE.

5.2 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE

Este trabalho implicou em risco mínimo para a comunidade pesquisada. E

trará como benefício informações que poderão ser utilizadas em políticas públicas

de prevenção e tratamento das maloclusões.

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39

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 ARTIGO 2

NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DA

ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES . UM ESTUDO PRELIMINAR

ORTHODONTIC TREATMENT NEED AND SELF-PERCEPTION ESTHETICS DENTAL

IN ADOLESCENTS . A PRELIMINARY STUDY

Fabrícia Soares RODRIGUES a, Aline Cavalcanti da COSTA

a, Priscila Prosini da FONTE

a,

Mônica Vilela HEIMER a

a Faculdade de Odontologia de Pernambuco, FOP – Universidade de Pernambuco,

Camaragibe, PE, Brasil

Autor correspondente: Fabrícia Soares Rodrigues

Endereço: Rua Cassilândia, 331, bloc. 02, apt.301, Cidade Universitária, Recife-PE, CEP:

50740-370

Telefone: (81) 8102-2110

e-mail: [email protected]

[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected]

Artigo adequado segundo as normas as normas da Revista de Odontologia da UNESP (Anexo 6).

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40

RESUMO

Introdução: A avaliação de fatores subjetivos tem se intensificado na investigação

científica, entre eles a autopercepção do indivíduo em relação a sua saúde. Objetivo: Avaliar

a necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes escolares do Recife-PE, bem como a

sua relação com a auto-percepção da estética dental. Material e método: Trata-se de um

estudo preliminar, do tipo transversal, a amostra foi composta por 107 escolares da cidade do

Recife-PE, com idades entre 12 e 15 anos, de ambos os sexos. Foram coletadas informações

sociodemográficas, a maloclusão e necessidade de tratamento foram determinadas por meio

do Índice de Estética Dental e autopercepção da estética dental foi avaliada por meio do

Aesthetic Subjective Impact Score e do Componente Estético do Índice de Necessidade de

Tratamento Ortodôntico. Para a análise estatística foi realizado uma análise descritiva dos

dados sociodemográficos e posteriormente foram utilizados os testes de Mann-Whitney e

Kruskal-Wallis para comparar as médias dos escores alcançados no instrumento sobre

autopercepção, entre os diferentes níveis de maloclusão. Resultado: A prevalência de

maloclusão encontrada foi de 52,4%. Houve diferença estatisticamente significante na

autopercepção da estética dental entre os adolescentes com e sem maloclusão (p=0,018), bem

como entre os com diferentes níveis de maloclusão (p=0,037), não foi encontrada diferença

segundo sexo (p=0,997). Conclusão: Foi encontrada uma alta prevalência de maloclusão e

necessidade de tratamento ortodôntico, a autopercepção da estética dental esteve relacionada

com a presença da maloclusão, bem como com sua severidade e não esteve relacionada com

sexo.

Descritores: Autopercepção; estética dentária; adolescente; má oclusão.

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41

ABSTRACT

Introduction: The evaluation of subjective factors has intensified in scientific research,

including the individual's self-perception regarding your health. Objective: To evaluate the

need for orthodontic treatment among adolescents in Recife, as well as their relationship with

the self-perception of dental aesthetics. Methods: This is a preliminary study, a cross-

sectional sample consisted of 107 students in the city of Recife-PE, aged between 12 and 15

years, of both sexes. We collected sociodemographic information, malocclusion and treatment

needs were determined by the Dental Aesthetic Index and self-perceived dental aesthetics was

evaluated through Aesthetic Subjective Impact Score and Aesthetic Component of

Orthodontic Treatment Need Index. Statistical analysis was performed a descriptive analysis

of demographic data and were later used the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis test to

compare the mean scores achieved in the instrument of perception, between the different

levels of malocclusion. Results: The prevalence of malocclusion was found to be 52.4%.

There were significant differences in self-perception of dental aesthetics among adolescents

with and without malocclusion (p = 0.018), and between different levels of malocclusion (p =

0.037), there was no any difference in gender (p = 0.997). Conclusion: A high prevalence of

malocclusion and orthodontic treatment need was found, the self-perception of dental

aesthetics was related to the presence of malocclusion, as well as their severity and was not

related to sex.

Descriptors: Self-perception; estheticas, dental; adolescent; malocclusion.

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42

Introdução

O uso de questionários, sejam genéricos ou específicos, com o objetivo de avaliar fatores

mais subjetivos, como por exemplo a qualidade da vida na investigação científica, tem se

intensificado nos últimos anos. Isto se deve ao interesse crescente entre os pesquisadores da

área de saúde e também entre clínicos em utilizar além da avaliação clínica, informações

relevantes a respeito da opinião do paciente para o planejamento de suas ações. Desta forma, a

opinião do paciente em relação a sua própria saúde tornou-se altamente valorizada1.

Um destes fatores subjetivos que merecem atenção no tratamento ortodôntico é a

percepção que o indivíduo tem do seu sorriso. Compreender a percepção do paciente é

essencial, pois pode influenciar nas expectativas sobre tratamento e resultados do mesmo.

Também poderia ser uma indicação do grau de motivação do paciente para a realização do

tratamento, o que pode afetar o seu nível de cooperação e de conformidade com as instruções

no decorrer do tratamento2.

Durante o período da adolescência a percepção que o adolescente tem do seu sorriso

ganha um destaque maior, pois a aparência assume uma maior importância, sendo significante

na construção da identidade pessoal. Uma variedade de fatores sociais, culturais, psicológicos

e pessoais influencia a autopercepção dental e a decisão pelo tratamento ortodôntico. Os

adolescentes que procuram tratamento ortodôntico estão preocupados com a melhoria da sua

aparência e aceitação social3.

Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo avaliar a necessidade de

tratamento ortodôntico em adolescentes escolares do Recife-PE, bem como a sua relação com

a auto-percepção da estética dental.

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43

Método

Trata-se de um estudo preliminar, do tipo transversal, realizado com 107 estudantes de

12 a 15 anos de idade, de ambos os sexos, matriculados no ensino fundamental II de três

escolas da rede municipal de ensino da cidade do Recife-PE. Foram excluídos os adolescentes

que estavam sob tratamento ortodôntico, adolescentes com dentição mista e os que

apresentaram deficiências neuropsicomotoras (referenciado pelos professores) que pudessem

comprometer a aplicação dos instrumentos.

A coleta de dados foi realizada mediante exame clínico bucal e questionários dirigidos

aos adolescentes.

O exame clínico foi realizado por uma ortodontista, auxiliada por uma anotadora e foi

realizada uma calibração para definição dos padrões a serem estabelecidos quanto à realização

do exame, resultando em uma concordância intra-examinador satisfatória (Kappa 0,74).

Os adolescentes foram examinados na própria escola e, durante o exame, o escolar

permaneceu sentado em uma cadeira, em frente ao examinador, ao lado de uma janela, para

aproveitar o máximo de luz natural. Utilizaram-se sondas periodontais do tipo CPI

(Community Periodontal Index), palitos de madeira descartáveis para o afastamento das

bochechas e lábios e a examinadora utilizou luvas descartáveis e máscara durante os exames.

A presença de maloclusões e a necessidade de tratamento ortodôntico foram avaliados

por meio do Índice de Estética Dental (DAI)4. Este índice incluiu a avaliação das seguintes

condições: ausência de dentes superiores e inferiores, presença de diastemas ou de

apinhamentos nos segmentos anteriores superiores e inferiores, overjet, sobressaliência

anterior inferior, mordida aberta e relação molar ânteroposterior.

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44

Após a avaliação, aplica-se uma equação do DAI5 que gera um escore e este pode se

enquadrar em diferentes situações, quanto à severidade da maloclusão e sua respectiva

necessidade de tratamento ortodôntico5.

Também foram coletadas informações sobre idade, gênero, raça, e escolaridade e foi

aplicado o Questionário de Classificação socioeconômica, segundo critério Associação

Brasileira de Empresas e Pesquisa (ABEP)6.

A avaliação da autopercepção em relação à estética dental foi realizada por meio do

questionário Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS)1. Este é composto por 5 perguntas

sobre preocupações e autopercepção da aparência dental e cada reposta equivale a uma

determinada pontuação através de uma escala tipo Likert. Esta pontuação pode alcançar um

escore máximo de 35 pontos e quanto maior o valor final, maior percepção negativa da sua

estética dental o indivíduo possui. Depois disso o adolescente foi solicitado a identificar no

Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN-AC)7 a

fotografia que melhor retratava a sua condição bucal. Posteriormente, foram somados os

valores das respostas juntamente com aquele dado ao IOTN-AC 8.

Para a análise estatística foi realizada técnica descritiva dos dados sociodemográficos

e posteriormente foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para comparar

as médias dos escores alcançados no instrumento sobre autopercepção, entre os diferentes

níveis de maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico. Um nível de significância de

5% foi utilizado para a análise dos dados. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade de Pernambuco sob o parecer 705.682.

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45

Resultados

Dos 107 adolescentes estudados, pouco mais da metade eram do sexo feminino

(56.7%), identificaram-se como da cor parda (51.5%), seguida de branca (18.8%) e preta

(16.8%). A maioria tinha 12 anos de idade, cursava o 6o ano (28.8%) e pertencia a classe C

(66,7%).

Em relação à maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico, 47,7%

apresentaram oclusão normal ou maloclusão leve com nenhuma ou pequena necessidade de

tratamento e 13.1% tinham maloclusão muito severa ou deformadora com necessidade

obrigatória de tratamento (TABELA 1).

Observou-se uma diferença estatisticamente significante entre o grupo com oclusão

normal ou maloclusão leve e o grupo com maloclusão de definida a muito severa, ou seja, os

adolescentes com maloclusão apresentam percepção mais negativa de sua estética dental do

que aqueles que possuem oclusão normal ou maloclusão leve (TABELA 2).

Em relação á variável sexo, não houve diferença significativa na autopercepção da

estética dental entre meninos e meninas (TABELA 2)

A tabela 3 demonstra que houve uma diferença estatisticamente significante entre os

grupos com diferentes graus de severidade de maloclusão.

Discussão

A prevalência de necessidade de tratamento ortodôntico encontrada nesta pesquisa foi

alta, englobando mais da metade da amostra avaliada (52,4%). A maloclusão, apesar de ser

um dos problemas bucais mais prevalentes na população brasileira9, pouca atenção tem

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46

recebido dos serviços públicos de saúde bucal na cidade do Recife-PE, sendo escassos os

serviços voltados para prevenção e tratamento da mesma.

Observou-se uma diferença significativa entre a percepção da estética dental entre os

adolescentes com e sem maloclusão, bem como entre os diferentes níveis de severidade da

mesma, indicando uma percepção mais negativa naqueles com maloclusão. Estes achados

corroboram com alguns estudos que também verificaram a existência de uma relação entre

maloclusão e uma percepção negativa do sorriso3,10-14

. Outros autores ainda demonstraram

que a percepção negativa está associada à baixa autoestima e prejuízo na confiança para se

relacionar com outras pessoas15-17

, o que pode ser justificado pela importância dada pelos

adolescente à aparência física nas relações sociais14

.

