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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE TRIBUTOS FEDERAIS INDIRETOS Por: Marcelo Pimenta Campos Orientador Prof. Ms. Marco Antônio Larosa Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TRIBUTOS FEDERAIS INDIRETOS

Por: Marcelo Pimenta Campos

Orientador

Prof. Ms. Marco Antônio Larosa

Rio de Janeiro

2007

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TRIBUTOS FEDERAIS INDIRETOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Auditoria e

Controladoria.

Por: . Marcelo Pimenta Campos.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida que me

concedeste. Aos meus pais que me

deram todas as condições para que

alcançasse os meus objetivos.

4

DEDICATÓRIA

“Aquela que em todos os momentos

difíceis, sempre cuidou de não me deixar

fraquejar: Karla, minha esposa.”

“Aquele que foi preparado por Deus para

fazer a diferença em meio à sociedade,

cujo nome significa, fiel, digno e honrado:

Bhenson, nosso filho amado.”

“Aquela em que planejamos receber, no

futuro estará a contemplar da nossa

felicidade, desfrutando de dedicação,

amor e muito carinho, nossa filha Nicole.”

5

RESUMO

Esta pesquisa tem o objetivo de mostrar como deve ser dirigida a

política fiscal mostrando o sentido de propiciar a evolução do nosso país para

objetivos puramente econômicos, com seu desenvolvimento e industrialização,

ou também para alvos políticos e sociais, com maior intervenção no Estado no

setor privado.

O capítulo I apresenta uma visão geral sobre a hierarquia das Leis,

determinando os conceitos, finalidades e objetivos.

O capítulo II apresenta o conceito e classificação dos tributos, bem

como forma de competência, hipótese de incidência, base de cálculo, alíquota

e hipótese de exclusão da incidência.

O capítulo III apresenta os tipos de tributos federais indiretos e

conceitos básicos conforme legislação vigente de nosso País.

Na fase atual, as preocupações dos contadores concentram-se na

modificação das estruturas para aceleração do processo do desenvolvimento

econômico.

6

METODOLOGIA

O presente estudo foi efetuado como pesquisa bibliográfica no

segmento de pesquisa exploratória, onde foram utilizadas fontes como: livro

textos, apostilas, sínteses de seminários, além de observação ostensiva das

atividades contábeis.

7

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

HIERARQUIA DAS LEIS 09 CAPÍTULO II CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS 13 CAPÍTULO III TIPOS DE TRIBUTOS FEDERAIS INDIRETOS 18 CONCLUSÃO 59 ANEXO I 62 BIBLIOGRAFIA 69 FOLHA DE AVALIAÇÃO 70

INTRODUÇÃO

8

O desenvolvimento deste trabalho é composto basicamente em partes,

visando desta forma possibilitar a quem lê-lo, adquirir alguma capacidade de

analisar e compreender o sistema tributário nacional.

Será apresentado os tipos de tributos indiretos, bem como a hierarquia

das Leis, princípios constitucionais e conceitos básicos sobre a legislação

tributária. Para facilitar o leitor, os tributos indiretos serão estudados através de

caso-base da apuração, avaliando-se a incidência tributária a cada etapa

econômica da referida formação de preço. Este trabalho tem o objetivo de

chamar atenção para as formas de avaliação dos impostos para uma melhor

adequação ao processo de produção.

Na primeira parte, se procurou mostrar os efeitos econômicos de uma

política fiscal, falando sobre repartição da arrecadação e de como uma política

fiscal pode modificar estruturas. Para que se tenha uma visão real de onde e

como se originam nossos impostos, foi reproduzida na segunda parte do

trabalho através de conceitos conforme a legislação tributária, e as seções da

Constituição Federal que fala do Sistema Tributário Nacional. Finalmente, para

fechar o trabalho, são tratados os impostos federais indiretos, encerrando com

o mais novo de todos, a CPMF.

CAPÍTULO I

HIERARQUIA DAS LEIS

9

No Brasil, a atual Constituição teve origem numa Assembléia Contribuinte,

de ação paralela ao Congresso que promulgou a Constituição Federal em

1988. Como legislação que explicita o que não ficou detalhado na Constituição,

a procedência hierárquica do segundo grau cabe às leis complementares.

Nenhuma norma hierarquicamente inferior pode dispor de forma diversa da

hierarquicamente superior. Assim, os dispositivos legais obedecem ao seguinte

ordenamento:

► CONSTITUIÇÃO FEDERAL

►LEI COMPLEMENTAR

►TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

►LEIS ORDINÁRIAS / MEDIDAS PROVISÓRIAS

►DECRETO

►PORTARIA DO MINISTRO

►INSTRUÇÃO NORMATIVA

►PARECER NORMATIVO (C.S.T.)

1.1 – Fundamentação Legal dos Tributos

Anexo I

Sistema Tributário Nacional – Constituição Federal

1.2 - Conceitos Básicos sobre Legislação Tributária

Contém a competência do poder de tributar, suas licitações, bem como a

repartição das correspondentes receitas. Estabelecer normas gerais em matéria

de legislação tributária

1.2.1 - Constituição Federal

10

Constituição é o conjunto de normas de um País. Limita o poder,

organiza o Estado e prevê direito e garantias fundamentais. A Constituição

brasileira de 1988 é a Lei maior vigente no Brasil, segundo o qual se rege todo

o ordenamento jurídico do País.

1.2.2 - Tratados e Convenções Internacionais (Art. 98 CTN)

Os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a

legislação tributária interna e serão observados pela que lhes sobre vencia.

Somente a lei pode estabelecer:

►A instituição de tributos, ou sua extinção;

►Majoração de tributos;

►Definição do fato gerador;

►Cominação de penalidades;

►Hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários.

1.2.3 - Leis Ordinárias

Somente a Lei pode estabelecer:

►A instituição de tributos, ou sua extinção;

►A majoração de tributos ou a sua redução;

►A definição de fato geradora da obrigação tributária principal e do

seu sujeito passivo;

►A fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo;

►A cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias

as seus dispositivos ou para outras infrações nelas definidas;

►As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos

tributários ou de sua dispensa ou redução de penalidades.

11

1.2.4 - Medida Provisória

Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá

aceitar Medida Provisória, como força de Lei, devendo submetê-la de imediato

ao Congresso Nacional. As Medidas Provisórias perderão eficácia, desde a

edição, se não forem convertidas em Lei no prazo de trinta dias, a partir de sua

publicação (Art. 62 CF).

A Medida Provisória, assim, embora tenha força de Lei, não é

verdadeiramente uma espécie normativa, visto que não existiu processo

legislativo prévio a sua formação.

1.2.5 - Decretos

É a norma legal expedida pelo Poder Executivo para a fiel execução

das Leis (regulamentação). Regulamenta a lei, regulamenta a contratação de

aprendizes e dá outras providências.

1.2.6 - Portaria / Instrução Normativa/ Pareceres Normativos

Portaria / Instrução Normativa são normas complementares expedidas

pelos Secretários da Fazenda (Federal/Estadual/Municipal), onde estabelece

pormenorizadamente o tratamento fiscal a ser dispensado a determinada

operação.

Pareceres Normativos (CST) – É o entendimento oficial do órgão

fiscalizador acerca de determinado assunto.

Todavia, superpõe-se a isso o primado das normas legais

oriundas do Direito Internacional, tanto que expressas em leis ordinárias,

porém resultantes de atos internacionais, convenções e certos determinados

12

acordos, desde que tenham sido prévia e definitivamente aprovados pelo

Congresso Nacional e até que denunciamos, validamente, pelo governo do

Brasil.

CAPÍTULO II

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS

É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor

nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito instituída em

Lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

13

2.1 – Classificação dos Tributos.

a) Imposto (Art.16-CTN)

É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao

contribuinte.

b) Taxa (Art. 77 – CTN)

Tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a

utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,

prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Em outras palavras "é o tributo cobrado de alguém que se utiliza de

serviço público especial e divisível, de caráter administrativo ou

jurisdicional, ou o tem à sua disposição, e ainda quando provoca em seu

benefício, ou por ato seu, despesa especial dos cofres públicos".

(Trecho da obra de Aliomar Baleeiro in Direito Tributário Brasileiro 1Oa.

Edição – 1981 pág. 324).

A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos

que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital

das empresas.

c) Contribuição de Melhoria (Art. 81 CTN)

É o tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de

que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa

realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar

para cada imóvel beneficiado.

