anno xxxÍh rio de janeiro, 24 de fevereiro 1937n....

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PDÇÇOSs NO RIO..«SOO nos ESTADOS....«600 ANNO XXXÍH RIO DE JANEIRO, 24 DE FEVEREIRO DE 1937N. 1638 A SENTENÇA DO TOTÓ L..... .-.,¦..-..-_ /pN-f *y —sr————— N-ranrara, TO. «•lj-J.UH.-tL -¦-" consistia em dois doces: um gran- Mamãe velo ao jardim trazer a meren- ãe e um pequeno. £u quero Rera muito glutão. da de Lili e Nhonhó, dois irmàosinhos que grande _ disse i0g0 Nhonhó queEu também quero o grande, disso Lili. Cov ;7,o estavam brincando juntos. Essa merenda__.mo hade ser? Collocaram o prato com os do« :.-^js_S ces em cima dc um banco e discutiram o casa Mas nenhum ce- que vae resolver o taso. Vamos chamal-o ao mesmo tempo. So flia Ambos faziam questão de ficar com o doce maior. Nisso end se dirigir para mim eu-ficarei com o prato de doces, appareceu no jardim o gordo Totó e Nhonhó disse:. O Totó è , Mas Totó nâo se dirigiu nem para Nhonhó nem para Lili. Dirigiu-se ao prato de doces, enguliu o menor e, apanhando com a bocca o maior, fugiu. D'esse. modo. Lm e Nhonhó por i\ão se .entenderem corjj . calma e cortezia. ficaram privados dos doces e ainda ouviram uma repre» hensão de pxipae, que considerou bem íeito esse castigo»

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PDÇÇOSsNO RIO ..«SOOnos ESTADOS....«600

ANNO XXXÍH RIO DE JANEIRO, 24 DE FEVEREIRO DE 1937 N. 1638

A SENTENÇA DO TOTÓ..... .-.,¦..-..- _

/pN-f *y —sr—————

N-ranrara,TO.

«• lj-J.UH.-tL -¦-"consistia em dois doces: um gran-Mamãe velo ao jardim trazer a meren- ãe e um pequeno. — £u quero era muito glutão.

da de Lili e Nhonhó, dois irmàosinhos que grande _ disse i0g0 Nhonhó que Eu também quero o grande, disso Lili. Cov ;7,oestavam brincando juntos. Essa merenda __. mo hade ser? Collocaram o prato com os do« :.-^js_S

ces em cima dc um banco e discutiram o casa Mas nenhum ce- que vae resolver o taso. Vamos chamal-o ao mesmo tempo. Soflia Ambos faziam questão de ficar com o doce maior. Nisso end se dirigir para mim eu-ficarei com o prato de doces,appareceu no jardim o gordo Totó e Nhonhó disse:. O Totó è , Mas Totó nâo se dirigiu nem para Nhonhó nem para Lili.

Dirigiu-se ao prato de doces, enguliu o menor e, apanhandocom a bocca o maior, fugiu.

D'esse. modo. Lm e Nhonhó por i\ão se .entenderem corjj

. calma e cortezia. ficaram privadosdos doces e ainda ouviram uma repre»

hensão de pxipae, que considerou bem íeito esse castigo»

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O 1 I li U - T 1 C O 2 — 24 — Fevereiro 1937

dl&LlOTtÍECÀ INFANTILdO TICO-TICOi

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t mIc meta .EDUCA» ENSINA • DISTRAHE í// ^ríF?^^

^—— TI n Ê v- w ' 1¦rTc o - JlErto»ft!

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BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL"O Tiso-Tico", na sua preoecupação constante dé dar aos seus milhares de leitores moti-

vos de recreio e de cultura, iniciou no numero de 2 de Dezembro ultimo a publicação de umconcurso de férias, ao qual denominou

CONCURSO DE BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

Nesse concurso, terão os leitores d'"0 Tico-Tico" oceasião de colleccionar as bandeiras cos escudos de todos os Estados do Brasil, por isso que em cada numero d'"O Tico-Tico" serádada, em pagina solta, colorida, uma folha com a bandeira e o escudo de cada Estado do Brasil.Essa' folha solta será colleccionada por todos os leitores que, tambem, collarão no mappa pu-blicado uma serie de coupons numerados, que estão sahindo n'"0 Tico-Tico". Completo omappa, com os coupons publicados juntamente com as folhas das bandeiras e escudos dos Esta-dos do Brasil os leitores d'"0 Tico-Tico" obterão pela troca do mesmo mappa, um numero como qual entrarão em sorteio para a posse de

RIQUÍSSIMOS PRÊMIOS DO VALOR DE 10:P00$000

bem como uma artística capa para o álbum então organisado. A relação desses prêmios, porser extensa, publicaremos num dos próximos números. /

No numero de hoje publicamos o couponn.° 12, que deverá ser collado pelos concurrentesno mappa publicado em 9 de Dezembro ultimo.

BANDEIRAS E ES("UDOS JÁ PUBLICAMOS

Estado do Amazonas - O TICO-TICO de 9/12/936

Concurso

d'0 Tico-Tico

COUPON

N.° 12

BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASILtf H

«^¦«^¦»—' -n T-iv i ii i — ii ii— ¦ m ¦¦!¦¦¦!ii iiw ni ¦—^^

CearáPará —R. G. do N. -R. G. do S. -Pernanib." —>Maranhão —¦Piauliy —¦Parahyba —Alagoas —Sergipe —'Bahia —'

iWMwsfll

16/12/93623/12/93630/12/9366/ 1/937,

13/ 1/93720/ 1/937,27/ 1/937..3/ 2/937,

10/ 2/93717/ 2/937,24/ 2/937

ALMANACH D'0 TICO-TICO Dará 1937 — Um livro formidável para as creanças

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TICO-TICO 24 — Fevereiro 1937

sorteio dos prêmios do Grande Concursode Natal ri Tico-Tico

Realizou-se, no dia 6 do corrente mez, ásEmpregados do Commercio do Rio de Janeiro,Natal d'0 TICO-TICO.

Damos a seguir o resultado do sorteio:PRÊMIOS NÚMEROS

14 horas, no salão nobre da Associação doso sorteio dos prêmios do Grande Concurso de

1.°2.°3."4.°5.°6.°7.°8.°9.°

10.°11.°12.°13.°14.°15.°16.°17.°18.°19.°20.°21.°22.°23.°24.°25.°

15.78027.7034.60011.9711.7927.444

21.915455

17.7804.9615.763

25.95424.977

2617.5242.90610.541'3.0197.39713.47822.57318.96214.2974.35210.685

PRÊMIOS

26.°27.°28.°29.°30.°31.°32.°33L934.°35.°36.°37.°38.°39.°40.°4Í.042.°43.°44."45.°46.° .47.° .48.°49.°50."

NÚMEROS

26.75319.32010.8591.5654.270

24.15013.44523.87117.546

22.52527.171:21.73418.9535.480

2091.320

15.5516.379

22.557.12.59910.38321.3034.779

17.25726.284

NOTA — Todos os números terminados em 780 e 703 foram sorteados com um livro illustradode historias infantis, no valor de 5$000.

Os prêmios estão ao dispor dos interessados á travessa do Ouvidor n.° 34, de hoje até 60dias desta data.

(a) — A. A. de Souza e Silva, Director responsavl.(a) — Amaro Abdon, Fiscal do Governo.|

Rio de Janeiro, 7 de Fevereiro de 1937.

A CORCUNDINHAHavia numa cidade muitos mendigos que andavam

de porta em porta estendendo n mão á caridade publica.Todos os dias sahia á rua uma pobre mulher

muito corcunda. As pessoas caridosas davam-lhe sem-pre algumas moedas. Mas os garotos da rua, assim quea viam, gritavam logo : "Olha a oarcundinha ! <— e'fa-ziam uma algazarra, davam-lhe alguns puxões è divcr-tiam-se em vel-a resmungar.

E a pobre corcunda, meio surda c muito myope,mal ouvia aquelle barulho. Muito curvada, de cabeçabai. a. ella espiava para todos os lados, dizendo: E odiabo, sahe ! $ahe diabo, sahe diabo)" — e dava comas mãos como que estivesse a enxotal-o.

E a corcundinha assim continuava rua a fora, malandando com o peso de sua enorme corcunda.

Nunca devemos rir dos pobres desprotegidos dasorte.

Mussoline D. A.

O mais bello presente para as creanças — u ATJVIANACH D'0 TICO-TICO" para 1937

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jt|^j^Og®B® E)lg y@<y©

O SABÃOM e it s netinhos :

Vocês, nos misteres de hygiene do corpo, no banho, utilizam-se sempredo sabonete ou do sabão e talvez nunca tivessem pensado na maneira dede se obter esse tão precioso auxiliar da limpeza, Vovô vae. oor isso,falar a vocês, na palestra de hoje» do sabão.

Como sabem, o sabão é utilizado para lavar toda espécie de tecidos,

para limpar qualquer objecto, tirando-lhe as manchas que por ventura

possua, Se quizermos tirar de um pedaço de panno, de vidro, de qualqueroutra substancia, uma mancha de gordura e usarmos água apenas, quereeja quente ou fria, nunca conseguiremos o nosso intento. Se. porém, jun-íarmos á água um bocado de soda, de potassa facilmente- obteremos o

que desejávamos. E' que a soda dissolve a gordura,O sabão obtem-se pela combinação de matérias graxas com uma base

que pode ser soda ou potassa. E como uma base com um ácido formamum sal, os sabões outra cousa não são mais do que saes que têm a pro-priedade de dissolver as graxas, as substancias gordurosas e, portanto,de tirar aá manchas.

Para a fabricação do sabão empregam-se, entre outras, as seguintessubstancias: sebo ou gordura de animaes, azeite de plantas ou de baleia,soda ou potassa. O acto de converter essas substancias em sabões tem onome de saporificação e assim se verifica : Numa vasilha colloca-se certaquantidade de sebo ou de gordura animal e de soda cáustica ou potassa,fazendo-se ferver, ao fogo, essa mistura. Junta-se, ainda, um pouco de calque, misturando-se á água e fazendo-a mais pesada, leva-a ao fundo davasilha, deixando fluctuar o sabão, na superfície, em estado liquido. Colhidocom uma colher e levado a fôrmas, está prompto o sabão para ser utili-zado. Os sabões finos ou sabonetes obtem-se juntando essências que osperfumam ou matérias corantes que lhes dão diversos tons.

Eis, meus netinhos, a maneira de se fabricar o sabão, o mais preciosoauxiliar dos trabalhos de hygiene,

V Ô V Ô

O CÃO E O OATOÇFelpudo gatinho,um cão provocando,a pata, ao focinhodo galgo, levando !...

O lesto rafeiro,de um salto o pegou,com golpe certeiroao chão o atirou...

Tu t rincas commigoE' guerra que queres 1Prefiro-te amigo!...Morrer tu preferes ?"

Bichano, curvado,a morte esperava.. .Com gesto magoadoos olhos cerrava !...

O cão percebendoa magua do gato,seus pellos lambendo,perdoou ao ingrato !...

Depois unidinhos,ficaram brincando;juntando os focinhosaos saltos, recuando :

Miau... au... miau.. .au... au... au... miau..As pazes firmaram.e amigos ficaram !. ..au... au.. . au... miau !. .

JOÃO DE CAMARGO

(Do livro Colônias de Férias)

TEUS PA* *B*v*i»wv*yN^lw*. WWVMM

s

E TEUS MESTRES SÓ TE DESEJAM O BEM.

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O TICO-TICO — 6 — 'JA — Fevereiro —i 1937

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ANCHIETA, O APOSTOL OO BRASIL

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^!>4M__lr4^^ral.^S^^,s*^È_aK__;_sí-íp,^

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O padre Anchietacomo sabem os nossosleitores, foi um grandeapóstolo do Brasil.

Em 1934, o Brasil es-tampou uma série desellos para commemorara fundação da cidade deSão Paulo, cujo funda-

dor foi o padre José de Anchieta em1534. Anchieta foi um missionárioportuguez que viveu entre os indios

"Existia em Pirapora, S. Paulo,

um convento de conegos Primons-

tratenses. Usavam longos e alvadios

hábitos brancos. Eram, em sua

maioria allemães, homens grandes

e fortes, e que sabiam alliar á vida

santa que levavam, uma attrahente

jovialidade.Por 1910 uma epidemia de va-

riola assolou a região.

Um pobre lázaro que vivia se-

gregado dos homens, mettido numa

tosca barraca onde fora occultar o

seu aspecto asqueroso, viu-se ata-

cado pela varíola,

Na hora da agonia, pedido o soe

corro espiritual dos irmãos, foi de-

signado para assistil-o frei Otto,

um dos mais alegres santos do

convento,

O moribundo, vendo approximar-

se aquelle homem tão corado e sa-

dio, na sua alva túnica, teve umrecuo consciencioso, como um re-

ceio de polluir com as suas carnes'apodrecidas aquella vida cm pleno

,viço.

abnegação>*rm*m*ir*i4>irm*Si*r\Ê*ir,m****+*mtm*m****^^

Frei Otto comprehendeu-lhe eachegando-se ao desgraçado paraouvir-lhe as palavras fracas da vil-

•&

6_^________I__________H_$ M lân

____________________________¦£ jafl

-K^tE-tr*'¦''"'-'^:JjpH_fóa '¦' rS>_l' '4_'V»r________c__M_H____H_!l Im--

O estudiosa jojen Edmundo, filhodo nosso coll ga de imprensa A.Soares da Silva, director d'"A Tri-

buna", de Nictheroy.

do Brasil. Quando os immigrantespoiíuguezes foram atacados pelos in-dios Tamoyos. Anchieta muito auxi-liou os selvagens a entabolarem nego-ciações com os colonisadores.

Elles o conservaram como. refémdurante 3 annos, até que os portugue-zes cumpriram tudo que haviam cora-binado.

tima confissão, assim conservou-semuito tempo, o ouvido quasi unidoá bocea descarnada do lazarento evarioloso.

E o desgraçado morreu feliz, asorrir para aquella bondade que foio único afago que recebeu, elle quese habituara de muitos annos já, asoffrer o asco de todos.

Frei Otto, que arriscara dupla-»mente a sua vida para levar o con-forto moral ao infeliz lázaro aban-donado, teve como único premio, a

alegria que lhe devia ter illuminado

a alma pelo seu acto de tão incom-

paravel abnegação.

í Deus, sempre justo' e misericor*

dioso, o protegeu, como protegesempre os bons. Frei Otto, ém con-;

tacto com um lazarento e varioloso,

sahiu illeso, continuando por muitos

annos a espalhar a sua bondosa à\e.-

gria pelos que 0 cercavam.'*.

¦

."

(A historia acima figura no bellp

livro dc Velho Lobo ~*. Guia dó.

Escoteiro.}

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24 — fevereiro —- 1937 -1 — O TIÜU-TICO

Las Palmas

A torre dos sinos, em São Do-mingos.

^¦V-IMAlV^MWW^^^^ */S^V%^/Si»*N/V*1'**V-%*SAA/V/*N«*N»*N_-\_*^^

Grande é a attracção dos viajan-tes "pelas Ilhas Canárias, fazendosua estadia de inverno em Las Pai-mas, a cidade principal da maiorilha das Canárias. Cada ilha queforma este conhecido archipelagodiffere uma da outra — mas aGrande Canária tem scenario tãovariado, que reúne e combina todosos característicos physicos das di-versas ilhas que a compõem,

Se o viajante gosta de lindes pa-noramas naturaes, então ha de »3sentir bem na Grande Canária, comseus pittorescos caniões, montanhas

jardins floridos, suas bellissimas

praias tapizadas de areia brancae brilhante. Não é de admirar quetodos gostem de Las Palmas !

Las Palmas, sendo uma cidade

novíssima, tetü uma população re- fundado pelos conquistadores nolativamente grande, todavia não decorrer do século quinze.perdeu aquellas i m p 1 i c i -

dade essencial,

que é o maiorencanto das ei-dades colo-niaes.

A nota socialde Las Pai-mas, gira emredor das suasm a g n i f i -

cas praias, sen-do a maior de

todas chamada

Las Canteras,

que é a fa-

vorita tanto du-

rante o verão

como no inver-

no. A cidade é

divididacm cinco dis-trictos, sendo omais antigo o'd_£ Yacjuèta,

estão os ires garotos ?

¦H "~ / y ^^T^_p____W5v -7 rf_5_*'-jati --&"--• f / Ef Jmm, mmbJL IPwu*../ A// r '^^^^"JS-^). jÊ&ruAEl-Ai __És**9lllál§â§ll__

f^mmW^kirWy^

Zezinho está espantauo! Sahiu com tres amiguinhos para um pas-seio dc automóvel e, de repente, os companheiros desappareceram. Onde

estão 05 tres garotos ? Estão no desenho! Procurem e os acharão.

As ruas do districto de Vaguetaseguem um caminho de linhas con-fusas, cheias de curvas, subindocomo numa montanha.

Vemos por toda parte casas deerchitectura indígena, com balcõessalientes e telhados trabalhados au-

gmentando o encanto da cidade.Em Vagueta encontramos as duas

jbias de Las Palmas, a Cathedraie o Museu. A Cathedrai, como to-das ellas, é uma obra de gerações,começada no século quatorze. Ape-sar de ser o material architecturalbem pesado, ella nos dá uma im-

pressão de leveza e de bellezaetherea.

No Museu encontramos as reli-

cuias da raça Guanche, que habi-íou a ilha até os fins do séculoquinze. A cerâmica deste povo éinteressantíssima. Mais tarde a ilhase juntou ao Império de Castilba.»

Ha ainda emLas Palmas oencanto verda-deiramente in-teressante dosmercadores ara-bulantes, cujospregões, obe-decendo á mu-sica caracteribtica da região,formamem conjunetocomo que um;ôro originalis-simo. Os mer-cadores quecostumam s ereunir nas ira-mediações daTorre dos Si-nos, têm umar caracteristi-co sempre novopara o visitan-te. "—: TemptleManntng

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O TICO-TICO 24 — Fevereiro — 1937

DEVE SER DO ESTÔMAGOJt -.._.' ^H

Junto á janella de Carrapicho conversavam dois homens: um do» _ Por traz da janella Lamparina ouvia, em silencio, a conversa do*quaes se queixava de muita* dores nos cotovellos. dois amigos.

Lá no fimda rua appareceu um outro homem que vinha cami- E o homem passou junlo ao grupo exactamente no momentonhando tranquiltamente. em que o doente dizia: — E tenho tambem muitas dores na. . .

^(J4WÍ~| Il /V*\\\^ f */ / 1-1

'«T Sevelert ^Zl^^ ^'^ *~ d» **. W«"

O homem doente olhou para o homem que passava c perguntou:— Isso é eommigo ?E palavra puxa palavra e começaram os cascudos.

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O secretario representante typico da fauna aladado Brasil é um grande inimigo das serpentes ata-

cando-as corajosamente.

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O TICO-TICO •«¦- 10 — 24 — Fevereiro — 1937

As proezas de Gato Felix(Desenho de Pa. Suttivan — Exclusividade <TO TtCO-TICO pára o Sri_if»

Í?fox ^~y~-\ 3# /

— Estou contente por ter trazido _ E vocêi «seu viralata", tem se — Toda a satisfação de que nu:sorte para a casa do photographo sentido melhor depois que eu aqui acho possuído, senhor Felix. estáSnipl çstou? expressa....

__3k.___:^inU_ ^v41i4A_-_-_-_-_-_-___-------___--______________________________________________i ii i ii 111 * i * *

m^¦ K.n. ffMMM. Smm&cate. Iih ,*1_^ P""^ -

C..MI ».' «..i ngn» ¦«-.-*-» .«* lo-if

na alegria da minha cauda! — Esse ficar quieto. — Fique so- — —Pode tíansar co- ..... retrato! — Está phocão veiu ser photographado mas'não cegado, maldito "loulou" mo .u'Zer ."e eu tira- tographado! —Que art*.:quer 1496!. rei o.

______^__________>**B____H_-xlF^ ri _Jr '"' ~^~7r^ ^vS _-ff__l.

arraniou. .„

.....esse gafo dc t«rar tão ^„,.de um cão .que estava de pé?.! -4 Aüô! Não pode-estravagante photogra- rei ir tirar a photographia de sua relojoam! Ésiouphi_._,. com.

...muito serviço hoje! — Eu vou fa-zer o serviço pelo patrão. Acabo mesníosendo...;.

I ir^ /W^Ê l^^ÇQ-

í.„,.photosrapho' — Eis aqut. oarrão. ' .....Esse gato em vez de píiotogra- ... um relógio,Fui i relojoam e fiz o trabalho. — plur a 'reloioana •phot-grupb.oiiOh!...* ap.-aus , (Coatii.ú-i ni. próximo muuk...}

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2. _ Fevereiro ^- 1937 11 Q T I C O - T S (! Q

W^*W-_^_«_^v-S^V^

Em muitas partes da Allemanha e da«áuecia, o noivo bem couto a noiva não devemolhar para os lados quando se dirigirem paraa egreja. Se o fizerem, acredita-se que tantoum como o outro estejam olhando para umoutro noivo ou de uma outra noiva.

A dança do "escolhe-noiva" é muito co»nhecida na Suécia. Com os olhos vendados,a noiva tira a coroa que usa da sua própriacabeça e a colloca sobra a de uma das moçasque dançam á sua volta. Esta moça será então;a primeira a casar

Em algumas regiões da Franca, a noivaé recebida com tres pedações de pão que deveimmediatamente dar á pessoas pobres. Acre-dita-se que se faz isso porque muitas vezes a¦verdadeira noiva é substituída pior uma faisa,por machinação de maus espíritos.

No Norte da Inglaterra, um dos mais ve-lhos habitantes da visinhança lança um pratode pedaços de pão sobre a cabeça da noiva.Ha muita bulha em torno desses .pedaços dapão porque se acredita tragam felicidade 4a quem os apanhar.

Continua no próximo numero1

O "Má Sorte" veiu contar ;: pa-pie que um bando de papagaios eperkjuitos está andando na roça Jemilho. «Estavam fazendo grande es-trago no milharal. E o camaradap_rgantou a papae se queria quematasse ns «aves. Papae disse que

Que esperasse. Nós ramos ver.Sahimos a cavallo cu. papae e

Belém. Tourinho foi correndo atrazdos animaes.

Onde Belém vae "Tourinho"ta.nbem vae.

Quando chegámos á roça. asaves espantaratn-se com o trope!

O ESPANTALHO

dos cavallos e levantaram vôo.Eram mais de uma centena. O arficou verde de 'tanto papagaios eoeriquitos ! E que barulho faziam !

"Tourinho" ficou latindo de longe. Bem que elle quiz pegar umperiquito. mas periquito não ébobo,!

Papae chamou o "Má Sorte" edeu a sua opinião. Era melhor fazerum espantalho. Seria uma barbari-

<lade máfar as aves. E'depois eramum dos*encantos da nossa fazenda»"Má Sorte" concordou.

Dahi a pouco estava prompto oespantalho. .Com uma calça velha,um paletó velho e um chapelão- ve-1lho. iudo do "Má Sorte", fez-setim figurão de medo !

«Belém olhou para a figura e médisse baixinho :

^- E' parecido com o "Mi S:>r-te nao ea ?

E era mesmo!Devemos proteger as aves.

Adhemar Leite Ferreira»~>ririr>r,jy-.

TODA A SOMBRA É UMA GENEROSIDADE DA ARVORE.

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O TICO-TICO 25 - - Fevereiro — 1!)S7

Um ministro em apuros

Uma minha da Rússia tinha um ministro sábio e respeitadochamado Biluca Um dia o chefe dc policia foi á casa do mi-«istro c disse-lhe...

....ter uma missão delicada a cumprir Biluca mandou que o chefedc noticia sentasse'e lhe puzesse ao par da missão que receberacia aucusta soberana.

«/y// Sã **\A .¦ i c/iJ \ y¦T ií' V' ii ... i i „,„¦„.„., '

— A missão c das mais graves — começou a falar o chefedc policia — e eu mesmo sinto-me embaraçado em vol-a trans-mittir !

— Fale, homem, deixe de rodeios! — exclamou Biluca. E ochefe de policia, fazendo grandes reverências, acabou finalmentepor dizer qual a missão que teria de cumprir,'I

— Sua Magestade. a Rainha, ordenou que meus guardaseippathasscm heje sem falia o Biluca! E eu vou já dar cumpri-nifnío a ordem que recebi I

O ministro Biluca levou as mãos ã cabeça e. ignorando porque motivo a rainha mandava mata'-o e empa!hal-o. pediu que

i fosse antes levado á presença da soberana.I

la\ \ r^a\. V tfT^ils A fk *Lr ^ "/^NBKJ ^B •"/ \§ "i i4MHPHbÍ H^i^\ - * "VBfl

Dcann: aa Pnmha, Biluca Iria perguntar qual a causa de' - ..".quem devia ser empainado era. ""Biluca , o caosinho que o|áu infame castigo. E. recebido pela soberana, teve a satisfação f ¦.iiniftro «.flertara ha tempos ã soberana c quc havia^Jal"de uirw.x oiic.V lecid»»-

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ANNO III

Órgão dos leitorei¦d'0 TICO-TICO MEU JORNAL N. S

A creança diz nojcrnal o que quer

DIRECTOR: — Chiquinho -— Collaboradores: — Todos que quizerem

Um passeio marítimoFui convid'ado, ha dias,

pelo meu collega Carlos, adar um bello passeio mari-tinto: acceitei, contente.Assim, sahimos de casa di-rigimo-nos á praia, onde jános esperava uma lancha agazoilna.

O mar estava canno, ma-rulhante e bello. Não nosafastamos muito do litto-ral, mas assim mesmo o pas-seio estava multo agrada-vel.

Olhávamos, com pra-zer, as praias extensas e'branca1:, os penhascos queprojectavam sobre a areiasombras disformes, as lin-das gaivotas no seu vôobaixo, a flor da agua, em-fim, todo esse conjuntoquo nos prendia a vista ea imaginação.

Vogávamos quasi ao sa-bor cias ondas, com bempouca vontade ã'e voltar-mos, mas, como não pode-riamos continuar o pas-seio, pois já anoitecia, re-gressámos ao ponto de par-tida, onde saltámos, e nosdespedimos do mar bello emagestoso, com um olharde tristeza e de saudade.

Josí S. Coari(13 annos)

CU Y A-B A 'Men caio primo Alceu'Ma.

riF;ho Rego. — Um abraço —Já ha algum tempo, lendouma linda revista, depareicom um artigo referente aCuyabá, nossa terra natal.

O autor desse bello traba-lho contava factos dos tempos,t;>Ivez, dos nossos bisavós,como se fossem da actuali-dade, dando assim 'a impres-¦ i > de que somente cm Cuya-<>'. —¦ a "cidaõYs verde", ascousas permanecem estaciona-rias.

Os cigarriniios de palhafeitos por mãos das mocascuyabanas e offe-recidos á vi-sHantes illustre, é um factorigistrado no artigo.

Tive vontade de contradi-zer o magnífico trabalho, masconfesso que, nos meus 13annos, não me achei com co-ragom para tal.

O que ó verdade é que se onosso escriptor por lá pas-

sasse agora não mais delicia-ria uma baforadazinha tirada

iá'e um cigarrinho de palhafeito pelos dedos de uma moçabonita. Teria que ir ao Bar"Sargentini" comprar um ma-ço de "Regência", ou outramarca, podendo ali ouvir umradiozinho muito commumem Cuyabá, tomar um sorve-Unho debaixo de um eleganteventilador.

A delicia de que trata onosso escriptor já passou comoos lampeões de kerozene. Fi-cou lá para o tempo em queCarlos Von Steinen tomavauma cajuaid'a (sem gelo) feitapela baroneza.

Actualmente Cuyabá é umacidade elegante e culta quenada fica a dever em progres-so a muitas de suas irmãs doNorte e do Sul do Brasil (queconheço) que sentem o bafejodas vantagens do littoral.

O meu caro primo, no seubello trabalho publicado uo"Fon-Fon", disse bem o queé aquella ciã'ade, onde o ho-meni, por mais que se esforce,consegue, com os seus possan-tes combustores, offuscar omarailiioso luar. Sim. Cuya-bá tem belleza e tem poesiaque pouca gente conhece. Doamigo e admirador.

Newton Alfredo Vieira doAguiar

O AZ U L,Haverá côr mais linda do

que o azul ? Eu penso quenão.'

O azul indica pureza, cas-tidade e não sei porque in-Xantilidade.

O céo é azul talvez porqueesta fosse a côr mais delicadapara co!oril-o. Geralmente asmamães preparam o enxovaldo bebo tedo azul, indicandoa innocencia •Co pequeninoque esperam.

13' tão bonita esta côr !Porque ? Porque é a côr doInfinito ?

Porque é a côr dos enxo-vaes infantis ? Ou será por-que é cândido ?

Não, não são essas as cau-sas da sua belleza. E' porquenós gostamos delia, e admira-mos a sua singelesa, c semprenos parecem bailas as coisasque amamos.

O azul é a côr que encan-ta, que cativa, que arrebataos nossos sentimentos.

Os pintores celebres fazemos seus quadros geralmentepintados de azul. Quando fa-zem o retrato de uma cicnn-

ça pintam sempre os seusolhos de azul porque achamtambém como as «remais pes-soas que o azul burila os seusquadros.

Os poetas gostam de collo-car os títulos dos seus versosde '-Poemas Azues". Os es-criptores escrevem sobre a sin-gela côr do céo referindo-se asua coloração azulada e nuncacitando as suas outras tona-lidades que variam com o es-tado atmospherico.

Dentre as mais diversas cô-res é destacado- o azul.

O azul é a côr maravilhosaiq'os objectos mais lindos.

Os nossos olhos fitam a to-do momento a côr azul.

Dívíi Paulo

A BOA MENINA)

Era uma vez uma meniuachamada Lúcia. Ella era mui-to boa. Um dia a mãe man-dou a menina ir fazer com-pras no armazém. No caminhoLúcia encontrou uma velhinhaque disse : — Me dá uma es-mola, pelo amor de Deus. Lu-cia deu 1.000 réis á pobre ve-lhinha. Quando chegou no ar-mazem fez as compras e foipara casa.

Quando chegou em casasua mãe perguntou onde esta-va o troco. Lúcia disse quetinha dado á pobre velhinhaquo ali estava. A mãe de Lu-cia ficou muito contente dabondade de sua filha.

Sylvia Lossio(8 annos)

CARTADirector d'0 TICO-TICO.

Cordeas saudações. — Sen-do ura dos leitores da vossagraciosa e habilidosa revistainfantil. rogo-vo3 publiqueisem vossa revista o que abai-xo se segue :

Com a immensa gratioVão einteira satfe facção, teço osmeus maiores elogios a essapequenina e garbosa revistaque actualmente 6 conhecidaramo instruictivo e verdadeiromanual de diversões para ascreanças do Brasil.

Estimando que essa briosarevista, que é o TICO-TICO.continue a fornecer á petiadabrasileira os seus brilhantesserviços.

Attenciosaroente subacre-vo-me :

Derineval Santos

O papagaio e osgallos

Um gallo tfepois üe mui-to bater em um papagaiotirou-lhe todas as penas.Passando por ali um outrogallo disse :

Por que fizeste istoao coitado do papagaio,malvado ? Não vês quo ómais fraco do que tú ?

Não é de sua conta !— respondeu o gallo quehavia batido no papagaio.

E assim começaram abrigai também. Brigaram,briaram, brigaram, atóque cakiram ambos mor-tos no chão.

Depois do alguns minu-tos, passou um coelho que,vendo-os mortos, pergun-tou assustado — o que foi'•compadre*' !

O papagaio então anã'oudo um lado para o outroe disse todo imponente :

Quando cu tiro o paletot,compadre coelho, ó assim.

plural Siquieroli

AS AVES

Creança, respeita as avesQue moram em teu pomarEm seus ninhos deixa os ovosQue ellas põem, a chiirear

Dos ovos sahem filhotesPequenos, feios, pelladosMas que ficarão bonitos.Grandes e bem implumados.

O cantar d'avcs é belloE nos alegra a existência.Não sei como podem ellasNa voz pôr tanta vehemencia!

Não armes o alçapão,Será isso uma maldade;Porque como tu tambémElias amam a liberdade.

Gostarias por acasoSe algum gigante matvadoTe pegasse de repente . -E deixasse aprisionado?

Fbarias triste, bem triste.Sangrar-te-ia o coração.E chorando noit-2 e dia,Mnrverias na prisão.

Erix Alves Soarei

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SUPPLEMENTO DO "MEU JORNAL

GAVETINHA?Br SABE

MODA 1-: BOliDA-DO é o melhor fi-gurino que se ven-de no Brasil.

A superfície tío Oee-ano 'Paciíieo, que é omaior do-j -oceanos, es-tã calculada em centoo cincoenta e tres mi-Uiõer.i de kilometrosquadri; .'.j: .

OA gravidade é uma

força que faz com que«s corpos se attraiamuns aos outros. Quan-to maior ó a massa deum corpo, maior a suatorça de attracção.

•No vácuo absoluto o

som não se propaga.C

Papin idealizou aforma .cfe utilizar a for-

A's quinias-tcirascircula

O M ALHO

ça expansiva do va-por como força motriz,na machina a vapor.

•Peso especifico, de

um corpo é a mesmacousa que sua densi.dade.

•Os protozoarios são

animaes de uma só cel-lula que vivem nummeio liquido.

A baleia ó o animalde mais longo talheque) se conhece.

CO figado ó o orgáo

mais volumoso do cor-bo humano.

Os órgãos que for-mam o apparelho cir-culatorio são as veiar:,as artérias, os vasi.scapillares e o coração.

•O diâmetro da Ter-

ra, no equador, medo12.75K kilometros.

O metro é a <i'ecimamitlionestma parte dadistancia que vae doequador ao polo.

CO» astrônomos eal-

cularam que a veloei-dade do movimento doSol 6 id'e vinte kilome-tros por segundo,

OO ponto em que a

Terra se encontra maisperto do Sol chama-sepcrihelio.

A densidade da águad-os mares é sempremaior que a da águadoce.

9No oceano Pacifico

existe, perto das ilhasMariannas, o Posso deChallenger, local cujaprofundidade foi cons-tatada como sendo deS.C36 metros.

•O fundo dos mares

é de forma convexa.ti

Na atmosphera exis-te sempre certa quan-tidade id'e electricidade.Essa electricidade épositiva e se equilibracom a que a terra con-tém, que ó negativa.

dA bonda>ã'e é uma

das mais raras vitudes.d

Benjamin Pranklininventou o para-raiosem 1752.

O hydrogenio é omais leve dos corpos.Pesa quatorze vezesmenos que o ar.

©O egoísmo ó a maior

imperfeição humana,d

Diz-se humidade doar a menor ou maior

quantidade de vapordVagna existente nomesmo ar.

«1Alcebiades, general

atheniense, íoi discipulode Sócrates.

9Plutocracia significa

influencia do dinheiro,preponderância dos ho-aiens ricos.

«O philosopbo Epicurus

era filho de um pastor.9

O compasso íoi inven-tado em 1302, por Gioja.

•Clepsydra é o nome do

relógio de água usadonos tempos antigos.

•Devemos falar a ver-

dade mesmo em nossoprejuízo. O homem quemente só merece o des-preso dos demais.

©Zacharias de Góes e

Vasconcellos nasceu nacidade de Valença naBahia-

•As esponjas são en-

contradas com abundan-tia nas costas da Syria,Grécia, Argélia c noAdriático.

9.Ethnographia é a sei-

encia que estuda os po-vos sob o ponto de vistadas manifestações mate-,riaes de sua actividade.

•Keppler era filho de

um taverneiro.O pae de Demosthe-

nes, celebre orador athe-niense, era ferreiro.

•O prefixo latino trans

significa: além de, parqalém de, através, etc

•James Monroe, antigo

presidente dos Estado»Unidos foi o criador da

doutrina: a America pa-ra os americanos.

•O basalto é uma ro*

cha de origem ignea,muito dura e escura.

9O thenvjometro foi

descoberto cm 1621 porDrebbe.

•Chama-se empirismo o

emprego exclusivo daexperiência, sem funda-mento em theorias.

O museu do Louvre,«--xistente em Paris, foiantiga residência dos reisde França.

Quito, capital do Equa-dor, está a 2.850 metrosacima do nivel do mar.

©Chama - se angulo o

plano cmprehendido en*re duas linhas que seencontram.

•Sylvio Romero nasceu

em Sergipe, em 1851 omorreu em 1914.

. •A palavra volátil tan-

to significa que podovoar, como que se podareduzir a gaz, a vapor.

•O morcego é um mam-

mifero voador de azasmembranosas.

©Kopeck é a moeda usa-

da na Rússia, valendo acentésima parte do ru-blo.

®O almirante Alexan-

drino de Alencar nasceuno Rio Grande do Sul.Foi Ministro da Mari-nha.

eEdison inventou o pho-

nographo em 1877.9

O astrônomo allemãoHerschcll, começou sua

AliMaÉ ÍO Tico-Tico para 1937A. MARAVILHA DAS MARAVILHAS. — A'VENDA

i

QUADRILHANEGRA

QUE SERÁ?

vida como tocador deórgão em uma igreja.

®Os insectos são peque-

nos animaes articulados,essencialmente terrestres,de respiração aerca.

OChama-se odómetro d

instrumento que servepara medir as distanciaspercorridas.

9O Marquez de Abran-

tes chamava-se MiguelCalmon du Pin e Alntei-da, e nasceu na Bahia.

9Copernico foi quem de-

monstrou o duplo movi-

MEU LIVRO DE i

HISTORIAS

presente de va-lor para as crean-

ças. A' venda.

mento dos planetas, so-bre si mesmos e em vol-ta do sol.

9Baccho era filho de

Júpiter e de Silenc.9

O osso da perna a quedamos o nome de canel-Ia, chama-se tibia.

9Os esposos Curie des-

cobriram o radio em

O kangurú é um mar-supial natural da Aus-tralia.

9Dá-se o nome de he-

liotropismo á tendenciaque têm as plantas paraprocurarem a luz do sol.

9Diuturno significa que

vive muito tempo; quadura muito.

©Diogenes foi o mais

celebre dos philosophoscynicos.

Bombarda era uma an-tiga machina de guerra,

J, feita para atirar pedras.

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24 — Fevereiro — 1937 Ai —

V AM-OS E R INTELLIQENTES-* '—- 1

PT ' innnrbqt yHH[

• — Bom dia, meu caro roedor! Cal- — Muito simples: se o senhor per-mittir que eu suba ali para lhe trazermamente ahi, hein?! E agora, como aquelle outro rato maior e mais gor-do do que eu...irá sahir o amigo desta situação? — Pois sim: vá depressa!

— Ahi, meu nego! Dente firme e fé — Que diabo será isto?!...na pelle delle!..,

Vi bolha de sabãoTenho uma caixa grande, toda pintada de azul, onde guardo meus brin-

quedos. Meus soldadinhos de chumbo, meu trenzinho e meu macaco, meu po-lichinello verde, minha vaquinha malhada, meu barco, minhas bolinhas, acarrocinha amarella, tudo isso, agora, vae ser escondido n-i gaveta daquel-le armário velho. E' que eu preciso da caixa grande para guardur uma bolamuito bonita que eu mesmo sei fazer. Aprendi hontem, quando achei umtubo de palha que estava mergulhado num copo de agua com sabão. Sopreio tubo e do outro lado appareceu uma bola pequenina, que fui crescendoaté ficar do tamanho daquella lâmpada do jardim. Que bonita bola! Quantomaior ficava mais cheia de cores eu a vi. Eu oarei de soprar e a tola fugiudo tubo e subiu no ar. Parecia um balãozinho!

Dentro da bola vi então montanhas, vi casas, um céo azul, muitas arvo-res e até um menino muito parecido commigo. De repente a bolha de sabãoarrebentou e todas as cousas que vi dentro delia desappareceram. Hoje voufazer outra bola igual a de hontem e vou guardal-a na mirha caixa azul.Hei de apanhar aquelle menino parecido commigo. Vovó disse que nada con-seguirei porque o menino que eu vi é uma miragem, é um sonho!

Não faz mal! Se eu não apanhfr o menino, tambem não quero apanhara miragem, que eu não sei nem quero saber o que é-CARLOS MANHÃES

1-*-*fJ--*1->-r*\— - ___» .

5E

O TICO-TICO

I

De pes descalsos, risonho,Volta p'ra casa, a cantar,Tônico que passou o diaA beira-mar, a pescar.

^j^^ ¥^^r%\f i'

yÀmJl$k\ (Q?kmm^ M J L—JbCST .

I /V 1112^ ... IffC^N

Entre as grades da gaiola,Está o pássaro a trinar!...Quem sabe se aquelle canto

E' o seu amargo chorar?

aa-rVrí' •**«____

^^^_S-_-»_-*»^___l-

O leão enchia as selvasCom seus urros de trovão,Quando um macaco gritou:— Olá, socega leão!

Ci^^^)/

O peixinho pequeninoAo nascer sabe nadar!

Tu tambem és pequeninoMas não deixes de estudar.

í/

De que lado a aza ficaDa chicaia? — Diz agora,E' bem facil a resposta:Fica do lado de fora!

DEUS, SEM CRENÇA NÃO SE VIVE

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O TICO-TICO 24 Fcvjeí, > — 1937

—&-

ESTUDAR EO TICO- T I C il

RINCAR?Io era qaasã uni horrível casíiflia |á €|íb«5si faça cio csíoelo am

Já se foi o tcaqio cm que » csti

para as creanças. — Hoje em idivertimento agradável e variado.-— ilss creanças precisam estudar

hrincnndo e lirincnr estudando.

* ¦ {IP^^ s^ih^K-V ||*-i**^MMfi|M^*MMmr -. ¦*v*f Pffft-j ^g^^W^jMMBHHBK;MIBr^^:i-í I *aiwi.

JÉ yfflBitBH», fe "¦ >íê *^':.v>!'.J ¦• ' ***.

-—

•*-*->**-«* ;—_ ,

Nos dias dc festa os parques sã» mais ai:-gres ainda. Ha muita gcnta. mviitff» flores e mu-sica esplendida. Na festa das arvores e dasaves. p!anta-se uma arvore, e soltam-se bandosde pássaros, que sc vão feli:es. para o céo dis-tante.

Ginásíica e musicesão ditas coisas alegres.que mimo agradam a*;creanças do InstitutoLa-Fayc!te..

jllii r i -ini ii ~*~**^ -/; í .-:';¦

i. .... ii ¦¦.¦¦.UL.. ..a. .j.-g.,j _t,_. .., ^j iii.. ..i_. I

O INSTITUTO' LA-FAYETTEacolhe sempre] as creanças

com muita simpatia,

porquecTe.dts é

' %-^V' .-í^%-;

¦¦:->¦¦: ¦¦T*-*-í -• .'

'.!

amigo

Nas bibliotecas infantis, ha sempremuitos livros, com figuras instrutivas ehistoria; Interessante ..

H :| mMnÊ^^mammm^tmiM»**^^^*^-"1* ¦¦ "¦ll- ¦ ¦ ' '¦ ¦ ¦¦' **¦ i ' ¦'

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Quer bailando com lindas fantasias...

....quer na ginástica ritmada, que e o en-canto da assistência enorme, não se esque-cem as horas calmas de estudo aoar livre ou nas varandas amplas do Depar-tamento Preliminar d_0 Vistituto La-Fayette,

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O TICO-TICO ty i8 — 2. Fevereiro — 193Í

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e:'boa 'eo-' não m_ voei: eMTÃo £ Meu y\

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1 Imocé estava eií.cõíT'_*^__2<-^> TAZER BOA gS&T_V LADRÕES* ///_^_ \ \ „_¦_ DENDO O O&O ' D£ GUCl

__q__^_ -O?, -sgHunc I Warb\ y V-oã>fc»oo_ ? £ ,<? r^S #i) '-Ç ~c_7Ipe^AT&Los|

ft PESCADOR]________________________________ 8— ¦>__¦ _-_-MM_flB-M_eM_M-i_B_H_a_B-____M_

Todas as manhãs via-se naquelle pequenorio, perdido na monotonia de uma regiãotão distante da cidade, a figura esguía deum homem trabalhador que ali passava ho-ras e horas prendendo sua mão calejada umcaniço, á caça de um e outro peixe para aalimentação de sua familia.

Quando b sino enferrujado da modestacapela do logarejo abandonado assignalavao meio-dia em suas doze badaladas, elle sedirigia para a sua vivenda de sapê onde aesposa e tres filhos esperavam-no ansiosos,afim de saberem o resultado obtido na suapescaria. As vezes, triste e desconsolado,mal tinha coragem de revelar á sua consorteque naela houvera pescado e que nesse dianão poderiam se alimentar. Os armazénssituavam-se no centro da cidade e elle nãodispunha de meios de transporte, pois só

[possuia um gerico faminto que não resisti-Iria, por certo, vencer a grande distanciaque os separava da povoação.

O tempo passava rapicramente e, dia paradia, augmentava o supplicio dos infelizes quejá caminhavam para o abysmo da morte.

Approximava-se o inverno. Tudo peo-rou. As águas do riacho, a principio rc-pletas dc cardumes, estavam agora estéreise congeladas. As bellas arvores de outrçraj,riçosas e sorridentes, transformaram-se era,simplcs galhos seccos e desnudos. As nu-|Vens enegrecidas demonstravam a approxi-(_naçfio de.fortes tempestades, e os reíam-

pagos com suas luzes sinistras cruzavam océo, aclarando a amplidão. O ribombar dostrovões quebrava ó

'silencio das noites frias.

•Eram elez _oras da noite. A luz pálielade um lampeão ílluminava o interior do ca-sebre do pobre pescador.

O homem não resistira tamanha eíesgra-ça e adoecera. Agora, lá dentro da choupa-na, ajoelhada em frente á figura augusta doCreador, uma mulher pobremente vestidainvocava-Lhe numa prece cheia de fé, paraque reanimasse o seu marido acamade.

Numa larga cama feita ele caixões demadeira, situada em pequeno quarto, dor-miam tres crianças que ignoravam as eliffi-culdadcs de vida porque passavam seus paes.Lá fora, o vendaval entoava um canto ex-tranho. De longe ouvia-se o pio dc umacoruja...

Na manhã seguinte .comfa bonança,ainda se distinguiam alguns^vcstigios datempestade passada. Algumas" arvores eler-rubaelas e innumcras poças «lagua. Trescrianças brincavam, alegremente na areia

mal enxuta. Agora divertiam-se admirandoo arco-iris que viera dar nova vida não sópara aquella terra esquecida mas tambémpara o lar do pescador que já se restabe-lecera.

Os rios voltavam ao seu aspecto primi-tivo; as arvores ficavam novamente flori-das, c a natureza estava então embelezadapelos cantos da passarada, e pela linda cordo céo límpido e azul.

Faltava entretanto qualquer cousa paracompletar a felicidade dacjuella familia:urna vida mais folgada.

A tarde parou cm frente à porta da casado pescador um automóvel do qual saltouum senhor bem trajado, acompanhado deoutros. Fora elle mandado pelo governo dopaiz, para fazer excursões aos lugares des-povoados e soecorrer os desamparados.

Deus attendera a prece daquella mulher;tempos depois o pescador, melhorado devida e de condição intellectual, conse-guiu ser classificado em concurso para im-portante funeção publica.

Hoje, elle vive feliz com sua familia,dando graças ao Omnipotente que nuncadesampara os que soffrem e os que se hu-milham e Elle, o Summo Bem e a Sumnia{Bondade, prevê, do alto, todas as misériashumanas;* e é capaz de attender a todas asnecessidades dos que, na hora do desesperoe da dor, a Elle se voltam, para implorar-a Sua misericórdia.

Cf.sar Ayala

ALMANACH D'0 .TICO-TICO para 1937 — Um livro formidável para as creanças

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24 — Fevereiro — 1937 19 O TICO-TICO

DESENHOS

1=***

QUE A GENTE FAZ

Paizagem, desenho de Rose Ma-itc Rocha (7 annos)<

Navio, desenho de Roberto Janot.Tavares (6 annos)_,

Fructas. desenho de Osmar Cha-cou Lemos (8 annos)

Bolhas dc sabão, desenho de Lu-cio Vasconcellos (12 annos)

Cavallo, desenho de G. Bcneduc(7 annos)

«Vario, desenho de Decio Brasil(8 annos)

Escoteiro, desenho de Antôniodç Oliveira (8 annos)

CZZ5\*

1 Solar, desenho de ChrisiUmoloão C. Ribeiro (10 annos)

Poética, desenho de CarmenPeró Orcy (11 anno*.. Passei^ ^^ d.

L. Vasconcellos (11annos)

WÊ&J^mmf^^^^^^^^^^^^^^^^mmTlmmWmmf

II ^BBT — -

x^mMWf jT

"Vasco da Gama", desenho deAmérico de C. Pinto (12 annos)

Auto, desenho de G. B. (11annos)

Zé macaco, desenho dc José V.Novaes (9 annos),

Nc.ta pagina são convidados a collaborar todos os pequenos desenhistas do Brasil, isto é, todosos leitores d'0 TICO-TICO. Os criginaes, desenhados em papel branco, sem pauta, com tinta chineza

Nankim, devem ser enviados á redacção desta revista. 1NUNC!a TE ENVAIDEÇAS DO TEU SABER.

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O TICO-TICO PO — 2. — Fevereiro 1í)37

QUEM NÃO PODE COM O TEMPO NÃO INVENTA MODA — (N. 2)

...E lá ia o jaboti de botas, morro aci-ma. Pelo caminho ia encontrando outrosbichos que tambem iam á festa. O veadoe o coelho encontraram o jaboti e lheavisaram que ainda estavam muito longedo Palácio das Águias, mas o jaboti, dis-se tem lempa

e continuou na sua marcha lenta. Encontroutambem um casal de lobos, já muito fatiga-dos que se queixavam de estarem atrazados.O jaboti, tambem já estava que não seagüentava nas pernas, mas, lá ia arrastan-do-se. Mais adeante encontrou uma onça.A íéra qui_

cheirar-lhe o focinho c elle encolheu-se nacarapaça para garantir a vida. — Você,disse a onça não encontra mais nada, todosjá estão voltando I O jaboti, então, esfor-çou-sc por caminhar mais depressa e atcan-çou o cume da montanha. Era ali o Pala-tio das Águias.

____ __ .

-"' ¦' "¦ \\ v' ww__ v VV'""'* __. _¦$__

Os convidados yl\- se haviam retirado. O jaboti ficou desapontado.E agora o que será de mim, sem alimento I O que vale é que o

'jaboti estava habituado a passar muitos dias sem comer, mas, a via-gem fez-lhe sede e não havia água. Uma garça que ia levantar o vôo

disse: — Tudo está muito bem, mas a descida é que será peor ! «—Nada receio minha boa amiga, diz o ditado que para baixo todos ossantos ajudam e espero descer em menos tempo que para subir I Evoltando-se para baixo começou a descer. Mal havia dado...

(Continua no próximo munem)

Como se sabe, nas mattas e fio-restas do Brasil não ha ursos, oque não impede de se chamar amigo-urso a alguém que finge nos teramisade e nos atraiçôa, usando defalsidades para comnosco.

Acontece que, certa vez, appare-ceu em uma cidade longínqua dosertão brasileiro uma companhia deequilibristas e demais artistas de"variedades", trabalhando em um"circo" armado numa das praçaspublicas, attrahindo muitos especta-dores.

O circo trazia tambem uma "coi-

Icc-ão zoológica" de animaes nines-trados que dansavam, jogavam foot-br.ll c faziam outros exercícios maispróprio dos homens.

Entre os animaes se destacavaum urso que chamava as attençõesgeraes por tocar pandeiro e "dan-

sar" ao som de uma gaita que seudomador tocava.

Na cidade havia um sertanejoque criara, desde pequeno, um bellotamanduá-bandeira, com uma vis-tosa cauda empenachada, comouma farta piuma, ou mesmo umabandeira, dc onde^Ihe^vinha a a_«Ijcunha-

i n 11 inrC-1.ST___._A DE CIRCO)

Conta-se que o citado tamanduáse sentia um tanto ou quanto orgu-lhoso dos seus ascendentes, por sejulgar aparenta-'o com o chefe po-íitico da cidade o Cel. Bandeira, ãcuja familia elle, tamanduá, julgavapertencer. . .

O proprietário do tamanduá,vendo as habilidades do urso, pro-poz ao empresário do circo fazer,em publico, uma demonstração dashabilidades do seu tamanduá.

O homem accecleu e foi annun-ciado o espectaculo sensacional.

Com effeito, o tamanduá sup-plantou, cm habilidades, o urso, -dansando com mais graça e ele-gancia, o que o urso não tinha, etocando uma sanfona, o que o ursotambem não fazia.

Esse ficava despeitado e invejosoao ver os applausos que seu com-petidor recebia do publico, que mos-trou seu nacionalismo applaudindoum "artista brasileiro"*

O urso fingiu que estava con-tente e, quando o tamanduá termi-nou seu numero, que foi bisado,elle abriu os braços para o abraçar.

O tamanduá desconfiou daquelleabraço... mas não o recusou.

Quando, porém, sentiu que o urse.o apertava demais, em legitima de-fesa, o apertou tambem com m.isforça, cravando-Ihe ainda nas cos-tas suas aguçadas unhas.

O urso, sentindo a dor. o largou,afrouxando os braços que preten-diam quebrar as costellas do ta-manduái

Conta-se que o urso nunca maisquiz se exhibir ao publico emquantoo tamanduá trabalhasse no circo, eseu dono teve de voltar com elle âHungria, de onde ambos eram fi-lhos, e onde o publico não conheciao tamanduá, nem jamais havia vistosuas habilidades artísticas.

Dessa vez o amigo-urso se sahiumal com o seu abraço, porque en-controu um que era mais forte. .desconfiou logo daquella repentinae espontânea demonstração de ami-sade... de um urso.

EUSTORGIO WANDERLEY

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O DELOGIO Pagina de armar

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EXPLICA Ç A O

Recortar o mc_trador do relógio e co!!a!-o numa cartolina forte. Abr,. os círculos des olhosli e o arco dai. bocea C. Recortar o pêndulo, pôr uni peso na extremidade. Entre o mostradore o pêndulo; collocar um pequeno circulo de papç.ão. por irai. Depois enfiar um eixo preqofino, que entxe pelo centro A do nanz <_ segute o pêndulo, a cortiça c fique pregado numa taboaou pai. de. Imprimir movimento ao pq_tj-_ulo, que accionará os olhos e a- linaua-

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O TICO-TICO — 22 24 _ Fevereiro — lí)37

ÁS INVENÇÕES DO ZÊ MACACO — DESENHO DE STORNIopa graças' ///i/entei

um apparelho peOESCASCAR BATATAS

ÇUE l/AE\MUiT0,reni\

-A _V

"*C

DESCASCAR BATATAS tó_Zvf y^rm 9a- Wf Pffy/tfp \5>V>«—I ' / \iiK^!-JiTo,ríMvh^-^r^il^i / /7^ Y//A << /"-"'/- ,,w*5a V A vw i \ y?\y \ o I ZyMtj~~r yr\ ^\ \ v^O \y \X y ^€ÈÊ J' /! ^\ Jz )

WS-Éd -- Am»t7 sr'»* «.. i->

£/5 /*#', ESPOSA GUEJi.-M0 MAiOR rpi/ENTCl

PO SÉCULO.

çue ç^Acinmvou estreai '

UãJ£ mesmo'

*a"* ^^f •>-e-J'v^*~í*S|s,~ ~QUERO VER é" '

VOU

ESTREAI- iS ff^Bjt fj Qusxro KtM/DO \/OU1)0/? f£SMO' iü W£flP W!lj OESCA SC AR JÊSk

| UFTFrffl /4 fjTift/ Pt/XANPOflMi 'W/l/V'l/£í..*.$ *M </.

AR<?E/ SÓ TRtSSATÃ TAS EMNORA £ M £>*_',

x/fítJ USA/? O MEcJ , BA 5 ra oe mvtHCÕes,„XtcrZ' nrmi-1 zeÁ. AWSi ° ,^físo

r*x0^^~07 .^ «Lc^Sl JbW§ HORAE n£i*f 'V-^TVi ro cheiRO..-- Uf yj oW£i'*'3Tjfc

SA DEO QUE E' UMA CRE-

AF^ÇAO terror do solteiro, o the-

souro da mãe. o déspota mais

tyranno no dar mais republicanoA única propriedade pre-

ciosa que não desperta inveja.A ultima edição da hurua-

nidade da qual cada um julgapossuir o maio bello exemplar.

Um natural de todos osO)

paizes que não fala a lingua denenhum.

—- Uma mulher sen», defeito»»

ou um homem sem virtudes.O melhor alvo dos beijos;O carrasco das bonecas c

0 inimigo dos brinquedos—- O resumo do passado e a

> do futuro.O inventor da lagrirrta.Uma csculptura de leite.Um estrangeirozinho con».

passaporte para os mais puros.affectos do coração.

UMA CACAMPO

!

Na encosta daquella colina, arlsta-sc'uma casinha toda branca, cercada dograndes arvores. Pela manhã, mal o;jol -uV-aponta, já oh habitantes, de en-cada no hombro. waem para o árduotrabalho. E. logo após aa ultimas ha-dalaitas do meio-dia, chegam os ha-meus extenuados pela luta da manha.para tomar a refeição. E é a esta horaque .surge á porta uma preta velha,com um .panno de xadrez vermelho ácabeça, sobracando wii enorme calde-rão efcelo de milho, e chama oa poru-íi.» i para o almoço. Depois Aa t <v:ntomaijfo a refeição, voltam os h'>mcnspara i> campo, afim de continuarotn atarefa Interrompida,

¦K a hora do crepúsculo. Cf»ando osol deixa a terra e por toda a parte eem lado M nota uma grande "Belas.-cholia e solidão, voltam pa trabalhada-rt i para o descanço.

1-: como regressara alegres !Jantam. MUtaoHM tfenoia á rara a •

dinlia que cin-umda a casa e, em pa-l-jBtras agra1-V.veis, esparam a volta dopa;». K f.-.-ia-i parage*au, onde »*o -ouve o barulho das jrandea eldad,;.

das '.V- • > can-tai- doa grllloa, tudo 6 sonho * tanta

Lia Costa Braga

UMA QUESTÃO DBLÓGICA

Um dia, Murat passeava a ca-vallo por uma rua de Nvpoles.

quando um agente de policia odeteve, intimando-o a apeiar-se.

.— Apear-me, exclamou furto»-samente Murat. por que é que pudevo apeiar-me ?

Porque esta rua está reser»vada somente aos pedestre--,

.— E que significa a palavrapedestre ?

Significa que a rua eítâ re-servada para os que andam a pé

-Então com que direito me,detém o senhor ? vociferou Mu-rat. Um c avalio não caminhacom a cabeça, ao que me parece:caminha com os pés. Aprenda

amigo a comprehender bem ,t-

ordens que lhe dão.E seguiu o seu caminho 'muito

uatisíeito, deixando o agen'2 cí*

policia esmagado sob o peso d«ásti'1 lógica. i

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24 -- Fevereiro — 1937 — 23 — o T n; o - t i i; o

As aventuras do Camondongo Micke{Desenho _t Walter D'sneu . M B f-eríi exclusividade para O TICO-TICO em rodo a tí_tí*

ir1!s

j\ ^^^^:Mi,/..,.j. 1,

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——*** Ir/y

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— Esses cavalheiros são os melhoresdetectiycs do mundo! Resolvem tudo pelaseiencia»

•— Apparclhos dc óptica e outrosInstrumentos são grandes auxrliarcsdos detectives.

— Que estarão elfes resof-vendo a h i dentro. f_c_dos ichave.. -1

W7 ~ í i^ ';jj 1\i*B*aW**s i «¦ ** O ijr. 11 *V ^ -M_TrT_ >/ /j

— Este jogo dc paciência c bem interes- ..Sr. Barle! Nada dc novo no casa do • Commigo c o Howdl na cidade,sante! Vamos continuar a iojar. — Hora roubo dos cabeí.os e das camisas? — DS ladrões sabem quo não terão mar,dia,... Nada, nada absolutamente1 ama oppoiíumdade!

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-,.v£*•*-' C Cr ty

— Os senhores estão ahi? ...extraordinária um facto sensacionalissimo' -7£nào possue nenhum mdic*o paraE bem bom qu. assim v.,a. fui victima dc larápios! Fui roubado, v.lmen- qu: p,7. deteot.ves, possante-, procurar osAconteceu um lacro. ._. , , te roubado, covardemente roubado! fa_,-,r—*¦——— —- i

I 31 _-__&."«—*—T~~

— Deixe-me lembrar se fiqueicora algum tnèftcio_... — Sim!'Te»riHò as impressões...

...digitacs do ladrão, os quae. fica-ram sobre o parapc-.io Ja iànel.a1 —Stm....

ÉÉ _ê___J___S|¦ Í3SÔ- , _lgl I ' ¦

.Couttuóa no p. _:._<..„ .•-.rtero)

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O TICO-TICO — _. i — 24 Fevereiro — 1í)_7

E assim, nos dezoito anno?, assentava prâ-ça como voluntário no l" Batalhão de Artilha-ria, sendo mais tarde transferido para o 2" c à>'-pois r.düido ao Corpo dc Engenheiros,

já nesse tempo Floriano demonstrava o seu caracter frio, masenérgico. E ao entrar na Escola Militar, se deu com elle um lacre;que dá logo idéa do seu caracter.

\f ____¦ _¦, J**^\. Foi o seguinte: No trote dos veteranos .veterano que o offendera cj/\ _^_»-- '^Fr^&rp&l (f %k. dçlf-8, grosseiramente offende o novo ca- ali, os dois sozinhos, elle, que ti-

/--f/" 71_> /w:'i|i_- (\ /ouro. Floriano, melindrado, vae. esperar nha uma força physica notável,y—v, a4^í-_______-^ ) \ à no.te, fora da Escola, o atrevido... applicou, em silencio, um...

...severo castigo de bofetadas no ca.tarada Fez-se,por isso. logo respeitado na Escola. Mais tarde, depoisde approvado nos eJkarncs de artilharia, loi promovidoa segundo sargento e transferido para o Corpo dc ar-tificcs no Rio dc janeiro.

¦¦

Nesse meio tempo rebenta a guerra, do Brasil com o Pa-raguay Floriano foi .iddido ao 2 Batalhão de infantaria edepois para o \° de Artilharia como Tenente.

(Continua)

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TERRAS EXTRAÍADorOSWÀLDOSTOf?M(\í

A custa de inauditos esforço», o fie] Miquimba conseguiu Ura?Spot de dentro da armadilha. O explorador de terras extr-nhas estava exhaustu e muito ferido da luta que sustentara com o rei daa sei-va», o feroz leão.

iTrei dia» de repouso (oram bastantes para curar Spot dos feri-

m«nto» recebido* Elle e Miquimba prosegmam a procurar Mariaque, raptada pelos homens-leopaidos, fora depois salva pelos pretosanões.

Um dia, de cima de ama montanha, Spot e Miquimba viramuma povoação Morto» de fome e cansaço dirigiam-se para ella Seria o redueto de fortes selvagens, cie ferozes canníbaes? Nâo! Ali mo*ravam o» pacíficos anões que haviam salvo Maria,

Üfi___i ^^^!S^U\^^^^^^m^^^^n^^ ISS. gW Of^SB^Ê^^^n^^^^^^^^L^r^^^^^^^V ^°se °PProx*marem da povoação foram surprehendidos pelajpr A—w __r J I PoV^^SBr fiW W i apparição de pequeninos pretos. Spot, apezar de estar triste, não pó-

fjj--l ^jP§SM / // M&££Êjj&^ k^N_____ de deixar de achar graça nos rostos feios e cômicos dos anões. Mi-r__- Ê-B^^S \ // (¦__! Jím^-^^B quimba explicou aos an.es que andavam a procura de uma moça

f-jJW ^j__jfl__ // /_ fiBjifeK^ branca. Os anões levaram . „ -

mL—j™—LUÈúmÈk—mm \\ li —J—

í-c.

.. ._. entâo os dois exploradores á presença de Mana, dentro da po-voaçâo. Spot, commov-do, abraçou a esposa, que lhe referiu a odysséa por que tinha passado e ainda a disposição em que estavam osanões de auxilial-a na posse do thesouro retido no paii dos homens-múmias. (Continua no próximo numero).

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O TICO-TICO — ae — 24 — Fevereiro 1937

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ÉQUANTO

TEMPO KIAOJ VT ffOMn II HOJE FAÇO &NMOS e "áBfe. lEMBRULHCl C^lhEóO.^gU W&CHOQ,l'| ^^^TxVAEA-HI- ' PANQAE&çO COM CERTEZA ^^PrUooei-E ^-V'

ANTES PE IR P'CA CASA VOU V£p __ ] I VAMOS AGORA p'RA CA*. Í^ t-TV^^CJ/_ ACABOU G_TA GrUCRR-, DA HET.PANHA DEVC SS:R TARSg, <^^\ >J|_) U /ÉòSS^^

. _$>V'.M DOU TEMPO ,&o *PAN-nAT4E.CO DÇ _ —' ^f% 4^*"^ K° màj ^ 1COMPRAR- O PReSGNTEL T^re^ M|M kW^~ M__^ Ls^A A / t lffi\ ^^'

Deus, quando fez este mundofFodo cheio de belleza,'Quiz

que todos os viventes'Amassem a natureza,

De dia no céo azulPôz o sol •— estrella de ouro *E, á noite, no céo escuro,Pôz de estrellas um thesouro.

Isto, sem falar na luaCom sua luz branca e friaQue aos corações dos poetasInspira tanta poesia,v,

Pôz no mar as altas ondasE na terra mil fulgores,Fructos doces, saborosos.Perfumes raros das flores.

- ***¦ ¦,

Nos ares pôz Elle as avesCujas pennas são o encantr?Dos nossos olhos e a graçaDos ouvidos o seu canto

¦¦ VV'tAcima dessas bellézasPara nos admirarDeus nos deu intelligencia >Para tal cousa gosar,

.^^^VW/^^W^WWN^^W^^^A^V»MA^*|

Alegria de viverVSMVVVSMVVW^M^/WNAAAA^A/VmMVVVSAAA^^

iVá para longe a tristezaQue nos causa algum desgostoE vem toldar a expressãoDe ventura em nosso rostos

V"^ A"Nossa existência é tão curta...;E, ás vezes, bem trabalhosa;Devemos, portanto, vel-aDo seu "lado côr de rosa"

'Façamos, conscientemente,Com a maior sinceridade.

A campanha conhecidaComo "da boa-vontade"<

Ella manda conservar,Quer haja frio ou calor,Quer chova, ou faça bom tempo,

* Sempre nosso bom-humor,

Não devemos ser severos,De semblante "carrancudo",

Mas ter aberto nos lábios''Um sorriso para tudo">

Para sé vencer na vidaTer boa sorte é preciso,Porém vence facilmenteQuem sabe ter um sorriso,

Sejamos, portanto alegresComo a clara luz do diaE espalhemos, com sorrisos.Entre todos, a alegria.,

Que todos, jamais, esqueçamDe ao bom Deus agradecer'As bênçãos que nos concedeCom a alegria de viver..

EUSTORGIO WANDERLEY

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24 — Fevereiro — 1937 ?7 -Vi O TICO-TICO

yA^^^^A^^A*N^^^^A^^^A^^^^^«*^^^/^^^^^^^^^^^AA'*^V^^^^^WW^^^^WWWV^V^V^^^^^^%'*

10 homem pe eolleecionava... ..osi^AAAAAM>MA^M\M^^A^^^^VVVWW>

Um norte americano millionario eexcêntrico, como os ha muitos napátria de Benjamim Franklin e deThomaz Edison, não achando maisem que esbanjar o dinheiro fácil-mente ganho nas suas fabricas derouges, pós de arroz, cosméticos, es-maltes para unhas e demais engô-dos de que se alimenta a vaidade fe-minina, resolveu ser colleccionador.

Negociantes expertos offereceram-lhe "completas" colecções de sellospostaes de todos os paizes do map-pa-mundi e mais alguns creados pe-Ia sua imaginação fantasista; ou-tros lhe offereceram colecções demoedas antigas, affirmando dataremtio tempo em que os homens aindanão haviam inventado o dinheiro pa-ra se escravisarem a elle; outros ain-da lhe offereciam curiosas collecçõesde armas brancas e de fogo, desde omachado de silex do troglodyta aofuzil metralhadora portátil do gan-gster neworkino...

O excêntrico millionario recusavatodas essas offertas, alegando queseus amigos da 5.* Avenida deviampossuir colecções de tudo aquillo e,por certo, mais completas do que aque mais o fosse.

Desejo, diss«e elle a um agentede negócios, desejo colleccionar umobjecto, uma cousa qualquer que nin-guem ainda tenha tido a lembrançaao menos, de colleccionar.

O agente de negócios, por isso mes-mo que era agente de negócios, limi-tou-se a dizer.

Arranja-se; .e sahiu.Meia hora depois voltou com a es-

eriptura de venda de vários terrenosílizendo ao millionario:

Eureka!Que é isto? Quer que eu collec-

cione vidros do preparado para apa-gar tinta?!...

Não. Trouxe-lhe isto...E apresentou os títulos de venda

dos terrenos.Mas eu não quero colleccionar

terras...E' que nessas terras ha o que o

senhor procura: uma cousa que nin-guem ainda pensou, ao menos, em col-leccionar...

E que é?E'cos...

E'cos?! Que vem a ser isso?r...Indagou o millionario, cujos conhc-cimentos estavam na razão inversado dinheiro que possuía.

E'cos, explicou, sorrindo, oagente de negócios, são curiosas re-petições do som.

, _ Quero ver essas repetições.

«— Não. O senhor não "verá", e sim"ouvirá" as repetições do som. Verá,porém, as terras onde se produz es-se phenomeno.Mas essa historia é éco ou éphenomeno?O éco é um phenomeno deacústica; explicou o agente de nego-cios, querendo mostrar erudição.

O millionario comprou os terrenose depois foi verificar os ecos que ha-via nos mesmos, ficando maravilha-do com o que ouvira.

Alguns ecos eram tão perfeitos que,não somente reproduziam phrasesinteiras pronunciadas em voz alta,como tambem pequenas árias musi-cães executadas em um cornetim.

Tomou gosto pela sua collecção etratou de enriquecel-a com a com-pra de outros ecos, emquanto ia, ellepróprio, se empobrecendo...

Annunciou nos jornaes, e não fal-taram vendedores que offerecessemá venda terrenos com os mais curi-osos ecos que repetiam até discursosde cincoenta a cem palavras...

Passaram-se assim alguns mezese o coleccionador de ecos já possuíaa collecção valiosa e única no gênero,com muitas centenas de ecos.

Não tardou, entretanto, a verificarque seu capital se gastara na com-pra dos ecos e que do seu dinheirosó restava agora tambem um longin-quo éco...

Arrumado, pretendeu vender suacoilecção que tantos milhões lhecustara.

Não encontrou que lhe desse porella nem um dollar, porque a maio-ria dos ecos era fictícia.

Os finórios agentes de negócios,certos da inexperiência do maníacocolleccionador, punham um indivíduooeculto em determinado ponto doterreno que ia tachygraphando oque ouvia para depois reproduzircomo si fora, realmente, um eco...

Sem um dollar no bolso o "pobremillionario" resolveu cultivar, ellemesmo; os terrenos que comprara-

Começou-se a ouvir ali o éco daenxada cavando o solo; e depois odo arado fazendo sulcos na terraonde era lançada a semente que ger-minava offerecendo depois farta co-lheita.

Com tenacidade, energia, e forçade vontade o millionario conseguiu,novamente readiquirír sua fortunaperdida, tornando-se um grandeagricultor, valorisando os terrenesincultos que comprara e doixando amania de ser colleccionador.

Eustorgio Wanderley

'¦u m£l> ?*Ç$Ç. ..*__. l«^r^'wA__*_. jr-i~-:m-%> t*—ssç—

Dobrem cada um dos desenhosabaixo pelas linhas ponteadasacompanhando a numeração. As-sim fazendo, verão a surpresa queo desenho mostrará a vocês.

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Âm*S^m*m'^»*m*<m^Amumtmmm*\AatJm^^^a»

ANECDOTAEntre garoto?:A primeira vez que fumei,

senti forte: dores nas orelhas.Nas orelhas ou no estômago?Nas orelhas. Se visses como

a mamãe m'a_ puxou!

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_ TICO-TI tfO 24 —- Fevereiro — 1987

OlfOaf E_aH flffiLl]CONCUR/O/CRESULTADO DO CONCURSO N» 3

\A~ o fal© rA A "^Th^JaÍj-/

iSolução exacta do concurso

SOLUCIONISTAS :rSidney "' da Silva Monteiro,' Nilton

jMeliga, Oswaldo Lucas da Silva, NlseMachado Caldas, Delamare Neves Sil-Veira, José Spanolatti, Fernando O.Gomes, Otto Carvalho, Elso J. da Sil-va, Natalicio Prunes, George SantinhoMattos, Guiomar Lúcia dos Santos, Ny-dia Pafp da Fonseca, Norma Vieira,Therezinha Maria Marapodi Corrêa, LéaM. Brusque, Estherinha Souza Campos,(Alipio Corrêa de Castilho, Sandra Ma-ria Silva Paiva, Jarém Guarany Gomes,Ornar Alves de Carvalho, Acyr M. Go-•mes, Hugo Godofredo de Araujo, EdylSouza Barros, Maria Pires de Castro,Romulo Ary Cosenza, Mary de AlmeidaBraga, Thereza Suzy B., Enio R. Mo-reno, Maria Sylvia Yvonne da SilvaFerreira, José Cyrimo Nogueira Filho,Heitor Drapier, Leonor Nogueira Soa-res, Nair Guedes Orelro, AntoniettaMandarino Gambardela, Maria de Lour-des dos Santos, Olga Neves, RobertoArieira, Antonio V. Soares, EdsonMonção S., Hildegardo Costa, CelinaGloria C. Alonso, Maria Augusta Ra-mos. Leda Nunes Ferraro, Heli MendesÍBarretto, Mareei Milcent, Maria da

P I L U L A S

Lourdes C. de Albuquerque, Maria d'aConceição Nobre F., Diã'i Bastos, Ru-bens Calmon de Albuquerque, Mercê-des Gama, Mariza Boisson, EstellinhaDinorá Boisson, Ritinha Gomes de Mat-tos, Luiz Augusto Boisson Santos,Ruth C. Mendes, Rubem Corrêa, MariaJosé Diniz, Elmano Pereira Rego, Joel'Araujo dos Santos, Haydée CardosoLúcio Couto Lopes, Walter Finamore,Marilda de Carvalho, Marietta Dell'Aringa, Lynê Alves de Camargo, ElnyAbdelaziz Alves de Camargo, Nylê Al-,ves de Camargo, Helena de Almeida,Carlos Lanzelotte, Moacyr Mesquita,'Armando Vaz, Hilda Haddad, ZildaHaddad, Albano Salvador Corrêa, Syl-vio Mario Lopes d'e C, Iracy Mattos,Yvette Biaklini, Maria José de AraujoDuquo Estrada, Aurenny R. de Mel-

Xfafc j a m t* J/W K. _Él__r *¦ -mttWF^iK. } T-fl

I PÍLULAS de papaina e podu-PHYLINA)

'Empregadas com suecesso nas moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Essaspílulas, alem de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regulaiizador das funcçôesgastro-intestinaes.

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As assignaturas começam sempreno dia 1 do mez em que forem to-madas e serão acceitas annual ousemestralmente. TODA A CORRES-PONDENCIA como toda a remessade dinheiro, (que pode ser feita porvale postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida á S. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 31— Rio. Telephone : 23-4422.

Io, Maria do Carmo A. Sobral P., José". Rodrigues de Mendonça, Sylvio Crosa,' João Baptista de Campoe, FernandoJosé Gomes, José Maria de Moraes, AI-dyr Madeira de Mattos, Nydia Barbo-sa, Bianor Arcoverde, Edgard Furtado,

jDonatila de C. Silva, Paulo DuarteMonteiro, Odycelia de Souza, MariaiCarolina Rodrigues Alves, Appolinario;J. de Oliveira, Alfredo Lomonaco, Cel-'so Amaral L., Roberto Sandall, LenyFonseca, Othon Lobo Oliveira, HélioPinto Valle, Alfredo Abreu Peres, JoséGomes Lila, Luiz Eduardo, Wilson Ma-ciei, Harry Damasceno Vieira, DelmaProença Castello Branco, Yara Trus-' sardi, Eny Accioly Aguiar, Garcia Au-

. gusto Guimarães, Edio Henrique dosJ Santos, Júlio D. Couto, Yvoncide Gtíi-

mara.es, Renato Ganlme, Walter Go-V. mea Pereira, Dulca da Cunha e Silva,"'

] Elza de Oliveira, Guiomar de Azevedor: Fonseca, Newton da Cunha e Silva,„i Hepler Santos, Waldyr Xavier Pereira' Lima, José Arnaldo F. C. Bello, Maria

Célia Azevedo, Heloísa Mottá Haydt,¦ Hello Motta Haydt, Hebe Nair Nitzs-

cüe, Sérgio Branco Soares, Maria JoséPorto Bueno, Maria Luiza M. Ferreira,Adhenor Leite Teixeira, AlfredV» Tei-xeira Canthe, Clecy Porto Cardoso,Normaudina Saldanha, Jayme Octaviode Britto S., Léo R. Corrêa, Renée Vet-tinem, Ilka Mattos de Mello, Rany Car-neiro Santos, Osvir Carneiro Santos,Therezinha de Jesus, Arthur de Pinho,Newton G. e Godoy, Livio de QueirozBarretto, Almir Nogueira, Almiria No-gueira. Linda Preuss, Cecilia P. Dias,Ignez dos Santos, Léa Novaes, EldioBueno, Alipio Fagundes, Hugo Paptda Fonseca, Laura Pinto, Alberto dede Castro, Hélio de Castro, HeitorCaulliraux, Maria José Lyra, Jair Les-sa Guimarães. José de Araujo Macha»"do, Geraré'a Machado, Hildayres Pau-Ia, Arthur Luiz Pereira G., Antonio daRocha Vianna, Julia Marques Lins,Luiz Fernando da Silva, Regina Cere-ja Duarte, Maria José Anastácio, Ma-rita íris Silva C, Carlos Leão de S.,Bandeira, Marilza Xavier França, Ra-chel Maria Figueiredo, Roberto Roge-rio de Araujo, Jadir Botelho, Felippe)Miodonlk, Nilza da Cunha Valle, Emi-lio A. Meyer, Diva Nise de Siqueira C,Maria Helena iõ'a Silva Freire, YolandaVaz F., Antonio E. de Araujo, DéffiCunha, Alexis de Barros G. Gomes,Walter de F. Silva, Neuza Carvalheira,Judson de Freitas S., Nelly Ramos Pi-tanga, Evandro Luiz de Abreu, LuizW. da Amorim Araujo.

Foram premiados com um lindo livrade historias infantis os seguintes con-currentes :

ARMANDO VAZ JÚNIORResidente á avenida Brasil u* 1.050,

Bello Horizonte, Minas Geraes.

THEREZINHA MARIA MARAPODICORRÊA

Residente á rua Machado Coelhon> 55 — Ciã'ade Nova, nesta capital.

RACHEL MARIA FIGUEIREDOResidente ã rua Domingos de Mo.

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24 Fevereiro —1!)37 Ir- 21) O T I CO-TI CO'

«fe I(El %* O»

—' -» ¦-*; —: .—

A' S. A. O MALHOTrav. do Ouvidor, 3-4 - Rio

Junto a importância de 6$000 para queme envie um exemplar do Almanachd'O Tico-Tico para 1937Nome -.. *Rua A'." Cidade Estado ,. - •

Corte o coupon acima e, acompanhadoda importância de 6$000, remetta-o á S. A.O MALHO, sob registro. Na volta do cor-reio recebereis um exemplar do primorosoALMANACH D' O TICO-TICO para1937.

RESULTADO DO CONCURSO N° 4

Resposta* certas :

Ia — INDIO.2" — LÁ.3° — MISSA, ASSIM.4° — ESPADA.D» — PEREIRA,

SOLUCIONISTAS „•

Nilton Meliga, Maria José Lyra, Jo-Bé de Araújo Machado, João Buitron,Maria José Anasthacio, Luiz Btíuardo,Levy Fonseca, Aldyr Madeira de M.,Almiria Nogueira, Almir Nogueira,Linda Preuss, Zilda Haddad, HildaHaddad, Arthur de Pinho, Therezinhade Jesus, Maria Luiza Mens Ferreira,Newton tíla Cunha e Silva, Joel Araújodos Santos.Rubem Corrêa, RobertoArieira, Elso J. da Silva, Edyl S. Bar-ros, Jarém Guarany Gomes, NormaVieira, Guiomar Lucia dos Santos,Acyr Magalhães G., Pedro de MelloFontes, Léo R. Corrêa, Oswaldo Lucasda Silva, Laís de Macedo, Abílio Clau-dio de L. Souza, José Spanolatti, Nata-licio Prunes, Sulamita Paciornik, Ha-

miJtõiT H> de* Oliveira?? Géorge* S^Mat-Atos, Nydia Papf id'a Fonseca, |Therezi-nha Maria Marapodi Corrêa, YvonneF., Arthur F. Strutt, Maria de Lour-des Brusque, Estherzinha Souza Cam-pos, Alipio Corrêa de Castilho, Wanda,Maria de Fontenelle, Ornar Alves deCarvalho, Felicia di Puglia, Nelly Ra-.mos Pitanga, Jones Walter de FreitasSilva, Judson de Freitas Silva, NeuzaCarvalheira, Alexis de Barros G., An- •;tonietta Vaz Ferreira, Antônio Epi-phanio de Araújo, Carlos Martins Fi-lho, Rubens >õ'e Oliveira Medrado, Clau-dio Nunes P., Maria Helena de SáFreire, Augusto Braga Machado, LéoPagetti, Ayrton O. Gonzaga, TherezaSuzy Bettega, - Lourdes Maria A. So-bral Pinto, Ivo Camargo Castro, MariaSylvia, Otto Carvalho, Yvonne da Sil-va Ferreira, José C. Nogueira Filho,Romulo Ary C, Heitor Drapier, Leo-nor Nogueira Soares, Nair GuedesOreiro, Antonietta Mandarino G., Gil-da F. da Cunha, Maria Augusta Ramos,Ruth dos Santos, Rodolpho FernandesNeves, Hildegardo Costa, Maria Car-men Jayme Galvão, Celina G. Alonso,Elza Menõ'es Barretto, Leda Nunes Fer-raro, Humberto Lanzelotte, Didi Bas-tos, Zaira Gama, Marisa Boisson, Ri-tinha G. de Mattos, Estellinha DinoráBoisson, Luiz Augusto B. Santos, Ma-ria José Diniz, Evandro L. de Abreue Lima, Elmano Pereira Rego, GiseliaPety Falcão, Oswaldo Cândido de Sou-za, Othon Lobo Oliveira, Armando Do-mingues Couto, Sidney da Silva Mon-teiro, Ruy Baptista, Wanytton Fina-more, Marilda de Carvalho, Neuza Ro-drigues, Vicentina DelPAringa, MariaRosco Vinhas, Roherto A. Sanâall, He-lena de Almeida, Luiz A. Tannuzzi,Armando Vaz Junior, Maria do CarmoGomes da Silva, Dulce da Cunha eSilva, Maria de Lourdes C. de Albu-querque, Elza Maria Azevedo P., Wal-dyr Xavier Pereira Lima, íteula San-tos, Maria Regina de Barros Soares,José ArnaMo F. C. Bello, Norman Ca-valca-nti, Maria Célia Azevetío, HeloisaMotta Haydt, Hélio Motta H., HebeNair Nitzsche, Sérgio Branco Soares,Maria José Porto Bueno, Alfredo Tei-xeira Canthe, Clecy Porto Cardoso,Normandina Saldanha, Dulce Maria deBritto Silveira, Rony Carneiro Santos,llka Mattos de Mello, Osvir CarneiroSantos, Adhenor Leite Teixeira, Enydo Prado Villela, Elza Ramos Pacheco,Sylvio Mario Lopes de Castro, NairMattos, Hilda de Jesus Pierre, MariaJosé de Araújo Duque Estrada, Fer-nando José Gomes dos Santos, FerminoSoares de Campos, Rubens C. de Albu-querque, José Nobre F., José Maria deMoraes, Nydia Barbosa, Marcello Ar-coverde, Adycelia de Souza, Maria Ca-rolina Rodrigues Alves, Alfredo Lomo-naco, Celso Amaral L., Celio Pinto V.,Annibal Janson id'e Oliveira I-, RenatoSilveira, Alfredo A. Peres, José GomesLila, Delma Proença Castello Branco,Yara Trussardi, Alceu G. Alves, Harry

"COMO - ESCOLHER iUMABOAf ESPOSA"

pelo dr! RENATO KEHL'

Edição da Livraria Pimenta de Mell*.. & Cia., — Rio do Janeiro

í Não ha exagero em dizer-se que Re-;nato Kehl, consagrado autor, entre ou-^

(tros livros, de "Lições de Eugenia"]e de "Sexo e Civilisação", escreveu'uma obra preciosa ao alcance de toda!a gente, ao qual deu o suggestivo titulode "Como escolher uma boa esposa".!Nelle encontrarão os candid'atos ao ca-ísamento excellentes conselhos sociaes.ímédicos e eugenicos numa linguagemclara e desprentenciosa que facilita a|:leitura e torna o' importante proble-ima admiravelmente comprehensirel.''Os moços e as moças devem lel-o como interesse que merece. Preço 4$000|livre de porte. Pedidos á Livraria Pi-jmenta de Mello & Cia. — Travessa Ido Ouvidor, 34, Rio de Janeiro.

' f

Damasceno, Celina Campos, Edio H. dos1Santos, Eny Accioly Aguiar, Diva Bar-jros, Adelino Fernandes Ribeiro Junior,]Ivaneidé Guimarães, Léa Novaes, Re-!nato Gamine, Pedro Carneiro, Gerson!Fagundes, Hugo Papf da Fonseca, An-;na Helena de Mello Menezes, Use LeitePinto, Alberto de Castro, Hélio de Cas-tro, Adhenor Leite Teixeira, HeitorCaulliraur, Jair Lessa Guimarães, Pai-myra Carvalho, Therezinha Placid'o daMotta, Hamilton H. de Oliveira, Ar-thur Luiz 'Pereira G., Antônio da Ro-cha Vianna, Julia Marques Lins, DalvaCereja Duarte, Dahyres Paula, PauloGuimarães, Marilza Xavier França,Waldemiro de Oliveirãv Carlos L. deS. B., Yvonne M. M. M. Schaack, MarifiH. Figueredo, Roberto Rogério dèAraújo, Darthemis Tellesjures de Sou/-.za Brasil, Jardim Botelho, Nilma dííCunha Valle, Filippe Miodvrik. \

Foram premiados com um lindo livro(de historias infantis os seguintes con-.'currentes :

RUBENS DE OLIVEIRA MEDRADO '.

Residente á rua Campos Francan' 3 —¦ S. Salvador, Bahia.

NELLY RAMOS PITANGA v

Residente á rua Xavier Leal n" IX— appartamento 1 — Copacabana,nesta capital.

CONCURSOS ATRAZADOSN» 105

Newton Xavier Dantas, Emilio A.Meyer.

N° 106Nelly R. Pitanga, Alexis de Barroa;

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O T I C O - 1 I C O — 30 24 — Fevereiro 1937

CONCUUSO N» 15

Para os leitores desta Capital e ao*Estatfos.

Os problemas de palavras crnataconstituem um optimo passatempo, umprodigioso exercício mental. Damoshoje mais um desses problemas, comoconcurso para os nossos leitores. Aschaves"' do concurso são as seguintes:

Horizontaes :

89

12141511!

4G8

101113

Antes de Cliristo.Roedora.Fructa.Serve para escrever.Oceano, ás avessa».Pouca sorte.Cetáceo.I.aço apertado, fts av«s**s,Progenitora. ' .

Paes dos pães.

Verticaes :

Gordura do leite, ig avessas.Ária..ítato muito grande.

Um ser.Ai'd'a Alves.Cauda do animal.No barcoDesprende-se.Caminhavas.

As soluções devem ser envi.idas áredacção d'0 TICO - TICO, separa-das de outros quaesquer concursos o

acompanhadas não só do vale quetem o.numero 15 como tambem das de-clarações de nome, ed'ade e residênciado concurrente. Para este concurso,que será encerrado no dia 27 de Março,daremos como prêmios, per sorte, en-tre as soluções certas, tres lindos li-vros illustrados.

mVALEPAPA O

CONCURSO

N V» 15

CONCURSO N» 16

Tara 03 leitores desta Capital e dosEstados próximos.

1'crguntas :

1* — Qual o animal quo com a juí-ciai trocada é parte do corpo humanol(3 syllabas)

Antouinlia Coelho

!• — Qual a arvore fruetifera que êsobrenome ?(3 syllabas»

fila rio Pereira

3' —« Qual a preposição o.ue tambemó tempo de verbo(2 syllabas)

ÍVO HtHttOt

4* — Qualconjuneção ?(1 syllaba)

a noiK musical que ô

nv* Mirámljt

5' — Elle é quadrtipetlé.Ella é peine.Que é T

(3 syllabas)Francisco Vcign

van» ser enviada» á redacção d'0 TICO- •TICO, separadas das do outros quaes-quer concurso» e acompanhadas do no-me, edade o residência do concurrentee ainda «Jo vale que tem o numero 18.

• T"ara este concurso que será encer-rado no dia 14 de Março próximo da-remos como prêmios, por sorte, entreias soluções certas, doia lindos livrosillustrados.

VVALEPARA OCONCURÍON2 16

"ARTE DE BORDAR" é o at-bum preferido para as senhorase mocinhas que gostam de traba-lhos de agulhas e outros. Appare-ce nos dias 15 de cada mez ccusta apenas 2$000 cm qualquerjornaleiro ou livraria.

O SUSTOSentados na relva de um campo,

dois meninos conversavam.

Bem longe, quasi fora dacampina, pastavam dois ruminantes.De repente um dos meninos falou:

—- Como seria bom se tivéssemosalgum brinquedo que nos diver-tisse!

Um sapo, aos pulos, salta-lhe tmcima e o menino grita, com susto éhorror :

— Oh ! Que bicho feio !

E os meninos nunca mais quizi-rí>m brincar no campo.

Fi8 organizatío o novo concurso comcinco perguntas fáceis. As soluções de- Nelson Rangel Coutinho

u--.-.-.__rv,-.,-._,-,__-_,^v..-__,vv___n___v._."^ '.'m-J-m-.-.- . WW

L- I C E U I L I T A RÍDIURNO 13 NOTURNO

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24 — Fevereiro -_- 1937, >• _. O T 1 C <* - T I í í

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E' O ADJECTIVO QUE CABE AO

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contém uma variedade de contos, monólogos, musica, historia, sciencias,novellas, aventuras •— toda a grande série de assumptos, artisticamente illus-

irados, que dão recreio é cultura ao espirito infantil.

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO «I. E SEU PIS. M ir raioi.—¦—. 1

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" 'V ii i—' .1 ' i . iwidi.i.iii Miiir ¦— ••'¦¦ i

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¦-¦ ¦ ' ¦- - ¦ '¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦¦ ¦ MV,. 7| YTW; ¦¦ ¦/r-,r,-r/Y.-^ri r 'T^^^ ,

Os tres cães, Jagunço, Não e Sim, foran: . . quando traziam da escola boas notas,internados num hospital de veterinária, por- Certa vez Benjamim lembrou-se de fazer umaque estavam sarnosos. Quando voltaram, es- caçada de preás com os tres cães. Levaram-tavam curados, gordos e os meninos só brin- nos para um capinzal e armados de cacetes

ellescavam com «...__, . . açularam.¦

r..-a '•

.os cães. As preas saltavam das moitas .prostrando-o sem senüdos. Benjamimde capim e os mçnmos matavam-nas a cace- pôz as mãos na cab gritando SOCcorro.te. Naquella anciã de caçadores, Benjamim Acudiu-o um lavrador vizinho e levou Chi-deu uma formidável cacetada na cabeça de qUmho, ao collo, paraChiquinho . . .casa. .

"* ' ""' " "-• •' ¦ - ¦¦¦- '¦- ¦¦ ¦' •¦ ¦ ¦ ' -||| i^j |[|^ÍII|l.i'll"lAl| 'liliV In' • ' '•"™ ^- - "- '—*' a»a*maas*a***a*tf

Chiquinho, porém, recobrou os senbdos,antes de chegar a casa, e pediu ao homemque o conduzia, para nada dizer do occorridoá seus paes. E pôz-se a caminhar sozinho.

saatMas, um formidável "gallo na cabeça,

ia botar as coüsás em pratos limpos. Teriamque mentir e isso para Chiquinho era horri-vel. Então resolveram dizer a verdade e porisso foram perdoados. (Continua) _