No entanto, esta relação não é encontrada de forma unânime na literatura, pois alguns

estudos realizados com adolescentes e adultos jovens demonstraram uma fraca associação na

relação entre maloclusão e percepção mais negativa da estética dental2,18

.

Também não existe um consenso quanto a diferenças entre o sexo, enquanto alguns

autores encontraram pior percepção da estética dental entre meninas19

, outros não observaram

diferenças estatisticamente significantes entre meninas e meninos3,13,16

, o que também foi

observado por este estudo.

Esses diferentes resultados podem ser explicados pela percepção que o indivíduo tem

de sua saúde, visto que depende de múltiplos fatores, podendo ser influenciada por questões

sociais, culturais, idade, sexo, entre outros20

.

Apesar de não ter sido objeto de avaliação nesta pesquisa, vale salientar o prejuízo da

função, como a fala e mastigação, em jovens com maloclusão, como foi relatado por Peres et

al.21

, em um estudo realizado em Maringá (PR) com adolescentes de 12 a 15 anos.

O presente estudo trata-se de uma avaliação preliminar, com uma amostra reduzida,

não sendo possível extrapolar os resultados para toda população. No entanto, percebe-se a

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importância da realização de estudos sobre esta temática no município de Recife-PE, uma vez

que muitas pesquisas sobre prevalência, diagnóstico e tratamento da maloclusão já existem22-

24, porém são escassas as que investigam o impacto que estas maloclusões causam na

percepção da estética do sorriso para os adolescentes25

.

Baseado nos resultados preliminares, sugere-se que mais estudos sejam realizados,

com uma amostra de base populacional, investigando a relação entre maloclusão e

autopercepção da estética dental, com o intuito de incentivar a implantação de serviços que

atuem no tratamento e prevenção das maloclusões, bem como subsidiar o seu planejamento.

Conclusão

Foi encontrada uma alta prevalência de maloclusão e necessidade de tratamento

ortodôntico e houve diferença significativa na percepção da estética dental entre os alunos

com e sem maloclusão, bem como entre diferentes níveis de severidade da maloclusão, não

foram encontradas diferenças quanto ao sexo.

Referências

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(OASIS) questionnaire for perception of oral aesthetics in Brazil. Oral health & preventive

dentistry. 2010; 8 (2): 133-137.

2 Kolawole, KA, Ayeni, OO, Osiatuma, VI. Evaluation of self-perceived dental aesthetics and

orthodontic treatment need among young adults. Archives of Oral Research. 2012; 8, (2):

111-19.

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48

3 Marques, LS et al. Factors associated with the desire for orthodontic treatment among

Brazilian adolescents and their parents. BMC Oral Health. 2009;9 (1): 34.

4 Cons, NC, Jenny, J, Kohout, FJ.DAI-The Dental Aesthetic Index. Iowa City: College of

Dentistry, University of Iowa, 1986.

5 Santos, PCFD, Monteiro, ALB, Rocha, RG, Chaves Júnior, C M. Uma ferramenta

alternativa para avaliação do Índice Dental Estético. Rev. clín. ortodon. Dental Press. 2008;

7(5): 34-39.

6 Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de classificação econômica Brasil.

2014.

7 Brook, PH, Shaw, WC. The development of an index of orthodontic treatment priority. Eur

J Orthod. 1989; 11 (3): 309–320.

8 Almeida, AB. Prevalência de má oclusão e necessidade de tratamento ortodôntico em

escolares de 12 anos de idade na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Dissertação de

Mestrado, Juiz de Fora-MG, 2010.

9 Projeto, S. B. Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal-Resultados Principais.

Ministério da Saúde. Brasília. 2011.

10 Tessarollo, FR, Feldens, CA, Closs, LQ. The impact of malocclusion on adolescents

dissatisfaction with dental appearance and oral functions. The Angle Orthodontist. 2011;82

(3): 403-409.

11 Josefsson, E, Bjerklin, K, Lindsten, R. Factors determining perceived orthodontic

treatment need in adolescents of Swedish and immigrant background. The European Journal

of Orthodontics. 2008; 31, (1): 95-102.

12 Danaei, SM, Salehi, P. Association between normative and self-perceived orthodontic

treatment need among 12-to 15-year-old students in Shiraz, Iran. The European Journal of

Orthodontics. 2010; 139.

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49

13 Moura, C, Cavalcanti, AL, Gusmão, ES, Soares, RDSC, Moura, FTC, Santillo, PMH.

Negative self-perception of smile associated with malocclusions among Brazilian adolescents.

The European Journal of Orthodontics. 2012; 35(4): 483-490.

14 Claudino, D, Traebert, J. Malocclusion, dental aesthetic self-perception and quality of life

in a 18 to 21 year-old population: a cross section study. BMC oral health. 2013; 13 (1): 3.

15 Cartes-Velásquez, R, Araya, E, Valdés, C. Maloclusiones y su impacto psicosocial en

estudiantes de un liceo intercultural. International journal of odontostomatology. 2010; 4(1):

65-70.

16 Badran, SA. The effect of malocclusion and self-perceived aesthetics on the self-esteem of

a sample of Jordanian adolescents. The European Journal of Orthodontics. 2010; 32(6): 638-

644.

17 Phillips, C, Beal, KNE. Self-concept and the perception of facial appearance in children

and adolescents seeking orthodontic treatment. The Angle orthodontist. 2009; 79 (1): 12-16.

18 Spalj, S, Slaj, M, Varga, S, Strujic, M, Slaj, M. Perception of orthodontic treatment need in

children and adolescents. The European Journal of Orthodontics. 2009; 101.

19 Peres, KG, Barros, AJ, Anselmi, L, Peres, MA, Barros, FC. Does malocclusion influence

the adolescent's satisfaction with appearance? A cross‐sectional study nested in a Brazilian

birth cohort. Community dentistry and oral epidemiology. 2008; 36(2): 137-143.

20 Martins, AME de BL, Barreto, SM, Pordeus, IA. Auto-avaliação de saúde bucal em

idosos: análise com base em modelo multidimensional. Cad. saúde pública. 2009; 25 (2): 421-

435.

21 Peres, SHDCS, Goya, S, Cortellazzi, KL, Ambrosano, GMB, Meneghim, MDC, Pereira,

AC. Self-perception and malocclusion and their relation to oral appearance and function.

Ciência & Saúde Coletiva. 2011; 16 (10): 4059-4066.

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50

22 Marques, CR, Couto, GB, Orestes, CS. Assessment of orthodontic treatment needs in

Brazilian schoolchildren according to the Dental Aesthetic Index (DAI). Community dental

health. 2007; 24 (3): 145-148.

23 Godoy, F, Godoy-Bezerra, J, Rosenblatt, A. Treatment of posterior crossbite comparing 2

appliances: a community-based trial. American Journal of Orthodontics and Dentofacial

Orthopedics. 2011; 139 (1):45-52.

24 Pinto, EDM. Prevalência das más oclusões no sentido sagital em escolares na cidade do

Recife-PE no ano de 2002 (Doctoral dissertation, Universidade de Pernambuco. Faculdade de

Odontologia de Pernambuco). 2006.

25 Silvestre, L. Impacto estético das más oclusões em adolescentes: um estudo caso-controle

(Doctoral dissertation, Universidade de Pernambuco. Faculdade de Odontologia). 2010

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51

Tabela 1. Frequência absoluta e relativa de maloclusão e necessidade de tratamento

ortodôntico.

Severidade da maloclusão e necessidade de

tratamento ortodôntico

N (%)

Oclusão normal ou maloclusão leve/ Nenhuma ou

pequena necessidade de tratamento

51 47,7

Maloclusão definida/ Necessidade eletiva de tratamento 20 18,7

Maloclusão severa/ Necessidade altamente desejável de

tratamento

22 20,6

Maloclusão muito severa ou deformadora/ necessidade

obrigatória de tratamento

14 13,1

Total 107 100

Tabela 2. Comparação entre médias da autopercepção dental segundo as variáveis presença

de maloclusão e sexo.

Variável Média Desvio Padrão Valor de p(1)

Situação da Oclusão

Oclusão normal ou maloclusão

leve

14,7 6,1 0,018*

Maloclusão de definida a muito

severa

18,6 8,2

Sexo

Meninos 15,2 6,9 0,997

Meninas 15,3 7,0

(1): Através do teste Mann-Whitney.

(*): Diferença significativa ao nível de 5,0%.

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52

Tabela 3. Comparação entre médias da autopercepção dental entre os grupos com diferentes

graus de severidade de maloclusão.

Severidade da maloclusão Média da autopercepção Desvio Padrão Valor de p(1)

Oclusão normal ou

maloclusão leve

14,7 6,1 0,037*

Maloclusão definida 16,4 7,2

Maloclusão severa 19,3 9,3

Maloclusão muito severa 20,9 7,4

(1): Através do teste Kruskal-Wallis.

(*): Diferença significativa ao nível de 5,0%.

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6.2 ARTIGO 3

NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E AUTOPERCEPÇÃO DE

ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE

ORTHODONTIC TREATMENT NEED AND SELF-PERCEPTION ESTHETICS

DENTAL IN ADOLESCENTS IN THE CITY OF RECIFE-PE

NECESIDAD DE TRATAMIENTO ORTODONCICO Y AUTOPERCEPCIÓN DE LA

ESTETICA DENTAL EN ADOLESCENTES DE LA CIUDADE DE RECIFE-PE

Fabrícia Soares Rodrigues1, Aline Cavalcanti da Costa1, Priscila Prosine da Fonte1,

Mônica Vilela Heimer1

1Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP)/Universidade de Pernambuco

(UPE)

Artigo adequado segundo as normas as normas da revista Cadernos de Saúde Pública (Anexo 7).

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54

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo verificar a prevalência de necessidade de

tratamento ortodôntico em adolescentes da cidade do Recife-PE e sua associação

com a autopercepção da estética dental. Para isto foi realizado um estudo do tipo

transversal, com amostra de 625 escolares, com idades entre 12 e 15 anos. A

necessidade de tratamento foi determinada por meio do DAI e a autopercepção da

estética dental foi avaliada por meio do OASIS e do IOTN-AC. Para a análise

estatística foram utilizados os testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para comparar

as médias e também a correlação de spearman. A prevalência de maloclusão foi de

48,6%. Houve associação entre a autopercepção da estética dental pelos

adolescentes com os diferentes níveis de maloclusão, tanto por meio do OASIS (p<

0,001) como pelo IOTN-AC (p< 0,001). Não houve associação da autopercepção da

estética dental com o sexo (p= 0,116) e nem com a classe socioeconômica (p=

0,113). Conclui-se que houve associação entre a percepção da estética dental pelos

adolescentes com os diferentes níveis de maloclusão.

