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wrçços- HO RIO ...lôOO MOS ESTADOS. ...»600 í(. x^ ANNO XXXíiS «10 DE JANEIRO, 7 DE ABRÊL DE 1937 CONTI OE TALMUD UM LEGADO ORIGINAL "' N. 1644 H(J DE CÍCERO VALLADARES Um avarento e rico i„deu deixo- ao seu testamento que todos os seus bens "seriam legados a um escravo seu. E, com grande.... .. .surpresa, de seu filho, que se encontrava em um paiz iongiquo. deixou a escolha de uma so cousa de toda a sua enorme herança O escravo, cheio de grande alegria . ..pôz-se a caminho p3ra a cidade onde estava o filho de seu faüecido senhor e o informou da ultima- vontade paterna. O filho lamentou muito a morte do velho pae Porem... ; .-.meiinórado, ao ter conhecimento das ultimas disposições no testamento do pae. foi a um rab- hino e queixou-se da injustiça de que se suppu- nha victifna. O rabbino ouviu-o atenciosamente. mas não ponde occultar a sua grande sur- presa ao ler o testamento do velho e di- rigir.do-se ao filho, disse : "Que grande sábio era o teu pae ! Como pre- via teu futuro Com tal disposição fez com que todo» os seus bens ficassem para ti e o contrario não ten<* -contecido se tivesse a ti deixado tudo no.. . i' „,.. lestorm.-i.to Longe., tú. da tua casa. teu criado tcr-te-ia roubado e, para evitar, teu pa» legou toda a herança ao teu escravo, que tomará ò maior interesse «m beneficio das propriedades, julgando-as serem suas". , i "Mas. por que serã tudo isso em meu beneficio, se o verdadeiro kerdciio e o «ceu escravo ? perguntou o moco assombtpdo." "Não sabes, acerescentou o rabbino. que tudo que possue o e*,- »ravo pertence ao seu senhor? Tens o direito de escolher uma cousa Rscollc. então, o escravo e a propriedade toda será tua!" Assim fez o joven c betndisse á alta sabedoria dc' seu velho ê iQiierido pae,

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wrçços-HO RIO ...lôOOMOS ESTADOS. ...»600

í( . x^ANNO XXXíiS «10 DE JANEIRO, 7 DE ABRÊL DE 1937

CONTIOE TALMUDUM LEGADO ORIGINAL "' N. 1644

H(J DECÍCERO VALLADARES

Um avarento e rico i„deu deixo-ao seu testamento que todos os seusbens

"seriam legados a um escravo seu.E, com grande....

.. .surpresa, de seu filho, que se encontrava em umpaiz iongiquo. deixou a escolha de uma so cousade toda a sua enorme herança O escravo, cheio degrande alegria

. ..pôz-se a caminho p3ra a cidade onde estava ofilho de seu faüecido senhor e o informou da ultima-vontade paterna. O filho lamentou muito a morte dovelho pae Porem...

; .-.meiinórado, ao ter conhecimento das ultimasdisposições no testamento do pae. foi a um rab-hino e queixou-se da injustiça de que se suppu-nha victifna.

O rabbino ouviu-o atenciosamente.mas não ponde occultar a sua grande sur-presa ao ler o testamento do velho e di-rigir.do-se ao filho, disse :

— "Que grande sábio era o teu pae ! Como pre-

via teu futuro Com tal disposição fez com que todo»os seus bens ficassem para ti e o contrario não ten<*-contecido se tivesse a ti deixado tudo no.. .

i' „,.. lestorm.-i.to Longe., tú. da tua casa. teu criado tcr-te-ia roubado e,para evitar, teu pa» legou toda a herança ao teu escravo, que tomará òmaior interesse «m beneficio das propriedades, julgando-as serem suas".

, i — "Mas. por que serã tudo isso em meu beneficio, se o verdadeiro

kerdciio e o «ceu escravo ? — perguntou o moco assombtpdo."

— "Não sabes, acerescentou o rabbino. que tudo que possue o e*,-»ravo pertence ao seu senhor? Tens o direito de escolher uma cousaRscollc. então, o escravo e a propriedade toda será tua!"

Assim fez o joven c betndisse á alta sabedoria dc' seu velho êiQiierido pae,

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O TICO-TICO 7 —¦ Abril — \lrXl

BldUOTHECA INFANTILdO TICO-TICO

CORToS^MÃE WtlA EDUCA • ENSINA • DISTRAHE Hj ^/Sf1"""']?

i - ftV.C^as dos vr«ressanuss.^nd0s t,0!

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Itililiotliccsi Infantil d'0 Ticn-TicnTrn.v. UuvMm*. 34 «io de janeiro

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7 — Abril — 1937 o i i i o - i I í; o

-

BRASiL LID.

IM HBffl I SEH5UI0MU jjgjjjljBANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

"O Tico-Tico", na sua preoccupação constante de dar aos seus milhares de leitores moti-vos de recreio e de cultura, iniciou no numero de 2 de Dezembro ultimo a publicação de umconcurso de férias, ao qual denominou

CONCURSO DE BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASILNesse concurso, terão os leitores d'"0 Tico-Tico" oceasião de colleccionar as bandeiras c

os escudos de todos os Estados do Brasil, por isso que em cada numero d'"0 Tico-Tico" serádada, em pagina solta, colorida, uma folha com a bandeira e o escudo de cada Estado do Brasil.Essa folha solta será colleccionada por todos os leitores que, tambem, collarão no mappa pu-blicado uma serie de coupons numerados, que estão sahindo n'"0 Tico-Tico". Completo omappa, com os coupons publicados juntamente com as folhas das bandeiras e escudos dos Esta-dos do Brasil os leitores d'"0 Tico-Tico" obterão pela troca do mesmo mappa, um numero como qual entrarão em sorteio para a posse de

RIQUÍSSIMOS PRÊMIOS DO VALOR DE 10:000$000bem como uma artística capa para o álbum então organisado. A relação desses prêmios, porser extensa, publicaremos num dos próximosnúmeros. *

No numero de hoje publicamos o couponn." 18, que deverá ser collado pelos concurrentesno mappa publicado em 9 de Dezembro ultimo.

BANDEIRAS E ESCUDOS «1Á PUDLICADOS

Estado do Amazonas —Jò TICO-TICO de 9/12/930„ Ceará »

Pará —R. G. do N. —R. G. do S.—Pernamb.* —Maranhão —Piauhy —Parahyha —Alagoas —Sergipe —

16/12/93623/12/93630/12/936

6/ 1/93713/ 1/93720/ 1/93727/ 1/937

3/ 2/93710/ 2/^717/ 2/937

.Concurso

d'0 Tico-Tico

COUPONN.° 18

BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

Üahia —E. Santo —M. Geiaes —São Paulo —•Rio de Jan.° —D. Federal —Tararia

24/ 2/9373/ 3/937

10/ 3/93717/ 3/93724/ 3/9,3731/ 3/937

7/ 4/937

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O TICO- I i t: O —..(.- 7 _ Abril '¦**-

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aüal BlaM!t'gW!lllaaW',! ¦ - '¦;; ^m!Ma_W!!®*_&_~^^ f^>- ¦:$> ¦¦.-. I

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ti?;:;. ..-, ¦,-WSw_a_*imW-i\« mtmi_w_&tW^&^3!-^^A' poria de um dos departamentos do Instituto I.a-Faijctlliamos de Lima, contemplado com o primeiro prêmio, -

o Dr. Oswaldo liamos de Lima c seu filho, o menino Josécoupon tt. Sfí.lW — e o professor La-Fayette Cortes,

...

Isk-». iKfl^^__Wr^iÍ*__i_m _ni BwBL ¦• "^B

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»v • lS

RECEBENDO UM GRANDE PREMIOO primeiro prêmio do grande "Concurso Patriótico" promovido peio

O TI C O -TI CO, c cujo sorteio se realizou em 21 de Dezembro, passado,constou tle uma matricula gralis no "Instituto La-Fayette, pelo período de5 annos, inclusive todas as taxas e com enxoval completo, também grátis,para o primeiro anno de freqüência aquelle conceituado estabelecimento deensino, o maior desta capital.

Esse prêmio coube, no sorteio, realizado sob fiscalização do GovernoFederal, ao menino José líamos dc l.ima, de 8 annos de idade, possuidor docoupon n. 20.140, filho do Dr. Oswaldo Ramos de Lima, que acaba de eífe-ctuar matricula no "Instituto La-Fayclte", entrando, assim, em pleno gosodo mesmo.

As photographias que aqui reproduzimos foram coibidas quando o deted-tor daquelle prêmio grandioso compareceu ao importante estabelecimento dcensino, munido das credenciaes que O TICO-TICO lhe fornecera paraeffectuar sua matricula grátis, de accordo com as bases do concurso, matriculaque vigorará por cinco annos, a contar de 19 3 7.

O menino Jo.ií, já uniformisaâo, iuuando, na Secretaria do InstitutoLa-Fayette, fornecia pessoalmente osdados para seus assentamentos de

— matricula —

O professor La-Fayette Cortes, director dogrande estabelecimento de ensino que tem oseu nome, despede-se do Dr. OsUialdO lia-mos de Lima, pae do menino José, que foicontemplado com o primeiro prêmio nogrande "Concurso Patriótico d'0 TI C O-

~ TICO* -.-

\___\_\w__W+h___\ ______W\W \__\____\_w _jêtP** <^|«|h *»MAlHjggK

1 WM •' '^_W___^_W^^_fí^___a___ ¦¦¦ ¦¦¦ » ^kc«k» iMitMw^l^ilí^TiTnr nr ' ' I," ViBI^^B'¦''¦"'''JBS :¦ ^ • 'i™Mt?A____________pm_ma&_X'}-*&y...\ \au*x_f___\'ii i fTTr -r -"i ' '•' laBií' " ia it -* W3L.;¦ <MH9e*^r JA mzf^Stwm^m^ ____W_Xlí^jaJWtt" "^^wwbuj^m^^-^^*-" «jJjB ' '.: ¦ãKH__k__&?^**K?:A' * > -V P?__W____\

/ >midÊmÍMèt' ;___f__W%_*- -|rí/&$____)&¦

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Redactor - Chefe : Carlos Manhâeg — Oirector-Cioroülc: A. de So„a e Siiva

CZZ?tO(§©E© ©B V©^>©

A CHUVAMeus n e ti n hos:

Um dos phenomenos meteorológicos mais frequeníes e que todosvocês conhecem é. sem duvida, a chuva. A maior parte dos meus netinhos,

porém, ignora o que é a chuva e, por isso, vae Vovô falar a todos ex-

plicando a origem delia. Como é fácil de ser comprehendido por todosos meus netinhos. o calor do sol evapora uma grande quantidade deliquido da superfície das águas

A agua evaporada, o vapor, vae se accumulando, em suspensão, naatmosphera, formando as nuvens — esses írapos brancos que andam avagar no manto.azul do céo.

Ora. em conseqüência de um abafamento de temperatura, de umfrio mais ou menos intenso, as nuvens começam a se condensar, a se

converter outra vez em agua e cahem sobre a Terra em fôrma de chuva.

E por que essa agua cahe ? *— hão de perguntar os meus curiosos netinhos.

A razão é fácil de explicar,

E' que essa agua, como acontece com iodos os corpos que estãosuspensos no ar, sem apoio algum, é attrahida para a Terra, em razão

da attracção que todos os corpos grandes exercem sobre os pequenos,Essa attracção, meus netinhos, constitue a lei de gravidade, dc que, ha

tempos. Vovô falou a vocês. A agua das nuvens cahe á Terra em vir-

tude da força de gravidade do planeta,

Resumindo, meus netinhos, vocês poderão dizer que a chuva é o

resultado do resfriamento das nuvens e da attracção que sobre estas ul-

umas exerce a Terra, em virtude da lei de gravidade.

PAIZES DA AMERICA>UAS CAPITÃESSI

Canadá — capital Ottaiva.E. Unidos da America do

Norte — capital Washington.México — capital México.Costa Rica — capital São José.Cuba *— capital Havana.São Salvador — capital São

Salvador.Guatemala ¦— capital Guafe-

mala.Honduras —• capital Teguci-

galpa.Nicarágua — capital Mana-

gua.Panamá ¦— capital Panamá.Venezuela — capital Caracas.Columbia — capital Bogotá,Bolívia — capital La Paz.Brasil **¦> capital Rio de Ja-

neiro.Argentina — capital Buenos

Aires.C/i<7e — capital Santiago.Equador —• capital Quito.Uruguai, — capital Monte-

vidéo.Paraguay — capital As-

sumpção.Peru — capital Lima.Guyana Franceza ~ capital

Cayenna.Guyana Holtandeza —• capital

Panamaribo.Guyana Ingleza — capital Ge-

orgetown.

i

*°*»- T,**-e*m> -a mm/^^Ç*5íwsr~~^Víll_

Omf*í^m*m*\fS**^»\*Stft*m\ -, JL,^.^^ '¦,"u\^VVVW»V--VVVV

SEM DEUS, SEM CRENÇA'NAO SE V- VE

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o t t í: o - T i «; o Abril _ 1937

U E O S A E R E

a^gs^ffci^A*^^^-7-- 'l^jB'Buenos Aires, a

formosa capita] da Re-publica Argentina, foi

ada por PedroMendoza no anno de1535. Tambem ellefundou Assumpção, noP.::-.-'. guay. Os r.uccesso-

de Mendoza acha-imposêfvel apode-

rar-se do forte contra os indios hostis èsubiram rio acima até a cidade de As-stimpçãó e no anno de 1580, D. Juan D*eGaray fundou um estabelecimento per-

manente, que se transformou depoisna capital. Buenos Aires fica situadano Rio da Prata, a 165 milhas daembocadura do rio. E' uma das ei-dades mais lindas do mundo c umadas maiores do hemispherio sul. Tam-bem é a 4." cidade em tamanho docontinente americano, vindo logo de-pois da dc Philadelphia. nos EstadosUnidos.

•¦ ¦ V-"«j'VW*.'SrfJ\*Ni'Sí"» ^^*A^V*^WVS^WN^n^i»SrfS^»W ^S/SC-^

No reino da floresta, onde im-parava o Leão, o Macaco,, imitandocertos maus costumes do Homem,furtou e comeu um bello cacho debananas da Preguiça.

O Cão-policial. sempre vigilante,ó prendeu c o levou á presença doAbutre, que, com sua golla de ar-minho e sua plumagem negra, erao juiz da selva,

O Macaco, ao ser interrogado.negou o crime, e disse que sua ad-yogada o defenderia. .. E mandouichamar a Roposa, muito esperta eladina, affirmando ser formada emJDireito.

O promotor era o Papagaio, cor.s-Ütuindo-se o Conselho de sentençado Peru, do Pato, do Gallo, doMarreco, do Tucano, do Bem-te-vie do Sabiá.

No dia do julgamento, varias ve-zes adiado, a requerimento da ra-posa, que allegava sempre motivospara protellar o jury, o tribunal es-tava cheio como um jardim... zoo-lógico allemão ou inglez, quando ojui2 soleninementc, declarou abertaa sassão e, depois da leitura do; ¦< esso pelo escrivão Jandaiu, dc\i

i p lavra ás testemunhas da aceusa-o da defesa que eram, respecti-

vãmente o Sapo-cururú e a Sapa-.Jntanha,

O juiz perguntou ao primeiro :<— Affirma que foi o réo presente

quem furtou as bananas 7

UM JULGAMENTO__NA^MATTA

Foi! — respondeu o Sapo-cururú.— Não foi! — gritou a Sapa-inta-nha, defendendo o Macaco.

Foi! — tornou o outro,Nâo foi!

—• Silencio ! — ordenou o Abu-tre, batendo no tronco dc arvore queservia de mesa.

>— As testemunhas são discor-dantes, — disse o Papagaio pro-motor.

A que nega o furto deve me-recer mais fé... por ser mais ve-lha... — disse a Raposa.;

Mais velha não, senhora; pro-testou a Sapa-intanha, que era vai*dosa. O Cururú é mais velho por-que foi quem nasceu primeiro.

r— Não foi 1 — gritou o Cururú»—• Foi ! —t af firmou a Sapa.—. Não foi I

FcÜ...

MÊ Ww—"*" $*J^ rX

¦— Silencio ! —¦ tornou a ordenaro juiz, dando a palavra ao Papa-gaio que, como promotor, aceusou,fortemente, o Macaco.'

Falou, depois, a Raposa, defen-dendo o réo e aceusando a Pre-guiça de ter tido preguiça de guar-dar seu cacho de bananas, deixan-do-o átôa, como um "cão sem do-no"...

— Protesto! —» rosnou o Cão-policial; não admitto que me com-parem a bananas...

«—« Calma ! — ordena o juiz, en-cerrando os debates.

Os jurados encerraram-se na "sala

secreta" e, momentos depois, volta-,ram, lendo c Peru a sentença con-demnando o Macaco a passar doisannos... sem comer bananas.

O juiz, considerando que a Pre-guiça tambem tivera culpa, por serpreguiçosa, a condemnou a dar umacarreira até a matta visinha, queficava a uma légua dc distancia, cvoltar de lá, correndo, no praso deuma hora.

E' claro que a Preguiça não poudecumprir a sentença; porém perdeua preguiça de guardar o que lhepertencia, assim como o Macacoperdeu o mau costume de comer oque encontrava, sem perguntar, piiime.iro. se tinha dono ou não tinha...,

E. WANDERLEY

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7 — Abril ü_!7 O 1 1 . U - I I _ o

V\_íVVVS__iVVVVS*S--*-*^* ***f**/****^a****aa*i*J*<***f****^**'*r*»*^ av^n«-v

A PÁTRIA E PAPA E N O H L

Diz-se que Papa. Noe'nasceu em Myra, uma ve-lha cidade da Lycia, na

Asia Menor, meu filho.Papae Noel é o reprc-

sentante moderno de SãoNicolau, bispo de Myracuja data de commemora-jão é o dia 6 de Dezembro

de 326.' São Nicolau era o padroeiro dascreanças, dos estudantes, dos padres, dosviajantes, dos ladrões, dos mercadores, e<c..

e morreu na cidade d. í \. IaEra conhecido pelo noiTic desanto bispo de Myra. Hojeelle é o mais amado dossantos no calendário chris-tão c a única figura reliqio-sa que se acha associadacom o espirito da Graça e

do Riso.

Iraiunira, wà 8 c*í8 i*hiQUE a nossa população bovina (a

2.a do'mundo, estando os Estados Uni-i dos em 1.° lugar e a Rússia em 3.°) é

de 47.530.444 cabeças, sendo que só ado Rio Grande do Sul e a de MinasGeraes sobem a mais, respectivamente,de «icz e nove milhões. A eqüina —6.835.679; a ovina — 10.709.147; acaprina — 5.272.970; a suina __. 143.330; a asimna c muar 2.810.965.

QUE ha 14 frigoríficos em funecio-namento no paiz.

QUE é de 3S0.000 o numero de au-tomoveis em trafego em todo o Brasil.

QUE ha em trafego no paiz 3.479t locomotivas, 3.237 carros de passagti-

ros c 49.385 vagões de carga. „QUE. dentro da extensão ferroviária

i_ America di Sul, que é de 92 milhõesde metros, só a do Brasil é de 33.286.378metros, distribuídos por 55 Estradas deFerre, sendo que as melhores organiza-das são as nacionaes, dirigidas por bra-

iros. O custo dos transportes, emas estrada--, na 1." classe, é dos mais

b_rr,lú5 do mundo. Enquanto a Inglater-ra cobra, cm mil reis, S2:.00 por 100kilometros; Itália, 47„ 00; França,.... <3.^500; Bélgica, 32!. 00; Uruguay, .'.¦ . \Argentina, 24.?200; Portugal, 23,. 80;IlesRiiIia, 23$000 — a Central do Brasile a Leopoldina cobram 17.200 e t5_0G,respectivamente. As restantes 53 não «afastam muito desses preços,

¦Ernani Farnari(D<> livro "O que v brasileiros dc-

vem saber " ).

Era Aiüiangá, entre os selvagens, oDeus da caça e protetor dos animaes con-tra os ataques dos caçadores. Ha muitashistorias bonitas, entre as quaes a mais

gentil é esta lenda. Quereis sábel.-a ? Poisouvi :

Perseguia um indio uma veada que_mamcntav_ um vcadinho, ambos fogem,vão por mattas espessas, rasgam' o corpocom os espinhos e outras cousas, semprecorrendo. A mãe corria, mas o filho, aindapequeno não corre muito, fica esfalfado,tropeça, vacilla e o caçador veloz approxi-ma-se, quasi já desfere o arco. Vão correu-do sem cessar, o arco se enfezo, e desferea flexa, o vcadinho cae ferido. A mãe não

percebendo, continua sua louca corrida, em-

quanto o caçador apodera-se da presa; com-

primindo-a, saem-lhe gritos atrozes. Pensao caçador que com esse vil artifício lia deattrahir a veada. Espera, eil-a já vem, vemacudir ao grito do íilho, assim como umamão açode ao chamado de uni filho emafflicção. O caçador oceulta-sc e quandoouve por perto alguns passos, perito noarco atira, traspassa o coração delia. Saedo esconderijo o indio c diz para si ; Bella

ida. A victima fica estiriçada, mas des-coi ¦'.;¦, aão parece ser bicho e sim uma pes-soa. Olha, chega perto, que desgraça ! éunia velhinha, chega-se mais e reconhece:tra sua própria mãe querida, v_Uo_ entãocl ;i'ím. era um „stigo que lhe impiAbI ang i.

- si) ;'•'. _ «: i res !-e ¦

(_2 àtiiosl

A enchenteChovia copíosaiilente. ;.ens

negras e ameaçadoras toldavam o .ir-mamento. A rua cjwhcra. O vcutu einsua enorme fúria ia levando tudo queappíirecesse cm seu encontro : postes.arvores, cercas, cartazes, c ale derru-bando varias pessoas. ,

Chovia assim havia unia sem:

Operários impossibilitados dc sair em;! virtude Co mão tempo, iam pc_ki_. o

; seu "ganha-pão ". Todos amalijiçoatama chuva: os pobres, p :;•.:_• não ;trabalhar, os lavradores, porque a ¦. hmalhes havia estragado ,i> plantaç-Y.•?. ¦•<ricos, esícs

' pouco s-; inconmspiJa'. ¦•¦<

com os estrados que a chuva __. it««sassim mesmo a amaldiçoavam- ;>.:i;>kse viam impossibilitadas de f.,i;' ;ewaalgum passeio ou diversão.

Somente as crianças i__e • ientesgostavam da chuva porque cs! a i__permiltía gazear á aula. Preces . i.i.;i<enviadas á Deus para que ra;>B_as: .•. •:sol. E a chuva impotente aos -.,... — ')¦-todos, continuava cahiudo, sativontade ás crianças.

Finalmente, um sol amigo brilhei), ¦•<¦

prou então um vento caüdo, que _iopoucos dias enxugou a terra. Tolo»abençoavam o so!, o desejado so) q_<-havia peruiittido : aos pobres, comi-nuarem a trabalhar, aos lavradores re-começarem as plantações, aos ricos,saturem para onde lhes apromcs_e,e :n s paes mandarem as crianças aocollegio,

í

-

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O TICO-TICO 7 — Abril — mi

CIMENTO NOVOm

Quando Lamparina chegou pe to da obra. uro pedreiro ilisava t. .hora do almoço. O pedreiro então foi almoçar, mas antes recorri'cimento novo do passeio. Depois locou a... mendára: — Si alguém pisar aqui, cu puno-lhe as orelhas»

YS Cfl_ ^/A.ra/1 ¦__.. /W»Ma. Lamparina queria pusar para o outro lado a nio teve du* > como ««-n carangueijo. Maia «arde o pedreiro voltou • accusou

da.. Começou a andar de costa.... Lamparina, Ma. a pretinha defendeu-se: .. .

r——-

asff- ^->/ /m ^-^Bl—. i... — O "sinhô" nio "ti" venri.i que eu "tô" aqui e a marca dos O pedreiro não se conteve e m hiu a correr como uma fera. Maa"pé tá vortada" p'ra lá? Lamparina corre mais.

NUNCA TE ENVAIDEÇAS DO TEU SABER.

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AJbi.il — HJ37 — O -, O TICO-TICO

A CARÁVELLA ^ Uma formidável construccáo

X,:/j ,-íáP^ -^ ^% ^-X^

",^l**M__fc______. *-_!i_________8pp3íi^ I—.. ' XXpX... ^_L -X44

¦ _,mI.._,.^_-W_-_,_, ,, ,. ,,_m__.Íii i^____É_. ¦, _,. ,fc__l. IU <IÉ.M .Mil*. -I», ','ft'»l"HLj'*^S'^'-"?*""''''É ' ' ''"»''¦"» "*'^'

O desenho desta pagina é o modelo do brinquedo dc armar — Caravellas — que O TICO-TICO vae

publicar, em suas paginas çentraes coloridas, a partir do próximo numero

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O TICO-TICO — 10 _ Abril - 1937

As proezas de Gato Felix{Desenho de Pat Sulliuan — Exttasurídade d O TICO-TICO p_.-_ o gra».

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_^X_l_-__-C^_U-at_=Bi ""T7(?^-Í^i

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;¦ Este idiota não suspeita que Pensa que sou um cachorrinho! Hun. hun !!! Oh. estraguei meu dis-eu sou o Gato Fclix mettido Um pequeno

"lunch" não sçrá demais Rapaz ! Bateu mesmo farce !!!dentro deste disfarce í Este melão será sufficiente i^ha vez ?no logar ! ! Agora, é a

\í- ! Uiv M te—~__

Este maroto está dor- ^)s ladrões nunca o reconheceriam com o cabello_,;ná0 ic os bigodes raspados í !

~W—SSSáfO felizardo do Tony deixou a

barbearia aberta \

B n°Í|isC2& ^Ljthfei— p3ií= • U;,.J

Isto vae arranjar tu'do ! 5Precisa-se para fazer dinheiro falsot'

— Vou processal-o brevemente !Transformei-o. *»

.. cortando-lhe os cabellos e a barHa !!~a n ijtt n r ~~ ~x

Tony. vae trazer o preparado de Ca-Cellav..

E elle logo vae ficar outra vezcomo era e_._.

..será reconhecido pelos homens{Continua-no próximo numero)*,

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ANNO III

Órgão dos leitores{ <IO TICO-TICO MED JORNAL n N. H

creança ih noma! o que quer

I

DIRECTOR: — Chiquinho — Collaboradores: — Todos que quizerem

O anniversario 3»menina rica

I.ucia era unia menina Sei»e má, para com todas as ou-Iras ; em todas que eram po-feres ella punha um defeito,e ria-se a valor. Chegara,emfim, o dia que ella maisalmejava,: — o dia do ;seu

.auniversario natalicio. Todaa rua estava em festa, o bair-

•ro todo já sabia do festejo,principalmente Diva, umapobre creaturinha que traba-lhava para manter sua mãe,que tambem já estava semnrünio para enfrentar a vida.Diva tinha um irinãozinbogr-r i ra a .alegria do coraçãoda .sua vüia progenitora co enlevo da tosca .ehoqpan.i.

Almir, assim se chamava egury, era louro, olhos azues,viyo c muito meigo, igual ásua mana, Diva.

A festa eslava cada vezmais influída e Lúcia maisorgulhosa. A' tarde, todasas collegas de Lúcia vieramcumprimeulal-a, só Diva sesentia triste, por não poderlambem abraçal-a.

Quando ellas foram para ojardim brincar de berlinda,tempo será e outros mais. fi-caram ra<;onndo de Diva,porque estava sentada emseu casehre, maltrapilha, ras-gada, mas limpa.

Passou, emfim, o dia deventuras de Lúcia. Dias.de-pois, esta adoeceu gravemen-te. Diva foi a primeira avisital-a, e quando Lúcia de-parou com Diva, de que.iiella tanto caçoava, ficoumuito envergonhada, por vêrque esta foi cumpridora dosdeveres.

Quando Lueia ficou bôa,,foi recompensar a sua dedi-cada amiga e, dahi em dean-(t ficou sendo a sua melhorcollega. Tudo que tinha,não comia sem dnr á Diva efoi melhorando a sua situa-ção até que ficou remediadae ponde tratar de sua velhamãe.

M o n ai : — Não devemos,meus caros amiguinhos, pro-ceder como Lúcia, dc zom-bar das desgraças alheias,porque, cedo ou tarde, have-mos de vêr tambem" os nos-sos futuros I

Alcida da Silva

T Alt DE A' BEIRA-MAREíu vivo flanimear auriíiilgtiik',Por traz da serrania álcantilada,Morrendo vae o sol mui lentamente,Deixando a cordilheira esbrazeada ;

Balai o disco surge, alviniteuie,F. rhega a noite calma, cunslell ada ;Gemendo e, com triste voz plangenU .A vaga banha a areia prateada.

Nocturno manto desce silencioso,Agazalhando a terra que adormece,E o pássaro o seu ninho busca ansioso.

•Doce a hora em que a luz do sol feneceliymno da terra e céu — duetto hariuoaioap :

Em que a Natura rende a Deus sua prece ! . . .

F.SDRAs "B I! A.U N I' E B V V. T JB O— (13 annos) —

UMA LIÇÃO DE GEOGRAPHIA

Jurandyr era um meninoestudioso. Uma tarde, logoque chegou da escola, foi es-tudar a lição de Geographia.

A mesa de estudos de Jurand.yr ficava no escriptoriodo pae.

O menino sentou-se e abriuo livro. A'sua frente, via-seum globo terrestre, tão boni-to, tão novo ; havia sido com-prado naquelle dia pelo paede Jurandyr.

Estava o pequeno estudou-do quando a sua irmãzinha,Diva entrou no escriptorio :

Oh ! que bola grande etão bonita !

De quem é ?Esia bola representa a

terra em que vivemos, mani-nha.

Ah .! ella é redonda, as-sim 1 . . .

Deve sor mesma ; 0 céu éredondo. E este azul, tãobonito ?

Este azul representa aagua — os mares.

Aqui, estas outras cores,são as -terras.

E Jurandyr ia virando oglobo* i.ioslrando ã irmã to-das as grandes extensões daterra.

A Diva estava encantada.A bola roda, não ?

—• Sim. A terra tambemestá sempre girando.

Girando ? ! girando, co-mo 1

Está sempre c;n nin.i-mento em torno do sol. Nãepara nunca.

Ora esta ! A terra ro-da . .. não para nunca. Enós. não eabiiuos 1 Ah ! jásei ; é porque nós estamosdentro da terra, hem seguros.

Dentro da terra, ooraa,Divinha 1

Pois, enlão ! Dentrodessa bola grande.

J.drandyr riu-se e explicouá irmãzinha :

Nós estamos aqui, porfora, nessas terras que eu es-tou te mostrando. Olha, -,-oute mostrar o .Brasil, destelado.

Estamos por fora ? ! ex-clamou a menina, não acre-ditando no que ouvia do ir-mão.

_E eontinuou :Isso não pôde sor. Eu

bem vejo o céu redondo, porcima de nós.

Nós estamos dentro da ter-ra e eu vou já pergui.'.:u ....papae se não é mesmo, as-sim.

E sahiu á procura do pae.Elle vinha justamente an-

trando, do trabalho.Papae, — perguntou a

pequena — nós estamos deii-tro ou fora da bola da terra ?

A Diva ainda não podiacomprchender a explicaçãod i irmão. Ella linha cincoannos t . . .

Auiienor Leite Tmxkika

0 carvalho e o beij**-fica

Cesto dia mui.u pela cam-pina verdejanie, um lindobeija-flor. Ia elle em bus-ca fie um alimento qualquer,pois havia dias que nâo co-mia.

A' merco do seu destino,pousou u'jum esbello carva-lho, que parecia dominar to-da a visinhança.

E iiuiuedialamente, lhe d*-rigiu a palavra :

Oh ! bello carvalho, vósqiu- sois tão antigo nesta am-plidão, indicae-iiie um cami-nho para a minha salvação.

E o.carvalho respondeu :Vejo bem, que a tristeza

sonda os recantos do teu co-ração. tiespwwdei-me, pois,qual a causa do leu penar.

E o beija - flòr, aiteuto àspalavras do carvalho, contouo sua vida, sem, uo entrttau-to, queixar-se da ProvidenciaDivina. Ao acabar u sua h's-toria, a frondosa arvore \\\>jrespondeu :

Vi, Bestei poucos inomen-tos que o teu coraçãozinho épequenino no tamanho, masgrande d'alma. E, por isso,indicar-le-hei um logar quejhuí raramente o indiqueiaos teus semelhantes.

Longe, muito longe daqui,existe um jardim maravilho-so, e quem nelle penetrar esentir o perfume inebrianteque suas flores exhalam, fi-cará completamente curadodos seus males, e sentir-se-ha(transportado ao j,aiz dos so-nhos. . .

Obrigado, mil vezes obri-gado, respondeu o beija-flor,emocionado.

Não mereço tal honra queora me dás . . . E assim,despediu-se o beija - flòr,que saltüante, sumiu-se naamplidão do espaço.

Assim acontece comnosco •

O jardim é o céu, as floressomos nós, e o carvalho él)cu&.

E assim, são premiados osbons, aquelles <<jue mereceraviver neste bosque eucan-tado.'

.NiavDE AíjuiNO. (lá ttnnos)

A ORDEMÉ A PRIMEIRA LEI DO CÉO.

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SUPPLEMENTO. DO "MEU IORNAL-

GAVETINHASABEIoa

merecia Borgia c-r;tirmã tio cardeal Ce-sar Borgia, e viveu dei 4 8 0 a 15 19. Eracelebre por sua bel-leza. Protegeu mui-to as letras, as scien-cias e as artes, riiasa Historia aceusa-ade crimes abomina-veis.

•O insecto que nós

conhecemos comocupim, ou formiga-branca, tem o nomescientifico de lérmi-ta, cuja pronuncia épouco usada.

- .-A ilha de Moda-

gasear fica no Ocea-no Indico.

*íFlamengo quer di-

ser natural de Flan-dres. A ave pernal-ta do gênero dos pai-mipedes, não 6 fia-mengo e sim flamin-go. Attingc as ve-zes 1 ni.40 de altura.

•A cevada é nma

graminia de cujogrão; se faz a cerveja.

'Mandatário è o no-

me que se dâ ao querecebe uni mandato,uma ordem, ou mis-ãã») a executar. Oque dá a ordem é omandante.

Chama-se sub - soloa camada do solo im-niédfataméhte infe-rior á camada de ter-ra vegetal.

•Em Portugal, as

•rendedeiras a m b U-iartvs de peixe, têma denominação doVarinas.

•A luz se propaga

com uma velocidadede 300.000 kilome-tr«.s por segundo,conforme tem sido

»*V>><VVV*^tfVVVV'^/l»^>V*»^i»VV»vi»*^^S.*>.,-«..»^i^^ •*

Almanacli ú'0 Tico-Tico paro 1937A MARAVILHA DAS MARAVILHAS. — À*VENDA

m ^VS^^a-*Va-Sa-N.fa^av.nJ^^i^^/t^^^^

'jE-^xãâaS

À's quintas feirascircula

O MALHO***^A^N^*-«»VViW'/W\»^MAl»

i/erificado por physi-cos e astrônomos no-laveis.

' A telegfaphfa semfios data de 1 8 9 li es e u s descobridoresforam os sábios Mar-ponj e Branley.

•Devemos dormir 8

horas todas as noites,pelo menos, para queo corpo e o cérebrodescansem sufficien-'.emente.

•Nunca deve m ó S

praticar mais de umaaula de gymnasticapor dia c. esta, assimmesmo, deve ser fei-ta com toda a mode-ração, observando-seas determinações dosinstruetores.

Os ocülos foraminventados em 12 8 5,por Degli Arniati.

•Na ilha de S. Du-

mingos, na AmericaCentral, existe umamontanha de sal, cujopeso se calcula emnoventa milhões de:<nieladas.

•Nem todos os seres

vivos precisam dor-mir, pois ha umgrande numero depeixes e insectos quenâo dormem jamais.

•O rio da Praia é o

mais largo do mun-ilo, pois mede 18 5kilometros em suafoz' entre os cabosSanto Antônio e San-ta Maria.

¦

O Brasil possue32.937. kilometros de

QUADRILHANEGRA

QUE SERAJ

estradas de ferro emtrafego regular.

•A população da Re-

publica Oriental doUruguay é de ... .1.993.234 habitantese a seperficie é de186.926 kilometrosquadrados.

•Os algarismos ara-

ttÃj (jue são os (pieusamos correntemen-te hoje, e de muito•^sss^^s^+^^t+ssst^^+s-u**^*^/*^**

ifiaSSSSAMODA E BORDA-DO é o melhor fi-gurino que se ven-de no Brasil.

mais simples manejoque os romanos, fo-ram introduzidos naEuropa por Mouros,em 1202.

•A galvanoplnslia,

devida a .lacobi, estácompletando este an-no seu 1." centena-rio.

•O hymno nacional

de Cuba é chamado

MEU LIVRO DE

II I'S T O R IAS

presente do va-lor para rts crean-

- ças. A' venda. .VV>A/VSAf»VVVVVS^**A«VV^>*V>u*«

"Hymno Bayamés" efoi composto em1868 por Don PedroFigueredo.

' ¦•

Ha unia raça de in--digenas que povoanuasi inteiramente ailha Fernando Pó,próxima da Guiné,;*ue se denomina Bu-bis.

A n t i g a in e n t e,ua França, era costu-me lambem as mu-Iheres se baterem emilnello. As marque-/.as de Nestes e de1'oügnac terçaram ar-inas, por questões dehonra e de amor.

•i)eve-se a termina-

ção do A r c o doTriuinpho, m o n u-mento historiei) queexiste cm Paris, aAbel Blouet.'

9A primeira Olyin-

piada data do anno7 7 0 antes de Jesus-Christo e durante «lo-ze séculos tiveramlugar essas provas,com regularidade.

•Preposição é a pa-

lavra invariável queserve para ligar entresi duas outras pala-vras, exprimindo arelação existente en-tre ellas.

•A palavra Presépio

significa e s t a b u-Io, mangedoura.

•Annibal foi um ce-

lebre general cárttia-ginez, filho de Amil-car Barca. Derrotouos romanos no Tessi-no, mas foi vencidopor Scipião, o Afri-

cano.- Suieidou-scr-om o veneno de umannel que trazia sem-r>re no dedo.

•Henrique Dias é

um dos heroes brasi-leiros da luta con-tra os hollandezes.Era preto e filho deafricanos. Morreuquasi esquecido em16 6 2, depois de seler celebrisado na ba-talha dos Guarara-pes.

Paregorico signifi-ca : que* acalma ousua visa dores. Essa"qualidade, ou acção.lem o nome de pare-goria.

A primeira verle-bra do pescoço, quesustenta a cabeça so-bre o esqueleio, cha-ma-se Atlas.' Temeste nome por apre-sentar analogia á ma-neira como Atlas, daMythologia, suppor-lava o Universo, so-bre os hombros. .

•r ho m a z Antônio

Gonzaga foi um poe-Ia brasileiro, autorde "Marilia de Dir-ceu". Foi um dos

c o in p r o meti [-dos na ConjuraçãoMineira c «morreulouco, em Moçambi-«pio. Seus restos mor-taes foram agora re-patriados pelo gp-ver no brasileiro.

As G o r g ó n a s,monstros fabulosos,eram 3 irmãos : Ale-dusa, Enryade e Es-lheno, que tinham opoder de mudai- empedra os que paraelles olhavam.

Chama-se maiuv.it'um bolo especial fei-to com arroz, muitopopular no norte doBrasil.

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7 — Abril 5Í»:;7 — Ií O TICO-TICO

•*vN/N-'VV"v'VNAv'>w'%*'%'V'''*^*'ii*>*')'-'**l'V*'"*>i**'"'i^^

O Reiadormecido

^vv^^^vvvv*>v*^^^A^*vvv^Al^^vvv^^^Vl>vv*yv

O rei de França, Luiz XIV, haviacondemnado o seu camarista Pedro,filho da feiticeira Fredegonda,accusado de homicídio do principeCarlos...

Tendo Fredegonda recebido estanoticia, jurou, deante do Capitão X,portador dessa noticia, que haveriade vingar esta "offensa". O Capitão,depois de dar-lhe vários conselhos,montou-o no seu cavalo e dirigiu-seá Pariz.

Revoltada por tal "offensa", em-bebeu-se em suas habilidades e ar-tificios que burlam a credulidadehumana. Chegando a Pariz, o Capi-tão contou ao rei o perigo que cor-ria a vida de S. M. Luiz XIV. Esteriu-se de tal escrúpulo:

—"Não te preoccupes, verás queesses charlatães nunca chegarão amim".

O Capitão desceu as escadas dosumptuoso palácio, um tanto preoc-cupado e pálido- A vingança da fei-.ticeira já ciorria popularínente emtoda a França-

Varias vezes, já fora surprehendi-da, dentro de um lago do Paço Real,disfarçada em sereia, tocando har-pa, e mesmo dentro do próprio pa-lacio real, mas todas as vezes saia-se bem; tinha nas pernas a agilida-de da córça e saia a correr para obosque, e quando os guardas che-gavam lá, só encontravam pegadasde veado. Eram tantas as aventurasda feiticeira, que chegaram a botar-lhe o apelido de "Fantasma Negro"",e "Fantasma do bosque Negro". E orei recebeu o cognome de "Rei per-seguido". Ninguém mais caçava, na-quelle bosque outrora estimado.

A princezinha Lúcia, filha do "reiperseguido", fazia annos. o palácio,todo florido e illuminado, perfumadode rosas e cravos, estava em festa.

Os nobres, trajados de gala, pare-ciam personagens do templo dasMusas.

Os bailes succediam-se a todas ashoras. O rei, sentado em seu ma*?-nifico throno, estava pensativo. Ellelembrava-se da vingança da feiti-ceira.

Estavam todos dançando, quandoouviram u'a musica triste, acompa-nhada de uma voz, também tristo-nha, que dizia:"E' o ultimo dia, oh, rei?

Não passa, nunna vingançaDeste dia de alegria e dançaFeliz, hoje serei!"A musica continuou, ainda alguns

minutos, mas depois parou e tudo fi-cou no mais profundo silencio. Os no-bres estavam como petrificados.

Quando a festa acabou-se "a mãede Memnon" — Aurora — elevava-sepurpurisando o céu oriental, e as ne-ves, que branquejavam os cumesagudos dos Alpes-

Triste e pálido o rei, dirigiu-se aojardim, onde ha muito tempo nãoia, e lentamente deitou-se numbanco de pedra, debaixo de um fron-doso carvalho, o vento, passando le-vemente por entre os negros pinhei-ros do bosque, trazia um frescor sua-ve das neves, que escorriam dos picosalvejados dos Alpes. O rei dormiu,sem pensar no perigo que corria. Umvulto, vestido de preto, com umamascara negra no rosto, approxima-va-se cautelosamente occulto pelashervas rasteiras, amarellecidas pelagélida neve. Repentinamente levan-tou-se e soltando um pio estridente,que mais parecia o grito agoureiroda coruja, dirigiu-se ao rei e tiran-do das dobras das vestes um frasco,derramou o conteúdo na bocea do rei.E depois, soltando outro pio mais es-tridente, desappareceu por entre asfolhas espinhosas dos pinheiros dobosque-

Quando o rei accordou, o sol jáquasi alcançava o zenith. As nevesdescidas das montanhas já se ti-nham evaporado ou escorrido parabaixo. Agora os rouxinóis . andavamsaltitando alegrando, com seuscantos argentinos e maviosos, as so-lidões do bosque espesso. Um casalde veados e um veadinho esta-vam desalterando a sede nolago azul e polido. O rei levantou-se e dirigiu-se ao palácio.O violinista Loubier, convidado pe-Ia princeza Lúcia, tocava uma musi-ca alegre para dissipar a tristeza dorei. Este ao ouvir o som alegre damusica começou a dançar com aprincezinha. Em breve os nobres to-maram parte no baile. Mas a ale-pria não durou muito: uni pio agu-dissimo ecoou pelas abobodas do sa-ião... e o rei cahiu adormecido...

IS SURPRESAS DO DESENHO\ ®-r/ i

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WARNEY JOSÉ DE FONTENELLE

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6 T ICO- L I C O — 14 Abril — 1ÍI37

DESENHOS OUE A GENTE FAZ

• *W

(¦x\ IÍVx^'.'O COWBQâ_ -__J.•^COWBQJ

Júri r®VWrfifPaisagem, desenha de /c/7..-.--. ,•; Camat-

fio (11 annos)Anhangncra, desenho deNewton Cerdtli (12 armos)

i

Zcuh-bot), desenho rfi jfoaçnfrn César dcSonsa ' 11 annosl

.* & HF

r-vfe ^XX¦^Xi.*, .«iXl

êmãmfííCoellúnho*, desenho de Nilda Mon.

teiro (10 annos)

x^^fc^^^^

Patsagctú, desenho de Paulo QueirozCardoso (8 annos)

hlesé, <fc«-,,!.<¦ de Nilda dc fetos 1'iene\7 annos)

A \'necn, desenho dc Aldcouando C.Castro (15 annos)

xl!fe_. *-**>7»>r •*.*

*s^*^_. w

TK*C

Hei» magos, desttilio Durval Si<{nic-rMi (9 amos}

A*S ?nVi

\

'..-,¦..». ji cn/íd <it: Waldic Moreira('"•¦ta (9 ,m;iosí

Aijmort. dcenlto dc.W'arney José de"i-nlcnclle. (12 an-

nos)

fwff. retraio por )oiíGhéve» 1 li annos)

£?3Socegà, leão! — <lc-tenho dc Pnvlo Pe-rtinx Maia (9 ,.n-

< no;)

Nesta pagina são convidados a collaborar todos os pequenos desenhistas do brasil, isto é, todosos leitores dO TICO-TICO. Os originaes, desenhados em popel branco, sem pçruta, com tinta chiner.aKnifcim. dcvCDi ser enviados á redacçâo desta revista.

AS FLORES SÀG O PENSAMENTO DAS PLANTAS.

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Altrll — 19.17 15 — O t I c o - i i r w

lAV^^/tAVW»

P 'mm. 7"rr^

Os Pigmeus da África Central são na suamor parto partidários do regimen da Dmas Sir Harry Johnston, conhecido explorador, eisque a polygamia também existe entre esses povoade tão baixa estatura. Alguns chefes Pygmeus pos-suem varias esposas, dependendo o numeroda riqueza dos seus senhores.

1 Vi«. \S

&laLfct_-L ty. KiV.g KeatJif- Symliçate, .r.i.

LFm Cheioue Árabe disse a Sir Samuel Baker,conhecido explorador: "Tenho

quatro esposas"Uma carrega água, outra móe trigo; outra fa: o pie;a ultima nada faz.

forest Britai- tigiil<n--l"«,«d.V\^;^ V^T^»^!"» jfiffii pfÉáM

Entre os pviviVqios da -primeira esposa entre. ts tribu.i dai "nlhwn ( nootaa&as Ja Ioda i

de ser con-ukada quando ti (parido ti." -mm oêbsb 'eguncia esposa. F uma das condições qne ..-

i numero um deve revel.u- deve ser a ¦cia completa ds ..rumes.

A polygamia é sempre brigona mesmo entre osesquiciaus. Nanserj faíau das susperstivões dos cs-cji::n»iis que dizem que as "Baleias, as Reiir«ss ea» Phocas abandonaram o paiz por causa das. bri-gas lha esposas, ciumentas tios seus maridoâ"*.

(Continua no próximo numera)

Foi Caetaao D-Jinizetti, um grande com-

positor nascido em Bcrgane, na Itália, no

anno de 1797.

Entre as muitas operas que compoz uma

se distingue pelo seu admirável sexteto, é"f.ucia de Lamemour".

N,";o tÜ teve glorias nesta como a sua

victoria Cai sm-prchendenke em "Lucitcia

Borgiu mmidialmente conhecida ts nossos«fias rissim como naquelle tempo.

O seu esp<"uu>, da ama .tensiW^t+ívie in-couparavel, ^arèda um Eom rtfIexo> ceamor c outi«os- sentimentos.. $it« lauto, em-

DONIZETTIDemzetti compoz ao todo sessenta e qua-

tro operas, todaa aica^ando grandes appfau-sos, o qwt mostra perfeitamente a tendência

preOinciatb pata a arte a qtiir se dedicou.Foi levada ptíp. primeira ver em Vjenna

no «te 19 lis Maio d'.- ISí-. a meta ":'-::".-

v..! <:« l tícipoíoi reprv.eir.ii!.! r.o '1 ¦.< ytra ' .troj)o(itai"io

)..!., cantorj AdeÜiv P.:ui.

Os grandes homens como Doofeef.i me-recem sempre a nossa !etsií>ra_$a e a nossadedicação ã sua vida e as suas eiras, seas deixar, pois tudo o que fizeram foi emnosso proveito e tajr.betn da Ovilisação.

Mr.rthaEios sempre para a frente tendocomo lema o progresso e eo:uo ajudante otrabalho dentro da ci:fíura da aíma.

Louvemos pois. Dbtdsetti lembivàda sw-sibiiizados a sua vida rou.,.ntizada 'V 'ma-

sicista. Prestarmos assim ama gíai: V ho-meiKigeni ao espirito :;:!;o «Jo i; oh .u.-velcompositor italiano Caetano Dj-;ir.r:;.

Di;\i iJ~tah...-.^*.... —

0 " A I- H A X A C H I> ' O T ICO- T ICO" PAR A I » 37 11 S I A F 0 IUI I D A V K L !

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EXPLICAÇÃO: — Coiiem as peças em cartolina e re-

cortem, dobrando as alêtas marcadas com linhas interrom-

pidas. Os modelos que se vêem na pagina muito auxilia-rão a construcção,

0^K_____ffl ggSggSE!m

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^<<aSpi

VEJAM NO PRÓXIMO NUMERO O INICIO DA FORMIDÁVEL CONSTRI XJÃO — CARAVELLA — UM PRIMOROSO BRUNQUFDO DE ARMAR.

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O TICO- T I C O 18 7 — Abril — V.r.,7

AVENTURAS DE TINOCO, O AÇADOR DE FERASDesenho de TII í: o

Você não imagina comi) a preguiça Uma vez enconlrpi unia em cima . . . uma cabaça cheia de cachaça,ê vagarosa 1 — dizia Tinoco a n:is- dc uma arvore e pux cm baixo. . . «Ic que a preguiça gosta muito, tis-lei* Hrown. peta ... .

. . . Esperei que a bicha descesse ecila, logo que viu a cabaça, comei'OU» andar !

Mas lieniorou tanto, tento, um-quando chegou t*m baixo, eu linha...

PENSAMENTOSUm indivíduo que sabe ser

tjrí>to pode se considerar pes*'"'»dc bem.

¦it ¦

O livro é a luz que aclara oespírito.

A creaíura má é a que teve ainfelicidade dc se julgar superiora todos.

*Sem Deus, sem pátria, o ho-

niem é o mais indigno dos seres.

Toda seiencia é filha do estu-do c do trabalho.

¦Cr

A perseverança c um dos ca-mi nhos que levam á victoria.

irA sombra das arvores c a da-

i diva preciosa do mundo vegetal.•A

Ninguém duvide do seu pro-prio. valor.

*A natureza é mãe carinhosa —

aiaemol-a.»<»rwvv»''->'Vv-y«»<^'-W\->> M i

i A S M A R É SDá se o nome de maré ao movi-

mento de elevação e de. descida das

águas do mar.

Devido a attracção que o sol e

a lua exercem, as águas sobem

durante seis horas e, logo após um

certo tempo de immobilidade, des-

cem durante outras seis. A su-

bida das águas chama-se fluxo, adescida refluxo.

O nível mais alto é a preamare o mais baixo o baixa-mar.

... a barba crescida ! A descidadurara tres dias 1 Mister Brovvn riu-se a valer.

CURIOSIDADESO Hymno Nacional Brasi-

Iciro, letra de Osório DuqueEstrada e musica de FranciscoManoel, foi officialmente ado-ptado a 30 de Janeiro de 1890.

A pelle da marta é vendi-da, nas regiões frias onde écaçado esse animal, por umaquantia insignificante.

-— Axioma é uma verdadeque não exige demonstração.

O maior paiz da Americaé o Brasil.

A temperatura dos oceanosc das marás é muito variável.

-— Em paiz algum da África eda Ásia a carne de macaco ser-ve de alimento ao homem.

Chamam-se desertos a splanícies desprovidas de vegeta-ção.

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Abril — ltlí>7 — 10 — O TICO-TICO

AS FAÇANHAS DO TtJPINIQUiM

¦— Veja como o Sr. Lobo está agradecendo ao medico que o curouda indigcstão!-^ __

~*T%>

fcJI_S__iís „.i ,—— Agora é a vcí de saber. Sr, Inspector, por quc me offereceu

comida que me fez ficar doente!

•— Quero agora comer costelletas de cozinheiro ]—- Soecorro ! Soecorro !

: 7EUS PAES E TEUS MESTRES SO' TE DESEJAM O BEM

O amanhecerno campo

Sm gc 8 dia ... O aslro-rei jáapparece no horizonte. A aurora,como uni cravo côr de purpura,desperta a creação, e a naturezapreguiçosa e desfallecida, acordaprazenfeira n'um concerto de ale-grias. Batendo as azas, o gaitocanta com voz ronca e estridente,t a gallinha sahe do seu poieiro,acompanhada de seus pintinhostravessos e inquietos . . .

Ponihiuhos graciosos arruinamn'um pombal próximo e, além, umpato grasna alegremente. Adean-te, uns pássaros, com vozes meli-fluas, entoam maviosos cantos.

O lavrador vae para o campo,onde passa o dia inteiro a lidar,emquanto ao longe, na sua tu.mil-de ehoupana, desenrola-se uma fu-maça transparente, que \ae su-biiuio, subindo . .. .

Cano ú ciieanladora e bcila amanhã !

W-^M M-.iuv DE Fun i i.n i-.i.i.j:

, _9 Mm %J\mmw/fis\\ v"?*

A AGUAA agua ó uma substancia liqui-

da, composta de duas partes deh\'drogenio e uma de oxygenio ; asua fórmula chimica é Ú- O, c in-dispensável á vida dos auimaes evpgotaes, além de ser a nossa prin-eipal bebida, COM ella e que lava-mos as vestes c cozemos os ali-menlos.

A agua i- útil lambem na indus-tria, é empregada na fabricaçãode muitos remédios, e até comoagonie Iherapeutico em fôrma deduchas. Serve para fazer movi-montar fabricas, usinas de eleetri-cidade, bondes, pelo aproveita-mente das quedas d'agiui, dai cn< liix-iras, cascata*, etc.

Serve par* muitas outras cem-sas.

Pruva-se pela aiial.vse o polasyntliosc que se fazem respectiva-mente, nos BSpareTbos voltamelro,,- oiidiomolro de Bunscn, que aagua é formada <te hydrogenio e».\\ genio.

,' Eimco Tonnns lailHÜn• (12 annos)

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O TICO-TICO *— 20 —r 7 — Abril — 1937

FAUSTINA FUGIU! « (_D>@set_lh© die Alfredo Stor___)"" -JL^fví 7__V ZAC1QADA \QIJE INFEL'7 t/âUMâ SM80- SílA MB ABANOo.vàt/? r,filP?l'

^McaMS/Qo- ' A __. SOfí{ RA £_£«

c4^/ rio FA 7 MA _ / O BRAS y * ǣ7. y5_.' WCAO.

"JAmos a rooA _Oj__-^) ^ C; _i#l5|) EHrA'°l^^^^\ ~~|p^í£á^^ ts^ ^/«JSi e^«iiTí1rn rrrT

;Havia dois dias que a fragata hol-landcza "Wile" vagava ao longo dass.mi-pianas costas de Pernambuco,commaudada pelo famoso generalflamengo, Waendcrbuch. Depois dachegada do general Hendrick. combi-naram, em este intimar Olinda arender-se, emquanto Waenderbuckdesembarcando em Páo Amarello,atacaria Olinda por terra com trêsmil homens.

Waenderbuck deixou em Páo Ama-rello vinte homens; entre os quaes' seachava Peler Pat, grumette de de/.-seis annos. Logo depois da retiradade Waenderbuk, os indios Caetésatacaram os homens, niatando-os efazendo prisioneiros. Peter, amar-rado, foi levado a um poste chama-do "Poste das torturas". QuandoPeter fora preso, não sabia porque opregaram vivo. Agora, elle compre-hendia, pois via os xelvicolas, todos,ature fados, arrumando um pequenopatibulo de barro, onde amontoavam__nha pura :is.sal-o vivo. O cacique,alto, moreno, estava envolto numaspelles de onça. Ao lado, eslava umaindia, que queimava, numa pedraícôva, umas folhas de "pyiiru". quese transformava em grossas espíraesdc fumaça negra, que o cacique aspi-__v:i, dilatando o peito e formandouma pjiyslonomla terrível, que maisparecia um desses Ídolos, creadospela Imaginação desses telvicolas.Sca filho trazia o corpo tintado deóleo, para afugentai' <>s mosquitos.'A mie enchia uma grande "igaçuba"com bracelete» dc ouro e collarcs dodiamantes refulgentes. 1'eler jurou,ali mesmo, que se pudesse fugir, nãoB« esqueceria deste thesouro. Neste

OTHEZOURth00 CACIQUEjiiomeioo, dois selvagens se approxi-rijam de Peter. E com uma facacortaram as cordas que o prendiamao poste e levaram Peter para a fo-giieira.

Mas, um estrondo medonho, trans-formou a face das cousas.. Os sei-vicolas ficaram paralysados. Logodepois, grilaram : —- São os bran-cos I Em seguida, o som dos clarinsde guerra dos hollandezes, ecoou pe-Ias florestas. Os Caclé.: debanda-vam. Um indio levava a "igaçaba"

qué continha o ouro. Peter acompa-nhava-o, quando uma grande flexaCahiu, a dois passos delle ; logo emseguida, outra m.UOr cravou se noseu chapéo.

Pelei- fingiu-se ferido e cahiu.Depois, o cacique, com um assobio,reuniu Os selyiçolas, que eram maisdc cem e de_app.ar_c.ra__ atrai daescura floresta.

Alguns minutos depois, Peter le-vaniou-se e seguiu as pegada., dosselvagens, indo parar na beira de unirio ; olhou para ambos os lados eviu a ultima canoa dos Caetés, quedésappareçia na curva do rio.

Não longe, estava unia pequena ca-tí.a, n_ qual entrou e acompanhou

os (selvagens, que fugiam sempre.Viu-os. então, desembarcarem numailha de pedras. Todos desappa-recerani pelas brumas rochosas,e ficaram de atalaia apenas dois in-dios. Peter não os via, mas elles odescobriram. Um grito agudo cha-mou a attenção de Peter psira aquelleponto. E logo depois, uma flexá si-bilou nos ares, e ligeira se cravouna proa da canoa de Peter.

Os indios, que estavam enterrandoo thesouro, vollaram á praia ; entra-ram nas canoas e vieram encontrai-

o.. Então, Peter pegou a pistola edisparou cm direcção á primeira ca-nôa, onde vinha o cacique. A ca-nôa afundou e o cacique cahiu naágua, gritando vingança. Os Cae-tés não esperaram mais e um turbi-lhão de flexas, ornadas de preto eescarlate, abateram a canoa de Pe-ter. Este continuava atirando sobreas canoas mais próximas.

Foi um momento de desespero : osCates approximavam-se e Peter sem-pre em risco de ser cravado pelassitas mortíferas dos Caetés. Peter,que queria somente afugentar os sei-vicolas, se viu obrigado a matar ai-guns, pois, as canoas approximavain-se cada vez mais e as flexas zumbiamem torno de sua cabeça. Então ati-rou contra uni indio, que cahiu fui-minado nagua. A' vista disso, osCaetés fugiram, mas sempre atirandoflèxe.S. Por sua vez, Peter se viuferido. Uma pequena flexa veiu aseu encontro e cravou-se-lhe no hom-bro. Peter arrancou a flexa e rc-uiou em direcção & ilha e passou na

(ConcZue no fim do min)

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7 — Abril — 1937 — 21 *> y_ i c «_• nr i« ?f

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COM Eí6A BRIMCAD-IRA!VOCÊ& JA' MACHUC/\«AMp.

.. QUEREM BRGAR, não e' .«_.

POib jA' VAO VER•J11A COiSA »..CABOCLOS DE^OPDeiRQS...

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-HiVERfelDAD-. tM COS. /'T^ —VRICA RA_Af A_T_ '

1 COUKAM, MENINOS tve._vir«-u___. Qü-"rio

MKZ PASSADO GANHE-I ATAÇA Dt CAMPEÃO DA

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^..Mn/ííx-

_;_!__ ': L_(Goíirinúa no próximo, numero)

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UM PASSEI ONo domingo fomos dar ura

passeio de automóvel na fazendaonde mora minha tia.

Os passageiros eram: meu ír-mão, que guiava o automóvel,minha cunhada, minha prima,minha sobrinha Aida e eu.

Aida tem 4 annos. E' lòirinha,cora uma pelle muito branca efina.

íamos buscar a irmãzinha deAida, que se chama Dulce.Dulce é, ao contrario de Aida.E' bem morena, com o cabellopreto e crespo, tem apenas doisannos e fala como gente grande.

A viagem de ida foi monótona,o que animava era a idéa de vera Dulce e as paizagens.

A viagem dc volta foi bemdiftereníc, pois Dulce esícva noauto. Düke é muito tagarela ecom sua tagarelice faria rir todoscs presentes.

Edith (8 annos)

OS MACACOS fQua! o anima! mais, ligeiro, noi

gestos, nos movimentos ? Eis uma.pergunta' que não se pode respon-der de um modo certo, pois cadaanünal revela gestos tão. bruscos,tão rápidos, que seria impossíveldeterminar outros nos differentesanimaes. Ha, no emtanto, quemaf firme que os macacos, tidos comoos animaes mais ágeis, são tambémos mais ligeiros. Se!-o-ão ?

d__&

í OS PEIXESOs peixes são animaes de vida

aquática, fora da água morrem

porque não podem respirar no

ar. São geralmente dc corpo liso,

achatado, o que lhes permittemover-se nagua com facilidade.

As extremidades dos peixes cm

logar de patas existem alêtas.

Têm o corpo geralmente coberto

de escamas. Entre as alêtas dos

peixes devem se distinguir as se-

guintes: a dorsal, na parte su-

perior; a ventral, na parte in-;

ferior, c a caudal, que forma a.

cauda.

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O TICO-T a € o 22 — Abril — 1937

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^..||^_Í_5'^_^^____^__. >yyy*y?yy:?í >

v^^S^;^ÍÉ.il__^Íí^lil

O filhote ou larva de anti-kão é umbichinho muito interessante a estudar,

O anli-lcão adulto se assemelha huma libellula, porém mais pequena umpouco. Têm quatro asas sedosas e umcorpo comprido e esbelto. Põe seusovos ou larvas na areia. A larva, aonascer usa sua cabeça como pá, íaz

A . N T I - L, E ¦ O":

\ fjf ^^_^^^^_:M- íí)// *niga incauta ou qual-

\v/^ ^*ílV-_L secto . que caia sobre as

fiT ^**s***______-__-i;'í:í>^ servir de alimento. A

uma excavação- e forma umlados Íngremes. Permanece

poço comimmovel

até que passa uma for--niga incauta ou qual-íjuer outro pequeno in-secto . que caia sobre asbordas do poço, para lheservir de alimento. Alarva por si» não podesahir, precisando do au-xilio do anti-leão.

--V-si*V--**'- ' -' *t*r**J>St*^t**r,^>e*\á'*J*&*i+*e+^<'**>****>

0 vaqueiro que üesejava ser príncipeO Desiderio, como seu nome o in-

dica, desejava tudo quanto via.Era, entretanto, muito pobre e tra-

balhava em uma fazenda como umsimples vaqueiro.

Quando seu patrão comprava maisuma vacca ficava elle com desejo dcpossuir dinheiro para ser tambem fa-zendeiro e comprar muitas vaccas.

Os gênios da matta, querendo umdia, se divertir á custa do Desiderio,e ver o que elle faria se tivesse tu-do quanto desejava, resolveram lheconceder o dom de realisar seus de-se jos.

Attrahiram-n'o á matta, emoria-garam-no com o perfume de anemo-nas e outras flores narcotisantes, fa-zendo-o dormir.

Quando o rapaz despertou viu aolonge uma linda vacca branca ao la-do de esperto bezerro. Teve logo de-sejo de que ella fosse sua. No mesmoinstante um garoto lhe apparece di-zendo;

Os gênios bons da matta lhemandam de presene aquella vaqui-nha...Com o bezerro? |... indagou,curprezo o Desiderio.

Sim, senhor.Muito agradecido. E' pena que

não seja dono daquella fazenda...Mal tinha pronunciado estas pa-

lavras quando outro garotinho lheapparece, dizendo:

Os gênios da floresta lhe fa-zem presente daquella fazenda...

E o Desiderio tomou conta da pro-piiedade com todo o gado, planta-ções, casas de vivenda, depósitos,etc.

Como era ambicioso, não parouahi seu desejo. Lendo uma historiaantiga em que havia príncipes e cas-tellães, pensou:Quem me dera ser um princine!Immediatamente os gênios da fio-resta o metamorphosearam em prin-

cipe e a fazenda se transformou emlindo castello antigo.

Perto do seu castello havia um ou-tro de onde sahia gente, appressa-da e preoecupada.

O Desiderio indagou do motivodaquella inquietação e soube que eradevido á grave doença do velho cas-tellão, pae de uma linda moça.

Elle, certo de que alcançava tudoquanto desejasse, mandou dizer ámoça que curaria seu pae, desde queella consentisse em se casar com ei-le. A moça que era noiva de um jo-vem cavalleiro recusou, a principio,porém, vendo que o pae morreria, sa-crificou-se.

O Desiderio chegou ao castello vi-sinho e disse deante do leito do mo-ribundo:

— Desejo que este homem fiquesão e viva muitos annos.

Não tardou que o enfermo sarasse,erguendo-se do leito.

A moça cumpriu sua palavra, ca-sando-se, embora contra sua vonta-de, com o Desiderio.

Seu noivo, desgostosc partiu paiaa guerra e dias depois chegou a ro-ticia de que elle havia morrido.

A esposa do Desiderio, que viviamuito triste, ainda mais triste ficou,não parando de chorar e cobrindo-.sede luto.

O Desiderio fazia tudo para a ale-grar, não conseguindo, pois seu pu-der não ia até transformar os senti-mentos do coração humano.

Arrependido do mal que fizera,obrigando a moça a casar com elleem troca da vida do pae, sacrifican-do, com isso a vida do noivo delia,desejou elle voltar á sua vida tran-quilla de outr'ora, quando era umsimples vaqueiro!...

Nesse momento sentiu um cheiroforte de anemonas e um irresistíveldesejo de dormir. Deitou-se e ador-meceu. Quando accordou estava namatta ao lado de fazenda do seuantigo patrão que lhe perguntou, aovel-o: ,

Por onde andaste, Desiderio?...Não sei... Parece que adormeci

e sonhei que eira fazendeiro, depoisprincipe...

Ao dizer isto passou pela estradaum cortejo nupcial.

Quem se vae casar? perguntouelle.

E' a filha do nosso visinho queesteve muito doente e depois saroucom os sortilegios de um feiticeiroque alli appareceu, desapparecendoem seguida.

O Desiderio comprehendeu, entãovoltou, quando todos pensavam queelle havia morrido e o casamentofoi realisado hoje.

O Desiderio comprehendeu,que havia sido o joguete dos gêniosda matta e limitou seus desejos acousas simples e modestas, de accor-do com a sua humilde condição ..

Viveu, assim feliz muitos annos nafazenda onde continuou a. trabalharchegando a capataz geral dos ser-vicos; e, quando velhinho, contavaás' crianças que *o rodeavam um lin-do sonho que tivera em moço e nocmal era um princine que se casaracom uma princeza muito triste.

Deante disso preferiu a alegria deser um pobre vaqueiro feliz, a serum principe desgraçado...

E»storgio Wcnclcricy

TEU SABER.

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Abril — 1937 o t i i: » - t í .: o

As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho oV Walter Otsney e M. B. Iwerks. exclusividadt para O TICO-TICO em todo o Brasil)~WWWF~

Sabendo que se nào prestarsoecorro a Dippy até meia-noite,será tarde, Mickey segue ¦-..

'- h :—. '—» l

.. .pista dos ladrões até o escon- • ¦ -Será melhor experimentar a janella! Oh, ç_ederijo delles! Chegando até dam nado! Esta janella está aberta! — Primeiroporta, é arriscar muito!... tr?.'-_iho é encontrar Dippy! Se rife estiver...

ZT

*.T_ ¦n ,

.-y-u.A>ír ^

...aqui! Mas onde é que devo procurai-o?— Deus do céo li se vão elles, os dois su-

jeitos que eu estava...

...seguindo! — Sempre na pista d;x;ladrões de cabellos. Mickey segue-osaté um' escuro logar!

— Não ha terr.pu -i perder' j.iê qun.-M meia noite j M eu r.àoencontrar o Dippy...

H\ \A/^^r^3;V^>, 1 (»aÍt^*-*>^\;;j;\^^^^

1 1 • - • -"

v %ty'>x* •t-.-r-i -—, y ___4á___r**»/-' M < ^- ¦

___Ms___L2___...até meia noite, elles o matarão! — Rapaz, isso aqui está escuro coma. , . U.t ».»•-•>«- •'"'•*•. asammamm - ....-*--¦ w" .,-,r--., ._._,_, _-,--. _,

Cred"' Imagina se elles vão agora atraz breu! Não devo perder a pista delles —Ora,...delle

•ff»11' I. ^

ri ,LJt_3 c4" _3F"., frí$- - n

^^Sü.^-«~-__^...,.-.'_i.J' 1

...que diabo!... Foram-sc em-hora!!! — Ouço passos, deixe-meesconder...

*£&2\ ¦ i l^igáS^

s*-, J y*^22> ÇL.2--2J»y^^3^2C^'' :-22<r^-.: ~-V<*

*&_¦•,•._>

_ _¦**--

: S-^V^.rr<5_-^«t____} ¦-.

.dentro deste quarto! — Oh!Desculpe, cavalheiro!.,.

...Quem é o senhor? — Eu sou oDippvl Sim!...

.. E' voc2 Mickey'

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/^-n*í^"''_-r'----^-3\j/_; B_r^^^T^-----_-_=-_ _^^"^^^*T1'',»-,^>~^'in>. Desenhos de >x. Cícero Valia __! ar e-i^r

A VIDADE

FLORIANOPEIXOTO

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Deu-se assim essecaso: — Floriano mora-va na rua de São Ohris.tovão. visinho a dois pa-rentes dc Deodoror Pedro Paulino. irmão e Her-mes òn Fonseca, sobrinho. E eram ossos parei.tes de Dcodoro que o informavam dc tudo..

Era o dia 12 do Novembro. Floriano'ia sa-hir de casa. quando Hermes da Fonseca lhe ap-pareceu, .di.endo-ihe que Dcodoro queria falar-lhe e pedia que fosse à casavdclle..porque estavadoente c não podia sahir

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Foi imiiicoiaíamcnie. Dcodoro fechou-se cen elle num quarto e con-tou-lhe francamente tudo o que se passava. Floriano ouviu-o calma-mente: depois disse com firmeza: ':.¦ ?

Eu irei falar a Ouro Preto, e garanto qílè cessarão essas perse-guições a você". — Dcodoro chocou-se cem a lógica d.T, resposta e coma frieia do amigo que |á conhecia bastante. Mas. replicou'"exaltado:

"""—~*~&*\ —; ^^J { T~

_HE*_wíS__ __R_II wLwmv^' ___«£' I

-a*#í iâfe^. B_PÍ__ÍÍ__Í_V I ~

ürrnr-^ )rr\"Não

quero que Ouro Preto s.queixas.* Agora o caminho a seguir;-^nete. seta como fôr.

. _.. ( ,'-\ hpra é dè agir. e -se o chamei'¦ o |ujgo um amigo do exercito" .

.V* !. ; Floriano não.respondcu. E

ub.i das minhasó dcrrubal-o do

aqui foi porque

rgueu-se. . .

=| ___—

...impassível, tomou o chapéo (estava a pai«;ana) e ia -ahir.«juando. Dcodoro lhe perguntou. mterpondo-sc-.nfr_ elle e a por-to:

"Finalmente, que diz você sobre isto?

Sempre tfu.n_.yi__, Cl_iQ _0(._.ntt_ Floriano..,* .

.V res|->ondeu. inalterável: "Diga-me. c_. Manoel, a"coisa" é mesmo contra os "casacas" — Deodoro

replicou: "Justamente; é contra os "casseus".

oüenos humilham l"

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Em dado momento íoj abert» uma rica cortina de vcílud. e o* tre* aventureiro» viram'*»

deante de um» nli migpio». prova»eiraeme • tala do Ihruoo Spot mai» e m«ii m maravilhava

coni o que vía de momento a momento»,

0'Jando, na sala maravilhosa, prosava tudo correr a» mil maravilhas, Spot foi repentinamenteagarrado por dois robustos pretos. O aventureiro de terra» extranhas ficou surpreso com equejlamudança de attitude do» «Uencioso. guerreiros (Continua no próximo numero).

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O TICO-TICO 7 — Abri) — im~i

P A T R I D A P L A N TAS j

ii ^%k f i \\\Tuy$'

A.s plantas têm pátriaTêrn, sim, e muitas vigueam pelo mundo sahinddos, paizes em que viveraantes.

Se as plantas e flores pu-dessem falar, seria deverasinteressante ouvil-as Ealar

dos seus antigos lares antes de viajarem pelomundo.

Assiívi, as tulipas vieram daPérsia para a Europa ha maisde 300 annos. Os geraniossão originários do Cabo daBoa Esperança.

A camelia recebeu estenome de um padre que atrouxe dos confins daChina.

w*s/v«^,*^Vi's^v^^iys^^s1^v>i-^*N(-vi%^s^vvx .

O erit_usiasi_p é a alegria do<;

fortes. Emquanto a tristeza c o

desalento estiolam as esperanças e

implantam o desanimo, o cnthusi-

Hsroo é a força prestigiosa que move

as creaturas e as incita aos trium-i

phos mais difficeis.— Que idéa se pode fazer, per-

gunta um que está sempre prompto/para enfrentar combates, de um jo-.ven que, embora cheio de saúde, se

mostra sempre triste e pensativo :

Que se pode pensar de outro quevive a lamuriar, sempre desfiando

aos ouvidos dos companheiros as

lamentações do seu pessimismo e aa

ferfdeixas dos seus desconsolos ?

Não se pode pensar grande cou-

*a desses derrotistas da vida.A vida é uma offerenda divina,,

E' preciso, pois, vivel-a com o en-ithttsiasmo helleno dos fortes, com» Coragem decidida dos que não sedobram ante as asperezas da joiV.nada ! E' preciso olbal-a de frente,

pisando firme o chão da estrada

"ísiÈitaü!tal ia vi"...

\

por onde nos vae levando a mãoinvisível do Destino,

A voz de despertar é esta : —i

Caminhar, enchendo de sol os nos-sos olhos e de alegria o nosso co--ração, afim de que, por toda ^a par-te, seja a nossa presença uni mi-

lagre de enthusiasmo, dc alegriaaos tristes e desilludidos, reergueu-

do-os para a vida !

Que nada nos abata! Nem as

difficuldades nem as censuras, nem

as vicissitudes, nem a insidia doa

maus, nem os nossos próprios er-ros..,

Devemos ser como a Primavera,e assim viver em eterno resurgi-mento, semeando o bem, espalhandoo amor e perpetuando a verdade!

E cada dia que passa devemoscolher um frueto bom da arvore davida e repartil-o com os que neces»sitarem do nosso auxilio, do nossoconselho e das nossas palavrasde fé.¦*—*

Aos vencidos, incitemol-os a er-guerem-se de novo, segredando-,lhes as palavras de ouro do poetas"'...Caminha, é a vida;Caminha, que verás um ceu mais

[alto,recoberto de estrellas palpitantes;Caminha, e beberás a agua mais

[puraque poderá provar a tua bocea !Entrarás era jardins nunca

[sonhado»,onde receberá teu Sábio virgem,num chuveiro de pétalas macias,um baptismo de beijos deliciosos.

'\Vae íni busca da vida que te :I chama !"

Ileicilia (I3 annos)

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7 — Ahril -, 1937 — 27 O TICO-TICO

AVENTURASDO

CAZ9ZII.HA

ICOMO SE ARRANJA

UM OSSO

\WiffiYj-Yp

A. \ __^-s"^°°\_j •""*"—

Cazuzinha, tendo promettido um — Paramos justamente á porta doosso a Totó, vae até a rua. açougue! Vou dar um osso á você,

Tótól

Yy__J/51í1>. fyÍ^yzyy

"^^:;A____^^ss-a^> C^S^Si_*

— Preste attenção no que lhe vou dizer:rar apanhe um bom osso e íujal

auantío eu começar a cho-

_í?»<Y. -s-*5 "*r^) d íj _y*^Y.

— Agora, coragem! Entremos porque vou me dirigir ao açougueiro eperguntar-lhe se elle é surdo!

Conclue no próximo numere

À circulação do sanguePelo corpo do homem circula, como sabem todos os leitores, um liqui-

do vermelho escuro chamado sangue. E para que circula o sangue? Paralevar a todas as partes do corpo as necessárias substancias a sua conser-

; vação e ao seu desenvolvimento. O órgão principal da circulação do san-j gue é o coração. Está situado dentro do peito, tem o feitio mais ou me-; nos de uma pera e o tamanho de uma das mãos, fechada. Os condu-retos pelos quaes corre o sangue chamam-se artérias, veias e vasos capil-

lares.

rreUS^p™ DESEJAM O BEM,

,^^WV^A^^VVV^A/VVV*^*VVVVV^^^^Al»^^/wlVV^V,¦

GARAPA!Existem certas pessoas que por

motivos futeis deixam-se cahir noridículo, ou, muitas vezes, appeli-dar-se pelo povo em todo e qual-quer lugar em que se encontram.

Assim o Anastácio, um pobre sa-pateiro que vivia unicamente domísero salário que obtinha do seuhonesto trabalho.

Sempre serio, óculos deitadossobre o nariz, phisionomia car-rancuda nunca admittira qual-quer pilhéria á sua pessoa, En-tretanto por motivo insignifican-te, um dos garotos do bairro po-bre onde morava chamou-o cer-ta vez duma esquina — Garapa!

Foi o bastante... O homensinho $irritou-se, ficou vermelho, mãoscrispadas, cabellos desgrenhados

i maldizendo o autor de tão incon-í veniente pilhéria.

E dahi por deante nunca maisS o Anastácio teve socego na vida.

• No cinema, nos bondes, nas qui-í tandas, einfim em toda parte que

se encontrava ouvia-se o grito es-tridente.

Garapa! Garapa!...Uma vez ri-me a valer da at-

titude cômica que assumiu o nossogrande personagem.

Era uma noite bonita, quandoa lua deitava a luz prateada pe-los recantos das ruas estreitas emal alinhadas.

Vinha o Anastácio todo lampeirosobraçando um grande embrulho,quando, de repente ouviu dumaesquina:

Mel!E mais adeante:

Com agua...O Anastácio, largando o em-

brulho no chão, erguendo os bra-çcs na sua tão popular attitudeberrou com toda a força de seuspulmões:

Mistura, desgraçado... e vêse não te arrebento de cacetadas...

Antônio Carlos Sá

^^tA+rts^&Ai*****^ r>***v^^

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¦O T I C O - T í ( O — 28 Abril — 1987

m%* v'vB0l oxro z^%\ .....

RESULTADO DO CONCURSO N. lã

riwV^PfffllTam

Ir?« W7—m &

Solução exacía do concurso

Solucionistas'. MauroRezende, Adelino Fernandes RibeiroJunior, Gilberto Orsi Machado, OttoCarvalho, Jurandyr Xavier C, Nillo-ni Ferreira Crosa, Ornar Alves dcCarvalho, Rosil Carneiro de Moraes,Pauli Sicord da Costa, Abilio Rocha,Arnaldo Almeida Sobrinho, AyrtonRocha, Joaquim dc Souza e Silva,Homero Neves Trindade, Regina He-lena Faria Motta, Maria ConsueloMarques, Haroldo Marques, Lúcia•Tovane, Walter A. Finger, Jarém G.Gomes, Eslelinha Dinorah Boissou,Ritinha Gomes de Mattos, Luiz Au-gusto B., Mariza Boissou, BlancheMaria P. de Castro, Wanda Rosa Pe-'•eira, Rubem Missel T., Eugênio DiFrancesco, Dora Hcurman, LeonorNogueira Soares, Adylson TeixeiraSantos, Ignez de A. Séve, Nydia Papfda Fonseca, Myrthes Machado Cal-das. Oswaldo Lucas da Silva, Bene-dieta Sônia de Campos, NatalicioPrimes, Norma Graziella, Neuza Car-valheira, Arnaldo S. Pires, Octaviode Mendonça Vianna, HerculanoGonçalves, Maria dc Lourdes Brus-que, Maria Sylvia, Luiz Eduardo, An-na Ferreira da Costa, Therezinha Ca-ruso, Gomercino G. Guimarães, JoãoBosco L. Ferreira, Paulo C. Diniz,Therezinha Maria M. Corrêa, Esther-zinha Souza Campos, Annita Slrait-man, Maria Célia Azevedo, Nylza L.Soares, Arthur Fernando strutl, Ci-

QHCUMOfcero Epiphanio dc- Araujo, José Co-rado íramô, Antônio Epiphanio deAraujo, Hamilton M. de Oliveira, Ma-ria da Conceição R. Nunes, Jorge Sil-va dos Santos, Adherbal Bezerra Ve-ras, Norma Ribeiro do Valle, EvandroLuiz dc Abreu Lima, Nair Mattos,Ivaneidc Guimarães, Jsvir CarneiroSantos, Rony Carneiro Santos, Feli-cia di Puglia, Hugo Godofredo de

0 TICOPropriedade da S.

= TICOA. O MALHO

EXPEDIENTEASSIGNATURAS

Brasil: 16

Estrangeiro : 16

anno..,meze3..anuo...mezes..

25?00013$00075$00038$000

As assignaturas começam sempreno dia 1 do mez em que forem to-madas e serão acceitas anaual ousemestralmente. TODA A CORRES-PONDENCIA como toda a remessade dinheiro, (que pode ser feita porvalo postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida á S. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 34— Rio. Telephone : 23-4422.

PÍLULAS

qsSIÍp(PÍLULAS DE PAPAlNA E PODO-

PHYLINA)

Empregadas cora suecesso ua» moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Essaspílulas, alio» de tônicas. sSo indicadas nasdyspepsias, ddres de cabeça, moléstias doligado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das funeções•gastro-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias. De-posltarios: JOÃO BAPTISTA DA FON-SECA. Rua Acre, 38. - Vidro 2$500,

pelo correio 3$000. — Rio de Janeiro.

^f****~**'Sa*m*ia*mmm*»mm*S*m~sa*>mr^^

Araujo, Sônia Machado Guimarães,José Joaquim Araujo, Lauro M. Ca-inargo, Maria José Dias Paes Leme,Fernando Manoel Paes Leine, Rubensdc Oliveira M., Guiomar Lúcia San-tos, Almiria Nojueira, Linda Prcuss,Almir Nogueira, Maria José Lyra,Lye-tte Mazzoni, Diva ?.. Vassalio,Jo- ' S. Couri, Adail C. da Fonseca.Fausto Almeida C., José Pellegrino.Armando Vaz Junior, Evandro Sou-za, Aldyr M. de Mattos, Walkyria Glo-ria Pinho Castro, Maria Eloy Neves,João Lopes, Maria Auxiliadora F. deCarvalho, Carlos Lanzelotle, Sidneyda Silva M., Levi Lustosa, Júlio D.Ribeiro, Jusita Lourdes C. de Placi-do e Silva, Therezinha Ramalho doNascimento, Hebe N. Nitzsche, Ser-ginho Soares, Déa de Car*alho Silva,José Alfredo Unes, João i\ da Silva.Normandina Saldanha, Alcida da Sil-va, Wanuzz! .«'inamore, Edgard Fur-tado, Cherubim Pires de Castro, Zil-da Haddad, Accacio L. do Couto Net-to, Jorge Pereira, Reynaldo B. G.Netto, Romulo A. Cosenza, Dina Mar-ly Costa, Albano Salvador Corrêa.Ary Mendes, Otbon Lobo Oliveira,Thereza R. Neves, Therezinha Gui-marães Sanches, Celina Gloria T.,Waller Mattos, Heriuano Waineteck,José Vicente Dutra, Nilto:-. Meliga, El-dio Bueno, Guiomar de Azevedo Fon-seca, Léa Novaes, Albino Pereira dosSantos, Didi Bastos, Fábio Gomes Al-ves, Paulo Duarte Monteiro, Otto Re-zende, Luiz B. dos Santos, MagalyCruz oreira, Nilo Lima, Arthur daCunha e Silva, José da Costa, JoséMichels, Wilkar Pereira, Walter Car-valho, Francisco C. Lemos, RobertoTavares dc Souza, Levy Polli Barre-to, Yvonne M M. Schaack, Luiz Car-los de Campos, Regina C. Duarte,José de Araujo M., Hildayres Paula,Hamlet Ferreira da Silva, Léa Vian-na de Vasconcellos, Dirce Zangli, Ei-nio Fiori, Hugo Papf da Fonseca,Laura Alemi, Oriel da Silva Junior,Isa dc Paula Duarte, Álvaro da Cos-ta, Dulce da Cunha e Silvr, ArmandoD. Couto, Adhenor Leite Teixeira,Maria A. Andréz, Therezinha Aran-tes Dix, José A. Fernam s da CostaBello, Cleocy P. Cardoso, Syléa Car-valho, Julia Marques Lins, Antônio daRocha Vianna, Haydée Gonçalves,

\

IR iíBlII

Jial ia jnslRfeAs mais empolgantes aventu-

ras para leitura dos jovens,Primorosa confecção —.: Sen-

sacionaes novellas.*a»***im+m*VSAAl*++m*\Am+*am^^ ^íV/AViA^ .' »»VWVW. *J»mm^m*m+m4mJmAm**A**m+m*****LAL^^ KL*.**,*. »»>^>^a«^>a^.<>aAala1a«a-»_aS^^

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5 — Abril .'-^ IJK17 2â O TICO-TICO

NOSSAS LKiTORAS

Jaiiette, graciosa filhinha do sr. JúlioPaiva nosso c-ompanheh-o de trabalho

Zulmira Helena P., Alberto de Cas-tro, Milton C. Cavalliéri, AntônioMuanio, Nely Ramos P., LaudelinoNascimento, Manoel-da Silva M., JoãoDutra B,, Nydia Barbosa, Celeste eHélio Costa.

»Foram premiados com um lindo li-

oro de historias infantis os seguintesconcurrentes :

NEY ARMANDO DE MELLOMEZIAT

Residente á rua Marquez de Valeu-ça, n. 96. Tijuca, nesta Capital.

JURANDIR XAVIER CHAMUSCA

Residente á rua Theodosio Costa,n. 32, Itapagipe, Cidade do Salvador,Bahia.

REGINA HELENA FARIA MOTTA

Residente à Fazenda da CoroaGrande, Nazareth, Estado da Bahia.

RESULTADO DO CONCURSO N. 10

Respostas cerias :

!.¦ Joelho, coelho¦),* .— Pereira3.» — Pata4.* — Si5.- •__ Cavallo, cavalla.

Solucionistas: ¦— IvaneideGuimarães, Nydia Barbosa, José Ar-naldo Fernandes da Costa Bello, Ar-Biur da Cunha c Silva Filho, MagalyCruz Moreira, Luiz B. dos Santos An-jos, Alcida da Silva, Déa de CarvalhoSilva, Lcvi matosa, Aldyr M. de Mat-

X STeITtT

tos, Almir Nogueira, Linda Preuss,Ãlmiria Nogueira, Jorge Silva dosSantos. Hamilton H. de Oliveira.João Bosco Lemos Ferreira, LuiaEduardo, Benedicta H. de Campos,Ignez A. Séve, Blanehe Maria P. deCastro, Jarém G. Gomes, Walter A.Finger, Maria Consuelo M., IlaroldoMarques, Lúcia Jovane, A-ilio Ro-cha, Nilani Pereira Crcssa. Otto Car-valho, Neuza Carvalheira, Ornar Al-ves de Carvalho, Jiirandir* XavierChamusca, José Corado do Nascimen-to, Antônio Edo. Araujo, DUnia Ro-cha, Joaquim de Souza e Silva, Leò-nor Nogueira Soares, Walter GomesPereira, Sônia.Cruz do Rosário, NeyMattos Dantas, Nydia' Papf da Fon-seci, Oswaldo Lucas da Silva, Nata-licio Primes, Arnaldo S. Pires, Her-culano Gonçalves, Déa Jover, LéaMaria Brusque, Maria Sylvia, There-zinha Caruso, Therezinha Maria M.Corrêa, Estherzinha Souza Campos,Arthur Fernando S., Adelino F. Ri-beiro, Maria da Conceição R., Evan-dro Luiz de Abreu e Silva, Nair Mat-tos, Rany Carneiro Santos, OsvjrCarneiro Santos, Humberto- di l'u-glia, Wanda Maria Fontenelle, Fran-cisco D. Gonçalves, Guiomar Lucfados Santos, Maria José Lyra, José 3.Couri, Olga Neves, João Lopes, Ar-mando Vaz Júnior, Humberto Lan-zelotte, Sidney da SHvít Monteiro, Gí-selia Pety Falcão, Jusita Lourdes G.«ie Plácido e Silva, Zilda Haddad,Hebe Nair Nitzsche, Serginho Soa-res, Romulo Ary Consenza, CherubimPires de Castro, Acçacio Leite deCouto Netto, Normandina Saldanha,Jorge Pereira, Alba Corrêa, RomuloAry C, Palmyra Carvalho, OthonLobo Oliveira, Celina da Gloria Ta-volara Alonso, José Vicente Dutra,Nilton Meliga, Walter Mattos, Eldi.oBueno, Léa Novaes, Didi Bastos, OttoC. Rezende, Sylvio Fionncio, IvanV. Freitas, WUkar Pereira, RobertoTavares de Souza, Walter Carvalho,Luiz Carlos de Campos, Dalva Cefe-ja Duarte, José de Araujo Machado,Dahyres Paula, Léa V. de Vasconcél-los, Adhenor Leite Teixeira, DirceZaughi, Oriel da Silva Júnior, Isa dePaula Duarte, Dula da Cunha e Sil-

A *t

BliBâS

NÃO DEIXEM DE LER:BREVEMENTE

O folhetim d'0 T1CO-TIC O, \KAXIMBOW na Pandegolandia.

CQIKÁO SETHEMSINO PRIMÁRIO- POR MEIODO DESENHO-INTERESSA ACRIANÇA E FACILITA O MESTREVEJA NAS LIVRARIAS DO. BRASILAS OBRAS DESTA «fig**, OUPÍ^ca PRoarecTos ao "ATEUfcR mthR. RAMAtHQ OKTIGAO 9- 2? - R'0

DEPOSITO EM fl.BAUlO

J. COUTO -R.RIACHUELO 88 "A

JI

BBnKjk ¦¦¦* «ShSSs^H

Wm%mÁ:: «Lm "''

José Pedro, lin-M-essarite sobrinho donosso coírípanheiro do trabalho Antônio' Castro :

va, Maria Antonietta Xndrés^ Therfe-zinha Arantes D., CléCy Porto Ca»-doso, Julia Marques Litjs, Antônio daRocha Vianna, Hugo Papf da Foiise-ea, EInio Fiori, Alberto de Castro.Hélio de Castro, Laudelina. Naser-mento, Celeste Dutra Bastos, Nely R-p-mos Pitanga, Alberto Furtado, Dát-themis TeBespires de Souza Brasil,

'Foram premiados com um lindo li-

vio de historias infantis os seguintesconcurrentes:

DARTflEMIS TELLESPIRES DE.SOUZA BRASIL

Residente á rüa Dr. Mario fVianna,n. 589,.Nictheroy, Estado do Rio. *

BLANCHE MARIA P.;DE CASTRO*Residente à tua Bella Cintra, nu-

mero 1.412, São Paulo, Capital. *

CONCURSOS ATRAZADOS \' A--

fr. 11Marildrde Pereira, Atfdy Almeida.

— N. 12 7-Addy Almeida. .' '..

v ~y-13 —Estherzinha Souza Campos, Nelson

S Ribeiro, José Corado Irmão, Ge-naro Araujo Rocha, Nelson Louren-ço Soares, Adherbal B. Veras, The-rezinha Maria M. Corrêa, Álvaro tleSouza, Delíino José Teixeira. There-zinha Caruso, Maria Sylvia.

—-N. 14 —

EstherzJnha Souza Campos, Regi-na de Paula, Therezinha Mana M.Corrêa, Therezinha Caruso.

UM HABITO AVILTANTE.

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o j u: o - i i i; o - SO — 7 _ Abril — M7

CONCURSO NT. 2.Para os leitores desta Capital e dos Estados -

/^>^\ *T_^>s. /O ->^Fi |§§p _|iv ÊZ Ir»J___Í—— -*íí —" —'xíx *^«_. H f

^^í-PN» 1.JÍV"*^^^sLX-^-tmsÀ—¦—r—M?^M / ^^

^^—wÊfi~~5< I W

Mais um fácil concurso de palavrascruzadas offereccmos hoje aos nossosqueridos decifradores. As "chaves"do problema são as seguintes x

U o r i z o n t u c s :

1 — Este desenho, no plural— Fluido— Umberto Almeida— Livro com uma narração

11 -— Ventura12 — A primeira letra13 — Artigo15 — Faz me;17 — Habito18 — Do verbo ser19 — Sobrenome21 •— Nota musical22 — Terra molhada.25 —¦ Tarefa27 — Animal, ás avessas28 —Parece sapo29 — Compaixão30 — Nome de mulhe»*. |

Yerticaes :

— Massa d'água— Anncis— Transpirar—Animaes

— Instrumento de lavoura—Tritura

10 — • Tempero12 — Nasceu na Allcmanha

26 — Parece sape31 — Offerece.

—o_As soluções devem ser enviadas á

redacção d' O TICO-TICO, sepa-radas de outros quaesquer concursos

c acompanhadas não só do vale quetem o numero 27, como, tambem, dasdeclarações de nome, idade e residencia do concurrente. Para este

Cy5X¥PARA OCONCUQXO

«_

27

concurso, que será encerrado no dia, «ic Maio, duremos como prêmios,por surte, entre ns soluções certa.*.,tres lindos livros illustrados.

CONCURSO N. 28Para os leitores desta Capitai e dos

— E.itttaos j/roximos —

Perguntas:¦ 1.-* — Qual a frueta formada dedois advérbios ?',2 syllabas).

Cícero Yei(ia?..* — Qual o paiz d . America que

tem nome de ave ?(2 syllabas).

0 tie Lima3.* — Qual a nota musical que é

criminosa '?(1 syllaba). Mauro Leite4.* — Qual a parenta que sem ,\

inicial é accidente geographico *.'(2 syllabas).

Lydia Barreto5.* — Qual a estação do annu qufc

t tempo de verbo ?(3 syllabas).

Josc Caldas¦—o—

Eis organizado o novo concursocom ciuco perguntas fáceis. As sc-lu*ões devem ser enviadas á redac-rão d'0 TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos t-acompanhadas do nome, idade c re-sidt-ucia do concurrente e ainda dovale que tem c numero 28.

Para este concurso, que será en-cerrado no dia 2ü de Abril corrente,daremos como prêmios, por sorte,entre as soluções certas, dois lindoslivros illustrados.

v8é

VALEPAPA O

CONCURSO= 28

14 — Nola de musica16 — Artigo17 — Adjeclivo

às avessas20 — Frueta23 — Frurta

24 — Nome «R. mulher

possessivo.

!¦*¦'•W^<%^'_*,•••k¦_¦_¦«»r•>_¦«__^#1_V^

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7 — Abril — 1ÍR!7 O I ICO- l i i\ o

0 mesouro do Cacique(FIM)

íerida a resina que fluia do jacarandá. Depois. Peteríoi á procura do thesouro e achou-o, meio enterrado naareia. Peter correu c tratou de desenterral-o e quandoabriu, 'ficou maravilhado: estava cheio de diamantes ebraceletes de ouro. Mas Peter não viu que dois olhossanguinários o espreitavam de um basto arvoredo. Eramos olhos de um tigre, que agitava nervosamente, seupello negro e luzidio.

Um urro medonho adverte-o do perigo imminente.Peter levanta-se de sobresalto e tirando a pistola, sepôz em guarda. E logo um silvo agudo sahe do capin-„al e o tigre cahe a seus pés, raivosamente. Peter en-cjatilha a pistola, mas o tigre, com uma patada, atira-alonge. E depois, com um salto, derruba Peter ao chãoe sobe. Mas Peter, o hollandezinho corajoso, tirada cinta uma faca e crava-a no peito do tigre, quelevantando a cabeça e abrindo as fauces crispantes,solta um bramido, suffocado e tomba para traz, inerte.

Peter levanta-se ainda tonto, por essa luta sobre-natural, e diz : —- Agora, este thesouro é meu, e nãodo cacique sanguinário, como este tigre, côr de ébano.

E pegando a "igaçaba", colloca-a na canoa e rumaá Olinda.

Este romance occorreu no anno de 1630. Vinteannos depois, Peter era dono de um engenho as-sucareirr» em Olinda,

Warney José' de Fontenelle

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PARA EOM ENTENDEDOR'*'ESTAS PALAVRAS BASTAM <•__

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ESTA' DITO TUDO!...

AS ü © !_4_> SOPHIAPaulo Carret, capitão francez, de-

pois de varias victorias alcançadassobre os portuguezes, em Villega-gnon, na bahia de Guanabara, reti-rou-se com sua irmã Sophia, parauma praia desta bahia.

Sophia possuía muitas jóias precio-sas que o rei de França lhe dera.Cauby, chefe Aymoré, amigo dePaulo, viu estas fascinantes jóias e,por ellas, sentiu-se cheio de inveja ede cobiça.

Desde este dia, Cauby não maisappareceu em casa de Paulo. Cau-by combinava com Pery, seu filho,como arrebatar de Sophia suas jóias.

Numa noite, Cauby rondou a casade Paulo c, soltando um grito de in-veja, relirou-se para sua cabana.

A' meia-noite, dois vultos esguiosvagueavam pelas moitas de capim.Eram Cauby e Pery. Cauby esprei-Jíiva a casa, depois falando ao ou-vido dc Pery, correu para a cas* «Je ,Paulo.

Este passeava na esplanada, e nãoviu qne CM-*? se approximava ar-mado com uma pesada clava. Cau-by approximou-se de Paulo e levan-tando a clava, desfechou um golpetraiçoeiro.

Em seguida, tirou da cintura umacorda de "tucum", amarrou os pés

/ c as mãos de Paulo, e acabando esta

NUNCA TE ENV

operação, soltou um-pio semelhanteao da coruja. Pery sahiu do capin-zal, correu para Cauby, que collo-cando Paulo desacordado, em seuhombro, desappareceram nas bre-nhas da floresta escura e impeuetra-vel.

Quando chegaram á "taba", Caubydesatou as amarras e tomando deu'a "mussurana" (corda de algodão,matizada de varias cores), atou-onuma "Arvore de Ouro", sapucaia.(Os selvagens chamam-n'a assimporque cm Setembro ella se cobre deflores amarellas).

Cauby chamou um indio, a quemordenou que vigiasse o moço bran-co. Quando Paulo despertou, in-quiriu onde se achava.

A sentinella respondeu :— Estás na "taba" dc Cauby, rei

e senhor destas florestas, 'onde seecoa a voz de Tupan.

Nesse momento, Cauby, com umcachimbo enorme na bocea, appro-

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ximou-se e disse, apresentando umataboinha : — Escreva á Sophia, pe-dindo-lhe que traga as suas jóias.

Quando Sophia recebeu o recado,não mandou as jóias e, sim, um enor-me cão policial, que era um vertia-deiro "leão" para defender Sophiae Paulo. O cão chamava-se Leon eera tão dextro nos ataques rápidos,que mereceu este nome.

Sophia chamando-o, mostrou aipegadas de Cauby c disse que ai

seguisse. Leon farejando aqui e ali,foi parar na aldeia de Cauby, ondetodos os selvagens já dansavam comgrande furor, embriagados pelo vi-nho de caju, do "cauim" c "alue",(¦espécies de cervejas de aipi de mi-

.In..».Leoa entrou ás escondidas e foi

a fé onde estava Paulo, vigiado peloAymoré. Leon, de U__ pulo, agar-rou a garganta do selvagem. EM-grilou, não sendo ouvido pelo rufodoa tambores c os gritos guthiracsdos Aymorcs eram altíssimos.

Quando o Aymoré cahiu. I.eonroeu .as cordas que prendiam Paulo,e fu.fi u com elle, enganando Cfcuby,o ambicioso cacique Aymoré.

WÀBNET JosÈ DF. F0NTF.Nr.l.I.li

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Page 31: UM LEGADO ORIGINAL OE TALMUDmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1937_01644.pdf · wrçços-ho rio ...lôoo mos estados. ...»600 xxxíis «10 de janeiro, 7 de abrÊl de 1937 í(anno

Aventuras de Chiquinho A caçada com estelinsue.y^, .,¦..-,.¦ —..—a»...,.-., ¦¦'¦—...I - , . ... I fi-iIsUS •¦!¦¦¦ i-y, ¦'¦' ¦¦¦,,.¦ ».._,.. »¦—¦ —--*¦¦¦,.¦—¦. .. ¦

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Estclingue é este brinquedo destruidor de pas-carinhos que os meninos chamam \de atiradeira.Brinquedo de mau gosto que, além'de perigoso,mata innoccntos aves, úteis á agricultura.

A Lili depois do insucces.só da caçada com es-pingarda, foi convidada para caçar com estclingue.Chiquinho ensinou-lhe como se manejava o estetih-gue. A menina, porém, estreou mal, dando. ,„

.uma balada no próprio dedo. Desorientada com .^aJém de errar o alvo, a bala foi quebrar uma vi-r_d°Vir™ °a .coTnhe,rOS C rC8reSSOÜ dra<?a e W^feríu uma senhora que se achava porcasa para curar o dedo. Benjamim tomou o este- traz da janella. Não tardou a chegar ao conhecihnguc para matar um passarinho, mas,... men!o da policja> 0 procedirnento d^s taespr—' j7 —¦ ¦—

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..caçadores. Chiquinho. vendo a impericia dos .. .um official que, reconhecendo-o disse ao cuarcompanheiros tomou o estclingue para atirar num da: - "Camarada, solte.o garoto! Este é o ™p_.passailnho- Ngw mémtfní.o porém, fo, preso por lar Chiquinho do TICO-TICO; a sua prisão iriaum guarda. Unquinho quasi desmaiou. Nesse mo- entristecer a Innumeros leitores do apreciado periu-mento passava. ilico."