universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · conquistar um cliente é preciso ter em mente...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ATENDIMENTO AO COOPERATIVISMO DA ÁREA MÉDICA NO
RIO DE JANEIRO
Por: Gledson Tadeu Santos da Silva
Orientador
Prof. Luiz Claudio Lopes Alves
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ATENDIMENTO AO COOPERATIVISMO DA ÁREA MÉDICA NO
RIO DE JANEIRO
OBJETIVOS:
Aperfeiçoar o atendimento a clientes seletos, dentro
de uma cooperativa de crédito dos médicos do Rio
de Janeiro.
3
AGRADECIMENTOS
...aos amigos de classe e parentes,
etc......
4
DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia a minha Mãe,
meus filhos Mayna e Matheus e minha
namorada Valéria, pelo incentivo e
dedicação para que tudo desse certo.
5
RESUMO
Esta monografia descreve a importância do atendimento ao cliente
(cooperado) como ferramenta chave para sobrevivência de uma cooperativa.
6
METODOLOGIA
O trabalho será desenvolvido com detalhes da prática de funcionários
que se empenham em melhorar o atendimento em uma cooperativa de crédito,
apresentando idéias, experiências, necessidades e rotinas diárias,
documentação editada especificamente para esta Empresa.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - POR QUE O ATENDIMENTO AO CLIENTE É IMPORTANTE? 09
CAPÍTULO II - QUEM SÃO SEUS CLIENTES? 13
CAPÍTULO III – VOCÊ OFERECE BOM
ATENDIMENTO AO CLIENTE? 22
CONCLUSÃO - 26
ANEXOS 27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
ÍNDICE 42
8
INTRODUÇÃO
Atendimento ao cliente oferece uma introdução às principais questões
referentes à assistência ao cliente, além da oportunidade de rever a qualidade
do atendimento que você, sua equipe e empresa proporcionam atualmente.
Mostrar alguns passos simples que pode dar e ferramentas que pode usar a
fim de desenvolver e melhorar continuamente o atendimento que você e sua
cooperativa oferecem ao cooperado.
9
CAPÍTULO I
POR QUE O ATENDIMENTO AO CLIENTE É
IMPORTANTE?
O CONCEITO
A resposta a esta pergunta talvez seja obvia, dadas as várias
publicações de famosos gurus sobre o tema em todo o mundo. Um dos
primeiros adeptos do atendimento ao cliente foi John Spedan Lewis, fundador
da loja de departamentos e da cadeia de supermercados John Lewis
Partnership, e que escreveu em 1917:
Se confiarmos apenas nos nossos preços, alcançaremos considerável
sucesso. Se aos nossos preços acrescentarmos o constante e
cuidadoso cultivo de todas as outras práticas para construir e conservar
uma boa reputação, seremos muito mais formidáveis aos olhos dos
nossos concorrentes e conseguiremos um resultado muito melhor.
A visão do futuro de várias empresas aparece muitas vezes na forma de
declarações de princípios ou intenções apoiadas pelo que chamamos de
”valores essenciais”. Essas declarações são planejadas para expor aos
clientes, funcionários, fornecedores, etc. o objetivo que a empresa deseja
alcançar e o modo como deseja alcançá-lo.
Provavelmente, a melhor forma de compreender o que o atendimento ao
cliente significa para você, é pensar em suas experiências como cliente. Todos
somos clientes de algum produto ou serviço quase todo o tempo. Nesse
estágio, muito às vezes é mais fácil pensar em exemplos fora do trabalho –
utilizar os meios de transporte local, fazer compras no supermercado, ser pai
10de uma criança em idade escolar, comer em restaurante indiano das
redondezas, chamar o técnico para sua geladeira ou fazer a manutenção do
aquecedor.
O atendimento a clientes não significa apenas fazer produtos de
alta qualidade, embora esta seja uma parte importante desse atendimento. As
pessoas não toleram produtos de má qualidade, elas os devolvem e passam a
comprar em outro lugar. É preciso oferecer excelência aos clientes para mantê-
los.
O atendimento a clientes envolve todas as atividades da empresa e
significa mais que atender reclamações, providenciar reembolsos ou trocas nas
devoluções ou sorrir para os clientes. Significa sair em sua busca, fazendo todo
o possível para satisfazê-los e tomando decisões que os beneficiem. Na atual
economia, prover excelentes serviços aos clientes pode ser uma diferença
crítica no sucesso de uma empresa. Oito regras básicas para alcançar a
excelência no tratamento dos clientes:
O tratamento deve vir de cima: a participação dos principais
executivos da empresa é vital. Eles devem se empenhar no corpo-a-corpo com
os clientes, respondendo a seus telefonemas e cartas, visitando os pdvs etc.;
Todo mundo precisa ser envolvido: a prestação do melhor serviço ao cliente
não pode ser atribuição de um setor específico da empresa. As práticas de
recrutamento, treinamento e reciclagem devem apoiar as metas de foco sobre
o cliente; Delegar autoridade: o cliente não pode esperar por decisões dos
escalões superiores. Elas devem ser tomadas no ato por quem está na linha de
frente; rapidez no atendimento: a filtragem do atendimento deve prever o grau
de prioridade dos problemas. Toda reclamação séria deve ser respondida em
no máximo 24 horas; Ouvir sempre o cliente: pesquisas periódicas ajudam a
fazer a sintonia fina e dão orientação para os ajustes necessários.As
aspirações e os desejos dos consumidores estão em constante mudança.
O que é bom hoje pode não o ser amanhã; Trabalhar em parceria:
a relação com o cliente não acaba com a simples venda. É preciso estar
preparado para auxiliá-lo quanto à melhor forma de utilizar seu produto ou
serviço; Mudar os critérios de avaliação: a satisfação do cliente deve ser um
11item tão importante na análise de desempenho e para a remuneração dos
funcionários quanto à conquista de fatias de mercado ou o aumento de
faturamento. Todo cliente deve ser tratado como o único; Investir em
treinamento: a orientação para a satisfação do cliente exige uma profunda
mudança cultural na empresa. Para isso, é preciso muito treinamento em
conceitos de qualidade total e técnicas de ralações humanas. Para se
conquistar um cliente é preciso ter em mente três itens importantes: primeiro é
preciso reconhecer que atendimento é, para o seu negócio, tanto uma
ferramenta administrativa quanto de marketing.
Ele incrementa o marketing porque motiva os clientes a difundir
bons comentários sobre seus serviços e negócios a outros compradores. A
empresa deve se lembrar que a maneira mais barata de adquirir novos clientes
é através de recomendação verbal. Bons serviços tornam o gerenciamento
mais fácil porque todos estão comprometidos com a satisfação do cliente. Os
resultados serão maior produtividade e maiores lucros simplesmente porque a
gerência e seus funcionários estão trabalhando para atingir o mesmo objetivo.
A seguir, deve-se desenvolver um sistema de atendimento a clientes para a
empresa que seja de fácil utilização pelos seus clientes. Por último, aconselha-
se a projetar e implementar programas de manutenção de clientes que possam
conservar a lealdade dos mesmos, e que aumente a probabilidade dos clientes
indicarem novos compradores para a empresa. Além disso, é conveniente
utilizar esses programas de manutenção como ferramentas de marketing
básicas e suplementares. Ouvir os clientes é algo que deve ser feito por todos.