Palavras-chave: Autopercepção; estética dentária; adolescente; má oclusão.

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55

ABSTRACT

This study aimed to determine the prevalence of orthodontic treatment need in

adolescents in the city of Recife-PE and its association with self-perceived dental

aesthetics. For this we performed a cross-sectional study with a sample of 625

students, aged 12 and 15 years. The need for treatment was determined by the DAI

and the self-perception of dental aesthetics was evaluated by OASIS and IOTN-AC.

Statistical analysis was performed using the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests

to compare means and also the correlation of Spearman. The prevalence of

malocclusion was 48.6%. There was an association between self-perceived dental

aesthetics by adolescents with different levels of malocclusion, both through the

OASIS (p <0.001) as the IOTN-AC (p <0.001). There wasn’t an association of self-

perceived dental aesthetics with sex (p = 0.116) nor with socioeconomic status (p =

0.113). It was concluded that there was an association between the perception of

dental aesthetics in adolescents with different levels of malocclusion.

Keywords: Self-perception; estheticas, dental; adolescent; malocclusion.

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56

RESUMEN

Este estudio tuvo como objetivo determinar la prevalencia de la necesidad de un

tratamiento de ortodoncia en los adolescentes en la ciudad de Recife-PE y su

asociación con la estética dental autopercibidas. Para ello se realizó un estudio

transversal con una muestra de 625 estudiantes, de 12 años y 15 años. La

necesidad de tratamiento se determinó por la DAI y la autopercepción de la estética

dental fue evaluada por OASIS y IOTN-AC. Análisis estadístico se realizó mediante

las pruebas de Mann-Whitney y Kruskal-Wallis para comparar las medias y la

correlación de Spearman. La prevalencia de la maloclusión fue del 48,6%. Hubo una

asociación entre la estética dental auto-percibido por los adolescentes con diferentes

niveles de maloclusión, tanto a través de la OASIS (p <0,001) como el IOTN-AC (p

<0,001). No hubo una asociación de estética dental auto-percibida con el sexo (p =

0,116) ni con el nivel socioeconómico (p = 0,113). Se concluyó que existía una

asociación entre la percepción de la estética dental en adolescentes con diferentes

niveles de maloclusión.

Palabras clave: Autopercepción; estetica dental; adolescentes; maloclusión.

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INTRODUÇÃO

A insatisfação com a aparência e a busca por uma melhoria da estética dental

estão entre os principais motivos responsáveis pela procura por tratamento

ortodôntico entre o público adolescente1.

Apesar disto, tradicionalmente, a indicação para tratamento ortodôntico tem

se baseado somente nas percepções dos profissionais relacionada com aspectos

normativos do diagnóstico. Estes aspectos levam em conta principalmente as

relações ântero-posterior, vertical e as desarmonias transversais2. No entanto, a

presença de maloclusões repercute na vida dos jovens além dos aspectos

normativos e da função. Alguns estudos demonstraram que elas podem ter impacto

negativo sobre a qualidade de vida3,4,5 e a autoestima6,7 dos adolescentes.

Um dos fatores importantes que influencia o tratamento ortodôntico é a

autopercepção da atratividade dental8, pois autopercepção negativa do sorriso pode

ser resultado de sentimentos provocados pela insatisfação, associada a fatores

sociais, culturais, psicológicos e ambientais9.

Compreender os fatores envolvidos na demanda por tratamento ortodôntico

em uma determinada população permite um melhor planejamento dos recursos, bem

como uma melhor avaliação das necessidades e prioridades de tratamento1.

Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo verificar a prevalência de

necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes da cidade do Recife-PE e

sua associação com a autopercepção da estética dental.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, realizado com 625 estudantes de 12 a 15

anos de idade, de ambos os sexos, matriculados no ensino fundamental II das

escolas da rede municipal de ensino da cidade do Recife-PE.

Para o cálculo amostral utilizou-se a prevalência de maloclusão para a região

Nordeste (41,5%), segundo o último levantamento epidemiológico Nacional de

saúde bucal (SB Brasil 2010)10. Baseou-se em um universo de 13.750 escolares, de

acordo com a lista fornecida pela Secretaria Municipal de Educação, um intervalo de

confiança de 95%, um erro de 5% e um efeito de desenho (DEFF) DE 1.5. Desta

forma, a amostra mínima necessária foi de 543 estudantes, porém, para compensar

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possíveis perdas, foi acrescido 20%, resultando numa amostra final de 652

adolescentes.

Foram excluídos os adolescentes que estavam sob tratamento ortodôntico,

adolescentes com dentição mista e os que apresentaram deficiências

neuropsicomotoras (referenciado pelos professores), que pudessem comprometer a

aplicação dos instrumentos.

A coleta de dados foi realizada mediante exame clínico bucal e questionários

dirigidos aos adolescentes. O exame clínico foi realizado por uma ortodontista

calibrada (k=0,74), auxiliada por uma anotadora. Os adolescentes foram examinados

na própria escola e, durante o exame, o escolar permaneceu sentado em uma

cadeira, em frente ao examinador, ao lado de uma janela, para aproveitar o máximo

de luz natural. Utilizaram-se sondas periodontais do tipo CPI (Community

Periodontal Index), palito de madeira descartável para o afastamento das bochechas

e lábios e a examinadora utilizou gorro, luvas descartáveis e máscara.

A presença de maloclusões e a necessidade de tratamento ortodôntico foram

avaliadas por meio do Índice de Estética Dental (DAI)11. Foram coletadas questões

sobre idade, gênero, raça, escolaridade e foi aplicado o Questionário de

Classificação socioeconômica, segundo critério Associação Brasileira de Empresas

e Pesquisa (ABEP)12.

A avaliação da autopercepção em relação à estética dental foi realizada por

meio do questionário “Oral Aesthetic Subjective Impact Scale” (OASIS)13 e do

Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN-

AC)14.

A análise estatística foi realizada por meio de percentuais, média, mediana e

desvio padrão. Para a comparação entre grupos foram utilizados os testes

estatísticos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para mais de duas categorias. Para

avaliar a associação entre as variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado

de Pearson. A avaliação do grau de correlação entre variáveis foi realizada através

do coeficiente de correlação de Spearman. A margem de erro utilizada nas decisões

dos testes estatísticos foi de 5%. O programa utilizado para obtenção dos cálculos

estatísticos foi o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na versão 21.

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade de Pernambuco sob o parecer 705.682.

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RESULTADOS

A amostra final foi composta por 625 estudantes. Destes, 62,1% eram do

sexo feminino, 51,4% se declararam pardos, a maioria tinha 12 anos (34,6%),

cursava o 7o ano (35,7%) e pertencia a classe C (70,1%).

A prevalência de maloclusão foi de 48,6% e 24,8% dos adolescentes

apresentaram um grau de necessidade de tratamento ortodôntico altamente

desejável ou obrigatória (TABELA 1).

Observou-se uma diferença significante (p < 0,001) entre a autopercepção da

estética dental, segundo instrumento Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS),

e as variáveis necessidade de tratamento ortodôntico e autopercepção da estética

segundo o IOTN-AC. O mesmo não aconteceu para as variáveis sexo e nível

socioeconômico (TABELA 2).

Foi encontrada uma correlação positiva e estatisticamente significante entre o

DAI e o OASIS (0,223, p < 0,001). Isto indica que a percepção negativa da estética

dental aumenta com o aumento da severidade da maloclusão15.

Na tabela 3 destaca-se que o percentual de adolescentes sem necessidade de

tratamento ortodôntico foi mais elevado entre os que escolheram a foto 1 (66,0%). Já

entre os que possuíam necessidade obrigatória de tratamento o maior percentual

estava entre os que escolheram a foto 5 (33,3%). Foi verificada associação

significativa (p < 0,001) entre o IOTN-AC e a necessidade de tratamento.

Avaliando-se os componentes do DAI, apenas a perda dentária e a presença

de espaços entre os dentes anteriores não apresentaram associação com a

autopercepção da estética dental segundo o OASIS, conforme demonstrado na

tabela 4.

DISCUSSÃO

Este estudo encontrou uma alta prevalência de maloclusão (48,6%) e também

verificou diferenças significativas na percepção dos adolescentes com diferentes

níveis de maloclusão, tanto por meio do OASIS como pelo IOTN-AC.

Esta prevalência está um pouco acima da encontrada pelo levantamento

epidemiológico SB Brasil 201010 para região nordeste, que foi de 41,7% aos 12 anos

e 38,2% de 15 aos 19 anos. Esta diferença pode ter acontecido devido à faixa etária

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deste estudo não ter sido exatamente a mesma, principalmente na faixa de 15 a19

anos, que envolveu adolescentes mais velhos, onde uma maior quantidade já

poderia ter passado por tratamento ortodôntico, reduzindo, assim, a prevalência.

Apesar da alta prevalência de problemas oclusais no Brasil10 e de as

Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal16 criada em 2004 já recomendarem o

atendimento integral de saúde bucal ao indivíduo, somente em 2010 o SUS passou

a financiar tratamento ortodôntico para qualquer usuário17. Porém, diante da não

obrigatoriedade e da demora para implantação de novos serviços pela rede pública

de saúde, ainda hoje na cidade do Recife-PE são escassos o locais que oferecem

este serviço, deixando, assim, grande parte desta demanda sem tratamento.

Isto demonstra que apesar das políticas nacionais, tanto de saúde geral18 com

de saúde bucal16 recomendarem o cuidado integral a saúde das pessoas, e do

avanço no conceito de saúde que, como define Locker19, é a “experiência subjetiva

de uma pessoa em relação ao seu bem-estar funcional, social e psicológico”. Ou

seja, refere-se à experiência individual e suas consequências na vida diária. Ainda

assim, no momento de planejar o nosso sistema de saúde, os governos ainda focam

suas ações no modelo curativo de saúde, voltado para os aspectos normativos das

doenças, sem levar em consideração os valores subjetivos dos indivíduos, dando

preferência a especialidades como a cirurgia oral menor, endodontia e periodontia,

por exemplo16.

Verificaram-se diferenças significativas na autopercepção da estética dental

dos adolescentes com diferentes níveis de maloclusão, tanto por meio do OASIS

como pelo IOTN-AC. Isto corrobora com muitos estudos presentes na literatura

1,2,9,20. Porém, em outras pesquisas, esta diferença não foi observada21,22.

Os achados deste estudo encontraram uma correlação positiva entre o OASIS

e a severidade da maloclusão, indicando que o aumento da gravidade da

maloclusão repercute em um aumento da percepção negativa do sorriso. Na

literatura não existe um consenso quanto a essa relação, uma vez que existem

estudos que confirmaram2,9,23 e outros que não encontraram esta correlação1,8,20.

