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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA TYUANA SANDIM DA SILVEIRA Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais São Paulo 2006

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA

TYUANA SANDIM DA SILVEIRA

Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de

tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais

São Paulo 2006

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TYUANA SANDIM DA SILVEIRA

Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de

tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais

Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia.

Área de Concentração: Neurociências e Comportamento Orientador: Prof. Dr. Koichi Sameshima

São Paulo 2006

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Silveira, Tyuana Sandim. Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais

na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais / Tyuana Sandim da Silveira; orientador Koichi Sameshima. -- São Paulo, 2006.

137 f. : fig.

Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Neurociências e Comportamento) ─ Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

1. Eletrofisiologia. 2. Potenciais evocados. 3. Avaliação audiológica. I. Título

CDD 612.813

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FOLHA DE APROVAÇÃO Tyuana Sandim da Silveira

Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais

Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Área de Concentração: Neurociências e Comportamento

Aprovado em: ___/___/___

Banca Examinadora

Prof. Dr.____________________________________________________________________

Instituição: ______________________________________Assinatura: ______________________

Prof. Dr.____________________________________________________________________

Instituição: ______________________________________Assinatura: ______________________

Prof. Dr.____________________________________________________________________

Instituição: ______________________________________Assinatura: ______________________

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“Nenhuma grande vitória é possível

sem que tenha sido precedida

de pequenas vitórias

sobre nós mesmos”.

L M Leonov

Aos meus pais,

Cirso Mendes Silveira e Salambô Stilac Sandim da Silveira.

Por serem pais maravilhosos, pelo amor incondicional, pelos exemplos de vida,

pelo incentivo constante ao meu aprimoramento pessoal e profissional, sem os

quais não seria possível alcançar e galgar mais este degrau. Sempre lembrarei de

todos os sacrifícios que fizeram em prol da minha felicidade.

Dedico este trabalho.

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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

À Deus,

por ter permitido que alcançasse e concluísse mais esta etapa.

Por tudo que Ele me proporcionou na vida.

Aos meus irmãos,

Yorrana Sandim da Silveira Giaxa e Cirsyano Sandim da Silveira.

Pelo amor, paciência e sensibilidade em perceber os momentos de ajudar e incentivar.

Por sempre acreditarem em mim. As palavras nunca seriam suficientes para expressar

a minha gratidão.

Ao meu amor,

Fabiano Nagano Sassi.

Que com paciência e amor soube entender os momentos de preocupação e alegria no

decorrer desta caminhada. Pelo companheirismo, apoio, amizade, incentivo, enfim, por

ser sempre uma pessoa maravilhosa e presente na minha vida.

À minha sobrinha,

Jordana Silveira Giaxa.

Pelo amor, carinho e alegria em todos os momentos. Por me dar forças para continuar.

Por ser um presente de Deus!!!

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Koichi Sameshima, por me aceitar, sem reservas, como sua orientanda e

pela confiança a mim depositada durante esta jornada.

Ao Prof. Dr. Orozimbo Alves Costa Filho, meu eterno professor, por ter me

incentivado desde o início. Por sua disponibilidade em me ouvir e paciência para me ensinar.

Pelo constante bom humor. Por ser um exemplo de conhecimento, dedicação, competência e

humildade.

À amiga e fonoaudióloga Natália Barreto Frederigue, pelo constante apoio, pelos

choros, pelas gargalhadas, por ter me auxiliado inúmeras vezes, pela nossa inabalável

amizade. E, sobretudo, por ser muito mais que uma amiga, uma verdadeira irmã.

À amiga e fonoaudióloga Adriana de Lima Martins, por compreender as minhas

ausências no consultório, por estar sempre disponível e pelo constante apoio.

À amiga e fonoaudióloga Elaine Cristina Moreto Paccola, pelo incentivo e auxílio em

diversas etapas deste trabalho, em especial, na coleta de dados.

Às amigas e fonoaudiólogas do setor de Audiologia do CEDALVI, Eliane Aparecida

Tech Castiquini, Sandra Rossetto Agra, Adriana Sampaio de Almeida Meyer e Daniela

Rodrigues Shayeb, por compreenderem minhas inevitáveis ausências, pela paciência, apoio e

carinho durante toda a realização deste estudo.

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À fonoaudióloga e amiga Deborah Viviane Ferrari, pelas sugestões e pelo incentivo

nos momentos em que mais precisei. Por ser uma amiga querida e por estar sempre disposta a

me ajudar.

À fonoaudióloga e amiga Daniela Rossini Dóra Neuber, pela amizade, pelo apoio e

por estar sempre presente.

À fonoaudióloga Cíntia Poloni Meira, pelo auxílio constante e sugestões durante a

realização deste estudo.

À fonoaudióloga Regina Bortoleto Amantini, pela troca de experiências, pela

disponibilidade e pelo incondicional apoio durante a etapa de coleta de dados.

À Dra. Telma Flores Genaro Motti, diretora do CEDALVI, por conceder os

afastamentos necessários para a realização deste estudo.

À Profa. Dra. Kátia de Freitas Alvarenga, pelas valiosas sugestões na elaboração da

metodologia deste estudo, pela humildade e competência profissional.

À amiga e fonoaudióloga Regina Tangerino de Souza Jacob, por não hesitar em me

auxiliar quando a busca por artigos já estava praticamente esgotada.

Ao amigo Arnaldo Cheixas, pela companhia, amizade e apoio constante durante estes

três anos de convivência.

À minha querida prima Liuska Zylis Sandim Tidei, pela auxílio na tradução para a

língua inglesa.

Ao Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris, pela realização do tratamento estatístico

deste estudo.

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À professora Darci Naked, pela revisão do português.

Às bibliotecárias Denise Giacheti e Ana Grigolli, da Unidade de Ensino e Pesquisa-

HRAC-USP, campus Bauru, pela realização da normalização técnica das referências

bibliográficas e da ficha catalográfica.

Aos funcionários da pós-graduação Ary, Ronaldo e Idalina, pela atenção e

disponibilidade demonstradas ao longo deste percurso.

Aos meus familiares e amigos, pelo apoio constante.

Aos sujeitos deste estudo, que muito contribuíram para o meu enriquecimento

profissional.

A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste estudo.

Minha sincera gratidão!!!

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RESUMO

SILVEIRA, T.S. Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais. 2006. 137 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

Existem três principais tipos de fones disponíveis comercialmente: supra-aurais, circumaurais e fones de inserção. Embora os fones supra-aurais sejam os mais utilizados nas avaliações audiológicas (fones padrões), há várias limitações na sua utilização: confiabilidade reduzida nas freqüências baixas, atenuação reduzida do ruído ambiental, desconforto durante longos períodos de uso, possibilidade de colabamento do conduto auditivo externo, resposta para freqüência alta limitada, dificuldades na conversão dos resultados audiométricos em características relevantes aos aparelhos de amplificação sonora individuais, atenuação interaural limitada e grande quantidade de artefato do estímulo durante pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE). O objetivo do presente estudo foi comparar os resultados da pesquisa dos PEATE obtidos por meio dos fones de inserção da Bio-logic e supra-aurais TDH-39 da Telephonics em 40 sujeitos ouvintes normais quanto aos níveis mínimos de respostas (NMR), morfologia das ondas, latências absolutas das ondas, latências interpicos, diferença entre latências interaurais, amplitudes das ondas e conforto. Para a pesquisa dos PEATE foi utilizado o estímulo clique de 100µs na polaridade rarefação; taxa de apresentação de 21,1 estímulos por segundo; estimulação monoaural, registro ipsilateral; ganho do amplificador 75.000; filtro de passa banda de 100 a 3000Hz; sendo promediados 1.000 estímulos. Os fones de inserção permitiram a determinação dos NMR de forma tão confiável quanto os fones supra-aurais, a morfologia das ondas foi semelhante com os dois tipos de fones e não foram observadas diferenças significantes para a diferença entre as latências interaurais. Porém, os fones de inserção apresentaram latências absolutas das ondas significantemente menores em 80 e 60dBnNA, latências interpicos I-III significantemente maiores no ouvido direito e amplitudes da onda V significantemente menores em 40dBnNA. Todos os sujeitos preferiram os fones de inserção no que se referiu ao conforto durante o uso. Embora tenham sido encontradas diferenças entre os fones, os resultados deste estudo indicam que os fones de inserção são adequados à pesquisa dos PEATE.

Palavras-chave: Eletrofisiologia. Potenciais evocados. Avaliação audiológica.

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ABSTRACT

SILVEIRA, T.S. Qualitative and quantitative comparison between insert and supra-aural earphones in auditory brainstem response measurement in normal-hearing adult subjects. 2006. 137 f. Dissertation (Master) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

There are three main types of earphones commercially available: supra-aural, circumaural, and insert. Although supra-aural earphones are the most used in hearing assessment (standard earphones), there are several limitations regarding its usage such as: reduced reliability at low frequencies, limited attenuation of environmental noise, discomfort during long usage periods, potential to cause collapse of the external auditory canal, limited high- frequency response, difficulties in converting audiometric data to relevant hearing aid characteristics, limited interaural attenuation, and substantial stimulus artifacts during auditory brainstem response (ABR) measurements. The purpose of this study was to compare ABR thresholds, waveform morphology, absolute latencies, interwave latencies, amplitudes and comfort data obtained with Bio-logic insert earphones and TDH-39 Telephonics supra-aural earphones in 40 normal-hearing adults. The stimuli consisted of 100µs clicks presented monoaurally in rarefaction polarity at a rate of 21,1/s; recorded ipsilaterally; amplified by 75.000; bandpass filtered from 100 to 3000Hz. Each averaged response included 1.000 stimulus´ presentations. The insert earphones allowed threshods determination as reliable as the supra-aural earphones, the waveform morphology was similar with both earphones and there was no significant differences regarding interaural differences. However, the insert earphones presented significantly shorter waves´ latencies in 80 and 60dBnHL; interwaves latency I-III significantly longer in the right ear and significantly smaller wave V amplitude in 40dBnHL. All subjects preferred the insert earphones in what was related to comfort during the usage. Despite earphones´ differences, these findings suggest that the insert earphones are appropriated for clinical ABR measurements.

Key-words: Electrophysiology. Evoked potentials. Hearing assessment.

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LISTA DE FIGURAS

Figura1- Fones supra-aurais.................................................................................................. 02

Figura 2- Fones circumaurais................................................................................................ 02

Figura 3- Fones de inserção.................................................................................................. 02

Figura 4- Obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico....... 10

Figura 5- Estruturas geradoras dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico...... 13

Figura 6- Registros dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (morfologia, latência e amplitude das ondas)............................................................................................. 15 Figura 7- Polaridades do estímulo......................................................................................... 20

Figura 8- Equipamentos para obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico................................................................................................................... 49 Figura 9. Posicionamento dos eletrodos............................................................................... 49

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)........................................................................... 55 Gráfico 2- Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)........................................................................... 56 Gráfico 3- Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)............................................................................................ 58 Gráfico 4- Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)............................................................................................ 59 Gráfico 5- Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40).... 66 Gráfico 6- Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)............ 67 Gráfico 7- Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)........ 68 Gráfico 8- Médias e desvios padrões para valores de latências interpicos obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40)........................ 69 Gráfico 9- Médias e desvios padrões das diferenças interaurais para valores de latências absolutas da onda V obtidos com os fones de inserção e supra-aurais (n=40)..... 70 Gráfico 10- Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)................................................ 71 Gráfico 11- Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)............................................ 72

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OD.................... 60

Tabela 2- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OD................................................................................................................... 60 Tabela 3- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OD................. 61

Tabela 4- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OD................................................................................................................... 61 Tabela 5- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OD.................. 61

Tabela 6- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OD................................................................................................................... 61 Tabela 7- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OD.................. 62

Tabela 8- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OD................................................................................................................... 62 Tabela 9- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OE.................... 62

Tabela 10- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OE................................................................................................................... 62 Tabela 11- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OE............... 63

Tabela 12- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OE................................................................................................................... 63 Tabela 13- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OE................ 63

Tabela 14- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OE................................................................................................................... 63 Tabela 15- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OE................ 64

Tabela 16- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OE................................................................................................................... 64

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI Aparelhos de Amplificação Sonora Individuais

AI Atenuação Interaural

CAE Conduto Auditivo Externo

CEDALVI Centro de Distúrbios da Audição, Linguagem e Visão

cm centímetros

DA Deficiência Auditiva

dB decibel

dBNA decibel Nível de Audição

dBnNA deciBel Nível de Audição normal

dBNPS deciBel Nível de Pressão Sonora

dBNS deciBel Nível de Sensação

dBpeNPS deciBel pico equivalente de Nível Pressão Sonora

DP Desvio Padrão

EcochG Eletrococleografia

Estímulos/s estímulos por segundo

GL Grau de Liberdade

Hz Hertz

HRAC Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais

IRF Índice de Reconhecimento da Fala

LRF Limiar de Recepção da Fala

ml mililitros

mm milímetros

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ms milissegundos

NMR Níveis Mínimos de Respostas

n número de sujeitos

OD Orelha Direita

OE Orelha Esquerda

OM Orelha Média

PEA Potenciais Evocados Auditivos

PEATE Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico

QM Quadrado Médio

USP Universidade de São Paulo

µv microvolts

µs microssegundos

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 01

2 REVISÃO DA LITERATURA 08

2.1 Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico 08

2.1.1 Aplicações clínicas 08

2.1.2 Registro dos PEATE 09

2.1.3 Estruturas geradoras dos PEATE 11

2.1.4 Análise dos registros dos PEATE 14

2.1.5 Características do estímulo e parâmetros mais utilizados 16

2.1.5.1 Tipos de estímulo 16

2.1.5.2 Intensidades do estímulo 17

2.1.5.3 Taxas de apresentação do estímulo 19

2.1.5.4 Duração do estímulo 19

2.1.5.5 Polaridades do estímulo 20

2.1.5.6 Modos de apresentação do estímulo e registro dos PEATE 22

2.1.5.7 Promediações 23

2.1.5.8 Tempo de registro 23

2.1.5.9 Filtros 24

2.2 Fones de inserção 25

2.3 Comparações entre os tipos de fones nas avaliações audiométricas 27

2.4 Comparações entre os tipos de fones na pesquisa dos PEA 34

3 MATERIAL E MÉTODOS 46

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3.1 Seleção da casuística 46

3.2 Procedimentos 48

3.2.1 Obtenção e registro dos PEATE 48

3.2.2 Determinação da polaridade do estímulo 51

3.2.3 Análise dos registros dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais 51

3.3 Análise estatística 52

4 RESULTADOS 54

4.1 Determinação da polaridade do estímulo 54

4.1.1 Níveis mínimos de respostas 54

4.1.2 Morfologia das ondas 55

4.1.3 Latências absolutas das ondas 55

4.1.4 Amplitudes das ondas 57

4.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais 65

4.2.1 Níveis mínimos de respostas 65

4.2.2 Morfologia das ondas 65

4.2.3 Latências absolutas das ondas 65

4.2.4 Latências interpicos 68

4.2.5 Diferenças entre latências interaurais 70

4.2.6 Amplitudes das ondas 71

4.2.7 Conforto 73

5 DISCUSSÃO 74

5.1 Determinação da polaridade do estímulo 74

5.1.1 Níveis mínimos de respostas 74

5.1.2 Morfologia das ondas 74

5.1.3 Latências absolutas das ondas 75

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5.1.4 Amplitudes das ondas 75

5.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais 77

5.2.1 Níveis mínimos de respostas 77

5.2.2 Morfologia da ondas dos PEATE 78

5.2.3 Latências absolutas das ondas 78

5.2.4 Latências interpicos 79

5.2.5 Diferenças entre latências interaurais 80

5.2.6 Amplitudes das ondas 81

5.2.7 Conforto 82

6 CONCLUSÃO 83

REFERÊNCIAS 84

GLOSSÁRIO 90

ANEXOS 91

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1 INTRODUÇÃO

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2 REVISÃO DA LITERATURA

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3 MATERIAL E MÉTODOS

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4 RESULTADOS

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5 DISCUSSÃO

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6 CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS

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GLOSSÁRIO

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ANEXOS

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1

1 INTRODUÇÃO

Uma resposta evocada auditiva é a atividade (“resposta”) dentro do sistema auditivo

(ouvido, nervo auditivo ou regiões auditivas do tronco encefálico) que é produzida ou

estimulada (“evocada”) por sons (estímulo auditivo). As respostas evocadas auditivas são

ondas cerebrais (potenciais elétricos) geradas, quando um sujeito é estimulado com sons.

Estes sons podem variar de cliques a tons e até mesmo sons da fala. As intensidades dos sons

podem ser de fortes a fracas, contudo, sons com maior intensidade produzem maiores

respostas auditivas cerebrais (HALL III, 1992).

Os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE) são a representação

do disparo sincrônico de unidades sensíveis de neurônios da primeira à sexta ordem do

sistema nervoso auditivo periférico e central, em resposta a um clique ou toneburst. A

pesquisa dos PEATE é uma avaliação da sincronia da função neural e não um teste de

audição, porém, é possível utilizar essa medida para inferir sobre a sensibilidade auditiva de

um sujeito baseado na presença de respostas aos estímulos apresentados em várias

intensidades (HOOD, 1998).

Nas avaliações audiológicas, os sons são apresentados ao sujeito por meio de um

transdutor o qual converte energia elétrica em energia acústica (som). Na maioria das

avaliações dos potenciais evocados auditivos (PEA), o estímulo é acústico e o transdutor é o

fone. Os PEA eliciados eletricamente, registrados mais comumente em sujeitos com implante

coclear, são uma exceção a essa regra (HALL III, 1992).

Transdutores acústicos (fones) recebem um sinal elétrico e produzem um som que, na

maioria das vezes, é apresentado por condução aérea. Em alguns casos, os PEA são eliciados

por condução óssea através de um oscilador ou vibrador que é posicionado no crânio. Por

meio desse tipo de transdutor uma oscilação mecânica é transmitida aos fluidos do ouvido

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interno através da vibração, na freqüência testada, do osso temporal dentro do qual está o

ouvido interno (HALL III, 1992).

Existem três principais tipos de fones disponíveis comercialmente (Figuras 1, 2 e 3).

Aqueles com coxins pressionados contra o pavilhão auricular, fones supra-aurais, são os

fones padrões para a avaliação audiométrica. O segundo tipo, fones circumaurais, possui

coxins que envolvem o pavilhão auricular em vez de serem pressionados contra ele. O

terceiro tipo, fones de inserção, é acoplado ao ouvido pela sua inserção dentro do conduto

auditivo externo (CAE).

Figura 1. Fones supra-aurais Figura 2. Fones circumaurais

Figura 3. Fones de inserção

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A não confiabilidade dos fones durante a avaliação audiológica resulta,

principalmente, da variabilidade associada ao acoplamento acústico entre a fonte sonora e a

membrana timpânica. Nas freqüências baixas, onde o comprimento da onda sonora é maior

comparado às dimensões do sistema fone-CAE, o principal problema é o escape de ar. Desta

forma, a pressão sonora será a mesma, em todos os locais dentro do ouvido, contanto que o

sistema inteiro seja hermético. Nas freqüências altas, os escapes de ar são menos

importantes, mas a pressão sonora produzida na membrana timpânica é altamente

dependente das propriedades da onda do fone e do ouvido externo. Desta forma, a geometria

das cavidades que acoplam o fone à membrana timpânica, afetada por fatores como o

posicionamento do fone na cabeça do ouvinte, torna-se a questão mais importante

(ZWISLOCKI et al., 1988).

Os fones supra-aurais apresentam pouca confiabilidade nas freqüências baixas devido

ao acoplamento variável e instável entre o fone e o ouvido. Escapes de ar ocorridos entre o

coxim do fone e o pavilhão do ouvido provocam quantidades variáveis de perda de pressão

sonora nas freqüências baixas, geralmente abaixo de 500 Hz, acompanhada por pequenas

quantidades variáveis de aumento de pressão sonora nas freqüências mais altas, entre 500 e

1000 Hz. Os efeitos das ondas são importantes acima de 2000Hz, já que o tamanho e a forma

da cavidade envolvida pelo fone, além de variarem de sujeito para sujeito, são

freqüentemente distorcidos pela pressão do coxim (ZWISLOCKI et al., 1988).

Os fones circumaurais reduzem a variabilidade produzida por escapes de ar, são

consideravelmente mais confiáveis nas freqüências baixas, minimizam o ruído fisiológico no

ouvido e possibilitam maior atenuação do ruído ambiental em comparação aos fones supra-

aurais. Entretanto, permitem a menor atenuação interaural (AI) sonora, aumentando assim a

necessidade de mascaramento contralateral, quando os ouvidos possuem sensibilidade

auditiva assimétrica (ZWISLOCKI et al., 1988).

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Os fones de inserção reduzem ainda mais a variabilidade causada por escapes de ar,

minimizam alguns dos efeitos das ondas, maximizam a AI, reduzem o ruído fisiológico no

ouvido, permitem grande estabilização da pressão sonora no CAE, porém, estão sujeitos à

variabilidade considerável devido às diferenças inter-sujeitos na geometria do CAE,

impedância da membrana timpânica e dificuldades no controle da exata profundidade da

inserção (ZWISLOCKI et al., 1988).

Embora os fones supra-aurais sejam os mais utilizados nas avaliações audiológicas

(fones padrões), há várias limitações na sua utilização: confiabilidade reduzida nas

freqüências baixas, atenuação reduzida do ruído ambiental, desconforto durante longos

períodos de uso, possibilidade de colabamento do CAE, resposta para freqüência alta

limitada, dificuldades na conversão dos resultados audiométricos em características

relevantes aos aparelhos de amplificação sonora individuais (AASI), AI limitada e grande

quantidade de artefato de estímulo durante pesquisa dos PEATE (CLEMIS; BALAD;

KILLION, 1986; COOPER JUNIOR; PARKER, 1981; KILLION, 1984).

Hall III (1992) descreveu sete vantagens clínicas dos fones de inserção, da Etymotic

Research Tubephones modelo 3A (ER-3A), em relação aos fones supra-aurais, da Telephonics

modelo TDH-39, as quais podem solucionar ou pelo menos minimizar as limitações dos fones

supra-aurais nas avaliações audiológicas:

A primeira se refere a eliminação do artefato do estímulo devido ao atraso introduzido

pelo tubo dos fones de inserção. O comprimento do tubo é cerca de 280 mm, o que acarreta

em um tempo de percurso do transdutor até a oliva de cerca de 0,9 ms. Desta forma, a energia

eletromagnética gerada pelos transdutores dos fones de inserção pode ser removida dos

eletrodos de registro, o qual está localizado no lóbulo do ouvido ou na mastóide do lado

estimulado. Em contraste, os fones supra-aurais estão essencialmente apoiados nos eletrodos,

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como resultado, pode haver uma grande quantidade de artefato do estímulo o que prejudica a

onda I dos PEATE e o potencial de ação da Eletrococleografia (EcochG).

A segunda vantagem dos fones de inserção está relacionada à resposta temporal do

estímulo clique. Os fones de inserção têm limitada ressonância acústica em comparação aos

fones supra-aurais. Devido a isto, as deflexões extras na resposta temporal da onda após a

reposta inicial dos fones ao pulso elétrico retangular, evidente com os fones supra-aurais não

são observadas com os fones de inserção.

A terceira vantagem clínica é a prevenção do colabamento do CAE. A pressão dos

fones supra-aurais e seus coxins pode provocar o colabamento da porção cartilaginosa externa

do CAE e o fechamento de sua entrada. Este problema tende a ser mais prevalente em

crianças e idosos. O efeito do colabamento do CAE é uma piora dos limiares auditivos por

condução aérea nas freqüências altas. Para os PEA que dependem das freqüências altas do

estímulo clique (EcochG e PEATE), os valores de latência das ondas podem ser aumentados e

os níveis mínimos de respostas (NMR) elevados por esta redução de intensidade. Na triagem

auditiva neonatal com um nível de intensidade de 30 a 40 dBnNA, o colabamento do CAE

não reconhecido pode levar a uma falsa falha na triagem.

Quarta, a inserção do coxim do fone reduz a preocupação com relação ao cruzamento

do estímulo do ouvido testado ao ouvido não testado. Quando os fones supra-aurais são

utilizados, a AI é de aproximadamente 40 a 50dBNA. Quando um estímulo por via aérea

apresentado a um ouvido por meio do fone convencional excede a AI, é possível que alguma

energia do estímulo alcance o outro ouvido (não testado). Embora a energia do estímulo possa

vazar ao redor do coxim do fone e se propagar por via aérea ao outro ouvido, o problema real

do cruzamento é a energia conduzida por via óssea. Como o fone está em contato com a

cabeça, níveis de intensidades moderados a fortes são transmitidos pela vibração do fone à

pele e alcançam a cóclea contralateral por meio de condução óssea (sons transmitidos por via

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óssea também alcançam a cóclea ipsilateral- ouvido testado). Em contraste, as olivas de

espuma dos fones de inserção entram em contato apenas com a porção cartilaginosa do CAE,

não com a porção óssea, e o cruzamento pode não ocorrer até que a intensidade do estímulo

alcance 70dB ou mais. Desta forma, a AI é aumentada, quando os fones de inserção são

utilizados.

A quinta resulta das propriedades de atenuação do som pela olivas de espuma dos

fones de inserção. Essas olivas são do mesmo tipo daquelas utilizadas para proteger o ouvido

do ruído excessivo do ambiente.

A sexta vantagem é que a localização do transmissor do estímulo do fone de inserção

assegura um adequado posicionamento do fone, considerando que a oliva esteja

adequadamente adaptada dentro do CAE. Uma quantidade moderada de movimentação do

sujeito geralmente não desloca a inserção. O deslizamento dos fones, problema observado

com os fones padrões, é eliminado.

A última vantagem clínica é o conforto. Os fones supra-aurais não são flexíveis e

confortáveis durante um período extenso de uso e, quando se apóiam em eletrodos presos por

clipes, os sujeitos podem reclamar de dor com o passar do tempo. De acordo com o autor, a

maioria dos sujeitos parece preferir as olivas de espuma dos fones de inserção.

Apesar dos fones de inserção existirem há mais de 50 anos e as vantagens serem

conhecidas desde o desenvolvimento, o uso é pouco difundido e poucos estudos têm

avaliado sistematicamente a sua aplicação na pesquisa dos PEATE.

Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi:

Comparar os resultados, na pesquisa dos PEATE obtidos por meio dos fones de

inserção e supra-aurais, em sujeitos adultos ouvintes normais, quanto aos seguintes

aspectos:

níveis mínimos de respostas;

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morfologia das ondas;

latências absolutas das ondas;

latências interpicos;

diferença entre latências interaurais;

amplitudes das ondas;

conforto durante o uso.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico

2.1.1 Aplicações clínicas

A pesquisa dos PEATE tem duas principais aplicações clínicas: a identificação de

anormalidades neurológicas que afetam o nervo auditivo e as vias auditivas até o tronco

encefálico e a avaliação da sensibilidade auditiva.

Com relação ao neurodiagnóstico, a pesquisa dos PEATE pode ser utilizada para

auxiliar na determinação da presença ou ausência de uma desordem e, de forma limitada, o

local da desordem. É mais sensível na identificação de tumores, no nervo auditivo

(schwannoma vestíbulo-coclear), maiores que 1 cm de diâmetro, enquanto que pouco sucesso

tem sido observado em casos de doenças desmielinizantes difusas como a esclerose múltipla,

sendo necessária a associação dos PEATE com outras avaliações. No sistema auditivo, é

utilizado no diagnostico diferencial entre uma lesão coclear e uma lesão mais central e para a

avaliação da maturação das vias auditivas em prematuros e lactentes. (COSTA FILHO;

CELANI, 1993; HOOD, 1998).

Os PEATE também são utilizados na avaliação da sensibilidade auditiva, na

freqüência ou faixa de freqüência do estímulo utilizado, em sujeitos que não apresentam

limiares auditivos confiáveis na avaliação comportamental e nas triagens auditivas neonatais.

Embora a pesquisa dos PEATE seja uma avaliação da sincronia da função neural e não um

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teste de audição, é possível utilizar essa medida para fazer inferências sobre a sensibilidade

auditiva baseada na presença de respostas aos estímulos apresentados em várias intensidades

(HOOD, 1998).

Os PEATE também são úteis, em combinação com outras avaliações, na identificação

de desordens não identificáveis radiologicamente, como é o caso da dessincronia auditiva, no

monitoramento intra-operatório da função do nervo auditivo e tronco encefálico e na

confirmação de morte encefálica (HALL III; MULLER III, 1997; HOOD, 1998; SOUZA et

al., 1998).

2.1.2 Registro dos PEATE

A resposta auditiva evocada pelos sons é captada através de eletrodos metálicos,

posicionados sobre a pele, e é transferida por fios condutores até os amplificadores do

equipamento de registro. O eletrodo consiste de um fio com um disco, em um dos lados que

faz contato com a pele, e um pino, no outro lado, que se conecta a um pré-amplificador

(Figura 4).

Em equipamentos monocanais são utilizados três eletrodos. O eletrodo ativo ou

positivo é posicionado na parte central alta da fronte ou no vértice (Fz ou Cz)1, o eletrodo de

referência ou negativo é posicionado no lóbulo ou mastóide do ouvido testado (A1 ou A2)1 e

o eletrodo terra ou massa pode ser posicionado no lóbulo ou mastóide contralateral (M1 ou

M2)1 (HALL III, 1992).

1Os locais de posicionamento dos eletrodos foram denominados de acordo com a International Electrode System nomenclature, sendo Fz correspondente à linha média frontal, Cz ao vértice, A1 ao ouvido esquerdo, A2 ao ouvido direito, M1 à mastóide esquerda e M2 à mastóide direita (JASPER, 1958).

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Já que as respostas evocadas por sons se originam de estruturas dentro do ouvido,

nervo auditivo e tronco encefálico a uma notável distância dos eletrodos, elas são conduzidas

das estruturas auditivas à superfície dos eletrodos através do tecido e fluidos corporais.

Depois, os fios as enviam a um computador especialmente programado que é capaz de um

processamento de alta velocidade (HALL III, 1992).

Figura 4. Obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico

As respostas originárias de regiões mais altas do sistema auditivo (córtex) envolvem

centenas de milhares, talvez milhões, de células cerebrais e os eletrodos estão relativamente

próximos às origens, desta forma, tendem a apresentar amplitudes grandes. Em contraste, as

respostas geradas pelo ouvido, nervo auditivo e regiões do tronco encefálico, as quais

envolvem poucas unidades neurais e são originadas em locais distantes dos eletrodos,

apresentam amplitudes extremamente pequenas (HALL III, 1992).

Devido à resposta evocada auditiva ser tão pequena, dois processos são essenciais para

a detecção dos PEATE. Um dos processos é aumentar, ou seja amplificar, a voltagem da

atividade. A voltagem da atividade do ouvido, nervo auditivo e tronco encefálico geralmente é

amplificada 100.000 vezes. O segundo processo é chamado signal averaging o qual separa o

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sinal desejado (PEATE gerados por estímulos idênticos) de outras atividades cerebrais ou

atividades elétricas e musculares com origens fora do sistema auditivo (luzes fluorescentes na

sala de teste, movimentos da mandíbula ou pescoço, entre outros) as quais são denominadas

“ruídos”. Estes processos ocorrem antes de qualquer análise da resposta ser realizada (HALL

III, 1992; HOOD, 1998).

2.1.3 Estruturas geradoras dos PEATE

Jewett e Williston (1971) apresentaram a primeira sistematização dos PEATE em

humanos, descrevendo potenciais rápidos que apareciam graficamente em forma de

multiondas, com cinco a sete picos. Os picos foram marcados por meio de algarismos

romanos e denominados ondas I, II, III, IV, V,VI e VII.

A utilidade dos PEATE depende do conhecimento das origens anatômicas de seus

vários componentes.

As ondas ou picos dos PEATE representam a soma da atividade neural de uma ou

mais origens. Já que a entrada pode ser processada em paralelo, contribuições de diferentes

estruturas podem aparecer com a mesma latência. Registros em campo distante (far-field) ou

com eletrodos superficiais, contribuições individuais de um núcleo específico ou tratos

geralmente são indistinguíveis (HOOD, 1998).

Vários métodos têm sido utilizados para estudar os geradores neurais dos PEATE. Os

mais utilizados incluem: registros simultâneos dos PEATE com eletrodos superficiais e

diretamente sobre as estruturas expostas durante a neurocirurgia, correlação de patologias

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conhecidas com PEATE anormais e técnicas de registros tridimensionais, utilizadas para

identificar origens bipolares.

A informação sobre a origem anatômica dos PEATE são menos precisas e mais

conflitantes para as ondas III, IV, V, VI e VII.

Atualmente, a classificação mais utilizada foi sintetizada por Hood (1998), a partir da

classificação de Møller (1994) e Moore (1987), ilustrada na figura 5:

Onda I- originária da porção distal do nervo auditivo;

Onda II- originária principalmente da porção proximal do nervo auditivo, com a

possibilidade de uma pequena contribuição da porção mais distal do nervo auditivo;

Onda III- originária, principalmente, dos neurônios do núcleo coclear, com possível

contribuição de fibras que chegam a essa estrutura;

Onda IV- a geração neural desta onda é incerta, apesar dos neurônios de terceira

ordem do complexo olivar superior estarem envolvidos. Outras contribuições incluem o

núcleo coclear e o lemnisco lateral;

Onda V- pode estar relacionada à atividade do lemnisco lateral e do colículo inferior.

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Figura 5. Estruturas geradoras dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico

Deve-se enfatizar que as ondas IV, V, VI, e VII dos PEATE são complexas, com

mais do que uma estrutura anatômica contribuindo para cada pico e uma estrutura

contribuindo para mais de um pico. Os únicos sítios obrigatórios de sinapse, nas vias

auditivas do tronco encefálico, são o núcleo coclear e colículo inferior e entre essas vias

existe uma série de vias paralelas (HOOD, 1998).

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2.1.4 Análise dos registros dos PEATE

Os registros dos PEATE apresentam três principais características (Figura 6) a serem

consideradas: morfologia, latência e amplitude das ondas.

A morfologia é o padrão ou forma geral das ondas dos PEATE e é geralmente

descrita em relação à aparência normal esperada para os PEATE (HALL III, 1992). O

registro de PEATE normais em intensidade fortes (por exemplo: 75dBnNA) deve apresentar

picos bem definidos e a presença de no mínimo as ondas I, III e V nos dois ouvidos (HOOD,

1998).

A latência das ondas dos PEATE é a característica mais confiável e o aspecto mais

importante na interpretação dos PEATE. É expressa em millisegundos e é composta por três

parâmetros: a latência absoluta, a latência interpicos e a diferença entre as latências

interaurais.

A latência absoluta é o intervalo de tempo entre o exato momento da apresentação do

estímulo e o aparecimento de uma mudança (um pico ou um vale) nas ondas dos PEATE. As

latências absolutas mais comumente analisadas são as das ondas I, III e V. A latência

interpicos é o intervalo de tempo entre os picos das ondas dos PEATE e utiliza a latência dos

picos das primeiras ondas como referência. As latências interpicos utilizadas na interpretação

clínica das ondas do PEATE são aquelas para ondas I e III (I-III), ondas III e V (III-V) e

ondas I e V (I-V). A diferença entre as latências interaurais compara as latências absolutas da

onda V, obtidas por meio da estimulação do ouvido direito em relação ao ouvido esquerdo em

níveis de intensidades iguais (HOOD, 1998).

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Legenda: latência amplitude Figura 6. Registros dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (morfologia, latência e amplitude das ondas)

A amplitude, expressa em microvolts, é o terceiro parâmetro de resposta geralmente

analisado. A técnica mais comum de medição é a diferença de voltagem entre o pico de uma

onda e o vale seguinte (HALL III, 1992). A razão da amplitude V-I é obtida dividindo a

amplitude da onda V pela amplitude da onda I. Uma razão da amplitude V-I reduzida pode ser

significativa para o diagnóstico (HOOD, 1998).

Os picos das ondas I e II apresentam amplitudes menores e podem se tornar,

primeiramente, ocultos na presença de ruído de fundo com a onda V, permanecendo visível

em intensidades mais fracas (HOOD, 1998).

A amplitude das ondas não é uma característica diretamente analisada na rotina

clínica, apesar de carregar importantes informações sobre as condições da condução neural

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das vias auditivas. A principal justificativa para isso é a grande variabilidade do normal,

encontrada no registro das ondas, fato esse que não permite a diferenciação entre os achados

normais e anormais (COSTA FILHO; CELANI, 1993; HALL III, 1992).

É importante enfatizar a necessidade de determinar os valores normais para cada

equipamento, uma vez que podem não coincidir com os valores de outros equipamentos.

2.1.5 Características do estímulo e parâmetros mais utilizados

2.1.5.1 Tipos de estímulo

O estímulo mais utilizado para a pesquisa dos PEATE é o pulso ou transiente acústico,

mais comumente chamado de clique. Esse estímulo tem um início abrupto, rápida duração,

geralmente 0,1ms ou 100µs, e são estímulos de banda larga ajustados à resposta da freqüência

dos fones. Quando transduzidos por meio de fones supra-aurais TDH-39, fones de inserção

ER-3A ou fones semelhantes, permitem estimulação máxima na faixa de freqüências de 2000

a 4000 Hz. Desta forma, o clique reflete principalmente a atividade das regiões mais basais da

cóclea (HOOD, 1998).

O estímulo clique, devido ao seu início abrupto, elicia uma boa sincronia neural para a

produção de grandes amplitudes das ondas componentes dos PEATE (FOWLER; BAUCH;

OLSEN, 2002). A sua utilização na pesquisa dos PEATE é muito útil e, clinicamente prática,

para a avaliação da sensibilidade auditiva na faixa de freqüências de 2000 a 4000 Hz.

Entretanto, informações quanto à sensibilidade auditiva ao longo da faixa audiométrica, na

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região das freqüências da fala (500Hz até 3000-4000Hz) e, principalmente, nas freqüências

baixas (na região de 500Hz), são extremamente importantes para uma adequada

(re)habilitação de sujeitos deficientes auditivos, principalmente, no que se refere à adaptação

de AASI (HALL III, 1992).

Outro tipo de estímulo utilizado na avaliação clínica é o toneburst, que possui energia

em uma freqüência única de tom puro (por exemplo: 500Hz) sob todas as condições de

apresentação, incluindo níveis fortes de intensidade do estímulo. Quando os PEATE são

eliciados por meio desse estímulo, eles refletem a sensibilidade auditiva em uma freqüência

específica (HALL III, 1992). Porém, é importante ressaltar que apesar do toneburst possuir

maior especificidade de freqüências do que o clique, a sua especificidade não é maior do que

o tom puro, já que eles estimulam a cóclea em regiões ao redor da freqüência alvo tão bem

quanto a desejada.

Quando não é possível a avaliação comportamental para a determinação da

sensibilidade auditiva, é importante a pesquisa dos NMR dos PEATE para os estímulos clique

e toneburst, nas freqüências de 500Hz ou 1000Hz, de modo a refletir a sensibilidade auditiva

tanto na região de freqüências altas quanto na de freqüências mais baixas.

2.1.5.2 Intensidades do estímulo

Todas as ondas do PEATE apresentam um aumento sistemático na latência e uma

diminuição na amplitude, conforme a intensidade do estímulo diminui (PICTON et al., 1974).

É importante ressaltar que, a modificação na latência da onda V com alterações na

intensidade não é linear, ocorrendo mudanças de aproximadamente 0,2 a 0,3ms a cada 10dB

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em intensidades mais fortes e um aumento mais abrupto em intensidades mais fracas

(STOCKARD et al., 1979).

A intensidade do estímulo pode ser expressa em dB nível de pressão sonora (dBNPS),

em dB pico equivalente nível de pressão sonora (dBpeNPS), em dB nível de sensação

(dBNS), em dB nível de audição (dBNA) e em dB nível de audição normal (dBnNA).

As intensidades expressas em dBNPS e dBpeNPS são medidas físicas do som

realizadas com equipamentos de medição calibrados que utilizam a referência padrão para

0dBNPS. As demais são medidas fisiológicas do som e se referem à média dos limiares

auditivos em um grupo de sujeitos ouvintes normais para o estímulo (dBNA e dBnNA) ou um

limiar auditivo individual para o estímulo (dBNS) (HALL III, 1992).

A prática mais comum para descrever o nível de intensidade do estímulo na pesquisa

dos PEATE é em dBnNA. A determinação do dBnNA é realizada com base na média dos

limiares comportamentais para um estímulo específico determinados em um grupo

relativamente pequeno de sujeitos adultos jovens ouvintes normais (10 a 15 sujeitos) (HALL

III, 1992).

A intensidade do estímulo a ser apresentado dependerá do objetivo da avaliação.

Quando a pesquisa dos PEATE é realizada com o objetivo de avaliar a integridade das vias

auditivas, utiliza-se a intensidade entre 80 e 95dBnNA para permitir a visualização das ondas

I, III e V. Quando o objetivo é a pesquisa do NMR, a intensidade do estímulo pode chegar a

0dBnNA (HALL III; MULLER III, 1997).

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2.1.5.3 Taxa de apresentação do estímulo

A taxa na qual o estímulo de teste é apresentado afeta tanto a latência quanto a

amplitude dos componentes dos PEATE.

Nas taxas de apresentação acima de 30 estímulos por segundo (estímulos/s), as

latências de todos os componentes dos PEATE aumentam e as amplitudes das ondas I, II e III

diminuem. As latências das ondas não aumentam na mesma proporção para todos os

componentes. A onda V, por exemplo, apresenta maior latência do que as ondas I, II e III, o

que resulta em um prolongamento do intervalo das ondas I-V. O efeito diferencial da taxa de

apresentação do estímulo nos vários componentes dos PEATE sugere a presença de efeitos

centrais e periféricos. Estímulos mais rápidos também tendem a reduzir a nitidez e a

reprodutibilidade das respostas, principalmente para as ondas I, II e III (FOWLER;

NOFFSINGER, 1983; HOOD, 1998).

Hall III e Muller III (1997) sugerem a taxa de apresentação do estímulo de 21,1

estímulos/s.

Rotineiramente, a taxa de apresentação do estímulo encontra-se entre 20 e 30

estímulos/s.

2.1.5.4 Duração do estímulo

A duração do estímulo clique não tem influência importante na latência e amplitude

das ondas dos PEATE. Não há mudança na latência das ondas na faixa de 0,25 a 100µs e um

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aumento de 0,2ms, no máximo, pode ser esperado para durações variando de 100 a 400µs.

Porém, quando o toneburst é utilizado, quanto maior a duração do estímulo, maior

especificidade por freqüência o estímulo terá (HALL III, 1992; HOOD, 1998).

A duração padrão do estímulo clique utilizado na avaliação clínica dos PEATE é

100µs ou 0,1ms (HOOD, 1998).

2.1.5.5 Polaridades do estímulo

As polaridades do estímulo (Figura 7) utilizadas na avaliação dos PEATE são:

condensação (positiva), rarefação (negativa) e alternada (condensação/rarefação).

Figura 7. Polaridades do estímulo

Quando o estímulo é produzido por um movimento do diafragma do fone em direção à

membrana timpânica, uma onda de pressão positiva é gerada. O movimento na direção

positiva, ou polaridade positiva, é também conhecido como polaridade condensação. Quando

o estimulo é produzido por um movimento do diafragma do transdutor em direção oposta à

condensação

rarefação

alternada

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membrana timpânica, uma onda de pressão negativa é gerada e a polaridade é denominada

rarefação. Na polaridade alternada as polaridades condensação e rarefação são alternadas em

apresentações do estímulo subseqüentes (HALL III, 1992).

A polaridade do estímulo é a característica mais polêmica e divergente na utilização

clínica. De acordo com Hall III (1992) não há consenso sobre quais componentes dos PEATE

são mais afetados ou mais consistentemente afetados pela polaridade do estímulo.

De acordo com Stockard et al. (1979), em sujeitos ouvintes normais, a latência é

levemente menor e a amplitude é maior para a onda I dos PEATE para cliques de polaridade

rarefação em comparação à condensação, na maioria dos sujeitos. A amplitude da onda V

tende a ser maior em resposta a estímulos de polaridade condensação em comparação à

rarefação. Porém, não há diferença significante entre essas polaridades no que se refere à

latência absoluta da onda V.

De acordo com Fowler; Bauch; Olsen (2002), as polaridades condensação e rarefação

devem ser utilizadas separadamente para aumentar a probabilidade de eliciar todos os

componentes dos PEATE e melhorar a morfologia das ondas, principalmente para a onda I.

Em seu estudo, os resultados obtidos tanto em sujeitos ouvintes normais como em sujeitos

com schwannoma vestíbulo-coclear unilateral foram semelhantes nas duas polaridades e não

houve vantagem diagnóstica de uma polaridade em relação à outra.

Meira (2002) não observou diferenças estatisticamente significantes nas latências

absolutas das ondas I, III e V dos PEATE na intensidade de 80dBnNA, obtidos nas

polaridades condensação, rarefação e alternada em sujeitos ouvintes normais.

A polaridade alternada é muitas vezes utilizada para reduzir o artefato de estímulo,

entretanto, seu uso não é recomendado quando o objetivo é a avaliação das respostas

cocleares (por exemplo, o microfonismo coclear), pois ocorrerá o cancelamento dessas

respostas (HOOD, 1998).

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Devido ao fato das latências de vários componentes na resposta resultante serem

dependentes da polaridade do estímulo, tanto o uso consistente de uma polaridade específica,

quando comparamos resultados aos dados normativos ou com avaliações anteriores, quanto o

conhecimento dos efeitos da polaridade são críticos.

2.1.5.6 Modos de apresentação do estímulo e registro dos PEATE

O estímulo pode ser apresentado apenas em um ouvido (monoaural) ou nos ouvidos

direito (OD) e esquerdo (OE) ao mesmo tempo (biaural). As latências das respostas obtidas

com estimulação monoaural ou biaural devem ser similares. Entretanto, a resposta biaural não

é igual a soma das respostas monoaurais, ou seja, existem diferenças nas respostas do sistema

auditivo para estimulação biaural em relação à monoaural (HOOD, 1998).

Embora a estimulação biaural possa ser utilizada como parte de uma bateria de testes,

a estimulação monoaural deve ser sempre realizada para avaliar a função de cada ouvido

separadamente.

Os PEATE podem ser registrados do mesmo lado da apresentação do estímulo

(ipsilateral) ou do lado oposto ao estimulado (contralateral). A diferença mais evidente entre

os PEATE registrados ipsilateral e contralateral é a ausência da onda I no registro

contralateral.

A estimulação geralmente ocorre de modo monoaural e é registrada ispsilateralmente

(HALL III; MULLER III, 1997).

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2.1.5.7 Promediações

A quantidade de promediações (sweeps) necessárias para a realização de uma média

de respostas varia de acordo com a amplitude dos PEATE e a quantidade de ruído de fundo

(artefato muscular, ruído de 60Hz, atividade eletroencefalográfica, entre outros) (HOOD,

1998).

O total de promediações pode estar entre 500 e 4000, dependendo das condições de

registro do exame (HALL III; MULLER III, 1997).

Para a pesquisa dos PEATE, geralmente de 1.000 a 2.000 sweeps são adequados para a

obtenção de respostas em pacientes quietos em fortes intensidades de estímulo. Em

intensidades fracas, onde a amplitude da resposta é menor, um maior número de sweeps pode

ser necessário para atingir uma adequada relação sinal-ruído (HOOD, 1998).

2.1.5.8 Tempo de registro

A janela do tempo ou tempo de registro deve ser estabelecida para compreender todos

os componentes da resposta. O tamanho da janela variará de acordo com a idade do sujeito,

intensidade e tipo de estímulo utilizado.

Para a apresentação do estímulo clique em sujeitos adultos, uma janela de 10 ou 12ms

é geralmente suficiente para o registro dos PEATE, pois, a onda V ocorre em sujeitos normais

dentre 5 a 6ms em fortes intensidades e dentre 8 a 9ms em intensidades próximas ao NMR . O

uso de fones de inserção provocará um atraso na resposta de menos de 1ms o que continua

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dentre um tempo de 10ms. Em bebês, com idade inferior a 12meses, e em crianças, com

suspeita de atraso na neuromaturação, os componentes dos PEATE são atrasados por 1ms ou

mais, desta forma, uma janela de no mínimo 15ms é recomendada (HOOD, 1998).

2.1.5.9 Filtros

Modificações na faixa de freqüência através da qual a resposta fisiológica é filtrada

afetam a latência e a amplitude das ondas. O aumento na freqüência de corte do filtro de passa

alta de 30Hz para 100Hz ou 150Hz resulta em uma diminuição na amplitude e latência da

resposta. Maior informação das freqüências baixas na média das respostas geralmente resulta

em um aumento na amplitude, principalmente para as ondas V, VI e VII, e latências

levemente mais longas. A diminuição da freqüência de corte do filtro de passa baixa de

3000Hz para 1500Hz pode resultar no arredondamento dos picos das ondas, mas tem menos

efeito na amplitude ou latência das ondas (HOOD, 1998).

Na prática clínica, geralmente, utilizam-se filtros de passa alta de 100Hz e filtros de

passa baixa de 3000Hz.

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2.2 Fones de inserção

Békésy (1948 apud Yacullo, 1996, p. 122) desenvolveu um fone de inserção,

utilizando um receptor de AASI acoplado ao ouvido por meio de um tubo plástico e um

plugue de ouvido perfurado. Ele foi o primeiro a demonstrar que um fone de inserção poderia

ser utilizado para aumentar tanto a AI quanto a atenuação do ruído de fundo quando

comparado ao fone supra-aural.

Utilizando um modelo semelhante, porém melhorado, Killion (1984) desenvolveu

novos fones de inserção denominados Etymotic Research Tubephones. Existem vários

modelos (ER-1, ER-2, ER-3, ER-3A, entre outros) disponíveis, cada um diferindo em suas

características eletroacústicas. Os fones ER-3A, desenvolvidos para reproduzir as

características eletroacústicas dos fones supra-aurais padrões TDH-39, entretanto, são os

mais utilizados e têm sido amplamente pesquisados desde o seu desenvolvimento. O

fabricante recomenda apenas pequenos fatores de correção quando esses fones são utilizados

em um audiômetro calibrado para fones supra-aurais (YACULLO, 1996).

Os fones de inserção ER-3A apresentam três partes: um transdutor para converter

energia elétrica em som, um tubo plástico para conduzir o som para dentro do CAE e um

acoplador conectando o transdutor ao CAE (CLEMIS; BALLAD; KILLION, 1986).

Os transdutores estão contidos dentro de caixas retangulares (uma para cada ouvido)

que são posicionadas sobre os ombros e podem ser presas à roupa do sujeito por meio de

clipes ou grampos. Cada transdutor é acoplado ao CAE por meio de um tubo acústico de

dimensões precisamente definidas (cerca de 280mm de comprimento do tubo número 16) o

BÉKÉSY, G. Vibration of the head in a sound field and its role in hearing by bone conduction. Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v.20, p. 749-760, 1948.

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que provoca um atraso acústico no trajeto do transdutor à oliva de espuma posicionada dentro

do CAE de cerca de 0,9ms. A oliva de espuma é do mesmo tipo daquela freqüentemente

utilizada como protetor auricular (E-A-R™ modificado da Cabot Safety Corporation) e está

disponível em 3 tamanhos. A oliva ER3-14A é indicada ao uso em sujeitos com CAE de

tamanhos normais, a ER3-14B em sujeitos com CAE pequenos e a ER3-14C é indicada para

sujeitos com CAE muito grandes (HALL III, 1992; YACULLO, 1996).

Em 1990, a Auditory Systems Division of Cabot Safety Corporation desenvolveu

fones de inserção conhecidos como E-A-RTONE™3A. Os fones de inserção ER-3A e o E-A-

RTONE™3A são funcionalmente semelhantes por terem sido construídos com especificações

idênticas. Os fones de inserção E-A-RTONE ™ 3A utilizam olivas de espuma conhecidas

como E-A-RLINKs disponíveis em três tamanhos: 3A, 3B, e 3C. As olivas E-A-RLINKs 3A,

3B, e 3C são funcionalmente equivalentes às olivas da Etymotic Research ER3-14, ER3-14B,

e ER3-14C, respectivamente (FRANK; VAVREK, 1992).

A partir daí, várias empresas desenvolveram seus próprios fones de inserção

seguindo as especificações da Etymotic Research.

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2.3 Comparações entre os tipos de fones nas avaliações audiométricas

Desde o trabalho original de Békésy (1948 apud Yacullo, 1996, p. 122) as vantagens e

desvantagens dos fones de inserção têm sido observadas por vários pesquisadores.

Killion (1984) relatou que o problema do colabamento do CAE, observado com os

fones supra-aurais, devido à pressão exercida pelos coxins dos fones contra o pavilhão

auricular, pode ser solucionado pelo uso das olivas de espuma dos fones de inserção. No

experimento realizado em seu laboratório, concluiu-se que um tubo de 2,2mm de diâmetro

externo era suficiente para ser acoplado às olivas, as quais mantêm o CAE aberto durante a

avaliação.

De acordo com Killion; Wilber; Gudmundsen (1985), os de fones de inserção (ER-

3A) aumentam a AI na avaliação audiométrica em comparação aos supra-aurais (TDH-39), o

que pode tanto superar o dilema do uso do mascaramento como também eliminar a

necessidade de sua aplicação. E mesmo que ele ainda seja necessário, menos mascaramento é

requerido, reduzindo a chance de erros.

Clemis; Ballad; Killion (1986) relataram a melhora nos limiares audiométricos em

freqüências baixas (média de 4,39dB em 250Hz) obtidos por meio dos fones de inserção (ER-

3A) comparados aos limiares obtidos por meio dos fones supra-aurais (TDH-50P e TDH-49),

em 25 sujeitos portadores de deficiência auditiva (DA) unilateral e bilateral. Os autores

atribuíram este achado à melhora no acoplamento do transdutor ao ouvido. Enfatizaram ainda

que, o fato dos fones de inserção serem calibrados no mesmo acoplador de 2ml, utilizado para

a avaliação das características eletroacústicas dos AASI, possui importantes implicações

clínicas.

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Hosford-Dunn et al. (1986) observaram valores de AI significantemente maiores

obtidos por meio dos fones de inserção, sendo 2 de fabricação caseira e 2 disponíveis

comercialmente (botão de inserção padrão disponível nos audiômetros e os fones ER-3A),

quando comparados aos fones supra-aurais (TDH-49), nas freqüências de 500, 1000 e

2000Hz, em 22 ouvidos com audição normal. Para a determinação da AI foi apresentado um

ruído mascarador de faixa estreita (narrow-band) contralateralmente à apresentação do tom

puro em cada freqüência.

De acordo com Sklare; Denenberg (1987), respostas de curvas sombras audiométricas

devem ser suspeitadas se os sinais de tons puros transduzidos pelos fones de inserção ER-3A

em um ouvido excederem a sensibilidade auditiva para condução óssea do ouvido oposto em

75dB para estímulos de freqüências baixas e em 50dB para estímulos de freqüências altas.

Quando os fones supra-aurais TDH-49P forem utilizados, este valor será de 45dB em toda a

faixa de freqüência. Desta forma, o uso de fones de inserção pode minimizar e até eliminar a

necessidade de mascaramento na maioria das avaliações audiométricas, entretanto, os autores

não avaliaram crianças e adultos do gênero feminino.

Clark; Roeser (1988) compararam os limiares tonais, nas freqüências de 250 a

8000Hz, obtidos por meio dos fones de inserção (ER-3A) e supra-aurais (TDH-50P) em 12

crianças e 12 adultos ouvintes normais. Os autores encontraram limiares tonais obtidos com

os fones de inserção significantemente melhores na freqüência de 250Hz e piores nas

freqüências de 6000 e 8000Hz, em comparação aos fones supra-aurais, nos dois grupos de

sujeitos. Não foram observadas diferenças significantes entre os limiares, em todas as

freqüências avaliadas, obtidos em crianças e adultos tanto com os fones supra-aurais como

com os fones de inserção.

Larson et al. (1988) compararam a variabilidade no teste e reteste durante a obtenção

dos limiares audiométricos nas freqüências de 125 a 8000Hz entre os fones supra-aurais

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(TDH-50) e os fones de inserção (ER-3A) em 90 sujeitos ouvintes normais, realizados em 3

laboratórios diferentes. Os autores concluíram que os fones de inserção, quando acoplados ao

ouvido por meio de olivas de borracha, permitem avaliações dos limiares auditivos em

sujeitos ouvintes normais de forma tão confiável quanto os supra-aurais.

Com relação ao conforto, os fones de inserção foram bem aceitos e preferidos em

relação aos supra-aurais tanto em crianças quanto em adultos nos estudos de Borton et al.

(1989); Clark; Roeser (1988).

Berger; Killion (1989) relataram que, em ambientes com níveis de ruído menores que

45dBNA, o uso de fones de inserção ER-3A com olivas ER3-14 inseridas profundamente

permite a determinação precisa dos limiares até 0dB na faixa de freqüências de 125 a

8000Hz.

Borton et al. (1989) compararam os limiares audiométricos para tons puros nas

freqüências de 500, 1000, 2000, 4000Hz obtidos por meio dos fones de inserção (ER-3A) e

supra-aurais (TDH-39) em 3 grupos de sujeitos adultos, sendo um com 10 ouvintes normais,

um com 10 sujeitos com DA condutiva e um terceiro grupo com 10 sujeitos com DA

sensorioneural. Os autores concluíram que os 2 tipos de fones utilizados neste estudo

apresentaram valores de limiares auditivos confiáveis e semelhantes. Além disso, nem a

presença ou a ausência da DA, nem mesmo o tipo da DA tiveram qualquer efeito diferencial

na medição dos limiares por condução aérea com os dois tipos de fones.

Lindgren (1990) avaliou a confiabilidade dos fones de inserção (ER-3A) e supra-

aurais (TDH-49P) na determinação dos limiares audiométricos nas freqüências de 250 a

8000Hz em 13 sujeitos, avaliados cinco vezes com cada tipo de fone. Os resultados

mostraram que a confiabilidade dos fones de inserção, medida pela variação intra-sujeitos, foi

comparável àquela obtida com os fones supra-aurais, permanecendo dentre 1,3dB em todas

as freqüências avaliadas. Comparações entre os limiares obtidos com ambos os transdutores

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indicaram que os valores de correção, sugeridos pelo fabricante dos fones de inserção, são

apropriados.

Arlinger (1991) determinou limiares auditivos na faixa de freqüência baixa entre 20 e

500Hz em um grupo de 30 adultos jovens ouvintes normais por meio dos fones de inserção

(ER-3A). Os resultados mostraram que os limiares auditivos para tons puros nas freqüências

de 40Hz até 500Hz podem ser determinados com validação aceitável e confiabilidade por

meio do uso desse tipo de fone de inserção.

Martin; Severance; Thibodeau (1991) recomendaram o uso dos fones de inserção nos

testes de percepção da fala quando houver a possibilidade de cruzamento auditivo com os

fones padrões, já que esses tipos de fones aumentam a AI de 20 a 30dB, o que pode tornar

desnecessário o uso do mascaramento contralateral. E, quando o mascaramento ainda for

necessário, os fones de inserção também diminuem a chance de ocorrer o supermascaramento

pela diminuição da quantidade de ruído mascarador requerida.

Stuart et al. (1991) recomendaram a utilização clínica dos fones de inserção (ER-3A)

em crianças e adultos, já que não oferecem maior variabilidade significante na determinação

dos limiares audiométricos nas freqüências de 250 a 8000Hz, quando comparados aos fones

supra-aurais (TDH-50P).

Tang; Letowski (1992) observaram variabilidade significantemente menor na obtenção

dos limiares de altas freqüências (10000, 12000, 14000 e 16000Hz), obtidos com os fones de

inserção (ER-1), comparada aos fones circumaurais (HD-250 Sennheiser) em 10 sujeitos

adultos ouvintes normais. Os autores concluíram que os fones de inserção são mais adequados

do que os circumaurais na obtenção dos limiares de altas freqüências.

De acordo com os estudos de Berger; Killion (1989); Clark; Roeser (1988); Clemis;

Ballad; Killion (1986); Frank; Williams (1993); Frank; Wright (1990); Wright; Frank (1992),

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os fones de inserção permitiram maior quantidade de atenuação do ruído quando comparados

aos fones supra-aurais e circumaurais, tanto em crianças quanto em adultos.

Valente; Potts; Valente (1997) avaliaram os níveis de desconforto auditivo (em dBNA

e em dBNPS) nas freqüências de 500, 1000, 1500, 2000, 3000 e 4000Hz em 31 ouvidos com

DA por meio dos fones supra-aurais (TDH-50P) e de inserção (ER-3A). Os resultados não

revelaram diferenças significantes nas avaliações em dBNPS entre os dois fones em todas as

freqüências, o que é de grande interesse aos clínicos que realizam medições in situ da área

dinâmica auditiva para a adaptação dos AASI. Porém, nas avaliações em dBNA, foram

encontrados níveis de desconforto significantemente maiores com os fones supra-aurais em

relação aos fones de inserção nas freqüências de 1500Hz (2,1dB) e 4000Hz (3,1dB).

Hayes (1999) relatou que os fones de inserção (ER-3A) foram superiores aos fones

supra-aurais (TDH-39) em todas as categorias avaliadas em seu estudo (tempo de avaliação,

efeito de oclusão, necessidade de mascaramento e prevenção do colabamento de CAE),

realizadas em 91 sujeitos, sendo que 46 foram testados com os fones de inserção e 45 com os

fones supra-aurais. O autor recomendou que os fones de inserção devem se tornar os fones de

escolha para a avaliação audiométrica.

Landry; Green (1999) não observaram diferenças estatisticamente significantes para os

limiares de tons puros no teste e reteste entre os grupos de 20 sujeitos adultos jovens (22-34

anos), 10 adultos mais velhos (50-63 anos) e 10 idosos (65-81 anos), ou entre os fones de

inserção (ER-3A) e supra-aurais (TDH-50P), nas freqüências de 250, 500 e 1000Hz. Porém,

nas freqüências acima de 1000Hz (2000, 4000 e 8000Hz), ocorreu variabilidade significante

com ambos os fones, principalmente no grupo de idosos.

Munro; Agnew (1999) encontraram valores maiores de AI, quando o fone de inserção

(ER-3A) foi utilizado em comparação aos fones supra-aurais (TDH-39) em sujeitos com DA

assimétrica (anacusia em um ouvido e limiares melhores que 40dBNA no outro ouvido). Os

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valores de AI obtidos com os fones de inserção, com inserção profunda das olivas, foram de

15 a 20dB maiores do que os valores obtidos com os fones supra-aurais. De acordo com os

autores, a AI para os fones de inserção inseridos profundamente é de 55dB ou mais, porém,

quando não for possível obter uma inserção profunda das olivas, esse valor deve ser reduzido

em 5dB.

Day et al. (2000) relataram que os fones de inserção (ER-3A) são tão eficazes quanto

o campo sonoro, na determinação de limiares auditivos, na audiometria com reforço visual,

em bebês com idade entre 32 e 42 semanas, com razoável expectativa de sucesso.

Dean; Martin (2000) concluíram, em seu estudo com 20 sujeitos, que o efeito de

oclusão, provocado pelos fones durante a pesquisa dos limiares de via óssea, não variou

significantemente com o posicionamento do vibrador (na fronte ou mastóide), mas foi

significantemente menor, quando o ouvido não testado foi ocluído com o fone de inserção

(ER-3A) com inserção profunda das olivas, comparado à inserção superficial e ao fone supra-

aural (TDH-39). Os autores recomendaram a utilização dos fones de inserção, com inserção

profunda, no mascaramento durante a avaliação da via óssea, pois menos mascaramento é

necessário no ouvido não testado o que diminui a possibilidade de supermascaramento.

No estudo de Gil; Borges (2001), todos os 40 sujeitos (adultos do gênero feminino e

masculino) avaliados apresentaram limiares auditivos normais (menores que 25dBNA) com

os fones de inserção (ER-3A) e supra-aurais (THD-39) nos dois ouvidos. Contudo, foram

encontrados limiares significantemente menores nas freqüências de 250, 500, 1000, 2000,

3000 e 4000Hz e maiores nas freqüências de 6000 e 8000Hz, obtidos com os fones de

inserção em comparação aos supra-aurais. As autoras concluíram que os fatores de correção,

sugeridos pelo fabricante, são necessários e foram adequados à população estudada.

No estudo de Schmuziger; Probst; Smurzynski (2004), não houve diferenças

significantes no reteste entre os fones circumaurais (Sennheiser HDA 200) e os fones de

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inserção (ER-2), em todas as freqüências avaliadas (de 500 a 6000Hz e na faixa de alta

freqüência de 8000 a 16000Hz), nos 138 sujeitos ouvintes normais avaliados. A variabilidade

intra-sessão aumentou significantemente, com o aumento da freqüência, ocorrendo maior

variabilidade na faixa de 14000 a 16000Hz. Em cada freqüência e para os dois tipos de

transdutores, a diferença entre os limiares no teste e reteste intra-sessão não foi maior que

10dB.

Gordon et al. (2005) compararam a confiabilidade no teste e reteste, na determinação

dos limiares audiométricos, nas altas freqüências (2000Hz e de 5000 a 16000Hz), obtidos por

meio dos fones de inserção (ER-4B) e circumaurais (KOSS Pro/4X Plus). Foram avaliados

12 adultos ouvintes normais e 8 adultos com DA sensorioneural em cabinas audiométricas

acusticamente tratadas e em 2 salas de hospitais sem tratamento acústico. O objetivo deste

estudo foi avaliar a eficácia dos fones de inserção no monitoramento da ototoxicidade em

altas freqüências. Os autores concluíram que os fones de inserção são tão confiáveis quanto

os circumaurais, no monitoramento da ototoxicidade das altas freqüências, nos dois locais de

teste deste estudo.

Javarajan; Nandi; Caldicott (2005) concluíram em seu estudo com crianças, que o uso

dos fones de inserção na audiometria com reforço visual é um método confiável para a

obtenção de dados de cada ouvido separadamente e em freqüências específicas. Pegar artigo

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34

2.4 Comparações entre os tipos de fones na pesquisa dos PEA

Enquanto os benefícios dos fones de inserção têm sido verificados sistematicamente

para a audiometria comportamental, poucos estudos têm avaliado o seu uso na pesquisa do

PEA.

De acordo com Cooper Júnior; Parker (1981), transdutores audiométricos padrões,

tais como os fones TDH-49, produzem um artefato elétrico o qual interfere no registro dos

PEA precoces. As origens destes artefatos têm sido atribuídas ao acoplamento do transdutor

ao ouvido e sua transmissão aos eletrodos de registro.

Hood; Morehouse (1985) compararam os resultados obtidos na pesquisa dos PEATE

entre os fones de inserção (ER-3A) e os fones supra-aurais (TDH-39) em sujeitos adultos

ouvintes normais. As diferenças entre os limiares comportamentais para o estímulo clique

foram pequenas e não significantes. Com relação aos PEATE, ambos os fones apresentaram

resultados confiáveis no teste e reteste, morfologia global das ondas semelhantes e não

houve diferença significante para valores de latências interpicos e função latência-

intensidade. Porém, os fones de inserção apresentaram um atraso de 0,8 a 1,0ms nas

latências absolutas das ondas, amplitudes da onda I significantemente menores e como

conseqüência razão de amplitude V/I significantemente maior. Os autores observaram ainda

que as ondas I, II e III, mesmo em intensidades fracas e rápidas taxas de apresentação do

estímulo, foram mais identificáveis com os fones de inserção em comparação aos fones

supra-aurais.

Beauchaine; Kaminski, Gorga (1987) compararam as respostas temporais e o espectro

de amplitude entre os fones de inserção (ER-3A) e circumaurais (Beyer DT48) para cliques de

100µs apresentados a uma taxa de 13 estímulos/s. Os fones circumaurais foram avaliados em

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35

acopladores de 6ml e os fones de inserção em acopladores de 2ml. Os autores encontraram

diferenças pequenas tanto nas respostas temporais quanto no espectro de amplitude entre os

dois transdutores, sendo observada uma saída levemente maior nas freqüências mais altas com

os fones circumaurais.

Beauchaine; Kaminski, Gorga (1987) compararam a morfologia das ondas dos PEATE

(I, III, V), os limiares comportamentais e NMR dos PEATE, obtidos por meio dos fones de

inserção (ER-3A) e circumaurais (Beyer DT48) em 10 sujeitos adultos ouvintes normais (um

ouvido de cada sujeito selecionado aleatoriamente). O equipamento utilizado foi o Nicolet

1170. Os estímulos foram cliques de 100µs apresentados a uma taxa de 13 estímulos/s, sendo

promediados 1024 estímulos, com o ganho do amplificador de 100.000, o filtro de passa

banda de 100-3000Hz, o registro ipsilateral (mastóide) e as ondas foram reproduzidas uma

vez. Na pesquisa dos PEATE a intensidade do estímulo variou de 80dBnNA ao NMR em

intervalos de 10 dB, com exceção próximo ao NMR, onde intervalos de 5dB foram utilizados.

Na avaliação comportamental, foram utilizados intervalos de 2dB. A diferença entre os

limiares comportamentais estiveram dentre 2dB, sendo a média com os fones circumaurais

7,44dB (DP 4,61dB) e com os fones de inserção 6,11dB (DP 5,27dB), confirmando que é

apropriado utilizar uma intensidade comum de referência para estes dois fones. Os NMR dos

PEATE foram levemente maiores com os fones de inserção (média 10,63dB e DP 4,17dB

com os fones de inserção comparado a média de 6,88dB e DP 2,59dB com os fones

circumaurais), entretanto, estas diferenças foram pequenas e, em média, não excederam 5dB.

Os NMR dos PEATE e limiares comportamentais foram similares. A morfologia das ondas

dos PEATE foram semelhantes com os dois transdutores, permitindo componentes facilmente

reconhecidos sobre a ampla faixa de intensidades pesquisadas. Os autores observaram uma

tendência a maior variabilidade em intensidades fracas nos resultados obtidos com os fones de

inserção, principalmente para a onda V. Foram observadas latências (sem correção) das ondas

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36

I, III e V mais longas com os fones de inserção, comparado aos circumaurais, com uma

diferença média de 0,81ms (DP 0,23ms), 0,78ms (DP 0,07ms) e 0,99ms (DP 0,11ms),

respectivamente. Essas diferenças não foram dependentes da intensidade, mas foram

atribuídas ao atraso introduzido pelo tubo de 280mm, utilizado para acoplar o fone de

inserção ao CAE. A partir de 30dBnNA, onde comparações foram possíveis, não se

encontraram diferenças nas latências interpicos entre os dois fones. Foi possível medir as

latências interpicos em intensidades mais fracas com os fones circumaurais, comparado aos

fones de inserção, ou seja, as ondas I e III foram mais facilmente registradas com os fones

circumaurais. Os resultados obtidos em um sujeito no qual 5 repetições das medidas foram

realizadas, evidenciaram que as latências da onda V foram reproduzíveis com ambos os

transdutores. Porém, os DP foram maiores com os fones circumaurais (0,04 a 0,22ms),

quando comparado aos fones de inserção (0,03 a 0,16ms), embora em ambos os casos, a

variância tenha sido pequena.

No mesmo estudo Beauchaine; Kaminski, Gorga (1987) avaliaram os resultados dos

PEATE obtidos por meio dos fones de inserção (ER-3A) em um bebê recém-nascido de 38

semanas (idade gestacional), em um berçário de tratamento intensivo, representando o grupo

de sujeitos no qual os fones de inserção são úteis na prevenção do colabamento do CAE.

Foram utilizados os mesmos parâmetros do estímulo dos sujeitos adultos, sendo necessário

apenas um adaptador para a inserção da oliva dentro do CAE do bebê. Respostas evidentes

foram observadas no mínimo de 80 a 20dBnNA nos dois ouvidos. Após a subtração de

0,83ms, as latências, incluindo as interpicos, foram semelhantes àquelas observadas em bebês

com a mesma idade gestacional obtidas por meio dos fones circumaural (DT48 Beyer), no

estudo de Gorga et al. (1987).

Yang; Henrickson (1988 apud Van Campen et al., 1992, p. 316) compararam os

resultados obtidos na pesquisa dos PEATE com os fones de inserção (ER-3A) e os fones

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37

supra-aurais (TDH-39) em sujeitos adultos normais. Após a subtração de 0,9ms nas latências

das ondas obtidas com os fones de inserção, as latências absolutas das ondas I, III e V em

todas as intensidades avaliadas e a latência interpico I-V em 60dBnNA foram

significantemente menores com os fones de inserção, comparadas aos fones supra-aurais. Não

foram observadas diferenças significantes na razão da amplitude das ondas V/I em 60 e

80dBnNA, porém os autores não avaliaram os valores absolutos de amplitude.

De acordo com Gorga; Kaminski, Beauchaine (1988), semelhanças entre os PEATE

eliciados por meio dos fones circumaurais e de inserção são esperadas dada a semelhança

entre suas respostas temporais e o espectro de amplitude para o estímulo clique. As diferenças

nas latências podem ser atribuídas ao atraso introduzido pelo tubo que é utilizado para acoplar

o fone de inserção ao ouvido. Não há razão para esperar que este atraso seja dependente da

idade.

Gorga; Kaminski, Beauchaine (1988) realizaram a pesquisa dos PEATE em 89 bebês

(177 ouvidos, pois em um bebê não foi possível avaliar um ouvido devido a sua agitação

durante o teste) que receberam alta de um berçário de tratamento intensivo por meio dos

fones de inserção (ER-3A) e compararam com os resultados de um estudo anterior (GORGA

et al., 1987) no qual os PEATE foram obtidos com os fones circumaurais (DT48 Beyer). O

equipamento utilizado foi o Nicolet 1170 e os PEATE foram eliciados por meio de cliques de

100µs apresentados a uma taxa de 13 estímulos/s, sendo promediados 1024 estímulos, com a

polaridade rarefação, o ganho do amplificador 100.000, o filtro de passa banda de 100-

3000Hz, o registro ipsilateral (mastóide) e cada resposta foi reproduzida uma vez. Os

estímulos foram, inicialmente, apresentados a 80dBnNA, sendo diminuídos em intervalos de

20dB até a intensidade de 20dBnNA, quando o teste era finalizado. Se nenhuma resposta

YANG, E.; HENRICKSON, L. Effect of transducer type on auditory brainstem response in normal hearing adults. In: ANNUAL MEETING OF THE CANADIAN ASSOCIATION OF SPEECH LANGUAGE PATHOLOGISTS AND AUDIOLOGISTS, Proceedings... Banff, 1988.

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reproduzível fosse obtida nessas 4 intensidades, o nível era aumentado em 10dB. O NMR dos

PEATE foi definido como a intensidade mais fraca na qual a onda V era registrada, ou em

20dBnNA, se a resposta estivesse presente nesta intensidade mínima do teste. Quando os

fones de inserção foram utilizados, o fator de correção (subtração) de 0,83ms foi aplicado em

todas as latências absolutas das ondas. A maioria (aproximadamente 95%) dos bebês

apresentou PEATE em intensidades tão fracas quanto 20 e 30dBnNA e aproximadamente 5%

de todos os ouvidos testados apresentaram limiares maiores que 30dBnNA, o que foi

comparável ao estudo anterior no qual 10% de falha foi encontrado em uma amostra muito

maior (585 bebês) com os fones circumaurais. Desta forma, o uso dos fones de inserção nessa

população não resultou em limiares piores do que aqueles obtidos com os fones circumaurais

e a porcentagem de falha foi aproximadamente 50% do que foi observado com os

circumaurais. Os autores atribuíram esta diferença à eliminação do colabamento de CAE por

meio dos fones de inserção.

Neste mesmo estudo, Gorga; Kaminski, Beauchaine (1988) utilizaram apenas os

resultados daqueles sujeitos com NMR dos PEATE não maior que 30dBnNA referentes ao

ouvido esquerdo, quando a latência foi analisada. Como conseqüência deste critério de limiar,

a amostra total foi reduzida para 77 bebês, divididos em 6 grupos de acordo com a idade

concepcional (definida como a soma da idade gestacional com a idade cronológica) a qual

variou de 33 a 44 semanas, com intervalo de 2 semanas em cada grupo. As médias das

latências absolutas das ondas I e V em função da intensidade, em cada um dos 6 grupos

avaliados, ficaram dentro da faixa dos valores obtidos com os fones circumaurais. As médias

das diferenças nas latências interpicos em função do grupo, em 80 dBnNA, mostraram

valores que se aproximaram daqueles obtidos com os fones circumaurais. As médias das

diferenças interaurais foram pequenas, 0,02ms (DP 0,18ms) para a onda V e 0,02ms (DP

0,20ms) para o intervalo I-V, e não pareceram ser dependentes do grupo. Estes valores foram

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comparáveis ao estudo anterior, utilizando os fones circumaurais e sugerem que 95% da

diferença interaural normal não deve exceder 0,35 e 0,40 ms para onda V e intervalo I-V,

respectivamente. Os autores concluíram que os fones de inserção são transdutores úteis para a

avaliação em bebês, além do fato de que o colabamento de CAE é menos provável de ocorrer,

quando ele é utilizado.

Van Campen; Sammeth; Peek (1990) avaliaram a AI durante a pesquisa dos PEATE

com fones de inserção ER-3A e com dois tipos de fones padrão, o TDH-39P e TDH-49P.

Foram avaliados dois sujeitos adultos portadores de DA profunda unilateral (anacusia no

ouvido direito), congênita ou adquirida na infância de etiologia desconhecida, sendo um do

gênero feminino com 25 anos e o outro do masculino com 36 anos. Os estímulos foram

cliques de 100µs, de polaridade rarefação, apresentados a uma taxa de 21,1 estímulo/s, com o

ganho do amplificador 100.000, o filtro de passa banda de 30 a 3000Hz, o tempo de análise de

12ms (incluindo a pré-estimulação de 1,2ms), com 512 pontos por sweep, o registro ipsilateral

(lóbulo do ouvido) e todas as respostas foram reproduzidas. O equipamento utilizado foi o

Nicolet CA-1000. Na pesquisa dos NMR dos PEATE, três avaliações foram realizadas com

cada tipo de fone. A primeira foi realizada com a apresentação do estímulo no ouvido normal,

com a intensidade do estímulo inicial de 60dBnNA, sendo diminuída em intervalos de 20dB,

até que nenhuma resposta reproduzível pudesse ser obtida e, então, a intensidade foi

aumentada em intervalos de 5dB, até que a resposta fosse novamente observada. A segunda

foi realizada com o estímulo apresentado no ouvido com DA profunda, com o ouvido normal

ocluído, mas não mascarado, sendo o estímulo inicialmente apresentado a 90dBnNA,

diminuído em intervalos de 10dB com exceção de próximo aos NMR, onde foram utilizados

incrementos de 5dB. Quando a resposta não estava presente em 90dBnNA, a intensidade era

aumentada em intervalos de 4dB até a saída máxima do equipamento (98dBnNA). Após a

determinação dos NMR, o ruído mascarante (ruído branco) foi apresentado ao ouvido normal

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e dois PEATE adicionais foram pesquisados na intensidade do NMR. A terceira avaliação do

NMR foi realizada com estímulo apresentado no ouvido com DA e com o ouvido normal não

ocluído pelo fone. A AI para os PEATE foi definida pela diferença entre os NMR dos PEATE

para o ouvido normal e os NMR dos PEATE não mascarados para o ouvido com DA. As

médias dos NMR dos PEATE, no ouvido normal do indivíduo 1, foram 5dB com o TDH-39 ,

10dB com o fone TDH-49 e 15dB com o fone ER-3A e, no indivíduo 2, foram 10dB com o

fone TDH-39, 15dB com os fones TDH-49 e ER-3A. As médias da AI, na situação ocluída,

obtida por meio dos fones TDH-39, TDH-49 e ER-3A, no indivíduo 1, foram 70, 70 e 79dB e,

no indivíduo 2, foram 80, 75 e 83dB, respectivamente. Na situação não ocluída, foram 80, 75,

75 no indivíduo 1 e 80, 75 e maior que 83dB no indivíduo 2, respectivamente. Os autores

concluíram que, nos dois casos estudados, os fones ER-3A não eliminaram a necessidade de

mascaramento contralateral para o estímulo clique na avaliação dos PEATE e sugeriram que a

ausência de um aumento substancial na AI pode ser devido à alta freqüência de estimulação

do clique utilizado neste estudo, já que os fones ER-3A permitem maior isolamento entre os

ouvidos em regiões abaixo de 2000Hz.

Van Campen et al. (1992) analisaram o espectro de amplitude e as respostas temporais

dos fones TDH-39P, TDH-49P e ER-3A para o estímulo clique de 100µs com taxa de

apresentação de 21,1 estímulos/s, em 10 sujeitos ouvintes normais. As medidas acústicas do

estímulo foram realizadas pelo acoplamento do fone direito de cada transdutor ao ouvido de

um Knowles Electronic Mannikin for Acoustic Research (KEMAR). Os equipamentos

utilizados foram o Nicolet CA-1000 modelo 1007A, o medidor de amplificação da Bruel e

Kjaer 608 e o analisador de espectro da Hewlett Packard 3561A. Os autores observaram

maior ressonância acústica com os dois fones supra-aurais em intensidades do estímulo até

15dBnNA e maior energia nas freqüências baixas no espectro de freqüências do fone de

inserção.

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Van Campen et al. (1992), antes do início da coleta dos PEATE, compararam os

limiares comportamentais para cliques de 100µs e taxa de apresentação de 21,1 estímulos/s

em 19 sujeitos ouvintes normais para a determinação do dBnNA. Foi utilizado um

procedimento ascendente com incrementos de 2 dB. Os sujeitos foram orientados a apertar o

botão de resposta durante o tempo que estivessem escutando o estímulo e a soltá-lo quando

deixasse de ouvi-lo. O equipamento utilizado foi o Nicolet CA-1000 modelo 1007A. A média

dos limiares comportamentais no gerador de estímulo foi 4,8 dB com o TDH 39 (DP 4,8 dB),

6,2 dB com o TDH 49 (DP 4,7dB) e 6,9 dB com o ER-3A (DP 5,5 dB). Apesar da diferença

entre os fones de inserção e fones supra-aurais TDH-39 ser significante, a diferença em dB

entre os valores médios foi relativamente pequena (2,1 dB) e, geralmente, é utilizado um

intervalo de no mínimo 5 dB para a testagem dos PEATE. Desta forma, o 5dB no indicador

do equipamento foi selecionado como o 0dBnNA para todos os tipos de fones utilizados neste

estudo.

Van Campen et al. (1992) compararam os resultados de latência, amplitude e NMR na

pesquisa dos PEATE por meio dos fones de inserção ER-3A com inserção profunda das

olivas e fones supra-aurais TDH-39P e TDH-49P em 10 sujeitos adultos ouvintes normais,

com faixa etária de 22 a 35 anos. O equipamento utilizado foi o Nicolet CA-1000 modelo

1007A e os estímulos foram cliques de 100µs apresentados a uma taxa de 21,1 estímulos/s, na

polaridade rarefação, com o ganho do amplificador de 100.000, o registro ipsilateral (lóbulo),

o filtro de passa banda de 30 a 3000 Hz, o tempo de análise de 12ms e com 512 pontos de

dados por sweep. Foram promediados 2.000 estímulos em intensidades até 40dBnNA,

enquanto que em intensidades superiores foram promediados 1.000 estímulos. Os estímulos

foram apresentados inicialmente a 80dBnNA, sendo diminuídos em intervalos de 20dB com

exceção de próximo ao NMR quando foram utilizados intervalos de 5dB. Os PEATE foram

registrados apenas no ouvido direito porém, os dois ouvidos dos sujeitos foram ocluídos com

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os fones durante a avaliação. Os autores observaram que a média dos NMR dos PEATE com

os fones ER-3A foi maior em comparação aos fones supra-aurais, porém, esta diferença foi

significante apenas em comparação aos fones TDH-39 (cinco dos dez sujeitos) e não foi

observada diferença significante entre os fones supra-aurais. Os fones ER-3A apresentaram

latências (sem a correção) das ondas I, III e V significantemente maiores do que os fones

TDH e a diferença média entre os fones aumentou com a diminuição da intensidade do

estímulo. Após a subtração de 0,8ms nas latências absolutas obtidas por meio dos fones de

inserção (comprimento do tubo de 278mm), esses fones continuaram produzindo latências da

onda V significantemente maiores, em todos os sujeitos, em 60 e 40dBnNA comparado aos

fones TDH, todavia, não existiram diferenças significantes em 80dBnNA. Também não foram

encontradas diferenças significantes nas latências absolutas entre os fones TDH-39 e TDH-49

em todas as intensidades do estímulo. A latência interpico I-V foi estatisticamente equivalente

para os três fones em 80dBnNA. Não foram observadas diferenças significantes na média de

amplitude do pico ao vale da onda V entre os tipos de fones em 80, 60, e 40 dBnNA, mas em

80 dBnNA os fones ER-3A produziram amplitudes da onda I significativamente menores do

que os fones TDH. Como resultado das amplitudes menores da onda I, os fones ER-3A

também produziram uma razão de amplitude V/I maior em 80 dBnNA, contudo, não foi

estatisticamente significante. Os autores também verificaram que os fones de inserção

reduziram o artefato do estímulo, quando comparados aos fones supra-aurais.

No mesmo estudo, Van Campen et al. (1992) compararam os limiares

comportamentais e o nível de sensação (NS), ou seja, a diferença entre o NMR dos PEATE e

o limiar comportamental, entre os 3 tipos fones (TDH-39P, TDH-49P e ER-3A) para o

estímulo clique em cada um dos 10 sujeitos avaliados. Os autores não observaram diferenças

significantes entre nenhum dos níveis médios de sensação.

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Sobhy; Gould (1993) realizaram um estudo que teve com objetivo confirmar os

achados anteriores obtidos por Van Campen; Sammeth; Peek (1990). A AI para o clique foi

avaliada na EchoG, que é uma avaliação com registro em campo próximo (near field) da

atividade coclear ipsilateral, por meio dos fones de inserção ER-3A. Participaram deste estudo

10 sujeitos ouvintes normais, sendo 9 do sexo feminino e 1 do sexo masculino com idade

entre 22 e 46 anos. O ouvido testado foi selecionado aleatoriamente. Os estímulos foram

cliques apresentados a uma taxa de 9 estímulos/s, na polaridade rarefação, com o filtro de

passa banda entre 10 a 1000Hz e foram promediados 2000 estímulos. Todos os registros

foram reproduzidos em cada nível de intensidade do estímulo. O eletrodo ativo constituiu-se

de uma oliva de espuma ER3-14B, introduzida profundamente no CAE e um fio de prata. O

eletrodo ativo foi conectado a um receptor ER-3A através de um tubo de 25cm, o qual

provocou um atraso de 0,8ms, e foi referenciado a mastóide ispilateral ao estímulo. O eletrodo

terra foi posicionado na fronte. O estímulo foi apresentado sob duas condições: ipsilateral e

contralateralmente ao ouvido de registro. Na condição ispsilateral, a intensidade inicial foi

90dBnNA, sendo diminuída em intervalos de 10dB e então aumentada 5dB até que o NMR

fosse alcançado. Um procedimento ascendente foi utilizado na condição contralateral para

evitar exposição a níveis fortes de estímulos indesejáveis o que poderia resultar em mudança

temporária no NMR. A AI foi calculada pela diferença em dB entre os NMR contralateral e

ipsilateral. A média dos NMR ipsilaterais foi 20dBnNA (DP 3,33nNA) e contralaterais foi

87,63dBnNA (DP 6,72nNA). Os valores para AI variaram de 55 a 76nNA e a AI média foi

68,88nNA (DP 7,57nNA) em oito dos 10 sujeitos. Nos demais, não foi possível a obtenção

dos NMR na saída máxima do equipamento (96dBnNA). Embora os resultados tenham sido

mais conservadores do que os obtidos no estudo anterior, os autores também concluíram que

para o estímulo clique os fones de inserção não parecem ser vantajosos, no mínimo para a AI.

Além disso, enfatizaram que o mascaramento no ouvido não testado é essencial quando se

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utilizam intensidades superiores ou iguais a 70dBnNA e quando a latência absoluta da onda V

ou a diferença na latência interaural exceder o valor esperado em cerca de 1,40ms ou mais.

Galambos; Wilson (1994) compararam os NMR dos PEATE obtidos duas vezes em

cada ouvido avaliado, sendo uma por meio dos fones supra-aurais (TDH-39) e a outra por

meio dos fones de inserção (TM-3430-22 da Tracor Northern). Foram avaliados 31 ouvidos

de bebês recém-nascidos, com idade concepcional variando de 32 a 43 semanas, em um

berçário de tratamento intensivo e foram utilizados 3 equipamentos para a avaliação dos

PEATE: o Nicolet CA1000, o Cadwell 5200 e o Tracor Nomad 3400. Os estímulos foram

cliques de 100µs, com a apresentação monoaural, o registro ipsilateral, sendo promediados de

1000 a 2000 estímulos. Os autores consideraram como padrão de normalidade o NMR de

30dBnNA e foi subtraído 0,7ms das latências obtidas com os fones de inserção devido ao

atraso provocado pelo tubo desse fone. Dos 31 ouvidos avaliados, 15 apresentaram NMR

entre 5-20dBnNA, 10 entre 25-35dBnNA e 6 entre 40-50dBnNA. Quando os fones supra-

aurais foram utilizados, 20 ouvidos apresentaram respostas normais. Com os fones de

inserção, 23 ouvidos apresentaram respostas normais. Os autores encontraram NMR

significantemente menores obtidos por meio dos fones de inserção, porém esta diferença foi

de apenas 5 a 10dB. Os fones de inserção foram 5dB melhores em 3 ouvidos com NMR entre

25-35dBnNA e em 2 ouvidos com NMR entre 40-50dBnNA. Os fones de inserção foram

10dB melhores em 9 ouvidos com NMR entre 5-20dBnNA, em 2 ouvidos com NMR entre

25-35dBnNA e em 1 ouvido com NMR entre 40-50dBnNA. Os autores atribuíram esta

diferença a três possíveis causas: acoplamento inadequado entre os fones supra-aurais e os

pavilhões auriculares, colabamento do CAE com os fones supra-aurais e variabilidade na

avaliação sucessiva dos NMR.

De acordo com Hood (1998) quando os PEATE são obtidos com os fones de inserção

(ER-3A), ocorre um atraso de 0,9ms nas latências absolutas das ondas, menor amplitude da

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onda I e melhor visualização das respostas cocleares (microfonismo coclear e potencial de

somação) em comparação aos fones supra-aurais (TDH-39). A autora justifica a ocorrência

disso pela maior inclusão de artefato de estímulo nas respostas obtidas com os fones supra-

aurais, onde há menos tempo de separação entre o estímulo e a resposta, ou seja, maior

isolamento do artefato do estímulo é obtido por meio dos fones de inserção.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho foi desenvolvido no Centro de Distúrbios da Audição, Linguagem e

Visão (CEDALVI) do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da

Universidade de São Paulo (USP), campus Bauru e em uma clínica particular. Foi aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos sob o parecer nº127/2005-UEP-CEP

(Anexo A).

A coleta de dados foi iniciada em maio de 2005 e finalizada em outubro de 2005.

3.1 Seleção da casuística

Os participantes deste estudo foram voluntários selecionados com base nos seguintes

critérios:

-Quanto à idade: entre 18 e 35 anos.

-Quanto à sensibilidade auditiva: limiares auditivos na audiometria tonal menores ou

iguais a 20dBNA nas freqüências de 250 a 8000Hz nos ouvidos direito e esquerdo.

-Quanto à ausência de alterações de ouvido médio (OM): timpanograma normal (tipo

A) e presença de reflexos estapedianos contralaterais.

Os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo B), após

leitura da Carta de Informação ao Sujeito da Pesquisa (Anexo C) e antes do início do

protocolo de avaliação.

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47

O protocolo de avaliação constituiu-se nos seguintes procedimentos:

-Inspecão do CAE: para verificar a existência de corpo estranho e excesso de cerúmen, foi

utilizado o otoscópio da marca Heidji.

-Audiometria tonal limiar: realizada por meio do audiômetro AD-28 da Interacoustics com

fones supra-aurais TDH-39P da Telephonics em coxins MX-41/AR, em cabina acústica da

marca Vibrasom, com a finalidade de verificar se a audição dos sujeitos nos dois ouvidos

estava dentro dos padrões da normalidade (SILMAN; SILVERMAN, 1997). O método

descendente-ascendente foi utilizado para a obtenção dos limiares auditivos nas freqüências

de 250 a 8000Hz (CARHART; JERGER, 1959).

-Logoaudiometria: o limiar de recepção da fala (LRF) e o índice de reconhecimento da fala

(IRF) foram pesquisados por meio da voz da avaliadora em cabina acústica da marca

Vibrasom, utilizando o audiômetro AD-28 da Interacoustics e fones supra-aurais TDH-39P da

Telephonics em coxins MX-41/AR. O LRF foi determinado como a intensidade mínima na

qual cada sujeito repetia corretamente 50% das palavras (trissílabas) apresentadas e este

procedimento foi realizado com o intuito de confirmar a média dos limiares tonais nas

freqüências de 500 a 2000Hz. Para a pesquisa do IRF, foram utilizadas 2 listas de palavras

monossílabas foneticamente balanceadas, contendo 25 palavras cada, propostas por Lacerda

(1976), apresentadas a 30dBNS a partir da média dos limiares tonais nas freqüências de 500 a

2000Hz, sendo considerados normais os índices iguais ou superiores a 92% (JERGER;

SPEAKS; TRAMMELL, 1968).

-Medidas da imitância acústica: realizada por meio do imitaciômetro AZ-7 da Interacoustics

com sonda de 226Hz e o fone supra-aural TDH-39P da Telephonics em coxim MX-41/AR.

Este procedimento teve a finalidade de verificar a presença de alterações de ouvido médio na

timpanometria e a presença de reflexo acústico contralateral nas freqüências de 500 a 4000Hz

e ruído de banda larga (Wide Band). Foram consideradas alterações de OM presença de

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curvas timpanométricas tipo B e C em cada ouvido avaliado associada à ausência de reflexos

estapedianos (JERGER, 1970).

Todos os 40 sujeitos, que se apresentaram voluntariamente para a participação deste

trabalho, se enquadravam nos critérios de inclusão. Desta forma, a casuística foi constituída

de 40 sujeitos, sendo 20 do gênero feminino e 20 do gênero masculino, com idade variando

entre 18 anos e 4 meses e 35 anos e 7 meses.

3.2 Procedimentos

3.2.1 Obtenção e registro dos PEATE

A pesquisa dos PEATE foi realizada por meio do equipamento Navigator Pro™ da

Bio-logic Systems Corporation, acoplado a um microcomputador (sistema operacional

Windows 98) (Figura 8) e a uma impressora Deskjet 695C da Hewlett Packard.

Para registro dos PEATE foram utilizados eletrodos (microporosos) de espuma

descartáveis da marca SKINTACT®, afixados com gel eletrolítico Lectron II da

Pharmaceutical Innovations Inc., após limpeza da pele com álcool e esfoliação com uma

solução levemente porosa da marca Nuprep.

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49

Figura 8. Equipamentos para obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico

O eletrodo ativo foi posicionado no alto da fronte (Fz), o eletrodo de referência na

mastóide do ouvido testado (A1 ou A2) e o eletrodo terra na mastóide contralateral (M1 ou

M2) (Figura 9). A impedância dos eletrodos não excedeu 5000ohms e a diferença da

impedância entre os eletrodos não foi maior que 2000ohms.

Figura 9. Posicionamento dos eletrodos

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50

Durante todo o procedimento, os sujeitos permaneceram deitados confortavelmente

em uma maca posicionada dentro de uma sala com tratamento acústico.

Os estímulos foram apresentados em um dos dois tipos de fones: supra-aurais TDH-

39P da Telephonics e fones de inserção da Bio-logic Systems Corporation (Figuras 1 e 3).

O posicionamento dos fones foi realizado pela mesma avaliadora em todos os sujeitos.

Os fones supra-aurais acoplados aos coxins MX-41/AR foram posicionado pelo alinhamento

do centro do diafragma dos fones com a entrada do CAE. Os fones de inserção, acoplados às

olivas de espumas, foram inseridos profundamente de forma que a sua extremidade externa

ficasse ao nível da entrada do CAE. O tamanho das olivas foi selecionado de acordo com o

tamanho do CAE do sujeito (olivas de 10 ou 13mm de diâmetro).

A escolha dos fones e ouvidos a serem avaliados primeiramente foi aleatória e

balanceada, sendo avaliados os dois ouvidos com os dois tipos de fones.

Os PEATE foram pesquisados por estimulação monoaural, com o estímulo clique de

100µs, a taxa de apresentação de 21,1 estímulos/s, o registro ipsilateral, o ganho do

amplificador de 75.000, o filtro de passa banda de 100 a 3000Hz, com 256 pontos de dados e

o tempo de análise de 10ms. Foram promediados 1.000 estímulos e as ondas foram

reproduzidas uma vez em cada intensidade.

Foram pesquisadas as intensidade de 80, 60, 40 e 20dBnNA e, quando não era

observada uma resposta reproduzível em 20dBnNA, a intensidade era aumentada em

intervalos de 5dB até que ela fosse novamente observada.

O NMR obtido durante a pesquisa dos PEATE foi definido como a intensidade

mínima na qual a onda V era medida, ou em 20dBnNA, se a resposta estivesse presente nessa

intensidade.

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51

De acordo com Hall III (1992); Hood (1998), quando os fones de inserção foram

utilizados, aplicou-se o fator de correção de 0,9ms nas latências absolutas das ondas para

compensar o atraso acústico provocado pelo tubo destes fones (280mm de comprimento).

A análise dos PEATE foi realizada sempre pelos mesmos dois avaliadores, sendo que

as respostas foram medidas apenas quando ambos estivessem de acordo.

3.2.2 Determinação da polaridade do estímulo

Os PEATE foram pesquisados nas polaridades condensação, rarefação e alternada em

10 sujeitos, sendo 5 do gênero feminino e 5 do gênero masculino, com idade variando entre

19 anos e 8 meses e 31 anos e 1 mês. Estes sujeitos foram incluídos posteriormente na

amostra deste estudo.

Para a seleção da polaridade do estímulo a ser utilizada na continuidade da coleta dos

dados, foi realizada a comparação entre as latências absolutas das ondas I, III, V na

intensidade de 80dBnNA e da onda V na intensidade de 20dBnNA; os NMR para os PEATE;

as amplitudes das ondas I, III, V na intensidade de 80dBnNA e da onda V em 40dBnNA; a

morfologia das ondas nos dois ouvidos com cada tipo de fone.

3.2.3 Análise dos registros dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais

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52

As latências absolutas das ondas I, III e V foram analisadas na intensidade de

80dBnNA e da onda V nas intensidades de 60, 40 e 20dBnNA. Na intensidade de 80dBnNA,

estes dados foram utilizados para realizar medidas das latências interpicos nos intervalos I-III,

III-V e I-V. A diferença interaural entre as latências absolutas da onda V em 80dBnNA

também foi analisada. O NMR foi determinado na intensidade mínima em que a onda V foi

registrada e reproduzida.

As amplitudes da ondas I, III e V foram avaliadas na intensidade de 80dBnNA e a

amplitude da onda V também foi avaliada na intensidade de 40dBnNA.

A morfologia das ondas foi analisada nos dois ouvidos e com cada tipo de fone

Os sujeitos foram questionados quanto ao fone de preferência em relação ao conforto

durante o uso.

3.3 Análise estatística

Para a análise estatística foi utilizado o programa Statistic for Windows (versão 5.1) da

StatSoft Inc..

A estatística descritiva, média e desvio padrão, foi realizada para permitir a

comparação entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos PEATE para todos os

aspectos avaliados.

Para verificar possíveis diferenças entre os fones de inserção e supra-aurais e as

polaridades do estímulo (condensação, rarefação e alternada), quanto às latências absolutas e

amplitudes das ondas dos PEATE, foi utilizada a análise da variância a dois critérios com

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53

repetição (ANOVA). Quando necessário, a análise post hoc foi realizada com o teste de

Tukey para comparações individuais.

Para avaliar possíveis diferenças entre os fones de inserção e supra-aurais, quanto às

latências absolutas, interpicos, diferenças entre latências interaurais e amplitudes, foi

utilizado o teste paramétrico de Student (teste- t pareado).

Em todos os casos, o nível de rejeição para a hipótese da nulidade foi fixado em um

valor menor que 0,05 (5%). Níveis descritivos inferiores a este valor, foram considerados

significantes e foram assinalados com um asterisco (*) para caracterizá-los.

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54

4 RESULTADOS

4.1 Determinação da polaridade do estímulo

É importante ressaltar que a média de tempo utilizado para a realização deste

procedimento, em cada sujeito, foi de 3 horas e 30 minutos já que se fez necessária a

realização da pesquisa dos PEATE em 12 situações diferentes (com os fones de inserção e

supra-aurais nas três polaridades do estímulo e nos dois ouvidos dos sujeitos). Desta forma,

foi realizada a escolha de uma das polaridades para dar continuidade à coleta dos dados

devido ao tempo despendido para esta avaliação ser inviável.

4.1.1 Níveis mínimos de respostas

Todos os dez sujeitos avaliados apresentaram NMR para os PEATE em 20dBnNA,

nas três polaridades pesquisadas, com os fones de inserção e supra-aurais nos ouvidos direito

e esquerdo.

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4.1.2 Morfologia das ondas

A morfologia das ondas obtidas por meio dos dois tipos de fones, nos dois ouvidos, foi

semelhante (ondas facilmente reconhecidas) nas três polaridades avaliadas.

4.1.3 Latências absolutas das ondas

As médias e desvios padrões das latências absolutas das ondas I, III e V em 80dBnNA

e onda V em 20dBnNA nas polaridades alternada, condensação, rarefação com os fones de

inserção e supra-aural, no ouvido direito, são mostrados no gráfico 1.

Latências absolutas (OD)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

I 80 III 80 V 80 V 20 I 80 III 80 V 80 V 20

ondas/intensidades (dBnNA)

latê

ncia

s (m

s)

alternada

condensação

rarefação

inserção supra-aural

Gráfico 1. Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)

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56

Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para

latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,51ms (DP 0,14 ms), 3,51ms (DP 0,15 ms),

5,55ms (DP 0,19 ms), respectivamente, nas três polaridades. E em 20dBnNA, a média dos

valores para a onda V foi 7,56ms (DP 0,21ms) para a polaridade alternada e 7,55ms (DP

0,21ms) para as polaridades condensação e rarefação.

Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para

latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,55ms (DP 0,15ms), 3,54ms (DP 0,14ms),

5,59ms (DP 0,20ms), respectivamente, para as três polaridades. E em 20dBnNA, a média dos

valores para a onda V foi 7,52ms (DP 0,22ms) também para as três polaridades.

As médias e desvios padrões das latências absolutas das ondas I, III e V em 80dBnNA

e onda V em 20dBnNA nas polaridades alternada, condensação e rarefação com os fones de

inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, são mostrados no gráfico 2.

Latências absolutas (OE)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

I 80 III 80 V 80 V 20 I 80 III 80 V 80 V 20

ondas/intensidades (dBnNA)

latê

ncia

s (m

s)

alternada

condensação

rarefação

inserção supra-aural

Gráfico 2. Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)

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57

Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para

latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,39ms (DP 0,08ms), 3,61ms (DP 0,17ms),

5,45ms (DP 0,11ms) para a polaridade alternada; 1,40ms (DP 0,08ms) , 3,60ms (DP 0,16ms)

e 5,45ms (DP 0,11ms) para a polaridade condensação e 1,39ms (DP 0,08ms), 3,60ms (DP

0,16ms) e 5,44ms (DP 0,11ms) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA,

a média dos valores para a onda V foi 7,56ms (DP 0,22ms) nas três polaridades.

Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para

latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,46ms (DP 0,11ms), 3,61ms (DP 0,14ms) e

5,49ms (DP 0,12ms) para a alternada; 1,46ms (DP 0,11ms), 3,62ms (DP 0,14ms), 5,51ms (DP

0,13ms) para a condensação e 1,46ms (DP 0,11ms), 3,63ms (DP 0,14ms), 5,50ms (DP

0,11ms) para a rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos valores para a onda

V foi 7,53ms (DP 0,21ms) nas três polaridades.

A análise da variância a dois critérios (fones e polaridades) com repetição (ANOVA)

não revelou diferença estatisticamente significante para valores de latências absolutas das

ondas tanto à direita quanto à esquerda. Não houve interação entre os efeitos.

4.1.4 Amplitudes das ondas

As médias e desvios padrões das amplitudes das ondas I, III e V em 80dBnNA e onda

V em 40dBnNA nas polaridades alternada, condensação e rarefação com os fones de inserção

e supra-aural, no ouvido direito, são mostrados no gráfico 3.

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58

Amplitudes (OD)

0,00

0,30

0,60

0,90

1,20

1,50

1,80

I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40

ondas/intensidades (dBnNA)

ampl

itude

s (µ

V)

alternada

condensação

rarefação

inserção supra-aural

Gráfico 3. Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)

Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para

amplitudes das ondas I, III e V foram 0,27µv (DP 0,17µv), 0,45µv (DP 0,15µv), 0,76µv (DP

0,25µv) para a polaridade alternada; 0,18µv (DP 0,10µv), 0,21µv (DP 0,12µv), 0,40µv (DP

0,12µv) para a polaridade condensação e 0,14µv (DP 0,08µv) 0,28µv (DP 0,14µv) e 0,31µv

(DP 0,12µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos

valores para a onda V foi 0,33µv (DP 0,11µv) para a polaridade alternada, 0,15µv (DP

0,09µv) para a condensação e 0,17µv (DP 0,07µv) para a rarefação.

Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para

amplitudes das ondas I, III e V foram 0,30µv (DP 0,14µv), 0,44µv (DP 0,17µv), 0,85µv (DP

0,31µv) para a polaridade alternada; 0,14µv (DP 0,15µv), 0,23µv (DP 0,07µv)e 0,44µv (DP

0,24µv) para a polaridade condensação e 0,17µv (DP 0,14µv), 0,27µv (DP 0,11µv) e 0,40µv

(DP 0,12µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos

valores para a onda V foi 0,39µv (DP 0,19µv) para a alternada, 0,18µv (DP 0,10µv) para a

condensação e 0,30µv (DP 0,20µv) para a rarefação.

*

*

**

*

**

*

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As médias e desvios padrões das amplitudes das ondas I, III e V em 80dBnNA e onda

V em 40dBnNA nas polaridades condensação, rarefação e alternada com os fones de inserção

e supra-aurais, no ouvido esquerdo, são mostrados no gráfico 4.

Amplitudes (OE)

0,00

0,30

0,60

0,90

1,20

1,50

1,80

I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40

ondas/intensidades (dBnNA)

ampl

itude

s (µ

V)

alternadacondensação

rarefação

inserção supra-aural

Gráfico 4. Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)

Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para

amplitudes das ondas I, III e V foram 0,48µv (DP 0,14µv), 0,55µv (DP 0,22µv), 1,16µv (DP

0,47µv) para a polaridade alternada; 0,24µv (DP 0,08µv), 0,27µv (DP 0,15µv), 0,59µv (DP

0,30µv) para a polaridade condensação e 0,30µv (DP 0,17µv), 0,34µv (DP 0,09µv) e 0,59µv

(DP 0,25µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos

valores para a onda V foi 0,42µv (DP 0,26µv) para a polaridade alternada, 0,24µv (DP

0,11µv) para a condensação e 0,24µv (DP 0,16µv) para a rarefação.

Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para

amplitudes das ondas I, III e V foram 0,50µv (DP 0,30µv), 0,63µv (DP 0,36µv), 0,98µv (DP

0,34µv) para a polaridade alternada; 0,26µv (DP 0,13µv), 0,32µv (DP 0,21µv) e 0,40µv (DP

**

*

** *

*

*

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60

0,18µv) para a polaridade condensação e 0,22µv (DP 0,10µv), 0,39µv (DP 0,21µv) e 0,51µv

(DP 0,20µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos

valores para a onda V foi 0,58µv (DP 0,21µv) para a alternada, 0,25µv (DP 0,11µv) para a

condensação e 0,25µv (DP 0,09µv) para a rarefação.

A análise da variância (ANOVA) a dois critérios (fones e polaridades) com repetição

revelou diferença estatisticamente significante (p<0,05) para valores de amplitudes das ondas

tanto à direita quanto à esquerda. Não houve interação entre os efeitos. Os valores das análises

são mostrados nas tabelas 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13 e 15.

A análise post hoc , realizada com o teste de Tukey para comparações individuais, não

revelou diferença estatisticamente significante entre as polaridades condensação e rarefação.

Porém, mostrou que as médias dos valores de amplitude foram significantemente maiores

(p<0,05) com a polaridade alternada do que com as demais polaridades (condensação e

rarefação). Os valores das análises são mostrados nas tabelas 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16.

Tabela 1- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,000167 18 0,029524 0,005645 0,9409369

Polaridades* 2 0,109805 36 0,013141 8,355721 0,0010451*

Interação 2 0,7752 36 0,13141 0,589871 0,5596679

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 2- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,004003* 0,002664*

Condensação 0,987483

Rarefação 0,987483

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

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61

Tabela 3- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,000135 18 0,011724 0,011515 0,9157318

Polaridades* 2 0,280712 36 0,019581 14,33584 0,0000263*

Interação 2 0,000995 36 0,019581 0,050814 0,9505232

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 4- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000152* 0,001185*

Condensação 0,462276

Rarefação 0,462276

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 5- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,076327 18 0,060208 1,267713 0,2749846

Polaridades* 2 1,173702 36 0,34339 34,18014 0,0000000*

Interação 2 0,003702 36 0,034339 0,107799 0,8980970

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 6- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000128* 0,000127*

Condensação 0,469105

Rarefação 0,469105

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

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62

Tabela 7- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,079935 18 0,03047 2,623416 0,1226847

Polaridades* 2 0,194807 36 0,012759 15,26787 0,000016*

Interação 2 0,01406 36 0,012759 1,101945 0,3431694

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 8- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000135* 0,003904*

Condensação 0,129931

Rarefação 0,129931

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 9- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,004682 18 0,031139 0,150345 0,7027

Polaridades* 2 0,381127 36 0,026714 14,26669 0,0000274*

Interação 2 0,017047 36 0,026714 0,638107 0,5341617

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 10- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000224* 0,000285*

Condensação 0,98697

Rarefação 0,98697

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

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63

Tabela 11- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,048167 18 0,063993 0,752687 0,3970460

Polaridades* 2 0,469805 36 0,0411437 11,33785 0,0001518*

Interação 2 0,001032 36 0,0411437 0,024897 0,9754269

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 12- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000282* 0,00374*

Condensação 0,5421187

Rarefação 0,5421187

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 13- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,334507 18 0,158986 2,103997 0,1641181

Polaridades* 2 2,040687 36 0,061914 32,95998 0,0000000*

Interação 2 0,021527 36 0,061914 0,347686 0,7086660

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 14- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000127* 0,000127*

Condensação 0,794685

Rarefação 0,794685

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

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64

Tabela 15- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p

Fones 1 0,048735 18 0,054461 0,894862 0,3566900

Polaridades* 2 0,444682 36 0,01526 29,13964 0,0000000*

Interação 2 0,038265 36 0,01526 2,507475 0,0956061

Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante

Tabela 16- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação

Alternada* 0,000128* 0,000127*

Condensação 0,995665

Rarefação 0,995665

Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante

Apesar da diferença significante observada na comparação entre a polaridade alternada

com as demais para valores de amplitude, optou-se por selecionar a polaridade rarefação para

a análise dos PEATE obtidos com os dois tipos de fones, devido às desvantagens

anteriormente citadas (HOOD, 1998) em relação à polaridade alternada e por não haver

diferença significante entre as polaridades condensação e rarefação.

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65

4.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais

4.2.1 Níveis mínimos de respostas

Todos os sujeitos apresentaram NMR para os PEATE em 20dBnNA, com os fones de

inserção e supra-aurais nos ouvidos direito e esquerdo.

4.2.2 Morfologia das ondas

A morfologia das ondas obtidas por meio dos dois tipos de fones foi semelhante

(ondas facilmente reconhecidas) nos dois ouvidos.

4.2.3 Latências absolutas das ondas

As médias e desvios padrões das latências absolutas para as ondas I, III e V em

80dBnNA com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo, são

mostrados no gráfico 5.

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66

Latências absolutas em 80dBnNA

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

I III V I III V

ondas

latê

ncia

s (m

s)

inserção

supra-aural

OD OE

Gráfico 5. Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40)

Em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores das latências absolutas com o

fone de inserção e supra-aural para a onda I foram 1,52ms (DP 0,12ms) e 1,59ms (DP

0,13ms), para a onda III foram 3,50ms (DP 0,16ms) e 3,53ms (DP 0,13ms)e para a onda V

foram 5,53ms (DP 0,16ms) e 5,60ms (DP 0,15ms), respectivamente. E para a onda V em

60dBnNA foram 5,88ms (DP 0,17ms) e 5,92ms (DP 0,20ms); em 40dBnNA foram 6,65ms

(DP 0,27ms) e 6,63ms (DP 0,28ms) e em 20dBnNA foram 7,67ms (DP 0,24ms) e 7,65ms (DP

0,31ms), respectivamente.

Em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores das latências absolutas das

ondas com os fones de inserção e supra-aural para a onda I foram 1,42ms (DP 0,08ms) e

1,49ms (DP 0,09ms), para a onda III foram 3,56ms (DP 0,13ms) e 3,61ms (DP 0,12ms) e para

a onda V foram 5,44ms (DP 0,13ms) e 5,50ms (DP 0,12ms), respectivamente. E para a onda

V em 60dBnNA foram 5,79ms (DP 0,17ms) e 5,83ms (DP 0,18ms); em 40dBnNA foram

*

*

*

*

*

*

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67

6,63ms (DP 0,24ms) e 6,61ms (DP 0,25ms) e em 20dBnNA foram 7,65ms (DP 0,26ms) e

7,63ms (DP 0,28ms), respectivamente.

As médias e desvios padrões das latências absolutas para a onda V em 80dBnNA,

60dBnNA, 40dBnNA e 20dBnNA (função latência intensidade) com os fones de inserção e

supra-aurais, no ouvido direito e esquerdo, são mostrados nos gráficos 6 e 7, respectivamente.

Função latência-intensidade OD

5,00

5,50

6,00

6,50

7,00

7,50

8,00

80 60 40 20 80 60 40 20

intensidades (dBnNA)

latê

ncia

s (m

s)

dp+1dp-1média

supra-auralinserção

Gráfico 6. Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)

*

*

*

*

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68

Função latência-intensidade OE

5,00

5,50

6,00

6,50

7,00

7,50

8,00

80 60 40 20 80 60 40 20

intensidades (dBnNA)

latê

ncia

s (m

s)

dp+1dp-1média

inserção supra-aural

Gráfico 7. Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)

Para valores de latências absolutas das ondas, o teste- t pareado revelou a existência de

diferença significante (p<0,05) entre os fones para as ondas I, III e V em 80dBnNA e para a

onda V em 60dBnNA, nos ouvidos direito e esquerdo. Os fones de inserção apresentaram

latências absolutas dessas ondas significantemente menores em comparação aos fones de

supra-aurais.

4.2.4 Latências interpicos

As médias e desvios padrões dos valores de latências interpicos I-III, III-V e I-V em

80dBnNA com os fones de inserção e supra-aurais, no ouvido direito e esquerdo, são

mostrados no gráfico 8.

* *

* *

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69

Latências interpicos em 80dBnNA

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

I-III III-V I-V I-III III-V I-Vinterpicos

latê

ncia

s (m

s)

inserção

supra-aural

OD OE

Gráfico 8. Médias e desvios padrões para valores de latências interpicos obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40)

No ouvido direito, as médias dos valores para latências interpicos com os fones de

inserção e supra-aural para o interpico I-III foram 1,98ms (DP 0,11ms) e 1,94ms (DP

0,10ms), para o interpico III-V foram 2,03ms (DP 0,13ms) e 2,07ms (DP 0,10ms) e para o

interpico I-V foram 4,01ms (DP 0,10ms) e 4,01ms (DP 0,07ms), respectivamente.

No ouvido esquerdo, as médias dos valores para latências interpicos com os fones de

inserção e supra-aural para o interpico I-III foram 2,15ms (DP 0,11ms) e 2,12ms (DP

0,12ms), para o interpico III-V foram 1,87ms (DP 0,12ms) e 1,89ms (DP 0,09ms) e para o

interpico I-V foram 4,02ms (DP 0,10ms) e 4,02ms (DP 0,08ms), respectivamente.

Para valores de latências interpicos, o teste- t pareado revelou a existência de diferença

significante (p<0,05) entre os fones para o interpico I-III apenas no ouvido direito. Os fones

de inserção apresentaram valores maiores em comparação aos fones supra-aurais.

*

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70

4.2.5 Diferenças entre latências interaurais

As médias e desvios padrões das diferenças interaurais para valores de latência

absoluta da onda V em 80dBnNA, com os fones de inserção e supra-aurais, são mostrados no

gráfico 9.

Diferenças interaurais em 80dBnNA (onda V)

0

0,1

0,2

0,3

fones

(ms)inserção

supra-aurais

Gráfico 9. Médias e desvios padrões das diferenças interaurais para valores de latências absolutas da onda V obtidos com os fones de inserção e supra-aurais (n=40)

A média dos valores de diferença interaural entre as latências absolutas da onda V foi

0,12ms (DP 0,09ms) com os fones de inserção e 0,11ms (DP 0,10ms) com os fones supra-

aurais.

Para valores de diferenças interaurais das latências absolutas da onda V, o teste- t

pareado não revelou a existência de diferença significante (p<0,05) entre os fones.

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71

4.2.6 Amplitudes das ondas

As médias e desvios padrões das amplitudes das ondas I, III e V em 80dBnNA e onda

V em 40dBnNA com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo, são

mostrados nos gráficos 10 e 11, respectivamente.

Amplitudes OD

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40

ondas/intensidades (dBnNA)

ampl

itude

s (µ

v)

dp+1

dp-1

media

inserção supra-aural

Gráfico 10. Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)

* *

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72

Amplitudes OE

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40

ondas/intensidades (dBnNA)

ampl

itude

s (µ

v) dp+1

dp-1

media

supra-auralinserção

Gráfico 11. Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)

Em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para amplitudes com os fones

de inserção e supra-aural para a onda I foram 0,13µv (DP 0,07µv) e 0,14µv (DP 0,10µv); para

a onda III foram 0,27µv (DP 0,14µv) e 0,30µv (DP 0,13µv) e para a onda V foram 0,38µv

(0,18µv) e 0,42µv (DP 0,15µv), respectivamente. Em 40dBnNA foram 0,17µv (DP 0,10µv) e

0,22µv (DP 0,11µv), respectivamente.

No ouvido esquerdo, em 80dBnNA, as médias dos valores para amplitudes com os

fones de inserção e supra-aural para a onda I foram 0,26µv (DP 0,14µv) e 0,23µv (DP

0,12µv); para a onda III foram 0,35µv (DP 0,15µv) e 0,34µv (DP 0,17µv) e para a onda V

foram 0,56µv (DP 0,23µv) e 0,51µv (DP 0,17µv), respectivamente. Em 40dBnNA foram

0,23µv (DP 0,14µv) e 0,28µv (DP 0,14µv), respectivamente.

Para valores de amplitudes das ondas, o teste- t pareado revelou a existência de

diferença significante (p<0,05) entre os fones para a onda V em 40dBnNA nos ouvidos direito

* *

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73

e esquerdo. Os fones de inserção apresentaram amplitudes dessa onda significantemente

menores em comparação aos fones supra-aurais.

4.2.7 Conforto

Com relação ao conforto, todos os sujeitos preferiram os fones de inserção aos supra-

aurais, devido à pressão exercida pelos coxins dos fones supra-aurais.

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74

5 DISCUSSÃO

5.1 Determinação da polaridade do estímulo

5.1.1 Níveis mínimos de respostas

Todos os sujeitos avaliados neste estudo apresentaram NMR na intensidade mínima

pesquisada de 20dBnNA, ou seja, não houve diferença entre os NMR obtidos nas polaridades

condensação, rarefação e alternada com os fones de inserção e supra-aurais.

Os estudos pesquisados não avaliaram as diferenças entre as polaridades no que se

refere aos NMR.

5.1.2 Morfologia das ondas

A morfologia das ondas dos PEATE foram semelhantes nas três polaridades do

estímulo obtidas com os fones de inserção e supra-aurais. Estes achados estão em

concordância com o estudo de Fowler; Bauch; Olsen (2002), onde os resultados dos PEATE

obtidos nas polaridades condensação e rarefação foram semelhantes, porém a polaridade

alternada não foi avaliada.

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75

5.1.3 Latências absolutas das ondas

A análise estatística revelou que não houve diferença significante para valores de

latências absolutas das ondas entre as polaridades alternada, condensação e rarefação nos dois

ouvidos com os fones de inserção e supra-aurais. Estes achados estão em concordância com

os estudos de Meira (2002), onde também não foram encontradas diferenças significantes

entre as três polaridades do estímulo para valores de latências absolutas das ondas I, III e V e

Fowler; Bauch; Olsen (2002), no qual foram avaliados os PEATE tanto sujeitos com

schwannoma vestíbulo-coclear unilateral como sujeitos ouvintes normais nas polaridades

condensação e rarefação, porém a polaridade alternada não foi avaliada.

Embora Stockard et al. (1979) tenham encontrado valores maiores de latência absoluta

da onda I em resposta a estímulos de polaridade condensação em relação à rarefação, tais

achados não foram observados no presente estudo. As diferenças entre o estudo de Stockard et

al. (1979) e o presente estudo são esperadas, já que de acordo com Hall III (1992) não há

consenso sobre quais componentes dos PEATE são mais afetados ou mais consistentemente

afetados pela polaridade do estímulo.

5.1.4 Amplitudes das ondas

A análise dos gráficos 3 e 4 mostrou valores maiores de amplitudes de todas as ondas

obtidos com a polaridade alternada em comparação à condensação e rarefação, sendo esta

diferença estatisticamente significante. As barras de desvio padrão indicam que houve

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76

variação da amplitude entre os sujeitos, sendo esta maior para a polaridade alternada do que

para a condensação e rarefação, principalmente para a onda V em 80dBnNA.

Embora Stockard et al. (1979) tenham encontrado valores de amplitudes menores da

onda I e maiores da onda V em resposta a estímulos de polaridade condensação em relação à

rarefação, tais achados não foram observados no presente estudo. As diferenças entre o estudo

de Stockard et al. (1979) e o presente estudo também são esperadas, já que de acordo com

Hall III (1992) não há consenso sobre quais componentes dos PEATE são mais afetados ou

mais consistentemente afetados pela polaridade do estímulo.

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77

5.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais

5.2.1 Níveis mínimos de respostas

Todos os sujeitos avaliados neste estudo apresentaram NMR na intensidade mínima

pesquisada de 20dBnNA, ou seja, não houve diferença entre os NMR obtidos com os fones de

inserção e supra-aurais. Hood; Morehouse (1985) também não encontraram diferenças

estatisticamente significantes entre os fones de inserção e supra-aurais para limiares

comportamentais com o estímulo clique, porém, não avaliaram NMR para os PEATE.

Os achados do presente estudo não corroboram os resultados dos estudos de Van

Campen; Sammeth; Peek (1990); Van Campen et al. (1992), onde foram encontrados NMR

significantemente maiores, obtidos com os fones de inserção, em comparação aos fones

supra-aurais e com o estudo de Galambos; Wilson (1994) no qual foram encontrados NMR

significantemente menores (de 5 a 10dBnNA), obtidos com os fones de inserção em

comparação aos fones supra-aurais.

A diferença entre os achados de Galambos; Wilson (1994) e o presente estudo pode

ser justificada pelas diferentes populações avaliadas, sendo que no presente estudo foram

avaliados sujeitos adultos e no estudo desses autores foram avaliados apenas bebês. De fato,

Galambos; Wilson (1994) sugeriram que as diferenças encontradas entre os fones podem ter

ocorrido em função do colabamento do CAE nos PEATE obtidos com os fones supra-aurais,

comum em bebês.

Acredita-se ainda que a diferença entre os achados do presente estudo e os estudos de

Van Campen; Sammeth; Peek (1990); Van Campen et al. (1992) pode ter ocorrido em função

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78

dos NMR terem sido pesquisados em intensidades inferiores a 20dBnNA, utilizada no

presente estudo.

5.2.2 Morfologia da ondas dos PEATE

A morfologia das ondas dos PEATE foram semelhantes com os fones de inserção e

supra-aurais. Este achado também foi observado por Hood; Morehouse (1985).

5.2.3 Latências absolutas das ondas

Para os dois tipos de fones, as barras de desvio padrão indicam que houve maior

variação da latência absoluta da onda V em 40 e 20dBnNA entre os sujeitos, tanto no ouvido

direito (gráfico 6) quanto no ouvido esquerdo (gráfico 7), em comparação às demais

intensidades.

A comparação entre os fones de inserção e supra-aurais tanto no ouvido direito quanto

no ouvido esquerdo mostrou que, nas intensidades de 80 e 60dBnNA, os valores de latências

absolutas de todas as ondas foram menores com os fones de inserção do que com os fones

supra-aurais. Esta diferença foi estatisticamente significante. Yang; Henrickson (1988 apud

Van Campen et al., 1992, p. 316) também encontraram latências absolutas das ondas I, III e V

em todas as intensidades avaliadas significantemente menores com os fones de inserção.

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79

Pode ser verificado que, nos dois ouvidos, os valores de latência absoluta da onda V

em 40 e 20dBnNA foram levemente maiores com os fones de inserção em comparação aos

supra-aurais, no entanto, esta diferença não foi estatisticamente significante. Van Campen et

al. (1992) encontraram em seu estudo latências da onda V em 60 e 40dBnNA

significantemente maiores com os fones de inserção comparados aos supra-aurais, porém, o

fator de correção utilizado nas latências das ondas quando os fones de inserção foram

utilizados foi de 0,8ms, diferente do utilizado no presente estudo (0,9ms).

5.2.4 Latências interpicos

Para o ouvido esquerdo, a comparação das latências interpicos nos intervalos I-III, III-

V e I-V entre os fones de inserção e supra-aurais mostrou que não houve diferença

estatisticamente significante entre os fones. Estes achados estão em concordância com os

estudos de Hood; Morehouse (1985); Van Campen et al. (1992), onde também não foram

encontradas diferenças significantes nas latências interpicos entre os dois tipos de fones.

Para o ouvido direito, a comparação das latências interpicos nos intervalos III-V e I-V

entre os fones de inserção e supra-aurais mostrou que não houve diferença estatisticamente

significante entre os fones. Porém, para o intervalo I-III, os valores das latências interpicos

obtidos com os fones de inserção foram, em média, 0,04ms maiores do que os encontrados

com os fones supra-aurais. Esta diferença foi estatisticamente significante. É importante

ressaltar que, apesar de significante, a diferença entre as médias para o intervalo I-III, obtidos

com os dois tipos de fones, é de apenas 0,04ms, o que na prática não tem implicações clínicas.

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Embora Yang; Henrickson (1988 apud Van Campen et al., 1992, p. 316) tenham

encontrado valores de latências interpicos I-V significantemente menores com os fones de

inserção, em 60dBnNA, tal achado não foi observado no presente estudo. Esta diferença pode

ter ocorrido em função do número e/ou característica da amostra e devido ao fato das latências

interpicos, no presente estudo, terem sido avaliadas na intensidade de 80dBnNA.

5.2.5 Diferenças entre latências interaurais

A análise do gráfico 9 mostra que, tanto para os fones de inserção como para os supra-

aurais, houve variação dos valores de diferenças interaurais entre os sujeitos, como pode ser

visto pelas barras de desvio padrão.

As diferenças interaurais entre as latências da onda V foram, em média, 0,12ms com

os fones de inserção e 0,11ms com os fones supra-aurais. A análise estatística não revelou

diferença significante entre os fones. Estes achados estão em concordância com o estudo de

Gorga; Kaminski; Beauchaine (1988), os quais encontraram diferenças interaurais pequenas

(0,02ms), obtidas com os fones de inserção e sugeriram que a diferença interaural normal não

deve exceder 0,35ms.

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5.2.6 Amplitudes das ondas

A análise dos gráficos 10 e 11 mostra que, tanto para os fones de inserção como para

os fones supra-aurais, houve variação da amplitude das ondas entre os sujeitos, sendo esta

maior para a onda V em 80dBnNA com o fone de inserção nos dois ouvidos.

Pela comparação dos dados obtidos entre os fones de inserção e os supra-aurais,

verificou-se que as amplitudes da onda V na intensidade de 40dBnNA foram

significantemente menores com os fones de inserção nos ouvidos direito e esquerdo. Não

foram observadas diferenças significantes entre os fones para as demais ondas e intensidades

do estímulo.

Hood; Morehouse (1985); Van Campen et al. (1992) encontraram em seus estudos

amplitudes da onda I menores com os fones de inserção em 80dBnNA. Este achado não foi

encontrado no presente estudo. Esta diferença pode ter ocorrido devido a características

específicas das populações avaliadas, devido ao número da amostra (maior no presente

estudo) ou ainda a tendências de variação das amplitudes observadas entre os sujeitos com os

dois tipos de fones.

Para o ouvido direito, os valores de amplitudes de todas as ondas foram menores com

os fones de inserção do que com os supra-aurais na intensidade de 80dBnNA, contudo, esta

diferença não foi estatisticamente significante. Para o ouvido esquerdo, os valores de

amplitude de todas as ondas foram levemente maiores com os fones de inserção do que com

os supra-aurais na intensidade de 80dBnNA, porém, esta diferença também não foi

estatisticamente significante.

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82

5.2.7 Conforto

No presente estudo, todos os sujeitos avaliados preferiram os fones de inserção aos

supra-aurais no que se refere ao conforto durante o uso. Esses achados estão em concordância

com os estudos de Borton et al. (1989); Clark; Roeser (1988) nos quais os fones de inserção

foram bem aceitos e preferidos em relação aos supra-aurais tanto em crianças como em

adultos. Hall III (1992) também descreveu o conforto como uma das vantagens clínicas dos

fones de inserção sobre os supra-aurais.

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83

6 CONCLUSÃO

-Os fones de inserção permitiram a determinação dos NMR de forma tão confiável

quanto os fones supra-aurais.

-A morfologia das ondas dos PEATE foi semelhante, permitindo ondas facilmente

reconhecidas, tanto com os fones supra-aurais como com os fones de inserção.

-Os fones de inserção apresentaram latências absolutas das ondas I, III e V na

intensidade de 80dBnNA e da onda V na intensidade de 60dBnNA significantemente menores

do que os fones supra-aurais.

-As latências interpicos I-III, apenas no ouvido direito, foram significantemente

maiores com os fones de inserção do que com os fones supra-aurais, porém, esta diferença

apesar de significante foi pequena (0,04ms), o que na prática não tem implicações clínicas.

-As diferenças entre as latências interaurais foram semelhantes com os dois tipos de

fones. Não houve diferença estatisticamente significante entre os fones de inserção e os supra-

aurais e os valores médios ficaram dentro da faixa de normalidade.

-As amplitudes da onda V, na intensidade de 40dB, foram significantemente menores

com os fones de inserção do que com os fones supra-aurais. Houve uma tendência a maior

facilidade no reconhecimento das ondas em intensidades próximas aos NMR com os fones

supra-aurais.

-Os fones de inserção foram considerados, pelos sujeitos deste estudo, mais

confortáveis durante o uso do que os supra-aurais. Isto pode ser útil quando são necessárias

sessões de avaliação longas.

-Embora tenham sido encontradas diferenças entre os fones, os resultados deste estudo

indicam que os fones de inserção são adequados à pesquisa dos PEATE.

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GLOSSÁRIO

Anacusia: ausência de audição

Área dinâmica auditiva: é a região compreendida entre os limiares de audibilidade e os níveis de desconforto auditivo.

Atenuação interaural: é a perda de energia sonora quando um som apresentado a um ouvido atinge o ouvido oposto.

Curvas sombras audiométricas: são respostas no audiograma que imitam os limiares do ouvido melhor, porém, são elevados pela quantidade de atenuação interaural em cada freqüência.

Cruzamento auditivo: ocorre quando um estímulo apresentado ao ouvido testado é percebido no ouvido não testado.

Efeito de oclusão: é a necessidade de uma menor intensidade do estímulo para a obtenção dos limiares de via óssea quando o ouvido está ocluído por um fone.

Mascaramento: é a elevação artificial dos limiares do ouvido não testado, por meio da apresentação de ruídos mascaradores (de banda larga ou estreita), para este não interferir nas respostas do ouvido testado.

Razão sinal-ruído: refere-se à diferença entre a energia do sinal e a energia do ruído.

Supermascaramento: ocorre quando o ruído mascarador apresentado ao ouvido não testado atinge o ouvido testado interferindo nas respostas (falsa piora) do ouvido testado.

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Unidade de Ensino e Pesquisa

Rua Silvio Marchione, 3-20 Bauru SP Brasil caixa postal 1501 cep 17.012-900 tel. 55 14 3235 8421 fax: 55 14 3235 8162 e-mail: [email protected]

ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o Sr. (a)

______________________________________,portador da cédula de identidade ____________,* responsável pelo paciente_____________________________________ após leitura minuciosa da CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA, devidamente explicada pelos profissionais em seus mínimos detalhes, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO concordando em participar da pesquisa: “Comparação qualitativa e quantitativa entre fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais", realizada por: Tyuana Sandim da Silveira nº do Conselho: CRFª 8274, sob orientação do Dr Koichi Sameshima, nº do Conselho: CRM____.

Fica claro que o sujeito da pesquisa ou seu representante legal pode a qualquer momento retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar desta pesquisa e ciente de que todas as informações prestadas se tornaram confidenciais e guardadas por força de sigilo profissional (Art. 29º do Código de Ética do fonoaudiólogo).

Por estarem de acordo assinam o presente termo. Bauru-SP, ________ de ______________________ de .

_____________________________ ____________________________ Assinatura do Sujeito da Pesquisa Assinatura do Pesquisador Responsável

ou responsável

* A SER PREENCHIDO, SE O SUJEITO DA PESQUISA NÃO FOR O PACIENTE.

Nome do Pesquisador Responsável: Tyuana Sandim da Silveira

Endereço do Pesquisador Responsável: Olímpio de Macedo nº 4-64

Cidade: Bauru Estado: São Paulo CEP: 17012-533

Telefone: (14) 3223-3061 E-mail: [email protected]

Endereço Institucional: Benedito Moreira Pinto nº 8-81

Cidade: Bauru Estado: São Paulo CEP: 17011-110

Telefone: (14) 3234-7884 Ramal: 220

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93

Unidade de Ensino e Pesquisa

Rua Silvio Marchione, 3-20 Bauru SP Brasil caixa postal 1501 cep 17.012-900 tel. 55 14 3235 8421 fax: 55 14 3235 8162 e-mail: [email protected]

ANEXO C

CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA

Nome do sujeito: ___________________________________________________________ Nome do responsável (em caso de criança): ______________________________________ Você está sendo convidado a participar da pesquisa: “Comparação qualitativa e quantitativa entre fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais" O objetivo deste trabalho é comparar dois tipos de fones, um posicionado sobre a orelha e o outro posicionado dentro da orelha, na pesquisa dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico, que é uma avaliação da audição que não depende da resposta do paciente e que avalia as vias auditivas desde a orelha até algumas estruturas do cérebro. Os indivíduos deverão permanecer deitados em uma maca e não necessitarão responder ao exame. A avaliação é simples e não oferece qualquer perigo ao indivíduo. Será aplicada em uma única sessão de 45 minutos de duração.

Tal estudo permitirá ao clínico conhecer profundamente as vantagens e desvantagens de cada tipo de fone e a partir disso, escolher qual o tipo mais adequado para a realização desta avaliação, primando pela melhora na qualidade da avaliação auditiva dos indivíduos. Você tem a liberdade de questionar ou esclarecer qualquer dúvida com relação aos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados a esta pesquisa em qualquer momento da avaliação.

Esta pesquisa será realizada pela fonoaudióloga Tyuana Sandim da Silveira e constitui sua pesquisa de Mestrado no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) com vinculação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC). As avaliações serão realizadas no Centro de Atendimento aos Distúrbios da Audição, Linguagem e Visão (CEDALVI) do HRAC-USP na rua Benedito Moreira Pinto nº 8-81 e em uma clínica particular situada na rua Prof. Gerson Rodrigues nº 2-15, em data e horário previamente agendados. Suas informações fornecidas, bem como os resultados das avaliações realizadas são sigilosos e confidenciais. Portanto, serão divulgados apenas a você que tem a liberdade de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento. Se houver gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Caso você queira apresentar reclamações em relação a sua participação, poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, do HRAC-USP, pelo endereço Rua Silvio Marchioni, 3-20 na Unidade de Ensino e Pesquisa ou pelo telefone (14) 3235-8421.

Bauru, ______________________________________. Nome do sujeito ou responsável: ________________________________________________ Assinatura do sujeito ou responsável: ____________________________________________ Nome do pesquisador responsável: Tyuana Sandim da Silveira Assinatura do pesquisador responsável: __________________________________________

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ANEXO D- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido, esquerdo de cada sujeito

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE DE INSERÇÃO NO OE

80dBnNA 20dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,35 1,39 1,35 3,43 3,39 3,39 5,43 5,43 5,43 7,34 7,34 7,34 2 1,31 1,31 1,31 3,51 3,51 3,51 5,30 5,30 5,30 7,26 7,26 7,26 3 1,39 1,39 1,39 3,56 3,56 3,56 5,47 5,47 5,47 7,59 7,59 7,59 4 1,52 1,52 1,52 3,81 3,81 3,81 5,51 5,51 5,51 7,76 7,76 7,76 5 1,35 1,35 1,35 3,39 3,39 3,39 5,30 5,30 5,30 7,55 7,55 7,55 6 1,43 1,43 1,43 3,72 3,72 3,72 5,43 5,43 5,39 7,68 7,68 7,68 7 1,43 1,43 1,43 3,85 3,85 3,85 5,60 5,60 5,60 7,76 7,76 7,76 8 1,31 1,31 1,31 3,47 3,47 3,47 5,39 5,39 5,39 7,26 7,26 7,26 9 1,52 1,52 1,52 3,76 3,68 3,68 5,64 5,64 5,64 7,89 7,89 7,89

10 1,31 1,31 1,31 3,60 3,60 3,60 5,39 5,39 5,39 7,47 7,47 7,47 Média 1,39 1,40 1,39 3,61 3,60 3,60 5,45 5,45 5,44 7,56 7,56 7,56

DP 0,08 0,08 0,08 0,17 0,16 0,16 0,11 0,11 0,11 0,22 0,22 0,22 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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95

ANEXO E- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido direito, de cada sujeito

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE DE INSERÇÃO NO OD

80dBnNA 20dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,47 1,47 1,47 3,56 3,56 3,56 5,55 5,55 5,55 7,59 7,51 7,51 2 1,31 1,31 1,31 3,31 3,31 3,31 5,30 5,30 5,30 7,18 7,18 7,18 3 1,39 1,39 1,39 3,31 3,31 3,31 5,43 5,43 5,43 7,51 7,51 7,51 4 1,52 1,52 1,52 3,51 3,51 3,51 5,51 5,51 5,51 7,64 7,64 7,64 5 1,52 1,52 1,52 3,35 3,35 3,35 5,60 5,60 5,60 7,68 7,68 7,68 6 1,56 1,56 1,56 3,68 3,68 3,68 5,60 5,64 5,64 7,76 7,76 7,76 7 1,76 1,76 1,76 3,68 3,68 3,68 5,89 5,89 5,89 7,80 7,80 7,80 8 1,39 1,39 1,39 3,51 3,51 3,51 5,30 5,30 5,30 7,43 7,43 7,43 9 1,72 1,72 1,72 3,72 3,72 3,72 5,80 5,80 5,80 7,72 7,72 7,72

10 1,47 1,47 1,47 3,47 3,47 3,47 5,47 5,47 5,47 7,26 7,26 7,26 Média 1,51 1,51 1,51 3,51 3,51 3,51 5,55 5,55 5,55 7,56 7,55 7,55

DP 0,14 0,14 0,14 0,15 0,15 0,15 0,19 0,19 0,19 0,21 0,21 0,21 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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ANEXO F- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE SUPRA-AURAL NO OE

80dBnNA 20dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,50 1,50 1,50 3,50 3,50 3,58 5,58 5,58 5,58 7,41 7,41 7,41 2 1,37 1,37 1,37 3,54 3,54 3,54 5,37 5,37 5,37 7,20 7,20 7,20 3 1,37 1,37 1,37 3,58 3,58 3,58 5,45 5,45 5,45 7,50 7,50 7,50 4 1,50 1,50 1,50 3,83 3,83 3,83 5,58 5,58 5,58 7,66 7,66 7,66 5 1,37 1,37 1,37 3,46 3,46 3,46 5,37 5,37 5,37 7,54 7,54 7,54 6 1,42 1,42 1,46 3,54 3,58 3,58 5,37 5,45 5,45 7,60 7,60 7,60 7 1,50 1,54 1,50 3,87 3,87 3,87 5,62 5,62 5,62 7,87 7,87 7,87 8 1,46 1,46 1,46 3,54 3,54 3,50 5,45 5,45 5,45 7,29 7,29 7,29 9 1,71 1,71 1,71 3,71 3,71 3,71 5,70 5,79 5,70 7,79 7,79 7,79

10 1,37 1,37 1,37 3,54 3,62 3,66 5,45 5,45 5,45 7,41 7,41 7,41 Média 1,46 1,46 1,46 3,61 3,62 3,63 5,49 5,51 5,50 7,53 7,53 7,53

DP 0,11 0,11 0,11 0,14 0,14 0,14 0,12 0,13 0,11 0,21 0,21 0,21 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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97

ANEXO G- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE SUPRA-AURAL NO OD

80dBnNA 20dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,62 1,62 1,62 3,58 3,58 3,58 5,70 5,70 5,70 7,58 7,58 7,58 2 1,37 1,37 1,37 3,37 3,37 3,37 5,37 5,37 5,37 7,16 7,16 7,16 3 1,42 1,42 1,42 3,37 3,37 3,37 5,45 5,45 5,45 7,41 7,41 7,41 4 1,58 1,58 1,58 3,50 3,50 3,50 5,54 5,54 5,54 7,62 7,62 7,62 5 1,50 1,50 1,50 3,37 3,37 3,37 5,62 5,62 5,62 7,62 7,62 7,62 6 1,50 1,50 1,50 3,62 3,62 3,62 5,58 5,58 5,58 7,70 7,70 7,70 7 1,79 1,79 1,79 3,79 3,79 3,79 5,95 5,95 5,95 7,83 7,83 7,83 8 1,42 1,42 1,42 3,50 3,50 3,50 5,37 5,37 5,37 7,37 7,37 7,37 9 1,79 1,79 1,79 3,71 3,71 3,71 5,87 5,87 5,87 7,70 7,70 7,70

10 1,50 1,50 1,50 3,54 3,54 3,54 5,45 5,45 5,45 7,25 7,25 7,25 Média 1,55 1,55 1,55 3,54 3,54 3,54 5,59 5,59 5,59 7,52 7,52 7,52

DP 0,15 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,20 0,20 0,20 0,22 0,22 0,22 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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98

ANEXO H- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido esquerdo, de cada sujeito

AMPLITUDES (µv) FONE DE INSERÇÃO NO OE

80dBnNA 40dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,66 0,38 0,38 1,02 0,23 0,24 0,73 0,28 0,62 0,14 0,15 0,10 2 0,52 0,12 0,37 0,39 0,18 0,28 1,30 0,68 0,63 0,34 0,38 0,30 3 0,35 0,29 0,12 0,45 0,24 0,29 1,50 0,40 0,73 0,80 0,27 0,38 4 0,63 0,32 0,27 0,59 0,29 0,38 1,38 0,66 0,84 0,65 0,27 0,56 5 0,45 0,14 0,43 0,36 0,57 0,32 1,65 0,61 0,43 0,70 0,41 0,11 6 0,48 0,24 0,20 0,59 0,14 0,27 1,75 0,84 1,03 0,25 0,24 0,32 7 0,45 0,20 0,13 0,40 0,15 0,28 0,81 0,30 0,15 0,33 0,04 0,07 8 0,68 0,27 0,67 0,47 0,11 0,44 1,40 1,27 0,47 0,70 0,33 0,28 9 0,26 0,28 0,24 0,42 0,44 0,54 0,29 0,59 0,60 0,10 0,15 0,11

10 0,36 0,20 0,20 0,83 0,35 0,37 0,83 0,31 0,35 0,22 0,19 0,15 Média 0,48 0,24 0,30 0,55 0,27 0,34 1,16 0,59 0,59 0,42 0,24 0,24

DP 0,14 0,08 0,17 0,22 0,15 0,09 0,47 0,30 0,25 0,26 0,11 0,16 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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99

ANEXO I- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido direito, de cada sujeito

AMPLITUDES (µv) FONE DE INSERÇÃO NO OD

80dBnNA 40dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,17 0,21 0,23 0,21 0,51 0,51 0,72 0,47 0,23 0,29 0,04 0,17 2 0,20 0,13 0,10 0,55 0,11 0,29 0,65 0,34 0,26 0,35 0,05 0,22 3 0,55 0,14 0,11 0,37 0,12 0,38 0,75 0,48 0,54 0,51 0,29 0,10 4 0,04 0,09 0,04 0,44 0,25 0,35 0,92 0,49 0,47 0,37 0,23 0,22 5 0,31 0,15 0,26 0,55 0,23 0,38 0,56 0,42 0,27 0,32 0,27 0,22 6 0,14 0,16 0,21 0,44 0,12 0,38 1,02 0,53 0,34 0,29 0,17 0,28 7 0,48 0,12 0,03 0,43 0,20 0,14 0,63 0,31 0,19 0,16 0,12 0,06 8 0,38 0,38 0,18 0,43 0,26 0,15 0,71 0,35 0,38 0,51 0,13 0,16 9 0,39 0,33 0,06 0,32 0,10 0,12 1,25 0,13 0,21 0,31 0,11 0,13

10 0,08 0,10 0,18 0,75 0,24 0,11 0,39 0,50 0,19 0,19 0,11 0,15 Média 0,27 0,18 0,14 0,45 0,21 0,28 0,76 0,40 0,31 0,33 0,15 0,17

DP 0,17 0,10 0,08 0,15 0,12 0,14 0,25 0,12 0,12 0,11 0,09 0,07 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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100

ANEXO J- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito

AMPLITUDES (µv) FONE SUPRA-AURAL NO OE

80dBnNA 40dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,50 0,45 0,44 1,22 0,49 0,50 0,70 0,43 0,49 0,56 0,32 0,24 2 0,45 0,13 0,20 0,33 0,08 0,08 1,22 0,67 0,74 0,59 0,19 0,19 3 0,59 0,08 0,25 0,73 0,27 0,32 1,15 0,63 0,53 0,70 0,43 0,37 4 0,80 0,23 0,23 0,64 0,26 0,44 1,50 0,55 0,49 1,03 0,34 0,40 5 1,05 0,37 0,07 0,36 0,29 0,64 0,70 0,37 0,53 0,56 0,33 0,30 6 0,12 0,30 0,16 1,16 0,21 0,26 0,81 0,45 0,46 0,48 0,26 0,26 7 0,65 0,29 0,10 0,24 0,13 0,30 0,78 0,29 0,27 0,52 0,15 0,12 8 0,49 0,18 0,18 0,42 0,81 0,81 1,05 0,23 0,23 0,68 0,18 0,18 9 0,08 0,42 0,25 0,31 0,26 0,23 1,43 0,12 0,93 0,49 0,09 0,26

10 0,30 0,12 0,28 0,84 0,41 0,29 0,50 0,26 0,44 0,20 0,19 0,14 Média 0,50 0,26 0,22 0,63 0,32 0,39 0,98 0,40 0,51 0,58 0,25 0,25

DP 0,30 0,13 0,10 0,36 0,21 0,21 0,34 0,18 0,20 0,21 0,11 0,09 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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101

ANEXO K- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito

AMPLITUDES (µv) FONE SUPRA-AURAL NO OD

80dBnNA 40dBnNA I III V V

Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,16 0,20 0,24 0,58 0,20 0,21 0,91 0,54 0,50 0,44 0,15 0,69 2 0,48 0,12 0,06 0,19 0,34 0,28 1,13 0,57 0,58 0,69 0,29 0,63 3 0,49 0,02 0,16 0,50 0,21 0,42 0,95 0,56 0,40 0,60 0,29 0,30 4 0,11 0,09 0,08 0,37 0,31 0,28 0,98 0,56 0,50 0,56 0,14 0,23 5 0,35 0,04 0,10 0,68 0,31 0,26 0,63 0,22 0,28 0,48 0,09 0,22 6 0,21 0,03 0,16 0,50 0,19 0,07 1,41 0,65 0,44 0,17 0,37 0,24 7 0,21 0,07 0,06 0,36 0,20 0,21 0,57 0,16 0,30 0,27 0,05 0,16 8 0,38 0,51 0,54 0,48 0,18 0,15 0,36 0,81 0,34 0,32 0,17 0,22 9 0,43 0,26 0,21 0,60 0,12 0,34 0,58 0,13 0,45 0,12 0,13 0,26

10 0,15 0,05 0,08 0,18 0,20 0,43 0,93 0,22 0,18 0,26 0,11 0,07 Média 0,30 0,14 0,17 0,44 0,23 0,27 0,85 0,44 0,40 0,39 0,18 0,30

DP 0,14 0,15 0,14 0,17 0,07 0,11 0,31 0,24 0,12 0,19 0,10 0,20 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação

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102

ANEXO L- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OE

80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V

Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra

01 1,35 1,50 3,39 3,58 5,43 5,58 5,64 5,70 6,26 6,37 7,34 7,41 02 1,31 1,37 3,51 3,54 5,30 5,37 5,51 5,58 6,35 6,33 7,26 7,20 03 1,39 1,37 3,56 3,58 5,47 5,45 5,76 5,70 6,55 6,50 7,59 7,50 04 1,52 1,50 3,81 3,83 5,51 5,58 6,05 6,04 6,97 6,87 7,76 7,66 05 1,35 1,37 3,39 3,46 5,30 5,37 5,76 5,75 6,51 6,50 7,55 7,54 06 1,43 1,46 3,72 3,58 5,39 5,45 5,80 5,83 6,68 6,54 7,68 7,60 07 1,43 1,50 3,85 3,87 5,60 5,62 6,05 6,04 6,72 6,70 7,76 7,87 08 1,31 1,46 3,47 3,50 5,39 5,45 5,68 5,62 6,39 6,33 7,26 7,29 09 1,52 1,71 3,68 3,71 5,64 5,70 6,18 6,29 6,89 6,91 7,89 7,79 10 1,31 1,37 3,60 3,66 5,39 5,45 5,72 5,75 6,39 6,29 7,47 7,41 11 1,35 1,54 3,54 3,71 5,51 5,62 5,76 5,91 6,30 6,29 7,43 7,25 12 1,35 1,42 3,39 3,41 5,10 5,25 5,55 5,58 6,51 6,29 7,59 7,58 13 1,31 1,37 3,39 3,41 5,26 5,29 5,60 5,54 6,39 6,25 7,59 7,29 14 1,47 1,54 3,60 3,66 5,55 5,50 5,85 5,95 6,64 6,83 7,76 7,87 15 1,56 1,54 3,76 3,71 5,51 5,54 5,85 6,04 6,39 6,66 7,51 7,54 16 1,52 1,58 3,68 3,66 5,60 5,58 5,93 6,12 6,80 6,91 7,72 7,91 17 1,39 1,37 3,47 3,62 5,39 5,45 5,55 5,75 6,68 6,66 7,76 7,79 18 1,47 1,50 3,39 3,46 5,43 5,50 5,85 5,75 6,68 6,62 7,64 7,79 19 1,39 1,58 3,39 3,68 5,39 5,50 5,85 5,87 6,93 6,79 7,93 7,75 20 1,47 1,54 3,51 3,75 5,55 5,50 5,97 5,83 6,60 6,66 7,76 7,62 21 1,39 1,42 3,68 3,67 5,51 5,54 5,89 5,87 6,51 6.41 7.59 7,50 22 1,35 1,54 3,56 3,58 5,14 5,45 5,39 5,66 6,43 6,41 7,26 7,16 23 1,39 1,33 3,43 3,58 5,30 5,37 5,68 5,75 6,76 6,50 7,55 7,58 24 1,43 1,50 3,60 3,50 5,22 5,25 5,51 5,45 6,10 5,95 7,01 6,95 25 1,52 1,54 3,64 3,62 5,47 5,54 5,76 5,79 6,89 6,79 7,72 7,87

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103

Continuação...

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OE

80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V

Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra

26 1,39 1,42 3,72 3,75 5,47 5,50 5,93 5,87 7,01 7,12 8,26 8,12 27 1,47 1,67 3,56 3,50 5,55 5,66 5,89 5,83 6,80 6,79 8,01 7,95 28 1,35 1,37 3,47 3,54 5,30 5,50 5,72 5,87 6,35 6,50 7,51 7,50 29 1,39 1,42 3,43 3,46 5,43 5,41 5,72 5,70 6,80 6,70 7,89 7,91 30 1,56 1,62 3,51 3,62 5,55 5,58 5,76 5,83 6,60 6,62 7,76 7,83 31 1,39 1,58 3,64 3,54 5,43 5,54 5,68 5,87 6,68 6,70 7,55 7,70 32 1,47 1,62 3,64 3,75 5,47 5,76 5,97 6,22 6,76 7,05 7,97 7,99 33 1,43 1,37 3,47 3,54 5,43 5,37 5,60 5,62 6,43 6,50 7,22 7,25 34 1,64 1,54 3,81 3,66 5,64 5,62 5,97 6,00 6,93 6,70 7,76 7,54 35 1,39 1,46 3,43 3,46 5,39 5,45 5,76 5,70 6,43 6,45 7,49 7,41 36 1,43 1,54 3,56 3,58 5,51 5,54 5,93 5,91 7,22 7,01 8,18 8,16 37 1,43 1,46 3,60 3,72 5,60 5,62 5,89 5,91 6,85 6,75 7,97 7,83 38 1,43 1,62 3,72 3,87 5,55 5,70 6,14 6,12 6,89 6,95 7,76 8,08 39 1,35 1,42 3,51 3,58 5,43 5,50 5,80 5,91 6,68 6,58 7,64 7,70 40 1,31 1,50 3,51 3,62 5,30 5,50 5,80 5,87 6,64 6,50 7,64 7,45

Média 1,42 1,49 3,56 3,61 5,44 5,50 5,79 5,83 6,63 6,61 7,65 7,63DP 0,08 0,09 0,13 0,12 0,13 0,12 0,17 0,18 0,24 0,25 0,26 0,28 p *<0,01 *<0,01 *<0,01 *0,01 0,18 0,29

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104

ANEXO M- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OD

80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V

Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra

01 1,47 1,62 3,56 3,58 5,55 5,70 5,85 5,95 6,47 6,62 7,51 7,58 02 1,31 1,37 3,31 3,37 5,30 5,37 5,72 5,75 6,47 6,45 7,18 7,16 03 1,39 1,42 3,31 3,37 5,43 5,45 5,89 5,83 6,64 6,50 7,51 7,41 04 1,52 1,58 3,51 3,50 5,51 5,54 5,97 5,95 6,72 6,70 7,64 7,62 05 1,52 1,50 3,35 3,37 5,60 5,62 5,83 5,87 6,76 6,70 7,68 7,62 06 1,56 1,50 3,68 3,62 5,64 5,58 5,89 5,87 6,60 6,62 7,76 7,70 07 1,76 1,79 3,68 3,79 5,89 5,95 6,39 6,37 6,85 6,95 7,80 7,83 08 1,39 1,42 3,51 3,50 5,30 5,37 5,80 5,83 6,47 6,41 7,43 7,37 09 1,72 1,79 3,72 3,71 5,80 5,87 6,10 6,20 6,97 6,91 7,72 7,70 10 1,47 1,50 3,47 3,54 5,47 5,45 5,85 5,62 6,51 6,54 7,26 7,25 11 1,43 1,58 3,51 3,50 5,43 5,62 5,85 5,79 6,39 6,33 7,55 7,41 12 1,35 1,42 3,31 3,38 5,10 5,25 5,60 5,58 6,35 6,45 7,64 7,79 13 1,31 1,46 3,37 3,37 5,45 5,50 5,72 5,75 6,55 6,54 7,68 7,20 14 1,60 1,58 3,51 3,50 5,64 5,54 5,93 6,04 6,89 6,62 7,70 7,72 15 1,43 1,62 3,51 3,54 5,43 5,54 5,72 5,79 6,35 6,66 7,64 7,45 16 1,64 1,58 3,74 3,46 5,60 5,62 5,89 6,04 6,72 6,83 7,80 7,99 17 1,47 1,67 3,41 3,58 5,51 5,70 5,97 5,95 6,85 6,66 7,68 7,54 18 1,52 1,67 3,31 3,41 5,51 5,62 5,89 5,87 6,60 6,79 7,72 7,75 19 1,47 1,58 3,39 3,41 5,47 5,54 5,93 5,87 7,05 6,87 7,84 7,70 20 1,72 1,67 3,60 3,62 5,80 5,70 6,10 6,08 6,76 6,75 7,63 7,83 21 1,64 1,71 3,64 3,58 5,64 5,70 5,85 5,95 6 ,85 5,79 7,68 7,66 22 1,43 1,43 3,51 3,58 5,30 5,50 5,76 5,75 6,35 6,37 7,30 7,29 23 1,43 1,50 3,31 3,46 5,30 5,37 5,68 5,75 6,64 6,45 7,76 7,66 24 1,47 1,42 3,39 3,41 5,22 5,37 5,55 5,58 6,05 5,83 7,01 6,83 25 1,60 1,79 3,56 3,54 5,51 5,79 5,97 6,20 6,85 6,87 7,80 7,99

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105

Continuação...

LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OD

80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V

Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra

26 1,56 1,62 3,72 3,66 5,72 5,75 6,01 6,29 6,89 6,91 8,09 8,08 27 1,64 1,67 3,39 3,46 5,60 5,66 5,85 5,95 6,80 6,79 8,01 8,16 28 1,52 1,54 3,35 3,54 5,55 5,58 5,85 5,83 6,55 6,50 7,72 7,66 29 1,39 1,37 3,22 3,37 5,43 5,45 5,72 5,87 6,85 6,79 7,93 7,91 30 1,60 1,58 3,35 3,37 5,51 5,50 5,76 5,70 6,72 6,37 7,58 7,91 31 1,60 1,79 3,60 3,62 5,64 5,75 5,97 6,08 6,89 6,87 7,76 7,99 32 1,56 1,54 3,64 3,75 5,68 5,70 6,14 6,29 7,22 7,16 8,05 8,16 33 1,40 1,67 3,31 3,50 5,55 5,58 5,76 5,75 6,30 6,45 7,30 7,29 34 1,64 1,67 3,56 3,62 5,64 5,62 5,85 5,91 5,85 6,58 7,76 7,41 35 1,43 1,54 3,39 3,46 5,47 5,50 5,68 5,70 6,39 6,33 7,43 7,20 36 1,47 1,71 3,55 3,71 5,64 5,79 6,18 6,16 6,89 7,08 7,97 8,12 37 1,47 1,62 3,64 3,46 5,55 5,62 5,80 5,91 6,72 6,75 7,93 7,99 38 1,81 1,92 3,93 3,91 5,80 5,91 6,22 6,37 6,97 6,87 7,99 7,83 39 1,43 1,71 3,56 3,62 5,55 5,70 5,93 6,08 6,76 6,75 7,80 7,83 40 1,47 1,67 3,51 3,62 5,51 5,62 5,93 5,87 6,68 6,62 7,64 7,58

Média 1,52 1,59 3,50 3,53 5,53 5,60 5,88 5,92 6,65 6,63 7,67 7,65 DP 0,12 0,13 0,16 0,13 0,16 0,15 0,17 0,20 0,27 0,28 0,24 0,31 p *<0,01 *0,02 *<0,01 *<0,01 0,45 0,48

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106

ANEXO N- Resultados dos PEATE para valores de latências interpicos nos intervalos I-III, II-V e I-V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito

LATÊNCIAS INTERPICOS (ms) OE

80dBnNA I-III III-V I-V

Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural

01 2,04 2,08 2,04 2,00 4,08 4,08 02 2,20 2,17 1,79 1,83 3,99 4,00 03 2,17 2,21 1,91 1,87 4,08 4,08 04 2,29 2,33 1,70 1,75 3,99 4,08 05 2,04 2,09 1,91 1,91 3,95 4,00 06 2,29 2,12 1,67 1,87 3,96 3,99 07 2,42 2,37 1,75 1,75 4,17 4,12 08 2,16 2,04 1,92 1,95 4,08 3,99 09 2,16 2,00 1,96 1,99 4,12 3,99 10 2,29 2,29 1,79 1,79 4,08 4,08 11 2,19 2,17 1,97 1,91 4,16 4,08 12 2,04 1,99 1,71 1,83 3,75 3,83 13 2,08 2,04 1,87 1,88 3,95 3,92 14 2,13 2,12 1,95 1,84 4,08 3,96 15 2,20 2,17 1,75 1,83 3,95 4,00 16 2,16 2,08 1,92 1,92 4,08 4,00 17 2,08 2,25 1,92 1,83 4,00 4,08 18 1,92 1,96 2,04 2,04 3,96 4,00 19 2,00 2,10 2,00 1,82 4,00 3,92 20 2,04 2,21 2,04 1,75 4,08 3,96 21 2,29 2,25 1,83 1,87 4,12 4,12 22 2,21 2,04 1,58 1,87 3,79 3,91 23 2,04 2,25 1,87 1,79 3,91 4,04 24 2,17 2,00 1,62 1,75 3,79 3,75 25 2,12 2,08 1,83 1,92 3,95 4,00 26 2,33 2,33 1,75 1,75 4.08 4,08 27 2,09 1,83 1,99 2,16 4,08 3,99 28 2,12 2,17 1,83 1,96 3,95 4,13 29 2,04 2,04 2,00 1,95 4,04 3,99 30 1,95 2,00 2,04 1,96 3,99 3,96 31 2,25 1,96 1,79 2,00 4,04 3,96 32 2,17 2,13 1,83 2,01 4,00 4,14 33 2,04 2,17 1,96 1,83 4,00 4,00 34 2,17 2,12 1,83 1,96 4,00 4,08 35 2,04 2,00 1,96 1,99 4,00 3,99 36 2,13 2,04 1,95 1,96 4,08 4,00 37 2,17 2,26 2,00 1,90 4,17 4,16 38 2,29 2,25 1,83 1,83 4,12 4,08 39 2,16 2,16 1,92 1,92 4,08 4,08 40 2,20 2,12 1,80 1,88 4,00 4,00

Média 2,15 2,12 1,87 1,89 4,02 4,02 DP 0,11 0,12 0,12 0,09 0,10 0,08 p 0,20 0,27 0,87

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107

ANEXO O- Resultados dos PEATE para valores de latências interpicos nos intervalos I-III, III-V e I-V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito

LATÊNCIAS INTERPICOS (ms) OD

80dBnNA I-III III-V I-V

Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural

01 2,09 1,96 1,99 2,12 4,08 4,08 02 2,00 2,00 1,99 2,00 3,99 4,00 03 1,92 1,95 2,12 2,08 4,04 4,03 04 1,99 1,92 2,00 2,04 3,99 3,96 05 1,83 1,87 2,25 2,25 4,08 4,12 06 2,12 2,12 1,96 1,96 4,08 4,08 07 1,92 2,00 2,21 2,16 4,13 4,16 08 2,12 2,08 1,79 1,87 3,91 3,95 09 2,00 1,92 2,08 2,16 4,08 4,08 10 2,00 2,04 2,00 1,91 4,00 3,95 11 2,08 1,92 1,92 2,12 4,00 4,04 12 1,96 1,96 1,79 1,87 3,75 3,83 13 2,06 1,91 2,08 2,13 4,14 4,04 14 1,91 1,92 2,13 2,04 4,04 3,96 15 2,08 1,92 1,92 2,00 4,00 3,92 16 2,10 1,88 1,86 2,16 3,96 4,04 17 1,94 1,91 2,10 2,12 4,04 4,03 18 1,79 1,74 2,20 2,21 3,99 3,95 19 1,92 1,83 2,08 2,13 4,00 3,96 20 1,88 1,95 2,20 2,08 4,08 4,03 21 2,00 1,87 2,00 2,12 4,00 4,00 22 2,08 2,15 1,79 1,92 3,87 4,07 23 1,88 1,96 1,99 1,92 3,87 3,87 24 1,92 1,99 1,83 1,96 3,75 3,95 25 1,96 1,75 1,95 2,25 3,91 4,00 26 2,17 2,04 2,00 2,09 4,17 4,13 27 1,75 1,79 2,21 2,20 3,96 3,99 28 1,83 2,00 2,20 2,04 4,03 4,04 29 1,83 2,00 2,21 2,08 4,04 4,08 30 1,75 1,79 2,16 2,13 3,91 3,92 31 2,00 1,83 2,04 2,13 4,04 3,96 32 2,08 2,21 2,04 1,95 4,12 4,16 33 1,84 1,83 2,24 2,08 4,08 3,91 34 1,92 1,95 2,08 2,00 4,00 3,95 35 1,96 1,92 2,08 2,04 4,04 3,96 36 2,03 2,00 2,09 2,08 4,17 4,08 37 2,17 1,84 1,91 2,16 4,08 4,00 38 2,12 1,99 1,87 2,00 3,99 3,99 39 2,13 1,91 1,99 2,08 4,12 3,99 40 2,04 1,95 2,00 2,00 4,04 3,95

Média 1,98 1,94 2,03 2,07 4,01 4,01 DP 0,11 0,10 0,13 0,10 0,10 0,07 p *0,03 0,08 0,46

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108

ANEXO P- Resultados dos PEATE para valores de diferenças interaurais entre as latências da onda V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural em cada sujeito

DIFERENÇAS INTERAURAIS LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms)

80dBnNA V

Sujeitos inserção supra-aurais

01 0,12 0,12 02 0,00 0,00 03 0,04 0,00 04 0,00 0,04 05 0,30 0,25 06 0,25 0,13 07 0,29 0,33 08 0,09 0,08 09 0,16 0,17 10 0,08 0,00 11 0,08 0,00 12 0,00 0,00 13 0,19 0,21 14 0,09 0,04 15 0,08 0,00 16 0,00 0,04 17 0,12 0,25 18 0,08 0,12 19 0,08 0,04 20 0,25 0,20 21 0,13 0,16 22 0,16 0,05 23 0,00 0,00 24 0,00 0,12 25 0,04 0,25 26 0,25 0,25 27 0,05 0,00 28 0,25 0,08 29 0,00 0,04 30 0,04 0,08 31 0,21 0,21 32 0,21 0,06 33 0,12 0,21 34 0,00 0,00 35 0,08 0,05 36 0,13 0,25 37 0,05 0,00 38 0,25 0,21 39 0,12 0,20 40 0,21 0,12

Média 0,12 0,11 DP 0,09 0,10 p 0,63

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109

ANEXO Q- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito

AMPLITUDES (µv) OE

80dBnNA 40dBnNA I III V V

Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural

01 0,38 0,44 0,24 0,50 0,62 0,49 0,12 0,25 02 0,37 0,20 0,28 0,08 0,63 0,74 0,30 0,19 03 0,12 0,25 0,29 0,32 0,73 0,53 0,38 0,37 04 0,27 0,23 0,38 0,44 0,84 0,52 0,56 0,41 05 0,43 0,07 0,32 0,64 0,43 0,55 0,11 0,46 06 0,20 0,16 0,27 0,26 1,03 0,47 0,32 0,26 07 0,13 0,10 0,28 0,30 0,36 0,28 0,28 0,13 08 0,67 0,18 0,44 0,81 0,47 0,65 0,39 0,56 09 0,24 0,25 0,54 0,23 0,70 0,93 0,56 0,65 10 0,20 0,28 0,37 0,29 0,35 0,44 0,15 0,14 11 0,23 0,15 0,12 0,10 0,21 0,24 0,16 0,20 12 0,27 0,44 0,32 0,43 1,02 0,52 0,27 0,35 13 0,39 0,42 0,67 0,50 0,38 0,54 0,31 0,35 14 0,24 0,22 0,46 0,35 0,38 0,44 0,15 0,34 15 0,14 0,51 0,31 0,40 0,88 0,50 0,24 0,28 16 0,06 0,12 0,46 0,31 0,36 0,73 0,20 0,35 17 0,22 0,43 0,27 0,20 0,73 0,56 0,10 0,21 18 0,09 0,18 0,51 0,39 0,43 0,33 0,13 0,24 19 0,49 0,39 0,51 0,54 0,77 0,57 0,12 0,15 20 0,16 0,20 0,30 0,21 0,42 0,30 0,13 0,21 21 0,23 0,27 0,24 0,13 0,21 0,25 0,17 0,23 22 0,51 0,07 0,64 0,64 0,89 0,62 0,14 0,57 23 0,20 0,16 0,28 0,33 0,54 0,22 0,15 0,18 24 0,40 0,47 0,44 0,47 1,02 0,84 0,57 0,60 25 0,39 0,31 0,48 0,36 0,32 0,64 0,18 0,44 26 0,37 0,13 0,36 0,19 0,30 0,43 0,27 0,25 27 0,30 0,13 0,25 0,32 0,48 0,34 0,05 0,23 28 0,17 0,09 0,51 0,24 0,87 0,69 0,27 0,35 29 0,14 0,28 0,36 0,51 0,48 0,49 0,26 0,22 30 0,07 0,30 0,22 0,29 0,37 0,47 0,10 0,19 31 0,23 0,19 0,08 0,04 0,42 0,72 0,20 0,20 32 0,19 0,12 0,28 0,36 0,34 0,28 0,04 0,07 33 0,10 0,23 0,34 0,35 0,54 0,47 0,07 0,13 34 0,28 0,38 0,34 0,53 0,70 0,57 0,33 0,23 35 0,14 0,16 0,18 0,38 0,82 0,73 0,39 0,24 36 0,09 0,13 0,06 0,10 0,44 0,56 0,32 0,28 37 0,16 0,11 0,19 0,08 0,54 0,51 0,11 0,11 38 0,27 0,18 0,77 0,44 0,51 0,51 0,11 0,17 39 0,41 0,24 0,34 0,28 0,50 0,42 0,28 0,29 40 0,49 0,19 0,33 0,37 0,55 0,30 0,23 0,16

média 0,26 0,23 0,35 0,34 0,56 0,51 0,23 0,28 DP 0,14 0,12 0,15 0,17 0,23 0,17 0,14 0,14 p 0,33 0,75 0,11 *0,01

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110

ANEXO R- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito

AMPLITUDES (µv) OD

80dBnNA 40dBnNA I III V V

Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural

01 0,23 0,24 0,51 0,21 0,23 0,50 0,17 0,24 02 0,10 0,06 0,29 0,28 0,24 0,58 0,20 0,12 03 0,11 0,16 0,38 0,42 0,54 0,41 0,19 0,24 04 0,04 0,08 0,35 0,28 0,42 0,50 0,22 0,23 05 0,26 0,10 0,38 0,26 0,27 0,28 0,21 0,24 06 0,21 0,16 0,38 0,07 0,33 0,48 0,20 0,34 07 0,03 0,06 0,14 0,21 0,19 0,30 0,06 0,16 08 0,18 0,54 0,15 0,15 0,38 0,34 0,16 0,22 09 0,06 0,21 0,12 0,34 0,21 0,44 0,13 0,26 10 0,18 0,08 0,11 0,43 0,19 0,36 0,13 0,07 11 0,11 0,07 0,18 0,23 0,44 0,27 0,12 0,19 12 0,12 0,18 0,38 0,57 0,37 0,47 0,13 0,29 13 0,15 0,22 0,24 0,37 0,58 0,42 0,30 0,39 14 0,07 0,24 0,31 0,34 0,51 0,52 0,12 0,44 15 0,17 0,24 0,40 0,60 0,37 0,32 0,18 0,29 16 0,10 0,08 0,14 0,27 0,53 0,21 0,12 0,27 17 0,10 0,09 0,23 0,38 0,25 0,46 0,16 0,24 18 0,19 0,09 0,37 0,39 0,25 0,34 0,09 0,12 19 0,24 0,13 0,42 0,46 0,47 0,62 0,23 0,18 20 0,17 0,11 0,14 0,21 0,33 0,49 0,12 0,19 21 0,13 0,02 0,10 0,27 0,17 0,33 0,13 0,15 22 0,09 0,16 0,63 0,71 0,99 0,77 0,38 0,47 23 0,11 0,08 0,07 0,16 0,22 0,17 0,08 0,14 24 0,24 0,36 0,49 0,34 0,96 0,78 0,66 0,55 25 0,12 0,14 0,40 0,31 0,44 0,43 0,14 0,10 26 0,28 0,19 0,31 0,34 0,38 0,45 0,29 0,38 27 0,10 0,04 0,07 0,32 0,29 0,14 0,11 0,09 28 0,06 0,06 0,21 0,16 0,40 0,51 0,13 0,17 29 0,09 0,17 0,29 0,24 0,37 0,17 0,21 0,10 30 0,12 0,07 0,28 0,25 0,40 0,31 0,11 0,14 31 0,09 0,05 0,08 0,10 0,39 0,34 0,16 0,11 32 0,10 0,11 0,17 0,42 0,35 0,49 0,10 0,20 33 0,18 0,03 0,34 0,28 0,28 0,34 0,19 0,15 34 0,28 0,09 0,38 0,25 0,68 0,39 0,22 0,23 35 0,10 0,07 0,31 0,38 0,47 0,63 0,13 0,19 36 0,08 0,09 0,06 0,11 0,30 0,68 0,12 0,26 37 0,06 0,06 0,14 0,18 0,34 0,32 0,16 0,11 38 0,14 0,05 0,27 0,20 0,36 0,27 0,14 0,12 39 0,05 0,32 0,10 0,30 0,26 0,51 0,20 0,28 40 0,14 0,16 0,37 0,25 0,24 0,33 0,08 0,12

média 0,13 0,14 0,27 0,30 0,38 0,42 0,17 0,22 DP 0,07 0,10 0,14 0,13 0,18 0,15 0,10 0,11 p 0,91 0,13 0,24 *<0,01

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