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Nº 015 >>> 2009-10 2009-10 2009-10 2009-10 2009-10 | DEZEMBRO | JANEIRO Director Director Director Director Director | Manuel Santa Cruz Domingues Basto Oliveira >>> DISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRATUITTUITTUITTUITTUITAAAAA

ARRIVARRIVARRIVARRIVARRIVA PorA PorA PorA PorA PortugaltugaltugaltugaltugalPasses recarregáveisPasses recarregáveisPasses recarregáveisPasses recarregáveisPasses recarregáveis

nos autocarros

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Fátimahá

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Colaboradores daARRIVARRIVARRIVARRIVARRIVA A A A A Portugalem encontrencontrencontrencontrencontroooooanual

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>>> notícias

Uma imagem numa manhã perfeita garantiuo prémio de Melhor Foto ARRIVA do ano2009. Mark Scott, 41 anos, condutor decomboios na ARRIVA CrossCountry ganhouo prémio com esta foto de um comboio apassar em Wingfield, na linha entre Derbye Chesterfield.O Mark já tinha ganho com a mesma ima-gem um dos prémios intermédios do con-curso que tem como júri um grupo de cola-boradores da prestigiada revista de trans-portes «New Transit».O Mark adiantou que desde jovem gostamuito de fotografia sendo o caminho de fer-ro um dos seus temas favoritos. Recente-mente dedicou-se em especial a ambien-

A ARRIVA e os seus colaboradores na Es-cócia estão especialmente felizes depoisde terem ganho dois prémios maiores noScottish Transport Awards.A ARRIVA ganhou o prémio para o MelhorServiço em Autocarro, com a sua linhaGlasgow Flyer que liga o aeroporto deGlasgow ao centro da cidade vinte e quartohoras por dia.Jimmy McGrory foi um dos futebolistas queficou na história do futebol ao ter sido umdos mais notáveis representantes do Celticpor muitos anos. No entanto neste caso, oJimmy McGrory é outro.O Jimmy McGrory da ARRIVA Scotland Westficou completamente sem palavras depoisde ganhar o prémio de Melhor Funcionáriodo Ano na classe de Atenção ao Cliente.Nascido em Erskine, com 55 anos, o Jimmytrabalha há 28 anos na ARRIVA.Ralph Roberts, director da ARRIVA Scotland

Foto ARRIVA do Ano 2009

West, afirmou que estes prémios eram umaexcelente notícia, o resultado de muito tra-balho dedicado ao Glasgow Flyer, e tam-bém um prémio para todos os que diaria-mente asseguram o bom funcionamento dacarreira.A propósito do Jimmy, referiu-o como umexcelente colega, muito popular entre osclientes, especialmente em Erskine eGlasgow. “O Jimmy é um grande colabora-dor da empresa”Mc.O Jimmy McGrory afirmou, entretanto, queficou felicíssimo por ter sido nomeado parao prémio e que ganha-lo foi “como a cerejano cimo do bolo”. Sentiu uma grande felici-dade por ver reconhecido um trabalho queele desempenha com tanto gosto.O Scottish Transport Awards é um prémioanual em que a comunidade nomeia, reco-nhece e premeia o melhor que se faz na in-dústria dos transportes públicos na Escócia.

tes sénicos e esta imagem feita emWingfield permitiu-lhe a combinação des-ses dois gostos. Para conseguir aquilo queconsiderou ser a melhor imagem, o Markfoi três vezes ao local. No entanto a luz eraa ideal e por isso teve que aguardar atéconseguir o dia “perfeito”.O júri afirmou que a decisão em favor des-ta imagem recolheu uma maioria significa-tiva de votos dos seus membros. SegundoDave Martin, o Chefe Executivo da ARRIVA,a foto do Mark merecia ganhar neste con-curso que contou com uma participaçãomuito significativa, centenas de colabora-dores da empresa espalhados pela Euro-pa.

ARRIVA “vezesdois”no ScottishTransport Awards

A ARRIVA foi nomeada como «Brand Emissions Leader» pelasua contribuição na redução da libertação de gases que pro-voquem efeito de estufa e pela criação interna de valores limi-te de forma a conseguir um incremento maior nessa mesmaredução.Investigadores da Edinburgh University Business School e daENDS Carbon, uma entidade especialista na avaliação dasemissões de carbono, analisou essas emissões em 600 em-presas das quais apenas 121 se enquadram nos escalõesdesejáveis. Estas foram classificadas com Marcas Líder emEmissões, Brand Emissions Leaders.No sector de transportes a ARRIVA foi identificada como BrandEmissions Leader no escalão mais elevado, juntamente com oEurostar e o Eurotunnel tendo sido classificadas como as maissignificativas em desempenho.Já em 2008 a ARRIVA por si própria se tinha comprometido areduzir em 15% as suas emissões até ao ano de 2012, tendopor base o ano de 2006.Dave Martin, o CEO da ARRIVA, afirmou que “embora os com-boios e autocarros tenham já por si vários equipamentos ami-gos do ambiente que apresentam vantagens sobre outros mei-os de transporte, acreditamos que ainda é possível fazer algopara melhorar o desempenho na ARRIVA”. Com efeito, a em-presa tem vindo a melhorar de uma forma muito significativa oque tem feito em toda a Europa no que diz respeito a estasquestões. Uma das formas passa por uma condução mais su-ave e pela utilização de combustíveis alternativos ou de veícu-los híbridos. “É profundamente gratificante ver que este reco-nhecimento coloca a ARRIVA lado a lado com algumas dasmais importantes empresas da Europa”, salientou.

ARRIVAecológica

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Caro/a Leitor/a, Cliente e Amigo/a,Estamos em plena época Natalícia do anode 2009; tal facto não podia deixar de in-fluenciar a forma como escrevo este edi-torial para si.Natal é tempo de reflexão, de maior dedi-cação e atenção ao nosso semelhante, deharmonia e de esperança.Natal é tempo de vida!Não podemos reflectir sobre o ano queagora termina sem nos lembrarmos que acrise que o Mundo atravessa originouimensas situações de dificuldade paramuitas e muitas pessoas e, particularmen-te, não podemos deixar de nos lembrar emespecial dos Portugueses que, em Portu-gal ou em qualquer outra parte do Mundo,viram as suas esperanças no futuro condi-cionadas pela evolução do presente.Apesar dessa conjuntura negativa nós, naARRIVA Portugal, fomos capazes de, atra-vés de um esforço redobrado na atençãoà gestão e ao controlo dos custos do nos-so dia-a-dia e da colaboração activa detodos quantos aqui trabalham, vencer oano sem sobressaltos de maior, conse-guindo mesmo manter o nível de empregoapesar de, com a abertura das novas ins-talações, termos fechado quatro das anti-gas oficinas e três escritórios.O facto de não termos gerado desempre-go seria por si só, e tendo presente o que

se passa à nossa volta, motivo para nos sen-tirmos orgulhosos do que conseguimos re-alizar.Acontece porém que esta edição – a núme-ro 15 do ARRIVA Jornal – é a primeira quefazemos a partir das nossas novas instala-ções (que começamos a usar em pleno nomês de Novembro de 2009).Tal significa que não só fomos capazes demanter o equilíbrio neste terrível ano de 2009em termos de economia, como consegui-mos concretizar e finalizar a obra que voshavíamos anunciado e que, em termos em-presariais, significa um renascer, significauma nova vida!Com efeito, o volumoso investimento (maisde quatro milhões e meio de euros) aquirealizado pela ARRIVA significa uma con-solidação empresarial de grande impactopara o enraizamento local e, por isso mes-mo, uma segurança para todos - clientes,autoridades e colaboradores - de que con-tinuaremos a trilhar o nosso caminho deaperfeiçoamento e melhoria sistemática dascondições empresariais com vista à perma-nente evolução positiva das condições emque prestamos o serviço de transportes co-lectivos de passageiros na região.Mesmo com este enorme investimento nasinstalações não deixamos também de fazeralguma renovação da frota, mas obviamen-te, a um nível mais reduzido do que aquele

Manuel Santa Cruz Oliveira(Presidente da Comissão Executiva

da ARRIVA Portugal)

>>> editorial

que vinha acontecendo.Sendo, como afirmei no início, o Natal étempo de vida e é, também, o aproximar deuma vida nova que (esperámo-lo sempre)o novo ano trará.É por isso muito grato para mim estar nestemomento em condições de afirmar e infor-mar que o ano de 2010 vai ser, de novo,um ano de grande renovação da nossa fro-ta, prosseguindo assim o nosso caminhono sentido da constante melhoria da quali-dade no serviço que prestamos.Tendo dado a conhecer o que vamos rea-lizar em 2010 e que significa da nossa par-te a confiança num futuro melhor, resta-me, em meu nome pessoal, no nome daARRIVA Portugal e deste Jornal desejar-lheum Santo Natal e que no final de 2010 pos-sa dizer que foi o primeiro dos melhoresanos da sua vida!

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA

Director | Director | Director | Director | Director | Manuel da Santa Cruz Basto OliveiraCoordenador Editorial | Coordenador Editorial | Coordenador Editorial | Coordenador Editorial | Coordenador Editorial | Marco António Lindo | [email protected] e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Grafismo e Pré-Impressão | Alive Word Comunicação Lda | [email protected]

Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Colaboraram nesta edição | Alexandra Bento, Hugo dos Santos, José Luís Covita,Mafalda Raínho, Marco António Lindo, Mónica Lindo, Natacha Lima Reis

FotografiaFotografiaFotografiaFotografiaFotografia ||||| Maria Helena Duarte, Marco António Lindo, Dario Silva

Publicidade | Publicidade | Publicidade | Publicidade | Publicidade | Tel. 253 439 803 ou 220 167 542Impressão| Impressão| Impressão| Impressão| Impressão| Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A.

Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o nº 125134Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | 264746/07Tiragem | Tiragem | Tiragem | Tiragem | Tiragem | 10 000 exemplaresPeriodicidadePeriodicidadePeriodicidadePeriodicidadePeriodicidade | BimestralPublicação Gratuita

PrPrPrPrPropriedade e Edição | opriedade e Edição | opriedade e Edição | opriedade e Edição | opriedade e Edição | ARRIVA Portugal – Transportes LdªRua Eduardo Almeida, 162 – 2º Sala C, 4810 – 440 GuimarãesTel. 253 439 800 | Fax. 253 439 801

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>>> destaque

Passes já se podem carregar

nos autocarros

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Já é possível carregar o passe mensal no auto-carro, eliminando assim a necessidade de ir aum escritório ou bilheteira para o fazer.O processo é simples e o condutor do autocarroacompanha o cliente a cada momento, até severificar que o carregamento foi feito com suces-so. Os passos são os seguintes:1.1.1.1.1. O cliente deve segurar o passe junto à antenade validação da máquina enquanto o processose completa;2.2.2.2.2. No visor aparecem todos os dados, a origem edestino, a validade e o valor, sendo necessárioque o cliente os confirme;3.3.3.3.3. Após essa confirmação, a vinheta e recibo sãoimpressos;4.4.4.4.4. Só se pode retirar o passe após aparecer novisor da máquina a frase “Titulo recarregado, re-tire o título”.Como vê, é um processo simples em que todosganham e, ainda para ajudar mais, não necessi-ta ter a maçada de se deslocar à bilheteira.Boa viagem com ARRIVA!

No passado número do ARRIVA Jornal, a propósito dos resultados obtidos por colaboradores daARRIVA nas eleições autárquicas, colocámos o Sr. Paulino Rocha como integrante da lista do PSD àJunta de São Mamede de Coronado. Com efeito, foi eleito na lista do Partido Socialista. Ao visado eaos leitores pedimos desculpa pelo erro.

ARRIVA Jornalcorrige informação

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A oitava edição de Garfe, “Aldeia dos Presépios” está presente denovo dando brilho à freguesia.Este ano, são 15 os presépios que podem ser apreciados até 6 deJaneiro de 2010.Desde 2002 que a população dos diversos lugares daquela fre-guesia, do Concelho da Póvoa de Lanhoso, presenteia os visitan-tes com verdadeiras obras de arte, esmerando-se por aperfeiçoarcada presépio, que conjuga particularidades da vida do Minho edo campo com os motes tradicionais da celebração do Natal. Di-nâmicos ou estáticos, em miniaturas ou tamanho quase real, estespresépios são verdadeiros conjuntos artísticos, realizados dos maisdiversos materiais, que devolvem a bela tradição desta quadra eque encerram horas e horas de trabalho dos habitantes de Garfe.A tradição conta já oito anos, sendo que, na primeira edição, parti-ciparam os lugares de Assento, Devesa, Carvalhinho, Costa, Moi-nhos, São Roque e Eiras, abraçando esta iniciativa que nasceupelo desafio lançado pelo grupo de jovens “Chamas Vivas”.Como nas edições anteriores, em cada presépio haverá a celebra-ção de uma Eucaristia.Este ano, no centro de Garfe, lugar de Salgueiros, existe a Loja da“Aldeia dos Presépios”, onde podem ser obtidas informações ouadquiridas lembranças.

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: [email protected]

Loja da Aldeiados Presépios

Horário de funcionamentoHorário de funcionamentoHorário de funcionamentoHorário de funcionamentoHorário de funcionamentoDe segunda a quinta - feiradas 18hh00 às 22h00

Sextas-feirasdas 18h00 às 23h00

Sábadosdas 14h00 às 23h00

Domingosdas 14h00 às 22h00

Encerra a 24, 25 e 31 de Dezembroe a 1 de Janeiro

Para mais informações e apoio àPara mais informações e apoio àPara mais informações e apoio àPara mais informações e apoio àPara mais informações e apoio àvisita de grupos contactarvisita de grupos contactarvisita de grupos contactarvisita de grupos contactarvisita de grupos contactar253 639 708ou [email protected]

Dias e horários das MissasDias e horários das MissasDias e horários das MissasDias e horários das MissasDias e horários das Missas• 24 de Dezembro (quinta-feira)10h00 no presépio do lugar deCarvalhinho

• 24 de Dezembro (quinta-feira)24h00 – Missa do Galo no presépioconjunto dos lugares de Assento,Rande e Igreja de Cima

• 25 de Dezembro (sexta-feira)17h00 - no presépio do lugar deGondiães dinamizado pelos escuteiros

• 26 de Dezembro (sábado)18h00 - no presépio conjunto doslugares de São Roque, Teire e AzenhaNova

• 27 de Dezembro (domingo)17h00 - no presépio conjunto doslugares de Fonte Milho, Comenda eSão Pedro

• 31 de Dezembro (quinta-feira)16h00 - no presépio conjunto doslugares de Quintã, Eiras, Outeiro eCondes

• 1 de Janeiro (sexta-feira)17h00 – no presépio do lugar deMoinhos

>>> destaque

A AldeiadosPresépios

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Marco António Lindo

>>> tema de capa

Decorreu, pela oitava vez, o encontro que reúne anualmente colabora-dores no activo e reformados.Esta é sempre uma forma de juntar pessoas que, por vezes, não têmoutra hipótese em nenhuma outra altura do ano para o fazer.Havia o desejo comum de um dia de sol, o que infelizmente não acon-teceu. Com a chuva a cair realizaram-se as iniciativas possíveis e oambiente entre colegas em nada se alterou - a boa disposição tambémfoi convidada!Esta foi a primeira vez que o encontro decorreu já com as novas instala-ções em funcionamento. Assim, depois dos bolinhos e Vinho do Porto,nas Taipas, todo o grupo se juntou e se dirigiu às novas instalações,permitindo uma visita guiada à oficina, escritórios e administração.De seguida o grupo dirigiu-se à Quinta das Laranjeiras onde foi servidoo almoço. A Animação foi meio surpresa, já que o Sr. Antunes, chefe daoficina de Guimarães se fez acompanhar pela Márcia e pelo Paulo. AMárcia em conjunto com o Antunes são membros do Rancho FolclóricoInfantil de Santo Estevão de Briteiros enquanto o Paulo é do Rancho doSouto. Como é habitual alguns outros colaboradores juntaram-se comas suas concertinas.Antes das despedidas ainda houve o bolo e lembranças.Um dia bempassado, para repetir em 2010.

Convívio de colaboradores ARRIVA

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>>> tema de capa

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MiaCouto

>>> literatura

Depois de vários meses a escrever sobrecolaboradores da Seara Nova, enquanto ten-tava imaginar quem viria a ser o próximo, lem-brei-me de que há pouco tempo, em Guima-rães na Livraria Centésima Página, no SãoMamede, houve uma sessão de autógrafosde um escritor contemporâneo de grandevalor, refiro-me ao Mia Couto.A 5 de Julho de 1955, filho de uma família deemigrantes portugueses, António Emílio Lei-te Couto, (re)conhecido na praça públicacomo Mia Couto, nasce na Beira,Moçambique. Segundo o autor, o nome “Mia”é utilizado devido à sua paixão pelos gatosvinda desde a infância, quando dizia à famí-lia que queria ser um deles.Faz toda a sua escola primária na Beira e éaos 14 anos que publica os seus primeirospoemas no Notícias da Beira. Em 1971,aquando da passagem para a vidaacadémica, parte para Lourenço Marques –actual Maputo – deixando a Beira, que o viracrescer até então. Ingressa em Medicina e,dois anos mais tarde, começa a fazer Jorna-lismo, redescobrindo a sua paixão pelas le-tras e desistindo assim do curso de Medici-na, iniciado anos antes.Sempre envolvido na luta e disputa pela inde-pendência do seu País, membro da Frente deLibertação de Moçambique (FRELIMO), é nadata em que esta se concretiza que Mia Coutose torna director da Agência de Informaçãode Moçambique (IAM). A partir desta alturaentrega-se ao Jornalismo. Dirige a revista se-manal Tempo e o jornal Notícias de Maputo.

Em 1985 entrega-se à Biologia, na Univer-sidade Eduardo Mondlane, sendo tambémnos inícios dos anos 80 que publica os seusprimeiros livros de contos. Em 1983 publicaRaiz de Orvalho, ainda em poesia - livro quesó foi publicado em Portugal vários anosdepois – dizendo que esta obra consistenuma espécie de contestação contra o do-mínio absoluto da poesia militante e satíri-ca. É em 1986 que se lança verdadeiramen-te nos contos, publicando VozesAnoitecidas, livro com o qual foi premiadopela Associação de Escritores deMoçambique, e, quatro anos mais tarde,Cada Homem é uma Raça. Em 1992, es-treia-se nos romances com Terra Sonâm-bula e é, a partir desta data, que nunca maisdeixa de lado a escrita e a sua paixão pelashistórias que conta, conciliando a isto asactividades de biólogo e professor.Ainda assim o autor não parou nunca de cri-ar! Durante vários anos seguidos, Mia es-creveu e publicou dezenas de livros, de his-tórias, histórias que nos remetem para a sua“terra-mãe”. Em 1994 lança EstóriasAbensonhadas; em 1996 A Varanda deFrangipani, obra conhecida pelos mais no-vos, nome tantas vezes mencionado,aquando da explicitação da obra deste au-tor; Contos do Nascer da Terra vem em 1997,precedendo Vinte e Zinco, em 1999. Nesteano foi vencedor do prémio Virgílio Ferreira,prémio este que visa galardoar toda a obrado autor até então e não apenas uma únicapublicação.

Mafalda Raínho

Em 2000 publica Mar Me Quer que, mais umavez, nos remete a Moçambique, ao contactocom o mar, de uma forma pacífica eternurenta. No ano seguinte, Mia Couto re-cebe, em Portugal, na Fundação CalousteGulbenkian, o Prémio Literário Mário António(atribuído, de três em três anos, a escritoresafricanos lusófonos ou timorenses) pela suaobra O Último Voo do Flamingo publicada,também, no ano anterior. Neste ano de 2001publica Na Berma de Nenhuma Estrada eoutros contos e O Gato e o Escuro. Em 2002publica Um Rio Chamado Tempo, uma CasaChamada Terra, obra que foi rodada em fil-me pelo português José Carlos Oliveira. Em2004 escreve A Chuva Pasmada, lança em2006 O Outro Pé da Sereia e O Beijo daPaolavrinha.As obras têm vindo a ser publicadas, prati-camente todos os anos, sendo que em al-guns anos, o autor edita mais que uma, comoé o caso deste ainda presente ano… Em2009 publicou Antes de Nascer o Mundo eJerusalém.Com o passar dos anos e a sua evolução,Mia Couto é, hoje em dia, um dos nomessonantes da nossa praça cultural. Nome bemacolhido, integrado no espólio da nossa lite-ratura. Este biólogo, professor, mas, essenci-almente, contador de histórias, tem-nos pre-senteado com o seu jeito para as palavras,carregadas de neologismos, levando-nos atéum mundo quente, de várias emoções,ternurento e doce, mostrando-nos as históri-as de gente como nós.