A associação entre autopercepção negativa da estética dental e a presença

de maloclusão, possivelmente está ligada ao comprometimento estético causado por

esta alteração oclusal. Moura et al.9, por exemplo, concluíram em seu estudo que a

insatisfação do sorriso estava associada, principalmente, a problemas oclusais na

região anterior. Estes problemas foram a irregularidade anterior maxilar maior ou

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igual a dois milímetros, espaçamento incisal, mordida aberta vertical maior ou igual a

dois milimetros, irregularidade mandibular anterior maior ou igual a 2 mm, falta de

dentes na região anterior e presença de diastema. Enquanto que Marques et al.1,

encontraram que a percepção sobre a necessidade de tratamento ortodôntico estava

associada, principalmente aos apinhamentos ântero-superiores a partir de dois

milímetros .

Uma vez que socialmente as mulheres são mais cobradas em relação á sua

aparência24, esperava-se que as meninas possuíssem pior autopercepção em

comparação aos meninos. Fato não confirmado neste estudo, pois não foram

encontradas diferenças significativas da autopercepção da estética dental segundo o

OASIS em relação ao sexo. Essa diferença também não foi encontrada nos estudos

realizados por Moura et al.9, Marques et al1, Peres et al25.

Não foram encontradas diferenças na autopercepção da estética dental

relacionadas à posição socioeconômica dos adolescentes. Estes achados

corroboram com os estudos de Danei; Salehi8, realizado no Irã e com o de Feu et

al.20, realizado no Rio de Janeiro. Porém, tanto o presente estudo como o de Feu et

al. foram realizados no Brasil investigando somente adolescentes estudantes de

escola pública, onde geralmente esta população é bastante homogênea em relação

a sua posição socioeconômica, podendo isto ter influenciado neste resultado.

A avaliação da estética dental através do OASIS e o IOTN-AC apresentaram

associação, demonstrando que quem teve percepção mais negativa do sorriso

também demonstrou isso ao escolher fotos com arranjos dentários mais

desagradáveis.

Avaliando-se os componentes do DAI, apenas a perda dentária de pré-molar

a pré-molar e a presença de espaços entre os dentes anteriores não apresentaram

associação com a autopercepção da estética dental, segundo o OASIS. Estes

achados demonstram como os vários tipos de maloclusão podem interferir na

percepção que o indivíduo tem do seu sorriso.

Por meio deste estudo, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas

investigando as consequências que as maloclusões podem provocar não somente

na função do aparelho estomatognático, como também em outros aspectos

psicossociais, como qualidade de vida e autoestima. Sugere-se também a

importância de se organizar uma rede pública de atendimento aos pacientes com

necessidade de tratamento ortodôntico, principalmente entre o público adolescente,

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uma vez que estes estão passando por um período de consolidação de sua

personalidade, onde a forma como ele se percebe pode influenciar de forma decisiva

na maneira como ele vai lidar com as adversidades da vida.

CONCLUSÃO

A prevalência de maloclusão foi alta;

Houve associação entre a percepção da estética dental pelos adolescentes

com os diferentes níveis de maloclusão, tanto por meio do OASIS como pelo

IOTN-AC;

Não houve associação da autopercepção da estética dental com o sexo e

nem com a classe socioeconômica

REFERÊNCIAS

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among Brazilian adolescents and their parents. BMC Oral Health. 2009; 9 (1): 34.

2 Tessarollo, FR, Feldens, CA, Closs, LQ. The impact of malocclusion on

adolescents' dissatisfaction with dental appearance and oral functions. The Angle

Orthodontist. 2012; 82 (3): 403-409.

3 Marques, LS et al. Aesthetic impact of malocclusion in the daily living of Brazilian

adolescents. Journal of Orthodontics. 2009; 36 (3): 152-159.

4 Feu, D,Oliveira, BH de, Almeida, MA de O, Kiyak, HA, Miguel, JAM. Oral health-

related quality of life and orthodontic treatment seeking. American journal of

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63

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esteem of a sample of Jordanian adolescents. The European Journal of

Orthodontics. 2010; 32 (6): 638-644.

7 Jung, MH.. Evaluation of the effects of malocclusion and orthodontic treatment on

self-esteem in an adolescent population. American Journal of Orthodontics and

Dentofacial Orthopedics. 2010; 138 (2): 160-166.

8 Danaei, SM., Salehi, P. Association between normative and self-perceived

orthodontic treatment need among 12-to 15-year-old students in Shiraz, Iran. The

European Journal of Orthodontics. 2010; 139

9 Moura, C, Cavalcanti, AL, Gusmão, ES, Soares, RDSC, Moura, FTC, Santillo,

PMH. Negative self-perception of smile associated with malocclusions among

Brazilian adolescents. The European Journal of Orthodontics. 2012; 35 (4): 483-490.

10 Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal-Resultados

Principais. Ministério da Saúde. Brasília. 2011.

11 Cons, NC, Jenny, J, Kohout, FJ. DAI--the Dental Aesthetic Index. Iowa City:

College of Dentistry, University of Iowa. 1986.

12 Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de classificação

econômica Brasil. 2014.

13 Pimenta, WV, Traebert, J. Adaptation of the Oral Aesthetic Subjective Impact

Score (OASIS) questionnaire for perception of oral aesthetics in Brazil. Oral health &

preventive dentistry. 2010; 8 (2): 133-137.

14 Evans, R, Shaw, W. Preliminary evaluation of an illustrated scale for rating dental

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64

15 Hulley, SB, Cumming, SR, Browner, WS, Grady, DG, Hearst, NB, Newman, TB.

Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. In Delineando a

pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. Artmed. 2008.

16 Brasil. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Ministério da Saúde. 2004.

17 Brasil.. Nota técnica: Portaria SAS 718. Ministério da Saúde 2010; Disponível

em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ sas/2010/prt0718_20_12_2010.html.

18 Brasil. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Ministério da Saúde. 2012.

19 Locker, D. Concepts of oral health, disease and the quality of life. Measuring oral

health and quality of life. 1997; 11-24.

20 Feu, D, Oliveira, B H, Celeste, R K, Miguel, J A M. Influence of orthodontic

treatment on adolescents’ self-perceptions of esthetics. American Journal of

Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. 2011; 141 (6): 743-750, 2011.

21 Kolawole, KA, Ayeni, OO, Osiatuma, VI. Evaluation of self-perceived dental

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Research. 2012; 8 (2): 111-19.

22 Spalj, S, Slaj, M, Varga, S, Strujic, M, Slaj, M. Perception of orthodontic treatment

need in children and adolescents. The European Journal of Orthodontics. 2009; 101.

23 Danaei, S M; Salehi, P. Association between normative and self-perceived

orthodontic treatment need among 12-to 15-year-old students in Shiraz, Iran. The

European Journal of Orthodontics. 2010; 139.

24 Vale, AMOD, Kerr, LRS, Bosi, MLM. Comportamentos de risco para transtornos

do comportamento alimentar entre adolescentes do sexo feminino de diferentes

estratos sociais do Nordeste do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2011

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65

25 Peres, SHDCS, Goya, S, Cortellazzi, KL, Ambrosano, GMB, Meneghim, MDC,

Pereira, AC. Self-perception and malocclusion and their relation to oral appearance

and function. Ciência & Saúde Coletiva. 2011; 16 (10): 4059-4066.

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Tabela 1: Severidade da maloclusão e grau de necessidade

de tratamento ortodôntico segundo o índice DAI

Classificação segundo o DAI N %

Oclusão normal ou maloclusão leve e nenhuma ou pequena necessidade de tratamento ortodôntico

321 51,4

Má oclusão definida e necessidade eletiva de tratamento ortodôntico

149 23,8

Má oclusão severa e necessidade altamente desejável de tratamento ortodôntico

86 13,8

Má oclusão muito severa ou deformadora e necessidade obrigatória tratamento ortodôntico

69 11,0

Total 625 100

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Tabela 2:Estatísticas do Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS) segundo

sexo, classe social, necessidade de tratamento ortodôntico e o IOTN-AC

“Oral Aesthetic Subjective Impact Score” (OASIS)

Variável Média ± DP Mediana Mínimo Máximo Valor de p

Sexo

Masculino 13,37 ± 7,06 12,00 5 35 p(1)

= 0,116

Feminino 14,27 ± 7,17 13,00 5 33

Nível socioeconômico

A2 + B1 14,59 ± 8,06 14,00 5 29 p(2)

= 0,113

B2 12,64 ± 7,13 10,00 5 29

C1 13,93 ± 7,24 12,00 5 32

C2 13,89 ± 6,94 12,00 5 33

D + E 15,32 ± 6,90 14,00 5 35

Necessidade de tratamento

Nenhuma 12,53 ± 6,72 (A)

11,00 5 33 p(2)

< 0,001*

Eletiva 14,37 ± 7,11 (B)

13,50 5 35

Altamente desejável 16,32 ± 7,39 (C)

15,00 5 29

Obrigatória 16,38 ± 7,16 (C)

17,00 5 29

Escala fotográfica

Foto 1 11,45 ± 6,71 (A)

10,00 5 29 p(2)

< 0,001*

Foto 2 13,12 ± 6,74 (B)

11,00 5 35

Foto 3 14,69 ± 6,88 (C)

14,00 5 29

Foto 4 15,64 ± 6,68 (CD)

14,00 5 29

Foto 5 17,29 ± 8,42 (CD)

15,50 6 32

Fotos de 6 a 10 17,19 ± 7,47 (D)

17,00 5 33

(*): Associação significativa ao nível de 5,0%.

(1): Através do teste Mann-Whitney.

(2): Através do teste Kruskal Wallis.

Obs.: Se todas as letras entre parênteses são distintas, comprova-se diferença significativa entre as

categorias correspondentes pelas comparações pareadas do referido teste.

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Tabela 3: Avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico segundo o

Componente Estético (AC) do IOTN.

Necessidade de tratamento

IOTN AC Nenhuma Eletiva

Altamente desejável

Obrigatória TOTAL Valor de p

N % N % n % n % N %

Foto 1 97 66,0 26 17,7 13 8,8 11 7,5 147 100,0

p(1)

< 0,001*

Foto 2 95 53,4 47 26,4 19 10,7 17 9,6 178 100,0

Foto 3 79 54,1 36 24,7 19 13,0 12 8,2 146 100,0

Foto 4 25 34,7 24 33,3 15 20,8 8 11,1 72 100,0

Foto 5 5 20,8 7 29,2 4 16,7 8 33,3 24 100,0

Fotos de 6 a 10 19 33,3 9 15,8 16 28,1 13 22,8 57 100,0

Total

320 51,3 149 23,9 86 13,8 69 11,1 624 100,0

(*): Associação significativa ao nível de 5,0%.

(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.

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Tabela 4: Avaliação da associação do Oral Aesthetic Subjective Impact Score

(OASIS) segundo cada um dos componentes do DAI.

Componente do DAÍ Média ± DP Mediana Valor de p

Perda dentária

Nenhuma 13,79 ± 7,08 12,00 p(1)

= 0,082 Perda em pré-molar a molar 15,97 ± 7,54 17,00

Presença de apinhamento

Nenhuma 13,27 ± 6,75 (A)

11,00 p(2)

= 0,015* Em um dos arcos 13,58 ± 7,0

(A) 11,00

Nos dois arcos 15,51 ± 7,65 (B)

14,00

Presença de espaços entre os dentes anteriores

Nenhum 13,74 ± 7,06 12,00 p(2)

= 0,298 Em um das arcadas 14,69 ± 7,53 14,00 Nas duas arcadas 13,09 ± 6,34 11,00

Overjet maxilar Nenhuma 16,62 ± 7,53

(A) 18,50 p

(2) = 0,002*

Ideal ou leve 13,53 ± 7,04 (B)

12,00 Moderada 13,46 ± 6,64

(B) 13,00

Severa ou extrema 18,33 ± 7,11 (A)

18,00

Overjet mandibular

Nenhuma 13,65 ± 7,03 (A)

12,00 p(1)

= 0,010* Leve 17,67 ± 7,93

(B) 19,50

Moderada 16,23 ± 6,81 (AB)

19,00 Severa 20,50 ± 0,71

(AB) 20,50

Mordida aberta anterior

Não 13,56 ± 6,98 (A)

12,00 p(2)

= 0,004* De 1 a 2 mm 17,40 ± 7,67

(B) 17,00

De 3 a 4 mm 13,48 ± 7,19 (AB)

12,00 > 4 mm 17,27 ± 7,30

(AB) 15,00

Relação dos molares no sentido ântero-posterior

Classe I 13,00 ± 6,99 (A)

11,00 p(2)

= 0,002* Meia classe II ou meia classe III 14,30 ± 7,17

(A) 12,00

Classe II ou III completas 15,67 ± 7,04 (B)

14,50 Diastema

Ausente 13,67 ± 7,19 12,00 p(1)

= 0,043* Presente 14,82 ± 6,81 14,00

(*): Associação significativa ao nível de 5,0%.

(1): Através do teste Mann-Whitney.

(2): Através do teste Kruskal Wallis.

Obs.: Se todas as letras entre parênteses são distintas, comprova-se diferença significativa entre as

categorias correspondentes pelas comparações pareadas do referido teste.

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70

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo, bem como a literatura, demonstraram a importância de se levar

em conta fatores mais subjetivos no momento tanto do planejamento clínico, como

para o planejamento de ações públicas de tratamento e prevenção das maloclusões.

Por meio deste trabalho foi possível concluir que existe diferença na

autopercepção da estética dental de adolescentes com diferentes níveis de

maloclusão. Este dado é importante, pois no período da adolescência a aparência

ganha destaque, podendo isto influenciar nas relações pessoais, bem como a

literatura também aponta a possibilidade disto influenciar em outros fatores como a

qualidade de vida do adolescente e sua autoestima.

Apesar da alta prevalência de maloclusão encontrada neste estudo e em

grandes levantamentos epidemiológicos, a cidade do Recife-PE possui escassas

ações para tratamento e prevenção deste agravo, por isso recomenda-se que a rede

de atendimento em saúde bucal seja organizada de forma a contemplar também o

tratamento ortodôntico.

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71

REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

APÊNDICE A

FICHA CLÍNICA (ÍNDICE DAI)

Questionário nº:__________ Nome________________________________________

Escola:__________________________________Turma:___________Turno________

COMPONENTES

VALOR

OBTIDO PESO TOTAL

DENTIÇÃO Ausência de I, C e PMs . sup e inf . nº de dentes. 6

ESPAÇO

Apinhamento na região de incisivos 1

Espaçamento na região de incisivos 1

Diastemas em mm 3

Desalinhamento maxilar anterior em

mm

1

Desalinhamento mandibular anterior

em mm

1

OCLUSÃO

Overjet maxilar anterior em mm 2

Overjet mandibular anterior em mm 4

Mordida aberta vertical anterior em

mm

4

Relação molar 3

Constante - - 13

Total (ESCORE DAI) - -

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APÊNDICE B

Dados Sociodemográficos

Questionário nº:__________ Nome________________________________________

Escola:__________________________________Turma:___________Turno________

Ano (série): 1 ( ) 6o ano 2 ( ) 7

o ano 3 ( ) 8

o ano 4 ( ) 9

o ano

Idade: 1 ( ) 12 anos 2 ( ) 13 anos 3 ( ) 14 anos 4 ( ) 15 anos

Sexo: 1 ( ) Masculino 2 ( ) Feminino

Raça (cor da

pela): 1 ( ) Branca 2 ( ) Preta 3 ( ) Parda 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena

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APÊNCICE C

TERMO DE ASSENTIMENTO

Você está sendo convidado a participar da pesquisa intitulada PREVALÊNCIA DE NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTDÔNTICO E FATORES PSICOSSOCIAIS sob a responsabilidade da Professora Mônica Vilela Heimer e da aluna Fabrícia Soares Rodrigues, cujo objetivo é determinar quantos adolescentes na cidade de Recife – PE precisam usar aparelho nos dentes, como eles percebem esta necessidade, como isso se relaciona com sua qualidade de vida e com o seu senso de coerência.

Para realização deste trabalho usaremos os seguintes métodos: será realizado um exame na

boca, também serão feitas algumas perguntas (ex: nos últimos três meses você sentiu dor de dente,

achou seu dente mais amarelado ou escuro, percebeu mau hálito, você tem a impressão de que tem

sido tratado com injustiça, etc.)

Seu nome assim como todos os dados que lhe identifiquem serão mantidos sob sigilo

absoluto, antes, durante e após o término do estudo.

Quanto aos riscos e desconfortos, estes serão mínimos, pois não haverá nenhum procedimento

invasivo.

Os benefícios esperados com o resultado desta pesquisa são a obtenção de informações sobre a necessidade do uso de aparelho nos dentes e assim planejar ações para melhorar a abordagem desta alteração, uma vez que o município pretende implantar esta especialidade nos Centros de Especialidades Odontológicas.

No curso da pesquisa você tem os seguintes direitos: a) garantia de esclarecimento e

resposta a qualquer pergunta; b) liberdade de abandonar a pesquisa a qualquer momento, mesmo

que seu pai ou responsável tenha consentido sua participação, sem prejuízo para si; c) garantia de

que caso haja algum dano a sua pessoa, os prejuízos serão assumidos pelos pesquisadores ou pela

instituição responsável. Caso haja gastos adicionais, os mesmos serão absorvidos pelo pesquisador.

Nos casos de dúvidas você deverá falar com seu responsável, para que ele procure os

pesquisadores, a fim de resolver seu problema (Mônica Vilela Heimer, endereço: Av. Gal. Newton

Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 31847600 e Fabrícia Soares Rodrigues, endereço: Av.

Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 81022110).

Assentimento Livre e Esclarecido

Eu ______________________________________________________, após ter recebido todos os

esclarecimentos e assinado o TCLE, confirmo que o (a) menor

_____________________________________________, recebeu todos os esclarecimentos

necessários, e concorda em participar desta pesquisa. Desta forma, assino este termo, juntamente

com o pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra em poder do

pesquisador.

Recife,___/___/___

_____________________________ __________________________

Assinatura do responsável Assinatura do pesquisador

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APÊNDICE D

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Elaborado de acordo com a Resolução 466/2012-CNS/CONEP)

Convidamos V.Sa. a participar da pesquisa NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E FATORES PSICOSSOCIAIS), sob responsabilidade da pesquisadora Mônica Vilela Heimer e sua equipe Fabrícia Soares Rodrigues, tendo por objetivo determinar quantos adolescentes na cidade de Recife – PE precisam usar aparelho nos dentes, como eles percebem esta necessidade, como isso se relaciona com sua qualidade de vida. vida e com o seu senso de coerência.

Para realização deste trabalho usaremos o(s) seguinte(s) método(s): será realizado um exame

na boca do adolescente, serão feitas algumas perguntas (ex: nos últimos três meses você sentiu dor

de dente, achou seu dente mais amarelado ou escuro, percebeu mau hálito, você tem a impressão

de que tem sido tratado com injustiça, etc.).

Esclarecemos que manteremos em anonimato, sob sigilo absoluto, durante e após o término

do estudo, todos os dados que identifiquem o sujeito da pesquisa usando apenas, para divulgação,

os dados inerentes ao desenvolvimento do estudo. Informamos também que após o término da

pesquisa, serão destruídos de todo e qualquer tipo de mídia que possa vir a identificá-lo tais como

filmagens, fotos, gravações, etc., não restando nada que venha a comprometer o anonimato de sua

participação agora ou futuramente.

Quanto aos riscos e desconfortos, estes serão mínimos, pois não haverá nenhum

procedimento invasivo.

Os benefícios esperados com o resultado desta pesquisa são a obtenção de informações

sobre a necessidade do uso de aparelho nos dentes e assim planejar ações para melhorar a

abordagem desta alteração, uma vez que o município pretende implantar esta especialidade nos

Centros de Especialidades Odontológicas.

O (A) senhor (a) terá os seguintes direitos: a garantia de esclarecimento e resposta a

qualquer pergunta; a liberdade de abandonar a pesquisa a qualquer momento sem prejuízo para si; a

garantia de que em caso haja algum dano a sua pessoa (ou o dependente), os prejuízos serão

assumidos pelos pesquisadores ou pela instituição responsável. Caso haja gastos adicionais, os

mesmos serão absorvidos pelo pesquisador.

Nos casos de duvidas e esclarecimentos o (a) senhor (a) deve procurar os pesquisadores Mônica Vilela Heimer, endereço: Av. Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 31847600 e Fabrícia Soares Rodrigues, endereço: Av. Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 81022110.

Caso suas duvidas não sejam resolvidas pelos pesquisadores ou seus direitos sejam negados,

favor recorrer ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, localizado à Av.

Agamenon Magalhães, S/N, Santo Amaro, Recife-PE, telefone 81-3183-3775 ou ainda através do e-

mail [email protected].

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu ________________________________________________________, responsável pelo (a) menor

___________________________________________________________, após ter recebido todos os

esclarecimentos e ciente dos meus direitos, concordo em participar desta pesquisa, bem como

autorizo a divulgação e a publicação de toda informação por mim transmitida, exceto dados pessoais,

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em publicações e eventos de caráter científico. Desta forma, assino este termo, juntamente com o

pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra em poder do(s)

pesquisador (es).

Recife, ___/___/___

_________________________________ __________________________________

Assinatura do Sujeito (ou responsável) Assinatura do pesquisador

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ANEXOS

ANEXO 1

Comprovante de envio para a Revista Arquivos Brasileiros de Psicologia

.

