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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSUGESTÃO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS E A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Autora Angélica Dias de Azevedo Orientador Prof. Carlos Afonso Leite Leocadio BRASÍLIA 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” GESTÃO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS E A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA

DA INFORMAÇÃO.

Autora Angélica Dias de Azevedo

Orientador Prof. Carlos Afonso Leite Leocadio

BRASÍLIA 2008

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

GESTÃO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS E A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA

DA INFORMAÇÃO.

Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes, como requisito necessário à obtenção do título de pós-graduação em Pedagogia Empresarial. Por: Angélica Dias de Azevêdo.

BRASÍLIA 2008

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus, por me abençoar e ajudar a vencer

tantos desafios, que foram decisivos para a continuidade deste curso.

Ao meu marido e companheiro, que soube com paciência respeitar meu trabalho e

dedicação ao curso de pós-graduação em Pedagogia Empresarial.

Aos meus pais, que mesmo morando longe, em outro estado, sempre estiveram

presentes, dirigindo uma atenção valiosa e um carinho inestimável.

Á toda minha a família, pelo amor e apoio incondicional em todos os momentos.

Ao professor Carlos Afonso Leite Leocadio, que me deu mais uma chance de

conquistar meu espaço e por ter compartilhado comigo o desafio deste trabalho,

além de seus préstimos constantes para a conclusão do trabalho monográfico.

E, por último, agradeço também á todos aqueles que direto e indiretamente

contribuíram para que este trabalho fosse realizado.

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Dedico esta conquista ao meu marido Vandeir, que esteve junto comigo em todos os momentos desta construção com paciência, e aos meus pais Aluísio e Janice, pelo carinho.

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“O ritmo acelerado na era da informação torna imperativo que cada empresa reserve um tempo significativo para examinar e perguntar que adaptações deverá empreender agora para sobreviver e prosperar”. Philip Kloter

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RESUMO

Este estudo buscou através de uma pesquisa explicativa de cunho qualitativo sobre

analisar a comunicação interna nas empresas e a importância das tecnologias de

informação, tendo em vista o âmbito da comunicação organizacional, abordado no

primeiro capítulo. O segundo capítulo teve como objetivo evidenciar premissas

teóricas acerca da Comunicação Interna, aliadas a cultura e o clima organizacional a

fim de melhor perceber o ambiente e seus públicos internos. No terceiro capítulo

buscou-se descrever a Gestão Tecnológica, os principais canais e instrumentos de

apoio, em especial o uso da intranet nas empresas. E, por último uma abordagem

sobre a aprendizagem organizacional aliada a inovação, sob o ponto de vista da

inclusão digital, a fim de otimizar eventuais conflitos e barreiras que estão protelando,

ou mesmo, retardando o crescimento e desenvolvimento da empresa. Para tanto,

dando continuidade ao final será questionado o papel do pedagogo empresarial

dentro destas perspectivas na perspectiva da gestão da comunicação interna.

Portanto, chegou-se a conclusão de que é preciso que as organizações se

conscientizem da importância das ferramentas tecnológicas para a comunicação

interna, a fim de propiciar um ambiente que favoreça o desenvolvimento e

crescimento da organização.

PALAVRAS-CHAVES: Comunicação Organizacional, Comunicação Interna,

Gestão de Tecnologias, Aprendizagem Organizacional.

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METODOLOGIA

A metodologia, a ser adotada neste estudo basear-se-à, primeiramente

numa pesquisa explicativa, no qual pretende demonstrar o desenvolvimento do

trabalho será baseado em uma exaustiva pesquisa bibliográfica presente em livros

didáticos acerca do tema, sítios eletrônicos e periódicos, que auxiliarão no

direcionamento claro e coerente do trabalho. A fim de, desenvolver, uma pesquisa

explicativa com caráter qualitativo, sendo que na primeira parte evidenciará

conceitos, definições e características teóricas sobre a Comunicação no âmbito

organizacional. Na segunda parte, pretendo explorar a Comunicação Interna, assim

como a cultura e o clima organizacional para melhor conhecer o ambiente e seus

públicos internos. Em uma terceira parte, pretende-se descrever as principais

ferramentas da Gestão Tecnológica, em especial o uso da intranet nas empresas,

além de outros canais e instrumentos de apoio. E, por último uma abordagem sobre

a aprendizagem organizacional aliada a inovação, sob o ponto de vista da inclusão

digital, a fim de otimizar eventuais conflitos e barreiras que estão protelando, ou

mesmo, retardando o crescimento e desenvolvimento da empresa. Para tanto, dando

continuidade ao final será questionado o papel do pedagogo empresarial dentro

destas perspectivas.

Espera-se perceber a comunicação organizacional aliada a comunicação

interna como uma importante ferramenta estratégia de educação organizacional, a

fim de possibilitar o ensino/aprendizagem, através do desenvolvimento de técnicas e

estratégias relativas ao conhecimento profissional (área operacional) dentro da

organização.

Numa tentativa de elucidar o papel do pedagogo empresarial no contexto

empresa e sua atuação, de modo a considerar as necessidades, os valores, e

interesses individuais (Colaborador/Empresa) no processo da comunicação

organizacional. Além proporcionar ao fim deste estudo uma contribuição teórica para

eventuais pesquisas sobre esta valiosa ferramenta.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

1.0 A COMUNICAÇÃO 11

1.1 Breve Histórico 11

1.2 A comunicação Organizacional 13

2.0 A COMUNICAÇÃO INTERNA 15

2.1 Cultura e Desenvolvimento Organizacional 16

2.2 Clima Organizacional 18

3.0 GESTÃO DE TECNOLOGIAS 21

3.1 Canais e Instrumentos de Apoio 22

3.2 Intranet 24

4.0 APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL 27

4.1 Inclusão digital: um desafio 29

4.2 O papel do pedagogo Empresarial na gestão da Comunicação

Interna

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CONCLUSÃO 34

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 36

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INTRODUÇÃO

As organizações estão cada vez mais buscando se adaptar as tendências

tecnológicas, uma vez que os papéis organizacionais e de seus colaboradores

também vem sofrendo mudanças, em especial no que tange ao relacionamento

interpessoal entre a empresa e seus públicos internos. Neste sentido, a comunicação

interna nas empresas aliadas ás tecnologias de informação contextualizam uma

poderosa ferramenta estratégica na organização.

