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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O COMPORTAMENTO DO LÍDER NAS ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO FACE ÀS MUDANÇAS Por: Vera Lúcia Machado Pereira de Souza Orientadora Profª Ms. Ana Cristina Guimarães RIO DE JANEIRO 2005

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O COMPORTAMENTO DO LÍDER NAS

ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO FACE ÀS MUDANÇAS

Por: Vera Lúcia Machado Pereira de Souza

Orientadora

Profª Ms. Ana Cristina Guimarães

RIO DE JANEIRO

2005

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O COMPORTAMENTO DO LÍDER NAS

ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO FACE ÀS MUDANÇAS

Monografia apresentada na Pós Graduação da Universidade Cândido Mendes, para obtenção do título de Pós Graduado em Gestão de Recursos Humanos. Por: Vera Lúcia Machado Pereira de Souza

3

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a todos os meus familiares e

amigos que fazem parte da minha vida e me ajudam a

cada dia.

“A passagem do tempo deve ser uma conquista e não

uma perda”.

4

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo destacar da importância do

comportamento do líder na organização e na equipe de trabalho. Acredita-

se que a capacidade e a habilidade do líder para conduzir ou persuadir o

grupo faz com que haja vontade de alcançar as metas e objetivos

organizacionais.

O líder é capaz de gerar junto ao grupo de trabalho, um ambiente

saudável conduzindo aos resultados. Deve saber criar em torno de si um

clima aberto e seguro para que as pessoas troquem idéias e experiências.

Com essa atitude, ele desperta maior senso de participação, fazendo com

que cada um sinta que seu envolvimento é extremamente importante, que

sua contribuição é respeitada, sendo este o maior estímulo que um

profissional poder receber para desempenhar suas atividades de forma

satisfatória.

Em contrapartida a organização deve trabalhar sempre para

conscientizar, habilitar e apoiar as lideranças para condução dos processos

de comunicação junto aos públicos internos e para o exercício de seu papel

no aprendizado contínuo e de valorização das pessoas.

Há entendimentos que é absolutamente indispensável realizar um

esforço para ampliar a visão das empresas no sentido de acreditarem que

além da qualificação de gerenciamento, são necessárias, também, as

qualidades de liderança, a fim de que a eficácia e a eficiência sejam

alcançadas.

Melhorar a liderança, a equipe e a comunicação é o caminho mais

curto para o desenvolvimento da empresa.

5

METODOLOGIA

A metodologia utilizada decorre da pesquisa bibliográfica em livros

sobre o tema.

Esta monografia procura, através de uma revisão de literatura,

destacar alguns aspectos das características que o papel da liderança é

explicado por diversas teorias, incorporando as novas abordagens de gestão

administrativas.

6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – As pessoas e as Organizações: Uma Abordagem

proximativa 10

CAPÍTULO II – Administrando a Liderança 12

CAPIÍTULO III – O Papel da Comunicação no Exercício da Função Gerencial

e de Liderança 20

CAPIÍTULO IV – Novas Relações no Trabalho, Novos Gestores 35

CAPÍTULO V – Conclusão 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55

ÍNDICE 57

FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

7

INTRODUÇÃO

As organizações estão passando por mudanças e transformações a

cada dia. Seja introduzindo novas e diferentes tecnologias seja modificando

seus produtos ou serviços, seja alterando o comportamento das pessoas,

seja mudando seus processos internos, as organizações estão

apresentando diferentes características em sua estrutura e em seus

processos. Essas alterações provocam constantes impactos na sociedade e

na vida das pessoas, acelerando cada vez mais as mudanças ambientais.

Em termos de ambiente interno, essas transformações estão

transformando sobremaneira as relações entre o capital e o trabalho, entre o

patrão e o empregado, entre os inputs e os outputs e especialmente entre

comandantes e comandados. Sob este último aspecto, ao mesmo tempo em

que a obtenção de resultados passa a ser uma tarefa conjunta de pessoas

com pessoas e de pessoas com tecnologia, o trabalho da coordenação

muda substancialmente de papel e de conseqüências.

Essa coordenação é a gerência. Essa coordenação, mais do que

nunca no desenvolvimento da história empresarial, precisa se revestir das

características de liderança, onde as equipes se comprometem com uma

visão de futuro e se ajustam para a obtenção de resultados.

A realização de resultados com e através de pessoas, na realidade é

liderança. O papel do líder nas organizações, hoje mais do que nunca, é de

vital importância para que uma organização mantenha-se competitiva e

atuante no mercado frente as suas concorrentes.

E disso que trata esta monografia. Dentro dessa temática são

abordados os comportamentos humano nas organizações, as teorias sobre

liderança, as novas tecnologias administrativas, o papel da comunicação no

exercício da função gerencial e de liderança.

8

Esta monografia tem por objetivo principal, então, evidenciar a

importância do papel gerencial em face da introdução das novas tecnologias

de administração e gestão. Subsidiariamente, tem por objetivos específicos,

traçar uma perspectiva a respeito das principais abordagens acerca da

liderança empresarial, introduzir as principais conseqüências trazidas pela

introdução das novas tecnologias administrativas.

A hipótese central que é trabalhada nesta monografia é que parte

dessa participação dos trabalhadores é influenciada pelo comportamento

gerencial a que assiste e a que se reporta. Realizar um estudo sobre

liderança nas organizações, é não querer, apenas, compreender o

fenônemo, mas é também tentar conhecer a importância crucial do

profissional da informação, como líder nesse contexto.

Na realização deste trabalho procurou-se, além de fazer um breve

histórico sobre as organizações, destacar e enumerar as várias formas e

posturas que caracterizam este comportamento e mostrar a importância, a

partir do momento em que desejam e precisam se manter no mercado,

desses líderes nas organizações, bem como o seu respectivo crescimento

profissional, crescimento este que só trará benefícios para a empresa. Hoje

em dia, as aquisições de mercadorias, produtos e tecnologias estão

acessíveis a todos e o que vai assegurar a vantagem competitiva nos

próximos anos é a qualidade das pessoas que compõe a organização,

proporcionando inclusive condições de mudanças nas mesmas.

Essas mudanças deverão se dar principalmente na mentalidade

desses líderes e dos próprios empresários, com políticas que irão facilitar e

nortear as atividades dessa organização. A liderança é um aspecto da

administração. É um mecanismo capaz de harmonizar as necessidades dos

indivíduos com as exigências da organização. É um processo abrangente

que ocorre praticamente em todos os segmentos da sociedade: na família,

na escola, na empresa, enfim, em todas as integrações sociais. Ela se

9

manifesta sempre que uma pessoa procura, influenciar o comportamento de

outra, ou de um grupo, com vistas a alcançar objetivos.

Retrata-se na literatura os novos conceitos, que chegamos a

resultados que nos levaram a concluir que é necessário que os empresários

e líderes olhem cada vez com mais atenção para os processos, até porque,

agindo desta forma, a organização caminhará com mais eficiência na

procura e obtenção de resultados.

Espera-se então que neste trabalho o objetivo, que foi evidenciar o

papel da liderança nas organizações face as mudanças, tenha tido

resultado positivo e que venha a reforçar e sugerir novas pesquisas no

sentido de se aperfeiçoar os padrões de gerenciamento já existentes, bem

como incentivar a busca da excelência na liderança dentro dessas

organizações.

A monografia está estruturada de modo a que se obtenha no

Capítulo I uma moldura do comportamento humano nas organizações,

voltado para o papel gerencial em seus aspectos ambientais, para, no

Capitulo Il abordar algumas teorias explicativas dos estilos gerenciais e de

liderança. No Capítulo III é incorporado aos aspectos e a importância da

comunicação para o comportamento gerencial, para, no Capítulo IV serem

introduzidas às novas tecnologias administrativas, que se tomaram um dos

principais fatores condicionantes do trabalho da gerência.

10

CAPÍTULO I

AS PESSOAS E AS ORGANIZAÇÕES:

UMA ABORDAGEM APROXIMATIVA

A vida das pessoas constitui uma infinidade de interações com

outras pessoas e com as organizações. O ser humano é eminentemente

social e interativo. Não vive isoladamente, mas em constante convívio e

relacionamento com seus semelhantes. Devido as suas limitações

individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com os

outros, formando organizações para alcançarem certos objetivos que a ação

individual isolada não conseguiria alcançar. A organização é um sistema de

atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. A

cooperação entre elas é essencial para a existência da organização.

O comportamento humano na organização é uma variável

dependente do modelo de gestão aplicado. Nestes termos, o comportamento

das pessoas como membro de uma organização está relacionado com a

escolha estratégica definida pela empresa, pela tecnologia utilizada, pela

arquitetura organizacional, pelas práticas e pelos estilos de gerência e

liderança. Assim sendo, o comportamento humano no interior de uma

organização, de qualquer natureza, está fortemente influenciado pela cultura

organizacional estabelecida e pelo sistema de poder interno.

