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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE NUTRIÇÃO UM OLHAR SOBRE A PERCEPÇÃO DE RISCO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs) ENTRE MANIPULADORES DE ALIMENTOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA KATRYN BACK DE ARRUDA Cuiabá-MT, outubro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

UM OLHAR SOBRE A PERCEPÇÃO DE RISCO DE

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs)

ENTRE MANIPULADORES DE ALIMENTOS – REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

KATRYN BACK DE ARRUDA

Cuiabá-MT, outubro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

UM OLHAR SOBRE A PERCEPÇÃO DE RISCO DE

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs)

ENTRE MANIPULADORES DE ALIMENTOS –

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

KATRYN BACK DE ARRUDA

Trabalho de graduação apresentado ao curso de

Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso

como parte dos requisitos exigidos para obtenção

do título de Bacharel em Nutrição, sob orientação

da Professora Ma Géssica Fraga.

Cuiabá-MT, outubro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE NUTRIÇÃO

UM OLHAR SOBRE A PERCEPÇÃO DE RISCO DE DOENÇAS

TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs) ENTRE

MANIPULADORES DE ALIMENTOS –

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

KATRYN BACK DE ARRUDA

Orientadora:

Profa. Ma. Gessica Fraga

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

JULGADO EM: 09/10/2018

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

Ao meu namorado, pela força, carinho e palavras de consolo quando foi preciso.

A minha orientadora Géssica Fraga, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas

correções e incentivos.

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela

que hoje vislumbro um horizonte superior.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigada.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................9

2. OBJETIVOS...........................................................................................................10

2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 10

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................... 10

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................11

4. MATERIAL E MÉTODO........................................................................................14

5. RESULTADOS .........................................................................................................15

6. DISCUSSÃO..............................................................................................................19

7. CONCLUSÃO............................................................................................................22

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 23

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RESUMO

ARRUDA, K. B. Um olhar sobre a percepção de risco de Doenças Transmitidas por Alimentos entre

manipuladores de alimentos – Revisão Bibliográfica. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Nutrição)

- Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2018.

O manipulador de alimentos é considerado uma das principais fontes de contaminação durante a produção de

alimentos. Sendo assim, a conscientização, a alta percepção de risco e a capacitação sobre higiene de alimentos e

perigos que podem ser evitados e prevenidos é uma ferramenta bastante eficiente para a redução de surtos

provocados por doenças transmitidas por alimentos. Percepção de risco do indivíduo envolve perspectivas de

experiências, crenças e imagens, fazendo com que os comportamentos tenham outras fontes que não o

conhecimento científico. Portanto, o presente trabalho objetivou-se realizar uma análise sumária das pesquisas

avaliativas sobre a percepção de risco dos manipuladores com pesquisa bibliográfica no período de 2008 a 2017

nas bases de dados SciELO, LILACS e PUBMED. Foram selecionados 12 artigos vinculados à área, onde sete

analisaram o nível de conhecimento dos manipuladores de alimentos, quatro, as condições socioeconômicas dos

manipuladores de alimentos; seis, avaliaram a presença de cursos e treinamentos para os manipuladores; dois,

avaliaram a qualidade microbiológica em unidades de alimentação e nutrição; e dois, avaliaram as condições de

higiene pessoal e o comportamento dos manipuladores. Apontam-se insatisfatório a percepção de risco dos

manipuladores quando avaliados, e pouco satisfatório quando impostos a cursos e treinamentos. Destaca-se a

necessidade de maior atenção à percepção de risco dos manipuladores, de maneira a garantir o alimento seguro a

todos dentro de princípios que promovam a segurança alimentar e nutricional. Novos estudos acerca do tema são

fundamentais para caracterizar os vieses que contrapõe os treinamentos acerca dos conhecimentos sobre as boas

práticas.

PALAVRAS-CHAVE: Manipuladores de alimentos; Capacitação; Alimentos seguros; Boas Práticas de

Fabricação.

