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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Emanuela Bazzan DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA O MUNICÍPIO DE PINHALZINHO/SC Passo Fundo, 2013.

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

Emanuela Bazzan

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO

DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PARA O MUNICÍPIO DE PINHALZINHO/SC

Passo Fundo, 2013.

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Emanuela Bazzan

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO

DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PARA O MUNICÍPIO DE PINHALZINHO/SC

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Engenharia Ambiental, como parte

dos requisitos exigidos para obtenção do título

de Engenheiro Ambiental.

Orientador: Prof. Eduardo Pavan Korf, Mestre.

Passo Fundo, 2013.

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Emanuela Bazzan

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE

GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA O

MUNICÍPIO DE PINHALZINHO/SC

Trabalho de Conclusão de Curso como requisito parcial para a obtenção do título de

Engenheiro Ambiental – Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Engenharia e

Arquitetura da Universidade de Passo Fundo. Aprovado pela banca examinadora:

Orientador:_________________________

Eduardo Pavan Korf

Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF

___________________________________

Aline Custódio Passini Ferrão

Universidade Federal de Santa Maria, UFSM

___________________________________

Patrícia Martins

Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF

Passo Fundo, 28 de junho de 2013.

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RESUMO

A Lei Federal 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos surgiu com o

intuito de estabelecer diretrizes e regras para a gestão integrada dos resíduos sólidos e

priorizar o tratamento dos resíduos com aplicação de técnicas de manejo (reciclagem e

compostagem), reduzindo a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários. Os

objetivos deste trabalho são realizar diagnóstico dos resíduos no município, cenários e

prognósticos da situação, objetivos e metas para adequação do sistema de gerenciamento

integrado de resíduos sólidos do município. Também, propor planos de ação para alcançar os

objetivos e metas e meios para controle e fiscalização da operacionalização do plano. A

metodologia deste trabalho está estruturada de acordo com o conteúdo mínimo da lei

12.305/2010, e será aplicada ao município de Pinhalzinho, localizado na região oeste

catarinense, com população estimada em 16.332 habitantes. O trabalho abrange apenas a área

urbana do município, englobando os resíduos sólidos domésticos, comerciais, públicos, de

limpeza urbana e coleta seletiva, como também resíduos industriais, de construção civil, de

serviços de saúde e especiais. A partir dos resultados obtidos no diagnóstico, observou-se que

já houve a mobilização do Município quanto à gestão de resíduos sólidos domiciliares e de

coleta seletiva gerados em território municipal e o atendimento deste serviço abrangendo

100% da população, contando com participação de cooperativa de catadores. Porém,

deficiências e problemas detectados caracterizam-se pela carência de atendimento na

totalidade do município no serviço de limpeza urbana (varrição, poda, capina, etc.), falta de

recipientes adequados para descarte e acondicionamento dos resíduos nas vias públicas, ou

pelo mal estado de conservação dos existentes, falta de controle rígido dos resíduos gerados e

destinados por todos os setores de responsabilidade do Município e de estabelecimentos

particulares. Estruturaram-se cenários futuros quanto à geração de resíduos no Município e

através disso, foram abordados procedimentos operacionais, objetivos e metas a serem

adotados nos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final

ambientalmente adequada dos mesmos. Também, definiu-se programas e ações voltados para

a implementação e operacionalização dos objetivos e metas e meios a serem utilizados para o

controle e a fiscalização do mesmo, através de ações preventivas e corretivas a serem

praticadas pelo poder público.

Palavras-chaves: Política Nacional de Resíduos Sólidos. Resíduos Sólidos. Poder Público

municipal.

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AGRADECIMENTOS

Á minha família, que é minha base, minha energia, minha força.

Á Deus, por guiar meu caminho e minhas escolhas e por me dar a oportunidade de

conhecer muitas pessoas especiais que de alguma forma, passaram por minha vida.

Ao Prof. Eduardo Pavan Korf, pela solícita orientação neste trabalho.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Prioridades da Lei 12.305/10 .................................................................................. 17 Figura 2 - Estrutura do trabalho ................................................................................................ 21 Figura 3 - Localização geográfica do empreendimento ........................................................... 25 Figura 4 - Características topográficas ..................................................................................... 26

Figura 5 – Bacia hidrográfica do Rio Uruguai e seus afluentes. .............................................. 28 Figura 6 - Sistema Rodoviário Municipal ................................................................................ 29 Figura 7 - Carta de pavimentação viária ................................................................................... 30 Figura 8 - Delimitações de distritos, sede e linhas Municipais ................................................ 31 Figura 9 - Macroáreas municipais ............................................................................................ 32

Figura 10 - Bairros municipais ................................................................................................. 33 Figura 11 - Uso e ocupação do solo ......................................................................................... 34 Figura 12 - Evolução da População nos Censos Demográficos – Pinhalzinho (SC) ............... 35

Figura 13 - População rural e urbana........................................................................................ 35 Figura 14 - Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade......................... 36 Figura 15 – Domicílios particulares permanentes com densidade de moradores por domicílios

.................................................................................................................................................. 36

Figura 16 - Instituições de ensino públicas e privadas e número de frequentadores................ 38 Figura 17 – Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares brasileiros .......................... 40

Figura 18 – Caminhão compactador ......................................................................................... 42 Figura 19 – Caminhão compactador ......................................................................................... 43 Figura 20 - Recipientes para disposição de resíduos nas vias públicas ................................... 44

Figura 21 - Resíduos depositados nas vias públicas ................................................................. 44

Figura 22 – Recipiente para disposição dos resíduos nas vias públicas ................................... 45 Figura 23 - Aterro Sanitário Unidade I – Saudades.................................................................. 46 Figura 24 – Folder explicativo sobre Coleta Seletiva Municipal (Frente e verso) ................... 48

Figura 25 - Folder explicativo sobre Coleta Seletiva Municipal (Interno)............................... 48 Figura 26 – Íma de geladeira da coleta seletiva........................................................................ 49

Figura 27 – Catadores da APREPI fazendo a triagem de materiais ......................................... 50 Figura 28 – Recipientes para acondicionamento dos resíduos nas vias públicas ..................... 51

Figura 29 – Rejeitos encontrados nos materiais recicláveis ..................................................... 54 Figura 30 - Triagem manual dos materiais recicláveis ............................................................. 55 Figura 31 - Bags para armazenamento dos materiais segregados ............................................ 56

Figura 32 – Compactação de materiais diversos ...................................................................... 56 Figura 33 – Compactação de papelão ....................................................................................... 56

Figura 34 – Fardos de plástico .................................................................................................. 57 Figura 35 – Fardos de papelão .................................................................................................. 57

Figura 36 – Composição gravimétrica dos resíduos recicláveis comercializados.................... 58 Figura 37 – Lixo eletrônico acumulado no pátio do DMER .................................................... 62 Figura 38 – Lâmpadas armazenadas no pátio do DMER ......................................................... 63 Figura 39 – Frota T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltd ..................................................... 68 Figura 40 – Frota T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltd ..................................................... 69

Figura 41 – Frota T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltd ..................................................... 69 Figura 42 – Aterro Sanitário de Anchieta ................................................................................. 71

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Unidades de ensino no Município .......................................................................... 37 Tabela 2 – Geração per capita de resíduos............................................................................... 39 Tabela 3 – Materiais comercializados pela APREPI ................................................................ 57 Tabela 4 – Indústrias presentes no Município .......................................................................... 74

Tabela 5 – Projeção populacional ............................................................................................. 82 Tabela 6 – Geração diária, mensal e anual de resíduos sólidos domiciliares ........................... 86 Tabela 7 – Estimativa de crescimento populacional e geração de resíduos sólidos domiciliares

.................................................................................................................................................. 87 Tabela 8 – Informações básicas sobre os municípios da solução consorciada ......................... 90

Tabela 9 – Informações sobre os municípios participantes do consórcio ................................ 91

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Frequência de coleta ............................................................................................... 41 Quadro 2 – Frequência de coleta seletiva nos bairros .............................................................. 52 Quadro 3 – Classificação dos resíduos de serviço de saúde ..................................................... 64

Quadro 4 – Estabelecimentos de saúde (CNES) ...................................................................... 65 Quadro 5 – Classificação dos resíduos da construção civil ...................................................... 71 Quadro 6 – Estimativa da quantidade de resíduos sólidos gerados pelas indústrias de laticínios

.................................................................................................................................................. 77 Quadro 7 – Cenário tendencial, realista e ideal ........................................................................ 84

Quadro 8 – Geração de resíduos em cenário atual, de curto, médio e longo prazo.................. 88

Quadro 9 – Competências e responsabilidades ........................................................................ 93

Quadro 10 – Objetivos e metas para resíduos sólidos domiciliares ......................................... 94 Quadro 11 - Objetivos e metas para resíduos de limpeza pública ............................................ 97 Quadro 12 - Objetivos e metas para resíduos da coleta seletiva .............................................. 98 Quadro 13 - Objetivos e metas para resíduos de serviço de saúde ........................................... 98 Quadro 14 - Objetivos e metas para resíduos da construção civil ............................................ 99

Quadro 15 - Objetivos e metas para resíduos industriais ....................................................... 100

Quadro 16 - Objetivos e metas para resíduos especiais.......................................................... 101 Quadro 17 - Programas e ações para os resíduos com logística reversa ................................ 106 Quadro 18 – Locais para acumulação temporária e definitiva de Resíduos sólidos .............. 110

Quadro 19 – Indicadores de desempenho da implantação do Plano de Gexstão Integrada de

Resíduos Sólidos. ................................................................................................................... 112

Quadro 20 – Ações de emergências e contingências .............................................................. 114

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EQUAÇÕES

Equação 1…………………………………….. ....................................................................... 81 Equação 2…………………. .................................................................................................... 85

Equação 3 ................................................................................................................................. 86 Equação 4 ................................................................................................................................. 86

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... 3 AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................................... 5

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... 6 LISTA DE QUADROS .............................................................................................................. 7 EQUAÇÕES ............................................................................................................................... 8 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11 2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 15

2.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................................ 15 2.1.1 Resíduos sólidos ................................................................................................... 15

2.1.1.1 Classificação................................................................................................ 15

2.1.2 Política nacional de resíduos sólidos .................................................................... 16 2.1.3 Tratamentos de resíduos sólidos ........................................................................... 18

2.1.3.1 Reciclagem .................................................................................................. 18 2.1.3.2 Compostagem .............................................................................................. 19

2.1.4 Destinação Final Dos Resíduos Sólidos ............................................................... 20 2.1.4.1 Lixões .......................................................................................................... 20

2.1.4.2 Aterros Sanitários ........................................................................................ 20 2.2 Métodos e Materiais ................................................................................................... 21

2.2.1 Estrutura do trabalho ............................................................................................ 21 2.2.2 Local de Estudo e definição do escopo do trabalho ............................................. 22 2.2.3 Diagnóstico do sistema atual de gerenciamento dos resíduos sólidos ................. 22

2.2.4 Cenários e Prognósticos ....................................................................................... 23

2.2.4.1 Objetivos e Metas ........................................................................................ 23 2.2.5 Planos de Ação ..................................................................................................... 24 2.2.6 Controle e Fiscalização ......................................................................................... 24

2.3 Resultados e Discussões ............................................................................................ 24 2.3.1 Caracterização do Município ................................................................................ 24

2.3.1.1 Histórico e Localização ............................................................................... 25 2.3.1.2 Características topográficas e de solo ......................................................... 26 2.3.1.3 Clima ........................................................................................................... 27 2.3.1.4 Recursos Hídricos ....................................................................................... 27

2.3.1.5 Fauna e Flora ............................................................................................... 28 2.3.1.6 Sistema Rodoviário ..................................................................................... 28

2.3.1.7 Plano Diretor ............................................................................................... 30 2.3.1.8 Bairros ......................................................................................................... 32 2.3.1.9 Uso e ocupação do solo ............................................................................... 33 2.3.1.10 Economia ..................................................................................................... 34 2.3.1.11 População .................................................................................................... 34

2.3.1.12 Educação ..................................................................................................... 37 2.3.2 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Municipais ..................................................... 38

2.3.2.1 Resíduos domiciliares e comerciais ............................................................ 38 2.3.2.2 Coleta seletiva ............................................................................................. 46 2.3.2.3 Limpeza pública .......................................................................................... 59 2.3.2.4 Resíduos especiais ....................................................................................... 60 2.3.2.5 Resíduos de serviços de saúde .................................................................... 64

2.3.2.6 Resíduos da construção civil ....................................................................... 71 2.3.2.7 Resíduos industriais..................................................................................... 73

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2.3.2.8 Síntese do diagnóstico ................................................................................. 77 2.3.2.9 Aspectos legais aplicáveis ........................................................................... 79

2.3.3 Prognóstico ........................................................................................................... 80 2.3.3.1 Estimativa de crescimento populacional ..................................................... 81 2.3.3.2 Cenários institucionais futuros .................................................................... 83 2.3.3.3 Horizontes ................................................................................................... 85 2.3.3.4 Estimativas de geração de resíduos ............................................................. 85

2.3.3.5 Regionalização na gestão integrada de RSU - Consórcios ......................... 89 2.3.3.6 Responsabilidades da gestão integrada ....................................................... 91 2.3.3.7 Áreas de risco ou clandestinas a serem erradicadas .................................... 93 2.3.3.8 Objetivos e metas ........................................................................................ 94 2.3.3.9 Programas e ações ..................................................................................... 102

2.3.3.10 Identificação de áreas para a disposição final dos resíduos ...................... 107 2.3.3.11 Criação de pontos de entrega voluntária ................................................... 109

2.3.4 Controle e fiscalização........................................................................................ 111 2.3.4.1 Indicadores de desempenho para os serviços públicos ............................. 111 2.3.4.2 Ações para emergências e contingências .................................................. 113 2.3.4.3 Monitoramento e verificação do plano...................................................... 115

3 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 116 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 118

APÊNDICE A ........................................................................................................................ 121 APÊNDICE B ......................................................................................................................... 123 APÊNDICE C ......................................................................................................................... 124

APÊNDICE D ........................................................................................................................ 125

APÊNDICE E ......................................................................................................................... 126

APÊNDICE F ......................................................................................................................... 127 APÊNDICE G ........................................................................................................................ 128

ANEXO A .............................................................................................................................. 129

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1 INTRODUÇÃO

A qualidade urbana e qualidade de vida são dependentes entre sí, porém o crescimento

das cidades brasileiras, expressivo nos ultimos anos, não teve o acompanhamento do

desenvolvimento das infraestruturas municipais. Deste modo, o manejo e a gestão dos

resíduos sólidos podem ser considerados ineficientes em grande parte dos municípios

brasileiros.

Nos últimos anos, segundo Fialcoff (1998), o aumento da produção de resíduos ocorre

“devido à crescente valorização das embalagens e da preferência pelos descartáveis”. Hoje os

produtos já possuem de fábrica uma vida útil pré-determinada, ou seja, são menos resistentes.

Outro aspecto que influencia na geração acelerada de resíduos é a crescente demanda de

produtos por inovações e novas tecnologias.

Segundo Jacobi e Besen (2006), as questões técnicas, econômicas e institucionais

dificultam aos municípios brasileiros de realizar uma gestão integrada e sustentável dos

resíduos de sua competência, tais como os resíduos urbanos e os da construção civil e de

serviços de saúde produzidos pelas próprias municipalidades. São poucos aqueles que

possuem uma gestão pré-definida e investimentos nesses setores.

Nesse sentido, percebe-se que o problema dos resíduos sólidos nos municípios brasleiros

é de difícil solução, sendo que a maior parte das cidades apresenta um serviço de coleta

considerado insatisfatório, que não prevê a segregação dos resíduos na fonte (IBGE, 2006). A

ideia de gestão e coleta seletiva requer que a segregação seja feita na etapa anterior ao

processo de coleta e destinação, ou seja, seja feita nas próprias residências através da

educação ambiental e mais que isso, seja introduzida à ideia de consumo consciente e

consequentemente menor geração.

Zacarias (2000) afirma que se vive hoje uma crise civilizacional e ambiental. Para ele, os

sistemas naturais que sustentam a vida de uma população crescente no planeta encontram-se

precários, marcados pelo atual estilo de desenvolvimento e esta ordem econômica mundial,

caracterizada pela produção e consumo crescentes, esgota e contamina os recursos naturais e

leva a um questionamento profundo sobre o modo de produção industrial contemporâneo.

Alternativas atuais encontradas pelos municípios, indústrias e a própria população para

disposição dos resíduos sólidos, muitas vezes sem instrução, são os lixões, ou seja, lugares

clandestinos e ambientalmente inadequados com grande potencial poluidor e vetor de

doenças. Lima (2004) ressalta que por conter alto teor energético, e por oferecer

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disponibilidade simultânea de água, alimento e abrigo, o lixo é preferido por inúmeros

organismos vivos, ao ponto de algumas espécies o utilizarem como nicho ecológico.

A pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008 revelou que, no país, 50,8% dos

municípios ainda utilizam lixões, 22,5% utilizam aterros controlados e 27,5% aterros

sanitários (IBGE, 2010). Tal alternativa é consequência da falta de prioridade para o lixo

urbano, falta de qualificação e visão de mercado e também pelo fato da coleta seletiva ser cara

e ineficiente se não gerenciada corretamente.

Nesse sentido, este trabalho busca saber qual a situação atual de gerenciamento dos

resíduos sólidos no Município e de que forma um plano de gestão integrada de resíduos

sólidos acrescentará na adequação municipal à gestão dos mesmos frente às eventuais

problemáticas encontradas.

Um dos motivos para adequação dos municípios para o correto gerenciamento de

resíduos sólidos foi a promulgação da Lei Federal 12.305 (BRASIL, 2010), Política Nacional

de Resíduos Sólidos, que surge com o intuito de estabelecer diretrizes e regras para a gestão

integrada dos resíduos sólidos, tanto no âmbito federal, municipal e industrial, sendo

alternativa para redução e correta gestão dos resíduos sólidos e sua disposição final. Por ter

caráter de responsabilidade compartilhada, cabe aos municípios, empresas e a própria

população a participação na gestão dos mesmos.

A elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

constituiu-se uma condição necessária para os municípios terem acesso aos recursos da União

destinados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos num período de 2 anos a partir

do lançamento da Lei Federal 12.305 (BRASIL, 2010). Este prazo já acabou, porém, a

iniciativa municipal de realizar um plano de gerenciamento de seus resíduos sólidos é

necessária e deve ser feita independentemente destes recursos, como ferramenta de

desenvolvimento sustentável.

Com a implantação desses planos, a gestão dos resíduos tomará proporções maiores,

com uma base sólida apoiada por princípios e diretrizes que promovam o tratamento e a

reciclagem dos resíduos, alternativa tanto social, através da inclusão de catadores, e

ambientalmente preferível, através do reaproveitamento de matérias primas pela coleta

seletiva e redução de disposição de resíduos, quanto uma alternativa econômica, pela geração

de bem com valor agregado, como em técnicas de compostagem, por exemplo.

Magalhães (2008) afirma que um sistema de gerenciamento ideal é aquele que objetiva

minimizar a quantidade de lixo gerada, levando em conta o atendimento das necessidades

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sociais e buscando a sustentabilidade do sistema. Já Jacobi e Besen (2006) afirmam que,

desde a Rio 92, incorporaram-se novas prioridades à gestão sustentável de resíduos sólidos as

quais representaram uma mudança paradigmática, que tem direcionado a atuação dos

governos, da sociedade e da indústria.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, através de Planos de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos, prioriza o tratamento dos resíduos, ou seja, a aplicação de técnicas de

manejo como valorização da reciclagem e compostagem da fração orgânica, reduzindo a

quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários, através da conscientização de todos os

envolvidos no processo.

Muitas são as vantagens proporcionadas com a implantação de planos de

gerenciamento de resíduos sólidos nos municípios. MAGALHÃES (2008) afirma que a coleta

seletiva tem como vantagens principais facilitar a reciclagem, pois através dela há a

conservação das propriedades físicas de alguns materiais, elevando seu potencial de

aproveitamento e facilitando os serviços de triagem que antecede seu tratamento. Para o

sucesso de um plano de gestão de resíduos sólidos, é essencial a realização de programas de

educação ambiental com foco na comunidade, influenciando-a ao consumo consciente.

Desta forma, a implantação de um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

pelas Prefeituras reforça seus investimentos nos resíduos sólidos e a fiscalização da qualidade

dos serviços municipais e de cooperativas de catadores responsáveis pela coleta seletiva. Em

paralelo com o plano, a criação de campanhas educativas de mobilização da população em

geral, tem como resultado um impacto positivo na gestão integrada de resíduos sólidos

municipais e facilidade na implantação/implementação de políticas inovadoras.

Tem-se como objetivo geral elaborar subsídios para desenvolvimento de um Plano de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Município de Pinhalzinho - SC, destinado a

serviços de limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos.

Os objetivos específicos deste trabalho estão definidos a seguir:

Realizar diagnóstico do sistema atual de gerenciamento de Resíduos Sólidos no

Município;

Propor cenários e prognósticos da situação;

Propor objetivos e metas para adequação do sistema de gerenciamento integrado

de resíduos sólidos do município;

Propor planos de ação para alcançar os objetivos e metas.

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Propor meios para controle e fiscalização da operacionalização do plano.

O escopo e a delimitação do trabalho abrangeu apenas a área urbana do município,

englobando os resíduos sólidos domésticos, comerciais, públicos e de limpeza urbana e da

coleta seletiva, como também resíduos industriais, de construção civil, de serviços de saúde e

especiais.

Quanto à estrutura metodológica, além do presente capítulo, no qual se apresenta o

problema de pesquisa, a justificativa, os objetivos e as delimitações do trabalho, este relatório

está composto por mais quatro capítulos.

No capítulo 2 apresenta-se a revisão da literatura, englobando definições que irão

auxiliar no entendimento geral do trabalho, introduzindo-o.

No capítulo 3 descreve-se o método de pesquisa utilizado no presente trabalho,

baseados na Lei Federal 12.305/10, Política Nacional dos Resíduos Sólidos e Decreto Nº

7.404/10. Ainda, nesse capítulo, detalha-se a estratégia, o delineamento da pesquisa, assim

como as atividades realizadas.

No capítulo 4 são apresentados e analisados os resultados da pesquisa. Estes

apresentam-se em itens correspondentes a cada etapa da metodologia e as diferentes

tipologias de resíduos analisadas.

No capítulo 5 apresentam-se as conclusões da pesquisa, discutem-se a atual forma de

gestão municipal dos resíduos sólidos e possíveis formas de melhora-lo, como também mostra

as dificuldades encontradas.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Revisão Bibliográfica

2.1.1 Resíduos sólidos

As características físicas, químicas e biológicas dos resíduos apresentam grande

diversidade. Isto se dá em função de fatores sociais, econômicos, geográficos, culturais, etc.,

tanto no aspecto quantitativo quanto qualitativo, que acabam influenciando na taxa de geração

de resíduos, que pode ser determinada pela geração per capta ou por uma unidade pré

determinada, por exemplo, kg de resíduo/unidade fabricada, quando se trata de atividades

industriais.

De acordo com a Norma Brasileira 10.004, da Associação Brasileira de Normas

Técnicas - ABNT (2004), resíduos sólidos são resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que

resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de

serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de

tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição,

bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na

rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e

economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

2.1.1.1 Classificação

A ABNT - NBR 10.004 (2004), classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos

potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados

adequadamente. Para os efeitos desta Norma, os resíduos são classificados em Resíduos

classe I e II.

