anno xxxlll rio de janeiro, 17 de fevereiro 1937 n....

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ANNO XXXlll RIO DE JANEIRO, 17 DE FEVEREIRO DE 1937 PBÇÇOS: N. 1637 mr _\_í_1ài \l^\~íPIi -iiv*****rJ3tM jkÉãll\\W ^_>*nJv j-»*?^•*-**»«*«&_i'-^ ^ZJ^*Sr>V\__ l^r^^fi^^ _____Fz_nDO IkS ^k^2**"*^^ í^ P^O^y^;M\ INVEJOSO JW/JVff-^?. .J*TOB JL(i^5^---~^ ~~tj pZs__y-\p3r///^h+i$^Y mMw&Z*-ir-"-_^t—. 1 yXZZ^y^^-*0^-'^,*¦ N$»v _!í___ »âLl.I0i8H >^V >á?f_aL_l^ZI~jaM s _HlBR35_r*----Wir--—¦——*»—~-1--•¦I V»\^/í^y\ >*. __^X *__*->_fcv^'^**l_S. *w»%, _¦___ ~=~f / Bife-, >y _ --^ _ ^^^.....--^^ ^•^^^^^^T^^V^'' ¦» jH -_—_—————___————_•iy «\u.„ - » i ii g i._i.„i i | |ji-l -J—M— Carlos era um menino pobre e muito estudioso. Nas horas de recreio, não largava o Iívto para brincai com oa collegas. Joaquim era filho de pae rico. porém, de mâo <_*racter e vadio. Nâo queria... If ^ RIO DE . -.«saber de estudos e odiava por isso a Carlos, a'quem. constantemente maltratava, e uma oceasião lhe disse: "Muito has de lucrar com os livros. Eu não preciso es- tudax pois sou rico. O estudo é para os pobres"., TTTTí_r 7r i^*Hiia>*i ^^TTrTr^ri tpI v^--*-^t±""~*4t"" .m-L.^]/ \ /ps 9 ¦^W^T\—' __i__Lü, - No fim do anno. porém, era o Carlos quem tirava os primeiros logares Reprovado em todos os exames. Joaquim ridicularísava einda o Carlos, quando... ...este. carregado de prêmios, era abraçado pelos paes Annos depois. Carlos, com o seu amor ao estudo, tornou-se um grande homem, dedicou-se D __ industria e com o seu trabalho adquiriu enorme riqueza. }oaquim. com a morte do pas. herdou uma grande fortuna Via|ou por todos os paires Teve tudo que desejava. Jogou... ...enormes quantia? nos Caslnos e perdeu tudo. Começou a pedir esmola I Um dia Car» los. ao entrar no seu pclacete. viu um ir.cn- digo que pedindo-lhe un.a esmola, lhe disse : Tenho fome, Carlos; nâo me reco- nhece ? Carlos reconheceu seu antigo ccilega e estendeu-lhe a sua protecção. Deu-lhe trabalho, para que não morresse de fome. Joaquim foi castigado pela sua inveja e Carlos recompensado pelo seu amor ao es- tudo e ao trabalho,.

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ANNO XXXlll RIO DE JANEIRO, 17 DE FEVEREIRO DE 1937

PBÇÇOS:

N. 1637

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-_—_—————___————_• iy «\u .„ - » i ii g i._i.„i i | |j i-l -J—M—Carlos era um menino pobre e muito estudioso. Nas

horas de recreio, não largava o Iívto para brincai com oacollegas. Joaquim era filho de pae rico. porém, de mâo<_*racter e vadio. Nâo queria...

If ^ RIO DE .-.«saber de estudos e odiava por isso a Carlos, a'quem.constantemente maltratava, e uma oceasião lhe disse: —"Muito has de lucrar com os livros. Eu não preciso es-tudax pois sou rico. O estudo é para os pobres".,

TTTTí_r 7r i^*Hiia>*i ^^TTrTr^ritpI v^--*-^t±""~*4t""

.m-L.^]/ \ /ps ¦^W^T\—'__i__L ü,

No fim do anno. porém, era o Carlosquem tirava os primeiros logares Reprovadoem todos os exames. Joaquim ridicularísavaeinda o Carlos, quando...

...este. carregado de prêmios, era abraçadopelos paes Annos depois. Carlos, com o seuamor ao estudo, tornou-se um grande homem,dedicou-se

__ industria e com o seu trabalho adquiriuenorme riqueza. }oaquim. com a morte do pas.herdou uma grande fortuna Via|ou por todosos paires Teve tudo que desejava. Jogou...

...enormes quantia? nos Caslnos e perdeutudo. Começou a pedir esmola I Um dia Car»los. ao entrar no seu pclacete. viu um ir.cn-digo que pedindo-lhe un.a esmola, lhe disse :

— Tenho fome, Carlos; nâo me reco-nhece ?

Carlos reconheceu seu antigo ccilega eestendeu-lhe a sua protecção.

Deu-lhe trabalho, para que não morressede fome. Joaquim foi castigado pela sua invejae Carlos recompensado pelo seu amor ao es-tudo e ao trabalho,.

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u TICO-TICO 17 — Et.vcr.-___ — 1337

Bi5LIOTriECA INFANTILd O TICO-TÍCOi

COMTo^MÀE M& EDUCA • ENSINA • DlSTfcAHE Êj ^/^P^

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MINHA BABA - Os

mais entcmeçedores con-

tos para a afane», es-

cnptos e iUustrados pela

sensibilidade de um a.

fista como _ Carlos. Cada

conto desse livro c uma

Ikão de moral e de bor.1

dade para a iníanoa.

¦VôVô. > TICO-T.^"

YY'YYc;>f/v3 '^Y3 .**> i_L_0« YY*- /«es

¦°dos aureCça« *>brer«*e para . ?Pct0S de *"*<*-- *£ ustKz

le <3"e enceVr. . __. escreve_ ,

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n.Y. -S Yt ftSgüSSgB? í'Ys^s-i'Y|?;srr.*Yr-_ iu_n.

f <JU<* encerr. a<Y«.ão de líçô,l,vro de ev;rf;„,¦= cousas

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Itedactor- Chefe : Carlos Manhães — Dircctor-Gcrcnte: A. de Souza e Silva

¦¦¦¦¦'¦ ¦ ' - - - - - li - ¦ i li ¦¦ ...-,,-, - —-— , Mmmm

Composição do Globo TerrestreMeus neti n hos,

O globo terrestre, o planeta onde vivemos, pode se considerar formado

dos elementos seguintes : —¦ um envoltório gai-oso que o rodeia completa-

mente c que é a camada de ar que respiramos, chamado atmospherico; um

envoltório liquido, que cobre mais de tres quartas partes de sua super-

ficie, denominado oceanos ou mares; uma parte sclida, fria, qv.e ê bem

pequena e que constitue os continentes, e. finalmente, que se suppõe estai

Sm estado incandescente.

E\ pelo estudo da parte solida do globo terrestre, das terras, das

montanhas, que se consegue determinar approximadamente a historia da

humanidade. Essa parte solida, meus netinhos, é formada de camadas

sobrepôs'*-,*, a mais profunda das quaes, isto é, o centro da Terra, é

Constituída de fogo. Essas camadas, tambem chamadas terrenos, são :n-

dicítttvas dos vários períodos de vida na Terra.

As .superfícies, de formação recente, são sede dos seres actuaes; a

que se lhe segue apresenta, em fosseis examinados, vestigios dos grandes

animaes de sangue quente; a terceira, pelo exame dos fosseis, mostra a

existência dos molluscos e animaes reptis de grande talhe; a iminediata

caracterisa-.se pela existência de muitos crustáceos; depois, vem o terreno

graniticOí sem fosseis, e, finalmente, a camada ignen, onde a vida não

é possivel.Vocês, mais tarde, quando estudarem geologia, conhecerão detalhada-

mente a composição da Terra,

V O V o

í7\ CO 'Ç^Ster

UM P O U C ODETUDO

* Chamam-se corpos co-n-postos, em chimica. os que i ãoformados de vários outros. Os dedois corpos denominam-se bina-rios, os de tres terna--.o'- deante,

Tod o corpo, aquecido, di-

I

lata-se; ao resfriar-se, contráe-se.'•' Os ma-.mniíercs são ani-

mães vertebrados e assim chados porque estão providos dematnmas, órgãos especiaes que lsegregam o leite com que ama-montam cs filhos.

O eíephante é o maior do3tinimaes terrestres que se co-nhece.

'•' A dentadtkra do homem écomposta de trinía e dois dentes,dos quaes oito sãocisivos, quatro caninos e vintemollares.

O figado é o órgão maisvolumoso do corpo humano.

O organismo do homem,em estado adulto, contém decinco a seis litros de sangue.

Toda fracção ordináriacujo numerador fôr egual ao de-nominador é egual á unidade.

Chamam-sc medidas agra-:-, utilizadas na medição dos

r*i «j-v/^^wv.1^

JJaj*mmmmYi%i^m\m\

,-M *-*.%**' -

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<_ TICO-TICO 17 — Fevereiro — 1937

Q-UEM NÃO PODE COM O TEMPO NÃO INVEKTa MODAS <&, 11

^P^^^^^^^ç^ ^^A,^^rr^^^^^^^: ^j^g^y^^g»^»

O Tico-Tico recclieu uma inon_ ..;.¦.ndas ag-uias convidando-o para uma gran-de íesta no pico du, montanha mais altado reino dos bichos. E.ssa montanhatinha a altitude de seis mil metros.Nessa men sagrem as aífulaa pediam oueconvÍdf!Sí.e todos os bichos do reino.

O Tico-Tico muito Iisonjeado raiiiu decasa em casa a fazer os convites. Muitosbichos n^o poderiam ir como o boi, oelephante, o camello, o jaboti; emboraas suas condições não lhe pormittissem.acceitou gostosamente o convite e pro-metteu que não faltaria.

No reino não se falava noutra cousa,a festa das águias era o prato do dia.Os bichos alisavam o pello com a lingua(já se vê), e .banhavam-se constantemen-te nos lagos. O macaco não quiz com-parecer rècetando encontrar-se com oleão seu ii.imlgo numero 1.

O urubu não gostava das ;iguias, porque ambos voavammuito alto e as águias perseguiam os urubus quando ellespousavam nos seus domínios. O jaboti contava com o urubupara leval-o, mas, teve de ir a pé. Para isso começou a viajarcom oito dias de antecedência.

Pelo caminho elle Ia encontrando outros bichos que lhsperguntavam para onde ia, e elle respondia: vou ao bailadas águias. Os 1>ichos riam-se e diziam: — Cuidado com ostombos, que as botas não te atrapalhem! Boa viagem! E lâIa o kagado de botas, morro acima.

(Continía no próximo numero)

Um bilhete que não fica brancoNo {"rance sorteio que 0 MALHO vae

realisar no próximo dia 25 do corrente,•dos 100 prêmios do Concurso "ÁLBUMDE POESIAS'", e que eítá sendo arado ancio.amonte pelos possuidores doscoupons, ha um pre-mio que, por _i só jTale por todos osdemais.

Esse premio tem o |imesmo valor dt um fbilhete do loteria que \por artes do condão mde uma fada bemfa- >zeja adquirisse a pro- ipriedade de nunca fi- icar branco. Imigine \o nosso pequeno lei-tor como não seriabom um bilhete ajs-sim? Toda a vez quehouvesse sorteio, láestava o dono do bi-lheto tomando parte,com o mesmo bilhete,o sempre com po..?i-bilidades de gtsl ormuito c muito dinh.i-to... Pois é precisa*mente Assim o pri-ineiro premio do con-curso*"ÁLBUM IPOESIAS".

¦

m "V. _

^"^JfV* B

i .">...

E' elle um 'Certificado CITA", cie uma ccisa útil e capaz de fazel-os icliz.qjie os leitoresinhos de certo já ouviram O "Certificado CITA" é um conjunetofalar, e sobre o qual devem conversar de 60 apólices dos governos de S- Paulo,com os seus papaes, si realmente são seus Minas Geraes e Pernambuco, valendoamigos e se desej'am vcl-os donos de 10:000?000 e o dono do Certificado con-

___.__^_.... corre> durante o anno,a todos os sorteiosque aquelies governosrealisam, distribuindomilhares de contos atodas as pessoas quepossuem as apólices' dc seus Estados-

Durante 40 a; nosesse Certificado terávalor, e é justjmen-te como o bilhete que

!l|l|j? . nunca fica branco, de'ii_a já falamos-

Além desse __r*_it Vepremio. que foi ad-nuirido ¦ na c-mr, i a"Cita S/A." á ruada Candelária, 2G,ne.-ta Capital, oa.rostambem tenta Iserão sorteados nodia 25 do corrente,

%&fm entre os portadoresdos counons numera-

CorienMo AT.-BUM DE POESIAS

. .','0 MALHO.

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17 — Fevereiro — 193? — 5 —

VI-NQANÇAO TICO-TICO

Desenho de Jocal'

B^^S—f^—rH sS"T\ \ w* la.KHwH L»* E H>«bJ _^^^J 1 L_Bs í iH B/V I

(D — O "seu" João, dono daquelle armazém ali da rua X. P. T. O., mal tinha acabado de registrar o dinheiro, nacaixa registradora, o telephone o chamou. (2) — Allô, allô, quem falia? — E' o "Armazém Principio do Mundo". E apessoa perguntou : — Hoje tem marmelada ? O "sem" João respondeu : — Tem sim senhor. — Hoje tem goiabada ?ainda perguntou a mesma pessoa. E o "seu" João confirmou que sim. E a pessoa que tinha feito aquellas perguntas,terminou assim : — E o palhaço que é T... (3) — Não podia continuar mais. O telephone; não parava de tilintar. O diatodo ligavam para o seu armazém com perguntas dessa jaez. (4) — E o "seu" João não teve outro remédio sinão deixaro telephone desligado. Resultado, com essa sua resolução, perdeu muitos freguezes, que queriam encommendar compraspelo telephone. Ah, si "seu" João soubesse que os autores dessa peça são Tinteiro e Amarello?...

José, peralta de nove annos, che-gára, ha pouco do interior, em com-panhia de D. Carlota, sua muito que-rida avosinha.

Apesar de José ser um garoto dosmais terríveis, sua avosinha, para me-lhor exprimir o juizo que d'clle fazia,só o chamava : Zezé Bonsinho.

Para cá vieram afim do pequeno,freqüentar o collegio; sua avosinha jáo tinha explicado :

"Você já está muito crescido, é pre-ciso que todos os tfias vá á escola.

Concordo que não seja das melhorescoisas, «principalmente para um vadiocomo você; quero que mais tarde, vocêseja um grande homem— um general afamadocomo o Goés Monteiro, oumesmo um presidente,somo o Getulio.

Zezé ouvira todos es»ses conselhos, com osseus olhos immensosmais abertos ainda;quando a boa senhoraacabara de fallar, cren-te de o ter convencido,elle, com ar decidido,respondeu-liie :

-- Avesinha, a senho-ra deseja que eu sejaum grande homem, eutambém o desejo, mas,a prisão da escola me éinsupportavel, não po-derei ser um segundoLampeão ? Elle é muitoconhecido* até os jor-naes dos Estados Uni-d'oo têm contado as suasproezas; o nome Lam-peão, foi traduzido parao inglez; é um nomefeito, avújsinha; agora,ê só saber aproveital-o...

Depois de varias ex-piicações, o garoto con-eordou que, no dia se-guinte, estrearia o col-legio.

D. Carlota á noltinha,preparou toda a roupa,que o pequeno precisa-ria para o outro dia,mas, na hora de engra-

ZEZÉ BONSINHOxar os sapatos, oh ! fatalidade, faltaraa graxa, e, a avosinha, sempre astuciosa,inventara substituir a graxa por umpouco de azeite doce.

Zézé, bem cedinho, seguiu para ocollegio, sem deixar, varias vezes, dejogar um olhar satisfeito para os seussapatos reluzentes. A aula começou: quecaceteação, para que tanta coisa Inu-til?!... Zézé Bonsinho bocejava, espre-guiçava-se sendo imitado pela maiorparte dos collegas.

^'^^^^/VWVVVSAAAA^AVt^VWS^»^^

Os meninos escondidos

Seis meninos aproveitaram um dia de férias e[oram brincar numa praia da linda ilha de Paquetá,Aconteceu, porém, que na hora de regressarem paracasa, só appareceram tres dos excursionistas. Onde es-farão os outros tres ? Estão escondidos no desenho evocês vão procurai-os.

Jorge, um dos mais traquinas, sen-tara justamente atraz do Zézé, e, n'umespreguiçamento mais profundo, bate-ra com uma das mãos em um lápis,indo este cahir junto aos pés <To Zézé;Jorge agachára-se para apanhal-omas, sentindo um cherinho bem agra-davel, de coisa comivel, farejando bem,exclamou: — Hum! que cheiro «re sa-lada... E chegando mais o nariz paraperto dos sapatos luzidios do compa-nheiro, disse: — é elle ! salada pura...

O Bonsinho levantou-se. Sentia-seprofundamente oífentíido; estava coma physionomia transtornada, prompto

para um combate...A meninada percebendoo quanto o collega es-tava aborrecido, em corogritava: — Salaoa! sa-ladinha! saladinha!

Penas, canetas, ca-dernos, voaram no meioda sala; a energia daprofessora de nada ser-viu; a sua vozinha fa-nhosa nem ao menosfora ouvida.

Da cascutfos, nomesfeios e pescoções, foi asalada que prepararam.

A' tardinha, Zézé vol-tou para casa, com osolhos vermelhos de tan-to chorar e um grandegallo na testa, a sua at-titude era, no emtanto,arrogante, trazia n'umdos braços 3 galões dobarbante : — os colle-gas haviam reconhecido,que elle era valeute !...

Quando D. Carlota,presurosa, indagou o quetinha o seu querido ne-tinho, respondeu-lho :— por favor, avosinha.não passo mais azeite desalada nas minhas boll-nas; houve, hoje, umgramõte frege, por estemotivo; mas eu lheperdôo, porque voile!capitão ! . . .Itylda Fontoitrlle Xrvo*

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O TICO-TICO 17 —. Fevereiro ~ 1937

ILHA DE MALTA

wft____wwMalta é uma ilha pequeninacom uma área de menos de 100milhas quadradas. Está situadana parte mais estreita do Me-diterraneo, entre a Sicilia e acosta africana.

Malta é um dos pontos maisindependentes na base da mari-nha britannica. A ilha foi to-mada pelos cavalheiros da Or-

O METRO

dem de São Joí.o de Jerusalém, que alidominaram de 1530 a 1798, quand foicercada por Napoleão;.

Em 1800 os inglezes tomam-na dos francezes e a annexa-ram em 1814. A egreja catho»lica cita o episódio de SãoPaulo, que naufragou na ba-hia de seu nome e se« referetambém á sua estadia na ilhade Malta

Lord Byron chamou-agar amaldiçoado,

lo-

I AS S

O metro é uma medida quetem relação directa com as di-

mensões do planeta que habita-

mos, E' elle egual á décima mil-

lionesima parte da distancia quevae da linha do equador ao

pólo. ou, o que é a mesma cou-

sa, 6 quadragesima millionesima

parte do meridiano terrestre.r *aj

O comprimento do metro foi

calculado pelos engenheii os

francezes Mechani e Delambre,

que mediram a distancia exis-tente entre Dunkerque, cidadefranceza, e Barcelona, cidade da

Hespanha. Sobre essa base cal-cularam a distancia do polo nor-

te ao equador, dividindo o nu-t*a . «•¦mero achado em dez milhões de

partes e acharam o metro.

URPRESAS

JV

viv ___t'^

W%:

DOS JDESENÍiOS. 1_ a_am— m ...' ., . —¦ ii —^——¦¦

fW/iÀ\ '

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' ^^i^ll<>|iy^>M^j*^l«^wwyM^^^^>^^»>SA^^A^^»^^^^^*^*^'-'

Recortem os nossos leitores os quatro quadros acima, dobrando cadaum delles pelas linhas ponteadas e na ordem de numeração que cadaum possue.*Verão, depois de feita essa operação, qué surgirá um desenhobem differente do que antes se via, confusamentet em cada desenho/

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17 — Fevereiro — -i.37 O TICO-TICO

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"O Tico-Tico", na sua preoccupação constante de dar aos seus milhares de leitores moti«.os de recreio e de cultura, iniciou no numero de 2 de Dezembro ultimo a publicação de umconcurso de férias, ao qual denominou

CONCURSO DE BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASILNesse concurso, terão os leitores d'"0 Tico-Tico" oceasião de colleccionar as bandeiras e

os escudos de todos os Estados do Brasil, por isso que em cada numero d'"0 Tico-Tico" serádada, em pagina solta, colorida, uma folha com a bandeira e o escudo de cada Estado do Brasil.Essa folha solta será colleccionada por todos os leitores que, tambem, collarão no mappa pu-blicado uma serie de coupons numerados, que estão sahindo n'"0 Tico-Tico". Completo omappa, com os coupons publicados juntamente com as folhas das bandeiras e escudos dos Esta-dos do Brasil os leitores d'"0 Tico-Tico" obterão pela troca do mesmo mappa, um numero como qual entrarão em sorteio para a posse de

RIQUÍSSIMOS PRÊMIOS DO VALOR DE 10:000$000bem como uma artística capa para o álbum então organisado. A relação desses prêmios, porser extensa, publicaremos num dos próximos números.

No numero de hoje publicamos o couponn.° 11, que deverá ser collado pelos concurrentesno mappa publicado em 9 de Dezembro ultimo.

BANDEIRAS E ESCUDOS JA PUBLICADOS

•Concurso

d'0 Tico-Ticq.t—n^—pgmT***—

COUPONN.° 11

Estado do Amazo-as - O TICO-TICO de 9/12/936„ „ Ceará ., *, 16/12/936„

'., Pará ,,. ,, 23/12/936

,. ., R.G.doN.- .. 30/12/936„ ., R. G. do S.- ,. „¦ 6/ 1/937

,. Pernamb.» » W 1/937„ „ «Maranhão 20/ 1/937„ „ Piauhv ., 27/ 1/937., ,. Parahvba ., 3/ 2/937

., Alagoas ., 10/ 2/937„ „ ¦ Sergipe „ 17/ 2/937BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

ALMANACH DO TICO-TICO para 1937 — Um livro formidável para as creanças

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O TICO-TICO r- 8 17 _ Fevereiro — 1937

"iSéu vfifi_eetQ eomeu mosea

N. ' '_*H ! X. xAÜi !

____£ ^^s/^jSB £¦". _9 j

/«___.''''^ * ___fr^^y^^B

j fe£_k (\. (_3__l láM' Ji jl&à\ /CT^^^^íí-^B '¦kJ?J.7.im''fLiÍ _S__^ \t___^ss_2 Bl^x _^n^sí9

Quando "seu" Anicelo viu apparecer sobre o muro aquella mão

preta, lembrou-se de Lamparina.Sorriu, então, adivinhando tudo. Foi buscar uma vara e ficou

tranquitlamente,, . ..

..»-, esperando o pulo O tempo, entretanto ia passando, emquantoa mao _»¦*--_

__--continuava immovel. "Seu" Aniceto, já cançado,' resolveu .agir: ergueu . .' »

i."~ "

_.'a? * Vara C°m enC' g'a' prencle ° 80,P«J violento que w vi . .: . muro Lamparina gritou: — "Té meríhã seu Aniceto". Muitobrar. Ma» Ia no fimdo _ _ ¦ ..í. «( f' ?#*',* "brigado". A_ laranjas já "tão" aqui. Isso "qui tá" em cima do muro

-V". .-*!&. * iima luva "veia". .. _¦ ,v ^>x-?C; ' ¦¦!

__.. li ¦¦ .-V .

0 mais bello livro para a infância^- ALMANACH D'0 TICO-TICO para 1937, á venda

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GHUã&m^Çfowa^¦!•_¦ i ¦¦umwií =_-^BBS [ O esquilo "namo-

KS4Bi _HBl STST" rado da Lua" é umKJí- _^m ______^SSEEmímSS£.j*3_\ *™"^ PjCT^SS^S curioso roedor as-.Z^SHfiMR1 "_f ^_í aa_^E_^_E Slrn cor-iecido na^55 •-írv***v 1H_== America do Norte- j_W ií'*]-! ___K %\ K-^^_-/^ ^tli _¦ H**"*r —li t= Porque, em noites.-_=r-^ ^^^-/"—Jl fc _: ae ,uar fica, horas

0=3H Bv- esquecidas a fitar afiV' _f7____m\ fm Wmm r_h__^__t lua. do alto da ro-

li mWMÊ I mariaemt*uevIve-f| |g|| Sua pelle tem~__fl H__i__Bi-ir_Br-*__H__^__% •*_£_»•-__¦-¦;¦ 1 »í« A grande valor ui-

y WBÈ^ÊÊÊÈm ÈêlWyè 1B O Unicorneo (Monokeros dos anti- H

fcj 5f gos gregos) é um animal de um só HI chifre que só existiu na imaginação I

dos povos ingênuos. . ..

_i^afl_B_-H__n__B__í__H__H__H__H__l lilHHBB_^—W_i—H_HH

Os animaes albinos (totalmente desprovidos de collora-ção por falta de pigmentos, têm os olhos enfraquecidos.Ao lado vemos um chimpazé albino protegendo-se tris-

R - tonho dos raios fortes do sol.

\\W\^^^y___w 3rX6^^^*-X ^k

*-¦ ^^^^^Xv^_a.H. ^ii^nWii._— w ^******-^^ Mfcaa—MMBBwi^W—B—MM———¦»jMpMHa_iBi

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O TICO-TICO — 10 17 — Fevcriíir.. — 1 !> .7

As aventuras do Camondongo Mickey{Desenho <íc Walter Disney e M. B. liveiks. exclusividade para O TICO-TICO em todo o Brasil)

ir -i%^i %*___<^

Olha aqui, Mickey. como é que vocêsoletra — Local? — Como disse você:Loco? você soletra: L-o-c-o... Porque?...— 0_.Pre.e1to Scott deu...

...ordem a uma ]porção de detecti-ves da cidade para trabalharem nocaso daquelles ladrões de cabello! —

•Credo! Elle deu ordem2T

— Sim, e isso não está direito.Esse crime foi commettido nas casasda cidade e os detectives — locaes —é que devem tratar delle! eu vou...

_.. protestar. — "Proteja as industrias _Locaes" dêem a nós detectives — locaes— uma opportunidade)

— Olha. lá estão os dois detectives queo Prefeito Scott arranjou! — Puxa! Sãomesmo dois moloides!

— Prefeito Scott. aqui vamos"limpar" esta cidade com um pentedesses ladrões e havemos de

_._apanhal-os de qualquer forma! — ...adianta! Não temos um apparelha- ...Eu só uso escova de dente! — QueroVá Dippy, desejo sinceramente que você mento direito! O que? Eu não sei me»- saber como d que os detectives trabalham!vença aquelles camaradas! Não..- mo o que é um pente p'ra dente!-... Será que esses camaradas....

¦mÀ' $

---.precisam de um auxiliar??? Como1.podemos s.her? Encha esta propôs-1.*»•..-' — E Mickej- escreveu.,.. "*"'

i

\... .Idade? Alguma pratica?Quanto querei'Deseja trabalhar muito? Casado? Podj?'jjayar? Pode tomai-o?? VoçÇ serve...,

.—*—*. T~ 'W'.'» -Vs/y?^ ÍSÍ (±fJ^

...pode começar já! — parabéns, meu',rapa_zj Espero que você vá bem.

. v , ,(Continua no próximo numero)

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ANNO III

Órgão dos leitorei<TO TICO-TICO MEU JORNAL n N. 7

creança diz nojornal o que quer

DIRECTOR: — Chiquinho ¦«*> Collaboradores: — Todos que quizerem

O PEQUEN OAMBICIOSO

Tarde de outomno

Jumndyr tinha Ido brin-car num jardim publico,com outros meninos.

Quando voltou paracasa, a mãe perguntou-lha:

Então, meu filhinho,brincaste muito ?

Brinquei, mamãe,com todos os meninos. Pri-meiro. joguei bola com oBelém. Gostei tanto dabola do Belém !

Vocô vae ma compraruma bola, mamãe T E semesperar pela resposta, Ju-raudyr continuou :

Brinquei, depois como tambor do Adamastor.Rufei, rufei, tanto tambor!Compre-ma um tambor,sim, mamãe ? Depois dotambor, toquei cometa.

. Que bonita cometa é ado Plpico ! Se vocô mecomprasse uma cometa. ..

Ah ! brinquei, tambem,com o polychinello da Gri-maneza !...

E' tão engraçado.Compre-me um polychl-

aello sim, mamãe ?Que mais queres que

ta compre, meu filho ?Quero um arco, como

o do "Massorte" e um velo-eipede, como o Co Nelson.

Mas a tua mamãe nãotem dinheiro para isso tu-do, Jurandyr. Pedes logoao mesmo tempo ! — En-tão, fica para quando vocôtiver dinheiro. Compre-meesses -brinquedos todos,sim ?

E o pequeno ambiciosoteve que se contentar coma promessa da mamãe, decomprar-lhe uma bola, uratambor, uma cometa, umpolychinello, um arco eum velocípede... Quandotivesse dinheiro !

Adhenor Leite Teixeira

0 MENINO BOMAroldo gosta multo de sol-

tar pipa. E uma vez Aroldopediu a sua mãe ae deixavacomprar uma pipa. Sua mãedisso çrue havia muito sol.Haroldo de tarde pediu outra

vez. A sua mãe deu-lhe dl-nheiro para sattefazer seudesejo. 'Alair

Antunes

O sol descia por detraz dosagudos ciprestes cuja silhuetanegra e esbelta assemelha-vam-se a columnas afiliadas.

Brisa suave envergava es-tas delicadamente; nuvensviolaceas e carmineas se os-tiram alongadamcnte como fi-tas de gaze. Os pássarosgorgeiam insistentes massaudosamente, despedindo-sedo sol que desapparece lá mui-to longe por detraz dos mon-tes azulados.

Um pastor leva sen mimo-so rebanho para o abrigo. Oscoelhos e lebres correm peloscampos e as perdizes saúdamo sol agonizante. Os lobos,«algum bosque próximo, sa-hem das tocas uivando aguda-mente.

O sol já desappareceu e só-mente sua luz nacarada tingeos cumes dos montes e frondesdos pinheiros.

Algumas estrellas do ladodo nascente brilham offusca-damente pelo crepúsculo. Alua vem subindo meio escondi-da pelos pinheiros semelhantesa arvores de metal. As coru-jas piam balançando-se noscipós pendentes quaes cordasdo velame dos navio*.

Raposas entram nas tocas;sapos coacham noa pântanoslodentos, e os grillos cricrilamtimidamente nas gretag mus-gosas das pedras. A lua irra-diando luz claríssima como fiosde prata sobre as superfícieslíquidas, dava-lhes inteiro tommetallico.

As estrellas, outros olhos docéo de varias graduações ecujo numero vae por muitosmilhões lá do alto espreitam ecomo que ouvem as vozes danatureza terrena, e piscammedrosamente.

A noite já vae alta e as co-rujas piam agudamente nosgalhos das arvores ao des-apparecer da bella Venus ori-ental...

Warney José de Fontenell*(12 annos)

"THEATRINHOCREANÇAS"

DE

SCENA RIO : Uma sala debrinquedos.

PERSONAGENS : Paulo (6anuos) Margarida (5turnos).

ACTO I

Paulo : (entrando) Oh ! . . .Quanto brinquaá'0. (abaixa-see pega um Arlequim. O Arle-quim grita).

Paulo: (assustado) Al...Que susto passou-me este bo-necoü ! (joga-o no chão e sanecorrendo a gritar: Margarida.Margarida ! ?...)

Margarida: (entrando)Que foi... (repara nos brin-quedos) Ah ! que lindo Ar-leq.ui.rn... (abaixa se e quan-do o pegava o Alerquim soltaum grito agudo).

Margarida : ( assustada )Ai, ai que boneco malcreado !

Paulo : (rindo) Ah ! Ah !Ali ! A mesma coisa aconte-ceu commigo. Tomei-o por ai-gum "bruxo" tía historia quemamãe coutou hontem.

Margarida (ainda assusta-da) Eu não mais quero saberdelle. (Olha em torno) Quelinda boneca dentro de umcarrinho de puxar (sane cor-rendo).

Cahe o [>; nno

ACTO II

(Paulo correndo em um ve-locipede acha um grandecubo) Margarida, achei umcubo !

Margarida : (larga a boné-ca e corre) Ah ! que belle-zinha devem ser soldadinhos...

Paulo : (sacolejando ocubo) Devem ser as balas doPapae NoeL

Margarida: (curiosa) E'verdade, vamos abril-o T

Paulo : (alegre) Sim (pro-cura a tampa) Margarida ellenão tem tampa!!!

Margarida: (tomando ocubo) Espere. Não vês «astesignalzinho ? Parece ser o dachave.

(Margarida aperta o signal-zinho a tampa abre-se de re-pente e de dentro salta umboneco que começa a fazercaretas maliciosas).

Paulo e Margarida (cahemno chão gritando) Mamãe !Mamãe ! ?

PANIÍO

Waruey José do Fontenollo(12 annos)

"TESTEMUNHAMUDA"

Um mercador chamadoSetoo foi queixar-se a Za-dig, dizendo que havia em-prestado uma grandaquantia a um amigo empresença de dua3 testemu-nhas, mas, tendo morridoestas ultimas, o outro nãosó se negava a devolver odinheiro, como tambemaffirmava que Setoc nuncalhe tinha emprestado nada.

Em que lugar empraa-taste o dinheiro ? —- per-guntou Zadig.

Ao pé da montanha,junto de uma pedra queha ali.

Uma vez diante do juiz,Zadig disse :

Este homem recebeudinheiro emprestado de Se-toe, agora não quer devol-vel-o, alegando não ter re-oebido nada.

Existe alguma teste-munha — inquiriu ojuiz.

Havia duas, mas fal-leceram. No entretanto, odinheiro foi contado sobreuma pedra. Si a mandaresbuscar, ella poderá servirda testemunha.

Está bem — respon-deu o juiz, sorrindo aute aidéa daquella testemunha,niuxra e cega.

Transcorreram variashoras e como os mensagei-ros que foram buscar a pe-dra ainda não tinham re-gressado, o juiz dis3e &Setoc.

A pedra ainda nãochegou ?

O homem que tinha re-cabido o dinheiro de Setoc,soltou uma gargalhada edisse :

Nem chegará, emboraesperemos até amanhã

A montanha fica situadamuito longe e a pedra ébastante pesada.

—i Ah ! Ah ! — excla-mou Setoc drigindo-se aojuiz.

Eu não disse que apedra seria optima teste-munha ?

Já que esto homem sabeonde está, embora nós nãotenhamos falado sobre olocal da pedra, demonstraque o dinheiro emprestadofoi contado sobre ella.

David Berlim

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SUPPLEMENTO DO "MEU JORNAL"

H____^^^^T 1 l__.___ff.g_f--nê-lM^3 n^s=?_-___fill 1 Inftr-ÍSffii-m^ _f"**R35xM>Xp*gfg I \Z.\^\\\Y^mS*Jsp^^^^^ÍMiiiifõ^i^J^^^â\\ ~*f\_ _» ytNiy^-TKy r»_v_»'^

GAVET.NH/VSAB

__E _ll__l___pI MODA _ HORDA- ij| DO é o melhor fi- !;I gurino que se ven- !;I de no Brasil.

Archimedes foi odescobridor das leis dahydrostatiea, que seestudam na Physica.

9Daltonismo é uma cs4

pecie de cegueira. Odaltonico não distinsçuco vermelha do verdeE' erro pensar que tro-ca essas cores, pois emrealidade não as dis-tingue.

•Na ilha de Ceylão

existe um authentieodente de Bu-dha — se-gundo affirmam os in-dianos.

ÔNa cidade de Burgos,

hoje capital do gover-

MEU LIVRO DE jII I S T O R I A S |

presente de va-lor para as crean-

| ças. A* venda.

no revolucionário hes-panhol, existe, em umaigreja construída em1280, a collecção de ta-petes mais preciosa domundo.

-Os antigos romanos

não se barbeavam. Oprimeiro homem que ofez foi Ticinio Menar,em 45..

Melhor do que acer-tar pouco a pouco, éerrar de uma vez —José Bergamin.

0A curiosidade é um

impulso humano quevae do grosseiro aosublime: por ella, umespia nas fechaduras ooutro pôde descobrirmundos. — Eça deQueiroz,

Amizade que não con-vém deve-se descozer, enão apenas romper,

' • '

A bússola foi desço-

berta pelos árabes noanno 1.100.

•Mais vale prevenir

do que ter que reme-diar — Provérbio an-tigo.

9A forma de governo

adoptada no Brasil é ada Republica Federa-tiva. e

Virgilio, o principedos poetas latinos, erafilho de um hoteleiro.

0Existem, no Brasil,

cerca de 700 biblio-thecas e 404 museus.

•Um homem que não

têm pensamentos pro-prios é um homem quenão tem pensamentonenhum — Oscar Wil-de.

OO quilate, unidade

do peso que serve paraestimar o valor do dia-mante, tem cerca de20 grammas.

0O ar foi liqüefeito

pela primeira vez porCailletet.

0A fadiga, segundo

Lagrange, é a diminui-Cão do poder íunecio-nal dos órgãos, provo-cada por um excessode trabalho.

•No Brasil ha nove

minas de carvão emplena exploração.

©O motor a gaz foi

inventado em 1S58 porLenoir.

J. J. Rousseau, o ce-lebre escriptor, era íi-lho de um relojoçiro.

U coqueiro e arvoreque pód'e attingir a ai-tura de 25 metros.

0Garibaldi foi o he-

róe da unificação daItália.

0A ilha dos Estados,

no extremo sul daAmerica, é pertencenteá Argentina.

OExistem no Brasil

1.014 cidades.0

A mina de MorroVelho, cm Minas Ge-raes, é a mais profun-do mundo : tem maisda 3.000 metros deprofundidade,

©A alegria, a tempe-

rança e o repouso evi-tam os remédios emcasa.

0Santo Athanazio

nasceu em Alexandriano anno 29 G e morreuem 373.

0Cada onça eqüivale

no systema de pesos emetfidas inglez, 2Sgrammas.

0Devemos sei* prom-

ptos e rápidos, e fer-teia em expedientespara não nos encon-trarmos em apertos.

0Um dos piratas mais

famosos foi EduardoTcach, que era eonhe-cido como "Barba Ne-gra".

ODurante o anno de

1035, as minas de allu-minio iã'c todo o mun-do produziram 170mil toneladas dessemetal.

0Os japonezes tradi-

cionulii-tas usam mas-

caras em todas as tes-tividades a que vão.

0Sócrates, philosoplio,

mestre de Platão, erafilho de um esculptor.

0Antes de ser o ceie-

bre general que a his-toria glorifica, Viria-to, o lusitano, foi pás-tor.

0Newton estabeleceu

as leis da gravitaçãoem 1682.

0Moliére, celebre poe-

ta francez, inimitávelnas suas comédias, foialfaiate.

0O vicio da bebida

conduz a todos os ou-t _o vícios.

®A primavera para

os brasileiros, começaem 21 de setembro.

01As notas musicaes

foram creadas por Gui-do de Arezzo, no anno1010 da era christã.

0O Cruzeiro do Sul é

uma constellação de 4estiiíllas.

©O romancista inglez

sir Walter Scott nas-ceu em Edimburgo em1771.

©O telegrapho ele-

ctrico data de 1844.©

Oscar Wilde morreuem novembro -ue 190 0.

OHa mais de 500 es-

pecies de aves da tribudos papagaios.

0Os olhos das formi-

gas tem 120 0 facetaspor onde recebem aluz.

OTambém no anno de

Aimanacíi (TO Ti.o-Tí.o para 1937A MARAVILHA DAS MARAVILHAS. — A-VfiND*

A's quintas-feirascircula

o malho:

1866 Cooper e Mi-chant inventaram o ve.locipede.

0O pirarucu, peixe do

rio amazonas, alcançaaté 2 metros de com-primento.

0O Brasil é o 4° paia

do mundo em produc-ção de laranjas.

0E' prohibldo, desde

1S64, o uso da cruzvermelha sobre fundobranco como emble-ma de producto indus-trial ou commercial.

0O autor do Hymno

Nacional brasileiro é

QUADRILHANEGRA

QUE SERÁ?

Francisco Manoel daSilva.

©Funcionam em todo

o território brasileiro200.000 apparelhostelephonicos-.

9Os rios brasileiros

offerecem 3G.570 ki-lometros de curso fran-camente navegável.

0Charles Lindbergh,

que atravessou oAtlântico em avião, so-sinho, foi o compa-cheiro do sábio Carrelna descoberta do cora-ção artificial.

0O melhor modo do

não apprender nada, eestudai* varias coisasao mesmo tempo. —-Oéofge' San*f.

0Lêr sem meditay é

comer sem mastigar.— rroverbio antigo.

CO maior diamante

conhecido ó o do rajrüide Burnes, que pesa300 quilates.

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17 — Fevereiro — 1937 13 — 0 TICO-TICO

Vs

\- lAfb- .'.), r'E> fó.TiTfcr K'-nji Féãiurgs SynTícste. Tnc! pjti -....a yu nw» '..¦£—?> <v'''- >i.

Na Esthonia, quando a noiva fôr escolhida,não deve usar collares nem deve haver sinosno seu casamento, deve antes ser conduzidaao altar em perfeito silencio. Assim terá cre-ancas quietas. Precauções sao tambem toma-,das para afugentarem os espíritos maus quea podem prejudicar.

Entre os brahmanes de Bengala orientala mãe da noiva amarra as mãos e os pés tiojoven para symbolisar as algemas que elle seimpoz a si próprio, e deve mostrar a sua obe-diencia ballindo como um carneiro.

\ .

f\j%/t_l^ â

No Paiz de Gales dizem que a noiva devecomprar qualquer coisa logo que ella casar, eantes que o marido o faça. "Assim ella ficarápatroa para a vida" dizem os velhos e velhastias aldeias.

Em certas zonas ruraes de Durhan, Ingla-terra, o par que casa é escoltado até á egrejapor homens armados de revólveres, que deveradar tiros bem perto dos ouvidos de ambos —restos da crença de que os maus espíritos de-vem ser afugentados.

(Continua no próximo numero)

Tenho agora uma visinha,Senhora fina, educada,P>oa prosa, muito emboraSeja um pouco... exagerada.

Ella, seguindo o dictado,Suas historias augmentaE, a qualquer conto que contaUm ponto sempre acerescenta,

Possue cila um papagaio,Animal intelligente,-Que, parece, raciocina,Conversando como gente.

Extranhas cousas, de certo,Aquelle bich-l faziaSi nós fossemos dar crédito.Ao que a dona nos dizia:— Meu papagaio é um portento;Diz ella, sempre, ás visitas;

Papagaio liiillíitiir(Monólogo)

Eica em casa e, quando eu chego,Conta cousas inauditas.

O que as empregadas fazemElle me diz, direitinho;Nada esquece, conta tudo.Que intelligente bichinho 1...

No outro dia elle me disse:(Tnútando a voz guttural do papagaio)— Quer saber, Dona Luzia ?A Joanna fez chocolateTara tomar com a Maria I...

Sei Manoel, o jardineiro,Não é dos tolos, nem nada;

Conversou a noite inteira,No portão, com a namorada...

(Falando naturalmente):

Dizendo isto, muito serioCom elle nunca cu me iiludo,Pois meu "papagaio louro"Do que vê me conta tudo.

Curioso por ver tal cousaEr* assim, num bello dia,Fui á casa visinhaSenhora Dona Luzia.

ido Ia. que desgosto t...Quasi que desmaio até...O bicho dizia apenas:(Imitando a voz do papagaio):- " Meu louro, dá cá o pé 1..."

Eustorgio Wandkrley

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O TICO-TICO — 14 — 17 — *Yv«»rciro — 1937

AS MÁGICAS DO ZÉ MACACO - (Desenho de A. Storni)

OS Mt-USjm^'?OFUNCtt>±tTSTVDaSl \a SCIEHCIAj*\MODERNA NAS SUAS HOTA- . t/P~~\ E VHGIUO etAtr^^\ASMiriMh vigiuas f^^eis p£squizas.aicam{c^\ . \ Ç- \s~*9"s

e°sso-'

??^5 b ^e i ^C**™'77'*** if"N~ $7ív'í/A' pkocrhso ,/orAvn'\y\Aa \^S$^ty ~)

EU E MEU COLLEGA SOMOS LENTES *" qwÀ^^/Jí^, %mT\s ^t\\, /^DAFACULDADC SCIEHTIFICA DE "PENDE f/^ MEUS .^^^V^^JT\ V^B^

Hs cores da Bandeira nacionalA PAZ PELA ESCOLAC Canto da Bôa Vontade )

Offerecido ao Gxmo. Snr. yfçjustm p. 'Justo

presidente da Tração argentina

O dia festivoDa bôa VontadeE' bem expressivoPara a mocidade!

Pensemos sa vida,Na calma e na paz;N&o demos quaridaA* guerra yoraz!

Pois só á realezaA guerra aproveita:.,Da dôr, ca pobreza.Sorri satisfeita 1

Lançando & orphandadeAs pobres creanças,Por mera vaidadePromove matanças!

Da Bôa VontadeSaudemos o Dia!Do campo á cidadeSó reine a alegria!

Unindo as creançasDe todos paizes,Penhor, esperançasDe dias felizes,

Do Sul e do Norte,Ao darmos as mãos,Na vida e na morteSejamos irmãos!

João ãe Camargo

As cores da Bandeira Nacional, cri-ada a 18 de Setembro de 1822, pordecreto assignado por D. Pedro I ereferendado por José Bonifácio re-presentam as cores de fundo dos

brasões das casas então reinantes noBrasil: a verde, a côr da casa de Bra-gança, na pessoa de D. Pedro; a ama-rella, a da casa Lorena, na pessoa desua esposa, dona Leopoldina. A tra-dição, porém, quer explicar essas cô-res como símbolos das nossas rique-zas vegetaes e mineraes. O ^decretode 19 de Novembro de 1889, assignadopelo Marechal Deodoro, modificou ocentro da bandeira, substituindo oescudo imperial por esphera azul{simbolizando, segundo uns, o nossocéu; segundo Teixeira Mendes — afraternidade) com a legenda "Ordeme Progresso" separando 21 estrellasdispostas em sua collocação astrono-*tnlca, e que representam os 20 Esta-*dos e Ir Districto Federal.

Ernani FornaA'

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17 — Fevereiro —- 1937 15--. O TICO-TICO

DESENHOS,—f -____-/—^.___^

i fL^^^_st™_^P""^* PI

QUE A GENTE FAZ

Casa- desenho de Jorge Miguel VieirosFerreira (10 annos).

y .8 —- desenho cie Geraldo Severo(8 annos).

^yy^^^y^^^c^'^^-

vUtn Nenê. desenho de Nilza doa San-tos Xetfcr (9 annos).

As caraur.lla. idéa de Zairo Cardoso(9 annos).

fm\Soldadinho, desenhoçlc Wanda Lemos

(9 annos).

Moça, desenho dePhrysia U. Glattdc

(9 annos).

Auiomobilista, desenho de,Eitel Rittmcyer (10 annos).

Casa, descnlio de Ajax MachadoilO annos).

\ rZ /^s~_"*t y?y

A gallinha. desenho de Carlos Ferreira(12 annos).

í „ **i tí <^_K. i\Zr^^ \

^y^í^L-/»\ _® B_\í_ír _/ Iví_V_Kí ____¦ _r^\ ^^

.^i^ w)

Avião, desenho de EitelRittmeycr (10 annos)

yJM.

Navio, desenho de Nilcéados Santos -_...cr (8 an-

nos).

è-V. _ã^^mmMmm^ ~^_ *^ ¦ VI «f TiHjfii ra \_

ti avio, desenho de EpifacioMotta (10 annos).

tfiickey, desenho dc MurilloF. Cruz (12 annos)

Pcralta. desenho de PautoBocco (9 annos).

Navio, desenho de Salomãohicovick (7 annos).

Nesta pagina são convidados a collaborar todos os pequenos desenhistas do Brasil, isto é, todosos leitores d'0 TICO-TICO. Os originaes, desenhados em papel branco, sem pauta, com tinta chinezaNankim^devem ser enviados a redacção desta revista.

A MENTIRA É UM HABITO AVILTANTE

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O TICO-TICO ¦ — 16 r-i 17 — Fevereiro — 1987

TATÁ, TETÉ, TITI, TOTÓ E SEU JUMENTO

Os desenhos acima devem ser colla-dos sobre cartolina, recortados, dobrados earticulados conforme a.» indicações*.

O mais bello livro para a infância — ALMANACH D'0 TICO-TICO para 1937, á venda

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TTM CACAnOR 'TREMEN i»

Dom José de Toledo Rascatripa, julgava-te o caçadortnais valente da localidade onde vi-era morar, depois que chegara do estrangeiro.

Po* qualquer motivo atirava contra umpassarinho com uma espingarda de matar cie-ph-Lote*. Deixava o pobre pássaro em pó.

Qualquer bicho servia para vasào ao seaInstincto de caçador selvagem Atirava contragatos, cachorros e outros animaes

'at'" "uiiiiii .»ii l ¦_-»»»»»»»»»?¦ a»a|jaa»Ta*~»l*a-i i. ';--." iim»-,...-_-»..-J..ii»laa i'^.-.—-._ „v ——^

Um dia matou o gato de estimação docompadre Batata, este jurou que ae vingaria.

Arranjou ura» pelle de onça, e enchendo- de palha a collocou em determinado logar.

Assim em pé, a onça parecia verdadeira, e•rorreu a chamar o terrível Dom José de ToledoRasca tripa.

"Mira Usted": disse-lhe o compadre Bata.ta, uma onça está lá no matto para V. S. ma-tar I I I

Rascatripa á noticia de que'havia uma on-ça, perdeu 75% da aua decantada coragem,mas como nâo queria fazer feio ' '

,._>__ assim que avistou a terrível fera, atiroutoda a carga da espingarda a que.ma-roup.i-Mas a onça _____

ai-»

-_3_c_aj^

'*4**S"i*-<S___ ***" -w

. ficou impassível olhando para elle. DomJosé começou a sentir-se mal. Ê vendo aue a.'ei- . , ,

».¦¦¦*-.-*-•-:-

. . , resistia a todos os tiros, o caçador-.pos-suido de um medo terrível, desando-- a fugire a correr „„-

. . . como um Icuco. Dizem os moradores dologar, que o Dom José Rascatripa está correndoaté hoje.

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O TICO-TICO — 18

AVENTURAS DE TINOCO, O CAÇA(DESENHO DE THÉO)

17 _ Fevereiro — 1937

>E FERAS

Uma oceasião, disse Tinoco, aconte- acampamento quando me surgiu pela Galguei uni poste telegraphico, masceu-me uma cousa extraordinária. frente um grande urso! o bicho ficou montando guarda.

Ia passeando pelas redondezas do

Lembrando-me de uma lente quetinha no bolso, consegui com os Taiossolares queimar as costas do animal,

que fugiu rugindo de dôr. Só assimpude descer da minha prisão for-cada!

^/^/^/^^^»l^•^J«>•^•^rfN<'N*^J•¦*^¦*¦'^^'^«'N•\í'^•v%^^/\^•

Mister Brown mais uma vez tirou ochapéo ao engenho do Tinoco.

— Eram 9 horas de um lindo dia.A fada Primavera, durante a noite,

(enfeitara de tal modo a terra, queo astro-rei admirado, dava a ultimade mão, dourando de leve todos osrecantos do bosque.

Aqui e ali florinhas de todas ascores e feitk»: amarellas; côr derosa, azues. Vermelhas, não pare-tíam todavia muito insignificantesao lado d&s seculares arvores desoberba ramagem.

A boa fada de nada sé isque-*terá, e os pássaros, agradecidos,entoavam encantadora, mas estra-

jnha melodia.Até o meigo riacho os acompa-

johava no canto. Mais do que nun-jca, O bosque encantava os olhares.Dc quem? Como para resposta pas-Vos leves ouvem-se distinetamente

' <** w ¦ê, os pequenitos gênios ido bosquepõem suas eabecinhas à mostra, emilhares de gorrinhos de todas asCôrcs irrompem cie vários logares.iP* uma_ gentil creança dej_ annos.

0 que aconteceu iiuhlli

dejindos cachinhos dourados e d/:meigo rostinho branco,

'«•-: Shirley Temple ?— Mas quê horror, meu menino,

eu bem digo que não ha cousa

peor para virar a cabeça de vocêsque o cinema...

E a vovó continua?tam, Era uma gentil creança que

tolhia varias florzinhas, contente, asorrir, Os gênios, animados, corriampara J ella, *

quê não sente medo»Jgm %^ - *S> J ¦ y

'* ¦

nenhum, e sorria apenas para êlles,encantada com os gorrinhos multi-cores que são bem bonitos na ver-'dadéí

j/De súbito ouvem-sê passos

'de ca*vallo. Os gênios, assustados, deixa-ram só a gentil creança e metteram-

¦o* *¦¦&. ,.se com pressa nas suas tocas* A

" roenin*vpqrem,_^sorri! ainda julgan-

do que é uma nova brincadeira,Mas eis quê um guapo rapaz en-tra em scena. De rosto agradável,vem elle montado em um bello ca-vallo alazão, que a galope, arrastaem desabalada carreira minúsculasplantinhas...

k- Era Buck Jones 1—- Mas, meu neto — diz furto-

sa a vovó *¦ qual Buck Jones, qualnada. Decididamente não se podecontar historias ás creanças dehoje, pois ellas vêem logo nos seuspersonagens artistas de cinema. +,-.

E vovó, furiosa, jura não contar,ima— a linda historia que, de certo,os meus leitores querem saber o faü»\ _ Mas quê querem ? Vovó ê bir-<ítnta^fodavia. tarvez da outra ve*iHa consig* icontar outra historia.,

mas inteira*PacienciafSi Peçam a Deus quê.

o neto éndiabrado não mais a in-terrompa. ^j^E esperemos nova Íris-*toria...

<Paulistinha Trist*

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17 — Fevereiro — 1937 10 O TICO-TICO

**a**s*********S**Sa***t****ja****M****t******a^^ k»*ia**ta*****a*,<^*-**taa^***^*-**aar*as*V^a^ ]

OS SONS PO RADIO

V \r^-\_!_í **i i Á \~ (I ressaca nos nossos ouvidos. |\ \_ l\fl T~~T Para imitar o ferver do ;\ __. ___ _$ W lm liquido, basta ferver certa li

i n____r_^ lÍ lll substancia oleosa numa pa-

l' fl fll. | Também se pode imitar ;ios ruídos que fazem os ma- \'<cacos na matta, com garra- ];fas e rolhas molhadas. |j

Os sons que iodos ouvem peloradio são muito diversos daquüloque na realidade são. As grandesestações de radio têm vários em-pregados para fazer ou acertar ossons que são recebidos. O micro-phone, o ether e o apparelho rece-ptor perturbam de vários modos ossons.

Fazer um cruzeiro pelas ilhas daGrécia é uma maravilha,

Certa vez um viajante meu ami-

go levou um grupo de suas relações

ãs ilhas da Grécia. Partimos de Pa-

lermo e depois de tocarmos em va~

rios portos sicilianos, dirigimo-nos

para Corfú, uma das ilhas mais bel*Ias do mundo. Em Corfú está si-

tuado o palácio de Achilleion, de

propriedade do ex-kaiser, assim

como o museu famoso de antigui-

idades.

Depois de Corfú visita-se Kata-

Jtolo e vae-se de trem para conhecerOs famosos templos e os museuscom as obras soberbas de Hermes'de Praxiteles. Em seguida chega-seá Sparta, onde ha uma infinidade de

obras d'arte para serem admiradas..

Logo após Thera e Phira, a ei-

dade situada no cimo de um vulcão,

jb no dia seguinte vae-se também a

Candia, o porto da ilha de Creta, o

maior è o mais interessante dos por-

Um bule de café fervendo deantedo microphor.e, parece o rugido da

mW^mWmWF9KWSÍ^____7^_. íHj_Efl.^> *

__

H ~j|--~t___!TÜ_!_?_--_. *

\rr __H____ ~IH;t

AS ILHASDA GRÉCIA

tos das ilhas Jonicas. Ahi pode-seadmirar o famoso templo de Minos

, e Knossos.Rhodes é outro local digno de

uma demorada visita.Andros e Delos são as duas ilhas

que conduzem aos Pyrineus, o portodc Athenas. Delos é deveras interes-sante pelas ruinas do formoso tem-pio de Apollo. O monte Cntuso-*offerece uma vista soberba dasilhas.

Myconos é, talvez, a mais caracte-

ristica das ilhas gregas, por sua pai-zagem.

Athenas tem, entre outros monu-*mentos celebres, a Acropole, oTheatro de Dyonisios ou stadium,

que deliciam os turistas.Nauplia é outro recanto da Grécia

cheio de bellezas: o templo de Myi

cenas e a aldeia de Tyrus e Epi-

daurus são antigas regiões de clima

saluberrimo.

Itea é o ultimo porto das ilhas é

ali se pode visitar o famoso templo

de Delphos, onde ha séculos os pe-i

regr-os iam em massa consultar o

ceL-.c Oráculo.

Temple Manning

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O TICO-TICO — 20 — 17 — Fevereiro — lí;;i7

•^*^|*Nl•,V^¦ll*¦v*V\/^•*•V*VVV*'^»*•^^

WT ^^^ CART0E5 fl^^^^Sj

T\^"^^\ ANIMADOS JÁ

Os cartões animados, origem do cinema, datam do anno de 1816. O — thaumatropo — um brinquedoóptico inventado em 1826, pode ser chamado o primeiro cartão animado. Era um pedaço de papelão comdois buracos, de modo a se adaptarem. Passava-se uma corda através desses buracos e se amarravam oscartões segurando-se as extremidades que não estavam presas entre o pollegar e o indicador. Podia-se assimmover ê fazer girar os cartões rapidamente. Cada lado do cartão tinha uma figura e, com o movimento velozdos cartões, ellas pareciam uma figura completa.

maiserrai

Era a primeira vez que elle Iavestir uma phantasia tão bonita.De seda, Verde e preto. Fôra ummenino rico que o chamara e per-guntara:

Você quer esta phantasia doanno passado?

Se você m'a der, eu quero!E quiz mesmo vestindo-a logo,

naquelle dia de Carnaval. Que ale-gria estonteante o pobrezinho ex-perimentou quando vestiu aqueliepierrot! Cantou, dansou com a ca-rinha cheia de tinta, diante daavó, uma velhinha cega, que pe-dia esmola e que, dssde moça, nãovia a luz dourada do sol, e o pa-lor carinhoso das estrellas. Rindofeliz o pierrot sahiu á rua, andoubrincou, incorporou-se aos bandosde mascarados. Viu toda a cidadeem festa.

Tarde da noite, o pierrot sentou-ae á porta de um grande edifício-adormeceu. E mil sonhos de car-naval fizeram bailados encanta-dores na imaginação do pobremascarado. Sonhos de luz, sonhosde musica, de perfumes... Mas osonho mais bonito do pierrot ver-de e preto fôra aquelle em que aavózinha lhe appareceu, de olhosabertos, a beijal-o com ternura, aacariciar-lhe os cabellos e a se-gredar-lhe, num transporte deventura, que ella via, via tudo, nãoera mais cega porque Deus fizera omilagre do lhe restltuir a vistapara melhor poder apreciar a íe-ücidade do netinho que vestia pe-Ia primeira vez um pierrot de seda.

Carlos Manhd.es

GENEROSIDADEEra uma noite negra de tem-

poral.O rebocador Guarani/, com cinco-

enta homens de tripulação, entre os

quaes dezeseis Guardas-Marinha,sacudido, impetuosamente pelas on-

das revoltas, cumpria unia missãoda esquadra.

O sino de bordo acabava de dartres horas da manhã. A tripulaçãodormia, exhausta das fainas do dia.

Repentinamente um choque vio-

lento desperta a todos. O navio abai-

roado em pleno convez, submergia

em poucos segundos. Todo aquelle

punhado de homens foi atirado ao

sabor das vagas que rolavam com

fragor, desfeitas em espumaradabranca.

O tempo não podia ser peor. Anoite negra. E sentiam-se em der-redor os tubarões vorazes. Não ob'->

stante, a disciplina, cm presença da

morte, foi perfeita.\Nenhum acto de desespero. Dos

50 tripulantes mais de 25 morreram,

e todos corajosamente, sem um ai,

como verdadeiros marinheiros.' Houve actos sublimes de despren-dimento, mas a todos ultrapassou o

de Alfredo Camarão, bravo Guarda-

Marinha.

Havia já uma hora quasi quelutavam, abandonados. Camarão,

munido de um salva-vidas vencia,

quando alguém, reconhecendo-o porentre as trevas pediu-lhe soccorro.

Camarão approximou-se e, arrancan-

do de si a boia que lhe garantia a

vida, passou-a, generosamente, ao

companheiro.

Mais adeante o acaso fel-o topar

com uma taboa. Uma vez ainda,

heróico, grandioso no seu despren-,

dimento, o bravo Guarda-Marinha

despojou-se do elemento de salva-,

ção para soecorrer outro compa-,

nheiro. E sozinho lutou até de mai

nhã, quando chegou o já inesperado

soccorro.VELHO LOBO

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17 _ Fevereiro — 1937 *- *.! 0 TICO-TICO 1

VIAJANDO PELO MUNDO

A Iikàm mysterioiaOs mysteríos e os encantos da

índia nunca deixaram de fascinaros homens. Este anno, dizem osjornaes, muitos turistas se dirigirãoá Bombay, Calcutá, Darjeeling cHimalaya, que irão hospedar tuiis-tas de todas as partes do mundo.Um cruzeiro annuncía que irá pas-sar um mez inteiro nas índias, dan-do tempo assim aos turistas deapreciarem tudo quanto é bello echeio de mvsterioneste; encantadopaiz.

Um interessantciitinerário conduzirapassageiros de Cal-cutá á Darjeeling ad'ahi para as esta-tções de Bengal,Far-se-á um lin-

do passeio pelodesfiladeirode Khyber, desfila-*deiro esse dos tenHpos históricos, da-itando d o famosataid feito por Al_-ixandre, o Grande,pelas índias, e m387 A. C. Este desfiladeiro e asvillas de Khyber datam do século12.°. E' incrível pensar que alguémpossa viver em tamanha solidão,Porém,, contrastando com Khyber,está ali a bella cidade de Darjec-ling, marginada pelo soberbo rio

Jhelum !

Darjeeling é fascinante. Do seuPosto de Observações pode-se avis-tar os nevados picos do Himalaya,paizagem lindíssima. Existe umavia férrea que segue um trajecto emdeclínio de 7.000 pés, verdadeiramaravilha da engenharia moderna.

Porém, mais bello e românticoainda é o valle de Kashimír, que ficatodo coberto de flores cm Maio.Este vale apresenta 84 milhas decomprimento e 20 de largura, re-

W'"^'':^';'ll9 _ .

¦ J

Valle de Kashimír

pleto de rara belleza. Embarcaçõesfluviaes passam pelas margens dorio Sind, fazendo paradas pelosportos de Kangan e Gund, famosos

pelas caravanas no caminho doAfghanistão. Ao norte de Sringai;temos o quarteirão europeu da ciidade com suas embarcações flu-iviaes que descansam sob fronda-das arvores ao longo de jardinsmagníficos. Nesta terra dos impera-»

dores Mogul, exis-te os dois mais fa-imosos jardins domundo, o Nishat eo Sha limar. O pri-rmeiro serviu de re-tiro para a lindaimperatriz Nur Ja-han e o segundopropriedade do reiMogul. No lago deManasabal tem umantigo jardim dor-mindo a sonhar oslindos sonhos d oseu passado de glo-rias, conservandoainda alguma belle-za, apesar de' sua

decadência. Este jardim foi de-cantado pelo poeta Thòmas Mooree era denominado Lalla Rukh.

E' deveras encantadora uma via- .gem ao valle de Kashimjr, a "Ve-

neza na Suissa", assim commum-mente chamado.

Depois deste lindo valle, o turis-ta visitará Agra, maravilhando-sedeante da gloria duradoura e bel-leza de "Taj Mahal", da "Mesquita

de Pérola", da "Torre de Jasmin",do "Throno do Terraço" e outrasmaravilhas mais desta bella histo-ria de amor cravada na pedra, es-culpida no mármore, um tributo

para uma imperatriz de um homem

que mais tarde veiu a ser um-im-

perador, o Shah Jahan. .Temple Manning

»5 ÇRBt,BMAs orçlhas constituem um

meio de ajudar a captura doscriminosos. Haja vista o queconseguiu observar um medico*notável dê' Nova York.

Este medico e profissional de £¦'dentificação bem como crimino*logista eminente, fez a compara-"

ção de mais de 3.000 orelhasdiversas, obtendo pho.tographiasdas mesmas.

Descobriu o professor queduas não eram semelhantes, Com.

a sua machina phòtographicâ"muito aperfeiçoada, elle conse-

gue fazer a photographia do ta-'manho exacto da orelha do indi-viduo. Estas photographias ainda-íinão têm a valor das impressões,digifaes, mas podem ajudar im-:menso a captura dos criminosos,

BANANASA banasii, saborosa .frueta que

dá em toda extensão do territórionacional, é rica de princípios ali-

menticios e, pode-se .dizer, queé a mais ^apreciada das fruetas

do paiz. Ha um sem-numero de

qualidades'ou espécies dessa fru-

cta, cada. qual mais saborosa,todas se rècommendando pela ri-

queza das. vitaminas de que são

portadoras". i

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O TICO-TICO

Um dos monarchas do reino dêAragão, chamado Affonso, achava-se em guerra com o poderoso reida Bohemia, Basser I. porque estehavia capturado seu filho, o Duquede Castellã, Dassur. por lhe haverroubado numerosos rebanhos decarneiros.

Numa manhã, os exércitos deBasser entraram em Saragossa, ca-pitai de Aragão, retirando-se emseguida, levando prisioneiro e car-regado de cadeias seu rei e5.000.000 de pesétas em ouro.

* * *

Seu mordomo, Olavo, era violi-nista e tocava tão bem que faziadormir os ouvintes. Um bello diaOlavo estava sentado em um dosbancos da sumptuosa quinta docastello, tocando uma linda musica,quando lhe appareceu um anão.

Trajava uma roupa côr de car-mim, os sapatos eram dois rubis:tinha o nariz demasiado grande evermelho e apoiava-se em uma va-rinha de marfim.

O anão, approximando-se, 'disse:

•— Eu sou o anão narigudo eyenho dar-te um conselho. Soubeque queres salvar teu rei e julgomuito fácil alcançar bom êxito.

r— Como ? "— perguntou Olavo,Como, se Basser é poderoso ?

Eu te explico ~— disse o anãoapoiando-se no bordão. Vae á Bohe-mia e offerece-te a tocar violino nocastello de Basser é com tres talis-mans que vou dar-te, farás prodi-gios.

E voltando para o bosque, disse:,Segue-me.

Olavo depoz seu violino no ban-co e seguiu o anão até á beira deum riacho onde o anão gritou :

Nayade !Ao mesmo tempo as aguas do

riacho se revoltearam, alvejou den-sa espuma e desta surgiu uma se-reia. Seu rosto tinha a côr do ala-bastro, os seus cabellos possuíam acôr, o brilho e a transparência daesmeralda. Ella abriu a bocea aperguntou :

¦-— Que deseja ?...Este é Olavo, disse o anão,

o mordomo do rei Affonso.;Então a sereia disse, apontando

íir.-.a concha dourada que balança-ya- ao sabor da correnteza do ria*<cho, estasiada nas alvas areias quebranquejava o leito do rio :

i — Aquella concha contém freipérolas, cilas são os talismans pro-mettidos.

22

OlavoDizendo isto desappareceu. Só-

mente o riacho murmurejava porentre as pedras graniticas: chiiu...

O anão cortou o silencio, dizendo:rr— Olavo, pega a concha.Abaixou-se Olavo é pegou a

concha, que era de ouro, contendotres pérolas côr de rosa.

'— Guarda a concha — disse oanão — e dê-me as pérolas.

Olavo entregou-as ao anão que,batendo com a varinha de marfim,deu-as a Olavo, dizendo :

w Agora vae á Bohemia, ao cas-tello de Basser e a qualquer diffi-culdade que encontrares quebrauma destas pérolas.

* * *

Era manhã... O sol, como umnovello de ouro, subia o céo. Omordomo Olavo atravessou a pa-lissada de pedras do castello ondesé estiravam as madresilvas carre-gadas de flores paUido-lactecentes.;

A viagem de Olavo ,durou tres

17 — Fevereiro — 1937

semanas. Numa bella manhã. £smargens do fosso que murmurejavaem torno do castello do rei Brás-ser L Olavo gritou aos archeirosquê guardavam o castello. escondi--dos nas barbacans :

w Abaixaè a ponte 1Elles, porém, riram cynicamenteaEntão Olavo lembrou-se das pe-

rolas e tomando uma, jogou contraa ponte. Ao mesmo tempo os ar*cheiros cahiram no fosso e a ponteabaixou-se. dando livre passagema Olavo«

Agora Olavo estava deante dêBasser e de sua numerosa corte :

•— Será possível—disse Basser—ique você me faça dormir ?

Sim '—: disse simplesmenteOlavo.

Oxalá. Queira Deus que as-isim aconteça. Caso não aconteça pque me acaba de dizer, ficarás sen-do meu escravo. E se acontecerdar-te-ei 60.000 marcos em ouro.,

Acceito sua proposta — con-cordou Olavo*

Hoje de noite venha fazer talprodígio •— disse o rei, descendo do.seu throno.!

O salão estava claríssimo. As baf-larinas dansavam sob o som de umviolino, cujos sons eram semelhantesao canto das nayades. Quando amusica terminou, milhares de pai-mas e vivas partiram da platéa e orei levantou-se, mas um estalo seccocortou tudo: as dansarinas, o rei eos espectadores haviam se trans-formado em estatuas humanas, es-tavam dormindo*

Olavo, pegando o cofre que con-tinha os 60.000 marcos prometti-dos correu para uma prisão ondese achava o rei de Aragão e pe-gando uma das pérolas, jogou-asobre Affonso, que se transformouem uma simples e pequena esta-tuéta, E botando a estatueta nobolso, correu para fora do castelloatravessou a ponte levadiça e mon-tando em um cavallo, rumou a Ara-gão S toda velocidade.

Chegando ao castello quebrou aultima pérola na estatueta e o reivoltou ao seu verdadeiro estado econtinuou a reinar em Aragão.Assim foi quê Olavo, o mordomode Affonso, salvou o seu rei, ga-nhando 60.000 marcos ouro e otitulo de Duque das Tres Pérolas,

Warney José de Fontenelle(12 annos)

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17 — Fevereiro — ií»37 23 — O TICO-TICO

As proezas de Gafo Felix{DtKnho de Pai Sultivan — Exclusividade d'0 TICO-TICO para o Brasil)

U i?^ W*^

fEy^ ^S*<~> \v -S^~-y* D '¦>'• K,nS ¦"«""« Sr ¦**«¦"« '« ¦ C»™< fctt»m »iM> »e««««Í

— Credo, todos elles querem umretrato de você para mascotte, Felix!— Deus do céo...

..isto me faz ter uma idéia. Vou . E o velho Fritz Snip terá que ar-

1realizal-a! tirarei um instantâneo de ranjar mais empregados para attend*mim mesmo!... remos...

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...pedidos! — Rapaz, você está mes- ...Snip! Veja só todos esses pedidosmo trazendo negócios para o photo- ' de seu retrato! — O que? Mais pedi-grapho.... dos?...Bi

... Devo arranjar mais empregados paraum serão! — Aquelle gato trouxe-metanta...

sorte que o pequeno Fritz vae ...Quando posso começar? Começo já aagora_aprender piano! -- Em que liçãoI — Emquanto o patrão está oecupa-piano: do na câmara...

...escura, vou phorographar aquelleidiota daqueile freguez que está es-perando!

Vou tirar.um esplendido instan- — Pum! — Vale um di- ,..a barba nesses 10 annos!tar.eo delle! Faça cara alegre, Henri» nheirão! Fiz tudo para elle<-1e! - fazer... {Contínua no próximo numero)'

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O TICO-TICO — 24 ~ 17 — Fevereiro 1937

Como filho adoptivo do Coronel Juca Peixoto, Floriano«rescla e se educava,, Aos dez annos

')& sabia tudo o que lheensinara o professor primário, E demonstrava tanto amoraos estudos que..«

„ .o seu tio e padrinho resolveu mudar-se para Maceió, com'a Idéa de dar melhor Instrucção ao pequeno. E internou-onum dos^-melhores collegios, da capital,' o "Collegio"'EspiritoSanto" dirigido pelo Padre Paiva.

Nesse collegio Floriano Peixoto foi um alumno exem-plar pelas ideas seguras, pelo comportamento, pela segurançanoa estados. Era um menino reservado, discreto, estudioso.Aos dezcsels annos concluía...

.. .o seu curso de preparatórios, e Jâ resolvera de accôrdo como padrinho, seguir.a carreira militar, o que desejava desde ainfância, como verdadeira vocação.

(Continua)

vu^ívvvvv_^JV"_^¦^J¦_-_-_^í•_"_^.n.--"-»^^J!¦-, v.vi.v.".vawu"^wj rj,.-.,'-™----J'J'J"J\rwj^s,JW'm'W 1

TEUS PAES E TEUS MESTRES Só TE DESEJAM O BEM.

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_^*-^ yfjfl I_lP_l__rd. ""* BA ¦" Maria, após mil peripécias, foi levada á presença do Rei Anão, ' Emquanto Uso ta passava, Spot e Miquímba andavam pela floresta

J> j quem supplicou mandar procurar Spot. O soberano impoz-lhe. po- procurando Maria, chamando-a em altas vozes. Onde estaria • capota d*s^ / rém, como condição para ser attendida, tornar-se rainha dos .anões, Spot — pensava Miquímba. Teria sido prisioneira de alguma tribu da faro-

' / I n, _ »_Vy\ «tposa delle. A (ovén reiusou tal honraria do horrível rei dos anõei. «et telvagen» daquelles torras extranhai |

Spot, correndo por valles e floresta», a procura da esposa, c&hira numa

armadilha feita para caçar féraa. Miquímba, embora conhecedor dos segre-

doa da caca nat telva» africana», náo pra vir» nu contratempo perigos» parao teo pátrio.

A surpresa de Spot foi tremenda quando, ao cahir no fundo do fosso, se Depois, escancarando as fauces enormes, urrou . valentemente e cami-viu frente a frente com um enorme leão. A fera, no primeiro momento, ficou nhou para junte de Spot O intrépido explorador da tarra entranhas, confia-indecisa com tão inesperada eppari. o. ou melhor tão boa prata para matar do na tua forca a na coragem a/a «unca o abandonava, dispoz-se a lutar cama fome. , . a fera. (Continua no próximo nume-o). c

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O TICO-TICO — 26 17 — Fevereiro — 19Í17

«t^^yVVVVVSii-V*i**-*V*W--^

Px A S S A O u e E I X E ?

^^^^_^^^^^^^^^S^^_____7^"

Antigamente, os livros eramraros e poucos sabiam ler. As

Jetras* dessa época eram fantas-rticas e o assumpto mais explora-do eram as viagens. Se um ho-mem dissesse que viajara os setemares e relatasse o encontro deum .."octopus" que poderia fazersossobjçar um navio ou uma ba-leia. "fque poderia quebrar umbrigue em dois pedaços, ninguém a sério.

<-^^_*«-*ta^^^^,VV*t_^(*>i«^,i>**,'>»**f'1^*

j;, JOHN B ULLPor que se pinta a Inglaterra

sob a figura de John Eull ? Foi jum medico escossez o autor daidéa.

Ha 200 annos mais ou menos.

John Arbuthnot, um escriptor emedico da Escossia, publicou 5pamphletos com o nome de "A

Historia de John Buli, em queidealisou o, typo de um inglezcom tanta fidelidade, que desde \então esse "heróe" ficou sym-bolisando a Inglaterra.I Aliás, não foi Arbuthnot quemfez o primeiro retrato fiel de

John Buli. Para se verificar aorigem desse typo tão conhecido,necessita-se remontar até a pu-blicação do semanário humoris-tico chamado Puncjt editado emLondres no anno de 1841«

^^y^VW_>-^VV*WW-^_fV^-^*-VVVVS^_-VS**->_**^^

o ,% acreditaria, absolutamente..Os viajantes que descreviamcousas reaes que haviam pre-senciado, não eram levados

Por isso, as histo-

rias imaginativas desse tempo contavamcasos de serpentes do mar, sereias; ho-mens que se abrigavam na sombra d?.seus pés; outros sem cabeça; carneirose gansos que subiam em arvores, masfoi ahi nessas fantásticas lendas daantigüidade que muitos escriptoresacharam assumpto para seus livros ese originaram as primeiras historiasverdadeiras de viagens maravi-lhosas.

O BARÃO DE MÜNCHAUSEN

O Barão de. Münchausen, tão

conhecido pelas aventuras reunidasnum livro que toda a infância co-nhece, existiu realmente ?

Houve, de verdade, um barão de

Münchausen que viveu, mentiu c

morreu na pequena aldeia de Bo-denwerder, no rio. Weser, no an-

tigo reinado de Hanover.12O barão de Münchausen, chefereal das cavallariças na Russia,

contista, caçador famoso, aventu-rciro e. soldado, nasceu em 11 dèMaio de 1720 e morreu em 22 deFevereiro de 1797, em casa de suafamilia, na cidade de Bodenwerder.:

Ha muitas controvérsias sobre didentidade do autor das "Viagens èsurprehendentes aventuras do Ba-rão de Münchausen", mas a opi»

nião mais acertada attribue essaobra a um allemão chamado P.aske.

Sabe-se, entretanto, que o barão

de Münchausen emquanto viveu foi

um prevaricador jovial e alegre,

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.|7 —¦ Fevereiro — 1937 -- 27 — O TICO-TICO

NO//OS / ._**C\Ty^W \

fLíffl fífflijConcurso/RESULTADO DO CONCURSO N. 1

|g|o r d _u_ c_ h Sv

Solução c.xacla do concurso

Solucionistas: — Nilton Ferreira dos San-tos, Fernando Yanti Gomes dos Santos,Maria José de A. Duque Estrada, LindaPrtuss, Almiria Nogueira, Amir Nogueira,Albano Salvador Corrêa, Therezinha de Je-sus, Léo R. Corrêa, Normandina Saldanha,Hélio Motta Haydt, Heloisa Motta Haydt,Natalicio P., Maria Célia Azevedo, Os-traído Lucas da Silva, Maria de LourdesBrusque. Marlene Pacheco d'Abreu, New-ton da Cunha e Silva, Marietta Dell'Arin-ga, Evandro Luiz de Abreu e Lima, Ma-ria José Diniz, Luiz .A. Boisson Santos,Mariza Boisson, Estelinha Dinora Boisson,

PÍLULAS

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(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-' PHYLINA)

• Empregadas com suecesso nas moléstias'cio estômago, figado ou intestinos. Essaspílulas, alem de tônicas, são indicadas nas'üyspepsias,

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Maria Consuelo Marques, Haroldo Mar-quc?, Alfredo Lomonaco, Dulce da Cunhae Silva, Alfredo Abreu Pores, Harry Da- .masceno Vieira, Regina Cereja Duarte,Dina Marly Costa, Léa Novaes, Hugo G.de Araujo, Eldio Bueno, Hugo Papf da'Fonseca, Mabel Medeiros, Norma Graziel-Ia, Judith Lessa Guimarães, Liíki LázaroHollandcr, Thereza Suzy Bettcga, José deAraujo M., Adyllio Luiz Monteiro deBarros, Paulo Duarte Monteiro, ClecyPorto Cardoso, N—lia Papf da Fonseca,Ayrton Rocha, Hildayres Paulo, ArlindoCordeiro, Gomes Walter de Freitas Silva,Judson de Freitas Silva, Hélio de Castro,Alberto de Castro, Juze Lins de Souza eSilva, Celso Antônio de Souza e Silva,Sylvia Maria, Laert Gama, Neuza Carva-lheira, Neuza Moreira, Ilka Mattos de

"COMO ESCOLHER UMABOA ESPOSA"

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Não ha.exagero em dizer-se que Re-nato Kehl, consagrado autor, entre ou-tros livros, de "Lições de Eugenia"e de "Sexo e Civilisação", escreveuuma obra preciosa ao alcance de todaa gente, ao qual deu o suggestivo titulode "Como escolher uma boa esposa".Nelle encontrarão os candidatos ao ca-samento excellentes conselhos sociaes,médicos e eugenicos numa linguagemclara e desprentenciosa que facilita aleitura e torna o importante proble-ma admiraTelmente comprehensivel.Os moços e as moças devem lel-o como Interesse que merece. Preço 4$000Livre de porte. Pedidos á Livraria PI-menta de Mello & Cia. — Travessado Ouvidor, 34, Rio de Janeiro.

Mello. Estherzinha .Souza Campos, Guio-mar de Azevedo Fonseca, Carmen Maria,José de Magalhães Rubiço, Yolanda VazFerreira, Nilton Meliga, Sidney da SilvaMonteiro, Nydia Barbosa, Aldyr Madeirade MaiVis, Romulo Ary C, Maria JoséLyra, i-.Jrma Cavalcanti, Adhenor LeiteTeixeira, Mario Azevedo, Manoel Sallesdo Amaral, Rany Carneiro Santos,^OsvirCarneior Santos, Cyro C. Rezende, RadiahMaria Pereira das Neves, Nylê Alves deCamargo, Lynê Alves de Camargo, ElnyA. Alves de Camargo, Desy Célom, YaraTrussavidi, Sylvio da Costa Rios, José A.da Costa e Silva, Arthur Fernando Strutt,Elso J. da Silva, Amaury José LealAbreu, Ornar Alves de Carvalhos, EdylSouza Barros, Cherubim Camargo CastroFilho. Amilcar Bezi Botelho de Magalhães,Otto Carvalho, Maria Sylvia, Guiomar Lu-cia dos Santos, Therezinha Maria M.Corrêa, Amilcar Bezi Botelho de Maga-

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lhães, Manoel Antônio Leal, Maria H. d»Silva Freire, Maria de Lourdes dos San*tos, Maria Elvi Neves, Adrião Pires Be»zerra, Nair Guedes Oreiro, Maria A. Fil<gueira Chaves, Acyr Magalhães Gomes,Leonor Carlos e Edgard Furtado.

— Foram premiados com um lindo livrode historias infantis, os seguintes coucur»rentes:

• THEREZA SUZY BETTEGA,

residente á rua Dr. Pedrosa n. 313, Curl-tyba, Paraná.

NILTON MELIGA,

residente á rua Valença n. 52, Catrmby,Cidade Nova, nesta capital.

HARRY DAMASCENO VIEIRA,

residente á rua Moreira César n. 120,Nictheroy, Estado do Rio.

RESULTADO DO CONCURSO N. 2

Respostas certas:

_• — ANNA2* — PARA3* — FERRO

ÍOÍtCjiO SETHEHSINO PRIMÁRIO POR MEIOOO DESENHO -INTERESSA ACRIANÇA E FACILITA O MESTREVEJA NAS LIVRARIAS DO BRASILAS OBRAS OSSrA COLEÇÃO OU Pt-ÇA PROSPSCTOS AO "ATELIER SETH"R.RAMAtHO OBTICAO 9- 1% - RIO,

DEPOSCTO EM S RAUIjO

J.COUTO-R.RIACriUE.O 88-A.

SEM DEUS, SEM CRENÇA NÃO S

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O TICO-TICO 28 17 — Fevereiro — 1937

A FLOR 0R8UIJHI0SANaquelle soberbo monte, apreciado por todos,

corria um fio de agua crystalina semelhante a umafitinha azul celeste.

Nascera uma encantadora flor nas suas ermas etranquillas margens. Vivia ella feliz sob a protecçãode um frondoso salgueiro. As límpidas águas do re-gato, banhando-lhe a raiz, davam-lhe frescura c viço.

Mirando-se certo dia nas águas plácidas e amigas,vendo-se tão formosa, encheu-se de orgulho e excla-mou : "Como Deus me.fez lindai Mas... foi injustocommigo, pondo-me em um logar solitário onde não

posso ser admirada por todos e receber seus elogios.Passando por ali um mancebo, ouvindo esses quei-

xurr.es, transplantou-a á beira da estrada.

Quando a aurora fez sua entrada triumphal, a flordesabrochou mais perfumada e vistosa, mas o sol cruel,á medida que ia subindo no firmamento. ia queimando'a mimosa corola com seus raios ardentes e a pobre'flor sentia-se morrer..

Reconhecendo seu erro, quiz conservar sua altivez,mas não resistiu e eil-a murcha c sem vida no solo.

A orgulhosa flor procurando elogios e admiração,só encontrou a desdita e a morte,

Simc Rinsky (10 annos)

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Luicia dos Santos, Amilcar Bezzi Botelhocie Magalhães, Edyl Souza Barros, OttoCarvalho, Marisa Castro, Ornar Alves deCarvalho, ;Ritinlia Gomes de Mattos, Al-berto Alves P., Sylvio da Costa Rios, LéoPagetti, Manoel Antônio Leal, Arthur Fer-nando: Stnjtt,' Mario Raymundo G., JoséA. da*Costa è Silva, Radiah Maria Perei-ra das Neves, Mario Azeredo, RomuloAry Cosenza, Aldror Madeira de Mattos,Dulce da Cunha e Silva, Maria ConsueloMarques, Haroldo Marques, Almir No-gueira, Marlene Pacheco d'Abreu, AlmiriaNogueira, Linda Preuss, Nilton Ferreirados Santo;, '^iuor Soares de Campos, Ma-ria José de Araujo Duque Estrada, The-rezinha Maria M. Corrêa, Fernando JoséGomes dos Santos, Normandina Saldanha.Léo Jl. Corrêa, Alfredo Teixeira C, He-lio Motta Haydt, Heloisa Motta Haydt,Natalicio Primes, Hebe Nair Nitzschc,Maria, Célia Azevedo, Oswaldo Lucas daSilva, Evandro Souza, José Spanolatti,Humberto Lanzelotte, Marietta DeH'Ariu-ga, Marilda de Carvalho, José Ribeiro,Evandro Luiz ¦ de Abreu c Lima, MariaJosé Diniz, Mariza Boisson, Luiz AugustoB. Santos, Estplinha Dinora Boisson, Elza

¦ Maria de Azevedo Pinheiro, Maria Arlet-te Azevedo Pinheiro, Alfredo Lomonaco,Olhon Lobo Oliveira, Alfredo A.. Peres.

i Clemente Izard, Irene Izard, Nair Gue-des Oreiro, Harry D. Vieira, Dalva Ce-reja Duarte, Orivaldo P. Coelho, Hamil-

m ixwwuwwyvvtfwvfiri rvvvvvvvvvvvyii*»v

• ,, J^que eulhedisse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

n^vwywwww^^oM

Gonçalves Faria, David Ferreira, Jair Les-sa Guimarães, José de Araujo M., Pai-myra Carvalho, Ramiro de Abreu M.,Maria M. Santos, Aida Wagnet; L. La-zaro Hollander, Thereza Suzy Bettega,Cláudio Michelini, Sabina Daim, ClecyPorto C, Wilkar Pereira, Nydia Paffda Fonseca, Adelino F. Ribeiro Junior,Dilma Rocha, Dabyres Paula, ArlindoCordeiro, Jones Walter de Freitas Silva,Alberto de Castor, Hélio de Castro, Celso¦Antônio de Souza e Silva, Judson FreitasSilva, Neuza Moreira, Jorge Luiz de Sou-za « Silva, Maria S., Nair Mattos, WandaGama, Jádir Botelho, Amancio Gonçalves,Sylvio Carlomagno H., Ivone Gama, Ma-ria Simone de Mello C, Estherzinha Sou-ia Campos, Carmen Maria, Neuza Carva-lheira, Antonietta Vaz Ferreira, NiltonMcliga, Albertina Gomes Moreira, Sidneyda Silva Monteiro, Nydia Barbosa, Lour-des Varques, Oswaldo Purificação, MariaJosé Lyra, Lúcia Bettatnio Nunes, NormanCavalcanti, Giselia Pety Falcão, Rany Car-r.eiro Santos, Osvir- Carneiro Santos, CelyGonçalves Leite, Attilio Eugênio Monteirode Barros, Alberto Furtado, Menina Ru-thinha Giura, Maria Cecilia Carneiro da

ton H. de Oliveira, Dina D. Costa, LéaNovaes, Eldio Bueno, Hugo Paff da Fon-iseca, Lima Faria, Ely Dris Hungria, Gildo'

HOMEOVERMILSô forte, caro meninoS6 utn ao ten BrasilTens vermes. Não mab hesitesToma. Já «OMEOVERMIJUDB FAJSIA & (TIA. — B. S. José, 74o R. Archins Cordeiro, 127 A - Rio

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O mais bello presente para as creanças — " ALMANACH D!0 TICO-TICO" para 193?

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17 — Fevereiro 1ÍJ_7 — 29 O TICO- T 1 _; o

Cunha, M. Gloria Monteiro Grataocs,Maria Helena da S. Freire, Ruth dos San-tos c Leonor N. Soares, José Ajuricab.da Costa e Silva c Maria Castro.

— Foram premiados com um lindo livrode historias infantis os seguinte:* concur-.rentes!

JOSÉ' AJURICABA DA COSTAE SILVA,

residente á rua de Campos n. 234, Ara-caju, Sergipe.

MARIA CASTRO.

residente á rua Rangel Pestana a. 15,Jundiahy, Estado de S. Paulo.

'DESY CÉLEM,

residente á Praça Visconde do Rio Brancon. 19, Macabé, Estado do Rio.

CONCURSOS ATRAZADOS

N. 103Marilda de Carvalho, Arthur Fernando

Strutt, Ruy O. Pantoja, Ivan Amazzoni eOswaldo Gonçalves.

N. 104Marilda de Carvalho, Ivonne Góes Bar-

ros, Arthur Fernando Strutt e Hilton Pu-.enta

N. 105 )Léa de Mello Fontes, Ivan Mazzoni,

Newton da Cunha c Silva, Amilcar BezziB. de Magalhães, Paulo Adão Casa Nova,Moacyr Marilda da Carvalho, FranciscoB. dc Albuquerque, Milton Barretto, De-nise da Silva L., José G. Cavaco, Mari.idc Lourdes dos Santos, Fernando Ariel,José Braga de Farias, Jorge Silva dosSantos, Antoni Epifanio de Araujo, Ciee-ra E. de Araujo, Evandro Luiz de AbreuLucia, Maria José Diniz, Luiz AugustoB. Santos, Maria Ubirajara Alagão, MariaArlette Azevedo Pinheiro, Alfredo Teixei-ra Oanthé, Vicentina Dell'Aringa, MariaVioleta de Brito Lyra, Therezinha MariaM. Corrêa, Ruy O. Pantoja, LourdesMaria B., Arthur Fernando Strutt, LuizGonzaga Pinto Mendes, Elso J. da Silva,F. G. Nascimento, Ritinha Gomes deMattos, Carlos Martins Filho, Diva Nisedc Siqueira £., Guiomar Lucia dos San-tos, Dnlza de Oliveira, Ivo Augusto DiasF., Delamarc Neves Silveira. TherezinhaCaruso, Léa V. de Vasconcellos, LeonorNogueira S., Heitor Drapier, Hilno Cara-murú de Miranda, Celso de Souza Dias,Ivan Costa c Angélica Maria Cajado.

N. 106Denise da Silva I.., Milton Barretto,,

Jorge Silva du.; Santos, Amilcar Bezzide B. de Magalhães, Neuton da Cunha eSilva. Jacy dos Santos, Marietta Dell'Arin-ga, Marilda de Carvalho, Maria Helenada Silva Freire, Evandro Luiz de Abriue Lima, Maria José Diniz, Léa de MelloFontes, Neide Bezerra Cavalcanti, Elso J.da Silva, Arthur Fernando Strutt, Angeli-ca Maria Cajado, Therezinha Caruso eIvo Ani.utso Dias F.

CONCURSO No 13'

Tara os leitores desta Capital e dos Estado*

Mais um concurso tio palavras cru-.zadus offerecemos hoje aos nossos pre-fados deeiíradores. As "chaves" doconcurso são as seguintes :

Horh-.oiitaes :

-.— Segunda pessoa-3 — Suave.6 — Território brasileiro.9 — 'Fluido.

10 — Admirador de artista de cinema.12 — Pessoa que faz acrobacias.15 — Peixe conhecido.1C — Urbano Esteves.17 — As duas primeirasiã. Al.acia.

'1S — Incumbência.20 •— Contracção.21 — Extremidade; do corpo humano..

Vcrticaes :

— Abreviatura de uma,—¦ Medida de peão antiga, no plural.— Variação prenominal.— Enfeita,

V — Querido.8 — Não ó boa.

10 — Não é sincero.11 — Sem destino.13 •— Acredito.11 — Bola de ar.10 — Ui__d._ã'..19 — Nota.

As _oluc.es devem ser envidas a, ré-daeção d'0 TICO-TICO, separadas dooutros quaesquer concursos e acom--pauhadas não só do vaie que tem onumero 13, como também das decla-rações d3 nome, eda__ e residência doconcurrente. Para este concurso, quaserá encerrado no dia -20 de Março,'-daremos" como prêmios, por sorte, en-tre aa soluções certas, tres lindos li-yros ilhistrádos. - -. -

yALPARA O

13

CONCURSO N" 14

Para os Ieitore_ <7 ita Capital o dosE_t..á'os próximos.

Perguntes. :

1" — Qual a fr;.ta quo tom nome deuma cidade' americana ?

.2 syllabas). . -Oswaldo Lima

senhoras, homens e creanças. Trabalhosescolhidos, do mais fino gosto. Grande va-.riedade, e delicadesa. Modelos inéditos. ^a______________B__________B

Em todas as casas de fiaurinos ejorndleiros. -*¦

Page 30: ANNO XXXlll RIO DE JANEIRO, 17 DE FEVEREIRO 1937 N. 1637memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1937_01637.pdf · ANNO XXXlll RIO DE JANEIRO, 17 DE FEVEREIRO 1937 PBÇÇOS: N. 1637 mr

O TICO-TICO *-— K/ J \1 — Fevereiro 1937

€lÍ_|v^FIrSy-s ¦_u;%

I _

T_

|j ¦* » f ira?»

A-.S. A. O MALHOTrav. do Ouvidor, 34 - Riojf Junto a importância de 6$OO0 para queCie envie um exemplar do Almanachrí'0 Tico-Tico para 1937NomeRaa N.o Cid_d-- E «_do

Coríe o ecupon acima e, acompanhado• -oiiancia de 6$000, renielta-o _ S. A.O MALHO, sob registro. Na volta do cor-reio receberei., um exemplar do primorosoALMANACH D1 O TICO-TICO para1937.

2" — Qual o astro que com uma le-tra trocada é tempero ?

(1 ..ylk.ba).Odette X-inif»

5;1 — Qual o accidente gcographicoque é tempo de verbo ?

(2 syllabas).Roberto Serre

4* — Qual a pareuía que sem a irá-ciai é accidente g-ograpiiico ?

(2 syllabas).Do mesmo

5"— Qual a m__ia cujo nome, pre-cedido de uma Consoante, transforma-çe num agasalho das mãos ?

(2 syllabas).Américo Lima

Eis orsanisac-O o novo concurso dôperguntas, todas íaceis. As soiuçõesdevem _or enviadas á redacção d'üTICO-TICO, separadas das de outrosquaesquer concursos, ac .mpauiiadas.'as declarações 0'e nome, idade e resi-lencta dos concurrentes e ainda dovale que vae publicado a seguir e temo n° 14.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 15 de Março vindouro, da-mos como prêmios, por sorte enlre as_olmçõ__ certas, dos lindos livros illus-trados para a infância.

a4 VALE 1

vfE\ PAÍ3A O I' VQ«-S£íí!£_^___£__J

OS ALEIJA©OS

São dignos de dó os indivíduos

que possuem aleijões ou defeitos

pliysicos.Todos nós estamos sujeitos a fi-*

car aleijados — ou em censequen-cia de um desastre ou em resultadode uma moléstia qualquer.

Muitas creanças e também mu!-,

tas pessoas grandes têm o péssimocostume de ridicularisar os infelizes

que apresentam ro corpo certas de-formidades ou defeitos.

Tal procedimento é indigno cmerece a mais franca reprovação,

O respeito que devemos aos de-feituosos só pode ser esquecido porsquelles que são dotados de maussentimentos e desconhecem os ru-

dimentares princípios de uma boa

educação.

Adbello Renauld Filho

{14 annos)

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO japip e seu (_.¦ .píSOÈ)

Os dois cachornnhos — "Sim" e "Não foramcrescendo, ensinados pelos meninos e pelo seu tutorJagunço. "Não", era como Benjamim, seu dono.teimoso e brigão. A's vezes formava uma briga, emque elle sahia...

_„. perdendo. Ensinados pelos meninos faziam algu-mas habilidades, e. os meninos, entretidos, já não li-gavam multa Importância aos livros. Os pães <JeChiquinho prometteram desfazerem-se dos cachor-rinhos se...

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.a vadiação continuasse naquelle pé. Então, ficoucombinado que perderia o cãosinho quem fizessepeior figura na primeira sabbatina do mez. Chiqui-nho agarrou-se ao livros e Benjamim imitou-o. Nofim do mez

..Benjamim fez má figura e o "Não" foi daao aoprimeiro pretendente que appareceu. O garoto cho-rou, se desfez em lagrimas, mas, o "Nâo" lá se foipara lugar longínquo. Benjamim então muito tristepoz-se a estudar.

...e no fim do mez tez boa figura .na sabbatinaEntão, lhe foi restituido o "Não". Mas- já não erao mesmo. Estava sarnoso e cheio de carraparos,contaminando o "Sim". Os pães de Chiquinhoyiranl-se..-

...forçados a.internar os cachomnnos, inclusive,Jagunço, num hosDital veterinário até ficaremcurados.

^Continua)