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2.1.1 - Competência

É de competência da União dos Estados e Distrito Federal e dos

Municípios a instituição de impostos nos termos dos Artigos 153 a 156 da

Constituição Federal conforme abaixo demonstrado:

2.1.2 - Hipótese de Incidência

Para que a União, os Estados e Distrito Federal e os Municípios

possam exigir o imposto é necessário que haja, definido em lei, todos os

elementos para sua tributação a saber: fato gerador, contribuinte, base de

cálculo e a alíquota.

a) Fato Gerador

a.1 ) Obrigação Principal (Art 110 - CTN)

É a situação definida em Lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

a.2) Obrigação Acessória (Art. 115 - CTN)

É qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a

prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

b) Contribuinte (Art 121 e 122 - CTN)

b.1) Obrigação Principal

É o sujeito passivo da obrigação principal, isto é, a pessoa obrigada ao

pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

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b.2) Obrigação Acessória

É a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

2.1.3 - Base de Cálculo

É a grandeza (valor, peso, volume) a qual se toma como referência para

o cálculo do imposto devido a sua escolha dependerá de critérios previamente

estabelecidos em Lei.

2.1.4 - Alíquota

É o percentual com que determinado tributo incide sobre o valor à coisa

tributada.

2.1.5 - Hipótese de Exclusão da Incidência

São os casos em que existem todos os elementos necessários para a

tributação, mas, por força de Lei, o imposto não é exigido, saber:

a) Imunidade/ Não Incidência

a.1) Imunidade

São situações previstas na Constituição Federal vedando a União, os

Estados e Distrito Federal e os Municípios de instituírem imposto. Exemplo: É

vedado instituir imposto sobre:

• Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros (órgãos da administração

pública);

• Templos de qualquer culto;

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• Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas

fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de

educação e de assistência social, sem fins lucrativos;

• Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

a.2) Não-incidência

São situações previstas na Constituição Federal ou Lei Complementar,

que não estão no campo de incidência do imposto. Exemplo:

• IPI e ICMS sobre produtos industrializados destinados ao exterior;

• Remessa e retorno de mercadorias enviadas para depósito

fechado (ICMS);

• ITIV sobre transmissão de bens ou direitos, incorporados ao

patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital. nem

sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão,

incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica.

b) Isenção

É a dispensa legal do pagamento do imposto, concedida pelo próprio

poder tributante investido na faculdade conferida pela Constituição. Neste caso

há incidência do imposto, porém seu recolhimento não ocorre.

Exemplo: Transferência de uso e consumo dentro do Estado ( ICMS )

Classificamos então, os tributos em diretos, indiretos, reais, pessoais,

proporcionais, progressivos, fixos, fiscais, parafiscais e extrafiscais.

Resumimos naqueles que são embutidos indiretamente no preço dos serviços,

e ou, produtos, os tributos federais indiretos.

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CAPÍTULO III

TRIBUTOS FEDERAIS INDIRETOS

Os tributos federais indiretos são aqueles repassados indiretamente para o

preço do serviço, e ou, do produto, sendo eles: IPI, COFINS, PIS, INSS,

FGTS, IOF e CPMF.

3.1 - IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados

Definição da Operação de Industrialização

Conforme o Art. 3º do RIPI/82 caracteriza-se industrialização

qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o

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acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o

aperfeiçoamento para consumo, tal como:

a) Transformação

A que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe

na obtenção de espécie nova.

b) Beneficiamento

A que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma alterar o

funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto.

c) Montagem

A que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que

resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma

classificação fiscal.

d) Acondicionamento ou Recondicionamento.

A que importe em alterar a apresentação do produto pela colocação de

embalagem ainda que em substituição da original, salvo quando a

embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria.

e) Renovação ou Recondicionamento

A que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de

produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para

utilização.

3.1.1 - Fato Gerador

As hipóteses de ocorrência do fato gerador estão consubstanciadas

no art. 29 do DEC. 87.981/82 – RIPI, quais sejam:

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a) O desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira;

b) A saída do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

Outras Modalidades de Fato Gerador

Já o Artigo 30 do RIPI/82, estabelece que, considera-se ocorrido o fato

gerador quando:

Na entrega ao comprador, quanto aos

produtos vendidos por intermédio de

ambulantes;

Na saída de armazém-geral ou outro

depositário situado na mesma unidade da

federação do estabelecimento industrial ou

equiparados a industrial depositante quanto

aos produtos entregues diretamente a outro

estabelecimento;

Na saída da repartição que promoveu o

desembaraço aduaneiro, quanto aos

produtos que, por ordem do importador,

forem remetidos diretamente a terceiros;

Na saída do estabelecimento industrial

diretamente para estabelecimento da mesma

firma ou de terceiro, por ordem do

encomendante, quanto aos produtos

mandados industrializar por encomenda;

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Na saída simbólica de álcool das usinas

produtoras para as suas cooperativas,

equiparadas por opção, a estabelecimento

industrial;

No quarto dia da data da emissão da

respectiva nota fiscal, quanto aos produtos

que até o dia anterior não tiverem deixado o

estabelecimento do contribuinte;

No início do consumo ou da utilização do

produto, quando o industrializador não

mantiver estabelecimento fixo, ou quando,

possuindo o industrializador estabelecimento

fixo, for o produto industrializado fora do

estabelecimento industrial;

No início do consumo ou utilização, do

papel destinado a impressão de livros,

jornais e periódicos, em finalidade diferente

da que lhe é prevista na imunidade de que

trata o Artigo 150, VI letra "d" da C.F.;

na aquisição ou, se a venda tiver sido

feita antes de concluída a operação

industrial, na conclusão desta, quanto aos

produtos que, antes de sair do

estabelecimento que o tenha industrializado

por encomenda, sejam por este

adquiridos.

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3.1.2 - Contribuintes

Os contribuintes do imposto são aqueles arrolados no Art. 22 RIPI/82,

quais sejam: o importador, o industrial e os estabelecimentos equipados a

industrial.

Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade o papel

destinado à impressão de livros, jornais e periódicos em virtude de

imunidade tributária. Estabelecimento

Os estabelecimentos para efeito de IPI, subdividem-se em 2 (dois):

Estabelecimento Industrial e Equiparado a Industrial conforme os

Artigos 8 a 10 do RIPI/82

Estabelecimento Industrial é aquele que executa qualquer das operações

que caracteriza industrialização prevista no Art. 3o. do RIPI/82, tais como:

transformação, beneficiamento, montagem, etc.

Estabelecimento Equiparado a Industrial. A legislação do IPI determina que

tais estabelecimentos são:

Os estabelecimentos que, ainda que varejista

que receberem, para comercialização,

diretamente da repartição que os liberou

produtos importados por outro estabelecimento

da mesma firma;

As matérias primas, os produtos intermediários,

inclusive os que, embora não integrando o

produto final, sejam consumidos ou utilizados no

processo produtivo; os produtos destinados a

embalagens e acondicionamento; as

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ferramentas, empregadas no processo

industrial, exceto as manuais; e as máquinas,

instrumentos, aparelhos e equipamentos;

inclusive suas peças, partes e outros

componentes, que se destinem a emprego no

processo industrial;

As cooperativas de produtores de álcool que

vendam o produto recebido simbolicamente de

seus associados.

Independente de opção, considera-se

estabelecimento comercial de bens de

produção, os estabelecimentos industriais que

derem saída a matéria prima, produtos

intermediários ou material de embalagem,

adquiridos de terceiros, para outro

estabelecimento da mesma firma ou de

terceiros, para industrialização ou

revenda”.1(COOPERS & LYBRAND)

3.1.3 - Base de Cálculo

O imposto será calculado mediante aplicação da alíquota do produto sobre

o respectivo valor tributável. Considera-se valor tributável:

a) Produtos de Procedência Estrangeira

Entradas - o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos

tributos aduaneiros, por ocasião dos despachos de importação acrescido

1 COOPERS & LYBRAND, Auditores e Consultores. Seminário Contabilidade Tributária..Rio de Janeiro.1993

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do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos

pelo importador ou deles exigíveis;

As filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de

produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma, salvo se

operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na

hipótese do item acima.

Os estabelecimentos comerciais de produtos do capítulo 22 da tabela,

cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento

industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do

encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda;

Os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados

nas posições 71.01 a 71. 15 da Tabela. Os ambulantes e outros vendedores

que operarem em seu próprio nome, por conta do estabelecimento fabricante

dos produtos vendidos.

Os armazéns-gerais, em relação aos produtos a que derem saída e que

tenham sido recebidos do estabelecimento industrial ou equiparado a

industrial, situado em outra unidade da Federação.

As cooperativas vinícolas que derem saída ao vinho natural recebido

de lavradores e cantinas rurais com suspensão do imposto.