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ANEXO 2

Critério de Classificação socioeconômica – ABEP

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ANEXO 3

Oral Aesthetic Subjective Impact Score - OASIS

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ANEXO 4

APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA

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ANEXO 5

CARTA DE ANUÊNCIA DA PREFEITURA DO RECIPE-PE

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ANEXO 6

NORMAS DA REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP

REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP

Instruções aos Autores ESCOPO E POLÍTICA A Revista de Odontologia da UNESP tem como missão publicar artigos científicos inéditos de pesquisa básica e aplicada que constituam avanços do conhecimento científico na área de Odontologia, respeitando os indicadores de qualidade. ITENS EXIGIDOS PARA A APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS - Os artigos enviados para publicação devem ser inéditos e não ter sido submetidos simultaneamente a outro periódico. A Revista de Odontologia da UNESP reserva-se todo o direito autoral dos trabalhos publicados, inclusive tradução, permitindo, entretanto, a sua posterior reprodução como transcrição com a devida citação da fonte. - Podem ser submetidos artigos escritos em português ou inglês. O texto em inglês, após aceito para publicação, deverá ser submetido a uma revisão gramatical do idioma por empresa reconhecida pela Revista. - A Revista de Odontologia da UNESP tem publicação bimestral e tem o direito de submeter todos os artigos a um corpo de revisores, totalmente autorizados para decidir pela aceitação, ou para devolvê-los aos autores com sugestões e modificações no texto, e/ou para adaptação às regras editoriais da revista. - Os conceitos afirmados nos trabalhos publicados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo obrigatoriamente a opinião do Editor Científico ou do Corpo Editorial. - As datas do recebimento do artigo, bem como sua aprovação, devem constar na publicação. CRITÉRIOS DE ANÁLISE DOS ARTIGOS - Os artigos são avaliados primeiramente quanto ao cumprimento das normas de publicação e analisados em programa específico quanto a ocorrência de plágio. - Os artigos que estiverem de acordo com as normas são avaliados por um Editor de Área, que o encaminha ao Editor Científico para uma análise quanto à adequação ao escopo e quanto a critérios mínimos de qualidade científica e de redação. Depois da análise, o Editor Científico pode recusar os artigos, com base na avaliação do Editor de Área, ou encaminhá-los para avaliação por pares. - Os artigos aprovados para avaliação pelos pares são submetidos à análise quanto ao mérito e método científico por, no mínimo, dois revisores; mantendo-se sigilo total das identidades dos autores. - Quando necessária revisão, o artigo é devolvido ao autor correspondente para as alterações, mantendo-se sigilo total das identidades dos revisores. A versão revisada é ressubmetida, pelos autores, acompanhada por uma carta resposta (cover letter), explicando cada uma das alterações realizadas no artigo a pedido dos revisores. As sugestões que não forem aceitas devem vir acompanhadas de justificativas convincentes. As alterações devem ser destacadas no texto do artigo em negrito ou em outra cor. Quando as sugestões e/ou correções forem feitas diretamente no texto, recomendam-se modificações nas configurações do Word, para que a identidade do autor seja preservada. O artigo revisado e a carta resposta são, inicialmente, avaliados pelo Editor Científico, que os envia aos revisores, quando solicitado.

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- Nos casos de inadequação da língua portuguesa ou inglesa, uma revisão técnica por um especialista é solicitada aos autores. - Nos casos em que o artigo for rejeitado por um dos dois revisores, o Editor Científico decide sobre seu envio para a análise de um terceiro revisor. - Nos casos de dúvida sobre a análise estatística, esta é avaliada pelo estatístico consultor da revista. CORREÇÃO DAS PROVAS DOS ARTIGOS - A prova final dos artigos é enviada ao autor correspondente através de e-mail com um link para baixar o artigo diagramado em PDF para aprovação final. - O autor dispõe de um prazo de 72 horas para correção e devolução do original devidamente revisado, se necessário. - Se não houver retorno da prova em 72 horas, o Editor Científico considera como final a versão sem alterações, e não são mais permitidas maiores modificações. Apenas pequenas modificações, como correções de ortografia e verificação das ilustrações, são aceitas. Modificações extensas implicam a reapreciação pelos revisores e atraso na publicação do artigo. - A inclusão de novos autores não é permitida nessa fase do processo de publicação. FORMA E PREPARAÇÃO DE MANUSCRITOS SUBMISSÃO DOS ARTIGOS Todos os manuscritos devem vir, obrigatoriamente, acompanhados da Carta de Submissão, do Certificado do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, como também da Declaração de Responsabilidade, da Transferência de Direitos Autorais e da Declaração de Conflito de Interesse (documento explicitando presença ou não de conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade do trabalho científico) assinada pelo(s) autor(es) (modelos anexos). O manuscrito deve ser enviado em dois arquivos: um deles deve conter somente o título do trabalho e respectivos autores; o outro, o artigo completo sem a identificação dos autores. PREPARAÇÃO DO ARTIGO Deverão ser encaminhados a revista os arquivos: 1. página de identificação 2. artigo 3. ilustrações 4. carta de submissão 5. cópia do certificado da aprovação em Comitê de Ética, Declaração de Responsabilidade, Transferência de Direitos Autorais e Declaração de Conflito de Interesse Página de identificação A página de identificação deve conter as seguintes informações: • títulos em português e em inglês devem ser concisos e refletir o objetivo do estudo. • nomes por extenso dos autores (sem abreviatura), com destaque para o sobrenome (em negrito ou em maiúsculo) e na ordem a ser publicado; nomes da instituição aos quais são afiliados (somente uma instituição), com a respectiva sigla da instituição (UNESP, USP, UNICAMP, etc.); cidade, estado (sigla) e país (Exemplo: Faculdade de Odontologia, UNESP Univ - Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brasil). Os autores deverão ser de no máximo 5 (cinco). Quando o estudo for desenvolvidos por um número maior que 5 pesquisadores, deverá ser enviada justificativa, em folha separada, com a descrição da participação de todos os autores. A revista irá analisar a justificativa baseada nas diretrizes do "International Committee of Medical Journal Editors", disponíveis em http://www.icmje.org/ethical_1author.html. • endereço completo do autor correspondente, a quem todas as correspondências devem ser endereçadas, incluindo telefone, fax e e-mail; • e-mail de todos os autores.

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Artigo O texto, incluindo resumo, abstract, tabelas, figuras e referências, deve estar digitado no formato .doc, preparado em Microsoft Word 2007 ou posterior, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço duplo, margens laterais de 3 cm, superior e inferior com 2,5 cm, e conter um total de 20 laudas. Todas as páginas devem estar numeradas a partir da página de identificação. Resumo e Abstract O artigo deve conter RESUMO e ABSTRACT precedendo o texto, com o máximo de 250 palavras, estruturado em seções: introdução; objetivo; material e método; resultado; e conclusão. Nenhuma abreviação ou referência (citação de autores) deve estar presente. Descritores/Descriptors Indicar os Descritores/Descriptors com números de 3 a 6, identificando o conteúdo do artigo, e mencioná-los logo após o RESUMO e o ABSTRACT. Para a seleção dos Descritores/Descriptors, os autores devem consultar a lista de assuntos do MeSH Data Base (http://www. ncbi.nlm.nih.gov/mesh) e os Descritores em Ciências da Saúde – DeCS (http://decs.bvs.br/). Deve-se utilizar ponto e vírgula para separar os descritores/descriptors, que devem ter a primeira letra da primeira palavra em letra maiúscula. Exemplos: Descritores: Resinas compostas; dureza. Descriptors: Photoelasticity; passive fit. Introdução Explicar precisamente o problema, utilizando literatura pertinente, identificando alguma lacuna que justifique a proposição do estudo. No final da introdução, estabelecer a hipótese a ser avaliada. Material e método Apresentar com detalhes suficientes para permitir a confirmação das observações e possibilitar sua reprodução. Incluir cidade, estado e país de todos os fabricantes, depois da primeira citação dos produtos, instrumentos, reagentes ou equipamentos. Métodos já publicados devem ser referenciados, exceto se modificações tiverem sido feitas. No final do capítulo, descrever os métodos estatísticos utilizados. Resultado Os resultados devem ser apresentados seguindo a sequência do Material e método, com tabelas, ilustrações, etc. Não repetir no texto todos os dados das tabelas e ilustrações, enfatizando somente as observações importantes. Utilizar o mínimo de tabelas e de ilustrações possível. Discussão Discutir os resultados em relação à hipótese testada e à literatura (concordando ou discordando de outros estudos, explicando os resultados diferentes). Destacar os achados do estudo e não repetir dados ou informações citados na introdução ou nos resultados. Relatar as limitações do estudo e sugerir estudos futuros. Conclusão A(s) conclusão(ões) deve(m) ser coerentes com o(s) objetivo(s), extraídas do estudo, não repetindo simplesmente os resultados. Agradecimentos Agradecimentos às pessoas que tenham contribuído de maneira significativa para o estudo e agências de fomento devem ser realizadas neste momento. Para o(s) auxílio(s) financeiro(s) deve(m) ser citado o(s) nome(s) da(s) organização(ões) de apoio de fomento e o(s) número(s) do(s) processo(s). Ilustrações e tabelas As ilustrações, tabelas e quadros são limitadas no máximo de 4 (quatro). As ilustrações (figuras, gráficos, desenhos, etc.), são consideradas no texto como figuras.

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Devem ser numeradas consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem em que aparecem no texto e indicadas ao longo do Texto do Manuscrito, logo após sua primeira citação com as respectivas legendas. As figuras devem estar em cores originais, digitalizadas em formato tif, gif ou jpg, com no mínimo 300dpi de resolução, 86 mm (tamanho da coluna) ou 180 mm (tamanho da página inteira). As legendas correspondentes devem ser claras, e concisas. As tabelas e quadros devem ser organizadas e numeradas consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem em que aparecem no texto e indicadas ao longo do Texto do Manuscrito, logo após sua primeira citação com as respectivas legendas. A legenda deve ser colocada na parte superior. As notas de rodapé devem ser indicadas por asteriscos e restritas ao mínimo indispensável. Citação de autores no texto Os autores devem ser citados no texto em ordem ascendente A citação dos autores no texto pode ser feita de duas formas: Numérica : as referências devem ser citadas de forma sobrescrita. Exemplo: Radiograficamente, é comum observar o padrão de “escada”, caracterizado por uma radiolucidez entre os ápices dos dentes e a borda inferior da mandíbula.6,10,11,13

Alfanumérica • um autor: Ginnan4

• dois autores: separados por vírgula - Tunga, Bodrumlu13

• três autores ou mais de três autores: o primeiro autor seguido da expressão et al. - Shipper et al.2

Exemplo: As técnicas de obturação utilizadas nos estudos abordados não demonstraram ter tido influência sobre os resultados obtidos, segundo Shipper et al.2 e Biggs et al.5 Shipper et al.2, Tunga, Bodrumlu13 e Wedding et al.18, […] Referências Todas as referências devem ser citadas no texto; devem também ser ordenadas e numeradas na mesma sequência em que aparecem no texto. Citar no máximo 25 referências. As Referências devem seguir os requisitos da National Library of Medicine (disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7256/). Os títulos dos periódicos devem ser referidos de forma abreviada, sem negrito, itálico ou grifo, de acordo com o Journals Data Base (PubMed) (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals), e, para os periódicos nacionais, verificar o Portal de Revistas Científicas em Ciências da Saúde da Bireme (http://portal.revistas.bvs.br/?lang=pt). A exatidão das referências constantes da listagem e a correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es) do artigo. Citar apenas as referências relevantes ao estudo. Referências à comunicação pessoal, trabalhos em andamento, artigos in press, resumos, capítulos de livros, dissertações e teses não devem constar da listagem de referências. Quando essenciais, essas citações devem ser registradas por asteriscos- no rodapé da página do texto em que são mencionadas. EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS ARTIGOS DE PERIÓDICOS Duane B. Conservative periodontal surgery for treatment of intrabony defects is associated with improvements in clinical parameters. Evid Based Dent. 2012;13(4):115-6. Litonjua LA, Cabanilla LL, Abbott LJ. Plaque formation and marginal gingivitis associated with restorative materials. Compend Contin Educ Dent. 2012 Jan;33(1):E6-E10.