Entretanto, na construção deste estudo pretende-se considerar alguns

aspectos relevantes, como exemplo, a importância de ferramentas tecnológicas, em

especial a intranet, para melhorar a veiculação da informação com maior rapidez e

segurança, obviamente atendendo às necessidade organizacionais.

Tendo como objeto em análise a intranet na comunicação interna na qual

deverá ser vista como um meio interno que poderá atingir á todos seus públicos

internos, e não somente as equipes de lideranças. Além de proporcionar uma maior

valorização de seus públicos criando condições de aprimorarem seus

conhecimentos, motivando-os, e ainda aumentando nível de comprometimento com

a organização.

É evidente, que muitos líderes organizacionais ainda não se atentaram

para esse fato, o que têm produzido certo equívoco nos reais objetivos da

comunicação interna no ambiente interno das organizações. Para que a

comunicação interna funcione é preciso inovar o ambiente interno com uma cultura e

uma política organizacional que torne clara sua missão.

Por isso, a justificativa quanto à escolha do tema, deve-se primeiramente

ao meu objetivo profissional, em relação curso de Pedagogia Empresarial, pois

venho pesquisando e desempenhando consultorias no âmbito da Comunicação

organizacional. Por outro lado, pela relevância deste tema, frente á realidade atual,

visto que poderá contribuir para minha formação acadêmica e profissional, além da

possibilidade de se proporcionar uma nova reflexão acerca do tema.

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Tendo como base estas informações, acima supracitadas, que se faz

necessário ressaltar a problemática em questão, tal como a Gestão da Comunicação

Interna deve ser desenvolvida e otimizada estrategicamente, no ambiente interno

empresarial através das tecnologias de informação?

O objetivo geral deste estudo é analisar quais os principais meios e

ferramentas tecnológicas que podem nos auxiliar no efetivo desenvolvimento da

Comunicação Interna. Sendo que os objetivos específicos são: Identificar as

principais características e conceitos sobre a comunicação organizacional, cultura e

clima organizacional; Descrever os principais conceitos acerca da Comunicação

Interna nas empresas; Descrever as principais canais e instrumentos de apoio das

tecnologias de informação aliado ao uso da Intranet; Relatar sobre a importância da

aprendizagem organizacional e da inclusão digital; Analisar o papel do pedagogo

empresarial.

As hipóteses iniciais alicerçam, primeiramente, na possibilidade de

aumentar o envolvimento dos colaboradores com os líderes, através da comunicação

interna podendo resultar em um ambiente propício para o desenvolvimento e

crescimento da empresa e dos colaboradores. E, posteriormente, que ao

proporcionar uma gestão de tecnologias da informação como ferramenta para o

desenvolvimento efetivo da comunicação interna facilitará a compreensão de ambas

as partes, quanto aos objetivos e metas da empresa.

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CAPÍTULO 1 – A COMUNICAÇÃO 1.1 – Breve Histórico

Esta pesquisa pretende traçar premissas teóricas acerca da comunicação

em sua amplitude, através de uma breve abordagem histórica sobre conceituações

teóricas concernentes ao processo histórico da comunicação.

A comunicação representa um dos fenômenos mais importantes da

espécie humana. Desde que o mundo é mundo, existe formas mesmo rudimentares

de comunicação, sua história começa desde as primeiras existências humanas.

Implica voltar no tempo, buscar as origens da comunicação, o desenvolvimento das

linguagens, para finalmente compreendê-la e constatar suas mudanças ao longo da

história. Sendo assim, a comunicação, a cultura, o clima organizacional, a tecnologia

e a aprendizagem constituem uma estrela de cinco pontas correlatas aos principais

fatores que serão o alicerce deste presente trabalho, por serem elementos

indissociáveis do processo de comunicação.

Segundo Hayes e Peter (1994) a comunicação é o processo de

transmissão de informação a um indivíduo ou grupo de indivíduos, a qual é recebida

e interpretada por eles.

A comunicação permite que o emissor transmita a mensagem ou

informação de modo que signifique interação entre grupos de pessoas e sistemas.

No entanto Baitello Júnior (1998, p.11) ressalta que:

Hoje o homem tenta lançar pontes (ainda que hipotéticas) não apenas sobre a origem do universo, sobre o chamado big bang, mas também sobre as raízes remotas dos códigos da comunicação humana. Constata que a capacidade comunicativa não é privilégio dos seres humanos; está presente e é bastante complexa em muitos outros momentos da vida animal, nas aves, nos peixes, nos mamíferos, nos insetos e muitos outros.

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Penteado (1986) explica que a palavra ‘comunicar’ vem do latim

‘comunicare’ com a significação de ‘por em comum’. Comunicação é convivência;

está na raiz da comunidade, agrupando, caracterizado por forte coesão, baseada no

consenso espontâneo dos indivíduos.

Atualmente, a comunicação tem sido visto como uma importante

ferramenta estratégica nas organizações. Por isso, a importância de se evidenciar,

uma reflexão sobre a comunicação e os aspectos de sua evolução, da organização,

das tecnologias, conseqüentemente, do uso efetivo da Intranet dentro das empresas,

da aprendizagem organizacional, da inclusão digital e do papel do pedagogo nas

organizações frente ás novas, tendências bem como das intensas mudanças

sociais.

Para Chiavenato (2002), a comunicação é a transferência de informação e

significado de uma pessoa para outra pessoa. É a maneira de se relacionar com

outras pessoas através de idéias, fatos, pensamentos e valores. O ponto que liga as

pessoas para que compartilhem sentimentos e conhecimentos

Com base neste argumento, a missão estratégica da comunicação de uma

organização é favorecer a criação de um ambiente interno através de uma cultura e

de uma pesquisa de clima organizacional, onde proporcione um fluxo de

informações, equilibrado entre os objetivos individuais e empresariais da

organização.

Entende-se, por isso, que o equilíbrio da organização está na disposição

ordenada entre as partes que a compõem. Esse equilíbrio e integração dependem

fundamentalmente do seu processo comunicacional, ou seja, tendo em vista uma

organização que priorize um relacionamento interpessoal onde existe uma

valorização de seus públicos internos, cria-se um ambiente propício a uma interação

profissional em que de fato, o fluxo de informações aconteça com clareza frente ás

necessidade e objetivos de toda a organização à ela relacionadas.

1.2 A comunicação Organizacional

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Atualmente entender a importância do processo de comunicação é um

desafio para as organizações (MEDEIROS, 1998). Esse desafio traduz-se na

dificuldade em realizá-lo de forma adequada para atingir a eficácia organizacional, ou

seja, a comunicação deve ser realizada com base em uma missão correta, no

momento que propicie condições no ambiente interno, com estratégias eficazes de

gestão que possibilite atingir o objetivo da comunicação interna.

Com base nestas premissas a Comunicação Interna nas organizações pode ser

considerada uma importante ferramenta para o desenvolvimento e o crescimento,

funcionando como um elo entre os públicos internos e externos. Um exemplo é a

adoção da comunicação integrada, através do intranet, que envolve diversas ações

analisadas e planejadas em conjunto, além de aproximar colaboradores e líderes em

busca da realização do planejamento estratégico.

Sendo assim, é preciso enfatizar que cada empresa é única e que não

existem receitas, macetes ou fórmulas prontas que possam ser aplicadas nas

diversas organizações. Cada planejamento deve ser exclusivo, visto que as

empresas apresentam peculiaridades que influenciam o processo de Comunicação.

Na Comunicação, entendemos que o termo organização pode ser utilizado para o

cliente em geral sem, é claro, desprezar as particularidades de cada um.

De maneira geral, Ferreira (1996) identifica no processo de comunicação

os seguintes elementos básicos: emissor; receptor; mensagem; canal; codificação /

decodificação; feedback.

Neste sentido, segundo o dicionário Aurélio (FERREIRA,1996) a

comunicação, pode ser entendida como ato ou efeito de emitir, transmitir e receber

mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionais, quer através da

linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer

aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual.

Sendo assim, com base em um processo de comunicação interna, o

emissor é responsável por tornar as informações claras, coerentes e completas, o

que permite que o receptor a receba e compreenda. Porém, na prática muitas são as

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barreiras e falhas de comunicação que impedem que esta clareza proporcione uma

comunicação eficaz, pois no cotidiano das empresas ainda há muito a ser feito para

contextualizar um ambiente propício para processo de comunicação.

CAPÍTULO 2 - A COMUNICAÇÃO INTERNA

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Muitos são os motivos que levam as organizações, não privilegiarem a

Comunicação Interna, tal hipótese baseia-se na visão deturpada que, tanto os

profissionais quanto as empresas têm do real processo da Comunicação Interna e

seu efetivo resultado, perante um ambiente organizacional que proporcione

condições para que a comunicação verdadeiramente aconteça.

É preciso inovar os conceitos, romper barreiras e preconceitos acerca da

Comunicação Interna, pois ela deve ser vista como um processo complexo e

multiforme, visto que pode se adequar às necessidades de cada organização,

principalmente, por hoje disponibilizarmos de ferramentas e tecnologias que podem

contribuir muito para essa interação organização e públicos internos.

Visto que, trata-se de uma ferramenta que pode auxiliar no

desenvolvimento e crescimento da organização, por propagar a interação destes

públicos internos, desenvolvendo um ambiente propício á inovação, a motivação, ao

relacionamento interpessoal, a melhoria da QVT, a cooperação, ou seja, espírito de

equipe, ao aprendizado, e ao comprometimento organizacional.

Uma vez que a era das tecnologias de informação e comunicação tem

propiciado um ambiente de aprendizado grandioso, e ainda proporcionado condições

interessantes de comunicação interna, a fim de melhorar o ambiente organizacional

para seus públicos internos, ampliando seus horizontes em todos os níveis.

Para Corrado (1994) a comunicação interna deve ser a primeira

preocupação da organização para sua eficiência. Pois, quando a comunicação com

os empregados se concentra no cumprimento da missão empresarial, cria-se um

valor. Além disso, muitas vezes a administração não percebe o elo entre o

comportamento e a criação de valor.

Sendo assim, “a comunicação eficiente não é apenas uma coisa boa, mas

algo que inevitavelmente tem de ser feito” (CORRADO, 1994, p. 44).

Para Knusch (2003) a comunicação com o público interno inicia-se com um

formato muito mais de ordem administrativa e de informações. Foram as primeiras iniciativas

da existência de comunicação nas organizações – a comunicação administrativa ou

gerencial. É uma organização que assume um caráter funcional e instrumental. Este formato

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se estendeu também por muito tempo ao relacionamento com os públicos externos,

enfatizando a divulgação dos produtos e da organização, sem uma preocupação com o

retorno das percepções e dos interesses dos públicos, isto é, com a comunicação simétrica.

A comunicação interna surge em um determinado momento para auxiliar

na execução das estratégias definidas pela organização tanto em um momento bom,

como em momentos de crises.

Corrado (1994) ressalta ainda que o sistema de comunicação interna é

bom quando não se nota que ele existe. Para ele uma organização que se comunica

de forma perfeita é aquela na qual os empregados comunicam-se de maneira

contínua e informal com os escalões superiores, inferiores e de mesmo nível.

Logo, a comunicação interna desponta agora como ferramenta de gestão

imprescindível para informar aos públicos de interesse as políticas e estratégias

administrativas e comerciais de qualquer empresa. Esse planejamento de

comunicação coloca as empresas, um passo a frente de seus concorrentes,

obrigando-os a se adequarem a essa nova realidade mercadológica.

2.1 Cultura e Desenvolvimento Organizacional Na verdade a existência da comunicação dependerá da cultura

organizacional, pois quando uma empresa é instituída e define sua missão, sua

política e seus valores, automaticamente, ela demarca os limites da organização e

seus objetivos, que proporciona ou não seu desenvolvimento organizacional.

Contudo, Silva (2001 apud LUZ, 2001) relata que isto acontece devido à

velocidade e a intensidade das mudanças que têm cada vez mais sido colocadas em

xeque as premissas culturais que até então ordenaram a vida humana nos níveis

social, organizacional e individual.

A comunicação, tendo por base a cultura organizacional sempre

será imposta pela sua administração, o que predeterminará se ela será mais

inovadora, ou mais autoritária censurando e podando discussões importantes entre

seus públicos internos.

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De acordo com Shein (1982) a cultura e o desenvolvimento partem do

conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu

ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna

e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a

novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir, em relação a

esses problemas.

É importante enfatizar que a cultura organizacional representa o modus

vivendi da empresa (o modo de vida), um sistema de crenças e de valores, uma

forma aceita de interação e de relacionamento típica de determinada organização.

A gestão tanto do conhecimento quanto das tecnologias de informação e

comunicação, aliadas ao avanço tecnológico contribuem muito para o

desenvolvimento de uma cultura organizacional em que a interação entre educando

e educador em conjunto com o elemento ‘inovação’, porém algumas vezes o

despreparo dos gestores produzem um ambiente tenso e acaba por configurar um

tipo de aprendizagem limitado que se prioriza transmitir somente a informação

descontextualizada e contraditória, esquecendo da responsabilidade social de que

educar é formar e informar o cidadão.

Para tanto, Schein (1982) enfatiza que uma cultura é um conjunto de

básicos pressupostos tácitos sobre como o mundo é e deveria ser que um grupo de

pessoas partilha e que determina as suas percepções, os seus pensamentos,

sentimentos, e, até certo ponto, o seu comportamento observável. A cultura

manifesta-se a três níveis: ao nível dos profundos pressupostos tácitos que são a

essência da cultura, ao nível dos valores defendidos que muitas vezes refletem o que

um grupo idealmente deseja ser. e a forma como se quer apresentar publicamente, e

o comportamento do dia-a-dia que representa um complexo compromisso entre os

valores defendidos, os pressupostos mais profundos, e os requisitos imediatos da

situação.

Em algumas empresas, é o caso da burocracia, por exemplo, estabelecem

um distanciamento e ainda cria inúmeras barreiras na comunicação interna, em que

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a relação entre os colaboradores e suas lideranças são estipuladas como política e

cultura organizacional centralizadora.

Por conseguinte, o líder como sendo o gestor da cultura organizacional

onde, para criá-la, modificá-la e até mesmo destruí-la, a cultura e liderança são

vistas como ‘dois lados da mesma moeda’, e que nenhuma das duas pode ser

entendida por si só (SHEIN, 1982).

Entretanto, em outras palavras em decorrência das necessidades do

desenvolvimento e do crescimento organizacional, a inovação com isso vem

rompendo barreiras e preconceitos comunicacionais, pois para que as empresas

permaneçam no mercado elas precisam quebrar paradigmas, inclusive no que tange

a valorização dos colaboradores entre outros públicos internos.

2.2 Clima Organizacional

Contudo a cultura organizacional em conjunto com a pesquisa de clima

organizacional é uma importante ferramenta por se tratar de um estudo nas áreas

operacionais e administrativas, aliadas a comunicação interna que é responsável

pela interação entre seus públicos internos para o crescimento e desenvolvimento

da organização.

Cada empresa tem sua cultura, ou seja, sua forma de pensar, sua

percepção, onde são definidos os procedimentos, consideralvemente corretos, para

resolver determinados problemas, e conflitos preexistentes no ambiente

organizacional. Neste sentido os colaboradores e membros da organização baseiam-

se na cultura que a organização estabeleceu, tendo em vista que tais regras e

diretrizes condicionam o perfil comportamental do profissional e dos objetivos da

empresa.

Segundo Hall et al (1980) o clima de uma organização é representado

pelos conceitos que os indivíduos partilham a respeito do lugar em que trabalham.

Como conceitos, as percepções de clima são abstrações significativas de conjuntos

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de indícios baseados nos acontecimentos, condições, práticas e procedimentos que

ocorrem e caracterizam a vida diária de uma organização.

No entanto é importante observar a comunicação interna tendo por base a

cultura existente na organização proporciona a criação de um clima organizacional

que favorece a inovação, o desenvolvimento e o crescimento profissional.

Culminando assim, com o que podemos chamar de ‘estado de arte’ que exerce

relevante papel no ambiente interno, pois quando toda a empresa comunga com um

mesmo ideal, logo transforma o ambiente em um lugar que respeita e valoriza o

profissional.

De acordo com Oliveira (1995) o Clima interno é o estado em que se

encontra a empresa ou parte dela em dado momento, estado momentâneo e

passível de alteração mesmo em curto espaço de tempo em razão de novas

influências surgidas, e que decorre das decisões e ações pretendidas pela empresa,

postas em prática ou não, e/ou das reações dos empregados a essas ações ou à

perspectiva delas. Corroborando com Oliveira, Coda (1997) enfatiza que a pesquisa

de clima organizacional é um levantamento de opiniões que caracteriza uma

representação da realidade organizacional consciente.

A percepção da satisfação como um dos indicadores da pesquisa de clima

organizacional, por exemplo, desencadeia no profissional uma aspecto

comportamental de comprometimento, criatividade e motivação quê são primordiais

para a sobrevivência da empresa.

Fernandes (1996) relata que homens mobilizados e satisfeitos fazem a

diferença e ainda afirma que somente sobreviverão as empresas que souberem

utilizar seus recursos humanos tão bem como sua tecnologia e seu capital.

Shein (1982) define ainda que a base para sua existência, fundamenta-se

no fato de que, o indivíduo sozinho é incapaz de satisfazer todas as suas

necessidades. Isto levando em consideração que se houver excelência na

comunicação interna, certamente conflitos e barreiras serão rompidas, pois toda a

organização compartilhará dos mesmos objetivos proporcionando bem-estar tanto

para o colaborador quanto para empresa.

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Contudo pelo comportamento, pelas políticas, pelos procedimentos, pelos

sistemas de recompensa e pelas estruturas que elas criam, os administradores

podem influenciar significativamente o clima motivacional de uma organização

(KOLB et al., 1986).

Portanto, é importante que as organizações se conscientizem de seu

papel imperativo no processo da comunicação interna, de através da pesquisa de

clima sociabilizar e dar condições de relacionamento interpessoal, indispensável para

a excelência da comunicação organizacional.

CAPÍTULO 3- GESTÃO DE TECNOLOGIAS Em uma análise geral, sem sombras de dúvida que a Comunicação

Interna ganhou muito com a introdução das Gestão de novas tecnologias de

informação e comunicação, porém cabe aqui, discutir que sentido que estas

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tecnologias exercem nas organizações, ou seja, como o uso adequado destas

ferramentas podem influenciar no desenvolvimento das organização.

Esta discussão, pode inclusive se tornar polêmica, se analisarmos do

ponto de vista de uma organização centralizadora, no entanto mesmo numa

organização em que propicia um ambiente aberto ao diálogo e a pluralidade de

idéias, é importante caminhar atento, pois infelizmente, a cultura pode assumir

variados papéis na vida de um profissional e no ambiente interno da organização.

Algumas empresas, preocupadas em responder as necessidades e

adaptações tecnológicas tem aliado ao planejamento estratégico um solução para se

atingir metas e objetivos tanto empresariais quanto profissionais.

No entanto, é preciso não esquecer que ainda existe uma

cultura deturpada e um sistema insuficiente e ineficiente no Brasil, em que poucos

têm acesso ao conhecimento, tampouco as tecnologias de informação.

Obviamente, essa realidade tem sido mudada no que tange ás reais necessidades

do mercado de trabalho, tendo em visto que nos últimos anos a competitividade

mercadológica nas organizações têm aumentado muito, na tentativa de se manter,

ou melhor, sobreviver frente à essas mudanças, impedindo seu fechamento.

Esta mudança na construção do conhecimento dos brasileiros poderá

definir o papel dos futuros profissionais e de seus líderes mediante a gestão de

recursos humanos, pois as ferramentas tecnológicas, atualmente têm sido vistas

como, verdadeiros inimigos dentro de uma empresa, em especial naquela empresa,

em que a visão política e cultura, não foi esclarecida na contratação do funcionário,

ou seja, não foi trabalhada adequadamente a gestão de recursos humanos, de modo

em algum momento surge insatisfação, ou seja, uma desmotivação do funcionário

em prestar seus serviços, o que condiciona ao uso inadequado das tecnologias de

informação e comunicação por falta de uma ideologia bem definida organizacional.

Portanto, em algumas empresas, a direção e suas lideranças acreditam

que infelizmente, a restrição do uso destas ferramentas que é imprescindivelmente

necessária, tendo em vista que o funcionário traz uma bagagem cultural do mau uso,

porém conforme teorias esta restrição tem dado mais resultado no que tange ao

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desempenho do funcionário, pois muitas vezes por melhor que seja o profissional, se

ele estiver desmotivado por exemplo, em algum momento ele vai entrar no “MSN”

para fazer bater papo, ou se perder em conversas ‘fora de hora’ com amigos de outro

departmaneto sobre sua vida pessoal, além de perder horas a fio na navegação da

internet, se esquecendo das responsabilidades a ele delegadas, por isso a

importância de se instituir uma política e cultura organizacional de usos através da

controle contínuo da comunicação interna através dos diversos canais e intrumentos

de apoio.

3.1 Canais e Instrumentos de Apoio

É evidente que nos últimos anos com a inovação e conseqüentes

mudanças ocorridas em um nível mundial as empresas estão sendo levadas à uma

reestruturação geral, de forma que possam legalmente competir com um mercado

cada vez mais globalizado. Somando-se a esse panorama social, político, cultural e

econômico, existe outro fator que pede atenção especial, como o caso do avanço

tecnológico expressivo nas áreas de tecnologia de informação e de comunicação,

que trazem novos desafios para diversas áreas empresariais, tais como

departamentos comerciais (marketing) e operacionais (produção) entre outros.

Não obstante é necessário que a comunicação seja eficaz, pois ela

depende da interação entre emissor e receptor, haja vista que quando o emissor

transmite sua mensagem espera-se que o receptor compreenda na íntegra a

mensagem por ele interpretada. Porém, existem algumas situações que colocam em

risco a excelência relativa a transmissão eficaz da mensagem, tais como falta de

feedback, problemas de significado semânticos, distrações e barreiras emocionais

em relação a percepção do outro. Esse último causa inclusive grande impacto na

visão deturpada do relacionamento interpessoal gerada pela competitividade. Por

isso, é muito importante que haja uma preocupação do emissor em transmitir uma

mensagem que seja facilmente entendida pelo receptor.

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Isto porque, se considerarmos da heterogeneidade da sociedade, cada

indivíduo tem uma percepção do mundo diferente, de modo que influencia

diretamente na forma de interpretação da informação. Um exemplo desta percepção

do indivíduo baseia-se no conjunto de opiniões, crenças e idéias do que podem

significar uma barreira na comunicação, cujo problema poderá causar falhas de

interpretação da mensagem exposta, distorcendo seu sentido.

São muitos os meios de comunicação dentro das organizações,

obviamente cada organização tem seu padrão de qualidade em relação às formas e

modelos da comunicação formal e informal. Neste sentido podemos descrever

alguns destes instrumentos de apoio: eventos como palestras, treinamentos, cursos,

ginásticas laborais, dinâmicas, passeios, caixas de sugestões, reuniões, visitas,

mensagens em envelopes de pagamento, quadro de avisos, contatos interpessoais,

jornais periódicos, boletins informativos, quadros de avisos, circulares, memorandos,

house organ, circuito fechado de TV e sistema interno de som, sala de audiovisuais,

telefone e todas diversidade da comunicação direcionada e utilizada no ambiente

interno da organização.

Entretanto, com o avanço das tecnologias de informação, cabe referir-nos

a comunicação digital, tais como o uso efetivo da Internet e da Intranet, destacando-

se o uso de CD ROM, pendrives, de listas de discussão, fóruns e conferências online

como estímulos à reciclagem organizacional, tendo como base a necessidade de

segurança e rapidez no fluxo de informações.

Por sua vez, a comunicação, tem sido vista aliada ao planejamento

estratégico a partir da implementação de uma cultura inovadora e de um clima

organizacional favorável, sobretudo, para o processo de desenvolvimento e

crescimento organizacional.

A comunicação formal trata-se, por exemplo, de uma mensagem enviada,

transmitida e recebida de caráter estritamente formal, através de uma padrão de

qualidade e autoridade determinado pelas diretrizes da organização, esta

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comunicação é isenta de juízos valorativos inerentes da impessoalidade profissional

da organização como um todo.

Em contrapartida as comunicações informais ocorrem fora dos padrões

dos canais formais de comunicação, são consideradas preferencialmente como as

que mais causam transtornos e afetam diretamente a imagem das organizações,

através de críticas pejorativas, fofocas, etc. Evidencia-se geralmente devido aos

relacionamentos interpessoais de pequenos grupos dominantes que definem o rumo

e o perfil dos demais, sua origem parte da necessidade do indivíduo de conviver com

os demais seres humanos.

Portanto, com o advento das tecnologias de informação e comunicação, a

intranet passa a ser uma das mais importantes ferramentas que propiciam as

organizações a se conectarem no ambiente interno e ainda a divulgarem seu

trabalho (serviços e produtos) em todo o mercado, assim faz-se necessário enfatizar

a importância que exerce o papel da Intranet nas organizações.

3.2 Intranet

A Intranet na comunicação interna tem sido vista e implantada como uma

importante ferramenta de uso para o desenvolvimento organizacional. Além de

proporcionar através de estratégias de comunicação um ambiente de aprendizado e

estreitamento das relações profissionais em prol da conquista e da realização das

metas empresariais.

Esta propagação computadorizada de dados e informações fez aparecer uma nova perspectiva enriquecida de entendimento e ajuste entre as pessoas, grupos e empresas: a comunicação virtual. Na atualidade, despontam os cidadãos que se dedicam aos meios virtuais de comunicação, o que se abrirá possibilidades inéditas de relacionamento, se a empresa revisar seus processos normais de distribuir informações a seus públicos (FORTES, 2003, p. 242).

Segundo Gralla (1996) com o enorme aumento da Internet, um crescente

número de pessoas e corporações usam a Internet para se comunicar com o mundo,

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para colher informação, e para fazer negócios. Não demorou muito para as pessoas

reconhecerem que os componentes que funcionavam tão bem na Internet poderiam

ser igualmente valiosos internamente e esta é a razão pela qual as intranets estão

se tornando tão populares.

Independente do porte das organizações, ela se faz presente e se

configura de variadas formas com base em suas necessidades, seja para troca de

informações logísticas, seja para requisições de produtos, solicitações de serviços,

para propiciar um ambiente de aprendizado, e em várias outras situações.

Sendo assim, podemos corroborar com a definição de Gralla (1996) que

acredita que ela (intranet) já começou a revolucionar a maneira pela qual as

companhias operam e realizam negócios, e a maioria das pessoas concorda que nós

vimos apenas o começo de seus efeitos na cultura corporativa e na forma como as

corporações funcionam.

Infelizmente, ainda existem conceitos ultrapassados sobre a real função

desta ferramenta em relação aos seus públicos, visto que apesar dos líderes

perceberem a necessidade deste recurso muitos ainda têm uma visão deturpada das

inúmeras funções que a intranet pode assumir no contexto organizacional.

As organizações pesadas e marcadas pela excessiva burocratização

rendem-se cada vez mais à Intranet e recuperam a confiabilidade nos veículos

legítimos de comunicação organizacional, onde o empregado é emissor e receptor

de um instrumento com ares menos enfadonhos. Neste horizonte, a tecnologia

ganha estatuto de instrumento de motivação, interação e passa a ser um elemento

essencial na identificação do empregado com as políticas de valorização da

organização. Esse contexto permite-nos inferir que a intranet se destaca como um

dos mais importantes instrumentos de comunicação interna da atualidade.

Nonaka e Takeuchi (1995) atestam que a criação de conhecimento

organizacional resulta da conversão de conhecimento tácito em conhecimento

explícito, em um processo “espiralado” envolvendo tanto a dimensão epistomológica

quanto a dimensão ontológica.

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Por isso que muito líderes por falta de informação e de uma cultura de

expansão deixam de aproveitar esta ferramenta como forma de transmissão de uma

comunicação interna em que valoriza a relação de troca (abre discussão entre os

públicos internos aceitando a pluralidade das idéias).

Neste pondo, podemos verificar tamanha relevância ela assume como

instrumento estratégico no gerenciamento de informações e no contato entre a

organização e seus colaboradores. A comunicação interna neste processo evidencia-

se pela excelência e por proporcionar benefícios para ambos os interessados, tanto

seus públicos internos quanto à liderança organizacional.

No entanto, se a empresa partisse deste ponto de vista onde a

organização propagasse com a Intranet qualidade de vida no trabalho, certamente

com a valorização do profissional, a inclusão digital de todos os envolvidos no

ambiente interno da empresa, evidenciaria no comprometimento dos colaboradores,

no aumento da qualidade e da produtividade de seus funcionários.

Portanto, espera-se que com essas mudanças mundiais, cada vez mais,

seja uma tendência inserir no contexto organizacional ferramentas estratégicas

aliadas as novas tecnologias da informação e comunicação, como o exemplo a

intranet, que provavelmente poderá assumir papéis inovadores na comunicação

interna, em especial se as empresas buscarem qualidade de vida e sustentabilidade

para seu desenvolvimento.

CAPÍTULO 4- APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL O conceito de aprendizagem organizacional surgiu na década de noventa

alavancada ás mudanças mundiais, embora presente há mais tempo em nossa

realidade.

De acordo com o marco teórico de Senge (2004), por sua vez, a

aprendizagem organizacional ocorre a partir de um direcionamento estratégico que

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concorra para a formação de cinco disciplinas: o pensamento sistêmico, o domínio

pessoal, a criação de modelos mentais, a construção de uma visão compartilhada e

a aprendizagem em equipe. Considera-se que a aprendizagem organizacional é

gerada a partir da ação estratégica e da interação entre os componentes da

organização, existindo uma relação de dependência entre cultura e aprendizagem

organizacional.

Assim, Aprendizagem Organizacional surgiu do reconhecimento de que

para uma organização sobreviver e se manter competitiva no mercado, seja ela uma

indústria, uma prestadora de serviços ou uma empresa de tecnologia, deve estar

comprometido com o aprendizado. É certo que as organizações enfrentam condições

adversas e variadas: novas tecnologias, mudanças no mercado, novos

competidores, que requerem com todas essas condições, respostas rápidas e

inovadoras.

Atualmente com as mudanças paradigmáticas no que tange ao

ensino/aprendizagem a aprendizagem organizacional significa avaliar resultados de

desempenho, na medida em que o conceito é apropriado pela teoria das

organizações, o foco passa a ser os processos. Trata-se, assim, de buscar

responder, por meio do conceito, como as organizações agem para conquistar os

resultados que indicam a realização de aprendizagens, principalmente com base na

gestão do Conhecimento.

Por isso a importância de buscar-se compreender melhor as estruturas

organizacionais, tais como a cultura, as políticas organizacionais, os valores, os

tipos de liderança, enfim, como estes aspectos podem favorecer ou obstaculizar

processos de aprendizagem.

Visto que, as empresas precisam estar continuamente adquirindo

conhecimento, ou seja, o esforço de uma organização para sobreviver e crescer

depende da sua capacidade de tirar vantagem do aprendizado coletivo interno sobre

seus próprios processos e formas de atuação.

Sendo assim, é preciso encontrar caminhos para intervir, desenvolver,

promover aprendizagem organizacional e transpor os estudos analíticos e

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compreensivos para proposições gerenciais que ainda permanecem como um

desafio.

No entanto, para Nonaka e Takeuchi (1995), a criação do conhecimento

organizacional resultaria da conversão de conhecimento tácito em conhecimento

explícito, em um processo ‘espiralado’ envolvendo tanto a dimensão epistemológica

quanto a dimensão ontológica. “A espiral surge quando a interação

entre conhecimento tácito e conhecimento explícito eleva-se dinamicamente de um

nível ontológico inferior até níveis mais altos” (Nonaka e Takeuchi, 1995, p. 62).

Obviamente, devemos ressaltar que conforme Stata (1997) primeiro, a

aprendizagem organizacional ocorre através de percepções, conhecimentos e

modelos mentais compartilhados. Assim sendo, as organizações podem aprender

somente na velocidade em que o elo mais lento da cadeia aprende. A mudança fica

bloqueada, a menos que todos os principais tomadores de decisão aprendam juntos,

venham a compartilhar crenças e objetivos e estejam comprometidos em tomar as

medidas necessárias à mudança. Segundo ele, o aprendizado é construído com

base em conhecimentos e experiências passadas isto é, com base na memória. A

memória organizacional depende de mecanismos institucionais (por exemplo,

políticas, estratégias e modelos explícitos), usados para reter conhecimento.

Neste contexto, podemos vislumbrar que alguns trabalhos têm sido

desenvolvidos, os quais, a nosso ver, merecem atenção, já que podem inspirar

proposições voltadas ao desenvolvimento e otimização da aprendizagem

organizacional. De modo que neste capítulo, buscou-se verificar a importância da

aprendizagem nas organizações, calcada em características dos processos de

aprendizagem e inspirada nas literaturas afins.

4.1 Inclusão Digital: um desafio

A relação entre o homem e os avanços da tecnologia, nos últimos trinta

anos têm sido relevantes, de modo que se torna plausível em decorrência das

necessidades humanas e conseqüentemente da evolução.

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Aliado a esse fator ‘evolução’ percebemos uma situação contraditória,

principalmente quando se trata de uma realidade Brasileira de exclusão digital, no

qual podemos ver que ainda está engatinhando em busca de tecnologia de ponta

para o desenvolvimento social, cultural, político e econômico.

Podemos ainda nos deparar com clareza a existência de discriminação

nas classes menos favorecidas, além da falta de políticas públicas de incentivo à

educação. Contudo, os impactos causados são consideráveis dentro da esfera

educacional e dos processos de ensino-aprendizagem que se mostram, embora

ainda bastante lento, em decorrência do imediatismo e da rapidez do suprimento das

necessidades do mercado profissional.

Neste sentido a inovação aliada à aprendizagem digital proporciona um

ambiente propício à gestão do conhecimento, bem como o desenvolvimento e o

crescimento organizacional.

Conforme Nonaka e Takeuchi (1995) a geração do conhecimento

organizacional sempre esteve presente nas práticas de desenvolvimento de

produtos, serviços e sistemas das empresas e o que se evidencia na atualidade, em

que vivencia-se um processo de difusão e legitimação do novo modelo sócio-

econômico, é que a importância deste processo de desenvolvimento se acentuou, e

tanto a qualidade como a velocidade do mesmo assumiram uma importância

estratégica para as empresas, este detalhe é particularmente notado nas empresas

que desenvolvem estratégias baseadas em informação.

Por sua vez, a inclusão digital aliada à inovação é baseada na

pressuposição de que a aprendizagem organizacional se realiza por etapas,

gradativamente. É um processo de cultura que irá depender do clima para que a

ocorra definitivamente de “dentro para fora”, através da substituição de

equipamentos e processos e, como conseqüência, da prescrição de novas

seqüências operatórias. Na maioria das organizações essa condição é reduzida à

uma simples aquisição de tecnologia, embora não se priorize como deveria a

inclusão digital, onde as inovações manifestam-se como simplesmente uma

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transformação cuja situação, podemos definir claramente como atividades

operacionais cotidianas, levando a competitividade.

Porém o atual contexto põe em cheque a pertinência de cada um destes

pressupostos, o paradoxo tecnologia e exclusão digital, visto que a prescrição de

Tarefas, em muitas situações, torna-se praticamente impossível, por faltar métodos e

diretrizes claras de comunicação, tais como padrões. Em razão desta ocorrência de

solicitações e operações de produção não formuladas com padrão de qualidade,

várias situações de trabalho exigem cada vez mais interpretações e diagnósticos

complexos que, embora específicos à área de atuação do trabalhador, não levam em

consideração diferentes objetivos e tipos de gêneros que atendam as necessidades

da empresa (informais, técnicos, comerciais, financeiros, etc.).

Nesta monografia, se defende que esses avanços podem contribuir muito

para o desenvolvimento e crescimento não só da empresa, mas também de seus

colaboradores, uma vez que são importantes suportes para a reflexão da

organização.

Para Spitz (1999) não devemos esquecer que utilizar a internet exige

diversas capacidades (como compreensão de textos complexos, comunicação por

escrito, operação de computadores e softwares, entre outras), que exigem um grau

de instrução relativamente elevado. A esse conjunto de capacidades dá-se o nome

de ‘alfabetização informacional’: para o cidadão da sociedade informacional, já não

basta saber ler e escrever, ou ter aprendido algum ofício. É preciso ter acesso à

informação, saber buscá-la e encontrá-la, dominar seu uso, organizá-la e entender

suas formas de organização, e, sobretudo, utilizá-la apropriada, adequada e

eficazmente.

Para tanto Papert (1997) defende a imperiosa necessidade de mudar a

escola, o conteúdo de aprendizagem, a maneira de ensinar, a forma de aprender, a

organização do espaço e do horário escolar, a forma de comunicação entre

aprendentes e ensinantes. Nos discursos da política educacional as TIC emergem

como uma razão de Estado, no sentido da defesa das aspirações das comunidades

nacionais, por enunciações que afirmam o seu valor irrefutável nas novas

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configurações da economia e na necessidade estratégica de formar uma população

capaz de operar com estas tecnologias.

Portanto, ter acesso à Rede não garante a sua real utilização, fator que

limita ainda mais a sua abrangência. Sendo assim, espera-se que tanto a escola,

quanto os pais em parceria com o governo deveriam acompanhar e lutar por

melhorias e mudanças que contribuiriam para combater as desigualdades sociais

existentes entre brasileiros, oferecendo suporte e qualidade no acesso dessas

tecnologias, que exercem papel fundamental na construção do cidadão

contemporâneo.

4.2 O papel do Pedagogo Empresarial na Gestão da Comunicação Interna

O ambiente organizacional tendo em vista às reais necessidades

mercadológicas de gestão de pessoas face à comunicação organizacional, em

especial dos profissionais que tenham domínio didático-pedagógico no

ensino/aprendizagem para jovens e adultos, amparados pela ciência a que

chamamos de Andragogia. Para o estabelecimento de uma comunicação interna

eficaz, dentro da perspectiva didática no âmbito organizacional podemos evidenciar

que temos hoje um grande déficit de profissionais que sejam realmente capacitados

para desenvolverem estratégias de desenvolvimento humano através da gestão da

comunicação interna. Levando-se em consideração toda a diversidade de canais e

instrumentos de apoio para o treinamento e desenvolvimento dos públicos internos

interessando ao cumprimento de metas e objetivos organizacionais.

Freire e Macedo (1990), afirmam que os alfabetizandos precisam

compreender o mundo, o que implica falar a respeito do mundo e este exercício da

oralidade é fundamental na prática da alfabetização.

No entanto, faz-se necessário relatar que os profissionais de pedagogia

podem trabalhar o ambiente interno das organizações desempenhando inúmeras

funções e atividades, tais como de pesquisa didático-pedagógico, organização de

projetos, organização de seminários, workshops, palestras, mini-cursos de

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atualização, ou mesmo, de capacitação profissional, além do papel imperativo de

gerar a comunicação interna, desenvolvidas por práticas formais e informais,

intermediadas pelos instrumentos de apoio dentro da organização.

O ensino-aprendizagem tem o compromisso de assumir concepções

alternativas, com o caráter mais didático-pedagógico e dinâmico face ás

necessidades peculiares de cada organização, a fim de permitir uma interação entre

o colaborador e os líderes.

Libâneo (2001) ressalta que as práticas pedagógicas perpassam por

meios de comunicação, materiais informativos, nas esferas do serviço público estatal

e até mesmo em academias de educação física e clínicas medicas, ou seja por toda

nossa vida., diante disso o pedagogo não poderia ficar preso á uma sala de aula ou

diretoria. Uma das mais novas tendências é a atuação do/a pedagogo/a em

empresas. É o/a Pedagogo/a Empresarial, que desenvolve várias atividades,

principalmente na área de formação profissional, organizando e proporcionado aos

funcionários das empresas cursos de capacitação, palestras e incentivo ao estudo.

Por isso, é importante que todos os educadores interessados na educação

concentrem esforços em propostas de intervenção pedagógica nas várias esferas do

educativo para o enfretamento dos desafios da realidade do mundo contemporâneo

(LIBÂNEO, 1999).

As Tecnologias de informação e comunicação interna proporcionam uma

nova condição para o ensino-aprendizagem por se tratar de um acontecimento

global, que permiti definir um novo perfil da sociedade moderna no qual alteram e

reconstroem a cada dia novas formas de ensinar e de aprender. Estes discursos

respaldam um novo modelo educativo que tem por base, um outro tecido social

denominado Sociedade da Informação e do Conhecimento.

Segundo Libâneo (2001, p. 4),

[...] a sociedade atual é eminentemente pedagógica ao ponto de ser chamada de sociedade do conhecimento [...]. Há práticas pedagógicas nos jornais, nas rádios na produção de material informativo, tais como livros didáticos e paradidáticos, enciclopédias, guias de turismo, mapas, vídeos, revistas; na criação e elaboração de

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jogos, brinquedos; nas empresas há atividade de supervisão do trabalho, orientação de estagiários, formação profissional em serviço. Há uma prática pedagógica nas academias de educação física, nos consultórios clínicos. Na esfera dos serviços públicos estatais, são disseminadas várias práticas pedagógicas de assistentes sociais, agentes de saúde, agentes de promoção social nas comunidades e etc. São práticas tipicamente pedagógicas. Os programas de medicina preventiva, informação sanitária, orientação sexual, recreação, cultivo do corpo, assim como práticas pedagógicas em presídios, hospitais, projetos culturais são ampliados.

Embora, reconheçamos que a crise política-educacional abrange todo o

país, não faz parte de nosso objetivo delimitar sobre sistemas e políticas

educacionais, porém interessa nos descobrir formas e condições que favoreçam o

modelo educativo nas organizações de modo a otimizar conflitos.

CONCLUSÃO

Portanto, espero que tenha atingido ao final deste estudo o objetivo de

evidenciar através da análise da comunicação organizacional, a importância das

ferramentas de tecnologias para o desenvolvimento da comunicação interna, pois tal

problemática se tornou visível, e possibilitou ainda vislumbrar possíveis soluções, de

modo que espera-se que as empresas se conscientizem da importância da

Comunicação Interna e de suas ferramentas estratégicas como os canais de

informação e instrumentos de apoio, a fim de proporcionarem um suporte ativo e

contínuo nas lideranças organizacionais entre seus públicos internos. E, não apenas,

um mero discurso ocasional restrito á rotinas que permeiam o âmbito da organização

e a comunicação equivocada de seus públicos.

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Embora não seja nosso objetivo, alongar e esgotar informações sobre a

discussão da gestão de tecnologias frente à comunicação interna como instrumento

de comprometimento, porém evidencia-se tal fato pela estreita relação entre o

binômio colaborador/organização, de maneira que indicamos aqui uma breve

distinção da organização que favorece em seu ambiente com os elementos de

inovação tecnológica e valorização do colaborador, pois do contrário será palco de

infindáveis conflitos internos num processo de lentidão das relações, como também

fator de perda na produtividade e no aproveitamento da energia e inteligência tácita

contida em seus públicos internos.

Outro fator interessante, que vale retomar, é a diversidade de canais e de

instrumentos de apoio, que podem ser aproveitados através da comunicação

organizacional para que o ambiente interno sejam transformados ao ponto de

estimularem o crescimento e desenvolvimento da organização.

Tendo em vista que os públicos internos gerenciam as informações e

atualizações sobre a organização, tal conteúdo quando coordenado e efetivamente

processado com intuito de integrar a empresas numa sinergia única, visa

simplesmente atingir os objetivos e metas organizacionais, além de coibir eventuais

falhas e conflitos internos.

Logo, ao valorizar seus colaboradores, automaticamente se gera uma

condição de comunicação interna, clara e coerente, no contexto organização, visto

que o compartilhamento das informações sem falhas, mitos e barreias proporcionam

troca de idéias, circunscritas as representações tanto do ambiente interno quanto

externo da organização, pois estabelecem estrategicamente o desenvolvimento e

crescimento por conseqüência.

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