Estabelecimento Equiparado a Industrial por Opção. Existe também a

modalidade de estabelecimento equiparado industrial, por opção, são eles:

Os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção

.(1), para estabelecimentos industriais ou revendedores;

(1) O Artigo 393 do RIPI/82, conceitua bens de produção como sendo:

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Saídas

O preço da operação, na saída do estabelecimento do importador;

Base legal: Art. 63, I, "a" e "b" do RIPI/82

b) Produtos Nacionais

Quanto aos produtos nacionais, será o valor da operacão de que

decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Base legal: Art. 63. II, RIPI/82

Inclusão na base de cálculo

Em relação aos ítens 1, b e 2, serão incluidos na base de cálculo

quando for o caso, o valor do frete e das demais despesas acessórias,

cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário, bem

como os descontos, diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer

título, ainda que incondicionalmente;

Será também considerado como cobrado ou debitado pelo

contribuinte, ao comprador ou destinatário, o valor do frete, quando o

transporte for realizado ou cobrado por firma coligada (1), controlada ou

controladora (2) conforme a Lei das S.As ou interligada (3) do estabelecimento

contribuinte ou por fim com a qual este mantenha relação de interdependência

(4) mesmo quando o frete seja subcontratado.

c) Transferência de Mercadorias para outro Estado

Será o valor correspondente a 75% do preço de venda do

destinatário atacadista, deduzidas as despesas de transporte e seguro.

Base legal: Art. 64, I RIPI/82.

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Saída a Título de Locação, Arrendamento Mercantil ou a Título Gratuito

A base de cálculo e o preço corrente do produto, ou seu similar no

mercado atacadista da praça do remetente, na saída produto, do

estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, quando a saída se

der a título de locação arrendamento mercantil, ou decorrer de operacão

a título gratuito, assim considerada também aquele que, em virtude de não,

transferir a propriedade do produto, não importe em fixar-lhe o preço. Na falta

do preço acima, o valor será:

No caso de produto importado, o valor que serviu de base imposta de

importação, acrescido desse tributo e demais elementos componentes do

custo do produto, inclusive a margem de lucro normal;

No caso de produto nacional, o custo de fabricação, acrescido dos custos

financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem como do

seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao

preço da operação, ainda que os produtos hajam sido recebidos de outro

estabelecimento da mesma firma que os tenha industrializado.

Base legal: Art. 64, II parágrafo único RIPI/82

Arrendamento Mercantil de Bens Importados. Na saída de produtos do

estabelecimento do importador, arrendamento mercantil, nos termos da Lei

6099/74, o valor tributável será: O preço corrente do mercado atacadista da

praça em que estiver estabelecida a empresa arrendadora ou o valor que

serviu de base de cálcu]o do imposto no desembaraço aduaneiro, se for

demonstrado comprovadamente que o preço dos produtos importados é

igual ou superior ao que seria pago pelo arrendatário se os importasse

diretamente na mesma ocasião.

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Base legal: art. 65 RIPI/82

Produtos Usados

O imposto incidente sobre produtos usados adquiridos de

particulares ou não, que sofrerem processo de industrialização, será calculado

sobre a diferença de preço entre a aquisição e a revenda.

Base legal: Art. 67 RIPI/82

Valor Tributável Mínimo

O valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente no mercado

atacadista da praça do remetente:

a) quando o produto for destinado a outro estabelecimento do próprio

remetente ou a estabelecimento de firma com a qual mantenha relação de

interdependência;

b) quando o produto, no caso de industria1ização por encomenda, for

adquirido pelo próprio industrializador antes de concluida a operação industrial

;

c) a 70% (setenta por cento) do preço de venda a consumidor nem ao

previsto na alínea anterior, quando o produto for remetido por um a outro

estabelecimento do remetente, desde que o destinatário opere exclusivamente

na venda a varejo;

d) ao custo de fabricação do produto, acrescido dos custos financeiros e

dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e

das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, no

caso de produtos saídos do estabelecimento industrial. ou equiparado a

industrial, com destino a comerciante autônomo, ambulante ou não, para

venda direta ao consumidor:

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e) ao preço corrente no mercado atacadista da praça do executor da

operação, quando os produtos, partes ou peças utilizadas na operação

referida no inciso VIII do Art. 4º. forem de sua própria fabricação ou

importação;

f) ao preço normalmente cobrado em operações semelhantes, outros

estabelecimentos que não pertençam ao executor encomenda nem com ele

mantenham relação de interdependência quando, na industrialização de

produtos por encomenda, imposto for exigido do estabelecimento que

executar industrialização;

g) a 70% (setenta por cento) do preço de venda a consumidor:

estabelecimento moageiro, nas remessas de café torrado a comerciante

varejista que possua atividade acessória de moagem.

No caso do ítem c, sempre que o estabelecimento varejista vender o

produto por preço superior ao que haja servido à determinação do valor

tributável, será este reajustado com base no preço de venda, o qual,

acompanhado da respectiva demonstração, se: comunicado ao remetente, até

o dia dez do mês subsequente a ocorrência do fato. para efeito de

lançamento e recolhimento imposto sobre a diferença verificada.

No caso de ítem do preço de revenda do produto pelo comerciante

autônomo, ambulante ou não, indicado pelo estabelecimento industrial,

ou equiparado a industrial, não poderá ser superior ao preço de aquisição

acrescido dos tributos incidentes por ocasião da aquisição e da revenda do

produto, da margem de lucro normal nas operações de revenda.

O disposto no ítem d, também se aplica às operações que tiverem

intermediação de firmas que mantenham relações de interdependência

com a empresa fabricante, caso em que entrar, também, na composição do

28

valor tributável mínimo, o valor dos custos operacionais. administrativos,

financeiros e publicidade dos revendedores intermediários e das margens

lucro destes o do revendedor domici1iar.

Ainda no caso do ítem d, caberá ao Ministro da Fazenda arbitrar as

margens de lucro do revendedor e do intermediário, se não for possível sua

exata determinação.

Para efeito de aplicação do disposto no ítem "a", "b" e "e", será

considerada a média ponderada dos preços de cada produto, vigorantes ao

mês precedente ao da saída do estabelecimento remetente, ou, na sua

falta, a correspondente ao mês imediatamente anterior àquele.

Inexistindo os preços indicados no parágrafo anterior, será tomado por

base o preço previsto no parágrafo único do Artigo 64.

Base legal: Art. 68 RIPI/82

Valor Tributável Arbitrado

Ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, o fisco

poderá arbitrar o valor tributável ou qualquer dos seus elementos, quando

forem omissos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas

partes ou, tratando-se de operação a título gratuito, quando inexistir ou for de

difícil apuração o valor previsto no Art. 64, inciso II.

Salvo se for apurado o valor real da operação, nos casos em que este

deva ser considerado, o arbitramento tomará por base. sempre que

possível, o preço médio do produto no mercado do domicílio do contribuinte,

ou, na sua falta, nos principais mercados nacionais, no trimestre civil mais

próximo ao da ocorrência do fato gerador.

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Na impossibilidade de apuração dos preços, o arbitramento será feito

segundo o disposto no parágrafo único do Art. 64.

3.1.4 - Classificação Fiscal e Alíquota

As alíquotas variam de acordo com a classificação fiscal do produto

conforme relacionados na Tabela de Incidência do Imposto Sobre Produtos

Industrializados – TIPI aprovado pelo Decreto 97,140 de 23/12/1989, e que

entrou em vigor a partir de 1990.

Para que um produto possa ser classificado corretamente é necessário

que o contribuinte conheça as "Regras Gerais Para Interpretação do Sistema

Harmonizado" constantes do Decreto acima mencionado.

Em regra geral, a alíquota do IPI é seletiva segundo a

essencialidade do produto.

Crédito do imposto

O IPI é não cumulativo onde o imposto cobrado na operação anterior é

deduzido daquele devido na posterior.

Créditos Básicos

O Artigo 82 do Regulamento do IPI. determina que os

estabelecimentos industriais, e os que lhes são equiparados, poderão

creditar-se: (exempificamos alguns).

Do imposto relativo as matérias-primas, produtos intermediários e

material de embalagem, adquiridos para emprego na industrialização de

produtos tributados, exceto os de alíquota zero e os isentos, incluindo-se,

entre as matérias-primas e produtos intermediários, aqueles que, embora não

30

se integrando ao novo produto, serem consumidos no processo de

industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do Ativo Permanente;

O imposto relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material

de embalagem, adquiridos de comerciante atacadista não-contribuinte,

calculado pelo adquirente, mediante.

Aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto, sobre 50% do

seu valor, constante da respectiva nota fiscal.

Outras Modalidades

Em virtude de devoluções de mercadorias;

Imposto indevidamente pago e não restituído no prazo de 60 dias

contados da data do pedido;

Recolhimento indevido por erro de fato conforme IM 122/86.

Manutenção dos Créditos

Para que haja manutenção de crédito é necessário que haja previsão

em Lei.

O Art.92 RIPI/82, elenca todas as possibilidades de crédito. Abaixo

exemplificamos algumas:

Matérias-prima, produtos intermediários e de empregados na

fabricação de produtos exportados;

Os produtos vendidos pelos estabelecimentos industriais ou

equiparados a industrial, diretamente a pessoa domiciliada no exterior, em

trânsito ou em turismo no território brasileiro, mediante pagamento em cheque

de viagem (traveller's check).

31

Devemos ressalvar porém, que por força do Art. 41 DDT da

Constituição Federal, a partir de 05/1O/90, tais incentivos fiscais estão

revogados.

Existe entretanto, projeto de Lei que revigora tais benefícios

retroagindo seus efeitos a 05/1O/90.

O critério para o estorno será aquele previsto no Art. 100, Parágrafo 1o.

do RIPI/82, isto é, haverão mais de uma aquisição de produtos e não sendo

possível determinar aquela a que corresponde o estorno do imposto, este

será calculado com base no preço médio da aquisição.

Crédito Acumulado

Caso haja saldo credor do imposto, e este for devido a manutenção

de crédito oriundo de operações incentivadas (ex.: exportação), o Fisco

Federal permite o seu ressarcimento em dinheiro que deverá ser feito nos

termos da IN 125/89 e IN 114/88.

3.1.5 - Imunidade/Isenção/Suspensão

Imunidade

É aquela concedida pela Constituição Federal.

São imunes do imposto: os livros , jornais, periódicos, bem como o

papel para sua impressão;

Isenções

As isenções estão previstas nos Artigos 44 e 45 do RIPI, tais como:

Artigo 44 do RIPI/82.

32

As aeronaves de uso militar, e suas partes e peças, vendidas à

União; os produtos importados diretamente por missões diplomáticas e

representações, no País, de organismos internacionais de que o Brasil

seja membro;

O material bélico, de uso privativo das forças armadas,

vendidos à União, na forma das instruções baixadas pelo Ministério

da Fazenda;

Artigo 45 RIPI/82.

Os aparelhos especiais de procedência estrangeira, sem similar

nacional, destinados à adaptação de veículos, com a finalidade de permitir

sua utilização por paraplégicos ou pessoas portadoras de outros defeitos

fisicos que as impossibilitem de utilizar veículo comum, bem como suas

partes, peças componentes importados para a fabricação no Pais.

Os produtos aeronáuticos saídos dos estabelecimentos

industriais homologados pelo Ministério da Aeronáutica, para emprego ou

reposição, nos produtos de sua industrialização ou em seus componentes;

Os aparelhos e instrumentos saídos dos estabelecimentos

industriais. quando adquiridos diretamente pelas entidades a seguir

relacionadas, para serem por estas empregados nos produtos

classificados nas posições 88. O1 e 88.05 da Tabela.

Suspensão

Como já foi visto anteriormente, a suspensão é a postergação do

momento do pagamento do imposto. Neste sentido, o Artigo 36 do RIPI/82

relacionou todas as operações que estão nesta situação. Abaixo

exemplificamos algumas:

33

“As matérias-primas, produtos intermediários e

material de embalagem destinados a

industrialização, desde que os produtos

industrializados devam ser enviados ao

estabelecimento remetente daqueles insumos;

Os produtos nacionais remetidos diretamente à

Zona Franca de Manaus, para ali serem

consumidos ou industrializados, excluindo as

armas e munições, perfumes, fumo, bebidas

alcoólicas e automóveis de passageiros;

Os produtos remetidos, para industrialização ou

comércio, de um para outro estabelecimento,

industrial ou equiparação a industrial, da

mesma firma..”2(COOPERS & LYBRAND)

3.2 - COFINS - Contribuição Para o Financiamento da Seguridade

Social

Para financiar a Seguridade Social a CF/88 estabeleceu como fonte de

receita, contribuições sociais, na forma de seu Art. 195 que para o empregador

são as que incidem sobre o faturamento, o lucro e a folha de salários. A

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi instituída

pela Lei Complementar nº 70/91.

3.2.1 - Contribuintes

São contribuintes da Contribuição para Financiamento da Seguridade

Social (COFINS) as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as

2 COOPERS & LYBRAND, Auditores e Consultores. Seminário Contabilidade Tributária. Rio de Janeiro.1993

34

pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as

microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do

SIMPLES.

3.2.2 - Base de Cálculo:

Atualmente, a base de cálculo da COFINS é composta pela totalidade

das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente da atividade

exercida e da classificação contábil das receitas, inclusive rendimentos de

aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de aplicações de renda

variável, os juros ativos, os descontos obtidos no pagamento de obrigações, as

variações monetárias ativas, etc., sendo permitido as seguintes exclusões:

“As vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

O I.P.I. ( Imposto sobre Produtos Industrializados );

O ICMS ( Imposto de Circulação de Mercadorias e sobre prestação de serviços

de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação ) quando for

oriundo de substituição tributária;

As reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos baixados

como perdas que não representem ingresso de novas receitas, o resultado

positivo dos investimentos avaliados pelo sistema de equivalência patrimonial e

os lucros e dividendos oriundos de investimentos avaliados pelo custo da

aquisição e que tenham sido computados como receita;

As receitas transferidas para outra pessoa jurídica, desde que obedecidas

normas regulamentares expedidas;

As receitas decorrentes da alienação de Ativo Imobilizado e;

35

As receitas de vendas de mercadorias ou serviços para o exterior realizadas

diretamente pelo exportador ou através de empresas comerciais exportadoras,

cooperativas, consórcios ou entidades semelhantes.”3(IOB)

3.2.3 - Casos especiais:

a) Estaleiros navais brasileiros: poderão excluir da receita bruta, para fins da

determinação da base de cálculo, as receitas auferidas nas atividades de

construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações

pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB);

b) Empresas de comercialização de veículos automotores usados: o valor a ser

computado como receita de vendas, para determinação da base de cálculo,

será a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado,

constante na nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante na

nota fiscal de entrada, o qual deve corresponder ao preço ajustado entre as

partes.

c) Empresas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro presumido:

A receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de

serviços cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas poderá ser

computado na base de cálculo somente no mês do efetivo recebimento (

regime de caixa)

d) Empreitadas ou fornecimentos contratados com entidades governamentais:

as receitas provenientes desses contratos podem ser computadas na base de

cálculo no mês do efetivo recebimento ( pagamento diferido )

3.2.4 - Alíquota:

3 IOB.Informações Objetivas.Calendário Obrigações e Tabelas Práticas.Pg 10. Novembro.1999

36

A alíquota da COFINS é de 3% ( três por cento) para fatos geradores a

partir de 01/02/99, sendo permitido compensar com a Contribuição Social

Sobre o Lucro.

3.2.5 - Compensação:

Pessoas jurídicas que. apuram a CSSL trimestralmente: poderá ser

deduzido até um terço do valor da COFINS efetivamente paga, relativamente

aos meses correspondentes ao próprio trimestre ( excluído o mês de janeiro/99

) limitado ao valor da CSSL. O valor da COFINS, passível de compensação,

que exceder ao da CSSL devido no respectivo trimestre não será restituído e

nem poderá ser compensado em períodos posteriores;

Pessoas jurídicas que apuram a CSSL anualmente: poderá ser

deduzido até um terço da COFINS relativa aos meses correspondentes ao

próprio anocalendário ( excluído janeiro/99 ) e o saldo apurado:

a) Se negativo, não será restituído e nem poderá ser compensado em períodos

posteriores;

b) Se positivo, dele serão deduzidos os valores da CSSL efetivamente pagos

sob a forma de estimativa mensal. O saldo remanescente, se positivo,

corresponderá ao saldo da CSSL a pagar, se negativo, será considerado como

parcela compensável da CSSL em períodos posteriores, na forma da

legislação pertinente.

3.2.6 - Entidades sem fins Lucrativos:

37

Entidades beneficentes de assistência social: As entidades

beneficientes de assistência social, que atendam às exigências estabelecidas

em Lei, são isentas da COFINS.

3.2.7 - Sociedades Cooperativas:

Apenas os atos cooperativos próprios de sua finalidade, observado o

disposto na legislação específica, são isentos da COFINS, portanto as receitas

provenientes de qualquer operação não caracterizada como ato cooperativo

sujeitam-se à incidência da COFINS.

3.2.8 - Associações e outras Entidades sem Fins Lucrativos:

A partir de 01/02/99 todas as receitas auferidas pela pessoa jurídica

integram a base de cálculo, inclusive as referidas entidades também estão

sujeitas a tributação da COFINS que neste caso incidiria sobre as

mensalidades, anuidades e contribuições dos associados e demais receitas

auferidas.

3.2.9 - Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Optantes

pelo SIMPLES:

Nas microempresas (ME) e nas empresas de pequeno porte (EPP)

optantes pelo SIMPLES, na forma da Lei, o valor da COFINS está incluído no

pagamento mensal unificado.

3.2.10 - Prazo para pagamento:

38

Até o último útil dia da primeira quinzena subsequente ao mês de

ocorrência do fato gerador ( dia 15 ou o último dia útil anterior, se o dia 15

não for útil ).

3.3 - PIS - Programa de Integração Social

O PIS foi criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970.

A CF/88 o recepcionou no Art. 239.

3.3.1 - Contribuintes:

São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado de fins

lucrativos e as que Ihes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda,

que compreendem:

a) As sociedades mercantis e as civis de fins lucrativos, inclusive empresas

públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias;

b) As firmas ou empresas individuais equiparadas a pessoa jurídica pela

legislação do Imposto de Renda;

c) As filiais, sucursais, agências ou representações no País, de pessoas

jurídicas com sede no exterior .

3.3.2 - Base de Cálculo:

Relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 01/02/99 a base

de cálculo é a receita bruta mensal, composta pela totalidade das receitas

auferidas pela pessoa jurídica, independentemente da atividade exercida e da

classificação contábil das receitas, inclusive rendimentos de aplicações

39

financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de aplicações de renda variável, os

juros ativos, os descontos obtidos no pagamento de obrigações, as variações

monetárias ativas, etc., sendo permitido as seguintes exclusões:

a) As vendas canceladas;

b) Os descontos incondicionais concedidos (constantes da nota fiscal de venda

ou da fatura de prestação de serviços e não dependentes de evento posterior à

emissão desses documentos);

c) O I.P.I. ( Imposto sobre Produtos Industrializados );

d) O ICMS ( Imposto de Circulação de Mercadorias e sobre prestação de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação )

quando for oriundo de substituição tributária;

e) As reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos

baixados como perdas que não representem ingresso de novas receitas, o

resultado positivo dos investimentos avaliados pelo sistema de equivalência

patrimonial e os lucros e dividendos oriundos de investimentos avaliados pelo

custo da aquisição e que tenham sido computados como receita;

f) As receitas transferidas para outra pessoa jurídica, desde que obedecidas

normas regulamentares expedidas;

g) As receitas decorrentes da alienação de Ativo Imobilizado e;

h) As receitas de vendas de mercadorias ou serviços para o exterior realizadas

diretamente pelo exportador ou através de empresas comerciais exportadoras,

cooperativas, consórcios ou entidades semelhantes.

40

Obs. : Nas operações realizadas em mercados futuros, considera-se receita

bruta o resultado positivo dos ajustes diários ocorridos no mês.

3.3.3 - Casos Especiais:

a) Estaleiros navais brasileiros: poderão excluir da receita bruta, para fins da

determinação da base de cálculo, as receitas auferidas nas atividades de

construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações

pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB);

b) Empresas de comercialização de veículos automotores usados: o valor a ser

computado como receita de vendas, para determinação da base de cálculo,

será a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado,

constante na nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante na

nota fiscal de entrada, o qual deve corresponder ao preço ajustado entre as

partes;

c) Empresas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro presumido:

a receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de

serviços cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas poderá ser

computado na base de cálculo somente no mês do efetivo recebimento (

regime de caixa).

d) Empresas públicas e sociedades de economia mista: na base de cálculo das

empresas públicas e das sociedades de economia mista não se incluem os

recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da União.

3.3.4 - Instituições Financeiras e Entidades Equiparadas:

A base de cálculo da contribuição devida pelas empresas financeiras é

composta pelo somatório das suas receitas, podendo nela se feita deduções e

exclusões típicas do mercado financeiro.

41

3.3.5 - Alíquota:

A alíquota do PIS/PASEP é de 0,65%. Sobre a base de cálculo

3.3.6 – Entidades sem fins lucrativos e as sociedades

cooperativas:

As entidades de fins não lucrativos, definidas como empregadoras pela

legislação trabalhista, e as fundações contribuem à alíquota de 1% sobre a

folha de salários mensal, excluídos os valores custeados com recursos

originários do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

Ex.: Valor bruto da folha de pagamento mensalR$ 68.000,00

Contribuição devida: 1% slR$ 68.000,00R$ 680,00

Obs. : Exclui-se do acima disposto as cooperativas de consumo que

tenham por objeto a compra e o fornecimento de bens aos consumidores, as

quais estão sujeitas às mesmas normas de incidência da contribuição

aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

As cooperativas contribuintes como entidades sem fins lucrativos, que

praticarem operações com não-associados, ficam sujeitas também à

contribuição como as demais pessoas jurídicas em relação às receitas

decorrentes dessas operações, sem prejuízo da incidência da contribuição

sobre a folha de salários.

3.3.7 - Pessoas jurídicas de direito público:

Enquadram-se nessa modalidade de contribuição as pessoas jurídicas

de direito público interno (União, Estados, Municípios e suas autarquias)

42

inclusive as fundações públicas cujos servidores estejam submetidos ao

regime jurídico próprio do ente público a que se vinculam.

A contribuição dessas entidades é calculada à alíquota de 1% sobre o

valor mensal das receitas correntes arrecadadas e das transferências

correntes e de capital recebidas.

3.3.8 - Microempresas e empresas de pequeno porte optantes

pelo SIMPLES:

Nas microempresas (ME) e nas empresas de pequeno porte (EPP)

optantes pelo SIMPLES, na forma da Lei, o valor do PIS está incluído no

pagamento mensal unificado.

3.3 9 - Prazo de Recolhimento:

O prazo de pagamento da contribuição é até o último dia útil da primeira

quinzena ( dia 15 ou o último dia útil anterior, se o dia 15 não for útil ) do mês

seguinte ao mês de ocorrência do fato gerador.

3.4 - INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

3.4.1 - Contribuintes

Estão sujeitos à Contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social

todos os Contribuintes Individuais e Empregado, Empregador e Doméstico

que percebem remuneração diária, semanal ou mensal a título de salário Pró-

43

Labore; os empregadores urbanos; as entidades sem fins lucrativos que

exerçam atividade, educacional ou que atenda ao SUS ( Sistema Unico de

Saúde ), mas não pratique, de forma exclusiva e gratuita, atendimento a

pessoas carentes; os produtores rurais.

A contribuição da empresa é de 20% sobre O total das remunerações

pagas ou çreditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados

empregados que Ihes prestem serviços, acrescidos de 1, 2 ou 3% para o

financiamento das prestações por acidente do trabalho, estabelecido de acordo

com a atividade preponderante do estabelecimento. .

Anualmente, até o dia 20 de dezembro, a empresa está obrigada a

recolher as contribuições previdenciárias sobre a gratificação natalina (130

salário).

3.4.2 – Prazos de Pagamento

Para empresas as contribuições decorrentes da comercialização de

produtos rurais o recolhimento deve ser efetuado no dia 2 do mês seguinte ou

no primeiro dia útil subseqüente.

Autônomos e Empresários - Contribuições sobre o Pró-Labore

A partir do mês de maio de 96, as empresas privadas, cooperativas de

trabalho e os órgãos públicos devem contribuir com 15% (quinze por cento)

sobre os valores pagos a empresários, autônomos e equiparados e

trabalhadores avulsos. A medida foi estabelecida pela Lei Complementar 84 de

18.01.96.

A nova contribuição será calculada sobre todos os pagamentos que

forem efetuados pelos serviços prestados por empresários, autônomos,

44

trabalhadores avulsos e demais pessoas físicas, quando não haja vínculo

empregatício estabelecido entre as partes.

O recolhimento deverá ser feito no dia 2 ou no primeiro dia útil

subsequente ao mês da competência. Os empresários e autônomos devem

continuar recolhendo normalmente ao INSS a parcela das suas contribuições,

mediante carnês. A nova alíquota é a parte dos empregadores na contribuição

ao INSS.

Da mesma forma, os 15% agora instituídos, incidem sobre os valores

pagos ou distribuídos pelas cooperativas de trabalho aos seus cooperados por

serviços prestados a elas. É o caso, por exemplo, de uma cooperativa de táxi

contratada por uma empresa.

3.4.3 - Opções para o Recolhimento

Quando o prestador de serviços for AUTÔNOMO, a empresa poderá

recolher, em vez dos 15%, a contribuição de 20% sobre: o valor da classe 1 da

escala de salário-base se o autônomo ou equiparado estiver dispensado de

recolhimento, por exercer simultâneamente atividade como empregado e

contribuir sobre o teto máximo (R$ 1.255,32).

O valor da classe em que estiver enquadrado, se pertencer a uma das

classes de 4 a 10.

O valor da classe 4 (R$ 480,00), caso o autônomo estiver enquadrado

em uma das classes de 1 a 3.

3.4.4 - Exigência para Optar:

45

As opções de contribuição não valem para serviços prestados por

empresários ou trabalhadores avulsos. O responsável pela contribuição perde

o direito de optar, caso o autônomo não esteja em dia com o INSS.

As empresas privadas, órgãos públicos e cooperativas de trabalho

devem exigir do autônomo cópia autenticada do comprovante de recolhimento

ao INSS, do mês anterior ao da realização do serviço, para ter direito à opção.

Os comprovantes devem ficar arquivados na empresa, à disposição dos fiscais

do INSS, durante dez anos. Cancelamento da Alíquota Anterior.

Todos os débitos previdenciários correspondentes à contribuição antiga

do Pró-Labore ( de 20% ) serão cancelados pelo INSS, devido à declaração

de inconstitucionalidade da contribuição pelo Supremo Tribunal Federal -STF .

Serão cancelados os débitos em fase administrativa e judicial.

As empresas que continuaram recolhendo a contribuição., após a

decisão do STF, podem solicitar formalmente a restituição do valor ao INSS.

Restituição de valores cobrados ( dos 20% ).

Deve ser solicitada nos postos de arrecadação e fiscalização do INSS.

Para ter direito à restituição, as empresas devem provar , mediante

apresentação de documentação contábil, que não repassaram o valor das

contribuições para o custo dos seus bens e serviços.

As restituições autorizadas pelo INSS serão pagas no valor integral ou

pela compensação de recolhimentos futuros para a Previdência .

A compensação poderá atingir até 30% do valor da contribuição mensal

devida pela empresa.

46

A parte referente à contribuição para terceiros (Sesi, Senai, Senac,

Sebrae etc. ) não pode ser compensada .

3.5 - FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

O FGTS foi instituido pela Lei nº 5.107/66 para garantir o tempo de

serviço do empregado.

O empregador deve recolher ao FGTS 8 % de remuneração mensal do

empregado, em conta deste, na Caixa Econômica Federal.

No caso de despedida sem justa causa, o empregador pagará multa de

40% sobre o saldo da conta vinculado do trabalhador na CEF, que deverá

fornecer o respectivo extrato a tempo para a homologação da rescisão do

contrato de trabalho.

A legislação atual permite pagar o FGTS do mês da rescisão e do mês

anterior diretamente ao empregado por ocasião da homologação da rescisão.

3.5.1 - Contabilização

Supondo-se que a empresa industrial tenha uma folha de salários de

31.000 prevista no caso-base e que todos os empregados estão na faixa

contribuição de 8 %, deve-se proceder aos seguintes cálculos :

a ) folha de salários 31.000

desconto dos empregados 8 % 2.480

líquido a pagar 28.520

47

b ) Contribuição previdênciária patrimonial s/folha ( 31.000 )

INSS 20 % 6.200

SAT 2 % 620

Cont.Terceiros 5,8 % 1.798

8.618 = 27,8 %

c ) FGTS s/ 31.000 2.480 = 8 %

11.098 35 %

Lançamento da Folha de Salários

Conta Débito Crédito

Mão – de – obra

Salários (1) folha do mês 31.000

Obrigações sociais

Folha de pagamento (2) 28.520

Líquido a pagar

INSS a recolher (3)

Descontado dos empregados 2.480

31.000

Lançamento de encargos patrimoniais

Conta Débito Crédito

Mão-de-obra

Encargos previdenciários (4)

Encargos do mês 8.618

Encargos FGTS (5) 2.480

Idem

48

Obrigações sociais

Conta Débito Crédito

INSS a recolher (6) 8.618

Contribuição patronal

FGTS a recolher (7) 2.480

Encargos do mês

11.098

11.098

Razonetes

Mão-de-obra Obrigações Sociais

(1) 31.000 (2) 28.520

(4) 8.618 (3) 2.480

(5) 2.480 (6) 8.618

(7) 2.480

SD 42.098 42.098

Como a apuração ainda é parcial, observe que:

a) a conta Mão-de-obra está conforme com o caso-base e faz parte do custo

de produção;

b) a conta Obrigações Sociais representa a obrigação da empresa perante o

INSS, o FGTS e a folha de salários.

3.6 - IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras

O imposto citado se divide em partes conforme sua incidência:

49

Operações e crédito, operações de câmbio, operações de seguro, títulos

e valores mobiliários e operações com ouro ativo financeiro ou instrumento

cambial. Segue abaixo, a disposição legal do IOF sobre operações de créditos,

conforme Decreto nº 2.219 de 02/05/97.

3.6.1 - Fato Gerador

Quando o montante se coloca à disposição do interessado:

• Quando na entrega total ou parcial do valor que constitua o objeto da

obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;

• Quando da liberação de uma das parcelas, quando o crédito sujeito estiver

no contrato;

• Quando considerado o saldo a descoberto em conta de depósito, na data

do adiantamento a depositante;

• Na data do registro efetuado em conta devedora por crédito liquidado no

exterior;

• Quando o saldo descoberto verificar o excesso de limite;

• Na data da novação ou confissão de dívida;

• Na data do lançamento contábil de operações internas, quando não houver

classificação específica

3.6.2 - Os Contribuintes

Todas as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito.

3.6.3 - Os responsáveis

As instituições financeiras, são responsáveis pela cobrança e

recolhimento ao Tesouro Nacional.

3.6.4 - Alíquota

50

O imposto sobre operações financeiras, será cobrado à alíquota máxima

de 1,5 % ao dia sobre valores de operações financeiras. Sendo que, tendo

em vista os objetivos da política fiscal, pode-se estabelecer alíquotas

diferenciadas para as hipóteses de que trato o título.

3.6.5 - Base de cálculo

Na operação de empréstimo, sob qualquer modalidade, inclusive

abertura de crédito:

I) Quando não ficar definido o valor principal a ser utilizado pelo

mutuário, ou na prorrogação ou renovação.

a) mutuário pessoa jurídica – 0.0041 % ao dia

b) mutuário pessoa física – 0,0411 % ao dia

II) Na operação de desconto, o valor líquido obtido :

a ) mutuário pessoa jurídica – 0,0041 % ao dia

b ) mutuário pessoa física – 0,0411 % ao dia

III) No adiantamento a depositante, o somatório dos saldos devedores

diários, apurado no último dia de cada mês :

a ) mutuário pessoa jurídica – 04,0041 %

b ) mutuário pessoa física – 0,0411 %

3.6.6 - Isenção

Fins habitacionais, inclusive a destinada à infra-estrutura e saneamento

bàsico relativo a programa ou projeto que tenha a mesma finalidade; recursos

de fundos constitucionais e financiamentos; efetuada por meio de cédula e

51

nota de crédito à exportação; aquisição automóvel de passageiros, de

fabricação nacional.

3.6.7 - Cobrança e Recolhimento

Será cobrado na data da liquidação da operação, deverá ser recolhido

ao Tesouro Nacional até o 3º dia útil da semana subsequente à de sua

cobrança.

3.7 - CPMF – Contribuição Provisória Sobre Movimentação ou

Transmissão de Valores de Créditos e Direitos de Natureza

Financeira.

Vejamos como base a referida Lei nº 9.311/96 e em atos

complementares, os principais aspectos relacionados à contribuição em causa,

a qual deve ser retida pela instituição financeira na conta bancária do

contribuinte e recolhida aos cofres da União.

Para fins de incidência da contribuição, considera-se movimentação ou

transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, qualquer

operação liquidada ou lançamento realizado pelas entidades ( instituições

financeiras ou outras ) , que representem circulação escritural ou física de

moeda, e de que resulte ou não transferência da titularidade dos mesmos

valores, créditos e direitos.

Não é demais destacar, de início , que a Justiça Federal vem

concedendo liminares que suspendem a exigência da CPMF de vários

contribuintes que se insurgiram contra a sua cobrança , sob alegação ( entre

outras ) de que :

52

a) a Lei nº 9.311/96 teve sua validade afastada do mundo jurídico,

razão pela qual seria inaceitável a prorrogação da contribuição pela Emenda

Constitucional nº 21/99;

b) ocorreria a bitributação, pela incidência sobre a mesma base de

cálculo das contribuições sociais existentes, a violação do princípio da

isonomia, da capacidade contributiva etc.

Ressalte-se, por outro lado, que tais medidas aproveitam apenas os

contribuintes recorrentes e que elas poderão ser mantidas ou não pelo

Judiciário, cuja demanda poderá chega até o Supremo Tribunal Federal, dada

a sua natureza constitucional.

3.7.1 – Período de Vigência

A CPMF incidirá sobre os fatos geradores verificados no período de

17.06.99 a 16.06. 2002, de acordo com a citada Emenda Constitucional nº

21/99 e o Art. 21 da Instrução Normativa SFR nº 66/99.

3.7.2 – Fato Gerador

O fato gerador da contribuição é :

• O lançamento a débito, por instituição financeira, em contas correntes de

depósito, em contas correntes de empréstimos, em contas de depósito de

poupança, de depósito judicial e de depósitos em consignação de pagamento;

• O lançamento a crédito, por instituição financeira, em contas correntes que

apresentem saldo negativo, até o limite de valor da redução do saldo devedor;

• A liquidação ou pagamento, por instituição financeira, de quaisquer créditos,

diretos ou valores, por conta e ordem de terceiros, que não tenham sido

creditados, em nome do beneficiário, nas contas referidas nos incisos

anteriores.

53

• O lançamento e qualquer outra forma de movimentação ou transmissão de

valores e de créditos e direitos de natureza financeira não relacionados nas

letras anteriores, efetudos pelos bancos comerciais, bancos multiplos com

carteira comercial e caixas econômicas;

• A liquidação de operação contratada nos mercados organizados de liquidação

futura;

• Qualquer outra movimentação ou transmissão de valores e de créditos de

natureza financeira que, por sua finalidade, reunindo características que

permitam presumir a existência de sistema organizado para efetivá-la, produza

os mesmos efeitos de que tratam as letras anteriores, independentes da

pessoa que a efetue, da denominação que possa ter e da forma jurídica ou

dos instrumentos utilizados para realizá-la.

3.7.3 – Não Incidência

A CPMF não incide :

⇒ “ no lançamento nas contas daUnião, dos Estados, do Distrito Federal, dos

Municípios, de suas Autarquias e Fundações;

⇒ no lançamento errado e seu respectivo estorno, desde que não

caracterizem a anulação de operação efetivamente contratada, bem como o

lançamento de cheque e documento compensável, e seu respectivo estorno,

devolvidos em conformidade com as normas do Banco Central do Brasil;

⇒ no lançamento para pagamento da própria CPMF;

⇒ nos saques efetuados diretamente nas contas vinculadas do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS ) e do Fundo de Participação

PIS/PASEP e no saque do valor do benefício do seguro-desemprego;

54

⇒ sobre a movimentação financeira ou transmissão de valores e de créditos e

direitos de natureza financeira das entidades beneficientes de assistência

social.

⇒ no débito efetuado na conta de passivo de instituição financeira que registre

recursos de titularidade da União, de Estado, do Distrito Federal ou de

Município, utilizados para pagamento de restituição de tributos por conta e

ordem do sujeito ativo.”45(IOB)

3.7.4 – Contribuintes

São contribuintes da CPMF :

a) Os titulares das contas referidas nas letras “a” e “b” do tópico 2, ainda que

movimentadas por terceiros ;

b) O beneficiário referido na letra “c” do tópico 2 ;

c) As instituições referidas na letra “d” do tópico 2 ;

d) Os comitentes das operações referidas na letra “e”do tópico 2 ;

e) Aqueles que realizarem a movimentação ou transmissão referida na letra

“f” do tópico 2.

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

As microempresas e as empresas de pequeno porte poderão optar pela

inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições

das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ( SIMPLES ).

3.7.5 – Responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento

4 IOB.Informações Objetivas. ICMS/IPI e Outros. Pg 2. Bol. 26.1999 5

55

É atribuida a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento da

contribuição ( Art. 5º da Lei nº 9.311/96 ) :

• às instituições que efetuarem os lançamentos, as liquidações ou os

pagamentos de que tratam as letras “a” a “c” do tópico 2 ;

• às instituições que intermediarem as operações a que se refere a letra “e”

do tópico 2 ;

• àqueles que intermediarem as operações a que se refere a letra “f” do

tópico 2 ;

Como se verifica, a Lei atribui às instituições financeiras a

responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento da CPMF. Desse modo, o

contribuinte arcará com o ônus da contribuição – que será retida em sua conta

– competindo à instituição que realizar a retenção recolhê-la na forma e no

prazo fixados pela legislação.

3.7.6 – Base de cálculo

Constitui base de cálculo da CPMF :

a) na hipótese das letras “a”, “b”e “d” do tópico2, o valor do lançamento e de

qualquer outra forma de movimentação ou da transmissão.

b) na hipótese da letra “c” do tópico 2 , o valor da liquidação ou do

pagamento;

c) na hipótese da letra “e “ do tópico 2, o resultado, se negativo, da soma

algébrica dos ajustes diários ocorridos no período compreendido entre a

contratação inicial e a liquidação do contrato;

d) na hipótese da letra “f “ do tópico 2 , o valor da movimentação ou da

transmissão.

56

O lançamento, a movimentação ou a transmissão, de que trata a letra

“d “ do tópico 2 , serão apurados com base nos registros contábeis das

instituições ali referidas.

3.7.7 – Alíquota

A alíquota da CPMF é de ( EC nº 21/99 e Art.7º da IN SRF nº 66/99):

a) 0,38 % ( trinta e oito centésimos por cento ), em relação aos fatos

geradores ocorridos no período de 17.06.99 a 16.06.2000;

b) 0,30 % ( trinta centésimos por cento ) , em relação aos fatos geradores

ocorridos no período de 17.06.2000 a 16.06.2002.

3.7.8 – Período de Apuração

Semanalmente fica compreendido entre a 5a feira da semana anterior e

a 4a feira da semana seguinte.

3.7.9 - O prazo para pagamento

A CPMF será recolhida ao Tesouro Nacional, até o terceiro dia útil da

semana subsequente à de encerramento do período de apuração.

Resumimos em um aspecto que merece ser destacado é que a Lei,

atribui ao contribuinte a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições,

porém, apenas em caráter supletivo, quando a instituição deixar de fazer a sua

retenção.

57

CONCLUSÃO

Através de um minucioso trabalho de pesquisa em e que tivemos o

cuidado de demonstrar, por meio da legislação vigente que o Sistema

Tributário Nacional, do ponto de vista da divisão de competências e da

destinação dos recursos arrecadados, é bem estruturado.

Não obstante os parcos recursos destinados aos serviços públicos

essenciais, visto que os governantes, em via de regra, têm, para o erário

público, pouca ou quase nenhuma atenção em relação ao seu retorno, em

forma de serviços públicos de qualidade, o que justificaria o alto nível de

impostos cobrados dos contribuintes.

Os tributos existentes hoje são suficientes para se administrar a nossa

economia. Não será através da criação de novos impostos (como a CPMF),

instituída para socorrer o sistema de saúde mas sem que tenhamos certeza de

58

sua real aplicação, que resolveremos os problemas econômicos do Pais. A

solução parece estar na eliminação da sonegação fiscal, com um sistema de

tributação mais enxuto e fiscalizado, e num melhor aproveitamento dos

recursos gerados.

Espera-se, portanto, que haja maior conscientização de todos quanto

aos males advindos da sonegação e da malversação dos recursos públicos

para se chegar a um equilíbrio fiscal em que haja o maior nível de satisfação

possível.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 09

1.1 – HIERARQUIA DAS LEIS 09 1.2 – FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DOS TRIBUTOS 09 1.3 – CONCEITOS BÁSICOS SOBRE LEGISLAÇÃO TRIB. 09 1.3.1 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL 10 1.3.2 – TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 10 1.3.3 – LEIS ORDINÁRIAS 10 1.3.4 – MEDIDAS PROVISÓRIAS 11 1.3.5 – DECRETOS 11 1.3.6 – PORTARIA/INSTRUÇÃO NORMATIVA/PAR.NORMAT. 11 CAPÍTULO II 13 2.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS 13 2.1.1 – COMPETÊNCIA 14 2.1.2 – HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 14 2.1.3 – BASE DE CÁLCULO 15 2.1.4 – ALÍQUOTA 15 2.1.5 – HIPÓTESE DE EXCLUSÃO DA INCIDÊNCIA 15

59

CAPÍTULO III 18 3.1 – IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 18 3.1.1 – FATO GERADOR 19 3.1.2 – CONTRIBUINTES 21 3.1.3 – BASE DE CÁULCULO 23 3.1.4 – CLASSIFICAÇÃO FISCAL E ALÍQUOTA 30 3.1.5 – IMUNIDADE / ISENÇÃO / SUSPENSÃO 32 3.2 – COFINS – CONT. SOC. PARA SEGURIDADE SOCIAL 34 3.2.1 – CONTRIBUINTES 34 3.2.2 – BASE DE CÁLCULO 35 3.2.3 – CASOS ESPECIAIS 36 3.2.4 – ALÍQUOTAS 36 3.2.5 – COMPENSAÇÃO 37 3.2.6 – ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS 37 3.2.7 – SOCIEDADES COOPERATIVAS 38 3.2.8 – ASSOCIAÇÕES E OUTRAS ENT. SEM FINS LUC. 38 3.2.9 – MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQ.PORTE 38 3.2.10 – PRAZO DE PAGAMENTO 39 3.3 – PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL 39 3.3.1 – CONTRIBUINTES 39 3.3.2 – BASE DE CÁLCULO 39 3.3.3 – CASOS ESPECIAIS 41 3.3.4 – INST. FINANCEIRAS E ENTIDADES EQUIPARADAS 42 3.3.5 – ALÍQUOTAS 42 3.3.6 – ENTIDADES SEM FINS LUC. E AS SOC.COOP. 42 3.37 – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO 43 3.3.8 – MICRO EMPRESA E EMPRESA PEQUENO PORTE 43 3.3.9 – PRAZO DE RECOLHIMENTO 43 3.4 – INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 44 3.4.1 – CONTRIBUINTES 44 3.4.2 – PRAZO DE PAGAMENTO 44 3.4.3 – OPÇÕES PARA O RECOLHIMENTO 45 3.4.4 – EXIGÊNCIAS PARA OPTAR 46 3.5 – FGTS – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERV. 47 3.5.1 – CONTABILIZAÇÃO 48 3.6 – IOF – IMPOSTO SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS 50 3.6.1 – FATO GERADOR 50 3.6.2 – OS CONTRIBUINTES 51 3.6.3 – OS RESPONSÁVEIS 51 3.6.4 – ALÍQUOTAS 51 3.6.5 – BASE DE CÁLCULO 51 3.6.6 – ISENÇÃO 52 3.6.7 – COBRANÇA E RECOLHIMENTO 52 3.7 – CPMF – CONTRIB. PROV. SOBRE MOV.FINANCEIRA 52 3.7.1 – PERÍODO DE VIGÊNCIA 53 3.7.2 – FATO GERADOR 54

60

3.7.3 – NÃO INCIDÊNCIA 55 3.7.4 – CONTRIBUINTES 55 3.7.5 – RESPONSABILIDADE PELA RECOLHIMENTO 56 3.7.6 – BASE DE CÁLCULO 57 3.7.7 – ALÍQUOTA 57 3.7.8 – PERÍODO DE APURAÇÃO 58 3.7.9 - PRAZO DE RECOLHIMENTO 58 CONCLUSÃO 59 ANEXO I 62 BIBLIOGRAFIA 69 FOLHA DE AVALIAÇÃO 70

61

ANEXO I

Sistema Tributário Nacional – Constituição Federal

Seção I – Princípios Gerais – Art. 145 - 152

Art. 145 – A União, Os Estados, O Distrito

Federal e os Municípios poderão instituir os

seguintes tributos: Impostos, Taxas e

Contribuição de Melhoria.

Par. 1º - sempre que possível, os impostos

terão caráter pessoal e serão graduados

segundo a capacidade econômica do

contribuinte, facultando a administração

tributária, especialmente para conferir

efetividade a esses objetivos, identificar,

respeitados os direitos individuais e nos

termos da Lei, o patrimônio, os rendimentos e

as atividades econômicas do contribuinte.

Par. 2º - As taxas não poderão ter base de

cálculo própria de impostos.

Art. 146 – Cabe a Lei Complementar:

I – dispor sobre conflitos de competência, em

matéria tributária, entre União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios:

II – regular as limitações constitucionais ao

poder de tributar;

62

III – estabelecer normas gerais em matéria de

legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em

relação ao impostos discriminados nesta Constituição, a dos

respectivos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadências

tributárias;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado

pelas sociedades cooperativas.

Art. 147 – competem à União, em território

Federal, os impostos estaduais e, se o

território não for dividido em Municípios,

cumulativamente, os impostos municipais, ao

Distrito Federal cabem os impostos

municipais.

Art. 148 – a União, mediante lei

complementar, poderá instituir empréstimos

compulsórios:

I – para atender a despesas extraordinárias,

decorrentes de calamidade pública, de guerra

externa ou sua iminência;

II – no caso de investimento público de

caráter urgente e de relevante interesse

nacional, observado o disposto no Art. 150,

III, B.

63

Parágrafo ùnico. A aplicação dos recursos

provenientes de empréstimo compulsório

será vinculada à despesa que fundamentou

sua instituição.

Art. 149 – compete exclusivamente à União

instituir contribuintes sociais, de intervenção

no domínio econômico e de interesse das

categorias profissionais ou econômicas, como

instrumento de sua atuação nas respectivas

áreas, observado o disposto nos Arts. 146, III

e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no

Art. 195, Par. 6º, relativamente às

contribuições a que ajude o dispositivo.

Parágrafo Único. Os Estados, O Distrito

Federal e os Municípios poderão instituir

contribuição, cobrada de seus servidores,

para o custeio, em benefício destes, de

sistemas de previdência e assistência Social.

Seção II

Das Limitações do Poder de Tributar

Art. 150 – sem prejuízo de outras garantias

asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

Municípios:

I – exigir ou aumentar tributo sem Lei que o

estabeleça;

64

II – instituir tratamento desigual entre

contribuintes que se encontrem sem situação

equivalente, proibida qualquer distinção em

razão de ocupação profissional ou função por

eles exercidas, independentemente da

denominação jurídica dos rendimentos, títulos

ou direitos;

III – cobrar tributos:

c) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da

vigência da Lei que os houver instituído ou aumentado;

d) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a

lei que os instituiu ou aumentou;

IV – utilizar tributo com efeito de confisco;

V – estabelecer limitações ao tráfego de

pessoas ou bens, por meio de tributos

interestaduais ou intermunicipais, ressalvada

a cobrança de pedágio pela utilização de

vias conservadas pelo Poder Público;

VI – instituir impostos sobre:

e) patrimônio, renda ou serviços uns dos outros;

f) templos de qualquer culto;

g) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive

suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores,

das instituições de educação e de assistência social, sem fins

lucrativos, atendidos os requisitos da Lei;

d)livros, jornais, periódicos e o papel

65

destinado a sua impressão.

1º - A vedação do inciso III, b, não se aplica

aos impostos previstos nos Arts. 153, I, II, IV

e V e 154, II.

2º A vedação do inciso VI, a, é extensiva às

autarquias e às fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, no que se

refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,

vinculados a suas finalidades essenciais ou

às delas decorrentes.

3º - As vedações do inciso VI, a, do

parágrafo anterior não se aplicam ao

patrimônio, à renda e aos serviços,

relacionados com exploração de atividades

econômicas regidas pelas normas aplicáveis

a empreendimentos privados,m ou em que

haja contraprestação ou pagamento de

preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera

o promitente comprador da obrigação de

pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

4º - As vedações expressas no inciso VI,

alíneas b e c, compreendem somente o

patrimônio, a renda e os serviços,

relacionados com as finalidades essenciais

das entidades nelas mencionadas.

5º - A Lei determinará medidas para que os

consumidores sejam esclarecidos acerca dos

impostos que incidam sobre mercadorias e

serviços.

6º - Qualquer anistia ou remissão que

66

envolva matéria tributária ou previdenciária

só poderá ser concedida através de Lei

específica, federal, estadual ou municipal.

Art.151 – è vedado à União:

I – Instituir tributo que não seja uniforme em

todo o território nacional ou que implique

distinção ou preferência em relação a

Estado, ao Distrito Federal ou a Município,

em detrimento de outro, admitida a

concessão de incentivos fiscais destinados a

promover o equilíbrio do desenvolvimento

sócio-econômico entre as diferentes regiões

do País.

II – tributar a renda das obrigações da dívida

pública dos Estados, do Distrito Federal e do

Município, bem como a remuneração e os

proventos dos respectivos agentes públicos,

em níveis superiores aos que fixar para suas

obrigações e para seus agentes;

III – instituir isenções de tributos da

competência dos Estados, do Distrito Federal

ou dos Municípios.

Art. 152 – É vedado aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municípios estabelecer

diferença tributária entre bens e serviços, de

qualquer natureza, em razão de sua

procedência ou destino.

67

68

BIBLIOGRAFIA

COOPERS & LIBRAND, Auditores e Consultores. Seminário de Contabilidade

Tributária.1993.

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 5ª edição, 1999 – Ed.

Atlas.

IOB – Informações Objetivas. Calendário de obrigações e Tabelas Práticas.

Outubro, Novembro / 1999.

IOB – Informações Objetivas. ICMS, IPI e OUTROS. Boletim nº 10. 2ª semana,

março/1999.

IUDICÍBUS, Sergio de E outros autores. Contabilidade Introdutória. 8ª - Edição.

Atlas. 1985.

Constituição da República Federativa do Brasil. Serie Legislação Brasileira,

Editora Saraiva, 1988.

69

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Cândido Mendes

Título da Monografia: Tributos Federais Indiretos

Autor: Marcelo Pimenta Campos

Data da entrega: 27/01/2007

Avaliado por: Conceito: