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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA “ ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DOS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM NO AMBIENTE ESCOLAR” Por: Joana Darc Borges Alves de Oliveira Orientadora Edla Trocoli RIO DE JANEIRO/2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

“ ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DOS

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM NO AMBIENTE

ESCOLAR”

Por: Joana Darc Borges Alves de Oliveira

Orientadora

Edla Trocoli

RIO DE JANEIRO/2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DOS DISTÚRBIOS DE

APRENDIZAGEM NO AMBIENTE ESCOLAR.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em orientação educacional e pedagógica

Por : Joana Darc Borges Alves de Oliveira.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter iluminado meus caminhos

para chegar até aqui. Aos meus filhos Vinicius e

Catarina que sempre me apoiaram e aos meus amigos

espirituais que me deram força para acreditar.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus filhos amados, aos amigos a minha orientadora Edla Trocoli e principalmente ao meu Pai.

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RESUMO

Tal abordagem tem como objetivo apresentar ao leitor uma reflexão sobre o

papel do orientador educacional diante dos distúrbios de aprendizagem no

ambiente escolar, assim como outras problemáticas que participam e

interferem do processo ensino-aprendizagem. Como orientador poderá ou

não, intervir para solucionar os problemas encontrados em sala de aula.

Temos um professor que deverá agir e perceber as dificuldades e participar

ao orientador afim de que ele possa encaminhar a criança para tratamento

com especialistas. Veremos as tentativas do orientador para envolver a

família no meio escolar como agente deste processo. escola aberta a todos

que queiram participar através de palestras sócio educativas.O orientador

com parte integrante da escola,da comunidade e da família do educando.

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METODOLOGIA

Desenvolver a pesquisa através de recursos bibliográficos como livros, revistas educativas e pesquisas na internet,assim como vivências em sala de

aula como observadora e como psicóloga escolar.Através da observação de

crianças em idade escolar pude perceber o quanto é difícil para o professor

poder captar as dificuldades em sala de aula, principalmente quando seu aluno

começa a apresentar sintomas que fogem ao padrão de normalidade

esperado.Tenho como objetivo desenvolver temas que nos levem a refletir e

questionar a importância do orientador educacional,além de suas atribuições

pedagógicas, ele enquanto profissional da educação, deverá atuar como

aquele que participara integralmente da vida de seu aluno,seja na escola,na

família e na comunidade.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I- O papel do orientador educacional diante da escola .da família e da sociedade 11

CAPÍTULOII- Fatores que interferem no processo ensino-aprendizagem. 18 CAPÍTULO III - O Orientador Educacional e a Comunidade Escolar. 27 CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

ÍNDICE

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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INTRODUÇÃO

O presente tema aborda a problemática do Orientador Educacional diante dos

distúrbios de aprendizagem e das dificuldades no ambiente escolar com crianças do

ensino fundamental e de que modo o Orientador poderá interferir neste processo?

Hoje se percebe claramente as mudanças nesse contexto, pois temos um

profissional à serviço do aluno ,da escola e da comunidade,promovendo atividades

que incentivem a qualidade de vida e a cidadania.Temos um Orientador Educacional

com um olhar pedagógico ,criativo e dinâmico,diferente do modelo antigo e

engessado onde o Orientador Educacional apenas era aquele que se preocupava e

cuidava dos desajustes e dos comportamentos atípicos.

Desafios a parte, o orientador deverá conhecer os fatores que interferem no

processo de ensino-aprendizagem e suas causas para compreender seus alunos e

fim de proceder de modo correto e ético.

A professora deverá olhar seus alunos como um todo ,pois na maioria das vezes as

dificuldades poderão surgir dentro do ambiente escolar em atividades de rotina de

sala de aula ,onde por vezes as crianças não atingem a meta proposta ou por vezes

não conseguem acompanhar a rotina do processo de ensino e

aprendizagem,principalmente no que tange ao período da alfabetização.Deverá o

Orientador interferir neste processo como mediador afim de encontrar soluções para

os problema apresentado pela criança.

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Vamos visualizar os distúrbios e as dificuldades de aprendizagem num contexto

geral ,assim como citar dificuldades provisórias e permanentes,além do exercício da

profissão de Orientador e suas tarefas legais , reconhecidas pelo sistema de ensino.

Com base bibliográficas e vivências anteriores,proponho uma análise e reflexão

desse caminho por vezes árduo, pois nem sempre as dificuldades de aprendizagem

se dão por fatores neurológicos ou congênitos e sim por problemas de desnutrição.A

fome ainda faz parte do cardápio dos brasileiros,problemas como estes diminuem as

defesas do organismo dificultando o pleno desenvolvimento físico e mental da

criança no seu processo de ensino e aprendizagem,gerando dessa forma as

dificuldades para concentrar conhecimentos.Fatores emocionais que impossibilitam

ao aluno de obter bom desempenho,também fazem parte deste contexto, porque se

uma criança sente-se rejeitada,for negligenciada pela família,sofrer violência de

todos os tipos,seja sexual,verbal ou física poderá não abstrair o conteúdo escolar,l

apresentando baixo rendimento ,logo dificuldades de aprendizagem.

Segundo Dreuet,(2009),”os problemas e as dificuldades de aprendizagem advém de

bases biológicas,neurológicas ,intelectual,sócio -econômica e educacional.Tendo os

fatores ambientais e psicógenos como gerador das dificuldades apresentadas.”

Os desajustes do comportamento colaboram para o déficit de aprendizagem,assim

como outros fatores que levam a criança ao fracasso escolar.Desta forma, como

deverá o orientador interferir neste processo do modo sutil ,porém decisivo e

eficiente

Colaboradores e pedagogos dedicaram ao estudo da criança com distúrbios de

aprendizagem,dentre eles,Seguin,Itard,Pestalozzi e Montessori.Porém outros como

Claparéde e Montessori buscaram métodos para desenvolver trabalhos com as

crianças.Claparéde (1898) introduziu na escola as chamadas classes especiais

iniciando junto ao médico neurologista François Nerville as primeiras consultas

pedagógicas .A primeira equipe médico pedagógica foi formada pelo educador

Seguin e pelo médico psiquiatra Esquirol no tratamento dos distúrbios neurológicos

que afetam a aprendizagem e continua até hoje em constante desenvolvimento.

