as dificuldades de aprendizagem

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As Dificuldades de Aprendizagem-DA Discalculia Dislalia Dislexia Disortográfica

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Page 1: As dificuldades de aprendizagem

As Dificuldades de Aprendizagem-DA

Discalculia Dislalia Dislexia Disortográfica

Page 2: As dificuldades de aprendizagem

A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não confundir a discalculia com os fatores citados acima.

Page 3: As dificuldades de aprendizagem

Não há diferença entre números e palavras. Os números podem até ser escritos por palavras, e as palavras são usadas para descrever problemas reais da vida que requerem números para serem resolvidos (Garcia,2000).

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Crianças com discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números.

Page 5: As dificuldades de aprendizagem

Como identificar a discalculia: Quando se fala na origem das

dificuldades de aprendizagem em matemática, surgem muitas dúvidas e, na maior parte dessas ocorrências, não há uma única causa específica, mas um conjunto delas que podem ser encontradas tanto no aluno quanto em relação a factores externos, inclusive no modo de ensinar matemática (Silva, 2008).

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Para o manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais - DSM-IV (2002), o transtorno nas operações Matemáticas é caracterizado pela incapacidade para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do individuo e dificuldades que trazem prejuízos significativos em tarefas diárias que as exigem ou apresentam algum deficit sensorial, destacando-se que as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente associadas.

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Em relação às causas deste transtorno, podemos dizer que existem inúmeras, mas de acordo com cada enfoque científico têm se dado mais importância a umas e a outras. Assim por exemplo, diferentes autores (Badian, 1983; Fernandez Llopis & Pablo, 1991; Gerstman, 1959; Luria, 1966; Mercer, 1983; Rourkler, 1982; entre outros, como citado em Arándiga, 1998, p. 337) apontam como causas diversas de discalculia as seguintes:

Lesões cerebrais; Alterações neurológicas;

Aparecimento tardio da linguagem; Estados hiperemotivos; Aspectos genéticos;

Alterações no desenvolvimento intelectual: raciocínio lógico-abstracto;

Fatores de maduração: atenção, memória imaginação, psicomotricidade, lateralidade, ritmo, etc.;

Deficiência nas habilidades verbais; Alterações psicomotoras;

Falta de consciência dos passos a seguir; Dificuldades no pensamento abstrato;

Falta de motivação; Perturbações emocionais;

Page 8: As dificuldades de aprendizagem

Problemas sócio-ambientais;Absentismo escolar;Transtorno de conduta;Falhas estratégicas;Lentidão na resposta;Problemas de memória para automatizar as

combinações numéricas básicas;Utilização de uma linguagem inadequada para

crianças;Escassez de conhecimentos prévios;Falta de automatização dos procedimentos

simples do cálculo.

Page 9: As dificuldades de aprendizagem

A perspectiva neuropsicológica segundo Arándiga (1998) postulou que as dificuldades de aprendizagem na matemática são os resultados dos seguintes instrumentos:

Verbal - o número como um signo linguístico.Afasia sensorial: alterações acústico-gnósicas por lesões do temporal esquerdo.Afasia motora: alteração da linguagem interna por lesões do frontal esquerdo.

Visuo-espacial - lesões do lobo parietal.Alterações das imagens numéricas.Alterações do reconhecimento espacial do número (dislexia).

Page 10: As dificuldades de aprendizagem

Práxicos - lesões do lobo temporal parietal.Alterações dos gestos motores (disgrafia).

Conceptual - lesões do lobo temporal-ocipital-parietal.Perda do conceito do número.

Planificação -Lesões da área frontal esquerda: dificuldade para planificar a resolução de problemas numéricos.Lesões da área frontal direita: dificuldade para planificar a resolução de problemas espaciais.

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Os diferentes graus de discalculia: Romagnoli (2008), afirma que dependendo

do grau de imaturidade neurológica da criança, a discalculia pode ser considerada em distintos graus:

Leve - os diacalcúlico reage favoravelmente à intervenção terapêutica;

Médio - configura o quadro da maioria dos que apresentam dificuldade específicas em matemática;

Limite - quando apresenta lesão meurológica, gerando algum defice de atenção:

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Classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos:

1. Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.

2. Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.

3. Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.

4. Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.

5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.

6. Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.

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De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de:

• Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;• Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.• Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.• Classificar números.• Compreender os sinais +, - , ÷, ×.• Montar operações.• Entender os princípios de medida.• Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas.• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.• Contar através dos cardinais e ordinais.

