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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES – UM DESAFIO A SER ALCANÇADO PELAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS Por: Vera Lúcia Teixeira Pereira Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES – UM DESAFIO A SER

ALCANÇADO PELAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS

Por: Vera Lúcia Teixeira Pereira

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES – UM DESAFIO A SER

ALCANÇADO PELAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos

Por: . Vera Lúcia Teixeira Pereira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu pai, sempre amoroso e

dedicado, à minha irmã pela amizade e

companheirismo, e a todas as pessoas que, direta

ou indiretamente, me apoiaram a concluir esta

monografia.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia à minha mãe querida, que,

embora não esteja mais presente entre nós, sempre

me estimulou a estudar e a trilhar pelo caminho do

bem.

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RESUMO

A motivação no ambiente de trabalho é um problema que afeta a vida de

muitas pessoas e as razões são bem variadas: falta de reconhecimento,

salário inadequado, condições insatisfatórias para exercer a atividade, política

da empresa, etc.

Esta monografia tem a finalidade de apresentar e discutir como motivar

pessoas, mais especificamente, os colaboradores que trabalham em

instituições bancárias. Para isso, foi feita uma retrospectiva sobre o processo

de reestruturação do sistema bancário nacional até os dias atuais, que explica

em grande parte os problemas que estes trabalhadores enfrentam e que

interferem diretamente na motivação.

Muito já se discutiu sobre esse tema tão polêmico. Neste trabalho, são

apresentadas algumas teorias que versam sobre o assunto, a motivação nas

empresas, se o sistema de recompensas e os programas de motivação têm

influência em motivar os trabalhadores.

No último capítulo é discutido o papel do líder, suas características,

qualidades, postura como motivador de pessoas.

Sem dúvida trata-se de um assunto muito complexo. Porém, ao final

deste trabalho são apresentadas algumas sugestões que deveriam ser

implementadas como melhoria na motivação de funcionários, em especial, os

bancários.

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METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos utilizados para a elaboração desta

monografia estão baseados principalmente em livros, revistas, artigos e sites

especializados na busca de informações sobre o assunto. Alguns dos autores

citados neste trabalho: Alfie Kohn, Douglas McGregor e Paulo Henrique Araújo,

entre outros.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - SITUAÇÃO PROBLEMA 10

CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16

CAPÍTULO III – MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 33

CAPÍTULO IV – LIDERANÇA X MOTIVAÇÃO 38

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

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INTRODUÇÃO

O tema desta monografia é sobre como manter a motivação dos funcionários

que trabalham em instituições bancárias. Trata-se de um assunto de

fundamental relevância, pois a motivação dos colaboradores de qualquer

Organização passou a ser estratégica. Já está provado que gente motivada

trabalha mais feliz, torna o clima organizacional mais positivo, trata melhor

seus clientes e alcança melhores resultados. Empresas com visão de futuro

estão interessadíssimas em compreender as questões da motivação humana.

Há uma verdadeira corrida para saber o que motiva as pessoas. Psicólogos,

neurologistas, pesquisadores e administradores não param de buscar as

respostas. Existem alguns colaboradores que não sabem a sua verdadeira

missão no mundo e nem dentro da empresa. Dessa forma, eles não têm visão

futurista e não sabem nem quais são seus valores e princípios para chegarem

aos seus objetivos principais. Motivar não é manipular as pessoas com elogios

ou coisas semelhantes ou suborná-los com recompensas fantasiosas, mas é o

reconhecimento pela administração, quando as metas e objetivos são

atingidos, dando ao funcionário a certeza de realização profissional, resultando

em uma auto-estima favorável. Diante do exposto, é importante analisarmos o

que leva a motivação dos funcionários de uma empresa, especificamente os

que atuam no setor bancário, objeto deste estudo, que convive, entre outros

problemas, com jornadas de trabalho prolongadas, trabalhos desgastantes,

plano de cargos e salários que não valorizam os funcionários, pressão para

atingir metas cada vez mais difíceis de serem cumpridas. É sem dúvida, um

grande desafio a ser alcançado pelas instituições bancárias.

São objetivos deste trabalho classificar os tipos de motivação: necessidades

orgânicas, outras motivações biológicas, objetivos secundários, coerção, auto-

controle; apresentar os programas de motivação mais utilizados pelas

empresas; avaliar os fatores motivacionais, tais como, remuneração,

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benefícios, entre outros; discutir se as recompensas mudam o comportamento

ou melhoram o desempenho dos funcionários; considerar fatores internos e

externos que afetam a motivação sobre o desempenho ; destacar o papel do

líder para motivar seus funcionários e, finalmente, analisar como os problemas

que os bancários enfrentam no dia-a-dia (pressão por metas, falta de

funcionários, baixo salário de ingresso, etc.) interferem na motivação.

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CAPÍTULO I

SITUAÇÃO PROBLEMA

1.1 – Um breve histórico sobre o processo de reestruturação

do sistema bancário brasileiro

Analisando o processo de reestruturação dos bancos brasileiros,

verificamos que este passou por algumas fases no seu desenvolvimento.

Começamos pelo início da década de 60, em que centros de processamento

de dados foram criados, incorporando computadores de grande porte. A

segunda fase, que ocorreu no final da década de 70, houve a implantação do

sistema on line nos grandes bancos, sendo que a sua difusão ocorreu na

primeira metade dos anos 80. A implantação do sistema on line nas agências e

o aparecimento dos caixas eletrônicos fez com que se reduzisse o número de

funcionários, principalmente os que exerciam a função de caixas. Houve

substituição da área de processamento de dados pelos computadores centrais

e essa tecnologia empregada fez com que se instalasse computadores nas

agências, com desenvolvimento de diferentes funções. Esta rápida

informatização, coincidia com a alta desvalorização da moeda devido aos altos

índices de inflação acontecidos na década de 80. Neste período, os bancos

obtiveram muitos lucros proporcionados por esta alta inflação e isso permitiu

que novos investimentos fossem feitos na área de informática. Ao mesmo

tempo em que o processo inflacionário e a desvalorização da moeda

proporcionavam altos ganhos financeiros, exigiu-se dos bancos uma maior

agilidade operacional.

O surgimento do Plano Real mudou o funcionamento dos bancos

brasileiros; se viram obrigados a se reestruturarem internamente e a

reorganizarem as suas atividades. Em primeiro lugar, tiveram que se adaptar

ao fim das receitas oriundas do processo inflacionário. Em segundo lugar, à

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entrada de novos bancos estrangeiros no mercado. Logo, os grandes bancos

brasileiros tiveram rapidamente que se adaptar tanto à competitividade

causada pela entrada dos bancos estrangeiros quanto a um cenário de

inflação bem diferente ao registrado na década de 80, que fez com que suas

receitas diminuíssem. Estes ganhos tiveram que ser substituídos por receitas

geradas pelos serviços prestados pelos bancos, o que levou a uma mudança

de estratégia operacional. O cliente, a partir deste momento seria a garantia

da rentabilidade das instituições bancárias. Os bancos que possuíam uma boa

carteira de clientes enfrentaram essa fase sem muitas dificuldades, mas muitos

não conseguiram manter a saúde financeira sem a inflação, visto que a carteira

de clientes era pouco diversificada. Bancos privados importantes tais como o

Nacional, o Econômico e o Bamerindus são alguns exemplos. Mas isso não se

restringiu apenas aos bancos privados. Nos bancos oficiais o caso foi ainda

mais grave; uns faliram e outros foram privatizados. E isso colocou todo o setor

bancário em alerta.

Com a estabilidade econômica gerada pelo Plano Real o mercado

bancário brasileiro transformou-se em uma ambiente muito favorável à entrada

de bancos internacionais e isso gerava muita expectativa devido à essa

concorrência vinda do exterior. Uma delas é a de que levasse os bancos

nacionais a um processo de internacionalização, trazendo, entre outros

benefícios, a captação de recursos em mercados internacionais; a outra seria

que a presença de novos concorrentes traria uma melhor qualidade dos

serviços oferecidos à população.

1.2 – O novo cenário do setor bancário nacional

A abertura do mercado nacional para bancos estrangeiros fez com que

acontecesse uma onda de fusões, incorporações e aquisições, envolvendo

não só a compra de bancos nacionais por estrangeiros, mas também entre os

bancos nacionais.

Analisando o processo que fez com que o setor bancário se tornasse

mais competitivo ao longo dos anos, verifica-se que a modernização

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tecnológica e a racionalização administrativa foram fatores importantes neste

novo cenário em que as receitas oriundas das altas taxas de inflação foram

substituídas pelas provenientes de serviços bancários e, com isso, a figura do

cliente foi muito valorizada. Começava uma corrida pela conquista de novos

clientes pelos bancos brasileiros e fidelizar os já existentes. A qualidade do

atendimento passou a ser o diferencial competitivo.

Os investimentos na área de informática foram primordiais para a

alteração do perfil dos bancos nacionais, especificamente dos trabalhadores

bancários. Permitiram uma maior rapidez na contabilidade, disponibilização de

informações importantes sobre clientes no que tange à concessão de créditos

e útil também na segmentação da clientela. Permitiu o redimensionamento das

instalações físicas das agências bancárias, que tiveram seu tamanho reduzido,

tanto fisicamente quanto ao número de funcionários e algumas funções foram

substituídas graças à modernização tecnológica. O grande público que antes

procurava os bancos apenas para pagar suas contas foi sendo aos poucos

conduzido para os terminais de auto-atendimento, casas lotéricas,

supermercados e outros. O atendimento nas agências passou a ser feito de

forma personalizada, de acordo com o perfil do cliente.

A venda passou a ser o foco das agências. Grande parte dos

funcionários das agências especializa-se na venda de produtos do banco.

Produtos financeiros como cartões de crédito, seguros, planos de providência

passaram a ser oferecidos aos clientes. Assim, as agências bancárias

passaram a se assemelhar mais a uma loja e passou a se exigir qualificações

dos trabalhadores bancários bem próximas ao de um vendedor. As funções

vão sendo aos poucos deixando de ser meramente técnicas para se tornarem

mais comportamentais.

Num cenário agora caracterizado por permanente lucratividade, embora

as altas taxas registradas no período inflacionário fossem reduzidas no período

de estabilização da moeda, é observado uma drástica redução no emprego

bancário. Além dos programas de ajuste, tais como fusões e incorporações,

privatização dos bancos estaduais, é possível apontar um conjunto de medidas

cujo objetivo é minimizar os custos, e que afetam diretamente os postos de

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trabalho bancário. Se intensificaram o uso intensivo das tecnologias da

informação e informática, permitindo automatizar serviços para reduzir custos,

aumentar a segurança e a qualidade dos serviços disponibilizados a uma

parcela da população. A estrutura operacional e de gestão dos bancos

também se modificou nessa fase da automação. Houve uma maior ênfase no

trabalho em equipe, com maior poder decisório para os empregados e também

para a qualidade do atendimento. Ocorreu uma tendência à diminuição dos

níveis hierárquicos para dois níveis, ou seja, as funções de gerentes e

atendentes, sendo que as funções de atendentes deverão ser eliminadas no

futuro e todos deverão desempenhar a função de gerente, constituindo equipes

de vendas e negócios, de forma que o cliente possa realizar todas as

operações com o mesmo funcionário. Outro aspecto foi a terceirização de um

volume crescente de trabalhos considerados “não bancários” como transporte,

segurança, limpeza, engenharia e manutenção de prédios e equipamentos,

restaurante. Mais tarde, serviços bancários passaram a ser terceirizados como

análise de crédito, compensação de cheques e centrais de atendimento.

A reestruturação do quadro de funcionários foi realizado por quase

todos os grandes bancos, gerando muitas demissões no setor bancário.

Medidas como a eliminação de postos de trabalho superpostos, superposição

de agências, reestruturação das formas de gestão, fusão de postos de

trabalho, bem como o uso intensivo das tecnologias de informação provocaram

uma forte redução no mercado de trabalho. Convivendo com a ameaça do

desemprego, os trabalhadores das instituições bancárias começaram a buscar

a garantia de seu emprego cumprindo padrões de desempenho e metas pré-

estabelecidas, que por muitas vezes são impossíveis de serem alcançadas.

Para cumprir suas novas funções, o bancário teve que buscar uma maior

qualificação, com amplo conhecimento do mercado financeiro, domínio de

tecnologia para realização de simulações financeiras, habilidade de

relacionamento com clientes e com a equipe. Se por um lado, houve aumento

da qualificação do profissional bancário, por outro houve aumento da carga de

trabalho e das pressões A realização dos treinamentos passou a ser feita fora

do horário de trabalho e em finais de semana e grande parte dos processos de

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requalificação, que anteriormente eram oferecidas pela empresa, passaram a

ser de responsabilidade do trabalhador e tornaram-se pré-requisitos para

promoções, novas contratações e até para manutenção do seu emprego.

1.3 – Alguns dos problemas enfrentados pelos bancários na

atualidade e que interferem na motivação

As mudanças ocorridas no cenário bancário nacional, o excesso de

trabalho, a grande pressão para cumprimento de metas, muitas vezes

inatingíveis e a utilização de práticas gerenciais fundamentadas na gestão do

medo da perda de emprego, têm levado ao adoecimento dos bancários.

Talvez mais do que qualquer outra categoria profissional, a bancária é a que

melhor parece expressar a condição moderna do desgaste humano no

processo de trabalho. A reestruturação nos bancos, na década de 90, foi

marcada por três fenômenos sociais: intenso desemprego, terceirização do

trabalho e intensificação do trabalho.

Estas transformações trouxeram impactos significativos, não apenas no

processo de trabalho dos bancários, mas tiveram conseqüências marcantes na

saúde dos trabalhadores. As condições físicas de trabalho, apesar das

aparências, não são adequadas. O predomínio da adaptação do ambiente de

trabalho aos critérios de beleza estética visa agradar aos clientes, e não às

condições de trabalho necessárias para o controle de lesões osteo-

musculares. Os trabalhadores que não suportam tamanha exigência física e

pressão psicológica e, por conta disso necessitam se afastar do trabalho para

tratamento de saúde, são muitas vezes tratados como preguiçosos, incapazes

de realizar suas tarefas e por fim, banidos do mundo do trabalho. Dos que

permanecem em seus postos de trabalho, exige-se mais qualificação, amplo

conhecimento do mercado financeiro, domínio da tecnologia, habilidade de

relacionamento com os clientes e com as equipes de vendas e saber lidar

com tarefas não prescritas, diferente das exigências anteriores, pelas quais

deveriam seguir fielmente os manuais. Essas novas exigências decorrentes da

qualificação introduzida pelas novas tecnologias, acarretam a perda da

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perspectiva de carreira. Os antigos bancários perdem sua qualificação e os

novos, a possibilidade desta, tornando-se facilmente substituíveis. A perda da

segurança e da qualificação para o trabalho, jornadas acima de 8 horas para

que se consiga chegar ao final de mês alcançando as metas estabelecias, a

exigência de esforço mental, trabalho estressante, desvalorização do trabalho

e insegurança no emprego também tem levado os bancários ao adoecimento

físico e psíquico.

Outros problemas que fazem parte do cotidiano do trabalhador bancário,

além dos citados anteriormente, são volume de trabalho excessivo, trabalho

repetitivo, barulho, agências lotadas, filas enormes, reclamações de chefias e

de clientes e medo do assalto.

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CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – O que é motivação? Por que ela é necessária?

Para muitas pessoas, o tema motivação ainda é um pouco

compreendido. Precisamos de motivação não somente em relação às

empresas e ao trabalho, mas em qualquer aspecto da existência humana.

Nestes termos, a motivação é uma energia que reside naturalmente no interior

das pessoas. É a vontade de agir, criar participar, realizar, ser útil. E essa força

poderosa está dentro de nós; pode até não ser acessada, porque reprimida,

amedrontada, não se mostra. Porém, ela está lá no interior de nosso ser,

latente, necessitando se expressar. Quando isso não ocorre, gera efeitos

nocivos: passividade, doenças, desinteresse, stress. A palavra motivação (derivada do latim motivus, movere, que significa

mover) indica o processo pelo qual um conjunto de razões ou motivos explica,

induz, incentiva, estimula ou provoca algum tipo de ação ou comportamento

humano. É uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a

vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma,

quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de

cada particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois

ninguém é capaz de fazê-lo.

Porém podemos concordar que o interior é diariamente influenciado pelo

meio externo, isso inclui pessoas e coisas. Podemos nos sentir influenciados

pelo entusiasmo de alguém que nos motiva a fazer algo. Já em determinadas

situações e dependendo do temperamento da pessoa, ou mesmo da sua

personalidade geral, pode-se oferecer certa independência ao meio externo.

Ou seja, sua força interior de motivação é alta e "não precisa" de ajuda ou

baixa e "precisa de apoio". O nível de motivação é influenciado por diversos

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fatores como a personalidade, percepções individuais do meio ambiente,

interações humanas e emoções.

O ser humano é um ser de necessidade. Nesta direção o

comportamento humano é pautado pela satisfação dessas necessidades

durante as fases do seu desenvolvimento. As necessidades humanas não são

naturais, precisam ser criadas, inventadas pelo homem.

2.2 – Algumas teorias existentes sobre motivação

Considerando que nenhum comportamento humano é carente de

justificativa, é tarefa dos estudiosos da Psicologia da Motivação estudar os

motivos, os instintos intrínsecos ao homem que o levam a agir, a se comportar

de determinada maneira e não de outra. A teoria da motivação visa mapear os

motivos humanos, tentando explicitar o comportamento observado numa forma

de linguagem inteligível no campo real do homem, através da escrita. Como o

ser humano possui tanto a capacidade de construir como a de destruir, é muito

importante para ele entender um pouco os instintos que o levam a destruir,

impedindo a continuidade do processo de construção de sua vida. Não há

como conhecer todas as explicações possíveis, pois o homem pode sempre

inventar uma nova explicação. No entanto, conhecendo-se cada vez mais

elementos que explicam o comportamento humano, pode-se ter uma maior

amplitude de possibilidades que ajudem o homem a conciliar seus desejos

internos com os limites que o meio externo lhe impõe, conciliando seus

interesses sem desrespeitar os interesses dos demais seres humanos. Assim,

o ser humano pode ter uma vida psíquica mais saudável, à medida que toma

consciência de seus instintos inconscientes.

Existem teorias diversas de explicação do comportamento. Sendo a

motivação um objeto de estudo essencial nessas teorias, é natural que cada

uma lhe tenha dedicado especial atenção. Para os comportamentalistas, a

motivação é explicada com conceitos como recompensa e incentivo, sendo a

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recompensa um objeto ou evento atrativo fornecido como conseqüência de um

comportamento particular, e o incentivo um objeto ou evento que encoraja ou

desencoraja comportamento. Então quando a um aluno é prometida uma nota

elevada, isso é um incentivo, sendo que quando a nota sai isso é uma

recompensa. A motivação para os comportamentos é vista como extrínseca.

Existe outra abordagem que foi desenvolvida como uma reação ao

comportamentalismo e à psicanálise freudiana, a humanística. Estas teorias

não explicariam adequadamente as motivações dos comportamentos. Os

humanistas, como Carl Rogers e Abraham Maslow enfatizam então fontes

intrínsecas de motivação, como as necessidades de “auto-realização”, a

“tendência realizadora” inata ou a “necessidade de autodeterminação”. Em

comum, estas diferentes explicações têm a crença de que as pessoas são

continuamente motivadas pela necessidade inata de realizar os seus

potenciais. Outra abordagem em que a motivação intrínseca terá mais

importância é a cognitivista. Os cognitivistas acham que o comportamento é

determinado pelo nosso pensamento, e não apenas pelas recompensas que

tenhamos eventualmente recebido. As pessoas reagem às suas próprias

interpretações dos eventos externos, em vez de reagirem aos eventos em si.

Assim são fatores internos que determinam o nosso comportamento.

2.2.1 – Teoria da hierarquia das necessidades de Maslow

A hierarquia de necessidades de Maslow foi introduzida por Abraham

Maslow e se refere a uma pirâmide que representa uma divisão hierárquica a

respeito das necessidades humanas. Na base da pirâmide estão as

necessidades de nível mais baixo, sendo que, apenas quando satisfeitas

escala-se em direção às hierarquias mais altas para atingir a auto-realização

que é o nível mais alto.

Abraham Maslow foi um psicólogo comportamental, membro da Human

Relations School, em finais da década de 50. Abraham Maslow nasceu em

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Brooklyn, licenciou-se em Wisconsin e doutorou-se na Universidade de

Columbia, onde também trabalhou no departamento de investigação. No

Jardim Zoológico de Bronx, estudou o comportamento dos primatas e, entre

1945 e 1947, foi diretor-geral da Maslow Cooperage Corporation. Em 1951,

lecionava Psicologia Social na Universidade de Brandeis. Maslow ficou

conhecido pelo desenvolvimento da Teoria da Motivação Humana.

Abraham Maslow sugeriu que muito do comportamento do ser humano

pode ser explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos. Quando

uma necessidade, em particular se torna ativa, ela pode ser considerada um

estímulo à ação e uma impulsionadora das atividades do indivíduo. Essa

necessidade determina o que passa a ser importante para o indivíduo e molda

o seu comportamento como tal. Na teoria de Maslow, portanto, as

necessidades se constituem em fontes de motivação.

O comportamento motivado pode ser encarado como uma ação que o

indivíduo se obriga a tomar para aliviar a tensão (agradável ou desagradável)

gerada pela presença da necessidade ou desejo. A ação é intencionalmente

voltada para um objeto ou objetivo que aliviará a tensão interior.

A teoria de Maslow sobre o comportamento motivado, por analogia,

poderia ser utilizada para entendermos um pouco melhor os clientes das

organizações. Poderíamos dizer que o ato de comprar um produto ou serviço é

motivado por uma tensão interna no nosso cliente, gerada por uma

necessidade. Após a compra do produto ou serviço, essa tensão é aliviada.

É importante lembrar que, embora a necessidade seja o grande motor

da decisão racional da compra, o desejo, de cunho marcadamente emocional,

desempenha um papel extraordinariamente importante no processo de

compra. É fácil perceber que podemos deixar de comprar algo que

necessitamos se não o desejarmos no momento. Também compramos coisas

que não necessitamos quando assim o desejamos.

O comportamento humano é explicado por Maslow através de cinco

níveis de necessidades. Estas necessidades são dispostas em ordem

hierárquica, desde as mais primárias e imaturas (tendo em vista o tipo de

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comportamento que estimulam) até as mais civilizadas e maduras.

Na base da pirâmide, encontra-se o grupo de necessidades que Maslow

considera ser o mais básico e reflexivo dos interesses fisiológicos e de

sobrevivência. Este é o nível das necessidades fisiológicas, que estimulam

comportamentos caracterizados pelo verbo ter.

O segundo nível da hierarquia é constituído por uma série de

necessidades de segurança. Uma vez atendidas as necessidades fisiológicas,

a tendência natural do ser humano será a de manter. Na seqüência, quando a

segurança é obtida, surgem as necessidades de pertencer a grupos, associar-

se a outras pessoas, ou seja, de se igualar. Estas necessidades são

chamadas de sociais ou de associação. O passo seguinte na escala de

necessidades é o da estima ou de “status”. Neste ponto, as necessidades de

destaque, proeminência, reconhecimento e admiração por parte do grupo são

manifestadas por ações que buscam diferenciar.

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Embora as necessidades de estima sejam difíceis de serem superadas,

dada sua dependência à receptividade de terceiros, Maslow sugere que em

alguns casos elas podem ser adequadamente satisfeitas, liberando assim os

indivíduos para atingir o nível mais alto da hierarquia. Quando isto ocorre, as

necessidades de maximizar as potencialidades e de testar a própria

capacidade farão com que as ações do indivíduo sejam dirigidas em busca do

vencer. Este é o nível das necessidades mais maduras e construtivas da

hierarquia de Maslow, conhecidas como necessidades de auto-realização.

Necessidades Fisiológicas

Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas. São também denominadas necessidades biológicas ou básicas. Alguns exemplos são:

• Alimentação (água e comida)

• Respiração

• Reprodução

• Descanso

• Abrigo

• Vestimenta

Necessidades de segurança As necessidades de segurança referem-se à estabilidade ou manutenção do que se tem. Dentre as necessidades de segurança podemos exemplificar:

• Segurança física pessoal

• Segurança financeira

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• Saúde e bem-estar

• Rede de proteção contra imprevistos

Necessidades sociais

Depois que as necessidades fisiológicas e de segurança são atendidas,

a terceira camada da pirâmide de Maslow fala de das necessidades sociais,

que se referem às necessidades do indivíduo em termos sociais.

As necessidades sociais incluem aspectos que envolvem relacionamentos

baseados na emoção, pois seres humanos precisam sentir-se aceitos e

fazendo parte de algo. Alguns exemplos destas necessidades são:

• Amizade

• Intimidade (amigos íntimos, mentores, confidentes)

• Convivência social (círculos de convivência variados)

• Família

• Organizações (clubes, entidades de classe, torcidas, gangues)

A ausência destes elementos torna as pessoas suscetíveis à solidão,

ansiedade e depressão. Muitas vezes a necessidade destes elementos pode,

sobrepor às necessidades psicológicas e de segurança. Um exemplo disse

seria alguém que se expõe de maneira perigosa financeiramente, buscando

justamente a aprovação afetiva de seus pares.

Necessidades de Auto-Estima

Após alcançar as necessidades fisiológicas, de segurança e de

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associação, o ser humano passa a perseguir a necessidade de estima, ou de

ser respeitado em busca de auto-estima e auto-respeito. A estima é um desejo

humano de ser aceito e valorizado por si e pelos outros. Note que neste caso

não é apenas a busca de uma aceitação de um grupo e sim do

reconhecimento pessoal e do grupo da sua contribuição e importância dentro

dele.

Quando não se consegue atingir esta necessidade, aparece a baixa

estima e o complexo de inferioridade.

Necessidade de Auto-Realização

São necessidades que se encontram no topo da hierarquia. Elas levam

cada indivíduo a tentar realizar seu próprio potencial e se desenvolver

continuamente como criatura humana, ao longo da vida. As necessidades de

auto-realização estão relacionadas à autonomia, independência, autocontrole,

competência e plena realização daquilo que cada indivíduo tem de potencial e

de virtual, da utilização plena dos talentos individuais (MASLOW, apud

CHIAVENATO, 2000).

2.2.2 – Teoria dos dois fatores de Herzberg

A Teoria dos dois fatores foi formulada e desenvolvida por Frederick

Herzberg, a partir de entrevistas feitas com 200 engenheiros e contadores da

indústria de Pittsburgh. Estas procuravam identificar quais as consequências

de determinados tipos de acontecimentos na vida profissional dos

entrevistados, visando a determinar os fatores que os levaram a se sentirem

excepcionalmente felizes e aqueles que os fizeram sentir-se infelizes na

situação de trabalho.

Nesta teoria Herzberg afirmava que:

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• A satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras

e estimulantes do cargo, são os chamados “fatores motivadores”;

• A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos

colegas e do contexto geral do cargo, enriquecimento do cargo (ampliar

as responsabilidades) são os chamados “fatores higiênicos”.

Herzberg verificou e evidenciou através de muitos estudos práticos a

presença de que dois fatores distintos devem ser considerados na satisfação

do cargo; são eles os Fatores Higiênicos e os Motivacionais.

Fatores Higiênicos

Estes fatores são aqueles que referem-se às condições que rodeiam o

funcionário enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais

de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de

supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os

regulamentos internos, as oportunidades existentes etc. Correspondem à

perspectiva ambiental. Constituem os fatores tradicionalmente utilizados pelas

organizações para se obter motivação dos funcionários. Herzberg, contudo,

considera esses fatores higiênicos muitos limitados na sua capacidade de

influenciar poderosamente o comportamento dos empregados. Ele escolheu a

expressão “higiene” exatamente para refletir o seu caráter preventivo e

profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes de

insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio.

Quando esses fatores são ótimos, simplesmente evitam a insatisfação, uma

vez que sua influência sobre o comportamento, não consegue elevar

substancial e duradouramente a satisfação. Porém, quando são precários,

provocam insatisfação.

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Fatores Motivacionais

Estes fatores são aqueles que se referem ao conteúdo do cargo, às

tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores

motivacionais que produzem algum efeito duradouro de satisfação e de

aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis

normais. O termo motivação, para Herzberg, envolve sentimentos de

realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados por

meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem um suficiente desafio

e significado para o trabalhador. Quando os fatores motivacionais são ótimos,

elevam substancialmente a satisfação; quando são precários, provocam

ausência de satisfação. Herzberg toma o meio social, a organização, como a

fonte motivadora do indivíduo. Toma o indivíduo como meio e transforma os

seus desejos na necessidade da organização. A organização através dos

fatores motivacionais manipula o indivíduo, motiva-o. Reduz a auto-realização

à realização da tarefa. O indivíduo se motiva no trabalho pelos fatores que se

relacionam diretamente com o trabalho.

Em suma, a teoria dos dois fatores sobre a satisfação no cargo afirma que:

• a satisfação no cargo, é a função do conteúdo ou atividades

desafiadoras e estimulantes do cargo: são os chamados Fatores

Motivacionais;

• a satisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas

e do contexto geral do cargo: são os chamados Fatores Higiênicos.

2.2.3 – Teoria X, Y e Z de McGregor

Douglas McGregor foi um dos pensadores mais influentes na área das

relações humanas. McGregor propôs que a Administração deve criar

condições tais que os membros da organização possam melhor alcançar seus

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próprios objetivos, dirigindo seus esforços para os objetivos da organização.

Seguindo suas teorias para se obter uma administração de recursos humanos

de qualidade, seria necessário adaptar os objetivos e necessidades à natureza

humana ao invés de mudar a natureza humana para se adequar ao controle e

autoridade, como a abordagem humanística queria.

Ele se mostra preocupado com o estilo de produtividade com que os

homens tinham, com o trabalho alienado, com tanta exploração do trabalhador.

McGregor, em sua "Teoria X e Y", explica que, quando existem desmotivação,

acomodação, subutilização, inadaptação e desorientação, os gerentes, em vez

de buscarem a causa em si próprios, vão atribuí-las aos empregados.

As teorias X e Y, desenvolvidas na década de 50, podem ser analisadas como

duas formas de se visualizar o comportamento humano dentro da empresa. As

teorias podem ser observadas pelos seguintes aspectos: Teoria X:

subserviência e controle. Teoria Y: potencialidades e desenvolvimento pessoal.

A TEORIA X

A teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático, que pretende que

as pessoas façam exatamente aquilo que a organização pretende que elas

façam, do jeito similar que a Administração Científica de Taylor, a Clássica de

Fayol e a Burocrática de Weber, já que ela defende o isolamento, pois as

interações sociais prejudicam a produtividade.Os trabalhadores não lutam

pelos objetivos da empresa.

Já na teoria Y, veremos que as pessoas têm necessidade de estar

juntas, de serem reconhecidas. De acordo com essa teoria o trabalho somente

será produtivo se for encontrado algo que compense as deficiências mais

comuns, tais como julgamento errôneo, passividade e irresponsabilidade. Sua

administração era através de controles externos impostos às pessoas.

A Administração segundo a teoria X, caracteriza-se pelos seguintes aspetos:

Taylor considerava que o homem era influenciado por recompensas salariais,

econômicas e materiais, ou seja, ele via no operário da época um indivíduo

limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício da

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empresa, que deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do

tempo padrão.

A finalidade do controle é assegurar que os resultados daquilo que foi

planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos

previamente estabelecidos. A essência do controle reside na verificação se a

atividade controlada está ou não alcançando os resultados desejados.

Suas atividades são dirigidas em função dos objetivos e necessidades da

empresa. Para orientar o comportamento, é importante corrigir as condutas

problemáticas, no caso como castigo e recompensar as condutas desejadas.

Porém, as recompensas são mais eficazes que as punições. O castigo tende a

suprimir temporariamente, em vez de eliminar definitivamente comportamentos

indesejáveis, ao passo que a recompensa fixa o comportamento.

Taylor percebeu que o trabalhador mais competente perdia estímulo e

interesse, pois recebia salário igual ao operário que produzia menos. Por isso

criou condições para pagar mais aos operários que produzissem mais.

Fayol já dizia que os trabalhadores devem ser pagos com salários adequados.

Alguns aspectos da Teoria X:

1 - O ser humano não gosta de trabalhar, e trabalha o mínimo possível.

As pessoas trabalham mais por dinheiro e recompensas (como diz a escola

clássica) e sempre querem maiores recompensas. O motivo principal que

conserva as pessoas produtivas no seu trabalho é o medo de serem

dispensadas ou demitidas.

Taylor já tinha observado que há malandragem em todos os postos de

trabalho.

Lembramos que naquele tempo existia uma superexploração no operariado,

com o trabalho alienado e não tinham boas condições de trabalho, como no

começo da revolução industrial que chegavam a trabalhar 16 horas em pé

sem ir ao banheiro ou beber água e ainda só tinham 15 minutos para o

almoço.

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2- Por essa razão a maior parte das pessoas precisa ser coagida, vigiada,

orientada, ameaçada com castigos a fim de fazer o devido esforço para

alcançar os objetivos da organização. Hoje as pessoas têm que trabalhar com

metas.

3 – Empregados evitarão responsabilidades e procurarão receber ordens

formais sempre que possível. As pessoas esperam e dependem de orientação

superior, não querem pensar por si mesmas.

4- O homem é fundamentalmente egocêntrico e seus objetivos pessoais

opõem-se, em geral, aos objetivos da organização. Eles procuram querer mais

direitos e isso prejudica a empresa, já que dá prejuízo.

5 – O homem persiste a mudanças. Por o trabalho ser tão especializado (como

queria a teoria clássica, cientifica e burocrática), quando lhe é fornecido algo

diferente do que faz, ele se torna inseguro. Quando uma pessoa é submetida

há muito tempo a um mesmo estímulo, sua sensibilidade pode reduzir-se. A

pessoa então perde a capacidade de percebê-lo.

O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento de cada indivíduo e

deve adequar-se ás suas características individuais em mudança.

6- A maioria dos trabalhadores põe a segurança acima de todos os fatores

associados ao trabalho, exibindo pouca ambição.

TEORIA Y

Através do ambiente organizacional adequado, o desenvolvimento dos

recursos humanos é muito mais otimizado e pode ser melhor aproveitado,

exigindo dos gerentes a descoberta de como utilizar o potencial representado

pela força de trabalho disponível do que pelos limites da natureza humana.

Sua idéia contradizem as formulações de Taylor, reconhecendo as dificuldades

das relações interpessoais no ambiente de trabalho, as variáveis que afetam o

comportamento e a satisfação das necessidades individuais.

A teoria Y desenvolve um estilo altamente democrático, através do qual

administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação

quanto aos objetivos.

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A teoria Y surgiu com o desenvolvimento das ciências sociais (que

mostrava uma preocupação com as modificações sociais em que se passava

naquela época, e principalmente com o homem, que estava tendo uma

profunda modificação no seu modo de vida). Era baseada nos valores

humanos e sociais, deixando de ver o homem como meramente um ser

mecanicista e passando a vê-lo também como um ser social.

A teoria Y contradiz a Taylor por ele dizer que um operário médio

produzia muito menos do que era capaz, com o equipamento disponível, daí a

necessidade de ajustar o trabalhador à máquina.

A Administração deve proporcionar condições para que as pessoas

reconheçam e desenvolvam características como motivação, potencial de

desenvolvimento e responsabilidade.

Os administradores têm que criar meios para que os funcionários se

sintam motivados a trabalhar, já que assim também, eles possam produzir

mais e melhor, mas levando em conta uma melhor condição de trabalho para o

homem.

As pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de

aprovação social e participação nas atividades dos grupos sociais em que

convivem.

Devem criar condições organizacionais e métodos de operações por

meio dos quais possam atingir seus objetivos pessoais e dirigir seus esforços

em direção dos objetivos da empresa. Fazer com que o objetivo do funcionário

também seja o objetivo da empresa.

Hoje grandes empresas investem nos funcionários, dando a eles cursos

e oficinas de acordo com suas funções. O motivo principal que conserva as

pessoas produtivas no seu trabalho é o desejo de realizarem os seus objetivos

social e pessoal.

Alguns aspectos da Teoria Y:

1 – as pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. O esforço físico e

mental no trabalho é tão natural como o lazer ou descanso.

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2- O empenho em alcançar objetivos é função das recompensas atribuídas ao

êxito da tarefa.

Aqui recompensa já se torna um motivação. Controle externo e ameaça de

castigo não são os únicos meios de suscitar esforços no sentido dos objetivos

organizacionais. A recompensa representa o atrativo que vai desencadear o

esforço inicial.

3- Em condições apropriadas, o ser humano, em média, aprende não só a

aceitar, mas a procurar responsabilidades.

4- Movido pela auto-orientação e pelo autocontrole, o indivíduo se colocará a

serviço dos objetivos que se empenhou a alcançar dentro da organização.

5- As pessoas não são resistentes às necessidades da empresa.

As pessoas podem se adaptar a novas tarefas. Um individuo por poder

desempenhar vários papeis, participa de diversas organizações e grupos,

suportando, por isso, um grande número de normas diferentes. A dinâmica de

grupo pode ser um instrumento de influência dos membros para ultrapassar as

resistências à mudança.

6- As capacidades de imaginação e de criatividade na solução de problemas é

distribuída entre as pessoas.

TEORIA Z

Antes de sua morte, McGregor estava desenvolvendo a teoria Z, que

sintetizava as teorias X e Y nos seguintes princípios:

- emprego para a vida

- preocupação com os empregados

- controlo informal

- decisões tomadas por consenso

- boa transmissão de informações do topo para os níveis mais baixos da

hierarquia

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A Teoria Z, na verdade é hoje uma prática, prática esta que redescobre

o HOMEM, a partir do momento que lhe abre a imaginação, permite liberdade

de expressão e participação na vida das empresas.

A Teoria Z enfatiza que o sucesso das administrações está ligada à

motivação humana e não simplesmente na tecnologia dos processos

produtivos. As máquinas são ferramentas sofisticadas a serviço do homem

precisando sempre de aperfeiçoamentos do próprio homem.

A Teoria Z coloca o homem frente a frente à porta que ele sempre quis

abrir e passar.

Vejamos alguns aspectos:

o homem quer participar, o maior patrimônio é próprio homem;

o homem é criativo;

o homem quer ser original;

o homem quer liberdade;

o homem quer ter iniciativa;

o homem é responsável;

o homem quer estabilidade;

o homem busca uma qualidade de vida melhor sempre;

o homem está sempre insatisfeito;

o homem não é individualista;

a coerência e a estabilidade do grupo é a segurança do indivíduo.

Estes conceitos hoje difundidos pela "Teoria Z", são tirados do cotidiano

das organizações orientais e também já dos ocidentais, e o resultado é a

conquista de estabilidade no emprego, remuneração mais condizente,

satisfação de participação nos problemas e sucesso das organizações.

Na Teoria Z, o conceito de hierarquia de linha não foi esquecido, porém

já não representa tanto peso na balança da administração. Qualquer

empregado ou melhor um grupo de empregados se reúne e questiona: os

métodos, os processos, as rotinas, os obstáculos, os custos, etc. e sugere

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mudanças, mudanças estas que racionalizam a vida comum do dia-a-dia e a

melhoria individual das partes melhora o todo.

A Teoria Z, nasceu no Oriente, mas isto não é uma experiência

doméstica e localizada, já temos suficientes informações que esta teoria tem

caráter mundial, as aspirações humanas são universais independente da

localização geográfica e/ou cultura.

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CAPÍTULO III

MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

3.1 - Por que a motivação interessa à empresa e ao

trabalhador?

Nas organizações, a motivação precisa ser encarada como forma de

valorizar o funcionário, que deve se sentir parte integrante da empresa e não

somente um seguidor de regras. Nenhuma organização pode funcionar sem certo grau de

comprometimento de seus colaboradores. O comprometimento está de certa

forma relacionado a fatores motivacionais no ambiente organizacional. A

motivação no trabalho manifesta-se pela orientação do empregado para

realizar com presteza as tarefas até atingir o resultado esperado.

As pessoas possuem objetivos que almejam e agem de acordo com

suas percepções. A motivação se desenvolve somente depois de se ter um

objetivo a concretizar. O objetivo é que dá impulso, ou seja, mobiliza as

energias de um indivíduo e gera a intenção de se concretizar algo.

Com base no exposto, levanta-se uma questão: o objetivo da empresa

coincide com o objetivo do trabalhador? A empresa quer a capacidade e a

responsabilidade de um trabalhador que é visto como ativo intelectual, mas

estará disposta a dialogar com franqueza com este trabalhador sobre seus

próprios objetivos que não se reduzem apenas à realização profissional?

Infelizmente, em muitas organizações é mais comum encontrar um grande

contingente de pessoas que não nutrem a menor motivação por aquilo que

fazem, e os bancários estão fortemente incluídos neste universo. Eles não

experimentam quase nenhuma satisfação ou realização pessoal gerada pelo

que executam em seu trabalho diário. O trabalho, neste caso, passa a ser

entendido como uma forma de angariar recursos para que possam sentir-se

felizes fora dele. Porém devemos entender que a motivação se refere a uma

diversidade de interesses; as pessoas não fazem as mesmas coisas pelos

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mesmos motivos, pois cada um tem pensamentos diferentes, idéias diferentes,

gostos diferentes. O ambiente de trabalho deve ser tal que as pessoas tenham

prazer naquilo que fazem e, assim, alcancem níveis mais elevados de

realização pessoal. É preciso identificar qual a necessidade que a pessoa tem

para assim motivá-la.

3.2 - O sistema de recompensas tem influência na motivação?

Em termos de comportamento organizacional, alguns estudos propõem

que o interesse dos funcionários pelas recompensas externas tem grande

poder para determinar um desempenho satisfatório, como por exemplo, bônus

salarial, incentivos, entre outros.

Segundo Chiavenato (2005), as organizações dispõem de um sistema

de recompensas a fim de balizar o comportamento das pessoas que dela

participam. Este sistema inclui o pacote total de benefícios que a organização

coloca à disposição de seus membros, bem como os mecanismos e

procedimentos pelos quais são distribuídos. Não se trata apenas de salários,

férias, prêmios, promoções, mas também outras menos visíveis como garantia

de segurança no emprego, etc.

3.2.1 - Salário Fixo

O salário fixo ainda predomina na maior parte das organizações, pois

facilita a obtenção de equilíbrio interno e externo das remunerações,

proporciona uma base lógica para a distribuição dos salários e focaliza a

atividade cotidiana e rotineira das pessoas em função do tempo que elas estão

à disposição da organização. Numa era de competitividade a remuneração fixa

tornou-se insuficiente para motivar e incentivar as pessoas a obterem um

comportamento eficaz na busca de metas e resultados excelentes.

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3.2.2 - Salário Variável

Algumas empresas americanas e européias deixaram de adotar a

remuneração fixa e passaram a remunerar os trabalhadores pelos resultados

alcançados que são rateados entre a organização e as pessoas que ajudaram

a alcançá-los. Funciona seja no lucro ou prejuízo. O trabalhador receberá mais

se a empresa lucrar e receberá menos se o lucro for menor e nada receberá se

não houver lucro.

Este sistema de remuneração pode funcionar como fator favorável à

motivação, dando ênfase à auto-realização pessoal, pois premia o bom

desempenho.

3.2.3 - Remuneração por competência

Para que os programas de recompensas tenham eficácia é preciso o

comprometimento dos funcionários. A remuneração por competência varia de

acordo com o desempenho, pois o salário não é fixo e todos os funcionários

podem receber ganho adicional. Tal remuneração é vista como um fator

motivador, pois estimula o envolvimento com as metas da empresa.

Algumas vantagens deste tipo de remuneração:

• Facilidade na identificação dos pontos fortes e fracos de cada

funcionário;

• O treinamento torna-se útil para cada funcionário;

• Os funcionários sentem-se mais motivados.

Agora, apresentamos algumas desvantagens:

• Funcionários menos competentes podem sentir-se inseguros;

• A diferença salarial entre funcionários que exercem a mesma função

pode causar insatisfação;

• Pode gerar angustia e ansiedade.

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3.3 - Algumas considerações sobre as recompensas

As pessoas põem seus esforços onde são recompensadas. Desta

forma, um bom plano de incentivos deve ser articulado para focalizar a atenção

das pessoas onde realmente interessa à empresa.

O salário não é motivador. Ele produz uma motivação temporária,

fazendo-se necessário construir outros motivadores, como oportunidades de

realização no trabalho.

Recompensas também punem. Recompensas e punições são dois lados

da mesma moeda; a recompensa pode ter um efeito punitivo potencial quando

a pessoa deixa de ganhá-la. Recompensas podem causar rupturas nas

relações, pois têm forte potencial para reduzir o espírito de equipe e encorajar

as pessoas a buscar recompensas por si próprias. Podem levar também a um

desempenho restrito, na medida em que os indivíduos tendem a focalizar e

direcionar seu desempenho apenas com o intuito de obter ganhos. E,

finalmente, as recompensas podem reduzir interesse e motivação, pois os

incentivos financeiros reduzem o sentimento de que a pessoa está fazendo um

bom trabalho espontaneamente.

Diante desse quadro, a adoção de planos de incentivos financeiros deve

ser utilizado com bastante cautela, porém devem fazer parte de um programa

compreensivo e global de administração, com objetivos específicos,

comprometimento e apoio gerencial.

3.4 - Programas de motivação mais utilizados pelas empresas

As empresas já perceberam que a sua produtividade está diretamente

relacionada com o bem-estar de seus colaboradores. E, para manter seus

funcionários produzindo, está valendo quase tudo: shows, palestras,

apresentações de teatro, exercícios de alongamento, aulas de artes marciais,

sessões de massagem, etc. Estas iniciativas melhoram, sem dúvida, o

relacionamento entre os funcionários. Algumas empresas verificam um

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crescimento nos resultados dos colaboradores e, conseqüentemente, para a

organização. Este trabalho, chamado de endomarketing, vem desbancando o

sistema tradicional de gerenciamento, e tem como principal objetivo privilegiar

o ser humano dentro da organização. Mas para que funcione adequadamente,

é necessário levar em conta alguns aspectos diretamente relacionados ao

trabalho: o que fazer, como fazer e o que receber.

Empresas que motivam seus funcionários nos quesitos saúde,

relacionamento profissional e pessoal estão cada vez mais percebendo que

esta qualidade de vida agrega muitos benefícios às empresas. Os

colaboradores se sentem mais motivados, reconhecem que a empresa está

preocupada com seu bem-estar, o que aumenta sua produtividade; há uma

redução de custos com relação às doenças de trabalho; estreita-se o

relacionamento interpessoal dentro da empresa, facilitando processos; os

funcionários se sentem estimulados a buscar, em seguida, um maior

aperfeiçoamento profissional.

Os programas de motivação são válidos, importantes, e dão solidez à

cultura organizacional, porém, é no dia-a dia que as pessoas demonstram as

suas habilidades, o seu conhecimento e, principalmente, as atitudes

vencedoras e motivadas. O grande desafio é reforçar continuamente os

comportamentos e as atitudes positivas dos funcionários. Diante disso, vemos

que manter a motivação em alta não é tarefa simples.

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CAPÍTULO IV

LIDERANÇA X MOTIVAÇÃO

4.1 – O papel do líder como motivador

Como o tema desta monografia versa sobre motivação dos

colaboradores, faz-se necessário tratar da liderança, já que ambos se

completam e dependem um do outro. A liderança se faz presente em diversas

áreas. O líder deve possuir características como a sensatez, confiança,

sobriedade, ética, moral. Numa organização, para o bom funcionamento da

mesma, é necessária a distribuição de tarefas dos mais diversos tipos e que

serão desenvolvidas por inúmeras pessoas. Uma boa liderança traz maior

eficiência tanto na parte administrativa da organização quanto em processos

de relacionamento com clientes internos externos. O líder é visto como aquele

que pode beneficiar todo o grupo, mas também a cada pessoa que compõe

esse grupo. Quando o líder é aceito, há uma tendência natural de crescimento

na produção. O grupo expõe toda a sua confiança nele no momento em que

vai representá-lo perante a alta gerência da organização. No entanto, se não

for bem aceito, sem conseguir a confiança do grupo, não conseguirá êxito no

desempenho do seu papel dentro da empresa. Quanto maior for o número de

seguidores, tanto maior será a influência do líder delegando poderes aos

funcionários para realizar as atividades dentro da empresa. O bom líder facilita

o bom desempenho do funcionário através de treinamentos pessoais

adequados e fornece os equipamentos necessários para as atividades dentro

da empresa.

O gerente deve saber como extrair do ambiente de trabalho as

condições externas para elevar a satisfação profissional. Deve saber como

motivar seus funcionários, com a devida atenção individual, pois cada um tem

necessidades diferentes e, portanto, não devem ser tratados da mesma forma.

Metas devem ser estabelecidas e dar o feedback sobre seu progresso. Os

funcionários devem participar de decisões que os afetem, com o objetivo de

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motivá-los a aumentar a produtividade, o compromisso de trabalhar metas.

Aliás, sobre o uso da palavra gerente, o consultor Warren Bennis faz uma

distinção clara descrevendo comportamentos de gerentes e líderes:

Ø “O gerente administra; o líder inova.

Ø O gerente é uma cópia; o líder é original.

Ø O gerente focaliza-se em sistemas e estruturas; o líder focaliza-se nas

pessoas.

Ø O gerente apóia-se no controle; o líder inspira confiança.

Ø O gerente tem uma visão a curto prazo; o líder tem uma perspectiva a

longo prazo.

Ø O gerente pergunta como e quando; o líder pergunta o quê e por quê.

Ø O gerente tem os olhos sempre nos limites; o líder tem seus olhos

sempre no horizonte.

Ø O gerente limita; o líder dá origem.

Ø O gerente aceita o status quo; o líder o desafia.

Ø O gerente é o clássico bom soldado; o líder é a sua própria pessoa.

Ø O gerente faz certo as coisas; o líder faz a coisa certa.”

4.2 – Teorias sobre liderança

As teorias sobre liderança, segundo BERGAMINI (1990) podem ser

classificadas em três grupo:

a) TEORIA DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE: características

marcantes de personalidade possuídas pelo líder, como por exemplo:

físicos (estatura, peso, aparência), intelectuais ( adaptabilidade,

entusiasmo, autoconfiança), sociais (cooperação, habilidade de

interpretação e administração) e relacionadas com as tarefas (impulso

de realização, persistência e iniciativa).

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b) TEORIA SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA: maneiras e estilos de se

comportar adotados pelo líder. Possui três estilos: autocrática (o líder

centraliza as decisões e impõe suas ordens ao grupo), liberal (o líder

delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o totalmente à vontade

e sem controle algum), democrática (o líder conduz e orienta o grupo e

incentiva a participação das pessoas).

c) TEORIAS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA: adequação do

comportamento do líder às circunstâncias da situação.

O estilo de comportamento do líder no exercício de funções de chefia

deve possibilitar manter um bom ambiente de trabalho dos subordinados. O

líder deve conhecer as pessoas de que se rodeia, possuir a capacidade de

adaptação às diversas situações, não deixando, no entanto, de ser coerente.

Deve proporcionar ao seu liderado o apoio necessário à motivação no trabalho.

Explicando melhor: não cabe ao líder influenciar o liderado a alcançar um dado

objetivo. A motivação deve ser intrínseca ao trabalhador. Ao líder, cabe o papel

de facilitador. Entretanto, não é sempre que o líder irá encontrar uma equipe

voluntariamente motivada. Muitas vezes ele precisará saber criar um ambiente

no qual o trabalhador possa despertar o seu potencial motivacional. Por isso,

todo esforço no sentido de não desmotivar um trabalhador é fundamental no

processo de liderança. Se, por um lado, é muito difícil motivar alguém, por

outro lado é muito fácil desmotivar uma pessoa. Logo, precisa estar

constantemente preocupado em manter a motivação do seu liderado. Depois

de alcançar esse primeiro grande objetivo como líder, isto é, não desmotivar

funcionários, ele deve proporcionar algumas condições de trabalho que

permitam ao profissional dar o máximo de si. Eis algumas:

v Auxiliar na alavancagem da energia motivacional dos liderados, isto é,

desenvolver um ambiente no qual o trabalho onde seus funcionários

possam acionar sua motivação intrínseca.

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v Criar um ambiente de trabalho onde reine a confiança, a transparência,

onde não haja receio de compartilhar idéias e onde ninguém esteja

sempre certo.

v Proporcionar condições de trabalho baseadas na meritocracia,

reconhecendo e premiando toda contribuição de valor real para o

negócio.

v Ter um responsável pela equipe disposto a apostar em seus

funcionários: delegando, dando oportunidades de desenvolvimento,

permitindo que as pessoas percorram o caminho que considerem mais

propício ao seu crescimento.

O líder contribui para o desenvolvimento de seus funcionários

observando e identificando o talento particular de cada um, alocando o

funcionário no lugar onde possa render mais, delegando e exigindo rendimento

e resultados em proporção ao investimento de confiança e aos recursos

aplicados. Depois disso, compartilha os benefícios obtidos ou os prejuízos a

serem assumidos.

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CONCLUSÃO

Como foi apresentado, existe uma ampla variedade de material sobre

motivação. Apesar de toda pesquisa e literatura existentes, ainda não

contamos com uma grande teoria que possa abranger a maior parte das

descobertas. O importante é que para o trabalhador estar motivado é preciso

que ele se sinta útil e fazer seu trabalho com prazer. Tudo isso está ligado à

realização no trabalho e na vida como um todo. Podemos dizer então que as

organizações que são capazes de oferecer oportunidades e perspectivas que

levem o trabalhador a sentir-se motivado pelo seu trabalho, trazem,

juntamente, propostas e soluções para os conflitos decorrentes da

insatisfação, da desqualificação do trabalho e da própria desmotivação muitas

vezes gerados pelos membros.

Percebe-se, então, que a motivação reside basicamente numa árdua

luta de cada um, realizada através de uma cuidadosa análise de suas

necessidades interiores. Ninguém, portanto, possui uma fórmula mágica.

Porém, alguns pontos críticos devem ser tratados, como por exemplo:

v Reconhecer o esforço dos funcionários, valorizando o bom

desempenho;

v Negociar metas individuais com todos os funcionários;

v Conciliar, na medida do possível, o interesse do funcionário em

trabalhar no setor/tarefa de sua preferência;

v Propiciar um ambiente de trabalho seguro e descontraído;

v Identificar quais os aspectos ou fatores do ambiente de trabalho estão

influenciando negativamente na vida familiar dos funcionários;

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v Melhorar a comunicação interna.

Com relação aos colaboradores das instituições bancárias, objeto deste

estudo, sugerimos abaixo algumas ações que poderiam ser implantadas como

melhorias :

Ø Revisão do Plano de Cargos e Salários, com especial atenção aos

salários iniciais, cujo objetivo é a permanência de funcionários novos

que apresentem grande potencial, evitando serem absorvidos pelo

mercado;

Ø Implementação de uma política de incentivo e reconhecimento que deve

ir além de verbas fixas por funcionários, atrelada à sua atuação e ao seu

desempenho. Reconhecer os funcionários com melhores desempenhos,

remunerando financeiramente (salário variável), como por exemplo, nas

vendas de produtos e serviços, o que amenizaria parcialmente os

efeitos prejudiciais das excessivas metas;

Ø Revisão do quadro de pessoal, levando-se em conta os serviços

executados dentro de uma agência bancária, proporcionando melhores

condições de trabalho e otimização dos resultados;

Ø Finalmente, revisão da política de metas da empresa, adequando-a à

real necessidade da mesma e em conformidade com a real capacidade

das unidades bancárias, o que contribuiria para a minimização de

pressões e stress, com conseqüente racionalização dos serviços e

motivação dos funcionários.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SITUAÇÃO PROBLEMA

1.1 – Um breve histórico sobre o processo de reestruturação

do sistema bancário brasileiro 10

1.2 – O novo cenário do setor bancário nacional 11

1.3 – Alguns dos problemas enfrentados pelos bancários na

atualidade e que interferem na motivação 14

CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – O que é motivação? Por que ela é necessária? 16

2.2 – Algumas teorias existentes sobre motivação 17

2.2.1 – Teoria da hierarquia das necessidades de Maslow 18

2.2.2 – Teoria dos dois fatores de Herzberg 23

2.2.3 – Teoria X, Y e Z de McGregor 25

CAPÍTULO III

MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

3.1 – Por que a motivação interessa à empresa e ao trabalhador? 33

3.2 – O sistema de recompensas tem influência na motivação? 34

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3.2.1 – Salário Fixo 34

3.2.2 – Salário Variável 35

3.2.3 – Remuneração por competência 35

3.3 – Algumas considerações sobre as recompensas 36

3.4 – Programas de motivação mais utilizados pelas empresas 36

CAPÍTULO IV

LIDERANÇA X MOTIVAÇÃO

4.1 – O papel do líder como motivador 38

4.2 – Teorias sobre liderança 39

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

ÍNDICE 47