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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
QUALIDADE NA GESTÃO DE EQUIPES
Por: Radamés do Nascimento Marzullo
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
QUALIDADE NA GESTÃO DE EQUIPES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão da Qualidade
Por: Radamés do Nascimento Marzullo
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AGRADECIMENTOS
...agradeço primeiramente a Deus por ter
me dado saúde, força e perseverança
para concluir mais esta etapa importante
na minha vida. Agradeço também à
minha mãe, esposa, avó e tia que foram
as pessoas que sempre me deram forças
nos momentos difíceis.
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RESUMO
Por toda parte, novos mercados estão se abrindo, fusões acontecendo
a todo o momento, novas forças estão surgindo e novas maneiras de operar
estão desafiando as empresas. As organizações precisam estar alinhadas em
torno de definições estratégicas claras, sustentadas por uma gestão com amplo
envolvimento e participação. Neste trabalho verificamos a necessidade de uma
liderança participativa que incentive a sua equipe e que consequentemente
traga melhoria ao ambiente de trabalho. Usamos o call center como exemplo
de ambiente onde é necessária a introdução de melhores práticas para atender
conjuntamente as necessidades dos clientes e de seus respectivos
funcionários. Apresentamos neste trabalho os Círculos de Controle da
Qualidade como mecanismo de melhoria da qualidade nas empresas.
5
METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado mediante pesquisa bibliográfica, pois este estudo foi desenvolvido com base em material publicado em livros e
revistas, dando ênfase ao aspecto teórico e à revisão da literatura acerca do
tema escolhido. Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, pois o que se
pretende é descrever uma análise sobre o papel do líder no desenvolvimento
de uma equipe e como se atinge a qualidade. A escolha do tema está
relacionada à minha trajetória na empresa Contax S/A, onde pude exercer
diferentes cargos com variadas demandas e modelos de gestão, num espaço
onde a busca pela qualidade é uma constante e o maior desafio está na
organização dos diferentes grupos de trabalho.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - A Liderança 09
CAPÍTULO II - Qualidade de vida no ambiente de trabalho 19
CAPÍTULO III – Comprometimento da equipe visando
a qualidade no trabalho 27
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 40
7
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje é recorrente a necessidade cada vez maior de se ter
um ambiente de trabalho saudável. Em geral, ao tratarmos da qualidade no
ambiente de trabalho nos deparamos com um dos fatores mais importantes na
relação chefe/subordinado. Este fator é a qualidade na gestão de equipes. Mas
o que será a qualidade na gestão de equipes?
Atualmente se torna cada vez mais constante a insatisfação dos
funcionários com o tratamento que lhes é dispensado. Ora por falta de tempo e
ora por falta de vontade, não observamos o correto direcionamento do gestor
na direção do seu time. Conflitos de interesse, demandas intermináveis e
pouco tempo para o relacionamento interpessoal culminam em afastar cada
vez mais comandante e comandado. O que se torna necessário é um estudo a
fundo sobre quais processos envolvidos dentro das empresas transformam
esta relação cada dia mais distante, menos humana e cada vez com mais
cobranças. A necessidade de se apresentar um resultado imediato para o
cliente, o medo de perdê-lo para concorrência e a transformação de seres
humanos em números e resultados, prejudicam não só uma equipe como toda
a estrutura organizacional.
Não podemos deixar de lado a importância do intelecto humano e sua
capacidade criativa para criar novas estruturas que não dependem somente
dos “chefes” para elaboração de um projeto, mas sim, que mantenha desde a
base até o topo, toda a organização envolvida e comprometida com o propósito
final.
A qualidade na gestão de equipes não deve ser vista como “um bom
equipamento para trabalhar, um lugar seguro para ficar e uma sala com ar
condicionado”. Isso é o mínimo que uma empresa pode fazer por seus
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funcionários. Gestão de equipes é perceber seus funcionários, dar treinamento
adequado para seu correto desenvolvimento, se preocupar com o ser humano
fora da empresa e acima de tudo motivá-lo por um projeto dando a ele a
responsabilidade e o suporte necessário para o seu desenvolvimento profissional.
Nesse contexto o papel do líder é fundamental na gestão do capital
humano, líderes comprometidos, como exposto no Capítulo 1, são capazes de
desenvolver e influenciar equipes de forma ética e positiva, e transformá-las em
uma unidade coesa, para que contribuam voluntariamente para alcançarem os
objetivos organizacionais definidos pela empresa.
O capítulo 2 traz algumas considerações sobre quais aspectos
influenciam na qualidade de vida no ambiente de trabalho, em especial nos
call- centers. O capital humano passou a ter importância fundamental, as
empresas se conscientizaram e passaram a dirigir suas atenções para sua
força de trabalho assim que perceberam que são as pessoas que fazem a
diferença e que esse capital não lhe pertence, apenas está a sua disposição
enquanto for capaz de gerenciá-la de maneira eficaz.
Quanto aos Círculos de Controle da Qualidade apresentado no Capítulo
3, seu conceito tem aplicação pelo menos como uma forma inicial de se incluir
o trabalho em equipe no processo de melhoria da qualidade nas empresas.
Verificamos que através da ideia central dos Círculos é possível estabelecer o
espírito positivo do grupo e a motivação para alcançar as mudanças essenciais
na cultura da organização.
Neste trabalho, pretendemos mostrar que utilizando as ferramentas
corretas de administração da qualidade juntamente com novos conceitos
relacionados à gestão de pessoas podemos trazer uma qualidade maior ao
ambiente de trabalho e consequentemente uma qualidade maior na vida das
pessoas.
9
CAPÍTULO I
A LIDERANÇA
1.1 - O CONCEITO
A liderança é um fenômeno que sempre chamou a atenção de pessoas
pensantes, estudiosos da natureza e do comportamento humano sempre
procuraram descobrir quais fatores interpessoais que levam algumas pessoas
a ter sucesso como líderes influentes e quais os fatores que determinam a
aceitação ou não do líder por parte do grupo de liderados.
Embora a liderança seja considerada um fenômeno típico da natureza
e comportamento humanos, ela não é um fenômeno exclusivo ou privado
deles. De fato, a natureza está repleta de exemplos de animais de
praticamente todas as espécies que interagem entre si num relacionamento
alternado entre o animal líder e os animais liderados de seu bando.
Um exemplo característico é o dos gansos selvagens, que viajam
milhares de quilômetros e são famosos porque costumam “viajar” pelo céu com
um líder à frente que se dispõe a fazer um esforço redobrado para enfrentar a
resistência do ar, a fim de servir ao grupo, além de assumir a responsabilidade
de guiá-los pelo melhor trajeto rumo ao destino desejado.
A liderança é definida por Chiavenato (1992, p.147) como uma
“influência interpessoal exercida numa dada situação e dirigida através do
processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos
específicos”. A liderança pode ser considerada como um processo de influência
através do qual um indivíduo ou um grupo é orientado para a obtenção de
determinados objetivos específicos.
10
Para Bergamini (1994, p.31) o líder caracteriza-se:
Por uma forte busca de responsabilidade e perfeição na tarefa, vigor e persistência na perseguição dos objetivos, arrojo e originalidade na resolução de problemas, impulso para o exercício da iniciativa nas situações sociais, autoconfiança e senso de identidade pessoal, desejo de aceitar as consequências da decisão e ação, prontidão para absorver o stress interpessoal, boa vontade em tolerar frustrações e atrasos, habilidade para influenciar o comportamento de outras pessoas e capacidade de estruturar os sistemas de interação social no sentido dos objetivos em jogo.
O trabalho do líder envolve mais do que simplesmente determinação. É
preciso estar comprometido e engajado com os objetivos da organização. O
líder, antes de tudo, é uma pessoa com visão no futuro e compromete-se a
incentivar e direcionar seus liderados além de ser flexível para absorver
rapidamente as mudanças, buscando a superação dos desafios do dia a dia.
Existem várias definições sobre liderança, todas diferentes, porém
com o mesmo significado, pois em quase todas as definições é comum
encontrar as palavras que levam a um conjunto de influências interpessoais e
recíprocas e por outro lado, ao fenômeno de grupo. As funções de liderança
incluem, portanto as atividades de influenciar pessoas, ou seja, o que gera
motivação necessária para colocar em prática o propósito definido pela
estratégia das empresas.
Dentro de todos os conceitos já propostos sobre líderes, podemos
resumir que este é o indivíduo que chefia, comanda e orienta, em qualquer tipo
de ação. O líder deve orientar o direcionamento da equipe ao contrário de
gerentes que centralizam tudo.
Liderança é ir à busca dos resultados, orientar, comandar em qualquer
situação, seja ela favorável ou não. O líder atua como um guia, coordenando
as atividades, instruindo e utilizando os retornos de feedback.
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Para que o líder tenha um grupo determinado a atingir as metas
estabelecidas, ele tem que colocar entusiasmo no grupo de maneira que o líder
estando otimista, grande parte do grupo passa a ser otimista também. Para
isso o líder tem que dar exemplos, pois a sua equipe se espelha nos seus
comportamentos e de acordo com o comportamento dele, passa confiança ao
grupo e o grupo fica mais entusiasmado para alçar as metas estabelecidas pela
empresa.
Os líderes devem estabelecer direções através de uma visão de futuro,
engajando as pessoas e transmitindo essa visão para que seus colaboradores
se sintam prontos a superar obstáculos. O verdadeiro líder é aquele que
aprende e sabe direcionar as pessoas, mesmo diante de problemas, inclusive
de relacionamentos, que possam existir dentro das empresas.
O líder deve ter uma visão do futuro e ser capaz de passar essa visão
aos seus liderados. Para se atingir certos objetivos, os líderes devem deixar a
sua equipe ciente que poderão ter que vencer alguns obstáculos. Segundo
Chiavenato:
A liderança é um processo chave em todas as organizações. O administrador deveria ser um líder para lidar com as pessoas que trabalham com ele. A liderança é uma forma de influência. A influência é uma transação interpessoal em que uma pessoa age para modificar ou provocar o comportamento de outra pessoa, de maneira intencional. (CHIAVENATO, 1999, p.553).
Qualquer empresa para caminhar necessita de uma liderança. No
momento em que há o encontro de pessoas é necessário que haja um líder
para tentar colocar todos dentro do foco organizacional. Neste caso, para a
organização atingir os seus objetivos é necessário que o líder exerça uma
influência sobre os seus liderados, pois desta maneira conseguirão alcançar os
resultados esperados dentro das organizações.
.
12
1.2 - Teorias de Liderança
Diferentes teorias de liderança têm proposto inúmeros métodos e
estratégias na tentativa de desvendar o mistério de qual o melhor estilo para
maximizar o desenvolvimento de uma pessoa como líder, na busca de obter os
resultados mais eficazes e produtivos. Muitas dessas teorias caracterizam
diferentes escolas de pensamento sobre o tema da liderança ao longo da
história, resumindo algumas das principais teorias de liderança que causaram
impacto significativo no desenvolvimento do conceito de liderança.
A Teoria dos Traços teve ampla aceitação até os anos 1940, com a
popularidade dos testes psicológicos sobre a personalidade, e declinou a partir
de então com o surgimento de novas pesquisas com outros enfoques. Essa
teoria enfatiza as características pessoais do líder e assume que as pessoas já
nascem com as características que as tornam líderes ou liderados. Segundo
Bergamini (1994, p.29):
Os líderes deveriam possuir certas características de personalidade especiais que seriam basicamente as principais facilitadoras no desempenho do papel da liderança. Assim, os líderes passaram a ser entendidos como seres diferentes das demais pessoas pelo fato de possuírem alguns traços de personalidade considerados como profundo responsáveis não só por fazê-los emergir como tal como também por mantê-los em suas posições. Isso permite concluir que os líderes nascem como tal, não havendo a probabilidade de ‘fazê-los’ posteriormente por meio do uso de técnicas de desenvolvimento pessoal.
Depois da Teoria dos Traços, o estudo de liderança foi influenciado
pelo crescimento da psicologia nos aspectos comportamentais. O enfoque
mudou dos traços da personalidade para os comportamentos do líder, dando
origem a estilos de liderança. Segundo Chiavenato (1992) destacam-se três
estilos de liderança, a autocrática, a liberal e a democrática conforme Quadro
exposto a seguir:
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Quadro 1- Tipos de Liderança (CHIAVENATO, 1992, p.12)
Autoritário A ênfase é centrada no líder que fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo, determina providências e as técnicas para execução das tarefas.
Democrático A ênfase é centrada no líder e subordinados. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo.
Liberal Ênfase nos subordinados. Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder.
Observamos que as teorias situacionais de liderança abandonam o
enfoque no comportamento e se concentram na eficácia do líder diante de
diferentes situações, com ênfase na interação líder x liderado. A teoria
pretende explicar como a situação na qual o líder se encontra tende a
influenciar o uso eficaz do seu estilo de liderança. Ou seja, situações diferentes
podem exigir diferentes estilos de liderança para melhor atender às demandas
específicas da situação.
As Teorias Transacionais, em contraste com as anteriores cujo
enfoque central se concentra na figura do líder, estudam o intercâmbio entre
líderes e liderados, valorizando o papel do liderado no fortalecimento do líder e
de seu vínculo com a equipe. Em outras palavras, a lideranças é um processo
de troca, e cada líder desenvolve um intercâmbio específico e único com cada
membro de sua equipe, o que pode variar de liberdade e autonomia para uns e
controle e restrição para outros. A conclusão é de que quanto mais positiva
essa troca, maior a satisfação, desempenho e identificação do liderado com a
organização.
A liderança transformacional envolve muito mais que um simples
intercâmbio de experiências e influências entre líderes e liderados. Em vez
disso, a liderança transformacional acontece quando líderes e liderados
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interagem entre si de tal maneira que tanto os líderes quanto seus seguidores
são levados a um nível maior de motivação e moralidade em decorrência dessa
interação. Nesse caso, o poder da liderança é exercido como base mútua para
um propósito comum.
Aplicando a Psicologia Social e a Teoria de Atribuição ao estudo da
liderança, Calder desenvolveu a Teoria da Atribuição em Liderança, segundo a
qual o efeito e a eficácia da liderança são basicamente um processo de
percepção que existe na mente dos seguidores. Em outras palavras, a
qualidade de liderança dependerá do julgamento que o observador atribui ao
líder e essa percepção e julgamento são distorcidos pela atitude preconcebida
que o observador traz para a situação.
A teoria pressupõe que a avaliação do comportamento do líder
depende mais da cultura dos seguidores que do comportamento do líder
propriamente dito. Por outro lado, a expectativa dos seguidores com relação a
um determinado comportamento do líder tende a influenciá-lo a desenvolver
aquele tipo de comportamento.
A despeito do intenso debate que se tem levantado entre os
defensores do diferentes teorias de liderança, observamos que a grande lacuna
nas teorias de liderança, Chemers (1981) classifica a maior parte dessa
controvérsia como uma “tempestade num copo de água”. Segundo ele,
diferentes teorias dizem a mesma coisa de maneira ligeiramente diferente em
certo sentido, as teorias têm mais pontos que as unem do que pontos que as
separam. A diferenciação mais frequente nessas teorias é a divisão de
orientação para pessoas ou tarefas e para o estilo autocrático ou democrático.
A conclusão de Chemers é de que a grande lacuna nas teorias de liderança é a
falta de atenção ao estudo dos líderes e seus seguidores como pessoas
humanas, com seus valores e necessidades.
Esse vazio nas pesquisas é, em certo sentido, contemplado por
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estudos recentes que propõem a Teoria da Liderança Servidora. Consciente
das teorias tradicionais de liderança e respeitando os princípios filosóficos da
liderança, um modelo proposto por Geenleaf em 1977 se apóia nos valores
intrínsecos da dignidade humana para virar de cabeça para baixo a visão
tradicional e os conceitos populares sobre liderança, propondo um modelo
oposto ao que é praticado por alguns modelos convencionais que apresentam
o líder como herói, capaz de resolver sozinho grandes problemas, como se
fosse uma pessoa dotada de poderes mágicos associados ao seu carisma e
habilidades superiores.
Evidentemente, não há como negar o fato de pessoas talentosas se
destacarem e se tornarem famosas, atraindo atenção e publicidade da mídia e
do público tanto para a área empresarial quanto para conquistas esportivas,
artísticas, sociais e culturais. Isso não é só um fato real, como é nobre aspirar
sucesso e projeção pessoal.
Contudo, entre a realidade do talento e sucesso pessoal e a
construção de um paradigma de liderança baseada no talento, existe a
distância de um universo, pois o fenômeno da liderança envolve muitos mais
fatores que o talento de um líder e está estreitamente relacionado como valores
que permeiam a interatividade entre pessoas.
Como a Teoria da Liderança Servidora constitui a quebra desse
paradigma tradicional, uma maneira fácil de visualizá-la e fazer uma
comparação entre o paradigma de chefe tradicional e o paradigma do servo,
aquele que está mais empenhado em proporcionar o bem-estar da equipe e
dos liderados do que em conquistar seu próprio sucesso ou projeção social. É
comum encarar o modelo clássico de chefe tradicional como uma
personificação do papel de líder. Frequentemente as pessoas herdam esse
modelo tradicional como a única alternativa para o exercício de autoridade e
não vêem espaço para pensar de maneira diferente e tentar uma abordagem
nova e criativa de relacionamento com a equipe.
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Esta teoria desafia esse paradigma tradicional de chefia, quebra o
mito da hierarquia intocável, propõe aprendizagem com os erros da equipe,
busca a opinião e a experiência de todos os níveis da empresa.
1.3 - Competências do líder
Diante de um mercado de trabalho cada vez mais complexo,
turbulento e globalizado aliado ao crescente aumento da competitividade, as
organizações necessitam cada vez mais de líderes competentes e capazes de
influenciar seus liderados a serem participativos de modo que possam retribuir
com resultados satisfatórios não só com a obtenção de sucesso profissional
com também o crescimento da organização.
O papel da liderança na organização exige comprometimento e
flexibilidade para absorver os valores, objetivos e desafios da empresa. Trata-
se de aplicar um conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos
que permitam ao líder estabelecer um ambiente harmonioso e confiável com
seus liderados de modo a alcançar os objetivos organizacionais e individuais.
As teorias, regras, normas e regulamentos mudam constantemente de modo
que precisamos nos adaptar à realidade, para isso é necessário que os
conhecimentos adquiridos estejam de acordo com a aplicação na realidade.
Desta forma a competência do líder é notada na medida em que entrega
efetivamente o que lhe foi proposto.
O que fica claro é que o ambiente cada vez mais rápido e competitivo que enfrentamos no século XXI vai requerer mais liderança de mais pessoas para fazer as empresas prosperarem. Mais mudança requer mais liderança, o que é difícil oferecer se não for possível especificar com clareza qual é o elemento que falta. Não consigo conceber como este ritmo se reduzirá, o que tem muitas implicações para a questão da liderança. Liderar, por sua vez, é lidar com a mudança. (KOTTER, 2000, p.52)
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O líder tem que estar apto a mudanças. No seu comportamento, na
maneira de agir e seus modos, dentro de um ambiente competitivo precisa-se
de liderança. Alguém tem que estar no comando, para organizar, traçar as
metas e controlar, para que os liderados tenham confiança e se empenhem
mais de maneira que a empresa prospere. Neste caso é preciso especificar
corretamente o que falta, para saber se o tipo de líder é adequando ou não às
mudanças que se espera.
Todo líder tem quatro competências essenciais. Primeiro são capazes de arregimentar os outros ao criar um sentido compartilhado. Segundo, todo líder tem voz própria, onde a sua palavra passa confiança e entusiasmo aos liderados. Terceiro, todo líder precisa ter integridade e quarto e último, todo líder tem que ter competência base, a capacidade adaptativa. (BENNIS, 2010, p. 22).
Neste caso, os líderes têm uma percepção apurada, onde eles são
capazes de convencer os indivíduos a abraçarem como sendo de toda a
equipe esta visão. É a capacidade adaptativa que permite que os líderes
reajam de forma rápida e inteligente à mudança.
O homem tem modificado o ambiente em que vive e recebe o refluxo de sua ação como um problema de adaptação contínua às mudanças ambientais e de ajustamento às outras pessoas, grupos e sociedade, em geral o gerente que vê os outros como pessoas, e não apenas como instrumentos de produção, passa a exercer função educativa que permite o desenvolvimento dos subordinados como pessoas. (MOSCOVICI, 1989, p. 48)
De acordo com as mudanças em que as pessoas vivem dentro das
organizações, o comportamento e o relacionamento entre eles também teve de
se adaptar as mudanças. A maneira como os líderes se dirigem aos seus
liderados, não é mais a mesma, ou seja, como meros instrumentos de trabalho,
mas sim como pessoas. E desta forma os líderes que agem assim são mais
participativos também na vida de seus colaboradores, na influência - seja
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profissional ou pessoal. Neste caso, o líder passa a exercer uma influência
positiva.
Combinações sinergéticas de conhecimentos, habilidade e atitudes expressas pelo desempenho profissional dentro de determinado contexto organizacional, que agrega valores a pessoas e organizações. (CARBONE, 2006, p.43).
Neste caso, o autor uniu a primeira concepção, que destaca as
qualidades individuas, com a segunda que ressalta as realizações do mesmo
no ambiente de trabalho, ou seja, o indivíduo com os seus conhecimentos,
habilidade e atitude, ele agrega valor à organização, de modo que atinja
também a sua realização pessoal. Este retorno vem em duas formas:
internamente, por parte da organização e externamente, uma vez que a
organização é reconhecida pela entrega e empenho dos seus colaboradores.
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CAPÍTULO II
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO
2.1 - Considerações
Enquanto seres humanos somos partes integrantes do nosso meio,
influenciando e interagindo com ambiente em que vivemos. Certas regras de
conduta devem ser respeitadas, mas também somos parte de tudo o que
vemos e por isso podemos modificar o meio e a convivência entre as pessoas.
Sabemos que o ser humano é fruto do meio em que vive, inclusive no trabalho,
e que é gerido por necessidades básicas que os podem motivar ou não, como
impulso para realizar o próprio potencial, a necessidade de melhoria contínua e
realização profissional. Estas necessidades não satisfeitas também são
motivadoras de comportamento, podendo levar a desorganização de
comportamento, agressividade, reações emocionais, alienação e apatia.
Segundo Chiavenato (2000, p.161) “a motivação se refere ao
comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é
dirigido em direção aos objetivos que possam satisfazer essas necessidades.”
O homem é considerado um animal dotado de
necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta
ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade surge outra
em seu lugar e, assim por diante, contínua e infinitamente.
As necessidades motivam o comportamento humano
dando-lhe direção e conteúdo. (p.128).
Quando traduzimos esta ideia para o nosso trabalho se torna mais
evidente a necessidade de um ambiente saudável e seguro. As pessoas
precisam acreditar no projeto que estão desenvolvendo, acreditar na missão da
empresa em que trabalham e principalmente, acreditar na capacidade do seu
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gestor ao dirigir a equipe e contornar conflitos.
Não se pode exigir resultados de uma equipe se esta não tiver um
mínimo de comodidade e de condições para realizar suas necessidades
básicas. Mas acreditamos que quanto melhor e mais bem atendidas estas
necessidades, tanto melhor será o desempenho de uma equipe.
O ambiente de trabalho é constituído de duas partes distintas: a física
(instalações, móveis, etc.) e a social (as pessoas que o habitam). Segundo
Magalhães (1990) tais aspectos
...influem no conforto social. Evidentemente, se tais
elementos forem precários, ninguém trabalhará com moral
elevado. Conforme a natureza do trabalho, exigir-se-á
uma luminosidade, uma temperatura, um grau de
umidade diferente, o que também deverá estar de acordo
com a região onde se trabalha e a época do ano. (p. 51)
Como vemos as pessoas são produtos do meio em que vivem, têm
emoções, sentimentos e agem de acordo com o conjunto que as cercam, seja
o espaço físico ou social. Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira
de pensar a vida e assim também, o trabalho, é visto de sua forma diferente.
Há pessoas mais dispostas a ouvir que outras. Há pessoas que se interessam
em aprender constantemente, outras nem tanto. As pessoas têm objetivos
diferenciados e nesta situação muitas vezes priorizam o que mais lhes convém
e por vezes isto poderá estar em conflito com a própria empresa.
Nesta situação, a busca pelo entendimento entre as partes deve partir
da alta direção da empresa, para que todos estejam envolvidos no resultado. A
cobrança excessiva, o trabalho interminável e as condições físicas do ambiente
podem transformar um maravilhoso projeto em um estrondoso fracasso.
Identificar a insatisfação de seus colaboradores e agir de forma corretiva antes
que se espalhe a insatisfação é um dever da liderança da equipe.
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Pessoas reativas não se tornam reativas sozinhas, mas sim mediante
a uma realidade na qual se sentem isoladas e ao mesmo tempo sofrem
cobranças por resultados de uma forma desproporcional e destrutiva.
Normalmente procura-se passar a responsabilidade para a outra parte, porém
é importante lembrar que somos produto do meio, mas, também influímos no
meio.
O objetivo de um arranjo funcional é garantir conforto, bem-estar,
satisfação e segurança para os funcionários e garantir aos clientes melhores
condições de visualizar os produtos, além de um ambiente saudável e
agradável de ser visitado, ao espaço físico deve oferecer flexibilidade na
disposição dos materiais e bom aproveitamento do espaço; à empresa
propiciar aumento dos níveis de qualidade, produtividade e eliminação dos
desperdícios.
Muito bem, isto é sabido e faz parte de muitas correntes de
pensamentos da administração, porém com diz Moreira (2000):
Esses fatores em si não promovem a satisfação, mas a
sua ausência a inibe. Por outro lado, fatores como
oportunidade de auto-realização, reconhecimento pela
qualidade e dedicação no trabalho, a atratividade do
próprio trabalho em si e a possibilidade de
desenvolvimento pessoal e profissional do trabalhador
são motivadores em essência. Recebem o nome de
fatores de motivação. (p.287)
Vivemos numa sociedade em mudanças e num momento excitante
para as organizações. A sociedade percebe que a Qualidade de Vida e a
Saúde são ativos importantes, envolvendo as dimensões física, intelectual,
emocional, profissional, espiritual e social. Práticas inadequadas no ambiente
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de trabalho geram impacto negativo na saúde física e emocional dos
empregados e na saúde financeira das empresas. Baixa motivação, falta de
atenção, diminuição de produtividade e alta rotatividade criam uma energia
negativa que repercute na família e na sociedade.
Vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro, mas continuamos
a usar os instrumentos do passado. Felizmente, para algumas empresas
inovadoras e conscientes, este cenário não faz parte de sua realidade atual. As
dez melhores empresas para se trabalhar (Guia Exame 2001) transformaram o
ambiente de trabalho e a saúde emocional e física em vantagem competitiva,
tendo plena convicção estratégica de que quanto mais eliciar satisfação, mais
retorno terão em produtividade, criando assim a visão de uma organização
mais privilegiada, competitiva e equilibrada. O propósito de um programa de
Qualidade de Vida ou Promoção de Saúde nas organizações é encorajar e
apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos
os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional.
Um programa de Qualidade de Vida existe para gerar estratégias com
o intuito de promover um ambiente que estimule e dê suporte ao indivíduo e à
empresa, conscientizando sobre como sua saúde está diretamente relacionada
à sua qualidade e produtividade. Não é suficiente ter em mente mudar
relevantemente o estado de saúde dos profissionais, mas, também encorajá-
los a cuidarem e gerenciarem sua própria saúde, adquirindo um ganho
substancial na sua satisfação e crescimento, assim como no aumento de
produção e redução de custos para a empresa. Dentre os benefícios trazidos
por uma política de qualidade séria, está a melhor produtividade, empregados
mais motivados, melhoria da imagem corporativa, menor absenteísmo,
melhoria nas relações humanas, baixas taxas de enfermidade, melhoria do
moral e força de trabalho, redução de fadiga, menos turnover e maior
comprometimento na missão estratégica da empresa.
A missão estratégica de um programa de Qualidade de Vida canaliza
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seus esforços para alcançar os resultados propostos pela empresa. Desde que
o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de excelência em
relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados, estamos tendo
que constantemente se adaptar a todos estes estímulos, comprometendo de
alguma forma nosso aprendizado e saúde. O psiquiatra Carl Gustav Jung dizia
que “se as coisas vão mal no mundo, algo deve estar mal comigo”, assim,
podemos entender que o mais sensato é, em primeiro lugar, ficar bem.
Procurar viver uma vida vibrante e feliz, utilizar o máximo que possui e com
enorme prazer deve ser encarado como um objetivo de vida, o que dá
qualidade à vida.
O grande desafio de todas as empresas é aliar a produtividade com
qualidade de vida. Trazer benefícios à vida dos empregados não é mais um
diferencial nas empresas, mas sim uma obrigação que deve ser levada a sério,
pois o ser humano depende de valorização e motivação para realizar um
trabalho de excelência.
2.2- Qualidade de vida nos calls centers
Nos dias de hoje a maioria das empresas possuem uma Central/
Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), onde o mesmo tem acesso às
informações dos produtos oferecidos pela empresa, promoções, campanhas e
onde também os clientes podem reclamar sobre algum serviço ou produto que
não está funcionando adequadamente. Do outro lado da linha estão os
operadores de telemarketing que a princípio são os “representantes” da
empresa. Estas pessoas, em geral pessoas de baixo poder aquisitivo e vítimas
de um acesso deficitário à educação, tem a difícil missão de não só explicar
para o cliente os procedimentos, processos e produtos da empresa que o
contratou, como também defender tal empresa, mesmo quando é sabidamente
prometido algo que não é cumprido.
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Deixemos de lado a busca por melhoria fruto da livre concorrência e
também do mercado em expansão. O foco aqui será outro, não desejamos
falar sobre nenhuma empresa, mas sim sobre pessoas, já que no final das
contas, mesmo utilizando a mais eficiente das tecnologias, tudo acaba em um
par de mãos.
Qual é a qualidade no ambiente de trabalho dessas pessoas? É
possível se manterem motivadas com um salário medíocre? É possível ter
qualidade de vida com metas de desempenho tão absurdas? Como mudar
isso? Quando nos referimos à qualidade de vida no ambiente de trabalho, a
primeira ideia que nos vem à cabeça é um local limpo, organizado e com
pessoas felizes. Pensamos também no tempo de descanso entre uma jornada
e outra, nas relações interpessoais e em gestores preocupados com o
desenvolvimento de seus colaboradores. Em relação ao local limpo e
organizado não há o que se discutir, pois estas são as obrigações mínimas que
uma empresa deve atender. A escala de trabalho também não é um problema
visto que a jornada corresponde a seis horas diárias. O problema maior está na
relação entre equipe e gestores.
É sabido que nem todos os gestores de equipe se preocupam
diretamente com seus colaboradores, mas sim com os resultados alcançados
por eles. A expressão “sou apenas um número dentro da empresa” é bastante
recorrente no ambiente corporativo, visto que os prazos são muito curtos e as
metas bastante árduas, não havendo assim espaço para o desenvolvimento
profissional. A ação corretiva é realizada mesmo quando não é possível
verificar melhoria no que está sendo apresentado. A cobrança vem cair nos
ombros de pessoas que em geral não tiveram um treinamento adequado e
quase sempre com uma massa de testes longe da realidade do dia a dia.
Para se iniciar uma tentativa de melhoria no ambiente de trabalho o
foco das empresas deveria se iniciar com uma rígida seleção da área de
recrutamento e seleção. Transformar o processo seletivo em um processo
25
realmente eliminatório, onde a cada cinquenta candidatos só fossem aprovados
vinte e cinco, faria com que somente os melhores em postura e
desenvolvimento, já no período do treinamento, continuassem a busca pela
vaga.
Seriam necessários logicamente salários e benefícios mais atrativos. É
inconcebível que uma pessoa produza e trabalhe contente e feliz sabendo que
no final do mês receberá líquido, menos que um salário mínimo. Para se exigir
qualidade as empresas deveriam deixar de investir tanto no ambiente externo,
como em novas parcerias e olhar mais para dentro de si, dando aos seus
funcionários possibilidades de investirem no seu crescimento. Um funcionário
bem remunerado dá retorno à empresa, pois passa a investir no seu
desenvolvimento em conjunto com a necessidade da empresa e do mercado
de trabalho. Ao invés de a empresa contratar trezentos funcionários medianos,
se ela contratasse a metade com diferencial de conhecimento e
comprometimento com a missão da empresa, o resultado alcançado poderia
ser melhor. Para isso é claro, o serviço prestado pela empresa também deveria
passar pelo mesmo processo de melhoria. A empresa que presta bons serviços
zela também por uma boa Central de Atendimento.
Outra preocupação recorrente quando se fala de qualidade nos calls
centers é em relação a metas de trabalho. No ambiente receptivo,
colaboradores atendem mais de cem ligações por dia em uma difícil rotina que
não para um segundo. São muitas ligações, casos, procedimentos e tudo isso
com pessoas extremamente estressadas do outro lado da linha. No ambiente
ativo, as metas de venda são absurdas, visto que a remuneração variável é
pouca. É bastante comum o recebimento de ligações oferecendo algo nos
momentos mais impróprios e quando isso acontece os atendentes levam a
culpa. Isso é reflexo do mundo em que vivemos onde o capitalismo só enxerga
as cifras e não as pessoas. Onde pessoas, ás vezes desesperadas para
conseguir um pequeno bônus financeiro, deixam de lado a ética e fazem o seu
trabalho omitindo ao cliente os pontos fracos do serviço ou produto e
26
prometendo algo que provavelmente não será tão bom quanto foi dito. Para as
empresas reduzirem a insatisfação dos clientes e assim não terem que
contratar tantos atendentes de SAC, deveriam se preocupar em vender melhor
os seus produtos com metas menores aos seus funcionários de venda. O
cliente deveria saber o que realmente está comprando para que este não se
sinta iludido, enganado ou passado para trás.
A mudança que se faz necessária é conceitual e também evolutiva.
Para evoluirmos em algo precisamos refazer conceitos, rever conhecimentos e
estudar o macro. Tenho como tese, nas questões relativas à empresa e
funcionário, a certeza de que a qualidade do serviço está em primeiro lugar,
pois este é um diferencial e assim sendo, pode-se cobrar um preço acima da
média para a sua base consumidora. Uma boa venda, onde o cliente tenha
ciência ampla do que está comprando, reduz o número de reclamações.
Reduzindo o número de reclamações não haverá a necessidade de contratar
tantos funcionários no call-center receptivo. Contratando menos colaboradores
abre-se a possibilidade de um salário mais digno e um investimento maior nos
mesmos. Para cobrar que eles sejam os melhores, a empresa deve investir na
melhoria das condições de trabalho, só assim a equipe poderá dar o retorno
desejado.
27
CAPÍTULO III
COMPROMETIMENTO DA EQUIPE VISANDO A
QUALIDADE NO TRABALHO
3.1 – Teorias sobre motivação e comprometimento das equipes
De acordo com Scholtes (1992) à medida que as organizações se
envolvem mais com o movimento da qualidade, descobrem as vantagens de ter
pessoas de todos os níveis trabalhando juntas em equipes. Os gerentes,
geralmente em grupos, aprenderão e planejarão com qualidade. Verificarão
processos ou problemas necessitados de melhoria e formarão equipes de
projeto determinadas para encontrar soluções. Esse mesmo autor considera
que uma pessoa, usando práticas de melhoria da qualidade pode fazer uma
grande diferença na empresa em que trabalha. Mas raramente uma única
pessoa possui conhecimento ou experiência suficiente para entender e
multiplicar tudo o que está envolvido em um processo. Portanto importantes
aumentos de produtividade e qualidade resultam, geralmente, de equipes – um
grupo de pessoas que reúne suas habilidades, talentos e conhecimento.
Com treinamento adequado, as equipes terão as condições de
enfrentar problemas complexos, descobrindo soluções eficazes e permanentes.
Segundo o autor as equipes têm outra clara vantagem sobre os esforços
isolados: o apoio mútuo que surge entre seus membros em busca da melhoria
da qualidade. O sinergismo que vem de pessoas trabalhando juntas de
maneira produtiva em um projeto é geralmente suficiente para manter o
entusiasmo e apoio, mesmo em tempos difíceis. Quando o espírito de equipe
invade uma empresa, todos os empregados começam a trabalhar juntos
visando à qualidade – sem barreiras, sem grupos e nem segmentações, “todos
em uma única equipe”, com foco na mesma direção.
28
De acordo com este autor numa equipe os membros devem resolver
suas diferenças pessoais, vencer seus medos, direcionar os compromissos de
acordo com o projeto e com as demandas de suas tarefas diárias e aprender
como melhorar a qualidade. O tratamento das necessidades internas do grupo,
consequência dessas pressões, é tão importante quanto à tarefa externa do
grupo de fazer melhorias. Quando uma equipe funciona de forma harmoniosa,
os membros têm a possibilidade de trabalhar em cima da meta principal e
melhorar um processo.
Deming (1990) diz que para alcançar as mudanças é essencial o
trabalho em equipe e líderes que unam esforços e conhecimentos. Este autor
inclui, entre outros princípios para a transformação, o fim das barreiras entre os
departamentos, de modo que as pessoas possam trabalhar em equipe
buscando a prevenção de problemas voltados a produção e de utilização do
produto ou serviço. Outro princípio fundamental é o do engajamento de todos
os colaboradores da empresa, ou seja, a transformação é da competência de
todos.
A participação dos funcionários é crucial, inclusive nas decisões,
estabelecimento de metas e acompanhamento do desempenho. Assim, cada
membro da equipe assume um grau de responsabilidade pelo resultado
alcançado pela empresa. A edição 2000 do PNQ (Prêmio Nacional da
Qualidade) considera que o sucesso da organização depende do
conhecimento, habilidades, criatividade e motivação de seus colaboradores, ou
seja, as pessoas necessitam de um ambiente favorável para o pleno
desenvolvimento do seu potencial. A promoção da participação das pessoas é
um elemento fundamental para a obtenção da sinergia entre equipes. As
equipes devem ser compostas por pessoas com habilidades e competências
distintas, pois assim conseguem um alto desempenho quando lhes é dada
autonomia para alcançar objetivos bem definidos.
Quanto ao sistema de liderança, o PNQ leva em conta as
29
necessidades de todas as partes interessadas. Os líderes devem buscar o
comprometimento de todos no processo rumo a excelência do desempenho.
Este sistema promove a lealdade e o trabalho em equipe baseada nos valores
individuais e da empresa buscando atender os propósitos comuns. Encoraja os
colaboradores apoiando a capacidade de iniciativa deles, a criatividade e o
gerenciamento dos riscos. Oportunidades para inovação e multiplicação de
conhecimentos e habilidades podem ser criadas através do uso de equipes de
trabalho e equipes de solução de problemas, temporárias ou permanentes,
departamentais ou não.
Sabemos que a qualidade é fruto do trabalho humano, individual e de
equipe. Compreende-se que é fundamental para a qualidade uma boa gestão
de liderança na mobilização de seus colaboradores, no conhecimento, nas
habilidades e atitudes de todos da empresa.
Para Crosby (1990) o processo de melhoria e progresso em uma
equipe é um evento de aprendizagem e que, se todos da empresa
participassem de uma equipe ao mesmo tempo, não haveria mais problemas
relacionados à comunicação. Quando as palavras usadas são impróprias ou
incorretas, existe confusão relacionada aos esforços. Desta forma, há a
necessidade de se utilizar requisitos adequados juntamente com os
significados alcançáveis por todos. É essencial que as empresas mudem sua
cultura para melhor, de maneira permanente e definitiva. Desta forma a
melhoria da qualidade torna-se duradoura.
Rangel (1995) diz que os princípios da qualidade procuram levar as
pessoas a um trabalho integrado entre os vários setores da empresa. Incluem
esforços crescentes e contínuos de treinamento para que ocorra um verdadeiro
crescimento das pessoas na empresa. Quanto ao trabalho em equipe, o autor
ressalta que, em muitas empresas, não há equipes de trabalho, mas
verdadeiros bandos, realizando trabalhos sem nenhuma sinergia. Transformar
estes bandos em equipes é uma forma eficiente e eficaz de criar sinergia e
30
maximizar os esforços individuais na organização. Uma maneira de tornar os
funcionários mais comprometidos é fazer com que eles participem do processo
decisório da empresa. Assim, os mesmos se mobilizam mais em função dos
objetivos traçados por ela. Para tanto, recorre-se à gerência participativa que
se trata de uma mudança de atitude na comunicação e gestão, estimulando a
participação dos funcionários introduzindo a cultura do “vamos fazer juntos”.
Ainda segundo Rangel, as empresas estão cada vez mais estimulando a
formação de equipes internas de trabalho. Para melhorar o desempenho
destas é necessário:
a) Dizer claramente o que se espera da equipe,
b) Enaltecer o valor do trabalho em equipe,
c) Estabelecer confiança na equipe, estimulando-a, orientando-a para a
execução de um trabalho factível,
d) Dar feedback,
e) Dar recompensas e reconhecimento pelo bom desempenho.
Conforme Campos (1995) para se tornar competitiva, a empresa deve
cultivar uma equipe de elevada habilidade, ou seja, investir no crescimento do
ser humano. Para tanto, é importante estimular a adesão das pessoas e
conscientizá-las de que o gerente não é melhor que os trabalhadores como ser
humano – ele apenas tem um papel diferente. Segundo o autor, “o responsável
pela vida da equipe é o líder e, a essência do trabalho deste é fornecer suporte
ao trabalho de sua equipe e cobertura aos seus pontos fracos.” Para fornecer
este suporte, é necessário treinamento em grupo, treinamento no trabalho e
autodesenvolvimento.
Na construção de equipes, primeiramente deve-se procurar membros
que participarão ativamente. É necessário então que ocorra uma mudança de
mentalidade buscando a redução de conflito e aumento da coesão e do
comprometimento entre os membros do grupo. No grupo, um dos fatores
fundamentais é seu comportamento, o qual é um campo amplo para pesquisa
31
e, os gerentes devem ficar atentos às novas pesquisas relacionadas a este
tema.
3.2 - OS CÍRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE
Os trabalhos dos Círculos de Controle da Qualidade (CCQ) são uma
invenção japonesa, um método que possibilita a participação na melhoria da
qualidade através de discussões em grupo. Segundo Deming (1990), um
exemplo de trabalho desenvolvido por equipes (no caso, de cinco a quinze
funcionários) está o conceito de Círculo da Qualidade que encontra aplicação
generalizada. Este conceito existe quando a equipe tem comprometimento,
lealdade e motivação para introduzir melhorias no local de trabalho e nos
processos envolvidos na empresa.
A utilização dos círculos deve ser precedida de um longo trabalho com o
administrador para se lançar os alicerces das chances de sucesso. Os círculos
da qualidade foram criados com base nos seminários da secção de
Comunicação Civil dos Quartéis Generais do Estados Unidos e nas análises de
Deming e Juran. Estes círculos são pequenos grupos de funcionários que
promovem o estudo de maneira sistêmica e discutem o controle da qualidade.
Através destes trabalhos de grupo, facilita-se a educação, o treinamento e a
propagação das técnicas da qualidade.
Um círculo de controle da qualidade é um pequeno grupo, pertencente a
uma mesma área de trabalho e orientado por uma filosofia comum (Abreu
1991). A formação dos círculos é espontânea e de livre iniciativa dos
colaboradores e as reuniões são realizadas em geral durante a jornada de
trabalho; os membros participantes devem ser treinados previamente e os
grupos dedicam-se prioritariamente a temas e problemas de suas próprias
áreas. Um CCQ não tem poder decisório, limita-se a sugerir alternativas ao seu
gerente, a quem compete decidir. Os CCQ’s são um movimento:
32
1. De recursos humanos;
2. Característica grupal;
3. Voluntariado autêntico;
4. Envolvimento e participação;
5. Integração;
6. Liberação ao potencial inovador e criativo;
7. De longa duração.
Quanto ao resultado, este será intimamente ligado ao da sinergia. Cada
uma das partes possui este componente em potencial, em pequenas parcelas,
mas só a sua conjugação harmônica e coordenada conseguirá produzir algo
que é dinâmico e maior que a soma das partes. De acordo com Ishikawa
(1993) é necessária a participação de todos no programa de controle de
qualidade da empresa. Mas, são três os estágios de participação de todos os
membros. O primeiro é fazer com que todos integrem um círculo específico de
controle de qualidade. O segundo é fazer com que todos assistam às reuniões
do círculo. O estágio final é participar das atividades, onde cada membro
recebe uma tarefa em particular.
Ishikawa diferencia um CCQ americano do japonês. Nos Estados
Unidos, um CCQ geralmente é organizado como uma organização formal,
enquanto no Japão é um grupo informal de trabalhadores. Um administrador no
Japão serve como assessor ou consultor. Nos Estados Unidos, um gerente de
produção, para se livrar do trabalho, indica facilitadores, para cuidarem da
qualidade do trabalho, envolvimento e participação dos funcionários e CCQ,
cujas atividades sempre se desintegram. Nos Estados Unidos, a recompensa
monetária por uma sugestão vai para o indivíduo. No Japão, essa recompensa
é distribuída entre todos os empregados. O reconhecimento das realizações do
grupo substitui a recompensa monetária para o indivíduo.
Quanto às limitações do uso do CCQ, não há dúvida de que é uma
poderosa ferramenta para resolver problemas de qualidade e produtividade em
33
um nível operacional, porém, deve ficar claro que estes círculos não devem ser
utilizados em todos os departamentos ou setores da empresa. Os defeitos não
são causados apenas por operação inadequada dos trabalhadores, mas sim
provenientes de projetos mal elaborados e erros de direcionamento dos
próprios líderes da empresa. Deve-se perceber se é ou não aplicável a
utilização do CCQ de acordo com a situação e problema que são
apresentados.
3.3 - EQUIPES DE QUALIDADE
As Equipes de Qualidade são descritas, por Townsend (1991), como
uma evolução dos círculos de qualidade. O conceito original das Equipes de
Qualidade era baseado na teoria dos círculos de qualidade japoneses, mas
círculos que incluíam todos os funcionários. Esta experiência foi realizada na
empresa americana Paul Revere que uniu os esforços das Equipes de
Qualidade e os grupos de Análise de Valor, formando a base para o processo
chamado Qualidade Tem Valor. A Análise de Valor provém daquilo que
costuma ser chamado de gerência de valor, formada por grupos de quatro a
oito funcionários tomadores de decisões de uma só unidade organizacional,
liderados por um facilitador, que determina a melhor maneira de atingir seu
propósito essencial da empresa. A decisão de incluir todos os funcionários
neste processo orientou muitas das decisões subsequentes e determinou
processos únicos que daí evoluíram. Tomada esta decisão, as semelhanças
entre as Equipes de Qualidade e os círculos de qualidade começaram a
desaparecer.
A popularidade dos círculos de qualidade pode ser atribuída ao fato de
ser a melhor coisa disponível em uma época em que era necessário algo para
iniciar o movimento que se envolve novamente os empregados americanos
naquilo que estavam fazendo. Mais importante, os círculos de qualidade
levaram as gerências na América a admitir o fato de que existe sabedoria nos
34
degraus mais baixo da escada corporativa.
Ainda de acordo com Townsend, a decisão de fazer as Equipes de
Qualidade obrigatórias criou um meio termo que não só está prosperando
como evitando muitas das dificuldades associadas aos círculos de qualidade. O
mais evidente obstáculo é o reforço da mentalidade “nós e eles”. Deve-se
chegar a ponto de se referir à empresa como “minha empresa”. Estes
sentimentos de propriedade dos funcionários são muito mais fortes que
aqueles de um acionista médio. É este sentimento de que “estamos todos
juntos nisto” que conceito de Equipes de Qualidade reforça e utiliza.
Para Townsend, os círculos de qualidade representam um passo definido
e progressivo na direção de se envolver os funcionários da empresa e
comprometê-los com o melhor desempenho no trabalho. Porém, apenas
estabelecer esses círculos não basta. O passo seguinte é modificar os círculos
de qualidade, trazendo a contribuição, o envolvimento e a participação de todos
na qualidade. As Equipes de Qualidade exigem mentalidade diferente daquela
exigida para se estabelecer um programa de círculo de qualidade. Por um lado,
a participação 100% significa que os gerentes também se tornam membros da
equipe. Por encorajá-los a ser parte do esforço da empresa para melhorar sua
qualidade, outra fonte de informações e ideias torna-se disponível. Outra
constatação citada pelo autor é que a principal maneira pela qual as equipes
diferem dos círculos de qualidade é forçada pela decisão “todos estão dentro”.
Não há apresentações de qualidade à gerência. A palavra operacional é
confiança. As Equipes de Qualidade são formadas partindo-se da premissa de
que todos na organização são capazes de contribuir, todos sabem de algo a
respeito de seu cargo ou do trabalho de sua unidade que pode ser melhorado
de forma contínua. Pode ser um pequeno melhoramento, mas uma série deles,
uma série continuada, terá um significativo impacto sobre uma organização,
desde que as pessoas recebam a autoridade para realizar mudanças.
Desta forma entende-se que para termos uma equipe de trabalho
35
realmente focada no resultado que a empresa deseja, temos que desenvolver a
cultura participativa onde cada membro da organização ou empresa de forma
distinta e de acordo com as atribuições da sua função possa auxiliar na
construção e manutenção da ideia de qualidade total e duradoura.
36
CONCLUSÃO
Verificamos neste trabalho que é necessário o desenvolvimento da
liderança para que uma equipe de trabalho sinta-se motivada. Hoje em dia o
líder tem papel fundamental na construção, manutenção e motivação da
equipe. Existem vários tipos de liderança, mas o importante que percebemos é
a visão do líder, a forma como se porta, a condução da equipe e a inclusão de
todos os colaboradores nas reuniões sobre as necessidades da empresa. Esta
inclusão garantirá a visão de time onde cada colaborador de forma diferente
traga as suas experiências de vida, suas análises sobre o que foi proposto e
onde haja espaço para a troca de informações tão importante para o reforço da
ideia de unidade.
Foi apresentada de forma destacada a qualidade de vida nos calls
centers por fazer, a cada dia mais, parte do nosso cotidiano, já que
praticamente todos os serviços que compramos ou consumimos possuem um
Serviço de Atendimento ao Cliente. Esta análise nos trouxe a certeza de que
mesmo sendo um ambiente de trabalho desgastante, estressante e com
cobrança demasiada por resultados, é possível se desenvolver ou então trazer
de empresas que prestam outros tipos de serviços, mecanismos da qualidade e
também podemos entender que neste ambiente, especificamente o papel do
líder é fundamental uma vez que não há muito tempo para se aplicar o
feedback positivo e este só aparece em forma de cobrança. Precisamos
transportar boas ideias realizadas em empresas de diferentes ramos para esta
realidade, ou pelo menos adaptá-la ao cotidiano destes profissionais uma vez
que em sua maioria são pessoas desvalorizadas perante o mercado de
trabalho.
Por fim, tratamos das formas de manutenção de uma equipe de
trabalho que vise à qualidade. Não importa o ramo da empresa o que ela
produz ou vende. Os mecanismos de inserção no processo decisório das
37
empresas estão aí à disposição daquelas que os quiserem utilizar.
O que se torna evidente ao final deste estudo é que quanto mais o
profissional se sentir membro de uma equipe, como alguém que produz por um
propósito, por uma meta, não só pessoal como profissional, é capaz de produz
mais. As empresas que realmente desejam diminuir o turnover e fazer com que
seus profissionais se preocupem somente com o autoconhecimento e
autodesenvolvimento, têm por obrigação desenvolver mecanismos que
facilitem a rotina dos colaboradores e estimulem sua motivação.
38
Bibliografia Consultada
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trabalho- homem- qualidade total. Rio de Janeiro: Qualitmark, 1991.
BENNIS, Warren. A Essência do Líder. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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1994.
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conhecimento. Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1995.
CARBONE, Pedro Paulo. Gestão por competência e gestão por conhecimento.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a
administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1992.
______. Gestão de pessoas: o novo papel do Rh nas organizações. Rio de
Janeiro: Campus, 1999.
CROSBY, Philip. Qualidade – falando sério. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1990.
DEMING, Willian Edwards. Qualidade – a revolução da administração. Rio de
Janeiro: Marques-Saraiva, 1990.
FIEDLER F.; CHEMERS M. Liderança e administração eficaz. São Paulo:
Pioneira, 1981.
ISHIKAWA, Kaoru. Controle da qualidade total à maneira japonesa. Rio de
Janeiro: Campus, 1993.
39
KOTTER, John. Afinal, o que fazem os líderes? São Paulo: Editora Campus,
2000.
MAGALHÃES, Celso. Técnica da chefia e do comando. Rio de Janeiro: IBGE,
1990.
MOREIRA, Daniel. Administração da produção e operações. São Paulo:
Pioneira, 2000.
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento organizacional. Rio de Janeiro: Campus,
1989.
RANGEL, Alexandre. Momento da qualidade. São Paulo: Atlas, 1995.
SCHOLTES, Peter. Times da qualidade: como usar equipes para melhorar a
qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1992.
TOWSEND, Patrick. Compromisso com a qualidade. Rio de Janeiro: Campus,
1991.
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
A LIDERANÇA 09
1.1 - Conceito 09
1.2 - Teorias da Liderança 12
1.3 - O papel do líder 16
CAPÍTULO II
A QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO 19
2.1 - Considerações 19
2.2 - Qualidade de vida nos Calls Centers 23
CAPÍTULO III
COMPROMETIMENTO DA EQUIPE VISANDO A
QUALIDADE DE TRABALHO 27
3.1- Teorias sobre motivação e comprometimento da equipe 27
3.2- Os círculos de controle da qualidade 31
3.3- Equipes de qualidade 33
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 40