“Resíduos classe I – Perigosos, são àqueles que apresentam

periculosidade, característica apresentada por um resíduo que, em

função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas,

pode apresentar risco à saúde pública, provocando mortalidade,

incidência de doenças ou acentuando seus índices e riscos ao meio

ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Como

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também aqueles que apresentam características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, patogenicidade e toxicidade (ABNT, 2004).”

Os resíduos classe II – Não perigosos se dividem em classe II A e II B. Resíduos

classe II A – Não inertes, são aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos

classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes, nos termos da Norma NBR 10.004.

Estes podem ter propriedades de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em

água.

Resíduos classe II B – Inertes, são quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma

forma representativa, indicada pela Norma NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico

e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme Norma NBR

10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos

padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

É importante que não ocorra o contato entre as diversas tipologias de resíduos, pois

resíduos contaminados (classe I) possuem potencial de contaminação de qualquer objeto ou

resíduo que entre em contato com ele, ou seja, resíduos classe II (A ou B) ao entrarem com

contato com o classe I, passam a ser classe I.

2.1.2 Política nacional de resíduos sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos é vista como um marco histórico da gestão

ambiental no Brasil, pois trata do problema que atinge não só o país, mas todo o planeta, que

são os resíduos, mais conhecidos como “Lixo”. A Lei Federal 12.305/10 discorre sobre a

Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que tem como princípio a responsabilidade

compartilhada entre governo, empresas e população, bem como leva em conta o sistema de

logística reversa. Também busca a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento

dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e estímulo à

adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços, como mostra a

Figura 1.

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Figura 1 – Prioridades da Lei 12.305/10

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2012)

No Capítulo I, no seu Art. 1º, afirma que esta lei dispõe sobre princípios, objetivos e

instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de

resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder

público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. A Política também aborda a participação

formal de catadores, na forma de cooperativas estruturadas, dando assim um viés de cunho

social no gerenciamento dos resíduos.

O Art. 6º da Lei define que os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos são,

entre outros, a prevenção e a precaução, o poluidor-pagador e o protetor-recebedor, a visão

sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social,

cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública, o desenvolvimento sustentável, a

ecoeficiência com bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e

tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos

naturais, a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, setor empresarial e demais

segmentos da sociedade, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e o

reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de

valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

O ministério do meio ambiente, através do Manual de orientação dos Planos de gestão

de resíduos sólidos (2012), espera que governos estaduais e municipais entendam a urgência

das ações em matéria de resíduos sólidos e as ações pelo clima e enxerguem oportunidades na

gestão de resíduos sólidos para o desenvolvimento sustentável, a gestão do carbono e uma

economia mais verde e mais inclusiva.

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2.1.3 Tratamentos de resíduos sólidos

Atualmente são descritas diferentes técnicas para tratamento dos resíduos sólidos

como forma de evitar o descarte excessivo de resíduos dispostos em aterros sanitários, os

quais requerem grandes áreas, e incentivar o reaproveitamento de materiais presentes nos

resíduos.

2.1.3.1 Reciclagem

Reciclagem é um termo utilizado para indicar o reaproveitamento ou a reutilização de

um material, através do retorno da matéria-prima, no mesmo processo em que, por alguma

razão, foi rejeitado. Reciclar ganhou importância de cunho estratégico quando as

preocupações ambientais vieram a tona. Processar rejeitos e incluí-los no processo passou a

ser forma de economia e menor agressão ambiental.

“A rentabilidade do mercado de reciclagem de embalagens plásticas no Brasil, como

em outros países desenvolvidos, mostra aspectos atraentes para iniciativas empresariais do

setor, com reflexos sócio-econômicos diretos relacionados com a melhoria da qualidade de

vida da população, geração de renda, economia de recursos naturais e atenuação de problemas

ambientais”, afirmam FARIA e FORLIN (2002).

Os dados do balanço da coleta do material divulgado pela Associação Brasileira do

Alumínio (Abal) afirmam que em 2011, o Brasil reciclou 511 mil toneladas de alumínio. O

país lidera a reciclagem de latas de alumínio para bebidas pelo 11º ano consecutivo, entre os

países em que a atividade não é obrigatória por lei – como Japão, Argentina e Estados Unidos,

como também entre países europeus, cuja legislação sobre reciclagem de materiais é bastante

rígida.

De acordo com a ABIVIDRO, embalagens de vidro podem ser totalmente

reaproveitadas no ciclo produtivo, sem nenhuma perda de material. Como normalmente os

vidros de embalagem são do tipo sodo-cálcico, apenas as sucatas de vidro com essa natureza

química são aceitas para reciclagem.

Atualmente, em função da acelerada industrialização, cobram-se posturas quanto a

consequente poluição que isto gera. Algumas formas de ações pró-ativas de minimização de

suas consequências são campanhas municipais de coleta seletiva ou até mesmo de política

reversa, que podem auxiliar nos processos de reciclagem, que diminuem o descarte de

resíduos, os custos da coleta urbana e aumenta a vida útil dos aterros sanitários.

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2.1.3.2 Compostagem

A compostagem consiste em transformar resíduos orgânicos, através de processos

físico, químicos e biológicos, em um composto orgânico mais estável e resistente.

Atualmente, devido a mudanças econômicas e sociais ocorridas nas últimas décadas, esta

prática vem ganhando destaque por ser uma alternativa viável para o reaproveitamento de

resíduos orgânicos presentes em grande quantidade no lixo domiciliar.

De acordo com Pereira Neto (1987), a compostagem é definida como um processo

aeróbio controlado, desenvolvido por uma população diversificada de microrganismos,

efetuada em duas fases distintas: a primeira fase, predominantemente termófilas, quando

ocorrem as reações bioquímicas mais intensas e a segunda, chamada fase de maturação,

quando ocorre o processo de humificação. Por se tratar de processo biológico, requer um

balanceamento adequado da relação de carbono e nitrogênio (C/N) e determinadas condições

de temperatura, umidade e aeração essenciais para o processo efetivo.

Para que todo ciclo esteja completo são necessários aproximadamente de 90 a 120 dias

após mistura dos materiais orgânicos (dependendo da relação C: N do resíduo), tendo como

resultado um composto normalmente escuro e de textura turfa, utilizado como condicionador

de propriedades físicas e biológicas do solo, ou seja, um composto fertilizante que fornece os

nutrientes às plantas, afirmam OLIVEIRA, SARTORI e GARCEZ (2008).

O Brasil possui sua economia baseada, entre outros, na produção agrícola, tendo

grandes áreas de seu território destinadas a essa atividade. Entretanto, as proporções de

utilização de sistemas de compostagens são desproporcionais, devido a pouca tradição de

produção de compostos orgânicos, sendo que o mercado hoje é dominado por produtos

industrializados com adição de fertilizantes químicos.

LIMA (2004) defende que:

“O composto produzido a partir dos resíduos orgânicos não

representa, necessariamente, uma solução final para o problema de

escassez de alimentos ou do saneamento ambiental, mas pode

contribuir significativamente como um elemento redutor dos danos

causados pela disposição desordenada do lixo no meio urbano, além

de propiciar a recuperação de solos agrícolas exauridos pela ação de

fertilizantes químicos aplicados indevidamente.” (LIMA, 2004)

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2.1.4 Destinação Final Dos Resíduos Sólidos

Existem três principais maneiras de dispor os resíduos sólidos, são elas: Lixão,

proibido em território nacional por possuir alto grau de contaminação ambiental; aterro

controlado, a qual atende apenas alguns requisitos para adequação ambiental, normalmente

caracteriza-se por um lixão remediado, e por fim, o aterro sanitário, com atendimento a uma

série de normas e procedimentos.

2.1.4.1 Lixões

Local onde o lixo doméstico ou industrial é acumulado de forma rústica, sem atender

aos requisitos da legislação, a céu aberto e sem qualquer forma de tratamento. Pode ser

considerado o meio mais barato de disposição, mas em contrapartida, contamina águas

superficiais e subterrâneas, solo e ar, pois o processo de decomposição dos resíduos gera

lixiviado, que acabam escoando sobre o terreno e gases, que se dissipam na atmosfera, todos

nocivos ao meio ambiente.

2.1.4.2 Aterros Sanitários

De acordo com a norma ABNT NBR 8419/1992, aterro sanitário é:

“Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem

causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os

impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia

para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao

menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na

conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessário (NBR 8419).”

Pode-se citar como vantagem da implantação de aterros sanitários a disposição

ambientalmente adequada dos resíduos e a capacidade de absorção diária de grande

quantidade dos mesmos, oriundas dos centros urbanos. Em contrapartida, as desvantagens

incluem a formação de um passivo ambiental com possibilidade de poluição das águas

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superficiais e subterrâneas pela ação do lixiviado, além da formação de gases nocivos e de

odor desagradável.

LIMA (2004) entende que os fatores limitantes deste método são basicamente quatro:

a disponibilidade de grandes áreas que não comprometam a segurança e o conforto da

população; a disponibilidade de material de cobertura diária; condições climáticas de

operação durante todo o ano e a escassez de recursos humanos habilitados em gerenciamento

de aterros.

2.2 Métodos e Materiais

2.2.1 Estrutura do trabalho

A metodologia foi estruturada conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei

Federal 12.305 (BRASIL, 2010). Segundo a lei, os municípios com população total inferior a

vinte mil habitantes, apurada com base nos dados demográficos do censo mais recente da

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE, como é o caso do município de

Pinhalzinho, podem adotar planos municipais simplificados de gestão integrada de resíduos

sólidos. O decreto Nº 7.404 (BRASIL, 2010) estabelece normas para a execução de planos

municipais de gestão integrada de resíduos sólidos, como ferramenta à PNRS.

A metodologia deste trabalho descrita na sequência está estruturada de acordo com o

conteúdo mínimo, da lei 12.305 (BRASIL, 2010), que está esquematizado na Figura 2.

Figura 2 - Estrutura do trabalho

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2.2.2 Local de Estudo e definição do escopo do trabalho

O Município de Pinhalzinho está localizado no centro da microrregião oeste

catarinense, situando-se entre dois grandes centros, Chapecó e São Miguel do Oeste. Segundo

IBGE (2010), possui um território de 128,7 km² e população estimada em 16.332 hab. Está

localizado no bioma Mata Atlântica e na Bacia hidrográfica do Rio Uruguai. Possui um clima

ameno e sua topografia é predominantemente plana. Sua economia distribui-se nos setores da

agricultura, comércio e principalmente no industrial.

O trabalho abrange apenas a área urbana do município, englobando os resíduos sólidos

domésticos, comerciais, públicos, de limpeza urbana e coleta seletiva, de construção civil, de

serviços de saúde e especiais. Os resíduos industriais foram abordados no diagnóstico apenas

qualitativamente, pois não foi possível fazer o levantamento quantitativo de geração atual.

Desta forma, no prognóstico, as estimativas de geração futuras nos horizontes estimados

foram realizadas para os resíduos com dados suficientes para tal, ou seja, que foram

abrangidos quantitativamente na fase de diagnóstico.

2.2.3 Diagnóstico do sistema atual de gerenciamento dos resíduos sólidos

Inicialmente, realizou-se um diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos no

território municipal, ou seja, uma sistematização e análise de informações já conhecidas ou

disponíveis sobre o município e os serviços por ele oferecidos em relação à limpeza urbana e

manejo dos resíduos sólidos. Estas informações serviram como suporte para a definição de

prognósticos, metas e ações.

Foram obtidos neste item dados que contemplam as características do município,

como localização, dados populacionais, perfil sócio econômico, clima, perfil topográfico,

sistema viário urbano, hidrologia, geologia, características urbanas, zonas de ocupação, perfil

industrial, infraestrutura, etc.

O diagnóstico englobou também as condições físicas e operacionais dos serviços de

gestão dos resíduos sólidos existentes, como a origem, volume, caracterização dos resíduos,

formas de acondicionamento, coleta, transporte, tratamentos e disposição final adotadas,

observando o plano diretor e o zoneamento ambiental municipa, que delimitam os diferentes

locais específicos para exercício de cada actividade no território municipal. Foi identificados

os resíduos sólidos e os geradores sujeitos ao plano de gerenciamento específico e sistema de

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logística reversa. Abordaram-se, da mesma forma, indicadores de desempenho operacional e

ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

Os dados para caracterização municipal e diagnóstico foram obtidos através da

prefeitura municipal, empresas terceirizadas de coleta e disposição de resíduos, cooperativas

de catadores, com aplicação de questionários (em anexo), visitas observatórias no local e

pesquisas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Como parte do diagnóstico, deve-se realizar atividades no sentido da mobilização

social, como audiência pública para coleta de vontades da comunidade em relação aos

problemas propostos e às ações previstas, com relação à implantação do trabalho proposto.

Esta etapa não foi realizada pelo trabalho em questão, ficando como idéia para trabalhos

futuros.

2.2.4 Cenários e Prognósticos

A partir dos resultados obtidos no diagnóstico e através da identificação das falhas,

foram abordados procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição

final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Estruturaram-se cenários futuros quanto à geração de resíduos no Município, com

diversas lógicas de pensamento. Através disso, verificou-se a relação entre demanda futura e

oferta do atual sistema e definiram-se diretrizes, objetivos e metas para o manejo dos resíduos

e para outros aspectos do plano. Possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou

compartilhadas com outros municípios foram identificadas, considerando, nos critérios de

economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos.

2.2.4.1 Objetivos e Metas

Cientes da problemática atual do modo de gestão dos resíduos sólidos e do desafio

colocado ao município no equacionamento dos problemas, através da Política Nacional de

Resíduos Sólidos, a elaboração de objetivos e metas define proposta de mudança a curto,

médio e longo prazo.

Definiram-se objetivos e metas para o transporte, redução, reutilização, coleta seletiva

e reciclagem, entre outras, com vista a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para

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disposição final ambientalmente adequada (aterro sanitário) e inadequada, como também

aspectos para facilidade e melhorias na gestão dos resíduos sólidos.

Também, de acordo com a legislação vigente, foi descrita as formas e dos limites da

participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, e de outras ações

relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e definição das

responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização.

2.2.5 Planos de Ação

Foram definidos programas e ações de capacitação técnica voltados para a

implementação e operacionalização dos objetivos e metas do plano de gestão integrada de

resíduos sólidos. Também, diretrizes para criação de programas e ações de educação

ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos

sólidos que afete toda a população, como também programas e ações para a participação das

cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis.

2.2.6 Controle e Fiscalização

Foram definidos meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito

local, da implementação e operacionalização do plano de gestão integrada de resíduos sólidos

através de estabelecimento de indicadores operacionais, ações preventivas e corretivas a

serem praticadas, incluindo programa de monitoramento, identificação dos passivos

ambientais relacionados aos resíduos sólidos, como áreas contaminadas e respectivas medidas

saneadoras. Nesta etapa também se estabeleceu a periodicidade de sua revisão.

2.3 Resultados e Discussões

2.3.1 Caracterização do Município

O município foi caracterizado de acordo com as características que abrangem a

contextualização regional, aspectos físicos, antrópicos, socioeconômicos e populacionais.

Muitas das informações para caracterização municipal foram obtidas através de dados

repassados pela Prefeitura de Pinhalzinho.

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2.3.1.1 Histórico e Localização

O Município de Pinhalzinho está localizado no centro da microrregião oeste

catarinense, situando-se entre dois grandes centros, Chapecó e São Miguel do Oeste (Figura

3), sendo que está a uma distância de 670 km da capital do Estado, Florianópolis. Num raio de

12 km, Pinhalzinho engloba outros onze municípios comercialmente dependentes. Segundo

dados do IBGE (2010), possui um território de 128,7 km² e população estimada em 16.332

habitantes.

Figura 3 - Localização geográfica do empreendimento

Fonte: Censo demográfico IBGE (2010).

Até os anos de 1930, predominavam pequenas matas de pinheiro, onde hoje está

localizado o centro da cidade. Os primeiros moradores que habitaram a região, em grande

maioria com origem do Estado Gaúcho, conhecendo a fertilidade desta terra, vieram à procura

de novas fontes de renda.

O município foi emancipado de acordo com o artigo 22 da Constituição do Estado então

vigente e em conformidade com a resolução nº. 01/61, de 07 de dezembro de 1961, fez com

que a Câmara Municipal de São Carlos promulgasse a Lei nº. 780, que criava o município de

Pinhalzinho, sendo instalado oficialmente em 30 de dezembro de 1961.

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2.3.1.2 Características topográficas e de solo

A topografia do Município apresenta-se ondulada a fortemente ondulada na sua quase

totalidade, possuindo altitude média de 550 metros como pode ser visualizado na Figura 4,

retirada do Atlas Cartográfico municipal.

Figura 4 - Características topográficas

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

As classes de solos predominantes na área municipal são os Cambissolos. EMBRAPA

(2006) afirma que Cambissolos compreendem solos constituídos por material mineral, com

horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, desde que não

sejam enquadrados em outras classes. Devido à heterogeneidade do material de origem, das

formas de relevo e das condições climáticas, as características destes solos variam muito de

um local para outro.

Encontram-se também Latossolos, que de acordo com EMBRAPA (2006), são solos

constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico. São solos em avançado

estágio de intemperização, muito evoluídos, como resultado de enérgicas transformações no

material constitutivo. Variam de fortemente a bem drenados, embora ocorram solos que têm

cores pálidas, de drenagem moderada ou até mesmo imperfeitamente drenada, indicativa de

formação em condições, atuais ou pretéritas, com um certo grau de gleização.

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2.3.1.3 Clima

Em termos gerais o Estado de Santa Catarina está localizado no domínio do clima

mesotérmico úmido, contido em sua totalidade na zona climática subtropical úmido. As

temperaturas médias anuais da cidade, de acordo com o Institudo de Geografia e Estatística -

IBGE (2010), estão entre 18ºC e as chuvas são bem distribuídas durante as estações,

atingindo, em média, 1.500 mm anuais.

2.3.1.4 Recursos Hídricos

A região de interesse está inserida na bacia hidrográfica do Uruguai, sub-bacia do Rio

Chapecó. No início do seu longo caminho, segundo o Caderno da Região Hidrográfica do

Uruguai (MMA, 2006), o rio Uruguai divide os Estados do Rio Grande do Sul e Santa

Catarina, em seu trecho nacional. Após, em seu trecho compartilhado, o rio Uruguai

materializa a fronteira entre o Brasil e a Argentina, a seguir, serve de fronteira para o Uruguai

e a Argentina. No Brasil, recebe importantes contribuições dos rios do Peixe, Irani, Chapecó e

Antas (margem direita ou Catarinense) e ainda dos rios Apuaê (ou Ligeiro), Inhandava (ou

Forquilha), Passo Fundo, da Várzea e Guarita (afluentes da margem esquerda ou gaúcha),

como pode ser visto na Figura 5.

O município é banhado pelos Rios Burro Branco (que faz divisa com os municípios de

Serra Alta, Modelo e Pinhalzinho) e Três Voltas, popularmente conhecido como Pesqueiro

(que faz a divisa com os municípios de União do Oeste, Jardinópolis, e Irati). Também fazem

parte dos recursos hídricos municipais, o Lajeado Bueno, Lajeado Uru, Lajeado Três Amigos

e Lajeado Barra Escondida, que tem sua origem no território do município.

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Figura 5 – Bacia hidrográfica do Rio Uruguai e seus afluentes.

Fonte: Caderno da Região Hidrigráfica do Uruguai (MMA, 2006).

2.3.1.5 Fauna e Flora

Pinhalzinho está inserida no bioma Mata Atlândica. IBAMA (2013) afirma que em

termos gerais, este bioma pode ser ser visto como um mosaico diversificado de ecossistemas,

apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em função de diferenças de

solo, relevo e características climáticas existentes na ampla área de ocorrência desse bioma no

Brasil.

Apesar da intensa devastação, ainda abriga uma quantidade significativa de espécies

tanto de animais quanto de vegetais, através de campos naturais e florestas em estágio médio

ou avançado. Pelo fato do município possuir grande quantidade de recursos hídricos, as áreas

de APP localizam-se em extensas áreas no entorno de rios e córregos. No local pode ser

notada a presença de muitas espécies de pássaros e animais nativos.

2.3.1.6 Sistema Rodoviário

Os acessos ao município se dão principalmente pela BR 282, que vai ao encontro dos

municípios de Chapecó e Navegantes, e pela SC 157, com acesso aos municípios de Saudades

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e Maravilha. A Figura 6, fornecida pela Prefeitura de Pinhalzinho, apresenta o sistema

rodoviário municipal no entorno da área urbana, realçando estradas principais, com

pavimentação asfáltica e estradas secundárias de terra.

Figura 6 - Sistema Rodoviário Municipal

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

Já a Figura 7, também fornecida pelo Poder Público municipal, nos mostra a

pavimentação viária na área urbana municipal, destacando ruas e estradas com pavimentação

asfáltica, calçamento e estradas primárias. Pode-se observar que a pavimentação asfáltica

atinge a maior parte do município.

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Figura 7 - Carta de pavimentação viária

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

2.3.1.7 Plano Diretor

O Plano Diretor define a existência de sede, distritos e linhas no território municipal.

Estes estão detalhados na Figura 8. A área de interesse do Plano de gestão integrada de

resíduos sólidos englobará apenas a Sede municipal. Esta está subdividida em macroáreas

respectivas ao zoneamento municipal, detalhado na Figura 9. As macroáreas tem como

finalidade fixar as regras fundamentais de ordenamento do território, definindo diretrizes de

forma a atender os princípios, políticas, ações e projetos nele presentes, sendo definido pela

divisão do território em áreas que espacializam as intenções do município quanto às diferentes

particularidades do território.

De acordo com o artigo Art. 35, as macroáreas do município subdividem-se em:

I – MAPP - Macroárea de Produção Primária;

II – MAURB - Macroárea Urbana;

III – MMACHADO - Macroárea do Distrito de Machado;

IV – APP - Área de Preservação Permanente;

V – ARPA - Área de Recuperação e Proteção Ambiental;

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VI – AODUP - Área de Ocupação e Densificação Urbana Prioritária;

VII – AODUPR - Área de Ocupação e Densificação Urbana Prioritária Restrita;

VIII – AEUF - Área de Expansão Urbana Futura;

IX – AEIS I - Área Especial de Interesse Social I;

X – AEIS II - Área Especial de Interesse Social II;

XI – AEPCP - Área Estratégica de Preservação e Conservação da Paisagem;

XII – SI - Setor Industrial;

XIII – SEA - Setor Especial do Aeroporto;

XIV – EAIT - Eixo de Atividades Inovadoras Tecnoprodutivas;

XV – EDU - Eixo de Densificação Urbana;

XVI – EIM - Eixo de Integração Municipal;

XVII – EIR - Eixo de Integração Regional.

Figura 8 - Delimitações de distritos, sede e linhas Municipais

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

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Figura 9 - Macroáreas municipais

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

2.3.1.8 Bairros

O município é dividido em 12 bairros: Bela Vista, Centro, Centro Oeste, Efacip,

Loteamento Primavera, Maria Terezinha, Nova Divinéia, Panorama, Pioneiro, Santo Antônio,

São José e Área Industrial. A Figura 10 a seguir, retirada do Atlas cartográfico municipal,

apresenta a localização dos mesmos na área urbana e delimita, da mesma forma, as áreas de

proteção permanente (APPs), áreas verdes e área industrial municipal.