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Sutej I, Peros K, Benutic A, Capak K, Basic K, Rosin-Grget K. Salivary calcium concentration and periodontal health of young adults in relation to tobacco smoking. Oral Health Prev Dent. 2012;10(4):397-403. Tawil G, Akl FA, Dagher MF, Karam W, Abdallah Hajj Hussein I, Leone A, et al. Prevalence of IL-1beta+3954 and IL-1alpha-889 polymorphisms in the Lebanese population and its association with the severity of adult chronic periodontitis. J Biol Regul Homeost Agents. 2012 Oct-Dec;26(4):597-606. Goyal CR, Klukowska M, Grender JM, Cunningham P, Qaqish J. Evaluation of a new multi-directional power toothbrush versus a marketed sonic toothbrush on plaque and gingivitis efficacy. Am J Dent. 2012 Sep;25 Spec No A(A):21A-26A. Caraivan O, Manolea H, Corlan Puşcu D, Fronie A, Bunget A, Mogoantă L. Microscopic aspects of pulpal changes in patients with chronic marginal periodontitis. Rom J Morphol Embryol. 2012;53(3 Suppl):725-9. LIVROS Domitti SS. Prótese total articulada com prótese parcial removível. São Paulo: Santos; 2001. Todescan R, Silva EEB, Silva OJ. Prótese parcial removível : manual de aulas práticas disciplina I. São Paulo: Santos ; 2001.

Gold MR, Siegal JE, Russell LB, Weintein MC, editors. Cost-effectiveness in health and

medicine. Oxford: Oxford University Press; 1997. PRINCÍPIOS ÉTICOS E REGISTRO DE ENSAIOS CLÍNICOS - Procedimentos experimentais em animais e em humanos Estudo em Humanos: Todos os trabalhos que relatam experimentos com humanos, ou que utilizem partes do corpo ou órgãos humanos (como dentes, sangue, fragmentos de biópsia, saliva, etc.), devem seguir os princípios éticos estabelecidos e ter documento que comprove sua aprovação (protocolo e relatório final) por um Comitê de Ética em Pesquisa em seres humanos (registrado na CONEP) da Instituição do autor ou da Instituição em que os sujeitos da pesquisa foram recrutados, conforme Resolução 196/96 e suas complementares do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Estudo em animais: Em pesquisas envolvendo experimentação animal, é necessário que o protocolo e seu relatório final tenham sido aprovados pelo Comitê de Pesquisa em Animais da Instituição do autor ou da Instituição em que os animais foram obtidos e realizado o experimento. O Editor Científico e o Conselho Editorial se reservam o direito de recusar artigos que não demonstrem evidência clara de que esses princípios foram seguidos ou que, ao seu julgamento, os métodos empregados não foram apropriados para o uso de humanos ou de animais nos trabalhos submetidos a este periódico. Ética na Pesquisa: a Revista de Odontologia da UNESP preza durante todo o processo de avaliação dos artigos pelo mais alto padrão ético. Todos os Autores, Editores e Revisores são encorajados a estudarem e seguirem as orientações do Committee on Publication Ethics - COPE (http://publicationethics.org, http://publicationethics.org/files/International%20standards_authors_for%20website_11_Nov_2011.pdf, http://publicationethics.org/files/International%20standard_editors_for%20website_11_Nov_2011.pdf) em todas as etapas do processo. Nos casos de suspeita de má conduta ética, está será analisada pelo Editor chefe que tomará providências para que seja esclarecido. Quando necessário a revista poderá publicar correções, retratações e esclarecimentos. Casos omissos nestas normas são resolvidos pelo Editor Científico e pela Comissão Editorial.

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ABREVIATURAS, SIGLAS E UNIDADES DE MEDIDA Para unidades de medida, devem ser utilizadas as unidades legais do Sistema Internacional de Medidas. MEDICAMENTOS E MATERIAIS Nomes de medicamentos e de materiais registrados, bem como produtos comerciais, devem aparecer entre parênteses, após a citação do material, e somente uma vez (na primeira). Editor Chefe Profa. Dra. Rosemary Adriana Chierici Marcantonio E-mail: [email protected] O artigo para publicação deve ser enviado exclusivamente pelo link de submissão online: http://www.scielo.br/rounesp

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ANEXO 7

NORMAS DA REVISTA CADERNOS DE SAÚDE PÚBLICA

INSTRUÇÕES PARA

AUTORES

Cadernos de Saúde Pública/Reports in Public Health (CSP) publica artigos originais com elevado mérito científico, que contribuem com o estudo da saúde pública em geral e disciplinas afins. Recomendamos aos autores a leitura atenta das instruções antes de submeterem seus artigos a CSP.

Como o resumo do artigo alcança maior visibilidade e distribuição do que o artigo em si, indicamos a leitura atenta da recomendação específica para sua elaboração. (leia mais)

1. CSP ACEITA TRABALHOS PARA AS SEGUINTES SEÇÕES: 1.1 - Artigo: resultado de pesquisa de natureza empírica (máximo de 6.000 palavras e 5 ilustrações). Dentro dos diversos tipos de estudos empíricos, apresentamos dois modelos: artigo de pesquisa etiológica na epidemiologia e artigo utilizando metodologia qualitativa;

1.2 - Revisão: Revisão crítica da literatura sobre temas pertinentes à Saúde Coletiva, máximo de 8.000 palavras e 5 ilustrações. (leia mais);

1.3 - Ensaio: texto original que desenvolve um argumento sobre temática bem delimitada, podendo ter até 6000 palavras (leia mais);

1.4 - Comunicação Breve: relatando resultados preliminares de pesquisa, ou ainda resultados de estudos originais que possam ser apresentados de forma sucinta (máximo de 1.700 palavras e 3 ilustrações);

1.5 - Debate: análise de temas relevantes do campo da Saúde Coletiva, que é acompanhado por comentários críticos assinados por autores a convite das Editoras, seguida de resposta do autor do artigo principal (máximo de 6.000 palavras e 5 ilustrações);

1.6 - Seção temática: seção destinada à publicação de 3 a 4 artigos versando sobre tema comum, relevante para a Saúde Coletiva. Os interessados em submeter trabalhos para essa Seção devem consultar as Editoras;

1.7 - Perspectivas: análises de temas conjunturais, de interesse imediato, de importância para a Saúde Coletiva (máximo de 1.600 palavras);

1.8 - Questões Metodológicas: artigos cujo foco é a discussão, comparação ou avaliação de aspectos metodológicos importantes para o campo, seja na área de desenho de estudos, análise de dados ou métodos qualitativos (máximo de 6.000 palavras e 5 ilustrações); artigos sobre instrumentos de aferição epidemiológicos devem ser submetidos para esta Seção, obedecendo preferencialmente as regras de Comunicação Breve (máximo de 1.700 palavras e 3 ilustrações);

1.9 - Resenhas: resenha crítica de livro relacionado ao campo temático de CSP, publicado nos últimos dois anos (máximo de 1.200 palavras);

1.10 - Cartas: crítica a artigo publicado em fascículo anterior de CSP (máximo de 700 palavras).

2. NORMAS PARA ENVIO DE ARTIGOS 2.1 - CSP publica somente artigos inéditos e originais, e que não estejam em avaliação em nenhum outro periódico simultaneamente. Os autores devem declarar essas condições no processo de submissão. Caso seja identificada a publicação ou submissão simultânea em outro periódico o artigo será desconsiderado. A submissão simultânea de um artigo científico a mais de um periódico constitui grave falta de ética do autor. 2.2 - Serão aceitas contribuições em Português, Inglês ou Espanhol.

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2.3 - Notas de rodapé e anexos não serão aceitos. 2.4 - A contagem de palavras inclui somente o corpo do texto e as referências bibliográficas, conforme item 12.13. 2.5 - Todos os autores dos artigos aceitos para publicação serão automaticamente inseridos no banco de consultores de CSP, se comprometendo, portanto, a ficar à disposição para avaliarem artigos submetidos nos temas referentes ao artigo publicado.

3. PUBLICAÇÃO DE ENSAIOS CLÍNICOS 3.1 - Artigos que apresentem resultados parciais ou integrais de ensaios clínicos devem obrigatoriamente ser acompanhados do número e entidade de registro do ensaio clínico. 3.2 - Essa exigência está de acordo com a recomendação do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME)/Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o Registro de Ensaios Clínicos a serem publicados a partir de orientações da OMS, do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) e do Workshop ICTPR. 3.3- As entidades que registram ensaios clínicos segundo os critérios do ICMJE são:

o Australian New Zealand Clinical Trials Registry (ANZCTR) o ClinicalTrials.gov o International Standard Randomised Controlled Trial Number (ISRCTN) o Nederlands Trial Register (NTR) o UMIN Clinical Trials Registry (UMIN-CTR) o WHO International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP)

4. FONTES DE FINANCIAMENTO 4.1 - Os autores devem declarar todas as fontes de financiamento ou suporte, institucional ou privado, para a realização do estudo. 4.2 - Fornecedores de materiais ou equipamentos, gratuitos ou com descontos, também devem ser descritos como fontes de financiamento, incluindo a origem (cidade, estado e país). 4.3 - No caso de estudos realizados sem recursos financeiros institucionais e/ou privados, os autores devem declarar que a pesquisa não recebeu financiamento para a sua realização.

5. CONFLITO DE INTERESSES 5.1 - Os autores devem informar qualquer potencial conflito de interesse, incluindo interesses políticos e/ou financeiros associados a patentes ou propriedade, provisão de materiais e/ou insumos e equipamentos utilizados no estudo pelos fabricantes.