.Montessori ,médica psiquiatra italiana,cria um método que se preocupa com a

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educação da vontade e alfabetização estaria ligada a estimulação dos órgãos dos

sentidos também conhecido como método sensorial,criou desta forma um material

variado cuja finalidade era de estimular as percepções

O papel da orientação na escola será de argumentar ,discutir e refletir sobre as

problemáticas levando o aluno a tornar-se mais crítico e consciente do seu papel

enquanto cidadão ,inserido em um sistema de cobranças onde ele deverá participar

ativamente em equipe .No entanto, noções de coletividade,parceria e solidariedade

deverão estar intrinsecamente bem definidos. O orientador deverá ajudar o aluno a

superar desafios.O tema em questão é amplo e até inesgotável, porém nos leva a

continuar e acreditar que a orientação educacional no Brasil deverá ser um

demarcadas pelo sucesso.Porém antes de crer na orientação educacional, devemos

começar a acreditar primeiro na Educação ,não como fonte de mercenários

profissionais que visam apenas o lucro, mas como profissionais que acreditam que

podem formar, educar e motivar cidadãos .

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CAPÍTULO I

O PAPEL DO ORIENTADOR DIANTE DA ESCOLA E DA

COMUNIDADE

1.1 A ESCOLA

Quanto as finalidades da educação,seria incorreto citar que a escola não se reduz ao

fato de apenas informar ,e sim preparar para o mercado de trabalho.

“A escola fundamental é

entendida como agência educativa em seu sentido

mais radical,tomada a educação como apropriação

da cultura,e entendendo como conjunto de

conhecimentos ,valores

,crenças,arte,filosofia,ciência,tudo enfim ,que é

produzido pelo homem em sua transcendência da

natureza e que constitui como Ser

histórico”(Paro,Vitor p.33 2009)

A qualidade da educação oferecida deverá estar associada à formação da

Personalidade do Educando em sua integralidade e não apenas na aquisição de

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conhecimentos como antes ,onde nosso aluno apenas memorizava estudava para

obter grau para a aprovação.Resultado: Ele era um Dez na escola e um Zero na

vida,pois não sabia administrar seu cotidiano de modo simples,gerando por muitas

vezes desordens afetivas e de comportamento.A escola não preparava o aluno para

a cidadania.Quanto ao papel do Orientador Educacional,neste processo,devemos

ressaltar que é fundamental que contribua para a Formação do cidadão

1.2 -FAMÍLIA E ESCOLA

O Orientador é o profissional responsável pela mediação entre a escola e a família,

na qual ele deverá com sutileza aproximar a fim de que haja interação, não fazendo

cobranças, muito menos exigindo a presença da família,dessa forma ele conseguirá

trazer familiares para participar. Através de projetos culturais estimulando sempre a

participação dos familiares.

Não cabe ao Orientador Educacional a tarefa de diagnosticar problemas e/ou

dificuldades emocionais e psicológicas e,sim, que direcione seu trabalho para o

aspecto saudável dos alunos.Caberá ao orientador promover e desenvolver

condições para o bem comum,assim como observar seus alunos no conjunto.

1.3- O ORIENTADOR E A COMUNIDADE

È necessário que o Orientador também participe da Comunidade,assim como

compreender os interesses e as necessidades do grupo social ao qual está a Escola

que trabalha .È necessário que promova ações interativas do aluno,da escola ,tendo

uma comunidade ativa associada a uma escola aberta.É significativo que conheça a

comunidade,suas ações e seus desejos.Deverá o Orientador promover atividades

que incentivem os membros das Comunidades a participar de debates nas

escolas,assistir filmes educativos e estarem envolvidos também com as

necessidades da escola e de seus alunos através do acolhimento entre família,

escola ,alunos e professores.Acolhimento este que deverá ter como prioridade a

ação dos profissionais. Estabelecer um clima de diálogo e harmonia incentiva o

aluno ,proporcionado bem estar entre todos é ação da Cidadania.

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“Alguns diretores tratam os equipamentos da escola como se fossem objetos

pessoais,propriedades privadas ,outros ao contrário estabelecem relações de

parceria com a comunidade e, com isto,não só passam a contar com ela como

elemento de apoio para as mudanças como ainda obtém diminuição do vandalismo

,da violência ,pois os alunos se sentem acolhidos”(Vasconcelos,Celso p.63 2002)

Enfim para obter melhores resultados, o Orientador precisa compreender o

desenvolvimento cognitivo do aluno ,da afetividade ,emoções,sentimentos,valores e

atitudes.Além disso cabe ao profissional promover ,incentivar o mercado de

trabalho,assim como o bom relacionamento com os colegas em todas as relações

que se estabelecem no cotidiano escolar

“Ensinar exige segurança ,competência profissional e

generosidade.O professor que não leva à sério a sua

formação ,que não estuda,que não se esforça para estar

à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar

as atividades de sua classe”(Freire,Paulo,2010 p.114)

.

1.4- Breve Histórico da Orientação Educacional:

.

Em 1958, o MEC ( ministério da educação e cultura), regulamentou provisoriamente

o exercício da função e o registro de Orientação Educacional, pela portaria número

105 de março de 1958, tendo ela permanecido provisória até 1961,quanto a LDB ( lei

de diretrizes e bases)4024 veio regulamentar a formação do Orientador educacional.