O século XX trouxe grandes mudanças e transformações que

influenciaram poderosamente as organizações, a sua administração e o seu

comportamento. É um século que pode ainda ser definido como o século das

burocracias ou o século das fábricas, apesar da mudança que se acelerou

na últimas décadas . E, sem dúvida alguma, as mudanças e transformações

que nele aconteceram marcaram a maneira de administrar as pessoas.

Neste sentido, podemos visualizar ao longo do século XX três eras

11

organizacionais distintas: a era industrial clássica, a era industrial

neoclássica e a era da informação.

A Era da Industrialização Clássica foi um período longo após a

Revolução industrial e que se estendeu até meados de 1950, cobrindo a

primeira metade do século XX. Sua maior característica foi a intensificação

do fenômeno da industrialização em amplitude mundial e o surgimento dos

países desenvolvidos ou industrializados. O mundo se caracterizava por

mudanças vagarosas, progressivas e previsíveis que aconteciam de forma

gradativa, lenta e inexorável. O ambiente que envolvia as organizações era

conservador e voltado para a manutenção do status quo. A eficiência era a

preocupação básica e, para alcançá-la, eram necessárias medidas de

padronização e simplificação, bem como especialização da mão-de-obra

para a permitir escalas de produção maiores e custos menores. A cultura

organizacional predominante era voltada para o passado e para a

conservação das tradições e valores tradicionais. As pessoas eram

consideradas recursos de produção, juntamente com outros recursos

organizacionais como máquinas, equipamentos e capital, na conjunção

típica dos três fatores tradicionais de produção: natureza, capital e trabalho.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, no período que se estendeu

de 1950 a 1990 surgiu a Era da Industrialização Neoclássica, quando o

mundo começou a mudar mais rápido e intensamente. A velocidade da

mudança aumentou progressivamente. As transações comerciais passaram

da amplitude local para regional, de regional para internacional, tornando-se

cada vez mais intensas e menos previsíveis, acentuando a competição entre

as empresas. Aos poucos, a cultura organizacional reinante nas empresas

deixou de privilegiar as tradições antigas e passadas e passou a concentrar-

se no presente, fazendo com que o conservantismo e a manutenção do

status quo cedessem lugar à inovação e mudança de hábitos e de maneiras

de pensar e agir. A velha concepção de Relações Industriais foi substituída

por uma nova maneira de administrar as pessoas. A tecnologia passou por

um incrível e intenso desenvolvimento e começou a influenciar o

12

comportamento das organizações e das pessoas que delas participavam. O

mundo continuava mudando. E as mudanças eram cada vez mais velozes e

rápidas.

Na década de 1990 deu-se início a Era da Informação, que estamos

vivendo atualmente. Sua característica principal são as mudanças, que se

tornaram rápidas, imprevistas, turbulentas e inesperadas. A tecnologia da

informação , integrando a televisão , o telefone e o computador, trouxe

desdobramentos imprevisíveis e transformou o mundo em uma verdadeira

aldeia global. O capital financeiro deixou de ser o recurso mais importante,

cedendo lugar ao conhecimento. Nestas circunstâncias, os fatores

tradicionais de produção – terra, mão-de-obra e capital produzem retornos

cada vez menores. É a vez do conhecimento, do capital humano e do

capital intelectual. Tornar o conhecimento útil e produtivo tornou-se a maior

responsabilidade gerencial.

A partir de então, estudiosos de Sociologia, Economia,

Administração e outros campos do conhecimento, passaram a investigar e

se interessar pela interação, em todos os níveis, do trabalhador nos diversos

segmentos das organizações. Logo, segundo eles, é fundamental a

preocupação com o “lado humano” da empresa, que é influenciado tanto

pelo aspecto físico quanto mental, das pessoas que dela fazem parte.

Toda organização depende, para seu crescimento e prosperidade, da

manutenção da confiança na sua integridade e do bom senso de sua política

de atuação, seja no que diz respeito ao seu pessoal, seja no que diz respeito

aos clientes e, nesse sentido, o seu sucesso necessariamente está atrelado

à “saúde” do seu pessoal.

Para que isto aconteça, a organização deve então propiciar

condições para:

• Capacitação pessoal;

13

• Envolvimento de todos os empregados nas atividades da

empresa, delegando atribuições;

• Atuação em atividades tais que permitam um bom ambiente de

trabalho, através de um adequado relacionamento entre as pessoas;

• Respeito e valorização das pessoas, garantindo um moral

elevado, preocupando-se com o aspecto mental e emocional dos

empregados.

Estendendo um pouco mais essa linha de pensamento, a empresa

deve promover a necessária capacitação do seu pessoal, através da

participação em cursos, seminários e eventos, permitindo que, através do

conhecimento, o empregado passe a desempenhar melhor o seu papel,

considerando-se que nenhuma atividade de treinamento promove a

formação completa das pessoas para ingresso no mercado de trabalho.

Desse modo a empresa deve complementar a formação básica moldando o

perfil do seu profissional.

Uma organização, por ser uma entidade social, assim como um

sistema econômico, fornece estímulos sociais que afetam a maior parte das

pessoas, isto é, a organização afeta o indivíduo e em troca o indivíduo afeta

a organização.

A alta administração e os especialistas em Recursos Humanos estão

cada vez mais preocupados com o fenômeno da alienação do empregado.

Há evidências que sugerem que muitos empregados consideram-se

engrenagens sem importância em grandes máquinas impessoais de

produção. Para o sucesso do trabalho em grupo, as empresas passaram a

reavaliar sua maneira de agir e, em especial, o nível de informações

oferecidas a seus funcionários. À medida que passam a se conhecer (as

empresas), a partir do registro dos sentimentos dos públicos que lhe são

decisivos e vitais, descobrem que precisam se organizar e arrumar melhor,

antes de se exporem, até porque, a sustentação de boas relações com seu

14

público interno, deverá ser a característica de sua administração, ativa e

preocupada com os valores de cooperação que deverão predominar na

organização.

Assim é que as necessidades humanas e sociais de administradores

e subordinados devem ser preocupação da empresa.

É bastante conhecido que a insatisfação é a base da improdutividade

e da não qualidade, por isso a empresa deve promover ações que objetivem

a manutenção e elevação do estado de satisfação dos seus empregados.

Segundo Frederick Herzberg (apud CHIAVENATO , 2002 p. 87), que

alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo

(abordagem extra-orientada), a motivação das pessoas depende de dois

fatores :

“Fatores motivacionais › Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. O termo motivação envolve sentimentos de realização, de crescimento, e de reconhecimento profissional, manifestados por meio de exercício das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho.

Fatores higiênicos › Referem-se às condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os empregados, os regulamentos internos, as oportunidades existentes” CHIAVENATO ( 2002, p. 87)

Segundo Maslow (apud CHIAVENATO 2002, p. 83), teórico do

comportamento humano nas organizações, cujo enfoque é a motivação

humana em que comenta que a insatisfação é um estado natural do ser

humano. Ele fica satisfeito em situações momentâneas, retornando sempre

ao seu estado natural que é a insatisfação. “ uma necessidade satisfeita não

é motivadora de comportamento. Apenas as necessidades não satisfeitas

influenciam o comportamento, dirigindo-o para os objetivos individuais” .

15

Para esse autor, o homem está constantemente empenhado em

satisfazer suas necessidades, criando outras à medida que as anteriores

forem sendo atendidas. Essas necessidades, segundo ele, estão

organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de

influenciação, e que podem ser visualizadas em sentido de pirâmide.

Na base da pirâmide estão as necessidades fisiológicas e no topo as

necessidades mais elevadas que se identificam com a auto-realização.

Figura 1 – Pirâmede de Maslow

Fonte: CHIAVENATO (2002, P.84)

Detalha-se o um pouco mais há que se compreender que as

necessidades fisiológicas constituem o nível mais baixo de todas as

necessidades humanas, mas de vital importância. Neste nível estão as

necessidades de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço),

de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual, etc. As necessidades fisiológicas

estão relacionadas com a sobrevivência do individuo e com a preservação

da espécie.

16

As necessidades de segurança aparecem quando as necessidades

fisiológicas estão relativamente satisfeitas e são necessidades onde se

busca proteção contra ameaças ou privações.

CHIAVENATO (2002 p. 84) afirma que às necessidades de

segurança têm grande importância no comportamento humano, uma vez que

todo empregado está sempre em relação de dependência com a empresa,

na qual ações administrativas arbitrárias ou decisões incoerentes podem

provocar incerteza ou insegurança no empregado quanto a sua permanência

no emprego. Se essas decisões refletem discriminação ou favoritismo ou

alguma política administrativa imprevisível, podem tornar-se poderosos

ativadores de insegurança em todos os níveis hierárquicos da empresa.

Já as necessidades sociais são aquelas que aparecem quando o

indivíduo não estando relativamente adaptado ao meio reage demonstrando

comportamentos hostis, tornando-se agressivo em relação ao ambiente que

o cerca. Em nossa sociedade, a frustração das necessidades de amor e de

afiliação conduz à falta de adaptação social e à solidão CHIAVENATO

(2002, p. 86).