6. COLABORADORES 6.1 - Devem ser especificadas quais foram as contribuições individuais de cada autor na elaboração do artigo. 6.2 - Lembramos que os critérios de autoria devem basear-se nas deliberações do ICMJE, que determina o seguinte: o reconhecimento da autoria deve estar baseado em contribuição substancial relacionada aos seguintes aspectos: 1. Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; 2. Redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; 3. Aprovação final da versão a ser publicada; 4. Ser responsável por todos os aspectos do trabalho na garantia da exatidão e integridade de qualquer parte da obra. Essas quatro condições devem ser integralmente atendidas.

7. AGRADECIMENTOS 7.1 - Possíveis menções em agradecimentos incluem instituições que de alguma forma possibilitaram a realização da pesquisa e/ou pessoas que colaboraram com o estudo, mas que não preencheram os critérios para serem coautores.

8. REFERÊNCIAS 8.1 - As referências devem ser numeradas de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto. Devem ser identificadas por números arábicos sobrescritos (p. ex.: Silva 1). As referências citadas somente em tabelas e figuras devem ser numeradas a partir do número da última referência citada no texto. As referências citadas deverão ser listadas ao final do artigo, em ordem numérica, seguindo as normas gerais dos (Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados a Periódicos Biomédicos). 8.2 - Todas as referências devem ser apresentadas de modo correto e completo. A veracidade das

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informações contidas na lista de referências é de responsabilidade do(s) autor(es). 8.3 - No caso de usar algum software de gerenciamento de referências bibliográficas (p. ex.: EndNote), o(s) autor(es) deverá(ão) converter as referências para texto.

9. NOMENCLATURA 9.1 - Devem ser observadas as regras de nomenclatura zoológica e botânica, assim como abreviaturas e convenções adotadas em disciplinas especializadas.

10. ÉTICA EM PESQUISAS ENVOLVENDO SERES HUMANOS 10.1 - A publicação de artigos que trazem resultados de pesquisas envolvendo seres humanos está condicionada ao cumprimento dos princípios éticos contidos na Declaração de Helsinki (1964, reformulada em 1975, 1983, 1989, 1996, 2000 e 2008), da Associação Médica Mundial. 10.2 - Além disso, deve ser observado o atendimento a legislações específicas (quando houver) do país no qual a pesquisa foi realizada. 10.3 - Artigos que apresentem resultados de pesquisas envolvendo seres humanos deverão conter uma clara afirmação deste cumprimento (tal afirmação deverá constituir o último parágrafo da seção Métodos do artigo). 10.4 - Após a aceitação do trabalho para publicação, todos os autores deverão assinar um formulário, a ser fornecido pela Secretaria Editorial de CSP, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislações específicas. 10.5 - O Conselho Editorial de CSP se reserva o direito de solicitar informações adicionais sobre os procedimentos éticos executados na pesquisa.

11. PROCESSO DE SUBMISSÃO ONLINE 11.1 - Os artigos devem ser submetidos eletronicamente por meio do sítio do Sistema de Avaliação e Gerenciamento de Artigos (SAGAS), disponível em:http://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/index.php. 11.2 - Outras formas de submissão não serão aceitas. As instruções completas para a submissão são apresentadas a seguir. No caso de dúvidas, entre em contado com o suporte sistema SAGAS pelo e-mail: [email protected]. 11.3 - Inicialmente o autor deve entrar no sistema SAGAS. Em seguida, inserir o nome do usuário e senha para ir à área restrita de gerenciamento de artigos. Novos usuários do sistema SAGAS devem realizar o cadastro em “Cadastre-se” na página inicial. Em caso de esquecimento de sua senha, solicite o envio automático da mesma em “Esqueceu sua senha? Clique aqui”. 11.4 - Para novos usuários do sistema SAGAS. Após clicar em “Cadastre-se” você será direcionado para o cadastro no sistema SAGAS. Digite seu nome, endereço, e-mail, telefone, instituição.

12. ENVIO DO ARTIGO 12.1 - A submissão online é feita na área restrita de gerenciamento de artigoshttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/index.php. O autor deve acessar a "Central de Autor" e selecionar o link "Submeta um novo artigo". 12.2 - A primeira etapa do processo de submissão consiste na verificação às normas de publicação de CSP. O artigo somente será avaliado pela Secretaria Editorial de CSP se cumprir todas as normas de publicação. 12.3 - Na segunda etapa são inseridos os dados referentes ao artigo: título, título resumido, área de concentração, palavras-chave, informações sobre financiamento e conflito de interesses, resumos e agradecimentos, quando necessário. Se desejar, o autor pode sugerir potenciais consultores (nome, e-mail e instituição) que ele julgue capaz de avaliar o artigo. 12.4 - O título completo (nos idiomas Português, Inglês e Espanhol) deve ser conciso e informativo, com no máximo 150 caracteres com espaços. 12.5 - O título resumido poderá ter máximo de 70 caracteres com espaços. 12.6 - As palavras-chave (mínimo de 3 e máximo de 5 no idioma original do artigo) devem constar na base da Biblioteca Virtual em Saúde BVS. 12.7 - Resumo. Com exceção das contribuições enviadas às seções Resenha, Cartas ou Perspectivas, todos os artigos submetidos deverão ter resumo em Português, Inglês e Espanhol. Cada resumo pode ter no máximo 1.100 caracteres com espaço. 12.8 - Agradecimentos. Agradecimentos. Possíveis agradecimentos às instituições e/ou pessoas poderão ter no máximo 500 caracteres com espaço. 12.9 - Na terceira etapa são incluídos o(s) nome(s) do(s) autor(es) do artigo, respectiva(s) instituição(ões) por extenso, com endereço completo, telefone e e-mail, bem como a colaboração de cada um. O autor que cadastrar o artigo automaticamente será incluído como autor de artigo. A ordem dos nomes dos autores deve ser a mesma da publicação. 12.10 - Na quarta etapa é feita a transferência do arquivo com o corpo do texto e as referências.

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12.11 - O arquivo com o texto do artigo deve estar nos formatos DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format) ou ODT (Open Document Text) e não deve ultrapassar 1 MB. 12.12 - O texto deve ser apresentado em espaço 1,5cm, fonte Times New Roman, tamanho 12. 12.13 - O arquivo com o texto deve conter somente o corpo do artigo e as referências bibliográficas. Os seguintes itens deverão ser inseridos em campos à parte durante o processo de submissão: resumos; nome(s) do(s) autor(es), afiliação ou qualquer outra informação que identifique o(s) autor(es); agradecimentos e colaborações; ilustrações (fotografias, fluxogramas, mapas, gráficos e tabelas). 12.14 - Na quinta etapa são transferidos os arquivos das ilustrações do artigo (fotografias, fluxogramas, mapas, gráficos e tabelas), quando necessário. Cada ilustração deve ser enviada em arquivo separado clicando em “Transferir”. 12.15 - Ilustrações. O número de ilustrações deve ser mantido ao mínimo, conforme especificado no item 1 (fotografias, fluxogramas, mapas, gráficos e tabelas). 12.16 - Os autores deverão arcar com os custos referentes ao material ilustrativo que ultrapasse esse limite e também com os custos adicionais para publicação de figuras em cores. 12.17 - Os autores devem obter autorização, por escrito, dos detentores dos direitos de reprodução de ilustrações que já tenham sido publicadas anteriormente. 12.18 - Tabelas. As tabelas podem ter até 17cm de largura, considerando fonte de tamanho 9. Devem ser submetidas em arquivo de texto: DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format) ou ODT (Open Document Text). As tabelas devem ser numeradas (números arábicos) de acordo com a ordem em que aparecem no texto. 12.19 - Figuras. Os seguintes tipos de figuras serão aceitos por CSP: Mapas, Gráficos, Imagens de Satélite, Fotografias e Organogramas, e Fluxogramas. 12.20 - Os mapas devem ser submetidos em formato vetorial e são aceitos nos seguintes tipos de arquivo: WMF (Windows MetaFile), EPS (Encapsuled PostScript) ou SVG (Scalable Vectorial Graphics). Nota: os mapas gerados originalmente em formato de imagem e depois exportados para o formato vetorial não serão aceitos. 12.21 - Os gráficos devem ser submetidos em formato vetorial e serão aceitos nos seguintes tipos de arquivo: XLS (Microsoft Excel), ODS (Open Document Spreadsheet), WMF (Windows MetaFile), EPS (Encapsuled PostScript) ou SVG (Scalable Vectorial Graphics). 12.22 - As imagens de satélite e fotografias devem ser submetidas nos seguintes tipos de arquivo: TIFF (Tagged Image File Format) ou BMP (Bitmap). A resolução mínima deve ser de 300dpi (pontos por polegada), com tamanho mínimo de 17,5cm de largura. 12.23 - Os organogramas e fluxogramas devem ser submetidos em arquivo de texto ou em formato vetorial e são aceitos nos seguintes tipos de arquivo: DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format), ODT (Open Document Text), WMF (Windows MetaFile), EPS (Encapsuled PostScript) ou SVG (Scalable Vectorial Graphics). 12.24 - As figuras devem ser numeradas (números arábicos) de acordo com a ordem em que aparecem no texto. 12.25 - Títulos e legendas de figuras devem ser apresentados em arquivo de texto separado dos arquivos das figuras. 12.26 - Formato vetorial. O desenho vetorial é originado a partir de descrições geométricas de formas e normalmente é composto por curvas, elipses, polígonos, texto, entre outros elementos, isto é, utilizam vetores matemáticos para sua descrição. 12.27 - Finalização da submissão. Ao concluir o processo de transferência de todos os arquivos, clique em “Finalizar Submissão”. 12.28 - Confirmação da submissão. Após a finalização da submissão o autor receberá uma mensagem por e-mail confirmando o recebimento do artigo pelos CSP. Caso não receba o e-mail de confirmação dentro de 24 horas, entre em contato com a secretaria editorial de CSP por meio do e-mail: [email protected].

13. ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO ARTIGO 13.1 - O autor poderá acompanhar o fluxo editorial do artigo pelo sistema SAGAS. As decisões sobre o artigo serão comunicadas por e-mail e disponibilizadas no sistema SAGAS. 13.2 - O contato com a Secretaria Editorial de CSP deverá ser feito através do sistema SAGAS.

14. ENVIO DE NOVAS VERSÕES DO ARTIGO 14.1 - Novas versões do artigo devem ser encaminhadas usando-se a área restrita de gerenciamento de artigos http://www.ensp.fiocruz.br/csp/ do sistema SAGAS, acessando o artigo e utilizando o link "Submeter nova versão".

15. PROVA DE PRELO 15.1 - Após a aprovação do artigo, a prova de prelo será enviada para o autor de correspondência por

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e-mail. Para visualizar a prova do artigo será necessário o programa Adobe Reader ou similar. Esse programa pode ser instalado gratuitamente pelo site:http://www.adobe.com/products/acrobat/readstep2.html. 15.2 - A prova de prelo revisada e as declarações devidamente assinadas deverão ser encaminhadas para a secretaria editorial de CSP por e-mail ( [email protected]) ou por fax +55(21)2598-2514 dentro do prazo de 72 horas após seu recebimento pelo autor de correspondência.