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Foi para tique desfolhei a chuvapara ti soltei o perfume da terratoquei no nadae para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavrase todas me faltaramno minuto em que talheio sabor do sempre

Mas os ruídos da noitetrazem a sua esponja silenciosae sem luz e sem tintao meu sonho resigna

Longeos homens afundam-secom o caju que fermentae a onda da madrugadademora-se de encontroàs rochas do tempo

Para TiPara ti dei vozàs minhas mãosabri os gomos do tempoassaltei o mundoe pensei que tudo estava em nósnesse doce enganode tudo sermos donossem nada termossimplesmente porque era de noitee não dormíamoseu descia em teu peitopara me procurare antes que a escuridãonos cingisse a cinturaficávamos nos olhosvivendo de um sóamando de uma só vida

>>> literatura

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Aproximo-me da noiteo silêncio abre os seus panos escurose as coisas escorrempor óleo frio e espesso

Esta deveria ser a horaem que me recolheriacomo um poenteno bater do teu peitomas a solidãoentra pelos meus vidrose nas suas enlutadas mãossolto o meu delírio

É então que surgescom teus passos de meninaos teus sonhos arrumadoscomo duas tranças nas tuas costasguiando-me por corredores infinitose regressando aos espelhosonde a vida te encarou

Solidão

Mia Couto,n “Raiz de Orvalho e Outros Poemas”

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Nascida na Gafanha da Nazaré, a sua pri-meira aparição pública aconteceu quandotinha 11 anos: a cantar um dueto com a irmã.Aos 18, tocava em bares, dando preferên-cia a temas dos Beatles, Simon e Garfunkel,Sérgio Godinho ou Rui Veloso.Formou-se em Música na Universidade deAveiro, em 1990, e no ano seguinte já com-punha numa banda de rock sinfónico, osDoce Caos. Não é muito comum encontraruma artista de jazz com formação clássicaem piano e composição. No entanto foi noscaminhos do jazz que encontrou a melhorforma de transmitir o seu sentimento musi-cal.O seu interesse pelo jazz cresce em 1992quando começa a acompanhar mais aten-tamente o que ia acontecendo em Portugal.Em 1997 depois de já ter aparecido na tele-visão, num concurso, parte para os estadosUnidos onde ganha uma bolsa para acabaros seus estudos de Jazz, na ManhattanSchool of Music.Em 2001 o José Duarte, o responsável pelo“Cinco minutos de Jazz” na Antena 1,destingue-a com o prémio de RevelaçãoMusical do Ano.Em 1993 a Jacinta foi a primeira artista por-tuguesa de jazz a entrar para a Blue NoteRecords, tocou já com extraordinários no-mes do jazz, como Jane Monheit, Greg Osbyou Peter Eldridge.Começou a sua vida discográfica com umtributo a uma grande mulher, Bessie Smith,tendo com este trabalho vendido mais de25 mil cópias chegando ao 7º lugar nas ven-

das em Portugal. O tributo a Bessie Smith foidisco de ouro nesse ano.Em 2005 lança Day Dream. No álbum éacompanhada pelo quarteto de Greg Osbycom quem no ano seguinte sai em tour.Em 2006 actua pela primeira vez no TeatroNacional de São Luís onde se apresentacom o projecto, Jacinta canta Brazil.Desde que foi nomeada como “Melhor NovoArtista de Jazz 2007” que o nome Jacintatem vindo a ser descoberto, por muitos da-queles que preferem uma vertente de vozintensa que consegue manter sempre umtimbre aveludado.De seguida produz pessoalmente e lançaConvexo, um trabalho que me deixou ines-peradamente surpreendido. É verdade quea maior parte das pessoas que conheço meassociam sempre ao metal, mas assim nãoé. Sucede que a última coisa que esperavaera ouvir a Jacinta a tocar José Afonso, simo Zeca, com um sentidíssimo toque de jazz.Na foi a primeira vez que o fez porque noúltimo álbum que fez para a Blue Note, DayDream, inclui Canção de Embalar de ZecaAfonso entre temas de Duke Ellington e deThelonious Monk; brutal!Bem, quem esperava ouvir Grândola VilaMorena, enganou-se. Mas para quê? A in-tenção não tinha nenhum cariz politico... ouserá que tinha?Foi com o lançamento deste álbum que ven-deu mais de 18 mil cópias, que Jacinta ar-rancou para, aquele que foi até ao momen-to, o maior tour nacional de jazz, ao dar 20concertos entre Março e Maio de 2008.

Jacinta

>>> músicaMarco António Lindo

É o próprio Peter Eldridge que num comen-tário pessoal diz a respeito dela que “a suaforma de cantar é completamente contagi-osa pela respeito e força de alma que ema-na”.As impressões musicais raiam diversos es-tilos sendo um patrocínio para criar uma in-

discutível atenção, até no ouvinte que seafirme menos interessado.O novo álbum já está à venda e Jacinta cantaSongs of Freedom. Álbum este que irá denovo correr as estradas do País. Um diapoderá passar à sua porta... não perca; euestou a ouvi-lo agora mesmo.

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Mónica Lindo

O álbum de estreia, «Prison of Desire» é lan-çado em 2000, e teve, como convidada avocalista Sharon den Adel, a qual partici-pou na canção «Beyond Me». O álbum teveum «feedback» altamente, o que foi um gran-de avanço para a banda. Ainda em 2000, obaterista André Borgman juntou-se à ban-da, substituindo Joep Beckers, e no final doano o teclista Lando van Gils substituiu JackDriessen.Em 2001 o álbum «Decipher» foi lançado.Floor Jansen foi convidada para cantar nosAyreon. Em 2002 Mark Jansen sai do AfterForever, monta a banda Epica, e é substitu-ído por Bas Maas. No ano de 2003 o AfterForever lançou o EP «Exordium».Em 2004, o álbum conceptual «InvisibleCircles» foi lançado. Este chegou a alcan-çar o 26º lugar no Top 100 holandes. Nomesmo ano, Lando van Gils deixa a bandae é substituído por Joost van den Broek.No início de Setembro de 2005, foi lançado

o álbum «Remagine». Em 3 de Março de2006, a banda deixou a editora TransmissionRecords, devido a uma promoção bué má.Em Outubro desse mesmo ano, eles assina-ram com a Nuclear Blast Records.No final de 2006 a banda gravou um novoálbum, intitulado «After Forever», que con-tou com as participações de Jeff Waters, gui-tarrista da banda Annihilator e da cantoraalemã muita doida, Doro Pesch. O álbum foilançado dia 20 de Abril 2007. Nesse mesmo

Lux Ferre foi criada em 2001 pelo Devasht epelo Baal Sabbath, tendo nesse mesmo anolançado o EP «Wicked Riffs of War». Em 2003sai «Unholy Ascendence of Satan», uma edi-ção muito limitada da War Productions. A tre-menda aceitação deste demo foi tal que le-vou à subsquente edição de «Kuit of the BlackFlame».No fim de 2003 é editada uma compilação deBlack Metal, «Lusitania Dark Horde», ondeparticipa com um tema. Em Dezembro do anoseguinte, depois de se ter mudado para aKetzer Reckord, lança «Antichristian War Pro-paganda», o que permitiu a Lux Ferre abrircom mais facilidade para os desempenhosao vivo. Em 2005, Lux Ferre sai em tour comCirith Gorgor e Daemonlord, enquanto lança«Acerbus Mortis».Após uma pausa, entra um novo membro gui-tarrista, Pestilens, dos Penitência. Como com-positor, vem trazer a Lux Ferre a possibilidadede levar para novos níveis o pensamento maisnegro da condição humana. Durante a gra-vação do album «Vilkacis (Ars Diavoli,Malleus)», Pestilens junta-se definitivamente

à formação de Lux Ferre.«Atrae Materi Monumentum» é o novo traba-lho, lançado há dias, e que tenho estado aouvir atentamente. No CD que recebi,Pestilens escreveu à mão... Nada é perfeito,até os loucos erram. Eu não serei louca, masdificilmente conseguirei acertar neste verda-deiro «Monumentum».A faixa que dá nome ao CD é uma das quemais me tocou. Algumas passagens: “Maté-ria negra que respiramos, puro sangue ne-gro, monumentos de doença (…) Coraçõessólidos de pedra, sem vida... Na minha dor eno teu fim encontro a salvação (…) Sou o malinevitável, sou o monumento” (...) “Pensamen-to, inércia, a solidão do meu ser. Abraço emlágrimas a situação que criei. Tudo isto foimeditado, planeado, com um fim... qual mas-sa, qual névoa?... Não há dor, não há morte.Somente o vazio, a minha saudade. Somenteum objectivo, o meu adeus”.Qu’é que foi? Qu’é que querem? Ouvir isto,esta letra escrita à mão pelo Devasht!... Foi oPapzz que me contou de um mail trocado comele. Tem de se entender que quando se es-

creve à mão são os nossos tremor, suor e ca-lor que vão junto na caneta e escorrem sobreo papel.Passe a hipotética aberração de expressão,mas «Atrae Materi Monumentum» fez-me lem-brar, pela sua força, algo como a construçãodas pirâmides. Das coversas que o Papzz tevecom outro membro da banda, o Pestilens, fi-cou-me uma passagem que ele me enviou:“Nem tem nada a ver com afronta ou ataque,apenas queremos fazer o nosso material bemúnico, tentar alcançar o nome de arte, e sealguem não gostar, então pronto, nada nosvai fazer parar, nem vai haver os tais orgulhosferidos, como muitas bandas os têm, que comqualquer coisinha que não goste do som de-les, parecem bebés a chorar”.Quando o Pestilens disse ao Pappz “esperoque consigas sentir alguma diferença atra-vés do nosso som, essa humildade, esses pésna terra e, acima de tudo, a nossa humildadepelo que fazemos”, não podia ter forma maissimples de me ajudar na tentativa da conclu-são de uma ideia.Thanks Lux Ferre! És o meu herói, Papzz.

LuxFerre

ano, o guitarrista Sander Gommans sofreuuma espécie de colapso nervoso, chegan-do a ter convulsões dentro de um avião.Alguns espectáculos foram feitos com aparticipação de George Oesterbroek dosOrphanage, mas todos os membros concor-daram que não seria justo a banda continu-ar sem um dos seus principais membros.Deste modo, a banda decidiu dar uma pau-sa de aproximadamente um ano, até que oguitarrista se recupere totalmente.

>>> musik by Mok’zz

After Forever é uma banda Holandesa quemistura metal sinfónico, metal progressivoe power metal, e baseia-se no uso de vo-cais sopranos e «death grunts». A sua mú-sica também é influenciada pela músicaclássica.A banda After Forever foi originalmente for-mada em 1995 sob o nome Apocalypse,sendo o seu género musical orientado parao «death metal». Com a entrada da vocalistaFloor Jansen em 1997, o estilo da bandamudou para dar mais ênfase à sua voz. Atéaquele momento a banda era composta porFloor Jansen, Mark Jansen, SanderGommans, Luuk van Gerven, Jack Driessene Joep Beckers.Em 1999 a banda começou a compor can-ções próprias e gravaram dois demosintitulados «Ephemeral» e «Wings ofIllusion», que logo chamaram atenção daeditora Transmission Records, que assinoucontrato com a banda.

After Forever

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A navegação só hoje se tornou algo relativa-mente simples com o advento do GPS e comum nível elevado de instrumentos que per-mitem conduzir navios por qualquer local deâmbito marítimo, a qualquer hora e com qua-se quaisquer condições meteorológicas,sem que isso seja um problema maior.No entanto, essa facilidade é muito recentede tal forma que ainda está presente nas ora-ções dos mais antigos a inclusão no “Painosso” ou na “Avé Maria” de preces pelosque andam no mar.Para proteger os navegantes há uma cons-trução antiquíssima que não substitui as pre-ces mas ajuda bastante a navegação: o fa-rol. Por toda a costa portuguesa é possívelver faróis, apresentando alguns característi-cas técnicas e arquitectónicas de elevadointeresse.O Mais antigo dos originais em serviço, si-tua-se na entrada do Rio Tejo, em Lisboa. Ofarol do Bugio foi construído por ordem doRei D. José I remontando a sua conclusão a1755.Seguiram-se os de Cabo Espichel e Carvo-eiro, respectivamente em 1775 e 1779, am-bos ainda operacionais.Já não operativo restando apenas parte, estáum dos mais antigos faróis - o do Anjo da

Cantareira - mandado construir na Foz doDouro, em 1527, por Dom Miguel da Silva,Bispo de Viseu.Ainda hoje se lê esculpido numa das suasparedes... “Michael Silvivis electvusepiscopvs Visiensis tvrrim ad regendosnavivmcvrsvs fecit. Idem agros ex qvorvmredditv noctvrni ignes etvrri perpetadcenderentvr svapecv mtos ann MDXXVII”,transcrevendo: Miguel da Silva, Bispo eleitode Viseu, mandou construir esta torre paradirigir a nevegação. Ele mesmo consignou

>>> patrimónioMarco António Lindo

campos comprados com o seu dinheiro, como rendimento dos quais foram acesos fogosna torre perpétuamente, no ano de 1527.Dom Miguel da Silva, embora tenha sido Bis-po de Viseu, entre 1527 e 1547, era um gran-de apaixonado pelo Douro e, em especial,pela sua Foz, onde viveu os primeiros anosdo seu episcopado sendo dono dos Coutosda Vila de São João da Foz, actual zona doPorto conhecida exactamente por Foz. Nes-sa altura em que acumulava funções comoComendatário dos Cónegos Regentes do

Mosteiro de Landim e do Mosteiro de SãoBento de Santo Tirso.Havia nesse local da Foz um hospital de ondeo próprio Dom Miguel viu algumas tragédiascom navios que entravam a barra do Douro.Esses acontecimentos motivaram-no a inte-ressar-se pela questão, especialmente quan-do acabou por testemunhar algumas mor-tes. Afirmou que era uma questão “não só decaridade e filantrópica, era uma obrigação”,e cito, de “dar uma luz que desse notícia daposição do Douro aos navegantes”.

da CantareiraAnjo

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obra que, depois de concluída, permitiu ummelhor acesso ao Porto.Hoje no local onde estava o farol do Anjoapenas está o edifício de apoio já que a zonaonde ardia a luz desapareceu. O combustí-vel usado na época era uma mistura deestearina, cebo e azeite.Esta parte que ainda hoje existe é compos-ta por um edifício rectangular em cantaria,uma torre rematada com uma cupula detijolo de oito gomos tendo à sua volta umpequeno varandim. Este edifício veio a serum posto da Guarda Fiscal, entretanto ex-tinto.Na torre existiu, também, um farol posteriorao que antes funcionava no exterior e quemais era aquilo que actualmente é um in-dicador marítimo posteriormente substituí-do pelos existentes nos pontões, tanto dolado da Foz como do lado oposto do rio, naAfurada. Este farol era uma luz reflectida apartir de uma lamparina forte.O cronista Sousa Reis refere algo que pro-va também ter existido dentro do edifíciouma capela quando a dado passo escre-ve, “à porta tão somente voltada a norte, eà janela praticada na parede de leste paradar luz à capela pois o seu institutor lhequiz dar ao mesmo tempoduas aplicações,a humana e a divina, servindo de farol naterra e também na bem aventurança aque-les que nesta terra buscassem luz”.Com efeito no interior das paredes desteedifício existia um pequeno templo de pa-

redes octogonais. Em três oitavos existiamtrês nichos cobertos por um “sobrecéu” emforma de concha. Na parede do centro es-tava o Arcanjo São Miguel, ladeado por SãoBento e São João Baptista.Mais serve para comprovar esta questãoda capela, quando encontramos no III Vo-lume da “Tentativa Etimológico Toponímicado Porto”, da autoria do Dr Pedro AugustoFerreira, não só a confirmação de que atorre teve um altar como ter existido umaromaria anual ao seu padroeiro, com parti-da deste local.No códice do Mosteiro de São Bento, emSanto Tirso, estão registadas obras no Sé-culo XVII em manuscrito e ainda se lê “huaErmida de nossa Senhora ora obra reall,grandiosa, de mea laranja, e em hum len-ço della pª parte do Rio pôs hu letreiro...”.Também o Padre Pereira de Novais referetextualmente que “mandò poner en laHermita de San Miguel quando là fundò enSan Juan de la Foz.A verdade é que mesmo sem que se en-contrem mais documentos de prova, a ve-lha torre da Cantareira é reconhecidacomo Ermida de São Miguel-o-Anjo.Em local adjacente funcionava também aCorporação dos Pilotos da Barra.O antigo Ministério da instrução declarouo edifício como de utilidade pública, pordespacho de 17 de Abril, de 1950. Desig-nava-o nessa altura como Farol ou Capelado Anjo da Cantareira.

Marco António Lindo

>>> património

No entanto, o reverendo Pedro AugustoFerreira, Abade de Miragaia, não acreditavanos propósitos meramente filantrópicos doBispo Miguel da Silva.O Bispo representava no norte do País a fa-mília Silva de Portalegre, sendo a sua figuramais ilustre. O Rei Dom Manuel tinha conce-dido a essa casa regalias e doações. Entreessas é de referir uma “dízima” da pesca deLeça e da própria Foz do Douro, daí haverdele um interesse relevante para que os bar-cos não afundassem.Acredita-se que esta visão será um exageropor parte do Padre Pedro Ferreira, já que exis-tem extensos registos de outras obras nocouto de Dom Miguel da Silva sem qualquerproveito material.A ligação do mundo eclesiástico a estasquestões não se ficou por aqui já que DomFernando Coutinho - Prior de Guimarães quetambém foi Bispo de Lamego e, posterior-mente, Bispo do Algarve - mandou construiro Farol de São Vicente em 1515. Nas razõescitadas afirma o próprio que “dele tinhammuita necessidade os navegantes, por daraviso e luz em dias de tempestade e noiteescura”.A importância desta obra foi tão grande queo burgo, que se instalou nas suas proximida-des, adoptou o nome até á actualidade: Vilado Bispo.Mas voltando à barra do Douro, é tambémimportante citar os trabalhos desenvolvidospelo Padre Estêvão Cabral que conduziu uma

Para proteger osnavegantes há

uma construçãoantiquíssima que

não substitui aspreces mas ajuda

bastante anavegação: o

farol. Por toda acosta portuguesa

é possível verfaróis,

apresentandoalguns

característicastécnicas e

arquitectónicasde elevado

interesse.

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Marco António Lindo

>>> passeio

No Lousado existe, junto à estação de ca-minho de ferro, um núcleo museológicoactualmente gerido pelo Município de Fa-malicão.Tecnicamente chama-se Núcleo Museoló-gico de Lousado, situa-se na estação ferro-viária de Lousado, no entroncamento daLinha do Minho com a Linha de Guimarães.Ocupa a totalidade do original complexooficinal da Companhia dos Caminhos deFerro de Guimarães com cerca de 1400 m2.Situa-se no concelho de Vila Nova de Fa-malicão e chega-se lá pela A3, em direc-ção a Braga (saindo para Santo Tirso-Tro-fa), na Trofa segue-se em direcção a Fama-licão saindo para o Lousado, seguindo de-pois as placas que o encaminham à Esta-ção.O edifício foi todo recuperado há anos, ten-do o projecto de arquitectura e restauro res-peitado as tipologias, as funções e os mate-riais de construção da altura, hoje com lu-gar de destaque no âmbito da arqueologiaindustrial.Parte das coberturas é de telha «marselha»,assente num sistema de asnas “à france-sa”, com clarabóias longitudinais e forro emmadeira. Algumas paredes, construídas

com pequenas porções de xisto preto e cas-tanho, fazem jus ao nome da terra: Lousa-do.A unidade espacial conferida ao conjuntooficinal, inicialmente disperso, teve comoreferência a colecção de material circulan-te e os equipamentos oficinais pré-existen-tes.A implantação do Museu desenvolveu-secom base nas boas práticas da museologiacontemporânea, sujeita a um programa quecontempla áreas públicas e privadas, comespaços condignos de acolhimento de pú-blico, loja, visitas guiadas e garantia damobilidade de todos os visitantes e funcio-namento regular, que permite a fruição deum espólio ímpar no País.A exposição do material circulante, organi-zada cronologicamente, tem por objectivomostrar comboios de diversos tipos.O material, construído entre 1875 e 1965, éoriundo de oito companhias e foi adquiridoem seis Países a quinze construtores.O espaço está aberto de terça a sexta-feira,das 10h às 17h, e Sábados e Domingos,das 14h às 17h30. Visitá-lo pode ser umaforma diferente de passar o dia, sem ter queandar muito e sem custo significativo.

Museudo Ferroviário

do Lousado

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Dario Silva [texto e foto]

A EVOLUÇÃO DA CONCERTINA ATÉ AOS NOSSOS DIAS

que em Tadim se expediam: gado, mobiliá-rio, madeira.E no “lugar da estação” que crescera juntoà linha passou também o Papa, em 1982,vinha de Coimbra e como estava mau tem-po para o helicóptero voar, veio de com-boio, com gente a acenar pela linha fora.Muitos outros comboios passariam ainda atéPortugal atracar nas margens da Europa,ano de 1986.

“Da minha aldeia vejo quantoda terra se pode ver no

Universo...Por isso a minha aldeia é tão

grande como outra terraqualquer

Porque eu sou do tamanho doque vejo

E não do tamanho da minhaaltura...”

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa), OGuardador de Rebanhos

Em Outubro de 1875, iniciam-se as primeiras circulações ferroviárias em Via Estreita(90 cm), entre Porto-Boavista e a Póvoa de Varzim.Na linha de Guimarães, o troço Trofa-Vizela, com bitola de 1m, foi inaugurado em 31 deDezembro de 1883.Em 1927, estas linhas passaram a constituir a Companhia dos Caminhos de Ferro doNorte de Portugal que, em 1947, é integrada na CP.Com a alteração da Linha de Guimarães para bitola de 1,67m e a passagem da linhada Póvoa e do troço Senhora da Hora-Trofa para o Metro do Porto em 2001, terminou osistema de Via Estreita à volta do Porto. O espaço museológico de Lousado tem, hoje,particular relevância e significado ao testemunhar aspectos da ferrovia que são ape-nas história de um sistema e modo de transporte e de vivências de um povo, umaregião e um País.

Nota histórica

A Importância de um Lugar

Alguns anos mais passaram e vieram moder-nizar a linha, as estações e os muitos apea-deiros que entretanto tinham aparecido. Do-ravante, a estação de Tadim (e muitas outras)seria comandada à distância e não haveriamais ninguém a dar partida aos comboios.Ferroviáriamente falando, aquele edifício se-cular perdeu a utilidade no ano de 2002.Logrou o destino que o edifício secular e (in)útilse mantivesse de pé e passasse a ser não

mais que um castelo, um mosteiro, o carvalhode Calvos (Póvoa de Lanhoso) mas um sím-bolo, uma evocação, um monumento.E os símbolos, ou os monumentos, não têmque ter “utilidade”, digo eu, basta-lhes exis-tir para serem úteis a novos e velhos; a no-vos para que aprendam à sua sombra e aosvelhos para que não se percam no cami-nho e saibam sempre de onde vieram (jáque desconhemos para onde vamos).

>>> passeio

Poderia começar assim o texto que agoravou escrever; mas não começará assimporque não vou falar do rio Tejo nem do rioque corre pela minha aldeia.Estação de Tadim, Ramal de Braga. O com-boio chegou ao Vale d’Este (o rio da minhaaldeia), no ano de 1875, vinha do Porto e iapara Braga. Escrevia o meu avô, ouvindo osrelatos de seu pai, que “o povo fugia paralonge, porque alguém dizia que a ‘Machi-na’ matava gente até certa distancia”.Com espanto e assombro, principiava ocaminho-de-ferro a norte do rio Douro e quisa História e um ilustre cidadão da freguesiade Tadim que, logo naquele ano, ali se eri-gisse uma estação, à altura a única entreNine e Braga.Nos 127 anos que vieram a seguir, é fácil desaber a história que aconteceu à passagemde cada comboio. Caiu a Monarquia, im-plantou-se a República; passaram os sol-dados do quartel de Braga para a guerraem França; passaram em direcção a Lei-xões e a Lisboa os que buscavam os bar-cos para o Brasil; passavam as notícias (na-quele tempo os jornais viajavam no com-boio) de uma grande crise na América e deuma nova Guerra Mundial; acabou a guerrae começava outra na África colonial, emTimor e na Índia portuguesa, e passavammais soldados, muitos soldados para com-bater nessa guerra. Salazar caiu da cadei-ra, já não governava, a guerra continuava.Mudava-se de regime político outra vez, em1974, começavam a ser menos os comboi-os a carvão e mais os comboios a gasóleo,mais rápidos e mais confortáveis para aspessoas que o apanhavam em Tadim, as-sim como para as mercadorias a detalhe

Já que falamos de um Museu ferroviário, veio-me à ideia uma situação recente numa das estações do Ramal de Braga, a estação deTadim. A história foi-me contada por alguns motoristas da ARRIVA: a estação foi o reconhecimento de um grupo de habitantes pela

salvação. Parece difícil que um espaço, sem ser um museu, possa contribuir para toda uma memória, no seu conjunto, museológica.Considerando o interesse da questão decidi pedir a um habitual colaborador do ARRIVA Jornal que escrevesse algo que

descrevesse a importância histórica do local. A opinião vem de um reconhecido autor de temas ferroviários, o Dr. Dario Silva.

“O Tejo é mais belo que o rioque corre pela minha aldeia,

Mas o Tejo não é mais beloque o rio que corre pela minha

aldeiaPorque o Tejo não é o rio que

corre pela minha aldeia.”Alberto Caeiro (Fernando Pessoa),

O Guardador de Rebanhos

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>>> vinhos

O grandioso edifício do Palácio da Bolsaorgulhou-se, uma vez mais, de ser anfitriãode uma cerimónia marcante: a Declaraçãode Vintage pela Confraria de Vinho do Porto(CVP). Mais notável ainda por esta, relativaao ano de 2007, ter sido a mais ampla de-claração de Vintage de sempre, com 91marcas registadas pelo Instituto de Vinhodo Porto (IVDP).Um a um, os confrades de Vinho do Portodas casas representadas, devidamente tra-jados, subiram a escadaria central desteMonumento Nacional para juntarem, numcálice gigante, os excelentes vinhos quenasceram de um ano atípico e, ao contrárioda maior parte daqueles que dão origem aum ano Vintage, sem temperaturas extremasa marcar a maturação das uvas.Luciano Vilhena Pereira, presidente do IVDP,estava obviamente satisfeito pelo facto de aregião do Douro ter sido novamente bafeja-da com as condições únicas para produzirVinhos do Porto notáveis, sublinhando quea declaração conjunta partiu (como é habi-tual) da CVP e foi unânime. O responsávelexplicou também que todos os anos exis-tem Vintage declarados por alguns produ-tores, mas a declaração colectiva é maisespaçada – acontece, em média, três ve-zes por década –, representando o grandeculminar de uma colheita excepcional. Paraque se verifique esta situação, é necessá-rio que mais de 50 por cento dos produtoresde Vinho do Porto declarem Vintage.Vilhena Pereira destacou ainda que oVintage “é uma das categorias especiais deVinho do Porto e, certamente, uma das maisprestigiadas”, sendo que “no Vintage pre-domina a mão de Deus, enquanto nos Tawnypredomina a mão do Homem”. E se é umproduto excepcional, “o Vintage 2007 éexcepcionalíssimo”, orgulha-se, salientan-do que há que agradecer “a contribuiçãoda Natureza, mas também a contribuiçãodo Homem”.

Por isso, e numa altura em que cada vezmais se procura investir em valores segu-ros, o presidente do IVDP sugere que seaposte no neste Vinho do Porto: “Os preçosde lançamento são suportáveis e estes vi-nhos têm uma valorização enorme. É talvezo ‘Certificado de Aforro’ com mais rentabili-dade”, assinala.

UM ANO EXCEPCIONALUM ANO EXCEPCIONALUM ANO EXCEPCIONALUM ANO EXCEPCIONALUM ANO EXCEPCIONALAs declarações de Vintage generalizadasindicam sempre colheitas grandiosas, sen-do as mais recentes 1994, 1997, 2000 e2003, a primeira do século XXI. O clima ve-rificado durante a campanha vinícola é re-conhecido como um dos melhores possí-veis para a alta qualidade dos vinhos, emtermos de amadurecimento, complexida-de, elegância e potencial de envelheci-mento. Em 2007, os meses de Novembro eFevereiro foram especialmente chuvosos,tendo voltado a ocorrer precipitação aci-ma da média em Maio e sobretudo em Ju-nho, principalmente no Douro Superior.Entre Maio e Agosto as temperaturas esti-veram abaixo das médias, em particular noDouro Superior. Apesar de o ano vitícolater principiado com doenças na vinha, astemperaturas amenas de Agosto e um Se-tembro seco e quente permitiram obter uvasequilibradas. Como resultado, temos vi-nhos considerados, unanimemente, porprodutores e críticos como sendo de exce-lente qualidade, elegantes, finos, com es-trutura e com taninos aveludados, apresen-tando um potencial de longevidade aindamais prolongado.

COMO SE DECLARA VINTCOMO SE DECLARA VINTCOMO SE DECLARA VINTCOMO SE DECLARA VINTCOMO SE DECLARA VINTAGEAGEAGEAGEAGEO processo para se declarar um Vintage nemsempre é igual e raramente é partilhadopor todos os produtores – existe o SingleVintage, onde a alta qualidade está presen-te, sendo a distinção apenas para uma úni-ca vinha, o que lhe confere um carácter

ímpar; e há o clássico, em que esta distin-ção é atribuída a um determinado ano e aosseus produtores.O Vintage é considerado por muitos o Portodos Portos, tendo em conta que o amadure-cimento ocorre na garrafa, podendo o vi-nho estar vários anos a ganhar corpo ecomplexidade sem necessitar de contactocom a madeira. Este vinho é produzido apartir das uvas de um único ano e tem deser, obrigatoriamente, engarrafado dois atrês anos após a vindima.Um vinho do Porto Vintage só pode ser de-clarado após a aprovação do Instituto doVinho do Porto como possuindo todas ascaracterísticas necessárias e suficientespara ostentar essa designação. Esta apro-vação dá-se aos dois anos, altura em que ovinho deve apresentar-se muito encorpadoe retinto. Com o seu envelhecimento emgarrafa, irá ficar elegante e suave, tornan-do-se um vinho equilibrado que será muitocomplexo e distinto. Depois de alguns anosem garrafa, geralmente ganham aromas detorrefacção, como chocolate, café ou ca-cau, e também aromas de especiarias comocanela ou pimenta, bem como, por vezes,aromas frutados.Viajando um pouco até ao passado, as pri-meiras garrafas em forma de cilindro terãoaparecido por volta de 1770, facto que veiopermitir o aparecimento dos primeirosVintage, uma vez que com as novas garra-fas passou a ser possível o armazenamentona posição horizontal, ficando o vinho emcontacto com a rolha, o que permite o seuamadurecimento/envelhecimento.

DESFRUTDESFRUTDESFRUTDESFRUTDESFRUTARARARARARTempos houve em que um Vintage era paracomprar e guardar. Esquecer que lá repou-sava na cave, solitário ou acompanhado,por muitos anos, aqueles que conseguisseresistir à tentação de o abrir. O Vintage sem-pre foi um vinho respeitado pela sua exce-

lência, servido em momentos especiais dasnossas vidas, dias marcantes de alegria,convívio. Comemorações. Ainda assim é.Mas independentemente de resultar numbom investimento, quer ao nível sensorialpela sua evolução positiva em garrafa, comopelo seu valor financeiro crescente, o vinhoajustou-se ao consumidor mais jovem, aoconsumidor que aspira novas sensações,que o aprecia enquanto jovem, no seu anode lançamento. Assim é. Enquanto há unsanos era quase impossível desfrutar de umVintage chegado ao mercado, actualmentehá consumidores que os preferem jovens ecom fruta intensa e jovem. Independente-mente disso, estes vinhos depois de aber-tos continuam a ter de ser consumidos comalguma brevidade, mesmo usando as téc-nicas de extracção do ar da garrafa, aca-bam por perder qualidades, há excepções,claro está, e os gostos não são todos iguais,felizmente.Depois de abrir um Vintage, siga o ritual.Um copo adequado, temperatura de servi-ço entre os 16 e os 18ºC e ambiente a com-binar. Pode ter a lareira acesa, ou não. Bebadevagar, aprecie cada gota, com toda aconcentração de aromas, de sabores, ex-perimente fechar os olhos e sentir o fim deboca majestoso.Pode acompanhar as suas sobremesas, dechocolate, café, frutos silvestres e do cam-po, pode até acompanhar com algumas re-feições. Não há limites para a imponênciadestes vinhos. E se é apreciador, pode acen-der o charuto, o seu Vintage não se irá inco-modar.Deixámos-lhe, nas próximas páginas, 41vinhos para que possa fazer as suas esco-lhas e saber as características que os defi-nem e diferenciam. este ano, excepcional,brindou-nos e temos um alargado lequepara experimentar desde já, ou guardar paraqualquer dia, sem agenda, sem datamarcada, sem pressa…

Excepcionais vintage 2007

in revista Paixão pelo Vinho

PRODUTORES E CONFRADES DO VINHO DO PORTOFIZERAM A MAIOR DECLARAÇÃO DE VINTAGE DE

SEMPRE. NO TOTAL, 91 VINHOS CONSEGUIRAMTRANSFORMAR A COLHEITA DE 2007 NO “PORTO

DOS PORTOS”, UMA CONQUISTA ALCANÇADA PELAMÃO DO HOMEM E PELAS CONDIÇÕES ÚNICAS

OFERECIDAS PELA NATUREZA. O ANO FOI ATÍPICO EPROPORCIONOU TODOS OS ELEMENTOS PARA QUE

TENHAMOS AGORA PORTOS VINTAGE“EXCEPCIONALÍSSIMOS”, DE EXCELENTE

QUALIDADE, MUITA ELEGANTES E VIDA.

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WWWWWARRE’SARRE’SARRE’SARRE’SARRE’SPORTO VINTAGE 200765,00 euros

ASPECTO: Rubi intenso e concentrado comabundantes tons violáceos.AROMA: De grande intensidade, fruta muitomadura e predominante em amoras silves-tres, sedutor.SABOR: Vigoroso, de grande elegância,cheio, taninos poderosos, excelente estrutu-ra. Um vinho fabuloso!

QUINTQUINTQUINTQUINTQUINTA DO VESÚVIOA DO VESÚVIOA DO VESÚVIOA DO VESÚVIOA DO VESÚVIOPORTO VINTAGE 200775,00 euros ASPECTO: Cor púrpura, concentrada.AROMA: Perfumado, predominante em frutosdo bosque muito maduros, notas florais e subtilbalsâmico.SABOR: Excelente, grande volume de boca,boa acidez, taninosfinos, final fantástico. Grande vinho!

BARROSBARROSBARROSBARROSBARROSPORTO VINTAGE 200735,00 euros ASPECTO: Rubi intenso com ligeiros tonsvioláceos, opaco.AROMA: Complexo, exuberante, intenso emfruta muito madura, flores do bosque e espe-ciarias.SABOR: Guloso, encorpado, taninos pujan-tes e vigorosos, sem perder a elegância. Api-mentado, para desgustar de olhos fechados...

CÁLEMCÁLEMCÁLEMCÁLEMCÁLEMPORTO VINTAGE 200735,00 euros ASPECTO: Rubi muito intenso com ligeiros tonsvioláceos, opaco.AROMA: Complexo, predominante em frutosvermelhos, muito maduros, frutos desidrata-dos, subtil floral e toque de mentol no final.SABOR: Envolvente, volumoso, bemestruturado, taninos redondos, termina muitopersistente e elegante.

FONSECAFONSECAFONSECAFONSECAFONSECAPORTO VINTAGE 200770,00 euros

ASPECTO: Rubi intenso, opaco.AROMA: Persistente, notas de cassis, grose-lha, amora, chocolate preto, toque de espe-ciarias no final.SABOR: Elegante,volumoso, equilibrado, ta-ninos nobres, excelente e prolongado final.

QUINTQUINTQUINTQUINTQUINTA DO PORA DO PORA DO PORA DO PORA DO PORTTTTTALALALALALPORTO VINTAGE 200736,80 euros ASPECTO: Rubi intenso com bastantes tonsvioláceos.AROMA: Predominante em ameixa preta,frutado, subtil floral e vegetal fresco, nuancesde especiarias.SABOR: Equilibrado, fresco, volumoso, tani-nos firmes, final harmonioso e prolongado.

POÇASPOÇASPOÇASPOÇASPOÇASPORTO VINTAGE 200742,00 euros ASPECTO: Rubi muito denso.AROMA: Frutado, predominante em frutos ver-melhos e silvestres compotados, especiariase cacau.SABOR: Macio, bom volume de boca, frutado,taninos sedosos e ricos, excelente acidez,termina prolongado e exuberante.

QUINTQUINTQUINTQUINTQUINTA VA VA VA VA VALE D. MARIAALE D. MARIAALE D. MARIAALE D. MARIAALE D. MARIAPORTO VINTAGE 200760,00 euros ASPECTO: Rubi definido, retinto.AROMA: Concentrado, notas de groselha eamora, ligeiro floral.SABOR: Elegante, notas de chocolate, café,fruta em passa, excelente estrutura, taninosfirmes, final poderoso e especiado.

QUINTQUINTQUINTQUINTQUINTA DO RETIRO NOVOA DO RETIRO NOVOA DO RETIRO NOVOA DO RETIRO NOVOA DO RETIRO NOVOPORTO VINTAGE 200724,00 euros

ASPECTO: Rubi profundo.AROMA: Frutos pretos maduros, ligeiro floral,ligeira menta, elegante.SABOR: Envolvente, notas de chocolate pre-to, tabaco, especiarias, taninos equilibrados,boa acidez, final persistente.

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>>> saboresin revista Paixão pela Cozinha

– Tendo em conta que o Natal é a 24 e 25 deDezembro, tente confeccionar alimentosnuma quantidade suficiente para estes doisdias, de forma a não sobrar para os diasseguintes;– Respeite as tradições e consuma apenaspratos ou doces típicos desta época natalí-cia. Por vezes os excessos são cometidos àcusta da introdução de outros alimentos quenão são característicos desta quadra (ex:camarão, bolinhos de bacalhau, rissóis, car-ne de porco e alguns doces);– Modere a quantidade total de alimentosconsumidos na ceia de Natal, ao nível dasentradas, do prato principal, dos doces, dosfrutos secos e das bebidas;– Procure confeccionar em casa a maiorparte dos pratos/doces, de forma a poderalterar as receitas, tornando-as mais sau-dáveis;– Inicie a ceia de Natal com um bom pratode sopa de legumes (poderá criar a sua pró-pria sopa natalícia, por exemplo, com toma-te e ervilhas, salpicada com pinhões);– Privilegie os pratos cozidos (ex: bacalhauda consoada) ou assados com pouca gor-dura (ex: peru no forno recheado com legu-mes) em vez dos fritos;– Reduza a quantidade de gordura adicio-nada às confecções culinárias e ao prato;– Privilegie o uso de azeite em vez de outras

gorduras de adição;– Acompanhe os pratos típicos de Natal combastantes produtos hortícolas;– Sempre que possível, altere o método deconfecção culinária da tradicional receitade sobremesas fritas (ex: rabanadas), as-sando-as no forno;– Reduza a quantidade de ovos da receitaoriginal: a quantidade indicada na receitaoriginal poderá ser excessiva! Um exemploé o leite-creme;– Sempre que possível, substitua parte dafarinha refinada por farinha integral (utilizarno mínimo ¼ de farinha integral relativamen-te à quantidade total de farinha);– Nas receitas que incluam leite, opte porleite magro (ex: aletria, arroz doce, leite-cre-me);– Utilize azeite na confecção de sobreme-sas doces em substituição da manteiga,margarina ou banha, sempre que possível,especialmente nos bolos;– Os frutos secos e os frutos gordos (nozes,amêndoas, amendoins, pinhões, avelãs, fi-gos secos, tâmaras) são excelentes alimen-tos pela riqueza em vitaminas, minerais efibras, mas têm um elevado teor calórico,por isso, modere o seu consumo;– Não exagere no consumo de bebidas al-coólicas. O álcool também fornece calori-as!

– Eleja a água como a bebida por excelên-cia;– Modere o consumo de chocolates;– Para compensar os excessos cometi-

Dicas para a Ceiade Natal saudávele sem perdera tradição

DICAS PDICAS PDICAS PDICAS PDICAS PARA UMA CEIA DE NAARA UMA CEIA DE NAARA UMA CEIA DE NAARA UMA CEIA DE NAARA UMA CEIA DE NATTTTTALALALALALMAIS ECONÓMICAMAIS ECONÓMICAMAIS ECONÓMICAMAIS ECONÓMICAMAIS ECONÓMICA

– Procure confeccionar em casa a grande maioria dos pratos/doces da suaceia;– Faça uma lista dos pratos/doces que vai confeccionar com a respectiva listade ingredientes. Assim poderá comprar apenas aquilo que necessita e nãooutros alimentos que poderá dispensar;– Faça as compras com antecedência para poder escolher calmamente osalimentos e aproveitar as promoções de Natal;– Consulte os rótulos das embalagens e compare preços entre produtos idên-ticos para escolher os alimentos mais saudáveis e mais económicos;– Confeccione as quantidades estritamente necessárias para a Ceia de Natale para o almoço de 25 de Dezembro.

ALEXANDRA BENTO [Nutricionista, Presidente da Direcção da Associação Portu-guesa dos Nutricionistas],

in Paixão pela Cozinha-Cuisine Passion

dos pense num jogo que vise a activi-dade física para jogar com a sua famí-lia e amigos. O importante é que semexa!

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Natacha Lima Reis [texto], Dario Silva [fotos], in revista Paixão pela Cozinha

A Docefruta apresentou este ano o bolo-rei de maçã, con-feccionado apenas com cubos de maçã e frutos secos euma cobertura feita só com rodelas de maçã e cerejas. Umproduto original que pode ser confeccionado em qualquerpastelaria.

BOLO-REI DE MAÇA

>>> sabores

É um dos doces que não falha na mesa da consoada. O Bolo-Rei encerra em si umimenso peso da tradição de outros tempos, mas está também a modernizar-se.

A festa de reis começou muito cedo a sercelebrada na corte dos reis de França. Obolo-rei terá surgido no tempo de Luís XIVpara as festas do Ano Novo e do dia de Reis– vários escritores escreveram sobre ele, eGreuze celebrou-o num quadro, exactamen-te com o nome de «Gâteau des Rois».Com a Revolução Francesa , em 1789, estebolo foi proibido. No entanto, os confeitei-ros tinham ali um bom negócio, e em vez deo eliminarem, passaram a chamar-lhe«Gâteau des sans-cullottes».Em Portugal, a primeira casa a vender bolo-rei terá sido a Confeitaria Nacional, em Lis-boa, certamente depois de 1869. A receita– nesta altura, apenas um brioche com fru-tos por cima – generalizou-se e outras con-feitarias da capital passaram a fabricá-lo, oque deu origem a versões diversas, que emcomum tinham apenas a fava.No Porto, foi posto à venda pela primeira

A paixão peloA paixão peloA paixão peloA paixão peloA paixão peloBolo-ReiBolo-ReiBolo-ReiBolo-ReiBolo-Rei

vez em 1890, por iniciativa da Confeitariade Cascais. Diz-se que este bolo-rei foi feitosegundo receita que o proprietário daquelaconfeitaria, Francisco Júlio Cascais, trou-xera de Paris.O bolo-rei é agora comercializado ao longode todo o ano, embora o seu consumo sejabem mais significativo entre finais de No-vembro e o dia de Reis. É um verdadeirosímbolo da quadra natalícia, e poucos sãoaqueles que resistem a tê-lo na sua mesa.

BOLO REI DA PBOLO REI DA PBOLO REI DA PBOLO REI DA PBOLO REI DA PAIXÃOAIXÃOAIXÃOAIXÃOAIXÃOIRRESISTÍVELIRRESISTÍVELIRRESISTÍVELIRRESISTÍVELIRRESISTÍVELAnualmente, assiste-se agora a algumasrecriações do bolo-rei protagonizadas pe-las confeitarias mais conceituadas de todoo País. A nossa eleição vai para a confeita-ria Colonial, em Barcelos, onde o chef pas-teleiro Francisco Gomes tem inovado há jáalguns anos, criando receitas originais que

vão conquistando cada vez mais adeptos.E, este ano, Francisco Gomes criou o «Bolo-rei da Paixão», irresistível mesmo para aque-les que nunca apreciaram o tradicional bolo-rei.E quais são as diferenças entre um e outro?“Em primeiro lugar, este é mais saudável,porque não se usa manteiga, mas margari-na, na elaboração do brioche”, explica ochefe. “Em segundo lugar, para não ser tãoseco, abriu-se o brioche e recheou-se comcreme de maracujá do Funchal e cubos delaranja portuguesa confitada, tendo-seacrescentado ainda os frutos secos. Emcima do bolo, juntou-se um crumble de ca-nela, dando assim um aroma muito natalí-cio a este bolo”, conclui.Embora o feitio do «Bolo-rei da Paixão» sejao mesmo do tradicional, Francisco Gomesexplica que, com esta receita, procurou queele tivesse uma “decoração personalizada”.

“Todos os anos, de 8 de Dezembro até aosReis vendemos um bolo-rei novo. No anopassado fizemos um com líchias, rosas eframboesas, decorado com rosas cristali-zadas”, orgulha-se. Tudo isto porque o che-fe considera fundamental as casas criaremo seu próprio produto: “As pastelarias têmde criar uma identidade própria – em Fran-ça, por exemplo, todas elas idealizam o seupróprio conceito”. Uma realidade que pou-co se verifica em Portugal, onde, apesar desurgirem agora bolos-reis diferentes, “sãoempresas que os criam, vendendo depoisos ingredientes para as pastelarias os faze-rem e comercializarem”.Quanto a vendas, o bolo-rei tradicional “con-tinua a ter mais saída, embora até ao dia 23se venda mais este”, revela Francisco Go-mes, concluindo que a adesão tem sido boa.O preço é o mesmo, por isso, há que inovare experimentar!

> > > > >

A Associação Comercial de Braga, em parceria com aDecorgel Produtos Alimentares, criou o bolo-rei«Gourmet». Esta variante tem menos açúcar, frutos secos,recheio e cobertura rica em fruta natural, não contendocorantes nem conservantes. É comercializado por cercade 30 pastelarias autorizadas de vários pontos do País.

BOLO-REI GOURMET

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>>> saúdeDr. Hugo dos Santos

Regular os hábitos alimentares e rituais devida foi, é e por certo será uma das tarefaspsicológicas mais difíceis de cumprir/exe-cutar.Trata-se, na maioria das vezes, apenas deuma questão psicológica. Isto, claro, naausência de qualquer quadro clínico quese enquadre no perfil de diagnóstico dosdistúrbios alimentares.Ora para o Homem, inserido em ritmos devida hiperdinâmicos, com o tempo semprea escassear, comer por impulso ou de for-ma condicionada pelo tempo disponível tor-na-se um hábito comum, para não dizer umaforma de vida.É aqui que surge uma questão interessantea ser observada. Se prestarmos atenção, amaior parte das pessoas tem como ritualfazer dietas no período que antecede o Ve-rão ou após as festas de fim-de-ano, na es-perança de conseguir uma silhueta mais deacordo com os seus ideiais de beleza. Atéaqui, nada a apontar: corrigem as refeições,moderam as quantidades, fazem exercício...Passado este período recuperam-se os an-tigos rituais.É aqui que a coisa perde o seu rumo: essehábito psicológico que se tem construídoao longo dos anos através da associação auma ideia de corpo ideal para o Verão temmarcado o nosso consciente colectivo. Porisso, contribui para uma relação disfuncionalconnosco próprios.A incapacidade que muitas das vezes te-mos em nos apercebermos de que estamosa retomar os antigos hábitos alimentaresdeve-se ao facto de que este fenómeno é jáinerente a um processo psicológico cons-cientemente assumido e entendido comonormal. Ora, como muito bem se pode su-

por, este é um problema que muitos portu-gueses enfrentam nesta altura de regressoao trabalho.Detectar estas pequenas nuances de com-portamento é um passo significativo paraalterar a forma como nos entendemos naposse de um corpo próprio, e também comoqueremos lidar e viver com o nosso corpo ecom a ideia que dele temos.Não se trata de ter um corpo venusiano ouuma apolínea figura, mas sim da forma comopsicologicamente nos entendemos a nóspróprios e de como nos queremos, não ape-nas numa época, mas durante todo um ano.Mais do que fazer dietas, saber viver comsaúde é entender por que o fazemos e quala maneira de o fazermos melhor.Recorde-se que nem todos os hábitos sãocorrectos. Alguns, decerto, convém mudar.

UM NAUM NAUM NAUM NAUM NATTTTTAL DE IGUARIASAL DE IGUARIASAL DE IGUARIASAL DE IGUARIASAL DE IGUARIASMAS TMAS TMAS TMAS TMAS TAMBÉM DE PRIVAMBÉM DE PRIVAMBÉM DE PRIVAMBÉM DE PRIVAMBÉM DE PRIVAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOE AUTOCONTROLOE AUTOCONTROLOE AUTOCONTROLOE AUTOCONTROLOE AUTOCONTROLO

É chegada, uma vez mais, uma época degrande tradição na nossa cultura, e, semdúvida, uma das alturas do ano mais aguar-dadas por todos os Portugueses. Razão maisdo que suficiente para que se dê larga às“papilas gustativas” no encontro com tãoricos e variados sabores.Falar de saúde em épocas como a que seavizinha é deveras ingrato, mas vamos de-dicar este artigo a quem por diversascondicionantes se vê limitado, ou até priva-do, de se banquetear com tantas iguarias.Ora, dois dos problemas de saúde mais co-muns entre os Portugueses são o colesterole a diabetes. No caso do colesterol, con-vém recordar que é uma substância gorda

presente em todas as células do organis-mo, necessária, em pequenas quantida-des, ao seu funcionamento, sendo o fíga-do quem se encarrega de o produzir deacordo com as nossas necessidades. Noentanto, quando o nível de colesterol nosangue está elevado, o risco de desenvol-vimento de doenças cardiovasculares au-menta. Uma das origens de um colesterolelevado é uma alimentação contendo mui-to colesterol ou gorduras saturadas, comoas gorduras da carne, leite e derivados ouas gorduras vegetais, quando sujeitas aaltas temperaturas ou manipulações indus-triais (fritos, pré-cozinhados), por exemplo.O excesso de peso também leva ao au-mento de colesterol no sangue, assimcomo a própria idade.No que à diabetes diz respeito, convém lem-brar que esta é uma doença crónica que secaracteriza pelo aumento dos níveis de açú-car (glicose) no sangue e pela incapacida-de do organismo em transformar toda aglicose proveniente dos alimentos. À quan-tidade de glicose no sangue chama-seglicemia e quando esta aumenta diz-se que

o doente está com hiperglicemia. A diabe-tes é uma doença em crescimento, que atin-ge cada vez mais pessoas em todo o mun-do e em idades mais jovens. No entanto, hágrupos de risco com fortes probabilidadesde se tornarem diabéticos: homens e mu-lheres obesos, com tensão arterial alta ouníveis elevados de colesterol no sangue,crianças com peso igual ou superior a qua-tro quilogramas à nascença, doentes comproblemas no pâncreas ou com doençasendócrinas, pessoas com familiares direc-tos com diabetes e ainda mulheres que con-traíram a diabetes gestacional na gravidez.A diabetes não impede o doente de ter umavida perfeitamente normal e autónoma. Con-tudo, é fundamental que o diabético se aju-de a si mesmo, autocontrolando a sua do-ença. Aliás, se o doente for determinadoneste papel de autovigilância, a sua vidaficará muito facilitada.Esperamos, acima de tudo, que este artigosirva de alerta para aqueles que se encon-tram inseridos nestes grupos de risco.Faça da arte de comer um prazer, e não umdesperdício da sua saúde.

Hábitosalimentares

e rituais devida

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>>> saúde

Sabia que a laranja é um dos alimentos maisnutritivos e saudáveis que existem?Uma equipa de investigadores da Universida-de de Yale, EUA, apresentou em Outubro de2008 o ranking de classificação «NuValSystem» (Índice Geral de Qualidade Nutricional- www.nuval.com) e revelou que a laranja temuma qualidade nutricional de invejar!Tudo por causa das suas propriedadesnutricionais, que a colocam na lista dos me-lhores alimentos a ingerir.E é ao pequeno-almoço que as suas proprie-dades são mais bem absorvidas pelo orga-nismo, seja sob a forma natural ou bebível. Eporquê? Porque esta fruta é riquíssima emnutrientes activadores do metabolismo e por-

Alexandra Bento [Nutricionista, Presidente da Direcção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas], in Paixão pela Cozinha

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tanto vale a pena inclui-la logo na primeirarefeição do dia. Mas os lanches são tambémóptimos momentos para ingerir esta fruta. Alaranja possui um baixo valor calórico (100gramas de laranja fornecem aproximadamen-te 50 calorias), pelo que é recomendada nosplanos de controle de peso.

AS VAS VAS VAS VAS VANTANTANTANTANTAGENS DE SER… LARANJA!AGENS DE SER… LARANJA!AGENS DE SER… LARANJA!AGENS DE SER… LARANJA!AGENS DE SER… LARANJA!Todos a conhecemos como um fornecedorpor excelência de vitamina C (100 gramas delaranja fornecem cerca de 60mg de vitaminaC, a dose diária recomendada desta vitami-na). Mas as boas notícias continuam, uma vezque este citrino alaranjado é rico em sais mi-nerais (ácido fólico, potássio, cálcio, ferro,

magnésio, fósforo e sódio) e fibras de que onosso organismo necessita enquanto fontede energia e que conferem protecçãoimunitária. Já para não falar do betacaroteno,que confere à laranja um alto nível de protec-ção antioxidante. A acção da pectina, fibrasolúvel (encontrada principalmente entre osgomos da fruta - nas membranas, parte bran-ca) ajuda ainda a controlar os níveis decolesterol do sangue.Assim, para além da vitamina C, que aumentaa protecção contra as infecções, existem ou-tros benefícios a ter em conta: o consumo re-gular diminui a acidez elevada do nosso or-ganismo; a acção da pectina, fibra solúvel,ajuda a controlar os níveis de colesterol do

sangue; os sais minerais são excelentes paraa eliminação do ácido úrico; rica em cálcio,ajuda a manter a estrutura óssea, melhoran-do a construção muscular e a coagulação dosangue; facilita a digestão e a função intesti-nal devido a acção da laranja que activa aacção das glândulas que segregam o sucogástrico; a acção do fósforo, aliado na absor-ção da glicose, ajuda a manter o cérebro aten-to; finalmente, a vitamina C reduz os danoscausados pela acção dos radicais livres, aju-dando a conservar a juventude.Hoje em dia é um fruto cobiçado e apreciadoem todo o mundo.Mil e uma razões para fazer da laranja umfruto que deve ter por perto mais vezes!

O que é quea laranja tem?

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José Luís Covita [textos e fotos]; Com o apoio de

>>> história

Era todo um País que desembarcava decamioneta de passageiros em Fátima poraqueles dias. Começavam a chegar na vés-pera inundando estradas, veredas e cami-nhos, num garrido mar de cores. Muitos játraziam dias de viagem.Ao fundo, chega pela estrada de Leiria umbelo autocarro da Auto Viação de Lamas, é oFloirat nº41, ostentando orgulhoso o nome daempresa nos seus bonitos tons de verde ecreme. Vem carregado de gente e bagagens.Na rectaguarda, à semelhança de muitos ou-tros traz num tosco pano, preto e branco onome da terra de onde provêm os viajantes eoutro de uma qualquer associação recreati-va. Havia saído ainda de noite de Rio Meão.Das alturas de Montemuro e e do Caramulochegam dois carros da Joaquim Guedes,Filho e Genros. Trazem gente das aldeiasdo Cabril, de Ester, de Eiriz, de Almofala, doCadraço e ainda das terras do Paiva, deMões, de Codeçais. Chegam com os olhosdeslumbrados de quem nunca havia saidodo meio das serras. Alguns mais afortuna-dos irão petiscar à Pensão Fátima ou dormirno Hotel dos Três Pastorinhos. A maior par-te dormirá ao relento, dentro das camione-tas, ou mesmo nos tejadilhos.Ao fundo, na estrada dos Valinhos aconche-gam-se os carros azuis e prata da Piedense,os vermelhos vivos da Beira Rio, empresasda margem esquerda do Tejo, e ainda al-guns Covas e Filhos e João Maria dos An-jos, estes últimos de Sesimbra. Vindos doslados de Porto de Mós chegam, ao mesmotempo, dois autocarros – Um da ViaçãoSernache, e outro da Manuel SimõesBarreiros, este último trazendo gente, baga-

Fátima

Há 50 anos...um País chegava de autocarro!

gem e muita fé das aldeias que se esten-dem de Figueiró, até Aguda, Campelo emesmo a Penela. É um grupo que já faz estaviagem há mais de vinte anos.Subindo de Minde, chegam dois carros daAbílio da Noiva Mendes. Vêm das terras de

Alcanena, de Monsanto e de Mendiga, atra-vessaram a Serra de Aire, almoçaram àbeirinha do Alviela. Agora que a noite cai, eum ventinho fresco sopra dos lados da Ser-ra de Alvaiázere, detenhamo-nos um pou-co neste mar de gente e carros. As reta-guardas dos autocarros são um mapa aber-to de Portugal: Vila Nova de Poiares, em le-tra negra, escorrida em arco, sobre o fundovermelho e creme onde se inscreve o nomeda Empresa e o telefone, Armando Ferreirae Irmão, Lda, mais um à frente, é Arganil emtons de azul, depois saltamos para um co-lorido carro de Caneças, logo seguido deum laranja e creme forte, de Oliveira deAzeméis, e de um bonito azul, com letrasdouradas, em relevo - Grijó. O Minho estátodo mais chegado ao santuário de Braga aGarfe, com um bonito Mercedes da AutoRodoviária do Minho, de Amândio de Oli-veira, até Viana, Melgaço, Paredes de Coura,telefone 12, ostenta em letras redondas,desenhadas por mão hábil, um autocarroem tons de diferentes verdes e creme. Logo

ao lado vemos Santa Marta de Portuzelo,Arcos de Valdevez e Guimarães, esta últimalocalidade inscrita num bonito Berliet cre-me, verde e castanho, da empresa Auto-Guimarães, de João Carlos Soares.Pela madrugada ainda chegarão dois car-ros do Algarve, cheios de gente cansada efeliz, um de Évora da João Cândido Belo,outro da Rodoviária do Sotavento, vindo dosconfins do Alentejo chegado à fronteira. Trazgente de Mértola, S. Domingos, Vale de Mor-tos, Serpa e Ficalho. É um bonito Volvo ver-melho, azul e prata. No tejadilho a abarro-tar, por baixo da rede que aperta a baga-gem, que é muita, alguns colchões esprei-tam, no meio de garrafões de azeite e vinho,pequenos baús, malas de cartão, caixotescom comer.Fecha-se mais a noite. De quando em vezum motor ainda se faz ouvir.Alguém faz experiências ou é ainda um au-tocarro que chega.Pouco a pouco carros e homens aquietam-se.

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No bilhete postal que ilustra o artigo dapágina anterior há uma série de auto-carros, mas um deles especificamentedá-me vontade comentar: o da FNAT.A Fundação Nacional para Alegria noTrabalho (FNAT) foi fundada em Junhode 1935 e referia como objectivo a pro-moção do turismo social e o preenchi-mento dos tempos livres dos trabalha-dores. Embora a ideia saísse do gabine-te do Dr. Oliveira Salazar, o conceito nas-ceu de recomendações da OrganizaçãoInternacional do Trabalho que, em 1924,tinham sugerido a criação deste tipo deentidades. Como é tradicional copiaram-se os modelos estrangeiros, especifica-mente o Dopo Lavoro Italiano e o KratfDurch Alemão; mero acaso de momentohistórico.Hoje em dia tem estatuto de fundação

privada de utilidade pública com carác-ter social, sendo tutelada pelo Ministé-rio do Trabalho e da Solidariedade Soci-al. É conhecida de todos como INATEL.Entre 1949 e 1952 a FNAT compra trêsautocarros Maudsley para o seu serviçode excursões, mandando-os construirnuma concei tuada fábr ica decarroçarias, o Pereira & Fausto Crespo,de Lisboa. O último dos referidos é umRegal III e chega no princípio de 1953.É precisamente este o que está de frenteno bilhete postal, o BC-19-26.Os dois primeiros trabalham cerca dedoze anos para a Federação sendo ven-didos respectivamente para a União deSatão e para a Almeida e Filhos. O ilus-trado ficou sempre na FNAT, tendo rece-bido uma segunda carroçaria na UTICdo Porto em 1968 e trabalhado até 1974.

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Marco António Lindo

>>> história

O autocarro da FNAT

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