As necessidades de estima são as que se relacionam com a auto-

estima: se o indivíduo tem insegurança, precisa de aprovação para o que

faz, tem sua auto-estima baixa, o que leva o indivíduo a ter sentimentos de

inferioridade e naturalmente isto implica em baixo rendimento ou desânimo,

principalmente no seu trabalho.

E por fim, as necessidades de auto-realização são as mais elevadas

e são elas que impulsionam o indivíduo a realizar seus desejos, explorar o

seu potencial e desenvolver-se, sendo que, geralmente, essa tendência se

expressa através do impulso de a pessoa tornar-se sempre mais do que é

de vir a ser tudo o que pode ser.

17

Várias pesquisas não chegaram a confirmar, segundo

CHIAVENATO(2002, P.87), cientificamente a teoria de Maslow e algumas

delas até mesmo a invalidaram. Contudo, sua teoria é suficientemente bem

estruturada para poder oferecer um esquema orientador e útil para o

comportamento das pessoas no interior das organizações e especial das

pessoas que ocupam cargos gerenciais, tendo outras pessoas sob o seu

comando e responsabilidade.

Apesar de toda a evolução das teorias administrativas, o que se

observa é que as organizações investem em seus funcionários buscando

não só a satisfação dos mesmos, mas sim e principalmente, modelar o perfil

desses funcionários de maneira que o ideal seja aquele que preencha, de

acordo com Junquilho (1998) os requisitos da versatilidade, flexibilidade,

liderança, capacidade de decisão, equilíbrio físico e emocional,

comunicação, clareza e sensatez de julgamento. Além do investimento em

seus funcionários e entender as novas filosofias de trabalho de maneira a

criar o ambiente certo para a motivação no local onde estão sendo

desempenhadas as atividades.

Prossegue o citado autor dizendo que é comum as empresas

convidarem palestrantes motivacionais regularmente com o objetivo de

inspirar seus colaboradores durante uma hora, um dia ou uma semana.

Complementando o que o autor citou acima o objetivo é que para

criar raízes e produzir frutos, essas sementes precisam ser lançadas em

solo fértil.

Lançar sementes em solo fértil para que seja colhido comportamento

humano adequado aos objetivos da organização significa aperfeiçoar o

ambiente, rever tecnologias e sistemas, inserir novas formas de organizar e

controlar o trabalho humano, criando novas condições para a execução de

um trabalho superior e permitindo a colheita de frutos em um período

surpreendentemente curto.

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CAPÍTULO II

ADMINISTRANDO A LIDERANÇA

A quem afirme que os primeiros estudos sobre liderança surgiram

em 1904, mas na realidade os estudos mais sérios, com fundamentação

científica neste campo, datam da década de 1920 a 1930, quando se

iniciaram as célebres observações nas fábricas de Hawthorne da Western

Eletric, nos Estados Unidos.

Ao analisarmos o campo desta relação sui generis denominada

liderança percebemos que ainda há muito por estudar, principalmente, por

este assunto possuir um profundo sentido social e psicológico, a ser utilizado

por muitos, nas mais diferentes concepções, o que dificulta razoavelmente a

sua compreensão.

A liderança é um campo de interação, onde a tarefa central é o

desenvolvimento de um sólido relacionamento profissional com os outros.

Os novos líderes atuam como agentes de mudança, forçando as pessoas a

pensarem em um futuro incerto, e de prepararem para esse futuro. A

liderança é um aspecto da administração. É um mecanismo capaz de

harmonizar as necessidades dos indivíduos com as exigências da

organização.

Em outras palavras: a liderança não é condição passiva ou

possessão pura e simples de certos traços ou certas combinações de traços:

ela se produzirá por meio do processamento de relações entre os membros

do grupo, como expressão de uma ativa participação e demonstração de

capacidade para conduzir cooperativamente à realização de metas.

Segundo Peter Drucker (1996, p.1) considerado o pai da administração

moderna

“ o líder tem que gerenciar a si próprio; conhecer as suas forças e colocá-las em benefício dos bons propósitos. A liderança começa, não quando você estabelece regras para os outros, mas quando

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você traça regras muitos exigentes para si próprio.” DRUCHER (1996, p.1)

2.1 TEORIAS SOBRE A LIDERANÇA

As abordagens do problema da liderança constituem um dos temas

administrativos mais pesquisados e estudados atualmente e dada a

necessidade de se abordar o problema da supervisão nas organizações,

muitos autores desenvolveram várias teorias que melhor explicam a

influência do superior sobre seus subordinados. Existe, porém, como

afirmam Stoner & Freeman (1999, p.346), diferença entre o conceito de

liderança e gerência, pois

“uma pessoa pode ser um gerente eficaz — um bom planejador e um administrador justo e organizado — e mesmo assim não ter as capacidades motivacionais de um líder. Outros podem ser gerentes eficazes — hábeis em inspirar entusiasmo e devoção — mas carecer das habilidades gerenciais necessárias para canalizar a energia que despertam nos outros. Dados os desafios apresentados pelo ambiente mutável de hoje em dia, muitas organizações estão valorizando os gerentes que possuem habilidades de liderança. Conseqüentemente, qualquer pessoa que aspire a ser um gerente eficaz deve também fazer um esforço consciente de praticar e desenvolver suas habilidades de liderança”. STONER & FREEMAN (1999, p. 346)

A abordagem sobre as teorias de liderança pode ser classificada em

três grandes grupos: Teorias de traços de personalidade; Teorias sobre

estilos de liderança; e Teorias situacionais da liderança.

As teorias que ressaltam os traços de personalidade, segundo

CHIAVENATO:

“São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é

qualidade ou característica distintiva da personalidade. Segundo

estas teorias, o líder é aquele que possui alguns traços específicos

de personalidade que o distinguem das demais pessoas.”

20

Podem ser considerados como traços físicos à energia, a aparência

e o peso da pessoa e como traços intelectuais à adaptabilidade, a

agressividade, o entusiasmo e a autoconfiança. Como traços sociais podem

ser colocadas a cooperação, as habilidades interpessoais e a habilidade

administrativa. E finalmente como traços relacionados com a tarefa o

impulso de realização, a persistência e a iniciativa.

CHIAVENATO coloca em questão todas as teorias que se afirmam a partir

dos traços do líder, apresentando os aspectos falhos colocados a seguir:

“As teorias dos traços não ponderam a importância relativa de cada uma das várias características e traços de personalidade que realçam os aspectos de liderança. Em outras palavras, nem todos os traços são igualmente importantes na definição de um líder, pois alguns deveriam ter maior realce do que outros.

As teorias dos traços ignoram a influência e reação dos subordinados nos resultados da liderança.

Essas teorias não fazem qualquer distinção entre os traços válidos quanto ao alcance de diferentes tipos de objetivos a serem alcançados. Em algumas missões alguns traços de personalidade são mais importantes do que outros: uma missão militar de guerra exige traços diferentes de um líder, enquanto uma missão religiosa ou filantrópica exige outros.

As teorias dos traços ignoram completamente a situação em que a liderança se efetiva. Em uma empresa existe uma infinidade de diferentes situações que exigem características diferentes dos líderes. Uma situação de emergência exige um tipo de comportamento do líder, enquanto uma situação de estabilidade e calma tem outras características diferentes.

Dentro dessa abordagem simplista, um indivíduo dotado de traços de liderança é sempre líder durante todo o tempo e em toda e qualquer situação, o que não ocorre na realidade. Um sujeito pode ser o líder inconteste na seção onde trabalha e o último a dar palpites em seu lar.” CHIAVENATO (1993, p. 264)

Logo, partindo-se dessas considerações, o conjunto particular de

características não determina uma liderança eficaz, mas depende sim de

como as características do líder se ajustam às exigências da situação.

21

2.2 - TEORIAS SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA

A partir do momento em que se demonstrou que os líderes eficazes

“não dependem apenas de si mesmos, mas também das situações em que

estão envolvidos” Stogdill (apud CHIAVENATOI, 1993, p. 264), as pesquisas

sobre a liderança se dirigem então para os diversos padrões ou estilos

comportamentais usados pelos diversos líderes e as funções

desempenhadas por eles.

São três os estilos de liderança que White e Lippitt (apud

CHIAVENATO, 1993), determinaram (sem se preocupar com características

de personalidade) em suas pesquisas com um grupo de meninos, a saber

liderança autocrática, liderança liberal e liderança democrática.

Liderança autocrática › a liderança nesse caso é exercida através

do poder; a autoridade para tomar decisões, arbitrar, controlar e

recompensar ou punir, é investida no líder, que exerce sozinho tal autoridade

(liderança pelo comando). O estudo com o grupo de meninos revelou forte

tensão, frustração, agressividade, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa,

nem formação de grupos de amizade e o trabalho só se desenvolvia com a

presença física do líder.

Liderança liberal › é a liderança exercida através da participação mínima do

líder e total liberdade do grupo. A experiência realizada com outro grupo de

meninos demonstrou que, embora a atividade desses grupos fosse intensa,

a produção era mínima; perdia-se tempo com discussões pessoais e havia

pouco respeito ao líder. Essa teoria é conhecida também como laissez-faire.

Liderança democrática › é a liderança exercida através da geração de

idéias e tomada de decisões pelo grupo. Aqui líder e subordinados passam a

desenvolver comunicações espontâneas francas e cordiais e mesmo quando

o líder não estava presente o trabalho se desenvolveu em um ritmo normal,

com responsabilidade.

22

Figura 2 – OS TRÊS ESTILOS DE LIDERANÇA

Autocrática Democrática Liberal (Laissez-faire)

· Apenas o líder fixa as

diretrizes, sem qualquer

participação do grupo.

· As diretrizes são debatidas

e decididas pelo grupo,

estimulado e assistido pelo

líder.

· Há liberdade completa para

as decisões grupais ou

individuais, com participação

mínima do líder.

· O líder determina as

providências e as técnicas

para a execução das tarefas,

cada uma por vez, na medida

em que se tornam

necessárias e de modo

imprevisível para o grupo.

· O próprio grupo esboça as

providências e as técnicas

para atingir o alvo, solicitando

aconselhamento técnico ao

líder quando necessário,

passando esta a sugerir duas

ou mais alternativas para o

grupo escolher. As tarefas

ganham novas perspectivas

com os debates.

· A participação do líder no

debate é limitada,

apresentando apenas

materiais variados ao grupo,

esclarecendo que poderiam

fornecer informações desde

que as pedissem.

· O líder determina qual a

tarefa que cada um deve

executar e qual o seu

companheiro de trabalho.

· A divisão das tarefas fica a

critério do próprio grupo e

cada membro tem liberdade

de escolher os seus

companheiros de trabalho.

· Tanto a divisão das tarefas,

como a escolha dos

companheiros, fica

totalmente a cargo do grupo.

Absoluta falta de participação

do líder.

· O líder é dominador e é

“pessoal” nos elogios e nas

críticas ao trabalho de cada

membro.

· O líder procura ser um

membro normal do grupo, em

espírito, sem encarregar-se

muito das tarefas. O líder é

“objetivo” e limita-se aos

“fatos” em suas críticas e

elogios.

· O líder não faz nenhuma

tentativa de avaliar ou de

regular o curso dos

acontecimentos. O líder

somente faz comentários

irregulares sobre as

atividades dos membros

quando perguntado.

Fonte: CHIAVENATO (1993, p. 265).

23

A ênfase dessas três abordagens de estilos de liderança está no

líder, para o estilo autocrático; no líder e nos subordinados, para o estilo

democrático e nos subordinados, para o estilo liberal.

Essas abordagens de estilo de liderança estão expostas a diversas

críticas, pois as características da liderança seriam variações dos três tipos,

ou seja, o líder pratica as formas de liderança dependendo da situação, com

as pessoas e com a tarefa a ser executada ou levada adiante.

2.3 - TEORIAS SITUACIONAIS DA LIDERANÇA

Estas teorias partem do princípio de que não existe um único estilo

ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação.

Segundo Bowditch & Buono (1992), esta abordagem enfoca três

fatores básicos:

1) a quantidade de comportamento orientado para o trabalho

(orientação e direção) de um líder;

2) a quantidade de comportamento voltado para os relacionamentos

(apoio sócio-emocional) que um líder oferece; e

3) o nível de disposição que os membros da organização demonstram

ao realizar uma certa tarefa, função ou objetivo.

Para esta teoria o verdadeiro líder é aquele que é capaz de se

ajustar a um grupo particular de pessoas sob condições variadas.

Para que o administrador escolha qual o tipo de liderança que irá

utilizar em relação a seus subordinados, ele deve considerar e avaliar três

forças:

24

•Forças no administrador como seu sistema de valores e convicções

pessoais; sua confiança nos subordinados; suas inclinações

pessoais a respeito de como liderar; seus sentimentos de segurança

em situações incertas.

•Forças nos subordinados, como sua necessidade de liberdade ou

de orientação superior; sua disposição em assumir

responsabilidades; sua segurança na incerteza; seu interesse pelo

problema ou pelo trabalho; sua compreensão e identificação do

problema; seus conhecimentos e experiências para resolver o

problema; sua expectativa de participação nas decisões.

•Forças na situação, como o tipo de empresa, seus valores e

decisões, suas políticas e diretrizes; a eficiência do grupo de

subordinados; o problema a ser resolvido ou a complexidade do

trabalho; a premência de tempo.

2.3.1 - O Grid Gerencial

Na realização desta monografia, pode ser observado que não existe

um estilo único de liderança suficiente por si mesmo. Entre os teóricos da

liderança, encontrou-se autores como Blake & Mouton (1976) que, partindo

da preocupação organizacional pela produção e pelas pessoas, criaram o

Grid Gerencial, (managerial grid) identificando estilos gerenciais, numa

tentativa de levantar a discussão sobre as possibilidades de obtenção de

resultados eficientes e eficazes na organização, através de relações

interpessoais maduras e saudáveis.

O Grid Gerencial é um gráfico de duas entradas, isto é, é composta

de dois eixos:

- o eixo horizontal representa a orientação para a produção. É uma série

contínua de nove pontos, na qual o grau 9(nove) significa elevadíssima

25

preocupação com a produção, enquanto o grau 1( um) representa uma

baixa preocupação com a produção;

- o eixo vertical representa a orientação para as pessoas. Também é uma

série continua de nove pontos, onde o 9 (nove) é um grau elevado e 1

(um) grau baixo de preocupação com as pessoas.

O Grid Gerencial representa duas preocupações,com produção e

com as pessoas, e a sua interação para demonstrar que o desempenho

excelente é aquele que procura maximinizar os resultados de produção e a

satisfação das pessoas envolvidas. Ou seja, alcançar o estilo 9.9 .

26

27

Torna-se necessário enfatizar que a maneira pela qual estas duas

orientações são conjugadas pelo gerente irá definir, em última instância, a

forma como ele emprega o atributo “hierarquia”. Além disso a natureza da

“orientação para” nas diversas posições do Grid difere, embora o grau seja

o mesmo. Por exemplo, quando uma alta orientação para as pessoas se

associa a uma baixa orientação para a produção, o tipo de interesse

demonstrado (isto é - o de que as pessoas sejam “felizes”) é bastante

diferente do alto grau de interesse demonstrado pelas pessoas quando há

também uma forte orientação para a produção (isto é, que as pessoas se

envolvam no trabalho e busquem, enfaticamente, contribuir para com o

objetivo organizacional). Algumas teorias da administração podem ser

representadas nesta matriz. Além do mais um, sistema de 9 pontos tal como

o empregado aqui, nos oferece a possibilidade de representar 81

combinações diferentes entre estas duas orientações. Este estilo explicativo

de liderança é considerado pelos estudiosos como o modelo que

proporciona maiores resultados (no sentido de desempenho e satisfação) e

é amplamente usado como o padrão ideal de gerenciamento.

2.3.2 - Liderança Situacional

É reconhecido pelos estudiosos a necessidade de um modelo

situacional significativo, assim é que afirmar que “o estilo de liderança que

uma pessoa deve adotar com indivíduos ou grupos depende do nível de

maturidade das pessoas que o líder deseja influenciar” (BLANCHARD &

JOHNSON, 1985, p. 189).

A maturidade a que os autores se referem define-se como a

capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de

dirigir seu próprio comportamento relativo à tarefa e estilos de liderança

adequados a serem adotados a medida que os liderados passam da

imaturidade para a maturidade. Os quatro estilos que aparecem abaixo são

uma combinação de comportamento de tarefa, que é a medida com que o

líder dirige as pessoas, dizendo-lhes o que fazer, quando fazer, onde fazer e

28

como fazer (significa estabelecer objetivos e definir os seus papéis) e

comportamento de relacionamento, que é a medida com que um líder se

empenha em comunicar-se bilateralmente com as pessoas, dando-lhes

apoio, encorajamento e “carícias psicológicas” significa ouvir ativamente as

pessoas e apoiar-lhes os esforços.

Os quatro estilos citados pelos autores são: determinar, persuadir,

compartilhar e delegar (Blanchard & Johnson, 1985, p. 248).

Estilo determinar é recomendado para ser aplicado a subordinados com

maturidade baixa, ou seja, pessoas que não têm nem capacidade nem

vontade de assumir a responsabilidade de fazer algo, não são competentes,

nem seguras de si.

Em muitos casos sua falta de disposição é conseqüência da

insegurança em relação à tarefa exigida. Conseqüentemente, um estilo

diretivo, determinar, que dá uma orientação e supervisão clara e específica,

tem a maior probabilidade de ser eficaz com pessoas desse nível de

maturidade.

Esse estilo chama-se “determinar” porque se caracteriza pelo fato de

o líder definir as funções e especificar o que as pessoas devem fazer, como,

quando e onde devem executar várias tarefas. Privilegia, portanto, o

comportamento diretivo. Com pessoas desse nível de maturidade, um

comportamento de muito apoio pode ser visto como permissivo,

complacente e, pior que isso, recompensador de maus desempenhos. Esse

estilo implica um comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo.