Com a maioria dos concorrentes movendo-se cada vez mais depressa a
corrida será vencida por aqueles que ouvem e respondem com maior atenção.
Ouvir deve ter uma finalidade. Existem quatro razões para se ouvir os clientes:
a primeira: entendersuas dificuldades e mapear como o ciclo dessa experiência
é visto, da posição do cliente. A partir disso pode-se determinar os pontos
críticos de contato e medir quão bem a empresa esta administrando o ciclo em
direção a um resultado positivo. A segunda: controlar os desejos, necessidades
e expectativas em constante mudança do mercado - o conjunto dos clientes
individuais. A terceira: ouvir as idéias inesperadas que os clientes, e aqueles
12que trabalham para eles, podem trazer à tona. Finalmente: ouvir
cuidadosamente os clientes é uma maneira valiosa para envolvê-los no
negócio. O esforço de escuta começa com definir sobre quem a empresa está
falando, quando se refere ao cliente. Algumas maneiras de ouvir o cliente: face
a face; pesquisa formal; contato na linha de frente; linhas diretas para clientes;
análise de comentários e reclamações; painéis de aconselhamento ao cliente;
educação mútua. Usando algumas destas estratégias ou todas elas, o
essencial é criar maneiras múltiplas de se informar continuamente a respeito
dos clientes e acompanhar as curvas de aprendizado. A satisfação do
comprador após a realização da compra depende do desempenho da oferta em
relação às suas expectativas. De modo geral satisfação consiste na sensação
de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho – ou
resultado – percebido de um produto em relação às expectativas do
comprador. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará
insatisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará
altamente satisfeito ou encantado. Então, o cliente precisa ficar encantado e a
empresa necessita lhe proporcionar esse encanto para se firmar no mercado e
garantir a fidelização do cliente. A chave para se gerar um grande nível de
fidelidade é entregar um alto valor para o cliente
13
CAPÍTULO II
QUEM SÃO SEUS CLIENTES?
Quando você começar o que agora talvez considere ser a
arriscada jornada para oferecer excelência em atendimento ao cliente, com os
campos floridos e o brilho da estrela do sucesso de um lado e a terra
devastada e o céu cinzento do fracasso de ouro, a primeira e óbvia pergunta a
fazer é: quem são seus clientes? É muito difícil oferecer um bom atendimento
aos clientes a menos que se saiba exatamente que eles são. Em alguns casos,
a resposta pode parecer muito simples. Se você é um garçom, seus principais
clientes são, evidentemente, as pessoas que se encontram às mesas que você
serve. Entretanto, o que dizer dos clientes de outras mesas, os que entram e
saem ou os que ligam para fazer uma reserva ou uma reclamação? O que
dizer de seus clientes internos – seus colegas da cozinha? (“mas certamente” –
você pode dizer – “eu sou o cliente deles”. Sim, mas quando você apresenta o
pedido claro e preciso de um prato ou devolve a louça usada à cozinha, eles
são seus clientes).
O segredo para identificar seus clientes esta em pensar em um dia ou
uma semana comum e anotar com quem entra em contato – diretamente, ao
telefone ou por escrito. Em seguida pense no objetivo de tal interação – eles
são clientes para seus serviços ou produtos?
O cliente em primeiro lugar. Apesar de ser frase batida, ela exprime uma
postura indispensável para que qualquer organização alcance o êxito. O
objetivo comum a todas as empresas é de fornecer soluções para as
necessidades de seus clientes, e seu sucesso resultará de fazê-lo de modo de
satisfazer o cliente. Philip Crosby ensinou que qualidade significa cumprir com
os requisitos combinados com o cliente. (A ISO 9000:2000 adotou essa
definição). Para fazer com que isso aconteça é necessário contar com técnicas
e ferramentas que nos permitam, primeiramente, identificar quais são os
requisitos desejados pelos clientes e em seguida, medir e monitorar como
atendemos esses requisitos.
14
Uma das inovações mais importantes da ISO 9000:2000 é o requisito de
medir e monitorar a satisfação dos clientes e, em seguida, utilizar essas
informações para adotar ações para melhorar continuamente sua satisfação.
Esse assunto que, até pouco tempo, era quase exclusivamente uma atividade
da alta administração posiciona a Qualidade, firmemente no campo das
disciplinas de estratégia empresarial. Esta é uma oportunidade que os
profissionais da qualidade não devem desprezar, se quiserem ser ouvidos pela
alta administração. Seria lamentável implantar a medição da satisfação dos
clientes apenas para cumprir com uma das exigências da ISO 9000:2000..
A introdução dessas exigências implica reconhecer que a gestão da
qualidade visa aumentar a competitividade da organização. O cliente satisfeito
continuará comprando nossos produtos e serviços e também os recomendará a
seus conhecidos. É um fato comprovado que custa 10 vezes mais obter um
novo cliente que reter um cliente atual. A satisfação do cliente, junto com a
melhoria continua, tornam-se a os objetivos mais importantes de qualquer
sistema de gestão da qualidade.
Da analise do texto podemos perceber que os autores das novas normas se
preocuparam com quatro aspectos fundamentais da satisfação dos clientes, ou
seja:
A liderança do processo para a busca da satisfação do cliente,
A obtenção de dados úteis e confiáveis,
A análise dos dados para obter informações que fundamentem a
estratégia de melhoria da qualidade
A adoção de ações que efetivamente melhorem continuamente a
satisfação dos clientes.
Vejamos como estas quatro variáveis se inter-relacionam para criar um
sistema para a melhoria da satisfação do cliente.
A satisfação dos clientes não é uma opção: é uma questão de
sobrevivência para qualquer organização. A alta administração necessita
15liderar o processo para a busca continua da satisfação do cliente. Para isso é
indispensável compreender as seguintes verdades incontestáveis:
Philip Crosby escreveu a seguinte metáfora: “Os relacionamentos de
uma organização representam sua alma, a qualidade seu esqueleto e as
finanças sua sangue”. O objetivo principal de qualquer organização é a
satisfação de seus clientes. Sem seus clientes a organização não tem
propósito, alias, nem existirá por muito tempo.
A satisfação dos clientes e a habilidade da empresa de obter lucros são
variáveis interdependentes. Os lucros são vitais, porque, como o sangue que
transporta os nutrientes que alimentam nosso corpo, permitirão realizar o
objetivo de satisfazer os clientes. Ao mesmo tempo os lucros são os resultados
da eficiência com que a organização atende os requisitos e expectativas de
seus clientes.
A satisfação dos clientes não é uma opção: é uma questão de
sobrevivência para qualquer organização. A alta administração necessita
liderar o processo para a busca continua da satisfação do cliente. Para isso é
indispensável compreender as seguintes verdades incontestáveis:
Philip Crosby escreveu a seguinte metáfora: “Os relacionamentos de
uma organização representam sua alma, a qualidade seu esqueleto e as
finanças sua sangue”. O objetivo principal de qualquer organização é a
satisfação de seus clientes. Sem seus clientes a organização não tem
propósito, alias, nem existirá por muito tempo.
A satisfação dos clientes e a habilidade da empresa de obter lucros são
variáveis interdependentes. Os lucros são vitais, porque, como o sangue que
transporta os nutrientes que alimentam nosso corpo, permitirão realizar o
objetivo de satisfazer os clientes. Ao mesmo tempo os lucros são os resultados
da eficiência com que a organização atende os requisitos e expectativas de
seus clientes.
Para satisfazer o cliente é necessário ter, primeiro, uma compreensão
profunda de suas necessidades e, em seguida, possuir os processos de
trabalho que possam, de forma efetiva e consistente, resolver essas
necessidades. Para isso a organização deverá traduzir essas necessidades em
16requisitos e cumprir esses requisitos, sempre, porque o cliente não exigirá
menos. Isso exigirá a dedicação de recursos para coletar e analisar dados e
informações, sistematicamente, para entender os requisitos e as percepções
do cliente.
As necessidades dos clientes mudam e evoluem constantemente. A
organização necessita antecipar-se a essas mudanças para ter vantagens
competitivas. Os investimentos nessas atividades produzirão retornos
substanciais, mas é importante que a Administração entenda que os retornos
mais importantes virão, quase sempre, no meio e no longo prazo.
O cliente forma sua percepção de uma organização em base a
diversidade de impressões que recebe em seus contatos com as pessoas e os
produtos e serviços dessa organização. Todas as pessoas que integram a
organização fazem alguma coisa para cumprir com os requisitos dos clientes, e
por tanto influenciam sua satisfação, começando, é claro, pela Alta
Administração. Ela, particularmente, tem a responsabilidade de conscientizar a
todos da importância de cumprir com os requisitos e assegurar que todos
entendam como seu trabalho contribui para a satisfação do cliente. Quando
todos estejam conscientizados, então a organização poderá ter a certeza de
possuir uma cultura orientada ao cliente. Nesse momento, a organização
conseguirá o máximo retorno dos recursos investidos nos esforços de medir e
analisar a satisfação do cliente.
A OBTENÇÃO DE DADOS ÚTEIS E CONFIÁVEIS
A dificuldade não está em encontrar onde obter os dados sobre a
satisfação dos clientes, já que existem inúmeras fontes para levantar esses
dados. A verdadeira dificuldade reside em:
Definir quais dados interessam, e assegurar que os dados sejam úteis e
confiáveis.
17Definir quais dados interessam
Para saber quais dados coletar é necessário primeiro determinar:
Qual o significado de “satisfação do cliente”
Quem são os clientes
A satisfação do cliente é geralmente definida como uma função das
percepções do cliente e de suas expectativas, de modo que:
Satisfação = Percepções / Expectativas.
ou seja, “O cliente satisfeito é aquele que percebe que o atendimento de suas
necessidades pela organização é pelo menos igual àquele que se esperava.”
Para isso necessitamos saber exatamente quais as expectativas do cliente e
em seguida quais as suas percepções em relação ao cumprimento dessas
expectativas . É aqui que nos encontramos com o primeiro desafio, porque as
expectativas e as percepções são dinâmicas por serem essencialmente
subjetivas e mutantes e portanto difíceis de validar.
Para determinar quais dados que necessitamos é indispensável
estabelecer quem são nossos clientes. Clientes são as pessoas ou
organizações que recebem o resultado de nosso processo de trabalho.
Podemos classificar os clientes dos seguintes modos:
Externos e internos: Clientes externos são aqueles que não pertencem à
nossa organização e clientes internos são os que pertencem à organização.
Por exemplo, o garçom é cliente interno do chef de cozinha; o supermercado é
cliente externo do fabricante de cerveja.
Finais e intermediários: Clientes finais são os consumidores ou usuários
finais do resultado do processo de trabalho e clientes intermediários são todos
aqueles que agregam valor ao produto ou serviço antes de chegar ao cliente
final. Por exemplo, no caso de um restaurante o cliente intermediário do chef
de cozinha é o garçom e o cliente final é a pessoa que come no restaurante; no
caso de um plano de saúde, o médico é o cliente intermediário e o paciente é o
cliente final; para um fabricante de autopeças os clientes intermediários são,
18por exemplo, as montadoras, os distribuidores e os mecânicos que colocam as
peças nos automóveis e, os clientes finais são os donos e os usuários dos
automóveis onde as peças são instaladas.
Atuais, Potenciais e Perdidos: Os clientes atuais são os que atualmente
compram, utilizam e/ou consomem nossos produtos e serviços. Potenciais são
aqueles que atualmente não compram, não utilizam nem consomem nosso
produto, embora possam passar a fazê-lo futuramente. Os clientes perdidos
são os que já foram clientes, mas algo aconteceu para que nosso
relacionamento terminasse com eles. Estes também poderiam ser
considerados clientes potenciais.
A decisão de quais clientes serão os alvos de nossas medições
dependerá das necessidades estratégicas da organização.
Assegurar que as medições sejam úteis, confiáveis e significativas.
Para ser útil, uma medição deve orientar as melhorias. É preciso então
saber o quê medir, ou seja, saber quais são as necessidades que os clientes
precisam resolver. O dilema é que essas necessidades não sempre são
claramente explicadas pelo cliente, mesmo quando sabe o que quer, é comum
o cliente não transmitir seu desejo com clareza.
Para ser confiável, o dado deve ser de fonte fidedigna.
Para que as medições sejam significativas, os dados necessitam refletir
a realidade e não apenas casos excepcionais ou espúrios.
Existem diversas técnicas para obter informações que cumprem em
maior ou menor grau com essas características. Vejamos alguns deles:
Relatórios de visitas: Estes são os relatórios das visitas feitas a
clientes ou clientes potenciais. As visitas podem ser motivadas por uma
variedade de causas, desde contatos de venda até visitas de assistência
técnica. A utilidade desses relatórios para a medição da satisfação dos clientes
dependerá dos dados solicitados nesses relatórios. Entretanto, a confiabilidade
das informações poderá ser questionada, já que ninguém gosta de escrever
19relatórios que freqüentemente são preenchidos somente para cumprir com um
ritual burocrático sem cuidar da exatidão das informações.
Formulários de comentários dos clientes. Estes formulários são
encontrados em balcões de recepcionistas, quartos de hotel, aviões,
restaurantes, clínicas, concessionárias de automóveis etc., e tem uma
diversidade enorme de formatos. O problema é que a maioria das pessoas
preenche um desses formulários somente quando alguma coisa muito positiva
ou muito negativa aconteceu. Portanto os resultados tendem a ser distorcidos e
episódicos, sem ser representativos da generalidade.
Reclamações dos clientes. As reclamações fornecem informações,
geralmente fidedignas, das percepções de clientes que não foram bem
sucedidos com os produtos e serviços que receberam. São informações úteis
que permitem a organização adotar ações corretivas para melhorar seus
processos. O valor da análise das reclamações reside em que permite
identificar problemas recorrentes e/ou problemas que potencialmente possam
ter conseqüências graves para a organização e, assim adotar as medidas
corretivas necessárias do caso. Um bom processo de análise de reclamações
poderá contribuir a determinar a estratégia de melhoria.
Empresas que utilizam essas informações como única medida da
satisfação dos clientes arriscam chegar a conclusões erradas. A empresa
poderá estar perdendo clientes sem saber o por quê. É um fato conhecido
pelos marqueteiros que a imensa maioria dos clientes insatisfeitos não se
molestam em reclamar, simplesmente deixam de comprar o produto ou serviço
e optam pela concorrência. Alem disso é muito mais caro recuperar um cliente
do que fidelizá-lo. Todavia, as reclamações por definição, fornecem
exclusivamente dados sobre percepções negativas do cliente. Um bom sistema
de medição da satisfação do cliente não pode depender exclusivamente de
informações negativas. É necessário ter uma visão equilibrada com os pontos
fracos e os pontos fortes de nosso produto ou serviço sob a perspectiva de
nosso cliente.
Portanto o processo de reclamações dos clientes necessita estar
inserido em um sistema integrado de monitoramento da satisfação dos clientes
20para detectar problemas atuais e potenciais que poderiam afetar
negativamente a satisfação do cliente.
CRM – (Customer Relations Management) É um sistema informatizado
para capturar e gerenciar todas as informações relacionadas com cada cliente,
incluindo cadastro, contatos, histórico de compras, reclamações, etc.. O
sistema de CRM fornece dados extremamente úteis e detalhados sobre os
clientes permitindo elaborar informações que permitem, entre outras coisas,
identificar as necessidades dos clientes e a importância que os clientes
atribuem a cada característica dos produtos e serviços da empresa.
Estudos de satisfação do cliente. As informações fornecidas por estes
estudos geralmente são as mais úteis e confiáveis desde que sejam utilizadas
as metodologias e técnicas adequadas. Um bom programa de estudo da
satisfação dos clientes permite:
· Avaliar o grau de satisfação dos clientes da empresa
· Monitorar o desempenho da empresa ao longo do tempo.
· Avaliar o desempenho da empresa em relação a seus principais
concorrentes.
· Compreender os aspectos de maior impacto para a satisfação dos
seus clientes.
· Avaliar a sintonia entre a direção da empresa e a expectativa dos
seus clientes.
· Definir estratégia de melhoria de qualidade a partir dos pontos
fortes e dos pontos a desenvolver.
· Otimizar os investimentos a partir da definição precisa de
estratégia de qualidade.
Os estudos de satisfação do cliente geralmente têm duas abordagens
seqüenciais, elas são:
Qualitativa: Utilizando técnicas de entrevistas em profundidade e de
dinâmica de grupo procura-se conhecer os atributos considerados pelos
clientes ao avaliar o produto ou serviço. Agregam-se as informações
provenientes de outras fontes como, das reclamações dos clientes e dos
21formulários de comentários dos clientes. As informações obtidas nesta fase
servem para desenvolver a estratégia da abordagem qualitativa que segue.
Quantitativa: Utilizando questionários estruturados, aplicados à amostras
representativas dos clientes, procura-se levantar dados para mensurar.
22
CAPÍTULO III
VOCÊ OFERECE BOM ATENDIMENTO AO CLIENTE?
Uma organização precisa estar permanentemente preocupada com a
melhoria do seu produto para a clientela. Deve fazer isso de maneira
sistemática e regular para que as melhorias realmente tragam os benefícios
esperados. Vale a pena seguir um esquema utilizado pelas industrias para criar
e desenvolver produtos: uma seqüência de passos lógicos e racionais de
estudo, pesquisa e decisão que leve a inovações de sucesso.
Antes de qualquer coisa precisamos gerar muitas idéias de inovações a
incluir no produto. Para isso podemos recorrer a....
- pesquisa com os cooperados sobre deficiências e carência
relacionadas ao produto.
- pesquisa junto a outras organizações similares para verificar o que elas
vêm oferecendo diferente de nós;
- geração de idéias internamente, a partir de nosso próprio
conhecimento dos associados.
Existem mais questões a serem consideradas quando escrevemos um
texto para vender um produto ou serviço, do que a escolha das palavras, a
legibilidade, a gramática, a estrutura das orações, as garantias e, até mesmo,
os adjetivos.
Se você já leu alguma literatura sobre redação de textos vendedores,
certamente conhece os aspectos: "Características = Benefícios", "Palavras com
poderosa capacidade de persuasão" e outras tantas fórmulas, já criadas, para
realizar uma boa redação. No entanto, nunca é demais lembrar que uma das
mais poderosas táticas de redação é a segmentação da personalidade
humana. Antes de escrever um texto para vender, é necessário conhecer muito
bem a audiência.
Para explicar como isso funciona de forma clara e simples, diríamos que
23existem três tipos de pessoas: os chefes, os pensadores e os visualizadores.
Cada um deles responderá de forma diversa ao mesmo argumento. É claro que
existem exceções, e muitas vezes é difícil determinar com que tipo de pessoa
estamos negociando. Especialmente se estivermos vendendo um produto on-
line - onde não podemos ver nem falar pessoalmente com o cliente potencial -
alguns argumentos soarão bem para os três tipos.
Consideremos, por exemplo, o aspecto "Características = Benefícios".
Em vez de simplesmente tagarelar sobre o que seu produto pode fazer, é
necessário demonstrar a seu cliente potencial como ele o beneficiará
especificamente. Esta tática funciona melhor com os visualizadores, mas é
importante quando lidamos com todos os tipos de pessoas. Outros argumentos
só funcionarão bem com um tipo específico de cliente. Se você decidir tentar
vender algo a um pensador com promessas de um produto rápido, fácil e
visualmente atraente. Adivinhe o que vai acontecer? Ele simplesmente vai
ignorá-lo! Vejamos então algumas sugestões para chamar a atenção deles.
Os Chefes são os líderes. As funções ocupadas por chefes são
geralmente altas posições administrativas que variam entre Diretores de
Projetos e Presidentes de Companhias. Esses valorizam um forte aperto de
mão e, a maior parte, tem a força e a segurança como características
dominantes.
Palavras comumente usadas por chefes são de natureza física, tipo:
agarre, dê poder, sinta, perceba, pegue, toque, pessoas e time. Portanto, os
principais argumentos para seduzir um chefe são: “força”, “durabilidade”, “anos
nesse segmento de negócios”, “testado e aprovado” e “clientes famosos”.
Usando frases tipo: "Seus competidores são...", "Nós podemos dar conta das
tarefas mais duras...” e "Seu time gostará..."; você terá mais chances de atingir
esse tipo de público.
Os Pensadores, que o próprio nome já define, são os intelectuais:
24planejadores, cientistas, programadores, contadores... e assim por diante.
Algumas palavras favoritas no vocabulário de um pensador incluem: pense,
soa, entenda, números, sinta, prove, saiba e razão. Os argumentos mais
efetivos quando lidamos com um pensador incluem: “melhores resultados no
futuro” (isto funciona bem para todos os tipos das pessoas), “design lógico”,
“design inteligente”, “sem igual” e “endossado por peritos”. Vejamos, então,
algumas frases que você pode usar para atingir um pensador: "Isso é
exatamente o que você precisa...", "Veja alguns números...", “Existem diversos
estágios até a solução...", “O primeiro..." e "Estas são as razões...".
Por outro lado , existem mais visualizadores neste mundo que os chefes
e os pensadores juntos. Visualizadores assumem uma variedade de trabalhos,
mas apreciam mais aqueles que lhes permitem ser criativos, acima de qualquer
coisa. Em sua maior parte, eles são pessoas influenciáveis por apelos visuais,
agilidades e facilidades. Palavras freqüentemente usadas por visualizadores
são: mostre, veja, olhe, visualize, imagine, assista, perspectiva, percepção,
rápido, imediato, fácil e instantâneo. Explicar como as características de seu
produto ou serviço beneficiarão seu cliente funciona bem com todos os tipos
das pessoas, mas é muito mais efetivo com os visualizadores.
Outros poderosos argumentos que você pode usar para atrair os
visualizadores são: “o melhor design”, “ágil”, “fácil” e o uso do apelo visual (uma
apresentação visualmente bem estudada e elaborada). Algumas frases que
devem ser usadas são: "Podemos visualizar o seu problema...", "Veja uma
rápida avaliação...", "A solução é simples e fácil com o nosso..." e "Isso parece
exatamente com o que você precisa...".
Muitos negócios necessitam atrair, através da palavra escrita, diversos
tipos de clientes potenciais, pois na maioria das vezes não estará se
comunicando com seu cliente, antes que a compra seja efetuada. Com isso,
ficará impossibilitado de captar palavras e frases chaves que lhe ajudarão a
determinar com que tipo de indivíduo estaria negociando, ficando obrigando a
25combinar todas as formas de persuasão, para criar um texto vendedor eficiente
que atraia igualmente chefes, pensadores, e visualizadores.
Para realizar tal tarefa, será preciso determinar quais argumentos
funcionam melhor com a maioria das pessoas. Alguns argumentos funcionam
bem com quase todo o mundo, por exemplo: “Características claras =
Benefícios claros”; “Força, Durabilidade e Firmeza”; “Bons Resultados no
Futuro”; “Experiência no Negócio”; “Clientes Famosos”; “Produto ou Serviço
Testado e Aprovado!”
No jogo de sedução da palavra escrita, precisamos usar diversos
desses argumentos e procurar trabalhar com outros tantos que nos ocorram. O
importante é ser criativo também com o processo, ou corremos o risco de
parecer igual a todo o mundo, e a mesmice não seduz!
26
CONCLUSÃO
Uma empresa se quiser ser bem sucedida, tem de oferecer um bom
produto a seus clientes. O mesmo ocorre com a instituição. Sem ter um serviço
de qualidade e adequação a uma demanda externa, não poderá ter sucesso,
pelo menos por muito tempo.
Agora: E quanto aos filiados? Eles também têm de comprar a instituição
em si, sua causa. O que a instituição lhes oferece em troca de sua
contribuição? Isto é: que produto a instituição vende a eles?
É importante, antes de qualquer coisa, fixarmos em mente alguns
conceitos fundamentais sobre produto. Esses conceitos deverão orientar nossa
ação ao planejar o produto que a instituição vai ofertar ao filiado potencial e
propiciar ao filiado já conquistado.
27
ANEXOS
Trabalhar Melhor - Hoje, toda empresa se diz voltada para o cliente,
mas a maioria ainda esquece de praticar o que prega. Por que isto ocorre?
Por não se levar a sério a cultura orientada para o cliente. As queixas ainda
são vistas como aborrecimento ou custo improdutivo, e aquele que reclama
leva a pecha de "criador de caso". Tais empresas não tratam de forma eficaz
as reclamações recebidas. Nelas o cliente na prática ainda é visto como "mal
necessário". Isto decorre principalmente da pouca ou nenhum concorrência que
tais empresas tinham em suas áreas de atuação, em que o cliente era refém do
fornecedor.
Felizmente esta situação está mudando porque a competitividade e os níveis
de exigência estão cada vez maiores, num mercado não monopolista, que
disputa acirradamente o consumidor. Vão ficar para trás ou sair do mercado
aquelas empresas que ainda não perceberam que a sobrevivência depende da
satisfação dos clientes. Ou investem na melhoria contínua ou não vão se
manter no mercado. Sobreviverão as que valorizam e respeitam o retorno de
informações dadas pelo cliente.
As empresas têm que ter ciência de que não basta investir maciçamente em
recursos tecnológicos e não capacitar adequadamente os recursos humanos.
O CRM - Customer Relationship Management acaba sendo utilizado para dar
tratamento especial para aqueles que constam do cadastro, e não se leva em
conta o potencial daqueles que não estão no sistema. Para criar uma cultura de
serviços é essencial envolver a liderança da empresa. Todos têm que se
engajar no processo.
É preciso trabalhar a atitude, o bom senso, a linguagem não-verbal. As frases
prontas em tom de "decoreba" não satisfazem o cliente insatisfeito, assim como
as típicas desculpas "são normas da empresa", "foi falha do sistema". É preciso
28acima de tudo assumir uma postura de compromisso com o cliente. Falta
demonstrar efetiva preocupação e afeto com o cliente, dando atenção,
conforto, cortesia, bom humor, simpatia, sorriso, comunicação adequada. Não
serão frases prontas de manuais de treinamento que vão garantir isto. A equipe
do atendimento precisa estar convencida do valor de seu trabalho e obter
resultado efetivo, para atender bem o cliente.
É muito importante um trabalho com os funcionários chamados de pontos de
equilíbrio dentro da empresa, tais como guardas, recepcionistas, atendentes,
telefonistas, operadores, etc. É preciso educar os funcionários antes de treiná-
los em habilidades, com foco em relações humanas. Se eles falham, a
empresa perde a chance de solucionar a questão antes de se transformar
numa pendência em órgão de defesa do consumidor, com mais danos à sua
imagem. Cabe à empresa se antecipar e evitar problemas que possam ser
enquadrados como desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor. Este é
um diferencial no mercado que não se obtém por meios de campanhas
promocionais ou pesquisas de opinião. Cabe a empresa estar atenta à
sociedade e às suas mudanças, para , respeitando a demanda, antecipar
soluções.
Cabe ao ouvidor/ombudsman mostrar às empresas como as reclamações
podem servir como ferramenta estratégica, uma oportunidade para aprender
coisas ainda ignoradas sobre seus produtos e serviços. É o profissional que vai
mostrar a necessidade de agilidade na decisão sobre as mudança. Tudo que é
recebido do cliente tem que passar por análises para detectar erros que,
discutidos com a diretoria, resultem em soluções permanentes e não
específicas para o caso reclamado.
O ouvidor , como representante do cliente , deve provar que não é por existir
clientes que tentam explorar a empresa que se vai generalizar. Estima-se que
não passa de 1,5% o número dos que tentam trapacear, tirar vantagem ao
formalizar uma reclamação. Além do que, o canal de comunicação não serve
29apenas para ouvir lamúrias, deve ser um canal aberto para detectar as
ansiedades, desejos e aspirações do consumidor, e para registrar valiosas
sugestões para aperfeiçoar processos e produtos. Mas é preciso levar a sério a
relação entre processo e serviço, para obter maior grau de satisfação dos
clientes. Não se pode esquecer que o custo de um cliente insatisfeito é até dez
vezes maior do que o de um satisfeito.
O cliente está dando uma oportunidade de melhoria quando procura a empresa
e, desde que ela o ouça de um ponto de vista mais flexível, e não de forma
superficial, como se faz na maioria dos Serviços de Atendimento ao Cliente, os
resultados podem se compensadores.
É típico o atendente que de imediato responde ao cliente: "gostaria de ajudá-lo
mas não posso fazer nada, é a política da empresa." Ele não tenta se colocar
no lugar do cliente. Essa infelizmente ainda é a postura percebida em muitas
empresas dos setores de saúde, telefonia, automotivo, bancário e moveleiro.
São áreas em que a remuneração da equipe de atendimento, por não ser das
mais atraentes, leva a constante rotatividade. É um círculo vicioso que leva a
empresa a questionar se vale a pena investir na capacitação se o funcionário
provavelmente ficará por pouco tempo. Deveriam é investir mais nas pessoas,
garantindo a permanência delas na empresa e deixar de encarar como gasto.
Por que gerenciar as reclamações? Por que elas são um dos meios mais
diretos e eficazes de os clientes informarem que há espaço para melhoria.
Essas informações podem ser usadas como ferramenta estratégia para gerar
mais negócios. Esse cliente que reclama deve ser visto como parceiro para
melhoria, pois ele permite que se capte rapidamente as mudanças de interesse
do consumidor. Clientes que reclamam e são bem tratados podem tornar-se
aliados capazes de identificar práticas internas que criam entraves para o bom
desempenho da empresa.
Mas onde pecam as empresas que já têm atendimento ao cliente? Elas não
30utilizam de forma adequada as informações recebidas. Acaba funcionando
mais como um "cala boca". É caso por exemplo do cliente que se queixa de um
iogurte estragado e ao invés do resultado da análise e informações sobre as
providências adotadas para que tais problemas não se repitam, recebe em
casa um caixa inteira de produtos fabricados pela empresa, numa estratégia de
marketing errada.
Não se pode esquecer que aqueles que se dão ao trabalho de se queixar ainda
têm alguma confiança na empresa. Por isto deve se encorajar as reclamações.
Até porque de cada 100 reclamações formais há um potencial de 2 mil clientes
da área de serviços insatisfeitos. Um cliente insatisfeito conta para uma média
de 8 a 10 pessoas sobre o mal atendimento recebido, e um em cada 5 chegam
a contar para 20 pessoas. Só um exemplo. Quantos efetivamente reclamam da
longa espera na fila do banco, ou da porta que trava na entrada mesmo
retirando todos os metais que se carrega?
As reclamações chamam a atenção para defeitos em produtos, deficiências em
serviços e falhas do pessoal do atendimento, que de outra forma poderiam ser
percebidos tardiamente, retardando providências para redução de prejuízos.
Cabe à Ouvidoria funcionar como canal de informação desburocratizado, que
permita agilidade no tratamento das informações, e adoção das sugestões
recebidas. O ouvidor é o profissional que vai provar para a empresa que a
chave para bons serviços está no interior da organização e não só na linha de
frente.
Há empresa que estabelece meta de redução de reclamação. Isto pode não ser
um bom negócio, pois pode induzir a mascarar números só para cumprimento
da meta. Pode se camuflar problemas. Um exemplo é limitar canais de acesso
para queixas, ou exigir que a reclamação seja formalizada por escrito ou
pessoalmente. Há empresas que desestimulam os reclamantes insistindo para
que escrevam ao invés de telefonarem, ou cujo ouvidor não atende
pessoalmente. Dessa forma não se faz um trabalho sério.
31
Sem mobilização para sensibilização de todos os funcionários é praticamente
impossível manter clientes fiéis. A empresa tem que atuar para transformar o
funcionário num parceiro e promover uma comunicação eficaz. O funcionário
do setor de atendimento ao cliente tem que deter a maior amplitude possível de
informações, e ter comprometimento com a qualidade. Trata-se na verdade
uma corrente em que todos os elos precisam funcionar, cada um precisa estar
fortalecido e interligado.
Antes os clientes reclamavam de forma ordenada e em privacidade, com a
Internet, uma reclamação é repassada em forma de "corrente", multiplicando
em muito a imagem negativa da empresa. O estrago que um único consumidor
irado pode produzir hoje é imenso. O alcance da Internet permite às pessoas
comunicarem-se entre si de um modo nunca antes imaginado.
Bibliografia:
- Reclamação de cliente? Não tem melhor presente. Usando o feedback do
cliente como uma ferramenta estratégia - Janelle Barlow & Claus Moller , Ed.
Futura - 1996.
- O Cliente tem mais do que razão . Vera Giangrande e José Carlos Figueiredo
Ed. Gente, 1997.
- Estratégias Kaizen para atendimento ao cliente. Patrícia Wellington Ed.
Educator -1998.
- Como acalmar cliente irritados - Como ser eficaz em situações
desagradáveis. Rebecca L. Morgan Ed. Qualitymark, 1999.
- Excelência em Serviços : uma questão de sobrevivência no mercado.
Claudius D'Artagnan C. de Barros - Ed. Qualitymark, ed. 1999.
- A promessa quebrada . Cristiane Correa - Revista Exame edição 752, págs.
43 a 53, de 31/10/2001.
* Vera Lúcia Ramos é Jornalista. Foi Ouvidora Externa da Fundação Procon-
SP, entidade onde atuou por dez anos. Co-autora da coletânea "A Ouvidoria no
32Brasil" e "Gestão Participativa", editado pela FIA-USP. Atualmente, Vera Lúcia
Ramos é docente dos cursos de capacitação de ouvidores e consultora da de
gestão da qualidade além de diretora administrativa e financeira da Associação
Brasileira de Ouvidores (ABO), da qual é sócia-fundadora.
33
POR KATIA MILITELLO Temperatura a invariáveis 22 graus. Apesar de 100 pessoas estarem falando ao telefone, ouve-se apenas um zunzunzum baixinho no ar, abafado pelas placas especiais anti-ruído do teto. Num canto com vista para o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o analista Dênis Roberto Martins conversa do outro lado da linha com o físico Geraldo Branco, proprietário de um notebook ThinkPad XD 365. Branco está prestes a perder todos os dados da análise sismográfica na qual trabalhara por vários dias, no alto da Serra da Mantiqueira. No meio do mato, o físico tem como companhia o telefone celular, um gerador portátil e o notebook. Depois de algumas tentativas, Branco consegue contato com o IBM Support Center (ISC) e descreve seu problema para Martins. Conta que desligou o notebook sem sair do Windows e que o computador travou. Martins explica passo a passo os procedimentos para resolver o problema, e o físico consegue salvar seus cálculos de vibração do solo. Vitória dos dois lados.