A lei 5564 de 21/12/1968, demonstra assim, como a LDB em vigor naquela época

,preocupação com a formação integral do adolescente,embora referentes ao ensino

primário, como era naquela época designado o ensino fundamental.Em seu artigo 10

:

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“A orientação educacional se destina a

assistir ao educando individualmente ou em gruo no

âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e primário

visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua

personalidade ordenando e integrando os elementos que exercem

influência em sua formação e preparando-o para o exercício das

opções básicas”

A LDB (leis de diretrizes e bases da educação),que veio a seguir,a lei 5692/71,diz

em seu artigo 10 que deveria ser instituída de modo obrigatório a orientação

emocional,incluindo a orientação vocacional em cooperação com professores,a

família e a comunidade.Diante das variedades e múltiplas contestações hoje

vivenciamos uma nova visão da Orientação Educacional:

“A orientação educacional hoje está mobilizada com outros fatores

que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os alunos com

problemas. Há, portanto necessidade de nos inserirmos em uma

nova abordagem de orientação voltada para a construção de um

cidadão que esteja mais comprometido com seu temo e sua gente

.Desloca-se o “onde chegar” neste momento da Orientação

Educacional,em do trabalho com os alunos.Pretende se trabalhar

com o aluno no desenvolvimento do seu processo de

cidadania,trabalhando a subjetividade,obtidas através do diálogo

nas relações estabelecida”(Grispum,Miriam 1994 p.13).

1.5 - O REPENSAR DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL.

Hoje numa visão contemporânea, a Orientação Educacional aponta ara

o aluno como o centro da ação pedagógica,tendo como objetivo atender a todos os

alunos em suas necessidades e interesses,não se detendo especificamente aos

problemas disciplinares ou dificuldades de aprendizagem.Tem como objetivo

discutir e mediar problemas que fazem parte do contexto sócio-político , econômico

e cultural.Estabelecendo no aluno a consciência crítica,a análise das situações

vivenciadas seja em sua vida pessoal ou na sua comunidade.trata-se de ensinar

esse aluno a desenvolver senso crítico diante dos fatos sociais de modo

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espontâneo,exercendo a cidadania e promovendo a qualidade de vida.Aprende-se

hoje na escola o conjunto de conhecimentos que fazem parte do currículo escolar ou

seja as disciplinas como matemática,língua portuguesa,história ,geografia .Enfim

disciplinas necessárias porém com uma visão muito mais social do que simples

modelos de estímulos-respostas.

Antes de iniciarmos a contribuição do orientador diante das dificuldades

de aprendizagem,façamos uma reflexão da evolução e do papel da Escola diante de

determinantes que levam uma criança a não conseguir de modo satisfatório a

Aprendizagem esperada ,levando com certeza preocupação do nosso professor .

Quais as iniciativas que deverão ser tomadas a fim de que soluções como planejar

metodologias que alcancem os objetivos finais a aprendizagem do aluno.

Quando falamos em Educação,estamos falando em avaliação escolar, pois não há

como separar tal conjunto.Em 1990 foi implantado no Brasil um medidor para aferir a

qualidade da educação a fim de permitir ver com precisão as deficiências em sala de

aula em todos os níveis de ensino.Geralmente quando se fala em escola de

qualidade,pensa-se naquela escola onde todos os alunos tem excelentes

desempenhos. As vezes o que é bom para um talvez não o seja para outro.

1.6 POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO

As transformações políticas e sociais levam nos a refletir o quanto é

significativo pensar sobre as relações interpessoais onde a necessidade de viver e

negociar com pessoas de diversas culturas e o quanto um profissional da Educação

precisa como tolerância,ética,cooperação,solidariedade e, sobretudo respeito às

diferenças.

Para explicar as dificuldades de aprendizagem justificadas em uma escola de

excelente qualidade.

“O péssimo desempenho, até certo ponto é justificável. O Brasil ,há

pouco tempo atrás,possuía uma multidão de crianças e adolescentes

sem escolas ,e vencer essa dura batalha de inclusão implicou fazer

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uma escola de qualquer jeito e preparar um professor de todas as

formas,caracterizando uma luta pela quantidade que colocou a perder

de vista ideais de qualidade.A batalha pela inclusão foi vencida e em

quase todo o território nacional os números não se apresentam

distantes dos de São Paulo,onde 98,5%dos alunos até 14 anos e 87%

até 17 anos estão matriculados”(Antunes,Celso p.72 2008).

Tudo isso no leva a concluir e a entender que por sua vez rotulamos crianças

acreditando tratar-se de um distúrbio ,quando na verdade o problema está no

conteúdo e nos recursos arcaicos que não motivam as crianças dispersando sua

atenção em sala de aula,como ficar rabiscando o caderno enquanto assiste aula

.Logo no período avaliação suas notas serão insuficientes .De quem será a

culpa?Existiriam culpados?.

O sistema muitas vezes engessado não promove o “novo” o “diferente”,até os livros

se repetem e logo as tarefas,as quais raramente não promovem motivação.O

discurso do professor é sempre comum,principalmente quando ele marca seu

território com “socos na mesa,e batem a porta ainda grita a todos: “Quando eu fecho

a porta faço o que eu quero em sala de aula....”Temos nas maioria das vezes

professores estressados ,frustrados e saturados,os quais não aceitam mudar suas

técnicas e suas estratégias.Serão sempre os mesmos.O que deverá fazer o OE

diante de um colega?.Claro, não é tarefa desse OE, diagnosticar as causas de uma

doença ,mas atitudes deverão ser tomadas, como uma conversa com o professor

pedindo que procure se afastar e tratar suas dificuldades emocionais. O que não

pode é o professor ficar dentro de uma sala de aula prejudicando crianças em

desenvolvimento.Enfim, existe um leque de sugestões e atitudes que podem ser

abraçadas para motivar não só os alunos ,mas o professores.Planejar modelos

diferenciados como valorizar o ambiente escolar no aspecto físico,restaurar material

pedagógico.Criar modelos que mobilizem a escola , a família e a

comunidade.Tomada de decisão: “ativar as estratégias guardadas na gaveta.

Segundo( Paro, Vítor p.33 2009)

“A qualidade da educação oferecida deve refletir -se à

formação da personalidade do educando em sua

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integralidade,não apenas à aquisição de conhecimentos em

seu sentido tradicional”.

Propostas criativas deveriam surgir integrando sempre a comunidade,a família para

participar, pois em equipe tudo poderá fluir;A busca do equilíbrio emocional ,

principalmente do professor que por vezes encontra-se desmotivado e frustrado pois

seus anseios no inicio de sua formação docente não conseguiram sair de seu projeto

imaginário, que seu plano de aula nunca aconteceu como programou.O aluno por

sua vez acompanha o desencanto e fracassa junto com o sistema. A evasão escolar

comprova e o rendimento do aluno vincula-se ao desempenho e nada

acontece.Apenas o ano letivo termina e novos projetos tentam sair do papel ou até

quem sabem reaproveitar o que não passou da primeira etapa.

Falar em educação é complexo e considero até difícil, pois o outro é nada mais nada

menos que a ferramenta de trabalho do professor que vai moldar e construir

personalidades que chegam à escola com deficiências sejam físicas, mental e

afetivas.

No próximo capítulo falaremos a respeito dos distúrbios de aprendizagem, e das

deficiências. além do aspecto emocional e social influenciando o desenvolvimento da

personalidade da criança ,logo no processo de ensino-aprendizagem.

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CAPÍTULO II

FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM

2.1 - reconhecimento dos sintomas e suas causas nas

dificuldades de aprendizagem:

Consiste nas perturbações orgânicas que envolvem a saúde tendo origem diversas

podendo afetar o processo de ensino-aprendizagem,seja no aluno ou no

professor.Podemos exemplificar como perturbações transitórias

As dores em geral (ouvido,cabeça,dente etc.)

As doenças parasitárias como as verminoses,as pediculoses, o herpes e algumas

viroses.

As verminoses por exemplo, impedem que a criança se alimente bem,doenças

como o “amarelão” causam anemias e desta forma enfraquecidas elas não

conseguem estudar e muito menos participar de modo ativo em sala de aula.

A febre resultante de um processo inflamatório ou infecciosas; as doenças

alérgicas como a urticária,a bronquite ,a asma que por vezes diante das

“crises”,impedem a criança de participar e de freqüentar as aulas,prejudicando seu

rendimento e desempenho escolar.

Doenças infantis como o sarampo,catapora,a coqueluche,a caxumba,a rubéola

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,são causadores de distúrbios de aprendizagem ,pois por terem de se afastar da

escola acabam por ficarem em déficit com a aprendizagem.

São imprevistos que acometem ao aluno prejudicando até certo ponto o bom

desempenho da aprendizagem.

Por vezes, imprevistos que geram perturbações permanentes das quais a criança

deverá adaptar-se à escola e aprender a conviver de modo saudável com

acontecimentos que alteram e mobilizam sua vida.

Deficiências físicas permanentes poderão até certo ponto prejudicar o bom

desempenho do aluno: ausências de órgãos ,de membros (pernas ,braços) ou

ainda paralisia nos membros. Inúmeras deficiências físicas interferem no processo

de ensino-aprendizagem,pois os deficientes querem e precisam estudar,são

inteligentes e esforçados e capazes de produzir intelectualmente. .Entretanto, sua

deficiência limita seu potencial.Há casos que somente um professor especializado

poderá interferir com técnicas educacionais adaptadas.Incluiremos também os

portadores de deficiência congênitas e hereditárias.

Observar a criança em todo seu aspecto é o melhor instrumento de avaliação de

que dispõe o Orientador Educacional.Os transtornos sejam eles transitórios ou

permanentes envolvem um componente emocional que deverão ser o foco da

atenção do profissional a fim de ajudá-lo com afeto e equilíbrio para amenizar o

conflito da criança.

2.2 A desnutrição:

A desnutrição é um problema muito comum nos países subdesenvolvidos e dos

grupos sociais de renda baixa .A carência alimentar desde os primeiros meses de

vida continua também na primeira infância,a criança deverá comprometer

seriamente seu rendimento e desempenho intelectual:

“A proteína é um alimento plasmático que entra na formação dos

nervos e do sistema nervosos em geral.A falta de proteínas no organismo impede que os

nervos se desenvolvam normalmente comprometendo o sistema nervoso.Isso dificulta e

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até mesmo impede a aprendizagem dependendo do grau e da extensão da carência

protéica.Além disso, com a falta de proteínas ,o organismo perde a capacidade

imunológica e a criança fica vulnerável às gripes,pneumonia etc.Este é um dos mais sérios

problemas de aprendizagem,originados por causas orgânicas”(Droiet p.109 2009)

2.3 causas sensoriais e perceptivas.

Principais distúrbios sensoriais:

Visão:

Segundo Organita Moraes e Silva, professora de deficientes visuais

“Existem três maneiras pelas quais a criança visualmente inadequada pode

ser reconhecida pela observação,pelo rendimento escolar e através de testes de seleção

visual.Das três , a mais importante para o professor é a observação constante.Nesse

sentido ele deverá levar em conta as seguintes conclusões: a aparência dos olhos, as

reclamações e o comportamento das crianças”

È necessário que professores possam reconhecer determinados sintomas,pois as

queixas das crianças que levam a supor que algo ligado a alguma coisa não vai

bem.Portanto deverá observar a capacidade de visão e de audição.

Audição Segundo a fonoaudióloga Lígia Zernick Pavan, “o bom funcionamento do

sentido da audição é condição básica para que o aluno inicie a escolarização

regular com sucesso .Ao lado da visão,a audição é um pré -requisito indispensável

para a leitura.”

2.4 A aprendizagem contínua e gradual:

As diferenças individuais deverão ser considerados ,pois cada um tem o seu tempo

para aprender,é cumulativa , pois cada novo conteúdo a criança vai reorganizando

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suas idéias através das suas experiências anteriores,sendo um processo integrativo

e dinâmico.Existem elementos que são as condições necessárias para a

aprendizagem os quase constituem fatores fundamentais.

