UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu Agrícolade Desenvolvimento Rural

A Europa investe nas zonas rurais

O Centro de Interpretação dos Recursos Naturais localiza-se no Parque Biológico da Cabeça Gorda, no antigo perímetro florestal que foi gerido pelo Ministério da agricultura desde 1958 a 2008, uma

propriedade de 324,8 ha. Este espaço foi, historicamente como muitos do Alentejo, ocupado

pelas culturas cerealíferas e o pastoreio intensivo provocando um crescente empobrecimento dos solos. Com vista a reverter esta situação, em 1958, foi aprovado o projeto de arborização para o

Perímetro, área que hoje está completamente arborizada, sendo as espécies dominantes o sobreiro e o eucalipto.

A fauna é representativa da zona e, sendo este um espaço restrito para a caça, é possível encontrar frequentemente espécies cinegéticas

como o coelho, a lebre, o javali, a perdiz-vermelha, o veado, a raposa, a codorniz, a rola-comum, o tordo e o pombo torcaz. É possível

encontrar também saca-rabos e ginetas.

A flora do Parque Biológico apresenta três estratos: o das plantas e ervas, onde se destacam trevos, serradelas, salsaparrilhas, malvas e juncos; o arbustivo, composto pelo tojo, roselha, esteva, alecrim, cardo e sargaço; e, finalmente, o estrato mais visível, o arbóreo com sobreiros, pinheiros, eucaliptos e outras espécies menos

representadas.

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Os cogumelos são um recurso de grande interesse, pela sua importância gastronómica e cultural. Os inventários micológicos

desenvolvidos na área têm revelado a existência de 35 espécies de cogumelos silvestres, sendo 8 deles comestíveis e com valor comercial, 17 espécies comestíveis sem valor comercial, 10

espécies tóxicas e 2 com potencial medicinal. A espécie mais conhecida, colhida e consumida é a Silarca (Amanita ponderosa),

cogumelos de primavera, adaptado às condições climáticas dominante da zona e que se associa às azinheiras, aos sobreiros e

aos arbustos da família das Cistaceae, como a esteva.

Devido à sua localização geográfica, a Cabeça Gorda sempre foi uma zona privilegiada para a actividade agrícola, pelo que as profissões e ofícios

da Freguesia desde sempre estiveram associados aos trabalhos rurais, nos montes em redor da Aldeia. Actualmente, alguma das actividades que se desenvolvem dentro do espaço do Parque Biológico são a recolha da lenha e a apicultura.A apicultura é uma das actividades tradicionais do Alentejo, o

própolis, a geleia real e o mel são alguns dos produtos que é possível obter do trabalho das abelhas. O mel de rosmaninho é o

mais apreciado pela sua transparência e características organolépticas e a água-mel um produto característico de Portugal.