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Figura 10 - Bairros municipais

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

2.3.1.9 Uso e ocupação do solo

O município de Pinhalzinho tem sua ocupação e uso do solo baseados principalmente

na agricultura, com pequenas áreas de pastagens e campos naturais, florestas em estágio

inicial, médio ou avançado. Áreas de reflorestamento também são detectadas no território

municipal. A Figura 11 fonecida pela prefeitura municipal apresenta as principais formas de

uso e ocupação do solo.

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Figura 11 - Uso e ocupação do solo

Fonte: Adaptado da Prefeitura de Pinhalzinho.

2.3.1.10 Economia

Sua economia distribui-se nos setores da agricultura (pequena produção familiar

diversificada), comércio e principalmente na indústria, em constante crescimento nos últimos

anos. O Município de Pinhalzinho conta com serviços de segurança, saúde e educação de boa

qualidade, sendo que o índice de desenvolvimento humano no ano de 2000 era de 0,826, o

que pode ser considerado um bom valor quando comparado ao município de melhor IDH do

Brasil na mesma época, São Caetano do Sul (SP), que apresentava um índice de 0,919 (IBGE,

2010).

2.3.1.11 População

A evolução da população, a partir dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística, está apresentada na Figura 12. Através disto, observa-se que houve

uma duplicação do número de habitantes em 40 anos, porém com maior crescimento

concentrado nos últimos 10 anos, o que demonstra o potencial de desenvolvimento de

Pinhalzinho.

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Figura 12 - Evolução da População nos Censos Demográficos – Pinhalzinho (SC)

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

A Figura 13 apresenta a porcentagem da população rural e urbana do município, em

2010. Após isso, têm-se a distribuição da população por sexo e idade, conforme Figura 14.

Pode-se perceber que a maioria da população, 83,4%, vive na área urbana do município.

Quanto à faixa etária, tanto entre os homens quanto mulheres, há uma maior concentração da

população entre 15 e 29 anos de idade.

Figura 13 - População rural e urbana

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

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Figura 14 - Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade

Fonte: IBGE (2010).

Sabe-se, através do censo demográfico IBGE (2010), que o número de domicilios

particulares do município correspondem a 5.095, sendo que destes, 4.300 são na área urbana e

795 na área rural. A Figura 15 apresenta o percentual de domicílios com respectivas

densidades de moradores.

Figura 15 – Domicílios particulares permanentes com densidade de moradores por domicílios

Fonte: IBGE (2010).

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2.3.1.12 Educação

O censo escolar em 2010 apontou que estão matriculados 4.410 alunos entre ensino

infantil, fundamental e médio, num total de 20 escolas. A Tabela 1 apresenta algumas delas. O

índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB/2004) classificou Pinhalzinho em 19°

lugar entre 293 municípios de Santa Catarina no quesito de educação básica.

Tabela 1 – Unidades de ensino no Município

Escola Creche Pré-

escolar Fundamental Médio

Fundamental

EJA

Médio

EJA Total

CEIM Amigo Da

Infância 0 69 0 0 - 0 69

CEIM Pedro Simon 25 189 0 0 - 0 214

PE Maria Terezinha 0 60 0 0 - 0 60

EMEF Maria

Terezinha 0 0 269 0 - 0 269

CEI Divinéia 33 71 0 0 - 0 104

CEI Menino Jesus 33 146 0 0 - 0 179

EMEB José

Theobaldo Utzig 0 0 723 0 - 0 723

Casa Da Criança

Ivone Pegoraro 15 0 0 0 - 0 15

Casa Da Criança Tia

Lurdes 23 0 0 0 - 0 23

CEIM Bela Vista 39 0 0 0 - 0 39

CEIM Maria

Terezinha 30 28 0 0 - 0 58

CEIM Gente Feliz 64 0 0 0 - 0 64

Total 262 563 992 0 0 0 1817

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

Além de instituições de ensino de primeiro e segundo grau, estão instaladas no

município 3 instituições de ensino superior, são elas: Universidade do Estado de Santa

Catarina (Udesc), com o curso de Engenharia de Alimentos, Horus Faculdades

disponibilizando os cursos de Administração, Ciências Contábeis, Sistemas de Informação e

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Educação Física e a Unoesc, com Administração, Ciências Contábeis, Direito, Design Gráfico

e Industrial, Gestão Ambiental e Psicologia.

O gráfico apresentado na Figura 16 mostra o número de pessoas do município

frequentadores de instituições de ensino públicas e privadas, não necessariamente no

muncípio.

Figura 16 - Instituições de ensino públicas e privadas e número de frequentadores.

Fonte: IBGE (2010).

2.3.2 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Municipais

2.3.2.1 Resíduos domiciliares e comerciais

Originário das atividades domésticas em residências é composto por resíduos secos e

resíduos úmidos. Os resíduos secos são constituídos principalmente por jornais, revistas,

embalagens fabricadas a partir de plásticos, papéis, vidros e metais diversos, ocorrendo

também produtos compostos como as embalagens tetrapack. Já os resíduos úmidos são

constituídos principalmente por restos de alimento, folhas, semestes, etc. Também está

presente nesta classificação os rejeitos que referem-se às parcelas contaminadas dos resíduos

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domiciliares: embalagens que não se preservaram secas, resíduos úmidos que não podem ser

processados em conjunto com os demais, resíduos das atividades de higiene e outros tipos.

Constituem-se juntamente nesta classificação os resíduos originários de

estabelecimentos comerciais, como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes, etc. Sua

composição varia de acordo com a atividade desenvolvida, mas, de modo geral, se

assemelham qualitativamente aos resíduos domésticos.

A geração dos resíduos domiciliares varia de acordo com o porte dos municípios e

regiões geográficas do país, em função da atividade econômica, tamanho e renda da

população e possíveis populações flutuantes presentes no local. A quantidade de resíduos em

toneladas, na ausência de balança, pode tomar como parâmetro os indicadores de massa

específica aparente dos resíduos domiciliares. Instituto Brasileiro de Administração Pública -

IBAM (2001) afirma que normalmente, o peso específico dos resíduos correspondem a 230

kg/m3, quando soltos, e compactados, 600 kg/m

3.

A Tabela 2 identifica as faixas mais utilizadas de geração per capita conforme o

tamanho da cidade e o número de habitantes.

Tabela 2 – Geração per capita de resíduos

Tamanho da Cidade População urbana

(habitantes)

Geração per capita

(kg/hab/dia)

Pequena Até 30 mil 0,50

Média Entre 30 mil e 500 mil Entre 0,50 e 0,80

Grande Entre 500 mil e 5 milhões De 0,80 e 1,00

Megalópole Acima de 5 milhões Acima de 1,00

Fonte: Adaptado de IBAM (2001).

Pinhalzinho se enquadra na classificação “Pequena”, como porte da cidade, pois

possui população de 16.332 habitantes. Desta forma, de acordo com IBAM (2001), a geração

per capita em município de pequeno porte é em média 0,50 kg/hab/dia.

Segundo informações repassadas pelo município, aproximadamente 270 t de resíduos

são coletados mensalmente e enviados ao aterro sanitário localizado em Saudades/SC. A

partir disso, a geração per capita no município de Pinhalzinho varia em torno de 0,661

kg/hab/dia, levando em conta que a população atendida, apenas a urbana, é de 13.615

habitantes. Observa-se desta forma que a geração está acima da média nacional, para as

cidades do mesmo porte.

A composição gravimétrica identifica o percentual de cada componente em relação ao

peso total da amostra de resíduo analisada. Na literatura é possível encontrar diferentes

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métodos para determinar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos. A NBR 10.007

(ABNT, 2004) determina uma forma baseada no quarteamento de amostras representativas, a

mais comumente adotada.

O município não dispõe de estudos nestes aspectos e a T.O.S. Obras e Serviços

Ambientais Ltda, empresa responsável pela coleta municipal, afirma que há estudos de forma

parcial da composição gravimétrica dos resíduos sólidos gerados no Município, porém não os

disponibilizou. Em função disso, adotou-se para este trabalho a composição média que

representa os resíduos brasileiros, de forma genérica. Foi possível realizar a composição

gravimétrica apenas dos resíduos da coleta seletiva, coletados pela APREPI, porém esta será

detalhada no item referente à coleta seletiva.

A seguir, na Figura 17, a composição gravimétrica média dos resíduos domiciliares

brasileiros é apresentada sob percentual de massa.

Figura 17 – Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares brasileiros

Fonte: Adaptado de IBAM (2001).

Também são encontrados nos resíduos domiciliares alguns denominados especiais,

como pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, resíduos de construção civil em pequenas

quantidades e medicamentos vencidos, os quais devem ter destino diferenciado nos pontos de

coletas estabelecidos pela prefeitura, porém muitas vezes não é o que realmente se observa na

prática.

A coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais

do perímetro urbano, com operação, manutenção e monitoramento do aterro sanitário são

realizados por empresa terceirizada, a T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda. Conforme

processo licitatório, modalidade Concorrência Pública, existe um contrato de prestação de

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serviços entre a Administração Municipal de Pinhalzinho e a empresa T.O.S. Obras e

Serviços Ambientais Ltda, firmado em 23 de fevereiro de 2012 com prazo de vigência de 01

de março de 2012 até 31 de dezembro de 2012 e sendo renovado sob termo aditivo passando a

ter vigência de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013.

Vale salientar que o Município possui coleta seletiva de resíduos recicláveis. Esta é

realizada separadamente, ou seja, não é abrangida pela coleta dos resíduos domiciliares e

comerciais realizada pela empresa terceirizada e que está detalhada nos próximos itens do

trabalho.

O óleo de cozinha também é reutilizado e possui coleta diferenciada. A coleta do óleo

armazenado nas residências ocorre na última semana de cada mês, quando os mesmos são

entregues nos Pontos de Coleta (Escolas do Município e Pátio do DMER, oferecido pela

Prefeitura) para a prefeitura fazer o recolhimento do material. Os estabelecimentos comerciais

que geram este tipo de resíduo possuem recipientes específicos para o armazenamento do óleo

nos próprios estabelecimentos. O resíduo de óleo de cozinha coletado no município é

posteriormente coletado por empresa credenciada pelo governo do Estado, que realiza seu co-

processamento ou tratamento final.

Da mesma forma, os denominados especiais não fazem parte da composição e da

quantidade gerada dos resíduos domiciliares, pois o Município realizou campanha para

descarte em postos de coleta espalhados pela cidade, a fim de evitar que estes fossem

descartados juntamente com os resíduos comuns. Campanhas de conscientização foram

realizadas somente na data de lançamento do sistema de coleta seletiva e diferenciada dos

resíduos especiais, sendo que a fiscalização destas ações não é realizada, ou seja, há a

possibilidade de encontrar esta tipologia de resíduos juntamente com os domiciliares.

A coleta dos resíduos domiciliares abrange a área urbana do município. Todo material

é transportado mecanicamente do ponto de geração até o destino final. Para tal, segundo a

empresa responsável, existe um planejamento de rotas e horários de recolhimento para reduzir

a ociosidade dos caminhões e evitar congestionamento no trânsito. O cronograma de coleta

está apresentado no Quadro 1.

Quadro 1 - Frequência de coleta

Frequência(s) de coleta / Bairro Horário

Segunda-feira, Quarta e Sexta-feira

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Frequência(s) de coleta / Bairro Horário

Efacip, Panorama, Divinéia, Loteamento Brancher, hospital e centro. Matutino

Terça-feira, Quinta-feira e Sábado

Santo Antônio até a sede da AABB, Loteamento Pôr do Sol (Eckert),

Colina do Sol (Fiorini), Loteamento Luermann e Centro. Matutino

Terça-feira, Quinta-feira e Sábado

São Paulo, Bela Vista e Maria Terezinha, Primavera, Universitário,

Ipica, Distrito Industrial, Aurora e Distrito Machado.

Vespertino e

Noturno

Fonte: T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda.

A coleta de resíduos urbanos é realizada através de caminhões compactadores, e de

acordo com a empresa Tucano, é realizada com pessoal treinado e utilizando equipamentos

próprios para execução do serviço. A frota de coleta disponível pela empresa Tucano é

apresentada na Figura 18 e Figura 19.

Figura 18 – Caminhão compactador

Fonte: T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda

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Figura 19 – Caminhão compactador

Fonte: T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda

Alguns pontos de coleta são considerados críticos pela empresa, por apresentarem ruas

não pavimentadas ou com declividade acentuada, porém estes não foram mapeados.

Entretanto, não houveram interrupções na coleta em função de problemas, pois a empresa

conta com veículos e recursos humanos reserva para suprir as eventuais necessidades.

O acondicionamento dos resíduos nas ruas de Pinhalzinho é realizado sem a presença

de recipientes ou contêineres apropriados. Os resíduos são depositados nas calçadas,

embalados pela população em sacos plásticos. Alguns locais possuem recipientes de metal,

plástico ou alvenaria instalados sobre os passeios públicos, muitas vezes instalados pelos

próprios moradores, empresas patrocinadoras ou pela prefeitura, normalmente em mal estado

de conservação.

Detectaram-se rompimentos frequentes nos sacos plásticos utilizados para

acondicionar os resíduos temporáriamente nas ruas, tanto por animais quanto na transferência

feita de forma manual para os caminhões da coleta. A Figuara 20, a Figura 21 e a Figura 22

apresentam os recipientes nas vias públicas.

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Figura 20 - Recipientes para disposição de resíduos nas vias públicas

Figura 21 - Resíduos depositados nas vias públicas

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Figura 22 – Recipiente para disposição dos resíduos nas vias públicas

Alguns problemas operacionais foram detectados pela empresa responsável, a qual

relatou que há problemas no sistema de coleta e acondicionamento dos resíduos sólidos

domiciliares e comerciais, como o descarte dos resíduos nas vias públicas, pela população,

fora dos horários de coleta, a mistura dos resíduos industriais perigosos, caracterizados como

classe I, com os resíduos sólidos domiciliares (Classe II), e por fim, mesmo havendo a coleta

seletiva, ocorre a mistura dos resíduos úmidos e secos.

A disposição final, também realizada pela empresa T.O.S. Obras e Serviços

Ambientais Ltda, não é feita no Município de Pinhalzinho. Os resíduos sólidos urbanos

domiciliares e comerciais são coletados e transportados até o Aterro Sanitário de Saudades,

localizado há aproximadamente 12 km de Pinhalzinho.

Em 2003, foi realizado projeto de ampliação da vida útil do aterro sanitário em 15

anos. Esta Unidade I - Saudades, tem capacidade para receber mais de 50 t/dia, e caracteriza-

se por uma solução consorciada que atende 18 municípios da região oeste e extremo oeste

catarinense. São eles: Aguas Frias, Caibi, Chapecó, Cunha Porã, Cunhatai, Flor do Sertão,

Iraceminha, Maravilha, Modelo, Mondai, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Pinhalzinho,

Riqueza, Romelândia, São Miguel da Boa Vista, Saudades e Serra Alta.

O aterro sanitário possui Licença de Operação pelo Órgão Estadual do Meio Ambiente

de Santa Catarina – FATMA, Nº 2880/2011 com validade até 07/04/2014. Segundo o projeto

de cooperação técnico-científico entre o ministério público de Santa Catarina e Associação

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Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – seção Santa Catarina, foi considerado e

enquadrado como Aterro Sanitário em condições ótimas. O Aterro Sanitário pode ser

visualizado na Figura 23.

Figura 23 - Aterro Sanitário Unidade I – Saudades

Fonte: T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda.

A empresa afirma assegurar a aplicação rigorosa dos mecanismos de controle e

monitoramento ambiental, através da drenagem de águas pluviais, impermeabilização de base

composto por uma camada de 0,50 m de argila compactada, sobreposta a esta, geomembrana

de Polietileno de Alta Densidade/PEAD de 1,5mm de espessura e, sobreposta a esta uma

camada de 0,50 m de argila compactada com função de proteção mecânica.

Sistema de captação e queima de gases, drenagem e tratamento de líquidos percolados

(lixiviado) e posteriormente sistema de tratamento destes, composto por lagoas de

estabilização (tratamento biológico), incluindo uma unidade de equalização. Na sequencia,

ocorre o tratamento físico-químico, através da coagulação, floculação, decantação e filtração,

sendo a seguir os efluentes encaminhados para corpo receptor. Segundo a operadora, são

detectados problemas operacionais em períodos sucessivos de chuvas intensas.

2.3.2.2 Coleta seletiva

A coleta seletiva consiste em um sistema de recolhimento de materiais recicláveis,

como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e

que podem ser reutilizados ou reciclados. Funciona também, como um processo de educação

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ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de

recursos naturais, através da geração excessiva e da poluição causada pelo lixo disposto

inadequadamente.

Ao praticar a coleta seletiva, facilita-se o processo de reciclagem, o qual consiste na

transformação de um material em outro produto. A reciclagem gera economia de matérias-

primas, água e energia, contribui para a melhoria do meio ambiente, na medida em que

diminui a exploração de recursos naturais, reduz o consumo de energia no processo de

fabricação destes materiais, diminui a poluição do solo, da água e do ar, prolonga a vida útil

dos aterros sanitários. Além de diminuir os custos da produção, com o aproveitamento de

recicláveis pelas indústrias, diminuir o desperdício e os gastos com a limpeza urbana, e além

de tudo, cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias, pois gera emprego e renda

pela comercialização dos recicláveis.

O município possui sistema de coleta selectiva porta a porta desde 2010. No ato de

lançamento da implantação da Coleta seletiva foram realizadas ações de divulgação da

estrutura e funcionamento, com presença de entidades municipais. O município também

realizou o café-da-manhã com catadores, com a presença da imprensa local, campanhas

educativas de conscientização da população quanto a segregação dos resíduos, com palestras

nas escolas com o auxílio da Polícia Ambiental do Município de Chapecó/SC.

Como forma de conscientização geral, o município distribuiu folderes (Fiura 24 e

Figura 25) e ímãs de geladeira (Figura 26) auto explicativos para a população, informando a

importância da ação e o cronograma de coleta dos resíduos nos diversos setores do Município.

Também, através do folder, informou-se os pontos de recebimento de resíduos especiais,

como lâmpadas, pilhas e baterias, e óleo de cozinha.

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Figura 24 – Folder explicativo sobre Coleta Seletiva Municipal (Frente e verso)

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

Figura 25 - Folder explicativo sobre Coleta Seletiva Municipal (Interno)

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

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Figura 26 – Íma de geladeira da coleta seletiva.

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

O serviço de coleta seletiva é realizado pela APREPI – Associação Recicla

Pinhalzinho, que é uma cooperativa de reciclagem formada por 11 catadores (3 homens e 8

mulheres), localizada em um galpão no Bairro São José. O convênio firmado de Janeiro a

Dezembro de 2012 foi renovado até 31/03, porém devido às instabilidades encontradas o

serviço será avaliado para a possível renovação futura, informou a responsável pela gestão

municipal dos resíduos sólidos.

A APREPI é apoiada pela prefeitura, por projeto social através da assistência social. A

Prefeitura intermediou a doação de maquinário e caminhão (doado pela FUNASA) para a

Associação, bem como faz o pagamento mensal do combustível, manutenção, aluguel do

barracão, fatura da água e salário de contador, contratado para administrar as despesas e

receitas da associação. A Figura 27 apresenta os catadores da APREPI trabalhando em um

evento do Município.

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Figura 27 – Catadores da APREPI fazendo a triagem de materiais

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho.

Observa-se a existência de catadores autônomos no Município, os quais recolhem

materiais e fazem sua comercialização sem o intermédio da administração pública. Os dados

referentes a coleta de resíduos destes catadores não são controlados pela prefeitura e não

foram abordados neste trabalho.

A população foi instruída pelo poder público a realizar a segregação dos materiais

recicláveis nas residências em resíduos úmidos dos secos, não sendo necessária a segregação

de cada tipologia de material separadamente. Após, a acondicionar em sacos plásticos e

depositar nas vias públicas para recolhimento nos horários específicos conforme cronograma,

a fim de evitar que fiquem depositados por longos períodos de tempo nas vias públicas.

As formas de acondicionamento dos resíduos nas vias públicas variam muito. Apenas

a parte central do Município recebeu recipientes apropriados e identificados para resíduos

recicláveis, porém muitos destes já estão em péssimo estado de conservação, como mostra a

Figura 28. Edifícios e residências particulares muitas vezes possuem recipientes próprios, com

grande variação dos tipos e materiais utilizados.

Nas áreas em que não há recipientes adequados, os resíduos são depositados na

calçada, sem a utilização de sacos de cores diferenciadas ou previamente identificados,

dificultando o trabalho dos catadores.

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Figura 28 – Recipientes para acondicionamento dos resíduos nas vias públicas

Alguns pontos críticos de coleta foram identificados pelos catadores, como edifícios

residenciais, com grande quantidade de moradores, que não segregam os resíduos e resíduos

industriais presentes na coleta seletiva. Também considerado um ponto crítico, os catadores

recebem da prefeitura Equipamentos de proteção individual (EPI´s) em média a cada 3 meses.

Como o tempo de substituição dos EPI´s é longo, muitas vezes ocorrem rasgos ou estes se

tornam inutilizáveis por diversos motivos. Em função disso, alguns catadores trabalham sem

estes equipamentos.

A prefeitura dividiu o centro e os bairros municipais em setores para facilitar a

realização da coleta seletiva. Cada local recebe semanalmente a equipe da APREPI –

Associação Recicla Pinhalzinho, para recolher o material reciclável. A associação conta com

um caminhão para realização da coleta, não possuindo carros de tração animal ou manual. O

cronograma de coleta está apresentado no Quadro 2, a seguir.

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Quadro 2 – Frequência de coleta seletiva nos bairros

Bairros / Setores Frequência e horário

Centro

Segunda-feira e

Sexta-feira

(Matutino e Vespertino)

Divinéia

Segunda-feira

(Vespertino)

Pioneiro

Terça-feira

(Matutino e Vespertino)

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Bairros / Setores Frequência e horário

Santo Antônio

Quarta-feira

(Matutino)

Bairro Bela Vista com Loteamento

São Paulo e Hípica

Quarta-feira

(Vespertino)

Efacip, São José e Panorama

Quinta-feira

(Matutino e Vespertino)

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Bairros / Setores Frequência e horário

Maria Terezinha e Primavera

Sexta-feira

(Matutino)

Área Rural A cada 90 dias

De acordo com a Presidente da APREPI, Verônica Mariano De Orel, 90% dos

materiais coletados pela associação nas vias públicas estão misturados, ou seja, não foram

separados corretamente e possuem rejeitos, como restos de comida, fralda, terra, grama,

roupas e materiais recicláveis em mal estado de conservação. Aproximadamente 40 bolsas são

geradas mensalmente de rejeitos, que são coletadas pela T.O.S. Obras e Serviços Ambientais

sem custo. Se a quantidade exceder as 40 bolsas, passa a haver a cobrança pelo serviço. A

Figura 29 apresenta os rejeitos coletados juntamente com a coleta seletiva e segregados dos

materiais recicláveis.

Figura 29 – Rejeitos encontrados nos materiais recicláveis

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Alguns materiais são recolhidos pela APREPI como forma de evitar que fiquem

depositados nas vias públicas, porém não possuem comercialização viável, como o isopor e

sacos de salgadinho e acabam ocupando um volume grande no espaço disponível para as

atividades da Associação.

Os resíduos coletados passam por triagem manual (Figura 30) e são separados

conforme tipos de materiais e armazenados em Bags (Figura 31). A associação possui duas

prensas, uma específica para papelão (Figura 33) e outra para diversos materiais (Figura 32).

Alguns materiais como papelão, papel, todos os tipos de plásticos e tetra pak passam por

processo de prensagem para formação de fardos (Figura 34 e Figura 35). A sucata não passa

por este processo, pois o controle de envio é realizado por peso, com auxílio de uma balança

específica para caminhões localizada em outro estabelecimento comercial municipal, pois a

balança da associação encontra-se quebrada.

Figura 30 - Triagem manual dos materiais recicláveis

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Figura 31 - Bags para armazenamento dos materiais segregados

Figura 32 – Compactação de materiais diversos

Figura 33 – Compactação de papelão

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Figura 34 – Fardos de plástico

Figura 35 – Fardos de papelão

Os tipos de materiais coletados e comercializados pela APREPI, o valor unitário e a

receita dos meses de Junho e Julho (dados disponibilizados) estão apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 – Materiais comercializados pela APREPI

Quantidade

Junho (kg)

Quantidade

Julho (kg)

Preço

(R$/Kg ou

unidade)

Ganho Médio

(R$)

Papel Misto 2782 2400 R$ 0,12 R$ 310,92

Papelão 14110 13400 R$ 0,27 R$ 3.713,85

Papel Branco 569 1139 R$ 0,28 R$ 239,12

Caixa de Leite 688 654 R$ 0,15 R$ 100,65

Begg 2590 2630 R$ 0,60 R$ 1.566,00

Pet 2576 3393 R$ 0,90 R$ 2.686,05

Rafia 180 68 R$ 0,12 R$ 14,88

Sacolas 1124 974 R$ 0,35 R$ 367,15

PVC 463 - R$ 0,15 R$ 69,45

Plástico Branco 522 - R$ 0,90 R$ 469,80

azeite 138 43 R$ 0,35 R$ 32,90

Ferro 4460 1400 R$ 0,22 R$ 644,60

Alumínio 58 - R$ 1,80 R$ 104,40

VIDROS Garrafas 440 und - R$ 0,50 R$ 220,00

R$ 10.539,77

Tipo de Material

PAPÉIS

PLÁSTICOS

METAIS

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Através da tabela fornecida pela APREPI, foi possível fazer a composição

gravimétrica média dos resíduos comercializados pela associação, apresentada na Figura 36.

O vidro não foi computado por ser comercializado por unidades.

Figura 36 – Composição gravimétrica dos resíduos recicláveis comercializados

Nota-se que a maioria dos materiais comercializados, 47%, é papelão. Este é vendido a

um valor que corresponde a R$0,27/kg de material. Em seguida, as maiores quantidades de

materiais são representados por ferro com 15%, papel misto e bag, ambos com 9%, pet, 8%, e

em menor escala, sacolas, papel branco,plástico branco, caixas de leite, PVC, ráfia, variando

de 4% a 1% e o alumínio e azeite, que nos meses analisados não foram comercializados.

Esta composição representa os materiais recicláveis coletados pela APREPI e não

pode ser utilizada para representar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos

domiciliares de Pinhalzinho, pois não abrange os resíduos orgânicos e rejeitos gerados.

Os materiais coletados e devidamente separados pelos catadores são vendidos a uma

empresa localizada no Município de Nova Erechim/SC, a qual faz o posterior envio dos

materiais a empresas recicladoras, com excessão da sucata e do isopor, que são enviados à

empresas de Chapecó e Rio Grande do Sul, respectivamente. Todo o dinheiro arrecadado com

a venda dos recicláveis retorna à APREPI, a qual possui um contador para realização da

divisão dos lucros.

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2.3.2.3 Limpeza pública

As atividades de limpeza pública, definidas na Lei Federal de Saneamento Básico,

dizem respeito à varrição, capina, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias,

monumentos, sanitários, praças, terrenos baldios e outros; raspagem e remoção de terra e areia

em logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e

limpeza dos resíduos de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público (BRASIL,

2007). Também engloba-se os resíduos vedes, volumosos, cemiteriais e os gerados em

eventos como feiras.

O serviço de limpeza urbana em Pinhalzinho é realizado pela prefeitura, porém o

município não dispõe de legislação própria para tal. A área urbana é atendida pelos serviços

de podas de árvores e manutenção das áreas públicas, sendo de responsabilidade do

Departamento de Obras e Serviços Urbanos a realização destes serviços.

A varrição só é realizada nas áreas públicas, como praças e parque, e sem frequência

definida. A capina e poda são realizadas em toda a área urbana, tanto manualmente quando

por processo mecanizado e o poder público afirma ter pessoas especializadas para a realização

destas atividades. A capina é realizada diariamente e o serviço de poda é realizado

anualmente, conforme necessidade das áreas.

Os resíduos recolhidos correspondem em média a 4 cargas de caminhão diárias, o que

significa aproximadamente 24 t de resíduos, que são acondicionados em caminhão e

posteriormente dispostos em local considerado pela Prefeitura como área de recuperação, que

consiste em um aterramento localizado na Linha São Paulo, onde ocorre o acúmulo destes

materiais sem nenhum tipo de controle ou monitoramento.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, através do Planos de Gestão de

Resíduos Sólidos: Manual de Orientação (2012), estes resíduos representam cerca de 15% da

geração total de resíduos domiciliares. Seguindo esta metodologia, isto representaria 500

toneladas anuais para o município de Pinalzinho.

A frota é considerada em boas condições de conservação e é composta por Bob Cat,

Caminhão e trator do tipo concha. O problema operacional detectado pela própria

administração neste processo foi a falta de mão-de-obra para o exercício das atividades.

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2.3.2.4 Resíduos especiais

Consideraram-se resíduos especiais aqueles que, pelas suas características e

dimensões, encontram-se sujeitos a um destino diferente e independente dos resíduos urbanos.

Este conjunto de resíduos é constituído por produtos eletroeletrônicos, pilhas e baterias,

pneus, lâmpadas fluorescentes (vapor de sódio, mercúrio e de luz mista), óleos lubrificantes,

seus resíduos e embalagens e, por fim, os agrotóxicos, também com seus resíduos e

embalagens.

Estes resíduos estão sujeitos à logística reversa, que consiste em um desenvolvimento

econômico e social que se caracteriza por procedimentos e meios destinados a implantar a

coleta e a restituição destes resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. Vários dos resíduos com

logística reversa já têm a gestão disciplinada por resoluções específicas do CONAMA.

Pilhas, baterias e celulares

Juntamente com a campanha de lançamento e conscientização da população quanto a

coleta seletiva, realizou-se divulgação dos pontos de coleta de resíduos especiais, entre eles

pilhas, baterias e celulares, a serem coletados, armazenados e destinados pela Administração

municipal.

O depósito destes materiais pode ser feito nos pontos de coleta organizados pela

prefeitura em Escolas e estabelecimentos comerciais, são eles: Escola Marcolino Eckert,

EMEB, Vendelino Junges, Escola Maria Terezinha, Supermercado Frizzo, Ferragem

Pinhalense, Mercado Cooper Itaipu e Mercado Baixada.

Com relação a geração de resíduos de pilhas e baterias, e pela dificuldade em

quantificar este tipo de resíduo, não há controle das quantidades existentes, sendo estes apenas

estimativas. Muitas vezes, por deficiência da divulgação e falta de informação da população,

estes resíduos são dispostos na coleta convencional, tendo por fim o aterro sanitário.

Os resíduos acumulados nos pontos de coleta são enviados à loja da Claro ®, que

comprometida com o desenvolvimento sustentável, lançou em março de 2008 o programa

Claro Recicla. Segundo eles, o objetivo da iniciativa é contribuir para a conscientização

socioambiental da população sobre a importância de destinar corretamente o lixo eletrônico,

em especial celular, baterias e acessórios fora de uso, de qualquer operadora. Segundo eles,

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todo o material é separado, classificado e encaminhado para o processo de reciclagem, feito

por recicladora certificada pelo IBAMA.

Lixo Eletrônico

O resíduo eletroeletrônico são compostos por inúmeros componentes químicos porém

os metais são os elementos mais encontrados. De acordo com o Caderno de Educação

Ambiental de Resíduos Sólidos do Governo do Estado de São Paulo, em 2010, podem ser

encontrados nos resíduos eletroeletrônicos os plásticos e outros polímeros, os vidros e os

compostos cerâmicos. Se houver um bom gerenciamento, essa sucata eletrônica pode ser

reaproveitada.

Em Pinhalzinho, por não haver controle preciso dos resíduos recebidos e/ou

descartados, estima-se que a geração entre os anos de 2010 a 2012 chegou a 75 toneladas. De

acordo com FEAM/MG (2009), a geração média per capita anual para o período

compreendido entre 2001 e 2030 é de 3,4 kg/habitante para o Brasil. Considerando apenas

resíduos gerados a partir de telefones celular e fixo, televisores e computadores, estes valores

são, respectivamente, 1,0 kg/habitante, 1,0 kg/habitante e 1,1 kg/habitante.

Os resíduos eletrônicos no município devem ser entregues pela própria população ao

pátio do DMER – Departamento de Meio Ambiente de Pinhalzinho, porém campanhas

educativas e informativas não são realizadas periodicamente. Segundo a administração

pública, os resíduos encaminhados ao DMER são enviados à destinação final com frequência

anual, através da coleta feita gratuitamente pela empresa terceirizada Alpha Lixo Digital,

localizada em Joaçaba/SC. O trabalho da Alpha Digital é fazer a coleta de sucatas de

informática, celulares, computadores e até mesmo eletrodomésticos e suas posteriores

destinações corretas. De acordo com a empresa, cerca de 10% de todo o material pode ser

reutilizado da forma como está, o restante é desmanchado e vira plástico, ferro, alumínio,

cobre, entre outros materiais.

Entretanto, observou-se que vários resíduos continuam no local, considerado

impróprio para o armazenamento temporário destes resíduos. O acúmulo refere-se a anos de

coleta, sem destinação correta, como mostra a Figura 37. O representante do DMER informou

que a empresa muitas vezes vem e seleciona apenas os materias de interesse, deixando os

rejeitos no local. Estes não possuem destinação estabelecida.

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Figura 37 – Lixo eletrônico acumulado no pátio do DMER

Lâmpadas

Quanto às lâmpadas, no material divulgado pela Secretaria de Meio Ambiente do

Estado de São Paulo em 2010, consta a estimativa de consumo de 4 unidades incandescentes e

4 unidades fluorescentes por domicílio por ano. De acordo com ALMEIDA (2012), o índice

de geração em kg/hab.dia é de 2,65x10-4

. Estíma-se, seguindo esta metodologia, que a geração

atual de resíduos de lâmpadas é 1,3 t/ano.

Em forma de folder, a população foi instruída a fazer o depósito de lâmpadas nos

pontos de coleta organizados pela prefeitura em Escolas e estabelecimentos comerciais, são

eles: Escola Marcolino Eckert, EMEB, Vendelino Junges, Escola Maria Terezinha,

Supermercado Frizzo, Ferragem Pinhalense, Mercado Cooper Itaipu e Mercado Baixada.

Também há a possibilidade de encaminhar estes materiais diretamente ao pátio do DMER –

Departamento de Meio Ambiente de Pinhalzinho.

As lâmpadas coletadas nos pontos pré-estabelecidos são encaminhadas ao pátio do

DMER e armazenadas temporariamente. Segundo a administração pública, anualmente são

coletadas pela empresa Alpha Lixo Digital localizada em Joaçaba/SC. A estrutura de

armazenamento encontra-se precária e insuficiente, como mostra a Figura 38, e estimasse que

a quantidade recolhida ultrapasse 20 mil lâmpadas, o que indica que o envio à destinação

correta não ocorre de forma regular.

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Figura 38 – Lâmpadas armazenadas no pátio do DMER

Pneus

Quanto aos pneus, o número dos considerados inservíveis, recolhidos e destinados

segundo o Cadastro Técnico Federal do IBAMA (IBAMA, 2011), aponta para uma taxa de

geração de resíduos de 2,9 kg anuais por habitante, o que representa, por este estimativa, 41

t/ano gerados no município.

A população do Município de Pinhalzinho deposita os pneus usados no pátio do

DMER, que faz seu armazenamento e disposição final. Atualmente, destina-se 1 carga/mês de

pneus, que corresponde em média a 250 pneus, a uma empresa de Pato Branco/PR que faz o

recolhimento anual e posterior destinação final. A empresa não faz a cobrança para o

recolhimento de pneus inservíveis em troca de poder levar os pneus considerados em bom

estado.

Utilizam também como destinação final a doação de pneus para drenagem de cursos

d´água, açudes e encostas na área rural do município. Uma equipe epidemiológica realiza

vistorias periódicas nos pneus depositados a fim de evitar a proliferação de vetores de

doenças.

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2.3.2.5 Resíduos de serviços de saúde

Provenientes de qualquer atividade de natureza médico-assistencial humana ou animal,

clínicas odontológicas, veterinárias, farmácias, centros de pesquisa, necrotérios, funerárias,

medicina legal e barreiras sanitárias.

Compõe esse tipo de classificação os resíduos infectantes (sépticos), como cultura,

vacina vencida, sangue e hemoderivados, tecidos, órgão, produto de fecundação com as

características definidas na resolução CONAMA nº 306, materiais resultantes de cirurgia,

agulhas, ampola, pipeta, bisturi, animais contaminados, resíduos que entraram em contato

com pacientes (secreções, refeições etc.) e resíduos especiais, como rejeitos radioativos,

medicamento vencido, contaminado, interditado, resíduos químicos perigosos.

Da mesma forma, caracterizam-se como resíduos de serviço de saúde os comuns, os

quais não entram em contato com pacientes (escritório, restos de alimentos etc.).

O fato das resoluções ANVISA e CONAMA definirem o conceito de gerador dos

resíduos de serviços de saúde e de sua responsabilidade, por exemplo, dispor de Plano de

Gerenciamento dos RSS, não significa afastar a responsabilidade dos municípios sobre a

prestação de serviços públicos de interesse local, tais como a coleta, transporte e destinação

final de resíduos hospitalares.

De acordo com a Resolução RDC ANVISA nº 306/04 e Resolução CONAMA nº

358/05, os RSS são classificados em função de suas características e consequentes riscos que

podem acarretar ao meio ambiente e à saúde e consistem em cinco grupos: A, B, C, D e E,

apresentados no Quadro 3.

Quadro 3 – Classificação dos resíduos de serviço de saúde

CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

A

Engloba os componentes com possível presença de agentes

biológicos que, por suas características de maior virulência ou

concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos:

placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas

(membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue,

dentre outras.

B Contém substâncias químicas que podem apresentar risco à

saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas

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CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e

toxicidade. Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de

laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros.

C

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que

contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos

limites de eliminação especificados nas normas da Comissão

Nacional de Energia Nuclear - CNEN, como, por exemplo,

serviços de medicina nuclear e radioterapia etc.

D

Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à

saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos

resíduos domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do preparo de

alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.

E

Materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como

lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas

diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros

similares.

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos da Saúde (CNES), o Município de

Pinhalzinho conta com 57 estabelecimentos de saúde, entre hospitais, unidades básicas de

saúde, clínicas médicas particulares, odontológicas, radiológicas, fonoaudiológicas, de

nutrição, de fisioterapia, de psicologia, farmácias, laboratórios e escolas para portadores de

necessidades especiais. Estes estão detalhados no Quadro 4, juntamente com CNES e CNPJ.

Quadro 4 – Estabelecimentos de saúde (CNES)

ESTABELECIMENTO CNES CNPJ

Anildo Aimi Consultorio Odontologico 2648970 -

Bem Estar Fisioterapia E Pilazes 6236510 -

Cac Centro De Avaliacao De Condutores 6540112 -

Carmen R Carbonera 2624982 -

Celso Bazan Cirurgiao dentista 2648954 -

Centro De Especialidades Odontologicas 5551013 -

Centro De Estetica Maritana 6540023 -

Centro De Psicologia 2648938 -

Cesar Augusto Battisti Cirurgiaodentista 2648997 -

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ESTABELECIMENTO CNES CNPJ

Clinica Dr Paulo 6307159 10330869000158

Clinica Fonoaudiologica 6236499 -

Clinica Medica Dr Giovani Baldissera 6961746 14792552000194

Clinicardio 6997279 14798382000155

Clinimedi 5405793 -

Consultorio De Fonoaudiologia 2625032 -

Consultorio De Nutricao 2649039 -

Consultorio De Odontologia 6542166 -

Consultorio De Psicologia 6542220 -

Consultorio Medico 6542336 -

Consultorio Odontologico 6542247 -

Consultorio Odontologico 6542301 -

Cornelio Pedro Melz Cirurgiaodentista 2625016 -

Corpo De Bombeiros 2334941 -

Cristhian Fiorini Ortopedia E Traumatologia 3982416 -

Dental Vip 3982394 -

Dr Cristiano Lago 3596400 -

Dr Elton Antonio Schuh 2815710 -

Dr Ezequiel Rovani 3982408 -

Dr Gustavo Eick Goncalves 3982343 -

Dr Luiz Antonio Basso 2648962 -

Dr Nelso Dalcin Lago 2815737 -

Dr Ricardo Andreski Moita 3982378 -

Dr Ronaldo Jose Guerra 2334968 -

Dra Camila Brust Buzetto 3982351 -

Dra Fernanda Lago Castro 7063741 14302876000105

Escola Especial Professora Ivone 5111609 75437053000173

Espaco Psi 6540104 -

Fiorini Servicos Medicos 6540015 10693131000155

Fisiolife Clinica Fisioterapia 2625008 03406497000130

Hospital De Pinhalzinho 2537826 83297739000134

Imagem Diagnostica 6236529 -

Inovar Odontologia 6542212 -

Jones Ernani Schuster 3699579 -

Laboratorio Brasilia 2649012 82809351000102

Laboratorio Santo Antonio 5119049 08194001000126

Only Fitness Studio 6542182 11289141000192

Policlinica Central Arthur Bartolomeu Fiorini 2537818 -

Policlinica Ii Dr Pedro Paulino Burigo 2815753 -

Roberto Carlos Da Rosa Pacheco Jr. Cirurgiaodentista 2649020 -

Ruschel Protese Dentaria 7009917 14969135000174

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ESTABELECIMENTO CNES CNPJ

Secretaria Municipal Da Saude 6391737 -

Servicos Medicos M M 6961533 10863703000105

Spricigo Protese Odontologica 3291928 -

Unidade Basica De Saude Prefeito Alexandre Grando 5425743 -

Vital Clinica De Fisioterapia 3526224 06999456000193

Viver Centro De Psicologia Integrado 5884985 -

Viver Consultorio De Psicologia 6540031 -

Fonte: CNESNet

Dentre os estabelecimentos, 3 caracterizam-se como Centro de saúde/unidade básica, 1

como Hospital geral, 44 como Consultório isolados, 3 Clínicas/Centros de especialidade, 3

Unidades de apoio diagnose e terapia (SADT isolado), 1 Unidade móvel terrestre e 1

Secretaria da saúde. Não há registros de clínicas veterinárias, mas estima-se que 3 clínicas

encontram-se instaladas no Município.

Grande parte gera resíduos de serviço de saúde em seus processos. Não há estudo das

quantidades geradas por clínicas e estabelecimentos particulares, apenas aqueles de

responsabilidade do poder pública.

A Prefeitura Municipal é responsável pelos resíduos gerados nos estabelecimentos

públicos, no total de 4 unidades básicas de saúde. Nos estabelecimentos particulares é de

responsabilidade dos mesmos o correto gerenciamento de seus resíduos. Desta forma, a

prefeitura não possui controle de geração e destinação final destes resíduos.

Há uma empresa terceirizada pela administração pública, a qual presta serviços de

coleta e transporte de resíduos provenientes dos serviços de saúde das seguintes Unidades de

Saúde do Município (PSF’s): Central, Cohab I – São José, Bairro Maria Terezinha e Bairro

Nova Divinéia. Quanto aos resíduos provenientes das unidades básicas, são gerados

aproximadamente 2500 L/mês.

Dos resíduos de estabelecimentos particulares não se possui controle por parte do

poder público. Através da coleta de dados em alguns destes estabelecimentos (clínica

odontológica), obteve-se informações de que a geração mensal é em média 60 kg. Levando

em conta que, de acordo com o CNES, o Município possui 16 estabelecimentos de cunho

odontológico, e que a média de geração unitária seja de 60 kg/mês, a projeção de geração

mensal de resíduos de serviço de saúde neste tipo de estabelecimento é de aproximadamente

1000 kg/mês. Do restante dos estabelecimentos, os dados não foram computados.

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Na Associação Hospitalar Beneficiente de Pinhalzinho, o único hospital do Município

na qual a administração independe da gestão pública, a coleta é realizada quinzenalmente pela

mesma empresa prestadora de serviço à Prefeitura, a T.O.S. Obras e Serviços Ambientais,

sendo que o volume médio coletado é 2,17 m3/mês, segregados em tipos A, B, C, D e E. Os

resíduos são acondicionados no local em sacos plásticos de acordo com a topologia, sendo

tranportado ao final do dia para o depósito específico para resíduos localizado no hospital, que

caracteriza-se por uma câmara fria.

O Ministério do Meio Ambiente, através do Planos de Gestão de Resíduos Sólidos:

Manual de Orientação (2012), aponta uma geração média destes resíduos de 5kg diários para

cada 1000 habitantes. Assim, estíma-se que a geração de resíduos de serviços de saúde em

Pinhalzinho seja de 30 t/ano.

O trabalho de coleta tanto dos postos de saúde quanto do hospital é efetuado pela

T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda. Conforme processo licitatório - Modalidade

concorrência pública, existe um contrato de prestação de serviços entre a Administração

Municipal de Pinhalzinho e a Empresa T.O.S Obras e Serviços Ambientais Ltda, firmado em

23 de fevereiro de 2012 com prazo de vigência de 01/03/2012 até 31/12/2012 e sendo

prorrogado sob termo aditivo passando a ter vigência de 01/01/2013 a 31/12/2013.

A coleta de resíduos sólidos de serviços de saúde dos tipos A, B, C, D e E destes

estabelecimentos públicos ocorre no período diurno com frequência alternada (uma vez por

semana). Segundo a empresa, a coleta é realizada dentro dos padrões exigidos pelas

autoridades sanitárias, possuindo pessoal treinado e devidamente equipados. A frota da

empresa é mostrada na Figura 39, Figura 40 e Figura 41.

Figura 39 – Frota T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltd

Fonte: Tucano Obras e Serviços.

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Figura 40 – Frota T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltd

Fonte: Tucano Obras e Serviços.

Figura 41 – Frota T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltd

Fonte: Tucano Obras e Serviços.

De acordo com a T.O.S Obras e Serviços Ambientais Ltda, nos estabelecimentos

analisados, os resíduos segregados pelos estabelecimentos de saúde são embalados em sacos

ou recipientes que evitam vazamentos e resistem às ações de punctura e ruptura seguindo a

classificação do resíduo. A capacidade dos recipientes de acondicionamento é compatível

com a geração diária de cada tipo de resíduo.

Os Resíduos coletados pela T.O.S. Obras e Serviços Ambientais Ltda., contendo

substâncias químicas (Grupo B) são encaminhados para uma empresa que possui Aterro

Sanitário Classe I e os demais resíduos de serviços de saúde são encaminhados para o Aterro

Sanitário de Anchieta, onde é feito o tratamento e a disposição final destes resíduos.

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O tratamento dos resíduos, em uma etapa anterior à disposição final no aterro

sanitário, é feito em autoclave. O processo consiste na descontaminação do material por meio

de vapor saturado a altas temperaturas e pressão, esterilizando e reduzindo o volume dos RSS

modificando as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o

risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente.

A empresa Tucano Obras e Serviços Ambientais Ltda opera a Unidade II localizada

em Anchieta/SC, determinada a fazer o recebimento de resíduos sólidos classe II-A e II-B,

incluindo os resíduos urbanos domiciliares/comerciais (RSU) e de serviços de saúde (RSS),

sendo estes primeiramente tratados através do processo de esterilização a vapor e alta pressão

(autoclave).

A Unidade II - Anchieta, está licenciada pelo Órgão Estadual do Meio Ambiente de

Santa Catarina - FATMA, através das Licenças Ambientais de Operação - LAO.

Com vida útil de 22 anos, esta unidade atende municípios do extremo oeste

catarinense, tendo o aterro sanitário capacidade de recepção superior a 50 toneladas/dia e a

Autoclave com capacidade de recepção de até 250 kg por hora.

O projeto do aterro compreende sistema de drenagem da águas pluviais, sistema de

impermeabilização de base composto por uma camada de 0,50 m de argila compactada,

sobreposta a esta, geomembrana de Polietileno de Alta Densidade/PEAD de 1,5mm de

espessura e, sobreposta a esta uma camada de 0,50 m de argila compactada com função de

proteção mecânica, sistema de captação e queima de gases, sistema de drenagem de líquidos

percolados (chorume) e posterior sistema de tratamento destes líquidos percolados, compostos

por lagoas de estabilização (tratamento biológico), incluindo uma unidade de equalização. Na

seqüência, ocorre o tratamento físico-químico, através da coagulação, floculação, decantação

e filtração, sendo a seguir os efluentes encaminhados para corpo receptor. A Figura 42 nos

mostra a visão geral da área destinada ao recebimento dos resíduos.

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Figura 42 – Aterro Sanitário de Anchieta

Fonte: T.O.S. Obras e serviços Ambientais Ltda.

2.3.2.6 Resíduos da construção civil

Compõe esta classificação os resíduos de construção, reformas, reparos, demolições,

preparação e escavação de terrenos, também definidos como RCD. De acordo com o

CONAMA nº. 307/02, os resíduos da construção civil são classificados conforme o Quadro 5.

Quadro 5 – Classificação dos resíduos da construção civil

CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

A

São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis de construção,

demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras

obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de

terraplanagem;

São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis de construção,

demolição, reformas e reparos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),

argamassa e concreto;

São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis de processo de

fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto

(blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de

obras

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CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

B São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;

C

São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas

tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que

permitam a sua reciclagem ou recuperação;

D

São resíduos perigosos oriundos do processo de construção,

tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles

contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições,

reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações

industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e

materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à

saúde.

Pinhalzinho, por ser um município em pleno desenvolvimento econômico, é

considerado evoluído no quesito de construção civil. Atualmente, o Município conta

aproximadamente com 10 construtoras. Em contrapartida, não possui empresas de Tele-

entulho.

Segundo a Resolução CONAMA nº 307, para pequenos volumes, definidos na maioria

dos casos como aqueles até 1 m3, deve ser englobados em um Programa Municipal de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Os grandes geradores devem posuir planos

de gerenciamento de seus resíduos.

Na tentativa de obtenção de dados próximos à realidade municipal, distribuiu-se

questionários à algumas construtoras, porém sem respostas. Os dados abordados neste

trabalho condizem com os repassados pela Prefeitura e por referências obtidas na bibliografia,

porém podem não condizem com a realidade, por não ter controle nenhum da geração,

abrangência da coleta e das diferentes formas de disposição dadas do município.

Os resíduos produzidos nas atividades de construção e demolição tem geração muito

variável. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, através do Planos de Gestão de

Resíduos Sólidos: Manual de Orientação (2012), a média estimada como geração típica per

capita é de 0,52 t anuais. Entretanto, por se tratar de um município de pequeno porte, optou-se

por adotar a taxa de geração per capita média de 0,4 t/hab.ano, em função do SINDUSCON-

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CE afirmar que os valores típicos encontram-se entre 0,40 e 0,50 t/hab.ano. Assim, estíma-se

que a geração de RCC no município de Pinhalzinho atualmente é de 5.650 t/ano.

Existe o sistema de coleta de resíduos provenientes da construção e demolição por

parte do poder público municipal, o qual é realizado pelo DMER da Prefeitura. Quando

coletado, nos dias de coleta conforme cronograma da coleta seletiva, a geração média mensal

é de 10 cargas de caminhões, com capacidade de 2.500kg/carga.

Para o acondicionamento dos resíduos no local, o Município não possui recipientes

apropriados ou contêineres distribuídos pela Prefeitura em pontos estratégicos, como forma de

facilitar a coleta. A coleta é realizada por 4 funcionários e a frota é composta por 1 caçamba e

1 retro.

Segundo o DMER, há uma análise preliminar dos componentes do resíduo coletado e

posteriormente faz-se uma segregação superficial. O gesso não é recolhido, sendo que a

própria empresa dá o seu destino final. Segundo o DMER, quando ocorre a presença de

madeira e espuma em bom estado, estas são encaminhadas à uma empresa do ramo de móveis

e na presença de materiais recicláveis, são enviados à coleta seletiva. O material restante, ou

seja, o entulho, é atualmente utilizado como nivelador de terrenos, quando necessário em

obras. Ainda há aqueles resíduos que são destinados pelas empresas particulares, porém

destes não se obteve dados.

2.3.2.7 Resíduos industriais

São os resíduos gerados nos processos e instalações industriais, podendo ser

caracterizados de forma variada, desde os originados nas atividades administrativas e

operacionais aos resultantes dos processos produtivos em si. Existem em composições que os

classificam em perigosos (Classe I) e não perigosos (Classe II), dependendo da atividade e do

processo que o gerou. A coleta desse material, usualmente, se dá pela própria indústria, sendo

responsabilidade dessa organização todo o processo gerencial desse material. Pode ter como

destino a reciclagem, recuperação, incineração, coprocessamento, ou ainda, seu

direcionamento à disposição final adequada, em aterros industriais devidamente licenciados.

O município não apresenta sistema de coleta específico para esse tipo de resíduo, em

função da responsabilidade pela gestão dos resíduos gerados em sistemas industriais ser do

prórpio gerador. No município, não existe nenhum levantamento por parte do poder público

quanto aos resíduos industriais gerados, nem controle ou fiscalização das formas de

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disposição dos mesmos ou atendimento à legislação vigente por parte dos estabelecimentos

industriais.

Não havendo dados globais de geração de resíduos sólidos industriais para o

município e mesmo procurando fontes alternativas de dados, como o inventário de resíduos

sólidos industriais do Estado de Santa Catarina, não obteve-se dados. Obteve-se apenas a

quantificação do número total de empresas instaladas no Município, as quais se subdividem

nos diversos ramos de atividades. Estas estão detalhadas na Tabela 4.

Tabela 4 – Indústrias presentes no Município

CODIGO NOME FANTASIA RAMO DA ATIVIDADE

AMAMBRU MODAS CONFECÇÕES

AURORA ALIMENTO ALIMENTÍCIO

BATERIAS MAXION BATERIAS

CANTINA ZANELLA ALIMENTÍCIO

CENA EMBALAGENS EMBALAGENS

CERACA PRE-MOLDADOS METAL-MECÂNICA

CERAMICA FLOSS CERÂMICA

CIMETAL METAL-MECÂNICA

CLARICE ELETRODOMESTICOS ELETRODOMÉSTICOS

COMPENSADOS PINHAL MADEIREIRA/MOVELEIRA

COMPENSADOS SCHMITZ MADEIREIRA/MOVELEIRA

CRIATIVO MOVEIS MADEIREIRA/MOVELEIRA

CRISTINA ALIMENTOS ALIMENTÍCIO

DELLUS MOVEIS MADEIREIRA/MOVELEIRA

DI ELLEM CONFECCOES CONFECÇÕES

ELETRO ZAGONEL ELETRODOMÉSTICOS

EMAB INDUSTRIAL EQUIPAMENTOS CONSTRUÇÃO CIVIL

EMBUTIDOS LAMB ALIMENTÍCIO

FUNDICAO PINHALENSE - FETOPIL METAL-MECÂNICA

FUNDICAO STEFFENS METAL-MECÂNICA

HANSEN FORNOS E ARAMADOS ELETRODOMÉSTICOS

HIDRO INDUSTRIAL ELETRODOMÉSTICOS

INCOMEL PLENA PORTAS MADEIREIRA/MOVELEIRA

INDUSTRIA DE FORNOS PINHAL ELETRODOMÉSTICOS

JF MADEIREIRA MADEIREIRA/MOVELEIRA

MADEREIRA PROGRESSO MADEIREIRA/MOVELEIRA

METALURGICA AVILA METAL-MECÂNICA

METALURGICA FUZZO METAL-MECÂNICA

METALURGICA TRES IRMAOS METAL-MECÂNICA

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CODIGO NOME FANTASIA RAMO DA ATIVIDADE

MOVEIS DAL PIVA MADEIREIRA/MOVELEIRA

MOVEIS MATTE MADEIREIRA/MOVELEIRA

MOVEIS PRINCESA OESTE MADEIREIRA/MOVELEIRA

MOVEIS REINEHR MADEIREIRA/MOVELEIRA

MOVEIS RIPKE MADEIREIRA/MOVELEIRA

PEREIRA MOVEIS MADEIREIRA/MOVELEIRA

PINHAL BRINDES E UNIFORMES CONFECÇÕES

PLASMATTE INDUSTRIA E

COMERCIO ELETRODOMÉSTICOS

PRODUTOS SPADA ALIMENTÍCIO

RANEE INDUSTRIA E COMERCIO ELETRODOMÉSTICOS

REGOSO MADEIRAS MADEIREIRA/MOVELEIRA

SCHAEFER IMPRESSOS GRÁFICA

SERITEC COMUNICACAO VISUAL GRÁFICA

SERPIL MOVEIS MADEIREIRA/MOVELEIRA

SK INDUSTRIAL ELETRODOMÉSTICOS

SM MOVEIS E ABERTURAS MADEIREIRA/MOVELEIRA

SORVETES TENTACAO ALIMENTÍCIO

STARKFEST CONFECÇÕES

TABULAE MOVEIS MADEIREIRA/MOVELEIRA

TENDENZA MOVEIS MADEIREIRA/MOVELEIRA

TORNEADOS SCHNEIDER MADEIREIRA/MOVELEIRA

UNIMETAL METAL-MECÂNICA

VINHOS SAVAGNAGO ALIMENTÍCIO

Fonte: ACIP/Pinhalzinho.

Pinhalzinho conta com 19 empresas/indústrias no ramo madeireiro e moveleiro. De

acordo com LIMA, E.G. e SILVA, D. A. (2005), existem três principais tipos de resíduos em

indústrias deste ramo. O primeiro é um resíduo gerado principalmente pelo processo de

usinagem com serras, com dimensões entre 0,5 a 2,5 mm. O segundo, cepilho, é encontrado

geralmente em indústrias beneficiadoras da madeira como por exemplo, a indústria de

móveis, gerado pelo processamento em plainas. Já o terceiro engloba os resíduos maiores

como aparas, refilos, casca, roletes entre outros.

Segundo Brito (1995), a lenha é o tipo de resíduo de maior representatividade,

correspondendo a 71% da totalidade dos resíduos, seguido pela serragem que corresponde a

22% do total e, finalmente, os cepilhos, correspondendo a 7% do total.

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Quanto às indústrias gráficas, existem duas instaladas no município. De acordo com

CETESB e SINDIGRAF (2009), quando se trata de indústrias gráficas, a maioria de resíduos

gerados são as chamadas aparas de produção, ou seja, as sobras de substrato, impresso ou não,

geradas durante o processo de impressão ou acabamento, que geralmente, são resíduos

classificados como Classe IIA ou IIB. São também gerados resíduos sólidos classificados

como Classe I, como latas plásticas contendo restos de tinta pastosa, solvente de limpeza sujo,

sobras de tinta, vernizes ou adesivos, panos de limpeza sujos com solventes orgânicos e tinta,

insumos químicos vencidos ou fora de especificação, lâmpadas fluorescentes usadas, EPIs

impregnados com químicos e óleo lubrificante queimado.

No ramo das confecções, que corresponde a 4 indústrias do município, o SENAI-

CNTL (2007) afirma que os resíduos normalmente caracterizam-se por retalhos de tecido,

aparas de tecido, produtos rejeitados, sobras de aviamentos, EPIs usados, óleo lubrificante

usado, graxa usada, vapores solventes, rebarbas de máquina, sobras de lanche, embalagens

danificadas, peças usadas, ferramentas usadas, paletas danificadas, caixas plásticas

danificadas, estopas contaminadas, lixas usadas e cones de linha.

Segundo inventário dos resíduos sólidos industriais no estado de Pernambuco (2001),

o setor metal mecânico, representado por 7 indústrias no município, gera diferentes tipos de

resíduos, tais como: bombonas plásticas, borras de retífica, embalagens metálicas (latas de

pigmentos, corantes e auxiliares), escórias de fundição, lodos perigosos de ETE, óleos usados,

outros resíduos perigosos de processo (resíduos corrosivos, resinas), resíduos de varrição não

perigosos, resíduos de vidros, resíduos plásticos (filmes e pequenas embalagens), resíduos

sólidos compostos por metais não tóxicos (jateamento de areia), resíduos sólidos de ETE com

substâncias não tóxicas, resíduos têxteis de manutenção contaminados (buchas, panos), sais

de tratamento térmico, solventes contaminados, sucatas de metais ferrosos, sucatas de metais

não ferrosos e tambores metálicos.

Pinhalzinho conta com 7 indústrias do ramo alimentício. Como estas comercializam

uma variedade grande de produtos e alimentos, é difícil fazer uma estimativa global dos

resíduos sólidos gerados. Entretanto, no município a empresa que se destaca no ramo

alimentício, considerada de grande porte, é a Aurora Laticínios, a qual possui grande

capacidade de processamento de leite desnatado, semidesnatado ou integral, queijo, creme de

leite, entre outros produtos.

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Abaixo, no Quadro 6 está apresentada a estimativa de geração de resíduos sólidos

pelas indústrias de lacticínios, para diferentes volumes de produção. Através dele e do volume

de leite processado nesta indústria, é possível quantificar os resíduos.

Quadro 6 – Estimativa da quantidade de resíduos sólidos gerados pelas indústrias de laticínios

Volume de leite

processado

(L/dia)

Quantidade estimada de resíduos produzidos (kg/dia)

Plástico Embalagens

multifoliar

Folhas de

flandres Alumínio

10.000 3 5 40 8

20.000 6 9 80 16

30.000 9 14 120 24

40.000 12 18 160 32

50.000 14 23 200 40

60.000 17 27 240 48

70.000 20 32 280 56

80.000 23 36 320 64

90.000 26 41 360 72

100.000 29 45 400 80

Fonte: Machado et. al. (2012)

Para um diagnóstico que corresponda a realidade, é necessário fazer uma busca

detalhada em cada uma destas industrias citadas anteriormente, de forma a adquirir valores

exatos dos resíduos industriais gerados no Município. Porém, para este trabalho, o

levantamento não pode ser realizado. Deste modo, a quantificação total dos resíduos não foi

abordada neste item.

2.3.2.8 Síntese do diagnóstico

Iniciativas relevantes

Através da análise do diagnóstico, observou-se que já houve a mobilização do

Município quanto à gestão de resíduos sólidos domiciliares e de coleta seletiva gerados em

território municipal e o atendimento deste serviço abrangendo 100% da população urbana. O

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município mantêm também pontos de coleta devidamente estabelecidos de materiais

eletrônicos, lâmpadas e óleo de cozinha usado.

Fazem parte do serviço de coleta seletiva uma associação de catadores (APREPI), os

quais são responsáveis por toda a coleta, segregação e comercialização dos materiais, tendo o

dinheiro arrecadado revertido em renda para os catadores, com o apoio social e econômico da

gestão municipal. Porém, de acordo com a Prefeitura Municipal, a Associação de catadores

encontra-se desestruturada, e por isso, há a indecisão quanto a renovação do contrato, que já

está se encerrando.

Também, caracterizou-se como potencialidade da gestão dos resíduos, a correta

destinação dos resíduos domiciliares e os resíduos de serviço de saúde gerados por

estabelecimentos de responsabilidade municipal, através de contrato com empresa terceirizada

devidamente licenciada no órgão ambiental Estadual (FATMA), a qual destina os resíduos

sólidos coletados em aterros de soluções consorciadas, ou seja, que atendem cerca de 20

municípios da região.

Carências e deficiências

Deficiências e problemas detectados caracterizam-se pela carência de atendimento na

totalidade do município no serviço de limpeza urbana (varrição, poda, capina, etc.) e falta de

recipientes adequados para descarte por parte da população e acondicionamento dos resíduos

nas vias públicas, ou pelo mal estado de conservação dos existentes.

Também, há falta de controle rígido dos resíduos gerados por todos os setores de

responsabilidade do Município, ou seja, não há controle nem fiscalização de geração,

acondicionamento e destinação dos resíduos domiciliares, da coleta seletiva e dos depositados

nos pontos de coleta, e os que são diretamente armazenados no pátio do DMER, como

lâmpadas, pneus e resíduos da construção civil coletados pela Prefeitura.

Os resíduos fora do alcance do poder público, como os industriais, de saúde em

estabelecimentos particulares e de construção civil, há a inexistência de controle de ações

como geração, transporte e destinação final.

Há ainda, a falta de educação ambiental continuada como forma de conscientização da

população quanto a segregação dos resíduos para a coleta seletiva e divulgação dos ecopontos

para disposição dos resíduos especiais.

Outra falha detectada é a forma de disposição atual dos resíduos da construção civil, ou

seja, não há locais apropriados e os resíduos coletados pela prefeitura são utilizados para

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aterramento e nivelamento de terrenos, ou então dispostos em área inapropriada juntamente

com resíduos de podas e varrição.

Encontram-se dificuldades no município quanto a gestão, fiscalização e monitoramento

dos resíduos sóidos, pela falta de recursos humanos específicos para tais atividades e falta de

investimentos nos setores.

Pela dificuldade de obtenção dos dados, muitas vezes pela resistência por parte das

partes envolvidas em compartilhar informações, não foi possível diagnosticar detalhadamente

algumas etapas previstas na Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos. A quantificação

dos resíduos no diagnóstico, em alguns casos, foi realizada através de estimativas baseando-se

na geração per capita média nacional. Também, o sistema de cálculo dos custos da prestação

dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma

de cobrança desses serviços.

2.3.2.9 Aspectos legais aplicáveis

Existem legislações específicas e normas brasileiras aplicáveis aos diferentes resíduos

sólidos que possam ser gerados em um município. Estas devem ser analisadas como auxílio a

projeção de ações coerentes à realidade e à efetiva melhoria dos processos. Abaixo estão

listadas as legislações Federal e Estadual que possuem relação com este Plano de gestão

integrada de resíduos sólidos para o município de Pinhalzinho.

Legislação Federal

Decreto nº 7.404/10 – Regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

Decreto nº 7.405/10 – Institui o programa Pró-Catador;

Lei Fedral 6.938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e

mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências;

Lei Federal nº 9.795/99 – Dispõe sobre a educação ambiental e institui a Politica Nacional de

Educação Ambiental;

Lei Federal nº 11.107 – Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos;

Lei Federal nº 11.445/07 – Dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento Básico;

Lei Federal nº 12.305/10 – Dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

Resolução CONAMA nº 05/93 – Dispõe sobre normas mínimas para tratamento de resíduos

sólidos oriundos de saúde, portos e aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários;

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Resolução CONAMA nº 258/99 – Impõe obrigações às empresas fabricantes e às

importadoras de pneumáticos e dá providências correlatas;

Resolução CONAMA nº 275/05 – Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de

resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas

campanhas informativas para a coleta seletiva;

RDC ANVISA nº 306/04 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de

resíduos de serviços de saúde;

Resolução CONAMA nº 307/02 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a

gestão dos resíduos da construção civil. Alterada pelas Resoluções nº 348/04 e nº 431/11.

Resolução CONAMA nº 313/02 – Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos

Industriais;

Resolução CONAMA nº 358/05 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição fi nal dos

resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências;

Resolução CONAMA nº 401/08 - Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e

mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões

para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências;

Resolução CONAMA nº 404/08 – Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento

ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos;

Resolução CONAMA nº 416/09 – Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada

por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências;

Legislação Estadual

Lei n° 13.517/05– Estabelece a Política Estadual de Saneamento;

Lei n° 13.557/05 – Estabelece a Política Estadual de Resíduos Sólidos;

Lei n° 14.675/09 – Institui o Código Estadual do Meio Ambiente;

Decreto n° 3.108/10 – Cria a Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do

Estado de Santa Catarina – AGESAN.

2.3.3 Prognóstico

O estudo do prognóstico objetiva estabelecer estimativas para a situação futura dos

resíduos englobados no diagnóstico, gerados no território Municipal, em diferentes horizontes

de tempo, procurando-se criar um cenário prospectivo e mais próximo da realidade.

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Os horizontes de tempo estudados prolongam-se até 2033, sendo possível ilustrar

cenários futuros, bem como gerar parâmetros para definição dos objetivos e metas do

gerenciamento a ser futuramente implantado.

Também, abrange-se nesta etapa ações a serem realizadas para remediação de áreas

degradadas pela disposição indequada de resíduos, identificação de áreas de disposição

ambientalmente adequadas, criação de pontos de entrega voluntária de resíduos específicos e

possibilidades de consórcio intermunicipais.

2.3.3.1 Estimativa de crescimento populacional

Foram montados modelos lógicos para estabelecimento de crescimento populacional,

apoiando-se em dados obtidos no IBGE, dos censos de 1970 a 2010. Os horizontes de tempo

estudados prolongam-se até 2033, representando um total de 20 anos, sendo possível ilustrar

cenários futuros, bem como gerar parâmetros para dimensionamento dos sistemas que

venham a ser futuramente implantados na gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos.

O crescimento populacional é a base para os estudos do prognóstico, pois se relaciona

com fatores como o ambiente urbano e o crescimento econômico, que está diretamente

relacionado à taxa de geração per capita dos resíduos, pois esta depende dos hábitos de

consumo e estes de outros fatores, como a renda média.

A metodologia utilizada consiste na estimativa da população através de uma taxa

média anual de crescimento geométrico, mesma utilizada pelo IBGE (2013), que é a raiz t do

quociente entre a população no instante t (Pt) e a população inicial (Po) menos 1, sendo a

mesma obtida para um período entre dois censos demográficos, neste caso, censo de 1970 e

censo de 2010. A partir desta taxa é possível estimar o crescimento anual da população,

aplicando a mesma para cada período. A expressão que define a taxa geométrica de

crescimento da população é dada pela Equação 1.

Equação 1

Em que:

TGCA: Taxa geométrica de crescimento anual

P1: População em 2010

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P0: População em 1970

t: Pt – Po

Através da equação, obteve-se que a taxa geométrica de crescimento anual do

Município de Pinhalzinho é de 1,8%. Com base nesta taxa pode-se determinar a evolução

populacional, apresentada na Tabela 5, sendo útil para estabelecer as suas demandas futuras

no que diz respeito aos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Tabela 5 – Projeção populacional

TotalPopulação

Urbana

População

Rural

2010 1,8 16332 13615 2717

2011 1,8 16626 13860 2766

2012 1,8 16925 14110 2816

2013 1,8 17230 14364 2866

2014 1,8 17540 14622 2918

2015 1,8 17856 14885 2970

2016 1,8 18177 15153 3024

2017 1,8 18504 15426 3078

2018 1,8 18837 15704 3134

2019 1,8 19177 15986 3190

2020 1,8 19522 16274 3248

2021 1,8 19873 16567 3306

2022 1,8 20231 16865 3366

2023 1,8 20595 17169 3426

2024 1,8 20966 17478 3488

2025 1,8 21343 17792 3551

2026 1,8 21727 18113 3615

2027 1,8 22118 18439 3680

2028 1,8 22516 18771 3746

2029 1,8 22922 19108 3813

2030 1,8 23334 19452 3882

2031 1,8 23754 19803 3952

2032 1,8 24182 20159 4023

2033 1,8 24617 20522 4095

População (habitantes)

ANO

Taxa de

Crescimento

(% a.a.)

Os estudos de projeção populacional desenvolvidos servirão de referência a futuros

projetos e melhorias a serem realizados no município, porém é fundamental destacar que a

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definição destes cenários requer que estes sejam renovados a cada 4 anos e revisados

anualmente, como forma de atualização permanente do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos.

2.3.3.2 Cenários institucionais futuros

O processo de criação de cenários não tem como objetivo “adivinhar” o futuro, mas

identificar os cenários de desenvolvimento admissíveis, analisá-los em função da respectiva

probabilidade de ocorrência e, em função dessa análise, definir objetivos, metas, programas e

ações consideradas mais adequadas na definição de políticas de gerencimento dos resíduos

sólidos.

O “Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento” do Governo Federal

(SNSA/FUNASA/Ministério da Saúde, 2006) indica a utilização de dois cenários alternativos

de evolução para Planos de Saneamento Básico.

O primeiro, leva em consideração as principais tendências de desenvolvimento

observadas no município no passado recente, considerando, para o futuro, uma moderada

influência de vetores estratégicos de desenvolvimento, associados a algumas capacidades de

modernização socioeconômica e de desempenho do sistema urbano. O segundo, além de

considerar as principais tendências de desenvolvimento observadas no município, incorpora,

os principais vetores estratégicos de desenvolvimento associados à mobilização de capacidade

de modernização econômica e de desempenho do sistema urbano.

Neste trabalho será utilizada a mesma tecnologia, porém adaptada ao plano de gestão

integrada de resíduos sólidos e fazendo a adição de um cenário denominado “Ideal”, ou seja,

que representa a situação tendencial desejável. Como a taxa de cobertura dos serviços

representa 100% do município, os cenários foram adaptados à geração per capita de resíduos

sólidos domiciliares.

Cenário Tendencial

Pode ser comparado ao primeiro cenário citado anteriormente, apresenta a manutenção

da situação atual. Ou seja, não há mudanças significativas na forma de gestão,

consequentemente, na geração ou valorização dos resíduos sólidos urbanos. Neste cenário,

disposição de resídos em aterros sanitários continua constante no horizonte de 20 anos.

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Cenário Realista ou Situação Possível

Pode ser comparado ao segundo cenário citado anteriormente, é a situação que pode

ser alcançada de forma eficaz no período de estudo (20 anos) requerendo investimento

possível à gestão urbana. Neste cenário, é esperada a ocorrência de um drecréscimo de 10%

no envio de resíduos sóidos à aterros sanitários até 2033, determinado devido a correta

segregação dos resíduos na fonte e aos programas de coleta seletiva.

Cenário Ideal ou Situação Desejável

Representa a universalização dos serviços de gestão e manejo dos resíduos sólidos,

mas que requer investimentos consideráveis, de longo prazo para obtenção. Neste cenário,

com a tendência desejável, espera-se a redução de 30% na disposição de resíduos em aterros

sanitários até 2033, referente a correta segregação dos resíduos na fonte, redução,

reutilização, programas de coleta seletiva, reciclagem e compostagem, bem como consumo

consciente por parte da população.

O Quadro 7 apresenta uma síntese dos cenários tendencial, realista e ideal, com a

correspondente porcentagem de redução na disposição final de resíduos sólidos.

Quadro 7 – Cenário tendencial, realista e ideal

Redução na

disposição de

Resíduos Sólidos

Observações

CENÁRIO

TENDENCIAL 0%

Não há mudanças significativas na forma

de gestão.

CENÁRIO

REALISTA 10%

Correta segregação dos resíduos na fonte e

programas de coleta seletiva.

CENÁRIO

IDEAL 30%

Correta segregação dos resíduos na fonte,

programas de coleta seletiva e

compostagem, bem como consumo

consciente por parte da população.

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2.3.3.3 Horizontes

Para descrever como o município enfrentará os problemas relacionados com os

resíduos sólidos urbanos, de saúde, de construção civil, industriais e resíduos especiais, torna-

se necessário estabelecer parâmetros que permitam desenhar um cenário de alternativas de

soluções para três horizontes de tempo, os quais foram estabelecidos de acordo com as

necessidades das ações, em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Criou-se para este trabalho, grupos estratégicos, para a condução das ações, que

representam horizonte em curto prazo, em até 4 anos, horizonte em médio prazo, de 4 a 8

anos e horizonte em longo prazo, de 8 a 20 anos. A partir dos cenários, foram avaliadas as

demandas que caracterizam os objetivos e metas imediatas ou emergenciais e que se

enquadrarão nos horizontes determinados.

2.3.3.4 Estimativas de geração de resíduos

Através da projeção do crescimento populacional e a geração per capita dos resíduos

abrangidos no diagnóstico, calculou-se a quantidade de resíduos sólidos a serem gerados em

20 anos. Vale ressaltar que para estas projeções, utilizou-se apenas a população abrangida

pela coleta de resíduos sólidos municipais, ou seja, a urbana.

A projeção da produção de resíduos sólidos urbanos foi calculada para o período

compreendido entre 2010 e 2033, em função do censo demográfico ter dados precisos de

2010, porém o planejamento é feto para um horizonte de 20 anos, ou seja, de 2013 a 2033.

Resíduos domiciliares

A Tabela 6 apresenta os resultados de produções de resíduos sólidos domiciliares

obtidos pelas seguintes equações:

Produção Diária de Resíduos (Pd)

Equação 2

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Produção Mensal de Resíduos (Pm)

Equação 3

Produção Anual de Resíduos (Pa)

Equação 4

Os componentes das equações são assim identificados:

P = população prevista para cada ano (total);

q = 0,61 kg/hab.dia (geração per capita de resíduos) *obtida na fase de diagnóstico.

Tabela 6 – Geração diária, mensal e anual de resíduos sólidos domiciliares

ANO População t/dia t/mês t/ano

2010 13615 9,00 269,99 3239,83

2011 13860 9,16 274,85 3298,14

2012 14110 9,33 279,79 3357,51

2013 14364 9,49 284,83 3417,94

2014 14622 9,67 289,96 3479,47

2015 14885 9,84 295,17 3542,10

2016 15153 10,02 300,49 3605,86

2017 15426 10,20 305,90 3670,76

2018 15704 10,38 311,40 3736,83

2019 15986 10,57 317,01 3804,10

2020 16274 10,76 322,71 3872,57

2021 16567 10,95 328,52 3942,28

2022 16865 11,15 334,44 4013,24

2023 17169 11,35 340,46 4085,48

2024 17478 11,55 346,58 4159,02

2025 17792 11,76 352,82 4233,88

2026 18113 11,97 359,17 4310,09

2027 18439 12,19 365,64 4387,67

2028 18771 12,41 372,22 4466,65

2029 19108 12,63 378,92 4547,05

2030 19452 12,86 385,74 4628,89

2031 19803 13,09 392,68 4712,21

2032 20159 13,33 399,75 4797,03

2033 20522 13,56 406,95 4883,38

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A Tabela 7 apresenta as projeções da geração de resíduos sólidos domiciliares dos

cenários tendencial, realista e ideal, detalhadamente, em um horizonte de 20 anos.

Tabela 7 – Estimativa de crescimento populacional e geração de resíduos sólidos domiciliares

ANO População Cenário Tendencial

(t/ano) Cenário Realista

(t/ano) Cenário Ideal

(t/ano)

2010 13615 3239,83 2915,84 2267,88

2011 13860 3298,14 2968,33 2308,70

2012 14110 3357,51 3021,76 2350,26

2013 14364 3417,94 3076,15 2392,56

2014 14622 3479,47 3131,52 2435,63

2015 14885 3542,10 3187,89 2479,47

2016 15153 3605,86 3245,27 2524,10

2017 15426 3670,76 3303,68 2569,53

2018 15704 3736,83 3363,15 2615,78

2019 15986 3804,10 3423,69 2662,87

2020 16274 3872,57 3485,31 2710,80

2021 16567 3942,28 3548,05 2759,59

2022 16865 4013,24 3611,91 2809,27

2023 17169 4085,48 3676,93 2859,83

2024 17478 4159,02 3743,11 2911,31

2025 17792 4233,88 3810,49 2963,71

2026 18113 4310,09 3879,08 3017,06

2027 18439 4387,67 3948,90 3071,37

2028 18771 4466,65 4019,98 3126,65

2029 19108 4547,05 4092,34 3182,93

2030 19452 4628,89 4166,00 3240,23

2031 19803 4712,21 4240,99 3298,55

2032 20159 4797,03 4317,33 3357,92

2033 20522 4883,38 4395,04 3418,37

Ao analisar as projeções, percebe-se que o Cenário Tendencial, no qual não há

programas ou atividades adicionais para redução da disposição de resíduos em aterro

sanitário, a geração no ano de 2033, será de aproximadamente 4883,4 t/ano de resíduos.

Um decréscimo de 10% na disposição de resíduos sólidos em aterro sanitário,

representando o Cenário Realista, em função de programas de coleta seletiva, gera uma

diferença de aproximadamente 490 t de resíduos cujo destino seria o aterro sanitário, em

2033.

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Do mesmo modo, um decréscimo de 30% (Cenário Ideal) representa uma grande

quantidade de rejeitos tendo como destino final outras atividades de tratamento, como

aproveitamento dos recicláveis e geração de compostos orgânicos provenientes da fração

orgânica, bem como o consumo consciente por parte dos munícipes. Evita-se, neste cenário,

que 1465 t e 977 t, respectivamente aos cenários tendencial e realista, sejam dispostas em

aterro sanitário em 2033.

Através desta análise, é possível visualizar as vantagens da seleção do cenário ideal

como cenário normativo para este plano, ou seja, àquele que vai servir de referência para a

definição de objetivos, metas, e planos de ação.

Resíduos de Coleta Seletiva, Limpeza Pública, Construção Civil, Serviços de

Saúde e Especiais.

Também, realizou-se estimativas de geração de resíduos de limpeza pública, coleta

seletiva, de construção civil, de serviços de saúde e alguns resíduos especiais, como

eletrônicos, pneus e lâmpadas, atualmente e em horizontes de curto, médio e longo prazo.

Por não ser possível utilizar o cenário ideal, escolhido anteriormente como normativo, para

todos os resíduos abordados, esta estimativa foi realizada aderindo ao Cenário Tendencial,

ou seja, sem mudanças futuras.

A metodologia utilizada para estimativa, apresentada no Quadro 8, baseou-se nas

gerações per capita obtidas na bibliografia e a projeção populacional para os horizontes

citados. Por não possuirem valores precisos de geração, não foram abordados os resíduos

industriais.

Quadro 8 – Geração de resíduos em cenário atual, de curto, médio e longo prazo.

GERAÇÃO ESTIMADA

RESÍDUOS Cenário

atual (2012/2013)

Cenário curto prazo

(2017)

Cenário médio prazo

(2021)

Cenário longo prazo (2033)

Limpeza Pública

15% RSD 503,5

toneladas 510 toneladas 600 toneladas 735 toneladas

Coleta seletiva

0,024 t/hab.ano

340 toneladas

371 toneladas 400 toneladas 500 toneladas

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GERAÇÃO ESTIMADA

RESÍDUOS Cenário

atual (2012/2013)

Cenário curto prazo

(2017)

Cenário médio prazo

(2021)

Cenário longo prazo (2033)

RCC 0,4

t/hab.ano 5.650

toneladas 6.170

toneladas 6.630

toneladas 8.200

toneladas

RSS 5 kg/dia a cada 1000

hab 26 toneladas 28 toneladas

30,2 toneladas

37 toneladas

Resíduos eletrônicos

3,4 kg/hab.ano

48 toneladas 52,5

toneladas 56,5

toneladas 70 toneladas

Pneus 2,9

kg/hab.ano 41 toneladas 45 toneladas 48 toneladas 60 toneladas

Lâmpadas 2,65x10-4 kg/hab.dia

1,4 toneladas 1,5 toneladas 1,6 toneladas 2 toneladas

2.3.3.5 Regionalização na gestão integrada de RSU - Consórcios

A gestão de resíduos sólidos dos municípios através de consórcio intermunicipal

normalmente gera resultados positivos, pela possibilidade de aumento da capacidade de

realização dos serviços atendendo uma maior parcela da população, com maior eficiência no

uso dos recursos financeiros, humanos e materiais do poder públicos. Caracteriza-se também

por ações transparentes por parte dos gestores, ou seja, os municípios, as quais passam a

abranger o desenvolvimento urbano e socioeconômico de municípios locais inclusos no

consórcio.

A elaboração de uma plano municipal, intermunicipal ou microrregional de gestão

integrada de resíduos sólidos é uma prioridade na condição para os municípios terem acesso a

recursos da União. A partir de 2012, são priorizados no acesso aos recursos da União os

municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos

sólidos e que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras

formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por

pessoas físicas de baixa renda. Ou seja, fica claro o incentivo às soluções intermunicipais por

parte do Poder público e não somente o compartilhamento do aterro sanitário para a

disposição final dos resíduos.

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A gestão associada de serviços públicos, ou seja, o manejo dos resíduos sólidos

urbanos por meio da constituição de consórcio, para o desempenho de serviços de interesse

comum trata-se de uma forma de cooperação federativa que pode ser adotada para o

planejamento e execução da gestão integrada dos resíduos sólidos, sendo vista como solução

preferível pelo poder público.

Deste modo, estudou-se a possibilidade em realizar uma solução consorciada entre os

18 municípios que já realizam a disposição de seus resíduos sólidos domiciliares, através da

empresa T.O.S. Obras e Serviços, em um mesmo Aterro sanitário, localizado em

Saudades/SC, o qual esta quase no fim de sua vida útil. Entretanto, o Roteiro para Elaboração

do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos publicado pela Ministério do Meio

Ambiente em 2012, considera que o transporte de resíduos sólidos através de caminhões

coletores deve ser limitado a distâncias de 30 km do aterro sanitário, sem que seja necessário

estação de transbordo de resíduos.

Em função disso, a proposta de regionalização engloba apenas os municípios que se

enquadram neste critério, ou seja, os municípios de Águas frias, Cunhataí, Maravilha,

Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Saudades, Serra Alta e Pinhalzinho.

Os municípios também podem elaborar conjuntamente planos intermunicipais de

resíduos sólidos, desde que estes sejam elaborados nos termos do regulamento descritos na

Lei 12.305 (BRASIL, 2010), dispensando assim a necessidade de elaboração do plano

municipal individual. As informações releventes sobre os municípios e sobre o consórcio

estão detalhadas na Tabela 8 e Tabela 9, a seguir.

Tabela 8 – Informações básicas sobre os municípios da solução consorciada

MunicípioDistância da Sede

(km)Área (km2)

População

(hab)

Aguas Frias 18 76,91  2416

Cunhatai 26,2 54,51  1822

Maravilha 29,2 169,44 22104

Modelo 11,1 95,79 4047

Nova Erechim 12,6 639,31 4275

Nova Itaberaba 27,8 135,71 4267

Pinhalzinho 0 128,30 16332

Saudades 12,8 205,55 9016

Serra Alta 18,4 90,44 3285

TOTAL 17,34 1595,96 63326

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Tabela 9 – Informações sobre os municípios participantes do consórcio

CARACTERIZAÇÃO DESCRIÇÃO

Região Oeste Catarinense

Municípios Integrados

Aguas Frias, Cunhatai, Maravilha, Modelo,

Nova Erechim, Nova Itaberaba,

Pinhalzinho, Saudades e Serra Alta.

Sede Pinhalzinho

Área Total dos Municípios (km2) 1600

Distância média da Sede (km) 17,5

População Total em 2010 (hab) 63.326

População Total em 2033 (hab) 207.524

Geração de RSD estimada em

2010 (t/dia)* 33,8

Geração de RSD estimada em

2033 (t/dia)* 103

*adotou-se a geração média de 0,5 kg/hab/dia e crescimento populacional de 0,5%.

2.3.3.6 Responsabilidades da gestão integrada

O inciso IV do art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos identifica os resíduos

sólidos e os geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a

sistema de logística reversa na forma do art. 33, observadas as disposições da Lei e de seu

regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS.

Neste item estão estabelecidos os agentes com responsabilidade pública e privada e os

responsáveis pelos resíduos especiais, os quais devem estruturar e implantar o sistema de

logística reversa.

A Lei 12.305 (BRASIL, 2010) afirma que resíduos definidos como de logística

reversa, como pilhas, baterias, lâmpadas, pneus, etc., são de responsabilidade dos fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes. Entretanto, cabe ao consumidor/gerador

domiciliar, ou seja, aos munícipes em geral, fazer o acondicionamento adequado e

diferenciado e disponibilizá-los para a coleta ou devolução, sob pena de recebimento de

advertências e, em reincidência, multas de R$50 a R$500, que poderão ser convertidas em

prestação de serviço, de acordo com o Decreto 7.404 (BRASIL, 2010).

Há ainda aqueles que necessitam de plano de gerenciamento obrigatório, àqueles

denominados grandes geradores e/ou geração de resíduos perigosos, também de

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responsabilidade do gerador privado. O Art. 20 da Lei 12.3052010 afirma que estão sujeitos à

elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:

Os geradores de:

Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;

Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido

em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais

alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou

beneficiamento de minérios;

Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos;

Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos que,

mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não

sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;

As empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas

pelos órgãos do Sisnama;

Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do

Sisnama, do SNVS ou do Suasa.

O art. 56 do Drecreto 7.404 (BRASIL, 2010) afirma que os responsáveis por estes

planos deverão disponibilizar ao órgão municipal, com periodicidade anual, informações

completas e atualizadas sobre a implantação e operacionalização do plano.

Pelo plano caracterizar um gerenciamento integrado, devem ser criados programas de

educação ambiental continuada, os quais promovam a redução da geração de resíduos e do

desperdício, o reaproveitamento e a reciclagem de materiais e ainda um correto

acondicionamento e disposição de todos os resíduos abordados por este trabalho. Estes

programas, de cunho ambiental e de conscientização, devem sensibilizar os respectivos

responsáveis, sejam eles cidadãos, indústrias ou estabelecimentos particulares, a ter uma

responsabilidade ambiental pré-estabelecida em suas atividades, facilitando a gestão pública e

preservando o meio ambiente.

As competências e responsabilidades pelo manejo de cada tipo de resíduo gerado em

território municipal foram baseadas no Manual de Orientação de Planos de Gestão de

Resíduos Sólidos, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2012. Estão apresentadas

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93

no Quadro 9 as responsabilidades públicas (principal e secundária) e privadas (gerador e

receptor). A responsabilidade secundária refere-se sobre o auxílio e/ou participação em

programas de educação ambiental e/ou definição de locais para acondicionamento

(ecopontos), por exemplo.

Quadro 9 – Competências e responsabilidades

Tipos de resíduos e

responsabilidades

estabelecidas

Responsabilidades

Públicas

Responsabilidades

Privadas

Elaboração

de PGRS*

Principal Secundária Gerador Receptor

Domiciliares RSD coleta

convencional X

Limpeza pública X

Construção civil RCC X X X

Volumosos X X X

Serviços de saúde X X X

Equipamentos

eletroeletrônicos X X

Pilhas e baterias X X

Lâmpadas X X

Pneus X X

Óleo lubrifiante e

embalagens X X

Óleos comestíveis X X

Industriais X X

Serviços de transporte X X

*PGRS: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

2.3.3.7 Áreas de risco ou clandestinas a serem erradicadas

Ao entrar em contato com a Prefeitura Municipal, observou-se que há a ocorrência de

uma área clandestina de disposição dos resíduos de construção e demolição gerados no

Município e coletados pelo próprio poder público. Dos resíduos de construção civil que

possuem destinação particular, não há informações e nenhum controle por parte do poder

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94

público, porém se imagina que estes também tenham formas de disposição inadequadas por

não haver local disponível no município específico para estes resíduos.

O prazo final para o encerramento dos lixões e consequente implantação dos aterros

sanitários é 2014. Após o encerramento, a área, antes de disposição inadequada de lixo, deve

ser remediada. Segundo a Lei, o encerramento dos lixões deve ser realizado pela delimitação

e cercamento da área, conformação de taludes laterais, cobertura da pilha de resíduo exposto

com solos disponíveis no entorno imediato do local da intervenção e recuperação da área

adjacente ao depósito de lixo, reconformando-a fisicamente e revegetando-a, tendo como

referência a paisagem natural do entorno, entre outras ações que venham a ser necessárias.

2.3.3.8 Objetivos e metas

A seguir, estão apresentados alguns objetivos específicos e metas para os serviços de

limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos gerados no Município e de responsabilidade de

sua implantação do poder público, diferenciados por prioridades de sua realização,

encaixando-se nos horizontes de curto, médio e longo prazo, definidos anteriormente.

Os objetivos e metas estão apresentados nos Quadros 10 ao 16, abrangendo resíduos

domiciliares, de limpeza pública, coleta seletiva, de construção civil, de serviço de saúde,

industriais e especiais. As metas estão enumeradas correspondentemente aos objetivos

propostos.

Quadro 10 – Objetivos e metas para resíduos sólidos domiciliares

RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS

OB

JE

TIV

OS

1 Garantir o atendimento e o manejo dos resíduos sólidos para toda a

população e atividades comerciais.

2 Implantar formas de acondicionamento adequadas às quantidades de

RSD gerados e acondicionados nas vias públicas.

3

Garantir a destinação, tratamento e disposição final dos resíduos

domiciliares gerados no Município, em locais devidamente regularizados

e licenciados.

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95

4

Promover a redução da geração de resíduos mediante o incentivo ao

consumo consciente, práticas sustentaveis e a valorização da parcela

orgânica.

Metas

Cu

rto P

razo

1-a Realização constante de treinamento e capacitação do pessoal

administrativo e de operação/manutenção.

1-b Manter o percentual de atendimento (100% da população) com serviço

de coleta convencional de resíduos sólidos (rejeitos).

1-c

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da

geração, do transporte e da destinação final dos resíduos sólidos

domiciliares gerados no Município.

2-a Implantar recipientes para acondicionamento dos RSU em 20% das vias

públicas, em 2 anos.

3-a Erradicar áreas clandestinas ou inadequadas de disposição de resíduos

domiciliares em 2 anos.

3-b Tratar e/ou dispor 100% dos resíduos gerados no Município, em locais

ambientalmente adequados

4-a Avaliar soluções alternativas de tratamento de resíduos sólidos, em 4

anos.

Méd

io P

razo

1-d Manter o percentual de atendimento (100% da população) com serviço

de coleta convencional de resíduos sólidos (rejeitos).

1-e

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da

geração, do transporte e da destinação final dos resíduos sólidos

domiciliares gerados no Município.

2-b Implantar recipientes para acondicionamento dos RSU em 40% das vias

públicas, em 8 anos.

3-c Tratar e/ou dispor 100% dos resíduos gerados no Município, em locais

ambientalmente adequados.

3-d Analisar a possibilidade e viabilidade de implantar solução consorciada

de disposição de resíduos no Município, em 6 anos.

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96

4-b Reduzir 5% do volume de resíduo mensalmente disposto em aterro

sanitário, com sistemas de compostagem da matéria orgânica, em 5 anos L

on

go P

razo

1-f Manter o percentual de atendimento (100% da população) com serviço

de coleta convencional de resíduos sólidos (rejeitos).

1-g

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da

geração, do transporte e da destinação final dos resíduos sólidos

domiciliares gerados no Município.

2-c Implantar recipientes para acondicionamento dos RSU em 100% das vias

públicas, em 15 anos

3-e Tratar e/ou dispor 100% dos resíduos gerados no Município, em locais

ambientalmente adequados.

4-c Reduzir mais 5% do volume de resíduo mensalmente disposto em aterro

sanitário, com o aproveitamento da matéria orgânica, em 14 anos.

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97

Quadro 11 - Objetivos e metas para resíduos de limpeza pública

RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA O

BJ

ET

IVO

S

1 Resolver carências de atendimento, garantido o serviço de limpeza

pública para toda a população.

2 Garantir o tratamento, destinação e disposição final ambientalmente

adequada dos resíduos gerados pelo serviço de poda e varrição.

Metas

Cu

rto P

razo

1-a Atender 50% dos bairros municipais e 70% das praças públicas pelo

serviço.

1-b Definir cronograma e frequência dos serviços de varrição e poda, em 1

ano.

2-a Dar destino correto a 100% dos resíduos coletados

Méd

io P

razo

1-c Atender 60% dos bairros municipais e 80% das praças públicas pelo

serviço.

1-d Atualizar cronograma e frequência dos serviços de varrição e poda, de

forma a atender futuras demandas desse serviço, em 5 anos.

2-b Dar destino correto a 100% dos resíduos coletados

Lon

go P

razo

1-e Atender 75% dos bairros municipais e 100% das praças públicas pelo

serviço, em 15 anos.

1-f Atualizar cronograma e frequência dos serviços de varrição e poda, de

forma a atender futuras demandas desse serviço.

2-c Dar destino correto a 100% dos resíduos coletados

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98

Quadro 12 - Objetivos e metas para resíduos da coleta seletiva

COLETA SELETIVA

OB

JE

TIV

OS

1 Consolidar e ampliar o programa de coleta seletiva.

2

Estimular a criação de novas cooperativas, incentivando a criação de

fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos

recicláveis e estruturar a existente.

3 Promover a educação ambiental continuada em relação a implantação da

coleta seletiva.

Metas

Cu

rto P

razo

1-a Implantar formas de acondicionamento adequadas nas vias públicas para

resíduos da coleta seletiva.

2-a Estruturar a Associação de catadores para melhor realização do serviço.

Méd

io P

razo

1-b Manter atualizado o cronograma e frequência de coleta, de forma a atender

futuras demandas.

2-b Incentivo contínuo a cooperação formal de catadores.

3-a Reduzir 10% do volume de resíduo mensalmente disposto em aterro

sanitário, através da coleta seletiva.

Lon

go P

razo

1-c Manter atualizado o cronograma e frequência de coleta, de forma a atender

futuras demandas.

2-c Incentivo contínuo a cooperação formal de catadores.

3-b Reduzir mais 10% do volume de resíduo mensalmente disposto em aterro

sanitário, através da coleta seletiva.

Quadro 13 - Objetivos e metas para resíduos de serviço de saúde

RESÍDUOS SERVIÇO DE SAÚDE

OB

JE

TIV

OS

1 Garantir a coleta, tratamento e disposição final dos RSS dos

estabelecimentos públicos.

2 Realizar controle de geradores, geração e disposição final de RSS.

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Metas C

urt

o P

razo

1-a Garantir a coleta, tratamento e disposição final dos RSS de 100% dos

estabelecimentos públicos.

2-a Criar cadastro dos estabelecimentos geradores de resíduos de seriço de saúde

no Município.

Méd

io P

razo

1-b Garantir a coleta, tratamento e disposição final dos RSS de 100% dos

estabelecimentos públicos.

2-b Exigir plano de gerenciamento de resíduos dos estabelecimentos de saúde

presentes no Município.

2-c Manter cadastro atualizado dos geradores.

Lon

go P

razo

1-c Garantir a coleta, tratamento e disposição final dos RSS de 100% dos

estabelecimentos públicos.

2-d Exigir plano de gerenciamento de resíduos dos estabelecimentos de saúde

presentes no Município.

2-e Manter cadastro atualizado dos geradores.

Quadro 14 - Objetivos e metas para resíduos da construção civil

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

OB

JE

TIV

OS

1 Realizar controle de geradores, geração e disposição final de resíduos de

construção civil e demolição presentes no Município.

2 Realizar correta gestão de RCC gerados em empreendimentos públicos.

3 Erradicar disposições inadequadas e dispor de local adequado para disposição

de RCC.

Metas

Cu

rto P

razo

1-a Criar cadastro dos empreendimentos geradores de RCC no Município.

2-a Promover a coleta e destinação final de 60% dos RCC gerados pelo poder

público no Município em 4 anos.

2-b Promover a reciclagem e o reaproveitamento dos RCC gerados no Município.

3-a Fiscalizar disposições irregulares.

3-b Planejar a recuperação da área no Linha São Paulo utilizada atualmente para

disposição dos RCC gerados no Município.

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100

3-c Criar local de disposição ambientalmente adequado, de acordo com a

legislação em vigor.

Méd

io P

razo

2-c Promover a coleta e destinação final de 75% dos RCC gerados pelo poder

público no Município em 7 anos.

2-d Promover a reciclagem e o reaproveitamento dos RCC gerados no Município.

3-d Fiscalizar e punir disposições irregulares

Lon

go P

razo

2-e Promover a coleta e destinação final de 100% dos RCC gerados pelo poder

público no Município em 20 anos.

2-f Promover a reciclagem e o reaproveitamento dos RCC gerados no Município.

3-e Fiscalizar e punir disposições irregulares

Quadro 15 - Objetivos e metas para resíduos industriais

RESÍDUOS INDUSTRIAIS

OB

JE

TIV

OS

1 Realizar controle de geradores, geração e disposição final de resíduos

industriais.

Metas

Cu

rto

Pra

zo

1-a Criar cadastro dos estabelecimentos geradores de resíduos industriais no

Muniípio.

Méd

io P

razo

1-b Exigir plano de gerenciamento de resíduos dos estabelecimentos industriais

presentes no Município.

1-c Manter cadastro atualizado dos geradores.

1-d Exigir informações completas e atualizadas sobre a implantação e

operacionalização dos planos de cada estabelecimento.

Lon

go P

razo

1-e Exigir plano de gerenciamento de resíduos dos estabelecimentos industriais

presentes no Município.

1-f Manter cadastro atualizado dos geradores.

1-g Exigir informações completas e atualizadas sobre a implantação e

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101

operacionalização dos planos de cada estabelecimento.

Quadro 16 - Objetivos e metas para resíduos especiais

RESÍDUOS ESPECIAIS

OB

JE

TIV

OS

1 Incentivar, fiscalizar e monitorar a implementação da política reversa dos

resíduos sólidos especiais no Município.

2

Consolidar e ampliar o programa de coleta, tratamento e destinação final de

resíduos especiais que não sejam inseridos na política reversa ou como

auxílio à mesma, através de Pontos de entrega voluntária.

3 Promover a mobilização e educação ambiental continuada em relação a

segregação destes resíduos.

Metas

Cu

rto P

razo

1-a Identificar e criar cadastro dos geradores de resíduos sujeitos a logística

reversa.

1-b Garantir a implementação da logística reversa no Município de Pinhalzinho,

de acordo com a legislação.

2-a Manter um PEV central para recebimento de resíduos especiais.

3-a Realizar campanhas permanentes de educação ambiental para o manejo de

resíduos especiais e sujeitos à logística reversa.

Méd

io P

razo

1-c Garantir a implementação da logística reversa no Município de Pinhalzinho,

de acordo com a legislação.

2-b Manter um PEV central para recebimento de resíduos especiais.

3-b Realizar campanhas permanentes de educação ambiental para o manejo de

resíduos especiais e sujeitos à logística reversa.

Lon

go P

razo

1-d Garantir a implementação da logística reversa no Município de Pinhalzinho,

de acordo com a legislação.

2-c Manter um PEV central para recebimento de resíduos especiais.

3-c Realizar campanhas permanentes de educação ambiental para o manejo de

resíduos especiais e sujeitos à logística reversa.

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102

2.3.3.9 Programas e ações

O planejamento do manejo diferenciado de cada resíduo contempla as diretrizes e

estratégias para que sejam atingidos os objetivos e metas nos diferentes cenários e horizontes

esperados. O gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos é baseado em um conjunto de ações

normativas, operacionais e de planejamento que a administração municipal deverá

desenvolver para gerenciar os resíduos sólidos produzidos em seu território e garantir a

sustentabilidade na gestão municipal em se tratanto de resíduos sólidos.

O planejamento das ações gerou uma listagem de programas e ações a serem

praticados pelo órgão gestor, cooperativas de catadores e setor privado, onde estão incluídas

as propostas para todos os tipos de resíduos identificados no Município. Estes programas e

ações correspondem aos objetivos e metas anteriormente propostos e devem ser analisados

conjuntamente.

1. PROGRAMAS/AÇÕES PARA RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E

COMERCIAIS

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal

Promover a reavaliação periódica dos planos, cronograma e frequência de coleta, de

forma a atender demandas futuras.

Implantar nas vias públicas recipientes adequados e que sejam suficientes para

acondicionamento dos resíduosa a longo prazo.

Licenciar e implantar um aterro sanitário de solução consorciada no município.

Implantar coleta diferenciada de material orgânico para compostagem, inicialmente em

ambientes como feiras, restaurantes, indústrias, etc., estendendo-se à toda a população.

Realizar processos de aproveitamento dos resíduos visando a redução da disposição final,

através de usinas de triagem e sistemas de compostagem.

Desenvolver ações, direcionar trabalhos e valorizar a educação ambiental para redução,

reutilização e não geração de resíduos, para toda a população como ação prioritária.

Modernizar os instrumentos de controle e fiscalizção da gestão de resíduos sólidos,

agregando tecnologias, como rastreamento de veículos, fiscalização através de imagens

aéreas.

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2. PROGRAMAS/AÇÕES PARA RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal

Implantar nas vias públicas recipientes adequados e que sejam suficientes para

acondicionamento dos resíduos públicos.

Realizar avaliação periódica dos planos de frequência e abrangência deste serviço.

Promover adequação necessárias periódicamente quanto a equipamentos e mão-de-obra.

Definir cronograma especial de varrição para eventos com grande público, e cálculo de

custos dos mesmos.

Elaborar um Plano de manutenção e poda em áreas verdes públicas, como parques, praças

e arborização urbana, considerando cada espécie.

3. PROGRAMAS/AÇÕES PARA COLETA SELETIVA

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal/ Cooperativas de catadores

Implantar nas vias públicas recipientes adequados e que sejam suficientes para

acondicionamento dos resíduos da coleta seletiva.

Realizar avaliação periódica dos planos de frequência e abrangência deste serviço, de

equipamentos e da mão-de-obra disponíveis.

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da geração, do

transporte e da comercialização dos materiais recicláveis coletados no município.

Implantar, melhorar ou adaptar a infraestrutura física e de recursos humanos para

tratamento, segregação e destinação dos resíduos da coleta seletiva.

Realizar programas de divulgação da coleta seletiva.

Realizar programas contínuos de educação ambiental que priorizem a segregação dos

resíduos na fonte geradora, redução e reutilização.

Promover a capacitação dos catadores, a fim de melhorar as condições de trabalho e

renda.

Criação de fontes de negócios, emprego e renda para catadores, mediante a valorização

dos resíduos recicláveis.

Mapear e cadastrar grandes geradores de resíduos recicláveis, visando a destinação

direcionada desses materiais à cooperativa municipal.

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4. PROGRAMAS/AÇÕES PARA RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal/ Setor Privado

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da geração, do

transporte e da disposição final dos resíduos de saúde gerados nos estabelecimentos de

responsabilidade do município.

Registrar Planos de Gerenciamento de Resíduos das instituições privadas.

5. PROGRAMAS/AÇÕES PARA RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal/ Setor Privado

Criar um plano de gestão municipal de resíduos da construção civil.

Exigir dos empreendimentos particulares respectivo plano de gestão de seus resíduos.

Incentivar a criação de central de triagem de RCC e PEVs regional.

Incentivar a reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A (trituráveis) e Classe B

(madeiras, plásticos, papel e outros);

Incentivar a presença de operadores privados de RCC, para atendimento da geração

privada.

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da geração, do

transporte e da comercialização dos RCC coletados no município.

Promover as adequações necessárias para recuperação da atual área de disposição

inadequada e seu monitoramento ambiental.

6. PROGRAMAS/AÇÕES PARA RESÍDUOS INDUSTRIAIS

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal/ Setor Privado

Exigir a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para todas as

atividades geradoras de resíduos sólidos (perigosos e não perigosos) passíveis de

licenciamento ambiental ou autorização e cadastramento ambiental na região até 2014

(conforme o Art. 20 da Lei 12.305 da PNRS);

Promover avaliação periódica dos planos de coleta dos resíduos industriais.

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7. PROGRAMAS/AÇÕES PARA RESÍDUOS ESPECIAIS

EXECUÇÃO: Órgão Gestor Municipal/ Setor Privado

Identificar resíduos sólidos e geradores sujeitos ao sistema de logística reversa.

Implantar PEVs ou ecopontos alocados estratégicamente no município e que sejam

suficientes para acondicionamento dos resíduos especiais gerados pela população.

Realizar acordo com grandes geradores de resíduos especiais para destinação dos mesmos

aos ecopontos.

Efetuar o controle documental que consolide as informações acerca da geração, do

transporte e da comercialização dos resíduos especiais coletados no município.

Implantar, melhorar ou adaptar a infraestrutura física da Prefeitura para

acondicionamento dos resíduos coletados nos ecopontos.

Realizar programas de divulgação da coleta de resíduos especiais e da política reversa.

Realizar programas de divulgação da coleta de óleo de cozinha usado.

Realizar programas contínuos de educação ambiental e de logística reversa que atinjam

todos os níveis da sociedade.

De acordo com a lei da Política Nacional de Resíduos sólidos, o Art. 33 afirma que são

obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos

produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza

urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem,

após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos

perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama,

do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Para isto, estabeleceu-se diretrizes, estratégias, metas e programas para os seis tipos de

resíduos que já possuem a logística reversa estabelecida, apresentados no Quadro 17, porém

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106

estas devem ter como referência acordos setoriais estabelecidos entre o poder público e os

estabelecimentos.

Quadro 17 - Programas e ações para os resíduos com logística reversa

RESÍDUOS

DIRETRIZES E

ESTRATÉGIAS METAS

PROGRAMAS E

AÇÕES

Produtos

eletroeletrônicos

Responsabilidade dos

fabricantes/comerciantes:

Estruturação e

implantação da

logística reversa.

Reservar áreas para

concentração dos

resíduos e definir

fluxos de retorno aos

respectivos sistemas

produtivos.

Remuneração do

serviço público para

atividades de captação

e concentração dos

resíduos (PEVs).

Informar

continuamente ao

órgão municipal as

ações de logística

reversa, de modo a

permitir o

cadastramento das

instalações locais ou

urbanas.

Responsabilidade dos

consumidores:

Acondicionar

adequadamente e

Coletar e dar

destino a 100%

dos resíduos

gerados

Criar Programa de

inclusão digital que receba

doações de computadores

a serem recuperados e

utilizados em programas

educativos e em

comunidades carentes.

Pilhas e baterias

Coletar e dar

destino a 100%

dos resíduos

gerados

Criar locais de

recolhimento, através de

ecopontos ou PEVs e

promover correto

tratamento/destinação

final.

Lâmpadas

fluorescentes

Coletar e dar

destino a 100%

dos resíduos

gerados

Criar locais de

recolhimento, através de

ecopontos ou PEVs e

promover correto

tratamento/destinação

final.

Pneus

Coletar e dar

destino a 100%

dos resíduos

gerados /

comercializados

Criar locais de

recolhimento, através de

ecopontos ou PEVs e

promover correta

destinação aos respectivos

fabricantes.

Doação de pneus para

reutilização em atividades

alternativas, como

encostas, muros de

contenção, etc.

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107

RESÍDUOS

DIRETRIZES E

ESTRATÉGIAS METAS

PROGRAMAS E

AÇÕES

Óleos

lubrificantes e

embalagens

disponibilizar para a

coleta ou devolução.

Devolver à empresa

onde foram adquiridos

ou entregar em PEVs.

Responsabilidade do

poder público:

Divulgação sobre as

obrigações do

consumidor, citadas

anteriormente.

Coleta dos resíduos

armazenados nos

PEVs.

Coletar e dar

destino a 100%

dos resíduos

gerados

Criar locais de

recolhimento, através de

ecopontos ou PEVs e

promover correta

destinação aos respectivos

fabricantes.

Agrotóxicos e

embalagens

Coletar e dar

destino a 100%

dos resíduos

gerados

Criar locais de

recolhimento, através de

ecopontos ou PEVs e

promover correta

destinação aos respectivos

fabricantes.

2.3.3.10 Identificação de áreas para a disposição final dos resíduos

A projeção feita para a vida útil do Aterro Sanitário- Unidade I, Saudades/SC, indicou

que, mantendo-se a geração atual de resíduos dos municípios integrantes da solução

consorciada, sem alterações, a capacidade operacional do aterro se estenderá até 2018, ou

seja, surportará apenas 5 anos mais. Entetanto, podem-se considerar hipóteses de acréscimo

na geração, em função do crescimento populacional, ou drecéscimo, em função da colocação

do Plano de gestão integrada dos resíduos em prática. Independente do cenário futuro é visível

a necessidade de implantação de um local adequado para disposição dos resíduos.

Outra alternativa para os resíduos domiciliares é extender a vida útil do aterro sanitário

existente, através de sua ampliação, levando em consideração o crescimento populacional e o

novo modo de gestão com a incorporação do processo de coleta seletiva. Porém, como se trata

de uma solução consorciada, é necessário que todos os municípios realizem seus Planos de

gestão municipal, visando a redução da quantidade de resíduos que vão ao aterro.

Também há a necessidade de estabelecimento de um aterro para resíduos classe A de

RCC. Este deve ser específico para recebimento de resíduos da construção civil classe A,

devidamente segregados das diferentes classes que o compõe.

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Deve-se fazer um estudo das possíveis áreas disponíveis no Município, tendo como

finalidade o aproveitamento máximo das áreas existentes, considerando o emprego de novas

tecnologias de processamento.

No Art. 37 no Plano diretor participativo de Pinhalzinho, está detalhado que a MAPP

(Macroária de Produção Primária) tem como objetivo orientar o uso e ocupação do solo e

implementar as políticas públicas no sentido de, entre outros, resguardar área para a locação

da estação de tratamento de esgoto (ETE) e aterro sanitário.

Entretanto, ao escolher uma área para alocação de um aterro sanitário, existem

critérios e prioridades a serem avaliados, a fim de fazer uma rigorosa seleção do melhor local.

A Rede de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental, (2008), no Guia

de Projeto, operação e monitoramento de aterros sanitários, listou alguns critérios, os quais

estão apresentados nos ítens a seguir.

Aspectos geológicos e hidrogeológicos, tais como profundidade do lençol freático e

espessura da camada de solo não saturada sob a base do aterro, além da proximidade a

zonas de recarga e mananciais subterrâneos;

Aspectos geotécnicos, envolvendo as propriedades dos solos da área (condutividade

hidráulica ou permeabilidade, compressibilidade e resistência) e existência de jazidas de

materiais terrosos;

Aspectos topográficos e de relevo, que podem dificultar o acesso e a operação, além de

limitar a vida útil do empreendimento;

Aspectos hidrológicos, tais como posição em relação ao sistema de drenagem superfi

cial natural, proximidade de nascentes e corpos de água, e extensão da bacia de

contribuição a montante da área de implantação;

Existência e a tipologia da fauna e flora presentes na região;

Avaliar a necessidade de supressão da vegetação local;

Distância do centro gerador e de aglomerações urbanas;

Proximidade de núcleos habitacionais de baixa renda;

Existência de infra-estrutura (água, energia, sistema viário);

Visibilidade da área;

Avaliar a Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Posturas, Código de Obras, Plano

Diretor e situação fundiária da área, incluindo a análise dos custos de eventuais

desapropriações.

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2.3.3.11 Criação de pontos de entrega voluntária

Em função da necessidade de segregação dos resíduos, porém muitas vezes a

inexistência de locais apropriados para o manejo diferenciado e gestão integrada dos resíduos

recicláveis, de logística reversa e de construção civil, é importante e fundamental a criação de

áreas de uso compartilhado de instalação para manejo destes resíduos. Entretanto, deve-se

criar logística adequada, controle técnico, operacional e econômico.

Na escolha do local, a análise do Plano Diretor é fundamental para escolha apropriada

da melhor localização, em função também dessas áreas poderem ser utilizadas a nível

regional, abrangendo por exemplo os município propostos para a solução consorciada.

As instalações para acumulação temporária de resíduos podem classificar-se em

diferentes estabelecimentos, como Pontos de Entrega Voluntária (PEVs ou Ecopontos) para

recebimento e acumulação temporária de resíduos da construção e demolição, de resíduos

volumosos, da coleta seletiva e resíduos com logística reversa, com critérios definidos pela

NBR 15.112 (ABNT, 2004). Locais de Entrega Voluntária (LEVs) de Resíduos Recicláveis,

através de contêineres, sacos ou outros dispositivos instalados em espaços públicos ou

privados monitorados, para recebimento de recicláveis, também, galpões de triagem de

recicláveis e Áreas de Triagem e Transbordo (ATTs) de resíduos da construção e demolição,

resíduos volumosos e resíduos com logística reversa.

Segundo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Pilhas, Baterias e Lâmpadas

de Belo Horizonte, em 2009, nos estabelecimentos em que pilhas, baterias e lâmpadas são

comercializadas, sugere-se que as caixas coletoras estejam dispostas em locais de grande

visibilidade, identificadas com instruções sobre o descarte correto no interior dos

estabelecimentos.

Para pilhas e baterias, o recipiente deve ser resistente, devido ao peso do material que

será ali depositado. As caixas devem ser de materiais não condutores de eletricidade. Adverte-

se para a não utilização de tambores ou contêineres metálicos, de modo a evitar a formação de

curto circuitos e vazamentos precoces da pasta eletrolítica, o que tornará a manipulação do

material mais difícil.

O Modelo Tecnológico incentivado pelo MMA propõe a adequação da rede de

instalações ao porte dos municípios, definindo o número de PEVs e Áreas de Triagem e

Transbordo (ATTs), ou seja, definição de endereços para concentração de diversos tipos de

resíduos, em função da população e, em municípios menores, como o caso de Pinhalzinho,

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agregando as duas funções em uma única instalação (PEV Central) conforme pode ser visto

no Quadro 25 abaixo.

Quadro 18 – Locais para acumulação temporária e definitiva de Resíduos sólidos

População da

Sede Municipal PEVs ATT PEV Central

Aterro RCD

coligado

Até 25 mil 1 1

De 25 a 50 mil 2 1

De 50 a 75 mil 3 1 1

De 75 a 100 mil 4 1 1

Fonte: MMA, 2012.

Pinhalzinho já possui alguns PEVs implementados no Município, os quais abrangem

resíduos eletrônicos, lâmpadas e óleo de cozinha usado, localizados em Escolas e outros

estabelecimentos, como também ponto de entrega de pneus, lixo eletrônico e lâmpadas,

localizados no pátio do DMER. Porém, alguns estão em condições precárias, indevidas para

exercer tais atividades.

