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CIRAD-CA - AGRONORTE PESQUISAS - GRUPO MAEDA - ONG TAFA/FOFIFA/ANAE UM DOSSIÊ DO PLANTIO DIRETO SISTEMAS DE CULTIVO E DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA L. Séguy S. Bouzinac A. C. Maronezzi Document obtenu sur le site Cirad du réseau http://agroecologie.cirad.fr Document obtenu sur le site Cirad du réseau http://agroecologie.cirad.fr

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CIRAD-CA - AGRONORTE PESQUISAS - GRUPO MAEDA - ONG TAFA/FOFIFA/ANAE

UM DOSSIÊ DO PLANTIO DIRETO

SISTEMAS DE CULTIVO

E

DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA

L. Séguy

S. Bouzinac

A. C. Maronezzi

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PREFÁCIO

A história agronômica, apresentada neste documento, relata a construção deuma revolução tecnológica ao alcance tanto das grandes agriculturas modernasmecanizadas empenhadas na globalização, quanto às pequenas agriculturasfamiliares, até as mais necessitadas. É a história das técnicas de Plantio Direto (PD),ou como passar de sistemas de gestão destruidores do recurso solo, herdados datransferência de tecnologias Norte-Sul, firmemente enraizadas nas práticastradicionais, para sistemas de gestão sustentável que propiciam a preservação total domeio ambiente e a melhoria da capacidade de produção do solo a curto, médio e longoprazos, com muito menos trabalho por ha, notável simplificação dos trabalhos,flexibilidade maior na sua execução e menor penosidade.

Esta história agronômica é, antes de tudo, a de uma metodologia deintervenção da Pesquisa, que age para e com os agricultores, nos seus ambientes.Esta metodologia proporciona para os produtores uma visão comparativa no decorrerdo tempo de suas reais potencialidades agronômicas e técnico-econômicas emrelação aos sistemas tradicionais vigentes. Esta permite também, ao mesmo tempo,aos agrônomos e pesquisadores de todas as áreas, produzir conhecimentos científicospara explicar, prever o funcionamento dos ecossistemas cultivados, avaliarantecipadamente em relação a sua adoção pelos agricultores seus impactosambientais (erosão, qualidade biológica dos solos). Portanto, trata-se de um enfoqueconceitual global de Pesquisa-Ação que permite confrontar: performances produtivasdos sistemas, seus modos de funcionamento e impactos ambientais, seus limites deaplicação e suas possibilidades de extrapolação, num enfoque preventivo que elaborasoluções reais com os produtores, e que oferece escolhas estratégicas aosresponsáveis que decidem a fim de conciliar as exigências da sociedade civil(impactos ambientais, qualidade e "rotulagem" das produções), dos cientistas(limitação do efeito estufa, poluição dos lençóis e dos rios, proteção das infra-estruturas, ...) e os objetivos dos agricultores e da agricultura sustentável.

O enfoque usado tem como prioridade principal construir em primeiro lugar naprática, mas também na teoria, as bases de uma verdadeira revolução agrícolaedificada no novo paradigma do Plantio Direto sobre cobertura vegetal permanentedos solos. Quando ele está aplicado a agro e ecossistemas muito diferenciados doplaneta, pode permitir identificar as leis essenciais de ampla aplicabilidade dofuncionamento dos sistemas de cultivo para promover sua adaptação em grandeescala. O enfoque evidencia igualmente que, a montante de qualquer pesquisatemática, que deve alimentar o progresso constante dos sistemas de cultivosustentáveis, precisa edificar primeiro uma modelagem raciocinada in situ dossistemas de cultivo e depois assegurar o domínio prático destes com rigor nacondução (a ciência deve estar em ligação direta com as realidades e aspossibilidades agrícolas de hoje e de amanhã).

A partir deste enfoque de intervenção, os autores analisam as performancescomparadas dos sistemas de cultivos praticados com preparo convencional e emPlantio Direto em várias grandes eco-regiões do mundo tropical. Os resultados obtidoslevam a algumas conclusões de âmbito geral :

- Se a destruição da matéria orgânica (M.O.) dos solos submetidos amodos de gestão inadaptados, pode acontecer de modo muito rápido, suarecuperação pode andar na mesma velocidade em Plantio Direto, praticandoos sistemas construídos para este fim.

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- O poder de seqüestração do carbono depende, em primeiro lugar, danatureza dos sistemas de cultura criados em cada eco-região. Os maisatuantes a esse respeito são aqueles que produzem o máximo de matériaseca de resíduos tanto na superfície do solo quanto no perfil cultural durantetoda a estação chuvosa, mas também na época seca quando as condições demineralização da M.O. estão quase parando. A escolha das plantas decobertura também é determinante: as mais eficientes são as que são maispossantes, e capazes de melhor desenvolver simultaneamente as funções deproteção da superfície, de reestruturação do perfil, de reciclagem profunda dosnutrientes, a qual exige a utilização de água profunda do solo, aumentandoassim a capacidade de produção de matéria seca desses sistemas, atédurante a estação seca, a exemplo do ecossistema florestal.

- Nos melhores sistemas de cultivo em PD, os níveis de M.O. podem entãologo alcançar e até ultrapassar os dos ecossistemas naturais, mesmo partindode condições iniciais muito degradadas.

- A evolução das performances da produção agrícola que interessa emprimeiro lugar os agricultores, acompanha a da M.O. = os sistemas de cultivomais produtivos, mais estáveis, mais atrativos economicamente e de menorrisco, são os que mais seqüestram carbono. Nesses sistemas, a parte dafertilidade gratuita construída em PD por via organo-biológica se torna maisimportante na capacidade produtiva do solo com o passar do tempo: aprodutividade aumenta com menos adubos minerais, e o potencial deprodução cresce.

- Se todos os exemplos apresentados são demonstrativos a esse respeito, odos latossolos dos Trópicos Úmidos (TU), que são "vazios quimicamente",revela hoje capacidades de produção sustentáveis,não igualadas em nenhumoutro lugar do globo, na presença de níveis baixíssimos de adubação mineral:num mesmo ano agrícola, se pode produzir (e reproduzir) 6 a 7 t/ha de arrozde sequeiro de grão agulhinha ou 4 a 5 t/ha de soja, seguidos em safrinha, de3 a 5 t/ha de cereais "bombas biológicas", consorciadas com espéciesforrageiras que formarão uma pastagem durante toda a estação seca, a qualpode agüentar 1,5 a 2,0 cabeças de gado por ha nesses 3 meses; estas 3culturas anuais sucessivas, que abrangem os 12 meses do ano, são obtidasem Plantio Direto, consomem no total 50 a 115 N.ha-1.ano-1 conforme a culturade cabeceira (soja ou arroz, respectivamente), 100 a 110 P2O5.ha-1.ano-1, 110a 130 K2O. ha-1.ano-1.

- Também é possível produzir entre 3.000 e 4.600 kg/ha de algodão (200 a307 @/ha) em plantio direto após possantes biomassas de cobertura, emrotação com sucessões precedentes.

- Os melhores sistemas em Plantio Direto produzem entre 26 e 32 t/ha/anode resíduos de matéria seca; os sistemas mais fáceis a serem praticados (egeralmente menos atuantes) conquistaram mais de 6 milhões de hectares emmenos de 10 anos nos cerrados do Centro Oeste brasileiro.

- Enfim, os Trópicos Úmidos revelam-se um simulador perfeito para o estudoda dinâmica do carbono: lugar onde a mineralização da M.O. é mais intensa eativa, onde os ciclos de destruição-acumulação do húmus sob a açãoantrópica podem ser mais rapidamente perceptíveis, analisáveis, e porconseguinte onde se pode encurtar o espaço tempo para a avaliação dadinâmica do carbono.

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É óbvio que a história desta revolução em andamento é uma obra coletiva na qualdiversas instituições se cooptaram, juntaram as forças, evidenciando assim aimperiosa necessidade, sentida por todos frente à degradação desastrosa dosecossistemas cultivados, de cultivar os solos tropicais de um modo diferente.

Que sejam calorosamente agradecidos aqui todas as instituições que contribuíram aconstruir esses novos modos de gestão do solo, preservadores do meio ambiente: aEMBRAPA (CNPAF) no início, a FUNDAÇÃO ABC do Paraná, os agricultores M.Matsubara, W. e J. Taffarel, as Cooperativas COOPERLUCAS, COOASOL, COMICELdo Mato Groso, e mais recentemente a APDC, POTAFOS e os parceiros diretos atuaisdo CIRAD: os agricultores P. Machado, M. Lazarini, o grupo MAEDA e a empresaAGRONORTE Pesquisa.

Tal parceria comprova como várias instituições, somando forças, podem, em poucotempo, apesar de recursos às vezes modestos, propiciar o início da construção deuma verdadeira revolução agrícola, dificilmente imaginável no quadro exclusivo dapesquisa tradicional. É uma chance única para a pesquisa aproveitar, se seusobjetivos são mesmo de contribuir a melhoria rápida, com todos os atores, da gestãosustentável dos recursos naturais, dos quais o seu bem mais precioso: o patrimôniosolo.

L. Séguy

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ÍNDICE

I. INTRODUCÃO

II MATERIAIS E METODOS

2.1. ENFOQUE GERAL DA PESQUISA-ACÃO E ESCALAS DE INTERVENÇÃO

2.2. A CRIAÇÃO DA OFERTA TECNOLÓGICA "Sistemas de cultivo" COMOS AGRICULTORES

2.3. A VALIDAÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO

2.4. A FORMAÇÃO

2.5. ACOMPANHAMENTO - AVALIAÇÃO E ANÁLISE DE IMPACTOS

2.5.1. ACOMPANHAMENTO - AVALIAÇÃO

2.5.2. ANÁLISES DE IMPACTOS

2.6. ESCOLHA DAS ECO-REGIÕES

III RESULTADOS

3.1. DINÂMICA DA MATEIRA ORGÂNICA EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOSSISTEMAS

3.2. DINÂMICAS DO CARBONO , DA CTC ET DO TEOR DE SATURAÇÃO(V%)

3.3. AS PERFORMANCES AGRONÔMICAS, TÉCNICAS E ECONÔMICASDOS SISTEMAS DE CULTIVO CONFRONTADAS COM A DINÂMICA DAM.O.

3.3.1. ECO-REGIÃO DOS TRÓPICOS ÚMIDOS (TU).

3.3.2. ECO REGIÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS SOBRE BASALTO DO CENTROOESTE BRASILEIRO (Sul de Goiás, Norte do estado de São Paulo).

3.3.3. ECO-REGIÃO DAS ALTAS TERRAS DE MADAGASCAR

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IV DISCUSSÃO

4.1. OS CONCEITOS INOVADORES DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DORECURSO-SOLO = O PLANTIO DIRETO SOBRE COBERTURAVEGETAL PERMANENTE

. O conceito de biomassa renovável, chamada « Bomba biológica »

. O conceito de multifuncionalidade

4.2. TENTATIVA DE SÍNTESE

V CONCLUSÕES

VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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I - INTRODUÇÃOO amanhã terá de conciliar as exigências da ciência e da sociedade civil

para salvaguarda do planeta e a produção de alimentos sadios, com os objetivosda agricultura sustentável e os dos agricultores.

. No início deste novo milênio, a agricultura mundial deverá efetuar uma verdadeirarevolução para se adaptar simultaneamente à globalização dos mercados e doconhecimento, a pressão crescente dos consumidores que exigem produtos sadiose de qualidade, e a dos científicos e da sociedade civil em geral para a salvaguardado planeta.

. As estratégias e os modelos de desenvolvimento terão de levar em conta anecessidade de produzir mais por unidade de recursos naturais, e assim sendo,será imperativo de reduzir e até suprimir os efeitos negativos provocados pelaatividade agrícola na natureza.

. Se esta revolução está ainda para fazer na escala do planeta, na última década doséculo passado surgiu, sob a pressão das catástrofes ecológicas mundiaisrepetidas, uma consciência coletiva em favor da proteção do meio ambiente. Aagricultura conservacionista já tem realizado, a este respeito, uma verdadeirarevolução nas práticas e nos espíritos, particularmente no continente americano, esobretudo no Brasil que constitui o exemplo mais significativo através dodesenvolvimento exponencial da gestão dos solos e das unidades de paisagem emPlantio Direto.

. Além da questão essencial a ser resolvida a nível planetar que toca a preservaçãoa longo prazo do potencial produtivo do patrimônio solo para responder a demandacrescente de alimentos, também existe a questão fundamental relativa à gestãodas poluições decorrentes da atividade agrícola no meio ambiente, e, em particular,do impacto causado pelo preparo intensivo do solo, que joga mais de CO2 naatmosfera do que o parque automóvel mundial (Reikosky D.C. et al, 1995)alimentando assim de modo significativo o efeito estufa. O estoque de carbonoorgânico dos solos do mundo representa, em importância, o terceiro pool do globo,atrás dos oceanos e do reservatório geológico terrestre (Eswaran H. et al, 1993; LalR. et al. 1995; Batjes N. H. et al., 1996). A perda histórica do carbono pela açãoantrópica foi estimada entre 66 e 90 bilhões de toneladas, dos quais 19 a 32bilhões devidos a erosão do solo, 44 a 58 bilhões imputáveis a oxidação provocadapela deflorestação, a queima da vegetação natural e a oxidação microbianaestimulada pelo preparo do solo (Lal R. et al.,1999.). Atualmente, estimativasoriundas de pesquisas recentes (Lal R. et al., 1995; IPCC, 1996) evidenciam que ovolume de CO2 emitido para atmosfera contribui para 50% do efeito estufa e que aatividade agrícola representa mais de 23% do total emitido.

Essas estimativas traduzem perfeitamente o papel fundamental que pode ter aatividade agrícola na emissão de CO2 para a atmosfera e convidam todos osresponsáveis da profissão para construir, criar rapidamente modos de gestão doespaço cultivado que reduzem essas emissões e permitem pelo contrário estocar ocarbono nos solos, recarregando-os em matéria orgânica que constitui "o ouropreto, o sangue" da terra com múltiplas virtudes na capacidade de produção dossolos a longo prazo e a menor custo, já amplamente comprovadas.

No continente americano, atual sede desta revolução agrícola (USA esobretudo Brasil e países do Cone Sul), inúmeros trabalhos de pesquisa

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conduzidos em eco e agrossistemas muito contrastados com modos de gestão delongo prazo mostram que, tanto sob clima temperado quanto tropical ousubtropical, os sistemas praticados em Plantio Direto1 sem jamais preparar o solo,comparados aos mesmos sistemas de cultivo usando as diversas técnicasconvencionais de preparo do solo, permitem aumentar notavelmente os teores dematéria orgânica dos solos (Cambardella C.A. et Elliot E.T., 1994; Dick W.A. et al.,1998; Bayer C. et al., 2000; Sá J.C.M. et al., 2000 a & 2000b).

Todos os especialistas concordam para dizer que em 10 anos, o Brasil, que temhoje mais de 13 milhões de hectares cultivados em Plantio Direto, preservou maisde 1 bilhão de toneladas de solo arável, economizou mais de 11 bilhões de dólares,1,3 bilhão de litros de combustível e seqüestrou mais de 500 milhões de toneladasde CO2 (Borges et al., 2000.).

Se estes resultados, já confirmados sobre longos períodos, são animadores etranqüilizam para o futuro do planeta na sua capacidade de produzir mais,sustentavelmente e a custo menor, poluindo menos (Elliot E.T. et al., 1986;Reicosky D.C. et al, 1995.), eles ainda se revelam insuficientes para bem explicitarcientificamente e dominar, na prática, a dinâmica do carbono em função danatureza dos sistemas de cultivo praticados e principalmente para construir ossistemas conservadores de amanhã, os quais deverão ser ainda mais atuantes aesse respeito, satisfazendo também os "pré-requisitos" da agricultura sustentável eos objetivos dos agricultores.

Há mais de 20 anos no Brasil, mais de 15 anos na ilha da Réunion, mais de 10anos em Madagascar, que é um caleidoscópio dos ecossistemas tropicais esubtropicais do planeta, e mais recentemente na Ásia (Vietnam e Laos), o CIRADconstrói, com seus parceiros da pesquisa e do desenvolvimento no Sul, diversossistemas de cultivo em Plantio Direto1 que devem responder a essas exigências eas questões fundamentais seguintes que estão no coração do mandato daPesquisa Agronômica :

- O objeto científico "dinâmica do carbono com suas virtudes ou seus efeitosnocivos" não deve ser recolocado dentro da construção de sistemas decultivo e de produção apropriáveis pelos produtores que sejam maisatuantes possíveis nos planos da ecologia, da agronomia e da socio-economia da mesma forma que os objetos "dinâmica dos nitratos, dopotássio, do cálcio, do fósforo" cujo impactos para o meio ambiente podemigualmente ser desastrosos?

- Como a Pesquisa Agronômica pode criar e com quais ferramentasoperacionais, nos médio e longo prazos e com os agricultores nos seusambientes, sistemas de cultivo e de produção que, ao mesmo tempo, sejammais eficientes no poder seqüestrador do carbono orgânico, e que atendamaos objetivos dos produtores tanto a curto quanto em médio prazo, e aos daagricultura sustentável em geral?

1 O Plantio Direto (PD) é um sistema conservacionista de gestão dos solos e das culturas noqual a semente é colocada diretamente no solo que nunca é preparado. Somente umburaquinho ou um sulco está aberto, de profundidade e largura suficientes, com implementosconcebidos para este fim para garantir uma boa cobertura e um bom contato da semente com osolo. A eliminação das invasoras, antes e depois do plantio, durante o cultivo, se faz comherbicidas, menos poluentes possíveis para o solo que deve sempre permanecer coberto.

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Neste estado de espírito, este trabalho contempla sucessivamente :

- a apresentação de nossa metodologia geral de intervenção sobresistemas de cultivo, que atua em ligação direta no ambiente e com aparticipação efetiva dos atores do desenvolvimento;

- a análise das tendências evolutivas da matéria orgânica em função danatureza dos sistemas de cultivo existentes e dos sistemas inovadorese preservadores do meio-ambiente; os resultados são discutidos ecomparados com os obtidos em outras grandes eco-regiões do mundo,principalmente nos USA em clima temperado e no Brasil em climasubtropical;

- enfim a avaliação das performances agronômicas, técnicas eeconômicas dos sistemas de cultivo, e sua evolução no decorrer dotempo; os resultados dos melhores sistemas apropriáveis sãoconfrontados com sua capacidade em seqüestrar o carbono e emconservar o potencial produtivo do patrimônio solo a médio prazo e aomenor custo.

Levando em consideração os inúmeros resultados já acumulados no que dizrespeito às performances dos sistemas de cultivo na “Rede Plantio Direto doCIRAD-CA”, só trataremos neste trabalho de alguns exemplos muitocontrastados nos planos ecológicos e sócio-econômicos que foramcomprovados duravelmente, e que alimentam ativa e significativamente adifusão e a apropriação pelos agricultores dos sistemas de cultivopreservadores do meio-ambiente.

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II - MATERIAIS E MÉTODOS. A pesquisa-ação consiste essencialmente, partindo de várias situações

pedoclimáticas e socio-econômicas regionais (diagnóstico inicial, tipologia dasfazendas que levam a análise dos maiores fatores limitantes para a fixação deagriculturas sustentáveis), em adaptar, construir, para e com os agricultores,nos seus ambientes, sistemas de cultivo sustentáveis baseados sobre técnicasde gestão conservatória dos solos, facilmente apropriáveis pelos produtores.Estes sistemas devem em primeiro lugar melhorar, restaurar e em seguida,manter o potencial produtivo do solo a longo prazo com uso mínimo deinsumos, até sem nenhum, num ambiente totalmente protegido (Escalas dasunidades de paisagem, dos "terroirs" 2, das microbacias).

. Seus objetivos são, simultaneamente e num enfoque holístico e heurístico:

- edificar com os agricultores soluções práticas e apropriáveis para vencer osobstáculos a fixação das agriculturas tropicais (critérios dos produtores, dosextensionistas e dos pesquisadores);

- explicar e modelar o funcionamento dos agrossistemas cultivados,sustentáveis para poder adapta-los logo para outros eco e agrossistemastropicais;

- analisar e avaliar preventivamente seus impactos: na evolução dafertilidade dos solos a escala das unidades de paisagem representativasdos "terroirs" e das microbacias, no comportamento dos agricultores e dassociedades rurais.

2.1. ENFOQUE GERAL DA PESQUISA-AÇÃO E ESCALAS DE INTERVENÇÃO

♦ O enfoque de Pesquisa-Ação tem três etapas estreitamente imbricadas(Séguy L., 1994, 2001b; Séguy L. et al., 1996) :

- Um diagnóstico inicial (situação no início), e depois permanente (análise dosimpactos das inovações sobre o ambiente),

- A criação de sistemas de cultivo mais performantes com os produtorespartindo dos sistemas tradicionais vigentes (montagem de vitrine da ofertatecnológica sobre critérios agronômicos, técnicos e socio-econômicos aomesmo tempo),

- A contribuição à apropriação dos sistemas de cultivo escolhidos pelosagricultores (difusão na escala das fazendas de referência e dos "terroirs" comapoio a organização dos produtores: mercados, créditos, insumos,transformação dos produtos, gestão fundiária, criação de associações deprodutores em Plantio Direto, etc.....),

E o treinamento contínuo de todos os atores do desenvolvimento (agricultores,extensionistas agrônomos, pesquisadores).

2 Definição “Terroirs” = Conjunto de parcelas homogêneas caracterizadas por uma mesmaestrutura e uma mesma dinâmica ecológica (agrossistema) assim como o mesmo tipo deaproveitamento e instalações agrícolas (G. Duby, A. Vallon).

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♦ As escalas de intervenção da Pesquisa-Ação

- Em primeiro lugar, duas escalas complementares para construir, desde oinício, as condições de reprodutibilidade regional dos resultadosapropriáveis pelos agricultores :

+ os sistemas de cultivo a nível da parcela cultivada,+ as toposeqüências ou "transectos" das unidades de paisagem

representativas, enquadrando a variabilidade do factor estado dafertilidade do solo, nas quais estão incluídos os sistemas de cultivotradicionais (referência) e os novos sistemas (inovadores) em PlantioDireto, mais performantes. Este nível de escala de intervenção constituia "real grandeza" operacional, que permite levar em conta os fluxos etransferências de matérias que condicionam o potencial das unidadesde paisagem (fluxos hídricos, transportes sólidos e em solução,gradientes de fertilidade, histórias parcelares, etc... Fig 2, 3 e 4).

- Deduz-se desta primeira etapa de construção dos sistemas de cultivo naescala das toposeqüências representativas, com os produtores, todos oselementos necessários à fixação de cenários de agricultura sustentável emnível de fazendas de referências e de "terroirs"1. Este nível de escala deaplicação, permite comprovar a oferta tecnológica (sistemas de cultivodiversificados em Plantio Direto), tomando em conta as limitações sócio-econômicas das sociedades rurais, e permite contribuir na difusão,intervindo na organização dos produtores ("continuums produtivos ecomerciais", créditos, insumos, gestão fundiária, criação de associações deprodutores em Plantio Direto, etc......),

- Esta dinâmica de criação-difusão e de formação, permite, graças a seusdiferentes níveis de escala :

+ a aprendizagem do domínio técnico dos sistemas pelos agricultores ea incorporação da praticabilidade nas inovações,

+ facilitar a difusão espontânea dos sistemas em Plantio Direto,+ amplificar a difusão e contribuir eficientemente para a apropriação

dos sistemas pelos produtores, revelando alguns criadores deinovações, carismáticos e geralmente líderes influentes que tem opapel de agricultor-piloto, adaptador das tecnologias nas comunidadese realimentam de modo eficaz a pesquisa (feedback).

2.2. A CRIAÇÃO DA OFERTA TECNOLÓGICA "Sistemas de cultivo" COM OSPRODUTORES

A pesquisa-ação cria, em cada grande eco-região, com seus parceiros dodesenvolvimento (agricultores, extensionistas) um duplo dispositivo operacionalcom vocações complementares :

- Algumas unidades experimentais "sistemas de cultivo", em meio realcontrolado pela pesquisa e pelos agricultores = elas representam asvitrinas da oferta tecnológica ( Matrizes dos sistemas),

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- várias fazendas de referência, em meio real, onde são aplicados, emgrande escala, um ou vários sistemas de cultivo procedentes dasmatrizes, escolhidos pelos produtores que os aplicam integralmente ouos readaptam em função de seus objetivos próprios. Este conjuntoconstitui um dispositivo de intervenção multilocal de longa duração queabrange as variabilidades pedoclimática e sócio-econômica regional (cf.Fig. 3,4 e 5).

Os sistemas de cultivo (tradicionais + inovadores) estão organizados em"matrizes dos sistemas", sobre toposeqüências representativas do meio físico eda paisagem agrícola. Partindo dos sistemas tradicionais, os novos sistemassão elaborados por incorporação progressiva, sistemática e controlada defatores de produção mais performantes (modos de gestão dos solos e dasculturas, produtos temáticos tais como variedades, níveis de adubação, etc... –Vide Fig. 6 e 7).A construção das matrizes "sistemas de cultivo" obedece a regras precisas (cf.Séguy L. e al. 1994, 2001b) que permitem a interpretação dos efeitos diretos eacumulados dos componentes dos sistemas no decorrer do tempo, tanto nassuas performances de produção quanto nos seus impactos na fertilidade dossolos, na biologia das invasoras ou das pragas, etc... (cf. Tabela 1).

As matrizes "sistemas de cultivo" e a rede multilocal de fazendas dereferência, constituem os suportes operacionais do estudo; estes dispositivosexperimentais, de longa duração, representam ao mesmo tempo :

- Um lugar de ação, de criação da inovação e de formação dos atores,no qual a montagem matricial dos sistemas permite avaliar suasperformances agronômicas e técnicas, comparadas nas mesmascondições de solo e clima, e classificá-los no decorrer do tempo (respostasde sua estabilidade ou flutuações em relação aos riscos climático oueconômico), enfim extrair as leis de funcionamento dos sistemas(condições de reprodutibilidade modelagem);

- Um laboratório de vigilância, precioso para os cientistas, permitindoavaliar, de modo antecipado em relação à adoção dos sistemas, seusimpactos no meio ambiente (erosão, qualidade biológica dos solos,externalidades, xenobióticos) [conceitos de. Chaussod R., 1996] . Portanto,trata-se de um lugar privilegiado para confrontar performances de produçãodos sistemas com seus modos de funcionamento e impactos ambientaisdentro de um enfoque preventivo que oferece soluções reais aosagricultores e as autoridades afim de conciliar as exigências da sociedadecivil (impactos ambientais) e os objetivos dos produtores (produtividadesdos sistemas, do trabalho, das margens, etc....);

- A manutenção da memória viva = os sistemas tradicionais e suasevoluções estão perenizados para medir os progressos conseguidos nodecorrer do tempo (performances agronômicas e técnico-econômicas,impactos ambientais). Da mesma forma, os sistemas mais destruidores dorecurso-solo devem estar presentes durante todo o estudo; eles são astestemunhas vivas do que não se deve fazer, e são imprescindíveis para aformação (cronoseqüências de evolução dos sistemas controlados).

- Um viveiro de sistemas de cultivo que reúne a agricultura de ontem(com preparo do solo), a agricultura de hoje (as culturas dos agricultoresconduzidas em Plantio Direto) e a agricultura de amanhã (sistemas em

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plantio direto construídos sobre uma maior diversidade de culturas, sobre aintegração da agricultura com a pecuária e a recolocação das árvores noespaço cultivado).

♦ Todos estes sistemas de cultivo são conduzidos com três níveis de adubação(vide Fig. 6 e 7) :

- A adubação tradicional ou recomendada pela pesquisa ou pelaextensão, ou a que é usada pela maioria dos agricultores da região,

- Um nível de adubação baixa, que corresponde a grosso modo só àsexportações pelos grãos das culturas,

- Uma adubação não limitante (expressão do potencial agronômico naoferta pedoclimática local).

♦ Estes três níveis de adubação combinados aos modos diferenciados de gestãodos solos e das culturas devem evidenciar no decorrer do tempo :

- A importância das possibilidades de restauração da fertilidade lato sensupela via organo-biológica (velocidade de restauração, importância naprodutividade de matéria seca total em função dos níveis de adubaçãomineral, expressão do potencial produtivo do solo no passar do tempo), e acomprovação do fechamento do sistema "solo-cultura” (cf. Séguy L. e al.,1996, 1998 e), sem perda de nutrientes graças aos sistemas de cultivo emPlantio Direto conduzidos com a adubação baixa que só repõe asexportações de nutrientes pelos grãos.

- A influência preponderante e capital da gestão prioritária das propriedadesfísicas e biológicas (estreitamente ligadas) sobre as performancesagronômicas dos sistemas de cultivo no decorrer do tempo em relação àsdas propriedades químicas nos solos tropicais (latossolos dominantes, maisou menos degradados).

CONTEUDO DAS MATRIZES "Sistemas de cultivo" PERENIZADAS:

Elas reúnem na mesma unidade experimental e nas mesmas condiçõespedoclimáticas :

- O ou os sistemas tradicionais representativos da região;- Sistemas inovadores, preservadores do meio ambiente em constante

evolução, que usam novas técnicas de Plantio Direto, inspiradosdiretamente do funcionamento do ecossistema florestal : o plantio diretosobre cobertura permanente do solo (Séguy L. et al., 1996).

Três grandes tipos de sistemas de cultivo foram elaborados pelo CIRAD-CAinspirados do ecossistema florestal (vide Fig. 86 em anexo e Fig. 8 a 10) :

- os nas coberturas mortas,- os nas coberturas vivas,- os nas coberturas com vocação mista.

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TABELA 1 - CONSTRUÇÃO DINÂMICA DOS SISTEMAS DE CULTIVO

1. Componentes dos Sistemas

Modo depreparo do xsolo (MPS)

Rotação(R) e/ousucessãoanual (S)

x

Data PlantioPrecoce(DPP)Data PlantioTardio (DPT)

xPopulaçãode plantas

(DE) x

Variedades VaAdubação ADPesticidas PECapinas CA

Modos de gestão dos solos e das culturas Produtos temáticos simples

2. Criação progressiva dos sistemas de cultivo(t = tradicional, a = melhorado)

. Modelagem do sistematradicional (sistema dereferência) MPSt x Rt x DPP

DPT x DE xVatADtPEtCAt

. Introdução de modos depreparo do solo melhorados(MPSa1, MPSa2...)

MPStMPSa1MPSa2

x Rt x DPPDPT x DE x

VatADtPEtCAt

. Cada modo de preparo dosolo é cruzado com novasrotações incluindo sucessõesanuais (Ra1, Ra2, ... S1, S2).

MPStMPSa1MPSa2

xRtRa1Ra2

xS1

S2

x DPPDPT x DE x

VatADtPEtCAt

. Cada rotação e cada sucessão estãocruzadas com:- 2 datas de plantio (precoce, tardia)- 2 densidades de plantas (tradicional,melhorada)- varias cultivares (tradicional,melhoradas).As adubações, os pesticidas e o modode capina são também testados.

M PS x

RR R

a1

a2 x ...

t x ...

SS

1

2

xx

D PPD PT

xD ED e

t

a

....

xV AV A...

tx

FUPE...

Exemplo de constituição de uma matriz experimental. Neste caso, a ordem dosfatores limitantes diagnosticados nos sistemas de produção tradicional é o seguinte;começando pelo mais importante = Modo de Preparo do Solo, Rotação, Data dePlantio, população vegetal e em seguida os produtos temáticos simples (variedades,adubação, etc...). A natureza e o nível de intensificação dos componentes da matrizdepende ao mesmo tempo da hierarquização dos problemas a serem resolvidos e daspossibilidades de progresso (tecnologias disponíveis ou não) (Séguy L. et al. 1994).

(A palavra sucessão anual significa que diversas plantas são cultivadas num ano = umasucessão anual constitui portanto um elemento de uma rotação).

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Nos sistemas com cobertura morta permanente, a cobertura provêm, alémdos resíduos de colheita das culturas comerciais, de uma cultura de biomassavegetal (espécie a vocação de produção de grãos), extremamente potente,implantada antes ou depois da cobertura comercial em condiçõespluviométricas geralmente marginais (Vide Fig. 8). Esta forte biomassa édessecada com herbicidas totais logo antes o plantio direto da culturacomercial, o qual se realiza na cobertura graças a plantadeiras especialmenteconcebidas para este fim.

Nos sistemas com cobertura viva permanente, esta é sempre uma espécieforrageira perene através de orgãos de multiplicação vegetativa (estolões,rizomas); a cultura comercial é implantada na cobertura da qual somente aparte aérea foi dessecada ( preservando totalmente os orgãos de reproduçãovegetativa com herbicidas idôneos, baratos e pouco poluidores). A cobertura émantida viva, mas não competitiva para a cultura comercial (com ajuda deherbicidas seletivos, usados à baixíssima dosagem), até que a culturacomercial, gerida a este fim, assegura um sombreamento total acima dela;quando a cultura comercial madurece, ela deixa a luz penetrar e a coberturaviva volta a crescer cobrindo logo o solo de novo, e pode ser pastoreada pelosanimais após a colheita (sucessões anuais = produção de grãos + produção decarne ou leite) [ Cf. Fig. 9].

Os sistemas mistos (cf. Fig. 10 ) são intermediários entre os dois modelosanteriores e são edificados sobre sucessões anuais que incluem: 1 culturacomercial + 1 cultura de biomassa para produção de grãos consorciada comuma cultura forrageira; portanto, colha-se as duas culturas sucessivas durantea estação chuvosa, e em seguida, durante a estação seca, tem-se umaprodução de carne ou de leite assegurada pela cultura forrageira (cf. Fig. 10).

A duração da estação chuvosa e a importância da pluviometria determinarão aspossibilidades de aplicação de um ou outro tipo de sistema de Plantio Direto comcobertura permanente dos solos.

2.3. A VALIDAÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO escolhidos pelos agricultores(unidades de pesquisa permanentemente abertas aos atores), a nível daregião, realiza-se nas fazendas de referência representativas (meio físico xmeio sócio-econômico) e nos "terroirs", que são monitorados pelos agricultores-líderes, carismáticos; estes, se necessário, ajustam ainda e aprimoram ossistemas em relação a seus objetivos e principalmente amplificam a difusãoregional (agricultores-pilotos).É a este nível das fazendas de referência e dos "terroirs" que são registradasas performances dos sistemas inovadores em meio real em relação aossistemas vigentes (critérios agronômicos, técnicos, econômicos) e que podemtambém ser avaliados seus impactos sobre o meio ambiente (solos,externalidades, etc...), sobre a mentalidade dos atores, assim como aspossibilidades de evolução da economia regional. Bancos de dados dereferência estão assim estabelecidos em cada região.

2.4. A FORMAÇÃO dos diversos atores do desenvolvimento faz-se durante todo oprocesso de criação-difusão = meio controlado, meio real.

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. O conjunto do dispositivo de Pesquisa-Ação serve de suporte para otreinamento de jovens agrônomos de paises tropicais, dos pesquisadores,dos extensionistas e dos produtores.

. A mídia está solicitada de modo constante (Revistas especializados,imprensa e tv locais) para difundir a inovação.

. Todas as atividades de Pesquisa-Ação do CIRAD em parceria com ospaises do Sul constituem uma verdadeira rede de adaptação e de validaçãodas técnicas de gestão conservacionista do recurso-solo (Plantio Diretosobre cobertura vegetal) no mundo rural tropical e subtropical. O enfoquegeral de adaptação-validação fundamenta-se sobretudo na exploração dasleis de funcionamento do sistema de larga aplicabilidade (trabalhar maissobre os pontos comuns entre os vários eco e agrossistemas do que sobresuas diferenças).

2.5. ACOMPANHAMENTO - AVALIAÇÃO E ANÁLISE DE IMPACTOS

2.5.1. ACOMPANHAMENTO-AVALIAÇÃO

Depende das escalas de intervenção :

- NA ESCALA DA PARCELA, estão avaliadas as performances comparadasdos sistemas de cultivo com o passar do tempo, em termos :

a) agronômicos = produtividade de matéria seca das culturas comerciais oualimentares (biomassas aéreas = grãos + palhas, e biomassasradiculares), e seus teores em nutrientes; produtividade das culturas"biomassas de cobertura" ou "bombas biológicas" que desempenham suamultifuncionalidade nos solos e que constituem o leito no qual efetua-se oplantio direto das culturas comerciais; são registrados :

-Os rendimentos em matéria seca das partes aéreas e radiculares esua dinâmica de crescimento,

-Seu conteúdo em nutrientes: C N, P, Ca, Mg, K, S e micro-nutrientes.

Estas medições estão efetuadas sistematicamente :

antes do plantio direto das culturas comerciais,depois sua colheita em grãos, e após a das biomassas de coberturainstaladas em safrinha.

O registro destes parâmetros informa sobre a dinâmica do Carbono edos nutrientes procedentes da mineralização das restevas das culturascomerciais e das biomassas de cobertura oriundas tanto das partesaéreas quanto radiculares (funções das coberturas : alimentar, recicladorae reestruturadora, de recarregamento em carbono).

A função das biomassas de cobertura relativa ao controle dasinvasoras anuais ou perenes (efeitos de sombreamento e/ou alelopáticos)também é avaliada :

- no decorrer do ciclo das culturas comerciais,- após a colheita das biomassas de cobertura, na estação seca.

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Igualmente estão acompanhados a nível de cada sistema de cultivo, oparasitismo dos solos e das culturas, e a evolução da flora daninha.

b) técnicos = factibilidade (exeqüibilidade) técnica dos sistemas de cultivo,capacidade de trabalho dos equipamentos mecanizados e da mão deobra, sua flexibilidade de uso, sua penosidade.

c) econômicos = Custos de produção, margens brutas e líquidas, relaçãocusto/benefício; no caso das agriculturas manuais, o número de dias detrabalho e a valorização do dia de trabalho.

O registro desses dados mínimos, permite, em todos os casos :- classificar os sistemas de cultivo a partir de suas performances anuais e

interanuais, nos planos agronômico, técnico e econômico.- comparar e compreender seus modos de funcionamento agronômicos

principais no passar do tempo (relações solo-culturas), avaliá-los eclassificá-los face aos riscos climáticos maiores.

- identificar os sistemas mais estáveis e de menor risco do ponto de vistada gestão econômica frente às variabilidades climáticas e econômicas.

NA ESCALA DA TOPOSEQÜÊNCIA ( a nível de uma unidade de paisagem)

- Dinâmica da erosão e do escorrimento (qualitativo-fotos),- Avaliação das externalidades = carga sólida, teores em nitratos, bases,

P, moléculas xenobióticas, recuperadas na parte "a justante" dastoposeqüências (Fig. 4).

NA ESCALA DOS "TERROIRS" (meio real)

- Performances comparadas dos sistemas de cultivo e de produção apartir dos mesmos critérios simultaneamente: agronômicos, técnicos eeconômicos.

- Difusão espontânea dos sistemas de cultivo em Plantio Direto(importância, pontos fortes e fracos).

- Identificação dos agricultores líderes, formadores de opinião (produtores pilotos, difusores).

- Modificação dos sistemas de cultivo e de produção, da ocupação doespaço; importância da árvore no espaço cultivado, do pousio.

NA ESCALA REGIONAL

- A partir da rede experimental (matrizes + fazendas de referência), criaçãode referências agronômicas e técnico-econômicas regionais (banco dedados) sobre os sistemas de cultivo em Plantio Direto nas coberturasvegetais.

- Modelagem do funcionamento comparado dos sistemas de cultivo (leis defuncionamento dos agrossistemas e possibilidades de extrapolação parademais ecologias).

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2.5.2. ANÁLISE DOS IMPACTOS

NO SOLO Evolução da fertilidade dos solos (escala das toposeqüências, dos sistemas decultivo, do ambiente natural) :

Análises de rotina :Propriedades químicas cuja pH, S, CEC, P total etrocável (Resina), micro-nutrientes; Propriedades físicas = M.O., Norgânico, propriedades hidrodinâmicas = água utilizável, sua velocidade deinfiltração sob culturas, a tipologia dos agregados e do espaço poral ; acaracterização e o acompanhamento permanente do perfil cultural eespecialmente da dinâmica de colonização radicular (velocidade,características de exploração do perfil).

Análises mais finas, necessárias para quantificar a dinâmica do carbono edos íons : a dinâmica dos nitratos, de Ca et K (Tipo de funcionamento dosistema "Solo-culturas" : aberto ou fechado [conceito Séguy L., 1996)] . Aspropriedades biológicas = caracterização da fauna (macro e méso),biomassa microbiana, biomassa microbiana/C, C et N orgânico, dinâmica doC (Cerri C. et al, 1985) (C13/C12), método do fracionamento granulométricodas matérias orgânicas ( Feller C., 1995), índice da atividade biológica global(Bourguignon C. , 1995/2000 comunicações pessoais).

NAS EXTERNALIDADESNa escala de toposeqüências representativas ou parte de microbacias =

- Manutenção das infra-estruturas = estradas, caminhos, instalaçõeshidráulicas (operações, custos).

- Rios, poços, lençóis freáticos = poluição lato sensu.

NA MENTALIDADE DOS AGRICULTORES- Relações com meio-ambiente (replantio de árvores, instalação de

cercas vivas, respeito da fauna),- Levar em conta a qualidade da produção- Organização da profissão agrícola (clubes e associações de Plantio

Direto, outros tipos de organizações).- Natureza de suas decisões, visão de seu futuro.

NA ECONOMIA REGIONAL- Continuums produtivos e comerciais por produto, mercados,

transformação dos produtos.- Redes de abastecimento em fatores de produção, em créditos.- Lugar da agricultura na economia regional.

2.6. ESCOLHA DAS ECO-REGIÕESDentro deste estudo, três grandes ecologias foram escolhidas a título deexemplos demonstrativos; elas são muito diferentes nos planosgeomorfológico, pedológico, climático e sócio-econômico, porém, todas sãosubmetidas a uma erosão intensa quando os solos foram preparados.

- Os Trópicos Úmidos (TU), representados pela região das frentespioneiras do Sul da Bacia Amazônica no Brasil (de 11 a 12º de latitudeSul) e a região de Boumango no Gabão, no Oeste da África (2º de latitude

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N). Elas correspondem ao domínio dos latossolos sobre rocha ácida,altamente dessaturados, sob um clima quente com alta pluviometria anual,com uma ou duas estações chuvosas, variando entre 2.000 e mais de3.000 mm, distribuída sobre 7 a 8 meses. As unidades geomorfológicasmais representadas são as colinas em meia-laranja, cujo declive vai de 2até mais de 6%. Dois grandes ecossistemas estão lado a lado = o dasFLORESTAS e o dos CERRADOS (savanas).

- A região das FLORESTAS TROPICAIS do Centro-Oeste brasileiro,(17º de latitude Sul), representativa dos latossolos vermelhos escuroseutríficos com fortes potencialidades sobre rochas basálticas (os "trappsbasálticos" cobrem 750.000 km2 no Brasil); o clima é mais fresco naestação seca e a pluviometria, variável de um ano para outro, oscila entre900 e 1.600 mm, em 6 meses. As unidades geomorfológicas sãoconstituídas de “dedos” basálticos com fortes declives (6 a 20%).

Nessas duas grandes ecologias abertas para a agricultura no final dosanos 70, se desenvolveu uma agricultura mecanizada praticada emgrandes fazendas dominantes, e baseada em culturas industriais taiscomo a soja, o algodão, ou em culturas alimentares como o arroz e omilho, ou ainda a pecuária extensiva.

- A região das Altas Terras da ilha de Madagascar que beneficia decondições climáticas subtropicais, frescas e úmidas (19º de latitude Sul),com uma altitude entre 1.200 e 2.000 m, e submetida a um regimeciclônico de chuvas; a pluviometria varia de 1.200 a 1.800 mm e aschuvas podem ser excepcionalmente agressivas durante os ciclones. Ossolos são latossolos sobre maciços cristalinos (localidade de Ibity), ousobre aluviões lacustres antigas (localidade de Sambaina), e sãogeralmente ricos em matéria orgânica de baixíssima atividade. Se aagricultura concentra suas atividades na rizicultura irrigada dos vales dealtitude, praticada manualmente ou em tração animal, a densidadecrescente de ocupação dos solos leva a colonização cada vez maior dascolinas com fortíssimo declive, cobertas de latossolos humíferosfortemente dessaturados; a agricultura praticada manualmente é debaixíssima produtividade, sem insumos químicos, os solos são "arados"com a pá tradicional (Angady).

Se os Trópicos Úmidos constituem uma área onde a mineralização da matériaorgânica é muito ativa, ao contrário, na região das Altas terras Malgaches, comclima fresco e úmido, ocorre uma mineralização mais lenta da M.O.; a ecologiadas Florestas Tropicais do Centro-Oeste brasileiro pode ser considerada comointermediária entre as 2 precedentes neste ponto de vista.

(*) As figuras 11,12 e 13 apresentam os principais sistemas de cultivo em PlantioDireto, preservadores do recurso-solo, que foram construidos nessas trêsgrandes eco-regiões e que são a base de nosso estudo

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III - RESULTADOS* Eles foram estabelecidos a partir de experimentações de longa duração sobreos sistemas de cultivo (matrizes sistemas em meio controlado e fazendas dereferência em meio real), em áreas representativas das condições reais deexploração regional (real grandeza operacional) e num espaço-tempo que vai de 4anos no mínimo, até mais de 20 anos. Somente as cronoseqüências maisilustrativas para a dinâmica do carbono foram escolhidas. As quantias de carbonoforam deduzidas dos valores da matéria orgânica, dividindo por 2 e levando emconsideração a densidade aparente medida nestes mesmos horizontes de solo, emcada sistema de cultivo.

Os solos foram analisados na base de uma amostra média por parcela sistemade 600 m2, esta composta de 6 subamostras retiradas nas diagonais da parcela,nas quais foram analisadas previamente as características de distribuição daspropriedades físico-químicas (desvio padrão, intervalo de confiança).

3.1. DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOSSISTEMAS

Antes de tratar desta dinâmica, é importante fixar seus limites; os climastropicais são muito agressivos para o recurso-solo, logo que a coberturavegetal desaparece, e seus efeitos se tornam logo desastrosos quando elessão amplificados por práticas agrícolas catastróficas: a erosão sob todas suasformas degrada o patrimônio solo e pode até leva-lo por inteiro até as partesbaixas da topografia. É difícil, neste caso, diferenciar com exatidão no conjuntodas perdas em matéria orgânica à parte que procede da erosão, da quedecorre da mineralização nos sistemas praticados. Em conseqüência, osbalanços precisos de carbono são delicados e onerosos para ser estabelecidosna escala dos sistemas de cultivo e ainda mais a nível das unidades depaisagem, cada vez em que os processos erosivos entram em ação. Todavia,dois casos escapam dessas limitações experimentais: o primeiro, quando atopografia é estritamente plana, e o segundo, quando o solo é totalmenteprotegido por uma cobertura vegetal permanente; neste último caso, o fatortopografia não tem mais importância (Séguy L. et al. 1996).

No quadro do nosso estudo nas 3 grandes eco-regiões, só as cronoseqüências"sistemas de cultivo" 1, 2 e 3 estabelecidas nos trópicos úmidos sob florestaapresentam uma topografia plana, na qual a erosão inexiste, quaisquer quesejam as práticas agrícolas usadas. Todas as demais cronoseqüências sãofortemente afetadas pela erosão a partir do momento em que o solo não estivermais coberto de modo permanente e preparado.

Enfim, em todas as situações, qualquer que seja a natureza do solo e datopografia, a gestão dos solos e das culturas em plantio direto sobre coberturapermanente, morta ou viva, elimina totalmente o processo erosivo dos solos, epermite assim melhor determinar a dinâmica do carbono em função danatureza dos sistemas praticados.

Nos Trópicos Úmidos (TU), desde o desmatamento, no entanto, executadoem condições operacionais menos prejudiciais possíveis para o solo (cf.Técnicas Séguy L. et al., 2000), a perda de carbono é muito elevada nos 2anos que seguem a derrubada : -2,5 MgC.ha-1.ano-1 na camada 0-10 cm, a

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mais diretamente exposta, e -1,25 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 10-20 cm (cf.cronoseqüências 3. Fig. 16).A utilização de grades é imprescindível durante os 2 anos seguintes dodesmatamento, para retirar gradativamente os paus e raízes deixados em terrae nivelar o chão afim de por em cultivo; estes 2 primeiros anos, no início dosanos 80, estavam dedicados a cultura do arroz de sequeiro3 com insumosmínimos; em seguida, entravam na soja após calagem, ou na pastagemextensiva (Brachiaria decumbens, e hoje em dia Brachiaria brizantha). Maisrecentemente, a soja foi cada vez mais usada como cultura de abertura dasterras novas.

Na ecologia de florestas, o sistema de monocultura de soja, com uma únicacultura anual, que não aproveita todo o potencial hídrico disponível, praticadocom gradagens (3 a 5 por ano, em solo geralmente úmido) levam sempre numperíodo de 5 anos a perdas médias de carbono de -1,0 a -1,2 MgC.ha-1.ano-1

(cronoseqüências 1 e 2.- vide Fig. 14 e 15). Partindo desta situação, oprosseguimento do mesmo sistema durante mais 3 anos proporciona novasperdas de carbono, porém de modo mais lento, com um ritmo anual médio de-0,5 a -0,7 MgC.ha-1.ano-1 como estão evidenciando as cronoseqüências 1 e 2e a Figuras 14 e 15 (amortização da curva das perdas de C – Cf. Fig. 30).Pelo contrário, se, logo após o desmatamento, se implanta um sistema decultivo a base de gramíneas dominantes nos 5 anos :- 2 anos de arroz x gradagens, seguidos de 2 anos de Plantio Direto da

sucessão anual soja + milho consorciado com Brachiaria ruziziensis e no 5ºano, de plantio direto de arroz de sequeiro + Brachiaria ruz., o teor dematéria orgânica dos horizontes superiores (0,10 cm e 10-20 cm) cresce denovo rapidamente, para alcançar e até ultrapassar o estatuto orgânico doperfil original debaixo da floresta = recupera-se o mesmo nível de M.O. nohorizonte 0-10 cm e um nível superior na camada 10-20 cm (cf.cronoseqüência 3. Fig. 16).

Este sistema de cultivo permite em 5 anos, a partir do desmatamento, sejapartindo de um perfil de solo original que já tem perdido entre 26 e 28% deM.O. na operação de desmatamento, seqüestrar + 0,9 MgC.ha-1.ano-1 nohorizonte 0-10 cm e +1,32 MgC.ha-1.ano-1 no nível 10-20 cm.

Se, sempre partindo de um solo já degradado (propriedades físicas ebiológicas) por 5 anos de monocultura de soja com uma só cultura anual,pratica-se nos 3 anos seguintes, em plantio direto, sistemas com 2 culturasanuais em sucessão (utilização de um potencial hídrico maior), o teor dematéria orgânica do solo volta a crescer rapidamente, porém de mododiferenciado, em função da natureza dos sistemas (cf. cronoseqüências 1, Fig.14), acarretando importantes variações das quantidades médias anuais de Cseqüestrado :

+ 0,83 MgC.ha-1.ano-1 para sucessão anual soja+milheto (0-10 cm)+ 1,16 MgC.ha-1.ano-1 para a sucessão anual soja+sorgo (0-10 cm)+ 1,33 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-10 cm e +1,4 MgC.ha-1.ano-1 na

camada 10-20 cm para a sucessão soja+sorgo ou milheto consorciadoscom Brachiaria ruziziensis, dentro da qual a pastagem continua

3 A parte relativa aos 15 anos da cronoseqüência 3 em ecologia de floresta (Fig. 16) e a cronoseqüênciade Cerrados (Fig. 17) incluem na realidade, 2 a 3 anos de arroz logo após desmatamento. Esta culturafaz parte integrante do desmatamento–abertura das terras. Ela restitue entre 7 e 11t/ha/ano de resíduoscom C/N elevado, que permitem manter o teor de M.O. do perfil cultural ao início (Séguy L. et al , 1996).

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produzindo biomassa verde após a colheita do sorgo e durante toda aestação seca (biomassas aéreas e radiculares);

+ 1,66 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0,10 cm e +1,8 MgC.ha-1.ano-1 nacamada 10-20 cm com o sistema arroz + Eleusine coracana no primeiroano, seguido de soja + Eleusine coracana no 2º ano, e de arroz +Eleusine coracana no 3º ano, sejam 5 gramíneas em 3 anos incluindo 3ciclos de Eleusine coracana, gramínea anual que possui o sistemaradicular mais possante de todas as espécies que testamos até hoje(biomassa seca radicular superior a 5 t/ha na camada 0-50 cm, em 80dias).

Sempre partindo do mesmo estado de degradação do perfil cultural após 5anos de monocultura de soja x gradagens, os sistemas de Plantio Direto dasoja e do milho sobre coberturas vivas perenes, respectivamente de Cynodond. Tifton e Arachis p., permitem igualmente seqüestrar o carbono de modomuito eficiente; em 3 anos, a quantia anual de C seqüestrado é de :

+ 1,5 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e de + 0,8 MgC.ha-1 no nível 10-20 cmpara o sistema mais atuante : soja em cima de Tifton,

+ 1,0 MgC.ha-1.ano-1 mas somente na camada 0-10 cm para o sistemamilho sobre Arachis pintoi.

NOS SOLOS DE CERRADOS DOS TRÓPICOS ÚMIDOS (Brasil e Gabão)

Nas mesma condições pluviométricas do que na floresta, todavia com unidadesde paisagem mais declivosas (de 2% no topo para mais de 8% na parte baixa datoposeqüências), onde o escorrimento e a erosão podem causar estragosimportantes, os solos, já muito menos ricos em M.O. no início do que nasflorestas, quando forem submetidos aos mesmos sistemas com uma culturaúnica por ano em monocultura de soja praticada com gradagens (os quaissucedem geralmente a uma ou duas culturas sucessivas de arroz de abertura deterra nova), perdem em 10 anos até 66% da matéria orgânica na camada 0-10cm e 50% no nível 10-20 cm (cf. cronoseqüências do Cerrado. Fig. 17).

Esta gestão inadequada do capital solo leva assim a uma perda anual de -0,95MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e de -0,66 MgC.ha-1 na camada 10-20 cm(processo acumulativo de erosão laminar + mineralização da M.O.). A perda deM.O., muito rápida no início, vai diminuindo em seguida até atingir uma taxamínima em torno de 1% na camada 0-20 cm (Fig. 17 e 30 ).Partindo deste perfil cultural empobrecido após 10 anos de má gestão, a práticacontínua durante 6 anos do sistema de Plantio Direto construido sobre asucessão anual soja+milheto ou soja+sorgo permite recuperar 1% de M.O. nohorizonte 0-10cm e 0,4% no nível 10-20 cm. A seqüestração anual de carbononeste sistema onde a erosão é totalmente controlada é de +0,83 MgC.ha-1 nohorizonte 0-10 cm e de + 0,40 MgC.ha-1 no nível 10-20 cm (cronoseqüências docerrado, Fig. 17 e 21).

Após este período de 6 anos, e partindo deste perfil cultural parcialmenterestaurado em M.O. pelo Sistema de Plantio Direto, se implantarmos, sempreem Plantio Direto, espécies forrageiras que serão pastoreadas durante os 5anos seguidos sem insumos (1,8 UGB/ha), o percentual de M.O. do soloaumenta mais rapidamente e a quantia de carbono seqüestrado anualmente émais elevada com a espécie Brachiaria brizantha (cv. Brizantão) do que com aespécie Panicum maximum (cv. Tanzânia) :

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+ 0,7 MgC.ha-1 para esta última no horizonte 0-10 cm contra + 0,9 MgC.ha-1

para o brizantão, na mesma camada; no horizonte 10-20 cm a taxa de seqüestração anual de C é muito elevada,

+ 1,68 MgC.ha-1.ano-1, com Brachiaria b., contra + 1,08 MgC.ha-1.ano-1 comPanicum m..

Portanto, essas 2 espécies recarregam fortemente o perfil cultural abaixo de 10cm de profundidade (cf. seqüência cerrado, Fig. 17).Resultados similares de seqüestração de C. sob Plantio Direto foram obtidosnas savanas gabonenses, em condições pedoclimáticas próximas e a partir desistemas de cultivo de produção de grãos semelhantes, que transferimos doBrasil (cf. cronoseqüências Gabão; Boulakia S. et al., 1999 – Vide Fig. 18 e 21).Como no caso das frentes pioneiras dos Trópicos Úmidos do Brasil, o preparoprofundo do solo, praticado a cada ano na entrada de uma sucessão anualmilho+soja induz a perda progressiva de M.O.; as perdas anuais de C, são, em3 anos, de -1,0 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm, e de -0,7 MgC.ha-1 no nível 10-20 cm, na presença de uma forte adubação mineral anual; quando é usado umnível de adubação médio a baixo, a perda anual de C é menor (cf.cronoseqüências Gabon, Fig. 18 e 21).Como nos Cerrados brasileiros, a prática, em plantio direto contínuo, desistemas com 2 culturas anuais em sucessão dominados por gramíneas,vizinhos dos utilizados no Brasil, leva a níveis de seqüestração anual de Cidênticos aos observados no Brasil : +1,0 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-10 cme +0,8 MgC.ha-1.ano-1na camada 10-20 cm (Cf. cronoseqüência Gabão, Fig. 18e 21)

NA ECO-REGIÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS COM LATOSSOLOS SOBREBASALTO, DE TEXTURA ARGILOSA (60% de argila no horizonte 0-20 cm) DOCENTRO OESTE BRASILEIRO (Sul de Goiás)

Sob cultura algodoeira, a comparação dos sistemas de cultivo, construídos nopreparo anual dos solos, e no Plantio Direto sobre cobertura morta, como no casodos T.U., evidencia tendências de evolução da M.O. semelhantes, porém demenor intensidade :- Seja no solo já muito erodido de final de encosta com fortes declives, ou seja

no solo do meio da encosta, pouco erodido, a prática contínua do preparo dosolo associada à monocultura de algodão, acarreta perdas significativas emM.O. nos horizontes superficiais, por erosão laminar combinada com uma fortemineralização da M.O., não compensadas pelas únicas restituições dasrestevas; num período de 4 anos, as perdas médias anuais de C são de -0,25MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e de -0,45 MgC.ha-1 no nível 10-20 cm.

- O sistema de Plantio Direto, construido sobre as sucessões anuais milheto ousorgo + algodoeiro proporciona, como nos T.U., um recarregamento rápido emM.O. do perfil cultural em 4 anos, e tanto marcante quanto o estado inicial dosolo for empobrecido em M.O. (cf. cronoseqüências das florestas tropicais doSul de Goiás) [ Vide Fig. 19 e 22] :

⊕ No solo pouco erodido no meio da encosta, o recarregamento médioanual de C é de +0,5 MgC.ha-1 , e unicamente no horizonte 0-10 cm.

⊕ No solo erodido de final de encosta, a quantia média anual de Cseqüestrado é próximo de +0,9 MgC.ha-1 tanto no nível 0-10 cm quantono horizonte 10-20 cm.

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NAS TERRAS ALTAS DE MADAGASCAR

Com relevo montanhoso, clima subtropical fresco e úmido sob forte influênciaciclônica, a aração profunda dos solos com o implemento tradicional (Angady)acarreta sempre uma fortíssima erosão do perfil cultural e perdas importantes deM.O. =

- na localidade de Ibity, num "maciço cristalino" (46% de argila no horizonte 0-20 cm), as perdas de M.O. em 5 anos são de 24% na camada 0-10 cm e de40% no nível 10-20 cm, o que corresponde a perdas médias anuais de C,respectivamente de -1,0 e -1,4 MgC.ha-1;

- Na localidade de Sambaina, sobre aluviões lacustres antigos, em solos maisargilosos (60% de argila no horizonte 0-20 cm), menos suscetíveis a erosão,as perdas médias anuais durante 5 anos são de -0,48 MgC.ha-1 na camada0-20 cm (cronoseqüências das Terras altas de Madagascar, Fig. 20 e 23).

Como nas grandes eco-regiões precedentes, todavia em condiçõespedoclimáticas muito mais favoráveis para a conservação da Matéria orgânica, ossistemas de cultivo praticados em Plantio direto levam nessas duas localidades esobre 5 anos, a recarregamentos marcantes em M.O. no perfil cultural :

- Na localidade de Ibity, na sucessão anual aveia + feijão, a seqüestraçãomédia anual é de + 1,7 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e de + 1,3 MgC.ha-1

no nível 10-20 cm;- Na localidade de Sambaina, no mesmo período, a seqüestração médiaanual de C alcança + 1,8 MgC.ha-1 com Plantio Direto sobre coberturamorta (soja+milho consorciado com Desmodium) e até +2,4 MgC.ha-1 sobrecobertura viva permanente (soja em cima de Pennisetum clandestinum"kikuyu"), na camada 0-20 cm.

Em conclusão deste capítulo, várias regras podem ser enunciadas a respeito dadinâmica do carbono em função dos sistemas de cultivo, nas diversas grandes eco-regiões tropicais e subtropicais :

Em todos os casos estudados, as técnicas de preparo de solo (gradagens,arações) combinadas com sistemas de monocultura com uma só cultura anualque só utiliza uma pequena fração do potencial hídrico disponível levam semprea perdas expressivas de matéria orgânica, cuja importância varia em função dascondições de clima, solo, declive, técnicas de preparo do solo e estado dedegradação do perfil cultural :

- Nos Trópicos Úmidos, na ecologia de florestas com topografia plana, asperdas se concentram no horizonte 0-10 cm e variam entre -0,7 e -1,2MgC.ha-1.ano-1, mas podem também afetar a camada 10-20 cm, como nocaso dos cerrados onde a declividade é maior e a erosão é mais ativa.

- Em regiões subtropicais de altitude com relevo montanhoso, os latossolossobre "maciço-cristalino", submetidos a um regime ciclônico de chuvas,podem perder entre -1,0 e -1,4 MgC.ha-1.ano-1.

- Em regiões de florestas tropicais sobre basalto, com fortes declives noCentro-Oeste brasileiro (Sul de Goiás), os latossolos mais argilosos ecom fortes potencialidades se revelam menos sensíveis a estes modosde gestão (gradagem x monocultura de algodão) e perdem sómenteentre –0,2 e –0,45 MgC. ha-1.ano-1.

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Todos os sistemas de cultivo em Plantio Direto sobre coberturas vegetaispermanentes, permitem, em todas as situações pedoclimáticas, recarregar operfil cultural em M.O. e controlar totalmente a erosão, qualquer que seja odeclive, a pluviometria e o tipo de solo.

Se a importância da seqüestração de C depende das condições de solo e clima(o clima subtropical de altitude, fresco e úmido, é o que mais acumula C), esta éprincipalmente condicionada, em cada grande eco-região, pela natureza dossistemas de cultivo praticados em Plantio Direto e pelo estado de degradaçãofísico-biológico do perfil cultural inicial; nos Trópicos Úmidos, onde ascondições climáticas são ideais para um funcionamento máximo do “reator -mineralização da M.O.", a taxa de seqüestração anual de C pode então variar de1 para 2 em função da natureza dos sistemas praticados ; partindo de perfisculturais já muito degradados, empobrecidos em M.O. :

+ 0,83 MgC.ha-1.ano-1 para sucessão anual soja+milheto (0-10 cm)+ 1,16 MgC.ha-1.ano-1 para a sucessão anual soja+sorgo (0-10 cm)+ 1,33 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-10 cm e +1,4 MgC.ha-1.ano-1 na

camada 10-20 cm para a sucessão soja+sorgo ou milheto consorciadoscom Brachiaria ruziziensis, dentro da qual a pastagem continuaproduzindo biomassa verde após a colheita do sorgo e durante toda aestação seca (biomassas aéreas e radiculares);

+ 1,66 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0,10 cm e +1,8 MgC.ha-1.ano-1 nacamada 10-20 cm com o sistema : arroz + Eleusine coracana no primeiroano, seguido de soja + Eleusine coracana no 2º ano, e de arroz +Eleusine coracana no 3º ano, sejam 5 gramíneas em 3 anos incluindo 3ciclos de Eleusine coracana, gramínea anual que possui o sistemaradicular mais possante de todas as espécies que testamos até hoje(biomassa seca radicular superior a 5 t/ha na camada 0-50 cm, em 80dias).

Os sistemas em plantio direto de soja, milho ( de arroz e algodão possíveistambém) sobre coberturas vivas perenes, respectivamente de Cynodon d.Tifton e Arachis p., permitem igualmente seqüestrar o carbono de modo muitoeficiente; em 3 anos, a quantia anual de C seqüestrado é de :

+ 1,5 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e de + 0,8 MgC.ha-1 no nível 10-20 cmpara o sistema mais atuante : soja em cima de Tifton,

+ 1,0 MgC.ha-1.ano-1 mas somente na camada 0-10 cm para o sistemamilho sobre Arachis pintoi.

Após um período de 6 anos de prática contínua do sistema : soja + milheto ousorgo, em plantio direto, e partindo em conseqüência de um perfil culturalparcialmente restaurado em M.O. pelo Sistema de Plantio Direto, seimplantarmos, sempre em Plantio Direto, espécies forrageiras que serãopastoreadas durante os 5 anos seguidos sem insumos (1,8 UGB/ha), opercentual de M.O. do solo aumenta mais rapidamente e a quantia de carbonoseqüestrado anualmente é mais elevada com a espécie Brachiaria brizantha (cv.Brizantão) do que com a espécie Panicum maximum (cv. Tanzânia) :

. +0,7 MgC.ha-1 para esta última no horizonte 0-10 cm contra + 0,9MgC.ha-1 para o brizantão, na mesma camada;. no horizonte 10-20 cm a taxa de seqüestração anual de C é muitoelevada, + 1,68 MgC.ha-1.ano-1, com Brachiaria b., contra + 1,08MgC.ha-1.ano-1 com Panicum m..

Portanto, essas 2 espécies recarregam fortemente o perfil cultural abaixo de10 cm de profundidade (cf. seqüência cerrado, Fig. 17).Resultados similares de seqüestração de C. sob Plantio Direto foram obtidosnas savanas gabonenses, em condições pedoclimáticas próximas e a partir desistemas de cultivo de produção de grãos semelhantes, que transferimos do

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Brasil (cf. cronoseqüências Gabão; Boulakia S. et al., 1999 – Vide Fig. 18 e 21).Como no caso das frentes pioneiras dos Trópicos Úmidos do Brasil, o preparoprofundo do solo, praticado a cada ano na entrada de uma sucessão anualmilho+soja induz a perda progressiva de M.O.; as perdas anuais de C, são, em3 anos, de -1,0 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm, e de -0,7 MgC.ha-1 no nível 10-20 cm, na presença de uma forte adubação mineral anual; quando é usado umnível de adubação médio a baixo, a perda anual de C é menor (cf.cronoseqüências Gabon, Fig. 18 e 21).Como nos Cerrados brasileiros, a prática, em plantio direto contínuo, desistemas com 2 culturas anuais em sucessão dominados por gramíneas,vizinhos dos utilizados no Brasil, leva a níveis de seqüestração anual de Cidênticos aos observados no Brasil : +1,0 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e +0,8MgC.ha-1 na camada 10-20 cm (Cf. cronoseqüência Gabão, Fig. 18 e 21)

Qualquer que seja o tipo de solo e as condições climáticas, quanto mais o perfilcultural inicial estiver desestruturado e empobrecido em M.O., mais rápido seráo recarregamento em carbono através de sucessões em PD onde asgramíneas tem um papel dominante ( milheto,mas sobretudo sorgo, Eleusine,aveia, espécies forrageiras ).

Sob pluviometria menor (900 a 1 600 mm), com solos argilosos naturalmentebem estruturados e ricos em M.O., como os latossolos vermelhos escurossobre basalto do Sul de Goiás, submetidos a gradagens em monocultura dealgodão, sobre fortes declives, as perdas de M.O. são nitidamente inferiores ásregistradas nos TU e são principalmente localizadas nos cortes de erosão(erosão linear dominante ).

O clima fresco e úmido de altitude nas terras altas de Madagascar permiteseqüestrar a maior quantia de carbono anualmente, quando as gramíneasperenes muito possantes são os suportes dominantes dos sistemas em PD(Pennisetum clandestinum ) = de + 1,8 a +2,4 MgC.ha-1 no horizonte 0-20 cm.

A taxa de seqüestração de C nos sistemas de Plantio Direto mais atuantespode ser tão rápida e importante quanto são as perdas sob gestão inadequadacom preparo do solo; os sistemas em Plantio Direto mais eficientes a esserespeito são os que usam safrinhas a base de "biomassas de cobertura" ou"bombas biológicas", possantes fornecedoras de biomassa (matéria seca aéreae radicular) tais como milhetos, sorgos consorciados com Brachiaria ruz.,Eleusine coracana, Cynodon dactylon, nos TU, as espécies forrageiras perenesdos gêneros Pennisetum (clandestinum), e Desmodium (intortum) nas regiõessubtropicais de altitude . Estes sistemas levam, até em períodos curtos de 3 a 5anos, a recuperar as taxas de M.O. dos ecossistemas originais e até aultrapassá-las.

O recarregamento em carbono a curto prazo do perfil cultural com os melhoressistemas de Plantio Direto interessa de modo preferencial o horizonte 0-10 cm,mas também o de 10-20 cm, quando espécies forrageiras foram usadas narotação tais como Brachiaria, Eleusine, Cynodon, Pennisetum . A comparaçãodos resultados obtidos com os de demais autores dessas regiões tropicais esubtropicais, evidencia :- Uma boa concordância com os resultados produzidos por Corraza et al.,

1999 na eco-região dos cerrados do Centro-Oeste brasileiro, que mostramuma taxa de seqüestrarão anual de C de +2,18 MgC.ha-1.

- Na região Sul do Brasil, em condições subtropicais, os resultados recentesobtidos por Amado T.J. et al. (1999), Bayer C. et al. (2000) e Sá J.C.M. et

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al (2000), com taxas anuais de seqüestração de C de +1,6 de +1,33 e de0,99 MgC.ha-1 respectivamente, são bastante comparáveis aos queobtivemos nas Terras Altas de Madagascar em clima subtropical fresco eúmido, com taxas variando entre +1,3 e +2,4 MgC.ha-1.

- Como no presente estudo, vários exemplos no Kentucky (EEUU) em climatemperado e em Ponta Grossa no Brasil subtropical citados por Sá J.C.M.et al (2000 a) mostram que o estoque de carbono acumulado durantelongos períodos (15 a 20 anos) em Plantio Direto pode ser superior ao doecossistema sob vegetação nativa e que diz respeito preferencialmente acamada 0-10 cm ( Lal R., 1997 ; Dick W.A. et al., 1998 ; Kern J.S. eJohnson M.G., 1993 ).

- Outra conclusão concordante deste estudo com os dos autores jácitados: apesar da taxa de decomposição da M.O. em regiões tropicais esubtropicais ser de 5 a 10 vezes maior do que nas regiões temperadas (LalR. e Logan T.J., 1995), os ganhos de M.O. ligados à prática contínua doPlantio Direto podem ser equivalentes e até superiores nos trópicos : anatureza dos sistemas praticados em PD permite explicar este paradoxo.

3.2. DINÂMICA DO CARBONO, DA CTC E DO TEOR DE SATURAÇÃO (V%)

Os latossolos do Brasil, suporte do estudo = vermelhos amarelos mais oumenos hidratados sobre rochas ácidas, pertencem aos oxissolos daclassificação dos E.U.A. (acrustox), assim como os latossolos vermelhosescuros sobre basalto (haplustox). Em todos os casos, 60 a 80% da CTC éimputável à matéria orgânica (Van Raij B., 1991) e esses solos são vaziosquimicamente, sempre carentes em P, Ca, Mg, K, Zn, freqüentemente em Boroe Cobre ( Scheid Lopes A., 1984), e apresentam uma CTC efetiva baixa, sejauma fraca capacidade de retenção dos íons (portanto dos adubos), os quaispodem ser facilmente lixiviados.

Em todas as cronoseqüências apresentadas, as tendências de evoluçãoda CTC acompanham estritamente as da M.O.: nos sistemas de cultivo queperdem M.O. (com preparo de solo x monocultura), a CTC dos horizontes desuperfície decresce; pelo contrário, ela cresce junto com a M.O., quando o teordesta aumenta nos sistemas em Plantio Direto. Com as técnicas de PlantioDireto, cria-se um poder de retenção dos adubos minerais proporcional ao nívelde seqüestrarão do C, e se pode assim reduzir suas perdas por lixiviação (Fig.24 a 29).

O Plantio Direto influência igualmente de modo significativo, o teor desaturação das camadas superiores do perfil cultural (Fig. 24 a 29) eprincipalmente o horizonte 10-20 cm onde as variações se mostram maissensíveis. Para um mesmo nível de adubação mineral aplicado, o teor desaturação acompanha as variações da M.O. e da C.T.C.. O caso maisdemonstrativo a esse respeito é o da cronoseqüência Cerrado dos trópicosÚmidos, na qual as espécies forrageiras implantadas em Plantio Direto durante5 anos, tem o papel de "bombas para cátions" e fazem crescer fortemente oteor de saturação das camadas superficiais, como se fossem aplicadascalagens com altas dosagens, enquanto que nenhuma adubação mineral foiaplicada durante esses 5 anos ( Fig. 26).

Perfis culturais realizados a cada ano, em todas as cronoseqüências nassafrinhas "biomassas de cobertura" "bombas biológicas", mostram que osenraizamentos dessas safrinhas são muito profundos nesses latossolos e

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ultrapassam freqüentemente 2 a 2,5 m de profundidade na floração; assimsendo, essas safrinhas têm a capacidade de reciclar a cada ano, as bases e osnitratos que escaparam das culturas comerciais. Tal é o caso das espécies dosgêneros = sorgo, Brachiaria, Panicum, Eleusine, Crotalaria.

Em conclusão, os sistemas de cultivo em Plantio Direto (PD) maisatuantes para a seqüestração de carbono, são também os que oferecem a CTCmaior na camada 0-20 cm; a retomada do crescimento das taxas de saturaçãoem PD, mais notável no horizonte 10-20 cm do que no 0-10 cm, indica aeficácia das "biomassas de cobertura" ou "bombas biológicas" para recuperarno mesmo ano agrícola as bases que escaparam do alcance das culturascomerciais ou alimentares (esta capacidade deve também se expressar para aciclagem dos nitratos). Estes resultados explicam perfeitamente o conceito de"fechamento do sistema solo-cultura", a exemplo do funcionamento doecossistema florestal, em que os nutrientes são constantemente reciclados,sem perdas, no sistema solo-planta (Séguy L. et al ,1999).

3.3. AS PERFORMANCES AGRONÔMICAS, TÉCNICAS E ECONÔMICAS DOSSISTEMAS DE CULTIVO CONFRONTADAS COM A DINÂMICA DA M.O.

3.3.1. ECO-REGIÃO DOS TRÓPICOS ÚMIDOS (TU)

Os trabalhos de pesquisa conduzidos pelo CIRAD-CA e seus parceirosbrasileiros da pesquisa e do desenvolvimento mostraram, entre 1984 e 2000,que as potencialidades agrícolas dos latossolos são idênticas sob floresta ousob cerrado, uma vez que as operações de desmatamento seguidas deinúmeras gradagens tiveram exercido sua ação destruidora na estrutura do soloe na matéria orgânica original (. Séguy L..et al., 1996 ; 1998e).

A evolução das performances agronômicas dos sistemas de cultivobaseados nas culturas de arroz de sequeiro e de soja, criados pela pesquisa,foi reconstituída para o período 1986-2000 =

a)Nos médios e longos prazos as figuras de síntese 30,31 e 32 que detalhamessa evolução, evidenciam como, partindo do sistema de monocultura comuma só cultura por ano, a pesquisa criou sucessivamente : sistemas comuma só cultura anual em rotação (cereal-leguminosa), em seguida sistemasalternando 2 culturas anuais em sucessão com uma única cultura no anoseguinte, e enfim sistemas com 2 culturas anuais em sucessão + pastagempermitindo engorda do gado na estação seca.

. Partindo de sistemas com uma cultura por ano que só utilizava uma fração dopotencial hídrico disponível, os trabalhos de pesquisa nos sistemas de cultivo(a partir de matrizes perenizadas) exploraram gradativamente o recurso solodurante o ano todo, e uma oferta hídrica bem superior, até na estação seca,a exemplo do ecossistema florestal, usando a água profunda (além de 2 m).

. O acréscimo progressivo da produção agrícola por hectare foi conquistadoprincipalmente através do domínio gradual das técnicas de Plantio Direto(PD) que permitem ao mesmo tempo: o acesso permanente as terras para asmáquinas com capacidades e flexibilidade de utilização maiores, um controletotal da erosão e o aumento gradativo da fertilidade dos solos que leva aproduzir cada vez mais, ao menor custo.

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. A produtividade da soja, principal cultura da região, passou assim de 1.700kg/ha (28 sc/ha) em 1986 a mais de 4.600 kg/ha (77 sc/ha) no ano 2000; a doarroz de sequeiro no mesmo período passou de 1.800-2000 kg/ha (30 a 33sc/ha) a mais de 8.000 kg/ha (133 sc/ha), acompanhada de uma verdadeirarevolução na qualidade de grãos, que é hoje igual ou superior a das melhoresvariedades irrigadas (Séguy L., et al. 1998 d).

. Portanto, a produtividade das culturas principais quase triplicou em 15 anos;os progressos marcantes realizados são imputáveis mais aos avançosdecisivos que foram progressivamente construídos e conquistados na gestãodos solos e das culturas em Plantio Direto do que aos do melhoramentovarietal (Séguy L. et Bouzinac S., 1992/2000 ; Séguy L. et al, 1996).

. A produtividade total por hectare dos sistemas de cultivo que sediversificaram gradualmente, cresceu consideravelmente neste mesmoperíodo graças às safrinhas tais como o milho, o milheto, o sorgo e o pé degalinha que produzem entre 2.000 e 4.000 kg/ha (33 a 66 sc/ha) cominsumos mínimos ou sem insumos, e que podem ser seguidas de engorda naestação seca quando culturas forrageiras estão consorciadas com assafrinhas. Se o valor comercial dessas safrinhas ainda é irrisório na região,estas podem todavia servir na alimentação do gado na estação seca e serconvertidas com proveito em produção de carne ou leite. Os melhoressistemas de cultivo em P.D. permitem assim produzir hoje, num ano: 4.500kg/ha (75 sc/ha) de soja ou mais de 6.000 kg/ha (100 sc/ha) de arroz,seguidos de 1.500 a 3.000 kg/ha (25 a 50 sc/ha) de milho ou sorgo oumilheto ou pé de galinha (Eleusine c.), et de 65 a 90 kg/ha (de 4,3 a 6@/ha)de carne durante a estação seca (entre 100 e 120 U.S.$/ha) [ Vide Fig. 52].

. A produção de matéria seca aérea total por hectare passou de 4 a 8 t/ha em1986 para os sistemas iniciais com uma só cultura anual, para 25 a 28 t/hano ano 2000 para a média dos melhores sistemas em PD (Fig. 31 e 32).

. A variação dos teores em M.O. das camadas das superfície, acompanhouestritamente a da produção de matéria seca total aérea: os sistemas maisprodutivos em PD acumularam, em média entre 1992 e 2000, entre 1,7 e2,1% de M.O. nesses 8 anos (Fig. 31 e 32).

b) No curto prazo; a superioridade das técnicas de PD sobre as de preparo dosolo expressa-se já nos 2 primeiros meses da estação chuvosa, nos quais seefetuam os plantios escalonados das culturas principais de soja e arroz.Várias experimentações conduzidas em cultivo comercial, fazendo parte dascronoseqüências estudadas nas ecologias de floresta e de cerrado,evidenciam que em Plantio Direto (PD), um plantio feito 60 dias após asprimeiras chuvas úteis perde somente 12 a 24% da produtividade inicial paraa soja, e mantém a do arroz de sequeiro em relação aos plantios precocesrealizados nas primeiras chuvas ( Fig. 33 e 34). Pelo contrário, na aração,mantida limpa com gradagens nesse mesmo período de 60 dias, o plantiorealizado 2 meses após as primeiras chuvas úteis perde entre 19 e 27% desua produtividade inicial para a soja ( Fig. 33) e entre 36 e 70% para o arrozde sequeiro (Fig.34), em função do nível de adubação aplicado.

Logo no início das chuvas, o Plantio Direto sobre cobertura vegetal revela-secomo um sistema "mantenedor da fertilidade" graças a seus efeitos deproteção do solo, a conservação da estrutura pelo sistema radicular emcrescimento da biomassa de cobertura, e sua plena utilização do pico inicialde mineralização da M.O. que ocorre nas primeiras chuvas, cujo nutrientessão reciclados nas biomassas de cobertura em crescimento, enquanto estessão perdidos em solos nus, expostos às chuvas.

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c)Nos 5 últimos anos, que se beneficiaram de todos os progressosadquiridos na construção durante 15 anos de sistemas de cultivo em PDcada vez mais atuantes, e igualmente de um domínio técnico aprimorado, aanálise das performances agronômicas comparadas dos sistemas de cultivonas cronoseqüências 1, 2 e 3 da ecologia de floresta evidencia :

- A respeito da cultura de soja, na cronoseqüências 1, onde comparamosnos 3 últimos anos vários sistemas de cultivo em PD sobre coberturas mortascom o sistema convencional de monocultura de soja x gradagens :

+ O rendimento da soja, tanto de ciclo curto (cv. Conquista) quantode ciclo médio (cv. FT 114) é sempre nitidamente superior nos sistemasem PD ao na testemunha preparada. A diferença de produtividadecresce, ano a ano, em prol do PD; ela é proporcional à importância dabiomassa seca na qual está implantada a soja em PD: na presença deum baixíssimo nível de adubação mineral (0 N-40 P2O5 + 40 K2O), essadiferença de rendimento a favor do Plantio Direto vai de 13 a 17% noprimeiro ano, para 30 a 42% no terceiro ano para os melhores sistemas,qualquer que seja o ciclo da variedade (Fig.37 e 38). Quando aadubação aplicada está duplicada (0 N-80 P2O5 + 80 K2O), asdiferenças em favor dos melhores sistemas em PD oscilam de 15 a 25%no primeiro ano para ambos os ciclos, para 18-24% para o ciclo curto e31 a 47% para o ciclo médio no terceiro ano (Fig. 37, 38 e 40).A título de exemplo, no 3º ano, o ciclo curto produz 2.233 kg/ha (37sc/ha) na testemunha preparada contra 2.957 kg/ha (49 sc/ha) para amédia dos melhores sistemas em PD na presença do nível baixo deadubação; 2.984 kg/ha (49 sc/ha) contra 3.500 kg/ha (58 sc/ha) naadubação dupla( Vide Fig. 39).Nas mesmas condições, o ciclo médio produz 2.547 kg/ha (42,5 sc/ha)na testemunha contra 3.575 kg/ha (59,6 sc/ha) em Plantio Direto comadubação baixa, e 3.166 kg/ha (52,8 sc/ha) contra 4.580 kg/ha (76,3sc/ha) na adubação dupla (cf. Fig 39).

+ A produtividade do arroz de sequeiro é, como a da soja, sempremaior em Plantio Direto do que em solo preparado. O rendimento médiodas 3 melhores variedades, em 1997/98, é de 5.420 kg/ha (90 sc/ha) emPD sobre cobertura morta de Pé de galinha (Eleusine c.) contra 4.260kg/ha (71 sc/ha) na aração com a mesma rotação, seja um ganho deprodutividade de 23% a favor do PD. Em 1998/99, na mesma rotação, orendimento médio do Plantio Direto para essas mesmas cultivares é de5.025 kg/ha (83,7 sc/ha) contra 2.885 kg/ha (48 sc/ha) na aração, sejaum ganho de 43% para o PD (Fig. 42). Além disso, o estado sanitário domaterial genético sempre é nitidamente melhor no PD do que na araçãopara as principais doenças fungicas do aparelho vegetativo e reprodutor( Séguy L. et al., 1998) [Fig. 42].Nesses 3 anos consecutivos, as melhores cultivares criadas pelaempresa de pesquisa AGRONORTE em colaboração com o CIRAD,confirmam seus rendimentos altíssimos a nível regional em PlantioDireto: para os ciclos curtos, entre 3.500 e 5.000 kg/ha (58 a 83 sc/ha)com baixa tecnologia e de 4.500 a mais de 6.000 kg/ha (75 a 100 sc/ha)com alta tecnologia. Com os mesmo níveis tecnológicos, os ciclosmédios produzem respectivamente entre 4.800-5.200 kg/ha (80 a 87sc/ha) e 5.300 a mais de 6.000 kg/ha (88 a mais de 100 sc/ha) [compico de produtividade entre 7.000 e 8.500 kg/ha (117 e 133 sc/ha) nasfazendas de referência] (Vide Fig. 41).

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Se a produtividade da soja em PD está estreitamente correlata aprodução de biomassa seca de gramíneas, o arroz de sequeiroresponde da mesma forma desde que a nutrição nitrogenada não forlimitante (Fig.35 e 36). As biomassas que induzem os maioresrendimentos de arroz de sequeiro, são os consórcios entre gramíneascom sistemas radiculares mais possantes (forte macroporosidadenecessárias ao arroz - cf. Séguy L. et al., 1998 d) e leguminosasfixadoras de N (resultados 2000 e 2001 não publicados):

. A produtividade das biomassas de cobertura cresce com o tempo, e issotão rapidamente quanto o nível de adubação mineral aplicada à culturaprincipal for menor, evidenciando assim o acréscimo gradativo dacapacidade de produção do solo devido a gestão biológica do perfil culturalsenso lato (Fig. 40).

. Os sistemas de PD sobre coberturas mortas mais produtivos em biomassaseca por ano são também aqueles que produzem mais soja e que melhorseqüestram o carbono (Fig...).

- Na cronoseqüência 2, onde estão comparados, nos 3 últimos anos, 2sistemas em Plantio Direto sobre as coberturas vivas, em relação àtestemunha preparada, um plantado com soja, outro com milho :

⊕ Na cultura de soja (cv. Emgopa 313), o sistema em Plantio Direto sobreTilfton (Cynodon dactylon, híbrido nº 85) apresenta uma produtividade degrãos crescente a cada ano, qualquer que seja o nível de adubação; pelocontrário, na testemunha preparada, gradagens x monocultura, exceto parao nível de adubação não limitante o qual permanece praticamente estável,o rendimento decresce a cada ano. A produtividade de soja em PD no 3ºano com adubação baixa supera de12% a da testemunha na adubação altanão limitante, comprovando também neste caso a importância da gestãoorgano- biológica em Plantio direto para produzir mais com menos adubos(Fig. 43 e 50).

⊕ Na cultura do Milho, exceto no primeiro ano, no qual a ausência decontrole da cobertura viva Arachis p. prejudicou muito sua produtividade, osistema de PD sempre é mais produtivo do que a testemunha preparadanos 2 anos seguintes. A diferença de rendimento do milho a favor doPlantio Direto é tanto maior que aconteça uma seca na floração macha,como foi o caso em 1997/98. Da mesma forma que na soja, o milho nacobertura viva produz em média nos 2 últimos anos 6.000 kg/ha (100sc/ha) com adubação baixa, seja uma produtividade próxima datestemunha preparada com adubação média, evidenciando mais uma vez aimportância da gestão organo-biológica para economizar os adubosminerais e produzir de modo mais estável (Fig. 44 e 51).

O sistema em PD de soja sobre Tifton é aquele que seqüestra mais carbono:+1,5 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-10 cm et +0,8 MgC.ha-1.ano-1 no nível 10-20 cm em 3 anos. O sistema PD milho sobre Arachis p. seqüestra no mesmotempo +1,0 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-10 cm, enquanto a testemunhapreparada continua perdendo carbono.

- Na cronoseqüência 3, os resultados de rendimentos apresentados naFigura 45 foram obtidos em lavoura comercial (Fazenda da família W. e J.Taffarel); partindo de técnicas de desmatamento menos destruidoras para ossolos de floresta, após 2 anos de preparo do solo com gradagens para produzir

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arroz de sequeiro cujo rendimento médio se aproxima de 5.000 kg/ha (83sc/ha), o Plantio Direto é implantado para os 3 anos seguintes com a rotação: 2anos de soja + milho consorciado com Brachiaria ruz., e arroz de sequeiro +Brachiaria ruz. no 3º ano.Nenhuma calagem foi realizada durante os 5 anos, apesar do perfil cultural,desde o horizonte 5-20 cm apresentar uma fortíssima acidez e um teor desaturação inferior a 20%. Apesar dessas condições consideradas comolimitantes para as culturas de soja e milho, a soja em PD produz 2.640 kg/ha(44 sc/ha) logo no primeiro ano, e de 3.000 até 3.320 kg/ha (50 a 55 sc/ha) nosegundo ano em função das variedades; o milho safrinha atrás da soja, produza cada ano 3.000 kg/ha (50 sc/ha) e o arroz de sequeiro em PD, no últimoano, alcança uma produtividade de 4.500 kg/ha (75 sc/ha) [ Fig. 45 ].Este resultado mostra que o sistema de Plantio Direto sobre coberturapermanente neutraliza eficientemente os efeitos nocivos da acidez, tãoconhecidos em solos preparados, e permite dispensar a utilização de calagens(entre 4 e 7 toneladas de calcário são geralmente utilizados nos 4 anos após odesmatamento com a mesma seqüência de culturas, em solo preparado).

As conseqüências técnico-econômicas da utilização dos sistemas decultivo em PD ou em solo preparado refletem as suas performancesagronômicas.

A região das frentes pioneiras do Centro Norte do Mato Grossoenfrentou desde o início de sua abertura, nos princípios dos anos 1980, umasituação econômica caótica e padeceu das reestruturações econômicassucessivas do país. Afastada dos grandes centros de transformação, dosportos de exportação (mais de 1.500 km), a região só tem uma estradaasfaltada, geralmente em estado de conservação precário, a qual onera muitoos custos dos fretes. Este isolamento se traduz por uma penalização queoscila entre 25 e 40% de sobre-custos de produção em relação aos custos dosgrandes estados produtores do sul do país (Séguy L. et al., 1996).

Nesta conjuntura, os custos de produção da soja, cultura industrial maisestável, podem variar de 280 a mais de 430 U.S $/ha em função do nível detecnologia e do ano; a última reestruturação do presidente Fernando HenriqueCardoso, em 1995, quase duplicou a produção de equilíbrio para cobrir oscustos (de 30-40 sc/ha para 60-70 sc/ha). (Fig.48).

Para o arroz de sequeiro, os custos variaram ainda mais no período1987/2000. Os três últimos anos foram particularmente desastrosos para oarroz, quando os preços pagos aos produtores passaram de 11,5 U.S $/sacode 60 kg em 1998 para 7,43 U.S$/saco em 2000, apesar da excelentequalidade do arroz, igual a das melhores variedades irrigadas do Sul (Fig.47).Em 2000, é preciso produzir mais de 60 sacos/ha para pagar os custos deuma baixa tecnologia e quase 90 sacos/ha para a alta tecnologia, sejamcondições próximas das possibilidades agronômicas atuais dos sistemasconstruídos pela pesquisa (Fig. 46).

São essas limitações econômicas que explicam a adoção exponencialdo PD a partir de 1995 na região onde a atividade agrícola sem subsídiosteve, para se manter, de produzir mais e o mais barato possível. Atualmente,80% da área está em plantio direto, mas a maioria pratica um sistemadominante : soja + safrinha milho ou milheto ou sorgo e mais recentemente, apartir de 1998 a cultura de algodão.

Neste contexto de baixa diversificação, os sistemas de cultivo recém-criadas pela pesquisa CIRAD-AGRONORTE, que possibilitam a integração detodas as culturas em PD com a pecuária, são os que induzem os menorescustos de produção e as maiores margens líquidas/ha, e devem ser logo

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difundidos. Além dos benefícios atrativos e da estabilidade que proporcionamestes sistemas, eles permitem se livrar ainda mais da política agrícola regionalcaótica. As performances econômicas destes sistemas de cultivo que leva aconstruir afolhamentos (= distribuição anual das diversas culturas na fazenda)mais estáveis e de menor risco econômico, estão expostos na Figura 52 (crivodas fazendas de referência). Em função do nível de risco escolhido peloagricultor, os custos de produção podem variar de 300 a 600 U.S$/ha nossistemas em PD baseados no arroz, soja, milho + safrinhas seguidas deengorda na estação seca, ou praticados sobre coberturas vivas (Fig. 49 e 52),e até 1.300 U.S$/ha com a cultura algodoeira de alta tecnologia (PD + altonível de insumos).

As margens líquidas por ha, vão, apesar da penalização econômica, eem função das escolhas e das condições econômicas anuais, de 100 a maisde 600 U.S$/ha (cf. Fig. 52).Os encargos de mecanização puderam ser reduzidos drasticamente com aadoção do PD: o número de tratores e de plantadeiras pode ser dividido por 2,assim como o consumo de combustível (Fig. 49 e 53).Pressões e penalizações econômicas que levaram a adoção maciça do PDdesde 1995 transformaram essa região na campeã brasileira de produtividadeem soja e arroz de sequeiro de alta tecnologia (Fig.54 e 55). Se a média deprodutividade da soja ultrapassa amplamente 3.000 kg/ha (50 sc/ha) na regiãoem mais de 1,3 milhão de ha (Fig.54), produtividades de arroz de sequeiroentre 4.000 et 5.500 kg/ha (67 e 92 sc/ha) são, hoje em dia, corriqueiras paraos agricultores (Fig.55). Pouco a pouco, "na marra", nasceu, e em seguida sefortaleceu um perfil de agricultores muito atuantes, aptos a afrontar aglobalização sem subsídios.

3.3.2. ECO-REGIÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS SOBRE BASALTO DOCENTRO-OESTE BRASILEIRO (Sul do Goiás, Norte de São Paulo)

Os resultados apresentados procedem de uma cronoseqüência curta de4 anos de estudos dos sistemas de cultivo (matriz dos sistemas + fazendas dereferência), que foi implantada após mais de 10 anos de prática continua dosistema de monocultura de algodão no qual o solo foi principalmente preparadocom grades e as restevas do algodoeiro foram sistematicamente queimadas.Esta cronoseqüência representa então um episódio marcante da construção dossistemas de cultivo de algodoeiro em PD (. Séguy L e al. 1998 a e b). Além dasperformances agro-econômicas comparadas dos sistemas de cultivo nestacronoseqüências, apresentamos, como validação, uns resultados obtidos nasfazendas de referência do mesmo parceiro do CIRAD: o grupo MAEDA; estasfazendas estão localizadas no norte do estado de São Paulo, na mesma grandeeco-região dos latossolos vermelhos-escuros sobre basalto, e sofreram dosmesmos modos destruidores de gestão do solo.

. As performances agro-econômicas comparadas dos modos de gestão dos solose das culturas, relativas a cronoseqüência de 4 anos no sul do estado de Goiás,estão reunidas na Fig. 56 e evidenciam :- Na presença de um nível de adubação mineral médio de 85 N + 50 P2O5 +

100 K2O + micros, os sistemas em Plantio Direto (PD) são sempre maisprodutivos do que os sistemas em solo preparado: a diferença deprodutividade do algodão a favor do PD varia de + 15 a +18% nos anos

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climáticos favoráveis qualquer que seja o estado de degradação do solo noinício a mais de 30% em solo pouco degradado e até mais de 65% em solomuito erodido nos anos climáticos muito desfavoráveis ao algodoeiro taiscomo 1997/98 e 1998/99 (Fig. 56).

- Nas fazendas de referência de São Paulo, no mesmo tipo de solo comhistória cultural semelhante, em 1999/2000, os rendimentos de 2variedades de algodão em PD superam em lavoura comercial de 5 a 8% osobtidos na aração com o mesmo precedente soja+sorgo, e de 15 a 18% osobtidos na aração x monocultura de algodão (Fig. 60).

- A respeito do estado sanitário do algodoeiro, este é muito sensível aopoder patogênico do solo (Rhizoctonia, Fusariose, etc...) na emergência, eo sistema PD aumenta esta sensibilidade em relação ao preparoconvencional se simultaneamente: as temperaturas forem frescas, o climamuito úmido, e a biomassa de cobertura com C/N baixo, se mineralizandorapidamente. Assim sendo, o milheto de decomposição rápida favorece otombamento na emergência, enquanto o sorgo de decomposição lenta olimita (. Séguy L et al., 1998 a & b). Pelo contrário, a gestão da culturaalgodoeira em PD reduz de modo muito significativo os ataques docomplexo parasitário "bacteriose-nematóides" de final de ciclo, em relaçãoao preparo convencional ( Séguy L. et al.,1998 a & c).

- Quando o solo foi fortemente poluído e de modo duradouro por herbicidasde longa remanência, aplicados em dosagens altas demais, como oSulfentrazone, algumas biomassas de cobertura como o sorgo demonstramum poder despoluidor, desintoxicador muito rápido para recuperar logo osmelhores níveis de produtividade do algodão (Fig 57., Séguy L. et al.,1999).

- Esta mesma cobertura de sorgo (tipo Guinea), de decomposição lenta (Fig.58) e com forte efeito alelopático para o controle da flora daninha, permitecontrolar natural e eficientemente a praga vegetal Cyperus rotondus queconstituí o maior obstáculo para o cultivo nos solos oriundos de rochavulcânica (Séguy L. et al.,1999).

NO PLANO ECONÔMICO, os custos de produção do PD, cada vez maisdominados, revelam-se em média inferiores de 5 a 10% aos dos preparosconvencionais (Fig. 59 e 60); como nas frentes pioneiras, o número demáquinas pode ser reduzido de 50%, assim como o consumo de combustível(Fig. 61).

. As margens líquidas/ha são muito variáveis de um ano para outro em funçãodos preços pagos aos produtores, eles também muito flutuantes. As margenssempre são, como as produtividades, mais estáveis e nitidamente maiores noPD do que no preparo convencional: de 30 a 50% em função dos anos (Fig.56, 59 e 60).

. Atualmente, a cultura algodoeira se desloca maciçamente para o estado doMato Grosso onde mais de 300.000 ha foram conquistados em menos de 3anos. Os sistemas em PD da cultura alcançam rendimentos recordes nosmelhores agricultores = -3.462 kg/ha (230@/ha) em 6.306 ha na fazenda do nosso parceiro

MAEDA em Diamantino [coeficiente de variação de 7,1% em 30 talhõesde cultura]

- 4.100 kg/ha (273@/ha) na fazenda Mourão no município de CampoVerde em quase 3.000 ha.

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3.3.3. ECO-REGIÃO DAS ALTAS TERRAS DE MADAGASCAR

O balanço da avaliação dos trabalhos e realizações relativos a conservaçãodos solos em Madagascar, realizado em 1996 pelo "Office National del'Environnement Malgache" (Instituto Nacional do Meio Ambiente de Madagascar)nas terras altas onde a assistência técnica foi notavelmente reforçada no decorrerdos 40 últimos anos, indica em síntese =

- A impossibilidade de restaurar duravelmente um equilíbrio bioestático, mesmoparcial, de ambientes fortemente "antropoficados" (influenciados pela ação dohomem), a partir de técnicas importadas dos países do Norte, que exigemrecursos mecânicos potentes e frequentemente onerosos (cordões anti-erosivos em curvas de níveis, quebra-vento, etc.)

- Essas obras anti-erosivas e as técnicas culturais usadas(araçãoespecialmente) revelam-se impotentes para resolver os problemas dedegradação dos solos e do meio ambiente, quando a pressão demográficacrescer num período econômico em plena depressão :

+ os "Tanetys" ou colinas erodam-se logo com a perda da coberturavegetal herbácea e arbustiva,+ os equipamentos e as instalações estáo destruidas a jusante(assoreamento, arrasamento das obras tais como represas, canais...)+ os "fogos de mata" recomeçam,+ a prática dos pousios de média e longa durações se torna impossível,+ as inovações agronômicas geralmente de natureza produtivista queforam construidas com insumos químicos mais ou menos caros sãoinaplicáveis (ONE, 1996).

Além disso, um diagnóstico inicial dos estados da agricultura e do meio físico nasterras altas foi realizado por ocasião da operação trigo Kobama (a pedido de seudiretor Dr. Romaroson e de P. Julien, 1991); os enquetes evidenciaram afora dadegradação geral e rapidíssima do meio ambiente, as principais limitações a seguir:

-Nas propriedades dos agricultores das Terras Altas, as performancesagro-econômicas e técnicas dos sistemas de cultivo praticados nos Tanety(colinas) com solos ácidos, são irrelevantes: para a cultura do milho porexemplo, a qual é importantíssima nesta região, a produtividade nos solosácidos varia entre 700 e 1000 kg/ha com 5 t/ha de esterco e um calendáriocultural extremamente carregado com mais de 200 dias/ha em cultivomanual [De Rham et al., 1995 ; Feyt H. et al., 1999]. Estes númerosindicam bem, ao mesmo tempo, um calendário cultural muito constragedore condições de baixíssima fertilidade dos solos quando se usa tãosomente a adubação orgânica (o rendimento do milho cai para menos de400 kg/ha sem nenhuma adubação).

-Mesmo se as estratégias dos produtores tentam diversificar aexploração intensiva das várzeas através de culturas de estação seca(hortaliças, trigo, batata inglesa, etc...) e de ampliar suas atividades nostanety (mandioca, milho, batata doce, criação de porcos, engorda debovinos, leite, etc...), o nível de produtividade do meio permaneceextremamente baixo para calendários culturais sempre altamente penosose limitantes (De Rham et al. 1995; Feyt H. et al., 1999).

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. Performances comparadas dos sistemas de cultivo a nível regional, narede de localidades representativas, em meio semi-controlado: os sistemasem PD sempre são mais produtivos, em todos os tipos de solos, e progridema cada ano.

→ Nas 4 localidades de solos ácidos de baixa fertilidade (nos quais,as cronosequências de Ibity e Sambaina) e na fazenda de Andranomanelatra.

A produtividade média das culturas de milho, feijão e soja aumentaregularmente no decorrer dos anos, qualquer que seja o nível da adubação usadoe as condições climáticas (Fig. 62, 63 e 64).

Os rendimentos médios de milho, em presença de esterco sozinho, passam de1.100 kg/ha no 1º ano para mais de 3.000 kg/ha no 4º ano para o conjunto da redeem solos ácidos; nessas mesmas condições, os da soja progridem de 1.000 para2.000 kg/ha e os do feijão de 450 até mais de 1.300 kg/ha.

Em presença de esterco + adubação mineral, as produtividades crescemtambém a cada ano, para as 3 culturas.

Na cultura do milho, a maior progressão dos rendimentos está alcançada comesterco só no sistema em PD milho + leguminosas consorciadas: asprodutividades triplicam em 4 anos enquanto duplicam em presença de esterco+adubação mineral. A técnica de "écobuage"4 proporciona no ano de sua realizaçãoa duplicação dos rendimentos qualquer que seja o nível da adubação associada;depois, eles mantem-se estáveis durante pelo menos 3 anos em todos os níveisde adubação: nas 4 localidades em solos ácidos, mais de 4.000 kg/ha com estercosó, 5.400 kg/ha com esterco + adubação mineral média e 6.000 kg/ha comadubação mineral alta (Fig. 62). As curvas de evolução da produtividade média demilho entre parcelas em PD com e sem "ecobuage" se aproximam a partir do 4ºano em todas as localidades (Fig. 62). Em plantio direto nos solos ácidos, atécnica do "écobuage" com esterco só, produz tanto quanto a adubação mineralforte + esterco. Esta técnica confirma que equivale a uma adubação corretiva epermite liberar imediatamente uma fortíssima fertilidade sem adubação mineralcomplementar sequer: duplica os rendimentos do ano de sua realização e emseguida induz um ganho médio da produtividade de milho oscilando entre 50 e60%, qualquer que seja o nível de adubação mineral usado ( Vide Fig. 62).

Com Aração, os rendimentos de milho são não somente bem menores do queno PD, mas também extremamente flutuantes de um ano para outro: na presençado esterco só, a produtividade média em 5 anos é de 850 kg/ha contra 2.500 kg/hapara o sistema de PD com leguminosas consorciadas, seja somente o terço daprodutividade ( Cf. Fig. 62).

Com adubação mineral, o milho com aração produz em média sobre 5 anos,entre 40 e 70% a menos do que em PD sem "écobuage" e da 2 a 2,5 vezesmenos do que em PD com "écobuage".

Nas culturas de soja e feijão, sem nenhuma adubação mineral, osrendimentos na aração permanecem muitos baixos: 350 kg/ha em média para ofeijão, e diminuem regularmente para a soja, passando de 750 kg/ha no 1º ano amenos de 400 kg/ha no 4º ano; pelo contrário, em Plantio Direto, as produtividadesde soja e feijão aumentam regularmente qualquer que seja o nível de adubação:com esterco só, e esterco + adubação mineral média ou forte, a produtividade dasoja duplica em 4 anos, e a do feijão triplica. Os sistemas em PD produzem em

4 “Ecobuage” = cozimento localizado do solo na linha de plantio, com palhas enterradas comocombustível . Esta operação libera uma forte fertilidade que corresponde a uma correção defundo importante.

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média nos 4 anos, para ambas leguminosas, duas vezes mais do que na araçãocom esterco só, e entre 60 e 85% a mais na presença de adubação mineral (Fig.63).

O efeito do nível de adubação mineral médio é sempre significativo emrelação ao esterco só para todas as culturas em Plantio Direto: os ganhos médiosde produtividade em 4-5 anos variam de 37% para o milho e o feijão, até 52% paraa soja; o efeito desta adubação mineral de nível médio em relação ao esterco só émuito mais notável quando estas culturas foram praticadas com aração: 140% deganhos de rendimento médio no milho, 102% na soja e 67% no feijão (Fig. 62, 63e 64).

Se o efeito da adubação mineral forte em relação ao da adubação mineralmédia é sempre altamente significativo no milho praticado com aração, pelocontrário os ganhos de rendimentos não ultrapassam 10 a 12% nas 3 culturasquando forem conduzidas em Plantio Direto (Fig. 62,63 e 64).

PERFORMANCES TÉCNICO-ECONÔMICAS COMPARADAS DOS SISTEMASDE CULTIVO

→ Utilização da mão de obra: o plantio direto reduz os tempos gastos nasoperações de 58 a 65% em relação a aração

Tanto para a agricultura familiar que pratica a agricultura manual, quanto para agrande agricultura mecanizada, os critérios que condicionam as escolhas dosagricultores para as inovações em materia de sistema de cultura são sempre, porordem decrescente de interesse (Seguy L.et al., 1996, 2001a) :

- Facilidade de execução, redução dos tempos de trabalho e menorpenosidade para as operações do calendário cultural mais constrangedoras(preparo dos solos antes do plantio e controle das invasoras principalmente);- Produtividade das culturas e preços pagos para os produtos, na conjunturaecnômica do momento, a qual condiciona o uso de insumos;- Manutenção da fertilidade e luta contra a erosão.

As figuras 65 e 66, referentes aos tempos gastos em dias/ha, estabelecidosnum período de 5 anos na rede regional de localidades, em função de diferentessistemas de cultivo, evidenciam :

- Os sistemas de plantio direto consomem muito menos mão de obra do queos sistemas com aração: os itinerários técnicos relativos as culturas de trigo,milho, arroz de sequeiro, feijão e soja necessitam respectivamente, em média: 74, 84, 96 e 90 dias homem/ha qualquer que seja o tipo de solo, contra 190a mais de 220 dias/homens/ha para os itinerários das mesmas culturas comaração;- O Plantio Direto proporciona portanto uma grande economia de mão deobra em relação a aração, e justamente nas operações mais penosas docalendário cultural: preparo do solo e capinas. A aração faz uso em média de50 dias/ha contra somente 4 dias/ha para tratar as biomassas da parcela oucom herbicida total de pré-plantio ou para trazer biomassa seca exógena elae assim reforçar a cobertura do solo.

O controle das invasoras nas parcelas cultivadas necessitam 60 a 70 dias/hade capinas na aração, contra somente 6 a 12 dias/ha nos sistemas em PD (uso deherbicida seletivo ou capina manual mínima ou ambos combinados).

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No final, os tempos gastos nos itinerários técnicos em PD são reduzidos de 58a 65% em relação aos conduzidos com aração e capinas tradicionais.

Performances econômicas comparadas dos sistemas de cultivo =vantagens esmagadoras para o Plantio Direto

Estas performances econômicas foram estabelecidas a cada ano em cadalocalidade e para cada sistema de cultivo por hectare. Apresentamos aqui, a títulode exemplo, os resultados do ano agrícola 1997/98.

Os custos de Produção (CP) somam os custos das sementes, dos insumos(adubos, pesticidas) e da mão de obra (MO). As Margens Brutas (MB) representama diferença entre Receita (R) e os custos de produção menos a mão de obra [MB =R - (CP - MO)]. As margens líquidas (ML) estão obtidas por diferença entre asreceitas e os custos de produção totais, incluindo a mão de obra [ML = R - (CP +MO)]. A valorização do dia de trabalho (VDT) é o resultado da divisão da margembruta pelo número de dias de trabalho (NDT).

MBVDT =

NDT

Os resultados econômicos relativos ao ano agrícola 1997/98 estãoapresentados nas figuras 67 a 69 e evidenciam :

+ Os custos de produção são sistematicamente menor no PD, qualquer queseja o nível de adubação e o tipo de solo, graças a uma fortíssima redução damão de obra em PD: 12 a 30% de economia em função da cultura e do nívelde adubação.+ Os custos com esterco só, estão variando entre 1.000.000 e 1.300.000Fmg/ha (seja 155 e 200 US$/ha); eles quase duplicam com utilização daadubação mineral média. O uso da adubação mineral forte aumenta os custosde aproximadamente 20% em relação a adubação mineral média (1,00 US$ =6.451 Fmg) [ Fig. 67]+ As margens líquidas sempre são muito maiores no Plantio Direto do que naaração, para todas as culturas e qualquer que seja o nível de adubação. Asmais interessantes nos solos ácidos são, em PD :

- Para a cultura do milho com esterco só : + 323 US$/ha contra 58,00 US$ na aração.- Para a cultura de soja, com esterco + adubação mineral média : +469 US$/ha contra +122 US$/ha na aração,-Para a cultura de feijão, com esterco só : + 139 US$/ha contra umamargem negativa de -104 US$/ha na aração ( Fig. 68).

A cultura da soja é aquela que melhor valoriza a fertilização mineral de nível médio.

A Valorização do dia de trabalho (Fig. 69)

Este indicador econômico é muito pertinente para avaliar as performances dossistemas de cultivo, pois leva em consideração os tempos gastos e a margembruta.

Em relação ao salário mínimo diário de 0,87 US$, pago na região em 1997/98,os sistemas em PD praticados com esterco só que valorizem melhor o dia de

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trabalho (Fig.69), oferecem remunerações diárias oscilando entre 2,13 e 4,65 US$nos solos ácidos de baixa fertilidade, em função das culturas, seja de 3 a 5 vezes osalário mínimo diário.

O milho revela-se a produção mais remuneradora em solo ácido em PD comesterco só, seguido da soja e do feijão. A soja é a cultura que melhor valoriza aadubação mineral e proporciona a maior valorização do dia de trabalho: 5,80 US$na adubação média + esterco e 6,00 US$ na adubação forte + esterco.

Os sistemas de cultivo praticados com aração nos solos ácidos induzemvalorizações de dia de trabalho próximas do salário mínimo diário unicamente paraas culturas de milho e soja.

As vantagens agronômicas e técnico-econômicos do Plantio Direto em relação aopreparo convencional são esmagadoras. Todavia, para se beneficiar delasplenamente, é preciso controlar bem as pragas do solo em PD, as quais podemlocalmente afetar negativamente a produtividade das culturas. A escolha dasbiomassas de cobertura combinadas com tratamento inseticida e com escolha dosmelhores genótipos constituem as melhores vias de resolução deste problema.

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IV - DISCUSSÃOA capacidade dos sistemas de cultivo em seqüestrar carbono, como suas

performances agronômicas e técnico-econômicas dependem em primeiro lugar dacapacidade dos atores da Pesquisa e da Extensão em construir in situ sistemas decultivo cada vez mais atuantes.

A análise comparada da capacidade de sequestração do carbono, em regiõestropicais, subtropicais e temperadas feita por J.C.M. Sá e al. (2000), a partir deresultados obtidos por diversos autores dessas grandes eco-regiões, o leva a se fazera pergunta fundamental seguinte: porque a acumulação de M.O. em plantio direto émuitas vezes mais importante em clima tropical e subtropical do que em climatemperado, apesar da taxa de decomposição da M.O. estar entre 5 a 10 vezes maior?(Lal R. e Logan T,J., 1995).

J.C.M. Sá e al (2000 a & b) sugerem varias hipóteses concordantes e coerentespara explicar estes modos de funcionamento da M.O., pelo menos paradoxais :

- Se a decomposição das restevas é efetivamente muito mais veloz sob climatropical, decorrente de condições climáticas especialmente favoráveis, ela estátambém acompanhada de uma importante liberação de compostos orgânicosque atuam como agentes de agregação; este fenômeno aumentaria a quantiade macro-agregados que assegurariam a proteção física da M.O.. Ospolissacarídeos teriam um papel determinante como agente de agregaçãoneste processo (Neufeldt H. et al., 1999).

- A faculdade de cultivar 2 ou até 3 culturas por ano possibilita a restituiçãoconstante de resíduos de diferentes composições fitoquímicas: as leguminosastrariam sobretudo os polissacarídeos, as gramíneas forneceriam os polifenois esua rotação favoreceria a formação de macro-agregados estáveis na camadasuperficial, nos quais a M.O. estaria protegida.

Se os resultados que obtivemos confirmam as observações de J.C.M. de Sá e al.,e podem efetivamente se inscrever nessas hipóteses gerais, eles estãodeterminados "a montante", pela tipologia dos sistemas em PD que constituem aomesmo tempo o centro decisivo das explicações pertinentes relativas aimportância da taxa de sequestração do carbono, e o fornecedor de sistemas decultivo mais atuantes apropriáveis pelos agricultores.

O Plantio Direto (PD) agrupa, de fato, num mesmo vocábulo, diversas fáciesdiferenciados em função da gestão de matéria orgânica; na maioria dos sistemasde cultivo praticados nos E.U.A. e no sul do Brasil, onde se concentram asmaiores áreas em PD (33,2 milhões de ha), o P.D. é realizado principalmente nasrestevas e inclui poucas biomassas anuais de reforço exceto no estado do Paranáno Brasil (Ponta Grossa), onde a aveia, em cultura pura ou consorciada comervilhaca, e o azevém reforçam, no inverno, uma parte do afolhamento5 (25%) acada ano.

Nos TCS (Técnicas Culturais Simplificadas) ou Preparo mínimo, muitas vezesassimiladas, de modo errôneo, ao Plantio Direto na Europa, a superfície do solosempre é mexida; porém, este horizonte muito superficial, como sob floresta, temum papel fundamental: interface de trocas essenciais com a atmosfera, é tambémum local de acumulação das restevas, de ação dos diversos organismos

5 Afolhamento = Repartição anual das culturas a nível das fazendas

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"decomposidores" do solo (fragmentação, digestão, incorporação dos resíduos),os quais são destruidos a cada preparo do solo, mesmo superficial; este pode criardescontinuidades físicas nocivas no perfil cultural em função das condições deumidade na hora de sua realização; a estrutura feita pelos "cabelos radiculares" desuperfície deve se refazer em permanência.Para enfrentar as condições excepcionalmente altas de mineralização da M.O. nosTrópicos Úmidos, o CIRAD teve de imaginar novos conceitos de gestão da M.O,inspirados diretamente do funcionamento estável do ecossistema florestal, naefetivação dos quais os solos, como sob a floresta, devem ser totalmentemantidos cobertos e protegidos por uma cobertura vegetal e nunca sãotrabalhados (Seguy L. et al.,1998 e ).

4.1. OS CONCEITOS INOVADORES DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DO RECURSO-SOLO: O PLANTIO DIRETO SOBRE COBERTURA VEGETAL PERMANENTE

As técnicas de Plantio Direto (PD), sem nenhum preparo de solo, desenvolvidasem regiões subtropicais (Brasil) e temperados (Estados Unidos), que estãoconstruídas basicamente sobre restevas, são insuficientes em clima tropicalquente e úmido para restaurar rapidamente, e depois manter a fertilidade globaldo solo, ao menor custo (Séguy L. et al., 1996):

- O "reator - mineralização da M.O." consome mais húmus do que recebedos sistemas de cultivo (exceto pastos e fornecimentos exógenos de M.O.);

- A reestruturação do espaço poral a partir tão somente dos sistemasradiculares das culturas é insuficiente para o desenvolvimento favorável eduradouro da maioria das culturas;

- A cobertura do solo não é mais assegurada após algumas semanas,deixando exposto as agressões climáticas, ao passagem dos implementos,e facilita a proliferação das invasoras (Fig. 70 ).

A partir destes fatos comprovados, o CIRAD-CA concebeu e colocou em práticanovas técnicas de PD, inspiradas diretamente do funcionamento do ecossistemaflorestal: o Plantio Direto sobre Cobertura Permanente do Solo

Se na construção destes sistemas, a pesquisa do CIRAD toma como modeloglobal de funcionamento o do ecossistema florestal, ela teve, para conseguirchegar lá, desenvolver uma série de conceitos fundamentais complementares,relativos a gestão da M.O.

4.1.1. O CONCEITO DE BIOMASSA RENOVÁVEL, CHAMADA "BOMBABIOLÓGICA"

Esta biomassa "de intercultura" garante, a cada ano, a cobertura permanentedo solo, até nas condições mais propícias a mineralização ativa da M.O.(pluviometria e temperaturas elevadas nos Trópicos Úmidos) e possui múltiplasfunções essenciais e complementares que podem ser expressadas através dosprincípio e conceito de multifuncionalidade das coberturas :

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ACIMA DO SOLO (Fig. 71, 72 e 75).

* Proteção total e permanente da superfície contra os excessosclimáticos e controle total da erosão (papel regulador para a água e atemperatura, protetor para a fauna e as moléculas de pesticidas,amortecedor para as passagens de máquinas e animais pesados),

* Função alimentar para a cultura principal (regida pela relação C/N epelo teor em lignina das partes aéreas e radiculares) e funçãoalimentar para os animais (integração da pecuária, vocação forrageiradas biomassas), para a fauna e a microflora do solo (Fig.72);

* Função de controle das invasoras por sombreamento e/ou alelopatia( Fig. 75).

ABAIXO DA SUPERFÍCIE DO SOLO (Fig. 71 a 78).

* Reestruturação do solo através de um alto poder agregante do sistemaradicular (Trama emaranhada radicular = estrutura de sustentação dosolo, a exemplo do vergalhão no concreto armado), que lhe dapropriedades físicas e biológicas muito atuantes = qualidade do espaçoporal que é simultaneamente muito filtrante, arejado, propiciando umenxugamento rápido do perfil cultural (escoamento rápido dos excessos) euma boa capacidade de retenção em água (microporosidade), e que semostra muito resistente a deformação por pressão exercida pelasmáquinas ou pelo gado (Fig. 73, 76 e 78). A reestruturação eficaz doperfil cultural faz-se graças a produção de substâncias muito eficientespara agregar: os polissacarídeos, as endomicorhizas vesiculo-arbusculares [Doss D. D. et al.,1989]; as espécies Eleusine coracana,Brachiaria ruziziensis, decumbens, humidicola são exemplares a esserespeito, pois as raízes apresentam umas espessas bainhas protetoras demicroagregados.

* Reciclagem dos nutrientes lixiviados em profundidade, especialmenteos nitratos, o potássio e o cálcio (fechamento do sistema "solo-cultura"),os quais são recolocados na superfície a cada ano graças aos sistemasradiculares das biomassas "bombas biológicas" muito potentes tanto nasua capacidade de desenvolvimento em profundidade quanto no seu altopoder de interceptação dos nutrientes minerais e das moléculas orgânicas( Vide Fig. 74).

* Utilização da água profunda do solo, abaixo da área de bombeamentodas culturas comerciais, a exemplo do ecossistema florestal na estaçãoseca. Esta capacidade de se conectar com a reserva de água profundapermite produzir biomassa verde na estação seca, de injetar carbono demodo contínuo no perfil cultural e de sustentar uma atividade biológicaintensa no ano todo (Cf. Fig. 76 e 78).

* Capacidade em mobilizar a fertilidade: extração de nutrientes pelosistema radicular, que em seguida são recolocados a disposição dasculturas pela mineralização da matéria seca, e isto, sobretudo emcondições de solos considerados improdutivos para a maioria das culturascomerciais alimentares e/ou industriais (As espécies dos gêneros Eleusinee Brachiaria fixam nitrogênio nas suas rizosferas através de bactérias não

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simbióticas e são capazes graças a endomicorização vesiculo-arbuscularde mobilizar formas insolúveis de fósforo).

* Desenvolvimento de uma forte atividade biológica constante durante oano todo: os potentes sistemas radiculares de sustentação do soloconstituem ambientes privilegiados, pois são protegidos e nuncaremanejados e propiciam assim o desenvolvimento e a atividade da faunae da microflora.

* Poder desintoxicante das biomassas vegetais de cobertura("bioeremediação"): contra a toxidez em alumínio por exemplo (gêneroBrachiaria) ou contra a salinidade (ácidos orgânicos diversos liberadosdurante a mineralização das biomassas de cobertura que exercem umforte poder neutralizador, complexante) [Miyazawa M., Pavan M.A.,Franchini J.C. 2000].

Enfim, a permanência de uma cobertura total da superfície do solo representa amelhor e mais eficaz proteção contra a poluição pelos pesticidas (Xenobióticos),para qualquer tipo de agricultura:

. Costurando realmente o solo por tramas radiculares potentíssimas eestruturadoras, o risco de perdas dos colóides e dos demais componentesdo solo é completamente eliminado (controle perfeito das externalidadessólidas, excetos os solutos).

. O espesso protetor, sempre mantido acima da superfície do solo,intercepta totalmente os produtos pesticidas (sempre coexiste na superfície,mesmo nos Trópicos Úmidos onde o "reator mineralização" é mais ativo emintensidade e duração, ao mesmo tempo: resíduos mais ricos em lignina emvia de humificação sobrando dos ciclos anteriores, e as "bombas biológicas"verdes e em pé que produzem entre 7 e mais de 15 t/ha de matéria seca);seja um protetor verde, vivo, com 35 a mais de 70 t/ha de matéria verde nahora da dessecação com herbicidas de manejo; portanto, a superfície dosolo está fora do perigo de um contato direto com os pesticidas.

. Os volumes de caldas de herbicidas totais podem ser reduzidos paramenos de 50 l/ha e são absorvidos em totalidade pela biomassa verde antesde tocar o solo.

. Desenvolvendo uma fortíssima atividade biológica no horizonte nutritício0-5 cm, sempre protegido da agressão antrópica o sistema de PD sobrecobertura morta ou viva dispõe de um possante aparelho de degradaçãopara algumas moléculas que poderiam eventualmente atravessar o protetorda superfície.O Plantio Direto sobre cobertura permanente parece ser, sem dúvida, ummodo de produzir mais limpamente, e fazendo alguns ajustes técnicos, ospequenos agricultores das regiões tropicais deveriam se beneficiar destatécnica e ver assim sua remuneração aumentar (argumento marcante deluta contra a pobreza).

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4.2. TENTATIVA DE SÍNTESE

Ela tratará essencialmente do caso dos Trópicos Úmidos, melhor simuladorda dinâmica das matérias orgânicas e para o qual nos temos a maiorexperiência.

A gestão da M.O., renovável a curto prazo e a menor custo, está nocoração da construção agro-econômica dos sistemas de cultivo sustentáveis emPD, mais atrativos para os agricultores, nos quais as ferramentas biológicassubstituíram as ferramentas mecânicas.

Nos sistemas em PD que foram imaginados em ambientes temperado esubtropical, as restevas das culturas comerciais (partes aéreas e radiculares)asseguram o bom andamento do PD e determinam sua eficácia e sua qualidade(produtividade, capacidade em seqüestrar o carbono, em reciclar os nitratos e asbases, em degradar os xenobióticos). A parte dada as plantas de coberturanesses sistemas ("interculturas") só interessa freqüentemente uma porçãolimitada do afolhamento4 , e o "reforço" dessas "bombas biológicas" para ofuncionamento global do sistema PD de fato é tão somente periódico e nãoanual.

Nos Trópicos Úmidos, onde o "reator de mineralização da M.O." encontraas condições ideais para sua atividade máxima, a noção de "reforçomultifuncional" a partir de plantas de coberturas possantes que devem assegurarsuas funções a cada ano, se impôs como uma necessidade imprescindível para,em primeiro lugar, assentar um plantio direto mais atuante, mais estável de quequalquer outro sistema com preparo do solo, e sobretudo para fazê-lo progredirconstantemente em seguida sobre todos os planos: os que interessamdiretamente a agricultura e os agricultores (produtividade, critérios técnico-econômicos) e os que conferem ao solo sua capacidade em produzir mais,sustentavelmente e ao menor custo (sua qualidade biológica em geral e suaaptidão em seqüestrar o carbono em particular).

Os modos de gestão do solo e das culturas em PD permitiram, narealidade, mobilizar uma parte crescente da capacidade do solo em produzirmatéria seca por via organo-biológica. Os melhores sistemas de cultivo em PDaumentaram gradativamente sua capacidade de produção de biomassa anualrenovável, até com baixos níveis de adubação mineral aplicados às culturascomerciais. O ritmo de restituições de matéria seca ao solo (acima dele e noperfil cultural) ultrapassou rapidamente o das capacidades de mineralização: aM.O. do solo pôde então se acumular.

Na construção in situ desses sistemas em PD, que seqüestrameficientemente o carbono, a pesquisa teve de agir com um enfoque holístico, aomesmo tempo :

- Sobre a capacidade do solo em produzir sempre mais biomassarenovável ao menor custo (acima do solo e no perfil cultural);

- Sobre a qualidade da biomassa produzida tanto acima do solo quantono perfil cultural, para que o processo de acumulação da M.O. sejasuperior ao de sua mineralização.

No que diz respeito ao aspecto quantitativo da biomassa anual produzida,introduzimos nas rotações e sucessões anuais das biomassas de "reforço" ou"bombas biológicas", que preenchem todo o espaço hídrico disponível antes edepois as culturas comerciais, que produzam, nessas condições pluviométricasgeralmente aleatórias, quantias enormes de biomassa em cima do solo e noperfil cultura, que fecham o sistema solo-culturas a cada ano, e que regularizamos fluxos de trocas e de energia com a atmosfera (to, h), a exemplo do sistemaflorestal.

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Passamos assim progressivamente do sistema de monocultura de sojacom preparo do solo, fraco fornecedor anual de biomassa de natureza fugaz,para sistemas com uma só cultura anual construidos na rotação soja-cereais(arroz, milho) com preparo do solo, em seguida para sistemas alternando 2culturas anuais em sucessão em PD num ano com uma só cultura no anosubseqüente, depois para sistemas com 2 culturas anuais em sucessãopraticadas em PD contínuo, e enfim para sistemas com 3 culturas por anosempre em PD contínuo que incluem: 1 cultura comercial (soja, arroz, milho)seguida de cereais "bombas biológicas" (milho, milheto, sorgo, Eleusine)consorciadas com espécies forrageiras que são também potentes "bombasbiológicas" e que produzem importantes biomassas na estação seca, as quaispodem ser exploradas como adubo verde ou pastagem (gêneros Brachiaria,Stylosanthes) [ Vide Fig. 76 e 77].

Nesses sistemas em PD, como no ecossistema florestal, o consórcio"cereal bomba biológica + espécie forrageira" em safrinha após a culturacomercial, utiliza a água profunda do solo, muito abaixo de 2 m de profundidade.Este consórcio possui também uma enorme capacidade de rebrotação nasprimeiras chuvas da próxima estação chuvosa ou nas chuvas parasitas daestação seca, garantindo assim uma cobertura completa e permanente do solo.

Os sistemas de cultivo em PD que ,em rotação, se revelam os mais atuantes arespeito da seqüestração do carbono, são :

Biomassa de início de estaçãochuvosa Bombas biológicas(Eleusine, Eleusine +leguminosa)Sorgo ou milheto consorciadoscom brachiaria, shylosanthes)

⊕ Algodão safrinha

. Soja de ciclo curto

. Arroz de ciclocurto

⊕ Algodão safrinha

. Soja, algodão sobre cobertura viva de Tifton (cynodon dactylon híbrido cv 85)

. Arroz, milho sobre cobertura viva de Arachis pintoï

Arroz deSequeiroem rotaçãocom soja

[milho, milheto, sorgo] Consorciados com Brachiaria ruz. Stylosanthys guy.

ouEleusine coracana em cultura pura

Ou- Consorciada c/ leguminosa pivotante

culturacomercial

Bombas biológicas

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Temos criados gradualmente sistemas em PD com 3 culturas por ano, cujo aação no recurso solo estenda-se além da estação chuvosa de 7 a 8 meses eocupa agora, de fato, os 12 meses do ano, usando melhor os recursos hídricosdisponíveis em profundidade, como o faz o sistema florestal ( Fig. 76).

Temos criados igualmente sistemas de cultivo em PD em cima de coberturaviva, nos quais esta é uma espécie forrageira perene que comanda ofuncionamento do sistema de cultivo, que se comporta globalmente como umprado permanente e fica produtiva na estação seca (sistemas soja ou algodãosobre Tifton, milho ou arroz sobre Arachis pintoï).

Estes sistemas em PD produzem de fato uma grande quantia de matériaseca durante a estação seca, graças a sua alimentação hídrica emprofundidade, portanto num período em que as condições de mineralização daM.O. são muito reduzidas = ausência de chuvas, e por conseguinte camadassuperficiais quase secas, umidade do ar diurna nitidamente menor do que naestação chuvosa, temperaturas noturnas mais frescas. Todas essas condiçõesfavorecem a acumulação da M.O.

A título de exemplo de simulação simplificada, os melhores sistemas decultivo em PD restituem ao solo entre 25 e 30 t/ha/ano de matéria seca; mesmoconsiderando um coeficiente alto de mineralização anual do húmus de 3,5 para5% que corresponde a uma perda de 1,9 a 2,5 t/ha/ano partindo de um teorinicial de M.O. de 2,5% no horizonte 0-20 cm, e se fizermos a hipótese de umcoeficiente de humificação médio mínimo de 25% aplicado as restituições, aquantia de húmus formada variaria entre 6,25 e 7,5 t/ha/ano.

A sequestração de carbono com esta hipótese oscilaria entre 2,5 e 2,75MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-20 cm, valores vizinhos daquelas medidas in situpara os sistemas em PD mais produtivos em matéria seca restituída (Fig. 79).

No que diz respeito a qualidade das biomassas de cobertura, anecessidade de manter a superfície do solo sempre coberta para o controle dasinvasoras ao menor custo nos levou a utilizar as biomassas de gramíneas comC/N elevado e fortes teores em lignina, resistentes a mineralização depreferência as das leguminosas com C/N baixo, de mineralização rápida quedeixam o solo descoberto logo.

As nossas observações e medições plurianuais efetuados neste campo daevolução das coberturas de solo (velocidade de mineralização, balanço anual,cf. anexo), e do acompanhamento do perfil cultural nos melhores sistemas decultivo em PD, evidenciam que em clima quente e úmido :

- As enormes quantidades de biomassa produzida que voltam para o solo,são "digeridas" em função do racio C/N da biomassa, do seu teor emlignina e da natureza do contato com o solo, que condiciona aintervenção da fauna e da microflora de transformação; este últimocritério, para prever a velocidade de mineralização, é tambémdeterminante: biomassas de leguminosas com C/N médio a baixo, pobresem lignina nas folhas, mais ricas em lignina no cipó, do tipo Pueraria ouCalopogonium que possuem uma estrutura folhada após dessecação,são mais lentas a se mineralizar do que uma biomassa de milheto comC/N e teor em lignina muito maiores; na estrutura folhada, muito leve,muito arejada, o contato da M.O. com o solo e os organismosdecomposidores do solo (fauna + microflora fragmentação, digestão,

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incorporação dos resíduos) se faz gradativamente, uma camada de cadavez, isolando os folheados empilhados acima do contato com o solo: adecomposição deste tipo de estrutura vegetal é lento.

- Na produção de biomassa anual, a parte do compartimento radicular éigualmente determinante para a sequestração de C. Nos nossossistemas, identificamos e escolhemos as biomassas de "reforço", "bombabiológicas", também pela potência de seus sistemas radiculares, paraassegurar as funções de reciclagem profunda das bases e dos nitratos,de reestruturação e de recarregamento em carbono do perfil cultural.

Os sistemas radiculares fortemente embainhados em "mangas" de microagregados, protegendo-os da decomposição (mangas de polissacarídeos e/ou deendomicorização vesiculo-arbuscular) são provavelmente a maior fonte deacumulação de C (Fig. 78).

Uma espécie como Eleusine coracana, por exemplo, produz entre 4 e 6 t/ha deraízes embainhadas, só no horizonte 0-50 cm em 80 dias de vegetação; narealidade, a produção total por ha de biomassa radicular é notavelmente superior,pois este espécie explora mais de 2 m de espessura de solo, e o peso de raízesé ainda muito importante abaixo de 50 cm de profundidade.

Todas as nossas observações nos perfis culturais revelam que esses sistemasradiculares embainhados e protegidos só são parcialmente decompostos de umano para outro.

O gênero Brachiaria possui da mesma forma um sistema radicularextremamente possante (a espécie Brachiaria humidicola é a mais atuante a esserespeito), embainhado que pode prosseguir sua rizodeposição e seurecarregamento em carbono durante toda a estação seca, 3 a 4 meses após acolheita das biomassas de cobertura com os quais foi consorciado tais comosorgo e milheto, os quais também tem sistemas radiculares possantes eprofundos. Na verdade, em tais sistemas em PD, 3 sistemas radiculares sesucedam no passar do ano usando reservas hídricas cada vez mais profundas( Vide Fig. 76).

Os sistemas de cultivo em PD mais performantes como fornecedores debiomassa radicular são construidos a partir dessas sucessões :

- Arroz de sequeiro de alta tecnologia + (Sorgo + Brachiaria ruz.) ou

(Eleusine c.), (Eleusine + leguminosa pivotante)

- Arroz de sequeiro, algodão, sobre cobertura viva de Tifton.

Por razões agronômicas óbvias, a produtividade das gramíneas, como culturasprincipais comerciais, tais como arroz de sequeiro e milho, é subordinada adisponibilidade de nitrogênio mineral. Nos sistemas de cultivo em PD, onitrogênio orgânico aumenta ao mesmo tempo que o carbono no horizonte 0-10cm, e até na camada 10-20 cm, quando espécies forrageiras do gêneroBrachiaria estão instaladas em PD na rotação para 4 ou 5 anos, ou em consórcioa cada ano com uma safrinha biomassa (milheto, sorgo), como mostram osresultados do quadro a seguir.

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TEORES EM N ORGÄNICO (%)

Cronosequência 3ANO 1APÓS

DESMATA MENTOANO 5

Gradagem x Arroz 2 anos 0-5 cm 0,13 0-5 cm 0,18PD x [soja+(milho+Brach.)] 2 anos 5-10 cm 0,12 5-10 cm 0,17PD x [Arroz + (brach) ] 1 ano 10-20 cm 0,06 10-20 cm 0,13

Cronosequência Cerrado APÓS 6 ANOS de PDsoja+mil, sorgo →

5 ANOS de Brachiaria b. instalado em PD

6 anos PD 0-5 cm 0,16 0-5 cm 0,16 Soja + (milheto, sorgo) 5-10 cm 0,12 5-10 cm 0,13 5 anos Brachiaria b. 10-20 cm 0,08 10-20 cm 0,14

.Para compensar os riscos de imobilização inicial do nitrogênio no começo daestação chuvosa nestes sistemas em PD dominados pela ação das gramíneas,as "bombas biológicas" safrinhas podem ser consorciadas com leguminosaspivotantes que são eficientes fixadoras do nitrogênio do ar (Séguy L. e al.1997/2000 - relatórios anuais CIRAD/AGRONORTE).

A presença de soja como cultura principal, um ano em dois, constitui tambémuma opção de primeira linha pra fixar de modo eficaz o nitrogênio de graça anível da rizosfera e para fornecer resíduos com C/N baixo, pobres em lignina, develoz decomposição, os quais garantem uma função alimentar rápida em N, Ca,K, S para as culturas em safrinha no mesmo ano (biomassas bombas biológicasconsorciadas ou não com espécies forrageiras).

Em definitiva, nos Trópicos Úmidos onde no entanto a intensidade damineralização da M.O. é a maior das regiões tropicais, foi possível edificarsistemas de cultivo em Plantio Direto que acumulam M.O. e cujo os grandesprincípios de funcionamento são similares aos do ecossistema florestal, nossomodelo conceitual. Esta construção progressiva se tornou possível primeiro pelo espírito e acapacidade de criação dos diferentes parceiros que atuaram em conjunto e quepuderam avançar rapidamente graças a uma metodologia de intervenção in situ,que permitiu, partindo do modelo de funcionamento estável do ecossistemaflorestal, entender e explicar os principais mecanismos e formular as leisagronômicas essenciais que regem os funcionamentos diferenciados dossistemas de cultivo.

O Dossiê, em anexo, sintetiza de modo muito didático e a partir de exemplosilustrativos e cifrados, o funcionamento dos melhores sistemas de cultivo atuaisem PD, construídos pelo CIRAD-CA e seus parceiros nos Trópicos Úmidos entre1986 e 2000; ele examina sucessivamente:

- O modelo do ecossistema florestal, a noção de bomba biológica.- A multifuncionalidade comparada das biomassas de cobertura mais

interessantes nos Trópicos Úmidos, e suas performances agronômicas(partes aéreas e radiculares).

- Uma visão sintética dos sistemas atuais em PD, que integramagricultura e pecuária, com exposição de suas funções essenciais.

- A comparação do funcionamento dos melhores sistemas em PD comaquele do ecossistema florestal, nosso modelo de inspiração.

- Umas fotos representativas das agriculturas de ontem, de hoje e deamanhã, que retratam a história da evolução dos modos de gestão dossolos e das culturas nos Trópicos Úmidos das frentes pioneiras do Sulda Amazônia.

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V - CONCLUSÕESO Plantio Direto sobre coberturas permanentes do solo é provavelmente o

paradigma mais completo que tenha sido construído até hoje para odesenvolvimento planetário de uma agricultura sustentável, preservadora do meioambiente, manejado de modo mais "biológico" possível.

Mais do que portador de esperança, o PD mostra suas capacidades derestauração do estatuto orgânico dos solos, tão rapidamente quanto este sedegrada com o preparo destruidor nas grandes eco-regiões subtropicais e tropicais;o exemplo dos Trópicos Úmidos é eloqüente a este respeito, onde os processosque comandam a degradação do recurso-solo (erosão) e a mineralização da M.O.,andam mais depressa do que em qualquer outro lugar do planeta. O estatutoorgânico dos solos pode, com o uso dos sistemas em PD mais atuantes, alcançarlogo e ainda ultrapassar o dos ecossistemas naturais (florestas, cerrados), aténessas eco-regiões com climas excessivos onde temperatura e pluviometrias sãoaltas e onde os solos são vazios "quimicamente" e, apresentam um poder deretenção irrelevante para com os adubos minerais.

Se o Plantio Direto (PD) sobre cobertura vegetal propicia sempre, em todas asgrandes eco-regiões estudadas, a seqüestração do carbono, a importância destasequestração depende da natureza, da tipologia dos sistemas de cultivo praticados:os mais atuantes para esta função são aqueles que produzem mais biomassaaérea com C/N e teor de lignina elevados, e que possuem uns sistemas radicularesmuito desenvolvidos na superfície e em profundidade para poder utilizareficientemente a água profunda do solo, abaixo da área de atuação radicular dasculturas comerciais. Os sistemas radiculares mais resistentes a mineralização estãocercados de "mangas" importantes de microagregados que protegem a M.O.(polissacarídeos, endomicorizas vesiculo-arbusculares, polifenois), como seencontram na espécie Eleusine coracana, cultivada pura ou consorciada comleguminosas pivotantes, ou o gênero Brachiaria consorciado com bombasbiológicas recicladoras tais como milheto e sorgo.

Nestes sistemas, a produção de matéria seca é contínua durante o ano todo,através da utilização progressiva de uma reserva hídrica enorme numa grandeespessura de solo, e as concentrações em M.O. aumentam na superfície do solo.O recarregamento em carbono interessa principalmente o horizonte 0-10 cm, mastambém o de 10-20 cm, quando as gramíneas mais potentes a nível radicular sãousadas (gêneros Eleusine, Brachiaria consorciada com sorgo, milheto ou empastagem sobre 4 a 5 anos; espécies perenes usadas como coberturas vivas, taiscomo Cynodon dactylon ou Pennisetum clandestinum ). O acréscimo da M.O., nasuperfície aumenta a resistência dos micro agregados e a proteção das M.O.; estasM.O. aumentam a estabilidade dos agregados onde se encontram, e os agregadosmais estáveis, por sua vez, protegem as M.O. neles incorporadas, estabelecendoassim relações recíprocas entre dinâmica da M.O. e estabilidade da agregação(autoregulação, autoproteção).

A evolução das performances agronômicas e técnico econômicas dos sistemasde cultivo acompanha, em todas as grandes eco-regiões, a evolução do estatutoorgânico dos solos :

- nos Trópicos Úmidos, entre 1986 e 2000, em agricultura modernamecanizada, os rendimentos das culturas tropicais soja e arroz foram maisdo que duplicados e a produção de matéria seca total por hectare foimultiplicada por 4 a 5, permitindo produzir 2 culturas anuais de grãos emsucessão e também carne ou leite na estação seca, e ao mesmo tempoprotegendo totalmente o solo;

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- Na ecologia das florestas tropicais do Centro-Oeste do Brasil, sobrelatossolos oriundos de basaltos, com fortes declives, o plantio direto, emcultivo moderno e mecanizado, propicia a parada total da erosão, oacrescimo de 10 a 30% na produtividade do algodoeiro, a diversificação daprodução, controlando a peste vegetal “tiririca”(Cyperus rotondus).

- na eco-região subtropical de altitude das terras altas de Madagascar, localcom erosão catastrófica, onde se pratica uma pequena agricultura familiar,manual e em tração animal com insumos mínimos, a produtividade dossistemas em PD é de 2 a 5 vezes superior a dos sistemas com preparo dosolo para as culturas principais de milho, feijão e soja.

Em todas as grandes eco-regiões, qualquer que seja o tipo de agricultura, ossistemas em PD controlam totalmente a erosão e são sempre nitidamente maislucrativos do que os sistemas com preparo do solo; as economias de mão de obraou de máquinas e combustível são espetaculares, a favor do Plantio Direto (PD).

Estes resultados obtidos em eco-regiões muito diferenciadas evidenciam que oPlantio Direto na cobertura vegetal permanente do sol propicia maior produção, demodo mais estável e mais limpo, dando uma parte crescente para a fertilidade deorigem organo-biológica na capacidade do solo em produzir. Este tipo de agriculturaque insere a noção de "biomassa anual", "bomba biológica" como "reforço" dasculturas comerciais pode agir como armazenador líquido de CO2 e não mais comoprodutor líquido.

Os efeitos benéficos para a qualidade biológica dos solos, da água, podem sermuito rápidos e colocar esta atividade como despoluidora, e, nesse sentido, permitirreceber subsídios da sociedade civil por sua participação na limitação do efeitoestufa, na preservação das paisagens, das infra estruturas rurais e da fauna:"créditos carbono" poderiam constituir um meio estimulador para sustentar odesenvolvimento agrícola nessa direção. Estes créditos poderiam ser modulados emfunção da capacidade dos itinerários técnicos e dos sistemas de cultivo emseqüestrar o carbono, e poderiam ser então argumentos decisivos na escolha dosagricultores.

Porém, estes cenários só serão realistas e possíveis se os diversos atores dodesenvolvimento forem capazes, trabalhando de mãos dadas in situ, de criar essessistemas de cultivo do futuro, mais atuantes simultaneamente para seqüestrar ocarbono, reciclar os nitratos e as bases, degradar os xenobióticos (critérios doscientistas e da sociedade civil), e que satisfaçam os critérios de escolha daagricultura sustentável e os dos agricultores (agronômicos e técnico-econômicos).

A metodologia de Pesquisa-Ação apresentada neste documento permiteresponder as exigências de todos e concilia-las. A modelização dos sistemas decultivo leva, partindo dos sistemas vigentes a construir para e com os produtores,nos seus ambientes, uma tipologia muito diversificada dos sistemas de cultivopossíveis e apropriáveis. Esta experiência mostra como nosso enfoque experimentalleva a recolocar in situ, no quadro dos sistemas inovadores edificados com osagricultores, estudos tão fundamentais como os relativos a dinâmica do carbono, areciclagem anual eficiente dos nitratos e das bases, a degradação dos xenobióticos,a bioremediação em geral.

No decorrer do enfoque experimental praticado in situ, estas temáticasfundamentais estão tratadas e confrontadas com as performances agronômicas etécnico-econômicas dos sistemas de cultivo que poderão ser apropriados amanhãpelos produtores ; assim, o impacto econômico da dinâmica do carbono, dosnitratos,das bases e dos xenobióticos pode ser avaliado de modo preventivo ;portanto, é uma maneira de incorporar e tratar as exigências da sociedade civil e daciência dentro da tipologia dos sistemas de cultivo, na prática mesma dasagriculturas regionais.

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Esta experiência revela também a importância dos Trópicos Úmidos como"simulador excepcional" para o estudo científico da dinâmica do carbono: num climacom alta pluviometria em 7,5 a 8 meses, e com temperatura média muito elevada, asvelocidades de reação dos processos fundamentais que comandam a dinâmica docarbono, mas também a lixiviação dos nitratos e das bases, estão muito maiores doque em qualquer outro lugar, e permitem apreender a dinâmica, até a curtíssimoprazo, destes processos fundamentais de funcionamento. É um modo acadêmico erigoroso de elucidar estes fenômenos, encurtando o espaço-tempo, portanto umauxílio precioso de modelagem para a Pesquisa que permitira antever essasdinâmicas para as demais grandes eco-regiões do planeta onde a velocidade dasreações é muito mais lenta.

As unidades operacionais de criação-difusão desses cenários da agriculturasustentável de amanhã estão organizados numa rede tropical e subtropical noCIRAD-CA. Este conjunto muito diversificado nos planos dos ambientes físicos esocio-econômicos reúne uma malhagem de unidades operacionais de campo,monitoradas pela pesquisa com o apoio das agriculturas locais, que são laboratóriosde vigília para a análise antecipada dos impactos dos sistemas em PD no ambientee nos homens que o cultivam, e para a modelagem científica dos funcionamentosdestes sistemas que estão em ligação direta com as realidades agrícolas regionais.Estas unidades, que prefiguram os cenários da agricultura "limpa" de amanhã, estãomuito adiantadas em relação aos cenários atuais de desenvolvimento e portanto,constituem ferramentas preciosas de monitoramento da agricultura do futuro paraconciliar as exigências da sociedade civil (luta contra o efeito estufa, produtosalimentícios sadios) e as dos agricultores (agricultura sustentável e lucrativa, aomenor custo, num ambiente protegido e limpo). A “Rede Plantio Direto sobrecobertura vegetal do CIRAD-CA” que se estende a passos largos graças ao apoio dacooperação francesa (FD, MAE, FFEM), abrange a América latina com o Brasil e oMéxico, o Oceano Índico em Madagascar (Trabalhos de H. Charpentier, R. Michellondo CIRAD, ONGs TAFA e ANAE, FOFIFA e ONGs associadas) e na Ilha da Reunião(Trabalhos de R. Michellon, A. Chabanne, J. Boyer, F. Normand, APR, DDA), a Ásiacom o Laos (Trabalhos de P. Julien, F. Tivet e pesquisa laociana) e o Vietnã(Trabalhos de O. Husson, P. Lienard, S. Boulakia e pesquisa Vietnamita), e vai seabarcar para a África no início dos anos 2000 (Tunísia já em andamento, Camarões,Mali, e Etiópia por vir)

Esta rede pluri-ecologias de unidades experimentais "sistemas de cultivo emPlantio Direto" do CIRAD-CA é também um suporte de treinamento e formação paratodos os atores do desenvolvimento e pode se tornar uma referência mundial(diversidade das ecologias, dos sistemas de cultivo, do nível de domínio) onde apesquisa antecipa, cria os sistemas de amanhã, modela seu funcionamento, avalia eexplica para a sociedade civil seus impactos nos ambientes físicos e humanos,antes de eles serem adotados em grande escala. Este enfoque reencontra oprincípio de precaução e a necessidade que é sempre preferível de prevenir do queremediar (papel de laboratório de vigilia, de aviso).

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SÉGUY L.; BOUZINAC S.; TAFFAREL W.; TAFFAREL J. - Méthode dedéfrichement préservant la fertilité du sol. In: Bois et forêts des tropiques - nº 263 –1o trimestre 2000 - p.75-79. CIRAD - 34398 Montpellier cedex 5 – France - 2000.

SÉGUY L. . Les techniques de semis direct sur couvertures végétales dans la régiondes Hauts Plateaux de Madagascar. Doc. CIRAD provisoire, 100 pages, Partied'un document collectif sur Madagascar à paraître pendant l'année 2001. - 34398Montpellier cedex 5 – France - 2001a.

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54

SÉGUY L. . Quelques éléments simples et utiles: - à la compréhension de la démarchedu CIRAD-CA en matière d'agroécologie - à la rédaction d'un projet scientifiqueSCV. Document CIRAD, , 23 pages. - 34398 Montpellier cedex 5 – France -2001b.

SHEID LOPES A. Solos sob "Cerrado", características, propriedades e manejo. 162p.POTAFOS - Piracicaba, SP, - Brasil ,1984 .

VAN RAIJ B., Fertilidade do solo e adubação - 343p. POTAFOS - Piracicaba, SP -Brasil 1991.

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55

VII - ANEXOS

FUNCIONAMENTO DO PLANTIO DIRETO NOS TRÓPICOS ÚMIDOSDOS CERRADOS E DAS FLORESTAS DO CENTRO OESTEBRASILEIRO

DOSSIÊS FOTOS :

+ A DESTRUÇÃO DO PATRIMÓNIO SOLO TROPICAL OU OFRACASSO DA TRANSFERÊNCIA NORTE-SUL DE GESTÃODO SOLO

+ CONTROLE TOTAL DA EROSÃO E RESTAURAÇÃO DAFERTILIDADE DOS SOLOS POR VIA ORGANO-BIOLÓGICAPELO PLANTIO DIRETO SOBRE COBERTURA VEGETAL

+ OS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO MAISATUANTES NOS TRÓPICOS ÚMIDOS

+ ALGUMAS IMAGENS DO PLANTIO DIRETO EM MADAGASCAR

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FIG. 1 PESQUISA-AÇÃO, PARA, COM E NAS FAZENDAS DOS AGRICULTORES

Enquetesdiagnóstico

rápido

Processosde

Criação-difusão-formaçãoPesquisa-ação, participativa

Funções essenciais

- Oferecer escolha de sistemas diferenciados- Produzir conhecimentos- Antecipar o desenvolvimento- Treinar os atores

Criação das inovaçõespara, com e nas fazendas

dos agricultores

ValidaçãoExtrapolação

• Tradução das inovações em técnicas praticáveis• Reprodutibilidade

Exercício operacional real em real grandezaMatriz modelada dossistemas de cultivoperenizados: • Atuais• Futuros possíveis

Pesquisastemáticas

deaperfeiçoamento

dos sistemas

Acopladas com pesquisasem laboratório

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA -GEC, 1997

Sistemas de

cultivo

dos agricultores

REFERÊNCIA

Estados do meio:

- Físico

- Socio-econômicoMODELAGEM

Funcionamento

dos sistemas

HIERARQUIZAÇÃO

dos componentes

dos sistemas

Acom-panhamento

• Adoção e adaptação• Impactos

• Praticabilidade• Tecnicidade• Economicidade

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FIG. 2 - PESQUISA - AÇÃOPARA, COM E NAS PROPRIEDADES DOS AGRICULTORES

AGIR

NO MEIOFÍSICO

• Diferenciar para compreender, avaliar• Explicar

ANTECIPAR

• Rigor científico• Incorporação de:

• Treinamento:

• Escolhas e ajustes multi-atores

+ praticabilidade+ Exeqüibilidade

+ Aprendizagem do domínio técnico, prático - reprodutibilidade

• Expressões diferenciadas do potencial produtivo (oferta tecnológica)

• Progressão por hierarqização permanente

• Avaliação anteci- pada dos impactos ambientais

• Agir nos sistemas Critérios:

+ Agronômicos+ Técnicos+ Econômicos

NÍVEIS DE ESCALA

• Atuais• Inovadores melhorados

FAZENDASDE REFERÊNCIA

“TERROIRS”

• Contribuição participação a:

+ Difusão+ Formação+ Organização dos produtores (associações de plantio direto)

• Avaliação das mudanças:

+ Na agricultura+ Nas condições de vida+ Nos impactos ambientais

• Unidades paisagem• Estados de degradação do ambiente

Sistemasde cultivo

Toposeqüênciasrepresentativas

MEIOCONTROLADO

Simultaneamente:- Soluções práticas, tecnologias- Conhecimentos científicos

MEIO REAL

Sobre

NOSHOMENS

QUE OCULTIVAM

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 3 ESCALAS DE INTERVENÇÃO E FUNÇÕES DA PESQUISA - AÇÃO, ADAPTATIVA DOS SCV

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA - 1978/2000

ESCALAS FUNÇÕES

Nível da parcela • Local de ação, criação da inovação, formação e treinamento.

• Local de avaliação das performances comparadas dos sistemas.

• Laboratório de vigilância ao serviço dos científicos para:

• Manutenção da memória viva

• Aprendizagem do domínio técnico, respeito da praticabilidade

• Validação dos sistemas• Ajustes

• Validação

Levando em conta as limitaçõessócio-econômicas das sociedades rurais• Contribuições=

- Na difusão (adoção)- Na organização dos agricultores

Associações de plantio direto operacionaisCréditos, abastecimentos, mercados, etc

• Formação dos atores

x

x

Variabilidade dos meios físicose sócio-econômicos

- Avaliação antecipada dos impactos ambientais- Modelagem do funcionamento comparado dos sistemas

- Agriculturas de ontem, hoje e amanhã

Sistemas de cultivo

Meio controlado

Matrizes sistemas• Tradicionais• Cenários do futuro

Toposeqüênciasrepresentativasvitrina sistemasoferta tecnológica

Fazendas de referência

“Terroirs”

MEIO CONTROLADO

MEIO REAL

FO

RM

ÃO

, P

RO

FIS

SIO

NA

LIZ

ÃO

DO

S A

TO

RE

S

MEIO REAL

REDE SCV CIRAD/SCVDiversidade dos agrossistemas tropicais e subtropicais

Reunidos nas

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FIG. 4 ENFOQUE DA PESQUISA-AÇÃO, PARA, COM E NAS PROPRIEDADES DOS AGRICULTORES- NÍVEIS DE ESCALAS E FUNÇÕES -

FAZENDAS DE REFERÊNCIA

(*)“TERROIRS”

Toposeqüências representativasmatriz perenizada dos

sistemas de cultivo

MEIO CONTROLADO

MEIO REAL

• Representatividade dos fluxos• Local de criação, de treinamento• Local de avaliação comparada dos sistemas.• Laboratório de de vigilância científica:

- Avaliação antecipada dos impactos ambientais,- Modelagem do funcionamento dos sistemas,

• Manutenção memória viva,• Aprendizagem do domínio prático e técnico das inovações

• Validação x ajustes dos sistemas• Levar em conside- ração limitações sócio-econômicas• Formação dos atores

Contribuição a:- Adoção,- Organização dos agricultores

Repetições de 2 sistemas(gradiente fertilidade)

Recuperaçãoexternalidades

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

Sistemas em plantio dire

to + “Cercas vivas”

Sistemas tradicionais

( Conjunto de parcelas homogêneas caracterizadas por uma mesma estrutura e uma mesma *) TERROIR:

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FIG. 5 ENFOQUE OPERACIONAL DE CRIAÇÃO-DIFUSÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO E FORMAÇÃO

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, 1997

1. Uma ferramenta regional operacional

Matrizes perenizadasdos

sistemas de cultivo

Fazendas de referência:Validação x

Condições: • Ecologicas • Sócio-economicas

Toposequênciasx

Ecossistemas diferenciados

S1

O que nãodeve

ser feito

S2

Dos agricultores(referência)

1 2 3

n

Vitrine de oferta tecnológica (criação-difusão-formação)Expressões diversificadas e diferenciadas do potencial produtivo)

Sn

Potenciaisreferência

do potencialprodutivo

Incorporação das dimensões:• praticabilidade, factibilidade técnico-econômica

S3

Melhorados

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FIG. 6 METODOLOGIA DO ESTUDODO

FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE CULTIVO

MODELAGEM DOS SISTEMAS DE CULTIVO MATRIZ PE-RENIZADA DOS SISTEMAS EM AMBIENTES ECOLÓGICOSDIVERSIFICADOS, CONTROLADOS E REAIS - (Unidades de paisagem represntativas)

MODOS DE GESTÃO DO SOLO

ACOMPANHAMENTO - AVALIAÇÃONO DECORRER DO TEMPO

OBSERVATÓRIOPERMANENTE

- Técnicas de ontem, destruidoras (preparo do solo)- Técnicas de hoje, restauradoras e mantenedoras da fertilidade (Plantio direto - sucessões anuais - )

1 - Atual (referência)

2 - Potencial

3 - = Exportações pelos grãos

- Técnicas de amanhã mais performantes - (Plantio direto - integração agricultura-pecuária) -- Performances agronômicas e técnico-econômicas (Relação custo/benefício)

• Evolução da produtividade

de matéria seca no perfil

cultural

• Evolução das características físico-químicas dos solos

Em cimaEm baixo

Análise daestabilidade

interanual e alongo prazo

NÍVEIS DE ADUBAÇÃO

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac CIRAD CA - GEC; Goiânia, GO - 1998

3 Níveis

X

Sistemasabertos oufechados

~

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FIG. 7 GESTÃO DA FERTILIDADE PELO SISTEMA DE CULTURA (Objetivo = Expressar o potencial produtivo do solo, ao menor custo)

COMPONENTES DO SISTEMA PARA UM TIPO DE SOLO

MODOS DE GESTÃO DO SOLO

ROTAÇÕESE/OU

SUCESSÕESDE CULTURAS

DATAS DE

PLANTIO(Precoce,

tardia)

POPULAÇÕESDE

PLANTAS

PRODUTOSTEMÁTICOS SIMPLES

MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS

XXXX

- VARIEDADE- ADUBAÇÃO- TRATAMENTOS (Pesticidas)

Preparo dosolo, plantio

direto

SOURCE: L. Séguy, S. Bouzinac CIRAD CA - GEC; Groupe Maeda - SP, 1998

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O N D

L. Séguy, S. Bouzinac - MT/1993

Final da estaçãoseca, início da

estação chuvosa

J F M A M

BOMBA BIOLÓGICA

ESTAÇÃO CHUVOSA

CULTURA DA SOJA

PLANTIOMILHETO

CATIONSANIONS

1,6a

2,4 m

PROTETORINICIAL

O INÍCIO DO PLANTIO DIRETO - 1987

RECICLADOR FINAL

10/10

20/12

Dessecação

O N D

L. Séguy, S. Bouzinac - MT/1993

Final da estaçãoseca, início da

estação chuvosa

J F M A M

BOMBA BIOLÓGICA

ESTAÇÃO CHUVOSA

CULTURA DA SOJA

PLANTIOMILHETO

CATIONSANIONS

1,6a

2,4 m

PROTETORINICIAL

O INÍCIO DO PLANTIO DIRETO - 1987

RECICLADOR FINAL

10/10

20/12

Dessecação

FIG. 8 “SISTEMA MANTENEDOR DA FERLILIDADE" NA CULTURA DA SOJA

• Escalonamento plantio direto da soja sobre 50 - 60 dias• Facilidade de realização• Produtividades estáveis• Capital-solo, totalmente protegido

PLANTIO DIRETO DA SOJA NA PALHADA DE MILHETO

FORTE ATIVIDADEDA FAUNA

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FIG. 9 OS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO(1)

SOBRE COBERTURAS VIVAS - PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. COBERTURA COM ESTOLÕES E/OU RIZOMAS

Dessecaçãoparte aérea(sequencial)

Graminicida Pós-emergente(Baixa dosagem)

ColheitaReconstituiçãoda cobertura

(pastoreio ou repouso)

30-40 DAPCobertura

total do solo

• Gêneros Cynodon (Tifton), Arachis, Pennisetum C., Paspalum, Stenotaphrum, Axonopus• Sistemas: Sucessões anuais Soja, Arroz, Algodão, Milho + Pastagem

(1)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD CA - GEC, 1993/98

• Cobertura ativa na estação seca (raízes)• Resposta ao fogo

Ciclagem,estrutura

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Colheita Milho,Sorgo, Milheto,

Girassol

Plantio diretoMilho, Sorgo,

Milheto, Girassol

CoberturaBrachiaria R.

Stylosanthes G.(Pastoreio

ou repouso)

Brachiaria R.Stylosanthes G

+

FIG. 10 OS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO NAS COBERTURAS VIVAS - PRINCÍPIOS BÁSICOS

(1)2. COBERTURAS CONSORCIANDO BOMBAS BIOLÓGICAS + BRACHIARIA R.

Dessecação herbicidas de manejo nas rebrotações

Herbicida Pós-emergente(Mínimo ou facultativo)

ColheitaSoja

• Bombas biológicas: Sorgos, Milhetos, + Brachiaria R.• Sistemas possíveis com Soja, Arroz de alta tecnologia, Algodão -

(1)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD CA - GEC, 1993/98

• Cobertura ativa na estação seca• Resposta ao fogo

Ciclagem,estrutura

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FIG. 11 SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO NAS REGIÕES TROPICAIS E SUBTROPICAIS DE ALTITUDE - Pequenas agriculturas familiares -

CONSÓRCIOS1.

2.

3.

SUCESSÕES ANUAIS: Produção de grãos + Pastagem, cobertura viva

SUCESSÕES ANUAIS: Produção de grãos + Biomassa “Bomba biológica”, coberturas mortas ou vivas

• Soja• Feijão• Trigo

• Soja ciclo curto + Aveia• Aveia + Feijão• Feijão + Aveia• Brachiaria r. + Feijão• Soja ciclo curto + Brachiaria r.

GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS EM PLANTIO DIRETO, AO MENOR CUSTO, COM “ECOBUAGE” COMO ADUBAÇÃO CORRETIVA + ESTERCO ANUAL (5 t/ha)

• Trigo• Arroz de sequeiro

Emrotação

com

• Mesmas sucessões ou• Arroz de sequeiro, Arroz de sequeiro + Trevo• Milho, Milho + Crotalária,• Milho + Leguminosas consorciadas (1.)• Soja ciclo médio

Sobre Kikuyu (Pennisetum c.) Sobre Trevo (Trifolium s.,)

• Milho + Leguminosas forrageiras consorciadas Gêneros

Cássia r.,Desmodium i.,Trifolium s.,Lotus u.,

• P anual= 1200 - 1800 mm• Altitude = 1000 - 1600 m• Latossolos e solos vulcânicos

FONTE: L. Séguy, Michellon R., ONG TAFA, ANAE, FIFAMANOR, FAFIALA, Antsirabé, 1999

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FIG. 12 SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO, COM INSUMOS MÍNIMOS

• Zona tropical e subtropical de altitude (1000-1600m)• P = 1200 a 1800 mm, em 6-7 meses• Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar

SOLOS NÃODEGRADADOS

SOLOS DEGRADADOS

SOLOS RICOSEM M. O.

Cobertura viva forrageira associada/anoCobertura viva forrageira permanenteCobertura morta

• CC = Ciclo Curto • CM = Ciclo Médio

SojaFeijãoTrigo

SojaFeijãoTrigo

SojaFeijãoTrigo

SojaFeijãoTrigo

SojaFeijãoTrigo

nokikuyu

nokikuyu

nokikuyu

nokikuyu

(M. O.)

ANO 1

Milho + Leg.

Arroz+ Leg.

Milho Milho + Leg.

Milho Milho + Leg.

Milho Milho + Leg.

Milho Milho + Leg.

Arroz Arroz+ Leg.

Arroz Arroz+ Leg.

Arroz Arroz+ Leg.

Arroz Arroz+ Leg.

Trigo

Feijão

Trigo

Feijão

Trigo

Feijão

Trigo

Feijão

Arroz Arroz + Leg.

Milho Milho + Leg.

Soja + Aveiacc

Aveia +Aveia + Aveia +

Aveia +

Sojacm Sojacm

Soja + AveiaccSoja + Aveiacc

Soja + Aveiacc

Arroz Arroz + Leg.

Milho Milho + Leg.

ANO 2 ANO 3 ANO 4

“Ecobuage” no ano 1

+ Esterco (5 t/ha)

“Ecobuage”

+

Esterco (5 t/ha)

Só esterco no

anos seguintes

Esterco só

ou

ou

ou

BAIXA

E

ALTA

FERTILIDADE

COMPACTADOS

BAIXA

FERTILIDADE

Brachiaria ruziziensis,

Cassia rotondifolia

• Restauração fertilidade

+ Pastagem

1 ou 2 anos

3

3

2

2

1

1

1

4

4

I

II

FONTE: Séguy L., Michellon R., CIRAD-CA; ONG TAFA, ANAE, FIFAMANOR, FAFIALA, Antsirabé, 1999/2000

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FIG. 13 SITEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO COM INSUMOS MÍNIMOS

1. Deflorestação com preservação de M. O. e da atividade biológica sem queimada digestão da biomassa arbustiva por mucuna (Stizolobium at.)

• Zona tropical úmida, ecossistemas de cerrados e florestas úmidas• P = 1800 - 3000 mm, em 7 a 9 meses• Latossolos - Bacia amazônica, Costa leste de Madagascar.

BACIA AMAZÔNICA

COSTALESTE DEMADAGASCAR

Sistemas de subsistência

1 - Arroz de sequeiro

NPK + Micros

1 - Arroz de sequeiro2 - Arroz de sequeiro + Caupis

1 - Arroz de sequeiro2 - Arroz de sequeiro + Caupi

“Ecobuage” + NPK + Micros

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., Charpentier H., CIRAD-CA; ONG TAFA; ANAE - Antsirabé, 2000

Cobertura viva Cobertura morta

NPK + Micros, nível baixo NPK + Micros, nível baixo

1 - Milho, Arroz de sequeiro2 - Milho, Arroz seq. + Caupi

1 - Milho, Arroz de sequeiro2 - Milho, Arroz seq. + Caupi

1 - Arroz seq., Milho + Caupi 1 - Arroz seq., Milho + Caupi

NPK + MicrosNível baixo

• Calagem facultativa (Ca, Mg)• NPK + micros, nível baixo

MilhoSorgoMilheto

1 - Milho, Arroz seq. 1 -

4 - Biomassas + Algodão, Arroz seq.

5 - Arroz seq. + Algodão , Caupi

2 - Soja, Caupi + Tifton2 - Soja, Caupi + Tifton

Combinações 3, 4, 5,em função dascondições econômicas

3 - Soja + BrachiariasStylosanthes+

2 - Arroz de sequeiro

Possibil. pastagem 2 - 4 anos depois Arroz + Brach., Stylos. e ciclo 2 - 4 anos de pastagem, etc...

Possibilidade pastagem1 - 4 anos

+ Brachiaria R., B+ Stylosanthes G.

Latossolos hidromórficoshidratadossobre rochaácida

Malha arbustiva de renda, pouco densa, consorciada com culturas de subsistência(plantas para especiaria, frutífera) sobre cobertura permanente de Arachis P. et R.

Latossolossobrebasalto

Sistemas

Sistemas

(Citrus, Guaraná, Pimenta,Cupuaçu, etc...)

de subsistência+ Pastagem

de subsistência+ Pastagem+ Malha arbustiva “de renda”

ANO 1 ANO 2 ANO 3 etc...Milho

Arroz seq.+ Arachis P. + Arachis P.

2 - Arroz seq. + Pastagens 2 - Arroz seq. + Pastagens

- Brachiarias R. B.- Stylosanthes G- Pueraria

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FIG. 14 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

1 - Agrossistemas de florestas tropicais úmidas do Sul da Amazônia

FLORESTA

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; A. C. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 2000

• Latossolos amarelos hidratados sobre rocha ácida• Localização = Sinop/MT - Lat. 11º40’ Sul - Long. 55º30’ W• Topografia = Plana - Altitude = 300 a 400 m• Pluviometria - 2000 a 3000 mm em 7 a 7,5 meses

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

3,4 2,0

3 ANOS PD x

3 ANOS PD x

3 ANOSPD x Soja +

Milheto

3 ANOSPD x

Soja + Sorgo

3 ANOSGradagem xMonocultura

Soja

5 ANOSGRADAGEM

XMONOCULTURA

2,4

3,4

2,8

2,6

2,0

2,0

2,0

2,9

3,1

3,2

-29%

1,9

+42%+47%

+37%

+33%

+29%

-12%

2,1

+21%

Soja+Sorgo+Brach. ruz.Soja+Milheto+Brach. ruz.Soja+Sorgo+Brach. ruz.

Arroz + Pé de galinhaSoja + Pé de galinhaArroz + Pé de galinha

CRONOSEQUÊNCIA 1

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FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; A. C. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 2000

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

-35%

3,4 2,2 1,8

3,1

+ 41%+19%

2,5

-18%

+21%

2,8

2,2

2,0 2,1 1,9

3 ANOSPD x Milho

sobreArachis P.

3 ANOSPD x Soja

sobreTifton

3 ANOSGradagem xMonocultura

Soja

5 ANOSGRADAGEM

XMONOCULTURA

FIG. 15 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

1 - Agrossistemas de florestas tropicais úmidas do Sul da Amazônia

FLORESTA

CRONOSEQUÊNCIA 2

• Latossolos amarelos hidratados sobre rocha ácida• Localização = Sinop/MT - Lat. 11º40’ Sul - Long. 55º30’ W• Topografia = Plana - Altitude = 300 a 400 m• Pluviometria - 2000 a 3000 mm em 7 a 7,5 meses

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Após desmatamentomenos destruidor

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; W. et J. Taffarel, Sítio Barra Verde - Sinop/MT - 1980/1999

• Latossolos hidromórficos sobre rochas ácidas• Situação = Sinop/MT - Lat. 11º40’ Sul - Long. 55º30’ W• Topografia = Plana - Altitude = 300 a 400 m• Pluviometria - 2000 a 3000 mm em 7a 7,5 meses

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

3,5 2,5

2,5

1,4

3,4

-28%

+36%

+78%

-26%

1,9 1,4

5 ANOS• Arroz x Gradagem• Arroz x Gradagem

• 2 anos PD:

• 1 ano PD Arroz + Brach.

Soja + Milho + Brach.

15 ANOS5 anos - Gradagem x Monocultura Soja10 anos - PD - Soja + Milho

FLORESTA

2,4

FIG. 16 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

1 - Agrossistemas de florestas tropicais úmidas do Sul da Amazônia

CRONOSEQUÊNCIA 3

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2 - Agrossistemas dos Cerrados úmidos do Centro Norte do estado do Mato Grosso

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; Munefumi Matsubara, Fazenda Progresso - Lucas do Rio e Verde/MT - 1978/1998

• Latossolos vermelhos-amarelos sobre rocha ácida• Situação = Lat. 12º58’ Sul - Long. 55º54’ W• Topografia = Colinas com longos declives 2 a > 10% - Altitude 450 m• Pluviometria - 1500 a 2500 mm em 7 a 7,5 meses

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

10 ANOSGradagem xMonocultura

Soja

6 ANOSPD x

Soja x Milheto, Sorgo

2,9

1,0 1,0

-52%-66%

+100%

+100%

+64%

+40%

+45%

+35%

2,1

2,0

2,7

2,9

1,4

2,3

2,85 ANOS

PastagemBrachiaria briz.instalada em PD

5 ANOSPastagemPanicum

instalada em PD

CERRADO

FIG. 17 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

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3 - Agrossistemas dos Cerrados úmidos do Gabão

FONTE: S. Boulakia, L. Séguy, CIRAD; C. Madjou, CRAB; Franceville, Gabão - 1999 -

• Latossolo amarelo sobre rocha ácida; • Topografia = Colinas, declives 2 a > 8% - Altitude 7 a 800 m• Situação = Lat. 2º Sul, Long. 13º E.

• Pluviometria - 2000 a >3000 mm, bimodal

3,7

3,1

3,3

3,6 3,2

3,43,9

3,4

INÍCIO

3,4

3,2

4,0

4,3

+16%

-16%

-11%

+12%

3,5

3,83 ANOS PD

3 ANOSPDx

3 ANOSSucessões anuais

• Milho + Sorgo G.• Soja + Sorgo G.• Milheto + Soja + Milheto

Milho + Calopogonium m.

Aração x Milho+ PD x Soja

Adubação média

Adubação média

Adubação média

Adubação forte

Adubação forte

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

FIG. 18 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

Adubação forte

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4 - Agrossistemas das florestas tropicais do Sul do Estado de Goiás - Brasil

SOLO DO MEIO DA ENCOSTA, MUITO ERODIDO

SOLO DE FINAL DE ENCOSTA, POUCO ERODIDO

3,15 3,2

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; E. Maeda, N. Maeda, M. A. Ide, Grupo Maeda Fazenda Canadá - Porteirão/GO - 1999

2,4

2,9

2,22,6

3,2

2,3

2,9

2,9

3,33,3

2,7

3,3

+23%+31%

-12%

-9%

-9%

+11,4%

+11,4%

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

• Latossolos vermelhos escuros sobre basalto

• Topografia = Colinas em fortes declives (3-20%) • Situação = Lat. 17º 3’ S, Long. 49º54’ W - Altitude 3 a 400 m

• Pluviometria - 900 a 1600 mm em 6 meses

4 ANOSPD x Algodão

apósMilheto, Sorgo

4 ANOSGradagem xMonoculturade Algodão

4 ANOSGradagem xMonocultura

Algodão

4 ANOSPD x Algodão

sobreArachis P.

4 ANOSPD x Algodão

apósMilheto, Sorgo

FIG. 19 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

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5 - Agrossistemas dos altiplanos Malgaches - Sub-Tropical

FONTE: L. ONG TAFA, L. Séguy, CIRAD-CA/SCV, 1993/98 - Antsirabé - MADAGASCAR

Camada 0 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

Perda M. O. %

Ganho M. O. %

• Latossolos sobre rocha ácidas (Ibity), latossolos vermelho escuros (Sambaina)

• Topografia = De montanha, fortes declives (3-60%) • Situação = Lat. 19º 44’ a 57’ Sul; Long. 46º a 47º’ E - Altitude 1400 a 1600 m

• Pluviometria - 1600 a 1800 mm

POUSIO(Bozaka)

POUSIO(Bozaka)

4,1

3,1

5,8

4,1

9,6

3,0

8,17,7

10,1

1,8

- 40%

-24%

+41%

+37%

+18%

+25%

UNIDADE SAMBAINA (Horizonte 0-20 cm)

5 ANOS

5 ANOS

Aração profundax

Sucessão anualAveia + Feijão

x F2

Plantio diretox

Sucessão anualAveia + Feijão

x F2

UNIDADE DE IBITY

5 ANOS

5 ANOS

5 ANOS

Plantio diretox

Soja/Milho x F2

Araçãox

MonoculturaSoja x F2

Plantio diretox

Soja sobre Kikuyu x F2

FIG. 20 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (EM %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

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FIG. 21 RESUMO DAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES MÉDIOS ANUAIS DE CARBONO DO SOLO (em MgC.ha ), EM FUNÇÃO DA

NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS -

-1

2,01,66

-0,7-0,66

-1,0

-1,2

Gradagensx

MonoculturaSoja

Gradagensx

MonoculturaSoja

AraçãoMilho

Plantio diretoSoja

Arroz + Pé de galinhaSoja+ Pé de galinhaArroz + Pé de galinha

Soja+ Soja + SorgoSoja + SorgoSoja + Sorgo

Soja + MilhetoSoja + MilhetoSoja + Milheto

Soja sobre Tifton Soja + Milheto

Brachiariabrizantha

Panicummaximumou

Milhosobre Arachis P.

Sorgo+Brach.

Milheto+Brach.

Sorgo+Brach.

Soja+

Soja+

-1,0

1,8

1,331,4

1,16

0,83

1,5

0,8

1,00,83

0,40

1,68

0,91,08

0,7

1,5

1,0

0,5

-0,5

1- Brasil e Gabão; 2 - PD = Plantio direto

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; M. Matsubara, Faz. Progresso; A. C. Maronezzi, Agronorte; S. Boulakia et al., CIRAD - 1994/99 - Sinop/MT

-1,0

5 ANOS 10 ANOS 3 ANOS 3 ANOS

+ MgC.ha-1

- MgC.ha-1

3 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 3 ANOS

Ecologiados cerrados

AS PERDAS OS GANHOS

Ecologiados Cerrados

Ecologia das florestas

Ecologiadas florestas

Camada 0-10 cm

Camada 10-20 cm

PD sobre cobertura mortaProdução de grãos/Pastagem

PD sobrecobertura

viva

PD sobre cobertura morta

1 - Latossolos sobre rocha ácida na zona tropical úmida1

22 2

Pastagem

+6 ANOS 5ANOS

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1,5

1,0

0,5

-0,5

+MgC.ha

-0,25

-0,45Soja +

-MgC.ha-1

-1

+ Algodão

+ AlgodãoSorgo

ou Milheto

Sorgoou Milheto

Sorgoou

Milheto

0,930,90

0,50

4 ANOS 4 ANOS 4 ANOS

SOLO POUCO ERODIDOSOLO MUITO ERODIDO

2. Latossolos vermelho-escuros sobre basalto da ecologia das florestas tropicais do sul do Estado de Goiás - Centro-Oeste do Brasil

OS GANHOSAS PERDAS

Gradagensx

Monocultura Algodão

PD sobre cobertura morta PD sobre cobertura morta1 1

1- PD = Plantio direto

FONTE: E. Maeda, M. Esaki, Grupo Maeda; L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; Porteirão/GO, 1995/1999

Camada 0-10 cm

Camada 10-20 cm

FIG. 22 RESUMO DAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES MÉDIOS ANUAIS DE CARBONO DO SOLO (em MgC.ha ), EM FUNÇÃO DA

NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS -

-1

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2,4

1,8

2,9

-0,48

-1,4

-1,0

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

-0,5

-1,0

-1,5

Gradagensx

Aveia + Feijão

Araçãox

Monocultura Soja

Aveia + Feijão

FONTE: ONG TAFA; R. Michellon, P. Julien, CIRAD-CA/GEC - Antsirabé, 1999 - MADAGASCAR

1. PD = Plantio direto

Soja/Milho Soja sobre Kikuyu

1PD sobre cobertura

morta

PD sobrecobertura

morta

PD sobrecobertura

morta

1 1 1

3. Latossolos sobre rocha ácida das altas terras de Madagascar - Região ciclônica

Localidade de Ibity Localidade de IbityLocalidade de Sambaina Localidade de Sambaina

+MgC.ha-1

-MgC.ha-1

AS PERDAS OS GANHOS

5 ANOS5 ANOS5 ANOS5 ANOS

Camada 0-10 cm

Camada 10-20 cm

Camada 0-20 cm

FIG. 23 RESUMO DAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES MÉDIOS ANUAIS DE CARBONO DO SOLO (em MgC.ha ), EM FUNÇÃO DA

NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS -

-1

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FIG. 24 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

1 - Agrossistemas de florestas tropicais úmidas do Sul da Amazônia

0 1,0 2,0

M. O. % V %CTC meq/100g

3,0

3,42,0

2,41,9

2,1

2,0

2,9

3,1

3,2

3,4

2,0

2,0

2,6

2,8

4 6 8 10

10,3 16,5

10,0

48,0

30,0

57,0

47,053,0

37,031,0

48,037,0

50,0

7,0

57,0

6,4

6,86,5

5,26,4

8,15,8

9,0

7,4

7,9

9,78,4

10,1

10 20 30 40 50020

FLORESTA

5 ANOS Gradagens x Monocultura Soja

3 ANOS Gradagens x Monocultura Soja

CR

ON

OS

EQ

ÜÊ

NC

IA 1

3 ANOS PD x Soja + Milheto

3 ANOS PD x Soja + Sorgo

3 ANOS PD x

3 ANOS PD x

Soja+Sorgo+Brach. ruz.Soja+Milheto+Brach. ruz.Soja+Sorgo+Brach. ruz.

Arroz + Pé de galinhaSoja + Pé de galinhaArroz + Pé de galinha

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; A. C. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 2000

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

• Latossolos amarelos hidratados sobre rocha ácida• Localização = Sinop/MT - Lat. 11º40’ Sul - Long. 55º30’ W• Topografia = Plana - Altitude = 300 a 400 m• Pluviometria - 2000 a 3000 mm em 7 a 7,5 meses • Granulometria do solo (0-20 cm)

40-46% argila17-20% areia grossa20-25% areia fina8-13% silte

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FIG. 25 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

0 1,0

FLORESTA

CR

ON

OS

EQ

ÜÊ

NC

IA -

2

5 ANOS Gradagens x Monocultura

3 ANOS Gradagens x Monocultura

Soja

3 ANOS PD x Milho

sobreArachis P.

3 ANOS PD x Soja

sobreTifton

2,0 3,0

3,4 10,3 16,5

7,0

58,0

14,0

50,0

11,0

61,0

63,0

46,0

32,0

6,4

5,5

6,5

5,0

5,5

8,0

7,1

8,7

7,3

2,0

2,2

2,1

1,8

1,9

2,8

2,2

3,1

2,5

0 2 4 6 8 10 10 20 30 40 50 600

M. O. % V %CTC meq/100g

1 - Agrossistemas de florestas tropicais úmidas do Sul da Amazônia

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; A. C. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 2000

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

• Latossolos amarelos hidratados sobre rocha ácida• Localização = Sinop/MT - Lat. 11º40’ Sul - Long. 55º30’ W• Topografia = Plana - Altitude = 300 a 400 m• Pluviometria - 2000 a 3000 mm em 7 a 7,5 meses • Granulometria do solo (0-20 cm)

40-46% argila17-20% areia grossa20-25% areia fina8-13% silte

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0 1,0 2,0 2,0 2 4 6 8 0 10 20 30 40 50 600

2,9 6,6

6,1

5,3

4,5

6,1

6,0

7,9

6,9

6,8

7,1 64,0

56,0

22,0

31,0

46,2

50,1

6,6

5,6

61,0

65,0

2,1

1,0

2,0

2,7

2,3

2,9

2,8

1,4

1,0

M. O. % V %CTC meq/100g

CERRADO

10 ANOS Gradagens x Monocultura soja

6 ANOS

5 ANOS

5 ANOS

PD x

Soja x MilhetoSorgo

PastagemPanicum max.

instalada em PD

PastagemBrachiaria briz. Instalada em PD

CR

ON

OS

EQ

ÜÊ

NC

IA -

CE

RR

AD

O -

21 A

NO

S

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; Munefumi Matsubara, Fazenda Progresso - Lucas do Rio e Verde/MT - 1978/1998

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

45-53% argila31-35% areia fina8% areia grossa3-5% silte

2 - Agrossistemas dos cerrados úmidos do Centro Norte do Estado do Mato Gosso

FIG. 26 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

• Latossolos vermelhos-amarelos sobre rocha ácida• Situação = Lat. 12º58’ Sul - Long. 55º54’ W• Topografia = Colinas com longos declives 2 a > 10% - Altitude 450 m• Pluviomtria - 1500 a 2500 mm em 7 a 7,5 meses • Granulometria (0-20 cm)

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0 0 01,0 1,0 20 40 60

7065

5558

8785

6749

9475

8577

9775

80 1002,0 2,03,0 3,04,0

3,73,4

3,3

3,13,2

3,93,4

3,63,2

4,33,8

4,03,5

3,4

4,0

2,92,8

2,72,7

3,13,1

3,22,9

5,33,5

3,52,6

4,63,1

5,0

M. O. % V %1

CTC meq/100g

Solo no início do experimento

Adubaçãomédia

Adubaçãomédia

Adubaçãomédia

Adubaçãoforte

Adubaçãoforte

Adubaçãoforte

3 ANOSSucessão

anualAração x Milho+ PD x Soja

3 ANOSPDx

Milho + Calopogonium m.

3 ANOSPD

• Milho + Sorgo G.• Soja + Sorgo G.• Milheto + Soja + Milheto

FONTE: S. Boulakia, L. Séguy, CIRAD; C. Madjou, CRAB; Franceville, Gabão - 1999 -

50-53% argila25-30% areia grosa10-20% areia fina3-6% silte

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

1- Próxima do pH do solo - (Cobalto hexamina)

FIG. 27 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

3 - Agrossistemas dos Cerrados úmidos do Gabão

• Latossolo amarelo sobre rocha ácida;

• Topografia = Colinas, declives 2 a > 8% - Altitude 7 a 800 m• Situação = Lat. 2º Sul, Long. 13º E. • Granulometria (0-20 cm)

• Pluviometria - 2000 a >3000 mm, bimodal

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0 01,0 2 4 6 8 0 20 40 60

64,060,0

66,058,0

67,061,0

84,579,0

80,068,0

82,083,0

80102,0 3,0

2,4 7,07,7

7,5

7,4

8,1

8,0

9,2

8,5

9,5

9,110,0

7,8

2,6

2,2

2,3

2,9

2,72,9

3,153,2

3,2

3,3

3,3

M. O. % V %CTC meq/100g

Solo, no inícioda experimentação

Solo, no inícioda experimentação

Gradagens xMonocultura

Algodão

Gradagens xMonocultura

Algodão

4 ANOSSOLO DE

FINAL DE ENCOSTAMUITO ERODIDO

SOLO DOMEIO DA ENCOSTAPOUCO ERODIDO

4 ANOS

4 ANOS

4 ANOS

PD x Algodãosobre

Milheto, Sorgo

PD x Algodãosobre

Milheto, Sorgo

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; E. Maeda, N. Maeda, M. A. Ide, Grupo Maeda, Fazenda Canadá - Porteirão/GO - 1999

• Latossolos vermelhos escuros sobre basalto

• Topografia = Colinas em fortes declives (3-20%) • Situação = Lat. 17º 3’ S, Long. 49º54’ W - Altitude 3 a 400 m

• Pluviometria - 900 a 1600 mm em 6 meses• Camada 0-20 cm % de argila > 60%

FIG. 28 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

4 - Agrossistemas das florestas tropicais do Sul do Estado de Goiás - Brasil

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0 01,0 1,02,0 2,03,0 3,04,0 4,0 0 20 40 60 80 1005,0

4,1

3,0

3,1

1,8

5,8

4,1

4,25

3,0

1,4

2,95

1,1

1,35 28,5

16,0

87,0

75,0

100,0

100,0

M. O. % V %1

CTC meq/100g

POUSIO(Bozaka)

UN

IDA

DE

DE

IB

ITY

FONTE: L. ONG TAFA, L. Séguy, CIRAD-CA/SCV, 1993/98 - Antsirabé - MADAGASCAR

5 ANOS

5 ANOS

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

46% argila32% areia grossa7% areia fina13% silte

FIG. 29 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

5 - Agrossistemas dos altiplanos Malgaches - Sub-Tropical

Aração profundax

Sucessão anualAveia + Feijão

x F2

Plantio diretox

Sucessão anualAveia + Feijão

x F2

• Latossolos sobre rocha ácida (Ibity),

• Topografia = De montanha, fortes declives (3-60%)

- Altitude 1400 a 1600 m• Situação = Lat. 19º 44’ a 57’ Sul; Long. 46º a 47º’ E

• Pluviometria - 1600 a 1800 mm• Granulometria do solo (0-20 cm) 1- Próxima do pH do solo - (Cobalto hexamina)

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FIG. 30 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DA TAXA DE MATÉRIA ORGÂNCIA SOBRE 6 ANOS, EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO E CONSEQUÊNCIAS SOBRE A

PRODUTIVIDADE MÉDIA DA SOJA E A PRODUÇÃO ACUMULADA DE BIOMASSA AÉREA-Ecologia dos cerrados úmidos do Centro Norte do Mato Grosso, MT - 1986/92

2,51986

Evolução M. O. % na camada 0-20 cm,em função dos sistemas de cultivo

1Produtividadé média

de grãos da Soja, em kg/ha

3Biomassa aérea

acumulada, em t/ha

1989 1992

2,0

1,51,5

% M

. O

. T

OTA

L

1,0

0,5

Aração x Monocultura SojaGradagens x Monocultura Soja

1- Adubação mineral 3- Biomassa seca total = Partes aéreas + grãosda Soja = 8N + 80P O + 80K O2 5 2

+ micros-Elementos/ha

2 - Estrutura e vida biológica destruídas, pé de grade

Asfixia da Soja

Aração x Rotações

Plantio direto x (Soja + Sorgo)Alternado com (Aração x Arroz

Milho - SojaSoja - Arroz

1 só

cultura

por ano

2 culturas

/1cultura

3186

3054

2118

21674

381,3

61,0

37,8

226,4

(+ 1300 a 2000 kg/ha Sorgo ou Milheto)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; M. Matsubara, Fazenda Progresso; Lucas do Rio Verde/MT, 1986/92

(*) Experimentos conduzidos em condições reais - (Matriz dos sistemas = 180 ha; parcela elementar = 4 ha)

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FIG. 31 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DAS PERFORMANCES DAS CULTURA DA SOJA NOS SISTE- MAS DE CULTURAS DURÁVEIS CRIADOS PELA PESQUISA E CONSEQUÊNCIAS SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA AÉREA E A TAXA DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO -

Latossolos oxidados e hidratados sobre rocha ácida das frentes pioneiras do Centro Norte do Mato Grosso -- Ecologia de florestas e cerrados úmidos -

Situaçãoinicial

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; M. Matsubara, Faz. Progresso; A. Trentini, Cooperlucas; A. C. Maronezzi, Agronorte - MT, 1986/2000

4000

kg/ha

• Rotação com Arroz, Milho• Plantio direto na Soja e Milho• Aração no Arroz

• Plantio direto sobre Soja + Biomassas (Sorgo, Milheto)• Plantio direto no Arroz• Integração Soja + Biomassas e pastagens, em plantio direto (Rotação sobre 3 - 4 anos)

• Plantio direto generalizado x Rotações de todas as culturas + Pastoreio integrado (Arroz, Soja, Algodão, + biomassas de cobertura = Milleto, Sorgo, Pé de galinha, Brachiarias, etc...)

• Pastagem na estação seca,• Biomassas as mais performantes :

• Baixo dos custos e economia de aduboPé de galinha, Brachiaria ruz. Consorciado com Milheto e Sorgo

Biomassa aérea

total t/ha/ano

% M. O. Intervalo avaliado M. O.Baixa tecnologia SojaBaixa tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outrasIntervalo avaliadoprodutividadeAlta Tecnologia SojaAlta Tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outras

Maiores

progressos

tecnológicos

3000

4200

4600

4000

3600

3900

2500

19002000

1400

900700

1300

3000

3600

32003200

2000

2800

2000

10004

% M

. O

. (0

-10 c

m)

33,43,33,0

2,6 2,7 2,82100

4,4 16,0 21,5 21,0 26,5

Monocultura Soja x gradagens

Solos degradados

Produtividadebaixa de Soja :1700 kg/ha

1986 1992 1995 2000

2 culturas anuais/ano

alternadas com

uma só cultura anual

1 Só cultura

anual

2 culturas anuais

em sucessão +

Engorda na estação

seca (1,8 UGB/ha)

13,5

3,2

2,82,3

2,0

17

00

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Situação inicial

8000

kg/ha

• Rotação com Soja• Aração contínua

• Plantio direto sistemas com 2 culturas anuais em sucessão=- Soja e Arroz + Biomassas de cobertura (Milheto, Sorgo, crotalária)

6000

7000

4000

5000

2000

3000

1000

43210

0

7,0 à 8,6 17,3 22,5 20,5 28,4

Arroz cultura de aber-tura das terras novas(Cerrados e florestas)

Qualidade de grãomediocre

Produtividade entre1800 e 2200 kg/ha

Poucos insumos(P, K, N, Ca + Zn)

9,5

• Grão de qualidade

8500

5400

3400

4900

5400

3300

22001800

2,0 1,5

2,5 2,83,2

3,02,42,3

3600

2300

3600

1986 1992 1995 2000

2000

1700

1200900

500

1200

3,6

3,2

% M

. O

. (0

-10

cm

)

1 Só cultura

anual

2 culturas anuais/ano

alternadas com

uma só cultura anual

2 culturas anuais

em sucessão +

Engorda na estação

seca (1,8 UGB/ha)

FIG. 32 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DAS PERFORMANCES DA CULTURA DO ARROZ DE SEQUEIRO NOS SISTEMAS DE CULTURAS DURÁVEIS CRIADOS PELA PESQUISA E CONSEQUÊNCIAS

SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA AÉREA E A TAXA DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO - Latossolos oxidados e hidratados sobre rocha ácida das frentes pioneiras do Centro Norte do Mato Grosso -

- Ecologia de florestas e cerrados úmidos -

% M. O. Intervalo avaliado M. O.Baixa tecnologia SojaBaixa tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outrasIntervalo avaliadoprodutividadeAlta Tecnologia SojaAlta Tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outras

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; M. Matsubara, Faz. Progresso; A. Trentini, Cooperlucas; A. C. Maronezzi, Agronorte - MT, 1986/2000

Biomassa aérea

total t/ha/ano

Maiores

progressos

tecnológicos

• Plantio direto x Rotações de todas as culturas+ Pasto- reio integrado (Arroz, Soja Algodão, + biomassas de cobertura = Milleto, Sorgo, Pé de galinha, Brachiarias, etc...)• Pastagem na estação seca,• Biomassas as mais performantes :

• Qualidade de grão superior a das variedades de arroz irrigado

Pé de galinha + Crotalária; Brachiaria ruz. Consorciado com Milheto e Sorgo

31

00

22

00

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FIG. 33 PRODUTIVIDADE DA SOJA, EM FUNÇÃO: PRODUTIVIDADE DA SOJA, EM FUNÇÃO:

• Da época de plantio• Do nível de correção do solo• Do manejo do solo

• Da época de plantio• Do nível de correção do solo• Do manejo do solo

4000 4000

3000

(100)

(100) (88)

(76)

(81)

(63)

(68)

(58)

(51)

(40)

3000

2000 2000

1000 1000

0 0

PDKg/ha Kg/haPD

xBombaMilheto

Gradex

solo nu

1ª DataOutubro

1ª Data10/10

Nível de correção alta

Nível de correção progressivaNível de correção alta

Nível de correção progressiva

Nível de correção alta

Nível de correção progressiva

( ) Produtividades relativas

( ) Produtividades relativas

• Ecologias de florestas

• Ecologias de florestas e cerrados úmidos

(*) Experimentos de 20 ha conduzidos em condições de exploração reais. Sinop - MT, 1994

(*) Média de 4 experimentos conduzidos em condições de exploração reais 70 ha Sinop e Lucas do Rio Verde, MT, 1994

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac e A. Trentini., 1994

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac e A. Trentini., 1994

Plantio diretosobre

Bomba milheto

Gradagensx

solo nu

2ª Data10/12

3ª Data10/01

Última data60 dias depois- Dezembro -

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5000

4000

3000

2000

1000

0

4487

3980

2903

1199

3705

4785

5086

4044

Plantio precoceinício outubro

sobre aração

PR

OD

UT

IVID

AD

E e

m k

g/h

a

Plantio diretotardio

meio-dezembrosobre

Sesbania sp.SOLO PROTEGIDO

Plantio diretotardio

meio-dezembrosobre

Crotalária s.SOLO PROTEGIDO

Plantio tardiomeio-dezembro

sobre aração mantida

limpa c/ gradagensSOLO NU

Aração x Adubação forte de correçãoAração x Adubação forte de correção

Plantio direto x Adubação forte de correção

Aração x Adubação ce correção progressiva

Plantio direto x Adubação ce correção progressiva

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Trentini, Cooperlucas, Cooasul e Comicel - 1994

Experimentos multilocais conduzidos em condições de lavoura comercialRotação Soja/Arroz- (100 ha) - Cultivar Progresso -

7,96,110,18,221,316,411,59,3CV%

FIG. 34 O PLANTIO DIRETO SOBRE BIOMASSA RECICLADORA: UM SISTEMA MANTENEDOR DA FERTILIDADE SOBRE CULTURA DE ARROZ DE SEQUEIRO - Ecologias dos cerrados úmidos e florestas do Centro Norte Mato Grosso - Sorriso e Sinop - MT/1994

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1FIG. 35 REGRESSÕES ENTRE A QUANTIDADE E NATUREZA DA BIOMASSA SECA

E A PRODUTIVIDADE DA SOJA DE CICLO INTERMEDIÁRIO (CV. Conquista) SOBRE 3 ANOS DE PLANTIO DIRETO - (1997/2000) - AGRONORTE - SINOP/MT, 2000

Milheto - Ymi

Milheto+ Brac. R. - Ymi + B

Sorgo Yso

Sorgo + Brac. R.Yso +B

Pé de galinha - Ypg

Ymi = 0,4456X + 873,86 R = 0,95Ymi + b = 0,5X + 452,58 R = 0,98Ys = 0,3145X + 977,33 R = 0,77Ys + B =0,5646X - 1411 R = 0,87Ypg = 0,551X +381,86 R = 0,93

kg DE BIOMASSA SECA

2000 4000 6000 8000 10000 120000

1000

2000

3000

4000

5000

6000P

RO

DU

TIV

IDA

DE

(k

g/h

a)

(1) 6 Repetições/nível de adubação/cada ano

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

Intervalo de produção de matéria seca/biomassa

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1FIG. 36 REGRESSÕES ENTRE A QUANTIDADE E NATUREZA DA BIOMASSA SECA E A PRODUTIVIDADE DA SOJA DE CICLO MÉDIO (FT 114) SOBRE 3 ANOS

DE PLANTIO DIRETO - (1997/2000) - AGRONORTE - SINOP/MT, 2000

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

kg DE BIOMASSA SECA

(1) 6 Repetições/nível de adubação/cada ano

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000P

RO

DU

TIV

IDA

DE

(kg

/ha)

Milheto - Ymi

Milheto+ Brac. R. - Ymi + B

Sorgo Yso

Sorgo + Brac. R.Yso +B

Pé de galinha - Ypg

Intervalo de produção de matéria seca/biomassa

Ymi = 0,4528X + 2181,6 R = 0,90Ymi + b = 0,2787X + 2110 R = 0,70Ys = 0,629X - 154,63 R = 0,97Ys + B =0,4327X + 978,98 R = 0,80Ypg = 0,5957X + 948,76 R = 0,91

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1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 23 3 3 3 3 3

4000

kg/ha

3000

2000

1000

0

2460

2783

2547 +

7

+1

0

+1

5

+5

+0

,4

+1

8

+1

4 +1

2

+3

6

+7

+1

0

+2

9

+1

5

+4

2

+3

7

1. Adubação = 0N + 40P O + 40 K O + micros2 5 2

1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 23 3 3 3 3 3

4000

5000

kg/ha

3000

2000

1000

0

2552

3276

3166

+2

0

+1

7

+1

5

+1

9

+2

2

+2

1

+1

0

+3

1

+1

7 +4

2

+2

+1

8

+2

0 +4

7

+1

0

Gradagensx

MonoculturaTestemunha

Gradagensx

MonoculturaTestemunha

PDsobre

Milheto

PDsobre

Milheto

PDsobre

Milheto + Brachiaria r.

PDsobre

Milheto + Brachiaria r.

PDsobre Sorgo

PDsobre Sorgo

PDsobre Sorgo

+ Brachiaria r.

PDsobre Sorgo

+ Brachiaria r.

PDsobre

Pé de galinha

PDsobre

Pé de galinha

2. Adubação = 0N + 80P O + 80 K O + micros2 5 2

1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 23 3 3 3 3 3

4000

5000

3000

2000

1000

0

kg/ha

2989

3415

3468

+2

3 +1

6

+1

2

+2

2

+2

3

+1

7

+2

0 +1

5

+1

7

+3

1 +2

2

+1

6

+2

8

+2

3

+1

7

Ganhos de produtividade em relação a testemunha

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

3. Adubação = 0N + 80P O + 80 K O + Termofosfato yoorin 1500 kg/3 anos2 5 2

FIG. 37 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE MÉDIA DA SOJA DE CICLO MÉDIO (FT 114), SOBRE 3 ANOS (1997/2000), EM FUNÇÃO DA NATUREZA E DA QUANTIDADE DE BIOMASSA QUE PRECEDE O PLANTIO DIRETO (PD) DA SOJA - AGRONORTE - SINOP/MT, 1999/2000

Gradagensx

MonoculturaTestemunha

PDsobre

Milheto

PDsobre

Milheto + Brachiaria r.

PDsobre Sorgo

PDsobre Sorgo

+ Brachiaria r.

PDsobre

Pé de galinha

(*) Experimentos, conduzidos em condições de exploração reais, mecanizadas

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Ganhos de produtividade em relação a testemunha

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

FIG. 38 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE MÉDIA DA SOJA DE CICLO CURTO OU INTERMEDIÁRIO (UFV 17 CONQUISTA), SOBRE 3 ANOS (1997/2000), EM

FUNÇÃO DA NATUREZA E DA QUANTIDADE DE BIOMASSA QUE PRECEDE O PLANTIO DIRETO (PD) DA SOJA - AGRONORTE - SINOP/MT, 1999/2000

(*) Experimentos, conduzidos em condições de exploração reais, mecanizadas

1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 23 3 3 3 3 3

1790

2407

2233

+8

+8

+3

+1

7

+1

7

+1

3

+3

6

+1

9

+4

2

+1

6 +1

3 +1

8

+3

8

+2

4

+4

4

kg/ha

3500

3000

2000

2500

1000

1500

0

500

1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 23 3 3 3 3 3

kg/ha

3000

4000

2000

1000

0

+11

+1

2

+2

4

+1

5

+2

5

+7

+4

+7 +1

8

+2

1

+1

0

+11

+1

5

+1

4

+1

9

2360

2728

2984

Gradagensx

MonoculturaTestemunha

Gradagensx

MonoculturaTestemunha

PDsobre

Milheto

PDsobre

Milheto

PDsobre

Milheto + Brachiaria r.

PDsobre

Milheto + Brachiaria r.

PDsobre Sorgo

PDsobre Sorgo

PDsobre Sorgo

+ Brachiaria r.

PDsobre Sorgo

+ Brachiaria r.

PDsobre

Pé de galinha

PDsobre

Pé de galinha

2. Adubação = 0N + 80P O + 80 K O + micros2 5 2

1. Adubação = 0N + 40P O + 40 K O + micros2 5 2

1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 23 3 3 3 3 3

kg/ha

3000

4000

2000

1000

0

+10 +9

2726 29

07 3223

+14

+17 +15

+21

+2

+12

+18

+18 +15

+24

+13

+18 +

18

3. Adubação = 0N + 80P O + 80 KO + Termofosfato yoorin 1500 kg/3 anos2 5 2

Gradagensx

MonoculturaTestemunha

PDsobre

Milheto

PDsobre

Milheto + Brachiaria r.

PDsobre Sorgo

PDsobre Sorgo

+ Brachiaria r.

PDsobre

Pé de galinha

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FIG. 39 PRODUTIVIDADE DA SOJA NOS MELHORES SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO, EM RELAÇÃO A MONOCULTURA COM GRADAGENS -

Produtividademédia

sobre 3 anos

Produtividade

1999/2000

Ganho (%) de

produtividadeem plantio direto

Ganho (%) de

produtividadeem plantio direto

Ciclo curto

Monoculturax

Gradagem

Monoculturax

Gradagem

Monoculturax

Gradagem

Melhoressistemas

plantio direto

Melhoressistemas

plantio direto

Melhoressistemas

plantio direto

Ciclo curto

Ciclo curto

Ciclo curto

Ciclo médio

Ciclo médio

Ciclo médio

Ciclo médio

2143 2691 2952

2233 2984 3223

2607 3075 3399

2957 3503 3742

+ 22 + 14 + 15

+ 32 + 17 + 16

2597 2998 3291

2547 3166 3468

3040 3620 3730

3575 4580 3991

+ 17 + 21 + 13

+ 40 + 45 + 15

(*) Experimentos conduzidos em condições de exploração reais, mecanizadas.

AGRONORTE - SINOP/ MT, 2000

Adubação baixa0N + 40P O + 40K O2 5 2

Adubação média0N + 80P O + 80K O2 5 2

Adubação forte0N + 80P O + 80K O2 5 2

+ termofosfato 1500 kg/3 anos

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

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FIG. 40 EVOLUÇÃO SOBRE 3 ANOS, DA PRODUTIVIDADE DA SOJA EM PLANTIO DIRETO (PD), (Variedades Conquista e FT 114) E DAS MELHORES BIOMASSAS DE COBERTURA

(média do peso seco ao plantio de Pé de Galinha; Sorgo, Milheto + Brachiaria ruz.) -Ecologia das florestas do Centro Norte do Mato Grosso - Sinop/MT - 1997/2000

PR

OD

UT

IVID

AD

E E

M k

g/h

a

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac,CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT, 1997/2000

Ganhos de produtividade (%)em relação à testemunha

9200

4800

8000

1140012500

9500

2000

4000

6000

8000

10000

12000

1790

2064

2360

2460

2207

2648

2728

3055

2783

3126

3276

3786

2233

3111

2984

3521

2547

3459

3166

4432

2765

2552

3071

2839

0

1997/1998

CV. CONQUISTA CV. CONQUISTA CV. CONQUISTACV. FT 114 CV. FT 114 CV. FT 114

(T) Gradagens x Monocultura x 0N + 40P O + 40 K O + micros

2 5 2

Plantio direto x 0N + 40P O + 40 K O + micros

2 5 2

(T) Gradagens x Monocultura x 0N + 80P O + 80 K O + micros

2 5 2

Plantio direto x 0N + 80P O + 80 K O + micros

2 5 2

1998/1999

ANOS

1999/2000

15%

20%

12%

20%

18%

12%

12%

16%

39%

18%

36%

40%

T T T T T T T T T T T T

Peso seco biomassa x nível baixo de adubação

Peso seco biomassa x nível médio de adubação

Ganhos de produtividade (%), emrelação à testemunha preparada (T)

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FIG. 41 PERFORMANCES MÉDIAS REGIONAIS DE 1997 A 2000, DAS MELHORES VARIEDADES AGRONORTE DE ARROZ DE SEQUEIRO DE QUALIDADE SUPERIOR DE GRÃO , NO ESTADO DO MATO GROSSO, EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO -

AGRONORTE - SINOP/MT - 2000

• Alta tecnologia

• Baixa tecnologia

6066

4921

115a

179

11

6698S.

110a

167

11

5620C. V.

107a

148

10

5525S.

114a

131

11

5513S.

81a

142

10

4822C. N. P.

107a

145

11

6375C. P.

109a

139

10

6299C. N. P.

102a

124

7

7023S.

94a

126

11

5768C. N. P.

90a

121

7

6273S.

5403

4872

4925

3940

4851

4011

4486

3545

6044

5150

5862

5059

5751

5031

5412

4817

5328

5127

Intervalo1

% das testemunha

Nº de experimentos

Campos experimentais

1. Testemunhas:

2. Produtividade máxima registrada em área comercial Best 2000 em 1998/99= 8500 kg/ha, em Campo Novo dos Parecis

1997/98 CIRAD 141

1998/99 Ciclos curtos e intermediários = Best 3; Ciclos médios = CIRAD 141

1999/2000 Ciclos curtos e intermediários = Primavera; Ciclos médios = Maravilha

S. = Sinop; C. V. = Campo Verde; C. N. P. = Campo Novo dos Parecis

2Produtividade máxima

eCampo experimental

8FA 281-2 YM 94 Cedro 8FA 337-1 Sucupira YM 200 YM 198 YM 114 YM 65 Best 2000

Variedades de ciclo curto a intermediário95 a 110 dias

Variedades de ciclo médio115 a 130 dias

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., Rodrigues F. G., AGRONORTE - Sinop/2000

Produtividade média - kg/ha

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FIG. 42 INTERAÇÕES “GENÓTIPOS ARROZ DE SEQUEIRO x MODOS DE GESTÃO DO SOLO”

AGRONORTE - SINOP/MT - 1999

1000 1000

2000 2000

3000 3000

4000 4000

5000 5000

6000

Kg/ha Kg/ha

No

tas

1

do

en

ça

s

No

tas

1

do

en

ça

s

6000

Plantio direto

Brusone no pescoço Mancha de grãos

Aração

6 6

5 5

4 4

3 3

2 2

1 1

0 0

4740

3440

2,5 2,5 2,5

2,5 2,5

5,5

6,5

3,5

3,5 3,5

2,0

1,5

1,5

1,5 1,5 1,5

1,5

1,5 1,5

0,5 0,5

1,5

0,5

1 Doenças notadas 0 (imune) a 9 (destruição total)

(*) Déficit hídrico de final de ciclo mais marcante em 1998/99

0,5

5846

4204

5685

4836 4857

4070

5112

3362

5105

1223

0 0

BEST 2000BEST 2000 8FA 281-2 8FA 281-2 BSL 47-12BSL 47-12

1998/991997/98

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA-GEC; A. C. Maronezzi, E. Trevisan, M. Bianchi, AGRONORTE - SINOP/MT - 1999

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)

)

3500

Kg/ha

FIG. 43 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DA SOJA (Cultivar Emgopa 313), EM FUNÇÃO DE DIVERSOS MODOS DE GESTÃO DO SOLO E DAS CULTURAS

- Ecologia das florestas úmidas do sul da Amazônia - - Latossolos amarelos sobre rocha ácida -

AGRONORTE/CIRAD - SINOP/MT - 1995/98

3000

2500

20001934

2268

2544

3024

3169

3399

3458

2014

2916

3277

3517

3696

15001996/971996/97

1 - Nível de Adubação

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 1995/98

• Adubação não limitante - 80P O + 80 K O/ha + 1500 kg Termofosfato + 150 kg KCl/3 anos2 5 2

• Nível médio de Adubação - 80P O + 80 K O/ha2 5 2

• Nível baixo de Adubação - 40P O + 40 K O/ha2 5 2

1997/98 1998/99

1Gradagens x Monocultura x Adubação não limitante

Plantio direto sobre Tifton x Adubação não limitante

Plantio direto sobre Tifton Nível médio de adubação x

Plantio direto sobre Tifton Nível baixo de adubação x

Gradagens x Monocultura médio de x Nível adubação

Gradagens x Monocultura Nível baixo de adubação x

ANO SECO

2589

2743

2956

316131823270

M. O. %

0 - 10

2,2

0 - 1010 - 20

2,1

10 - 20

Após 3 anosInício 1996/97

Gradagens x Monocultura

Plantio direto x Tifton

1,8

3,1

1,9

2,5

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3000

3500

4000

4500

5000

5500

6000

6500

7000

7500

AGRONORTE/CIRAD - SINOP/MT - 1995/98

2 - Níveis de Adubação:1 - Cultivar BR 205 em 1996/97; Cultivar XL 345 em 1997/98 e 1998/99

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 1995/98

• Adubação não limitante - 110N + 80P O + 80 K O/ha + 1500 kg Termofosfato + 150 kg KCl/3 anos2 5 2

• Nível médio de Adubação - 100N + 80P O + 80 K O/ha2 5 2

• Nível baixo de Adubação - 55N + 40P O + 40 K O/ha2 5 2

ANOSECO

1996/97 1997/98 1998/99

Kg/ha

3484

4375

4792

49095114

5141

5946

6050

5200

5892

6480

6656

7548

4354

5042

5501

5731

6234

1FIG. 44 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DO MILHO , EM FUNÇÃO

DE DIVERSOS MODOS DE GESTÃO DO SOLO E DAS CULTURAS - Ecologia das florestas úmidas do sul da Amazônia -

- Latossolos amarelos sobre rocha ácida -

1Gradagens x Monocultura x Adubação não limitante

Plantio direto sobre Arachis P. x Adubação não limitante

Plantio direto sobre Arachis P. Nível médio de adubação x

Plantio direto sobre Arachis P. Nível baixo de adubação x

Gradagens x Monocultura médio de x Nível adubação

Gradagens x Monocultura Nível baixo de adubação x

M. O. %

0 - 102,2

0 - 102,8

10 - 202,1

10 - 202,2

Após 3 anosInício 1996/97

Plantio direto x Arachis P.

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0

1000

EVOLUÇÃO DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO

Camada

Camada

Camada

pHágua

pHCaCl2

pHCaCl2

M. O.%

M. O.%

M. O.% P(ppm)

4,8

3,5 15,6

2,6

3,3

2,5

2,0

1,3

3

4,44

5,2

1,56

2,5

1,2

1,3

10,84

7,2

7,96

7,2

6,4

0,1

0

0,7

0,5

0,3

P (Mehlich)(ppm)

S meq/100g

S

meq/100g

Ca + Mgmeq/100g

CTCmeq/100g

CTC

Almeq/100g

Al

V%

V%

V%

2000

3000

4000

5000

kg/ha

5040

4500

CIR

AD

14

1

CIR

AD

14

1

CIR

AD

14

1

DO

KO

RC

PA

IAG

S

GA

A B

RA

NC

A

TU

CA

NO

FT

10

6

Latossolo hidratado- Fazenda Taffarel - Trópicos Úmidos - Sinop/MT, 1998

Ano 1 - Arrozde sequeiro

Ano 1 - Arrozde sequeiro

4800

2640

3660

3000 3060 3240 33243120

Ano 3• Soja Doko+ (Milho + Brachiaria R)

Ano 4• Soja (4 cultivares)+ (Milho + Brachiaria R)

Ano 3antes da

Soja

Ano 4após

colheitado milho

Ano 5após

colheitado arroz

5,8

4,5

5,5

4,1

4,5

4,3

15,1

40,9

72,1

19,5

34,6

0-20 cm

0-5 cm

0-5 cm

5-20 cm

5-10 cm

10-20 cm

3,44

Ano 2 - Arrozde sequeiro

FIG. 45 PRODUTIVIDADE DAS CULTURAS APÓS UM DESMATAMENTO MENOS DESTRUIDOR SEM APLICAÇÃO DE CORRETIVO

FONTE: W. et J. Taffarel - :. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD CA - GEC; Sinop/MT, 1998

Arroz

Soja

Milho +

Brachiaria ruz.

Noprimeirocultivo

M. O. %

• 0-10 cm =2,50

• 10-20 cm = 1,42

Situaçãode início

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FIG. 46 CUSTOS DE PRODUÇÃO (em US$/ha) DA CULTURA DE ARROZ DE SEQUEIRO E PRODUÇÃO DE EQUILÍBRIO PARA COBRIR OS CUSTOS (em sacos de 60 kg/ha), NAS FRONTEIRAS

AGRÍCOLAS DO CENTRO NORTE DO ESTADO DO MATO GROSSO - Sinop/MT - 1987/2000

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV - A. C. Maronezzi, Agronorte; Cooperlucas; Cooasol; Comicel; Prefeitura de Sinop - Sinop/MT - 1987/2000

ANOS

SA

CO

S D

E 6

0 k

g/h

a

US

$/h

a

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

Custos de Produção x Alta TecnologiaCustos de Produção x Baixa TecnologiaProdução de Equilíbrio x Alta TecnologiaProdução de Equilíbrio x Baixa Tecnologia

1997 1998 1999 2000

20

40

60

80

100 800

600

400

200

00

ProdutividadeArroz x PC

1800 a 2500 kg/ha

ProdutividadeArroz x PC

3500 a 4500 kg/haQualidade

ProdutividadeArroz x PD

4000 a mais de 7000 kg/haQualidade

PC = Plantio ConvencionalPD = Plantio Direto

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1FIG. 47 EVOLUÇÃO DOS PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES PARA AS PRODUÇÕES

PRINCIPAIS DE ARROZ E SOJA SOBRE AS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS DO CENTRO NORTE DO ESTADO DO MATO GROSSO - Sinop/MT - 1987/2000

14

12

10

8

6

4

2

01987

1 - Período Fevereiro - Março, a cada ano

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV - A. C. Maronezzi, Agronorte; Cooperlucas; Cooasol; Comicel; Prefeitura de Sinop - Sinop/MT - 1987/2000

1988 1989 1990 1991 1992

ANOS

US

$/S

AC

O D

E 6

0 k

g

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Arroz comum

Arroz longo fino

Soja

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FIG. 48 CUSTOS DE PRODUÇÃO DA CULTURA DA SOJA E PRODUÇÃO DE EQUILÍBRIO PARA COBRIR OS CUSTOS (em sacos de 60 kg/ha), NAS FRONTEIRAS

AGRÍCOLAS DO CENTRO NORTE DO ESTADO DO MATO GROSSO - Sinop/MT - 1987/2000

(em US$/ha)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV - A. C. Maronezzi, Agronorte; Cooperlucas; Cooasol; Comicel; Prefeitura de Sinop - Sinop/MT - 1987/2000

ANOS

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

Custos de Produção x Alta Tecnologia x Plantio direto (PD)Custos de Produção x Baixa Tecnologia x Plantio Direto (PD)

Produção de Equilíbrio x Baixa Tecnologia

Custos de Produção x Baixa Tecnologia x Plantio Convencional (PC)Produção de Equilíbrio x Baixa Tecnologia x Plantio Convencional (PC)

x Plantio direto (PD)Produção de Equilíbrio x Alta Tecnologia x Plantio direto (PD)

1997 1998 1999 2000

SA

CO

S D

E 6

0 k

g/h

a

20

10

40

30

50

60

70

80

0

US

$/h

a300

400

500

200

100

0

Produtividade x PDx Cobertura morta2600 a 4200 kg/ha

Produtividade x PC2000 a 3000 kg/ha

PC = Plantio ConvencionalPD = Plantio Direto

Produtividade x PDx Cobertura viva

3200 a 4600 kg/ha + Produção de Carne

na seca

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FIG. 49 CUSTOS DE PRODUÇÃO DETALHADOS E MARGENS LÍQUIDAS (en US$/ha), DA VARIEDADE DE SOJA CONQUISTA, DE CICLO INTERMEDIÁRIO (110 dias),

EM FUNÇÃO DE 3 MODOS DE GESTÃO DO SOLO - Latossolo vermelho-amarelo sobre rocha ácida -

AGRONORTE - SINOP/MT - /2000

1Custos de produção Margens líquidas

4128 kg/ha3687 kg/ha2995 kg/ha)

)

)

425414

366

Gradagensx

Monocultura

Plantio diretoapós

Soja+Milheto+Brach.

Plantio diretosobreTifton

EM

US

$/h

a

0

100

200

300

400

COBERTURA MORTA

COBERTURA VIVA

107

7070

191197

164

2530

57

55

117

122

223

113

2

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

Pré plantio

Plantio + sementes + adubos + herbicida total se necessário

Custos de colheita, de transporte, custos fixos, custos de administração

Desenvolvimento = Herbicidas pré, pós, Inseticidas,

Preparo do solo + corretivos, no convencionalSemeio cobertura + dessecação, no plantio direto

(*) Resultados obtidos a nível de lavoura comercial

(1)

Preço pago 8,27 US$/saco 60 kg

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GRADAGENS x MONOCULTURA PLANTIO DIRETO SOBRE TIFTON

1000

-150

-100

-50

50

100

150200

250

300

0

1500

2000

2500

3000

3500

4000

3182

+23+64

+16

+92 +107

+231+254

+157 +142

+241

+113

+280

+176

-48-58

+87

+4

- 117- 117

31613024

2916

3517

2743

3270

2544

3458

2414

3696

2589

2956

2268

3169

1934

32773399

ADUBAÇÃO NÃO LIMITANTE

ADUBAÇÃO NÃO LIMITANTE

0N + 170P O + 110 K O + E.2 5 2 micros

0N + 170P O + 110 K O + E.2 5 2 micros

0N + 80P O + 80 K O + E.2 5 2 micros

0N + 80P O + 80 K O + E.2 5 2 micros

0N + 40P O + 40 K O + E.2 5 2 micros

0N + 40P O + 40 K O + E.2 5 2 micros

ADUBAÇÃO MÉDIA

ADUBAÇÃO MÉDIA

ADUBAÇÃO BAIXA

ADUBAÇÃO BAIXA

ANO 1 (2)

ANO 1 (2)

ANO 1 (2)

ANO 1 (2)

ANO 1 (2)

ANO 1 (2)

ANO 2 SECO

ANO 2 SECO

ANO 2 SECO

ANO 2 SECO

ANO 2 SECO

ANO 2 SECO

ANO 3

ANO 3

ANO 3

ANO 3

ANO 3

ANO 3

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 1995/98

(1)MARGENS LÍQUIDAS

PRODUTIVIDADE

FIG. 50 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE E DA MARGEM LÍQUIDA DA SOJA (Cultivar Emgopa 313)EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS - 1996/99

Ecologias das florestas e cerrados úmidos do sul da Amazônia - Sinop/MT

Kg/ha

US$/ha

(1) Preço pago por saco de 60 kg - 1996/97 =10,5 US$, 1997/98 = 11,0 US$; 1998/99 = 9,0 US$

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(1)FIG. 51 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE E DA MARGEM LÍQUIDA DO MILHO EM

FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS - 1996/99

GRADAGENS x MONOCULTURA PLANTIO DIRETO SOBRE Arachis P.

ADUBAÇÃO NÃO LIMITANTE

ADUBAÇÃO NÃO LIMITANTE

80007548

5892

+98

+23 +11 +24

+159

+116+80 +64

+115

+294

+197

+82

+190

+92

+173

-11

-138 -133

5141 5114

6735 67086480

52004901

5946 5904

63366656

4735 4792

6050

4960

5832

7000

6000

5000

4000

300

250200

150100

50

-50

-100

-150

0

ANO 1 (2)

ANO 1

ANO 1 (2)

ANO 1

ANO 1 (2)

ANO 1

ANO 2 SECO

ANO 2

ANO 2 SECO

ANO 2

ANO 2 SECO

ANO 2

ANO 3

ANO 3

ANO 3

ANO 3

ANO 3

ANO 3

120N + 170P O + 110 K O + micros E.2 5 2

120N + 170P O + 110 K O + micros E.2 5 2

100N + 80P O + 80 K O + micros E.2 5 2

100N + 80P O + 80 K O + micros E.2 5 2

50N + 40P O + 40 K O + micros E.2 5 2

50N + 40P O + 40 K O + micros E.2 5 2

ADUBAÇÃO MÉDIA

ADUBAÇÃO MÉDIA

ADUBAÇÃO BAIXA

ADUBAÇÃO BAIXA

Ecologias das florestas e cerrados úmidos do sul da Amazônia - Sinop/MT

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 1995/98

(1) Variedades - 96/97 = BR 205; 97/98 = 98/99 XL 345; 98/99 = AVANT - (2) Controle deficiente do Arachis(3) Preço pago por saco de 60 kg - 96/97 = 6,0 US$, 97/98 et 98/99 = 5,5 US$

PRODUTIVIDADEKg/ha

(3)MARGEM LÍQUIDA

US$/ha

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FIG. 52 INTEGRAÇÃO DE TODAS AS CULTURAS EM SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO DIVERSIFICADOS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS OU INTEGRADOS COM A PECUÁRIA. + • CRIAÇÃO DE MATERIAL GENÉTICO COM ALTO VALOR AGREGADO NOS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO Écologia das florestas e cerrados do Mato Grosso - MT/2000

Performances das culturasnos sistemas de cultivo

em plantio direto

SOJA + SAFRINHA + ENGORDA NA SECA

SOJA SOBRE COBERTURA VIVA DE TIFTON

• 3200 a 4600 kg de Soja

+1 a 1,5 UGB/ha, 90 dias de estação seca

ARROZ DE SEQUEIRO DE ALTA TECNOLOGIA

- 4200 a > 7000 kg/ha

ARROZ DE SEQUEIRO DE ALTA TECNOLOGIA

como reforma de pasto

- 3000 a 4000 kg/ha

ALGODÃO COMO CULTURA PRINCIPAL

- 3000 a > 5000 kg/ha

1

1

• ALGODÃO COMO SAFRINHA

Sobre forte biomassa ou em sucessçaõ

de Soja ou Arroz, de ciclo curto

- 2400 à >3000 kg/ha

• 4000 a 4600 kg/ha soja +

• 1500 a 3500 kg/ha safrinha (Sorgo, Milheto, Pé de galinha) +

• 1 a 1,5 UGB/ha, 90 dias de estação seca

Custo (C)US$/ha

450a

520

300a

380

420a

630

450a

550

900a

1300

500a

650

150a

350

200a

400

100a

500

100a

150

100a

400

200a

600

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD-CA/ GEC; N. Maeda, M. A. Ide, A. Trentini, Grupo Maeda; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT, 2000

1 - Safrinha = Cultura de sucessão, com insumos mínimos ou sem insumos -

1,3a

3,4

0,75a

1,9

0,84a

6,3

3,0a

5,5

2,25a

13

0,8a

3,2

Benefício(B) US$/ha

C/B

(*) Sistemas ainda não difundidos (Reprodutíveis, apropriáveis)

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Critérios deavaliação

Área (ha) trabalhadapor trator de 90 HP

163,6 276,9 + 70%

Índice HP/ha

Índice linha/ha 47,7 68,0 + 43,4%

0,556 0,325 + 70%

Área (ha) plantada porplantadeira de 9 linhas

426,6 612,0 + 43,4%

Investimentos em tratores (US$/ha)

271,0 158,6 - 41,4%

Investimentos emplantadeira (US$/ha)

32,8

(1) Fonte: Prof. Luiz Vicente Gentil, Monsanto, Semeato, Fundação MT - Rondonópolis - MT - 1995

29,4 - 10,3%

Preparo mecanizadoconvencional

Plantio direto

Diferença%

FIG. 53 Rendimentos dos equipamentos e índices técnico-econômicos comparados entre sistema convencional e plantio direto sobre 38 000 ha no estado do Mato Grosso [Rondonópolis, 1995 (1)]

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FIG. 54 EVOLUÇÃO DA ÁREA PLANTADA DE SOJA NO ESTADO DO MATO GROSSO E DE SUA PRODUTIVIDADE MÉDIA NO

ESTADO, NA REGIÃO CENTRO NORTE E NO BRASIL - 1998

3000

Área plantada

Produtividade Brasil

Produtividade Mato Grosso

Produtividade Região

Centro Norte2500

2000

1500

1000

500

PR

OD

UT

IVID

AD

E -

kg

/ha

ÁR

EA

PL

AN

TA

DA

NO

M

AT

O G

RO

SS

O (

x 1

000 h

a)

89 90

IBGE/LSPA = Dados sobre o Brasil e o Estado do Mato GrossoFONTE (1) Estimativas = Extraídos de dados da Emater, Secretarias de agricultura dos principais municípios,

produtores do Centro Norte do Estado, Cooperativas.

91 92

ANOS

93 94 95 96 97 98 990

500

1000

1500

2000

2500

3000

0

1

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0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3519

50944800

4594

3300

Região Norte1140 ha

(1)Best III

55 ha

(1)Tolimà 641 ha

CIRAD 141300 ha

Região Oesteseca

Todas as regiões7139 ha

37 PRODUTORES

1996/1997 1997/1998

12 PRODUTORES

FIG. 55 PRODUTIVIDADE DO ARROZ DE SEQUEIRO DE ALTA TECNOLOGIA EM DIVERSAS ECOLOGIAS DO ESTADO DO MATO GROSSO-MT - (Trópicos Úmidos) - 1996/98

• Cultivar CIRAD 141Região norte

13,0CV %

PR

OD

UT

IVID

AD

E e

m k

g/h

a

(1) Variedades AGRONORTE

FONTE: AGRONORTE; CIRAD CA - GEC; Sorriso/MT, 1998

9,4 16,2 7,8 14,2

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FIG. 56 EVOLUÇÃO DAS PERFORMANCES MÉDIAS AGRO-ECONÔMICAS DO ALGODOEIRO, SOBRE 4 ANOS, EM FUNÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS - Ecologia das florestas tropicais e latossolos sobre basalto do sul do Estado de Goiás - Centro-Oeste Brasil.

500 1000

PRODUTIVIDADE em kg/haCUSTOS DE PRODUÇÃO

US$/haMARGENS LÍQUIDAS

US$/haPREÇO PAGO POR @

US$

Aração (AR.) Plantio Direto (PD.)1500 2000 2500 3000

993

985

832

914

923 6,70

969 8,74

882 8,50

816 7,88

AR

AR

AR

AR

AR

AR

AR

AR

196

706

-231

-106

220

568

-294

-285

PD

PD

PD

PD

PD

PD

PD

PD

489

898

0

202

506

815

11

-78

+17%

+18%

+15%

+10%

+33%

+66%

+26%

+17%

0

1995/96

1996/97

1997/98

1998/99

SOLO POUCO ERODIDO SOLO MUITO ERODIDO

Aração (AR)

Plantio direto (PD)

Ganhos de produtividade em %

Aração (AR)

Plantio direto (PD)

Ganhos de produtividade em %

FONTE: E. Maeda, M. Esaki, GRUPO MAEDA; L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; Porteirão/GO, 1995/1999

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1FIG. 57 DESINTOXICAÇÃO DO SOLO POLUÍDO PELO HERBICIDA BORAL COM DIVERSAS PALHADAS DE SAFRINHAS, EM PLANTIO DIRETO

Fazenda Cabeceira - Ituverava/SP - 1999

2500

2000

1500

1000

500

01 - Boral princípio ativo = Sulfentrazone

• Boral aplicado em 1996/97 -• Adubação padrão - 85N + 50P O + 100K O + micro/ha2 5 2

(*) Experimento conduzido em condições de lavoura comercial

2 - Referência (T)

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha

)

1912 19222060

2240

2748

2330

27382658

Soja + Milheto Soja + Guandú Soja + Crotalaria 2Soja + Sorgo(T)

DELTAOPAL SICALA 32

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA-GEC; A. Trentini, M. A. Ide, - Grupo Maeda - Ituverava/SP - 1999

100 100100 8884757270

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EVOLUÇÃO DA MATÉRIA SECA DE SORGO GUINEA SOBCULTIVO DE ALGODÃO EM PLANTIO DIRETO E

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DE Cyperus rotondusEM FUNÇÃO DO MODO DE GESTÃO DO SOLO

- Latossolos sobre basaltos - Ituverava - SP

Matéria secade Sorgo

guinea (t/ha)

(1) Reinfestação por manchas Cyperus amarelo, definhado, debilitado

(2) Reinfestação uniforme Cyperus verde escuro, muito vigoroso.

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac CIRAD CA - GEC; Grupo Maeda - SP, 1998

12,9 8,44 16,3 73

Antes do plantio direto

do Algodão

Na colheita

doAlgodão

(1)No plantio diretosobre cobertura

restante deSorgo G.

Na aração(2)

profundax

monocultura

População de Cyperus rotondusna colheita do algodão

2(número de plantas/m )

FIG. 58

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)

)

0

200

400

600

800

1000929

377

427445

287287301

127

135 135

4040

124

(1)Pré plantio

Plantio + sementes + adubos + herbicida total se necessário

Custos de colheita, de transporte, custos fixos, custos de administração

Desenvolvimento = Herbicidas pré, pós, capinas, coberturas N, K, Inseticidas, Pix

Preparo do solo + corretivos, no convencionalSemeio cobertura + dessecação, no plantio direto

(*) Resultados obtidos a nível de lavoura comercial

889 905

DP 90

FIG. 59 CUSTOS DE PRODUÇÃO DETALHADOS E MARGENS LÍQUIDAS EM US$/ha DE DUAS VARIEDADES DE ALGODÃO EM FUNÇÃO DE DOIS SISTEMAS DE GESTÃO DO SOLO - LATOSSOLO SOBRE BASALTO DEGRADADO PELA EROSÃO, EM BAIXO DO DECLIVE - FAZENDA SANTA JACINTA - ITUVERAVA, SP - 1998

EM

US

$/h

a

DP 90 CS 8S

Aração profunda Plantio direto

CUSTOS DE PRODUÇÃO (1)

MARGENS LÍQUIDAS

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Ide M. A., Trentini A., GRUPO MAEDA - Ituverava, SP

867782

419

2380 kg/ha 2950 kg/ha 3128 kg/ha

Preço pluma 22,4 US$/@

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FIG. 60 CUSTOS DE PRODUÇÃO E MARGENS LÍQUIDAS (em US$/ha), DO ALGODOEIRO (CV. DELTA OPAL), SOB 3 MODOS

DE GESTÃO DO SOLO - Latossolo vermelho-escuro sobre basalto -

Fazenda Santa Bárbara - Grupo Maeda - Ituverava/SP, 1999/2000

1Custos de produção Margens líquidas

PREPARO CONVENCIONAL PLANTIO DIRETO

Monocultura Após Soja + Sorgo

Após Soja + Sorgo

(1)Pré plantio

Plantio + sementes + adubos + herbicida total se necessário

Custos de colheita, de transporte, custos fixos, custos de administração

Desenvolvimento = Herbicidas pré, pós, capinas, coberturas N, K, Inseticidas, Pix

Preparo do solo + corretivos, no convencionalSemeio cobertura + dessecação, no plantio direto

(*) Resultados obtidos a nível de lavoura comercial Preço pluma 16,75 US$/@

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maeda N., Ide M. A., Trentini A., GRUPO MAEDA - Ituverava, SP

1000

800

600

EM

US

$/h

a

400

200

0

926,7 936,5893,1

263,3273,1

290

373,5

188236,4

236,4

71,8 71,8 41,6

355,2355,2

2939 kg/ha2686 kg/ha2559 kg/ha

371,5

222,4

130,2

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,

,

,

1994/95 1995/96 1996/9760

70

80

90

100

110

120

130

140

0,3

0,32

0,34

0,36

0,38

0,4

0,42

0,44

0,46

0,48

LITROS/ha PREÇO/L,

US

$/ L

LIT

RO

S/h

a

FIG. 61 EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE DIESEL (L/ha) E DO SEU PREÇO/L - FAZENDA CANADÁ - GRUPO MAEDA - 1994 a 1997 -

FONTE: Grupo Maeda - Dr. Alceu Massanori Ikeda - Itumbiara - GO - 1997

93

117

132

0,33

0,35

0,37

70

89

10

0

4054 ha3407 ha3407 ha

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ÉVOLUTION DE LA PRODUCTIVITÉ DU MAÏS, EN FONCTION DU MODE DE GESTION DU SOL ET DES CULTURES, EN CULTURE MANUELLESols ferrallitiaues et volcaniques des hauts plateaux malcaches - Antsirabé, 1994/99

FIG. 62 EVOLUÇÃO DAS PRODUTIVIDADES MÉDIAS DE MILHO EM FUNÇÃO DO MODO DE GESTÃO DO SOLO E DAS CULTURAS, EM CULTURA MANUAL Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1995/99

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES SOBRE SOLOSÁCIDOS DE BAIXA FERTILIDADE

Plantio direto - Milho + Leguminosas associadasPlantio direto - Milho + Leguminosas associadas+ “ecobuage”Aração - Milho cultura pura

6000 6000 6000

5000 5000 5000

4000 4000 4000

3000 3000 30003000 3000 3000

2000 2000 2000

1000 1000 1000

0 0 0

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha)

1995/96 1995/96 1995/961996/97 1996/97 1996/971997/98 1997/98 1997/981998/99 1998/99 1998/99

5 t/ha Esterco 5 t/ha Esterco + 500 kg/ha/ano CalcárioDolom. + 100N + 68P O + 48K O/ha/ano2 5 2

5 t/ha Esterco + 2000 kg/ha/3 anos CalcárioDolom. + 130N + 136P O + 96K O/ha/ano2 5 2

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

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0 01998/99 1998/99 1998/991997/98 1997/98 1997/981995/96 1995/96 1995/961996/97 1996/97 1996/97

ÉVOLUTION DE LA PRODUCTIVITÉ DU MAÏS, EN FONCTION DU MODE DE GESTION DU SOL ET DES CULTURES, EN CULTURE MANUELLESols ferrallitiaues et volcaniques des hauts plateaux malcaches - Antsirabé, 1994/99

FIG. 63 EVOLUÇÃO DAS PRODUTIVIDADES MÉDIAS DE FEIJÃO EM FUNÇÃO DO MODO DE GESTÃO DO SOLO E DAS CULTURAS, EM CULTURA MANUAL Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1995/99

Feijão x Plantio direto x Sucessão Aveia + Feijão

Feijão de final de ciclo x Aração

5 t/ha esterco5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calcário

Dolom. + 30N + 68P O + 48K O/ha/ano2 5 2

5 t/ha esterco + 2000 kg/ha/3 anos CalcárioDolom. + 60N + 136P O + 96K O/ha/ano2 5 2

500 500 500

1000 1000 1000

1500 1500 1500

2000 2000 2000

2500 2500 2500

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha

)

0

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES SOBRE SOLOSÁCIDOS DE BAIXA FERTILIDADE

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2500 2500 2500

3000 3000 3000

2000 2000 2000

1500 1500 1500

1000 1000 1000

500 500 500

0 0 0

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha)

1995/96 1995/96 1995/961996/97 1996/97 1996/971997/98 1997/98 1997/981998/99 1998/99 1998/99

Soja x Plantio direto no KikuyuSoja x Plantio direto x sucessão Soja + AveiaSoja x Aração x rotação com Milho

ÉVOLUTION DE LA PRODUCTIVITÉ DU MAÏS, EN FONCTION DU MODE DE GESTION DU SOL ET DES CULTURES, EN CULTURE MANUELLESols ferrallitiaues et volcaniques des hauts plateaux malcaches - Antsirabé, 1994/99

FIG. 64 EVOLUÇÃO DAS PRODUTIVIDADES MÉDIAS DE MILHO EM FUNÇÃO DO MODO DE GESTÃO DO SOLO E DAS CULTURAS, EM CULTURA MANUAL Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1995/99

5 t/ha esterco5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calcário

Dolom. + 30N + 68P O + 48K O/ha/ano2 5 2

5 t/ha esterco + 2000 kg/ha/3 anos ClacárioDolom. + 60N + 136P O + 96K O/ha/ano2 5 2

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES SOBRE SOLOSÁCIDOS DE BAIXA FERTILIDADE

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250

Dia

s/h

a

200

150

100

50

0

ARAÇÃO

MÍNIMO

FIG. 65 TEMPOS GASTOS NAS OPERAÇÕES MANUAIS POR ITINERÁRIO TÉCNICO EM DIAS/ha EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS - Latossolos e solos vulcânicos das altas terrras de Madagascar - Antsirabé, 1994/99

MÁXIMO

PLANTIO DIRETO

“ECOBUAGE”

Milho

Trigo Milho Arroz SojaFeijão

MilhoArroz

Todas as operações manuais

- Preparo da parcela para plantio- plantio- Capinas- Colheita

190

225

176

162

7280

9082

93102

8876

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

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FIG. 66 COMPARAÇÃO DOS TEMPOS MÉDIOS GASTOS NAS OPERAÇÕES EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS NA SOJA, NO MILHO E NO TRIGO. - Latossolos e solos vulcânicos das altas terras de Madagascar - Antsirabé, 1994/99

FAZENDA ANDRANOMANELATRASOLO DE BAIXA FERTILIDADE

CULTURA DO TRIGO

250

200

150

121

190 189

210

56

53

4738

62

42

10

65

40

50

62

3051

2520

51

5025

12

4444

6 6

64

40

50

81 8686 94

DIA

S/h

a

100

50

0

CULTURA DO MILHO CULTURA DA SOJA

Preparação parcela

Implantaçãoda cultura

Manutenção(capinas, pesticidas)

Colheita

Pantio diretox

Coberturasmorta, viva

Plantio diretox

Cobertura morta

Plantio diretox

Cobertura morta

Plantio diretox

Cobertura viva

AraçãoLabourAração

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

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FIG. 67 CUSTOS DE PRODUÇÃO DAS CULTURAS DE MILHO, SOJA E FEIJÃO EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS EM AGRICULTURA MANUAL - Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1997/98

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES: Solos ácidos de baixa fertilidade natural

Sistema tradicional com aração1

Plantio direto

Mão de obra Insumos

2500 2500 2500

2000 2000 2000

1500 1500 1500

1000 1000 1000

FR

AN

CO

S M

AL

GA

CH

ES

(F

mg

) x

10

00

/ha

500 500 500

0 0 0

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

SojaSojaSoja

1060

1292

896++++

+++++

+

+++++++

++++++++++++++++++

+++++++++++++++++

++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++++

+++++++++++++++++++++++

+++++++++

++++++

++++++++++++++++

+++++++++++++++

+++++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++++

++++++++++++++++

++++++++

1052

1264

2076 20601975

1763

2239

2453

2082

2478

2142

2494

16631724

708

MilhoMilhoMilho FeijãoFeijãoFeijão

5 t/ha esterco

1. Média dos melhores sistemas

(Fmg = Franco de Madagascar)Em 1997/98, 1FF = 921 Fmg - 1 US$ 5526 Fmg

~

328344

616

346

740

348

820

364

636

365

765

352

826

366

638

368

800740

5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calc. Dolom.+ 100N + 68P O + 48K O/ha/ano - Milho2 5 2

+ 30N + 68P O + 48K O/ha/ano - Leg.2 5 2

5 t/ha esterco +2000 kg/ha/3 anos Calc. Dolom.+ 130N + 136P O + 96K O/ha/ano - Milho2 5 2

+ 60N + 136P O + 96K O/ha/ano - Leg.2 5 2

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FIG. 68 MARGENS LÍQUIDAS DAS CULTURAS DE MILHO, SOJA E FEIJÃO EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS EM AGRICULTURA MANUAL - Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1997/98

2088

MilhoMilho Milho

SojaSoja Soja

5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calc. Dolom.+ 100N + 68P O + 48K O/ha/ano - Milho2 5 2

+ 30N + 68P O + 48K O/ha/ano - Leg.2 5 2

5 t/ha esterco 5 t/ha esterco +2000 kg/ha/3 anos Calc. Dolom.+ 130N + 136P O + 96K O/ha/ano - Milho2 5 2

+ 60N + 136P O + 96K O/ha/ano - Leg.2 5 2

30293029

1857

608788 816

225

969

1984

3164

837

-881

-1136

FeijãoFeijão Feijão

3000 3000 3000

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES: Solos ácidos de baixa fertilidade natural

Sistema tradicional com aração1

Plantio direto

2500 2500 2500

2000 2000 2000

1500 1500 1500

1000 1000 1000

-1000 -1000 -1000

-1500

Em 1997/98, 1FF = 921 Fmg - 1 US$ 5526 Fmg

-1500 -1500

500 500 500

-500 -500 -500

0 0 0

377 341

1491

-558

844

~

FR

AN

CO

S M

AL

GA

CH

ES

(F

mg

) x

10

00

/ha

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

1. Média dos melhores sistemas

(Fmg = Franco de Madagascar)

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FIG. 69 VALORIZAÇÃO DO DIA DE TRABALHO DAS CULTURAS DE MILHO, SOJA E FEIJÃO EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS EM AGRICULTURA MANUAL - Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1997/98

Sistema tradicional com aração1

Plantio direto

Em 1997/98, 1FF = 921 Fmg - 1 US$ 5426 Fmg

-5 -5 -5

0 0 0

5 5 5

10 10 10

15 15 15

20 20 20

25 25 25

30 30 30

35 35 35

40 40 40

~

38,7

26,8

13,2

8,7

5,2

-3,1

MilhoMaïsMilho SojaSojaSoja FeijãoFeijãoFeijão

6,0 5,77,2 7,8

12,9

25,3

37,3

-1,5

13,8

21,3

29,4

0,37

5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calc. Dolom.+ 100N + 68P O + 48K O/ha/ano - Milho2 5 2

+ 30N + 68P O + 48K O/ha/ano - Leg.2 5 2

5 t/ha esterco 5 t/ha esterco +2000 kg/ha/3 anos Calc. Dolom.+ 130N + 136P O + 96K O/ha/ano - Milho2 5 2

+ 60N + 136PO + 96K O/ha/ano - Leg.2 5 2

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES: Solos ácidos de baixa fertilidade naturalF

RA

NC

OS

MA

LG

AC

HE

S (

Fm

g)

x 1

00

0/h

a

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

1. Média dos melhores sistemas

(Fmg = Franco de Madagascar)

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EVOLUÇÕESFIG. 70

• Da perda de matéria seca das restevas de colheita,• Do índice de cobertura do sol,

Restevas da colheita de Milho, Arroz, Soja,em plantio direto

300

20

40

60

80

100

%

300

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Kg/ha

6060 9090 120120

MILHO

(*) Ecologia dos cerrados úmidos. Fazenda Progresso - Lucas do Rio Verde - MT - 1985/89

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA: M. Matsubara - 1985/89

ARROZ SOJA

DIASDIAS

PERDA DE MATÉRIA SECA ÍNDICE DE COBERTURA

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FIG. 71 O CONCEITO DE MULTIFUNCIONALIDADE DAS BIOMASSAS DE COBERTURA EM PLANTIO DIRETO

Sistemas de sequeiro

Sobre coberturas mortas(grãos)

Sobre coberturas vivas(grãos + pecuária)

MULTIFUNCIONALIDADE DAS COBERTURAS

A CIMA DO SOLO

Funçãoalimentar

Função decosturar

o solo pelosistemaradicular

(Polissacarídeos)

Funçãorecicladora

(NO , bases)3

Conexãoa reserva

água profunda

Funçãoreestruturadora

pelos sistemas

radiculares

Função derecarregamento

em carbonoCTC

Desenvolvimentoatividade biológica(fauna, microflora)

poder tampãodesintoxicador

Esqueletode

sustentaçãodo solo

Função decontrole

dasinvasoras

Funçãoprotetora

Culturas Gado,Fauna Sombreamento

+ alelopatiaTº, P

xenobióticos

NO PERFIL CULTURAL

Mistos(grãos + pecuária)

Sistemas sustentáveisem plantio direto

Sistemasirrigados

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 72 FUNÇÃO ALIMENTAR

BIOMASSA DE COBERTURA

C/NRELAÇÕES

FÍSICASCOM SOLO

RIQUEZAEM

LIGNINA

VELOCIDADE DE MINERALIZAÇÃO

ALIMENTAÇÃODAS CULTURAS,GADO, FAUNA

NEUTRALIZAÇÃOACIDEZ, TOXIDEZ Al

NEUTRALIZAÇÃOSALINIDADE

ATIVIDADEBIOLÓGICA

NUTRIMENTOS + ÁCIDOS ORGÂNICOS + METÁBOLITAS M.O.

CHUVA Tº

Naturezax

Contatocom

biomassa

CLIMA SOLO

X

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

Poder tampãocomplexante, desintoxicante

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FIG. 73FUNÇÕES:

• PROTEÇÃO CONTRA A EROSÃO• PODER REESTRUTURANTE• RECARREGAMENTO DO CARBONO

PROTEÇÃO CONTRA A EROSÃO

Matéria secaaérea

Amortecedor Aptidão a “costurar”o solo

Sistema fasciculado

Altíssimopoder

reestruturante(Polissacarídeos)

Profundopouco

reestruturador

Esqueleto, trama de sustentação do solo

Forte atividade biológica, (fauna, microflora)

Sistemapivotante

+Protetor (tº, P,)

Duração proteção:função naturezada cobertura:• C/N• lignina• Contacto solo

(Máquinasanimais)

Sistema radicular• Seqüestração, injeção C contínua por Rizodeposição -

• Firmeza do solo, permitindo tráfego de máquinas pesadas e gado, sem alterar a porosidade até em solo úmido -

• A terra não gruda nos implementos até em solo muito úmido.

(*) As biomassas mais atuanes para o conjunto das funções:

Pé de galinha Brachiaria > Sorgo > Milheto~_

• Consórcios:Milho, Sorgo, Milheto, Arroz + Brachiaria, PanicumMilho, Sorgo, Milheto, Arroz + Stylosanthes g., Arachis

Sistema radicular rico em lignina,protegido por coloidos minerais -

Decomposição mais lenta do que nas partes aéreas 1º fator seqüestração C

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 74 FUNÇÃO RECICLADORA

POTÊNCIA SISTEMA RADICULAR

FORTE CRESCIMENTO

EM CONDIÇÕES

MARGINAIS

PLUVIOMÉTRICAS

+

INSENSIBILIDADE

AO

FOTOPERIODISMO

SistemaSolo-Cultura

em circuito fechado

Desenvolvimento em profundidade

CICLAGEM PROFUNDA DOS NUTRIENTESLIXIVIADOS = NO , bases (Ca, K, Mg)3

APTIDÃO A PRODUZIR FORTES BIOMASSASNO INÍCIO OU NO FINAL DAS CHUVAS

DOMINAÇÃO TOTAL DAS INVASORAS - (Vocações = Forrageiras, produção de grãos)

+

Conexão com reservaprofunda de água abaixo da camada de utilização das culturas

Área de interceptação dos nutrimentos

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 75 FUNÇÃO:CONTROLE DAS INVASORAS

BIOMASSAS DOMINANTES, ALTAMENTE COMPETITIVAS,EXCLUSIVAS DAS DEMAIS ESPÉCIES

ANUAIS

• CAMADA PROTETORA VELOCIDADE DE DECOMPOSIÇÃO

• EFEITOS ALELOPÁTICOS

DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS INTEGRADOSOU NÃO COM PECUÁRIA

• Sem herbicidas Agricultura biológica

• Somente com herbicidas totais com baixa dosagem, num solo coberto, protegido.

- Sombreamento(C/N, Teor em lignina)

PERENESINCLUINDO

PESTES VEGETAIS

Brachiaria, Cynodon, Paspalum,Pennisetum, Stenotaphrum, Axonopus, etc...

Trifolium, Stylosanthes, Cassia R.Arachis, Pueraria, Calopogonium,Desmodium, etc...

Mimosa invisa, Chromolaena od., Imperata c., Cyperus rotondus, etc...

- Proteção total dos solos contra moléculas xenobióticas

GRAM.

LEG.

PESTES VEGETAIS

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

• Eleusine coracana• Sorgo guinea, b.• Milhetos, Setárias, Echinochloa• Crotalárias, Vigna, etc...

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ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

FIG. 76 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO, DA BIOMASSA DAS RESTEVAS E DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - Ecologia dos cerrados e florestas úmidas do Centro Norte Mato Grosso - 1986/2000

S O N

Estação chuvosa Estação seca

D J F M A M J J A S O N

Gradagensx

MonoculturaSoja

PLANTIO DIRETO

PLANTIODIRETO

• 2 culturas em sucessão anual

• 2 culturas em sucessão anual

Cujo:

Cujo:

- 1 Cultura comercial

- 1 Culture comercial

- 1 biomassa de reforço “Bomba biológica”

- 1 biomassa de renforço “Bomba biológica”

- 1 pasto temporário na estação seca

+

+

+

1

2

3

Biomassa das restevas 18 - 22t/ha

Biomassa das restevas

26-32t/ha

Pico inicial demineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Rebrotas

Rebrotas

Soja/Arroz

Soja/Arroz

Mineralizaçãorápida da

resteva

Soja

80 cm

80 cm

80 cm

1,2

0 m

1,2

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

K+

K+

K+

NO

NO

NO3

3

3

-

-

-

2+Ca

2+Ca

2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

2-

4So

2-

4So

Biomassa da resteva 6-8t/ha

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

FIG. 76 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO, DA BIOMASSA DAS RESTEVAS E DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - Ecologia dos cerrados e florestas úmidas do Centro Norte Mato Grosso - 1986/2000

S O N

Estação chuvosa Estação seca

D J F M A M J J A S O N

Gradagensx

MonoculturaSoja

PLANTIO DIRETO

PLANTIODIRETO

• 2 culturas em sucessão anual

• 2 culturas em sucessão anual

Cujo:

Cujo:

- 1 Cultura comercial

- 1 Culture comercial

- 1 biomassa de reforço “Bomba biológica”

- 1 biomassa de renforço “Bomba biológica”

- 1 pasto temporário na estação seca

+

+

+

1

2

3

Biomassa das restevas 18 - 22t/ha

Biomassa das restevas

26-32t/ha

Pico inicial demineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Rebrotas

Rebrotas

Soja/Arroz

Soja/Arroz

Mineralizaçãorápida da

resteva

Soja

80 cm

80 cm

80 cm

1,2

0 m

1,2

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

K+

K+

K+

NO

NO

NO3

3

3

-

-

-

2+Ca

2+Ca

2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

2-

4So

2-

4So

Biomassa da resteva 6-8t/ha

> 2

,50 m

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 2001

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0

INÍCIOESTAÇÃOCHUVOSA

IMOBILIZAÇÃO

• Forte no

Sorgo

N, P

CULTURAS COMERCIAIS

SAFRINHASSEM

INSUMOS

ESTAÇÃOSECA

MINERALIZAÇÃO BASESN, P,

• Rápida no Milheto (60% M. S.)• Lenta no Sorgo (30-40% M. S.)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC;: AGRONORTE - Sorriso/MT - 1998

Brachiaria R.contínuaproduzindo M. S.

- Para cima- Para baixo

(*) Rebrota no caso de fogo, Pastoreio -

2

4

6

8

10(10)

(4)

(6)

(9)

(12)

(2)

(4,8)

(2,8)

(8)

(7)

(5)

12

M. S.(t/ha)

BIOMASSA DAS PLANTAS DE COBERTURA, EXCLUSIVAMENTE

Sorgo+

Brachiaria

Milheto+

Brachiaria

Sorgo

Milheto

- Latossolos dos Trópicos Úmidos do Centro Norte do Mato Grosso - Brasil -

FIG. 77 EVOLUÇÃO DA MATÉRIA SECA DAS BIOMASSAS DE COBERTURA ACIMA DO SOLO NOS SISTEMAS DE CULTIVO EM FUNÇÃO DO TIPO DE COBERTURA (Bomba biológica)

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FIG. 78 ANATOMIA, PROPRIEDADES E FUNÇÕES DAS PLANTAS DE COBERTURA EM PLANTIO DIRETO

- Bombas biológicas como interculturas -

Exemplo: Eleusine coracana (Pé de galinha)

1. NA EMERGÊNCIA

2. BIOMASSA DESSECADA Leito das culturas

• Protetor eficiente (tº, P , Erosão)mm

• Função alimentar• Proteção eficiente contra xenobióticos• Controle eficiente das invasoras

• Forte vigore

desenvolvimento vegetativorápido

em condições pluviométricasaleatórias

• Controle das invasoras (dominância)• Reciclagem do pico inicial de mineralização M. O.

• Regulação hídrica térmica

• Costurar a superfície• Reestruturar o perfil cultural

• Facilitar a emergência de sementes pequenas em sobressemeadura

• Enxugamento rápido (macroporosidade)

• Mobilização e manutenção da fertilidade por via Organo-biológica

Forte retenção de água(microporosidade)

+

• Velocidade elevada de colonização radicular• Área elevada de interceptação dos fluxos de nutrientes

• Capacidade elevada em bombear a água profunda e reciclar os nutrientes

• Recarregar o perfil cultural em carbono “protegido”

Alimentação mineralregulada

das culturas• Recarregamento

em Carbono

Bainha dePolissacarídeosprotetores

Bainha dePolissacarídeosprotetores

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

• Fechamentodo

sistema“Solo-Culturas”

• Favorecer o desen- volvimento durável da vida biológica (Fauna, Microflora)

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FIG. 79 INTERVALOS DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NOS SISTEMAS DE CULTIVO COM 2 CULTURAS ANUAIS EM SUCESSÃO PRATICADOS EM PLANTIO DIRETO CONTÍNUO, SOBRE 3 ANOS -

Ecologia dos Cerrados úmidos do Centro Norte do Mato Grosso, MT - 1992/95

Sistemasde

cultivoos mais performantes

INTERVALOS DE PRODUTIVIDADE EM kg/ha

SOJA(+ Sorgo, Milheto ou Crotalária)

ARROZ(+ Sorgo, Milheto)

Arroz +2800 - 3200

+(700 - 900)

2400 - 3000+

(250 - 400)

3600 - 4200+

(1400 - 2000)

3200 - 3600+

(360 - 600)

2200 - 2700+

(500 - 700)

2800 - 3300+

(800 - 1200)

3600 - 4200+

(900 - 1400)

4600 - 5400+

(1600 - 2300)

Arroz +

Sorgo ou Milheto

Sorgo ou Milheto

Sorgo ou Milheto

Alternado com

Alternado com

SOJA +

SOJA + Crotalária

1 - Baixa tecnologia

2 - Alta tecnologia

(*) Experimentos conduzidos em condições de exploração reais - (Matriz dos sistemas = 320 ha; parcela elementar = 4 ha)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; M. Matsubara, Fazenda Progresso; A. Trentini, Cooperlucas; Lucas do Rio Verde/MT, 1992/95

Adubação mineral

Adubação mineral

Sobre Soja = 5N + 50P O + 50K O + micros/ha2 5 2

Sobre Soja = 120P O + 92K O + micros E. + 200 kg gesso/ha2 5 2

Sobre Arroz = 55N + 50P O + 50K O + micros/ha2 5 2

Sobre Arroz = 85N + 120P O + 92K O + micros E. + 200 kg de gesso/ha2 5 2

Nenhuma aplicação sobre as bombas biológicas de sucessão = Milheto, Sorgo, Crotalária

Nenhuma aplicação sobre as bombas biológicas de sucessão = Milheto, Sorgo, Crotalária

Tratamento fungicida mínimo nas sementes

Tratamento fungicida e inseticida das sementes + tratamento fungicidas sobre as culturas

1BaixaTecnologia

1BaixaTecnologia

2AltaTecnologia

2AltaTecnologia

M. O. % na camada 0-20 cm > 3%Biomassa aérea totalsobre 3 anos avaliada

entre 42 et 54 t/ha

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• FUNCIONAMENTO DO PLANTIO DIRETO

NOS TRÓPICOS ÚMIDOS

DOS CERRADOS E FLORESTAS

DO CENTRO OESTE BRASILEIRO

LATOSSOLOS - OXIDADOS E HIDRATADOS

L. Séguy, S. Bouzinac

- Março 2001 -

CONHECIMENTOS ATUALIZADOS

A PARTIR DE TRABALHOS DE PESQUISA

DA EQUIPE CIRAD CA - GEC DE GOIÂNIA (GO)

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MATO GROSSO

RONDÔNIA

CENTRO NORTEMATO GROSSO

MATO GROSSODO SUL

Goiânia

BRASÍLIA

CuiabáBarra doGarças

Água Boa

Diamantino

ArgentinaUruguaI

Bolívia

Peru Brasília

Guia

na

Guia

na

Fra

ncesa

Surinam

e

Venezuela

ColômbiaC

hile ParaguaI

BRASIL

Centro-OesteBrasil

Fronteiras entre Países

Fronteiras entre estados do Brasil

Rodovias

Ecologia dos cerrados

GOIÁS

TOCANTINS

0 400km

0 200km

FIG. 80 CENTRO-OESTE DO BRASIL E

FRONTEIRAS AGRÍCOLAS DO SUL DA AMAZÔNIA

MATO GROSSO

RONDÔNIA

CENTRO NORTEMATO GROSSO

MATO GROSSODO SUL

Goiânia

BRASÍLIA

CuiabáBarra doGarças

Água Boa

Diamantino

ArgentinaUruguaI

Bolívia

Peru Brasília

Gu

ian

a

Gu

ian

aF

ran

ce

sa

Su

rin

am

e

Venezuela

ColômbiaC

hile ParaguaI

BRASIL

Centro-OesteBrasil

Fronteiras entre Países

Fronteiras entre estados do Brasil

Rodovias

Ecologia dos cerrados

GOIÁS

TOCANTINS

0 400km

0 200km

FIG. 80 CENTRO-OESTE DO BRASIL E

FRONTEIRAS AGRÍCOLAS DO SUL DA AMAZÔNIA

Sinop

SorrisoLucas doRio Verde

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FIG. 81 PLANTIO DIRETO

PALAVRAS CHAVES

A NÍVEL DO PLANETA

A NÍVEL DOS ECOSSISTEMAS

Redução da emissão dos gases de efeito estufa (aquecimento do planeta) em particular CO (Sequestração de C)2

Produção sustentável, e ao menor custo, dos ecossistemas cultivados

• Funcionamento do sistema “Solos-Culturas”, em circuito fechado, reproduzindo o funcionamento do ecossistema florestal, sem perdas de nutrientes -

• Proteção do recurso solo e de sua qualidade biológica (erosão, excessos climáticos, xenobióticos), das unidades de paisagem (Aumento da biodiversidade, regulação dos fluxos “infiltração-escorrimento”, proteção das estradas e infraestruturas) e da qua- lidade da água dos Rios, Lagos e Lençois (poluição por xenobióticos, adubos minerais cujo fosfatos e sobretudo nitratos)

• Maior, Eficiência agronômica do recurso solo -

• Melhor Eficiência técnica e econômica dos sistemas de cultivo -

- Melhor eficiência da água- Reciclagem de nutrientes cujo nitratos, bases.- Capacidade de desintoxicação por via biológica,- Reestruturação biológica (Atividade biológica = Sistemas radiculares + Fauna + Microflora)- Melhor controle das invasoras por vias naturais (sombreamento, alelopatia)- Sequestração de C (aumento da M. O. do solo com seus efeitos benéficos)

- Maior eficiência dos adubos minerais (menos adubo)- Maior capacidade do maquinário, mão de obra, maior flexibilidade de uso (menos máquinas, menos mão de obra, facilidade operacional)- Custos de produção menores, compatíveis com uma produção agrícola cada vez maior, cada vez mais estável

FONTE: Séguy L. Bouzinac S. CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L. , AGRONORTE - Sinop/MT, 1999

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FIG. 82 O PLANTIO DIRETO SOBRE COBERTURA VEGETAL

DEFINIÇÃO

REPRESENTAÇÃO

AmortecedorPossante,Protetor,na superfície

Atividadebiológica

intensaForteMacroporosidade

Microporosidadeeficiente naretenção deágua

ESQUELETO ORGÂNICO DE SUSTENTAÇÃO DO SOLOQUE CONFERE AO PERFIL CULTURAL = - A MANUTENÇÃO DE UMA ESTRUTURA SEMPRE FAVORÁVEL- ALTA RESISTÊNCIA A COMPACTAÇÃO E A DEFORMAÇÃO DA SUPERCÍE- UM ENXUGAMENTO RÁPIDO

SISTEMAS RADICULARES+

CONSTRUÇÃO DA FAUNA

O plantio direto sobre coberturas vegetais é um sistema conservacionista de gestão dos solos e das culturas,

que nunca é preparado -

Nenhuma outra preparação do solo é efetuada

o solo que deve sempre ficar coberto -

no qual a semente é colocada diretamente dentro do solo

Somente é aberto um pequeno buraco ou sulco de profundidade e largura suficientes, com implementos especialmente concebidos para este fim, para garantir uma boa cobertura e um bom contato da semente com o solo -

- A eliminação das ervas daninhas, antes e depois do plantio é feita com herbicidas os menos poluentes possível para

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FIG. 83 COBRIR O SOLO NOS TRÓPICOS ÚMIDOS

PRINCIPAL PROBLEMA:MANTER UMA COBERTURA PERMANENTE DO SOLO

• AO CONTRÁRIO DAS REGIÕES SUBTROPICAIS E SUBTROPICAIS DE ALTITUDE (Estados do sul, abaixo do trópico), ONDE TEM UMA ESTAÇÃO FRIA QUE REDUZ A MINERALIZAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA

EM CONDIÇÕES TROPICAIS QUENTES E ÚMIDAS DE BAIXA ALTITUDE, TAXA ELEVADA E CONTÍNUA DE MINERALIZAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA,

A COBERTURA DO SOLO, ASSEGURADA “SOMENTE” COM RESTEVAS, É FUGAZ E INSUFICIENTE DURANTE O CICLO DA CULTURA -

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FIG. 84 A PESQUISA CIRAD, NOS TRÓPICOS ÚMIDOS, ELABOROU ENTRE 1987 E 1998, 3 GRANDES TIPOS DE SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO, SOBRE COBERTURAS

- 1 Cultura comercial, precedida por uma bomba biológica (Milheto, Sorgo, Eleusine, Crotalária, Guandu)

- 1 Cultura comercial, seguida por uma bomba biológica chamada de "SAFRINHA" (Milho, Sorgo, Eleusine, Milheto, Crotalária, Guandu)

• AS SUCESSÕES ANUAIS NAS COBERTURAS MORTAS

• AS MESMAS SUCESSÕES, TODAVIA EM CONSÓRCIO COM BRACHIARIA Ruziziensis - A Brachiária contínua produzindo matéria seca, até na estação seca (a nível radicular principal- mente) e constitue um "Seguro Total" contra os fogos acidentais da estação seca (Rebrotação rápida Cobertura do solo)

• AS SUCESSÕES ANUAIS "PRODUÇÃO DE GRÃOS, ALGODÃO + PASTAGEM":

* Cultura de arroz de alta tecnologia, ou de Milho, ou de Algodão em cima da cobertura viva do gênero Arachis

* Culturas de Soja, ou de Algodão, ou de Arroz de sequeiro de alta tecnologia na cobertura viva do gênero Cynodon D. (Tifton 85)

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O ECOSSISTEMA FLORESTAL

Funcionamento do sistema solo-planta em circuito fechado (ciclagem, entre matéria orgânica viva e morta minimizar a importância do fator solo)

Criação e manutenção de uma forteatividade biológica (sistemas radiculares+ fauna + microflora)

"Fazer a natureza trabalhar em proveito dasatividades de produção agrícola sustentável, a menor custo e simultaneamente preservar a capacidade de produção do recurso - solo,

num ambiente protegido, limpo "

Sua estabilidade

• Adaptar o funcionamento do ecossistema florestal aos agrossistemas de produção de grãos e de pecuária, reproduzindo as funções essenciais do ecossistema florestal:

A CONSTRUÇÃO DOS SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO SE INSPIROU DE UM MODELO DE FUNCIONAMENTO NATURAL, ESTÁVEL:

OBJETIVO DOS AGRONÔMOS

FIG. 85

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FIG. 86 A FLORESTA AMAZÔNICAUm modelo de funcionamento a ser reproduzido para a agricultura

Ecossistema produtivo e estávelaté em solo pobre

• No sistema SOLO-PLANTA, uma grande fração

dos fertilizantes é reciclado entre Matéria Orgânica

viva e morta, sem muitas trocas com o solo mineral.

• Grandes quantias de fertilizantes estão assim

RETIDAS no sistema.

• Forte atividade biológica.

Fortes capacidades de interceptação de reciclagem e de restauração da fertilidade.FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRA-CA, 1996

UMA BOMBA RECICLADORA

EM FUNCIONAMENTO CONTÍNUO

LITEIRAS

MineralizaçãoCa, Mg, K,

NO , P,...3

Ca, Mg, K,NO , P.3

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E/OU

A NOÇÃO DE

FIG. 87

ANTES DA CULTURA COMERCIAL

DEPOISDA CULTURA COMERCIAL

PRODUÇÃO DE FORTES BIOMASSAS, RENOVÁVEIS, A CUSTO MÍNIMO, EM CONDIÇÕES CLIMÁTICAS MARGINAIS

PARA CIMADO SOLO

SISTEMASOLO-CULTURA

EM CIRCUITOFECHADO

PERDA DE NUTRIENTESNULA OU MÍNIMA

• Proteção total contra a erosão• Alimentação das culturas por mineralização• Controle das invasoras

• Manutenção e melhoria constante da estrutura, da vida biológica • Reciclagem profunda de nutrientes, em particular, aqueles não assimiláveis pelas culturas comerciais.• Área máxima de interceptação dos nutrientes.

ABAIXO DA

SUPERFÍCIE

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac et al. 1989-95

FUNÇÕES

CULTURACOMERCIAL

BOMBA BIOLÓGICA

• PROTETORA E REESTRUTURADORA DO PERFIL DE SOLO• NUTRÍTICA PARA AS CULTURAS, RECICLADORA DE NUTRIENTES

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FIG. 88 EFEITO DAS COBERTURAS

MICRO-CLIMAPROPRIEDADES DO SOLO

• Rítmos diários sazonais• Amplitudes

• Matéria orgânica, C• CTC• Disponibi- lidade dos nutrientes

• Biodiversidade fauna, microflora, rizosferas• Atividade biológica• Biomassa de carbono• Mineralização M. O.

• Estrutura• Porosidade e arejamento• Capacidade de retenção de água• Escorrimento• Erosão

• Taxa de evaporação• Perda total de água

• Estrutura• Adição de elementos nutritivos• Conservação da água

• Redução das perdas por erosão e lixiviação• Redução da competição das invasoras• Redução das doenças e parasitismo

Efeito indireto

Efeito direto

Evaporaçãodo solo

Temperatura do solo

Físicase Hídricas

Químicas eNutricionais

Biológicas

PRODUTIVIDADE M.S.

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FIG. 89 METODOLOGIA - AÇÕES DE PESQUISA

• Condições de produção das sementes de plantas de cobertura, na fazenda (Facilidade de produção, ao menor custo, importância das áreas imobilizadas, condições de conservação)

• Modos de gestão técnica das plantas de cobertura nos sistemas de cultivo (Gestão mecânica, herbicida em pré-plantio, gestão herbicida em pós-plantio)

• Avaliação dos impactos agronômicos e técnico- econômicos das plantas de cobertura sobre as performances dos sistemas de cultivo (Sistemas de produção de grãos, de algodão, de pecuária)

• Escolha das plantas de cobertura em função dos problemas agronômicos e técnico-econômicos a serem resolvidos no meio real, nas fazendas dos agricultores: Ajuda a tomada de decisão, conselho de gestão.

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FIG. 90 ESCOLHA DAS PLANTAS DE COBERTURA

TEMAS CIENTÍFICOS, CRITÉRIOS, MÉTODOS

Brasileiros, Africanos, Asiáticos (Rochas ácidas e básicas) (Rede de gestão agrobiológica monitorada - por L. Séguy)

Das plantas de cobertura nos sistemas de cultivo, em plantio direto (Agrossistemas Brasileiros, Africanos, Asiáticos):

- Protetora do solo e alimentar (culturas, pecuária),- Reestruturadora e recicladora,- Supressora de invasoras (sombreamento, alelopatia), dos fungos patógenos do solo (Pythium, Rhizoctonia, Fusarium, Aspergillus, Rhizopus etc...)

- Capacidade de mobilização dos nutrientes em situação de deficiência, carência, para as culturas alimentares e comerciais nos solos ácidos (P, K, Ca, Mg, micro; neutralização Al)

- Capacidade de sequestração do carbono, e de recarre- gamento do perfil cultural (em cima, em baixo), de retenção das bases -

ADAPTABILIDADE DAS ESPÉCIES NOS LATOSSOLOS

DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac et al., CIRAD CA - GEC, 1998

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FIG. 91 FUNÇÃO ALIMENTAR DAS COBERTURAS

Identificar as biomassas que podem mobilizaros nutrientes (Macro e Micro) que as culturas comerciaissão incapazes de extrair do pool alimentar do solo em condições suficientes para levar aos objetivos de produ-tividade fixados (Necessidade de quantia maior de adubos minerais)

•O milheto, o Sorgo como bombas de • A Eleusine C. como bomba de , ,• Cassia rotondifolia e o gênero Brachiaria como bombas biológicas capazes de explorar solos muito ácidos (Fortes poderes: neutralizador da acidez, mobilizador de nutrientes, reciclador)

K K Ca Mg

Analisar o rítmo de mineralização dascoberturas, suas consequências sobre a dinâmica dos ions -(Bases, ciclo de mineralização - liberação de N, P, em função das coberturas)

Ex.

OBJETIVOS Reforçar o poder alimentício do solo através das biomassas (Bomba biológica) no decorrer de todo ciclo da cultura.

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FIG. 92 A FUNÇÃO ALIMENTAR DEPENDE:

Em primeiro lugar, da capacidade da plantade cobertura de produzir uma fortíssima biomassa instantânea, em condiçõesclimáticas aleatórias

Em seguida, da velocidade de minerali-zação da cobertura nas condições pedoclimáticas locais- A velocidade de mineralização é regulada por:

- O teor de lignina- O teor em C- A relação C/N- A atividade biológica

Da dinâmica dos ions, fortemente influ-enciada pela natureza das coberturas (Ácidos orgânicos Poder neutralizadorda acidez, detoxificador, migrações dossais, em particular os de NO , K, Ca, Mg)3

Início e final da estação chuvosa a biomassa substitue o preparo do solo

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Preparodo

solo

FO

RN

EC

IME

NT

O D

E N

UT

RIE

NT

ES Incorporação

das restevas

Plantio diretosobre

coberturas, Milheto, Sorgo

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA -GEC - Goiânia - GO, 1999

Imobilizaçãoinicial N

Mineralização sob cultura x tempo

FIG. 93 FUNÇÃO ALIMENTAR (Tendências) DAS MATÉRIAS ORGÂNICAS COM TURN OVER RÁPIDO, EM FUNÇÃO DO MODO DE GESTÃO DO SOLO

Plantiodireto

SorgoMilheto

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FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Goiânia, GO - 1998

FIG. 94 FUNÇÕES ALIMENTARES, COMPLEXANTES DAS BOMBAS BIOLÓGICAS - (Caso das gramíneas)

Velocidade de minera-lização regulada pelosteores em lignina, em C, C/N na dessecação,+ atividade biológica

Pool alimentarpara as culturas

liberado por mineralização

Ácidosorgânicos

Poder tampão- Complexante- Chelatante• Al tóxico (Solos ácidos)• Detoxificador(Solos salinizados)

Compartimento comdecomposição lenta

- Dominância lignina,- C/N alto- Proteção pelos colóides do solo

- Nitratos- P, K- Bases- Micro-nutrientes

- Produtos de decomposição dos xenobióticos

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FIG. 95 MINERALIZAÇÃO DAS COBERTURAS MORTAS = MILHETOS E SORGO GUINEA DEBAIXO DA CULTURA DE ALGODÃO -

FAZENDA RECANTO - ITUMBIARA/GO, 1997

Macro nutrientes

69,0

3,4

97,0

5,6

8,2

3,0

1 - Diferença entre elementos minerais contidos na biomassa na dessecação logo antes do plantio direto e elementos minerais restantes na biomassa, 1 mês antes da colheita do Algodão.

2 - Elementos minerais restantes na biomassa, 1 mês antes da colheita do Algodão.

- Taxa de mineralização do Milheto debaixo do Algodão = 65%; - Taxa de mineralizaçào do Sorgo debaixo do Algodão = 40%

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Grupo Maeda, Itumbiara/GO, 1997

3 - • Milheto forrageiro Biomassa seca na dessecação = 3830 kg/ha; Biomassa restante = 1360 kg/ha (35%) • Sorgo guinea Biomassa seca na dessecação = 4600 kg/ha; Biomassa restante = 2780 kg/ha (60%)

30,0

0,4

2,9

11,4

1,8

0,9

47,0

4,1

41,0

7,7

5,9

3,0

31,0

0,5

28,0

15,3

3,3

1,9

(3)Milheto

(3)Sorgo guinea

Quantidademineralizada

(1)(kg/ha)

Quantidademineralizada

(1)(kg/ha)

Quantidaderestante

(2)(kg/ha)

Quantidaderestante

(2)(kg/ha)

N

P

K

Ca

Mg

S

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FIG. 96 FUNÇÕES = ALIMENTAR, NEUTRALIZAÇÃO DA ACIDEZ

Velocidade dedecomposição

após dessecação

Rápida

Lenta

Média

Média

Lenta

Rápida

Fraca (C/N = 22 a 27)(10-15N/ha localizados no plantio)

Forte (C/N = 41 a 49)(30N/ha localizados no plantio )

Média (C/N = 35)(15-20N/ha localizados no plantio)

Média (C/N = 37)(15-20N/ha localizados no plantio)

Média(20-25N/ha Localizados no plantio)

Baixíssima-

Bom (pastoreio, silagem)

Bom (pastoreioapós 40 dias,

silagem)

excelente(pastoreio, feno)

excelente(pastoreio)

excelente(pastoreio, feno)

excelente(pastoreio)

-

-

-

Forte

-

Forte

ImobilizaçãoN

2no início do ciclo

Neutralização da acidez

Valorforrageira

(1)Milheto

Cynodon D. Tifton 85

Arachis P.Amarillo

(1)Sorgos

(1)Eleusine C.

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Agronorte,1998

(1) Milhetos, Sorgos. Eleusine C., de alimentação humana. Farinhas com alto valor nutritivo, sem taninos, ricas em proteínas (11 a 14%)

((2) Recomendação fertilização de N no plantio direto de Cereais e Algodão

• Milhetos CIRAD, Índicos• Sorgos Africanos, CIRAD • Sementes disponíveis

GRUPO MAEDA - Ituverava -SPAGRONORTE - Sorriso, MTEMGOPA - Goiânia, GO

Milho, Milheto, Sorgos +Brachiaria R.Stylosanthes G.

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FIG. 97 FUNÇÃO RECICLADORA

FUNCIONAMENTO: Sistema solo-Planta em circuito fechado perdas mínimas de nutrientes:

• Necessidade de uma forte capacidade recicladora das plantas de cobertura: Reciclagem anual dos ions lixiviados em profundidade (Potência do sistema radicular: em área de interceptação, em profundidade, capacidade a mobilizar os nutrientes considerados como não-assimiláveis pelas culturas comerciais)

• Capacidade de sequestração do carbono e recar- regamento do perfil cultural

• Ligação rápida com água profunda do solo no final do ciclo das chuvas, a exemplo do ecossistema florestal para produção de biomassa na estação seca -

- Impactos na CTC (natureza, evolução), V%, propriedades físicas e hidrodinâmicas do solo, atividade biológica -

Em cimaEm baixo

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FIG. 98 TEORES EM MACRO E MICRO NUTRIENTES RECICLADOS NAS COBERTURAS MORTAS (Bombas biológicas),

NA COLHEITA - LATOSSOLOS OXIDADOS - ECOLOGIA DE FLORESTA -SINOP/MT, 1998

Natureza dacobertura morta

P Zn Cu Fe Mn BS C

• Eleusine C. (CV 5352)

• Eleusine C. (CV 5352)

• Sorgo (CIRAD 321)+ Brachiaria R. (100 dias)

• Sorgo (CIRAD 321)+ Brachiaria R. (100 dias)

44

52

(1) - Produtividade de matéria seca aérea Eleusine C. = 5t/ha; Sorgo + Brachiaria R.= 8t/ha(2) - Produtividade de matéria seca radicular Eleusine C. = 4t/ha; Sorgo + Brachiaria R. (100 dias) = 4t/ha

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, - CIRAD CA - GEC; Agronorte - Sinop/MT, 1998

12,8

29

12,8

2

15

4

115

94

132

104

34

52

63

46

915

23592

1912

7532

205

138

293

114

12

135

51

57

8

3,6

5

2,8

2275

2240

3830

2000

6,4

24,8

2,5

2

4

2,4

Macro nutrientes(kg/ha) Micro nutrientes (g/ha)

(1)1. PARTE AÉREA

(2) 1. RAÍZES

N

65

K

145

Ca Mg

60 17

37

C/N%

35

51

38

120104

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FIG. 99 FUNÇÃO RECICLADORA DAS RAÍZES

Velocidadede

enraizamento

Rápida2,0-3,0 cm/dia

Rápida2,0-3,0 cm/dia

muito rápida3,0-5,0 cm/dia

Rápida

Rápida

Rápida

Média(C/N = 41)

Elevada(C/N = 60)

Muito elevada(C/N = 51)

Muito elevada(Atividade radicular

contínua do Brachiaria R.)(C/N = 35-38)

Muito elevada (Rizomas + Estolões)

Média(Estolões)

Médio(90 dias)

Forte(90-110 dias)

Forte(90-100 dias)

Forte (90-100 dias)a fortíssimo

(150-210 dias)

Forte (contínuo)

Médio(contínuo)

médio

Alto

Altíssimo

Altíssimo

Altíssimo

Médio

Biomassaradicular(90 dias)

poderreestruturador

Recarregamentoem carbono

do perfil cultural

(2) Mais rico en nitrogênio - (1,3 a 1,5% N)

(1)Milheto

Cynodon D. Tifton 85

Arachis P.Amarillo

(1) Sorgos

(1) Eleusine C.

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Agronorte,1998

(2)

(1) Milhetos, Sorgos. Eleusine C., de alimentação humana. Farinhas com alto valor nutritivo, sem taninos, ricas em proteínas (11 a 14%)

• Milhetos CIRAD, Índicos• Sorgos Africanos, CIRAD • Sementes disponíveis

GRUPO MAEDA - Ituverava -SPAGRONORTE - Sorriso, MTEMGOPA - Goiânia, GO

Milho, Milhetos, Sorghos +Brachiaria R.Stylosanthes G.

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FIG. 100 FUNÇÃO = CONTROLE DAS INVASORAS

• MECANISMOS ATUANDO

• OBJETIVOS

• FACTIBILIDADE TÉCNICA Nos sistemas de plantio direto (evolutivo)

- Alelopatia- Sombreamento- Duração da cobertura e capacidade de rebrotação

- Redução máxima do uso dos herbicidas, do custo - (moléculas menos poluentes para o recurso-solo)

- As sucessões anuais de produção de grãos = 1 cultura comercial + Safrinha,- As sucessões anuais de grãos = 1 cultura comercial + safrinha associada com Brachiaria R.,- As sucessões anuais sobre tapete vivo = 1 cultura comercial + pastagem (ou adubo verde) em sucessão -

- Responder ao fogo acidental (capacidades de rebrotação e de dominância das invasoras)

- Controle das pestes vegetais + Cyperus rotondus (solos tropicais ricos em M. O.) + Striga (solos tropicais erodidos, pobres em M. O.)

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FIG. 101 FUNÇÃO = CONTROLE DAS INVASORAS ANUAIS E PERENES

Capacidade de controle

dicotiledôneas

Média

Elevada

Elevada Elevada Média-

Média

Muito elevada Muito elevada

Muito elevadaMuito elevadaMuito elevada

Muito elevadaMuito elevadaMuito elevada

Muito elevadaMuito elevadaMuito elevada

Médio (grãos)

Forte (grãos+ rebrotas)

Baixíssimo até nulo

Fortíssimo

Fortíssimo

Baixa

Baixa

Forte (grãos)

FácilRoundup

+ 2.4D

FácilRoundup

+ 2.4D

FácilRoundup

FácilRoundup

FácilParaquat

sequencial

FácilDiquat

sequencial

Médiaa alta

(2)Baixa

a baixíssima

(2)Baixa a nula

Baixa

Capacidadede controlegramíneas

Capacidade de controle das

pestes vegetais(Cyperus rotondus)

Poder de infestação

da culturapela cobertura

após dessecação

Dessecaçãoda cobertura

antesdo plantio

Necessi--dade de herbicidana cultura

(2) As culturas implantadas nas coberturas mortas de Sorgo, e nos Milheto e Sorgo consorciados com Brachiaria R., se beneficiam de uma gestão fácil das invasoras, e pouco onerosa (Soja, Algodão)

(1) Milheto

Cynodon D. Tifton 85

Arachis P.Amarillo

(1) Sorgos

(1) Eleusine C.

EFEITOS DE SOMBREAMENTO + ALELOPATIA

EFEITOS DE SOMBREAMENTO + ALELOPATIA

EFEITOS DE SOMBREAMENTO + ALELOPATIA

EFEITOS DE SOMBREAMENTO

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Agronorte,1998

(1) Milhetos, Sorgos. Eleusine C., de alimentação humana. Farinhas com alto valor nutritivo, sem taninos, ricas em proteínas (11 a 14%)

• Milhetos CIRAD, Índicos• Sorgos Africanos, CIRAD • Sementes disponíveis

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Milho, Milhetos, Sorgos +Brachiaria R.Stylosanthes G.

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FIG. 102 CARBONO, CEC, V%, PROPRIEDADES FÍSICAS E HIDRODINÂMICAS DO PERFIL CULTURAL EM PLANTIO DIRETO

RECARREGAMENTO EM C DO PERFIL CULTURAL

• Pastagem do gênero Brachiaria,• Sucessões anuais nas coberturas vivas (Gêneros: Cynodon, Paspalum, Pennisetum, Stenotaphrum) • Sucessões anuais sobre cobertura morta,

• Sucessões anuais de produção de grãos(Principalmente quando usa-se uma leguminosa como bomba biológica: Crotalária, Guandu)

• CEC AUMENTA, ASSIM COMO A CAPACIDADE DE RETENÇÃO DOS CATIONS (Bases).

• ATIVIDADE BIOLÓGICA CRESCE (Ativação dos ciclos biológicos, decomposição xenobióticos)

• PROPRIEDADES HIDRODINÂMICAS DOS SOLOS MELHORAM

Em cima

Em baixo

RECARREGA-MENTO RÁPIDO

RECARREGA-MENTO

MAIS LENTO

- Firmeza do solo (Trânsito de máquinas Capacidade) - Espaço poral Enxugamento muito rápido, alta capacidade de retenção de água.

- Soja , Milho, Arroz + Bombas biológicas Milho, Milheto, Sorgo, associados com o gênero Brachiaria, Éleusine corocana- Éleusine corocana + Algodão

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FIG. 103 DESENVOLVIMENTO RADICULAR E MODOS DE GESTÃO DO SOLO

• Comportamento reprodutível, nos 5 primeiros anos de plantio direto em latossolos do Centro e Oeste do Brasil- (Extraído da análise do perfil cultural)

MilhoMilhoAlgodão

AlgodãoArroz

Arroz

Aração profunda

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Grupo Maeda - Goiânia, GO, 1998

Plantio diretoEm Rotações

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FIG. 104 ESPAÇO PORAL NOS CINCO PRIMEIROS ANOS DE PLANTIO DIRETO - (Latossolos - Trópicos úmidos)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; 1998

Matriz de microporosidade

dominante(forte retenção em água)

Galerias, canais:Forte macroporosidade

(Enxugamento rápido)

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FIG. 105 Relevância das matérias orgânicas de baixo peso molecular, em plantio direto sobre a dinâmica dos íons

Matérias orgânicas

L. Séguy, S. Bouzinac et al., 1997

Substâncias hidrossolúveisde baixo peso molecular

Compartimento mais importante no plantio direto

Reagem com os íons, alteram:

- Solubilidade- Disponibilidade

Suma importânciana dinâmica dos íons

- mobilidade- imobilização

Ácidos orgânicos+

Nitratos dominantes(ambientes muito arejado

na superfície)

Poder quelatante, complexante

Compostos solúveis mineraisorgânicos, com alto poder de migração

Compostos estáveisde peso molecular elevado

Importância cobertura-Natureza-Velocidade decomposição-Capacidade recicladora,reestruturadora.

Grande diversidadedos compostos,Ação diferencial

na dinâmicados íons

Exemplos:• Cobertura aveia - Forte lixiviação Ca - Forte retenção de K

• Cobertura nabo forrageiro - Forte lixiviação Al (forma orgânica) - Nenhuma lixiviação CaFonte: M. A. PavanIAPAR - Londrina, 1997

+ Efeitosalelopáticos

(culturas, invasoras)

Plantio direto

Coberturas produzemácidos orgânicos de

modo contínuo, nitratos

Preparo mecânico do solo

• Substâncias hidrossolúveissão muito sensíveis a degradação biológica:- Vida curta- Importância reduzidana dinâmica dos íons

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FIG. 106 ATIVIDADE BIOLÓGICA SOB DIVERSOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS2

NA ECOLOGIA DOS CERRADOS ÚMIDOS DO CENTRO NORTE MATO GROSSO

Ecossistema

+++

0

++

S

M

F

S

M

F

S

M

F

+++

0

0

0

0

0

+++

+

0

++

+

0

+++

+

0

+++

++

0

++

+++

0

+++

+

+

++

+++

0

Numerosasbolinhas

fecaisde Cupins

Numerosasgalerias

de Cupins

Ácaros, ColembolesEnchytreides

Forte densidadepelos absorventes nas

raízes a partir de 170 cm(raízes até 250 cm)

• 18 anos de cultivo

• 16 anos de cultivo

(1) 0 = nula; + = fraca; ++ = média; +++ = forte; ++++ = muito forte - S = superficial; M = meio do perfil (60-80 cm); F = 150 cm

(2) Latossolos hidratados

FONTE: C. Bourguignon - LAMS Frentes pioneiras Mato Grosso - 1994

Pasto extensivo

4 anos Grade x monocultura Arroz

2 anos Grade x monocultura Arroz

8 anos Grade x monocultura soja

4 anos Aração x rotação

10 anos Grade x monocultura soja

4 anos plantio direto (Milho + Soja)

2 anos plantio direto (Soja + Milheto)

Modos de gestãodo solo e das culturas

AtividadesCupim

(1) 3+3+

AtividadeM.O.

(Teste H O )2 2

(1)

Testeaeração

Fe(1)

Testelixiviação

Fe(1)

Outos elementosbiológicosmarcantes

• Pastagem degradada(Brachiaria d. 15 anos)

Cerrados

2 anos de Panicum m.+

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FIG. 107 ATIVIDADE BIOLÓGICA SOB DIVERSOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS2

DA ECOLOGIA DE FLORESTAS ÚMIDAS DO CENTRO NORTE MATO GROSSO

Ecossistema

+++

0

++

S

M

F

S

M

F

S

M

F

+++

+

0

0

0

0

+

0

0

++++

+

+

++++

++

+

++++

+

0

++++

++

0

++++

++

+

++++

++++

+

Ácaros+ Fungos

raízesmicorizadas

Solo compactado

Forte densidadede pelos absorventes

nas raízesa partir 120 cm

• 3 anos de cultivo

• 10 anos de cultivo

(1) 0 = nulla; + = fraca; ++ = média; +++ = forte; ++++ = muito forte - S = surperficial; M = meio do perfil (60-80 cm); F = 150 cm

(2) Latossolos hidratados

FONTE: C. Bourguignon - LAMS Frentes pioneiras Mato Grosso - 1994

Meio natural

Monocultura Arroz

2 anos Grade x monocultura Arroz

6 anos Grade x monocultura Soja

2 anos plantio direto (Milho + Soja)

Modos de gestãodos solos e das culturas

AtividadesCupim

(1) 3+3+

AtividadesM.O.

(Teste H O )2 2

(1)

Testeaeração

Fe(1)

Testelixiviação

Fe(1)

Outros elementosbiológicosmarcantes

Floresta

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FIG. 108 CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO, PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA

Condiçõesde

instalação

Modode plantio

(kg/ha)

• PD(7-10)• Lanço(20)

• PD(7-10)• Lanço(20)

• PD(2 - 3)• Lanço(5-7)

• PD(7 - 10) +

Brachiaria R.(6 - 10)

Mudas

Sementesmudas

PD = Plantio direto, PP = Plantio Precoce, PT = Plantio Tardio

(1) Milhetos, Sorgos. Eleusine C., de alimentação humana. Farinhas com alto valor nutritivo, sem taninos, ricas em proteínas (11 a 14%)

(2) Em função do nível de adubação e dos cultivares

(3) As palhas de Eleusine são muito ricas em K (2,9%), Ca (1,2%), Mg (0,34%), S (0,16%)As de Milheto, são ricas em K (2,6%)

• Milhetos CIRAD, Índicos• Sorgos Africanos, CIRAD • Sementes disponíveis

GRUPO MAEDA - Ituverava -SPAGRONORTE - Sorriso, MTEMGOPA - Goiânia, GO

PP = 4 - 6PT = 3 - 4

PP = 6 - 10PT = 4,5 - 6

(3)PP = 4,5-5,5PT = 3 - 4

PP = 7 a > 10tPT = 6 a 8t

1300 - 2100800 - 1500

1500 - 4000700 - 1500

1800 - 22001000 - 1300

1300 - 2000400 - 1200

Muitofácil

Muitofácil

Muitofácil

Muitofácil

Difícilonerosa

Difícilonerosa

(1)Milheto

Cynodon D. Tifton 85

Arachis P.Amarillo

(1)Sorgos

(1) Eleusine C.

4 - 6

4 - 6

5 - 8

RebrotaBrachiariatotal > 10

Estimativa final estação seca > 8t/ha

Estimativa final estação seca > 8t/ha

Forte (pelo grãos)

Forte (rebrota + grãos)

Forte (pelos grãos)

Brachiariafica verde na estaçãoseca. Rebrota rápida após fogo acidental,

pastoreio

• Biomassas verdes na estação seca

• Rebrota rápida, após fogo acidental pastoreio. Verde na estação seca

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC; Agronorte,1998

(2)PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA

Início das chuvas

Palhas (após 45-60 dias)

(t/ha)Palhas(t/ha)

Grãoskg/ha)

Final das chuvas

Possibilidade de rebrotação, após a

estação seca, dentro da cultura no início

das chuvas

Milho, Milhetos, Sorgos +Brachiaria R.Stylosanthes G.

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FIG. 109 INTERVALOS DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS, DAS SAFRINHAS EM DIVERSOS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO - Ecologias de florestas e cerrados úmidos do Centro Norte Mato Grosso

AGRONORTE/MT - 2000

Safrinhax

Data de plantiodireto

• Pé de galinha (PG 5352)

• Pé de galinha (PG 5352) + Crotalaria spectabilis

• Pé de galinha (PG 5352) + Crotalaria spectabilis

• Pé de galinha (PG 6240)

2Adubação baixa

Sem adubação

• Milheto Nangagolo 1000 - 1300

1200 - 1600

1100 - 1500

1000 - 1200

1200 - 1500

1100 - 1300

1100 - 1400

350 - 550

700 - 900

1 - Adubo formulado - 6-16-16 + micros no Arroz; 0-16-16 + micros na Soja

2 - Adubo formulado No nível 250 kg/ha aplicado a cultura principal 100 kg/ha 6-16-16

Nos níveis 500 kg/ha e 500 kg/ha + termofosfato 200 kg/ha 6-16-16

+

+

+

+

+

+

600 - 900

300 - 500

500 - 700

200 - 400

900 - 1300

500 - 850

700 - 900

400 - 600

1300 - 1800

850 - 1200

900 - 1200

600 - 800

1300 - 1800

1600 - 2000

1500 - 1800

1200 - 1700

1500 - 1800

1300 - 1600

1400 - 1800

550 - 700

900 - 1200

1800 - 2500

2000 - 3200

1800 - 3000

1700 - 2200

1800 - 3000

1600 - 2200

1800 - 2300

700 - 900

1200 - 1800

• Milheto Nangagolo

• Sorgo 321

• Sorgo 321 + Brachiaria

• Sorgo pool preto

• Sorgo pool preto

APÓS ARROZ CICLO CURTO Plantio direto entre 10-25/02

APÓS SOJA CICLO MÉDIO Plantio direto entre 10-20/03

1Níveis de adubação aplicados na cultura principal

250 kg/ha 500 kg/ha 500 kg/ha+ termofosfato ym1500 kg/ha/3 anos

• Crotalaria spectabilis

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

2Adubação baixa

APÓS SOJA CICLO CURTO Plantio direto entre 10-25/02

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FIG. 110 PRODUTIVIDADE DAS BIOMASSAS "BOMBAS BIOLÓGICAS" DE SARINHA, EM PLANTIO DIRETO PRECOCE DE 15-20 DE FEVEREIRO E EM SUCESSÃO DA SOJA DE CICLO CURTO OU INTERMEDIÁRIO

AGRONORTE - SINOP/MT - 2000

Milheto Nangagolo

Sorgo CIRAD 155

Sorgo CIRAD 321

Sorgo CIRAD 202

Sorgo CIRAD 203

Pé de galinha (CV. 6240)

Adlai

1. Adubação baixa 100 kg 5 - 15 - 15/ha Adubação média e alta 200 kg 5 - 15 - 15/ha

2. Níveis de adubação aplicados por ha, a cultura principal que precede a biomassa safrinha:

3. Plantio direto de dezembro, após biomassa de Pé de galinha opção para pecuaristas.

- Adubação baixa 40P O + 40 K O na Soja; 56 N + 38 P O + 62 K O no Arroz e Milho 2 5 2 2 5 2

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A. C., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - SINOP/MT, 2000

- Adubação média 80P O + 80 K O na Soja; 89 N + 75 P O + 119 K O no Arroz e Milho2 5 2 2 5 2

- Adubação alta 80P O + 80 K O na Soja; 89 N + 75 P O + 119 K O no Arroz e Milho + 1500 kg Termofosfato ym/3 anos2 5 2 2 5 2

1,1 - 1,9

1,0 - 1,6

1,3 - 1,5

-

-

-

1,3 - 1,8

5,0 - 5,6

6,4 - 8,4

6,7 - 7,0

-

-

-

9,1 - 11,2

1,9 - 2,7

1,8 - 3,0

2,3 - 2,8

3,6 - 4,9

3,6 - 3,9

2,4 - 3,6

1,8 - 2,2

6,4 - 10,4

10,9 - 13,2

11,8 - 12,6

11,8 - 14,2

9,7 - 10,4

19,1 - 20,4

12,7 - 14,3

1,8 - 2,6

2,1 - 2,3

2,7 - 2,9

-

-

-

1,9 - 2,6

8,0 - 9,1

10,3 - 13,9

12,8 - 14,0

-

-

-

12,6 - 14,6

Adubação baixa

Grãos Grãos GrãosPalha Palha Palha

Adubação média Adubação alta

INTERVALO DE PRODUTIVIDADE DE MATÉRIA SECA (t/ha)

BIOMASSA1

3

2 2 2

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AGRONORTE - SINOP/MT - 2000

Adubação baixa Adubação média Adubação alta

INTERVALO DE PRODUTIVIDADE DE MATÉRIA SECA (t/ha)

BIOMASSA1

2 2 2

Brachiaria r. 4,3 - 8,0

4,8 - 7,6

4,2 - 6,4

6,0 - 8,1

6,2 - 8,0

4,6 - 6,7

7,6 - 10,4

8,3 - 10,0

5,8 - 8,9

Pé de galinha (CV 5352)

Pé de galinha (CV 5352)+ Crotalária spectabilis

FIG. 111 PRODUTIVIDADE DAS BIOMASSAS "BOMBAS BIOLÓGICAS" EM DEZEMBRO 1999, ANTES DO PLANTIO DIRETO DAS CULTURAS

DE ARROZ, ALGODÃO SAFRINHA E MILHO SAFRINHA

1. Sem nenhuma adubação, nem herbicida

2. Níveis de adubação aplicados a cultura principal que segue =- Adubação baixa 40P O + 40 K O na Soja; 56 N + 38 P O + 62 K O no Arroz e Milho 2 5 2 2 5 2

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A. C., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - SINOP/MT, 2000

- Adubação média 80P O + 80 K O na Soja; 89 N + 75 P O + 119 K O no Arroz e Milho2 5 2 2 5 2

- Adubação alta 80P O + 80 K O na Soja; 89 N + 75 P O + 119 K O no Arroz e Milho + 1500 kg Termofosfato ym/3 anos2 5 2 2 5 2

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Ca H

K

INÍCIO DA ESTAÇÃO CHUVOSA

FIG. 112 SISTEMAS DE CULTURAS DIVERSIFICADAS NOS TRÓPICOS ÚMIDOS, NO PLANTIO DIRETO Integração: Produções alimentares e industriais com a pecuária

FINAL DA ESTAÇÃO CHUVOSA

• Gênero Eleusine, Tifton; Sorgho G., Milheto• Gênero Arachis, Cassia (rotondifolia) (C, Fixação N)

Condições pluviométricasaletaórias

Ca

Ca

K

K

NO3

NO3

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA - 1998

EM BAIXO - C

REBROTAS

Milho

CULTURAS PURAS OU CONSORCIADAS COM

ÉleusineCoracana

Giras-sol

Sorgos, Milhetos

+ Brachiaria+ Stylosanthes

1,80 m a2,40 m

Brachiaria, R.Stylosanthes G.

• Gênero consorciado ou não com Sorgo, Milheto ÁGUA PROFUNDA

SAFRINHAS

FUNÇÕESVelocidade mineralização

biomassa regulada por C/N

• EFEITOS

• FUNÇÃO ALIMENTAR

• Protetor + Sombreamento• Alelopáticos sobre invasoras, pestes Vegetais• Neutralização Al.

CULTURAS COMERCIAIS

FORTEPRODUÇÃO

DE BIOMASSAINSTÂNTANEA+ PROTEÇÃO

RECARREGAMENTO EM BIOMASSA

• Protetora• Recicladora• Reestruturadora

FUNÇÕES

COMPLEXOABSORVENTE

FUNÇÕES

• Capacidade em extrair mobilizar nutrientes,• Controle invasoras,• Recilagem• Reestruturação do perfil

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FLORESTA

M. O.(0 - 20 cm)

Porosidade7

Macroporos dominantes (0,1 - 100 mm)enxugamento rápido

8Utilização da água profundana estação seca> 1,7 m

9Maior parte da alimentaçãodas plantas em nutrientesentre 0 e 5 cm de profundidade

10Reconstituição camada 0 - 5 c mAlimentar - Sistemas radiculares em candelabroimportante reciclagem profunda

Ciclodos

nutrientes

FONTE: 6. Cerri e al., 1992; 7. Cabral, 1991; Leopoldo e al.,1987; 8. Pimentel da Silva e al., 1992; 9. Stark e Jordan, 1978; Lucas e al., 1993; Luizão e al., 1992; 10. Séguy L. e Bouzinac S., CIRAD/GEC - 1990-99.

Utilizaçãoda

águapelas plantas

618 t/ha C liteira + raízes55 t/ha humus cujo 44 t/ha fortemente ligada com a matéria mineral

1014 - 20 t/ha liteira + raízes> 40 a 50 t/ha humus

10reestruturação do perfil > 2 mpelas raízes de gramíneas

10Utilização da água profundano final da estação chuvosae na estação seca > 2m- Algodão, Sorgo, Milheto, Girassol, Pastagem temporária

MELHORES SISTEMASDE PLANTIO DIRETO

Nutrição entre M. O. Viva e M. O. mortacom poucas trocas com o solo mineral

FIG. 113 ECOSSISTEMA FLORESTAL AMAZÔNICO E

MELHORES SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO • Latossolos do sul da bacia Amazônica - Sinop/MT, 1999

Idem

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FIG. 114 ECOSSISTEMA FLORESTAL AMAZÔNICO E

MELHORES SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO • Latossolos do sul da bacia Amazônica - Sinop/MT, 1999

FLORESTA

Biomassaliteira

Velocidadedecomposiçãoliteira

Biomassadas raízes

BiodiversidadeP. Aérea

FONTE: 1. Luizão, 1989; 2. Luizão e Shubart,1987; 3. Chauvel e al., 1987; 4. Lavelle e al., 1991; 5. Prance e al., 1976; Barbosa, 1988; 10. Séguy L. e Bouzinac S., CIRAD/GEC - 1990-99.

5175 a 235 espécies43 a 49 famílias+ animais

Biomassamicrobiana

41,9 a 3,3% C(0 - 5 cm)

A avaliar

3+ 5 t/ha60% 0 - 20cm80% 0 - 40 cm

250% do peso em 37 dias, na estação chuvosa50% do peso em 216 dias, na estação seca

1050% do peso em 30 dias, (Milho, Arroz)

18,4 t/ha

1010 - 15 t/ha(Grãos + Brachiaria R.)

105 - 7 t/ha(Grãos + Brachiaria R.)

5 - 7 t/ha

103 espécies ha/ano + bovinos

MELHORES SISTEMASDE PLANTIO DIRETO

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FIG. 115 O ÊXITO E A PERENIZAÇÃO DO PLANTIO DIRETO

DEPENDE

DE PROPRIEDADES FÍSICAS IMPRESCINDÍVEIS NO PERFIL CULTURAL

A CRIAÇÃO E EM SEGUIDA A MANUTENÇÃO DE UM ESPAÇO PORAL

FAVORÁVEL A TODAS AS CULTURAS COMERCIAIS DAS MELHORES

ROTAÇÕES (Critérios agronômicos e técnico-econômicos)

UMA FORTE RESISTÊNCIA A DEFORMAÇÃO (estado da superfície)

E COMPACTAÇÃO, LIGADA AO TRÁFEGO DAS MÁQUINAS, EM SOLO ÚMIDO -

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC, 1999

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FIG. 116 A RESISTÊNCIA MECÂNICA DO PERFIL CULTURAL A

DEFORMAÇÃO E A COMPACTAÇÃO, EM PLANTIO DIRETO

DEPENDE, AO MESMO TEMPO, DE:

A IMPORTÂNCIA E A NATUREZA DA COBERTURA DO SOLO NASUPERFÍCIE (cobertura morta, cobertura viva Estolões) QUE TEMUM PAPEL DE AMORTECEDOR,

+

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC, 1999

A IMPORTÂNCIA E A NATUREZA DA TRAMA RADICULAR NO PERFILCULTURAL, QUE TEM O MESMO PAPEL DO QUE O FERRO NARESISTÊNCIA MECÂNICA DO CONCRETO ARMADO ESQUELETOORGÂNICO DE SUSTENTAÇÃO DO SOLO - (Importância preponderante dos sistemas radiculares fasciculados das gramíneas, dos Rizomas, Estolões)

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FIG. 117 O ESPAÇO PORAL FAVORÁVEL A PERENIZAÇÃO DO PLANTIO DIRETO

(Perfil cultural "regulador" Forte porosidade, enxugamento rápido + forte

capacidade de retenção de água) É CRIADO, E EM SEGUIDA

MANTIDO SIMULTANEAMENTE, GRAÇAS =

• AO PREPARO BIOLÓGICO DOS SISTEMAS RADICULARES DAS CULTURAS COMERCIAIS EM ROTAÇÃO• AO PREPARO BIOLÓGICO DOS SISTEMAS RADICULARES DAS CULTURAS BIOMASSAS DE COBERTURA (Bombas biológicas) QUE SUBSTITUEM O PREPARO MECÂNICO DO SOLO

• AO PREPARO BIOLÓGICO DA FAUNA ASSOCIADA = MACROFAUNA, MESOFAUNA, QUE SE TORNAM RESIDENTES (Coró, cupins, minhocas,etc.)

+

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC, 1999

Ex:Sorgos, Mihetos em cultura pura ou consorciados com BrachiariaPastagem de Panicum, Brachiaria, em rotação com a produção de grãos

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FIG. 118 PERFIS DE SOLO TÍPICOS EM FUNÇÃO DO MODO DE MANEJO EM PLANTIO DIRETO

PLANTIO DIRETO BEM MANEJADO PLANTIO DIRETO MAL MANEJADO

PERFIL CULTURAL RESISTENTEa compactação e a deformação("Concreto armado")

Amortecedorpossante, protetor

Semamortecedor

Forte macroporosidade+ actividade biológicaintensa

Microporosidadedominante+ baixa atividade biológica

Esqueletoorgânico desustentaçãomuito desenvolvido("Concreto armado")

Esqueletode sustentaçãomuito fraco

PERFIL CULTURAL NÃO RESISTENTEa compactação e a deformação

Ex: Ex:

PLANTIO DIRETO PERENIZADO, Sem necessi-dade de renivelar (ou preparar de novo) o solo NECESSIDADE DE RENIVELAR O SOLO na hora

da implantação das safrinhas

Caso das melhores plantas de cobertura =- Brachiaria puro ou consorciado comSorgos e Milhetos- Eleusine coracana- Sorgos guinea

Caso das safrinhas tipo Milheto, Sorgo,sensíveis ao fotoperiodismo, plantados tarde demais Biomassa muito reduzida =

- Acima do solo- Em baixo, no perfil

(*) Poluição de superfície facilitada por plantas perenes = Panicum m., Andropogon g.

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD CA - GEC, 1999

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DOSSIÊ FOTOS

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A DESTRUIÇÃO

DO PATRIMÔNIO

SOLO TROPICAL

OU

O FRACASSO

DA TRANSFERÊNCIA

NORTE SUL DA

GESTÃO DOS SOLOS

A EROSÃO DOS SOLOS PREPARADOS

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NOS TRÓPICOS ÚMIDOS - TU - (1700 > 2500 mm)Ecologia das florestas e cerrados úmidos

Domínio dos latossolos sobre rocha ácida

Cerrados e florestas úmidos,último reservatório de terras cultiváveis

Latossolos vazios quimicamente (Uma passada sem adubo)

Erosão catastrófica numa unidade de paisagem (Soja)

Solos compactados por gradagem x monocultura

Em solos arenosos: - A esquerda = gradagem- A direita = Plantio direto

Destruição dos horizontes orgânicos, única riqueza destes solos

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LATOSSOLOS VERMELHO-ESCUROS SOBRE BASALTOEcologia das florestas tropicais do Centro-Sul do Brasil

LATOSSOLOS HUMÍFEROS DAS ALTAS TERRASDE MADAGASCAR (1200-1800m) - Região ciclônica

Erosão eólica

Forte erosão hídricaDestruição dos Algodoeiros jovens por erosão eólica

Forte erosão hídrica - Unidades de paisagem muito degradadas

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COM A DEGRADAÇÃO DO ESTATUTO ORGÂNICO DOS SOLOS:ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS RELEVANTES E GENERALIZADAS NAS CULTURAS

• Invasoras proliferando

• Desordens fisiológicas maiores,...

Brusone no Arroz de sequeiro

Flora diversificada de invasoras no Algodão

No Algodoeiro = Peste vegetal (Cyperus rotondus: Tiririca)

- Calagem excessiva, superficial demais:

Carências em Mn, Zn, na Soja

Deficiência em Boro (Soja)

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• Alguns desequilíbrios biológicos notáveis,...

• Perfis culturais compactados, asfixiantes,...

Na Soja (Trópicos úmidos - TU) No Arroz de sequeiro:- Compactado em cima a direita- Descompactado em baixo a direita

Solos infestados por Nematóides (Algodão)

Solo infestado por Cyperus rotondus (Algodão)

No Algodoeiro

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CONTROLE TOTAL

DA EROSÃO

E

RESTAURAÇÃO

DA FERTILIDADE

dos solos por via

organo-biológica

graças ao

PLANTIO DIRETO

sobre cobertura vegetal

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AS ESPÉCIES CULTIVADAS, “BOMBAS BIOLÓGICAS”, COMPROPRIEDADES MULTIFUNCIONAIS, ASSEGURAM A PERENIDADE

DO PLANTIO DIRETO, AO MENOR CUSTO

• Elas podem ser cultivadas em cultura pura ou consorciadas com uma espécie forrageira igualmente bomba biológica

Milhetos, com produções de biomassa muito diferenciadas em função dos cultivares

Sorgos com qualidade superior de grão (sem taninos, alto teor em proteínas);produções de biomassa muito diferenciadas em função dos cultivares.

NANGAGOLO CIRAD 27

POOL PRETO CIRAD 321

Pé de galinha: Éleusine coracanaA espécie mais potente ao nível radicular (5 t.ha , sur 0-50 cm)-1

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Stylosanthes guyanensis (CIAT 184) em plena estação seca

Brachiaria brizanthaem plena estação seca (TU)

Panicum maximum (Tanzânia)em plena estação seca (TU)

Crotalaria spectabilisPrecedente de Arroz de sequeiro

em plantio direto

Coix lacryma jobi (Adlai)24 t . ha de matéria seca total-1

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Raízes Brachiaria humidicola, 2 anos

RaízesBrachiaria Brizantha

Stylosanthes guyanensis CIAT 184, forte biomassa

Brachiaria humidicola CIAT 6133 e raízes

Raízes Brachiaria humidicola, 2 anos

AS BOMBAS BIOLÓGICAS: SISTEMAS RADICULARES COMMÚLTIPLAS FUNÇÕES ANUAIS DE SUSTENTAÇÃO DO PLANTIO DIRETO

• “Costurar” o solo na superfície (domínio total da erosão)• Restaurar o perfil cultural (favorável a qualquer cultura em rotação)• Capacidade em se conectar a água profunda (produzir mais matéria seca)• Capacidade em reciclar os nitratos, as bases, lixiviados

(Fechamento do sistema solo-culturas)• Recarregar o perfil cultural em carbono (agregação, proteção)• Fixar nitrogênio (caso das leguminosas, Éleusine coracana, Brachiarias)

Foto

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Cassia rotundifolia e raízes

Nodosidades nas raízes

Raízes de Stylosanthes guyanensis CIAT

Paspalum atratum e raízes

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Amostra de solo debaixo de pastagens nativas a direitaAmostra de solo debaixo de Panicum m. a esquerda

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OS SISTEMAS

DE CULTIVO

MAIS ATUANTES

EM PLANTIO DIRETO,

NOS TRÓPICOS

ÚMIDOS

- Seqüestração de carbono

- Performances agronômicas

e técnico-econômicas

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PLANTIO DIRETO NAS COBERTURAS MORTAS + VIVAS

S O

1.

2.

(1) + +

N D J F M

ESTAÇÃO CHUVOSA ESTAÇÃO SECA

PD

Soja de ciclo curto, intermediário

Milho + Brachiaria

Pastagem na estação seca

Milho + Stylosanthes g.Arroz de ciclo curto

3,0 a 5,0 t.ha 50 a 90 kg.ha3,5 a 6,0 t.ha

SojaMilho Carne

Arroz

(1) Em função do nível tecnológico - PD = Plantio direto

A M J J A S

3,0 a 3,8 t.ha -1

-1-1 -1

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PLANTIO DIRETO NAS COBERTURAS MORTAS + VIVAS

S O

3.

4.

(1) + +

N D J F M

ESTAÇÃO CHUVOSA ESTAÇÃO SECA

PD

Soja de ciclo médio

Pastagem na estação seca

Arroz de ciclo intermediário

4,0 a 4,8 t.ha 2,8 a 4,5 t.ha1,7 a 2,5 t.ha1,8 a 3,5 t.ha

50 a 90 kg.ha4,0 a 7,0 t.ha

Soja SorgoMilheto

Eleusine

CarneArroz

(1) Em função do nível tecnológico - PD = Plantio direto

A M J J A S

Sorgo + Brachiaria b. ou Stylo. g.

Milheto + Brachiaria b. ou Stylo. g.

Eleusine coracanaSUCUPIRA

-1

-1

-1

-1

-1

-1

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PLANTIO DIRETO NA COBERTURA MORTA

S O

5.

6.

(1) +

N D J F M

ESTAÇÃO CHUVOSA

ITINERÁRIOS 5 E 6, EM ROTAÇÃO COM ITINERÁRIOS 1, 2, 3, 4

ESTAÇÃO SECA

PD

Soja de ciclo curto

Maïs + Brachiaria

Arroz de ciclo curto

3,0 a 3,8 t.ha2,4 a 3,2 t.ha

3,5 a 6,0 t.ha

SojaAlgodão

Arroz

(1) Em função do nível tecnológico - PD = Plantio direto(2) Cultura com baixo nível de insumos - (500 - 600 US$/ha)

A M J J A S

Safrinha de Algodão(2)

-1

-1-1

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PLANTIO DIRETO NA COBERTURA MORTA

S O N D J F M

ESTAÇÃO CHUVOSA

ITINERÁRIOS TÉCNICOS 7, EM ROTAÇÃO COM ITINERÁRIOS 1, 2, 3, 4, 5, 6

ESTAÇÃO SECA

Biomassas potentes (< 50 US$/ha)

Arroz ciclos curto e médio (4,5 - 7,0 t.ha )

Safrinha Algodão (2,4 - 3,2 t.ha )

Safrinha Soja (2,7 - 3,5 t.ha )

Coix lacryma jobi (3,0 - 4,0 t.ha grãos + 18 - 22 t.ha matéria seca)

A M J J A S

(1) Em função do nível tecnológico (2) Culturas com baixo nível de insumos

9 - 15 t.ha matéria seca

7.

(1)

(2)

(2)

-1

-1

-1

-1

-1

-1

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PLANTIO DIRETO NAS COBERTURAS VIVAS PERENES

S O

8.

9.

N D J F M

ESTAÇÃO CHUVOSA

SUCCESSÕES ANUAIS = PRODUÇÃO DE GRÃOS OU FIBRA + PASTAGEM

ESTAÇÃO SECA

Soja cycle court

Soja sobre Cynodon d. Tifton 85

(3,2 a 4,8 t.ha )

Algodão no Tifton 85 (2,6 a 4,8 t.ha )Biomassa perene, Tifton 85

Pastagem na estação seca(50-90 kg.ha carne)

(1) Em função do nível tecnológico -

A M J J A S

(1) -1

-1 (1)

-1

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S O

10.

11.

(1)

N D J F M

ESTAÇÃO CHUVOSA ESTAÇÃO SECA

PD

Milho madurando

Arroz maduro

Pastagem na estação seca

Plantio direto de Arroz sobre Arachis p.

Plantio direto de Milho sobre Arachis p.

4,0 a 6,5 t.ha50 a 80 kg.ha

3,5 a 5,5 t.ha

MilhoCarne

Arroz

(1) Em função do nível tecnológico - PD = Plantio direto

A M J J A S

PLANTIO DIRETO NAS COBERTURAS VIVAS PERENESSUCESSÕES ANUAIS = PRODUÇÃO DE GRÃOS + PASTAGEM

-1

-1-1

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FUNCIONAMENTO DO PERFIL CULTURAL EM PLANTIO DIRETO:

- Regido pelas propriedades físicas e biológicas que proporcionam uma capacidade crescente do solo em produzir mais, sustentavelmente e ao menor custo - - Um funcionamento favorável, capaz de integrar, nas rotações, todas as culturas de produção de grãos e as forrageiras.

Representação ideal de umsolo biologicamente ativo

Colonização radicular do Milheto (V = 3 a 5 cm/dia) em latossolo vermelho-escuro sobre basalto

Raízes de Crotalaria spectabilis (V = 3 cm/dia) em latossolos

vermelho-escuro sobre basalto

Estrutura restaurada após 10 anos de plantio direto(Latossolo vermelho-amarelo sobre rocha ácida ZTU)

Sistema radicular excepcional de Éleusine cor.(Latossolo vermeljo-amarelo

sobre rocha ácida - ZTU)

Sistema radicular muito potentede Eleusine coracana

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Sistema radicular do Algodoeiro(V = 1,5 à 2,0 cm/dia)

Latossolo vermelho erodido sobre basalto

Sistema radicular muito possante do Algodoeiro Sicala 32, em plantio direto

Latossolo vermelho erodido sobre basalto

Estrutura construída por minhocas debaixo de Brachiaria b.

Latossolo vermelho-amarelosobre rocha ácida (ZTU)

Macroporosidade altíssima decorrente da atividade dos “Corós” debaixo da cobertura

de Calopogonium m. + palha de ArrozLatossolo vermelho-amarelo

sobre rocha ácida (ZTH)

Sistema radicular do MilhoLatossolo vermelho-amarelo

sobre rocha ácida (ZTU)

Sistema radicular do AlgodoeiroProfundidade = 1,80 m na floração

Latossolo vermelho-escuro sobre basalto

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Forte nodulação na Soja Controle biológico das lagartas desfoliadoraspor (Fungo)Nomuraea rileyi

Dinâmica da água numaunidade de paisagem sobre basalto

Controle da peste vegetal Cyperus r.com a cobertura de Sorgo g.

- A direita, plantio direto- A esquerda, preparo convencional com terraços anti-erosivos

- A direita solo não coberto- A esquerda, cobertura de Sorgo

Algumas coberturas de solo para controlar totalmenteas invasoras sem recorrer aos herbicidas nas culturas

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ALGUMAS IMAGENS

DO PLANTIO DIRETO

EM MADAGASCAR

(*) A partir dos trabalhos de:

ONG TAFA, ANAE, FOFIFA, FAFIALA e CIRAD

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AS TERRAS ALTAS DE MADAGASCAR- Pequenas agriculturas familiares que praticam uma rizicultura irrigada com transplantio, quase sem insumos.- Infra-estruturas e instalações hidráulicas onerosas, cuja perenidade depende da gestão das colinas em volta delas...

..... A rizicultura irrigada não é mais suficiente para a sobrevivência, as colinas devem

contribuir para a produção.....

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ÁREAS SOBRECARREGADAS, COM EXPLORAÇÃO EXCESSIVA DOS ARROZAIS DE VÁRZEAS E DAS COLINAS (TANETY)

COM SOLOS RICOS DE ORIGEM VULCÂNICA...IMBRICADAS EM ÁREAS VAZIAS, COM SOLOS PAUPÉRRIMOS...

Áreas vazias

Áreas sobrecarregadas

Região de Ibity(Terras altas)

Os vulcões da região de Betafo(Terras altas)

Costa leste(Colinas sobre maçico ácido)

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OBJETIVOS DO PLANTIO DIRETO:- Gerir sem erosão, e ao menor custo, as unidades de paisagem no seu conjunto = Colinas + Arrozais das várzeas -- Restaurar a fertilidade dos solos de savanas mais pobres, para preservar a floresta -

Nas terras altas

Feijão em plantio direto

Feijão “´palhado” em plantio direto

Palhagem das parcelas em plantio direto Aveia em plantio direto nos arrozais de várzea, na estação seca

ConsórcioMilho

+ Brachiaria b.em plantio direto

FeijãoAração na frente Plantio direto atrás

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Na Costa Leste (ZTU)

Trigo em plantio diretoapós arroz de várzea,

na estação seca

Arroz de sequeiro em plantio direto na várzea

Arroz de sequeiro em plantio diretoem solo muito pobre “écobué” (*)

(área vazia de savanas)

Arroz de sequeiro em PD, consorciado com Pueraria, em solo muito pobre “écobué” (*)

(área vazia de savana)

Arroz de sequeiro em PD, Sobre Arachis p.

(Solo sobre basalto)

(*) Cozimento localizado do solo debaixo da linha de plantio, com palhas enterradas usadas como combustível.

Milho em plantio direto, sobre Arachis p.

(Solo sobre basalto)

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NAS REGIÓES COM BAIXA PLUVIOMETRIA DO SUDOESTE (350-600 mm)

- Nos solos ferruginosos com fácies dominante arenoso, aplicando os mesmos princípios de gestão organo-biológica (ecossistema florestal) do que nos trópicos úmidos, se pode também produzir em plantio direto muita matéria seca (entre 10 e 20 t.ha ano ) e mais alimentos num ambiente protegido....

Paisagem do Sudoeste(baobás)

Milhetos e Sorgos consorciados com Caupi

-1 -1

Sorgo consorciado com Caupi

Milho consorciado com Caupi

Milho e Sorgo consorciado com Dolichos lab lab

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UM ARTIGO DO PLANTIO DIRETO

SISTEMAS DE CULTIVO

E

DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA

L. Séguy

S. Bouzinac

A. C. Maronezzi

CIRAD-CA - AGRONORTE PESQUISAS - GRUPO MAEDA - ONG TAFA/FOFIFA/ANAE

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1

SISTEMAS DE CULTIVOE

DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA

L. Séguy1, S. Bouzinac2, A. C. Maronezzi3

Fevereiro 2001RESUMO Os autores analisam as performances comparadas dos sistemas de cultivopraticados com preparo de solo convencional e em plantio direto sobre coberturavegetal nas diversas eco-regiões do mundo tropical . Assim :

- Se a destruição da matéria orgânica (M.O.) em gestão convencional com preparodo solo é muito rápida, sua reconstrução, até nos Trópicos Úmidos, pode serealizar na mesma velocidade em plantio direto.- A seqüestração do carbono depende da natureza dos sistemas de cultivo criados;os mais atuantes são aqueles que produzem maiores quantias de materia seca,tanto na superfície do solo quanto no perfil cultural, durante toda a estaçãochuvosa, mas tambem na estação seca, onde as condições reduzem amineralização da M.O. Por este fato, a escolha das plantas de cobertura édeterminante- Nos melhores sistemas em plantio direto, os níveis de M.O. podem rapidamentealcançar os dos ecossistemas naturais, mesmo partindo de condições iniciais desolo muito degradadas- Os melhores sistemas em plantio direto produzem entre 26 e 32 t de resíduos dematéria seca por hectare et por ano ; a evolução das performances agronômicas etécnico-econômicas dos sistemas de cultivo acompanha estritamente a da M.O. ;os sistemas em PD (plantio direto) mais fáceis a serem praticados conquistarammais de 6 milhões de ha em menos de 10 anos nos Cerrados do Centro-Oestebrasileiro.

1 Agrônomo do CIRAD-CA, sedeado no Brasil, coordenador da Rede Plantio Direto do programa GEC . e-mail = lSé[email protected] Agrônomo do CIRAD-CA, trabalha em equipe com L. Séguy no Brasil e na Rede Plantio Direto GEC e-mail = lSé[email protected] Agrônomo e diretor da empresa de pesquisa privada AGRONORTE , parceiro do CIRAD-CA / GEC e-mail = agronort@terra. com.br

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2

Palavras-chaves = metodologia Pesquisa-Ação, conceitos plantio direto, dinâmica damatéria orgânica, sistemas de cultivo, multifuncionnalidade das biomassas de cobertura,produtividade e funcionamento dos sistemas.

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1

I. INTRODUÇÃO. No início deste novo milênio, a agricultura mundial deverá efetuar uma verdadeira

revolução para se adaptar simultaneamente à globalização dos mercados e doconhecimento, a pressão crescente dos consumidores que exigem produtos sadiose de qualidade, e a dos científicos e da sociedade civil em geral para a salvaguardado planeta.

. As estratégias e os modelos de desenvolvimento terão de levar em conta anecessidade de produzir mais por unidade de recursos naturais, e assim sendo,será imperativo de reduzir e até suprimir os efeitos negativos provocados pelaatividade agrícola na natureza. Atualmente, estimativas oriundas de pesquisasrecentes (Lal R. et al., 1995; IPCC, 1996) evidenciam que o volume de CO2 emitidopara atmosfera contribui para 50% do efeito estufa e que a atividade agrícolarepresenta mais de 23% do total emitido.

. Se esta revolução está ainda para fazer na escala do planeta, na última década doséculo passado surgiu, sob a pressão das catástrofes ecológicas mundiaisrepetidas, uma consciência coletiva em favor da proteção do meio ambiente. Aagricultura conservacionista já tem realizado, a este respeito, uma verdadeirarevolução nas práticas e nos espíritos, particularmente no continente americano, esobretudo no Brasil que constitui o exemplo mais significativo através dodesenvolvimento exponencial da gestão dos solos e das unidades de paisagem emPlantio Direto.

No continente americano, atual sede desta revolução agrícola (USA e sobretudoBrasil e países do Cone Sul), inúmeros trabalhos de pesquisa conduzidos em eco eagrossistemas muito contrastados com modos de gestão de longo prazo mostramque, tanto sob clima temperado quanto tropical ou subtropical, os sistemaspraticados em Plantio Direto4 sem jamais preparar o solo, comparados aosmesmos sistemas de cultivo usando as diversas técnicas convencionais de preparodo solo, permitem aumentar notavelmente os teores de matéria orgânica dos solos(Cambardella C.A. et Elliot E.T., 1994; Dick W.A. et al., 1998; Bayer C. et al., 2000;Sá J.C.M. et al., 2000.).

Se estes resultados, já confirmados sobre longos períodos, são animadores etranqüilizam para o futuro do planeta na sua capacidade de produzir mais,sustentavelmente e a custo menor, poluindo menos (Elliot E.T. et al., 1986;Reicosky D.C. et al, 1995.), eles ainda se revelam insuficientes para bem explicitarcientificamente e dominar na prática a dinâmica do carbono em função da naturezados sistemas de cultivo praticados e principalmente para construir os sistemasconservadores de amanhã, os quais deverão ser ainda mais atuantes a esserespeito, satisfazendo também os "pré-requisitos" da agricultura sustentável e osobjetivos dos agricultores.Há mais de 20 anos no Brasil, mais de 15 anos na ilha da Réunion, mais de 10anos em Madagascar e mais recentemente na Ásia (Vietnam e Laos), o CIRADconstrói, com seus parceiros da pesquisa e do desenvolvimento no Sul, diversossistemas de cultivo em Plantio Direto4 que devem responder a essas exigências .

4 O Plantio Direto (PD) é um sistema conservacionista de gestão dos solos e das culturas noqual a semente é colocada diretamente no solo que nunca é preparado. Somente umburaquinho ou um sulco está aberto, de profundidade e largura suficientes, com implementosconcebidos para este fim para garantir uma boa cobertura e um bom contato da semente com osolo. A eliminação das invasoras, antes e depois do plantio, durante o cultivo, se faz comherbicidas, menos poluentes possíveis para o solo que deve sempre permanecer coberto.

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O presente trabalho reune, de modo muito sintético5, os principais resultados destaconstrução da Pesquisa-Ação conduzida pelo CIRAD-CA e contemplasucessivamente:

- a apresentação de nossa metodologia geral de intervenção sobre sistemas decultivo, que atua em ligação direta no ambiente e com a participação efetivados atores do desenvolvimento;

- a análise das tendências evolutivas da matéria orgânica em função da naturezados sistemas de cultivo existentes e dos sistemas inovadores e preservadoresdo meio-ambiente; os resultados são discutidos e comparados com os obtidosem outras grandes eco-regiões do mundo, principalmente nos USA em climatemperado e no Brasil em clima subtropical;

- enfim a avaliação das performances agronômicas, técnicas e econômicas dossistemas de cultivo, e sua evolução no decorrer do tempo; os resultados dosmelhores sistemas apropriáveis são confrontados com sua capacidade emseqüestrar o carbono e em conservar o potencial produtivo do patrimônio solo amédio prazo e ao menor custo.

Levando em consideração os inúmeros resultados já acumulados no que dizrespeito às performances dos sistemas de cultivo na “Rede Plantio Direto do CIRAD-CA”, só trataremos neste trabalho de alguns exemplos muito contrastados nos planosecológicos e sócio-econômicos que foram comprovados duravelmente, e quealimentam ativa e significativamente a difusão e a apropriação pelos agricultores dossistemas de cultivo preservadores do meio-ambiente.

II. MATERIAIS E MÉTODOSO método de Pesquisa-Ação utilizado, chamada de “Criação-Difusão”, faz parte dos

modelos de pesquisa fundamentados na experimentação em meio real ( Séguy L. etal., 1994 e 1996 ; Triomphe B., 1989 ) [ Vide Fig. 1]. A pesquisa-ação consiste essencialmente, partindo de várias situações

pedoclimáticas e socio-econômicas regionais (diagnóstico inicial, tipologia dasfazendas que levam a análise dos maiores fatores limitantes para a fixação deagriculturas sustentáveis), em adaptar, construir, para e com os agricultores, nosseus ambientes, sistemas de cultivo sustentáveis baseados sobre técnicas de gestãoconservatória dos solos, facilmente apropriáveis pelos produtores. Estes sistemasdevem em primeiro lugar melhorar, restaurar e em seguida, manter o potencialprodutivo do solo a longo prazo com uso mínimo de insumos, até sem nenhum, numambiente totalmente protegido (Escalas das unidades de paisagem, dos "terroirs" 6 ).

. Estes objetivos são, simultaneamente e num enfoque holístico e heurístico :- construir com os agricultores soluções práticas e apropriáveis para vencer osobstáculos a fixação das agriculturas tropicais sustentáveis (critérios dosprodutores, dos extensionistas e dos pesquisadores);

5 Para maiores informações, o leitor poderá consultar o Dossiê “ Sistemas de cultivo edinâmica da matéria orgânica” de Séguy L., Bouzinac S. e Maronezzi A.C. ,(2001c) –Documento Interno CIRAD-CA – 203 p. -34398 – Montpellier Cedex 5 França . 20016 Definição “Terroirs” = Conjunto de parcelas homogêneas caracterizadas por uma mesmaestrutura e uma mesma dinâmica ecológica (agrossistema) assim como o mesmo tipo deaproveitamento e instalações agrícolas (G. Duby, A. Vallon).

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- explicar e modelar o funcionamento dos agrossistemas cultivados,sustentáveis, para poder adapta-los logo para outros eco e agrossistemastropicais;

- analisar e avaliar preventivamente seus impactos: na evolução da fertilidadedos solos a escala das unidades de paisagem representativas dos "terroirs" e dasmicrobacias, no comportamento dos agricultores e das sociedades rurais.

2.1. A CRIAÇÃO DA OFERTA TECNOLÓGICA "Sistemas de cultivo" COM OSPRODUTORES

A pesquisa-ação cria, em cada grande eco-região, com seus parceiros dodesenvolvimento (agricultores, extensionistas) um duplo dispositivo operacionalcom vocações complementares :

- Algumas unidades experimentais "sistemas de cultivo", geridas emmeio real controlado pela pesquisa e pelos agricultores = elasrepresentam as vitrinas da oferta tecnológica ( Matrizes dos sistemas),

- várias fazendas de referência, em meio real, onde são aplicados, emgrande escala, um ou vários sistemas de cultivo procedentes dasunidades, escolhidos pelos produtores que os aplicam integralmente ouos readaptam em função de seus objetivos próprios. Este conjuntoconstitui um dispositivo de intervenção multilocal de longa duração queabrange as variabilidades pedoclimática e sócio-econômica regional (cf.Fig. 2).

Os sistemas de cultivo (tradicionais + inovadores) estão organizados emodelados em "matrizes dos sistemas", sobre toposeqüências representativasdo meio físico e da paisagem agrícola. Partindo dos sistemas tradicionais, osnovos sistemas são elaborados por incorporação progressiva, sistemática econtrolada de fatores de produção mais performantes (modos de gestão dossolos e das culturas, produtos temáticos tais como variedades, níveis deadubação – Vide Fig. 3).A construção das matrizes "sistemas de cultivo" obedece a regras precisas (cf.Séguy L. e al. 1994,1996) que permitem a interpretação dos efeitos diretos eacumulados dos componentes dos sistemas no decorrer do tempo, tanto nassuas performances de produção quanto nos seus impactos na fertilidade dossolos, na biologia das invasoras ou das pragas, etc....

As matrizes "sistemas de cultivo" e a rede multilocal de fazendas dereferência, constituem os suportes operacionais do estudo; estes dispositivosexperimentais, de longa duração, representam ao mesmo tempo :

- Um lugar de ação, de criação da inovação e de formação dos atores,no qual a montagem matricial dos sistemas permite avaliar suasperformances agronômicas, técnicas e econômicas, comparadas nasmesmas condições de solo e clima, e classificá-los no decorrer do tempo(respostas de sua estabilidade ou flutuações em relação aos riscosclimático ou econômico), enfim extrair as leis de funcionamento dossistemas (condições de reprodutibilidade modelagem);

- Um laboratório de vigilância, precioso para os cientistas, permitindoavaliar, de modo antecipado em relação à adoção dos sistemas pelosagricultores, seus impactos no meio ambiente (erosão, qualidade biológicados solos, externalidades, xenobióticos) [conceitos de. Chaussod R 1996] .

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Portanto, trata-se de um lugar privilegiado para confrontar performances deprodução dos sistemas com seus modos de funcionamento e impactosambientais dentro de um enfoque preventivo que oferece soluções reaisaos agricultores e as autoridades afim de conciliar as exigências dasociedade civil (impactos ambientais) e os objetivos dos produtores(produtividades dos sistemas, do trabalho, das margens, etc....);

- A manutenção da memória viva = os sistemas tradicionais e suasevoluções estão perenizados para medir os progressos conseguidos nodecorrer do tempo (performances agronômicas e técnico-econômicas,impactos ambientais). Da mesma forma, os sistemas mais destruidores dorecurso-solo devem estar presentes durante todo o estudo; eles são astestemunhas vivas do que não se deve fazer, e são imprescindíveis para aformação (cronoseqüências de evolução dos sistemas controlados).

- Um viveiro de sistemas de cultivo que reúne a agricultura de ontem(com preparo do solo), a agricultura de hoje (as culturas dos agricultoresconduzidas em Plantio Direto) e a agricultura de amanhã (sistemas emplantio direto construídos sobre uma maior diversidade de culturas, sobre aintegração da agricultura com a pecuária e a recolocação das árvores noespaço cultivado).

♦ Todos estes sistemas de cultivo são conduzidos com três níveis de adubação( Fig. 3) :

- A adubação tradicional, ou recomendada pela pesquisa ou pelaextensão, ou a que é usada pela maioria dos agricultores da região,

- Um nível de adubação baixa, que corresponde a grosso modo só àsexportações pelos grãos das culturas,

- Uma adubação não limitante (expressão do potencial agronômico naoferta pedoclimática local).

♦ Estes três níveis de adubação combinados aos modos diferenciados de gestãodos solos e das culturas poderão evidenciar no decorrer do tempo :- A importância das possibilidades de restauração da fertilidade lato sensu

pela via organo-biológica (velocidade de restauração, importância naprodutividade de matéria sêca total em função dos níveis de adubaçãomineral, expressão do potencial produtivo do solo no passar do tempo), e acomprovação do fechamento do sistema "solo-cultura” (cf. L. Séguy e al.,1996 ), sem perda de nutrientes graças aos sistemas de cultivo em PlantioDireto conduzidos com a adubação baixa que só repõe as exportações denutrientes pelos grãos.

- A influência preponderante e capital da gestão prioritária das propriedadesfísicas e biológicas (estreitamente ligadas) sobre as performancesagronômicas dos sistemas de cultivo no decorrer do tempo em relação àsdas propriedades químicas nos solos tropicais (latossolos dominantes, maisou menos degradados).

CONTEUDO DAS MATRIZES "Sistemas de cultivo" PERENIZADAS:Elas reúnem na mesma unidade experimental e nas mesmas condiçõespedoclimáticas :- O ou os sistemas tradicionais representativos da região;- Sistemas inovadores, preservadores do meio ambiente em constante

evolução, que usam novas técnicas de Plantio Direto, inspirados

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diretamente do funcionamento do ecossistema florestal : o plantio diretosobre cobertura permanente do solo (Séguy L. et al., 1996).

Três grandes tipos de sistemas de cultivo foram elaborados pelo CIRAD-CAinspirados do ecossistema florestal (vide Fig. 8 a 10) :

- os nas coberturas mortas,- os nas coberturas vivas,- os nas coberturas com vocação mista.

Nos sistemas com cobertura morta permanente, a cobertura provêm, alémdos resíduos de colheita das culturas comerciais, de uma cultura de biomassavegetal (espécie a vocação de produção de grãos ou forrageira, ou ambasassociadas), extremamente potente, implantada antes ou depois da coberturacomercial em condições pluviométricas frequentemente aleatórias (Vide Fig. 4).Esta forte biomassa é dessecada com herbicidas totais logo antes o plantiodireto da cultura comercial, o qual se realiza na cobertura graças a plantadeirasespecialmente concebidas para este fim.

Nos sistemas com cobertura viva permanente, esta é sempre uma espécieforrageira perene através de orgãos de multiplicação vegetativa (estolões,rizomas); a cultura comercial é implantada na cobertura da qual somente aparte aérea foi dessecada ( preservando totalmente os orgãos de reproduçãovegetativa com herbicidas idôneos, baratos e pouco poluidores). A cobertura émantida viva, mas não competitiva para a cultura comercial (com ajuda deherbicidas seletivos, usados à baixíssima dosagem), até que a culturacomercial, gerida a este fim, assegura um sombreamento total acima dela;quando a cultura comercial madurece, ela deixa a luz penetrar e a coberturaviva volta a crescer cobrindo logo o solo de novo, e pode ser pastoreada pelosanimais após a colheita (sucessões anuais = produção de grãos + produção decarne ou leite) [ Cf. Fig. 5].

Os sistemas mistos (cf. Fig. 6 ) são intermediários entre os dois modelosanteriores e são edificados sobre sucessões anuais que incluem: 1 culturacomercial + 1 cultura de biomassa para produção de grãos consorciada comuma cultura forrageira; portanto, colha-se as duas culturas sucessivas durantea estação chuvosa, e em seguida, durante a estação seca, tem-se umaprodução de carne ou de leite assegurada pela cultura forrageira (cf. Fig. 6).

A duração da estação chuvosa e a importância da pluviometria determinarão aspossibilidades de aplicação de um ou outro tipo de sistema de Plantio Direto comcobertura permanente dos solos.

2.2. ACOMPANHAMENTO - AVALIAÇÃO E ANÁLISE DE IMPACTOS

2.2.1. ACOMPANHAMENTO-AVALIAÇÃODepende das escalas de intervenção :

- NA ESCALA DA PARCELA, estão avaliadas as performances comparadas dossistemas de cultivo com o passar do tempo, em termos :

a)agronômicos = produtividade de matéria seca das culturas comerciais oualimentares (biomassas aéreas = grãos + palhas, e biomassas radiculares), eseus teores em nutrientes; produtividade das culturas "biomassas de

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cobertura" ou "bombas biológicas" que desempenham sua multifuncionalidadenos solos e que constituem o leito no qual efetua-se o plantio direto dasculturas comerciais; são registrados :

- Os rendimentos em matéria seca das partes aéreas eradiculares e sua dinâmica de crescimento,- Seu conteúdo em nutrientes: C N, P, Ca, Mg, K, S e micro-nutrientes.

Estas medições estão efetuadas sistematicamente :antes do plantio direto das culturas comerciais,depois sua colheita em grãos, e após a das biomassas de coberturainstaladas em safrinha.

O registro destes parâmetros informa sobre a dinâmica do Carbono e dosnutrientes procedentes da mineralização das restevas das culturas comerciais edas biomassas de cobertura oriundas tanto das partes aéreas quantoradiculares (funções das coberturas : alimentar, recicladora e reestruturadora, derecarregamento em carbono). Igualmente estão acompanhados a nível de cada sistema de cultivo, oparasitismo dos solos e das culturas, e a evolução da flora daninha (Função decontrole das coberturas)

b) técnicos = factibilidade (exeqüibilidade) técnica dos sistemas de cultivo,capacidade de trabalho dos equipamentos mecanizados e da mão de obra, suaflexibilidade de uso, sua penosidade.

c) econômicos = Custos de produção, margens brutas e líquidas, relaçãocusto/benefício; no caso das agriculturas manuais, também o número de diasde trabalho e a valorização do dia de trabalho.

O registro desses dados mínimos, permite, em todos os casos :- classificar os sistemas de cultivo a partir de suas performances anuais e

interanuais, nos planos agronômico, técnico e econômico.- comparar e compreender seus modos de funcionamento agronômicos

principais no passar do tempo (relações solo-culturas), avaliá-los eclassificá-los face aos riscos climáticos maiores.

- identificar os sistemas mais estáveis e de menor risco do ponto de vistada gestão econômica frente às variabilidades climáticas e econômicas.

NA ESCALA DA TOPOSEQÜÊNCIA- Dinâmica da erosão e do escorrimento (qualitativo),- Avaliação das externalidades = carga sólida, teores em nitratos, bases, P,

moléculas xenobióticas, recuperadas na parte "a justante" das toposeqüências(Fig. 2).

NA ESCALA DAS FAZENDAS DE REFERËNCIA E DOS "TERROIRS" (meio real)- Performances comparadas dos sistemas de cultivo e de produção a partir dos

critérios precedentes : agronômicos, técnicos e econômicos.- Difusão espontânea dos sistemas de cultivo em Plantio Direto (importância, pontos

fortes e fracos).- Identificação dos agricultores líderes, formadores de opinião (amplificação da

difusão), .- Modificação dos sistemas de cultivo e de produção, da ocupação do espaço;

importância da árvore no espaço cultivado, do pousio.

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NA ESCALA REGIONAL- A partir da rede experimental (matrizes + fazendas de referência), criação de

referências agronômicas e técnico-econômicas regionais (banco de dados) sobreos sistemas de cultivo em Plantio Direto nas coberturas vegetais.

- Modelagem do funcionamento comparado dos sistemas de cultivo (leis defuncionamento dos agrossistemas e possibilidades de extrapolação para demaisecologias).

2.2.2. ANÁLISE DOS IMPACTOS

NO SOLO Evolução da fertilidade dos solos (escala das toposeqüências, dos sistemas decultivo, do ambiente natural) :

Análises de rotina :Propriedades químicas cuja pH, S, CEC, P total etrocável (Resina), micro-nutrientes; Propriedades físicas = M.O., Norgânico, propriedades hidrodinâmicas = água utilizável, sua velocidade deinfiltração sob culturas, a tipologia dos agregados e do espaço poral ; acaracterização e o acompanhamento permanente do perfil cultural eespecialmente da dinâmica de colonização radicular (velocidade,características de exploração do perfil).

Análises mais finas, necessárias para quantificar a dinâmica docarbono e dos íons : a dinâmica dos nitratos, de Ca et K (Tipo defuncionamento do sistema "Solo-culturas" : aberto ou fechado [conceitoSéguy L., 1996)] . As propriedades biológicas = caracterização da fauna(macro e méso), biomassa microbiana, biomassa microbiana/C, C et Norgânico, dinâmica do C (Cerri C. et al, 1985) (C13/C12), método dofracionamento granulométrico das matérias orgânicas ( Feller C., 1995),índice da atividade biológica global (Bourguignon C. , 1995/2000comunicações pessoais).

NAS EXTERNALIDADESNa escala de toposeqüências representativas ou parte de microbacias =

- Manutenção das infra-estruturas = estradas, caminhos, instalaçõeshidráulicas (operações, custos).

- Rios, poços, lençóis freáticos = poluição lato sensu(nitratos, pesticidas).

NA MENTALIDADE DOS AGRICULTORES- Relações com meio-ambiente (replantio de árvores, instalação de cercas

vivas, respeito da fauna),- Levar em conta a qualidade da produção- Organização da profissão agrícola (clubes e associações de Plantio

Direto, outros tipos de organização da produção, do crédito, dos insumos).- Natureza de suas decisões, visão de seu futuro.

NA ECONOMIA REGIONAL- Continuums produtivos e comerciais por produto, mercados,

transformação dos produtos.- Redes de abastecimento em fatores de produção, em créditos.- Lugar da agricultura na economia regional.

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2.3. ESCOLHA DAS ECO-REGIÕESDentro deste estudo, três grandes ecologias foram escolhidas a título deexemplos demonstrativos; elas são muito diferentes nos planosgeomorfológico, pedológico, climático e sócio-econômico, porém, todas sãosubmetidas a uma erosão intensa quando os solos foram preparados.

- Os Trópicos Úmidos (TU), representados pela região das frentes pioneirasdo Sul da Bacia Amazônica no Brasil (de 11 a 12º de latitude Sul) e a regiãode Boumango no Gabão, no Oeste da África (2º de latitude N). Elascorrespondem ao domínio dos latossolos sobre rocha ácida, altamentedessaturados, sob um clima quente com alta pluviometria anual, com uma ouduas estações chuvosas, variando entre 2.000 e mais de 3.000 mm,distribuída sobre 7 a 8 meses. As unidades geomorfológicas maisrepresentadas são as colinas em meia-laranja, cujo declive vai de 2 até maisde 6%. Dois grandes ecossistemas estão lado a lado = o das FLORESTAS eo dos CERRADOS (savanas).

- A região das FLORESTAS TROPICAIS do Centro-Oeste brasileiro, (17ºde latitude Sul), representativa dos latossolos vermelhos escuros eutríficoscom fortes potencialidades sobre rochas basálticas (os "trapps basálticos"cobrem 750.000 km2 no Brasil); o clima é mais fresco na estação seca e apluviometria, variável de um ano para outro, oscila entre 900 e 1.600 mm, em6 meses. As unidades geomorfológicas são constituídas de “dedos”basálticos com fortes declives (6 a 20%).

Nessas duas grandes ecologias abertas para a agricultura no final dos anos 70,se desenvolveu uma agricultura mecanizada praticada em grandes fazendasdominantes, e baseada em culturas industriais tais como a soja, o algodão, ouem culturas alimentares como o arroz e o milho, ou ainda a pecuária extensiva.

- A região das Altas Terras da ilha de Madagascar que beneficia decondições climáticas subtropicais, frescas e úmidas (19º de latitude Sul), comuma altitude entre 1.200 e 2.000 m, e submetida a um regime ciclônico dechuvas; a pluviometria varia de 1.200 a 1.800 mm e as chuvas podem serexcepcionalmente agressivas durante os ciclones. Os solos são latossolossobre maciços cristalinos (localidade de Ibity), ou sobre aluviões lacustresantigas (localidade de Sambaina), e são geralmente ricos em matériaorgânica de baixíssima atividade. Se a agricultura concentra suas atividadesna rizicultura irrigada dos vales de altitude, praticada manualmente ou emtração animal, a densidade crescente de ocupação dos solos leva acolonização cada vez maior das colinas com fortíssimo declive, cobertas delatossolos humíferos fortemente dessaturados; a agricultura praticadamanualmente é de baixíssima produtividade, sem insumos químicos, os solossão "arados" com a pá tradicional (Angady).

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III. RESULTADOS3.1. DINÂMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS

SISTEMAS DE CULTIVO E DAS ECOLOGIAS

Várias regras podem ser enunciadas a respeito da dinâmica do carbono em funçãodos sistemas de cultivo, nas diversas grandes eco-regiões tropicais e subtropicais(Fig. 7, 8 e 9) :

Em todos os casos estudados, as técnicas de preparo de solo (gradagens,arações) combinadas com sistemas de monocultura com uma só cultura anualque só utiliza uma pequena fração do potencial hídrico disponível levam semprea perdas expressivas de matéria orgânica, cuja importância varia em função dascondições de clima, solo, declive, técnicas de preparo do solo e estado dedegradação do perfil cultural :

- Nos Trópicos Úmidos, na ecologia de florestas com topografia plana, asperdas se concentram no horizonte 0-10 cm e variam entre -0,7 e -1,2MgC.ha-1.ano-1, mas podem também afetar a camada 10-20 cm, como nocaso dos cerrados onde a declividade é maior e a erosão é mais ativa.

- Em regiões subtropicais de altitude com relevo montanhoso, os latossolossobre "maciço-cristalino", submetidos a um regime ciclônico de chuvas,podem perder entre -1,0 e -1,4 MgC.ha-1.ano-1.

- Em regiões de florestas tropicais sobre basalto, com fortes declives noCentro-Oeste brasileiro (Sul de Goiás), os latossolos mais argilosos ecom fortes potencialidades se revelam menos sensíveis a estes modosde gestão (gradagem x monocultura de algodão) e perdem sómenteentre –0,2 e –0,45 MgC. ha-1.ano-1.

Todos os sistemas de cultivo em Plantio Direto sobre coberturas vegetaispermanentes, permitem, em todas as situações pedoclimáticas, recarregar operfil cultural em M.O. e controlar totalmente a erosão, qualquer que seja odeclive, a pluviometria e o tipo de solo.

Se a importância da seqüestração de C depende das condições de solo e clima(o clima subtropical de altitude, fresco e úmido, é o que mais acumula C), esta éprincipalmente condicionada, em cada grande eco-região, pela natureza dossistemas de cultivo praticados em Plantio Direto e pelo estado de degradaçãofísico-biológico do perfil cultural inicial; nos Trópicos Úmidos7, onde ascondições climáticas são ideais para um funcionamento máximo do “reator -mineralização da M.O.", a taxa de seqüestração anual de C pode então variar de1 para 2 em função da natureza dos sistemas praticados ; partindo de perfisculturais já muito degradados, empobrecidos em M.O. :

+ 0,83 MgC.ha-1.ano-1 para sucessão anual soja+milheto (0-10 cm)+ 1,16 MgC.ha-1.ano-1 para a sucessão anual soja+sorgo (0-10 cm)+ 1,33 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0-10 cm e +1,4 MgC.ha-1.ano-1 na

camada 10-20 cm para a sucessão soja+sorgo ou milheto consorciadoscom Brachiaria ruziziensis, dentro da qual a pastagem continuaproduzindo biomassa verde após a colheita do sorgo e durante toda aestação seca (biomassas aéreas e radiculares);

7 A parte relativa aos 15 anos da cronoseqüência 3 em ecologia de floresta (Fig. 16) e a cronoseqüênciade Cerrados (Fig. 17) incluem na realidade, 2 a 3 anos de arroz logo após desmatamento. Esta culturafaz parte integrante do desmatamento–abertura das terras. Ela restitue entre 7 e 11t/ha/ano de resíduoscom C/N elevado, que permite manter o teor de M.O. do perfil cultural ao início (Séguy L. et al , 1996).

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+ 1,66 MgC.ha-1.ano-1 no horizonte 0,10 cm e +1,8 MgC.ha-1.ano-1 nacamada 10-20 cm com o sistema : arroz + Eleusine coracana no primeiroano, seguido de soja + Eleusine coracana no 2º ano, e de arroz +Eleusine coracana no 3º ano, sejam 5 gramíneas em 3 anos incluindo 3ciclos de Eleusine coracana, gramínea anual que possui o sistemaradicular mais possante de todas as espécies que testamos até hoje(biomassa seca radicular superior a 5 t/ha na camada 0-50 cm, em 80dias).

Os sistemas em plantio direto de soja, milho ( de arroz e algodão possíveistambém) sobre coberturas vivas perenes, respectivamente de Cynodon d.Tifton e Arachis p., permitem igualmente seqüestrar o carbono de modo muitoeficiente; em 3 anos, a quantia anual de C seqüestrado é de :

+ 1,5 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e de + 0,8 MgC.ha-1 no nível 10-20 cmpara o sistema mais atuante : soja em cima de Tifton,

+ 1,0 MgC.ha-1.ano-1 mas somente na camada 0-10 cm para o sistemamilho sobre Arachis pintoi.

Após um período de 6 anos de prática contínua do sistema : soja + milheto ousorgo, em plantio direto, e partindo em conseqüência de um perfil culturalparcialmente restaurado em M.O. pelo Sistema de Plantio Direto, seimplantarmos, sempre em Plantio Direto, espécies forrageiras que serãopastoreadas durante os 5 anos seguidos sem insumos (1,8 UGB/ha), opercentual de M.O. do solo aumenta mais rapidamente e a quantia de carbonoseqüestrado anualmente é mais elevada com a espécie Brachiaria brizantha (cv.Brizantão) do que com a espécie Panicum maximum (cv. Tanzânia) :

. +0,7 MgC.ha-1 para esta última no horizonte 0-10 cm contra + 0,9MgC.ha-1 para o brizantão, na mesma camada;. no horizonte 10-20 cm a taxa de seqüestração anual de C é muitoelevada, + 1,68 MgC.ha-1.ano-1, com Brachiaria b., contra + 1,08MgC.ha-1.ano-1 com Panicum m..

Portanto, essas 2 espécies recarregam fortemente o perfil cultural abaixo de 10cm de profundidade .

Resultados similares de seqüestração de C. sob Plantio Direto foram obtidosnas savanas gabonenses, em condições pedoclimáticas próximas e a partir desistemas de cultivo de produção de grãos semelhantes, que transferimos doBrasil (cf. cronoseqüências Gabão; Boulakia S. et al., 1999 – Vide Fig. 7). Comono caso das frentes pioneiras dos Trópicos Úmidos do Brasil, o preparo profundodo solo, praticado a cada ano na entrada de uma sucessão anual milho+sojainduz a perda progressiva de M.O.; as perdas anuais de C, são, em 3 anos, de -1,0 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm, e de -0,7 MgC.ha-1 no nível 10-20 cm, napresença de uma forte adubação mineral anual; quando é usado um nível deadubação médio a baixo, a perda anual de C é menor.

Como nos Cerrados brasileiros, a prática, em plantio direto contínuo, desistemas com 2 culturas anuais em sucessão dominados por gramíneas, vizinhosdos utilizados no Brasil, leva a níveis de seqüestração anual de C idênticos aosobservados no Brasil : +1,0 MgC.ha-1 no horizonte 0-10 cm e +0,8 MgC.ha-1 nacamada 10-20 cm ( Vide Fig. 7).

Qualquer que seja o tipo de solo e as condições climáticas, quanto maiso perfil cultural inicial estiver desestruturado e empobrecido em M.O., mais rápidoserá o recarregamento em carbono através de sucessões em PD onde asgramíneas tem um papel dominante ( milheto,mas sobretudo sorgo, Eleusine,aveia, espécies forrageiras ).

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Sob pluviometria menor (900 a 1 600 mm), com solos argilososnaturalmente bem estruturados e ricos em M.O., como os latossolos vermelhosescuros sobre basalto do Sul de Goiás, submetidos a gradagens em monoculturade algodão, sobre fortes declives, as perdas de M.O. são nitidamente inferioresás registradas nos TU e são principalmente localizadas nos cortes de erosão(erosão linear dominante ).

O clima fresco e úmido de altitude nas terras altas de Madagascar permiteseqüestrar a maior quantia de carbono anualmente, quando as gramíneasperenes muito possantes são os suportes dominantes dos sistemas em PD(Pennisetum clandestinum ) = de + 1,8 a +2,4 MgC.ha-1 no horizonte 0-20 cm.

A taxa de seqüestração de C nos sistemas de Plantio Direto maisatuantes pode ser tão rápida e importante quanto são as perdas sob gestãoinadequada com preparo do solo; os sistemas em Plantio Direto mais eficientes aesse respeito são os que usam safrinhas a base de "biomassas de cobertura" ou"bombas biológicas", possantes fornecedoras de biomassa (matéria seca aérea eradicular) tais como milhetos, sorgos consorciados com Brachiaria ruz., Eleusinecoracana, Cynodon dactylon, nos TU, as espécies forrageiras perenes dosgêneros Pennisetum (clandestinum), e Desmodium (intortum) nas regiõessubtropicais de altitude . Estes sistemas levam, até em períodos curtos de 3 a 5anos, a recuperar as taxas de M.O. dos ecossistemas originais e até aultrapassá-las.

O recarregamento em carbono a curto prazo do perfil cultural com osmelhores sistemas de Plantio Direto interessa de modo preferencial o horizonte0-10 cm, mas também o de 10-20 cm, quando espécies forrageiras foramusadas na rotação tais como Brachiaria, Eleusine, Cynodon, Pennisetum .

A comparação dos resultados obtidos com os de demais autores dessasregiões tropicais e subtropicais, evidencia :

- Uma boa concordância com os resultados produzidos por Corraza et al.,1999 na eco-região dos cerrados do Centro-Oeste brasileiro, que mostramuma taxa de seqüestrarão anual de C de +2,18 MgC.ha-1.

- Na região Sul do Brasil, em condições subtropicais, os resultadosrecentes obtidos por Amado T.J. et al. (1999), Bayer C. et al. (2000) e SáJ.C.M. et al (2000 a), com taxas anuais de seqüestração de C de +1,6 de+1,33 e de 0,99 MgC.ha-1 respectivamente, são bastante comparáveis aosque obtivemos nas Terras Altas de Madagascar em clima subtropical fresco eúmido, com taxas variando entre +1,3 e +2,4 MgC.ha-1.

- Como no presente estudo, vários exemplos no Kentucky (EEUU) emclima temperado e em Ponta Grossa no Brasil subtropical citados por SáJ.C.M. et al (2000 a & b) mostram que o estoque de carbono acumuladodurante longos períodos (15 a 20 anos) em Plantio Direto pode ser superiorao do ecossistema sob vegetação nativa e que diz respeito preferencialmentea camada 0-10 cm ( Lal R., 1997 ; Dick W.A. et al., 1998 ; Kern J.S. eJohnson M.G., 1993 ).

Outra conclusão concordante deste estudo com os dos autores já citados: apesarda taxa de decomposição da M.O. em regiões tropicais e subtropicais ser de 5 a10 vezes maior do que nas regiões temperadas (Lal R. e Logan T.J., 1995), osganhos de M.O. ligados à prática contínua do Plantio Direto podem serequivalentes e até superiores nos trópicos : a natureza dos sistemas praticadosem PD permite explicar este paradoxo.

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3.2. DINÂMICA DO CARBONO, DA CTC E DO TEOR DE SATURAÇÃO (V%)

Em todas as cronoseqüências estudadas em latossolos vaziosquimicamente no início e com CTC sfetiva baixa ( Scheid Lopes A., 1984), astendências de evolução da CTC acompanham estritamente as da M.O.: nossistemas de cultivo que perdem M.O. (com preparo de solo x monocultura), aCTC dos horizontes de superfície decresce; pelo contrário, ela cresce juntocom a M.O., quando o teor desta aumenta nos sistemas em Plantio Direto.Com as técnicas de Plantio Direto, cria-se um poder de retenção dos adubosminerais proporcional ao nível de seqüestrarão do C, e se pode assim reduzirsuas perdas por lixiviação (Séguy L. et al., 2001) .

O Plantio Direto influência igualmente de modo significativo, o teor desaturação das camadas superiores do perfil cultural e principalmente ohorizonte 10-20 cm onde as variações se mostram mais sensíveis (Séguy L. etal., 2001c). Para um mesmo nível de adubação mineral aplicado, o teor desaturação acompanha as variações da M.O. e da C.T.C.. O caso maisdemonstrativo a esse respeito é o da cronoseqüência Cerrado dos trópicosÚmidos, na qual as espécies forrageiras implantadas em Plantio Direto durante5 anos, tem o papel de "bombas para cátions" e fazem crescer fortemente oteor de saturação das camadas superficiais, como se fossem aplicadascalagens com altas dosagens, enquanto que nenhuma adubação mineral nemcalagem foram aplicadas durante esses 5 anos ( Fig. 10).

Perfis culturais realizados a cada ano, em todas as cronoseqüências nassafrinhas "biomassa de cobertura"-"bombas biológicas", mostram que osenraizamentos dessas safrinhas são muito fundos nesses latossolos eultrapassam freqüentemente 2 a 2,5 m de profundidade na floração; assimsendo, essas safrinhas têm a capacidade de reciclar a cada ano, as bases e osnitratos que escaparam das culturas comerciais. Tal é o caso das espécies dosgêneros = sorgo, Brachiaria, Panicum, Eleusine, Crotalaria, Pennisetum,Cynodon, fechando assim o sistema “Solo-Cultura” (conceitos Séguy L. et al.,1996)

3.3. AS PERFORMANCES AGRONÔMICAS, TÉCNICAS E ECONÔMICAS DOSSISTEMAS DE CULTIVO CONFRONTADAS COM A DINÂMICA DA M.O.

3.3.1. ECO-REGIÃO DOS TRÓPICOS ÚMIDOS (TU)

A evolução das performances agronômicas dos sistemas de cultivo baseadosnas culturas de arroz de sequeiro e de soja, criados pela pesquisa, foi reconstituídapara o período 1986-2000, as figuras 11 e 12 que retratam esta evolução sobre 14anos, evidenciam os resultados reprodutíveis seguintes =

. A produção de matéria seca aérea total por hectare passou de 4 a 8 t/ha em1986 para os sistemas iniciais com uma só cultura anual, para 25 a 28 t/ha noano 2000 para a média dos melhores sistemas em PD com 3 culturas porano(Fig.11 e 12).. A variação dos teores em M.O. das camadas das superfície, acompanhouestritamente a da produção de matéria seca total aérea: os sistemas maisprodutivos em PD acumularam, em média entre 1992 e 2000, entre 1,7 e 2,1%de M.O. nesses 8 anos (Fig. 11 e 12).

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. A produtividade da soja, principal cultura da região, passou assim de 1.700kg/ha (28 sc/ha) em 1986 a mais de 4.600 kg/ha (77 sc/ha) no ano 2000; a doarroz de sequeiro no mesmo período passou de 1.800-2000 kg/ha (30 a 33sc/ha) a mais de 8.000 kg/ha (133 sc/ha), (Séguy L., et al. 1998 d & e).

Nos 5 últimos anos, que se beneficiaram de todos os progressos adquiridos naconstrução durante 15 anos de sistemas de cultivo em PD cada vez mais atuantes, eigualmente de um domínio técnico aprimorado, a análise das performancesagronômicas comparadas dos sistemas de cultivo leva as seguintes conclusões:

+ O rendimento da soja, tanto de ciclo curto (cv. Conquista) quanto de ciclomédio (cv. FT 114) é sempre nitidamente superior nos sistemas em PD ao natestemunha preparada. A diferença de produtividade cresce, ano a ano, em proldo PD; ela é proporcional à importância da biomassa seca na qual estáimplantada a soja em PD: na presença de um baixíssimo nível de adubaçãomineral (0 N-40 P2O5 + 40 K2O), essa diferença de rendimento a favor do PlantioDireto vai de 13 a 17% no primeiro ano, para 30 a 42% no terceiro ano para osmelhores sistemas, qualquer que seja o ciclo da variedade (Fig. 13). Quando aadubação aplicada está duplicada (0 N-80 P2O5 + 80 K2O), as diferenças emfavor dos melhores sistemas em PD oscilam de 15 a 25% no primeiro ano paraambos os ciclos, para 18-24% para o ciclo curto e 31 a 47% para o ciclo médiono terceiro ano (Fig. 13).

+ A produtividade do arroz de sequeiro é, como a da soja, sempre maiorem Plantio Direto do que em solo preparado (Fig. 14). O rendimento médio das3 melhores variedades, em 1997/98, é de 5.420 kg/ha (90 sc/ha) em PD sobrecobertura morta de Pé de galinha (Eleusine c.) contra 4.260 kg/ha (71 sc/ha) naaração com a mesma rotação, seja um ganho de produtividade de 23% a favordo PD. Em 1998/99, na mesma rotação, o rendimento médio do Plantio Diretopara essas mesmas cultivares é de 5.025 kg/ha (83,7 sc/ha) contra 2.885 kg/ha(48 sc/ha) na aração, seja um ganho de 43% para o PD . Além disso, o estadosanitário do material genético sempre é nitidamente melhor no PD do que naaração para as principais doenças fungicas do aparelho vegetativo e reprodutor( Séguy L. et al., 1998) .Se a produtividade da soja em PD está estreitamente correlata a produção debiomassa seca de gramíneas, o arroz de sequeiro responde da mesma formadesde que a nutrição nitrogenada não for limitante (cf. Séguy L. et al., 2001 .

. Os sistemas de PD sobre coberturas mortas e vivas mais produtivos embiomassa seca por ano são também aqueles que produzem mais grãos e quemelhor seqüestram o carbono .

+ Num mesmo ano agrícola, se pode produzir (e reproduzir) 6 a 7 t/ha de arrozde sequeiro de grão agulhinha ou 4 a 5 t/ha de soja, seguidos em safrinha, de 3 a5 t/ha de cereais "bombas biológicas", consorciadas com espécies forrageirasque formarão uma pastagem durante toda a estação seca, a qual pode agüentar1,5 a 2,0 cabeças de gado por ha nesses 3 meses (produção de 50 a 90 kg/ha decarne); estas 3 culturas anuais sucessivas, que abrangem os 12 meses do ano,conduzidas em Plantio Direto, consomem muito pouca adubação mineral : nototal 50 a 115 N.ha-1.ano-1 conforme a cultura de cabeceira (soja ou arroz,respectivamente), 100 a 110 P2O5.ha-1.ano-1, 110 a 130 K2O. ha-1.ano-1.Também é possível produzir entre 3.000 e 4.600 kg/ha de algodão (200 a 307@/ha) em plantio direto após possantes biomassas de cobertura, em rotação comsucessões precedentes.Portanto, a produtividade das culturas principais quase triplicou em 15 anos; osprogressos marcantes realizados são imputáveis mais aos avanços decisivos que

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foram progressivamente construídos e conquistados na gestão dos solos e dasculturas em Plantio Direto do que aos do melhoramento varietal (. Séguy L. et al.,1992/2000, 1996).

As conseqüências técnico-econômicas da utilização dos sistemas de cultivo emPD ou em solo preparado refletem as suas performances agronômicas.

A região das frentes pioneiras do Centro Norte do Mato Grosso enfrentou desde oinício de sua abertura, nos princípios dos anos 1980, uma situação econômicacaótica e padeceu das reestruturações econômicas sucessivas do país. Afastada dosgrandes centros de transformação, dos portos de exportação (mais de 1.500 km), aregião só tem uma estrada asfaltada, geralmente em estado de conservaçãoprecário, a qual onera muito os custos dos fretes. Este isolamento se traduz por umapenalização que oscila entre 25 e 40% de sobre-custos de produção em relação aoscustos dos grandes estados produtores do sul do país (Séguy L. et al., 1996 Fig. 15).

Nesta conjuntura, os custos de produção da soja, cultura industrial mais estável,podem variar de 280 a mais de 430 U.S $/ha em função do nível de tecnologia e doano . Para o arroz de sequeiro, os custos variaram ainda mais no período 1987/2000de algodão.As melhores performances técnico-econômicas sempre são obtidas em plantio direto; Elas permitam, apesar da situação econômica muito instável, de construirafolhamentos(= distribuição anual das diversas culturas na fazenda) mais estáveis ede menor risco econômico. Em função do nível de risco escolhido pelo agricultor, oscustos de produção podem variar de 300 a 600 U.S$/ha nos sistemas em PDbaseados no arroz, soja, milho + safrinhas seguidas de engorda na estação seca, oupraticados sobre coberturas vivas (Fig. 16), e até 1.300 U.S$/ha com a culturaalgodoeira de alta tecnologia (PD + alto nível de insumos).As margens líquidas porha, vão, apesar da penalização econômica, e em função das escolhas e dos preçospagos aos produtores, de 100 a mais de 600 U.S$/ha (cf. Fig. 16).

Os encargos de mecanização puderam ser reduzidos drasticamente com aadoção do PD: o número de tratores e de plantadeiras pode ser dividido por 2, assimcomo o consumo de combustível (Fig. 17).

Pressões e penalizações econômicas que levaram a adoção maciça do PDdesde 1995 transformaram essa região na campeã brasileira de produtividade emsoja e arroz de sequeiro de alta tecnologia (Fig.18 ). Se a média de produtividade dasoja ultrapassa amplamente 3.000 kg/ha (50 sc/ha) na região em mais de 1,3 milhãode ha (Fig. 18), produtividades de arroz de sequeiro entre 4.000 et 5.500 kg/ha (67 e92 sc/ha) são, hoje em dia, corriqueiras para os agricultores . Pouco a pouco, "namarra", nasceu, e em seguida se fortaleceu um perfil de agricultores muito atuantes,aptos a afrontar a globalização sem subsídios.

3.3.2. ECO-REGIÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS SOBRE BASALTO DOCENTRO-OESTE BRASILEIRO (Sul do Goiás, Norte de São Paulo)

. As performances agro-econômicas comparadas dos modos de gestão dos solos edas culturas, relativas a cronoseqüência de 4 anos no sul do estado de Goiás estãoreunidas na Fig. 19 e evidenciam :- Na presença de um nível de adubação mineral médio de 85 N + 50 P2O5 + 100

K2O + micros, os sistemas em Plantio Direto (PD) são sempre mais produtivosdo que os sistemas em solo preparado: a diferença de produtividade doalgodão a favor do PD varia de + 15 a +18% nos anos climáticos favoráveisqualquer que seja o estado de degradação do solo no início a mais de 30% emsolo pouco degradado e até mais de 65% em solo muito erodido nos anos

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climáticos muito desfavoráveis ao algodoeiro tais como 1997/98 e 1998/99 (Fig.19).- Quando o solo foi fortemente poluído e de modo duradouro por herbicidas delonga remanência, aplicados em dosagens altas demais, como o Sulfentrazone,algumas biomassas de cobertura como o sorgo demonstram um poderdespoluidor, desintoxicador muito rápido para recuperar logo os melhoresníveis de produtividade do algodão ( Séguy L. et al., 1999).

- Esta mesma cobertura de sorgo (tipo Guinea), de decomposição lenta e comforte efeito alelopático para o controle da flora daninha, permite controlarnatural e eficientemente a praga vegetal Cyperus rotondus que constituí omaior obstáculo para o cultivo nos solos oriundos de rocha vulcânica (Séguy L.et al.,1999).

NO PLANO ECONÔMICO, os custos de produção do PD, cada vez maisdominados, revelam-se em média inferiores de 5 a 10% aos dos preparosconvencionais (Fig. 20 e 21); como nas frentes pioneiras, o número de máquinaspode ser reduzido de 50%, assim como o consumo de combustível (Séguy L. etal.,1998b). As margens líquidas/ha são muito variáveis de um ano para outro em funçãodos preços pagos aos produtores, eles também muito flutuantes. As margenssempre são, como as produtividades, mais estáveis e nitidamente maiores noPD do que no preparo convencional: de 30 a 50% em função dos anos (Fig. 19,20 e 21).

3.3.3. ECO-REGIÃO DAS ALTAS TERRAS DE MADAGASCAR

. Nas propriedades dos agricultores das Terras Altas, as performances agro-econômicas e técnicas dos sistemas de cultivo praticados nos Tanety (colinas)com solos ácidos, são irrelevantes: para a cultura do milho por exemplo, a qual éimportantíssima nesta região, a produtividade nos solos ácidos varia entre 700 e1000 kg/ha com 5 t/ha de esterco e um calendário cultural extremamentecarregado com mais de 200 dias/ha em cultivo manual [De Rham et al., 1995 ;Feyt H. et al., 1999]. Estes números indicam bem, ao mesmo tempo, umcalendário cultural muito constragedor e condições de baixíssima fertilidade dossolos quando se usa tão somente a adubação orgânica (o rendimento do milho caipara menos de 400 kg/ha sem nenhuma adubação). . Os sistemas de cultivo em PD sobre as culturas de milho, soja e feijão produzemmais a cada ano, qualquer que seja o nível de adubação; com aração, aprodutividade estagna ou se mostra muito flutuante em presença dos mesmosníveis de insumos (Vide Fig. 22). . Em relação com aração, os sistemas em PD produzem no 4° ano =

- 3 a 4 vezes mais de milho, qualquer que seja o nível de adubação ;- 4 vezes mais de soja com esterco só , 2,5 a 3 vezes mais com esterco +adubação mineral média ou forte ;

- 4 vezes mais de feijão com esterco só , 1,5 a 2,5 mais com esterco +adubação mineral média e forte respectivamente (Vide Fig. 22).

. Nos solos ácidos, improdutivos com as técnicas tradicionais de aração, o plantiodireto permite alcançar no 4° ano de 3 000 até 6 000 kg/ha de milho em função donível de adubação usado, de 1 400 para 2 300 kg/ha de feijão, e de 1 800 a 3 000kg/ha de soja, nessas mesmas condições. . Com 5 t/ha de esterco só, as técnicas de PD permitem tirar partido destes solos

considerados como incultos em cultivo tradicional.

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+ A figura 23, referente aos tempos gastos em dias/ha, estabelecidos numperíodo de 5 anos na rede regional de localidades, em função de diferentessistemas de cultivo, evidencia :

- Os sistemas de plantio direto consomem muito menos mão de obra doque os sistemas com aração: os itinerários técnicos relativos as culturasde trigo, milho, arroz de sequeiro, feijão e soja necessitamrespectivamente, em média : 74, 84, 96 e 90 dias homem/ha qualquerque seja o tipo de solo, contra 190 a mais de 220 dias/homens/ha paraos itinerários das mesmas culturas com aração;- O Plantio Direto proporciona portanto uma fortíssima economia demão de obra em relação a aração, e justamente nas operações maispenosas do calendário cultural: preparo do solo e capinas. A aração fazuso em média de 50 dias/ha contra somente 4 dias/ha para tratar asbiomassas da parcela ou com herbicida total de pré-plantio ou paratrazer biomassa seca exógena e assim reforçar a cobertura do solo.- O controle das invasoras nas parcelas cultivadas necessitam 60 a 70dias/ha de capinas na aração, contra somente 6 a 12 dias/ha nossistemas em PD (uso de herbicida seletivo ou capina manual mínima ouambos combinados).- No final, os tempos gastos nos itinerários técnicos em PD sãoreduzidos de 58 a 65% em relação aos conduzidos com aração ecapinas tradicionais.

+ Os custos de produção são sistematicamente menor no PD, qualquer queseja o nível de adubação e o tipo de solo, graças a uma fortíssima redução damão de obra em PD: 12 a 30% de economia em função da cultura e do nível deadubação ( Cf. Fig. 24).

+ As margens líquidas sempre são muito maiores no Plantio Direto do que naaração, para todas as culturas e qualquer que seja o nível de adubação. As maisinteressantes nos solos ácidos são, em PD :

- Para a cultura do milho com esterco só : + 323 US$/ha contra 58,00 US$ na aração.- Para a cultura de soja, com esterco + adubação mineral média : +469 US$/ha contra +122 US$/ha na aração,

- Para a cultura de feijão, com esterco só : + 139 US$/ha contra umamargem negativa de -104 US$/ha na aração ( Cf. Fig. 24).

Em relação ao salário mínimo diário de 0,87 US$ pago na região em 1997/98,os sistemas em PD praticados com esterco só que valorizem melhor o dia detrabalho (Fig. 24), oferecem remunerações diárias oscilando entre 2,13 e 4,65 US$nos solos ácidos de baixa fertilidade, em função das culturas, seja de 3 a 5 vezeso salário mínimo diário.

O milho revela-se a produção mais remuneradora em solo ácido em PD comesterco só, seguido da soja e do feijão. A soja é a cultura que melhor valoriza aadubação mineral e proporciona a maior valorização do dia de trabalho: 5,80 US$na adubação média + esterco e 6,00 US$ na adubação forte + esterco.

Os sistemas de cultivo praticados com aração nos solos ácidos induzemvalorizações de dia de trabalho próximas do salário mínimo diário unicamente paraas culturas de milho e soja .

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IV. DISCUSSÃO E CONCLUSÕESO Plantio Direto sobre coberturas permanentes do solo é provavelmente o

paradigma mais completo que tenha sido construído até hoje para o desenvolvimentoplanetário de uma agricultura sustentável, preservadora do meio ambiente, manejadode modo mais "biológico" possível.

Mais do que portador de esperança, o PD mostra suas capacidades derestauração do estatuto orgânico dos solos tão rapidamente quanto este se degradacom o preparo destruidor nas grandes eco-regiões subtropicais e tropicais; o exemplodos Trópicos Úmidos é eloqüente a este respeito, onde os processos que comandama degradação do recurso-solo (erosão) e a mineralização da M.O., andam maisdepressa do que em qualquer outro lugar do planeta. O estatuto orgânico dos solospode, com o uso dos sistemas em PD mais atuantes, alcançar logo e ainda ultrapassaro dos ecossistemas naturais (florestas, cerrados), até nessas eco-regiões com climasexcessivos onde temperatura e pluviometrias são altas e onde os solos são vazios"quimicamente" e, apresentam um poder de retenção irrelevante para com os adubosminerais.

Se o Plantio Direto (PD) sobre cobertura vegetal propicia sempre, em todas asgrandes eco-regiões estudadas, a seqüestração do carbono, a importância destasequestração depende da natureza, da tipologia dos sistemas de cultivo praticados: osmais atuantes para esta função são aqueles que produzem mais biomassa aérea comC/N e teor de lignina elevados, e que possuem uns sistemas radiculares muitodesenvolvidos na superfície e em profundidade para poder utilizar eficientemente aágua profunda do solo, abaixo da área de atuação radicular das culturas comerciais.Os sistemas radiculares mais resistentes a mineralização estão cercados de "mangas"importantes de microagregados que protegem a M.O. (polissacarídeos, endomicorizasvesiculo-arbusculares, polifenois), como se encontram na espécie Eleusine coracana,cultivada pura ou consorciada com leguminosas pivotantes, ou o gênero Brachiariaconsorciado com bombas biológicas recicladoras tais como milheto e sorgo.

Nestes sistemas, a produção de matéria seca é contínua durante o ano todo,através da utilização progressiva de uma reserva hídrica enorme numa grandeespessura de solo, e as concentrações em M.O. aumentam na superfície do solo (Cf.Fig. 25 ). O recarregamento em carbono interessa principalmente o horizonte 0-10 cm,mas também o de 10-20 cm, quando as gramíneas mais potentes a nível radicular sãousadas (gêneros Eleusine, Brachiaria consorciada com sorgo, milheto ou empastagem sobre 4 a 5 anos; espécies perenes usadas como coberturas vivas, taiscomo Cynodon dactylon ou Pennisetum clandestinum ). O acréscimo da M.O., nasuperfície aumenta a resistência dos micro agregados e a proteção das M.O.; estasM.O. aumentam a estabilidade dos agregados onde se encontram, e os agregadosmais estáveis, por sua vez, protegem as M.O. neles incorporados, estabelecendoassim relações recíprocas entre dinâmica da M.O. e estabilidade da agregação(autoregulação, autoproteção).

A evolução das performances agronômicas e técnico econômicas dos sistemasde cultivo acompanha, em todas as grandes eco-regiões, a evolução do estatutoorgânico dos solos :

- nos Trópicos Úmidos, entre 1986 e 2000, em agricultura modernamecanizada, os rendimentos das culturas tropicais soja e arroz foram maisdo que duplicados e a produção de matéria seca total por hectare foimultiplicada por 4 a 5, permitindo produzir 2 culturas anuais de grãos emsucessão e também carne ou leite na estação seca, e ao mesmo tempoprotegendo totalmente o solo;

- Na ecologia das florestas tropicais do Centro-Oeste do Brasil, sobrelatossolos oriundos de basaltos, com fortes declives, o plantio direto, em

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cultivo moderno e mecanizado, propicia a parada total da erosão, oacrescimo de 10 a 30% na produtividade do algodoeiro, a diversificação daprodução, controlando a peste vegetal “tiririca”(Cyperus rotondus).

- na eco-região subtropical de altitude das terras altas de Madagascar, localcom erosão catastrófica, onde se pratica uma pequena agricultura familiar,manual e em tração animal com insumos mínimos, a produtividade dossistemas em PD é de 2 a 5 vezes superior a dos sistemas com preparo dosolo para as culturas principais de milho, feijão e soja.

Em todas as grandes eco-regiões, qualquer que seja o tipo de agricultura, ossistemas em PD controlam totalmente a erosão e são sempre nitidamente maislucrativos do que os sistemas com preparo do solo; as economias de mão de obra oude máquinas e combustível são espetaculares, a favor do Plantio Direto (PD).

Estes resultados obtidos em eco-regiões muito diferenciadas evidenciam que oPlantio Direto na cobertura vegetal permanente do sol propicia maior produção, demodo mais estável e mais limpo, dando uma parte crescente para a fertilidade deorigem organo-biológica na capacidade do solo em produzir. Este tipo de agriculturaque insere a noção de "biomassa anual", "bomba biológica" como "reforço" dasculturas comerciais pode agir como armazenador líquido de CO2 e não mais comoprodutor líquido.

Os efeitos benéficos para a qualidade biológica dos solos, da água, podem sermuito rápidos e colocar esta atividade como despoluidora, e, nesse sentido, permitirreceber subsídios da sociedade civil por sua participação na limitação do efeito estufa,na preservação das paisagens, das infra estruturas rurais e da fauna: "créditoscarbono" poderiam constituir um meio estimulador para sustentar o desenvolvimentoagrícola nessa direção. Estes créditos poderiam ser modulados em função dacapacidade dos itinerários técnicos e dos sistemas de cultivo em seqüestrar ocarbono, e poderiam ser então argumentos decisivos na escolha dos agricultores.

Porém, estes cenários só serão realistas e possíveis se os diversos atores dodesenvolvimento forem capazes, trabalhando de mãos dadas in situ, de criar essessistemas de cultivo do futuro, mais atuantes simultaneamente para seqüestrar ocarbono, reciclar os nitratos e as bases, degradar os xenobióticos (critérios doscientistas e da sociedade civil), e que satisfaçam os critérios de escolha da agriculturasustentável e os dos agricultores (agronômicos e técnico-econômicos).

A metodologia de Pesquisa-Ação apresentada neste documento permiteresponder as exigências de todos e concilia-las. A modelização dos sistemas decultivo leva, partindo dos sistemas vigentes a construir para e com os produtores, nosseus ambientes, uma tipologia muito diversificada dos sistemas de cultivo possíveis eapropriáveis. Esta experiência mostra como nosso enfoque experimental leva arecolocar in situ, no quadro dos sistemas inovadores edificados com os agricultores,estudos tão fundamentais como os relativos a dinâmica do carbono, a reciclagemanual eficiente dos nitratos e das bases, a degradação dos xenobióticos, abioremediação em geral.

No decorrer do enfoque experimental praticado in situ, estas temáticasfundamentais estão tratadas e confrontadas com as performances agronômicas etécnico-econômicas dos sistemas de cultivo que poderão ser apropriados amanhãpelos produtores ; assim, o impacto econômico da dinâmica do carbono, dosnitratos,das bases e dos xenobióticos pode ser avaliado de modo preventivo ;portanto, é uma maneira de incorporar e tratar as exigências da sociedade civil e daciência dentro da tipologia dos sistemas de cultivo, na prática mesma das agriculturasregionais.

Esta experiência revela também a importância dos Trópicos Úmidos como"simulador excepcional" para o estudo científico da dinâmica do carbono: num climacom alta pluviometria em 7,5 a 8 meses, e com temperatura média muito elevada, asvelocidades de reação dos processos fundamentais que comandam a dinâmica do

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carbono, mas também a lixiviação dos nitratos e das bases, estão muito maiores doque em qualquer outro lugar, e permitem apreender a dinâmica, até a curtíssimoprazo, destes processos fundamentais de funcionamento. É um modo acadêmico erigoroso de elucidar estes fenômenos, encurtando o espaço-tempo, portanto umauxílio precioso de modelagem para a Pesquisa que permitira antever essasdinâmicas para as demais grandes eco-regiões do planeta onde a velocidade dasreações é muito mais lenta. As unidades operacionais de criação-difusão desses cenários da agricultura

sustentável de amanhã estão organizados numa rede tropical e subtropical no CIRAD-CA. Este conjunto muito diversificado nos planos dos ambientes físicos e socio-econômicos reúne uma malhagem de unidades operacionais de campo, monitoradaspela pesquisa com o apoio das agriculturas locais, que são laboratórios de vigília paraa análise antecipada dos impactos dos sistemas em PD no ambiente e nos homensque o cultivam, e para a modelagem científica dos funcionamentos destes sistemasque estão em ligação direta com as realidades agrícolas regionais. Estas unidades,que prefiguram os cenários da agricultura "limpa" de amanhã, estão muito adiantadasem relação aos cenários atuais de desenvolvimento e portanto, constituemferramentas preciosas de monitoramento da agricultura do futuro para conciliar asexigências da sociedade civil (luta contra o efeito estufa, produtos alimentícios sadios)e as dos agricultores (agricultura sustentável e lucrativa, ao menor custo, numambiente protegido e limpo). A “Rede Plantio Direto sobre cobertura vegetal doCIRAD-CA” que se estende a passos largos graças ao apoio da cooperação francesa(FD, MAE, FFEM), abrange a América latina com o Brasil e o México, o Oceano Índicoem Madagascar (Trabalhos de H. Charpentier, R. Michellon do CIRAD, ONGs TAFA eANAE, FOFIFA e ONGs associadas) e na Ilha da Reunião (Trabalhos de R. Michellon,A. Chabanne, J. Boyer, F. Normand, APR, DDA), a Ásia com o Laos (Trabalhos de P.Julien, F. Tivet e pesquisa laociana) e o Vietnã (Trabalhos de O. Husson, P. Lienard,S. Boulakia e pesquisa Vietnamita), e vai se abarcar para a África no início dos anos2000 (Tunísia já em andamento, Camarões, Mali, e Etiópia por vir)

Esta rede pluri-ecologias de unidades experimentais "sistemas de cultivo emPlantio Direto" do CIRAD-CA é também um suporte de treinamento e formação paratodos os atores do desenvolvimento e pode se tornar uma referência mundial(diversidade das ecologias, dos sistemas de cultivo, do nível de domínio) onde apesquisa antecipa, cria os sistemas de amanhã, modela seu funcionamento, avalia eexplica para a sociedade civil seus impactos nos ambientes físicos e humanos, antesde eles serem adotados em grande escala. Este enfoque reencontra o princípio deprecaução e a necessidade que é sempre preferível de prevenir do que remediar(papel de laboratório de vigilia, de aviso).

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAMADO, T.J.; PONTELLI, C.B.; JÚNIOR, G.G.; BRUM, A.C.R.; ELTZ, F.L.F. &PEDRUZZI, C. Sequestro de carbono em sistemas conservacionistas na DepressãoCentral de Rio Grande do Sul. In: V Reunión bienal de la red latinoamericana deagricultura conservacionista. p.42-43, Florianópolis, 57p, 1999..

BATJES, N.H. Total carbon and nitrogen in the soils of the world. Eur. J. Soil Sci.47:151-163, 1996.

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FIG. 1 PESQUISA-AÇÃO, PARA, COM E NAS FAZENDAS DOS AGRICULTORES

Enquetesdiagnóstico

rápido

Processosde

Criação-difusão-formaçãoPesquisa-ação, participativa

Funções essenciais

- Oferecer escolha de sistemas diferenciados- Produzir conhecimentos- Antecipar o desenvolvimento- Treinar os atores

Criação das inovaçõespara, com e nas fazendas

dos agricultores

ValidaçãoExtrapolação

• Tradução das inovações em técnicas praticáveis• Reprodutibilidade

Exercício operacional real em real grandezaMatriz modelada dossistemas de cultivoperenizados: • Atuais• Futuros possíveis

Pesquisastemáticas

deaperfeiçoamento

dos sistemas

Acopladas com pesquisasem laboratório

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA -GEC, 1997

Sistemas de

cultivo

dos agricultores

REFERÊNCIA

Estados do meio:

- Físico

- Socio-econômicoMODELAGEM

Funcionamento

dos sistemas

HIERARQUIZAÇÃO

dos componentes

dos sistemas

Acom-panhamento

• Adoção e adaptação• Impactos

• Praticabilidade• Tecnicidade• Economicidade

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FIG. 2 ENFOQUE DA PESQUISA-AÇÃO, PARA, COM E NAS PROPRIEDADES DOS AGRICULTORES- NÍVEIS DE ESCALAS E FUNÇÕES -

FAZENDAS DE REFERÊNCIA

(*)“TERROIRS”

Toposeqüências representativasmatriz perenizada dos

sistemas de cultivo

MEIO CONTROLADO

MEIO REAL

• Representatividade dos fluxos• Local de criação, de treinamento• Local de avaliação comparada dos sistemas.• Laboratório de de vigilância científica:

- Avaliação antecipada dos impactos ambientais,- Modelagem do funcionamento dos sistemas,

• Manutenção memória viva,• Aprendizagem do domínio prático e técnico das inovações

• Validação x ajustes dos sistemas• Levar em conside- ração limitações sócio-econômicas• Formação dos atores

Contribuição a:- Adoção,- Organização dos agricultores

Repetições de 2 sistemas(gradiente fertilidade)

Recuperaçãoexternalidades

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

Sistemas em plantio dire

to + “Cercas vivas”

Sistemas tradicionais

( Conjunto de parcelas homogêneas caracterizadas por uma mesma estrutura e uma mesma *) TERROIR:

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FIG. 3 METODOLOGIA DO ESTUDODO

FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE CULTIVO

MODELAGEM DOS SISTEMAS DE CULTIVO MATRIZ PE-RENIZADA DOS SISTEMAS EM AMBIENTES ECOLÓGICOSDIVERSIFICADOS, CONTROLADOS E REAIS - (Unidades de paisagem represntativas)

MODOS DE GESTÃO DO SOLO

ACOMPANHAMENTO - AVALIAÇÃONO DECORRER DO TEMPO

OBSERVATÓRIOPERMANENTE

- Técnicas de ontem, destruidoras (preparo do solo)- Técnicas de hoje, restauradoras e mantenedoras da fertilidade (Plantio direto - sucessões anuais - )

1 - Atual (referência)

2 - Potencial

3 - = Exportações pelos grãos

- Técnicas de amanhã mais performantes - (Plantio direto - integração agricultura-pecuária) -- Performances agronômicas e técnico-econômicas (Relação custo/benefício)

• Evolução da produtividade

de matéria seca no perfil

cultural

• Evolução das características físico-químicas dos solos

Em cimaEm baixo

Análise daestabilidade

interanual e alongo prazo

NÍVEIS DE ADUBAÇÃO

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac CIRAD CA - GEC; Goiânia, GO - 1998

3 Níveis

X

Sistemasabertos oufechados

~

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O N D

L. Séguy, S. Bouzinac - MT/1993

Final da estaçãoseca, início da

estação chuvosa

J F M A M

BOMBA BIOLÓGICA

ESTAÇÃO CHUVOSA

CULTURA DA SOJA

PLANTIOMILHETO

CATIONSANIONS

1,6a

2,4 m

PROTETORINICIAL

O INÍCIO DO PLANTIO DIRETO - 1987

RECICLADOR FINAL

10/10

20/12

Dessecação

O N D

L. Séguy, S. Bouzinac - MT/1993

Final da estaçãoseca, início da

estação chuvosa

J F M A M

BOMBA BIOLÓGICA

ESTAÇÃO CHUVOSA

CULTURA DA SOJA

PLANTIOMILHETO

CATIONSANIONS

1,6a

2,4 m

PROTETORINICIAL

O INÍCIO DO PLANTIO DIRETO - 1987

RECICLADOR FINAL

10/10

20/12

Dessecação

FIG. 4 “SISTEMA MANTENEDOR DA FERLILIDADE" NA CULTURA DA SOJA

• Escalonamento plantio direto da soja sobre 50 - 60 dias• Facilidade de realização• Produtividades estáveis• Capital-solo, totalmente protegido

PLANTIO DIRETO DA SOJA NA PALHADA DE MILHETO

FORTE ATIVIDADEDA FAUNA

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FIG. 5 OS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO(1)

SOBRE COBERTURAS VIVAS - PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. COBERTURA COM ESTOLÕES E/OU RIZOMAS

Dessecaçãoparte aérea(sequencial)

Graminicida Pós-emergente(Baixa dosagem)

ColheitaReconstituiçãoda cobertura

(pastoreio ou repouso)

30-40 DAPCobertura

total do solo

• Gêneros Cynodon (Tifton), Arachis, Pennisetum C., Paspalum, Stenotaphrum, Axonopus• Sistemas: Sucessões anuais Soja, Arroz, Algodão, Milho + Pastagem

(1)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD CA - GEC, 1993/98

• Cobertura ativa na estação seca (raízes)• Resposta ao fogo

Ciclagem,estrutura

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Colheita Milho,Sorgo, Milheto,

Girassol

Plantio diretoMilho, Sorgo,

Milheto, Girassol

CoberturaBrachiaria R.

Stylosanthes G.(Pastoreio

ou repouso)

Brachiaria R.Stylosanthes G

+

FIG. 6 OS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO NAS COBERTURAS VIVAS - PRINCÍPIOS BÁSICOS

(1)2. COBERTURAS CONSORCIANDO BOMBAS BIOLÓGICAS + BRACHIARIA R.

Dessecação herbicidas de manejo nas rebrotações

Herbicida Pós-emergente(Mínimo ou facultativo)

ColheitaSoja

• Bombas biológicas: Sorgos, Milhetos, + Brachiaria R.• Sistemas possíveis com Soja, Arroz de alta tecnologia, Algodão -

(1)

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD CA - GEC, 1993/98

• Cobertura ativa na estação seca• Resposta ao fogo

Ciclagem,estrutura

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FIG. 7 RESUMO DAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES MÉDIOS ANUAIS DE CARBONO DO SOLO (em MgC.ha ), EM FUNÇÃO DA

NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS -

-1

2,01,66

-0,7-0,66

-1,0

-1,2

Gradagensx

MonoculturaSoja

Gradagensx

MonoculturaSoja

AraçãoMilho

Plantio diretoSoja

Arroz + Pé de galinhaSoja+ Pé de galinhaArroz + Pé de galinha

Soja+ Soja + SorgoSoja + SorgoSoja + Sorgo

Soja + MilhetoSoja + MilhetoSoja + Milheto

Soja sobre Tifton Soja + Milheto

Brachiariabrizantha

Panicummaximumou

Milhosobre Arachis P.

Sorgo+Brach.

Milheto+Brach.

Sorgo+Brach.

Soja+

Soja+

-1,0

1,8

1,331,4

1,16

0,83

1,5

0,8

1,00,83

0,40

1,68

0,91,08

0,7

1,5

1,0

0,5

-0,5

1- Brasil e Gabão; 2 - PD = Plantio direto

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; M. Matsubara, Faz. Progresso; A. C. Maronezzi, Agronorte; S. Boulakia et al., CIRAD - 1994/99 - Sinop/MT

-1,0

5 ANOS 10 ANOS 3 ANOS 3 ANOS

+ MgC.ha-1

- MgC.ha-1

3 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 3 ANOS

Ecologiados cerrados

AS PERDAS OS GANHOS

Ecologiados Cerrados

Ecologia das florestas

Ecologiadas florestas

Camada 0-10 cm

Camada 10-20 cm

PD sobre cobertura mortaProdução de grãos/Pastagem

PD sobrecobertura

viva

PD sobre cobertura morta

1 - Latossolos sobre rocha ácida na zona tropical úmida1

22 2

Pastagem

+6 ANOS 5ANOS

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1,5

1,0

0,5

-0,5

+MgC.ha

-0,25

-0,45Soja +

-MgC.ha-1

-1

+ Algodão

+ AlgodãoSorgo

ou Milheto

Sorgoou Milheto

Sorgoou

Milheto

0,930,90

0,50

4 ANOS 4 ANOS 4 ANOS

SOLO POUCO ERODIDOSOLO MUITO ERODIDO

2. Latossolos vermelho-escuros sobre basalto da ecologia das florestas tropicais do sul do Estado de Goiás - Centro-Oeste do Brasil

OS GANHOSAS PERDAS

Gradagensx

Monocultura Algodão

PD sobre cobertura morta PD sobre cobertura morta1 1

1- PD = Plantio direto

FONTE: E. Maeda, M. Esaki, Grupo Maeda; L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; Porteirão/GO, 1995/1999

Camada 0-10 cm

Camada 10-20 cm

FIG. 8 RESUMO DAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES MÉDIOS ANUAIS DE CARBONO DO SOLO (em MgC.ha ), EM FUNÇÃO DA

NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS -

-1

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2,4

1,8

2,9

-0,48

-1,4

-1,0

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

-0,5

-1,0

-1,5

Gradagensx

Aveia + Feijão

Araçãox

Monocultura Soja

Aveia + Feijão

FONTE: ONG TAFA; R. Michellon, P. Julien, CIRAD-CA/GEC - Antsirabé, 1999 - MADAGASCAR

1. PD = Plantio direto

Soja/Milho Soja sobre Kikuyu

1PD sobre cobertura

morta

PD sobrecobertura

morta

PD sobrecobertura

morta

1 1 1

3. Latossolos sobre rocha ácida das altas terras de Madagascar - Região ciclônica

Localidade de Ibity Localidade de IbityLocalidade de Sambaina Localidade de Sambaina

+MgC.ha-1

-MgC.ha-1

AS PERDAS OS GANHOS

5 ANOS5 ANOS5 ANOS5 ANOS

Camada 0-10 cm

Camada 10-20 cm

Camada 0-20 cm

FIG. 9 RESUMO DAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES MÉDIOS ANUAIS DE CARBONO DO SOLO (em MgC.ha ), EM FUNÇÃO DA

NATUREZA DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS -

-1

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0 1,0 2,0 2,0 2 4 6 8 0 10 20 30 40 50 600

2,9 6,6

6,1

5,3

4,5

6,1

6,0

7,9

6,9

6,8

7,1 64,0

56,0

22,0

31,0

46,2

50,1

6,6

5,6

61,0

65,0

2,1

1,0

2,0

2,7

2,3

2,9

2,8

1,4

1,0

M. O. % V %CTC meq/100g

CERRADO

10 ANOS Gradagens x Monocultura soja

6 ANOS

5 ANOS

5 ANOS

PD x

Soja x MilhetoSorgo

PastagemPanicum max.

instalada em PD

PastagemBrachiaria briz. Instalada em PD

CR

ON

OS

EQ

ÜÊ

NC

IA -

CE

RR

AD

O -

21 A

NO

S

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV; Munefumi Matsubara, Fazenda Progresso - Lucas do Rio e Verde/MT - 1978/1998

Camada 0 - 10 cm

Camada 10 - 20 cm

45-53% argila31-35% areia fina8% areia grossa3-5% silte

2 - Agrossistemas dos cerrados úmidos do Centro Norte do Estado do Mato Gosso

FIG. 10 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DOS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA (M. O. en %), DA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA

(CTC em meq/100g) E DA TAXA DE SATURAÇÃO DE BASES (V em %), EM FUNÇÃO DA NATUREZA DOS SISTEMAS DE

CULTIVO PRATICADOS EM VÁRIOS AGROSSISTEMAS CONTRASTADOS, TROPICAIS E SUBTROPICAIS -

• Latossolos vermelhos-amarelos sobre rocha ácida• Situação = Lat. 12º58’ Sul - Long. 55º54’ W• Topografia = Colinas com longos declives 2 a > 10% - Altitude 450 m• Pluviomtria - 1500 a 2500 mm em 7 a 7,5 meses • Granulometria (0-20 cm)

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FIG. 11 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DAS PERFORMANCES DAS CULTURA DA SOJA NOS SISTE- MAS DE CULTURAS DURÁVEIS CRIADOS PELA PESQUISA E CONSEQUÊNCIAS SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA AÉREA E A TAXA DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO -

Latossolos oxidados e hidratados sobre rocha ácida das frentes pioneiras do Centro Norte do Mato Grosso -- Ecologia de florestas e cerrados úmidos -

Situaçãoinicial

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; M. Matsubara, Faz. Progresso; A. Trentini, Cooperlucas; A. C. Maronezzi, Agronorte - MT, 1986/2000

4000

kg/ha

• Rotação com Arroz, Milho• Plantio direto na Soja e Milho• Aração no Arroz

• Plantio direto sobre Soja + Biomassas (Sorgo, Milheto)• Plantio direto no Arroz• Integração Soja + Biomassas e pastagens, em plantio direto (Rotação sobre 3 - 4 anos)

• Plantio direto generalizado x Rotações de todas as culturas + Pastoreio integrado (Arroz, Soja, Algodão, + biomassas de cobertura = Milleto, Sorgo, Pé de galinha, Brachiarias, etc...)

• Pastagem na estação seca,• Biomassas as mais performantes :

• Baixo dos custos e economia de aduboPé de gali nha, Bra chiaria ru z. Conso rciado co m Milhet o e Sorgo

Biomassa aérea total t/ha/ano

% M. O. Intervalo avaliado M. O.

Baixa tecnologia SojaBaixa tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outrasIntervalo avaliadoprodutividadeAlta Tecnologia SojaAlta Tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outras

Maioresprogressostecnológicos

3000

4200

4600

4000

3600

3900

2500

19002000

1400

900700

1300

3000

3600

32003200

2000

2800

2000

10004

% M

. O

. (0

-10 c

m)

33,43,33,0

2,6 2,7 2,82100

4,4 16,0 21,5 21,0 26,5

Monocultura Soja x gradagens

Solos degradados

Produtividadebaixa de Soja :1700 kg/ha

1986 1992 1995 2000

2 culturas anuais/anoalternadas com

uma só cultura anual1 Só cultura

anual

2 culturas anuaisem sucessão +

Engorda na estaçãoseca (1,8 UGB/ha)

13,5

3,2

2,82,3

2,0

17

00

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Situação inicial

8000

kg/ha

• Rotação com Soja• Aração contínua

• Plantio direto sistemas com 2 culturas anuais em sucessão=- Soja e Arroz + Biomassas de cobertura (Milheto, Sorgo, crotalária)

6000

7000

4000

5000

2000

3000

1000

43210

0

7,0 à 8,6 17,3 22,5 20,5 28,4

Arroz cultura de aber-tura das terras novas(Cerrados e florestas)

Qualidade de grãomediocre

Produtividade entre1800 e 2200 kg/ha

Poucos insumos(P, K, N, Ca + Zn)

9,5

• Grão de qualidade

8500

5400

3400

4900

5400

3300

22001800

2,0 1,5

2,5 2,83,2

3,02,42,3

3600

2300

3600

1986 1992 1995 2000

2000

1700

1200900

500

1200

3,6

3,2

% M

. O

. (0

-10

cm

)

1 Só culturaanual

2 culturas anuais/anoalternadas com

uma só cultura anual

2 culturas anuaisem sucessão +

Engorda na estaçãoseca (1,8 UGB/ha)

FIG. 12 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DAS PERFORMANCES DA CULTURA DO ARROZ DE SEQUEIRO NOS SISTEMAS DE CULTURAS DURÁVEIS CRIADOS PELA PESQUISA E CONSEQUÊNCIAS

SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA AÉREA E A TAXA DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO - Latossolos oxidados e hidratados sobre rocha ácida das frentes pioneiras do Centro Norte do Mato Grosso -

- Ecologia de florestas e cerrados úmidos -

% M. O. Intervalo avaliado M. O.Baixa tecnologia SojaBaixa tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outrasIntervalo avaliadoprodutividadeAlta Tecnologia SojaAlta Tecnologia, biomassa Milheto, Sorgo, outras

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; M. Matsubara, Faz. Progresso; A. Trentini, Cooperlucas; A. C. Maronezzi, Agronorte - MT, 1986/2000

Biomassa aérea total t/ha/ano

Maioresprogressostecnológicos

• Plantio direto x Rotações de todas as culturas+ Pasto- reio integrado (Arroz, Soja Algodão, + biomassas de cobertura = Milleto, Sorgo, Pé de galinha, Brachiarias, etc...)• Pastagem na estação seca,• Biomassas as mais performantes :

• Qualidade de grão superior a das variedades de arroz irrigado

Pé de galinha + Crotalária; Brachiaria ruz. Consorciado com Milheto e Sorgo

31

00

22

00

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1FIG. 13 REGRESSÕES ENTRE A QUANTIDADE E NATUREZA DA BIOMASSA SECA E A PRODUTIVIDADE DA SOJA DE CICLO MÉDIO (FT 114) SOBRE 3 ANOS

DE PLANTIO DIRETO - (1997/2000) - AGRONORTE - SINOP/MT, 2000

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

kg DE BIOMASSA SECA

(1) 6 Repetições/nível de adubação/cada ano

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., AGRONORTE - Sinop/2000

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha)

Milheto - Ymi

Milheto+ Brac. R. - Ymi + B

Sorgo Yso

Sorgo + Brac. R.Yso +B

Pé de galinha - Ypg

Intervalo de produção de matéria seca/biomassa

Ymi = 0,4528X + 2181,6 R = 0,90Ymi + b = 0,2787X + 2110 R = 0,70Ys = 0,629X - 154,63 R = 0,97Ys + B =0,4327X + 978,98 R = 0,80Ypg = 0,5957X + 948,76 R = 0,91

EVOLUÇÃO SOBRE 3 ANOS, DA PRODUTIVIDADE DA SOJA EM PLANTIO DIRETO (PD),(Variedades Conquista e FT 114) E DAS MELHORES BIOMASSAS DE COBERTURA (média do peso seco ao plantio de Pé de Galinha; Sorgo, Milheto + Brachiaria ruz.) -

Ecologia das florestas do Centro Norte do Mato Grosso - Sinop/MT - 1997/2000

PR

OD

UT

IVID

AD

E E

M k

g/h

a

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac,CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT, 1997/2000

Ganhos de produtividade (%)em relação à testemunha

9200

4800

8000

1140012500

9500

2000

4000

6000

8000

10000

12000

1790 20

64 2360

2460

2207 26

48

2728 30

55

2783 31

26

3276 37

86

2233

3111

2984 35

21

2547

3459

3166

4432

2765

2552 30

71

2839

0

1997/1998

CV. CONQUISTA CV. CONQUISTA CV. CONQUISTACV. FT 114 CV. FT 114 CV. FT 114

(T) Gradagens x Monocultura x 0N + 40P O + 40 K O + micros2 5 2

Plantio direto x 0N + 40P O + 40 K O + micros2 5 2

(T) Gradagens x Monocultura x 0N + 80P O + 80 K O + micros2 5 2

Plantio direto x 0N + 80P O + 80 K O + micros2 5 2

1998/1999

ANOS

1999/2000

15%

20%

12%

20%

18% 12

%

12% 16

%

39% 18

%

36% 40

%

T T T T T T T T T T T T

Peso seco biomassa x nível baixo de adubação

Peso seco biomassa x nível médio de adubação

Ganhos de produtividade (%), emrelação à testemunha preparada (T)

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FIG. 14 PERFORMANCES MÉDIAS REGIONAIS DE 1997 A 2000, DAS MELHORES VARIEDADES AGRONORTE DE ARROZ DE SEQUEIRO DE QUALIDADE SUPERIOR DE GRÃO , NO ESTADO DO MATO GROSSO, EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO -

AGRONORTE - SINOP/MT - 2000

• Alta tecnologia

• Baixa tecnologia

6066

4921

115a

179

11

6698S.

110a

167

11

5620C. V.

107a

148

10

5525S.

114a

131

11

5513S.

81a

142

10

4822C. N. P.

107a

145

11

6375C. P.

109a

139

10

6299C. N. P.

102a

124

7

7023S.

94a

126

11

5768C. N. P.

90a

121

7

6273S.

5403

4872

4925

3940

4851

4011

4486

3545

6044

5150

5862

5059

5751

5031

5412

4817

5328

5127

Intervalo1

% das testemunha

Nº de experimentos

Campos experimentais

1. Testemunhas:

2. Produtividade máxima registrada em área comercial Best 2000 em 1998/99= 8500 kg/ha, em Campo Novo dos Parecis

1997/98 CIRAD 141

1998/99 Ciclos curtos e intermediários = Best 3; Ciclos médios = CIRAD 141

1999/2000 Ciclos curtos e intermediários = Primavera; Ciclos médios = Maravilha

S. = Sinop; C. V. = Campo Verde; C. N. P. = Campo Novo dos Parecis

2Produtividade máxima

eCampo experimental

8FA 281-2 YM 94 Cedro 8FA 337-1 Sucupira YM 200 YM 198 YM 114 YM 65 Best 2000

Variedades de ciclo curto a intermediário95 a 110 dias

Variedades de ciclo médio115 a 130 dias

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maronezzi A., Lucas G. L., Bianchi M., Rodrigues F. G., AGRONORTE - Sinop/2000

Produtividade média - kg/ha

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1FIG. 15 EVOLUÇÃO DOS PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES PARA AS PRODUÇÕES

PRINCIPAIS DE ARROZ E SOJA SOBRE AS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS DO CENTRO NORTE DO ESTADO DO MATO GROSSO - Sinop/MT - 1987/2000

14

12

10

8

6

4

2

01987

1 - Período Fevereiro - Março, a cada ano

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/SCV - A. C. Maronezzi, Agronorte; Cooperlucas; Cooasol; Comicel; Prefeitura de Sinop - Sinop/MT - 1987/2000

1988 1989 1990 1991 1992

ANOS

US

$/S

AC

O D

E 6

0 k

g

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Arroz comum

Arroz longo fino

Soja

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FIG. 16 INTEGRAÇÃO DE TODAS AS CULTURAS EM SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO DIVERSIFICADOS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS OU INTEGRADOS COM A PECUÁRIA. + • CRIAÇÃO DE MATERIAL GENÉTICO COM ALTO VALOR AGREGADO NOS SISTEMAS DE CULTIVO EM PLANTIO DIRETO Écologia das florestas e cerrados do Mato Grosso - MT/2000

Performances das culturasnos sistemas de cultivo

em plantio direto

SOJA + SAFRINHA + ENGORDA NA SECA

SOJA SOBRE COBERTURA VIVA DE TIFTON • 3200 a 4600 kg de Soja +1 a 1,5 UGB/ha, 90 dias de estação seca

ARROZ DE SEQUEIRO DE ALTA TECNOLOGIA - 4200 a > 7000 kg/ha

ARROZ DE SEQUEIRO DE ALTA TECNOLOGIA como reforma de pasto - 3000 a 4000 kg/ha

ALGODÃO COMO CULTURA PRINCIPAL - 3000 a > 5000 kg/ha

1

1

• ALGODÃO COMO SAFRINHA Sobre forte biomassa ou em sucessçaõ de Soja ou Arroz, de ciclo curto - 2400 à >3000 kg/ha

• 4000 a 4600 kg/ha soja +• 1500 a 3500 kg/ha safrinha (Sorgo, Milheto, Pé de galinha) +• 1 a 1,5 UGB/ha, 90 dias de estação seca

Custo (C)US$/ha

450a

520

300a

380

420a

630

450a

550

900a

1300

500a

650

150a

350

200a

400

100a

500

100a

150

100a

400

200a

600

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD-CA/ GEC; N. Maeda, M. A. Ide, A. Trentini, Grupo Maeda; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT, 2000

1 - Safrinha = Cultura de sucessão, com insumos mínimos ou sem insumos -

1,3a

3,4

0,75a

1,9

0,84a

6,3

3,0a

5,5

2,25a

13

0,8a

3,2

Benefício(B) US$/ha

C/B

(*) Sistemas ainda não difundidos (Reprodutíveis, apropriáveis)

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Critérios deavaliação

Área (ha) trabalhadapor trator de 90 HP

163,6 276,9 + 70%

Índice HP/ha

Índice linha/ha 47,7 68,0 + 43,4%

0,556 0,325 + 70%

Área (ha) plantada porplantadeira de 9 linhas

426,6 612,0 + 43,4%

Investimentos em tratores (US$/ha)

271,0 158,6 - 41,4%

Investimentos emplantadeira (US$/ha)

32,8

(1) Fonte: Prof. Luiz Vicente Gentil, Monsanto, Semeato, Fundação MT - Rondonópolis - MT - 1995

29,4 - 10,3%

Preparo mecanizadoconvencional

Plantio direto

Diferença%

FIG. 17 Rendimentos dos equipamentos e índices técnico-econômicos comparados entre sistema convencional e plantio direto sobre 38 000 ha no estado do Mato Grosso [Rondonópolis, 1995 (1)]

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FIG. 18 EVOLUÇÃO DA ÁREA PLANTADA DE SOJA NO ESTADO DO MATO GROSSO E DE SUA PRODUTIVIDADE MÉDIA NO

ESTADO, NA REGIÃO CENTRO NORTE E NO BRASIL - 1998

3000

Área plantada

Produtividade Brasil

Produtividade Mato Grosso

Produtividade Região

Centro Norte2500

2000

1500

1000

500

PR

OD

UT

IVID

AD

E -

kg

/ha

ÁR

EA

PL

AN

TA

DA

NO

M

AT

O G

RO

SS

O (

x 1

00

0 h

a)

89 90

IBGE/LSPA = Dados sobre o Brasil e o Estado do Mato GrossoFONTE (1) Estimativas = Extraídos de dados da Emater, Secretarias de agricultura dos principais municípios,

produtores do Centro Norte do Estado, Cooperativas.

91 92

ANOS

93 94 95 96 97 98 990

500

1000

1500

2000

2500

3000

0

1

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3519

50944800

4594

3300

Região Norte1140 ha

(1)Best III

55 ha

(1)Tolimà 641 ha

CIRAD 141300 ha

Região Oesteseca

Todas as regiões7139 ha

37 PRODUTORES

1996/1997 1997/1998

12 PRODUTORES

PRODUTIVIDADE DO ARROZ DE SEQUEIRO DE ALTA TECNOLOGIA EM DIVERSASECOLOGIAS DO ESTADO DO MATO GROSSO-MT - (Trópicos Úmidos) - 1996/98

• Cultivar CIRAD 141Região norte

13,0CV %

PR

OD

UT

IVID

AD

E e

m k

g/h

a

(1) Variedades AGRONORTE

FONTE: AGRONORTE; CIRAD CA - GEC; Sorriso/MT, 1998

9,4 16,2 7,8 14,2

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FIG. 19 EVOLUÇÃO DAS PERFORMANCES MÉDIAS AGRO-ECONÔMICAS DO ALGODOEIRO, SOBRE 4 ANOS, EM FUNÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO PRATICADOS - Ecologia das florestas tropicais e latossolos sobre basalto do sul do Estado de Goiás - Centro-Oeste Brasil.

500 1000

PRODUTIVIDADE em kg/haCUSTOS DE PRODUÇÃO

US$/haMARGENS LÍQUIDAS

US$/haPREÇO PAGO POR @

US$

Aração (AR.) Plantio Direto (PD.)1500 2000 2500 3000

993

985

832

914

923 6,70

969 8,74

882 8,50

816 7,88

AR

AR

AR

AR

AR

AR

AR

AR

196

706

-231

-106

220

568

-294

-285

PD

PD

PD

PD

PD

PD

PD

PD

489

898

0

202

506

815

11

-78

+17%

+18%

+15%

+10%

+33%

+66%

+26%

+17%

0

1995/96

1996/97

1997/98

1998/99

SOLO POUCO ERODIDO SOLO MUITO ERODIDO

Aração (AR)

Plantio direto (PD)

Ganhos de produtividade em %

Aração (AR)

Plantio direto (PD)

Ganhos de produtividade em %

FONTE: E. Maeda, M. Esaki, GRUPO MAEDA; L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA/GEC; Porteirão/GO, 1995/1999

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)

)

0

200

400

600

800

1000929

377

427445

287287301

127

135 135

4040

124

(1)Pré plantio

Plantio + sementes + adubos + herbicida total se necessário

Custos de colheita, de transporte, custos fixos, custos de administração

Desenvolvimento = Herbicidas pré, pós, capinas, coberturas N, K, Inseticidas, Pix

Preparo do solo + corretivos, no convencionalSemeio cobertura + dessecação, no plantio direto

(*) Resultados obtidos a nível de lavoura comercial

889 905

DP 90

FIG. 20 CUSTOS DE PRODUÇÃO DETALHADOS E MARGENS LÍQUIDAS EM US$/ha DE DUAS VARIEDADES DE ALGODÃO EM FUNÇÃO DE DOIS SISTEMAS DE GESTÃO DO SOLO - LATOSSOLO SOBRE BASALTO DEGRADADO PELA EROSÃO, EM BAIXO DO DECLIVE - FAZENDA SANTA JACINTA - ITUVERAVA, SP - 1998

EM

US

$/h

a

DP 90 CS 8S

Aração profunda Plantio direto

CUSTOS DE PRODUÇÃO (1)

MARGENS LÍQUIDAS

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Ide M. A., Trentini A., GRUPO MAEDA - Ituverava, SP

867782

419

2380 kg/ha 2950 kg/ha 3128 kg/ha

Preço pluma 22,4 US$/@

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FIG. 21 CUSTOS DE PRODUÇÃO E MARGENS LÍQUIDAS (em US$/ha), DO ALGODOEIRO (CV. DELTA OPAL), SOB 3 MODOS

DE GESTÃO DO SOLO - Latossolo vermelho-escuro sobre basalto -

Fazenda Santa Bárbara - Grupo Maeda - Ituverava/SP, 1999/2000

1Custos de produção Margens líquidas

PREPARO CONVENCIONAL PLANTIO DIRETO

Monocultura Após Soja + Sorgo

Após Soja + Sorgo

(1)Pré plantio

Plantio + sementes + adubos + herbicida total se necessário

Custos de colheita, de transporte, custos fixos, custos de administração

Desenvolvimento = Herbicidas pré, pós, capinas, coberturas N, K, Inseticidas, Pix

Preparo do solo + corretivos, no convencionalSemeio cobertura + dessecação, no plantio direto

(*) Resultados obtidos a nível de lavoura comercial Preço pluma 16,75 US$/@

FONTE: Séguy L., Bouzinac S., CIRAD-CA; Maeda N., Ide M. A., Trentini A., GRUPO MAEDA - Ituverava, SP

1000

800

600

EM

US

$/h

a

400

200

0

926,7 936,5893,1

263,3273,1

290

373,5

188236,4

236,4

71,8 71,8 41,6

355,2355,2

2939 kg/ha2686 kg/ha2559 kg/ha

371,5

222,4

130,2

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ÉVOLUTION DE LA PRODUCTIVITÉ DU MAÏS, EN FONCTION DU MODE DE GESTION DU SOL ET DES CULTURES, EN CULTURE MANUELLESols ferrallitiaues et volcaniques des hauts plateaux malcaches - Antsirabé, 1994/99

FIG. 22 EVOLUÇÃO DAS PRODUTIVIDADES MÉDIAS DE MILHO, FEIJÃO E SOJA EM FUNÇÃO DO MODO DE GESTÃO DO SOLO E DAS CULTURAS, EM CULTURA MANUAL Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1995/99

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES SOBRE SOLOSÁCIDOS DE BAIXA FERTILIDADE

Plantio direto - Milho + Leguminosas associadasPlantio direto - Milho + Leguminosas associadas+ “ecobuage”Aração - Milho cultura pura

6000 6000 6000

5000 5000 5000

4000 4000 4000

3000 3000 30003000 3000 3000

2000 2000 2000

1000 1000 1000

0 0 0

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha)

1995/96 1995/96 1995/961996/97 1996/97 1996/971997/98 1997/98 1997/981998/99 1998/99 1998/99

5 t/ha Esterco 5 t/ha Esterco + 500 kg/ha/ano CalcárioDolom. + 100N + 68P O + 48K O/ha/ano2 5 2

5 t/ha Esterco + 2000 kg/ha/3 anos CalcárioDolom. + 130N + 136PO + 96K O/ha/ano2 5 2

0 01998/99 1998/99 1998/991997/98 1997/98 1997/981995/96 1995/96 1995/961996/97 1996/97 1996/97

Feijão x Plantio direto x Sucessão Aveia + Feijão

Feijão de final de ciclo x Aração

5 t/ha esterco5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calcário

Dolom. + 30N + 68P O + 48K O/ha/ano2 5 2

5 t/ha esterco + 2000 kg/ha/3 anos CalcárioDolom. + 60N + 136P O + 96K O/ha/ano2 5 2

500 500 500

1000 1000 1000

1500 1500 1500

2000 2000 2000

2500 2500 2500

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha

)

0

2500 2500 2500

3000 3000 3000

2000 2000 2000

1500 1500 1500

1000 1000 1000

500 500 500

0 0 0

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg

/ha

)

1995/96 1995/96 1995/961996/97 1996/97 1996/971997/98 1997/98 1997/981998/99 1998/99 1998/99

Soja x Plantio direto no KikuyuSoja x Plantio direto x sucessão Soja + AveiaSoja x Aração x rotação com Milho

5 t/ha esterco5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calcário

Dolom. + 30N + 68P O + 48K O/ha/ano2 5 2

5 t/ha esterco + 2000 kg/ha/3 anos ClacárioDolom. + 60N + 136PO + 96K O/ha/ano2 5 2

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

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250

Dia

s/h

a

200

150

100

50

0

ARAÇÃO

MÍNIMO

FIG. 23 TEMPOS GASTOS NAS OPERAÇÕES MANUAIS POR ITINERÁRIO TÉCNICO EM DIAS/ha EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS - Latossolos e solos vulcânicos das altas terrras de Madagascar - Antsirabé, 1994/99

MÁXIMO

PLANTIO DIRETO

“ECOBUAGE”

Milho

Trigo Milho Arroz SojaFeijão

MilhoArroz

Todas as operações manuais

- Preparo da parcela para plantio- plantio- Capinas- Colheita

190

225

176

162

7280

9082

93102

8876

COMPARAÇÃO DOS TEMPOS MÉDIOS GASTOS NAS OPERAÇÕES EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS NA SOJA, NO MILHO E NO TRIGO. - Latossolos e solos vulcânicos das altas terras de Madagascar - Antsirabé, 1994/99

FAZENDA ANDRANOMANELATRASOLO DE BAIXA FERTILIDADE

CULTURA DO TRIGO

250

200

150

121

190 189

210

56

53

4738

62

42

10

65

40

50

62

3051

2520

51

5025

12

4444

6 6

64

40

50

81 8686 94

DIA

S/h

a

100

50

0

CULTURA DO MILHO CULTURA DA SOJA

Preparação parcela

Implantaçãoda cultura

Manutenção(capinas, pesticidas)

Colheita

Pantio diretox

Coberturasmorta, viva

Plantio diretox

Cobertura morta

Plantio diretox

Cobertura morta

Plantio diretox

Cobertura viva

AraçãoLabourAração

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

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FIG. 24 CUSTOS DE PRODUÇÃO, MARGENS LÍQUIDAS E VALORIZAÇÃO DO DIA DE TRABALHO DAS CULTURAS DE MILHO, SOJA E FEIJÃO EM FUNÇÃO DOS MODOS DE GESTÃO DOS SOLOS E DAS CULTURAS EM AGRICULTURA MANUAL - Latossolos e solos vulcânicos das terras altas de Madagascar - Antsirabé, 1997/98

• MÉDIA DE 4 LOCALIDADES: Solos ácidos de baixa fertilidade natural

Sistema tradicional com aração1

Plantio direto

Mão de obra Insumos

2500 2500 2500

2000 2000 2000

1500 1500 1500

1000 1000 1000

FR

AN

CO

S M

AL

GA

CH

ES

(F

mg

) x

10

00

/ha

500 500 500

0 0 0

SojaSojaSoja

1060

1292

896++++

+++++

+

+++++++

++++++++++++++++++

+++++++++++++++++

++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++++

+++++++++++++++++++++++

+++++++++

++++++

++++++++++++++++

+++++++++++++++

+++++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++

++++++++++++++++++++++

++++++++++++++++

++++++++

1052

1264

2076 20601975

1763

2239

2453

2082

2478

2142

2494

16631724

708

MilhoMilhoMilho FeijãoFeijãoFeijão

1. Média dos melhores sistemas

(Fmg = Franco de Madagascar)Em 1997/98, 1FF = 921 Fmg - 1 US$ 5526 Fmg

~

328344

616

346

740

348

820

364

636

365

765

352

826

366

638

368

800740

2088

MilhoMilho Milho

SojaSoja Soja

30293029

1857

608788 816

225

969

1984

3164

837

-881

-1136

FeijãoFeijão Feijão

3000 3000 3000

Sistema tradicional com aração

Sistema tradicional com aração

1Plantio direto

1Plantio direto

2500 2500 2500

2000 2000 2000

1500 1500 1500

1000 1000 1000

-1000 -1000 -1000

-1500

Em 1997/98, 1FF = 921 Fmg - 1 US$ 5526 Fmg

-1500 -1500

500 500 500

-500 -500 -500

0 0 0

377 341

1491

-558

844

~

FR

AN

CO

S M

AL

GA

CH

ES

(F

mg

) x

10

00

/ha

1. Média dos melhores sistemas

(Fmg = Franco de Madagascar)

Em 1997/98, 1FF = 921 Fmg - 1 US$ 5426 Fmg

-5 -5 -5

0 0 0

5 5 5

10 10 10

15 15 15

20 20 20

25 25 25

30 30 30

35 35 35

40 40 40

~

38,7

26,8

13,2

8,7

5,2

-3,1

MilhoMaïsMilho

Adubação 1

Adubação 1

Adubação 1

Adubação 2

Adubação 2

Adubação 2

Adubação 3

Adubação 3

Adubação 3

SojaSojaSoja FeijãoFeijãoFeijão

6,0 5,77,2 7,8

12,9

25,3

37,3

-1,5

13,8

21,3

29,4

0,37

Adubação 2 = 5 t/ha esterco + 500 kg/ha/ano Calc. Dolom. + 100N + 68P O + 48KO/ha /ano - Milho + 30N + 68P O + 48KO/ha /ano - Leg.2 5 2 2 5 2

Adubação 3 = 5 t/ha esterco + 2000 kg/ha/ano Calc. Dolom. + 130N + 136PO + 96KO/ha /ano - Milho + 60N + 136PO + 96KO/ha /ano - Leg.2 5 2 2 5 2

Adubação 1 = 5 t/ha esterco

FR

AN

CO

S M

AL

GA

CH

ES

(F

mg

) x 1

000/h

a

FONTE: L. Séguy, CIRAD/GEC - ONG TAFA, Antisirabé, 1999

1. Média dos melhores sistemas

(Fmg = Franco de Madagascar)

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ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

FIG. 25 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO, DA BIOMASSA DAS RESTEVAS E DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - Ecologia dos cerrados e florestas úmidas do Centro Norte Mato Grosso - 1986/2000

S O N

Estação chuvosa Estação seca

D J F M A M J J A S O N

Gradagensx

MonoculturaSoja

PLANTIO DIRETO

PLANTIODIRETO

• 2 culturas em sucessão anual

• 2 culturas em sucessão anual

Cujo:

Cujo:

- 1 Cultura comercial

- 1 Culture comercial

- 1 biomassa de reforço “Bomba biológica”

- 1 biomassa de renforço “Bomba biológica”

- 1 pasto temporário na estação seca

+

+

+

1

2

3

Biomassa das restevas 18 - 22t/ha

Biomassa das restevas

26-32t/ha

Pico inicial demineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Rebrotas

Rebrotas

Soja/Arroz

Soja/Arroz

Mineralizaçãorápida da

resteva

Soja

80 cm

80 cm

80 cm

1,2

0 m

1,2

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

K+

K+

K+

NO

NO

NO3

3

3

-

-

-

2+Ca

2+Ca

2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

2-

4So

2-

4So

Biomassa da resteva 6-8t/ha

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

ÁGUA PROFUNDA

K+

NO3

- 2+Ca

2+Mg

FIG. 25 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO, DA BIOMASSA DAS RESTEVAS E DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - Ecologia dos cerrados e florestas úmidas do Centro Norte Mato Grosso - 1986/2000

S O N

Estação chuvosa Estação seca

D J F M A M J J A S O N

Gradagensx

MonoculturaSoja

PLANTIO DIRETO

PLANTIODIRETO

• 2 culturas em sucessão anual

• 2 culturas em sucessão anual

Cujo:

Cujo:

- 1 Cultura comercial

- 1 Culture comercial

- 1 biomassa de reforço “Bomba biológica”

- 1 biomassa de renforço “Bomba biológica”

- 1 pasto temporário na estação seca

+

+

+

1

2

3

Biomassa das restevas 18 - 22t/ha

Biomassa das restevas

26-32t/ha

Pico inicial demineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Pico inicial de mineralização

M. O.

Rebrotas

Rebrotas

Soja/Arroz

Soja/Arroz

Mineralizaçãorápida da

resteva

Soja

80 cm

80 cm

80 cm

1,2

0 m

1,2

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

1,8

0 a

2,4

0 m

K+

K+

K+

NO

NO

NO3

3

3

-

-

-

2+Ca

2+Ca

2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

K+

NO3

- 2+Ca

2-

4So

2-

4So

2-

4So

Biomassa da resteva 6-8t/ha

> 2

,50 m

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. Maronezzi, Agronorte - Sinop/MT - 2001

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FIG. 26 O CONCEITO DE MULTIFUNCIONALIDADE DAS BIOMASSAS DE COBERTURA EM PLANTIO DIRETO

Sistemas de sequeiro

Sobre coberturas mortas(grãos)

Sobre coberturas vivas(grãos + pecuária)

MULTIFUNCIONALIDADE DAS COBERTURAS

A CIMA DO SOLO

Funçãoalimentar

Função decosturar

o solo pelosistemaradicular

(Polissacarídeos)

Funçãorecicladora

(NO , bases)3

Conexãoa reserva

água profunda

Funçãoreestruturadora

pelos sistemas

radiculares

Função derecarregamento

em carbonoCTC

Desenvolvimentoatividade biológica(fauna, microflora)

poder tampãodesintoxicador

Esqueletode

sustentaçãodo solo

Função decontrole

dasinvasoras

Funçãoprotetora

Culturas Gado,Fauna Sombreamento

+ alelopatiaTº, P

xenobióticos

NO PERFIL CULTURAL

Mistos(grãos + pecuária)

Sistemas sustentáveisem plantio direto

Sistemasirrigados

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 27 FUNÇÃO ALIMENTAR

BIOMASSA DE COBERTURA

C/NRELAÇÕES

FÍSICASCOM SOLO

RIQUEZAEM

LIGNINA

VELOCIDADE DE MINERALIZAÇÃO

ALIMENTAÇÃODAS CULTURAS,GADO, FAUNA

NEUTRALIZAÇÃOACIDEZ, TOXIDEZ Al

NEUTRALIZAÇÃOSALINIDADE

ATIVIDADEBIOLÓGICA

NUTRIMENTOS + ÁCIDOS ORGÂNICOS + METÁBOLITAS M.O.

CHUVA Tº

Naturezax

Contatocom

biomassa

CLIMA SOLO

X

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

Poder tampãocomplexante, desintoxicante

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FIG. 28FUNÇÕES:

• PROTEÇÃO CONTRA A EROSÃO• PODER REESTRUTURANTE• RECARREGAMENTO DO CARBONO

PROTEÇÃO CONTRA A EROSÃO

Matéria secaaérea

Amortecedor Aptidão a “costurar”o solo

Sistema fasciculado

Altíssimopoder

reestruturante(Polissacarídeos)

Profundopouco

reestruturador

Esqueleto, trama de sustentação do solo

Forte atividade biológica, (fauna, microflora)

Sistemapivotante

+Protetor (tº, P,)

Duração proteção:função naturezada cobertura:• C/N• lignina• Contacto solo

(Máquinasanimais)

Sistema radicular• Seqüestração, injeção C contínua por Rizodeposição -

• Firmeza do solo, permitindo tráfego de máquinas pesadas e gado, sem alterar a porosidade até em solo úmido -

• A terra não gruda nos implementos até em solo muito úmido.

(*) As biomassas mais atuanes para o conjunto das funções:

Pé de galinha Brachiaria > Sorgo > Milheto~_

• Consórcios:Milho, Sorgo, Milheto, Arroz + Brachiaria, PanicumMilho, Sorgo, Milheto, Arroz + Stylosanthes g., Arachis

Sistema radicular rico em lignina,protegido por coloidos minerais -

Decomposição mais lenta do que nas partes aéreas 1º fator seqüestração C

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 29 FUNÇÃO RECICLADORA

POTÊNCIA SISTEMA RADICULAR

FORTE CRESCIMENTO

EM CONDIÇÕES

MARGINAIS

PLUVIOMÉTRICAS

+

INSENSIBILIDADE

AO

FOTOPERIODISMO

SistemaSolo-Cultura

em circuito fechado

Desenvolvimento em profundidade

CICLAGEM PROFUNDA DOS NUTRIENTESLIXIVIADOS = NO , bases (Ca, K, Mg)3

APTIDÃO A PRODUZIR FORTES BIOMASSASNO INÍCIO OU NO FINAL DAS CHUVAS

DOMINAÇÃO TOTAL DAS INVASORAS - (Vocações = Forrageiras, produção de grãos)

+

Conexão com reservaprofunda de água abaixo da camada de utilização das culturas

Área de interceptação dos nutrimentos

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

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FIG. 30 FUNÇÃO:CONTROLE DAS INVASORAS

BIOMASSAS DOMINANTES, ALTAMENTE COMPETITIVAS,EXCLUSIVAS DAS DEMAIS ESPÉCIES

ANUAIS

• CAMADA PROTETORA VELOCIDADE DE DECOMPOSIÇÃO

• EFEITOS ALELOPÁTICOS

DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS INTEGRADOSOU NÃO COM PECUÁRIA

• Sem herbicidas Agricultura biológica

• Somente com herbicidas totais com baixa dosagem, num solo coberto, protegido.

- Sombreamento(C/N, Teor em lignina)

PERENESINCLUINDO

PESTES VEGETAIS

Brachiaria, Cynodon, Paspalum,Pennisetum, Stenotaphrum, Axonopus, etc...

Trifolium, Stylosanthes, Cassia R.Arachis, Pueraria, Calopogonium,Desmodium, etc...

Mimosa invisa, Chromolaena od., Imperata c., Cyperus rotondus, etc...

- Proteção total dos solos contra moléculas xenobióticas

GRAM.

LEG.

PESTES VEGETAIS

FONTE: L. Séguy, S. Bouzinac, CIRAD-CA; A. C. Maronezzi, AGRONORTE, Sinop/MT - 1978/2000

• Eleusine coracana• Sorgo guinea, b.• Milhetos, Setárias, Echinochloa• Crotalárias, Vigna, etc...

Document obtenu sur le site Cirad du réseau http://agroecologie.cirad.fr

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