Dificuldades como a enfrentada por Geraldo Branco fazem parte da rotina do centro de atendimento ao usuário da IBM, escolhido pelos leitores de INFO EXAME como o melhor entre os das empresas de Info. Desde o início de 1996, o ISC é o elo de ligação da IBM com o mundo real dos clientes, sejam eles compradores do micro Aptiva ou grandes corporações, como a Varig, que tem parte do seu departamento de Info gerenciado remotamente pela IBM. Para entender por que a IBM colocou 8 milhões de dólares no ISC e o transformou em parte crucial de sua estratégia de negócios, é preciso voltar alguns anos no tempo e chegar aos mainframes. "Naquela época, a Info estava restrita ao CPD e nós falávamos olho no olho com o cliente", diz Mário Bethlem, presidente da IBM. "Agora, com a multiplicação dos usuários, apesar de impossível conhecê-los ao vivo, precisamos continuar sabendo o que pensam e acompanhar cada transação com a IBM."
As quase 11 000 ligações atendidas diariamente no ISC são o termômetro da IBM para ações de marketing e mudanças de procedimentos internos. Um exemplo? Há dois anos, quando os primeiros Aptiva chegaram ao mercado, eles não traziam um CD de backup do sistema operacional e dos programas da máquina. Resultado: muitos usuários apagavam inadvertidamente os programas e ligavam para o Help Center pedindo ajuda. Os gerentes do ISC provaram para a fábrica que custava menos para a IBM incorporar o CD ao pacote do Aptiva que atender o cliente, enviar os programas e depois ajudar na instalação. "Conseguimos convencê-los a incluir o CD, e isso virou uma prática em todas as IBM do mundo", diz Marcelo Villar, gerente de suporte a clientes e principal idealizador do ISC. Outra sugestão de Villar: usar uma balança de precisão para pesar a caixa do Aptiva e, assim, checar se faltam componentes. A ausência de um item ou outro era uma reclamação freqüente do consumidor. Qual o resultado dessas ações? Em outubro de 1996, o Help Center atendeu
3462481 ligações de usuários de Aptiva. Em setembro deste ano, foram 17940 - uma queda de 248%. Ponto para o ISC.
Os atendentes do IBM Support Center são, na maioria, estudantes de Info ou Engenharia. Antes de ocupar uma das 400 mesas do sétimo e do oitavo andares na sede da IBM, eles passam por um rígido treinamento que dura, em média, 125 horas. Transformam-se, assim, na interface entre o cliente e a IBM. Uma responsabilidade e tanto. E pela qual são cobrados - muito cobrados. Todas as conversas com os usuários são gravadas e depois analisadas. Tratar o cliente com ironia ou zombar de seu pouco conhecimento de Info gera advertência e demissão. Mas há a contrapartida. O atendimento perfeito garante prêmios e viagens. Essa rigidez tem uma explicação simples. A IBM quer que o cliente insatisfeito seja traço nas estatísticas. Ainda não chegou lá. O ISC trabalha para pôr fim a casos como o do estudante de Engenharia da PUC/RS Gustavo Gossweiler. Ele e outros sessenta alunos compraram Aptiva e enfrentaram uma via-crúcis para vê-los funcionar. O modelo entregue estava errado e vários componentes apresentavam defeitos. Depois de mais de dois meses de reclamações, os computadores foram trocados. "Diante de um cliente indignado, de nada servem os altos índices de satisfação geral. É nesse momento que percorremos aquele último metro que falta para ganhar a corrida. Nesse caso perdemos, mas ganhamos em muitos outros", diz Villar.
35
Qualidade no atendimento ao cliente
Como um atendimento pode ser produtivo, tanto ao
telefone quanto face a face?
Mario Persona - Tudo vai depender da qualidade de um e de outro, e da
pessoa que faz o atendimento. Muitas empresas, ao contratarem atendentes,
levam em consideração uma série de atributos pessoais. Dependendo da
função, é exigido que tenham boa aparência, desenvoltura, porte adequado,
bom-humor e que se vistam de maneira adequada. Em alguns casos a
mensagem visual pode ser tão importante quanto a mensagem verbal que a
pessoa é treinada para transmitir.
No caso do atendimento telefônico, quem contrata deve fechar os olhos na
entrevista, para que sua percepção não sofra a influência do visual. O que
importa é a sensação que será causada pelo timbre e entonação da voz, pela
articulação das palavras, pelo ritmo da respiração e pela agilidade de
pensamento e de resposta do atendimento telefônico. Como acontece em
muitas funções, há pessoas que são excelentes para o atendimento pessoal,
porém se tornam um verdadeiro desastre quando colocadas no atendimento
telefônico, e vice-versa.
A falta de produtividade em qualquer caso se deve mais à falta de informação e
treinamento da pessoa que atende. Uma pessoa bem treinada e com acesso
rápido às informações será produtiva irá gerar no cliente um maior grau de
satisfação. É fácil perceber isso quando somos atendidos por pessoas que não
entendem o que estamos falando por não terem um mínimo de informação do
produto ou empresa que representam, ou até mesmo por uma carência muito
grande de conhecimentos gerais.
Ontem estive em duas livrarias procurando por um livro que tem a palavra
"Google" no título. As duas jovens que me atenderam provavelmente não usam
36a Internet ou sequer lêem artigos em jornais e revistas, tamanha era a
expressão de espanto e ignorância que traziam no olhar. Nos dois casos
precisei soletrar o nome da marca mais valiosa do mundo, letrinha por letrinha,
e uma delas, a mais bonita, ainda perguntou: "O que é isso?".
Portanto, não basta ter boa aparência para atender, não basta ter boa voz, é
preciso ter inteligência, conhecimento e informação na ponta dos dedos. É
preciso ter também um mínimo de desenvoltura, poder de decisão e ousadia,
além de empatia para tomar as dores do cliente, e empatia para correr atrás de
uma solução. Quando existe tudo isso, existem resultados e há ganho com
maior produtividade.
Às vezes existe tudo isso, porém o ambiente do atendimento não ajuda. Um
ambiente com acomodações inadequadas, tanto para o cliente como para
quem atende, pode criar um clima de irritabilidade. Calor ou frio excessivos,
desconforto, muito tempo de espera, além de um nível elevado de ruídos e
distrações, são responsáveis pelo fracasso no atendimento.
Às vezes ligo para serviços de atendimento, ou recebo ligações de
telemarketing, que já causam um impacto negativo pelo elevado nível de ruído.
Parece até que estou falando com algum daqueles operadores de bolsa de
valores, ou pior, a impressão que dá é que a pessoa esteja ligando de um
orelhão na esquina de uma feira-livre. As empresas não estão pensando em
um detalhe importante do atendimento telefônico: a acústica.
O ambiente onde estão aquelas pessoas pode ser maravilhosamente decorado
e equipado, mas quem está do outro lado da linha só vai perceber o que chega
até ela em informações sonoras. E a poluição sonora no atendimento telefônico
é algo tão grave quanto a poluição visual no atendimento pessoal.
De nada alguém me atender dizendo que está ali para me ajudar e que minhas
informações serão tratadas com confidencialidade, se percebo ao fundo uma
37balbúrdia de centenas de vozes. A impressão causada não é de um
atendimento personalizado, e instintivamente vou me retrair de emitir opiniões
ou passar informações para uma pessoa que mais parece estar sentada numa
arquibancada ao lado de outros cem mim torcedores.
Como deve ser o tom de voz do atendente?
Mario Persona - Deve ter um timbre agradável e não demonstrar pressa ou
inquietação. Nem todas as pessoas gostam de falar ao telefone, e eu estou
entre as que preferem conversar frente a frente. Por isso, o telefone já pode
criar uma barreira e até um clima de ansiedade e medo. Cabe a quem atende
neutralizar essa sensação, demonstrando calma e eliminando qualquer
ansiedade da parte do cliente.
Existe outra dificuldade associada ao telefone que é a inexistência de sinais
faciais que possam indicar o início ou o fim de uma fala. Quando duas pessoas
conversam elas têm pistas visuais de quando uma irá terminar de falar, ou até
mesmo de pausas para respirar, podendo opinar sem causar interrupções
desagradáveis.
Já ao telefone somos obrigado a esperar um silêncio maior, mas mesmo isso
pode representar apenas uma pausa momentânea do outro. Aí falamos e
acabamos interrompendo o outro. É extremamente desagradável conversar ao
telefone com pessoas que não sabem aguardar pela sua vez de falar, ou que
não conseguem criar um ritmo e uma alternância que permitam um diálogo
mais natural.
A voz alta demais ou baixa demais também pode prejudicar em muito a
comunicação telefônica. No primeiro caso, a conversa pode se tornar irritante
para quem ouve, ou até mesmo "vazar" para outros que estejam próximos.
Quando a voz é muito baixa, o interlocutor é obrigado a pedir para repetir,
reduzindo assim a produtividade do atendimento ou, o que é pior, transmitindo
38informações que chegam truncadas ou inaudíveis e podem gerar um
entendimento equivocado do que se pretende passar.
A qualidade do equipamento e a distância do bocal também são coisas
importantes. Equipamentos ou redes de má qualidade podem comprometer até
o melhor atendimento, por causarem ruídos indesejáveis. Já um atendimento
com a boca muito próxima pode transmitir sons de respiração, o que também
pode ser muito desagradável para o interlocutor, principalmente se a pessoa
estiver irritada ou cansada.
Como deve ser a expressão facial?
Mario Persona - Por incrível que possa parecer, nossa expressão tem
influência na tonalidade de voz, e há pessoas que podem dizer se o seu
interlocutor está sorrindo, sério ou debochando, apenas pela voz. Se
atendemos com um sorriso nos lábios, nossa voz soará mais feliz, pois os
músculos da face estarão tomando a forma condizente com o sorriso, e a voz é
influenciada pelo formato da boca e disposição desses músculos. Pessoas que
tentam parecer agradáveis enquanto viram os olhos e fazem caretas de nojo
para alguém ao lado se enganam ao pensar que isso não pode impregnar sua
fala e fazê-la soar da forma como estão se sentindo.
Como agir em situações de conflito?
Mario Persona - Ninguém pretende ficar a vida inteira falando ao telefone,
portanto sempre que o atendente perceber alguma insatisfação a melhor
estratégia é deixar o cliente dar vazão a tudo o que tem para falar. Se tentar
interrompê-lo ou argumentar, isso só irá aumentar o tempo do contato e dar
idéias para que o cliente aborde questões que talvez ainda não tivesse
pensado em abordar.
Deve-se evitar a expressão "sim, mas", porque é uma clara indicação de que
39não estamos concordando com o que está sendo dito e tentamos incutir no
outro as nossas idéias. O melhor mesmo é deixar que o depósito de rancor do
cliente se esvazie antes de tomar qualquer atitude. Às vezes é prudente pedir
um tempo para resolver o problema e prometer voltar a ligar em seguida ou em
um horário pré-combinado. Nem sempre o conflito poderá ser resolvido de
imediato, e ficar argumentando ou defendendo posições só acrescenta
combustível ao fogo.
Uma atitude positiva, e não defensiva, é importante. O conflito ocorre ou piora
quando o cliente encontra resistência. Se a resistência for pouca ou nenhuma,
ele não sentirá a necessidade de investir com muita força.
Como atender o cliente insatisfeito?
Mario Persona - É preciso ter habilidade para entender quando o assunto já
tomou contornos de indisposição pessoal. Se o cliente está considerando a
pessoa que o atende como inimiga, muito pouco poderá ser feito para resolver
a questão. Uma tática numa hora assim é introduzir um novo personagem no
atendimento, alguém que ainda não tenha se tornado a personificação do alvo
que o cliente quer atingir.
Isso também funciona no sentido de ajudar o cliente a esvaziar sua
agressividade, pois ele precisará contar toda a história novamente para a nova
pessoa, com a qual ele ainda não está familiarizado e da qual não sabe qual a
reação que poderá vir.
Como manter o equilíbrio no atendimento?
Mario Persona - Ser mais ouvidos do que boca é uma estratégia que sempre
funciona, seja no atendimento telefônico, seja no atendimento face a face. O
cliente quer ser ouvido, quer sentir-se importante e prestigiado, quer poder
expressar sua opinião. Por isso ouvi-lo é sempre o melhor negócio, e isso
40também ajuda a dar ao atendente um volume maior de informações e
percepções do cliente para construir com maior precisão sua resposta.
Entrevista concedida para a Revista Lançamentos Indústria em 14/05/2008.
41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Fidelizar o Cliente / Frances e Roland Bee; tradução Edite Sciulli – São Paulo
Nobel,2000
Reclamação de cliente? Não tem melhor presente. Usando o feedback do
cliente como uma ferramenta estratégia - Janelle Barlow & Claus Moller , Ed.
Futura-1996.
O Cliente tem mais do que razão . Vera Giangrande e José Carlos Figueiredo
Ed.Gente,1997.
Estratégias Kaizen para atendimento ao cliente. Patrícia Wellington Ed.
Educator-1998.
Como acalmar cliente irritados - Como ser eficaz em situações desagradáveis.
RebeccaL.MorganEd.Qualitymark,1999.
Excelência em Serviços : uma questão de sobrevivência no mercado. Claudius
D'ArtagnanC.deBarros-Ed.Qualitymark,ed.1999.
A promessa quebrada . Cristiane Correa - Revista Exame edição 752, págs. 43
a 53, de 31/10/2001
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - POR QUE O ATENDIMENTO
AO CLIENTE É IMPORTANTE? 9
CAPÍTULO II - QUEM SÃO SEUS CLIENTES? 13
CAPÍTULO III - VOCÊ OFERECE BOM
ATENDIMENTO AO CLIENTE? 22
CONCLUSÃO 26
ANEXOS 27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
ÍNDICE 42
43
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: