universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo “lato … · a característica peculiar do zopp é a...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIAMENTO DE PROJETOS NAS EMPRESAS
Por: Waldenizio Santos Carrascosa
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIAMENTO DE PROJETOS NAS EMPRESAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Projetos.
Por: . Waldenizio Santos Carrascosa
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que
me deu saúde e perseverança para
percorrer todas as etapas deste longo
caminho; minha esposa e filhos que
contribuíram ativamente para o êxito
deste empreendimento, me apoiando
em todos os momentos desta jornada.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais,
Dionysio e Valdete pelo exemplo de luta,
dedicação e honestidade, alicerces para
minha formação moral e intelectual,
minhas irmãs, Denise e Andréa, pelas
amigas que sempre foram nos
momentos difíceis dessa jornada, minha
esposa, Silvia, pelo exemplo de amor,
dedicação e companheirismo ao longo
destes 24 anos de vida comum, meus
filhos Felipe, Guilherme e Júlio Cesar
pelo carinho e a compreensão que
tiveram nos momentos em que estive
ausente, aos professores pela sua
contribuição intelectual e os meus
companheiros de turma que
colaboraram com a descontração no
momento certo, tornando mais fácil essa
jornada.
5
RESUMO
O propósito desta monografia é esclarecer a pessoas físicas e jurídicas,
responsáveis pelo gerenciamento de projetos em empresas, a importância
desta ferramenta na Gestão Administrativa dos negócios da empresa, no
intuito de agregar valores e benefícios, que se tornarão, no futuro, vantagens
competitivas.
Citamos então alguns fatores que são essenciais para obtenção deste
sucesso, assim como itens importantes para monitoramento e a melhor forma
de monitorar.
Dentre os principais fatores, citamos:
ü Gerente de Projetos – A importância da escolha deste profissional;
ü Comunicação Eficiente – Fatores que influenciam na comunicação;
ü Equipe – A importância de uma equipe competente e coesa;
ü Deficiências na Gestão;
ü Fatores críticos para o sucesso;
ü Indicadores de desempenho.
6
METODOLOGIA
Trabalho de investigação cientifica e crítica sobre os conhecimentos de
Gestão empresarial de projetos através de pesquisa bibliografia e documental
através de analise de livros, revistas, gráficos, jornais e sites específicos
referente a gestão de projetos, alem de materiais específicos das aulas dos
professores Marcelo Viola e Luciana Madeira.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I Histórico da Gestão de Projetos 09
CAPÍTULO II Analise do Tema 13
CAPÍTULO III O Gerente de Projetos 15
CAPÍTULO IV Comunicação Eficiente 17
CAPÍTULO V Competência da Equipe 20
CAPÍTULO VI Deficiências na gestão de projetos 22
CAPÍTULO VII Fatores críticos para o sucesso 25
CAPÍTULO VIII Indicadores de Desempenho 33
CONCLUSÃO 38
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50
ÍNDICE 52
FOLHA DE AVALIAÇÃO 54
8
INTRODUÇÃO
A necessidade de mudança na forma de condução dos negócios
imposta pela crescente competitividade entre as empresas, aponta o
gerenciamento de projeto como uma ferramenta de administração de negócios
capaz de integrar esforços complexos, reduzir burocracias e viabilizar a
implementação de estratégia que permita a sobrevivência de uma empresa
neste ambiente.
Nas organizações, os projetos surgiram para atender demandas do
planejamento estratégico, novas necessidades dos clientes, imposições de
ordenamento legal ou para substituir produtos ou serviços. Em linhas gerais,
projetos agem sob as forças de mercado e têm o objetivo de gerar novos
produtos ou serviços que satisfaçam às expectativas das partes interessadas.
Podemos, então, definir projeto como sendo um empreendimento não
repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com
início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo
conduzido por pessoas, dentro de parâmetros predefinidos de tempo, recursos
e qualidade.
Desta forma, a performance do gerente de projetos, como principal
responsável pelo resultado do projeto, assume, dentro desse contexto, uma
importância fundamental para o sucesso das organizações.
9
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA GESTÃO DE PROJETOS
Até o final dos anos 50 do século passado, os projetos eram
gerenciados de forma empírica, baseado na experiência e na intuição de quem
os conduzia. A partir de então, um grupo de pessoas percebeu, em função das
experiências trazidas da gestão de grandes projetos governamentais, que
existem práticas comuns para gerenciar projetos que podem ser aplicadas em
áreas distintas como, por exemplo, na indústria farmacêutica, aeroespacial, na
construção civil e outras tantas. Além disso, visualizaram que tais práticas
poderiam ser sistematizadas e padronizadas de forma a facilitar o
planejamento, a execução e o controle dos projetos.
A primeira instituição criada para desenvolver uma metodologia própria
foi a International Project Management Association (IPMA), registrada na
Suíça, em 1965. A IPMA é uma associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é
promover internacionalmente o gerenciamento de projetos.
Os membros da IPMA são principalmente associações nacionais
dedicadas ao gerenciamento de projetos, estabelecidas em 33 países,
conforme dados de dezembro de 2005. Estas associações nacionais atendem
às necessidades dos profissionais de gerenciamento de projetos em seus
respectivos países e idiomas, são responsáveis pelo desenvolvimento e
administração de seus próprios programas de certificação e pela implantação
de seus respectivos órgãos de certificação. No Brasil, a Associação Brasileira
de Gerenciamento de Projetos (ABGP) representa oficialmente a IPMA.
Em 1969 foi fundado na Filadélfia, Pensilvânia - EUA, o Project
Management Institute (PMI) que hoje é a principal associação mundial em
gerenciamento de projetos, com mais de 150.000 associados em todo o
mundo. O objetivo principal do Instituto é difundir a gestão de projetos, de
forma a promover a ética e o profissionalismo no exercício desta atividade,
10
visando promover e ampliar o conhecimento existente sobre gerenciamento de
projetos, assim como melhorar o desempenho dos profissionais e
organizações nesta área.
O PMI oferece uma variedade de oportunidades para as organizações,
empresas públicas ou privadas, agências do governo, instituições acadêmicas
e outras associações desenvolverem seus relacionamentos e colaborarem com
PMI no avanço e no desenvolvimento da profissão de gerenciamento de
projetos.
O Brasil foi o primeiro país a constituir um Chapter (Capítulos/Seções)
fora dos Estados Unidos, no início da década de 80. Apesar do interesse já
existente na época e do crescimento significativo do número de associados, o
Chapter Brasil foi destituído em 1984.
Com a nova diretriz de expansão internacional do PMI e o avanço do
gerenciamento de projetos no Brasil, no final dos anos 90 houve uma nova
iniciativa para o estabelecimento de uma entidade nacional voltada para o
tema.
As dimensões continentais do país levaram o PMI a incentivar a
criação de Chapters por estado da nação, a fim de manter o ideal de
congregação dos profissionais.
O primeiro Chapter a se estabelecer no Brasil nesta nova fase foi o
sediado em São Paulo, em 1998. Hoje, além de São Paulo, estão
estabelecidos os seguintes Chapters brasileiros: Bahia, Brasília, Espírito Santo,
Ceará, Goiás, Santa Catarina, Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco,
Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Outra metodologia conhecida mundialmente é a ZOPP, sigla em
alemão de Ziel Orientierte Projekt Planung, que significa "planejamento de
projetos orientado por objetivos” que, normalmente vem acompanhado da
técnica Metaplan.
11
As raízes do método vêm de outra metodologia conhecida, o
LogFRAME (Logical Framework Approach - LFA), criado nos EUA, muito
utilizada em projetos de desenvolvimento. A partir do LFA, a empresa
americana TeamUP desenvolveu o conceito PCM (Project Cycle
Management), que significa Gestão do Ciclo de Projeto, adotado pelo ZOPP, já
que o planejamento é apenas uma etapa do ciclo de vida de um projeto. Do
LogFRAME, o ZOPP herdou uma característica marcante: a construção de
uma matriz lógica, chamada MPP (Matriz do Plano do Projeto). Essa matriz
lógica representa o plano de um projeto e mostra na forma de um trabalho
prospectivo, as ações necessárias para promover as mudanças almejadas.
A característica peculiar do ZOPP é a adoção do enfoque participativo
no decorrer do projeto, o que permite participação efetiva, troca de
informações, experiências e idéias, na construção do consenso, na tomada de
decisão e na gestão de ações planejadas. O método proporciona maior chance
de consecução dos objetivos devido ao maior envolvimento de todos, do
comprometimento de cada um com os resultados e com o desejo de
mudanças orientado pelos objetivos previamente definidos.
Finalmente, vale ressaltar a “gestão de projetos com base em
resultados” - Results Based Management (RBM) ou GPBR. Na verdade, a
RBM é uma metodologia utilizada pela Agência Canadense para o
Desenvolvimento Internacional ACDI/CIDA, que busca aproximar a estratégia
de negócio às pessoas e aos processos, com vistas o obter o resultado pré-
determinado, no menor espaço de tempo possível. Os projetos são orientados
objetivamente para os resultados.
Todas nossas Organizações elaboram e executam projetos. Vale a
pena, portanto, conhecer e, dependendo do interesse, aprofundar o estudo das
metodologias que orientam os gerentes de projeto. Elas não são “receita de
bolo”, mas servem como um valoroso guia para nortear o trabalho da equipe
do projeto, possibilitando que se otimize o tempo, os recursos e a qualidade
dos projetos.
12
Se, eventualmente, a equipe de projeto cometer alguns erros, que
sejam erros novos e não erros antigos. Erros novos podem ser minimizados
adotando uma metodologia já experimentada por outros gerentes e em
projetos semelhantes, pois qualquer uma delas deve delimitar o escopo do
trabalho, minimizar os riscos, facilitar a comunicação, motivar, permitir e
facilitar o trabalho integrado da equipe.
13
CAPÍTULO II
ANÁLISE DO TEMA
O enxugamento dos quadros de pessoal e o aumento da necessidade
de especialização técnica têm levado muitas empresas, a recrutar no mercado,
profissionais por período determinado apenas para a execução de projetos
específicos. Neste contexto, entender o processo de gerenciamento de projeto
tem se tornado vital para organizações, a medida em que mais e mais novos
negócios vão se revestindo da aura de projeto e passam a exigir um cabedal
de técnicas gerenciais que nem sempre estão disponíveis nas empresas.
Um projeto é um empreendimento temporário, com data de início e fim,
cujo objetivo é criar ou aperfeiçoar um produto ou serviço. Gerenciar um
projeto é atuar de forma a atingir os objetivos propostos dentro de parâmetros
de qualidade determinados, obedecendo a um planejamento prévio de prazos
(cronograma) e custos (orçamento). Ou seja, dadas as metas e as restrições
de recursos e tempo, cabe ao gerente de projetos garantir que ele atinja os
objetivos propostos.
Muitas empresas estão adotando a estrutura de projetos no seu dia-a-
dia. Desde a concepção de um novo software até a implantação dos
procedimentos de atendimento a clientes, desde a construção de uma ponte
até a revisão dos processos de venda com vistas a aumentar a taxa de
fechamento de negócios, muitos empreendimentos no seio das organizações
se enquadram na classe de projetos. Nos mais diversos setores, a abordagem
de gerenciamento de projetos está ganhando terreno por permitir um melhor
uso dos recursos para se atingir objetivos bem definidos pela organização.
Sabendo da importância de se gerenciar bem um projeto, vamos ver os passos
que nos levam a melhorar nossas habilidades de gerenciamento de projeto.
14
São inúmeros os problemas que influenciam na gestão dos projetos nas
empresas. Esses problemas são fatores primordiais para o sucesso do projeto,
influenciando diretamente no resultado do mesmo. Cabe o patrocinador do
projeto, escolher profissionais competentes e dar os recursos necessários para
o êxito do projeto. Dentre vários fatores, apontaremos e estudaremos apenas
seis, que são:
ü O Gerente de Projeto;
ü Comunicação Eficiente;
ü Competência da Equipe;
ü Deficiências na Gestão do Projeto;
ü Fatores Críticos para o Sucesso;
ü Indicadores de Desempenho.
Mostraremos então que gerenciando corretamente estes fatores,
teremos grandes probabilidades de êxito nos projetos.
15
CAPÍTULO III
O GERENTE DE PROJETOS
3.1 Importância do Gerente de Projeto
O Gerente de Projetos é a pessoa responsável por definir, planejar,
desenvolver e controlar projetos, atendendo os requisitos de custos, prazos,
qualidade e especificações estabelecidas pelas empresas / clientes além de
suprir necessidades e requisitar recursos humanos. Para um projeto ser bem
elaborado, é preciso que o responsável leve em consideração: o tempo
estimado, o custo previsto, um bom nível de aceitação do cliente,
procedimentos e os aspectos culturais da organização.
“O Gerente de Projetos é reconhecido como um
administrador de um grande número de diferentes
interfaces, com um relacionamento bastante dinâmico
entre si. Para lidar com estas interfaces e com a elevada
responsabilidade inerentes ao cargo, espera-se que este
profissional possua um alto grau de flexibilidade face à
limitada autoridade formal de que pode fazer uso”.
(SBRAGIA, MAXIMIANO & KRUGLIANSKAS, 1986,
PÁGINA 24).
3.2 Principais características do Gerente de Projeto
As principais características de um Gerente de Projeto são a
versatilidade e a comunicação. Através da comunicação o Gerente informa a
todas as partes interessadas no projeto o andamento do mesmo, podendo
intervir nas partes que estejam fragilizadas, e a sua versatilidade faz com que
ele consiga remanejar os recursos necessários a serem utilizados no projeto.
16
Outras características importantes a um Gerente de Projeto são:
ü Ter flexibilidade;
ü Conhecer os aspectos políticos da empresa;
ü Ter bom relacionamento interpessoal;
ü Ter visão sistêmica;
ü Ter uma boa experiência do mercado competitivo;
ü Conhecer e desenvolver bem as metodologias e ferramentas do GP;
ü Ser organizado;
ü Saber avaliar o desempenho de sua equipe e motivá-la, sempre que
necessário;
ü Saber emitir relatórios de desempenho das fases do projeto;
ü Não ser avesso a mudanças;
ü Ser Criativo e Pró-ativo.
É indispensável que o Gerente de Projetos esteja capacitado no intuito
de evitar possíveis falhas no projeto.
Figura 1 – Algumas das características importantes do Gerente de Projetos
(Fonte: VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG. 25)
17
CAPÍTULO IV
COMUNICAÇÃO EFICIENTE
4.1 Definição de Comunicação na Gestão de Projetos
A Comunicação na Gestão de projetos estão inclusos os processos
necessários para assegurar que as informações dos projetos sejam geradas,
coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira
oportuna e apropriada.
4.2 Gerente de Projetos e a comunicação
O gerente de projetos deve ser a pessoa mais comunicativa podendo
utilizar-se de um tempo excessivo para isto, afim de alinhar a comunicação
através das informações, necessidades e expectativas do seu cliente e
patrocinador, filtrando e repassando na linguagem comum aos analistas e
desenvolvedores, ou seja, ligação direta com todas as partes interessadas.
O Gerente de Projetos deve desempenhar 6 ações para garantir uma
boa comunicação na equipe, que são:
ü Ser um comunicando eficaz;
ü Ser um facilitador na comunicação;
ü Evitar bloqueios de comunicação;
ü Empregar uma matriz justa;
ü Estabelecer local apropriado a comunicação;
ü Fazer reuniões eficazes.
18
4.3 A Importância de uma Comunicação Eficiente
“A coisa mais importante na comunicação é ouvir o que
não foi dito.” PETER F. DRUCKER, 2001, PÁG. 4
Grandes problemas na gestão de projetos estão diretamente associadas
a “falha” de comunicação entre os membros da equipe. Segundo o PMI, (2002)
os gestores de projetos dedicam 90% do seu tempo na aquisição e
transmissão de informações. Devido a isso, focarei alguns tópicos importantes
na comunicação.
ü Definição de comunicação na Gestão de Projetos;
ü Plano de comunicação;
ü Bloqueio na comunicação;
ü O Gerente de Projetos e a comunicação.
4.4 Plano de Comunicação
Plano de Comunicação é a arte e ciência de alcançar um público alvo
usando canais de comunicação de marketing como publicidade, relações
públicas, experiências ou correio direto, por exemplo. Ele preocupa-se com a
decisão de quem é o alvo, quando com qual mensagem e como.
O plano de comunicação serve como um guia para a comunicação e
para os esforços de patrocínio durante a duração do projeto. É um documento
ativo e é atualizado periodicamente à medida que o público se altera. Ele
explica como transmitir a mensagem correta, do transmissor ao público
corretos, através do canal e tempo corretos. Ele endereça os seis elementos
básicos das comunicações: transmissor, mensagem, comunicação, canal de
comunicação, mecanismo de feedback, receptor/público e quadro de tempo.
19
É um diagnóstico atual da comunicação de uma empresa, apontando os
riscos e oportunidades e apresentando sugestões de melhoria. Cada situação
pode requerer uma estrutura de planejamento diferenciada.
Figura 2 – Análise de Informações importantes para determinar os requisitos da comunicação.
(Fonte: VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG. 23)
4.5 Bloqueios de Comunicação
A presença de bloqueios na comunicação pode permitir o aumento de
conflitos no projeto. O PMI reconhece as seguintes barreiras de comunicação:
ü Falta de canais claros na comunicação;
ü Distância física ou temporal entre o emitente e o receptor;
ü Dificuldades na linguagem técnica;
ü Distração com fatores ambientais (ruídos);
ü Atitudes indevidas;
ü Respostas negativas que aniquilam ou inibem idéias inovadoras.
20
CAPÍTULO V
COMPETÊNCIA DA EQUIPE
Existe uma relação direta entre algumas habilidades das pessoas
envolvidas em um projeto, e o sucesso alcançado.
Os processos e metodologias que são usados pelas empresas para
gerenciar projetos são extremamente importantes para aumentar a
probabilidade de sucesso, mas por si só não o garantem. É simples entender,
pois os projetos, processos e metodologias só fazem sentido se realizados por
pessoas, sendo estas em última análise que determinarão o sucesso ou falha
dos mesmos. Haverá maior probabilidade de sucesso em um projeto com uma
equipe capacitada e com as habilidades exploradas, mesmo não havendo
nenhum processo formal instituído para a gestão do mesmo, do que em um
projeto conduzido com base em metodologia e ferramentas modernas, porém
por pessoas que não possuam tais habilidades.
O método aqui proposto baseia-se na evolução da maturidade no
processo de gestão.
Será considerada não só a maturidade dos processos, mas também a
questão da evolução da maturidade das pessoas envolvidas com o projeto,
denominadas stakeholders e, principalmente, do respectivo gestor. Serão
descritas as ações que deverão ser tomadas para que os stakeholders possam
desempenhar suas funções com eficácia, obtendo-se assim melhores
resultados para o projeto.
Considera-se a existência de duas vertentes de maturidade a serem
obtidas, que são:
Vertente Mecânica – Composta da parte tecnicista da gestão, que é formada
pelos processos, metodologias, ferramentas, modelos e formulários que devem
ser seguidos para que sejam mantidos os controles necessários ao atingimento
dos objetivos do projeto.
21
Vertente Orgânica – Composta da parte humana de quem intervém nos
processos dos projetos – os stakeholders - formada, entre outras, pelas
habilidades de comunicação, motivação, negociação, administração de
conflitos, limites de stress e de liderança. Estas habilidades são necessárias
em qualquer projeto e devem ser inerentes aos seus gestores.
As características dos stakeholders são fundamentais para o sucesso
do projeto, porém um stakeholder especial em um projeto é o gestor. Esta
figura representa o elo central e tem por atribuição fazer com que todos os
outros stakeholders desempenhem seus papéis nas melhores condições
possíveis e que o projeto gere seus produtos ou serviços dentro do prazo,
custo e qualidade esperados. Por esta razão especial é que se deve focar a
metodologia nas funções e habilidades mecânicas e orgânicas do gestor de
projetos.
22
CAPÍTULO VI
DEFICIÊNCIAS NA GESTÃO DE PROJETOS
Inúmeros fatores influenciam diretamente para um fracasso de um
projeto.
O gerente, como responsável direto pelo projeto, tem que ter a
percepção para Identificar em cada etapa, as deficiências que estejam
impactando negativamente, e assim trabalhá-las, de forma que tais itens não
sejam fatos negativos na referida gestão.
Executar projetos dentro do prazo e orçamento previsto, atender à
qualidade especificada e satisfazer às expectativas da empresa proprietária do
projeto são os indicadores de sucesso na administração de projetos.
Quando não atendidas estas metas, é provável que ocorram alguns
erros fatais na condução do projeto. Examinemos os erros mais frequentes:
Ø Falta de Visão e Planejamento Estratégico
A visão global de como implantar o projeto deverá preceder de um
planejamento detalhado e medidas de implementação. Quando falta o "Plano
Estratégico de Implantação de Projeto", a probabilidade é grande de o projeto
enfrentar sérias dificuldades.
Ø Miopia Gerencial
A visão gerencial deverá ser voltada para dentro e fora do projeto, pois há
inúmeros fatores aparentemente externos que influenciam fortemente no
andamento dos mesmos. Por exemplo: aspectos políticos (empresarial, grupos
de pressão etc.), fatores ambientais, movimentos de classe, interesses
adversos ao projeto etc.
23
Ø Pouco Ênfase em Treinamento
O sucesso da equipe de projetos depende de suas habilidades técnicas e
interpessoais. Normalmente estas habilidades precisam ser aprimoradas. Para
tal é preciso treinar a equipe internamente (tipo "on the job") ou em cursos
externos, visando desenvolver técnicas do seguinte tipo:
· Conceitos de Administração de Projetos
· Planejamento Estratégico e Detalhado
· Administração de Conflitos: Orçamentos e Controle de Custos
Ø Omissão Gerencial por Falta de Autoridade
O gerente/coordenador do projeto possui toda autoridade necessária para
fazer seu projeto atingir os objetivos, mesmo que possa lhe faltar autoridade
formal. Para tal é preciso explorar autoridade implícita, através da competência
e habilidade gerenciais. A falta de autoridade formal (bastante comum) não
pode impedir que o gerente/coordenador, através de negociação, articulação,
persuasão e motivação, consiga atingir os objetivos previstos.
Ø Gerenciamento Inadequado do "Ciclo de Vida" do Projeto
A atuação gerencial em projetos deve variar em função do estágio em que o
projeto em questão se encontra. Um enfoque único do início ao fim será
desastroso. A abordagem gerencial deve ser ajustada para atender às
necessidades peculiares das fases distintas de conceituação, planejamento,
desenvolvimento, implantação e geração.
Ø Falta de Desempenhar o papel "Agente de Mudança"
Administrar projetos equivale a dizer gerenciar mudança. É através da tomada
de iniciativa que se gerencia mudança e se implanta projetos. É preciso
quebrar a inércia, tomar decisões corajosas, ultrapassar barreiras, agir com
oportunismo. O líder do projeto e seus auxiliares-chave, portanto, precisam
vestir a camisa do verdadeiro agente de mudança.
24
Ø Dimensionamento Inadequado de Sistemas de Controle
Excesso de controle, ou falta do mesmo, são falhas comuns no gerenciamento
de projetos. Os sistemas devem ser de comprovada aplicabilidade, isto é, já
utilizados em outros projetos com sucesso, e de fácil uso e manipulação. A
supervalorização ou subestimação do sistema de controle pode distorcer o
rumo do projeto.
Ø Falta de Apoio Superior
O projeto bem sucedido depende de "cobertura" e apoio superior. O
gerente/coordenador/líder deverá contar com pessoas que podem agir em
termos políticos e empresariais a favor do projeto. Este apoio deve ser dado
através de um "Conselho de Projeto", composto de pessoas que possam
influenciar grupos ligados ao projeto ou, ainda, na pessoa de um dirigente de
nível na empresa. A iniciativa de articular o apoio superior poderá partir da alta
administração ou do gerente do projeto.
Ø Falta de Integração da Equipe
É a equipe entrosada que consegue atingir metas do projeto. A equipe não
integrada, mesmo sendo composta por grandes valores individuais, dificilmente
produzirá a sinergia necessária para bem implantar um projeto. É preciso
investir em programas de integração e treinamento. Tenho observado estes
erros fatais em projetos nos campos de engenharia, construção, informática e
novos produtos. Em todos os campos de atividades, no entanto, podem ser
evitados.
A rigor, o primeiro erro – "falta de visão e planejamento estratégico" – dá
margem aos demais pecados se apresentarem. Através da visão estratégica
global para o campo de implantação, poderão ser previstas as medidas e
ações gerenciais necessárias para evitar que sejam cometidos os demais erros
mortais.
25
CAPÍTULO VII
FATORES CRÍTICOS PARA O SUCESSO
Podemos monitorar os entraves através de indicadores que
demonstrarão em que fase está o projeto referente às metas estabelecidas, de
forma a ter êxito no projeto. Mas, o que é um indicador?
Indicador - Recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo
sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se
processando na mesma.
Indicador - Parâmetros qualificados e/ou quantificados que servem para
detalhar em que medida os objetivos de um projeto foram ou serão
alcançados, dentro de um prazo limitado de tempo e numa localidade
específica.
Indicam mais não são a própria realidade – baseiam-se em uma variável, ou
seja, algum aspecto que varia de estado ou situação, fenômeno que interessa.
A realidade e sua totalidade são impossíveis conhecer.
“Na prática, nem sempre o indicador de maior validade é o mais confiável; nem sempre o mais confiável é o mais inteligível; nem sempre o mais claro é o mais sensível; enfim, nem sempre o indicador que reúne todas estas qualidades é passível de ser obtido na escala espacial e na periodicidade requerida“.
(JANNUNZZI, MELLO, TIBAU e ARRUDA, 2003, PÁG. 9)
7.1 Indicadores de Gerenciamento de projetos
Indicadores de projetos são instrumentos de avaliação que permitem
comprovar empiricamente (com base na experiência e observação) e com
objetividade a progressão de uma ou varias dimensões de um projeto diante
das metas pré-estabelecidas.
26
Os indicadores de monitoração devem ser definidos na fase de
planejamento, possibilitando na execução do projeto, medir e avaliar o avanço
e as variações daquilo que se observa diante do planejado.
Um indicador atende a dois requisitos: permitir comparações históricas
para se avaliar as variações ocorridas e permitir estabelecer prognósticos
(projeções).
Dentre os indicadores os mais utilizados são:
ü Satisfação do patrocinador do projeto;
ü Planejamento e efetividade da comunicação do projeto;
ü Gestão de riscos.
7.2 Satisfação do patrocinador do projeto
Não adianta o projeto ser concluído no prazo e dentro do orçamento se
o patrocinador não der o aceite final, se na sua visão o projeto não atendeu
aos requisitos com o padrão de qualidade esperado. Essa visão pode acarretar
litígios entre empresas, pois muitas vezes, o escopo do projeto foi mal definido
e assim segue durante todo o seu percurso, quando ao final a crise eclode.
Então, no decorrer do projeto, monitora-se a satisfação do patrocinador,
que pode ser realizado através de pesquisa. A metodologia aplicada é:
ü Elaborar questionário definindo o que se quer medir e como realizar a
medição;
ü Criar escalas quantitativas, definir pesos, estabelecer grupos de
questões e definir metas;
ü Realizar a pesquisa de modo presencial ou não, coleta de dados;
ü Calcular o indicador de satisfação, com base nas respostas do
patrocinador e nos pesos definidos;
ü Elaborar indicadores dos grupos de perguntas;
ü Analisar os resultados.
27
7.3 Planejamento e efetividade da comunicação do projeto
A comunicação é um dos elementos mais importantes no sucesso do
projeto, pois envolve a distribuição de informações as todas partes
interessadas, a equipe, o patrocinador, o usuário final, o fornecedor, a
comunidade e até a mídia.
A forma mais eficaz de realizar a comunicação é através de reuniões.
Existem 05 tipos diferentes de reunião, que são:
a) De inicio ou lançamento do projeto (kickoff meeting);
b) De progresso ou avanço do projeto;
c) De conclusão de fase;
d) De encerramento do projeto;
e) Executiva (com o patrocinador).
a) De inicio ou lançamento do projeto (kickoff meeting)
ü Tem como finalidade apresentar a todos os participantes os objetivos e
metas a serem atingidas;
ü divulgar o cronograma de atividades;
ü as responsabilidades de cada um;
ü os principais riscos;
ü Os Procedimentos operacionais (relatórios de despesas e de horas).
As boas práticas recomendam fazer ao final da reunião um coquetel. È
indispensável a presença do patrocinador.
b) De progresso ou avanço
ü Realizada conforme periodicidade previamente definida ou em função
das necessidades identificadas pelo gerente;
ü Deve ter data, local, horário, duração, pauta previamente definido;
ü Devem participar somente os profissionais que exerçam papel de
coordenação ou líder de frente de trabalho;
ü A presença de todos os participantes se mostra pouco viável com
tendência a se discutir minúcias e perder o foco da reunião;
28
ü Utilizada para discutir cronogramas, identificar ações corretivas e
preventivas seja da área de recursos humanos, de gestão da
qualidade, relatórios, deliveries;
ü Devem ser obrigatoriamente documentadas de forma objetiva e
registrar as principais decisões tomadas e ações pendentes com os
respectivos responsáveis e prazos.
c) De conclusão de fase
ü Oficializar a conclusão de uma fase, permitindo visão coletiva do
caminho percorrido;
ü Planejar e organizar a realização de avaliações individuais dos
integrantes do projeto ou até da fase que foi concluída (satisfação do
patrocinador).
d) De encerramento do projeto
ü Oficializar a finalização do projeto e a transferência de comando para o
usuário líder;
ü Revisar os resultados finais do projeto e seus desdobramentos frente
aos objetivos planejados;
ü Envolver as partes interessadas e os usuários para garantir a efetiva
passagem do bastão.
e) Executiva
7.4 Gestão de riscos
Os Riscos de projeto são um conjunto de eventos que podem ocorrer
sob a forma de ameaças ou de oportunidades que, caso se concretizem,
influenciam o objetivo do projeto, negativamente ou positivamente.
A noção de risco é diversa, e muda conforme a origem da metodologia
de gestão de risco. Na metodologia Risk Mangement Guide for DOD
Acquisition (2002), o risco é definido como sendo “d a atenção dirigida à
ocorrência de eventos futuros, cujo exato resultado é desconhecido, e com a
29
forma de lidar com essa incerteza, i.e., a amplitude de possíveis resultados.
Inclui o planejamento, identificação e análise de áreas de risco e o
desenvolvimento de opções para lidar e controlar o risco.”. Porém outro tipo de
definições, igualmente abrangentes, podemos encontrar em manuais
publicados pela US Project Management Institute (PMI) e pela UK Association
for Project Management (APM), embora muito semelhantes entre si:
ü Risco – evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito
positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto, como
tempo, custo ou qualidade – (PMI, PMBOK Guide, 2004, PÁG. 238);
ü Risco – determinado evento ou conjunto de circunstâncias que, ao
ocorrerem, terão efeito sobre a concretização dos objetivos do
projeto (APM, 1997, PÁG.16);
O gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos que tratam da
realização de identificação, análise, respostas, monitoramento, controle e
planejamento do gerenciamento de riscos em um projeto; a maioria desses
processos é atualizada durante todo o projeto. Os objetivos do gerenciamento
de riscos do projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos
positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos ao
projeto.
A necessidade de gerenciar riscos decorre, principalmente, da
consciência de existência de fatores, internos ou externos ao projeto, cujo
desencadeamento, ao longo do seu ciclo de vida, podem fazer alterar o
objetivo do mesmo. A identificação desses fatores e/ou das suas causas
constitui, em uma das etapas fundamentais, de qualquer metodologia de
gestão dos riscos. O tipo de risco, a sua probabilidade de ocorrência, ou o seu
impacto sobre o projeto, variam ao longo do ciclo de vida do mesmo, sendo por
isso necessário proceder-se à identificação dos riscos, em todas as suas
fases.
30
Os processos de gerenciamento de riscos do projeto incluem os
seguintes:
Planejamento do gerenciamento de riscos – decisão de como abordar,
planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto.
Identificação de riscos – determinação dos riscos que podem afetar o projeto
e documentação de suas características.
Análise qualitativa de riscos – priorização dos riscos para análise ou ação
adicional subseqüente através de avaliação e combinação de sua
probabilidade de ocorrência e impacto.
Análise quantitativa de riscos – análise numérica do efeito dos riscos
identificados nos objetivos gerais do projeto.
Planejamento de respostas a riscos – desenvolvimento de opções e ações
para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do
projeto.
Monitoramento e controle de riscos – acompanhamento dos riscos
identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação dos novos
riscos, execução de planos de respostas a riscos e avaliação da sua eficácia
durante todo o ciclo de vida do projeto.
Figura 3 – Interação dos Riscos com os processos
(Fonte: MADEIRA, LUCIANA, 2011, PÁG. 10)
31
Esses processos interagem entre si e também com processos de outras
áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver o esforço de uma ou
mais pessoas ou grupos de pessoas, com base nas necessidades do projeto.
Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e também
em uma ou mais fases do projeto, se ele estiver dividido em fases.
O risco do projeto é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá
um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto, como
tempo, custo, escopo ou qualidade. Se qualquer um desses eventos incertos
ocorrer, poderá haver um impacto no custo, cronograma ou desempenho do
projeto. As condições de risco podem incluir aspectos do ambiente da
organização ou do projeto que podem contribuir para o risco do projeto, como
práticas deficientes de gerenciamento de projetos, falta de sistemas de
gerenciamento integrados, vários projetos simultâneos ou dependência de
participantes externos que não podem ser controlados.
O gerente de projetos precisa conscientizar todos os colaboradores
envolvidos no projeto, que os riscos precisão ser monitorados por todos para
que as ações corretivas sejam iniciadas de forma pró-ativa. Uma identificação
eficaz de todos os possíveis riscos e o planejamento de como reagir a cada um
deles é fator determinante para o sucesso de um projeto. No caso de ocorre
eventos não identificados como risco, mas que no momento interferiu em
algum dos objetivos do projeto, cabe ao gerente de projetos agir de forma
rápida na eliminação ou minimização dos impactos negativos no projeto.
“Gerenciar riscos envolve a tomada de decisões em ambiente incerto, complexo e dinâmico”.
(CARLOS EDUARDO GARCIA SEVILHANO, 2005, PÁG. 05)
32
Figura 4 – Espectro de incertezas referente aos riscos.
(CARLOS EDUARDO GARCIA SEVILHANO, 2005, PÁG.10)
33
CAPÍTULO VIII
INDICADORES DE DESEMPENHO
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”
(WILLIAN DEMING, 2005, PÁG. 04)
8.1 Indicadores de Desempenho
O processo de medição é indispensável para qualquer organização de
sucesso, para Takashina (1999, PÁG.1) os indicadores da qualidade e
desempenho tornam-se alicerce para a gestão por fatos. Nesse contexto,
define-se o indicador como representações quantificáveis das características
de produtos e processos, sendo assim, são utilizados para melhoria da
qualidade e desempenho de um produto, serviço ou processo, ao longo do
tempo.
Os indicadores surgem como auxiliadores nas tomadas de decisões,
onde fundamentam as argumentações mediante o fornecimento das
informações (ou métricas) dos processos, em outras palavras, proporcionam
as evidências aos gestores. Por outro lado, Takashina (1999, PÁG. 8)
relaciona o uso do PDCA, como instrumento de decisão gerencial para
planejamento e controle dos processos.
Para criação de um indicador, recomenda-se observar os seguintes
critérios: seletividade ou importância, simplicidade e clareza, abrangência,
rastreabilidade e acessibilidade, comparabilidade, estabilidade e rapidez de
disponibilidade e baixo custo de obtenção. Após a geração de um indicador,
atribui-se uma meta, a qual consiste na determinação de um valor pretendido
ao indicador em determinadas condições. Esta meta deve estar relacionada
diretamente as estratégias da organização. Para sucesso na criação dos
indicadores, faz-se necessário o desdobramento até o nível da estação de
34
trabalho, visando proporcionar um maior controle no processo de
acompanhamento das metas.
Em outras palavras, uma meta no nível estratégico é tratada de forma
genérica, portanto, com o desdobramento surgirão várias metas em outros
níveis inferiores. Takashina (1999, PÁG. 34) descreve que “o desdobramento
dos indicadores e metas pode ser realizado para qualquer tipo de indicador”. O
agrupamento por sua vez, percorre o caminho inverso do desdobramento,
buscando medir o resultado do valor obtido, no contexto global da organização.
Segundo Takashina (1999, PÁG. 56) “a análise consiste em extrair dos
dados e resultados o seu mais amplo significado, para apoiar a avaliação do
progresso, as tomadas de decisões nos vários níveis da empresa...”. Além
disso, o acompanhamento dos indicadores pode ocorrer por comparações (ou
benchmarking) internas ou externas, observando-se a correlação e relações
das causas e efeitos entre os indicadores.
Podemos demonstrar o desempenho de um projeto através de diversos
indicadores. Porém, 02 deles são vitais para o sucesso do projeto:
ü Desempenho do Custo;
ü Desempenho do Prazo.
Focaremos estes 02 indicadores neste estudo.
8.2 Desempenho de custos do projeto
Gerenciar custos não é somente orçar projetos, é viabilizá-los.
Gerenciamento de custos começa na criação do projeto, nos primeiros
estudos de viabilidade, onde o nível de precisão geralmente é de ordem de
grandeza.
Nosso objetivo é alcançar uma estimativa ou orçamento que seja definido em
detalhamento de projeto.
35
Passo a passo com o fluir da idéias, a criação vai se deparando com
impossibilidades técnico-executivas, e com inviabilidades técnico-econômicas.
Ø Viabilidade de Execução
A empreitada, independentemente de seu porte, nasce de uma vontade
de se reformar, modificar, acrescentar ou construir algo. Os recursos
disponíveis, muitas vezes criam falsas expectativas, em termos do que se pode
realizar.
É fundamental para qualquer projeto, um estudo que vai quantificar o
montante de gastos a serem despendidos, uma grandeza de preços. A
viabilidade começa aqui, onde técnicas e métodos de construção, juntamente
com os materiais especificados para os serviços, geram estimativas que vão
ser confrontadas com os recursos envolvidos.
O desenvolvimento de um projeto deve atingir um nível que se permita
calcular uma estimativa definida, onde plantas específicas e detalhes vão
possibilitar controle de custos razoáveis. A sofistificação e a urgência de
prazos vão ser fatores básicos para se determinar o grau de precisão de um
trabalho.
Ø Custo-resultado
A questão do suposto custo-benefício, muito em voga nos dois decênios a
partir de meados de 1960, argumentava que os custos, de certa forma,
independiam de uma análise de sua estruturação, pois se o empreendimento
gerava emprego, gerava negócios, a contrapartida do real objeto principal do
investimento (da obra, da construção, da reforma, etc.), fica relegada a um
segundo plano. É distorcida esta visão, pois o empreendimento prescinde de
real planejamento, com objetivos claros, pois as funções agregadas e
secundárias são, sem dúvidas extremamente importantes, não podendo
preponderar sobre o objetivo econômico e social do investimento, pois sendo
assim, o ciclo construtivo se fecha por si só. Esta é uma das causas de tantas
obras inacabadas, construída de forma precária e sem contemplar qualquer
função econômica. O correto é o custo-resultado, o único que vai trazer reais
36
benefícios, dentro de uma abordagem macro-econômica (custo-
resultado/resultado final).
8.3 Desempenho de prazos;
Como em todos os projetos, planejamento e visão amplos são requisitos
para o sucesso, mas, também é necessário um delicado equilíbrio na hora de
implantar os aperfeiçoamentos tecnológicos, ao mesmo tempo em que as
operações do dia a dia não devem ser afetadas. De fato, é nesse último
aspecto que muitos projetos acabam tendo problemas, pois os negócios do dia
a dia, apesar de parecerem rotina, podem guardar muitas surpresas.
Esteja você instalando aplicações novas, ou melhorando as já
existentes, a implantação do seu projeto de considerar não apenas o tempo e
a mão de obra necessária para a tarefa, mas, também, problemas
inesperados, como alguém da equipe ficando doente, brechas de segurança e
até mudanças repentinas nas necessidades da empresa. É aí que o
"gerenciamento" em si entra.
Projetos bem-gerenciados devem se operações temporárias com início
e término bem-definidos e com um objetivo no meio, para trazer uma
inquestionável adição de valor para sua companhia ou clientes. Observando
algumas causas comuns para atrasos de projetos, é fácil evitá-los. Utilizando
como base as lições apreendidas, temos 04 itens importantes para este
sucesso, que são:
Ø Planejar de acordo com o mundo real
O pior jeito de começar um projeto é se basear em prazos excessivamente
otimistas e/ou uma equipe muito pequena. Identifique primeiro os menores
detalhes do seu projeto e faça uma programação para colocar as pessoas
certas nas tarefas certas dentro de prazos realistas. O resultado final do
projeto não deve ser um enigma. Você deve conseguir visualizá-lo claramente,
a partir do primeiro dia.
37
Ø Mantenha-se no que foi planejado
Situações comuns é alguém inventar tarefas correlatas extras, pelo caminho.
Mostrar ambição é bom, mas permitir esse tipo de "fuga do foco" irá, na melhor
das hipóteses, causar problemas, e na pior, colocar você numa situação em
que o projeto cresce além do esperado e estoura o seu orçamento e a sua
reputação.
Ø Seja claro
No meio das pressões de manter o orçamento e o prazo, a clareza é,
freqüentemente, a primeira vítima. Não deixe isso acontecer nas suas linhas de
comunicação. Mal entendidos custam tempo, então, vale a pela dividir
claramente as tarefas e funções desde o início, para evitar trabalho duplicado.
Esteja preparado para repetir e atualizar as coisas conforme o necessário,
durante a duração do projeto.
Ø Negócio arriscado
Mudanças tecnológicas podem ser arriscadas, fato que deve ser aceito, não
ignorado. Ter um "plano B" para o projeto é uma obrigação, para se proteger
contra quaisquer erros humanos e tecnológicos que possam afetar
negativamente seus prazos. Certifique-se de você tenha um rascunho claro do
plano e, se houver erros, anote-os, isso irá ajudar você a evitá-los no futuro e,
assim, talvez permitam um melhor gerenciamento do tempo.
38
CONCLUSÃO
A gestão de projetos é um processo complexo que exige, a cima de
tudo, comprometimento de todos os envolvidos e mudança comportamental da
organização.
As organizações, geralmente, não estão maduras o suficiente para
utilizar este gerenciamento como uma ferramenta eficaz ao seu favor, pois
muitas das vezes, é necessário capacitar e motivar seus funcionários para que
eles possam utilizar todo o seu potencial, positivamente, a favor da
organização.
Então, o Gerente de projetos tem que ser o divisor de águas neste
processo, para informar ao patrocinador, o quanto um investimento na
capacitação de um funcionário, por exemplo, é importante para o sucesso do
projeto.
O gerente do projeto deve se manter alerta e flexível com os
acontecimentos do dia-a-dia mas deve estar sempre se reportando ao plano
inicial para não perder o controle do seu projeto.
A principal qualidade do gerente de projeto é ter boa comunicabilidade
com todas as pessoas e em todos os setores da organização. Ele é o ponto
focal das informações que nele convergem e que deverá processar e divulgar
para todo o restante da equipe.
Então, qual a formula a ser utilizada para gerenciar eficazmente um
projeto? Esta formula, não existe, mas sabemos que o grande segredo é
envolver a equipe, clientes e fornecedores de tal forma que todos se sintam
diretamente responsáveis pelo sucesso do projeto.
39
Partindo, portanto, da visão global na administração de projetos, podemos
utilizar as lições apreendidas em projetos semelhantes de forma que, com esta
experiência favorável, possamos minimizar os erros, e com isso aumentar
substancialmente a probabilidade de realizar um projeto bem sucedido, que
consiste em atender os prazos e custos previstos, atender à qualidade
especificada pelo cliente e à plena satisfação do dono do empreendimento, o
patrocinador.
40
ANEXOS
Índice de Figuras
Figura 1 Características importantes ao Gerente de projeto 16
Figura 2 Análise de informações importantes para determinar os requisitos da comunicação 19
Figura 3 Interação dos riscos com os processos 30
Figura 4 Espectros de incertezas referentes aos riscos 32
41
ANEXOS
Índice de Anexos
Anexo 1 Modelo de Matriz de Comunicação – VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG.17 42
Anexo 2 Modelo de Plano de Indicadores - MADEIRA, LUCIANA, 2011, PÁG. 13 43
Anexo 3 Modelo de Plano de Análise de Riscos - MADEIRA, LUCIANA, 2011, PÁG. 10 44
Anexo 4 Modelo de Relatório de Desempenho - VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG. 55 47
Anexo 5 Check list do Gerenciamento de Projetos - VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG. 39 48
42
ANEXO 1
(VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG.17)
43
ANEXO 2
Modelo de Plano de Indicadores
INDICADOR DE CUSTOS (CPI)
INDICADOR DE PRAZOS (SPI)
INDICADOR DE SATISFAÇÃO
PATROCINADOR (ISP)
INDICADOR DE PLANEJ E EFETIV COMUNICAÇÃO
(IPEC)
INDICADOR DE GESTAO DE RISCOS (IGR)
RATING GERAL
1 verde verde verde verde verde verde2 verde verde verde verde amarelo verde3 verde verde verde verde vermelho vermelho4 verde verde verde amarelo verde verde5 verde verde verde amarelo amarelo amarelo6 verde verde verde amarelo vermelho vermelho7 verde verde vermelho verde verde vermelho8 verde verde vermelho vermelho vermelho preto
Verde – Risco Baixo
Amarelo – Risco Médio
Vermelho – Risco Alto
(LUCIANA, MADEIRA, 2011, PÁG.13)
44
ANEXO 3
45
ANEXO 3 – Continuação
46
ANEXO 3 – Continuação
(MADEIRA, LUCIANA, 2011, PÁG.10)
47
ANEXO 4
(VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG.55)
48
ANEXO 5
49
ANEXO 5 - CONTINUAÇÃO
(VIOLA, MARCELO, 2011, PÁG.39)
50
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Madeira, Luciana – Aula de Gerenciamento de Indicadores de Projetos, Rio de
Janeiro, 2011
Sevilhano, Carlos Eduardo Garcia – Gerenciamento de Riscos, Santos, 2010
Takashina, Newton Tadachi – Indicadores da Qualidade e do Desempenho,
Rio de Janeiro, 1999
Valarelli, Leandro Lamas – A Gestão de Projetos e a Construção e Uso de
Indicadores, Rio de Janeiro, 2005
Viola, Marcelo – Aulas de Gerenciamento da Comunicação e Gerenciamento
de Recursos Humanos, Rio de Janeiro, 2011
51
WEBGRAFIA CONSULTADA
http://www.100porcento.srv.br/conhecimento/entrevistas/Ralenca1.html -
Acesso em 23/08/11
http://www.aecweb.com.br/artigo/gerenciamento-de-obras/1251/silvio-
melhado/escopo-de-servicos-para-coordenacao-de-projetos.html - Acesso em:
11/09/11
http://www.ksc.com.br/index.php/gerencia-de-projetos/duvidas-gerencia-de-
projetos.html - Acesso em: 11/09/11
http://www.wthreex.com/rup/process/workers/wk_projm.htm - Acesso em:
19/09/11
http://sisnema.com.br/Materias/idmat015352.htm - Acesso em 19/09/11
http://www.pmipe.org.br/v2/html/ - Acesso em 19/09/11
http://pmkb.com.br/artigos-mainmenu-25.html - Acesso em 19/09/11
http://www.issoe.com.br/issoe/index.php/simulado-pmpcapm.html - Acesso em 19/09/11
http://www.gerenciamentodeprojeto.com/2009/09/ola-amigos-redatores-e-
leitores.html em 07/12/11
http://www.pmi.org.br/ - Acesso em 20/12/11
52
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA GESTÃO DE PROJETOS 9
CAPÍTULO II
ANALISE DO TEMA 13
CAPÍTULO III
O GERENTE DE PROJETOS 15
3.1 – Importância do Gerente de Projetos 15
3.2 – Principais Características do Gerente de Projetos 15
CAPÍTULO IV
COMUNICAÇÃO EFICIENTE 17
4.1 – Definição de Comunicação na Gestão de Projetos 17
4.2 – Gerente de Projetos e a Comunicação 17
4.3 – A Importância de uma Comunicação Eficiente 18
4.4 – Plano de Comunicação 18
4.5 – Bloqueio da Comunicação 19
CAPÍTULO V
COMPETÊNCIA DA EQUIPE 20
53
CAPÍTULO VI
DEFICIENCIAS NA GESTÃO DE PROJETOS 22
CAPÍTULO VII
FATORES CRITICOS PARA O SUCESSO 25
7.1 – Indicadores de Gerenciamento de Projetos 25
7.2 – Satisfação do Patrocinador 26
7.3 – Planejamento e Efetividade da Comunicação do Projeto 27
7.4 – Gestão de Riscos 28
CAPÍTULO VIII
INDICADORES DE DESEMPENHO 33
8.1 – Indicadores de Desempenho 33
8.2 – Desempenho de Custos dos Projetos 34
8.3 - Desempenho de Prazos dos Projetos 36
CONCLUSÃO 38
ANEXOS DE FIGURAS 40
ANEXOS 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50
WEBGRAFIA CONSULTADA 51
ÍNDICE 52