Estilo persuadir recomendado para ser aplicado a subordinados com

maturidade entre baixa e moderada em que as pessoas que não têm

capacidade mas sentem disposição para assumir responsabilidades, têm

confiança em si, mas ainda não possuem as habilidades necessárias. Por

isso o estilo “persuadir”, que adota um comportamento diretivo por causa da

29

falta de capacidade, mas ao mesmo tempo de apoio para reforçar a

disposição e o entusiasmo das pessoas será o mais apropriado para esse

nível de maturidade.

Chama-se o estilo de persuadir porque a maior parte da direção

ainda é dada pelo líder. Mas, mediante explicações e comunicações

bilaterais, o líder procura conseguir que os liderados se sintam convencidos

psicologicamente a adotarem os com porta mentos desejados.

Os liderados que se encontram nesse nível de maturidade

geralmente aceitam as decisões quando entendem a razão da decisão e o

líder lhes oferece alguma ajuda e direção. Esse estilo envolve

comportamento de alta tarefa e alto relacionamento.

Estilo compartilhar, recomendado para ser aplicado a subordinados com

maturidade entre moderada e alta em que as pessoas têm capacidade, mas

não estão dispostas a fazer o que o líder quer. Sua falta de disposição

muitas vezes é conseqüência da falta de confiança em si mesmas ou

insegurança.

Entretanto, se forem competentes mas pouco dispostas, sua

relutância em fazer o que delas se espera é mais uma questão de motivação

do que um problema de segurança. Em qualquer hipótese, o líder precisa

abrir a porta (comunicação bilateral e escuta ativa) no sentido de apoiar os

liderados nos seus esforços de usar a capacidade que já possuem.

É um estilo participativo, de apoio e não-diretivo, que tem a maior

probabilidade de ser eficaz com pessoas que se encontram nesse nível de

maturidade. O estilo chama-se compartilhar porque o líder e o liderado

participam juntos da tomada de decisão, sendo o papel principal do líder

facilitar a tarefa e a comunicação. Esse estilo envolve comportamento de

relacionamento alto e tarefa baixa.

30

Estilo delegar é recomendado para ser aplicado a subordinados com

maturidade alta onde as pessoas têm capacidade e disposição para assumir

responsabilidades. Um estilo discreto de delegação, que dê pouca direção e

pouco apoio, apresenta a maior probabilidade de ser eficaz com indivíduos

desse nível de maturidade.

Embora possa ainda ser o líder quem identifica o problema, a

responsabilidade de executar os planos cabe a esses liderados maduros,

que por sua conta desenvolvem o projeto e decidem como, quando e onde

fazer as coisas.

Como são psicologicamente maduros, não necessitam de uma

comunicação bidirecional acima do normal ou de um comportamento de

apoio. Esse estilo envolve um comportamento de relacionamento baixo e

tarefa baixa.

Como pode ser percebido, a Liderança Situacional tem por objetivo

avaliar o nível de maturidade dos liderados e comportar-se de acordo com o

modelo, assim como estabelece que o líder deve ajudar os liderados a

amadurecer até o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-

lo.

Sustenta, ainda esta teoria que, para os liderados imaturos:

“é apropriada uma direção firme (comportamento de tarefa), se quisermos que eles se tornem produtivos. Analogamente, sugere que um aumento de maturidade da parte de pessoas ainda um tanto imaturas deve ser recompensado por maior reforço e apoio sócio-emocional (comportamento de relacionamento). Finalmente, quando os lideres atingirem altos níveis de maturidade, o líder deverá reduzir ainda mais não apenas o controle sobre suas atividades, Mas também o comportamento de relacionamento” BLANCHARD & JOHNSON, (1985, p. 187).

Segundo esses autores, independente do nível de maturidade de um

indivíduo ou grupo, podem ocorrer mudanças, mudanças estas que devem

31

ser observadas pelo líder que deverá reavaliar o nível de maturidade desse

liderado, a fim de dar-lhe o apoio sócio-emocional e a direção adequada.

A partir deste ponto de vista a Liderança Situacional se preocupa

com a adequação ou eficácia dos estilos de acordo com a maturidade dos

liderados em relação à tarefa.

O estilo de liderança, nesta teoria, a ser adotado deve considerar e

tomar as seguintes ações:

Primeiro - decidir que áreas de atividade de um indivíduo ou grupo se deseja

influenciar. No mundo do trabalho, essas áreas variam segundo as

responsabilidades de cada pessoa.

Segundo - determinar a capacidade ou motivação (nível de maturidade) do

indivíduo ou grupo em cada uma das áreas escolhidas.

Terceiro - decidir qual dos quatro estilos de liderança – determinar,

persuadir, compartilhar, delegar – é apropriado para tal pessoa em cada

uma dessas áreas.

Foi exposto até agora a importância e o significado da maturidade de

acordo com a teoria de Liderança Situacional; todavia, é preciso conhecer

também os componentes que caracterizam esta maturidade.

De acordo com McClelland, apud Blanchard & Johnson (1985, p. 47):

“Primeiramente as pessoas dominadas pelo motivo da realização têm certas características em comum, entre as quais a capacidade de estabelecer objetivos elevados, mas atingíveis, a preocupação com a realização pessoal e não tanto com as recompensas do sucesso e o desejo de feedback referente mais à tarefa (qual está sendo o meu desempenho?) que à atitude (você gosta de mim?) destas características, a que mais nos interessa em termos de maturidade relativa à tarefa é a capacidade de estabelecer objetivos elevados, mais atingíveis”.

Em segundo lugar, afirmam os autores que a instrução e/ou

experiência afeta a capacidade e que a motivação da realização afeta a

disposição. Por isso, levando-se em consideração a maturidade no que diz

32

respeito à capacidade e disposição, ela inclui duas dimensões: maturidade

de trabalho (capacidade) e maturidade psicológica (disposição).

Como Maturidade de Trabalho entende-se a capacidade de fazer

alguma coisa e diz respeito ao conhecimento e à capacidade técnica. O que

caracteriza a maturidade de trabalho é que as pessoas com alta maturidade

de trabalho numa determinada área têm o conhecimento, a capacidade e a

experiência necessária para executarem certas tarefas sem direção da parte

dos outros.

Por sua vez, como Maturidade Psicológica há que se entender a

disposição ou motivação para fazer alguma coisa e à confiança em si

mesmo e ao desempenho. São pessoas que têm alta maturidade psicológica

em determinada área ou responsabilidade e julgam que a responsabilidade é

importante, têm confiança em si mesmas e sentem-se bem nesse aspecto

do seu trabalho e não precisam de grande encorajamento para cumprir suas

tarefas.

Embora a maturidade seja um

“conceito útil para fazer julgamentos diagnósticos, outras variáveis situacionais, tais como o estilo do chefe (se houver contato freqüente com ele), uma crise, um vinculo temporal, ou a própria natureza do trabalho, podem ser igualmente ou até mais importante” (BLANCHARD & JOHNSON, 1985, p. 196).

A prática da Liderança Situacional tem ampla aceitação pelos

gerentes de todo mundo que afirmam que ela lhes fornece elementos úteis

para determinar o que fazer em diferentes situações, assim como tem sido

um dos componentes principais de programas de treinamento. “Apesar

dessa grande aceitação, a Liderança Situacional só recentemente começou

a ser estudada com alguma profundidade” (Blanchard & Johnson, 1985, p.

211).

33

2.3.3 - Considerações Complementares sobre a Função

Gerencial

Normalmente pensa-se num gerente como um indivíduo numa

organização, provido de poder legítimo (autoridade) para dirigir as atividades

relacionadas ao trabalho de, no mínimo, um subordinado (Bowditch &

Buono, 1992).

Nos últimos anos o poder e os processos políticos nas organizações

se tornaram grandes preocupações dos autores da área de administração,

provocados pelas profundas mudanças que acontecem nas organizações e

que irão afetar as relações de trabalho entre empresas e clientes e que,

conseqüentemente, vão influenciar na qualidade dos bens e serviços

prestados.

Apesar de estudiosos se preocuparem com este estado de coisas,

muitos foram os fatos que contribuíram para retardar os estudos sobre o

poder:

Por sua própria natureza, o poder não é visível e nem mensurável e

sua definição tem desafiado os mais argutos pensadores. Tende a ser

confundido com controle, autoridade, força, carisma, etc.

Por questões metodológicas, a negligência em relação ao estudo do

poder está ligada ao positivismo, que defende a validade das teorias

baseadas em observações objetivas e quantificáveis.

Segundo Hicks & Gullet, (apud CHIAVENATO:

“o poder não é bem compreendido, é geralmente sutil, tem múltiplas causas e efeitos, é multidimensional e particularmente difícil, senão impossível de ser quantificado. Por isso, os positivistas tenderam a ignorá-lo”. (CHIAVENATO, 1993, p. 44)

34

Essa problemática metodológica insere-se numa questão mais ampla

ligada às ciências sociais em relação às quais houve demorada polêmica no

que diz respeito ao seu status científico. A questão básica é como estudar

cientificamente um objeto, se este não pode ser separado de quem o estuda.