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ABSTRACT

ARRUDA, K. B. A Look At The Risk Perception Of Foodborne Illness Among Food Handlers -

Bibliographic Review. Completion of course work. College of nutrition – UFMT, 2018.

The food handler is considered a major source of contamination during food production. Thus, awareness, high

risk perception and training on food hygiene and avoidable and preventable hazards is a very effective tool for the

reduction of outbreaks caused by foodborne diseases. Risk perception of the individual involves perspectives of

experiences, beliefs and images, causing behaviors to have sources other than scientific knowledge. Therefore, the

present work aimed to perform a summary analysis of the evaluative research on the risk perception of

manipulators with bibliographic research in the period from 2008 to 2017 in the databases SciELO, LILACS and

PUBMED. We selected 12 articles related to the area, where seven analyzed the level of knowledge of food

handlers, four, the socioeconomic conditions of food handlers; six, evaluated the presence of courses and training

for the manipulators; two, evaluated the microbiological quality in feeding and nutrition units; and two, evaluated

the personal hygiene conditions and the behavior of the manipulators. The perceived risk of manipulators when

assessed is unsatisfactory, and unsatisfactory when imposed on courses and training. Emphasis is placed on the

need for greater attention to the risk perception of the manipulators, so as to guarantee safe food for all within

principles that promote food and nutritional security. New studies on the subject are fundamental to characterize

the biases that the training counterposes about knowledge about good practices.

KEYWORDS: Food handler. Training; Food safety; Good Manufacturing Practices.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figuras: Pg

Figura 1 - Fluxograma das fases de identificação, triagem e seleção de artigos

sobre a percepção de risco dos manipuladores de alimentos.

14

Tabelas:

Tabela 1 - Características dos estudos sobre a percepção de risco de

manipuladores de alimentos entre 2008 e 2017: caracterização geral.

16

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BPF - Boas Práticas de Fabricação

BVS - Biblioteca Virtual em Saúde

DTA - Doenças Transmitidas por Alimentos

SAN - Segurança Alimentar e Nutricional

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com a lei no 11.346 de 2006, a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN),

entre outros aspectos, é conceituada como o acesso assegurado do indivíduo a alimentos

inócuos7. Nesse contexto, foi estabelecida, pela a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em

março de 2004, destinada ao controle higiênico-sanitário em estabelecimentos que preparam e

distribuem refeições, a Resolução da Diretoria Colegiada nº. 216, que determina o Regulamento

Técnico sobre as Boas Práticas de Fabricação – BPF, para serviços de alimentação, com o

objetivo de regulamentar adequadas condições higiênico-sanitárias do alimento preparado6.

Indivíduos envolvidos na manipulação de alimentos representam grande importância

para medidas e controle da contaminação dos produtos alimentícios. Sabe-se que o homem é o

principal elo da cadeia de transmissão da contaminação microbiana dos alimentos. Está

amplamente comprovado que a grande maioria dos casos de toxinfecções alimentares ocorre,

devido à contaminação dos alimentos pelos manipuladores. Os mesmos podem estar

transmitindo microrganismos patogênicos, mesmo sem apresentarem sintomas de doenças,

comprometendo os alimentos, através de hábitos inadequados de higiene pessoal e até por meio

de práticas indevidas, ocasionadas, muitas vezes por desconhecimento32.

A qualificação dos funcionários que trabalham na manipulação dos alimentos é de

fundamental importância. Quando os manipuladores cometem falhas de higiene pessoal,

ambiental ou nos cuidados com os alimentos, há o risco de contaminá-los, através das mãos, do

cabelo, do acondicionamento dos produtos em temperatura inadequada, da ocorrência de

contaminação cruzada, dentre outros fatores, o que favorece a multiplicação de microrganismos

patogênicos, comprometendo a saúde dos consumidores9, 27.

A percepção é o processo pelo qual o ser humano toma consciência dos fatos e de suas

relações num contexto ambiental (fixação). Embora o ambiente influencie significativamente

na percepção, aquilo que é percebido depende das habilidades construtivas, da fisiologia e das

experiências, ou seja, a percepção depende da capacidade de atentar, dos interesses e

motivações e das experiências passadas. A percepção de risco influencia no comportamento do

indivíduo e no grau de precaução perante situações que possam ocasionar acidentes14.

Desta forma, a fim de modificar o comportamento e incorporar novas atitudes que

aportem segurança, é necessário que o indivíduo tenha a percepção adequada do risco da

atividade que exerce. A atual prática de capacitação para manipuladores de alimentos é

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10

realizada por um instrutor que repassa conhecimentos e estimula a compreensão dos conteúdos

abstratos, como a contaminação por bactérias17.

Portanto, o objetivo deste trabalho é fazer um levantamento na literatura em relação a

percepção de risco dos manipuladores de alimentos para que assim haja a possibilidade de

produção de alimentos mais seguros.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

• Avaliar as publicações que norteiam sobre o tema da avaliação percepção de risco de

manipuladores de alimentos.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Analisar o panorama das publicações em periódicos científicos brasileiros sobre estudos

relacionados a percepção de risco dos manipuladores de alimentos.

• Descrever os achados literários que norteiam as publicações relacionadas ao impacto da

percepção de risco dos manipuladores de alimentos.

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12

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são um conjunto de normas empregadas

em produtos, processos, serviços e edificações, visando a promoção e a certificação de

qualidade e da segurança do alimento. No Brasil, as BPF são legalmente regidas pelas

Portarias 1428/93-MS e 326/97-SVS/MS. A qualidade da matéria-prima, a arquitetura dos

equipamentos e das instalações, as condições higiênicas do ambiente de trabalho, as

técnicas de manipulação dos alimentos, a saúde dos funcionários e a distribuição dos

alimentos são fatores importantes a serem considerados na produção de alimentos seguros

e de qualidade33.

A incidência de alguns agentes patogênicos transmitidos pelos alimentos

continua a aumentar consideravelmente em muitos países e vem se tornando um grave

problema de saúde pública. Além disso, o risco da doença associada a esses patógenos

transmitidos pelos alimentos é exacerbado pela globalização da comercialização e

distribuição de alimentos23.

O padrão do consumo de alimentos da população em vários países tem mudado ao

longo dos anos. No Brasil, embora a maioria das refeições ainda sejam consumidas em casa

(68,9% das despesas com alimentos em 2008-2009), os alimentos consumidos fora de casa

aumentaram significativamente7. Sendo assim, a incidência de Doenças Transmitidas por

Alimentos (DTA’S) vem aumentando concomitantemente, tornando uma causa importante

de morbidade e mortalidade em todo o mundo¹.

As mudanças ocorridas no estilo de vida da população brasileira, assim como, a inserção

da mulher no mercado de trabalho, provocaram o aumento do consumo de refeições fora

do domicílio e de alimentos de preparo mais rápido; pratos prontos ou semi-prontos, que

possibilitam a ingestão de alimentos, que nem sempre são elaborados, atendendo às normas

de higiene, exigidas pela legislação17.

Dados epidemiológicos apontam que os alimentos preparados em Unidade de

Alimentação e Nutrição (UAN) estão entre os principais locais onde ocorrem a maioria dos

surtos de doenças de origem alimentar20 que os fatores causais associados às enfermidades

relacionam-se com o processo produtivo e diretamente com os manipuladores3.

Dentre os possíveis obstáculos, encontram-se as práticas inadequadas de higiene e

o processamento de alimentos por manipuladores inabilitados. Os cuidados higiênicos no

processo produtivo e a educação dos manipuladores envolvidos na preparação,

processamento e serviços são fatores cruciais para a prevenção da maioria das DTA’S 1.

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13

O termo “Manipulador de Alimentos” é usado para as pessoas que podem entrar

em contato com a matéria no ato da produção dos alimentos incluindo os que colhem,

abatem, armazenam, transportam, processam ou preparam alimentos e ainda, os

trabalhadores da indústria e comércio de alimentos19.

Os manipuladores de alimentos são, com frequência, associados a surtos de

doenças transmitidas por alimentos, sendo estimado que contribuam para 97% dos surtos34.

Entre os fatores mencionados com mais frequência como associados a manipuladores,

estavam o contato direto das mãos aos alimentos e sua higiene inadequada24.

O entendimento sobre a percepção de risco dos manipuladores é fundamental para

o êxito da inocuidade de alimentos e para elaboração de normas em higiene alimentar27. A

percepção de risco é a habilidade de interpretar uma situação de potenciais danos à saúde

ou à vida28.

A percepção de risco envolve componentes externos e internos ao indivíduo, de

forma que as informações sobre os riscos potenciais à saúde são equacionadas na

perspectiva de experiências, crenças e imagens, fazendo com que os comportamentos

necessários tenham como referencial outras fontes que não o conhecimento científico28.

Embora o ambiente influencie significativamente na percepção, aquilo que é

percebido depende das habilidades construtivas, da fisiologia e das experiências, ou seja, a

percepção depende da capacidade de atentar, dos interesses e motivações e das experiências

passadas3.

A vantagem para o estudo da percepção de risco dos manipuladores de alimentos

é que, por intermédio deles, se podem priorizar ações políticas e sociais, conforme a própria

manifestação coletiva. Assim como em um estudo realizado³, observou-se que os

manipuladores tinham conhecimento dos procedimentos que deveriam realizar; contudo,

identificavam obstáculos que os impediam de colocá-los em prática, tais como falta de

tempo, de pessoal e de recursos. Assim, embora 95% dos respondentes tivessem recebido

capacitação em higiene de alimentos, 63% admitiram não colocá-los em prática23.

De acordo com pesquisadores, isso se deve a problemas na qualificação desta mão

de obra, em função da formação profissional deficiente, decorrente da pouca escolaridade

e dos baixos salários.⁵ Este fato constitui-se num grave problema social e de saúde pública,

pois a falta de qualificação profissional para atuar neste segmento de mercado cria

obstáculos à implantação de processos produtivos seguros e na aplicação de ferramentas

de controle de qualidade⁹.

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14

Segundo a literatura, é necessário o aprimoramento do processo de recrutamento

dos responsáveis pelo manuseio dos alimentos, por meio de seleção e avaliação de

desempenho e viabilizar qualificação desses profissionais sobre questões relativas à

produção de alimentos seguros10.

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15

4. MATERIAL E MÉTODOS

Realizou-se uma revisão de literatura que utiliza as bases de dados PUBMED, LILACS

e a biblioteca eletrônica SciELO a fim de identificar artigos científicos publicados no período

de 2008 a 2017. E de forma a localizar artigos não identificados em tal pesquisa, utilizou-se

também a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que integra as bases acima citadas. A busca nas

fontes supracitadas foi realizada tendo como termo indexador “percepção de risco”;

“manipuladores” e “doenças transmitidas por alimentos”.

As publicações foram pré-selecionadas pelos títulos, os quais deveriam conter como

primeiro critério o termo completo e/ou referências à percepção de risco de manipuladores,

alimento seguro ou doenças transmitidas por alimentos, acompanhada da leitura dos resumos

disponíveis. Em seguida foram excluídos artigos repetidos em diferentes bases de dados. Os

critérios de inclusão foram artigos publicados nas datas estipuladas, realizados no Brasil e que

não fossem teses, dissertações ou artigos de revisão.

Ao final, foram selecionados 12 artigos resultantes das pesquisas nas bases e da pesquisa

complementar para compor esta revisão. A análise do material empírico selecionado tomou

como referência a categorização dos estudos de acordo com o tipo do estudo e objetivos, local

de realização da pesquisa, ano de publicação, as revistas nas quais foram veiculados,

metodologias utilizadas e principais resultados encontrados. Os estudos levantaram a análise

outros fatores como: nível socioeconômico, presença de treinamentos, nível de escolaridade e

a análise de atos e comportamentos dos manipuladores.

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16

5. RESULTADOS

O fluxo relacionado à identificação e seleção dos artigos encontra-se na Figura 1.

Inicialmente, foram identificados 163 artigos, desses, 34 registros estavam duplicados. Após as

análises dos títulos e resumos, foram excluídos 129 registros. Com a leitura dos artigos na

íntegra, foram incluídos 12 que adequadamente preenchiam os critérios de inclusão.

Figura1. Fluxograma das fases de identificação, triagem e seleção de artigos sobre a percepção

de risco dos manipuladores de alimentos.

Conforme caracterização geral dos estudos, dos 12 artigos incluídos, sete 5,11,13,15,19,21,22

analisaram o nível de conhecimento dos manipuladores de alimentos, três 19,21,22, apresentaram

resultados de percepção mediana e um com percepção totalmente insatisfatória. Apenas um

artigo apresentou o resultado de percepção satisfatório, porém os manipuladores de alimentos

recebiam capacitação apenas esporadicamente 13.

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17

A avaliação das condições socioeconômicas dos manipuladores de alimentos foi

abordada em quatro artigos 1,15,16. Os resultados apresentados apontaram que a maior parte dos

manipuladores de alimentos recebem em média de um a dois salários mínimos. Seis estudos

avaliaram a presença de cursos e treinamentos para os manipuladores1,4,5,11,19,29. Cinco desses

trabalhos1,4,11,19,29 relataram que não há, no geral, treinamentos e capacitações e apenas um

identificou a presença do mesmo5.

Aspectos relacionados a avaliação da qualidade microbiológica em unidades de

alimentação e nutrição foram tratados em dois artigos4,21. Em todos eles os pesquisadores

constataram resultado positivo para as pesquisas bacteriológicas. Dois artigos2,29 abordaram a

avaliação das condições de higiene pessoal e o comportamento dos manipuladores. Segundo os

resultados desses estudos, as condições de higiene dos manipuladores concomitantemente com

seus atos, apresentaram deficiência.

De acordo com os artigos científicos encontrados referentes ao assunto pesquisado

segue em tabela para melhor compreensão dos dados.

Quadro 1. Características dos estudos sobre a percepção de risco de manipuladores de

alimentos entre 2008 e 2017: caracterização geral.

Autor, ano Objetivos Métodos Esfera (s) Avaliada (s)

GONZALEZ

et al. 2009

Investigar o perfil

demográfico e educacional

dos manipuladores de

alimentos e verificar o

conhecimento e a percepção

de risco sobre higiene

alimentar em restaurantes

comerciais.

Transversal -Perfil socioeducacional;

- Percepção de risco;

- Higiene alimentar;

- Conhecimento;

- Manipuladores de

alimentos.

BERTIN et

al. 2009.

Analisar as percepções

acerca da atividade

profissional de um grupo de

manipuladores de alimentos

de um hospital público.

Qualitativo - Manipulação de

alimentos;

- Responsabilidade

social.

AGUIAR et

al. 2010

Analisar e discutir o nível de

educação formal e não-

formal dos trabalhadores de

alimentação coletiva dos

restaurantes populares do

estado do

Rio de Janeiro.

Transversal - Educação formal e não-

formal;

- Manipuladores de

alimentos;

- Alimentação coletiva.

Continua

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18

Continuação

BEZERRA

et al. 2010

Avaliar a qualidade

microbiológica de

sanduíches e a microbiota

nas mãos de vendedores em

Cuiabá-MT.

Transversal - Qualidade dos

alimentos;

- Segurança alimentar;

- Avaliação;

- Educação.

MELLO et

al. 20

Avaliar o nível de

conhecimento de

conhecimento dos

manipuladores dos

restaurantes públicos

populares do estado do Rio

de Janeiro.

Transversal - Manipuladores de

alimentos;

- Capacitação;

- Boas práticas de

manipulação;

- Restaurantes.

RIBEIRO et

al. 2010

Inspecionar as condições

higiênico-sanitárias de 48

estabelecimentos

alimentícios do município

de Ivaiporã/PR

Exploratório e

descritivo

- Estabelecimentos

alimentícios;

- Boas práticas de

manipulação;

- Inspeções higiênico-

sanitárias.

CASTRO et

al. 2011

Avaliar a percepção de

manipuladores de alimentos

de restaurantes tipo self-

service em shoppings

centers no município do Rio

de Janeiro.

Transversal - Manipulador de

alimentos;

- Segurança do alimento;

- Restaurantes Self-

Service.

ALVES et al.

2012

Avaliar as condições de

higiene pessoal e o

comportamento dos

manipuladores de alimentos

dos estabelecimentos do

setor de alimentos e bebidas.

Transversal - Higiene pessoal;

- Manipuladores de

alimentos;

- Segurança dos

alimentos.

BRASIL et

al. 2013.

Avaliar o conhecimento

sobre higiene alimentar de

manipuladores de alimentos

no setor supermercadista do

município de Santa Maria –

RS.

Transversal - Manipulação de

alimentos;

- Qualidade dos

alimentos;

- Higiene dos alimentos;

- Cursos de capacitação.

DEON et al.

2014.

Diagnosticar o perfil dos

manipuladores de alimentos

nos domicílios da cidade de

Santa Maria – RS.

Transversal - Manipulador de

alimentos;

- Segurança de

alimentos;

- Doenças transmitidas

por alimentos.

Continua

Continuação

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19

DEVIDES et

al. 2014.

Levantar o perfil

socioeconômico e

profissional de

manipuladores de

alimentos, e avaliar o

impacto de um curso de

capacitação em Boas

Práticas de Fabricação

realizado na cidade de

Araraquara – SP.

Transversal - Boas práticas de

fabricação;

- Manipuladores de

alimentos;

CUNHA et

al. 2015.

Examinar a associação de

percepções de risco dos

manipuladores de

alimentos, conhecimento,

atitudes, auto-relato

práticas, participação na

capacitação e desempenho

em segurança alimentar.

Transversal - Percepção de risco;

- Conhecimento;

- Capacitação;

- Manipuladores.

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20

6. DISCUSSÃO

Na perspectiva da avaliação dos artigos selecionados pudemos observar que o perfil dos

manipuladores no que diz respeito à educação formal, 39,2% dos manipuladores possuíam

ensino fundamental incompleto, 14,3% completo, ensino médio concluído por 25,1% e 14,9%

incompletos. O curso superior foi relatado por 7,3%¹. Em corroboração, outro estudo verificou

que mais da metade dos entrevistados (52,2%) possuíam nível de escolaridade fundamental

completo ou incompleto15.

Pode-se avaliar que o baixo nível de escolaridade é inversamente proporcional a

função de tamanha importância imposta a esses manipuladores. Já que em publicações dirigidas

à área de alimentação coletiva é comum constatar a pouca educação formal dos trabalhadores,

atribuindo-se a este fato um dos principais problemas das DTAs ou pela insuficiente qualidade

na produção de alimentos15.

Vale ressaltar a importância da identificação do perfil dos manipuladores de alimentos

para que se desenvolvam estratégias a fim de prevenir ou diminuir a incidência das DTAS. De

uma maneira geral observa-se na literatura que o perfil socioeconômico dos manipuladores

possuem em média uma renda familiar de até dois salários-mínimos (59,9%)1. Em

concordância, alguns estudos destacaram que a maioria dos manipuladores (76%) possuem

registro em carteira de trabalho e renda mensal de um a dois salários mínimos16. Em outro

estudo, apenas 35,4% dos manipuladores apresentavam um rendimento mensal familiar de 3 a

9 salários mínimos15.

No que se refere a avaliação da percepção de risco dos manipuladores, constatou-se

uma equalização mínima de percepção de risco29. Alguns estudos identificaram que de 109

manipuladores, apenas 4 apresentaram percepção satisfatória11. Em outros estudos, o

conhecimento regular também foi apontado (56,09%)22 e (63%) de acertos em questões de

percepção de risco19. Já em relação ao nível de conhecimento em itens específicos como higiene

pessoal, ambiental e manipulação de alimentos, também constatou-se valores médios de

satisfação21.

Dessa forma, alguns autores ressaltam a importância da capacitação dos funcionários

para a manipulação de alimentos, assegurando-se o controle de microrganismos indesejáveis,

ou seja, a programação continuada de treinamentos em serviço - educação não-formal - por

meio da aprendizagem de habilidades e ou desenvolvimento de competências, que possibilitem

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aos indivíduos a desempenharem suas tarefas, apreendendo os conteúdos relativos à técnica de

manipulação de alimentos15.

Em alguns estudos realizados, constatou-se que apenas (55,6%) das unidades abordadas

ofereciam curso e treinamentos1. Em correlação, em outro estudo, apenas (19,9%) dos

manipuladores em pesquisa, relataram adquirir conhecimento por meio de treinamentos4. Ainda

neste, (63%) dos manipuladores mencionaram nunca ter participado de qualquer capacitação

ou treinamento5.

De acordo com a literatura, resultados mostraram que o curso de capacitação e

treinamento repercutiu de forma positiva no nível de conhecimento dos manipuladores, sendo

que todos os temas sobre BPF avaliados apresentaram um percentual de respostas corretas

significativamente maior na avaliação final em relação à avaliação diagnóstica16. Isso indica a

necessidade de aperfeiçoamento constante, para garantir a qualificação profissional dos

manipuladores e a qualidade sanitária dos alimentos e a segurança alimentar dos consumidores.

É importante ressaltar que cursos de capacitação são fundamentais para divulgação de

informações e para o estímulo a participação e compreensão dos conceitos transmitidos. Para

tanto, é necessário que o manipulador tenha percepção do risco, ou seja, tenha consciência da

importância e dos agravos ocasionados pelas atividades que exerce. Somente assim este será

capaz de modificar o seu comportamento e incorporar novas atitudes.

Além disso, os resultados encontrados na literatura em avaliações diagnósticas

demonstraram que o curso de capacitação repercutiu de forma positiva na aquisição de

conhecimentos, indicando a necessidade de aperfeiçoamento constante, através de cursos

regulares ou de reforço para todos os envolvidos na manipulação de alimentos, visando a

qualidade dos produtos e a segurança alimentar dos consumidores. Em corroboração, em

avaliação, (54%) dos manipuladores que receberam treinamento, apresentaram

concomitantemente resultados de (63%) de acertos nas questões de percepção de risco19. Sendo

assim, neste contexto, o local em que o manipulador atua deve capacitar o manipulador de

alimentos e evocar uma perspectiva positiva em relação aos riscos.

De uma maneira geral, observa-se na literatura sistematizada que, apesar da

importância que o manipulador de alimentos tem sobre a ocorrência das DTA’s, há várias

discrepâncias em relação a compreensão dos mesmos sobre o tema, devido à ausência de

informações impostas.

Os dados apresentados mostram a necessidade de uma maior atenção à percepção de

risco dos manipuladores, de maneira a garantir o alimento seguro a todos dentro de princípios

que promovam a segurança alimentar e nutricional. O desenvolvimento de novos estudos

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avaliativos acerca do tema é fundamental para o fornecimento de ferramentas para execução de

treinamentos cada vez mais eficientes.

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7. CONCLUSÃO

Diante do exposto, para que os estabelecimentos desempenhem seu papel de fornecer

alimentos com qualidade, é necessário o conhecimento de Boas Práticas de manipulação por

parte dos manipuladores de alimentos.

Sendo assim, garantir que os mesmos tenham uma boa percepção de risco pode ser uma

garantia de que este conhecimento está afixado. Contudo, faz-se necessários mais estudos para

caracterizar os vieses que contrapõe os treinamentos acerca dos conhecimentos sobre as boas

práticas.

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