ü Saúde física e mental;

ü Motivação;

ü Prévio domínio;

ü Maturação;

ü Inteligência;

ü Concentração;

ü Memória;( denominados por Breuner de Prontidão para aprendizagem)

Saúde Física e Mental

A criança para aprender deverá estar em bom estado físico geral.Eventuais distúrbios

sensoriais irão interferir neste processo seja na área neurológica ou emocional .

Motivação:

O desejo de aprender com certeza influência a aquisição de conhecimentos,

habilidades de conhecimentos ou técnicas:

“Todo comportamento humano pode ser visto como

a busca do equilíbrio,ou seja , como a procura do bem estar

pelo indivíduo ,tento em relação a si mesmo como em

relação ao meio ambiente em que vive.O equilíbrio nos traz

satisfação e o desequilíbrio tensão” (Dreuet,p10 2009).

Domínio Prévio:

Habilidade e conhecimento prévios são indispensáveis para assimilar novos conteúdo

Maturação:

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Maturação são as diferenças estruturais e funcionais do organismo

Inteligência

A criança deverá estabelecer relações ,deverá ser capaz de criar e inventar coisas

novas ,raciocinar e resolver problemas.

Concentração e Atenção:

Ter capacidade de fixar-se em um assunto.

Memória

“A criança aprende por experiência concretas,através dos

sistemas sensoriais. Todos esses sistemas se comunicam com

centro de aprendizagem através dos centros nervosos localizados

nos hemisférios cerebrais.Tudo o que é transmitido a um outro

centro nervoso: o da memória,onde será “guardado”até que a

criança tenha a necessidade de utilizá-lo, como um fator

importante no processo de ensino -aprendizagem” Droet, p.11

2009).

2.5 -Distúrbios e seu conceito:

O termo distúrbio significa perturbação ou alteração no comportamento habitual de

uma pessoa.Para outros médicos,psicólogos ou educadores, distúrbios são

problemas ou dificuldades no processo de ensino aprendizagem oriundos de bases

biológica, neurológica, psicológica, sócio-econômica ou educacional.A psicóloga

clínica Sara Pain em seu livro Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de

Aprendizagem chama a todos os distúrbios psicopedagógicos que interferem

diretamente na aprendizagem. Sara fez um estudo da patologia da aprendizagem e

como se apresenta na escola e no consultório.Para isso leva em conta a análise de

vários fatores:Fatores orgânicos e constitucionais, fatores específicos,fatores

psicógenos e fatores ambientais.Analisando e entendendo a proposta ,verifico que

todos os distúrbios tem origem diferenciados proporcionando as dificuldades para

aprender ou mesmo impedindo que o mesmo ocorra.Outros especialistas se

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preocupam em tratar e entender os sintomas ,e o educador com a aprendizagem e

de que maneira o orientador vai interferir neste processo ,seja como medida

profilática ou curativa.

O diagnóstico dos distúrbios compete aos especialistas, mas detectar o distúrbios

através da observação do comportamento atípico em sala de aula,é tarefa do

professor ,tendo como mediador o orientador Educacional que deverá encaminhar a

criança a um especialista adequado para o diagnóstico e tratamento.

2.6 Distúrbios emocionais como problemas de

Aprendizagem.

2.6.1 A Personalidade

O desenvolvimento da personalidade está diretamente ligado ao componente

genético do indivíduo ,que é hereditário, A personalidade da criança vai se formando

à medida que ela interage e com o meio físico e social em que vive.As interações

com o meio, gradualmente expressa diferenciados comportamentos.

2.6.2 Teorias do desenvolvimento da personalidade;

Teoria psicanalítica: explicam o comportamento humano por meio dos processos

psíquicos.

Teoria biológicas :baseiam-se em pesquisas etológicas (psicólogos que estudam o

comportamentos animais),enfatizam padrões instintivos de interação.

Teorias da aprendizagem social: enfatizam a influência do meio ambiente sobre o

indivíduo.

Todos os sistemas atuam de modo interligados,mas o componente emocional

está sempre presente influenciando o comportamento,mas é o comportamento

segundo Laplane que:

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“Comportamento é o conjunto de atitudes e de condutas psicológicas,uma maneira

de ser e, mais ainda ,um dinamismo ativo”.

2.7 Comportamentos desajustados;

Caracterizam-se pela inadequação às exigências sociais e do ambiente. Citaremos

alguns dos quais influenciam e dificultam o processo de ensino aprendizagem

ü Autismo infantil

ü O fracasso escolar

ü Subnormalidade

ü Delinqüência infantil

ü Distúrbios psicofisilógicos ou psicossomático.

Autismo infantil precoce: Consiste na perda do contato com a realidade,o autista

tem grande dificuldade em se comunicar com os outros,não interagindo

socialmente.A criança autista têm grande deficiência de afetividade.

Fracasso Escolar: Distúrbio geralmente encontrado nas primeiras séries do ensino

fundamental.O fracasso escolar diz respeito à leitura,escrita e cálculo.Geralmente

pode ter como causa uma disfunção cerebral.Tornam-se apáticos,desinteressados e

por vezes indisciplinados e instabilidade emocional.

Dificuldades de Aprendizagem: São problemas de aprendizagem apresentados por

crianças que, apesar de serem normais fisicamente e mentalmente apresentam

dificuldade para aprender a ler e a escrever.

Subnormalidade mental: Geralmente essas crianças são educadas em classes

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especiais, hoje temos a inclusão.Precisam superar sua defasagem dependendo

desta forma da ação do corpo docente para ajudá-la neste processo.Há um atraso

mental e intelectual no desenvolvimento destas crianças.

Delinquência juvenil: Este não é um termo psicológico, e sim um termo jurídico, que

se aplica à crianças, ou adolescentes que apresentam comportamentos socialmente

reprovável que a lei define como ilegal.Os conceitos morais vão evoluindo juntamente

com o desenvolvimento cognitivo.Segundo Piaget

“Quando a criança passa da fase do egocentrismo (por volta dos 6

ou 7 anos),ela começa a considerar a perspectiva dos outros e a

desenvolver a noção de moral.Essa noção de regras morais,leis e

normas de conduta surge a partir das regras dos jogos infantis.Aos

poucos a criança começa a fazer julgamentos...”

A criança ou o adolescente que não é capaz de distinguir o que é aceito pela

sociedade o e que não é aceito, corre o risco de apresentar comportamentos

delinqüentes.

2.8 DISTÚRBIOS PSICOFISIOLÓGICOS OU PSICOSSOMÁTICOS:

São distúrbios de origem emocional, associados ao funcionamento deficiente do

organismo :

Asma: é uma alteração da função respiratória.Considerada um transtorno do tipo

alérgico.Dessa forma, a criança, por faltar à escola,deverá ter dificuldades de

aprendizagem

A obesidade: A crianças obesa torna-se preguiçosa e mais lenta na

escola,diminuindo por vezes seu rendimento.

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A recusa do alimento: conhecida por “anorexia nervosa”, a perda de apetite que

poderá dificultar a aprendizagem, pois tornar-se à inapetente, desanimado e às vezes

sonolenta

A gagueira : tem sério componente emocional.Conhecida como disfluência

fisiológica.

A gagueira pode ser um sinal da rivalidade existente entre os dois hemisférios

cerebrais, que lutam pela dominância da lateralidade.

Comportamento agressivos: constituem uma das causas da evasão

escolar,devendo ser tratados por psicólogos ou psiquiatras.

Comportamentos retraídos: pessoas que apresentam comportamentos retraídos

geralmente não interagem com as outras crianças, ficando sempre

isoladas,dificultando a aprendizagem.

A ansiedade: é um estado de agitação psicomotora diante de situações pré

existentes provocando alterações fisiológicas como ( respiração

alterada,taquicardia,sudorese, hiperatividade etc).

2.9 Deficiência intelectual:

A deficiência intelectual usada para substituir a deficiência mental,aprovada em

agosto de 2006.A deficiência intelectual não é considerada doença ou transtorno

psiquiátrico e sim como sendo um dos fatores que prejudicam as funções cognitivas.

Podem variar de leve à grave. É considerado deficiente intelectual pessoas com

limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas;

ü Comunicação

ü Cuidado pessoal

ü Habilidade sociais

ü Saúde e segurança

ü Habilidades acadêmicas

ü Lazer

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Trabalho

CAPÍTULO III

“O ORIENTADOR EDUCACIONAL E A COMUNIDADE

ESCOLAR

Com certeza, uma boa escola e uma excelente família não se escondem dos méritos

ao sucesso de qualidade

“uma escola de qualidade tem sempre coragem para mudar na hora

em que mudanças são imperiosas,tem clareza ao definir suas metas e

exigir que elas sejam compartilhadas por gestores,alunos e

professores e, sobretudo jamais inventa desculpas por resultados

ruins nas avaliações ,mas luta para reverter esses

resultados”(Antunes,Celso Uma Escola de Excelente Qualidade/SP

Ed.Ciranda Cultural,2008 p.9).

Uma verdadeira escola participa junto a comunidade,tendo a família interando neste

contexto social,sendo imprescindível sua efetiva participação.Algumas escolas dispõe

de dois turnos que se bem explorados mostrar-se-ão muito eficientes.

Quando professores e gestores participam ativamente deste processo,a escola, os

alunos e a comunidade acompanharão o crescimento através de atividades centradas

no desafio de uma aprendizagem eficiente.

Alguns espaços da escola por vezes ociosos ou inativos deveriam servir para criação de

ambientes que pudessem ser utilizado pelos alunos.São recursos importantes,pois os

professores entusiastas criam meios e estratégias para um ensino gratificante

independentes de recursos sofisticados.

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Em algumas escolas deveriam existir atividades que estivessem dentro da realidade do

aluno, mas de modo organizado. Por exemplo: levar para escola jogos didáticos, jogos

de xadrez, damas e até propor campeonatos. Atividades como aulas de música,canto

(quem sabe um coral de estudantes), ensino de instrumento musical,dança e até

capoeira. Claro que devem existir, mas poucos são aqueles que tomam iniciativas e

aceitam desafios e propostas. Até quem sabe um torneio de “soletrando” ou “torre de

copos” (claro que imitaria certo programa de TV), mas com certeza poderia ter boas

respostas. A comunidade participando, assim como a família tendo como tarefa

organizar e traçar um planejamento com ajuda do orientador educacional.

De certo modo todos participariam ativamente e com certeza a evasão escolar tenderia

a diminuir. Escolas engessadas em um único contexto, o de passar conteúdo didático

não prendem o aluno. Motivar o aluno a participar, interar e integrar promovem um

desempenho e rendimento consideráveis em termos de “boas notas” escolares.

O orientador Educacional é parte integrante desse processo, pois deverá participar

ativamente e colaborar para favorecer o crescimento de seu aluno,assim como também

a auto -direção para vida,criando para si a liberdade para ação para saber tomar

decisões.Segundo Grinspun,Miriam (p.84,2009) “o papel do orientador educacional é

compreender onde os problemas,conflitos, razões,emoções surgem na escola”.

3.1 Carência Cultural:

A criança considerada carente cultural ,por vezes é confundida como uma criança

deficiente,portador de várias carências sejam afetivas ou neurológicas.Segundo

Bloon,Davis e Hess (1965) “Aquela que deixa de desenvolver o comportamento necessário

ao início de sua educação formal nas escolas públicas”.A criança carente cultural apresenta

baixo desenvolvimento intelectual,perceptivo motor verbal e conceitual que se refletem

no processo de ensino -aprendizagem os quais serão evidentes os baixos rendimentos

escolares.

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Todo povo tem a sua cultura,quando se fala em privação cultural,falamos em barreiras

sociais, logo marginalizados socialmente,apresentando as seguintes características:

§ O indivíduo não domina bem seu idioma,pois não tem como exercitá-lo;

§ Não está atualizado porque,não tendo escola,não aprendeu a ler e a escrever;

§ Não desenvolvem a sua sociabilidade, vivem geralmente isolados,sem recursos e

esquecidos.;

§ Não tem saúde,pois vivem sem condições satisfatórias para estar bem

fisicamente,alimentando-se mal.

§ Geralmente encontram-se longe dos grandes centros culturais. afastados em condições

mínimas de saneamento básico e higiene e habitação decente.

Geralmente as crianças são vítimas de maus tratos, seus pais quase sempre

possuem subempregos, os quais não complementam satisfatoriamente suas

necessidades básicas, quase sempre não freqüentam escolas e quando se matriculam

não concluem se quer o primeiro ciclo de ensino.Por vezes essas crianças também

passam a ser vítimas da violência,seja na escola,família e comunidade

Quanto ao papel da escola, especificamente do Orientador Educacional, deverá

desenvolver a reestruturação integral dessas crianças e adolescentes,evitando que se

transformem em adultos com sérios problemas emocionais.Podemos observar

mudanças bruscas no comportamento como a falta de apetite,de sono,mantém-se em

sistema de isolamento.

São traumatizados pela vergonha, pelo terror em falar no assunto,sofrem

depressão,descontrole emocional,anorexia,dificuldade aprendizagem,problemas de

concentração,digestivos,fobias,sensação de estar sempre sujo.Em casos mais

extremos ,tentativas de suicídio ligados ao trauma

3.2 Criatividade e Invenção:

Atualmente existe grande preocupação com a imaginação,a capacidade de inventar e a

criatividade.Definições de criatividade segundo Carl Rogers.

“Criatividade é a emergência de um produto relacional novo, resultante por um lado da iniciativa

do indivíduo,e por outro ,dos materiais ,dos eventos ,de outros indivíduos e das circunstâncias”.

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Criar é deixar livre a imaginação e se transportar para buscar o novo, deixando fluir

conteúdos do inconsciente .A Escola teria papel terapêutico cujo objetivo seria ajudar

seu aluno a alcançar emoções profundas que poderão mudar a maneira como se sente

em relação ao mundo e a si mesmo.

3.3.Arte Terapia:

Segundo Leonardo da Vinci: “para desenvolver uma mente completa estude a arte da

ciência ;estude a ciência da arte.Aprenda a enxergar.Perceba que tudo se conecta a

tudo”.

Para mudar um estado emocional e ajudar as crianças ou seja aos alunos a se libertar

de seus conflitos existenciais, deve se pensar em Artes como uma forma simples e

prática de desenvolver oficinas de arte.Nosso orientador deverá manter como prática tal

tarefa e constatar benefícios aos seus aunos e melhoria no processo de ensino e

aprendizagem ,além de verificar melhorias no campo cognitivo pois esse aluno vai

desenvolver a capacidade de concentração e quem sabe se descobrir como artista

plástico?

Segundo Jerome Frank,psiquiatra e psicólogo identificou cinco características de como

funcionam as terapias:

“ proporcionam oportunidades novas de aprendizado ,à nível cognitivo ou empírico;aumentam a

esperança de alívio; forne;ajudam a superar um sentimento de alienação;despertam emoções”.

3.4 Arte dramática como forma de expressão:

Ao assistir a um grande espetáculo,seja “Sonho de uma Noite de Verão” de

Shakespeare,ou “Guerra nas Estrelas”,de George Lucas,você não aprecia a ação,você

sai do auditório mudado.Sai se sentindo diferente em relação a si mesmo,à sua vida e

à de outras pessoas.È por isso que você vai. Dor e sofrimento em uma peça podem

curá-lo emocionalmente e ajudá-lo a alcançar níveis mais profundos de

autoconhecimento e empatia em relação aos outros..Concluímos desta forma que se

uma escola desenvolve a arte dramática como uma forma de expressão de suas

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crianças poderá verificar mudanças de comportamento tendo como pontos

favorecidos, a dicção como melhoria na fala e o uso das palavras; criar hábito para

leitura,ampliando seu vocabulário,desenvoltura e postura,empatia, boas relações entre

os amigos,isto é, melhoria na sociabilidade .Seria válido esse Orientador

educacional,procurar de certa forma, se envolver com suas crianças para ajudar por

completo e resolver suas dificuldades afetivas e existenciais através de jogos indiretos

e não de “atender” em uma sala fechada para que esta criança do nada se coloque e

fale de si, fato difícil de acontecer.Acreditando que através dos jogos, da arte e de

outras atividades desenvolvidas na Escola, com certeza trará resposta imediatas e

positivas e de modo indireto a Psicologia se fará presente para ajudar ao aluno a se

libertar emocionalmente e desenvolver suas aptidões,descobrindo e construindo seu

conhecimento através das experiências.

Segundo Freire,Paulo Pedagogia da Autonomia SP: Paz e Terra.1996 p.91:

“Ensinar exige segurança,competência profissional e generosidade.A

segurança com que a autoridade docente se move implica uma outra, a

que se funda na sua competência profissional.Nenhuma autoridade

docente se exerce ausente desta competência.O professor que não leva

à sério sua formação,que não estude,que não se esforce para estar à

altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de

sua classe.Isto significa, porém, que a opção e a prática democrática do

professor ou da professora sejam determinadas para sua competência

científica.Há professores e professoras cientificamente preparados ,mas

autoritários a toda prova.O que quero dizer é que a incompetência

profissional desqualifica a autoridade do professor.”

É desta forma que ao finalizar este capítulo quero focar que de

nada adianta a formação profissional sem qualidade e aptidão.Ser professor

é criar,saber transformar e desenvolver competências de seus alunos ,mas

entender a si mesmo e avaliar sempre seu desempenho enquanto

docente,sabendo aceitar críticas,aprendendo com seus alunos e

consigo.Enquanto Orientador Educacional,não fica engessado apenas em

teorias ,mas libertar-se de preconceitos tendo um olhar livre e sem censuras

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afim de ver seu educando como um todo ,assim como a sua comunidade e

família. Pois a “arrogância que nega a generosidade nega também a

humildade,que não é virtude dos que ofendem nem tampouco que se

regozijam com sua humilhação”(Freire,Paulo p.92 1996).

Quando se deseja levar o aluno a querer aprender ,é preciso acima de tudo,fazer o

aprendizado interessante e prazeroso e renunciar a prática antiga e ineficaz

de fazer belos discursos e de nada adiantar ,pois teorias não levarão ao

objetivo se o professor não se fizer presente de modo “leve” e

descontraído.Mas acima de tudo ser e estar por inteiro dentro de sua prática

e não ser um mero reprodutor de questões cansativas que levam a criança a

ficar dispersa dentro e fora de sala.Para “cobrar” é necessário respeitar o

tempo do aluno e verificar até que ponto o profissional também se coloca

nesse tempo.Seguir programas e cumprir o que fora planejado são

necessários ,mas é preciso criar e entender o aluno e planejar pensando na

grupo que você professor vai assistir.Segundo Paro,Victor Gestão

Escolar,democrática e qualidade de ensino Ed Ática -SP,2007

“Com relação ao tipo de Educação mais adequado, é notável a dificuldade que os educadores,

em geral, têm de definir o que seja qualidade de ensino.Num primeiro momento,

que aparece,usualmente, é reconhecimento do bom ensino como aquele pelo qual o

aluno consegue “saber a matéria” e reproduzi-la em provas e exames.Mas embora

no dia a dia as pessoas tendam a relacionar qualidade do ensino com a quantidade

de conhecimento que a escola consegue passar aos alunos,quando são

questionadas e instaladas a precisar melhor o papel da educação,percebei

nsegurança em formular respostas satisfatórias.”

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CONCLUSÃO

Ao abordar o tema distúrbios de aprendizagem, tendo como objetivo

desenvolver e identificar a partir de uma ótica focada em Psicologia e de que

forma o orientador poderá desempenhar suas atividades na escola sempre

tendo como ponto central os distúrbios cuja base seriam de ordem emocional

e cognitiva. Abordar as dificuldades do professor em sala de aula diante de

uma escola engessada por um processo que exigem aulas didáticas e que

devem cumprir planejamento e programas rígidos .Professores

desqualificados e até certo ponto “perdidos” dentro de uma sala de aula sem

estímulos, que dispersam alunos por não terem interesse em aprender. É

fácil identificar e rotular alunos rebeldes e até apático e deixar para

lá.quando na verdade a Escola é o único elo que poderá trazer a criança de

volta.Incentivar e Estimular a criança em todos os seus aspectos.Preparar o

professor para aceitar e entender cada peculiaridade de seu grupo e trocar

vivências de modo simples e sem cobranças.Avaliar e fazer provas são

necessários.Mas a avaliação deverá ser contínua a partir da observação dos

trabalhos e pesquisas feitas em sala de aula e de modo simples. Esse

professor poderá até detectar sintomas e passar para o Orientador a fim de

tomar as devidas providências e encaminhar se necessário ao profissional

especializado para diagnóstico e tratamento. Enfatizar a arte como forma de

descoberta do outro e de si mesmo, fazendo com que a criança possa

desenvolver competências e libertar-se de forma catártica de seus conflitos

existenciais.

A família como parte integrante deste processo, assim como a

Comunidade onde vive a criança e onde está inserida a Escola.

Aprendizagem se faz a partir das vivências pois a criança dessa maneira vai

construindo seu conhecimento de modo simples e natural.Uma escola Viva

sem censuras e sem preconceitos , onde o aluno poderá sempre contar e

buscar suas respostas .

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

PARO,Victor - Gestão Escolar,Democracia e Qualidade de Ensino. Ática SP 2007 FREIRE,Paulo- Pedagogia da Autonomia : Paz e Terra SP .1996 BROWN,Daniel -Arte Terapia: fundamentos: Vitória Régia SP 2000 ANTUNES,Celso- Uma escola de Qualidade: Ciranda Cultural SP 2008

DROUET, Ruth Caribé da Rocha - Distúrbios da Aprendizagem : Ática SP 2006

SAMPAIO, Simaia -Dificuldades de aprendizagem: a psicopedagogia na

relação sujeito,família e escola Wak 2010

GRISNPUN,Miriam Paura -Supervisão e Orientação Educacional: Cortez SP

2008

HONORA, Márcia -Esclarecendo Deficiências: aspectos teóricos e práticas para

contribuição com uma sociedade inclusiva: Ciranda Cultural Editora SP 2008

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ÍNDICE

Folha de Rosto 2

Agradecimento 3

Dedicatória 4

Resumo 5

Metodologia 6

Sumário 7

Introdução 8

Capítulo I

O papel do Orientador diante da Escola e da Comunidade 9

1.1 A Escola 10

1.2 A Família e a Escola 11

1.3 O orientador e a comunidade 12

1.4 Breve histórico da Orientação Educacional 13

1.5 O repensar da Orientação Educacional 14

1.6 Políticas Públicas e Educação 15

Capítulo II

Fatores que interferem no processo de Ensino -Aprendizagem 18

2.1 reconhecimento dos sintomas e suas causas nas dificuldades de aprendizagem.

2.2 a desnutrição 19

2.3 causas sensoriais e perceptivas 20

2.4 a aprendizagem contínua e gradual 21

2.5 distúrbios e seu conceito 22

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2.6 distúrbios emocionais como problemas de aprendizagem

2.6.1 a personalidade 23

2.6.2 teorias do desenvolvimento da personalidade

2.7 comportamento desajustados 24

2.8 distúrbios psicofisiológicos ou psicossomáticos 25

2.9 deficiência Intelectual 26

Capítulo III

O orientador Educacional e a Comunidade Escolar 27

3.1 Carência Cultural 28

3.2 Criativiade e Invenção 29

3.3 Arte Terapia 30

3.4 Arte dramática como forma de Expressão 31

Conclusão 33

Bibliografia consultada 35

Índice 36