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Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:

1. Dificuldade na memória de trabalho;2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita);4. Não há problemas fonológicos;5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem;6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.

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Quais os comprometimentos?

• Organização espacial;• Auto-estima;• Orientação temporal;• Memória;• Habilidades sociais;• Habilidades grafomotoras;• Linguagem/leitura;• Impulsividade;• Inconsistência (memorização).

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Ajuda do professor:

O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar:

• Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;• Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala;• Corrigir o aluno frequentemente diante da turma, para não o expor;• Ignorar a criança em sua dificuldade.

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Dicas para o professor:

• Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido;• Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar;• Proponha jogos na sala;• Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis;• Procure usar situações concretas, nos problemas.

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Ajuda do profissional:

Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.

Page 20: As dificuldades de aprendizagem

O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.

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Qual a diferença? Acalculia e Discalculia.

A discalculia já foi relatada acima.A acalculia ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.

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Cuidado!As crianças, devido a uma série de fatores, tendem a não gostar da matemática, achar chata, difícil. Verifique se não é uma inadaptação ao ensino da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua criança é saudável e está se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas não se desespere, mas é importante procurar um psicopedagogo para uma avaliação.Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente, acarretando erros que poderão ser melhorados com a ajuda de um professor mais atento.

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A CRIANÇA COM DISCALCULIA MANIFESTA:

1) Deficiência quanto a organização viso-espacial e integração não-verbal;2) Dificuldade na percepção quanto a diferença de quantidade, forma, tamanho, comprimento;3) Capacidade auditiva extraordinária, normalmente falam cedo;4) Apresenta excelente vocabulário de leitura e habilidades de silabação, no entanto, apresentam dificuldade quanto a compreensão;5) Dificuldade no sentido de direção

( direita/esquerda );6) Dificuldade quanto ao padrão-motor para a escrita.

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1– Inversão do número em espelho.

 · Falha nas coordenadas

espaciais.

 Trabalhar na organização

espacial, direcionalidade.

 2 – Inversão do número em posição.

 · Dificuldade na seqüência

temporal.

 · Trabalhar na organização

visual.

 3 – Escrita e leitura no número independentemente ( 102 = 1002)

 Por falta de domínio das

classes, ordem e valor relativo do numeral.

 · Rever aspectos anteriores ao

número. - classificação, seriação,

correspondência. - conservação de quantidade ao

nível de corpo, - Objeto, letra e número. - Registro de quantidade, valor

relativo ao número.

 4 – Adição do numeral isolado.

 · Falta de domínio das

classes, ordem e valor relativo ao numeral.

 5 – Confusão na leitura e/ou escrita do numero.

 · Falha na discriminação visual. · Dificuldade de compreensão do

número como um símbolo.

 · Trabalhar a representação

simbólica de conjuntos (tributos) cor, forma, tamanho, espessura e número.

Page 25: As dificuldades de aprendizagem

 6 – Confusão na relação do número à quantidade

 · Dificuldade em associar o

número à sua quantidade. · Dificuldade de representar

símbolo.

 · Trabalhar símbolos.

 7 – Confusão dos sinais operatórios

 · Dificuldade na compreensão

dos significados dos sinais (conceituação).

 · Dificuldade na representação

dos símbolos operatórios.

 · Trabalhar símbolos.

 8 – Não arma operações, ou faz inadequadamente.

 Falhas na organização temporal

e espacial.

 

Dificuldade do domínio dos símbolos.

 Trabalhar percepção têmporo-

espacial.

 

Trabalhar elementos anteriores ao número.

 9 – Não realiza problemas

 · Falta de domínio do significado

dos termos operatórios, dos quantificadores e dos símbolos.

 · Trabalhar elementos anteriores

ao número.   

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Referências Bibliográficas:Arándiga, A.V. (1998). Dificultades de Aprendizaje e intervención Psicopedagógica. Valência: Promolivro.

Garcia, J. (2000). Manual de deificuldades de aprendizagem - linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artmed.

Rief, S., & Heimburge, J. (2002). Como ensinar todos os alunos na sala de aula inclusiva. Porto: Porto Editora. Romagnoli, G. C. (2008). Discalculia: Um desafio na Matemática. Trabalho para conclusão do curso. Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem. São Paulo.

Silva, W.C. (2008). Discalculia: Uma abordagem à lua da Educação Matemática. Relatório Final para concretização do Projecto de Iniciação Ciêntifica, PIBIC, Universidade de Guarulhos, Guarulhos.