Deve-se criar, além dos pontos de coleta existentes, um Ponto Central de Entrega

Voluntária (PEVs ou Ecopontos) para acumulação temporária de resíduos de todo o material

retido nos pontos de coleta, da construção e demolição, de resíduos volumosos, da coleta

seletiva e resíduos com logística reversa, baseado na NBR 15.112 (ABNT, 2004), ou seja,

devidamente adequados para tal atividade.

Para a solução consorciada de gerenciamento integrado dos resíduos, estas áreas

devem abranger os resíduos de todos os municípios incluídos, sendo suficientes para o manejo

dos mesmos. No consórcio, a população total pode atingir 64 mil habitantes. Neste caso,

segundo o Ministério do Meio Ambiente (2012), é indicado a existência de três unidades de

Pontos de entrega voluntária, uma área de transbordo e triagem e um aterro RCD coligado.

É importante que estes pontos sejam alocados em locais estratégicos devidamente

apropriados para tal e sejam funcionais, permitindo transformar resíduos difusos em resíduos

concentrados, facilitando assim o transporte e posterior comercialização, tratamento ou

disposição final.

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Deve-se ter controle sobre os locais, formas de acondicionamento, coletas mensais e

destinação/tratamento ambientalmente correto. Também, ter devidamente especificado os

locais de comercialização dos mesmos, quando cabível.

Há ainda a necessidade de instalação de um Aterro de Resíduos de Construção e

Demolição coligado, pois este ainda não existe no Município, com a finalidade de eliminar e

substituir a forma de disposição adotada atualmente, que caracteriza-se como disposição

inadequada destes rejeitos ao meio ambiente.

2.3.4 Controle e fiscalização

2.3.4.1 Indicadores de desempenho para os serviços públicos

A fim de mensurar as ações desenvolvidas para o pleno desenvolvimento do plano,

desenvolveu-se indicadores qualitativos, como indicados pelo “Planos de Gestão de Resíduos

Sólidos: Manual de Orientação”, que permitem relacionar os parâmetros com suas respectivas

operacionalizações. Portanto, estes indicadores podem ser entendidos como ferramentas do

Poder Público que revelam significados mais amplos sobre os objetivos, metas, programas e

ações definidos para efetiva sustentabilidade do Plano proposto.

Através da avaliação dos indicadores por parte do poder público, responsável pela

gestão dos resíduos municipais, é possível observar qual o nível de desenvolvimento e

aplicação das ações e programas anteriormente propostos e deste modo, fazer uma avaliação

mais aprofundada quanto às necessidades futuras para efetiva implementação do Plano de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município.

Os parâmetros definidos para classificar e avaliar cada indicador foram:

Muito desfavorável (MD), quando estes apresentam-se insuficientes, ou seja,

não atendem os objetivos e metas e não há a implantação das ações e

programas propostos.

Desfavorável (D), quando estes apresentam-se insuficientes, porém com

algumas ações já sendo implantadas.

Favorável (F), quando o andamento das atividades apresentar-se suficiente para

os objetivos e metas propostos.

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Abaixo no Quadro 19, estão apresentados os indicadores definidos para o Plano de

gestão integrada de resíduos sólidos de Pinhalzinho, atribuídos conforme propostas adequatas

às questões locais.

Quadro 19 – Indicadores de desempenho da implantação do Plano de Gexstão Integrada de

Resíduos Sólidos.

INDICADORES TENDÊNCIA À SUSTENTABILIDADE

Recuperação das áreas de disposição

clandestinas

(MD) – Não houve mapeamento das áreas nem

suas recuperações.

(D) – As áreas foram mapeadas mas não

recuperadas.

(F) – Todas as áreas foram devidamente

recuperadas.

Grau de recuperação e valorização

dos Resíduos sólidos urbanos de

responsabilidade do Poder Público

(MD) – Recuperação inexistente ou muito

baixa.

(D) – Baixa recuperação dos Resíduos sólidos.

(F) – Alta recuperação dos Resíduos sólidos

Melhora da infraestrutura dos

serviços públicos de manejo dos

resíduos sólidos e limpeza urbana.

(MD) – Não houve melhorias ou implantação

de infraestruturas adequadas para os serviços.

(D) – Houve implantação parcial de

infraestruturas, porém insuficientes.

(F) – Houve total implantação e melhora das

infraestruturas disponíveis para os serviços.

Efetividade dos programas de

Educação Ambiental

(MD) – Inexistência dos Programas.

(D) – Baixo envolvimento da população nos

Programas desenvolvidos.

(F) – Existência de Programas educativos

continuados com alto envolvimento da

população.

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INDICADORES TENDÊNCIA À SUSTENTABILIDADE

Cadastramento e fiscalização dos

estabelecimentos particulares

geradores de RCC e RSS

(MD) – Não houve o cadastramento e

fiscalização dos estabelecimentos.

(D) – Houve o cadastramento parcial dos

estabelecimentos, porém sem fiscalização.

(F) – Houve o cadastramento dos

estabelecimentos e é realizada fiscalização

constantemente.

Com base nos indicadores definidos, e através das tendências à sustentabilidades que

serão obtidas, pode-se avaliar a gestão dos resíduos de cunho urbano, direcionados a gestão

pública. Servem também para sensibilizar tanto a população quanto a gestão responsável,

sobre a efetiva implantação e atendimento às metas propostas.

2.3.4.2 Ações para emergências e contingências

O plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos tem como objetivo principal a

realização de correta gestão de todos os resíduos sólidos gerados em território municipal,

através das diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, bem como o

atendimento à legislação vigente no que se refere a sua disposição final.

Entretanto, após implantação dos objetivos e metas estabelecidos no plano, é preciso

também estabelecer ações de atendimento a situações de emergência e de contingência para as

possíveis situações atípicas que venham a ocorrer e consequentemente, afetar a população e o

meio ambiente. Ambas referem-se a situações anormais, porém medidas de contingência

visam à prevenção, ao passo que as medidas de emergência programam as ações no caso de

ocorrência de um incidente.

O objetivo é prever as anormalidades que venham a ocorrer e estabelecer ações que

serão necessárias. Por exemplo, quando os serviços de manejo dos resíduos, por motivos

técnicos, operacionais, desorganização ou greves, sejam cessados ou paralisados, quando o

aterro sanitário esteja paralisado, entre outras situações possíveis detalhadas no Quadro 20.

Estas devem ser executadas de forma fácil e ágil para solução dos problemas.

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114

A paralisação do funcionamento dos serviços de coleta regular de resíduos pode

acarretar problemas em curto espaço de tempo para a saúde pública em função da exposição

dos resíduos em logradouros públicos, o que facilita a proliferação de insetos e outros animais

e a transmissão de doenças.

Para isso, as ações de atendimento para situações de emergência visam mitigar e

corrigir os efeitos de acidentes ou falhas em qualquer um dos serviços de manejo dos resíduos

sólidos ou de limpeza urbana a serem instalados no município.

Estão apresentadas no Quadro 20 as ações para emergência e contingências propostas,

com as respectivas providências a serem tomadas, para o município de Pinhalzinho.

Quadro 20 – Ações de emergências e contingências

EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Ocorrência Providências

Paralisação do Sistema

de Varrição por longos

períodos de tempo

Acionar os funcionários da Secretaria de Obras e Serviços

para efetuarem a limpeza dos pontos mais críticos e

centrais da cidade.

Paralisação do Serviço

de Coleta Domiciliar

Acionar empresas e veículos previamente cadastrados para

assumirem emergencialmente o serviço de coleta.

Contratação de empresa especializada em caráter de

emergência.

Imputar penalidades previstas em contrato (se houver).

Paralisação da Coleta

Seletiva

Realizar contrato emergencial com empresa especializada

na coleta de resíduos.

Realizar contrato emergencial com cooperativa de

catadores mais próxima para segregação e comercialização

dos materias recicláveis.

Paralisação de coleta de

Resíduos de Serviço de

Saúde

Realizar contrato emergencial com empresa especializada

na coleta de resíduos de saúde.

Paralisação total do

Aterro sanitário

Os resíduos deverão ser transportados e dispostos em

cidades vizinhas, com a devida autorização do órgão

ambiental (FATMA).

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EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Ocorrência Providências

Paralisação parcial do

Aterro Sanitário

(incêndio, explosão e/ou

vazamento tóxico)

Evacuação da área cumprindo os procedimentos internos

de segurança.

Acionamento do Corpo de Bombeiros.

Disposições irregulares

de resíduos em áreas

particulares

Identificar, notificar, multar e/ou imputar as sanções

cabéveis ao autor do despejo ou proprietário do terreno.

Recolher e dar destinação adequada aos resíduos.

Em caso de acidentes ou situações emergênciais, estes devem ser documentados, para

formação de um histórico. Assim será possível verificar recorrências dos eventos, além de

condutas e procedimentos que possam ser aprimorados, reduzindo assim o número de ações

emergenciais.

2.3.4.3 Monitoramento e verificação do plano

A Lei Federal 12.305 (BRASIL, 2010) estabelece que o plano de gestão integrada de

resíduos sólidos seja revisto a cada quatro anos. Neste sentido, o monitoramento constante e a

verificação da aplicação e implementação do plano tem o objetivo de auxiliar na busca de

pontos críticos, problemas, falhas, enfim, identificação de correções a serem realizadas com

frequência de 4 anos, a cada revisão do plano.

Para efetivas correções, é importante a implementação de um órgão específico para

ouvidoria, ou seja, disponível para recebimento de reclamações, sugestões, denúncias, etc. por

parte da população municipal. Também, deve-se realizar relatórios periódicos que incluam a

análise dos registros feitos pela ouvidoria, para posterior análise pelos órgãos responsáveis.

Como forma de monitoramento frequente, a realização de reuniões entre os agentes

responsáveis pelos diversos setores do plano é alternativa para mantê-lo constantemente

actualizado, avaliar indicadores e analisar os resultados obtidos com sua implantação.

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3 CONCLUSÃO

Ao seguir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o município adere a uma gestão

integrada de seus resíduos, valorizando àqueles passíveis de reaproveitamento ou reciclagem

e evitando disposições finais desnecessárias. Para isso, uma série de requisitos foram

abordados neste trabalho. Através destes, concluiu-se que:

Foi possível realizar diagnóstico qualitativo e quantitativo dos resíduos sólidos

domiciliares, limpeza urbana, coleta seletiva, construção civil, serviço de saúde e

especiais e apenas diagnóstico qualitativo para os resíduos industriais. Assim, o sistema

de gestão municipal adotado atualmente foi conhecido e analisado, detectando-se

iniciativas relevantes, carências e/ou deficiências no processo;

Os cenários criados para o prognóstico tiveram um horizonte de 20 anos, dividindo-se

em curto, médio e longo prazo para definição e realização das atividades propostas.

Desta forma o município tem a capacidade de se organizar e se adequar gradativamente

ao plano proposto;

Os objetivos e metas foram propostos conforme as necessidades detectadas na fase de

diagnóstico, abrangendo todos os resíduos sólidos gerados no município, sendo

direcionados ao poder público. Este, terá a responsabilidade de considerar, abordar e

alcançar cada um deles na forma futura de gestão dos resíduos;

Os planos de ação basearam-se nos objetivos e metas. Programas e ações foram criados

como ferramenta ao Poder público para efetiva aplicação do plano, facilitando caminhos

a serem percorridos para alcançar os objetivos e metas, ou seja, uma gestão de

excelência.

Os meios para controle e fiscalização propostos foram a criação de indicadores de

desempenho operacional, ações para emergência, contingência e monitoramento e

verificação do Plano em questão. Com auxílio destes, será possível fazer o

acompanhamento tanto da operacionalização quanto da evolução do plano de gestão

integrada de resíduos sólidos proposto para Pinhalzinho.

São recomendações para trabalhos futuros:

Realizar dagnóstico quantitativo mais aprofundado dos resíduos sólidos abordados no

trabalho.

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Fazer o levantamento de informações quanto a forma atual de remuneração do sistema

de gerenciamento de resíduos sólidos municipal, bem como sistema de cobrança dos

serviços à população;

Fazer o cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de

manejo de resíduos sólidos após a implantação do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos, bem como a nova forma de cobrança desses serviços.

Realizar atividades de mobilização social e audiências públicas, com o intuito de

coletar opiniões dos munícipes.

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TUCANO obras e serviços, sd. Disponível em: http://www.grupotucano.com.br/index/obras.

Acesso: 10 de mar. 2013.

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APÊNDICE A

COLETA DE DADOS SOBRE SERVIÇO DE COLETA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS

O município possui Secretaria do Meio Ambiente?

O município possui departamento de limpeza urbana?

O município possui fundo municipal do meio ambiente?

O município possui Agenda 21 local?

O município possui plano diretor local e/ou resíduos sólidos?

O serviço de coleta de RSU é realizado pela prefeitura ou terceirizado? Qual a empresa

prestadora do serviço?

Se terceirizada, como foi feito e qual a validade do contrato?

Quais as áreas atendidas pelo operador e os serviços prestados?

Existe uma Política Municipal de Resíduos Sólidos?

Quem é o responsável, qual a abrangência (bairros, zona urbana, zona rural, domésticos,

comerciais, etc.) e qual a frequência da coleta de RSU?

O município utiliza software para controlar/otimizar a coleta de resíduos sólidos?

Qual a rota da frota coletora (quilometragem diária)? Existe planejamento para tal serviço?

Há estudos sobre a composição gravimétrica dos resíduos do município (enviar em anexo)?

Há pontos críticos de coleta e porquê?

Qual foi o tempo médio de interrupção na coleta no último ano de operação e áreas

afetadas?

Como e onde é feito o acondicionamento dos resíduos nas ruas e praças? Há

disponibilidade de containers para a população dispor os resíduos?

Ocorrem quebras e/ou fissuras frequentes nos recipientes de acondicionamento?

Há rompimentos frequentes nos sacos plásticos?

Qual a capacidade de coleta de RSU (t/dia)?

Possuem controle do volume coletado (se houver planilha de controle encaminhar em

anexo)?

Existem ecopontos para recebimento de lixo eletrônico, lâmpadas, pneus, embalagens de

agrotóxicos, etc.? Onde estão localizados?

O município possui alguma forma de consórcio entre outros municípios quanto os serviços

de coleta, tratamento, triagem e disposição final?

Qual o local de disposição final (aterro sanitário) dos resíduos sólidos urbanos gerados em

Pinhalzinho?

Quais os problemas operacionais detectados?

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COBRANÇA PELO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA

Existe o valor do orçamento destinado a limpeza urbana do município?

O município está enquadrado para recebimento do ICMS ecológico?

O município cobra pelo serviço de limpeza urbana? Qual é o valor cobrado?

O município cobra pelo serviço de coleta de lixo? Qual é o valor cobrado?

O município cobra pela prestação de serviços especiais de manejo de RSU? Qual é o valor

cobrado?

A legislação municipal prevê a aplicação de multas para indivíduos e empresas q dispõem

seus resíduos de forma inadequada? Qual é o valor cobrado?

PREVISÃO DE INVESTIMENTO

Tipo de Ação ou Obra Ano Tipo* Valor

Coleta Comum

Coleta Seletiva

Postos de entrega voluntária

Transbordo

Tratamento

Triagem e compostagem

Aterro Sanitário

Outros

*M = Manutenção / T = Troca / A = Ampliação

OBRAS E AÇÕES EM ANDAMENTO

Tipo de Ação ou Obra Ano Tipo* Valor

Coleta Comum

Coleta Seletiva

Postos de entrega voluntária

Transbordo

Tratamento

Triagem e compostagem

Aterro Sanitário

Outros

*M = Manutenção / T = Troca / A = Ampliação

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APÊNDICE B

COLETA DE DADOS SOBRE SERVIÇO DE COLETA DE SELETIVA

O município realiza coleta seletiva?

Este serviço é realizado pela prefeitura ou terceirizado? Qual a empresa prestadora do

serviço?

Se terceirizado, como foi feito e qual a validade do contrato?

Existem cooperativas de catadores de resíduos recicláveis trabalhando no município? Eles

possuem algum vínculo com a prefeitura?

Existe algum trabalho social por parte do município direcionado aos catadores?

Quais as áreas atendidas pelo operador e os serviços prestados?

O dinheiro arrecadado com a venda dos materiais recicláveis retorna à Prefeitura?

Existe uma Política Municipal de Resíduos Sólidos?

Quem é o responsável, qual a abrangência e qual a frequência da coleta?

O município utiliza software para controlar/otimizar a coleta destes resíduos?

Qual a rota da frota coletora (Km/dia)? Existe planejamento para tal serviço?

Há pontos críticos de coleta e porquê?

Qual o tempo médio de interrupção na coleta e áreas afectadas no último ano de operação?

Como e onde é feito o acondicionamento dos resíduos nas ruas? Qual a disposição final?

Ocorrem quebras e/ou fissuras frequentes nos recipientes de acondicionamento?

Há rompimentos frequentes nos sacos plásticos?

Qual a capacidade de coleta (t/dia)?

Os resíduos da coleta seletiva são separados nas residências por quais tipos de materiais? E

após coleta?

Qual a capacidade de coleta selectiva (t/dia)?

Possuem controle do volume colectado de materiais recicláveis (se houver planilha de

controle encaminhar em anexo)?

Realizou-se campanhas de conscientização e esclarecimento da população quanto à

separação dos resíduos nas residências? Quais?

Os recursos obtidos na coleta seletiva são suficientes para cobrir os custos do programa?

Quais os problemas operacionais detectados?

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APÊNDICE C

COLETA DE DADOS SOBRE MATERIAIS RECICLÁVEIS PROVENIENTES DOS

GALPÕES DE TRIAGEM DA COLETA SELETIVA

Usualmente os resíduos coletados pela coleta seletiva são pesados antes do processo de

triagem?

Qual a quantidade mensal recolhida de cada classificação de resíduos coletados como

vidro, plástico, papel, etc… (se houver planilhas de controle enviar em anexo)?

Qual a quantidade realmente reciclada?

A matéria-prima é gratuita?

Qual o valor de venda dos materiais após triagem?

Quais sao as empresas recicladoras que compram estes materiais? Existe alguma no

município? Para onde são enviados?

Quais as condições dos materiais recebidos?

Qual a quantidade mensal de rejeitos gerados? Qual seu destino final?

Como os materiais recebidos, os reciclados e os rejeitos são armazenados?

São recebidos resíduos tóxicos (pilhas, baterias, lâmpadas…) misturados aos materiais a

serem reciclados? Qual o destino final dos mesmos?

O dinheiro arrecadado com a venda dos materiais recicláveis retorna à Prefeitura?

A receita da cooperativa/associação é suficiente para manter a mesma em funcionamento?

Existe algum apoio do poder público ou de empresas privadas para manter a

cooperativa/associação em funcionamento?

Quantas pessoas trabalham nesta atividade na cooperativa/associação?

As normas de segurança são respeitadas (uso de EPI´s)?

Há catadores habitando as áreas no entorno de lixões ou aterro sanitário?

Os catadores utilizam carrinhos de tração humana?

Os catadores utilizam carroças de tração animal?

Os catadores utilizam depósitos de armazenamento?

Existe algum trabalho social por parte do município direcionado aos catadores?

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APÊNDICE D

COLETA DE DADOS SOBRE SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA

O serviço de limpeza urbana é realizado pela prefeitura ou terceirizado? Qual a empresa

prestadora do serviço? Qual a validade do contrato?

A limpeza urbana é regulamentada no município por legislação própria?

Quais as áreas atendidas pelo operador e os serviços prestados?

Quem é o responsável, qual a abrangência e qual a frequência de varrição e manutenção de

áreas públicas (se houver planilha de controle encaminhar em anexo)?

A varrição das vias públicas é realizada manualmente ou por processo mecanizado?

Existe serviço de capina e poda no município? É realizado manualmente ou mecanizada?

Qual a frequência de capina e podas? Tem controle de volume coletado (se houver planilha

de controle encaminhar em anexo)?

Existem pessoas especializadas para a poda das árvores?

Como e onde é feito o acondicionamento dos resíduos de limpeza urbana? Qual a

disposição final?

Características:

Da frota de coleta específica (Varrição e poda);

Capacidade de coleta pela frota (cargas/dia, kg/dia);

Condições de conservação;

Quais os problemas operacionais detectados?

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APÊNDICE E

COLETA DE DADOS SOBRE SERVIÇO DE COLETA DE

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD)

Existe coleta diferenciada de RCD no município?

Este serviço é cobrado separadamente?

O serviço de coleta de RCD é realizado pela prefeitura ou terceirizado? Qual a empresa

prestadora do serviço?

Se terceirizada, como foi feito e qual a validade do contrato?

Qual a capacidade (t/dia) de coleta deste tipo de resíduo?

Qual a abrangência e qual a frequência da coleta de RCD?

Qual a rota da frota coletora? Existe planejamento para tal serviço?

Qual a quantidade de containers disponíveis na empresa? E qual a quantidade distribuída

nas ruas?

Qual a taxa média de utilização destes containers?

Existem pontos fixos de containers? Onde estão localizados?

Tem controle do volume coletado mensalmente (se houver planilhas, enviar em anexo)?

O gesso é separado dos demais resíduos? Qual a quantidade mensal coletada?

Onde é feita a disposição final deste material?

Como é feita a coleta dos resíduos de construção e demolição (qual veículo utilizado,

capacidade e quantidade de veículos disponíveis)?

Como é feito e qual o material de acondicionamento dos resíduos de construção e

demolição? Qual a disposição final?

Existem orientações à população quanto ao descarte de outros materiais, como latas de

tinta, pinceis, solventes, lixas, resíduos sólidos urbanos, etc.?

Quais os problemas operacionais detectados?

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APÊNDICE F

COLETA DE DADOS SOBRE SERVIÇO DE COLETA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSI)

O serviço de coleta de RSI é realizado pela prefeitura ou responsabilidade de cada

indústria? Quais as empresas prestadoras deste serviço que atuam no município?

Qual a quantidade de unidades industriais presentes no município (se possível, com CNPJ

de cada uma)?

O licenciamento das atividades industriais é emitido pelo próprio município ou apenas a

nível estadual?

Há controle de quantos estabelecimentos são atendidos por este serviço e geradores deste

tipo de resíduo?

Há controle da massa coletada (classe I e classe II) (se houver planilha de controle

encaminhar em anexo)?

Existem áreas de transbordo?

Quais as formas de tratamento que estes resíduos recebem antes da disposição final?

Quais os problemas operacionais detectados?

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APÊNDICE G

COLETA DE DADOS SOBRE SERVIÇO DE COLETA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSSS)

O serviço de coleta de RSSS é realizado pela prefeitura ou terceirizado? Qual a empresa

prestadora do serviço?

Se terceirizada, como foi feito e qual a validade do contrato?

Quais as áreas atendidas pelo operador e os serviços prestados?

Qual a quantidade de unidades de saúde presentes no município? Quantos

estabelecimentos são atendidos por este serviço e geradores deste tipo de resíduo?

Qual a frequência da coleta de RSSS?

É feita a coleta de todos os tipos A, B, C, D e E dos RSSS?

Possui controle da massa coletada (se houver planilha de controle encaminhar em anexo)?

Como e onde é feito o acondicionamento dos resíduos? Qual a disposição final?

Quais as formas de tratamento que estes resíduos recebem antes da disposição final?

Quais os problemas operacionais detectados?

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ANEXO A

Fonte: Prefeitura de Pinhalzinho