Como garantir um mínimo de distanciamento do cientista de seu

objeto de estudo, se este é parte integrante do seu dia-a-dia? As ciências

sociais já ultrapassaram este impasse através do desenvolvimento de uma

metodologia consagrada que utiliza técnicas diferenciadas das ciências

sociais, apelando, em muitos casos, para a Estatística, em outros para a

observação participante, questionários, entrevistas, estudos comparativos, já

que os experimentos têm aplicação limitada no contexto social e que o

número de variáveis intervenientes é impossível de ser controlado.

Pela interseção de valores culturais a sociedade ocidental é herdeira

da tradição judaico-cristã, que preconiza o cultivo da humanidade e do

respeito a Deus, considerado como o todo-poderoso, portanto o único e

legitimo detentor do poder sobre os homens. Entendemos que esta seja uma

das razões que explicariam a resistência milenar para o reconhecimento da

existência do poder. Implicitamente o poder não deveria ser desejado ou

buscado pelos homens, sob pena de estarem desafiando as prerrogativas de

Deus e correndo o risco do castigo divino. Daí a condenação da ambição

dos indivíduos e as tentativas de se mascarar a procura do poder ou mesmo

negar a sua existência. Talvez, por essa razão, os soberanos e poderosos

através da história, eram tidos como seres escolhidos por Deus para

governar os homens e assim buscavam esta legitimidade perante a Igreja,

unindo o poder temporal ao espiritual.

Pelas transformações políticas, sociais e econômicas, especialmente

com a instauração da democracia norte-americana, seguida da Revolução

Francesa e da Revolução Industrial, o poder, até então considerado como

algo essencialmente divino, passou a ser atribuído à vontade do povo, como

35

forma de legitimar a posição e o controle exercido pelo Estado e pela classe

nascente de políticos e empresários. Surge então o fenômeno da

burocratização, despersonalizando o poder, criando formas de controle em

nome da preservação da ordem social. O surgimento de empresas

produtoras de bens e serviços reforçou a crença na necessidade do

comando único, defendida por Taylor através da sua Administração

Científica, proporcionando uma justificativa aparentemente racional para a

negação da existência e do papel do poder na vida das organizações.

Pelos aspectos psicológicos, o poder é, na sua essência, um

fenômeno subjetivo, com repercussões a nível intrapessoal, interpessoal,

grupal e social, pois seus efeitos se dão nas relações entre indivíduos.

“Todos nós temos poder para fazer coisas para as quais não temos motivos de fazer... Os dois pontos essenciais do poder são: motivo e recursos. Ambos estão relacionados. Faltando recursos, o motivo permanece inerte. Faltando qualquer um dos dois, o poder desmorona. A compreensão do poder passa necessariamente pelo comportamento humano e pela compreensão dos processos que o determinam, envolvendo, portanto, conhecimentos da Psicologia, Sociologia e Psicologia Social, e da Teoria das Organizações (PESENTE, 2000, p. 31).

A palavra gerente, mais que um cargo, representa uma atividade

desempenhada por todos os que são responsáveis por qualquer processo

na empresa.

Cada organização tem seu conceito específico de gerência e seu

posicionamento na estrutura organizacional. Algumas consideram sua

atuação em um plano intermediário, outras em uma posição de “ponta”.

Independentemente de seu posicionamento na escala hierárquica, a

Gerência é de fundamental importância em qualquer empresa pelo fato de

exercer um misto de execução e comando, tornando-a essencial no

desenrolar das atividades de qualquer empresa, exatamente por essa

flexibilidade de ação-execução-comando, comando-execução.

36

Segundo Pesente (2000, P.31), as qualidades (no sentido amplo) de

um gerente são:

· Entusiasmo › um líder deve ter entusiasmo.

· Integridade › essa é a qualidade que faz com que as pessoas

acreditem nele. E confiança é essencial em todos os

relacionamentos humanos -sejam profissionais ou pessoais.

Integridade significa tanto inteireza pessoal como a adesão a

valores externos a você, principalmente bondade e sinceridade.

· Firmeza › muitas vezes os lideres são pessoas exigentes,

sendo incômodo tê-los por perto, pelo fato de seus padrões serem

muito elevados. Eles são obstinados e persistentes. Líderes querem

ser respeitados, mas não são necessariamente populares.

· Imparcialidade › líderes eficientes tratam indivíduos

diferentemente, porém de forma igualitária. Eles não têm favoritos.

Eles são imparciais ao darem recompensas ou penalidades pelo

rendimento.

· Zelo › a insensibilidade não leva a bons líderes. A liderança

envolve o coração, assim como a mente. Gostar do que faz e

importar-se com as pessoas é igualmente essencial.

· Humildade › uma qualidade curiosa, porém própria dos

melhores líderes. O oposto da humildade é a arrogância. Quem

deseja trabalhar para um administrador arrogante? Os sinais de um

bom líder são o desejo de ouvir as pessoas e ausência de

egocentrismo.

· Confiança › confiança é essencial. As pessoas sentem a sua

presença, e, portanto, o desenvolvimento de autoconfiança é

sempre anterior ao exercício da liderança. Mas não se permite que

a autoconfiança seja excessiva, que é o primeiro passo no caminho

para a arrogância.

37

CAPÍTULO III

O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NO EXERCÍCIO

DA FUNÇÃO GERENCIAL E DE LIDERANÇA

Toda organização deve ser construída sobre uma sólida base de

informação e de comunicação e não apenas sobre uma hierarquia de

autoridade. Todas as pessoas, desde a base até a cúpula da organização,

devem assumir suas responsabilidades através da disseminação da

informação. A comunicação é o ponto que liga as pessoas para que

compartilhem sentimentos e conhecimentos, é a maneira de se relacionar

com outras pessoas através de idéias, fatos, pensamentos e valores .Toda

comunicação envolve duas pessoas : a que envia a mensagem e a que

recebe. Uma pessoa sozinha não pode comunicar-se, pois somente uma

outra pessoa receptora é que pode completar o ato de comunicação.

Em plena era da informação, cada vez mais as organizações

necessitam de sistemas de informação adequados para lidarem com a

complexidade ambiental e para transformar seus empregados em parceiros

e agentes ativos da mudança e da inovação. A comunicação dentro da

empresa é o importante elo de uma corrente. Às vezes, até mais importante

que as decisões estratégicas, a proximidade ao consumidor, os programas

de qualidade, a criatividade finanças, o marketing. Etc. As empresas mais

modernas, competitivas e sintonizadas com os desafios da atualidade estão

gradualmente se dando conta dessa importância.

Nesse processo da comunicação empresarial, cabe ressaltar o papel

do ser humano, cada vez mais participativo, questionador e consciente de

seus diretos e deveres.

38

As ações de comunicação interna e externa têm por base a

transparência e o sucesso desse processo é determinante, é através dele

que a empresa constrói sua imagem; estabelece, amplia e fortalece sua rede

de relacionamentos e legítima-se socialmente.

Para muitos estudiosos a função gerencial depende também da

forma como estes administradores se comunicam. Em uma época de

complexidades, mudanças e incertezas como a que atravessamos, a

comunicação tomou-se uma das mais importantes áreas da atividade

humana.

Caracterizada fundamentalmente como uma unidade econômica,

onde a combinação de fatores de produção, capital, trabalho, natureza e

técnica gera um bem de consumo ou serviço, a empresa objetiva o lucro.

Como um sistema social conjunto de partes distintas, mas reunidas por uma

função comum - ela se apóia em objetivos relacionados ao meio ambiente,

constituído pela sociedade: o meio social ou econômico, o mercado. Para

que sobrevivam, estas empresas deverão criar mecanismos de informação

que lhes capacitem conhecer o ambiente onde atuam, o mercado onde

competem e o próprio ambiente interno que compõe a empresa

A comunicação, entendida como algo que um indivíduo concebe,

codifica e emite intencionalmente para obter de outrem uma reação,

estabelecendo-se entre ambos um intercâmbio de sentimentos e idéias

orientadoras de sua conduta em determinada situação, é por natureza um

fenômeno dinâmico, uma vez que exige dos seus agentes uma permanente

atividade psico-social, no sentido de se adaptarem às mudanças que aquele

algo, a mensagem, opera no ambiente.

Ela é, pois, um processo complexo que inclui transmissão de fatos,

sugestões, experiências, atitudes, climas emocionais, lealdade, hostilidade e

objetivos e por isto mesmo, sujeita a falhas. Não há dúvida de que a

comunicação é o fundamento básico da atividade onde pessoas ou grupos

39

de pessoas são envolvidas. Toda organização necessita de um sistema ou

sistemas de comunicação por onde as informações possam ser transmitidas

de maneira clara e precisa e onde os riscos de deformações sejam

reduzidos, garantindo uma perfeita e clara compreensão de todos os

integrantes, receptores da empresa.

Fatores importantes devem ser observados para que a comunicação

empresarial de fato alcance os seus objetivos e dentre eles e,

principalmente, o cenário onde a empresa está situada e sua situação

econômica. Estes fatores, somados à tecnologia e ao processo de

comunicação praticado dentro da organização, estabelecem e promovem o

crescimento da empresa, processo este que envolve cinco elementos, quais

sejam: a mensagem, o comunicador, o meio, o receptor e o feedback.

Esta exposição dos significados da comunicação empresarial deve

ter o objetivo de aproximar o nível de entendimento entre os funcionários,

assim como a escolha dos tipos de comunicação para melhor atender aos

interesses da organização.

Para os estudiosos, as organizações possuem essencialmente dois

tipos de comunicação: a comunicação da informação e conhecimento

técnico e de outro lado às atitudes, valores e normas.

O que se pretende mostrar é que para que o processo comunicativo

nas empresas possa ser mais eficaz, entendendo-se a comunicação como

um processo simbólico, pelo qual os sentimentos dos empregados dos

níveis inferiores para com a organização são reforçados ou modificados, a

empresa deve procurar se situar num ponto intermediário, a um nível de

congruência que aproxime as diferenças entre as comunicações técnicas

(que são geralmente pouco atrativas), as comunicações cognitivas

(intrínsecas aos comportamentos individuais) e as comunicações

normativas, orientadas para a transmissão de normas e valores a serem

desempenhados nas diversas situações funcionais.

40

O ideal é que tanto as organizações quanto os seus membros

exerçam uma interação de tal forma que o processo de comunicação possa

ser desenvolvido em detrimento do próprio grupo, bem como da

organização. Concentrando-se na estrutura, no processo e nos resultados

dos esforços e atividades de comunicação, este aspecto fundamental do

comportamento organizacional pode não só ser entendido mais plenamente,

mas também ser melhorado.

A organização deve manter coerência entre seu discurso e prática,

assegurando um relacionamento de transparência e confiança com seu

público interno . Nesse sentido , a comunicação deve ser considerada nas

decisões tomadas pelas lideranças, avaliando-se o impacto para os

resultados e o clima organizacional e para as pessoas; o que deve ser

comunicado; as formas mais adequadas de comunicação em cada situação

e a abordagem necessária.

As lideranças devem atuar como principais fontes e agentes da

comunicação interna, liderando a comunicação direta com as equipes no seu

âmbito de atuação para identificar demandas de informações e expectativas

e ser fonte para respondê-las.

41

CAPÍTULO IV

NOVAS RELAÇÒES NO TRABALHO, NOVOS GESTORES

No Século XXI estamos vivendo uma onda de desenvolvimento

tecnológico e inovação empresarial sem precedentes, com a crescente

globalização dos negócios e a gradativa exposição à forte concorrência

mundial, quando as palavras de ordem passaram a ser a

produtividade,qualidade e competitividade. Embora a maioria das análises

dessa tendência aponte para o potencial que essa tecnologia tem para

melhorar nossas vidas criando trabalhos mais interessantes e desafiadores e

melhorando a eficiência e a eficácia, de um modo geral, de nossos

processos de trabalho, há uma preocupação crescente voltada para,

segundo Bowditch & Buono (1992), nossa capacidade de administrar essas

tecnologias de maneira competente e o lado sombrio desses

desenvolvimentos tecnológicos.

Essa preocupação pode ser observada quando, para defrontar-se

com o ambiente global, a organização utiliza tecnologias que condicionarão

a sua estrutura organizacional e o seu funcionamento.

Segundo Drucker (1998, p. 44) “Aumentar a desenvoltura tecnológica

será uma responsabilidade pessoal.”

Isso não significa que todos nós tenhamos que nos tomar técnicos

talentosos ou cientistas da computação.

Significa que precisamos:

› Entender como o uso inteligente de novas tecnologias pode ajudar

nossas organizações.

› Recrutar, desenvolver e manter uma rede de pessoas tecnicamente

competentes.

› Saber como fazer e administrar investimentos em novas tecnologias.

42

› Ser um modelo positivo na liderança do uso de novas tecnologias.

Para o autor, ficou claro o consenso de que as organizações cujos

líderes são desenvoltos tecnologicamente terão uma vantagem competitiva

sobre aquelas que não os têm.

A influência da tecnologia sobre a organização é muito grande e para

estar bem preparadas para este novo milênio, as organizações terão que

mudar a mentalidade de muitos líderes ou mudar seu status profissional.

Diante disso o papel do gerente é exercido mediante:

· Capacidade para adotar e absorver as novas tecnologias;

· Repassar informações;

· Provocar e disseminar idéias;

· Gerar resultados;

· Agente de mudanças;

· Ter visão do negócio;

· Ser um negociador;

· Potencializador do grupo.

À medida que as técnicas avançadas continuaram a influenciar o

modo como o trabalho é realizado, cada vez mais os gerentes terão de se

concentrar nos padrões de atenção, aprendizado e envolvimento mental de

seus subordinados com suas tarefas.

De acordo com Lima (apud JUNQUILHO, 2000, p. 32),

“cabe ao gerente ser ao mesmo tempo competitivo e cooperativo; individualista e capaz de trabalhar em equipe; flexível e perseverante/perfeccionista, sujeito do seu destino e submisso a proposta organizacional; justo, sensível, compreensivo e duro;

43

democrático, justo e aceitar apenas a perspectiva da organização, capaz de lidar com a precisão da lógica binária dos computadores e com a abstração e a sutileza de sentimentos sempre presentes nas interações humanas e decisões organizacionais”. (JUNQUILHO, 2000, p. 32)

Essa evolução técnico/administrativa leva aos gerentes a terem

exigências que passaram a refletir o que se pretende de um bom

administrador:

· Busca de conhecimentos;

· Gerenciar pessoas e processos;

· Acompanhamento/controle;

· Estabelecer metas/cobrar;

· Saber transmitir/delegar;

· Relacionamento interpessoal;

· Compreensão do todo/decisão;

· Auto-confiança/autonomia.

A partir dessas exigências surgem as chamadas novas tecnologias

de gestão organizacionais que passam a pregar a flexibilização dos

processos de produção, passando a constituírem-se como palavras de

ordem, a busca da qualidade total, a gestão democrática, a terceirização, a

redução de estoques, o defeito zero, a polivalência do trabalho e a

multiqualificação do trabalhador, entre outras (Melo citado por Junquilho,

2000).

Dentre essas novas tecnologias surge nos Estados Unidos à teoria

de Peters & Waterman (1984), a “Gestão da Excelência”, teoria esta que

estabelece preceitos necessários ao alcance do sucesso competitivo das

organizações produtivas ocidentais nos mercados mundiais. Segundo

Junquilho (2000) estes autores definiram oito atributos que são

características de empresas inovadoras e excelentes:

44

• A determinação em torno da ação, isto é, a experimentação

constante do novo, à vontade para a inovação;

• A proximidade junto ao cliente: a prática da escuta, do

conhecimento e respeito ao cliente;

• A busca da autonomia e do espírito empreendedor dos líderes

e demais membros organizacionais;

• O alcance de ganhos de produtividade, através das pessoas,

tendo como base o maior envolvimento e participação destas no

trabalho;

• Compromisso como valores organizacionais e resultados

esperados;

• A posição firme em tomo da manutenção dos negócios que

devem ser bem conhecidos por todos da organização;

• A procura por estruturas organizacionais enxutas e simples que

possam dar agilidade às decisões e processos;

• O equilíbrio entre centralização e descentralização que possa

garantir a distribuição de níveis de autonomia decisória em toda a

organização.

O que se percebe é que a excelência organizacional valoriza a idéia

de perfeição, de valorização do individuo, do vencer a si mesmo, agregando-

se ao discurso gerencial certos termos centrais como:

“O mito da vitória ou do vencer e ser o melhor; o desafio de superação do inimigo, do concorrente a ser abatido como numa guerra; a necessidade de ser forte; a capacidade de adaptação permanente a ambientes de incerteza; a idéia de que o progresso da sociedade passa pelo progresso da organização; a busca da conciliação entre os interesses dos indivíduos e os da empresa, desconsiderando-se os conflitos entre capital e trabalho e a supervalorização da ação empreendedora. Dito de outra maneira, um discurso que trata a excelência como forma de sobrevivência organizacional onde imperam o ganhar, o vencer, o agir, crescer e o mudar. Quem não se adapta está fora do mercado” (AUBERT & GAULEJAC, 1991, p. 39, APUD JUNQUILHO, 2000, p. 53).

45

Assim como os autores acima citados, Aktouf (1996), enfatiza e

concorda com sua maneira de pensar, porém acredita que existe um

caminho alternativo que pode levar a uma saída para este dilema, via a

construção de uma gestão renovada que acabará com a imagem de um líder

em forma de semi-deus, sendo necessário então uma gestão onde as

organizações devem tornar-se “coisas públicas” (gestão participativa, com a

colaboração de todos) para todos os seus integrantes para, a partir daí,

evoluírem em busca de resultados verdadeiramente positivos.

Aktouf (1996), reafirma seus argumentos quanto à gestão renovada

propondo o que ele denomina de “Gestão do Contrato Consentimento” em

oposição à Gestão Normativa, onde a preocupação é com o ser humano que

deixaria de ser visto como recursos e custos variáveis, descartáveis e

passaria a ser visto como investimento e agente ativo e cônscio de seu

papel e de sua contribuição à organização.

Segundo Junquilho (2000, p. 55):

“Pode-se afirmar que o princípio de todo o modelo do Contrato Consentimento é o ser humano, tomado como sujeito e que só pode dar o melhor de si para a organização, à medida em que é respeitado e aceito como tal. O esforço se concentra na busca de uma convivência harmoniosa entre capital e trabalho, desenhando-se, nas organizações, relações de trabalho mais consensuais, menos autoritárias, mais coletivas, menos castradoras do pensar e agir humanos, mais baseadas na adesão que na obrigação, tendo-se como um dos pontos mais nevrálgicos e delicados a proposta de construção de espaços possíveis de se manifestarem às capacidades criativas dos trabalhadores, a partir da possibilidade de se pensar nos gerentes e líderes dotados de consciência democráticos despidos do sentimento de imortalidade e onipotência, características tão difundidas pela gestão tradicional.”

Além da gestão tradicional, teorias como o toyotismo, sistema de

empréstimo de trabalho onde trabalhadores de uma organização-mãe são

emprestados a outras empresas menores (onde não existe o emprego

estável, o vínculo com os sindicatos etc.) também merece crítica como o faz

Antunes Lima (1996) que afirma que não se pode distinguí-lo como um novo

46

modelo de organização social já que não se pode dissociá-lo dos males

inerentes ao sistema de produção de mercadorias e nem mesmo considerá-

lo um avanço em relação ao capitalismo dos períodos Taylorista e fordista.

No seu entendimento a tão propalada ênfase na participação, no

envolvimento e na busca do consenso, distinta do despotismo, não passa de

manipulação, enfatizando ainda que a referida diminuição entre elaboração e

execução, entre concepção e produção, que constantemente se atribui ao

toyotismo, só é possível porque se realiza no universo estrito e

rigorosamente concebido do sistema produtor de mercadorias, do processo

de criação e valorização do capital.

A prática dessas teorias também são observadas no Brasil e

segundo Humprey (1994), são mais praticadas nas grandes empresas, onde

alguns ganhos em termos de estabilidade e treinamento dos trabalhadores,

melhorias nas relações entre supervisores e subordinados foram

conquistados. Todavia, observa o autor que as mudanças nos processos de

produção se dão através de pouca ou nenhuma negociação, só ocorrendo

esta quando a resistência sindical se toma incontornável.

O que fica claro então, segundo Junquilho (2000), é que não se trata

de rechaçar a idéia de se construir modelos de gestão mais harmônicos,

mesmo no seio da sociedade capitalista, como sugere Aktouf (1996) que a

intenção maior é alertar-se para o fato de que o Japão pode não ser a saída

mais indicada. Mais importante que isto é, agregando-se de Aktout as idéias

de consenso negociado, buscar um modelo à moda brasileira.

Todas essas colocações mostram a complexidade que a realidade gerencial

vem sofrendo frente às mudanças organizacionais.

47

CAPÍTULO V

CONCLUSÃO

Na elaboração desta monografia pode-se observar que o

comportamento humano nas organizações é uma variável dependente, e o

comportamento gerencial não escapa a essas vinculações que lhe

determinam ou condicionam. Especialmente com o chamado fim do sonho

onde o futuro é o futuro para o trabalhador, em que a carreira deixou de ser

um caminho para o ponto mais elevado e passa a ser uma trajetória errática

e horizontal, o comportamento gerencial é determinado por forças que estão

nele próprio, seus projetos de vida, sua capacidade de determinação e foco;

também é condicionado por forças que estão nos companheiros de trabalho

e que compõem a equipe de trabalho que ele esteja coordenando e forças

que estão na situação, na ambiência interna e externa, ou seja nas novas

tecnologias administrativas.

As necessidades humanas permanecem e todos estão vivendo de

forma a satisfazer necessidades fisiológicas, de segurança, de

pertencimento, de visibilidade e, ao fim, a plena realização é o motivo para a

busca da felicidade. Sob este aspecto deve ser ressaltada a importância da

motivação trazida pela influência do estilo e do comportamento do gerente.

Já está provado que liderança empresarial é treino e que as novas

tecnologias administrativas estão ditando de forma universal um papel e um

comportamento politicamente corretos, do qual ao se afastar, a pessoa corre

riscos de sobrevivência nessa nova ambiência organizacional.

Para estes novos tempos, os aspectos da liderança democrática se

sobrelevam, em detrimento do autoritarismo e do deixa para lá,

especialmente em função da necessidade de obter resultados e do trabalho

em equipe.

48

Por seu turno as teorias situacionais, deixam claro a importância e os

condicionamentos trazidos pelos aspectos influenciadores dos integrantes

da equipe e da situação envolvida num dado momento. A maturidade dos

subordinados é fundamental para a definição do comportamento do líder. E

essa maturidade vem sendo mundializada através da divulgação massiva de

traços pessoas necessários à sobrevivência no interior das organizações e

das empresas.

No entanto, continua sendo importante que o gerente ostente alguns

aspectos pessoais que são fundamentais para a obtenção de resultados:

entusiasmo, integridade, firmeza, flexibilidade, confiança.

As novas tecnologias administrativas que decorrem de uma nova

construção sociológica em andamento no mundo das organizações,

decorrentes especialmente do desenvolvimento tecnológico em todas as

suas frentes, impõe ao gerente um mundo de contradições e dualidades,

competição ao mesmo tempo em que pede cooperação, individualismo e

equipes concomitantes, não deixam de ressaltar a complexidade do papel

gerencial nesses novos tempos.

Assim é que, tudo aquilo que vinha sendo ressaltado na literatura

organizacional pertinente, sobre o novo papel gerencial, aí está presente, em

nossa realidade como necessários ao comportamento da liderança. Líderes

Eficazes partilham poder e responsabilidade. São características do líder:

· Focalização nos objetivos;

· Orientação para a ação;

· Autoconfiança;

· Habilidade no relacionamento humano;

· Criatividade e inovação;

· Flexibilidade;

49

· Tomada de dicisão;

· Padrões de desempenho;

· Visão do futuro ;

A eficácia de um líder consite em:

· Constituir a sua própria equipe;

· Treinar e desenvolver continuamente as pessoas;

· Analisar e planejar o trabalho sintonizando-o com as

capacidades individuais;

· Traçar e rever os objetivos a serem alcançados,conduzindo os

esforços de modo a obter ações eficientes e produtivas;

· Motivar as pessoas e equipe de trabalho;

· Monitorar e avaliar o desempenho – fornecer feedback;

· Recompensar para assegurar reforço positivo do desempenho.

Na moderna gestão da qualidade total o papel do líder é: mostrar

mais confiança, fornecer visão , oferecer estímulo, eliminar bloqueios de

desempenho, buscar a sinergia, motivar e treinar os seus colaboradores.

50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AKTOUF, Omar. A administração entre a tradição e a renovação. São

Paulo: Atlas, 1996.

BLAKE, Robert R.; MOUTON, Jane S. O grid gerencial III: a chave para

a liderança eficaz. São Paulo: Pioneira, 1985.

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Editorial Presença, 1995.

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51

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2000.

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re/produção de raízes brasileiras. Tese (doutorado) – UFMG, Faculdade de

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STONER, James A. F. FREEMAN, R. Edward. Administração. Rio de

Janeiro: LCT. 1999.

52

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

DEDICATÓRIA 03

RESUMO 04

METODOLOGIA 05

SUMÁRIO 06

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

AS PESSOAS E AS ORGANIZAÇÕES: UMA ABORDAGEM

APROXIMATIVA

10

CAPÍTULO II

ADMINISTRANDO A LIDERANÇA

18

2.1 - Teorias Sobre Liderança 19

2.2 - Teorias Sobre Estilos de Liderança 21

2.3 - Teorias Situacionais da Liderança 23

2.3.1 - Grid Gerencial 24

2.3.2 - Liderança Situacional 27

2.3.3 - Considerações Complementares Sobre a Função

Gerencial

33

CAPÍTULO III

O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO

GERENCIAL E DE LIDERANÇA

37

CAPÍTULO IV

NOVAS RELAÇÕES NO TRABALHO, NOVOS GESTORES

41

CAPÍTULO V

CONCLUSÃO

47

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS 50

ÍNDICE 52

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

53

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Projeto a Vez do Mestre

Título da Monografia: O Comportamento do Líder nas

Organizações: um estudo face às mudanças

Autor: Vera Lucia Machado Pereira de Souza

Data da Entrega: 16/FEV/2005

Avaliado por: Conceito: