anno xxxvrio de janeiro, 23 fevereiro 1938 n....

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ANNO XXXVRIO DE JANEIRO, 23 DE FEVEREIRO DE 1938N. 1690' Robinson Crusoé estava um dia pescando tranquilamen-, te em companhia do seu amigo Macaco, quando foi surpre- endido e atacado por uma tribu de canibais. Os canibais òinsrraram Robinson num poste. Iam fazer dele um belo almoço. Robinson, cheio de medo, estava sen- tido com o Macaco, que fugira covardemente. . Mas o Macaco não era um covarde. Fora a casa e apa- nhara uma pele de leão com a qual pensava poder pôr em fuga os canibais.¦ Os canibais, que iam matar Robinson, ao verem o leão fugiram a correr desabaladamente. E assim Robinson foi salvo pela astucia do amigo Macaco.

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ANNO XXXV RIO DE JANEIRO, 23 DE FEVEREIRO DE 1938 N. 1690'

Robinson Crusoé estava um dia pescando tranquilamen-,te em companhia do seu amigo Macaco, quando foi surpre-endido e atacado por uma tribu de canibais.

Os canibais òinsrraram Robinson num poste. Iam fazerdele um belo almoço. Robinson, cheio de medo, estava sen-tido com o Macaco, que fugira covardemente.

. Mas o Macaco não era um covarde. Fora a casa e apa-nhara uma pele de leão com a qual pensava poder pôr emfuga os canibais. ¦

Os canibais, que já iam matar Robinson, ao verem oleão fugiram a correr desabaladamente. E assim Robinson foisalvo pela astucia do amigo Macaco.

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O TICO-TICO 23 — Fevereiro 1938

Se você. o o

. . . E' um camarada azarado, ao qual

sucedem, com freqüência, wmáos peda-

ços", na vida, tire proveito do seu azar!

Leia o novo CONCURSO de"O MALHO", e ve|a como, contando

em poucas linhas Ma ultima" que lhe suce-

deu, poderá ganhar um belo premio,"sem sorteio" de espécie alguma.

*

Leia "O MALHO" desta semana.

«*

GRÁTIS

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Procure conhecer os PEQUENOSÁLBUNS de desenhos para bordarpublicados pelos fabricantes da linha"Ancora" e que contém motivos ori-giuais de riscos coloridos com as indi-cações fáceis para fazer os bordados.

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Pedidos á Redação d"'O TICO-TICO" — Travessa do Ouvidor, 34— Rio.

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

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As assinaturas começam sempre nodia 1 do mês em que forem tomadase serão aceitas anual ou semestralmente.TODA A CORRESPONDÊNCIA co-mo toda a remessa de dinheiro, (quepode ser feita por vale .postal ou cartacom valor declarado),'deve ser dirigidaá S. A. O Malho, Travessa do Ouvi-dor, 34 — Rio. Telefone: 23:4422.

PÍLULAS

_» ? mm\ _T * —_ ff» •tmWfílr^-'****•***' I F_

COIECÀO1ETHEI15IMO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO-INTERESSA ACRIANÇA E, FACILITA O MESTREVEJA NAS liVRAMAlS DO. B8ASILAS OBRAS DESTA COLFÇAO OU Pt-ça rnospecTosAo"Mtv\ta seth"R. RAMALHO ORTIOAt) 9- 2? - RIO;

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Um viajante, indo a um hotel do inte-rior, pára diante de uma linda pele deurso, estendida no chão e pergunta:

i— A que animal pertence esta pele 1A este seu criado, respondeu satis-

feito, o dono do hotel.

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Empregadas com suecesso nas moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Essaspilulas, além de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das funcçôesgastro-intestinaes.

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Redalor-Chsíe: Carlos Manhães — D iretor-Gerente: A. de Souza e «Silva

^^^Dg®B_ BB V@V©

O TELEFONEMeus netinhos:

O inventor do telefone foi um professor escossês chamado AlexandreGraham Bell, que, vivendo na America do Norte, não possuía fortuna elutava com dificuldades para realizar as experiências com o aparelho desua invenção, o qual — dizia êle «-» transmitiria os sons por meio de urafio condutor.

Quando se realisou em Filadélfia, em 1877, uma exposição, GrahamjBell instalou ali o aparelho de sua invenção,

7\íi permaneceu o instrumento durante longas semanas, mal cha-(mando a atenção dos visitantes,

Finalmente, um domingo, os membros do júri da exposição deviamfazer um passeio de inspeção e o inventor os aguardava com ansiedade.Soou a hora, mas eles não apareciam, retidos em outros pontos da feira.Quando, por fim, chegaram ao poste do telefone, quasi todos se sentiamfatígados e desejosos de se retirarem; muitos passaram adeante, semprestar atenção ao telefone de Bell,

Foi então, meus netinhos, que surgiu o brasileiro ilustre que deviaassociar ao nome da nossa pátria o celebre invento.

Do grupo destacou-se um dos espectadores, de barbas longas, queapertou as mãos do professor Bell, saudando-o com um sorriso amigo.Es_e homem era D. Pedro II, imperador do Brasil ?

D. Pedro estava de visita á exposição e tempos antes se mostraraimuito interessado por uma das conferências de Bell. Todos, interessando-se pela palestra entre o rei e o sábio, cercaram-nos.

Foi nessa ocasião que Bell entregou ao nosso monarcha o receptore dirigindo-se ao transmissor, colocado á pequena distancia, pronunciou,algumas palavras.

Nesse momento o semblante de D. Pedro II abriu-se em mostras deadmiração e ouviu-se-lhe dizer : — Meu Deus, mas isso fala!

Depois desta ocasião Bell viu todo o mundo cientifico se interessarpela sua descoberta. Aperfeiçoou seu telefone até o ponto em que hojeé conhecido, capaz de transmittir com absoluta fidelidade tudo que avoz humana lhe confia.

V

TelescópiosAs lunetas astronômicas de

Galileu aumentavam trinta eduas vezes as dimensões dosastros. Huygens fez admiráveisobservações com lunetas astro-nomicas que aumentavam as di-mensões dos astros noventa eduas vezes, o que representavajá considerável aperfeiçoamentode tão úteis instrumentos, cujoinventor foi um óptico inglezchamado John Lippersey. Mastão valiosos instrumentos, quesão ao lado das objetivas mo-dernas que vocês podem admi-nir no Observatório Astrono-mico, as quais aumentam os as-tros a nossos olhos de duas milvezes !

O maior telescópio do mundofoi instalado ha anos no monteWilson, na Califórnia. E', semduvida, o aparelho mais perfeitono gênero.

Sua construcção requereu mui-tos meses e com ele podem osastrônomos alcançar eficiente-mente cerca de trezentos mi-lhões de estrelas.

A objetiva desse telescópiomede dois metros e cincoenta esete centímetros de diâmetro cpesa mais de quatro mil kilos.O corpo do grande óculo tem12 metros e 88 centímetros decomprimento, com um mecanis-mo que o pode aumentar até 76metros. O diâmetro do corpo dotelescópio é de 3 metros e 35centímetros.

I

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O TICO-TICO — .4 23 -— Fevereiro — 1938

AVENTURAS DE TINOCO ~ caçador de feras (Oesenío de TBÍO)

Mister Brown soube que o Tinoeoconseguira uma espingarda . . ,

... de quatro canos e logo procurou-o para saber que novidade . . .

. . . era aquela ! Tinoeo explicou :Por um cano atiro em . .' .

llfclllilillllllli. . . caça miúda com chumbo fino ;por outro, mando chumbo grosso ;

o terceiro é para balas de aço e oquarto, que é de reserva, atira . . .

...com cartuchos de gazes asfixiantes 1O inglez ficou boquiaberto I

POIS NÃO...(MONÓLOGO)

Cada tempo 0 povo tem

Um dito certo, um "chavão" . . ,

Agora está muito em vogaA gente dizer : — Pois não . . .

Devia ser o contrario,Numa afirmativa, emfim,"Pois não" . . . parece que negaE o que consente é o "pois sim",

Apesar disso, o que é fatoÉ que, embora sem razão»

Para confirmar um casoDiz toda gente : — Pois pão ! . . «,

Quando se pede licençaPara passar num portãoEla é assim concedida :— Quer passar aqui ? ... Pois não .

Si nos perguntam, á mesa :— Quer mais um pouco de pão 7

Quando queremos é certoA resposta ser : — Pois não . . ,

Quando nos pedem desculpaDe involuntário empurrão,Gentilmente, nós dizemos :—- 'Stá desculpado, pois não.

Também si de alguma ofensaTemos de pedir perdão,Sendo o ofendido bondosoPerdoa, á dizer : — Pois não . . ,:

Um milionário que ganhaAo jogo mais de um milhão,Si indagam : — Está contente 1Ele, alegre, diz : — Pois não . . .

Mas si perguntam a um poeta :Já perdeu sua ilusão ?

Tristemente, ele responde :De ficar rico ? . . . Pois não,

A mim, também, si perguntamO fim desta . . . "amolaçâo",

Eu declaro : — Agora mesmo ;Querem que acabe ? . . . Pois não .,

EUSTORGIO "WANDERLEY

ALICE, A PEQUENINADECLAMADORA

Alice Silva Chagas, a pequeninadeclamadôra, de seis anos ape-nas, que ainda não sabe lêr, mas

que, graças á sua prodigiosa vo-cação, tem um notável repertório,

que vocalisa com intelligencia e'

expressão maravilhosas. Alice es-teve recentemente em nossa Redacção. onde se fez aplaudir porquantos assistiram ás demonstra-ções que deu, do seu talento ar-tistico. E' filha do Sr. OswaldoChagas, que é o seu ensaiador e,como qualquer um que fosse paeda inteligente Alice, tem um

grande orgulho da sua filhinha.VVVWAA»VN/SrVVV\tV^^W^>^rVVWVVVVVVVVVVV

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O MISTÉRIO DOS DIAMANTES AMARELOSPor ALOYSIO FRAGOSO ©

M?fey f 1'ln-ffg^^^-j"—*==,- j^ss^r ^msil *pl

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Embora sem sofrer maltratos, Bartley viu-se re-duzido a esperar um incompreensível encontro como Grande Mola, encerrado numa . . ,

. . . prisão como qualquer criminoso. Não podia ad-mitir que o temivel Deus fosse um ente vivo como seconcluía das . . .

. . . referencias dos negros. Estava assim con"eturan.do quando ouviu umas pancadinhas secas na parede^parecendo vir . . .

... do compartimento vizinho. Erguendo-se rápidoorientou-se pelo som, agora mais nítido •% deparoucom uma espécie de . . .

. . . fresta na parede que o fez suspeitar da umapassagem dissimulada. Aproximando-se mais e tate-ando cuidadosamente ouviu . . .

. . . Cima voz que não lhe era estranha cfízer com íota.que português: — Quem está ai ?

(Contínua no próximo riumeroj.

O*

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O TICO-TICO — 6 — 23 Fevereiro — 1938

A falta que íaz um botão

^^^^^^L__rrJ MB-1 ^ X-^

Papá e Pupú, muito elegantes nas suas roupinhas de banho, foramá praia tomar banho de mar. Antes de entrarem na agua, Papá perdeu umbotão da sua roupinha e procurou remediar essa falta dando um nó notecido.

-—jüi ,^| V Cf ^JTj^^^^

, Mas, mesmo assim, o botão perdido fazia falta á roupinha.Pupú encaminhou-se para a extremidade do trampolim e saltou ao

mar, dando um lindo mergulho.""¦¦'¦'— . ¦ —.i ._ ... .^ **~~~ •¦..,—. ¦¦—¦ i ¦¦ 11 ._, ,i ¦ ¦ ii .— ..íi. .-_¦— ¦-.—-. i ii i mi

\^_t: *** 'Sr I ,/«B_S_. A^víc

i^V______ «_t_J\jíyC^^y*^^! - *rJ/fàk ^ >____¦____ ^55^5!_-!______*5í?*l______5 ______^_iu -_____-^ ..liir^iB-iS ____________I^^^^I____ _> __________.__íT~' "IM *¦¦¦ ^T*^*$^*^_^S-?j_fc»^^p"*****^

Papá imitou o gesto da irmãzinha, mas não chegou a mergulhar._ roupinha, sem botão, prendeu-se á ponta do trampolim e a menina ficoudependurad.i, a gritar, pura que a ácudissem.

Belezas do meu;Brasil

Quantas belezas encerram asplagas brasileiras !

Desde o Amazonas fecundo egrandioso, ao Rio Grande do Sul,imponente, o Brasil é uma apoteó-se magnífica de vitórias, onde opatriotismo é um culto sagrado ea paz, o emblema puro de seunome I

Em nenhuma- outra Terra, opovo é tão hospitaleiro, e regiãonenhuma é igualmente procuradapelo estrangeiro, como este que-rido torrão.

O caráter de seu povo foi pre-senteado divinamente com as ra-ras maravilhas da sua natureza.Por todo lado ha uma encanta-dora festa aos nossos olhos.

A sombra da floresta enlangue-cida é a arrebatadora dos poetasnossos . . . é a musa dos seus ver-sos lindos . . . porque ela repre-senta a alma dos sertões brasilei-ros . . .

Belezas do meu Brasil ! Quem ?Qual brasileiro poderá enumera-Ias?

São tantas as maravilhas . . .Em cada Estado desta Pátria

abençoada, ha um punhado de be-lezas 1

Os rios caudalosos, as monta-nhas inacessíveis, as ilhas roman-ticas, c sobretudo isso a graça doRio de Janeiro I Um recanto es-plendido do Brasil onde a graçaanda espalhada no ar como sonhos

| perfumosos e bonitos.

Se enumerássemos as paizagensdeste pedaço aristocrático, que éo Rio, perceberíamos perfeita-mente o quanto são magníficas esurpreendentes as maravilhas donosso amado Brasil I

E, já que tão sublimes foram paranós, as leis da Natureza, dando-nos a imensidade e o encanto, cul-tivemos nossas riquezas com aprece sagrada do nosso patriotis-mo i

DIVA PAULO

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23 m Fevereiro — 1938 O TICO-TICO

BSBE BUNTING HISTORIA DE AVENTU-RAS EMPOLGANTES

'VVWWWVW^SAAA^V»

(CONTINUAÇÃO — N.4 3?)

— No dias e g u i n-te, Benjy eJake açor-daram ce-do, parajá encon-trar Babee a mu-lher Heeptrabalhan-do duro.Depois doalmoço,Moll deci-de repou-sar umpouco.

^^gp^u1.- .ftn tta4~ pi—r~

— Você continua tra-balhando, irmãzinhVou fazer umas cou

ia, jm- /

— Quantas achasde lenha devopartir, misterHeep 1

— Não se incomodecom o numero, queha muita macieira pa-ra você cortar.

—Que é que você pre-tende fazer com ascrianças, Heep ? Quesignifica essa historiado cava-Jo doen-te ?

— Tive umaidéa . . . Não sese lembra que asua irmã peque-i e i x o u algumaroupa aqui ?,

pjv — Sim . . . Que temisso ? . . . Deixou, eeu as guardei numagaveta.

— Hoje á noite voupedir as roupas,você m'as entregae trata de ficar deboca fechada.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NUMERO)

CIRCULAÇÃO DA AGUAÁ" agua circula constantemente • o sol rios correm pela superfície da Terra ou po-

evapora e ela logo se condensa e cai sobre dem ser subterrâneos. Os poços artezianosTerra em forma de chuva, infiltrando-se nos demonstram a existência dos rios subterra-Jterrenos e aumentand« a caudal dos rios. Os neos.

A superfície do,

planeta que haM*tamos é de qui-nhentos e dez mi-lhõos de quilo-'metros qua-drados.

Os p r o t o-zoarios são ani-mais formados dcuma só célula.

O tA'0 de gali-nha é uma gran-de célula.

O b a r o m e-tro foi inventadopor Torriceli, em1C44.

O pára-raios éinvenção de Bcn-

l jamin Franklin.

Os micros-:opios compostos

l aumentam maisi de mil vezes a

imagem dos ob-jétos.

O carbono é umcorpo abundante

5 na natureza.

A população doUruguay é de eer-ca de deis mi-lhões de habitan-tPS.

O tomate é ricode p r i n c i-pios chamadosvitaminas.

r^p^vwwwwvvww»-.

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O TICO-TICO r— H 23 — Fevereiro — 1938

NOS OU NOZES? .

— Mamãe — falava a Papá — a senhora quer partir estas "nóis". para mim ? — "Nóis" não se diz — retruca a Mamãe. — Nozes é o termo certo __—

No dia seguinte Mamãe fazia anos e depois de receber felicitações de Papá e Pudú, foi águando regressou ... H "

. . . encontrou no jarrão da sala de visitas um grande ramo de flores,muito convencida, respç/ideu: — Fomos nozes, mamãe . » .

— Quem me fez esse lindo presente ? — E a Papá,

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23 — Fevereiro — 193.3 — 9 — O TICO-TICO

A resistência do pugilista em diier se era cúmplice do/rapto da joven Eugenia ¦foi facilmente vencida por um soco/de

"Pernambuco".

Meio atordoado pelo soco. recebido, o pugilista disseque a joven fôra conduzida a casa dos- chineses mistériosos.

_-.-_-__¦_-> "'.¦>¦-. -¦..---T_=--*-*"t—r~^~ ''**-'-/ -"«^--. _s_

"Pernambuco" correu á casa indicada onde, num salão *?_,.-,_..«_., _.__» _i í.B l • i l- - -i • c « l Pernambuco dera apenas cinco passos quando um a- _¦ escuro, havia alguns chineses a dormir. — Er.tre. senhor I .«-__ ,_.- i - , i-™"1"- u|pp -1- b

disse um deles. J «or.u-se a seus pes e ele caiu de uma altura de quatro

¦*¦" ¦ ¦•'-—" ",>_--It-_*É_«S~^."T' i

i*teg-**g^»>v^.^

Mcío tonto pela queda, viu que estava num subterrâneoque tres orientais corriam para o logar onde ele caíra. O

rimeiro oriental . .

. . que Se aproximou recebeu de "Pernambuco" valente "di-

réto"« ficou ir-neoü-tamente desacordado.ÍCont.núa no próximo numero}.

---.---¦-•.--•- -^--/r^1 ..__*_*_; E33—-¦T< *******-¦ !"

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O TICO-TICO .-10 — 23 — Fevereiro — 1ÍI38

As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney e Af fi *_*__¦ exclusividade rara O TICO-TICO em todo o Brasil__-"

"" *^ - ¦ 1q^_bTitio. t» senhor acha que n Mor- Não creio que ele possa mandar algum

cego. vae me mandar ainda Outros _ioje ' Puz todos os rapazes do rancho guaravisos dando o terreno.

Vou ver se tudo está calmo lNão ha mais nada com . bandido

S' Chinky »

P?5WbJj>'AS mAISuIy

— Não tenho tempo para desper-"diçar com esse bandido* Ando semprecozinhando, levando todo o' tempo...

r*" »¦

. . .os dias um aviso para Mickey. inti-mando-o a deixar a cidade si não acon-tecerá a ele qualquer-desgraç.-

.,-.sou Shetiffe i_» jamais alquem teve aaudácia de escrever estes avisos sem _e»apanhado — Mickey. olhe sõ credo....Quem poderia ter colocado este ayisffatraz do senhor sem que ninguém visse I

0m -

.ocupado ' Só tres dias mais... O senhornão precisa mandai chamar o Shcri'1» Dumbrów titio Oevo mandar Mickev -uc# e..

meu hospede . eu so. _ rey-ponsavd

* li vem ete ' O t>andi-do Morcego tem mandado todo...'

T

_. __—_

_¦"¦

Ora. vou tomat providencia? * a< _b_.com isso logo I — Vou andar poi aqui. descobrir o homem que prega o^ .visos1

Não adeanta nunca »e vi ninguém,os a-i-iis -pparecem misteriosamenc.Qur tolice ' Ha muitos anos que eu "

:^ÉIr._;'i,ii^Mv\\\._-t^_-_^^((^-_-*iSei tá como foi isso !!! Este negocio dos

iliabos iá está indo muito longe ü! Vou, ver aqui perto se descubro alguma coisa.,Não vá es.e demônio do bandido Morce-qo fazer das suas na minha ausência '

Venham cá. pessoal ".! Apanhamos o"bicho", afinal' Credo que gente doida -Isto e um morcego^de verdade que bateua; asas contra minha lanterna '!•

{Continua no próximo numero 1

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A pedra encantadaAventuras arrebatadoras

de__*<* BARREAUX¦fae

MARIO E MARIA PASSEAVAM COM SUN, UM RAPA- _f M £ DZINHO DA IDADE DA PEDRA, QUANDO FORAM ATA- g^fy, \f jlCADOS POR UM MONSTRO PREHISTORICO FERO- — Se alcançarmos a- # S V

CISSIMO. CHAMADO TRICERATOPUS.— -, quela montanha, es- JP /taremos salvos ^§ ,J/

,' __*^^ ip — Quasi que nos ai- — Esta colina é escar- %r r*P _ / // jf / cança l pada 1 M

I - Depressa- *——>—=w»~. t-*~ ~r- ^ . _*»¦ ty — Esta colina foi creada para nos

subamos! jíf^7 /' >^\ J___0^\ J__L /C\ !

(CONTINUA NO PRÓXIMO NUMERO) ^1:*+*tm**av**f***a**4**t***a+***ii+**^ /~i-i- * » —f*-i-*-*-*r\t-*-*nm-* m*t*amsm r^i rttf.rWn-nrwi„-i r_i_-ii-.- r r- -¦¦r--.i---»iri_->rir _-_rxr«-x*^i_r*i_rv**^.^crl^^

^N^^A^^^-^^^^^^^^^k^^^ i>

PREZA A TUA

PALAVRA. QUEELA SEJA SEM-

PRE VERDA-

D E IR A, LEAL,

CHEIA DE VA-LOR. ELA Só

DEVE VALER

PELA TUA HON-RA, QUE NÃO ÉSó p a T R I-M O N I o TEU,MAS, TAMBÉM,

DA PÁTRIA.

INSCO

SEM DEUS, SEM CRENÇA NÃO SE VIVE.

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O TICO-TICO — 12 — 23 — Fevereiro — 1938

©*t4^»üf-9¦mi

5)U8lTO OUVE- 5if'UM GRÍTO. PAR-¦TIDO DA 5ELVA/...

;0co«Ro-<.

r\ L*vdna oBoNGrs <- ^fp^y* LH0 peeso J» A~'_AV SzZyyzz* Av**^Jr^ X. feoisGA.' - í; n&£ vou 5EGU|-L0^r^T^>^^/^^^»

l Coníiniía no próximo numero)

.. Um velho lavrador tendo umamulinha para vender na feira, che-gou-se para o filho e disse-lhe:

Vae, meu filho, ao pasto e tra-ze-me de lá a bestinha ruana, poishoje vou vendel-a no mercado dacidade.

O menino obedeceu, e pouco de-pois partiam os dois, rumo á cida-de levando a mulinha pela rédea.

A meio caminho encontraram-secom um viajante que exclamou:

Ora essa! Que disparate! Ten-do uma bôa montaria, vão os dois apé a se fatigarem! Teriam feito ai-gum voto?

Ouvindo isto, o velho pulou paraa garupa da mulinha, e fez o filhoir a pé puxando a rédea.

Mais adiante encontraram á bel-ra de um córrego um grupo de lava-deiras que ao vel-os exclamaram:

Oh! Deus do Ceu! que falta decaridade! O marmanjo do velho mui-to bem repimpado na sua montaria,e a pobre da criança a ferir os pésnas pedras do caminho! Com efeito!

Ao entrarem na praça do mer-o filho subisse para a garupa doanimal dizendo:

Este povinho é terrível meu fi-lho! Encontra sempre o que falarde nossos actos!

E proseguiram a jornada. Aindanão haviam chegado á cidade, quan-

O velho, o meninoe a mulinha

(PARAPHRASE)

do surgiu-lhes a frente o estafetado correio exclamando indignado:

Que falta de consciência! Apobre mulinha vae chegar morta á"idade com uma carga tão pesada!

Mais uma vez, o velho teve que darrazão, apeou-se complacente e dis-se para o filho.

Desta vez, meu filho parece queha razão.

Realmente, o peso é muito para oanimal que é fraco. Fica tu na ga-rupa que eu puxo a rédea.

E assim continuaram o seu ca-minho.

Quasi ás portas da cidade um ca-valheiro de porte elegante saudou omenino:

¦— Bom dia, principe!Porque principe? inquiriu o pe-queno não pouco admirado.

Ora essa, respondeu o cava-lheiro, porque só um principe andade lacaio á rédea.

O velho ao ouvir isto indignou-see bradou:

Que insolencia! Lacaio eu!Apea-te meu filho e vamos carre-gar a mula ás costas, vejamos seainda assim suscitaremos comen-tarios! >

E, si tal disseram, tal fizeram.Ao entrarem na praça do mer-

cado, um grupo de feirantes, assim,que os viu exclamou:

Que trinca de burros! Restasaber agora qual dos tres será omais burro; si o de quatro pés ousi os de dois?!

O verdadeiro burro sou eu!replicou o velho lavrador já de todofora de si e acrescentou. Dei dema-siada atenção aos comentários do

povo, quando só devia ter dado ou-vidos á voz da minha consciênciaque nunca falta a verdade

Moral:"Não ha arma peior que a lin-

gua (humanaE mais forte que o gladio e a du-

(rindana.

Yolanda Barros Freire

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— SUBAMOS OS DEGRÁOS E VEJA-MOS O QUE ELES ESTÃO TELEGRA-FANDO ! v

As

aventuras

do

capitão^(I vSA' ES(^ADA.L

— EU SEI. QUE-jT-RO OUVIR O QUE ^ELES ESTÃO DI-ZENDO.

— VAMOS OUVI-LOS I

• O MICROFONE É SENSÍVEL E'FAZ OUVIR TUDO NA SALA.

Cloud

Novela de Ro-

bert «Weinstein

N.° 15

— QUE PORTA ABRI- — O TELEGRAFISTA DESTRÓI O LIVRO CO-REMOS, CAPITÃO t DIGO, ATIRANDO - O NO TANQUE DE

GA-

A METRALHADORA DE CHARLIE ENTRA EM AÇÃO, MAS NÃO HAMUNIÇÃO I (Continua no próximo numero)

O BICHO DA SEDA - Vocês já viram certamente o casulo de um bicho de. seda, mas nunca se lembraram de procurar saber a quantidade deseda que ele produz. Pessoas que se dedicaram á pesquizar, chegaram á Conclusão de que um casulo do bicho de seda, bem alimentado e desenvolvido,dá freqüentemente um fio de seda de mil metros de comprimentos

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O TICO-TICO — 14 23 — Fevereiro 1938

Viajando pelas costas da Dalmacia

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Desde que o ex-rei da Grã-Breta-nha, Eduardo de Windsor, foi passarsuas férias na costa da Dalmacia, essaregião se converteu ein meca do tu-rismo mundial. O numero de turis-tas nos hotéis de Dubrovnik é de 100por cento maior que nos anos anle-riores, vindos de todas as partes domundo. Esta aglomeração incomodaaos que muitos anos tinham conver-tido aquele lugarem seu quartel-gene-ral durante suas fé-rias na Europa.

Dubrovnik é real-mente uma jóia en-gastada cm contor-nos maravilhosos.O clima é semi-tro-picai ; porém, semas mudanças brus-cas de temperaturaque caracterisam asregiões sub-t r o p i-cais. Ha palmeiras,oliveiras, laranjais,jardins infinitoscom as cores maisvariadas, cactus, amendoeiras em flor "^

e outras plantas tropicais, que se re-íletem no azul Adriático.

Ao longo da costa ha uma estradaexcelente. Qualquer superlativo quese invente descreveria palidamentea beleza desta comarca. Particular-mente, e isto é certo no que se refereá Croma, uma ilha junto á costa. Os

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Passeio na Costa da Dalmacia

banhistas podem nadar desde a praiaaté Croma, sem dificuldade alguma.

i Arvores de toda a qualidade emflor, ciprestes e romeiras dão relevoâ beleza natural desta ilha. O anti-go palácio onde viveu Maximilianocom sua esposa Carlota, antes de irao México é hoje um lugar de verãopara as crianças pobres da Yugosla-via. Fora de Dubrovnik ha outra

ilha chamada La-pad, que tambémpossue praias lindase vegetação surpre-en dente.

I A cidade comseus edifícios histo-ricos, seus murosmedievais, suas tor-res e sacadas é umarecordação viva doOriente. Nasruas v ê e m-s eas pessoas emtrajes pitorescos.Ha cafés como osde Viena e o ca-fé principal, aquicomo na capital da

Áustria, é o centro social da cidade.| Nas lojas e nos mercados, os tu-ristas adquirem novidades que ale-gram as suas vistas. Especialmente fa-yoritos são os tecidos, os cintos, sa-

patos e outros objetos que extasiamos viajantes. — TEMPLE MANING.

Camava /-=_£>Como acontece todos os anos, o

"Bloco d'0 TICO-TICO", consti-

tuido de todos os que trabalham

nesta casa, fará um grande sucesso

nos dias consagrados ao reinado de

Momo.

O "Bloco d'0 TICO-TICO"

sahirá á rua nos três dias de Car-naval, com a imponente préstito, no

qual figurarão o Chiquinho, o Ja-

gunço, Faustina, Zé Macaco, e to-dos os demais personagens destarevista. A petizada carioca, que jáestá habituada a aplaudir, nos car-navais passados, ó "Bloco d'0

TICO-TICO", yai este ano, semduvida, ver mais um sucesso formi-davel dos alegres carnavalescos cáde casa.

fyí*_L_

© iriã©€©Vai, meu filho, e não te

esqueças, paga os 143$000, que de-vo ao compadre João, e não te es-queças, o troco é de 57$000 e . . .muito cuidado, para que não teroubem, ouviste, "seu" pacovio" ?

Sim, mamãe.Assim falou D. Maria, uma se-

nhora do interior, lá perto de Bau-rú, a seu filho, um garoto de noveanos, muito bobo.

Bem, some-te.Depois que o menino saiu,, do-

na Maria foi costurar. Mas, de-corrida meia hora, começou a fi-car inquieta :

Por que fui entregar 200?000àquele idiota ? — pensava. Queasneira fiz. E agora . E se o rou-barem ? O que fiz, São Benedito ?Grande boba fui.

Passaram mais duas horas e,nada.

Diabo, — disse dona Maria,— será que aconteceu algumacousa ?

Dirigiu-se á porta e ia sair,quando aparece o Liborio, todoesbaforido.

Meu filho ! Que houve,? Rou-baram-te 2 Pagaste ?

Sim . . . ma . . . mamãe . ..paguei ... pa . . . paguei .....

Mas . . . e o troco VO troco . . . mamãe . . . eu

lhe . . . lhe explico . . „Que houve _? Olha que, se fi-

zeste alguma, não escapas IEu lhe explico. Eu voltava

da casa do "seu" João, quando 0vigário, que estava falando, disseque é melhor dar que receber e ...

Que fizeste ... o troco ?Ah ! O troco ... o troco ...

dei-o ao sorveteiro I? 1 % 11J

Osvaldo Lacehua(10 anos)

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MíngFoo

NOVELA

DE

- AGORA. CAMARADAS, ESTÃO LIVRES, MAS O PERIGO PER- jj _ MNHA INSIGNIFICANTE PESSOA VOS RECORDA^ ^^^3SISTE ATÉ ALCANÇARMOS O "NAYADE". O GOVERNADOR ;i QUE UMA MONTANHA DE NOITE PÔDE SER UM LAGO ~^J>My

MANDARA NOS PERSEGUIR, E A BATALHA SERÁ DE VIDA li r>E D7A ^f^My^| OU DE MORTE. ; - ' _^^ VER--,. ^*^^^a%^m//T

— PALAVRA ! JA PERCORRI OS SETE MARES E NUNCA ME ACONTECEU TAMANHA I WfTRAPALHADA, QUE IA ME DEIXANDO COM A ALMA VIUVA DO CORPO. A CER* _ NAS TABOAS DE JADE ESTA ESCRI- «RAÇÃO FOI RÒA CAMARADA. M TO : Só OS IMBECIS PERSISTEM NO M

BRANDON

WALSH

Continuação

N.° 42

Poi um feliz ardil MING FOO e o capitão Tom desarmaram os guardas da prisão, tomaram-lhes a chave e deram liberda-de aos presos. Após grande luta, conseguiram apoderar-se do "Nayade"

e sem perder tempo fizeram-se de velas.Que acontecerá agora? Vejam a continuação da novela na próxima semana.

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O Stegosauriocurioso animal pre-histo-rico, servia-se d e suacauda pesadíssima co-mo arma de combate I

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os antigos diziam existir. Esta ave lendária era tão Bj^^. Lpossante que roubava elefantes ás manadas carregan- j ífiji ^^^M^^| JB M\\\n\

A' direita — vemos um peixinho de briga de belo co- SÍV U*-~^" í J^t^j^lorido negro azulado. Os peixes de briga pertencem |:,;;;i;.iuiW ^F"«lij!i"**'!i

familia dos BETIDEOS e estão em grande moda ^"^ZÍ^S. >»*—---Ü^---—-^

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23 — Fevereiro — 1938 — 17 — O TICO-TICO

Não conseguindo que o morto vivo falasse, por Isso queera ele mudo e ainda não recebera lições do sábio, Al Punio

tomou um nova resolução

_^^-^^B*.:*7*f'*^ifta^g_sa___i~

ta percorrer o palácio. Mas nesse instante abriu-se uma

enorme porta de onde-saíram vários monstros que se preci- f.

pifaram sobre os aventureiros.

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ii-

Um dos monstros segurou logo Mareia que. a gritar, de- fp¦^ batia-se furiosamente, procurando libertar-se dos braços vi- jp

g; gorosos do ser horroroso que a orendia. §?

Dentro de pouco, os aventureiros, prisioneiros e amar-rados, eram conduzidos para uma enorme muralha ondfe exís-t.i uma Dorta. que parecia guardar tenebrosos segredos.

.Continua no próximo numero).

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A MENTIRA É UM HABITO AVILTANTE.

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O TICO-TICO — 18 — 23 — Fevereiro — 1938

T.E' MâÓÀ0Í*\ y^' \\

Zé Macaco não cansa nas suas pesquizas policiaes.Disfarçado elle freqüenta todos os ambientes afim desurpreender os delinqüentes. Um dia, entrou num bote-quim e de longe notou que dois indivíduos discutiammisteriosamente. Zé Macaco logo lobrigou um complot.

E assim que os dois seafastaram, elle teve a ge-nial idea de se meterdentro de uma barricavazia. Compreendera

que elles voltariam ao mes-mo lugar e ele, então, ouvi-ria bem escondido todo oplano tenebroso que tentas-sem realisar.

.- y^ |

De fato dali a pouco na sua cabeça formidáveis no mundo. O homem ficou as- .ompanheiro se re-ouviu os passos de um marteladas! Estavam fechando sombrado e explicou que a sua feria apenas adeles. Mas com grande a barrica, e na iminência de conversa misteriosa com compra da referi-espanto começou a sentir niorrer sufocado botou a bocea da barrica...

Numa arvore muito altaPousava um beija-flor.De repente ele saltaE vê um gato. Que horror!

Mas sempre corajosoBeija-flor não hesitouE ao gato orgulhosoDeu um fiau e voou.

O gato enraivecidoPelo mato desapareceuE encontrou-se com um amigoQue um presente lhe deu.

D. Gatão que é curiosoFoi ver o que ganharaEra um assado gostosoQue ele tanto desejara.

D. Gatão como é gulosoNão teve mãos a medir.Sentou-se todo garbosoComeu tudo e poz-se a rir.

Jandira Rodrigues

Cenário da noite...Ouço distintamente o tic-tac so-

turno e compassado do relógio dasala. São dez e meia da noite. To-dos dormem. Os adultos talvez so-nhando romanticamente, as crian-ças sonhando com as bonecas e ossoldadinhos de chumbo.

Um gato resona dolentemente aospés da meza.

Pela janela escancarada eu vejoo cenário da rua deserta.

Um menino, vendedor de balas,passa assobiando baixinho, talvez

contente por ter esvasiado o cesto.De vez em quando o guarda no-

turno rasga aquele silencio com osom estridente do apito.

Passa um ultimo automóvel e pa-rece tambem, como as pessoas, sono-lento, preguiçoso.

Ao longe ouve-se o latir meio des-esperado de um cão vigilante.

E o tic-tac do relógio continua so-turno e compassado.

Passam uns rapazes cantando etocando violão nuns acordes desafi-nados.

Lembro-me do tempo das serena-tas, os balcões, os castelos.

O gato abre os olhos e a boca numbocejo de sono.

Olho novamente o relógio, são onzehoras!

Meu pae levanta-se e diz:— Menina, está na hora de dei-

tar-se, amanhã você terá de levar-tar-se tão cedo...

Reúno os meus livros. Guardo-ospara o dia seguinte.

Eu ficara na sala, para estudar e,no entretanto, nem abrira um li-vro, prestando, durante meia hora,atenção ao cenário da noite!...

Diva Paulo

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_ - Quem foi ~p^ >^,^.y V. ;j y^T^^^r^' que fez o raeu ^f -'7. ^a /Jl*ci*' ^-*-.

\ retrato . * -^ -Sy^^ —-*»¦—•«_

ÁS i\ li' li l ' -n. i ^ - vir

I íi _TVt ¦—ii-i | ii ¦-! mmmm^mmm^^~m—~~m—m—^^^mÊm^*mmmm, ,, ,, ,„¦ Wf'»»' i^^r^-TT'1'',-iupi- : ^r_Esláen. >^pn ~r: ; :?¦4 graçado ^rf /^ ^^'X %;

(CONTINUANO

PRÓXIMONUMERO)

IVOS§/lTerra maravilhosa !Oh ! como és bela e formosa 1 Glo-

ria de um povo incompaiavcl. Quemnão se sente maravilhado deante des-ta jóia imaculada é a cid;;;!c doRio de Janeiro !

•*\f\f^*£^*^^m***\r^**^^T*V\f^SfV^^^l*VS*^^V^^^^^*A^ifm*S**S^*>r^

E"ATRI ..LEste oceano vastíssimo, que dorme

placidaincnte como um regato, acari-ciando com suas ondas, os arcais daspraias é a maior jóia da natureza.

Teu céo limpidi}. e belo, que encer-ra esU» _.na..üi_J.J«à<$ inspirada pelo

azul suave, mais parece um sonho abailar cm nossos pensamentos.

Teus sertões longínquos, onde hariquezas incomparaveis, têm como ha-hitantes garimpeiros fascinados peloouro. A paz, bandeira que o mundo.e.fraMa a cada passo, temendo a

guerra, terrível flagelo da humanida-de, é o teu maior titulo de gloria.

Salve, pois, esta terra maravilhosa,que encerra todos os atributos do seusolo fértil e querido.Salve, Brasil l

An adir de M. Medrado Diaswvvwww « wv*w* • -'

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O TICO-TICO 20 --: 23 — fevereiro — 1938

Às proezas de Galo Felix(Desenfto de D*t Sulliuan — Exclusiuidade*d'0 TICO-TICO para o Bcasi!)

|| m r^i

Pobres crianças' Agora estão doen- Vou andar na ponta dos pés e ficar , .desperta-los... Chie faz este gatotes e teem que ficar deitados na cama ' qtraz ja porta ,je m0(lo a nã©. ainda acordado aqui?

Passa fora 1 Você não tem nada que está procurando!!! Emquanto fran- . .ura passeio. E' uma vergonha trazç-farejar aqui na cosinha ' Sei o que você- riy e Chip estão deitados, vou dar. rem este pobre camarada amarrado. .

tonuma corrente num dia tão boni- Ahi está a gratidão, estou outra vei Vou esconder-me nagua para escs

Ul Ahi está. irmão, agora está solto... oerseguido por ter sido bom. par deste bull-dog- Ele vai sahir de. .

,

vez em quando para poder respirar Ahi vem ele. . vou agir depres-então eu o apanho. sa.

Ora bolas !!?{Continua no próximo rwmeroV.

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SUPLEMENTO DO "MEU JORNAL"

J^ ifiSai

MODA E BORDA-00 6 o melhor fi--çurino que se ven-de no Brasil.

Uma pessoa na ida-de adulta pesa 20 ve-zes mais do que umrcccm-nascido.

•A massa cinzenta

representa entre 37 e38 por cento do pesototal do cérebro.

•"Um dia de ociosi-

dade fatiga tanto co-mo uma noite de in-sonia". —Petit-SENfí.

Sabes . O Jucáexpôz seus quadrosno salão do P a lace-Hotel.

E como foi jul-gado ?; — Curavel. . . de-pois de um ano dehospício . . .

Tenha cuidadocom os livros que lheforem emprestados.Tratc-os como gosta-ria que tratassem osseus, se você os tives-se emprestado a ai-guem.

Quando estiver len-do, evite molhar odedo na saliva paravoltar as paginas. Éhabito anti-higienicoe muito pouco ele-gante.

"Aquele que sc im-põe a si próprio, sa-be impôr-se aos de-mais." — V a U v E-XiBGlI.S,

•Si os meninos se

devem preocuparcom questões de ele-iPUTcia ? Mas, sim !Ha atitudes e gestos.que a gente adquirena época da infância•• que não perde mais,hábitos que, mais tar-de, nos envergonham.A elegância e distin-

ção de gestos, atitu-des e maneiras é querevelam o homem e amulher educados, ci-vilizados, superiores.

•Ensinava Plutarco

que não devemos des-truir aquilo que nãotivermos absolutacerteza de poder sub-stituir com vantagem.

Significação do no-me Lázaro : Ajudadopor Deus. É um no-me sério, profundo,calmo, mas que, en-tretanto. não gosa demuitos benefícios.

Ama ao teu proxi-mo como a ti mesmo.

Significação do no-me Matilde : Caráterpropicio, vontade re-fletída e tenaz, ape-sar das aparências dedoçura.

•Significação do no-

me Cristina: E s s enome significa, sim-plesmente : concilia-fão.

"Não gaste seutempo em cousas in-úteis, pois ele é o te-cido de que c feita avida." — BenjaminFlUNKLIN.

'' Não confundam osverdadeiros alimen-tos, que dão saúde evigor, com as gulosci-mas inúteis que o ho-mora creou para sa-tisfazer os seus ca-prichos : balas, bon-bons, certos doces,etc. — Conselhos daIPÊS.

•População da Co-

lombia: 8.665.000 dehabitantes.

•! Foi Nobel quemdescobriu a dinamite,no ano de 1864.

•A Republica Ar-

gentina tem 3 escolasnavais.

Os lobos vivem 20anos.

ILLUSTRAÇÃO

BRASILEIRA

Mensario de luxo.«VVVVVSrVVVV\íVSí>AA.fVWV_*l

O rouxinol e a co-tovia chegam a viver16 anos.

•A aranha atinge,

ás vezes, 7 anos.

• '

A ilha de Sumatramede 463.150 quilo-metros quadrados deárea.

•O piloto não tem o

poder de impedir atempestade, mas o de-ver de evitá-la. —PnOVEOBIO HES-.ANHOL.

•O celebre Concilio

de Latrão teve lugarem 1214.

•Em 1812, a 19 de

Setembro, Napoleãoentrou em Moscou,incendiando a ci-dade.

•Sebastopol foi to-

mada em 8 de Setem-bro de 1854.

•A bandeira de Mar-

roços é inteiramentevermelha.

Náo ha felicidadesem a conscien-cia tranqüila.

• /O cozinheiro tem

as mãos tostadas, masé bem branco o pãoque ele prepara.

•Vale mais chorar

com o sábio do querir com o louco.

as quintas - feirascircula

O MALHO

Na antiga Babilo-nia, as mulheres pin-tavam as suas faces etraçavam as sobran-celhas a carvão ; as-sim o dizem os sábiosiquc têin investigadoas ruinas das casasdesse período, ondeachavam vasos indi-eando mulheres noato de se pintarem.

•Luiz XVI dizia que,

quando _nomcava ai-guem para um cargo,fazia 99 descontentese um ingrato.

•As unhas crescem

mais no Verão queno Inverno. As damão direita crescemmais que as da es-querda.

Uma unha levacerca de 4 mezes emeio para atingiro máximo de compri-mento, e um homemde setenta anos terá, !¦•ortanto, renovado asunhas mais ou menosoitenta vezes. Se ca-da unha tinha meiapolegada de compri-mento, ele terá tido 7pés e meio de unha.

•Parece que Henri-

que II, quando se pre-parava para o casa-mento de sua irmã,em 1559, teve a idéade mandar fazer parasi 0 primeiro par demeias de seda.

Cera anos depoisum certo Sr. Hindiesmontou uma fabricade meias de seda emBois de Bologne, aprimeira fabrica in-stalada na França.Em 1666 foi estabele-cida na França umagrande companhiapara exploração des-sa nova industria.

•Pergunta n-

do-se a um filosofo,que mal desejava aoseu inimigo, respon-deu que o dp amar aquem o não amasse.

•Toda flor tem o

seu inseto, todo frutoo seu verme, todo ca-rater o seu defeito,todo coração a suapena.

ML-J LIVRO DE

HISTORIAS

presente de valorpara as crianças

A venda

A primeira vista,parece impossívelque uma agulha pos-:sa atravessar uma:moeda ; e, sem em-',bargo, não ha nada:mais fácil.

Para o conseguir,coloca-se a moeda en-tre dois livros, pou-sando neles as bor-das e deixando o cen-tro livre. Toma-scdepois uma agulha e,mete-se toda numarolha de cortiça, es-p o t ii n d o-a bem ao;centro. Apoia-se o:bico da agulha na';moeda e dá-se uma;martelada na rolha.;A moeda ficará per-feitamente furada,'s e ni entortar nem;quebrar a agulha.

Isto tem uma ex-plicação bem sim-pies. A agulha é de'uni metal mais duro'que a moeda, e me-'tendo-a dentro da ro-lha, fazemo-la mais'resistente ainda. Não'é de admirar, pois;'que possa atravessar'o metal da moeda.

Fábula de Esore— O camelo e a pul-ga. —Sobre a cargaque levava um canie-lo, uma pulga se en-vaidecia de ser maisalta que ele, pois iaem cima. Por fimjpulou ao chão e dis-se :

Reconheço, ami-go meu, que peso de-masiado, e como mçinspiras compaixão,não quero que me le-ves mais tempo.

Ridículo é o fa-vor que pretendes fa-zer-me — respondeutr camelo — pois teucorpo não aumentanem diniinue minha:arga.

Ridículos se fazemos que, nada poden-do, oferecem sua pro-teção.

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ANNO LV

©rgão dos leitoresd'0 TICO-TICO MEU JORNAL o_ N. 8

creança diz noo que quer

DIRETOR: — Chiquinho — Colaboradores — Todos que quizerem

Porque Papae Noelé um velho

Em tempos remotos,quando surgiu o imagina-rio Papai Noel, não eraesse ancião de longas bar-bas, que não muda de as-pecto.

Era um rapaz elegantee simpático, como essespersonagens da maioriados contos.

Mas havia um inconve-niente provocado pelo fi-sico do jovem Papai Noel.

Quando ele descia áTerra, ou despertava pai-xões, ou era ele quem fi-cava apaixonado.

Em todos os temposexistiram, existem, e, sem*pre hão de existir moçasbonitas.

E Papai Noel era senti-mental . . .

Então, Jesus, para fina-lisar com esses romances,res o 1 v e u transformá-lonum velhinho muito bom,que agora só se apaixona-va pelas crianças.

Ele também visita os a-dultos, e vê muitas belda-des, mas é insensível eé . . . velho.

Assim, Papai Noel nãoé mais o galã dos sonhosdas moças bonitas, que oesperavam ansiosas á 25de Dezembro, como assuas irmãs dos contos in-fantis esperam os princi-pes encantados ! . . .

Agenor a de Carvolivá

CIDADE DE SANTOAMARO

Santo Amaro é uma dasmais importantes cidades doEstado da Baia. É limitadaao norte pelos municípios deAlagoinhas e Irará ; á leste,pelos municípios de Catú,Pojuca e São Sebastião ; áoeste, pelos municípios deCoração de Maria, Feira deSanfAna, São Gonçalo dosCampos e Cachoeira ; C aosul, pelos municípios de Ma-ragogipe, Baia de Todos osSantos e São Francisco.

1 A sua população eleva-sca cem mil habitantes, é aprimeira cidade em poptila-ção du Ejttado da Baía.

O município possue maisdc GO escolas primarias,

duas matrizes urbanas : a deNossa Senhora da Purifica-ção e de Nossa Senhora doRosário ; e suburbanas, asde São Domingos dc Sauba-ra, Nossa Senhora da Oli-veira dos Campinhos, SãoPedro do Rio Fundo, NossaSenhora da Ajuda de BomJardim e Sant' Ana de Lus-tosa ; possue alguns edifi-cios importantes, como : oHospital de Misericórdia, aCasa da Câmara, a Materni-dade, o Latario, o' AbrigoNoturno, o Ginásio Santa-marense, a Escola Normal,as matrizes de Nossa Senho-ra da Purificação e a do Ro-sario, o Recolhimento deNossa Senhora dos Humildese os Chafarizes ; tem umalinha de Trilhos 'Urbanos, oCentro Telegrafico c usinasde assucar, aguardente é fu-moy como : a Meleira, a Me-leirinha e a Cooperativa Al-coolica.

É cortada pelos rios Su-baé e Sergi-Mirim, que pas-sam pelo centro da cidade.

Santo Amaro, berço dosgrandes homens. Tais co-mo : Barão de Bom Jardim,Barão de Cotegipc, OdilonSantos, Araujo Pinho, PradoValadares, T C o d o r o Sam-paio, Barão de Sergi, ManoelQuirino, etc.

Fernando Souza Castro(10 anos)

"UMA VISITA"Hontem, á tarde, fui á rc-

dação d'"0 TICO-TICO", fa-zer tuna visitinha dc corte-zia. Logo que coloquei ospés dentro, uma chuva decumprimentos e perguntascairam sobre mim, fazendocorar de acanhamento.

Paulo Dantas, Oscar daPurificação, Agenòra de Car-voliva, correram ao meu en-contro.

Que historias estás nospreparando ? — perguntouPaulo Dantas.

• — É alguma surpresa, —indagou Agcnôra dc Carro-liva.

Eu, no meio destas excla-mações afetuosas, não sabiaá qual responder primeiro,e disse, um tanto alegre,olhando os meus interlocuto-res :

Sim, meus amiguinhos,elas sairão breve e todos te-rão sua resposta. Mas, ondeestá a Diva Paulo, ela . . . ?

Calei-me, pois via que meenganava, a inteligente escri-torazinha estava ali, sentada

ao pé de u'a mesa, olhandocom seus olnos claros e ex-pressivos, para o céo, comoque tomando inspiração dasMusas que, outr'ora inspira-ram Homero.

Com certeza compunhauma de suas alegres e sutisdescrições.

Tem uni estilo magnifico,disse, ¦—¦ dirigindo-me a Pau-Io Dantas. Que literata nãodará !

É um estilo puro, sem ne-nhuma "cola". Minha ir-mã Wanda, é uma admirado-ra dela.

É verdade, — disse Pau-Io, — leio as historias delae acho-as lindas. O profes-sor João de Camargo tam-bem o diz.

Não quero interrom-pê-Ia, continuei, vinha visi-tá-la, mas fica para outravez. Recomende-me a ela,sim, Paulo ?

Pois, não, — respon-deu-me ele.Warney José de Fonte-

NELLE

FAÇA 0 BEM(A Luciola M. fíamos)

Criança : aprenda a fazero bem ! -

Veja como é bela a mãoque trata com carinho a azadc uma pombinha ferida !

Como, também, é linda aque auxilia os pobres e aque concerta uma plantinhatombada, ao chão, pelo ven-to e pela chuva I

Criança : creio que vocêconhece o bem e o admira,por isso, de dentro do meucoração, elevo ao Céo umaprece : — Peço que a graçado nosso bom Deus guie osseus passos sempre para ocaminho do bem ; e será vo-cê realmente, feliz !

Melinha Ferraz

CREPÚSCULO MATINALEis que aparece, subtita-

mente, o sol magestoso, dou-rando os altos apios dos ou-teiros.

Dc instante a instante, umaave corta os ares agilmentee vai gorgear leda, saudandoo sol nos velhos galhos denma toifceira.

Quanto é doce e brandoassistir-se, á hora em que anatureza desperta dos altosda colina.

As auras balbuciam umhino agradável nas verdesgrimpas do arvoredo.

^__

O Protetor(Interpretação da poesia)

Uma roseira pedia, cer-ta vez, á sua jardincira :

Liberta-me deste en-costo, sem beleza, poisnão preciso mais dela,estou crescida, basta-mea mim só.! Respondeu-lhe a jardi-neira :

Minha querida, secu coloquei o encosto, foisomente para amparar alua fraqueza !

Amparar ? — repli-cou, indignada, a roseira,não preciso mais dele,minha amiga, não tenhonecessidade mais de au-xilio, vê como fico sózi-nha, erecta, firme, e ele-gante.

Sou grande e íortc.que-ro a liberdade.

Ouviu a jardineira e sa-tisfez o pedido e libertoua flor do galho seco, quelhe dera firmeza em pe-quena. Mas veiu um péde vento e atirou a pobreroseira ao chão.

É sempre assim, ás ve-zes, por dispensar a pro-teção, vem rápido o casti-g<*.

MORAL : ¦— Nós, nes-te mundo, precisamos doauxilio uns dos outros.

Yolanda Ribeiro¦V^^rfWN/S^W«iS*S*N*^^*^WV^VS^^A/>----

Nas estradas varwdas pelabriza, huinida pelo rocio danoite, atravessam os cam-p e i r o s cantarolando umaária, unia melodia, que vemdando ainda mais um aspe-cto 'dc

gentileza, de candi-dez, ao nascer do dia.

i Pela estrada que marginapara a roça, corta lentamen-le um carro dc bois com oseu cantar melancólico, fia-cido . . .

Longe, talvez, no seu pcy-leiro, canta um galo, outroresponde, saudoso, anun-ciando o arrebol,

Já é dia claro . , ,Hora de amor . . . Hora

dc saudades . . .

José Menezes Campos

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~7 NÃO Ê TÃO

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V. GRANDE ASSEM 1 J_-__«_^s» -—" """*.,* ^G0BÍ* ^.

Mg ^^ aventuras L.A^^Ji

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«-«WVWV^WWWW^^^ww. _<W.W^<W>W>I^W^M>IWWW_«--M,|WWWW^^ , W** WWVWWWWVWW*. ¦ • - - ^VWVWyVvvyw>WvWvwV»VW.--'

De um vnsto viveiroDuas lebrinhas fugiram,E durante o dia inteiroSua falta náo sentiram.

Mas á tardinha,Á hora da refeiçáo,A loura MariazinhaFoi levar-lhes a ração.

Mas, ao chegar á gaiola.Soltou um grito d'espanto :¦— "Fugiram, a minha "Pachola"E meu coelhinho "Ratanto" I

E a loura MariazinhaPôz a casa em reboliço,Por causa das lehrezinhaiQue andavam em tumico,

_slebres

Porém, ao amanhecerDo outro dia, no viveiro,Mariazinha foi vêr0 coelhinho bregeiro.

Faltava só a "Pachola",E Mariazinha, chorando,Foi de noite .tí á gaiei.iE de lá voltou, cantando I

A ladina lebrezinhcAo seu viveiro voltara,E ria-se de Mariazinha,Do susto que lhe pregara.

YOLANDA BARROS FREIRE

i^-vwwvwv^»^,^.wvwvw,».^«.i^rvw^wvw^w^w,»».,^. í.i .--..-..-...jlh l...uu:...i. ...w,-......---w-. ..--¦.-¦-.. ..

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WÀO ENCONTREI NENHUMA ARMA'CON HE CA-A APENAS OE VISTA.

E' O DIABO UMA MULHER.(VJORTA EM SEU QUARTO E VO-'CÊ SEM PODER PROVAR COO-'

SA ALGUMA/..

mffJSmRECEBI UM TELEFONEMA OE UMAMOCA QUE SE DIZIA CHAMAR MARIASTEVES. ESTAVA PRESA NA CASAOO SR. JIM MOLEV ¦*= QUE ESTE 'AMATA-LA, AFIM DE EV/TAR UMGRANDE ESCÂNDALO/^-,,

[Pl3/^©fÃ0[F®CB® J>*fL I òla7 que o traz aqui)

APOLIC/A/ /NAO PERDER / / y^ mX^-zssrL^ Ji Ml »

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E ' FANTAST/CO/ RECE 31TAM6EM UM TELEFONEMA IGUAL. PARECESER UMA CILADA CON-yTRA O J/M

VAI SER MUITO DlP/-^CIL PROVAR ISTO7

/UríZrSa.' ^S. t (l fílt/

VAMOS J/M, VOCE ^ X ~ -^~>vESTA' PRESO COMOf/NAO CREIO NA)ASSASS//NO DE ^; ( CULPABILIDADE \MARIA STEVES/ ( DE JIM. VOU IN -/v_^_^^^=^^,| VESTI6AR O/

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23 — Fevereiro — 1938 — 25 — O TICO-TICO

^^- /--#ji fli5**i^dsss*' ,' ' fys^-£^* —r-"^!r • ,'y''1 // J M-Sou í

Os ingleses, Spot e Miquimba resistiram tormidavelmen-

í . te á loucura revolucionaria dos negros, usando armas de fo-

\ \ go. Mas, assombrados com o temporal . .U w í:

. . . e com o ulular das feras, os negro: procuravam as barra-

cas. agredindo seus ocupantas.• (Continua no próximo numero).

I

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O TICO-TICO 2G 23 Fevereiro — 1Ü38

A ABELHA E O LUMENum berço muito macio,,Que era um cálice de rosa,Pousou, certa vez, cansada,Uma abelhinha orgulhosa

E ao lado, num jasmin eiro,Que ao vento perfume dava,Um inquieto vagalume%s azas sempre agitava^

— Eom dia, amigo-lanterna! —Foi lhe dizendo a abelhinha.Estás agora descançandoDe girar toda a noitinha ?

Que vida boa tu levas,'A voar, piscapiscando.Emquanto eu, pobre abelhinha.Passo o dia trabalhando

E meu trabalho, tu sabes, Você, quando a noite chega,Que é bastante proveitoso; Vae depressa dèscançar,Eu encho um milhão de favos Eu eu esvoaço, correndo,De um mel dourado e gostoso, Para o bosque iluminar

os mu m «DOs escoteiros prestam gran-

Ües serviços ao país: pelo seuexemplo de bom proceder con-correm para a educação do po-vo; amigos da ordem, estão

sempre prontos a auxiliar as au-toridades a mantel-a; nos casosde epidemia, inundações, desas-tres, são sempre eles. com a suaincansável bondade, quem pres-ta os melhores serviços; prepa-ram-se para ser futuramente os

pioneiros da civilisação e pro-gresso do país, desenvolvendo,com esse espirito pratico queadquirem no escotismo, as in-'dustrias, as artes e as ciências..Os escoteiros são pacíficos, de-

sejam e trabalham para que uma

As rosas e as flores lindasDo prado ou do jardim ricoDão-me o sumo delicadoPira o licor que eu fabrico.

Minha vida, vagalume,Posso dizer sem vaidade,E' uma lição bonitaDe trabalho .e utilidade

—-Você bem mostra, abelhinhaQue muito mal me conhece. . .Vae ver o encanto que façoNo bosque, quando anoitece^v^l'^*^/^/^<^^^^í«-^^^^^%/^<>v^^v^^/s/v'^^^vs/^/^y^^*^ **w

TEIRO§harmonia perene dure sobre aterra, mas si a desgraça da guer-ra se desencadear, ameaçando a

pátria, correm a prestar os ser-viços ao seu alcance, nos hospi-tais, postos de socorros, telegra-fos, policiamento, estafetas e to-dos os múltiplos trabalos auxi-liares de um exercito.,

. Velho Lobo

Na minha faina noturnaEu rasgo da noite o véo,Como se fosse um encantoDe uma estrelinha do céo.

Uma estrelinha que andasseA correr, piscapiscandoLevando o orvalho á rosa,A* flor o perfume dando.

A minha vida, abelhinha,Tambem digo, sem vaidade,E' lição de encantamentoAos olhos da humanidade

Carlos Manhães^^^^WWW^WW>AWWV

.yt'".JIS. » \í'¦* ^'/C-StfJPiWV»*

A NOSSA MAOA nossa mãoFaz muita cousa *Muito se agita,Pouco repousa:

A mão escieve,No livro pega.Com a mão se chama,Com a mão se nega.

A mão saúda.Com a mão se conta,A mão promete,A mão aponta. *

A mâo aplaude,A mâo segura,A mão emgoma,Tambem costura.

A mão direita,Num vae e vem,O dia inteiroTrabalha bem 1

A mão esquerdaTem pouco geito.Tudo que fazE' tão malfeito 1

ExercitemosBem esta mâo,Que fará tudoCom perfeição.

Quem suas mãosExercitar,Pôde com elasAté falar!

DULCE CARNEIRO

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23 — Fevereiro — 1038 27 O TICO-TICO

I ^y^^*siH^B|MMBi a—!—'Ralph Emerson foi um dos maio- l^r,^Sm^tgjS^mmm^>ltk: "*"* ~^

|; res pensadores do século XIX ^^*"^^^^^^^^&^^\ começou a sua carreira como mi- •'fy,^,j&K.i.

! nistro em Boston, mas logo aban-| donou-a dedicando-se somente aos

estudos. Publicou muitos ensaios de pensador.; e orações, revelando-se um gran- um escritor,***s,''**,-'>*'*>'*^'l***»>^*-**N_**^#*N*,,i#'*S^^»^ -_-_.

"O talento só,é preciso que

não fazhaja

homem através o livro". "Averdadeira civilização não éaquela que se vê através o ta-manho das cidades, seu des-envolvimento e progresso, massim, aquela que nos mostra aqualidade do homem do país",— disse Emerson.

Um belo sol despejava das alturaso seu dourado e bom riso acariciador.Para recebê-lo, as campinas cobriam-se dos mais ricos matizes, o rio atra-ia para o vale a doce transparênciado céo ; - enfeitavam-se os jardins ;tudo revivia e animava-se. Estavaem festa a Natureza; parecia quetudo despertava de um sono repara-dor, para saudar a Primavera quechegava ! Os pássaros com seus maislindos trinados, a recebiam, e princi-piüvam a fazer seus ninhos.

0Ora, succédeu que, justamente poresta ocasião, seduzido Pela deliciosapoesia do sitio, começasse a fazer seuninho um alegre sabiá. Esplendidopanorama descortinava-se dali, mon-tanhas entre nuvens alvas ; em baixo,o rio indolente a espreguiçar-se, se-reno se desenrolava com0 enormefita de prata.

Era um feriado.Mario aproveitou-o, indo ao cam-

po ; levava-o o intuito de pegar pas-

Amor ie sabiásarinhos ; com as varetas caidas deum guapiribu' teceu uma arapuca. earmou-a sobre um monte de farelo.

O sabiá, que descuidado fazia o seuninho, viu-a, chegou para perto, es-pantado, olhando guloso para o fare-lo, mas com medo daquelas varinhastrançadas que pela primeira vez alivia, mas... a gulodice triunfa do me-do e ele cai na armadilha ! — Pobresabiá ! — Ei-lo preso e bem preso I

Mario levou-o para casa, pòl-o emuma gaiola ; o bichinho cantou, pe-dindo a liberdade que as grades dagaiola lhe tomavam ; cantou, cantou

muito ! Mas Mario não entendeu ocanto do sabiá, pensou que este can-tava de alegria, alegre por estar emuma gaiola bonita, com bastante ai-piste e agua. E na gaiola a avezinhacontinuou a cantar . . .

Quando Mario, no dia seguinte, foimudar-lhe a agua, esqueceu-se de fe-char a porta ; o prisioneiro fugiu !

Cortando os ares, ele foi em buscado ninho, onde a companheira o de-

via estar esperando; mas lá — ó triste-za ! — encontrou-a morta !

Chorando, ele ficou cantando bai-xinho, baixinho, como se rezasse pelacompanheiro que não mais vivia.

E assim ele passou dias cheios depesar, semanas inteiras, a primaveratoda, é até mesmo o estio, mas quan-do o inverno chegou, não o encontroumais cantando a melodia da saudade,achou-o morto, no mesmo lugar ondoa companheira expirara.

MELINHA FERRAZ

POR QUE É SALGADA A AGUA DO MAR ?'A agua do mar é salgada

porque ela contém grande.quantidade de "cloreto desódio" ou "sal marinho", queé o sal comum usado comotempero nas nossas cozinhase que é colhido nas "salinas"..

E sabem vocês o que é uma

"salina"? Pois saibam: "sali~

na" é o terreno onde se fazentrar a agua do mar, para,em seguida, por meio de eva-

poração, retirar-se o sal quea agua do mar contém.

As maiores salinas do Bra-sil ficam em Macau, no RioGrande do Norte, e a quali-dade do seu produto rivalizacom a dos melhores saes domundo.

w^^wvvywvvyyv_rvvv>^^v/i<vvvvvvvvvv^r^ ¦**na^n*v^***vn-*>/n*v*vn.^^ ¦» »^yw> v^*-w*v*v*v*wsa<^«*n».

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O TICO-TICO — 28 — 23 — Fevereiro — 1938

H nr

Charles Robert Darwin (1809-1882), foi um conhecido naturalis-tat que nasceu em Shrewsbury,Inglaterra. Era o filho de um me-dico, o qual queria destiná-lo áigreja.

Mas Darwin, tinha nascido umnaturalista, e, quando se apresen-tou a ocasião para uma viagem ei-entifica á volta do mundo, que de-

..Um invento curiosoQue é, pra mim, bem precioso,Vou agora, num momento, lhes

[mostrar:[(Mosíra o espelho)

E' este bello espelho mágico,Que, com rapidez procura,Mesmo numa sala escura,A pessoa que eu desejo, encontrai

Num momento seu reflexoVai ao ponto onde ela estejaE ilumina pra que eu vejafSi é bonito, ou si é feio seu catão..,

Não preciso de mais nada,Para ver si ele me a_grada,Que assestá-lo sempre nesta posição:

(Assesta o espelho em direçãoao auditório. Neste momento a saladeve ficar ás escuras e a luz de utnrefleetor incidir sobre o espelho):.

Ali está um moço...Com um caroço

No pescoço...,

E ali um rapazola

Que ainda está na escolaE tem cara de gabóla...

B—MiH_HM\

_____$_veria levar cinco anos, e, queseria a bordo do Beagle, ele in-sistentemente pediu ao pai, per-

| D espelho magieo |v MONÓLOGO)

{Entra com um espelho nas mãos)

Lá está uma senhoraQue, a toda hora,

Quer ir-se embora...

E aquela outra ali. ..— Será Dona Lili ?...

Eu nunca a vi...

Certa vez o meu espelhoAssestei para um fedêlho

Como^quele que estou vendo agora[lá...

Ele ocultar-se procuraE, com muita "cara-dura''

missão para ir. Um dos mais conhecidos livros de Darwin é Aviagem de um naturalista á voltado mundo, no qual ele conta assuas descobertas quando viajoucomo cientista a bordo do naviode guerra Beagle.

Na sua obra A origem das es- ]pecies ele explica a sua teoria so-'!bre a evolução da espécie.

Sem querer, um momento, olhar pra[cá.

Não sei por que motivoEle se tornava esquivo

Ante o espelho que em minhas mãos

[reluz...

Pode ser que não gostasseDe que em sua linda face...

Do espelho, muito forte, fosse a

[luz...

Vejo ali um bom velhinhoQue também á festa veio. ..De careca reluzente...

Creio que ficou zangadoPor estar "focalisado"

Em meio de tanta gente...

Vejo ainda uma velhotaFingindo que é meninota,

Com pós de arroz e carmim...

E, antes que mais cousas veja,Vou-me embora, sem que sejaLlm tanto indiscreto assim...,

MAURÍCIO MAIA

NUNCA TE ENVAIDEÇAS DO TEU SABER.

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23 — Fevereiro — 1938 — 29 O TICO-TICO

Kaiirabowa na PaodeâolandiaNovela de MAX YANTOK

' (Continuação do numero anterior)

senciada pela equipagem que acorreu emdefesa do comandante.

E?a cada cara de meter medo a um tu-barão. Marujos amarelos, sujos, feios como

á Pandegolandia, a chamada de S. M. Ba-baléo III para as caçadas de pulgas e ou-tros animaes ferozes.Rasgacueca explodiu em formidável gar-galhada que quasi fez encalhar o vapor.

— Espera, vou logo dar-te a lição quemereces.| Enquanto Kaximbwn continuava im-passível, com o cachimbo na boca, as mãosnos bolsos das calças. Rasgacueca tirou obruto do revólver calibre 480 do cinturão.Mas não chegou a dar o tiro, pois, derepente, do cachimbo do nosso heroe des-prendeu-se uma chama esverdeada, muitobrilhante e com cheiro acre de alho podree foi direitinho ao nariz atomatado dele,provocando espirros tão fortes, rápidos erepetidos que parecia uma metralhadora.

ISria fome, olhava truculentos, injetados desangue, prontos a avançar, a esquartejar.

Mas Kaximbown estava num dos seu»melhores momentos. Seus cabelos não fi-

— E' bôa! Vocês sabem onde vieramparar ?

_- Desembuche fNum navio de piratas. Nós somos

piratas.Prazer de conhecê-los! — fez Ka-

ximbown estendendo a mão—vocês não po-dem ser mais piratas do que eu. Tenhampaciência. Já percorri o mundo em todosos quatro pólos.

—¦ Quatro ? Quaes são 7Polo norte, polo sul, polo positivo e

negativo.O comandante cofiou as barbaças, des-

confiado da imensa sabedoria de Kaxim-bown, olhou-o bem na cara sem vergonha,considerou com curiosidade a pipoca do na-riz de Pipoca, observou o cachorro, querosnava e depois desse exame, disse:

_- Vocês são clandestinos.— Sim, "com

destino" á Pande-golandia respondeuKaximbown quenão sabia o que si-gnificava a pala-vra: clandestino

--Nunca láhão-de chegar,seus patifes. Ago-ra têm que virar

piratas!

^^l^^^^^^^^^f^} 'tv__\r

O comandante deixou cair a arma sobreum cabo. Kaximbown apanhou-o e torceuo cano fazendo um nó nele para que abala ficasse engasgada, pondo-a outra vezaos pés do comandante, que1, atordoadopelos espirros, nada mais enxergava.

— Por mil milhões de tubarões 1 — ru-giu o brutamontes, mal pôde retomar fole-go depois de tantos espirros. Vou-te re-duzir a pó 1

Estava terrível, apavorante, o pirata.

_______^_l^_?

>/ í__!_ K£___T~___Z__—r3à__":S**í

m/Z*lr"\r J

caram de pé porque não os tinha.Estava disposto a enfrentar todos os dia-

bos do inferno e por isso, vendo aquelasúcia de esfarrapados, soltou a gargalhadae disse em tom de desafio.

— Quem de vocês, marotos, já tomouóleo de figado de bacalhau, dê um passoá frente.

Os malandros, surpresos por tamanhaousadia, entreolharam-se e dentre eles, saiuum homenzarrão musculoso que logo foiarregaçando as mangas da camisa de meiatão suja que já não se viam mais as ma-lhas. Kaximbown tirou do bolso uma ba-nana, descascou-a tranqüilamente, com pa-chorra comeu-a e jogou a casca no chãocom displicência.' O marujo que vinha avançando comfúria não se deteve e levando o escorre-

Precipitou-se sobre o revólver, apontou-O

- Tome cuidade, sea Rasgacueca ~- ParAa Kawmbow e... pum

_JH%>aconselhou Kaximbown. Comigo não brln-

^ca, não. Tem que nos levar até á Pande-golandia, e ha-de ser de "carona" se nãoquizer ser comido pelos peixes.

— Onde se viu tanto atrevimento ? —ru giu o comandante, escarlate pela cólera

A bala encontrou o nó e voltou p'ratraz. saindo pela culatra, entrou na bocade Rasgacueca e quebrou-lhe um dent- deestimação.

Ficou tão furioso, que o "Kalhambek"

ameaçou naufragar.— Comigo nada podes, meu velho! —.

disse Kaximbown, com calma e caradura.Bateu-lhe uma palmada no hombro, um

soníaço na pança e continuou:_- Tens que me levar á Pandegolandia,

custe o que custar. E, anda direitinho."viu ?*

Pipoca estava transido de medo, tremiacemo vara verde e,como'o__ar também es-tivesse zangado, começava a sentir os efei-tos do enjôo.

A ultima parte da cena havia sido pre-

gão sobre a casca espichou a fio compri-co sobre o tombadilho.

Uma das pernas dando volta ao ar foibater em cheio nas bochechas do coman-dante Rasgacueca. Daí mais espirros, paracompletar a conta.

Foi quando "Tufão"

quis entrar na lutacom seus afiados dentes e as calças domarujo levaram a peior.

iContinúa no próximo numero)

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O TICO-TICO — 30 — 23 — Fevereiro — 1938

ESTRADA E F E R R

Em 1904, na feira mundialde São Luiz, apresentaramum divertimento muito en-graçado chamado "a estradade ferro pulo do sapo". Oscarros eram curvos no altoe tinham trilhos em cima, demodo que podiam subir e

andar uns porvidade mais

cima dos outros. A no-sensacional da Exposi-

RI O 3 NA 1

JyÉÍr WÊ^^m\^r{r\y&*c^ ^^y^^^^^^ílJ^LWmmm^ _^wi _SSffl-_ff-IttB^^-^^^^^^^^**^'/

ção de Progresso realizada emChicago, foi a estrada de ferroaérea chamada "Corrida nocéo".

A mais alta estrada aérea domundo funciona no MonteBranco, na Suissa.

Um tiro de morteiro acabava deestrondar e somente ainda repete-seo éco surdo nas catacumbas da fio-resta virgem... Momentos depoissurge um alto indio Tamoio, moreno,de olhos negros e expressivos, gestosnobres, rapiaos e elegantes.

Seu pé, pequeno mas bem formado,roçava de leve a relva macia da cia-reira. O cocar, as faixas de guerrei-ro, os instrumentos de guerra, as fie-xas e o arco, tudo, emfim, era or-nados de penas pretas e vermelhas.

Passava rapidamente em direção aorio donde partira o estampido.Olhando em redor, Cauby viu, do la-do donde vem o rio uma fumaça jáse desmanchando: era a fumaça domorteiro. Rápido entrou numa iga-ra e remou em direção á fumaça.Quindo dobrava uma curva avistouuns vinte Portuguezes olhando o con-teudo de um vaso Tamoio. Cauby,escondeu a igara entre os caniços.Depois saltou nagua, nadou para amargem e quando a esta chegou cor-reu para um tronco secular. Esca-lar foi obra de minutos. Subiu coma ligeiresa do gato e correu para umgalho que pendia bem sobre o vasoque tanto os Lusos olhavam. Erauma igaçaba (vaso) enorme. Umdos Portuguczcs pegava cm uns brin-cos, colarcs, braceletes e contas dcouro. Cauby por custo reteve umgrito de surpresa. Era o tesouro deArakem, pai de Cauby. Este tesou-ro fora enterrado e um dia quandoforam vê-lo desaparecera...!!! Cau-

CAUBYby resolveu segui-los para tomar-lhes

tesouro na primeira oportunidade.Mas os Lusos não se foram. Passa-ram o dia, e com certeza passariama noite a satisfazer suas malfadadasambições.

Justamente o que Cauby pensavaaconteceu. Apenas caia a noite osPortuguezes enterraram o tesour0 eembrenharam-se na inata. Com cer-teza iam atacar a grande Taba-guas-su' dos Tamoios. Mas em vez de umpovo tolo, preguissoso e lento, comodizem, encontrariam um forte, inte-ligente, apto para defender suas ter-ras que foram legadas por seus an-tepassados. Cauby — o grande Cau-by dos Tamoios — tinha seu planopara tomar o tesouro de Arakem eprender . os Portuguezes. Poderiachamar os Tamoios mas queria ele...fazer essa obra de vingança. Entãodesceu da arvore e desenterrou a iga-caba, e passando uma corda em re-dor do gargalo jogou-a no rio e amar-rou a estremidade da corda nuns ca-niços. Depois cavou no lugar ondeestivera a igaçaba um profundo bu-raco. Quando terminou a obra dis-farçou a entrada do buraco com pa-lhas e gravetos frágeis e cobriu tudocom uma fina camada dc areia.

| Que burac0 era esse? Um alçapãode cinco metros de profundidade.

Depois queimou as cordas, os caixo-tes e jogou no rio as facas e bacamar-tes. Depois desta inteligente opera-ção correu a Taba-guassú dos Ta-moios. Lá encontrou dois indiosenterrando sete portuguezes que mor-reram no combate.

Correu para a cabana do Cacique,seu pai (que era Arakem) e pediucinco guerreiros. De posse dos cin-co guerreiros correu ao acampamen-to dos Luzos e vendo estes olhandoo fundo do alçapão disse: Atirem.Silvos agudos fenderam os ares c osLusos cairair todos dentro do alça-pão com uma seta cravada nas cos-tas. Eram setas Tamoias que despe-elidas por arcos certeiros mataramum a um os Portuguezes.

Depois Cauby ordenou aos indiosque enchessem de terra o alçapão queservira de sepultura aos Luzos.

ExplicaçãoO que se passara foi o seguinte:

Cauby fazendo o alçapão, fez com queo chefe caisse no fundo daquelequando passava por ali. Queimandoas cordas impediria que o retirassemdali. E por fim queimando as cor-das impedia fugissem logo. De-pois Cauby correu a tirar do fundod0 rio a igaçaba.

Foi assim que Cauby, filho de Ara-kem, Cacique Tamoio, venceu osBandeirantes, tomando-lhes o tesourode Arakem, seu pai, que lhe haviamroubado.

WARNEY JOSÉ DE FONTENELLE

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23 — Fevereiro 1938 — 31 - O TICO-TICO

Nossos /^_rij'#\ ConcursosCONCURSO N.° 13

Para os leitores desta Capital e dos Estados

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y^————_¦________mLmmH_*_¦_-J^^^^^^ i--* .-,¦- ¦ -

~~J - ~7^ I_H____I^ ^-v

11 —14 —15 —

16 —

17 —

18 —19 —-0 —

21 —25 —

O que o ra-to fazMario DiasNão fechePulsei-ra, brinco

Homem quenão cresceuCarlos DiasSiqueiraEspiritoVerdadeiroNome dehomemNas avesAs d u a sprimeiras.

As soluções dc-vem ser enviadas áredação d'0 TICO-TICO, separadas deoutros quaisquerconcursos e acimi-panhadas não só dovale que tem o nu-mero 15, como tam-'bem das declara-ções de nome, ida-de e residência dodeclarante. Paraeste concurso, queserá encerrado nodia 28 de Março, da-remos como pre-mios, por sorte, en-tre as soluções eer-tas, tres lindos li-vros ilustrados.

Oferecemos hoje aos nossos amigai-nhos mais um fácil e interessante con-curso de palavras cruzadas, cujas"chaves" são as seguintes :

Horizontais t>

— Cobrador do bonde!) — Cereal

10 — Apanhado de flores12 — Otávio Almeida13 — Toma conhecimento•14 — Fruta, ás avessas18 — A barca do dilúvio22 — Veículo23 — Decretos24 — Do vervo rir25 — Do verbo amar26 — Elvira Almeida Oliveira27 — Tremores.

Verticais :

.1 — Animal doméstico— No peixe— Nair Esteves— Quando o sol ilumina a Terra

f> — Madeira, ás avessasfi — Rese

7 — Parece com sapo

JVALiPARA OCONCURSO

C 0N'CURS0 N.MCTara os leitores desla Capital e dos

Estados próximos Perguntas :1.* — Qual a fruta cujo nome, sem

um acento, é cidade euro-péa ?

(2 silabas. ' Rosa Venancio Costa

2.* — Qual a flor que é tempo deverbo ?

(2 silabas) Américo Craveiro3.* — Qual a bebida formada do

adjetivo e da virtude ?(2 silabas) Luizinha Campos

4.' — Qual a preposição que lidaás avessas é o nome de umvulcão ?

(2 silabas) Olga Vasqnes

Qual a mulher que é tempode verbo ?

(2 silabas) Cora Barbalho

Eis organizado o novo concursocom cinco perguntas fáceis. As so-luções devem ser enviadas á redaçãod'0 TICO-TICO, separadas dasde outros quaisquer concursos eacompanhadas do nome, idade e re-sidencia do concurrente, e ainda do¦^ale que tem o numero 16._.;Para este concurso, que será encer-rado n0 dia 23 de Março, daremos,como premios, por sorte, entre as so-luções certas, tres lindos livros ilus-irados.

VALE^gmammm. .-_

ci_gxPARA OCONCUP-OM° io

RESULTADO DO CONCURSO N.» 3

Enviaram soluções certas 340 solu-cionistas.

Foram premiados com um lindo li-vro de historias infantis os seguintesconcurrentes :

HYGINO RONCATOResidente á rua Dr. Osvaldo Ara-

nha, n.° C92, Ròa Vista do Erechim,Rio Grande do Sul.

CARLOS DA SILVA ESTEVESResidente á rua Bias Fortes, nume-

ro 21, Bomsucccsso, nesta Capital.JOÃO LUIZ NOGUEIRA

Residente á rua São Francisco, n'.i-mero 8 a, São João dei Rei, MinasGerais.

RESULTADO DO CONCURSO N.° 4

Respostas certas :I.» — Doce2.a — Ilha, filha3.' — Eu4.* — Violeta5." —.Cobra.Enviaram soluções certas 388 solu-

cionistas.Foram premiados com um lindo li-

vro de historias infantis os seguintesconcurrentes :

JOSÉ XAVIER PEREIRAResidente á rua Caicó, n.° 123 —

Jacarépaguá, Cascadura, nesta Capi-tal.

BEATRIZ SYSAKResidente á rua D. Gerardo, nume-

ro CO, 1.* andar, nesta Capital.

Mamãe ! Me dá me dá CONTRATOSSE para-eu não tossir. E' tão barato...

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fls aventuras iin Chiquinho - BMIÊ) j PILOTO

— O sc-j olhar vivaz e a forma da sua cabeça denc _ Qual. 'seu" Chiquinho. respon-tam qúc- você. Benjamim, é um formidável aviador ! — dia Benjamim, eu nunca pensei em seidizia Cluciuinhò ao seu companheiro de aventuras. aviador ! — Mas Chiquinho. . .

. .convenceu o moleque de queera de fato piloto. E levou-o atéjunto de um avião sem motor. . .

. . .que era de propriedade de um seu primo.Benjamim resolveu-se a voar ! O aparelho foilevado para uma elevação do terreno, pois. ..

.. .como todos sabem o aeropla-no sem motor deslisa e pelo impul-so que toma eleva-se no ar

Benjamim, agarrado <xo volante, estava des-confiado de que... não era piloto. O aparelhoelevou-se magestosamonte no ar e Benjamim....

. não sabendo manobrai a dire-ção. viu-se em sérios apuros e co-meçou a gritar. O aparelho, semgoverno pòz-sc a cabecear no.. x

. . .ai e vem se precipitai nochão. Benjamim, felizmente,caiu sobre um monte deaipim, n<io sofrendo...

...contusão béria. Indignado, porém, disse a Chiquinho: —Você deve ficar sabendo que piloto não se conhece peloolhar nem pela forma da cabeça.

Eu não sou piloto I