unidade 1 - educação inclusiva

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UNIDADE 1 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA Visão geral Apresentação da disciplina: Olá! Sou a profa Edilaine Vagula, quero apresentar para você a web aula da disciplina de Educação e Inclusão, estudaremos os aspectos históricos, filosóficos, sociais e psicológicos, inerentes à Educação Especial. Uma atenção especial será dirigida para as questões da inclusão: o que é inclusão, quais as políticas da educação inclusiva e as implicações organizacionais e pedagógicas. Será apresentada uma breve caracterização dos vários grupos de indivíduos com deficiências e com necessidades educativas especiais. Objetivos: - Refletir sobre os parâmetros educacionais específicos da Educação Especial; - Adquirir subsídios teóricos sobre a educação especial, refletindo sobre práticas inclusivas. Conteúdo Programático: - Inclusão e aprendizagem; - Fundamentos teóricos para o ensino das pessoas com necessidades educativas especiais; - Cidadania, direitos humanos e a escola inclusiva; - Integração e políticas públicas para inclusão na escola.

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UNIDADE 1 - EDUCAO INCLUSIVAViso geral

Apresentao da disciplina:

Ol! Sou a profa Edilaine Vagula, quero apresentar para voc a web aula da disciplina de Educao e Incluso, estudaremos os aspectos histricos, filosficos, sociais e psicolgicos, inerentes Educao Especial. Uma ateno especial ser dirigida para as questes da incluso: o que incluso, quais as polticas da educao inclusiva e as implicaes organizacionais e pedaggicas. Ser apresentada uma breve caracterizao dos vrios grupos de indivduos com deficincias e com necessidades educativas especiais.

Objetivos:

- Refletir sobre os parmetros educacionais especficos da Educao Especial;- Adquirir subsdios tericos sobre a educao especial, refletindo sobre prticas inclusivas.

Contedo Programtico:

- Incluso e aprendizagem;- Fundamentos tericos para o ensino das pessoas com necessidades educativas especiais;- Cidadania, direitos humanos e a escola inclusiva;- Integrao e polticas pblicas para incluso na escola.

Metodologia:

Os contedos programticos ofertados nessa disciplina sero desenvolvidos por meio das Teleaulas, de forma expositiva e interativa (chat tira dvidas em tempo real), Aula-atividade por Chat, para aprofundamento e reflexo e Web-aulas, que estaro disponveis no Ambiente Colaborar, compostas de contedos de aprofundamento, reflexo e atividades de aplicao dos contedos e avaliao. Sero, tambm, realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participao em Frum, atividades prticas, estudos independentes (autoestudo) e Material Didtico da disciplina.

Avaliao Prevista:

O sistema de avaliao da disciplina compreende em assistir teleaula, participao no frum, produo de texto/trabalho no portflio, realizao de duas avaliaes virtuais, uma avaliao presencial, embasada em todo o material didtico, teleaula e web-aula da disciplina.Avaliao do Estgio:A avaliao contnua e cumulativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, baseados em competncias, habilidades e atitudes necessrias ao bom desempenho da prtica profissional.Os instrumentos de avaliao so propostos de acordo com as atividades obrigatrias referentes a cada semestre. Estas, por sua vez, devem ser inseridas pelo aluno no respectivo portflio, no prazo estabelecido pela coordenao do curso.Todas as atividades devem ser cumpridas, impreterivelmente. O no cumprimento de alguma atividade solicitada ou a ausncia do aluno ao campo de estgio implica em sua reprovao no Estgio Supervisionado referente ao semestre em questo.

Critrios para Participao dos Alunos no Frum:

Quando houver frum de discusso o aluno ser avaliado quanto ao contedo de sua postagem, onde dever comentar o tpico apresentando respostas completas e com nvel crtico de avaliao pertinente ao nvel de ps-graduao. Textos apenas concordando ou discordando de comentrios de outros participantes do frum sem a devida justificativa ou complementao no acrescentam em nada ao debate da disciplina, sendo assim, devem ser evitados. Os textos devem sempre vir acompanhados das justificativas para a opinio do discente sobre o contedo discutido, para que assim, possamos dar continuidade ao debate em nvel adequado. Alm disso, podem ser utilizados citaes de artigos, livros e outros recursos que fundamentem a opinio ou deem sustentao a sua posio crtica sobre o assunto. Deve ser respeitado o tpico principal do frum, evitando debates que no tem relao com o tema selecionado pelo professor.

Habilidades e competncias

HISTRIAWEB AULA 1Unidade 1 Incluso: Aspectos Histricos e Noes Bsicas Sobre as Deficincias Intelectual, Visual e Auditiva.INCLUSO E FATORES HISTRICOS MUNDIAISVamos iniciar, assistindo a um vdeo no qual atentaremos sobre a questo da incluso na escola.Inserir vdeo do MEC - domnio publico: caminhos para a incluso.durao 26 min.

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124136Mas, at chegarmos aqui, tivemos um longo caminho. Vamos ver como tudo aconteceu.Antigamente, a sociedade tinha uma viso um pouco diferente. A princpio, a ateno era direcionada para outras prioridades.Com relao aos deficientes, temos um primeiro momento, que foi chamado de fase do Extermnio. O que era diferente assustava, dava medo, (medo de contaminar), o que diferente provoca medo e deve ser eliminado.Ento, podemos levantar alguns pontos que caracterizava a sociedade antigamente:Culto belezaA pessoa com deficincia no tinha direito vida.Era condenada morte.Quando no era morta, era tratada como os bobos da corte,Com a chegada do Cristianismo , podemos observar algumas alteraes: Filho deficiente era visto como castigo dos cus; ou Eles eram vistos como possudos pelo demnio; Achavam que o comportamento diferente era determinado por foras sobrenaSegregao (religioso/ assistido / caritativo; institucionalizado) Crena no sobrenatural, amaldioados por deuses; As pessoas doentes ou com alguma anomalia eram colocadas de lado pela sociedade; Pessoas com deficincia portadoras de alma filhos de Deus , pelos valores ticos, tinham o dever de amar o prximo; Passaram a ser acolhidos em instituies religiosas (mas eram vistos como incapazes e doentes); Sec. XVI: deficincia tratada com alquimia, magia e astrologia; Sec. XVII: avanos da medicina, deficientes mantidos em asilos, hospitais psiquitricos e conventos; Sec. XVIII: deficincia eram resultados de leses e disfunes no organismo; Cincia questionou os dogmas religiosos; Objetivo: aliviar a sobrecarga da famlia e da sociedade; Eles eram mandados para asilos e hospitais, junto com doentes psiquitricos, delinquentes e prostitutas; Com a revoluo industrial: deficiente passou a ser relacionado com incapacidade, dependncia, inutilidade e no era interessante para os governantes; Eram deixados longe dos olhos para no provocar nenhum constrangimento tico ou moral (atitude natural); Surgiram as residncias clnicas, com o intuito de dar uma educao especial (mental).Integrao (Princpios da educao especial) via de mo nica. Nos anos 60/70 desinstitucionalizao educar em ambiente menos restritivo; Alguns considerados aptos passaram a ser encaminhados para escolas regulares, classes especiais ou salas de recursos. O deficiente passou a ser encarado como necessidades educacionais especiais problemas de aprendizagem requeria ateno mais especfica e maiores recursos educacionais reorganizao curricular, formao de professores, novos mtodos de ensino, posturas na atuao e responsabilidade das escolas; Modelo mdico da deficincia problema est no indivduo ele que precisava mudar para se adaptar sociedade ou ser mudado atravs da reabilitao ou cura.Incluso (quebra de paradigma) via de mo dupla.

A Educao Especial, no Brasil, seguiu o seguinte caminho:Na poca da Repblica: No havia necessidade, pois muitos iam para roa ou ficavam escondidos em casa.No sculo XIX: 1854 Servio de atendimento aos cegos: Imperial Instituto dos meninos cegos (com o decreto imperial 1.428), e, em 1891, foi institudo como: Instituto Benjamim Constant (Decreto 1.320 de 1891); 1857 Imperial Instituto do surdo-mudo que, em julho de 1957, tornou-se o Instituto Nacional de Educao de Surdos.

No sculo XX: 1905 Escola Rodrigues Alves DF e DV (RJ); 1909 Colgio dos Santos Anjos DM (SC); 1920 Primeira Sociedade/associao (RS) Sociedade Pestalozzi (Canoas). 1926 Porto Alegre Instituto Pestalozzi; 1932 Escola Estadual So Rafael DV (MG); 1935 Instituto dos Cegos (PE) e o Instituto Pestalozzi em Belo Horizonte; 1936 Instituto dos cegos na Bahia; 1948 Instituto Pestalozzi - DM (RJ) ministrado, em 1950, o primeiro curso de especializao para professores nesta rea; 1950 AACD (SP); 1954 Inicia-se o movimento das APAES, com Beatrice e George Benis; 1962 Federao das APAEs (12);

At a ditadura, eles eram chamados pelo termo excepcionais;

1988 Constituio Federal passaram a ser reconhecidos como pessoas com deficincia. Pessoa: implica em reconhecer o direito de viver e conviver em comunidade. Prev o pleno desenvolvimento dos cidados, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade, bem como quaisquer outras formas de discriminao. Garante o direito escola para todos e coloca, como princpio para educao, o acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundo a capacidade de cada um. Artigo 208, da constituio O estado assume a educao especial; 1989 lei 7.853/89 Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrcula de um estudante por causa da deficincia, em qualquer curso ou nvel de ensino, seja ele pblico ou privado. A pena para o infrator pode variar de 1 (um) a 4 (quatro) anos de priso mais multa;

1990 Estatuto da Criana e do Adolescente Garante o direito igualdade de condies para o acesso e permanncia escola, sendo o ensino fundamental obrigatrio e gratuito, o respeito dos educadores e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular; 1994 Com a Declarao de Salamnca (o texto no tem efeito de lei), diz que a pessoa com deficincia deve receber atendimento especializado. Crianas excludas (trabalho infantil e abuso sexual) e deficincias graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino; 1996 Com a Lei de Diretrizes de Base (LDB), o atendimento especializado pode ocorrer em classes especiais, quando no for possvel oferec-lo na escola comum. Este foi um ponto que gerou muita confuso, pois deu a entender que, dependendo da deficincia, a criana s podia ser atendida em escola especial; 2000 Leis garantem a prioridade nos atendimentos prioritrios de pessoas com deficincia nos locais pblicos. Estabelece normas de acessibilidade fsica e definem, como barreira, obstculos nas vias e no interior dos edifcios, nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expresso ou o recebimento de mensagens por intermdio dos meios de comunicao, sejam ou no de massa; 2001 Conveno de Guatemala (Decreto 3.956) Pe fim s interpretaes confusas da LDB. Esclarece as impossibilidades de tratamento desigual com base na deficincia. O acesso ao ensino fundamental um direito humano e privar pessoas em idade escolar, dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere a conveno e a Constituio. A Conveno da Guatemala deixa clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficincia, definindo a discriminao como toda diferenciao, excluso ou restrio baseada em deficincia, antecedente de deficincia, consequncia de deficincia anterior ou percepo de deficincia presente ou passada, que tenha o efeito ou propsito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exerccio por parte das pessoas portadoras de deficincia de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais (art. 1, n 2, a).Podemos ver que a excluso tem participado da nossa vida h muito tempo. No texto abaixo, Jorge conta atravs de uma parbola a questo da excluso,Texto1 - Incluir ou excluir: Dessa gua, eu no bebereihttp://www11.unopar.br/unopar/atividade/download.action?geconteudo.gecoCd=317113http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=11590&cod_canal=33

Muito interessante para fazermos uma reflexo sobre o nosso comprometimento no dia a dia com as mais variadas situaes. Estamos somente presentes ou realmente estamos presentes e conscientes no que nos engajamos. Vamos postar alguns comentrios no frum.

Pgina WEB AULA 2Unidade 1 Da Educao Segregada Educao Inclusiva: uma Breve Reflexo sobre os Paradigmas Educacionais no Contexto da Educao Especial BrasileiraPara aprofundar:

Texto 2: Da Educao Segregada Educao Inclusiva: uma Breve Reflexo sobre os Paradigmas Educacionais no Contexto da Educao Especial Brasileira1Rosana Glat e Edicla Mascarenhas FernandesFaculdade de Educao / Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Assim, pessoal, podemos perceber que estamos num processo que se iniciou na dcada de 40, com alteraes na dcada de 70, 80 e com mais transformaes ocorrendo com o passar do tempo. Este processo no est pronto. Est em andamento e fazemos parte das alteraes que esto por vir. Temos uma luta pela frente, por melhores condies de atendimento para este tipo de populao e de melhores condies de trabalho, com cursos, reciclagens, atualizaes, projetos e outras alternativas para que possamos continuar com este processo.

A tendncia atual que o trabalho da Educao Especial garanta, a todos os alunos com deficincia, o acesso escolaridade, removendo barreiras que impedem a frequncia desses alunos s classes comuns do Ensino Regular. Assim sendo, a Educao Especial comea a ser entendida como modalidade que perpassa, como complemento ou suplemento, todas as etapas e nveis de ensino.

Esse trabalho constitudo por um conjunto de recursos educacionais e de estratgias de apoio, colocados disposio dos alunos com deficincia, proporcionando-lhes diferentes alternativas de atendimento, de acordo com as necessidades de cada um.O atendimento educacional especializado uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com deficincia. So consideradas matrias do atendimento educacional especializado: Lngua Brasileira de Sinais (Libras); interpretao de Libras; ensino de Lngua Portuguesa para surdos; Sistema Braile; orientao e mobilidade; utilizao do soroban; as ajudas tcnicas, incluindo informtica adaptada; mobilidade e comunicao alternativa/aumentativa; tecnologias assistivas; informtica educativa; educao fsica adaptada; enriquecimento e aprofundamento do repertrio de conhecimentos; atividades da vida autnoma e social, entre outras.A seguir, temos um esquema que mostra a abrangncia da educao especial durante todo o processo de ensino.

Por este quadro, podemos observar que a educao especial um processo que deve acompanhar o aluno durante todo o processo de ensino, desde a educao infantil at, ou melhor, alm do ensino superior. (Monroe).Ela, tambm, coloca que, com a mudana de paradigma, o portador de deficincia passou a ser visto de forma diferente pelos vrios setores da sociedade.Essa tomada de conscincia se deve a vrios fatores que ocorreram durante anos, com mudanas na sociedade, na poltica e na cincia. Mudanas estas que afetaram as mais variadas reas da sociedade, com surgimento de lei, de movimentos a nvel mundial e novas descobertas nas cincias.Abaixo, esto listados alguns acontecimentos mundiais que desencadearam avanos: Revoluo Industrial: exigncia de novas competncias;

Revoluo francesa: movimento humanista em favor das pessoas excludas, com o slogan "Liberdade/Igualdade/ Fraternidade;

1945 - Proclamao dos direitos humanos (entre eles, o direito educao); Avanos nas reas das cincias (sofisticao dos exames e diagnsticos); 1969 - Dinamarca: Filosofia de Normatizao e Integrao; 1990 - Tailndia: Conferencia Mundial de Educao para Todos - Conferencia de Jomtien; 1994 - Espanha - Conferncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais - Conferncia de Salamnca -reconheceu a necessidade e urgncia da educao para as crianas, jovens e adultos com necessidades especiais dentro do sistema regular de ensino.

Todos estes fatos contriburam muito para a tomada de conscincia que estamos passando hoje.Podemos ver, no quadro a seguir, de forma clara, esta mudana de paradigma. Antes centrada no dficit, na dificuldade e, depois, centrada na competncia.

2 do MEC - domnio pblico: liberdade de ser.http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124137Mas, vamos retomar nosso rumo. O que mesmo incluso?Aqui, esto mais informaes :

DUCAO ESPECIAL : O processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas com necessidades educativas especiais e que abrange os diferentes nveis e graus do sistema de ensino; Fundamenta-se em referenciais tericos e prticos, compatveis com as necessidades especficas de seu alunado; O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulao essencial at os graus superiores de ensino; Sob o enfoque sistmico, a educao especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que formar cidados conscientes e participativos.

Pgina OBJETIVOS DA EDUCAO ESPECIAL

1. Desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;

1. Incentivo autonomia, cooperao, esprito crtico e criativo da pessoa com necessidades educativas especiais;

1. Preparao dos alunos para participarem ativamente no mundo social, cultural, dos desportos, das artes e do trabalho;

1. Frequncia escola em todo o fluxo de escolarizao, respeitando o ritmo prprio do aluno;

1. Atendimento educacional adequado s necessidades especiais do alunado, no que se refere a currculos adaptados, mtodos, tcnicas e materiais de ensino diferenciados, ambiente emocional e social da escola favorvel integrao social do aluno, pessoal devidamente motivado e qualificado;

1. Avaliao permanente, com nfase no aspecto pedaggico, considerando o educando em seu contexto biopsicossocial, visando identificao de suas possibilidades de desenvolvimento;

1. Desenvolvimento de programas voltados preparao para o trabalho;

1. Envolvimento familiar e da comunidade no processo de desenvolvimento global do educando.

O QUE INCLUSO ESCOLAR?

Processo global e dinmico que pode tomar distintas formas, de acordo com as necessidades e habilidades dos alunos.A integrao educativo-escolar refere-se ao processo de educar-ensinar, no mesmo grupo, a criana, com e sem necessidades educativas especiais, durante uma parte ou na totalidade do tempo de permanncia na escola.

Objetivos da Incluso:I. Integrao das pessoas com necessidades especiais sociedade;II. Expanso do atendimento aos alunos com necessidades especiais na rede regular governamental de ensino;III. Ingresso do aluno com necessidades educativas especiais em turmas do ensino regular, sempre que possvel;IV. Apoio ao sistema de ensino regular para criar as condies de integrao dos alunos com necessidades educativas especiais;V. Conscientizao da comunidade escolar para a importncia da presena do alunado de educao especial em escolas da rede de ensino;VI. Integrao tcno-pedaggica entre os educadores que atuam nas salas de aulas do ensino regular e os que atendem em salas de educao especial;VII. Integrao das equipes de planejamento da educao comum com os da educao especial, em todas as instancias administrativas e pedaggicas do sistema educativo;VIII. Desenvolvimento de aes integradas nas reas de ao social, educao, sade e trabalho.

Inserir vdeo 3 : MEC - domnio pblico : universo das diferenashttp://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124141Pgina 10 de 1WEB AULA 3Unidade 1 Deficincias Visual, Intelectual e AuditivaOi turma, bem-vindos a nossa web-aula.Vamos comear a ver, um pouco mais detalhado, sobre algumas deficincias.No atendimento educacional especializado, temos a seguinte classificao para os alunos com necessidades educacionais especiais: Deficincia Intelectual;

Deficincia visual;

Deficincia auditiva;

Deficincia fsica;

Deficincia mltipla;

Transtornos Globais do Desenvolvimento;

Altas Habilidades-superdotao.Sero apresentadas as caractersticas das deficincias1, de acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais - Adaptaes Curriculares:Cada uma delas requer um tipo de atendimento diferenciado, para que possamos trabalhar melhor as habilidades a serem priorizadas.1. DEFICINCIA MENTAL:

Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da mdia, oriundo do perodo de desenvolvimento, concomitante com limitaes associadas a duas ou mais reas da conduta adaptativa ou da capacidade do individuo em responder adequadamente s demandas da sociedade, em pelo menos dois ou mais aspectos: Comunicao; Cuidados pessoais; Habilidades sociais; Desempenho na famlia e comunidade; Independncia na locomoo; Sade e segurana; Desempenho escolar; Lazer e trabalho (BRASIL, 1998, p. 26). Deficincia mental um vasto complexo de quadros clnicos, produzidos por vrias etiologias e que se caracteriza pelo desenvolvimento intelectual insuficiente, em termos globais ou especficos. (Krynski 1983), Limitao associada a duas ou mais reas; Incio: antes dos 18 anos.

1 Quer saber mais sobre cada deficincia? Ento consulte a pgina do MEC: www.mec.gov.br.Classificao: Leve; Moderado; Grave ou severa; Profundo.

Importante lembrar que os deficientes mentais de menor gravidade, tm percepo de si mesmo e da realidade, diferenciando-os da doena mental.

Oficialmente, usa-se esta classificao na hora de se emitir um laudo tcnico, mas, no dia a dia, usa-se termos como: criana com atraso ou dficit intelectual, ou aluno que precisa de apoio ou apoio parcial.Saber Mais:

Fazendo um breve parnteses, vemos que, no desenvolvimento "normal", segundo Piaget: No perodo sensrio-motor: criana organiza as sensaes; No perodo pr-operacional: inicio da linguagem e da funo simblica; No perodo das operaes concretas: internalizao mental, pensamento lgico, razo norteia as atitudes, prazer pelo jogo de regras e competio; No perodo das operaes formais: pensamento hipottico, crtica, apresenta os pontos de vista prprio.

Mas, quando estamos trabalhando com portadores de deficincia mental, vemos que: esperado que o portador de deficincia mental apresente comportamentos das fases anteriores, dependendo do grau de deficincia. Pessoas com maior grau de severidade encontram mais dificuldade para realizar tarefas.Vdeo MEC - domnio pblico: MEC desafios escola d m socializhttp://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20260A seguir, veremos um poema escrito por uma pessoa com necessidades educacionais especiais:Texto 3:http://www11.unopar.br/unopar/atividade/download.action?geconteudo.gecoCd=317120http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2009/03/11/ilusoes-do-amanha-poema-de-alexandre-lemos-aluno-da-apae/

1.1 Sndrome de Down:Na sndrome de down ou Trissomia do 21, um dos tipos a sndrome e uma das caractersticas a deficincia mental.

A seguir, temos um caritipo de uma pessoa sem sndrome de down e outra com alterao cromossmica tpica da sndrome de down

Figura 1: caritipo de uma pessoa "normal".

Figura 2: caritipo de uma pessoa com sndrome de down. A seta indica uma trissomia do par do cromossomo 21Aprofundando o conhecimento:

Complemente este contedo, tendo acesso ao material produzido pelo MEC/SEE/2006, que so cartilhas intituladas "Saberes e prticas da incluso", divididas por deficincias especficas e por modalidades de educao.

Pgina WEB AULA 4Unidade 1 Deficincia Visual e Auditiva.

a reduo ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e aps a melhor correo tica. possvel manifestar-se como: Cegueira: perda da viso, em ambos os olhos, mesmo com o uso de lentes de correo. Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total ou o resduo mnimo da viso que leva o indivduo a necessitar do mtodo Braille como meio de leitura e escrita, alm de outros recursos didticos e equipamentos especiais para a sua educao; Viso reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, aps correo mxima. Sob o enfoque educacional, trata-se de resduo visual que permite ao educando ler impressos a tinta, desde que se empreguem recursos didticos e equipamentos especiais (BRASIL, 1998, p. 26).Em caso de deficincia visual, a escola deve providenciar para o aluno, aps a sua matrcula, o material didtico necessrio, como regletes, soroban, alm do ensino do cdigo Braile e de noes sobre orientao e mobilidade, atividades de vida autnoma e social.

Deve, tambm, conhecer e aprender a utilizar ferramentas de comunicao que, por sintetizadores de voz, possibilitam aos cegos escrever e ler via computadores. preciso, contudo, lembrar de que a utilizao desses recursos no substitui o currculo e as aulas nas escolas comuns de ensino regular.Os professores e demais colegas de turma desse aluno tambm podero aprender o Braile, assim como a utilizar as demais ferramentas e recursos especficos pelos mesmos motivos apresentados no caso de alunos surdos ou com deficincia auditiva.Em se tratando de escola pblica, o prprio Ministrio da Educao tem um programa que possibilita o fornecimento de livros didticos em Braile.Alm disso, em todos os Estados esto instalados centros de apoio educacional especializado, que devem atender s solicitaes das escolas pblicas.Da mesma forma, as escolas particulares devem providenciar e arcar com os custos do material ou tentar obt-lo atravs de convnios com entidades especializadas e/ou rede pblica de ensino.Recursos para aprendizagem e mobilidade:

Braille - principal meio de leitura e escrita. Colocar em um quadro utilizar equipamentos especficos para o desenvolvimento educacional e integrao social; Aprender orientao e mobilidade para sua autonomia; Usar o resduo visual nas atividades de vida diria sempre que possvel; Cajado de pastor e co - primeiros auxlios utilizados pelas pessoas cegas; Bengala Ortopdica - Tem como objetivo, servir de apoio e sustentao, suportando o peso do indivduo. Material: madeira grossa e resistente, apresentando extremidade superior e um cabo curvo; Bengala Branca - Mais longa que a bengala ortopdica, medindo cerca de 90 cm. Tambm confeccionada de madeira pintada de branco com uma faixa vermelha na extremidade inferior; Bengala Longa ou de Hoover -. Material: Liga de alumnio, por sua capacidade de transmitir aos nervos da mo em formas de sensaes tteis, as particularidades do terreno.

INSTRUMENTOS EDUCACIONAIS Diferentes tipos de culos; Lupas e telescpios; Cadernos com pautas mais grossas; Tiposcpio; Ampliao de livros; Baralhos; Dial telefnico; Sistema Braille; Instrumentos de medida, com marcas em relevo, em rguas, fitas mtricas e outros; Gravadores e livro falado, pelos quais as crianas podem ouvir textos registrados e fazer relatos ou tarefas; Instrumentos de medida, com marcas em relevo, em rguas, fitas mtricas e outros; Gravadores e livro falado, pelos quais as crianas podem ouvir textos registrados e fazer relatos ou tarefas; Recursos visuais no-pticos: favorecem o funcionamento visual, no utilizam lentes. Mesa adaptada, canetas tipo pincel atmico, luminrias, cadernos com linhas ampliadas e em negrito, marcadores de pgina e janelas de leitura, proteo contra luz e brilho, livros com tipos ampliados, com adequao do tamanho do caractere, espaamento entre letras e linhas, uso do negrito, serifa e espessura da letra.

Figura 4: alguns equipamentos utilizados por portadores de baixa viso e/ou cegos: reglete, puno, mquina de escrever em braile (perkins), lupas, tele-lupas e sorob.MATERIAIS ALTERNATIVOS Guizos - bolas e pneus; Maquetes; Aumentar o tamanho dos equipamentos; Utilizar-se de cores brilhantes para marcaes e metas; Usar auxlio de um vidente; Usar bolas sonoras; Usar sons para delinear a rea de jogo; Usar sinetas, barbantes ou elsticos condutores; Usar informaes verbais de guia.

ADAPTAES NO ESPAO FSICO

Reconhecimento do local; Reconhecer o local que cercam o espao da atividade; Verificar a disposio dos materiais e obstculos no local da atividade; Comentar sobre o caminho que percorrido at o local da atividade; Informaes sinalticas no ambiente que ser realizada atividade (ex. Campo minado).Vdeo MEC - domnio pblico - quebrando a invisibilidadehttp://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124140Para seu aprofundamento, faa a leitura da cartilha sobre saberes e prticas da educao:

WEB AULA 4Unidade 1 Deficincia Auditiva

Perda total ou parcial, congnita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermdio do ouvido. Manifesta-se como: Surdez leve/moderada: perda auditiva de at 70 decibis, que dificulta, mas no impede o individuo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz humana, com ou sem a utilizao de um aparelho auditivo; Surdez severa/profunda: perda auditiva acima de 70 decibis, que impede o indivduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como adquirir, naturalmente, o cdigo da lngua oral (BRASIL, 1998, p. 25).Caso exista um aluno com deficincia auditiva ou surdo matriculado numa escola de ensino regular, ainda que particular, esta deve promover as adequaes necessrias e contar com os servios de um intrprete de lngua de sinais, de professor de Portugus como segunda lngua desses alunos e de outros profissionais da rea da sade (fonoaudilogos, por exemplo), assim como pessoal voluntrio ou pertencente a entidades especializadas conveniadas com as redes de Ensino Regular.Se for uma escola pblica, preciso solicitar material e pessoal s Secretarias de Educao municipais e estaduais, as quais tero de providenci-los, com urgncia, ainda que atravs de convnios, parcerias, etc.

Ainda para a surdez e a deficincia auditiva, a escola deve providenciar um instrutor de Libras (de preferncia surdo) para os alunos que ainda no aprenderam esta lngua, mas cujos pais tenham optado pelo seu uso.Obedecendo aos princpios inclusivos, a aprendizagem de Libras deve acontecer, preferencialmente, na sala de aula desse aluno e ser oferecida a todos os demais colegas e ao professor, para que possa haver comunicao entre todos. O ouvido o rgo que capta esse som, transforma-o em estmulos eltricos e os envia ao nervo auditivo, para que cheguem ao crebro; Ali, eles so decodificados como uma palavra, ou como uma cano; Quando esse precioso mecanismo apresenta falhas, surgem as deficincias auditivas, que podem ter vrios graus e culminar na surdez total;O som energia mecnica de vibrao do ar. As vibraes sonoras causam o movimento do tmpano e da corrente de trs pequenos ossos que se encontram no interior do ouvido mdio.Os trs ossos atuam como alavancas, aumentando a fora da vibrao inicial recebida pelo tmpano.Este estmulo ampliado conduzido membrana que cobre a janela oval.

A audio medida por decibis.Para seu aprofundamento, faa a leitura da cartilha sobre saberes e prticas da educao:

Pgina Quem o surdo?

H muitos graus de perda auditiva. Hoje, dizemos que surdos so aqueles que usam a lngua de sinais para se comunicar e deficientes auditivos aqueles que com uma prtese podem reconhecer pelo som as palavras.Surdos so aquelas pessoas que utilizam a comunicao espao-visual como principal meio de conhecer o mundo em substituio audio e fala.A maioria das pessoas surdas, no contato com outros surdos, desenvolve a Lngua de Sinais. J outros, por viverem isolados ou em locais onde no exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos.Existem surdos que por imposio familiar ou opo pessoal preferem utilizar a lngua oral (fala).

Surdo-mudo: Provavelmente a mais antiga e incorreta denominao atribuda ao surdo e, infelizmente, ainda utilizada em certas reas e divulgada nos meios de comunicao, principalmente televiso, jornais e rdio; O fato de uma pessoa ser surda no significa que ela seja muda. A mudez uma outra deficincia, totalmente desagregada surdez. So minorias os surdos que tambm so mudos; Fato a total possibilidade de um surdo falar, atravs de exerccios fonoaudiolgicos, aos quais chamamos de surdos oralizados; Tambm, possvel um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exerccio.

Surdo: dificuldade parcial ou total no que se refere audioMudo: problema ligado vozEducao: a educao de uma pessoa surda se dar de forma diferente, de acordo com a poca em que a surdez acontecer; Ela precisar de um atendimento especializado para conseguir uma educao de qualidade e poder participar da sociedade como cidad; Crianas com problemas de audio, sem a devida assistncia, tm dificuldades no desenvolvimento da linguagem; Se chegarem idade escolar sem que a surdez tenha sido diagnosticada, o aprendizado ser difcil, simplesmente porque essas crianas ouvem mal o que est sendo ensinado.Lngua: Conjunto do vocabulrio de um idioma, e de suas regras gramaticais; idioma. Por exemplo: ingls, portugus, LIBRAS.Lngua de sinais: a lngua dos surdos e que possui a sua prpria estrutura e gramtica atravs do canal comunicao visual. A lngua de sinais dos surdos urbanos brasileiros a LIBRAS. Lei Federal n 10436 de 2002. Dispe sobre a oficializao da LIBRAS - Lngua Brasileira de Sinais e d outras providncias.

Interprete de Libras: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos uma comunicao falada, usando a lngua de sinais e vice-versa.