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Título: Relatório de Atividades 2017-2018 Autor: Centro de Estudos Judiciários

Ano de Publicação: 2018 Centro de Estudos Judiciários

Largo do Limoeiro 1149-048 Lisboa

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 3

Índice 1. Introdução ...................................................................................................... 7

1.1. Aspetos gerais .......................................................................................................................... 7

1.2. Formação inicial ...................................................................................................................... 9

1.2.1. Primeiro ciclo ................................................................................................................... 9

1.2.2. Segundo Ciclo ................................................................................................................. 10

1.2.3. Estágio de ingresso ........................................................................................................ 10

1.3. Prestígio social e abertura ao exterior ................................................................................. 10

1.3.1. As Conferências do Centro de Estudos Judiciários ....................................................... 11

1.4. Divulgação externa ................................................................................................................. 11

1.4.1. A página do CEJ .............................................................................................................. 13

1.5. Formação contínua ................................................................................................................ 14

1.6. Parcerias com entidades externas ........................................................................................ 15

1.7. Recursos materiais e humanos ............................................................................................. 17

2. Formação inicial de magistrados ................................................................ 19

2.1. Fase teórico-prática (Primeiro ciclo) ..................................................................................... 19

2.1.1. Primeiro Ciclo do 33.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais .......................................................................................................................... 20

2.1.1.1. Destinatários e início das atividades ..................................................................... 20

2.1.1.2. Organização por matérias e áreas ................................................................................. 21

2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias ......................................... 25

2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos Tribunais .......................................................................... 28

2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 33.º Curso...................................................... 28

2.2. Fase teórico-prática (Segundo ciclo) ................................................................................... 29

2.2.1. Generalidades ................................................................................................................ 29

2.2.2. Magistratura Judicial..................................................................................................... 30

2.2.2.1. Generalidades ................................................................................................................ 30

2.2.2.2. Particularidades dos dois cursos da magistratura judicial ........................................... 31

2.2.3. Magistratura do Ministério Público .............................................................................. 35

2.3. Estágios ................................................................................................................................. 38

2.3.1. Magistratura Judicial..................................................................................................... 38

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 4

3. Formação Contínua ..................................................................................... 39

3.1. Breve nota introdutória ........................................................................................................ 39

3.2. Ações de formação contínua previstas e realizadas, por tipologia ................................... 39

3.3. Ações de formação contínua realizadas, por jurisdição e tipologia .................................. 40

3.4. Inscrições e presenças – juízes e magistrados do Ministério Público ................................. 41

3.5. Locais de realização das ações de formação contínua ....................................................... 45

3.6. Publicação de livros digitais - e-books ................................................................................. 46

3.7. Outras atividades .................................................................................................................. 49

3.8. Formação contínua - em síntese .......................................................................................... 50

4. Departamento de Relações Internacionais ............................................... 53

4.1. Introdução .............................................................................................................................. 53

4.2. Estrutura e organização interna .......................................................................................... 54

4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária ............................................................................... 54

4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ ..................................................................................... 55

4.3.2. Grupos ‘Programas’; Subgrupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal, ‘Direitos Humanos’ e

‘Linguística’ ..................................................................................................................... 55

4.3.3. Concurso Themis ........................................................................................................... 56

4.3.4. Catálogo Plus ................................................................................................................. 56

4.3.5. Grupo Programa de intercâmbios (Exchange Programme) ........................................ 57

4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação.................................................................. 58

4.4. Países de Língua Portuguesa ............................................................................................... 59

4.4.1. Brasil .............................................................................................................................. 60

4.4.2. Outros países da CPLP .................................................................................................. 60

4.5. Atividades bilaterais ............................................................................................................. 63

4.5.1. Escolas espanhola e francesa ....................................................................................... 63

4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA) ............................................................................ 63

4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras ..................................................................... 64

5. Gabinete de Estudos Judiciários................................................................. 65

5.1. Recursos Humanos ............................................................................................................... 65

5.2. Atividade desenvolvida ........................................................................................................ 65

5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios ......................................................... 66

5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados ........................................................ 66

5.2.3. Atividades sociais e culturais ........................................................................................ 67

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 5

5.2.4. Comunicação institucional e imagem .......................................................................... 68

5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades ................................................................. 70

6. Divisão do Centro do Documentação ......................................................... 71

6.1. Introdução .............................................................................................................................. 71

6.2. Vertente Arquivo ................................................................................................................... 71

6.2.1. Gestão do Arquivo ......................................................................................................... 71

6.2.2. Apoio aos Utilizadores ................................................................................................... 73

6.3. Vertente Biblioteca ................................................................................................................ 73

6.3.1. Gestão do Fundo Documental ....................................................................................... 73

6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2017 a 31-8-2018)......................................................... 73

6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados

(valores absolutos) ....................................................................................................... 76

6.3.1.3. Abate e reparações de documentos ............................................................................ 77

6.3.2. Apoio aos Utilizadores .................................................................................................. 78

6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos ..................... 78

6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores por grupo - pedidos de consulta e

empréstimo de documentos ........................................................................................ 79

6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de empréstimos interbibliotecas

(EIB) ............................................................................................................................... 79

6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações de

documentos .................................................................................................................. 80

6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas .................................. 80

6.4. Qualidade dos serviços ......................................................................................................... 80

6.4.1. Recolha e Tratamento de Informação Estatística ....................................................... 80

6.4.2. BiblioNet ......................................................................................................................... 81

6.4.3. Formação dos utilizadores internos .............................................................................. 81

6.5. Gestão de publicações ........................................................................................................... 81

6.6. Outras atividades .................................................................................................................. 82

6.7. Infraestruturas ...................................................................................................................... 83

6.8. Recursos humanos ............................................................................................................... 83

7. Departamento de Apoio Geral ................................................................... 85

7.1. Introdução ............................................................................................................................. 85

7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos Estatutos do CEJ ....................................................... 85

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 6

7.2.1. Área de recursos humanos e expediente .................................................................... 85

7.2.2. Área de Contabilidade................................................................................................... 87

7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública ................................................................. 88

7.2.4. Apoio jurídico ................................................................................................................ 89

7.2.4.1. Apoio jurídico ................................................................................................................ 89

7.2.4.2. Apoio geral .................................................................................................................... 92

7.3. Outras atividades .................................................................................................................. 93

7.4. Divisão de Informática e Multimédia ................................................................................... 94

7.4.1. Informática .................................................................................................................... 94

7.4.2. Multimédia .................................................................................................................... 97

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 7

1. Introdução

1.1. Aspetos gerais

[1] Na partilha de competências que a Lei n.º 2/2008, de 14 de agosto, estabelece compete ao

diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) elaborar e submeter à apreciação do Ministro da

Justiça, até 31 de dezembro, o relatório anual de atividades, preceituando a mesma Lei que a

aprovação daquele está cometida ao Conselho Geral.

A prestação de contas que se apresenta, para além do cumprimento de imperativo legal,

constitui, sobretudo, a demonstração e a divulgação da desoneração da missão que incumbe ao

Centro de Estudos Judiciários, na pessoa do seu diretor, nas múltiplas variáveis e envolventes, no

que respeita à formação de magistrados, desde o recrutamento até à “entrega do formado” ao

respetivo Conselho Superior, à formação contínua, bem como todo o apoio técnico-

administrativo de recursos humanos e materiais, que lhe está associado.

Adotando a mesma estrutura que tem sido seguida em anteriores relatórios anuais de atividades,

por se ter mostrado apropriada, quer quanto aos temas a considerar, inscritos na matriz essencial

das atribuições do CEJ, quer quanto aos respetivos conteúdos expositivos em que aquelas se

concretizaram ao longo do ano, o relatório anual de atividades relata, nos sete capítulos a seguir

enunciados, a síntese da atividade desenvolvida entre 1 de setembro de 2017 e 15 de julho de 2018:

1. Introdução

2. Formação Inicial

3. Formação Contínua

4. Departamento de Relações Internacionais

5. Gabinete de Estudos Judiciários

6. Divisão do Centro de Documentação

7. Departamento de Apoio Geral

[2] Nos termos do que se prevê na Lei Orgânica do Ministério da Justiça, o Centro de Estudos

Judiciários é uma estrutura do Ministério da Justiça, com a missão de formação profissional de

juízes, magistrados do Ministério Público, assessores dos tribunais e outros profissionais da

justiça, a que acresce o estabelecimento de relações de cooperação e o desenvolvimento de

estudos e investigações (Artigos 7.º, alínea a), e 18.º do Decreto-Lei n.º 123/2011, de 26 de

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 8

dezembro).

Essas atribuições são inscritas e desenvolvidas normativamente na Lei do CEJ (Lei n.º 2/2008, de 14

de janeiro), que consagra o quadro orgânico próprio para o seu cumprimento: a) O diretor; b) O

conselho geral; c) O conselho pedagógico; d) O conselho de disciplina.

[3] No período a que respeita este relatório – 1 de setembro de 2017 a 15 de julho de 2018 – o

Conselho Geral aprovou o Plano Anual de Atividades, compreendendo as rubricas que se indicam,

pela ordem que nele se mencionam:

1. Parcerias com outras entidades.

2. Abertura ao exterior e enraizamento na comunidade jurídica

3. Publicações; e-books e transmissão à distância

4. As Conferências do Centro de Estudos Judiciários

5. Organização e execução do 33.º curso de formação de magistrados para os tribunais

judiciais, com o plano de estudos aprovado pelo Conselho Pedagógico, assente no

seguinte travejamento:

a. Evitar modelos académicos ou universitários no 1.º ciclo, sendo a formação virada

para a aquisição de competências, numa aprendizagem contínua e global, com

reforço da ética e deontologia;

b. Dotar competências para o saber fazer, saber ser e saber estar;

c. Necessidades de docência.

6. Organização, execução e acompanhamento do 2.º ciclo da formação inicial do 32.º curso

de formação para os tribunais judiciais e do 4.º curso para os tribunais administrativos e

fiscais, considerando, nomeadamente, os objetivos legais, os meios de os concretizar, os

planos individualizados do merecimento dos auditores, os critérios para a colocação

destes, e as necessidades e missões dos coordenadores regionais.

7. Organização da fase de estágio do 4.º curso para os tribunais administrativos e fiscais, em

razão do encurtamento do 2.º ciclo e da antecipação e encurtamento da fase de estágio, a

decorrer entre 1 de junho e 31 de dezembro de 2018.

8. Organização e execução da Formação contínua, com discriminação das ações

programadas e calendarizadas, por tipologia, incluindo os cursos on-line, metodologia,

destinatários, e objeto.

9. No Departamento de relações internacionais, enunciaram-se os objetivos nas relações

bilaterais, com destaque para o Conselho da Europa e a Academia de Direito Europeu, e

multilaterais, no âmbito da Rede Europeia de Formação Judiciária e de outras redes de

formação, e a particular ação do CEJ com os Países de expressão oficial portuguesa,

incluindo a preparação da formação de futuros magistrados do Ministério Público de Cabo

Verde.

10. No âmbito da Organização interna e controlo de qualidade foram inscritos objetivos no

quadro das competências do Departamento de Apoio Geral, em especial em matéria de

apoio jurídico, e de recursos humanos, financeiros e patrimoniais, na Divisão de

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 9

informática e multimédia, em matéria de gestão processual e webpage, do Gabinete de

Estudos Judiciários e da Divisão do Centro de Documentação, em matéria do trabalho e

consolidação documental, de prevenção de documentos, e da Biblioteca.

Do que foi o cumprimento da execução do plano, nas suas diversas áreas, dá-se testemunho

circunstanciado nas páginas subsequentes.

1.2. Formação inicial

1.2.1. Primeiro ciclo

[4] A formação inicial de magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de

formação teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo

que o primeiro ciclo desse curso se realiza na sede do CEJ, com a ressalva dos estágios

intercalares de curta duração, que decorrem nos tribunais – tal como se estabelece nos n.os 1 e 2

do artigo 30.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.

Em 18 de janeiro de 2017 foi aberto concurso para ingresso para curso de formação de

magistrados para os tribunais judiciais.

Findo o concurso, o primeiro ciclo do 33.º Curso de formação de futuros magistrados para os

tribunais judiciais decorreu entre 15 de setembro de 2017 e 15 de julho de 2018.

Tratou-se de um curso destinado a preencher um total de 126 vagas, sendo 42 na magistratura

judicial e 84 na magistratura do Ministério Público.

[5] Note-se que em junho de 2017 – e para assegurar as acrescidas necessidades de formação do

referido 33.º Curso de formação teórico-prática de futuros magistrados para os tribunais judiciais

–, o CEJ já havia selecionado, por procedimento concursal, mais duas novas docentes a tempo

inteiro, tendo convidado quatro outros magistrados a desempenhar funções docentes a tempo

parcial, e em acumulação de funções, dois para a Jurisdição Penal, um para a Jurisdição de Família

e um para a Jurisdição do Trabalho e da Empresa, todos da magistratura do Ministério Público.

As duas docentes a tempo inteiro são originárias da magistratura judicial (uma para a Jurisdição

de Família e das Crianças e outra para a Jurisdição do Trabalho).

Fez-se também entrar no corpo de docentes do CEJ duas magistradas que tinham ficado

graduadas como suplentes no procedimento concursal de 2016, uma – Juíza – para a Jurisdição

Civil e outra – Procuradora da República – para a Jurisdição Penal.

Em abril de 2018, o CEJ selecionou, por procedimento concursal, mais sete novos docentes, todos

a tempo inteiro, três para a Jurisdição Civil (dois Juízes de Direito e um Procurador), dois para a

Jurisdição da Família e das Crianças (um Juiz de Direito e um Procurador) e dois para a Jurisdição

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 10

do Trabalho e da Empresa (um Juiz de Direito e um Procurador), visando colmatar a saída dos

Docentes que terminavam as suas segundas comissões de serviço.

1.2.2. Segundo Ciclo

[6] Durante o período temporal a que se reporta este Relatório de atividades, decorreram

atividades de formação do 2.º Ciclo nos tribunais, relativamente ao 32º Curso para os Tribunais

Judiciais e ao 4º Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais.

1.2.3. Estágio de ingresso

[7] Orientações

A preparação do estágio do 4.º Curso TAF foi feita em especial pelo diretor-adjunto afeto à

magistratura Judicial, com a colaboração de dois coordenadores regionais.

[8] Magistratura judicial

No período a que se refere o presente Relatório, e seguindo o manual de Organização do 2.º Ciclo,

o Guia de Boas Práticas respetivo e o Guia de Estágio do 4.º Curso TAF, que continuaram a ser

documentos inovadores na história do CEJ.

Estão em estágio 41 juízes oriundos do 4.º Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais,

estágio que decorre desde 1 de junho de 2018 e até 31 de dezembro de 2018.

1.3. Prestígio social e abertura ao exterior

[9] Tem sido uma das preocupações permanentemente presentes o reforço do prestígio e

reconhecimento social do Centro de Estudos Judiciários assente na sua constante e progressiva

abertura ao exterior.

A par de parcerias estratégicas estabelecidas e que se mantiveram, releva acrescentar o

protocolo celebrado com o Instituto dos Notários de Portugal, através do qual foi organizado e

levado à prática um curso de formação, dirigido a mais de uma centena de notários, em matéria

de inventário, com vista a superar as carências que nesse domínio estes técnicos do direito

referiam sentir e obter respostas positivas na tramitação e resolução de tais tipos de processos.

Continuou também a publicação de inúmeros materiais formativos, incluindo livros digitais, com

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 11

relevo para todas as profissões jurídicas.

Neste âmbito importa salientar a realização de conferências e a publicação de edições com a

colaboração de entidades externas, entre as quais se podem destacar a Ordem dos Advogados, a

Ordem dos Notários, as Faculdades de Direito e o Conselho Superior da Magistratura, e com

outros organismos do Ministério da Justiça (INPI, DGAJ).

1.3.1. As Conferências do Centro de Estudos Judiciários

[10] Pode afirmar-se com segura certeza que as Conferências do Centro de Estudos Judiciários

estão consolidadas no espaço de referência do CEJ, como ponto de cultura e reflexão de temas e

matérias de inestimável importância para a toda a comunidade jurídica, mas em particular para a

formação dos futuros magistrados, que nelas participam com entusiamo e empenho.

Para isso concorrem, por um lado, a atualidade, a diversidade e relevância dos temas e, por outro

lado, o prestígio e a autoridade intelectual e científica dos conferencistas, tendo intervindo, este

ano, as personalidades que a seguir se mencionam e que dissertaram sobre os temas que,

relativamente a cada um, se indicam: Eduardo Lourenço, Tempo da Justiça, Francisco Seixas da

Costa, Portugal no Mundo, Joana Carneiro, Música Prazer e Rigor, Manuel Sobrinho Simões,

Hereditariedade e Ambiente no que Somos e Para Onde Vamos, Mário de Carvalho, Ideias, Justiça, o

contrário e outros assuntos, Isabel Mota, Justiça Intergeracional, e Lídia Jorge, A Justiça como

processo, ou a luz de Kafka.

Complementarmente à sua emissão em direto, as mesmas encontram-se disponíveis on-line, em

http://www.cej.mj.pt/cej/estudos-e-publica/conferencias.php, estando em preparação, para

edição em livro, o conjunto das conferências realizadas durante o ano, pela sua qualidade

excecional.

1.4. Divulgação externa

[11] O uso de metodologias inovadoras de formação contínua de magistrados judiciais e do

Ministério Público, aqui se incluindo a formação à distância, e a disponibilização de ferramentas

relacionadas com o saber fazer específico dos magistrados, prosseguiu no período em apreço.

Importa assinalar que tais metodologias são suportadas no plano europeu, sendo possíveis do

ponto de vista técnico e tecnológico, mercê das parcerias estabelecidas.

Apesar de melhorias assinaláveis na qualidade da receção da emissão ainda não foi possível

corresponder uma absoluta qualidade em todos os diversos locais onde há solicitações de ações

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 12

de formação, mercê dos problemas sofridos nas plataformas do Ministério da Justiça.

O CEJ continuou a organizar muitas das suas ações de formação em articulação com a Justiça TV,

beneficiando da parceria estabelecida com esta entidade, embora, sempre que a transmissão foi

feita para os tribunais, tenham ocorrido, algumas vezes, as dificuldades de transmissão ou

receção acima referidas.

[12] Para além da transmissão em direto para a Internet, o CEJ iniciou há seis anos uma biblioteca

de recursos digitais, que se projetou e consolidou como uma das mais importantes criadoras de

conteúdos de formação jurídica em língua portuguesa.

A página de e-learning reflete o esforço que tem vindo a ser feito (http://elearning.cej.mj.pt/).

A final, sob o n.º 7.4.2. insere-se um mapa com o número de acessos à plataforma de e-learning,

que evidencia a evolução havida.

[13] A monitorização que o CEJ realiza dos acessos dá-lhe indicações que permitem compreender

quais são os temas que mais interessam à comunidade jurídica ou que esta procura na página.

Para além disso, como tem sido sublinhado, o CEJ tem incorporado nas suas missões oferecer à

comunidade jurídica conteúdos gratuitos.

Assim, a produção destes vídeos encontra-se associada a livros digitais, que permitem ao leitor,

desde que tenha uma ligação à Internet, abrir de imediato as conferências e outros recursos

multimédia.

Vídeos mais visualizados

Nome do vídeo Nº de visualizações

A insolvência: A Exoneração do Passivo Restante; O plano de Pagamentos 6631

Abertura - A responsabilidade civil contratual extracontratual do profissional da saúde

6265

Direito da Família e das Crianças 4947

PROJECTO FÉNIX - Identificação de Activos; Produto do crime 4052

A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos 3804

A prova nas ações de impugnação de atos disciplinares (cont.) 3615

Ainda neste contexto, releva sublinhar a possibilidade que tem sido oferecida aos consumidores

das publicações digitais do CEJ de poderem optar pela visualização em 3 suportes diferentes,

Flash, Quicktime e iPod.

Com essa opção visa-se adequar e flexibilizar a oferta formativa de acordo com o tipo de

audiência, permitindo aos senhores magistrados, advogados e outros profissionais da

comunidade jurídica acompanharem as publicações do CEJ nos seus computadores, tablets e

telemóveis, independentemente dos programas operativos.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 13

1.4.1. A página do CEJ

[14] A página do CEJ, com as suas limitações técnicas, quer para os técnicos que as administram e

carregam, quer para os utilizadores, constitui a janela de exposição e divulgação das atividades e

publicações do CEJ.

[15] Pela sua relevância e inovação, importa assinalar a publicação de Newsletters do Tribunal

Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) e do Tribunais de Justiça da União Europeia (TJUE) sobre

a jurisprudência mais relevante proferida por aqueles tribunais, no período a que respeita cada

número.

Com inicio em outubro de 2017 foram editadas 10 newsletters do TEDH, à cadência de uma por

mês.

No TJUE a edição e publicação iniciou-se já em 2018, tendo sido publicadas 5 newsletters, que

constituem uma relevante contribuição dos juízes e juristas portugueses em exercício naqueles

tribunais na seleção e organização de peças jurisprudenciais que divulgam, de forma criteriosa,

expedita e atual, a jurisprudência selecionada do direito europeu e internacional, constituindo

uma ferramenta de inegável valia para os magistrados e toda a comunidade jurídica portuguesa.

[16] É disponibilizada, também, a publicação de uma agenda mensal, enviada pela Internet e

alojada igualmente na página do CEJ.

A página do CEJ assinala milhares de visitas mensais, provenientes maioritariamente de Portugal,

mas com origem em diversos outros países, factos que podem ser observados no mapa e nos

gráficos apresentados no capítulo relativo à Divisão de Informática e Multimédia (DIM), dos quais

decorre o acréscimo de pesquisas e de usuários, o que evidencia a relevância deste instrumento

de divulgação da missão do CEJ.

[17] Mesmo não sendo tecnicamente possível o descarregamento de vídeos acessíveis na página,

os materiais formativos são muito consultados e descarregados, sejam os dossiês de formação,

guias jurídicos, manuais de formação e outros elementos.

O CEJ tem procurado exercer de modo exigente a sua tarefa de formação, não apenas de juízes e

de magistrados do Ministério Público, mas também de advogados e de outros profissionais do

Direito.

A elaboração e publicação de e-books, muitos deles assentes nas comunicações de recentes e

relevantes ações de formação, como sucedeu com a relativa a Julgar sob perspetiva de género –

Entre a igualdade e a constitucionalidade ou O Fenómeno "Alienação Parental" - Mito(s) e

Realidade(s), é uma das ferramentas mais apreciadas pela comunidade jurídica, tendo sido

concluídos e publicados na sua página na Internet e durante o período compreendido por este

relatório, 43 e-books, mais um do que no ano transato, todos de descarregamento gratuito (infra

3.6). O quadro da página seguinte demonstra o número de descarregamentos de e-books (dos

dez mais descarregados).

Manteve-se a publicação e periodicidade da Revista do CEJ, com renovado prestígio científico,

bem como do Prontuário de Direito do Trabalho, que na palavra de um dos mais reputados

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 14

especialistas da área, se afirma, cada vez mais, como uma revista de excelência no panorama

científico nacional no domínio do direito laboral.

Downloads de E-books (setembro de 2017 a julho de 2018)

Ebook Nº de descarregamentos

Direitos dos Contratos 1585

Guia Prático das Custas Processuais – 4ª edição 1500

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume I (31.º Curso) 1075

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo III (3o.º Curso)

1063

Família e Crianças: as novas leis – resolução de questões práticas 1051

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo I (3o.º Curso)

933

Direito das Garantias 912

Direito Registal 909

Balanço do Novo Processo Civil 901

Insolvência e Revitalização 897

1.5. Formação contínua

[18] As atividades de formação contínua, definidas, essencialmente, em articulação com os

Conselhos Superiores das Magistraturas e em número de 90, quando tinham sido 78 em 2017,

visaram responder às solicitações apresentadas, indo de encontro aos interesses dos

magistrados.

Das ações programadas, foram executadas 86 (72 em 2017), nas datas assinaladas, salvo, casos

excecionais, em que o foram em datas diversas, deslizando-as no tempo, de modo a

compatibilizá-las com outras atividades ou a enquadrá-las no plano de cursos de formação.

Das ações programadas 04 foram adiadas fundamentalmente por razões que tiveram que ver

com a realização de Cursos na dependência de outras entidades, tendo ainda sido realizadas mais

duas ações sobre matérias que se reputaram relevantes, como foi o caso de dois workshops sobre

“Cooperação Judiciária Civil”.

Apesar dos esforços realizados e da melhoria de resultados, não foi ainda possível superar a

discrepância significativa entre os candidatos inscritos 9730 (10606 em 2017) e presentes 6251

(5849, em 2017), o que correspondeu a 64,24% (55,4%, em 2017) dos inscritos, matéria a que o CEJ

continua atento e que tem debatido com os Conselhos Superiores.

Releva assinalar que cada ação é objeto de avaliação pelos presentes à mesma, sendo em regra

assinalada a pertinência e qualidade da ação, o que, em reforço do merecimento constitui fator

de estímulo para a melhoria da oferta e qualidade das ações, e a consolidação da missão do CEJ,

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 15

nesta área de intervenção.

[19] Continuou a preparação de dossiês de formação contínua, onde cada magistrado interessado

pode encontrar um conjunto vasto de informações relativas a cada uma das matérias das ações

de formação: legislação nacional, europeia e internacional; jurisprudência europeia; jurisprudência

do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça, do

Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Constitucional; e estatísticas da justiça.

Também a Plataforma e-learning do CEJ tem-se constituído como o repositório das atividades

realizadas, com a consequente nota de uma melhor disponibilização dos materiais e de um

benefício ambiental significativo, mercê da eliminação do uso do papel em apresentações e

outros textos. Por outro lado, foi definida uma metodologia de contacto direto do CEJ – através

dos seus docentes organizadores dos colóquios – com os magistrados inscritos nas ações de

formação, para que estas correspondam aos reais problemas e interesses formativos dos

magistrados em funções nos tribunais.

Os conteúdos formativos estão acessíveis on-line, prosseguindo orientação já consolidada, de

modo a permitir a sua utilização por magistrados que não possam assistir presencialmente às

ações de formação.

1.6. Parcerias com entidades externas

[20] No período considerado não ocorreram alterações significativas no domínio das parcerias do

CEJ com entidades externas, pelo que se reproduz, no essencial, o que se assinalou no ano

transato.

Como elemento inovador importa destacar o protocolo celebrado com o Instituto dos Notários

de Portugal, ao abrigo do qual foi realizada uma ação de formação, sob a coordenação do CEJ,

sobre o regime do processo de inventário, para mais de uma centena de notários, ministrado por

magistrados e outros especialistas, que foi unanimemente reconhecido de inestimável vali e

utilidade para os destinatários.

Prosseguiram os contactos de Governos e Conselhos Superiores estrangeiros, em especial de

países de língua oficial portuguesa, com o CEJ para ser a entidade formadora dos seus altos

quadros jurídicos e das magistraturas.

Neste âmbito assinalam-se os contactos e projetos já desenvolvidos com instituições similares de

Macau, Moçambique, Timor-Leste, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola.

Com mais detalhe, serão assinalados na parte em que o Departamento de Relações Internacionais

relata as suas atividades, as ações desenvolvidas em matéria de formação de magistrados dos

PALOP, Macau e Timor-Leste, continuando a destacar, pela relevância, a execução do Projeto de

Apoio à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP e em Timor-Leste, designado PACED, com

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 16

financiamento da União Europeia, com o objetivo geral de contribuir para a afirmação e

consolidação do Estado de Direito naqueles Países, através da prossecução do objetivo específico

de prevenir e lutar eficazmente contra a corrupção, o branqueamento de capitais e o crime

organizado, especialmente no que toca ao tráfico de estupefacientes.

Do mesmo modo, foi possível continuar a colaboração com outras entidades, em especial, a

Ordem dos Advogados, a Ordem dos Notários e a Câmara dos Solicitadores.

Consolidaram-se metodologias para um sistema de garantia de qualidade. Para além dos

inquéritos aos inscritos nas ações de formação contínua, como antes se assinalou,

desenvolveram-se ferramentas de garantia de qualidade da formação presencial e a distância,

nomeadamente através de processos de diálogo entre docentes e inscritos, na avaliação pelos

pares e na avaliação dos resultados.

[21] Institucionalmente ou através dos seus docentes, coordenadores e formadores, o CEJ

participou em diversas iniciativas, de que sumariamente se destacam as seguintes, sem embargo

de maior desenvolvimento nos locais respetivos:

▪ O CEJ integra a direção da Rede Europeia de Formação Judiciária (EJTN) e tem vindo a

colaborar na definição do plano estratégico e do plano anual de atividades. No âmbito

destas, assinala-se a organização de diversos seminários em Lisboa e a colaboração de

docentes e magistrados portugueses, como oradores, em diversos programas realizados

em Portugal e no estrangeiro;

▪ Academia de Direito Europeu (ERA): para além de desenvolvimentos do projeto Better

applying the EU Regulations on Family and Succession Law: Development of training

materials and organisation of interactive seminars, realizado em parceria com o CEJ, tem

havido colaboração na organização de encontros, nomeadamente os seguintes:

International Surrender of Persons – a transcontinental approach, Special Investigation

Techniques to Tackle Internet Crimes e Competition Law;

▪ Conselho da Europa e Tribunal Europeu dos Direitos do Homem: participação no

programa HELP (European Programme for Human Rights Education for Legal

Professionals);

▪ Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau: colaboração na organização e

participação em ações de formação;

▪ Guarda Nacional Republicana: colaboração na docência da sua escola e na organização

de concursos na área penal e processual penal;

▪ Participação na Comissão de Acompanhamento do Regime de Internamento

Compulsivo;

▪ Associação Portuguesa de Direito do Trabalho (APODIT): participação em colóquios;

▪ CITE: programa e formação acerca de discriminações no local de trabalho;

▪ Projeto Justiça para Tod@s: participação em todas as fases do programa;

▪ Polícia Judiciária: colaboração em formações para inspetores.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 17

1.7. Recursos materiais e humanos

[22] Uma nota final, muito sintética, sobre questões orçamentais, financeiras e de recursos

humanos, que são mais desenvolvidas nos locais próprios.

Não obstante a contenção de recursos humanos e materiais, tributárias das constrições

orçamentais gerais, com o empenho e apoio dos senhores funcionários, foi possível cumprir os

objetivos a que o CEJ se propôs, quer os cursos de formação inicial como os planos de formação

contínua, encerrando o ano orçamental de 2017 sem dívidas a fornecedores.

Continuou a fomentar-se a formação dos funcionários e iniciaram-se e concluíram-se os

procedimentos concursais abertos.

Foram realizadas obras de conservação no edifício, bem como foram renovados equipamentos de

informática e multimédia de apoio à formação.

Os serviços da Biblioteca satisfazem com grande celeridade pedidos de informação bibliográfica e

de digitalização de textos de magistrados de todo o país.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 19

2. Formação inicial de magistrados

2.1. Fase teórico-prática (Primeiro ciclo)

Após a conclusão dos respetivos concursos de admissão ao Centro de Estudos Judiciários

iniciaram funções, no dia 15 de setembro de 2017, 126 Auditores de Justiça, 42 para a magistratura

judicial e 84 para a magistratura do Ministério Público, no âmbito do 33.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais.

Este primeiro ciclo da fase de formação teórico-prática terminou no dia 15 de julho de 2018.

No que se refere ao Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais concluíram-no,

com êxito, 40 Auditores de Justiça no âmbito da magistratura judicial (ocorrendo duas

desistências ao longo do curso) e 79 no que se refere à magistratura do Ministério Público (já que

se verificou uma desistência durante o mesmo, tendo ainda havido três exclusões a final e uma

transferência para a magistratura judicial por desistência de uma auditora desta última

magistratura).

As metodologias formativas assentaram nas seguintes ideias-chave: desenvolvimento pelas

equipas de docentes de materiais disponibilizados na plataforma de e-learning para a formação

inicial; realização das sessões presenciais; aprofundamento dos materiais e disponibilização de

elementos por parte dos Auditores de Justiça também na plataforma.

Deste modo, obtiveram-se os seguintes resultados:

▪ Os docentes funcionaram em equipa e os materiais formativos representam o saber

fazer de toda a equipa.

▪ Alguns terão divulgação externa na coleção de e-books “Formação Inicial”;

Todos os docentes têm acesso a todos os elementos avaliativos feitos pelos auditores.

Ao longo do curso, designadamente com a realização de reunião com representantes dos

Auditores e com o recurso a inquéritos, foram diagnosticadas as situações de maiores

necessidades de formação dos Auditores e também corrigidas opções formativas iniciais.

Os resultados finais, quer em termos avaliativos, quer de conhecimentos adquiridos foram muito

positivos.

A conclusão a retirar com base nestes elementos é a da justeza e adequação das opções tomadas

quanto à reforma da Lei do CEJ, à organização dos ciclos de estudo e quanto ao novo sistema de

avaliação dos auditores.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 20

2.1.1. Primeiro Ciclo do 33.º Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

2.1.1.1. Destinatários e início das atividades

Os 126 Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do concurso de

ingresso aberto pelo Aviso n.º 873/2017, publicado no Diário da República, 2ª Série, de 18 de janeiro

de 2017.

Do universo de vagas colocadas a concurso, 3 delas foram ocupadas por candidatos do anterior

concurso, autorizados a frequentar o curso seguinte, ao abrigo do n.º 4 do artigo 28.º da Lei n.º

2/2008, de 14 de janeiro.

Frequentaram ainda o 32.º Curso, no âmbito da cooperação na formação judiciária com os Países

Africanos de Língua Oficial Portuguesa, 3 Auditores de Justiça Cooperantes da República de São

Tomé e Príncipe (um juiz e dois procuradores).

Tendo em conta a circunstância de a formação estar programada de acordo com módulos de

formação comum a ambas as magistraturas e módulos de formação específica de acordo com a

opção de magistratura correspondente, os Auditores de Justiça foram integrados em duas

espécies de grupos, com composição diferenciada:

1. Para efeitos de formação na magistratura escolhida (formação específica), os

Auditores de Justiça foram integrados em nove grupos de 14 elementos cada,

identificados por números, distribuídos aleatoriamente por escalões definidos em

função das classificações obtidas pelos candidatos no concurso de ingresso,

independentemente da sua via de acesso (académica ou profissional) e de forma a

permitir uma constituição qualitativa o mais homogénea possível de todos os grupos;

2. Para efeitos de formação comum, os Auditores de Justiça foram integrados em seis

grupos identificados pelas letras A a I, igualmente distribuídos de forma aleatória por

escalões definidos em função das classificações obtidas pelos candidatos no concurso

de ingresso, independentemente da sua via de acesso (académica ou profissional) e

de forma a permitir uma constituição qualitativa o mais homogénea possível de todos

os grupos.

Os Auditores cooperantes provenientes dos PALOP foram integrados em três grupos.

O início das atividades teve lugar no dia 14 de setembro de 2017, pela manhã, com uma sessão de

“Boas Vindas”, apresentada pela Direção do Centro de Estudos Judiciários, a que se seguiu uma

sessão de apresentação geral do Curso.

No dia 15 de setembro de 2017 teve lugar a Sessão Solene de Abertura do Curso, na qual

participaram Suas Excelências o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Presidente do

Supremo Tribunal Administrativo, a Ministra da Justiça e a Procuradora-Geral da República; a

conferência de abertura esteve a cargo do Conselheiro, jubilado, Dr. Álvaro Laborinho Lúcio.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 21

Sem prejuízo da realização do estágio intercalar junto dos Tribunais, as atividades teórico-práticas

do Primeiro Ciclo decorreram na sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de setembro de 2017

a 15 de julho de 2018, num total de cerca de 36 semanas.

Cento e dezanove auditores terminaram o primeiro ciclo com aproveitamento, tendo havido três

exclusões, uma desistência e uma transferência para a magistratura judicial no grupo dos

auditores da magistratura do Ministério Público e duas desistências no grupo dos auditores da

magistratura judicial.

2.1.1.2. Organização por matérias e áreas

Quadro geral

O primeiro Ciclo do 33.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, cujo Plano

de Estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 7 de julho de 2017, integrou duas

componentes formativas, a denominada componente profissional e a componente geral e de

especialidade.

Todas as matérias integrantes destas áreas de estudos foram de frequência obrigatória.

Tendo em atenção a natureza das matérias a abordar e a diferenciação funcional das duas

magistraturas, o programa das matérias abaixo indicadas integrou módulos, divididos em

unidades letivas, de formação comum e de formação específica:

Na componente formativa profissional:

▪ Direito Civil e Processual Civil e Comercial;

▪ Direito Penal e Processual Penal;

▪ Direito da Família e das Crianças;

▪ Direito do Trabalho e da Empresa.

Na componente formativa geral e de especialidade:

▪ Direito Constitucional;

▪ Direito Europeu e Internacional;

▪ Inglês Jurídico;

▪ Tecnologias de Informação e Comunicação;

▪ Ética e Deontologia;

▪ Psicologia Judiciária;

▪ Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) e do Tribunal de

Justiça da União Europeia (TJUE) em matéria de Direitos Fundamentais.

▪ Imagem e Voz

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 22

As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas por

Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de Família e das Crianças

e a Jurisdição do Trabalho e da Empresa.

As matérias integradas nas componentes formativas, geral e de especialidade, foram ministradas

em módulos formativos próprios e tiveram, nalguns casos, avaliação própria, mediante provas de

aferição de conhecimentos, que ditaram uma apreciação de natureza qualitativa, integrada de

forma relevante, mas sem peso percentual específico (e sem caráter por si só excludente), na

avaliação global de cada auditor.

Em cada um dos programas foram estabelecidos os respetivos conteúdos pedagógicos, as

metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias na

abordagem de temas de formação comum e específica, em conformidade com as linhas gerais do

Plano de Estudos, sem prejuízo do cumprimento dos objetivos gerais e específicos legalmente

assinados ao primeiro ciclo da formação inicial dos Auditores de Justiça.

O modelo avaliativo atualmente em vigor foi interpretado e aplicado no sentido de acentuar o

papel formativo dos docentes e uma ideia de aprendizagem contínua dos auditores, em que

formadores e formandos estejam mais preocupados com a formação dos futuros magistrados

para o seu próximo desempenho funcional, e menos com a avaliação destes e a sua classificação

ou graduação.

Nessa medida, o processo avaliativo centrou-se numa prognose da ocorrência dos requisitos

éticos e técnicos que caracterizam um desempenho profissional exemplar.

A avaliação continuou a estar centrada na realização de objetivos claros, atinentes ao conjunto de

requisitos técnicos e morais que caracterizam os bons magistrados, sendo que «o regime de

avaliação deve contribuir para a orientação identitária dos Magistrados, em especial, pela sua

independência e responsabilidade, capacidade de decisão e de fundamentação».

Consequentemente, e mantendo a necessária individualização dos docentes enquanto

avaliadores responsáveis pela concreta avaliação, nos termos legais estabelecidos em cada

momento, o método de avaliação contínua foi convolado para uma avaliação global, em que

todos os fatores de avaliação relevaram para a aferição daqueles requisitos éticos e técnicos que

foram considerados e em que os juízos formulados por todos os docentes que interagiram

funcionalmente com cada um dos auditores foram ponderados, sempre com salvaguarda da total

transparência do processo avaliativo.

As atividades formativas foram organizadas numa lógica de aquisição de competências para o

saber fazer, numa perspetiva de cumprimento da ética profissional e de respeito pelo cidadão,

enquanto destinatário da atividade dos tribunais, em que têm papel essencial vários aspetos a

desenvolver:

▪ Formação adequada nos domínios da ética e deontologia profissionais e dos

direitos humanos;

▪ Estudo e assimilação de boas práticas profissionais;

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 23

▪ Preparação para a especialização;

▪ Exercitação das capacidades de compreensão e valoração da prova, e de

ponderação e decisão, segundo o direito e o bom senso;

▪ Elaboração de materiais de formação comuns dentro de cada área formativa e

dirigidos a todos os auditores;

▪ Mobilização dos formandos para o seu próprio processo formativo;

▪ Valorização da ponderação e análise crítica das matérias e materiais formativos

pelos auditores.

Acresce que, para atingir níveis satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos referidos, mostrou

ser de particular relevância os procedimentos utilizados e tendentes a reforçar a perspetiva

formativa prática, os contactos com a atividade dos tribunais, o aprofundamento do modelo de

estágio intercalar já existente (previsto no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008), a utilização em

sessão das gravações resultantes do projeto de vídeo-gravação de audiências judiciais já em curso

(e referenciado desde o Plano de Atividades para 2012-2013), o estudo integrado (e não estanque)

das matérias das componentes formativas geral e de especialidade numa lógica de

interdisciplinaridade e complementaridade com as áreas da componente profissional (embora,

neste ponto, com a vantagem de significar a desnecessidade de autonomização de várias

daquelas matérias, tratadas no âmbito das áreas da componente profissional, daí resultando um

ganho em termos de gestão da carga horária).

Todas as anteriores considerações implicaram que a organização das atividades formativas fosse

estruturada segundo os critérios que se passam a descrever.

a) Para efeitos da lecionação das áreas da componente formativa profissional, que

constituem o núcleo central da formação, organizou-se o 33.º Curso Normal de

formação teórico-prática em 9 grupos de 14 elementos, com duas composições

alternativas: ou como grupos mistos, para os módulos de formação comum

(identificados pelas letras A a I); ou como grupos específicos, para os módulos

especificamente dirigidos a determinada magistratura (sendo os Grupos 1, 3 e 5

compostos por auditores destinados à magistratura judicial e os Grupos 2, 4, 6, 8, 10

e 12 compostos por auditores destinados à magistratura do Ministério Público).

b) O horário semanal-tipo comportou, em regra, a seguinte distribuição de carga

horária pelas quatro áreas da componente profissional, em número de unidades

letivas (UL’s), de 90 minutos cada, e no conjunto da formação comum e específica:

3 ou 4 UL’s para as Áreas de Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil

(doravante, e por facilidade, Jurisdição Civil) e de Direito Penal e Direito Processual

Penal (ou Jurisdição Penal); e 1 ou 2 UL’s para as Áreas de Direito da Família e das

Crianças (ou Jurisdição de Família) e de Direito do Trabalho e da Empresa (ou

Jurisdição do Trabalho).

c) A planificação de sessões das diferentes jurisdições, que integrou o Plano de

Estudos aplicável, obedeceu à divisão da programação geral pelo tempo letivo

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 24

disponível, o que correspondeu a 35 semanas ou módulos letivos, acrescendo-lhes

duas semanas dedicada ao estágio intercalar (que teve lugar em momento em que

os auditores já adquiriram, pelo processo formativo, a maturidade adequada a uma

melhor perceção prática da atividade judiciária, e que se concretizaram no período

compreendido entre os dias 7 a 18 de maio de 2018) e ainda os períodos dedicados

às atividades próprias de abertura e encerramento do primeiro ciclo.

d) A área do Direito contraordenacional, substantivo e processual, integrada na

componente profissional da formação, continuou a ser repartida entre a Jurisdição

Penal e a Jurisdição do Trabalho, nos termos já constantes do anterior Plano de

Estudos.

e) As áreas da componente profissional, quando necessário e com salvaguarda de uma

gestão equilibrada da carga horária de cada concreto grupo de auditores,

designaram sessões suplementares para períodos disponíveis do normal horário

letivo diário, com vista à realização de trabalhos escritos ou outras exercitações

práticas.

f) As matérias integradas nas componente formativa geral e de especialidade, cuja

ministração não justificou uma lecionação autónoma relativamente às áreas da

componente profissional, por essa autonomia gerar uma duplicação temática face a

estas áreas, foram incorporadas nas correspondentes áreas da aludida componente

profissional – sem prejuízo da participação, quando entendido necessário como

complemento de formação, em ações de formação contínua pertinentes (v.g., em

matéria de Instituições e Organização Judiciárias, Organização e Métodos e Gestão

do Processo ou Investigação Criminal e Gestão do Inquérito) ou em sessões

ou conferências especificamente organizadas.

g) Foi mantida a opção de abordar as matérias relativas à Medicina Legal e Ciências

Forenses durante o segundo ciclo, em função dos bons resultados verificados com

os Cursos anteriores, nos quais se tornou possível ministrar estas matérias de modo

descentralizado e em pequenos grupos nos departamentos do Instituto de

Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra.

h) Mereceram uma lecionação autónoma as seguintes áreas integrantes da

componente formativa geral e de especialidade:

− Direito Constitucional (DFDC);

− Direito Europeu e Internacional (DEI);

− Língua estrangeira (Inglês);

− Psicologia Judiciária (PJ)

− Jurisprudência do TEDH e TJUE em matéria de Direitos Fundamentais (JDF)

− Ética e Deontologia

i) As sessões relativas a Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) não foram

ainda dadas, uma vez que o IGFEJ e a DGAJ não asseguraram as condições técnicas

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 25

para o efeito, estando o CEJ a insistir pela sua realização, tendo a formação

deslizado para o 2.º Ciclo;

j) A abordagem das matérias relativas às áreas de DFDC, PJ, JDF e a primeira parte de

DEI foi realizada em Plenário. As restantes – TIC, Inglês, Ética e Deontologia e DEI

(partes relativas à cooperação judiciária em matéria civil e em matéria penal) foram

objeto de trabalho em grupos específicos ou mistos.

k) Finalmente a assinalar que as atividades integrantes deste 1.º Ciclo compreenderam

ainda duas semanas dedicadas à participação dos auditores nas atividades do

Programa AIAKOS da Rede Europeia de Formação Judiciária e que tiveram lugar de

23 a 27 de outubro de 2017 e de 20 a 24 de novembro de 2017.

2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias

Matérias da componente formativa profissional

Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades letivas (sessões

com a duração de 1,5 horas) de frequência obrigatória tendo como objeto temas de formação

comum e temas de formação específica de cada uma das duas magistraturas de destino dos

Auditores.

O tratamento das questões substantivas foi, preferencialmente, feito na ótica do seu tratamento

processual, sendo a abordagem casuística orientada no sentido de proporcionar a consolidação

sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos jurídico e

judiciário na análise e resolução de casos.

O método de avaliação do aproveitamento dos Auditores utilizado nas matérias da componente

profissional foi o da avaliação contínua (artigo 43.º, n.º 3, da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro), que

integrou para além da componente da intervenção oral, simulações de despachos e exercitações

escritas ao longo de todo o primeiro Ciclo. O resultado da avaliação foi expresso através da

atribuição de uma menção qualitativa no final do primeiro trimestre e de uma notação

quantitativa final, numa escala de 0 a 20 valores.

6. Direito Civil e Processual Civil e Comercial

A formação em matéria de Direito Civil e Processual Civil e Comercial desenvolveu-se ao longo de

todo o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres,

num total de 24 UL de formação comum e 60 UL de formação específica para a magistratura

judicial e 42 UL de formação específica para a magistratura do Ministério Público, à qual

acresceram dois módulos autónomos – Insolvência e Processo Executivo – com a duração global

de 14 UL.

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Relatório de Atividades 2017.2018 26

7. Direito Penal e Processual Penal

A formação em matéria de Direito Penal e Processual Penal desenvolveu-se ao longo de todo o

primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num

total de 58 UL de formação comum e 30 UL de formação específica para cada uma das

magistraturas.

8. Direito da Família e das Crianças

A formação em matéria de Direito da Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo de todo o

primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num

total de 32 UL de formação comum e 31 UL de formação específica para cada uma das

magistraturas.

9. Direito do Trabalho e da Empresa

A formação em matéria de Direito do Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo de todo o

primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num

total de 39 UL de formação comum e 23 UL de formação específica para cada uma das

magistraturas.

Assim, e em termos percentuais, a distribuição da carga horária da formação profissional foi a

seguinte:

▪ Para a Magistratura Judicial: Penal 28,30%, Civil 31,50%, Família e Crianças 20.20%, e

Trabalho e Empresa 20%.

▪ Para a Magistratura do Ministério Público: Penal 30,60%, Civil 27,10%, Família e Crianças

21,30%, e Trabalho e Empresa 21%.

Matérias da componente formativa geral e de especialidade

a) Direito Constitucional

A matéria de Direito Constitucional, conforme ao Plano de Estudos, foi ministrada por Docentes

Universitários, em sessões destinados a ambas as magistraturas. Tiveram lugar seis unidades

letivas (9 horas) de formação integralmente comum, no decurso do primeiro trimestre.

b) Inglês Jurídico

Nesta matéria pretendeu-se proporcionar aos Auditores de Justiça o domínio de uma língua

estrangeira (no caso, a língua inglesa), quer no plano da conversação oral, quer no plano da

leitura e prática da expressão escrita, em termos de lhes fornecer uma base indispensável à

compreensão das realidades jurídicas e judiciárias, em especial nos cada vez mais frequentes

contactos internacionais.

Os vários temas abordados foram selecionados em função da sua ligação à prática judiciária, com

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Relatório de Atividades 2017.2018 27

leitura de textos visando o alargamento vocabular e o desenvolvimento da capacidade de

expressão.

Tiveram lugar nove unidades letivas (13,5 horas) de formação. As sessões foram ministradas a

grupos de Auditores, sendo o aproveitamento avaliado através de provas escritas de aferição de

conhecimentos.

c) Tecnologias de Informação e de Comunicação

Na matéria de tecnologias de informação e comunicação, dados os conhecimentos que a

generalidade dos Auditores de Justiça tem de um número razoável de aplicações informáticas, na

ótica do utilizador, visou-se proporcionar-lhes a familiarização com as novas aplicações

informáticas de uso mais frequente nos tribunais, em especial quanto à aplicação informática

Citius, quanto a registos comercial e predial on-line e custas judiciais.

As matérias em referência foram ministradas em três unidades letivas (4,5 horas), no primeiro

trimestre, por formadores da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ), em sessões de

sala para dois grupos de Auditores de Justiça, e o aproveitamento foi apurado com base em

créditos de frequência.

d) Direito Europeu e Direito Internacional

Na matéria de Direito Europeu e Direito Internacional foi estabelecido o objetivo de proporcionar

aos Auditores de Justiça a familiarização com os Institutos de Direito Europeu e Internacional e

com os procedimentos da sua aplicação prática, o aprofundamento dos conhecimentos nos

domínios das instituições e do Direito ao nível Internacional e Europeu, o conhecimento dos

mecanismos de Cooperação Civil e Penal Europeus e Internacionais, numa perspetiva da sua

utilização e aplicação prática.

A primeira parte da matéria, conforme ao Plano de Estudos, foi ministrada por docente

universitário, em sessões plenárias destinadas a ambas as Magistraturas, em seis unidades letivas

(9 horas) que decorreram durante o 1.º Trimestre.

As segundas e terceiras partes (cooperação judiciária em matéria civil e penal) e que decorreram

no segundo e terceiro trimestres, foram ministradas em grupos de 14 ou 28 auditores, em sessões

dirigidas por magistrados e docentes universitários num total de 18 unidades letivas (27 horas).

A avaliação incidiu apenas sobre as matérias de cooperação judiciária internacional em matéria

civil e penal através do método de exercícios escritos.

e) Psicologia Judiciária

As matérias correspondentes à área de Psicologia Judiciária, conforme ao Plano de Estudos,

foram objeto de abordagem em seminário que decorreu no 3.º Trimestre e a que correspondeu

uma carga horária de 8 unidades letivas (12 horas).

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Relatório de Atividades 2017.2018 28

f) Jurisprudência do TEDH e do TJUE em matéria de Direitos Fundamentais

Esta nova área de Estudos, instituída pela primeira vez com o 32.º Curso Normal de Formação, foi

ministrada em Plenário por magistrados e docentes universitários, durante o 2.º trimestre, sendo

dirigida a ambas as magistraturas, tendo compreendido um total de 14 unidades letivas (21 horas).

g) Ética e Deontologia

As matérias abrangidas nesta área, conforme ao Plano de Estudos, foram dirigidas por

magistrados. Compreenderam uma sessão plenária com a duração aproximada de 2 UL tendo as

restantes sessões – 8 UL - decorrido em pequenos grupos compostos por auditores direcionados

a ambas as magistraturas.

h) Imagem e Voz

As matérias abrangidas nesta área, conforme ao Plano de Estudos, foram dirigidas por

formadores externos tendo compreendido um total de 5 UL as quais decorreram em grupos de

composição variável.

2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos Tribunais

Com o estágio intercalar no primeiro Ciclo, introduzido pela Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro,

pretendeu-se que os Auditores de Justiça tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua

formação teórico-prática inicial, com o exercício das funções inerentes à magistratura escolhida,

visando uma primeira abordagem das matérias com maior incidência na prática judiciária.

Os Auditores de Justiça foram colocados sob a orientação de Magistrados Formadores junto de

Tribunais, maioritariamente, do Distrito Judicial de Lisboa, do Porto e de Coimbra.

Nessa fase, os Auditores de Justiça assistiram às diligências processuais, em particular no domínio

da produção da prova e realização de audiências de julgamento, em termos semelhantes aos que

irão reger o segundo Ciclo da fase teórico-prática, com as adaptações impostas pela sua curta

duração.

Neste período de estágio, os Magistrados Formadores, em conjugação com os Coordenadores

Distritais, elaboraram uma informação sobre o desempenho do Auditor, cujo teor foi considerado

na avaliação global do primeiro Ciclo.

O estágio intercalar junto dos Tribunais teve lugar no período de 7 a 18 de maio de 2018.

2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 33.º Curso

Mantiveram-se em vigor os critérios e parâmetros de avaliação fixados por despacho do Diretor

do Centro de Estudos Judiciários, de 31 de maio de 2013.

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Relatório de Atividades 2017.2018 29

Ao longo do período de atividades do primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do aproveitamento

e adequação dos Auditores de Justiça, em conformidade com os critérios enunciados no artigo

43.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.

O Conselho Pedagógico na sua sessão de 12 de julho de 2018 aprovou as classificações propostas

pelo Diretor e as listas graduadas referentes do primeiro Ciclo do 33.º Curso, tendo, em face das

mesmas, ocorrido três exclusões de auditores destinados à magistratura do Ministério Público

(média final inferior a 10 valores).

Em resultado das classificações obtidas, constata-se a seguinte distribuição das classificações

finais pelos níveis de aproveitamento definidos:

1. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura Judicial:

­ Avaliação igual ou superior a 14,0 valores: 18 auditores (notas finais entre 14,075 e

15,575 valores);

­ Avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,0 valores: 14 auditores (notas finais entre

12,575 e 13,950 valores);

­ Avaliação inferior a 12,50 valores: 8 auditores (notas finais entre 10,775 e 12,475

valores)

2. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura do Ministério Público:

­ Avaliação igual ou superior a 14,0 valores: 8 auditores (notas finais entre 14,075 e

14,575 valores);

­ Avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,0 valores: 43 auditores (notas finais entre

12,525 e 13,900 valores);

­ Avaliação inferior a 12,50 valores: 28 auditores (notas finais entre 10,025 e 12,400

valores).

No final do mesmo período, os Auditores Cooperantes tiveram aproveitamento global positivo, o

que foi comunicado aos organismos competentes dos respetivos países de origem de língua

oficial Portuguesa.

2.2. Fase teórico-prática (Segundo ciclo)

2.2.1. Generalidades

Transitaram para o 2.º Ciclo do 32.º Curso de formação para os tribunais judiciais 27 e 54 auditores

de justiça, respetivamente para a magistratura judicial e para a magistratura do Ministério

Público, tendo, a final, apenas desistido uma das auditoras da magistratura do Ministério Público,

obtendo aprovação todos os restantes.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 30

Para o 2.º Ciclo do 4.º Curso TAF transitaram 41 auditores, tendo todos obtido aprovação.

A preparação do 2.º ciclo de formação do 32º Curso para os Tribunais Judiciais foi feita pelos

Diretores-adjuntos de cada uma das magistraturas, com a colaboração dos coordenadores

distritais, dos quais, 4 a tempo inteiro na magistratura do Ministério Público (todos Procuradores)

e 4 a tempo parcial na magistratura judicial (todos Juízes Desembargadores).

A preparação do 2.º ciclo de formação do 4.º Curso TAF foi feita pelo Diretor-adjunto respetivo,

com a colaboração dos dois coordenadores distritais, laborando no CEJ em tempo parcial (ambos

Juízes Desembargadores).

Quanto aos formadores nos tribunais, esclareceu-se e confirmou-se o processo de nomeação

perante os Conselhos Superiores e iniciou-se, quanto a novos formadores, uma nova metodologia

de designação.

As novas orientações quanto à organização dos 2.0s ciclos passaram pela divulgação pública dos

métodos de trabalho dos auditores e por um novo sistema de avaliação dos Auditores de Justiça.

2.2.2. Magistratura Judicial

2.2.2.1. Generalidades

No período a que se refere o presente Relatório, foram aprovados os manuais de Organização do

2.º Ciclo – 32.º Curso Normal e do 4.º Curso TAF –, bem como os Guias de Boas Práticas respetivos.

Para o 32.º Curso, o período de formação teve início no dia 1 de setembro de 2017 e terminou no

dia 15 de julho de 2018.

Para o 4.º Curso TAF, o período de formação teve início no dia 1 de setembro de 2017 e terminou

no dia 31 de maio de 2018 (cfr. artigo 6.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro).

Excecionalmente, o período de formação poderia ser prorrogado em função do aproveitamento

do Auditor de Justiça, mediante deliberação do Conselho Pedagógico, sob proposta do Diretor do

Centro de Estudos Judiciários, o que não aconteceu este ano.

No decurso desta fase de formação, pretendeu-se que os Auditores de Justiça, sob orientação e

assistência permanente de um Juiz Formador, adquirissem e aprofundassem os conhecimentos

necessários à aplicação prática do Direito no exercício da atividade judicial em diversas jurisdições.

Para a prossecução de tais objetivos, a atividade do Auditor de Justiça centrou-se na assistência a

julgamentos e outras diligências, normalmente mas não necessariamente, presididas pelo próprio

Juiz Formador, e na simulação de sentenças e despachos judiciais de todo o tipo, com especial

atenção à organização e gestão do expediente diário e da agenda.

Visou-se, desta forma, garantir que, no final do 2.º ciclo de formação, o Auditor de Justiça esteja

apto a assumir competências próprias enquanto Juiz Estagiário, já dotado de conhecimentos

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 31

teóricos e práticos que lhe permitam, de imediato, desempenhar funções como juiz em todas as

vertentes da intervenção que lhe é própria.

Constituiu objetivo de idêntica importância o conhecimento e assimilação de regras éticas e

deontológicas, que permitam ao futuro Juiz o exercício da magistratura com perfeita noção das

responsabilidades que assume perante a sociedade, atuando sempre com sentido de

responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos fundamentais.

2.2.2.2. Particularidades dos dois cursos da magistratura judicial

No 32.º Curso, a formação decorreu predominantemente em tribunais ou juízos de competência

especializada cível e crime, mediante programação efetuada pelos respetivos Coordenadores

Regionais em articulação com os Juízes Formadores e de acordo com orientações prévias e

uniformes.

A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos aconteceu, sempre que as condições

o permitiram, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um contacto tão constante quanto

possível com as jurisdições civil e criminal, ou obedecendo a um esquema de rotatividade

quinzenal ou mensal entre uma e outra jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos trabalhos

pendentes.

Sem prejuízo do regular acompanhamento dos julgamentos e demais diligências do Juiz

Formador, o Auditor de Justiça assistiu a julgamentos do tribunal coletivo e à correspondente

deliberação, por forma a conhecer outras formas de condução das audiências e adquirir hábitos

de trabalho conjunto com outros colegas de profissão.

Os Auditores de Justiça completaram a sua formação com estágios em tribunais ou juízos de

Família e Menores, Trabalho, Execução de Penas, Execuções, Comércio e Instrução Criminal.

O acompanhamento das atividades de formação junto da Magistratura Judicial desenvolvidas no

2.º Ciclo (atividades nos tribunais) foi feito pessoalmente pelo Coordenador de cada uma das

quatro Delegações Regionais do Centro de Estudos Judiciários para a magistratura judicial (no

caso do 32.º Curso) e pelo Coordenador de cada uma das duas Delegações Regionais do Centro de

Estudos Judiciários para a magistratura judicial da Jurisdição Administrativa e Tributária (no caso

do 4.º Curso TAF), em articulação com os Juízes Formadores.

No 4.º Curso TAF, a formação decorreu em Tribunais Administrativos e Fiscais, mediante

programação efetuada pelos respetivos Coordenadores Regionais em articulação com os Juízes

Formadores e de acordo com orientações prévias e uniformes.

A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos aconteceu, sempre que as condições

o permitiram, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um contacto tão constante quanto

possível com a jurisdição administrativa e fiscal, ou obedecendo a um esquema de rotatividade

[mensal/bimensal ou outro que, em função das particularidades e especificidades do tribunal, veio

a ser definido pelo Coordenador Regional, ouvidos os Juízes Formadores] entre uma e outra área

da jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos trabalhos pendentes.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 32

Todos os trabalhos elaborados, incluindo os de mero expediente, foram organizados

cronologicamente e divididos entre decisões de fundo, decisões de questões incidentais (“meio

fundo”) e de mero expediente.

Depois de vistos e rubricados pelo Juiz Formador, foram arquivados numa pasta (Dossier), que

permaneceu na posse do Auditor de Justiça e que foi analisada pelo Coordenador Regional

sempre que o entendeu e, designadamente, por ocasião das deslocações ao tribunal ou juízo em

que se encontravam colocados.

Dessa pasta constava uma listagem de todos os trabalhos, organizada à medida que iam sendo

realizados, tendo tal lista sido provisoriamente entregue ao Coordenador Regional com cada

remessa de trabalhos e, completa, no final da fase de formação do 2.º ciclo junto da magistratura

judicial.

À semelhança dos trabalhos e com idêntica finalidade, foram igualmente inseridos por cada

Auditor de Justiça na plataforma “moodle”.

A lista dos trabalhos foi organizada separadamente para os despachos de fundo, de "meio fundo"

(isto é, na falta de melhor terminologia, aqueles que envolvam a apreciação de pretensão das

partes e decisão fundamentada) e despachos de mero expediente.

Da lista do 32.º Curso constavam, quanto aos primeiros, o número e tipo de processo (comum ou

especial no crime, forma de processo na ação declarativa comum ou tipo do processo especial,

providência cautelar, execução, oposição à execução, etc.), o tipo de despacho elaborado

(liminar, pré-saneador, saneador, saneador sentença, sentença, decisão de incidente, decisão da

matéria de facto ou outro, na área cível; ou, na área criminal, sentença, homologação de

contagem de pena, apreciação de questão incidental do tipo do pagamento de multa em

prestações, declarações de contumácia, decisões jurisdicionais em inquérito, etc.), o tipo de

questão objeto de apreciação e decisão (na área cível e no caso de sentença se foi apreciada

questão relativa a responsabilidade civil, contrato promessa, impugnação pauliana, empreitada,

compra e venda, arrendamento urbano, etc.; e na área penal o tipo de crime ou ilícito

contraordenacional em causa ou da questão incidental decidida) e as datas de recebimento dos

trabalhos para elaboração e da subsequente entrega ao Juiz Formador.

Da lista do 4.º TAF, constavam, quanto aos primeiros, o número e tipo de processo, o tipo de

despacho elaborado (liminar, pré-saneador, saneador, saneador sentença, sentença, decisão de

incidente, decisão da matéria de facto ou outro, etc.), o tipo de questão objeto de apreciação e

decisão (na área administrativa e no caso de sentença se foi apreciada questão relativa a

responsabilidade civil, contratos, como empreitada ou prestação de serviços, etc.; e na área

tributária o tipo de imposto ou taxa em causa ou da questão incidental decidida) e as datas de

recebimento dos trabalhos para elaboração e da subsequente entrega ao Juiz Formador.

Quanto aos despachos de mero expediente, aqui incluídos os despachos de recebimento de

acusação ou outros meramente tabelares, bastava a referência ao tipo de processo, ao tipo do

despacho e às datas de recebimento e entrega.

O acesso ao dossier e à lista de trabalhos foi igualmente disponibilizado ao Juiz Formador sempre

que este o solicitou.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 33

A realização de um determinado número de trabalhos não é o objetivo primeiro da formação – do

simples facto de o auditor ter feito muitos trabalhos não quer dizer logo e necessariamente que

tenha feito uma boa formação – e o Auditor de Justiça não fica desobrigado das atividades de

formação pelo facto de o atingir e ultrapassar.

No entanto, a qualidade da formação também passa pela quantidade e diversidade das decisões a

simular durante o 2.º ciclo, tanto ao nível das sentenças e outros despachos de fundo, como ao

nível do expediente diário.

Neste contexto, e no 32.º Curso, os Auditores de Justiça, na jurisdição cível, elaboraram, no

mínimo:

− 10 sentenças em ações contestadas, aqui se incluindo os casos de saneador

sentença;

− 5 sentenças em ações não contestadas;

− 6 decisões, finais ou não, proferidas em providências cautelares;

− 7 despachos saneadores com enunciação dos temas da prova;

− 100 despachos de mero expediente.

Na jurisdição penal efetuaram, no mínimo:

− 15 sentenças;

− 4 sentenças em recursos de contraordenação;

− 2 decisões instrutórias;

− 3 decisões de aplicação de medida de coação no seguimento de interrogatório

judicial;

− 100 despachos de mero expediente.

No 4.º Curso TAF, os Auditores de Justiça, na área administrativa da jurisdição, elaboraram, no

mínimo:

− 13 sentenças em ações contestadas, aqui se incluindo os casos de saneador

sentença;

− 5 decisões, finais ou não, proferidas em providências cautelares;

− 8 despachos saneadores com enunciação dos temas da prova;

− 75 despachos de mero expediente.

Na área tributária da jurisdição, os Auditores elaboraram, no mínimo:

− 16 sentenças (impugnação, oposição, ação administrativa especial, etc);

− 5 sentenças em recursos de contraordenação;

− 5 decisões, finais ou não, proferidas em providências cautelares (admitindo-se neste

item para além da apresentação de decisões proferidas em processos

especialmente regulados nos artigos 135.º a 147.º do CPPP, a apresentação de

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Relatório de Atividades 2017.2018 34

decisões finais proferidas em processos especialmente regulados nos artigos 89º-A

da LGT e/ou nos artigos 276.º a 278.º do CPPT);

− 75 despachos de mero expediente.

As visitas aos locais de formação ocorreram em datas ajustadas entre os Coordenadores

Regionais e os Juízes Formadores, que foram comunicadas com a antecedência possível aos

Auditores de Justiça.

Tiveram lugar, preferencialmente, nas quatro semanas subsequentes à receção dos trabalhos

pelo Coordenador Regional, que, nessa oportunidade, foram comentados e debatidos com os

respetivos Auditores de Justiça em conversa pessoal, na qual também tiveram oportunidade de

suscitar quaisquer questões relativas à formação.

Sem prejuízo das deslocações periódicas aos tribunais onde decorre a formação do 2.º ciclo, os

Coordenadores Regionais estiveram permanentemente disponíveis para acompanhar e debater

com os Auditores de Justiça e Juízes Formadores todos os assuntos relativos à formação,

incluindo os assuntos de natureza organizativa e pedagógica.

Os Auditores de Justiça que frequentaram o 2.º ciclo de formação foram avaliados e classificados,

de acordo com os parâmetros previstos nos artigos 52.º a 54.º da Lei n.º 2/2008.

O juízo sobre a aptidão para o exercício de funções na magistratura judicial assentou em dois

pilares de importância indissociável: adequação (urbanidade, sociabilidade, cortesia, maturidade e

sensatez) e aproveitamento (capacidade de investigação, de organização e método, nível de

cultura jurídica, capacidade de ponderação e decisão, uso da língua portuguesa e atitude na

formação).

O primeiro significa que não é só a aptidão cognoscitiva e prática que interessa à finalidade

formativa, sendo também o desenvolvimento de qualidades humanas e duma consciência social

que permitam a observância de fins e valores indispensáveis a um qualificado desempenho das

futuras funções, com rigoroso respeito dos direitos fundamentais, designadamente de cidadania,

decorrentes da Constituição e da Lei.

É igualmente importante o incremento de conhecimentos de cultura geral que permitam

contextualizar as situações da vida real com que se depare, ou seja, desenvolver a capacidade

para apreender o contexto não jurídico do caso sob apreciação – v.g. afetivo, familiar,

sociocultural – e aperceber-se das concretas consequências da decisão a proferir.

No que respeita à aquisição dos conhecimentos teórico-práticos essenciais ao exercício de

funções como Juiz de Direito, reveste-se de especial importância para a formação a assistência a

audiências de julgamento e outras diligências, a aprendizagem dos modos de relacionamento

com os intervenientes processuais, o aprofundamento das competências ao nível da apreciação

da prova produzida e da fundamentação da respetiva decisão, o aprimorar da seleção da matéria

de facto e da técnica de enunciação das questões a decidir e dos temas da prova, o treino diário

do despacho de mero expediente, bem como o rigoroso cumprimento dos horários estabelecidos

no início do ano com o Juiz Formador.

Reveste-se igualmente de importância decisiva a capacidade de construção de um discurso

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 35

argumentativo suficientemente fundamentado, mas objetivamente simples e dirigido apenas à

solução do caso concreto, despojado de considerações teóricas e/ou filosóficas que não sejam

necessárias a esse fim, isto é, pondo de parte um cariz predominantemente académico em favor

duma visão prática que permita uma rápida e justa composição do litígio.

A avaliação do desempenho dos Auditores de Justiça durante o 2.º ciclo processou-se em regime

de avaliação contínua e baseou-se nos elementos colhidos diretamente pelo Coordenador

Regional e nas informações de desempenho prestadas pelos Juízes Formadores e, na sequência

de reuniões periódicas, constando de relatórios intercalares e finais elaborados por aquele.

A classificação final foi atribuída a cada um dos Auditores de Justiça por deliberação conjunta dos

quatro Coordenadores Regionais para o 32.º Curso e dos 2 para o 4.º Curso TAF – que durante o

ano acompanharam os trabalhos e a evolução de todos os Auditores de Justiça e não apenas os

da sua área geográfica – em reunião presidida pelo respetivo Diretor-adjunto.

Foi desenvolvido pelos seis Coordenadores, em articulação com o Diretor-

-Adjunto, um aturado trabalho no sentido de encontrar critérios justos e equilibrados de aferição

dos vários auditores, o que dificilmente poderia ir ao encontro das expectativas ou considerações

subjetivas de cada um.

Com as alterações introduzidas na Lei n.º 2/2008 pela Lei n.º 45/2013, de 3/7, em particular no

citado artigo, foi reforçado o modelo legal de avaliação, no sentido de tomar a articulação entre

os dois coordenadores ainda mais estreita, através da consagração do conceito de «avaliação

global» e da previsão de uma verdadeira e plena decisão colegial de todos os avaliadores, que se

alcança através do procedimento estabelecido no artigo 53.º-A do Regulamento Interno do CEJ.

Este modelo de avaliação, que tem como pedra de toque o aprofundamento da colegialidade da

decisão avaliativa, assenta num integral acesso de todos os avaliadores a todos os elementos de

avaliação – por isso é possível afirmar que cada auditor se encontrava em pé de igualdade com os

demais e que os Coordenadores tinham uma visão de conjunto do trabalho de todos e cada um

dos auditores, estando em condições de atribuir as notações com o pleno conhecimento das

diferenças relativas entre aqueles.

Neste contexto, fica sem sustentação qualquer pretensão de prejuízo de um ou outro auditor por

ter feito a sua formação numa ou noutra região e sob a orientação de um ou outro coordenador

ou formador.

2.2.3. Magistratura do Ministério Público

No que diz respeito ao Ministério Público, a preparação das atividades do 2.º Ciclo de formação

inicial do 32.º Curso Normal de Formação, cujo início teve lugar em 15 de setembro de 2016,

envolveram a atualização do Manual de Organização de 2.º Ciclo, a redefinição do número e área

de competências dos Coordenadores Regionais, a nomeação de dois coordenadores regionais

adicionais (assim se preenchendo integralmente o quadro a que se reporta o artigo 84.º, n.º 2, da

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 36

Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro) e a seleção dos magistrados formadores, em circunstâncias que

ficaram descritas no anterior Relatório Anual.

No decurso do presente ano letivo, ainda em sede de atividades preparatórias, e logo no início do

2.º Ciclo, o Diretor-adjunto e os quatro coordenadores regionais realizaram reuniões

preparatórias, que tiveram lugar em Portimão, Lisboa, Coimbra e Porto, e para as quais foram

convocados todos os formadores nos tribunais, durante as quais se deu a conhecer a filosofia

subjacente à atualização do Manual e se trocaram impressões sobre os métodos de trabalho a

utilizar e os procedimentos que deveriam ser observados por formandos, formadores nos

tribunais e coordenadores para a otimização deste período formativo.

De igual forma, e com os mesmos fins, cada um dos coordenadores regionais realizou uma

reunião preparatória, com os mesmos objetivos, com os auditores de justiça que tinham a seu

cargo.

Todas as atividades de 2.º Ciclo decorreram como inicialmente planeado tendo os senhores

auditores de justiça tido, em regra, o seguinte tempo de permanência nos diversos tribunais de

competência especializada:

a) Na jurisdição de família e menores, um período de 4 a 6 semanas, conforme as

necessidades individuais de formação.

b) Na jurisdição laboral, 1 semana.

c) Na jurisdição cível, um período mínimo de 4 a 6 semanas conforme as necessidades

individuais de formação.

d) Na jurisdição de execução de penas, 1 semana.

e) Na jurisdição de comércio, 1 semana.

f) Na jurisdição de julgamento penal, 6 semanas.

g) Nos DIAP, o tempo remanescente, com um mínimo de 20 semanas.

Visou-se que o Auditor de Justiça tivesse contacto com as diferentes espécies de processos em

cada uma delas, por forma a aperceber-se dos aspetos essenciais da sua tramitação,

designadamente a sequência dos atos e fases processuais, a intervenção dos demais sujeitos

processuais, com especial destaque para as diferentes funções e intervenções processuais do

Ministério Público.

Para tanto, incumbiu-lhes assistir os respetivos formadores em atos de inquérito e de instrução

criminal, intervir em atos preparatórios do processo não exclusivos da função jurisdicional,

mormente os de mero expediente, o elaborar de projetos de peças processuais, quer

formalmente decisórias, quer de direção processual e expediente, o assistir às diligências

processuais, ou outras, que os formadores entendessem úteis para a formação, contactar as

entidades (e respetivos profissionais) que colaboram com o tribunal no quadro institucional e

multidisciplinar da administração da justiça e da execução das suas decisões, aproveitando para

conhecer o conteúdo das suas funções, a dinâmica da sua atividade, as condições em que a

exercem, num processo de compreensão prática do funcionamento da justiça e de exercitação

das relações interpessoais e interinstitucionais. Para além disso, estiveram ainda presentes nas

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Relatório de Atividades 2017.2018 37

reuniões de coordenação da Comarca e acompanharam os turnos agendados a cargo do

respetivo formador.

Os auditores foram ainda convidados a enviar todos os trabalhos realizados, quer se tratassem de

primeiras versões quer de reformulações, numa pasta mensal, ao coordenador regional.

Essa pasta devia conter ainda uma demonstração estatística dos trabalhos realizados nas várias

jurisdições e ainda das visitas formativas (em suporte Excel, e conforme ao modelo que consta

em anexo ao Manual do 2.º Ciclo) divididas pelas seguintes áreas: a) Penal inquérito; b) Penal

classificado; c) Execução de penas; d) Civil; e) Família e crianças; f) Trabalho; g) Comércio; h)

Totais.

Acrescia ainda uma menção das visitas formativas realizadas (independentemente da realização

do respetivo relatório) bem como a listagem ordenada e sequencial das diligências assistidas,

referenciando-se o tipo de jurisdição que esteve em causa, a natureza da diligência, a data em que

esta se realizou, o número de processo e, quando tal o justificasse, uma sintética avaliação crítica

da mesma diligência ou um pequeno relatório a propósito dela.

Os trabalhos mensais (cujo mínimo tendencial de 15 foi largamente ultrapassado) foram

apresentados com capa ou folha de rosto de modelo idêntico ao fornecido em anexo ao Manual e

dele constando o número de trabalho, a identificação do Auditor de Justiça, a data de

recebimento e de entrega do trabalho, as observações do formador, seguidas do trabalho

propriamente dito.

Atento o tempo disponível para cada uma das áreas entendeu-se dever fixar apenas objetivos

mínimos globais para a área penal os quais se traduziam em 20 acusações (em processo comum e

por crimes variados), 20 Arquivamentos (com arguido conhecido), 10 Suspensões provisórias do

processo, 5 Acusações em processo sumário, 5 Requerimentos de julgamento em processo

sumaríssimo, 5 Acusações em processo abreviado, 10 Requerimentos ao Juiz de Instrução, 5

Motivações (ou respostas) de recurso e ainda 25 Promoções em processo classificado, fase pós-

condenatória (e.g. revogação de pena declarada suspensa na execução, necessidade de cúmulo

jurídico, das quais 5 relativas a liquidação de pena).

Objetivos que todos os Auditores que obtiveram aprovação em 2.º Ciclo (na medida em que, no

decurso do curso se verificou uma desistência) largamente ultrapassaram.

O 2.º Ciclo compreendeu ainda estágios de curta duração junto de entidades e instituições não

judiciárias, com atividade relevante para o exercício da magistratura do Ministério Público ou

ações formativas de carácter prático organizadas em parceria com tais entidades ou instituições,

que decorreram nos respetivos serviços, designadamente nos diversos órgãos de polícia criminal.

Foi ainda solicitada a elaboração de um trabalho a ser executado em grupo e que obedeceu a

regras específicas quanto ao seu conteúdo e extensão, comunicadas em tempo oportuno pela

Direção de estágios, e que tiveram a sua apresentação e discussão, na presença de todos os

auditores, no mês de maio, no decurso de uma semana temática realizada na sede do Centro de

Estudos Judiciários.

Na avaliação global final, realizada em junho de, foram ponderados os resultados das reuniões

intercalares de avaliação realizadas em fevereiro e junho em Portimão, Lisboa, Porto e Coimbra,

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Relatório de Atividades 2017.2018 38

sob a orientação do Diretor-adjunto, nos termos do artigo 52.º, n.º 4, da Lei n.º 2/2008, as

informações prestadas em relatório escrito pelos magistrados formadores, a apreciação individual

que os Coordenador regionais fizeram da prestação dos auditores objetivada, quer nos seus

trabalhos escritos, quer nos contactos diretos que com eles estabeleceram e constante do

relatório individual que ambos elaboraram relativamente a cada Auditor e que foram submetidos

à apreciação do conjunto de coordenadores e do Diretor-adjunto.

Com base em tais elementos foi elaborado pelo Diretor-adjunto o projeto de classificação e

graduação final dos auditores de justiça, com proposta de aprovação de todos eles, que foi

submetido ao Diretor do CEJ.

Esse projeto foi aprovado, sem alterações, na reunião do Conselho Pedagógico do Centro de

Estudos Judiciários em julho de 2018.

Na mesma reunião o mesmo Conselho deu parecer aos Planos Individuais de Estágio

relativamente a cada Auditor, elaborados pelos coordenadores regionais e que viriam a ser

subsequentemente aprovados pelo Conselho Superior do Ministério Público.

2.3. Estágios

2.3.1. Magistratura Judicial

Como se viu, neste período em causa, o CEJ apenas desenvolveu atividade formativa de estágio

de novos juízes para os tribunais os tribunais administrativos e fiscais, a qual permitiu reforçar os

quadros da magistratura em 41 novos juízes para os ditos tribunais.

As atividades decorreram sob a orientação direta dos respetivos magistrados formadores, sob a

supervisão global do Diretor-Adjunto coadjuvado pelos seus dois coordenadores regionais.

Embora nesta fase os estagiários já exerçam competências processuais próprias, fazem-no ainda

com a assistência de formadores e sob um regime de observação partilhado entre o CEJ e o

Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF), numa lógica de

aprofundamento das suas competências e capacidades tendo em vista um adequado

desempenho profissional futuro.

Tal como previsto, o estágio foi desenvolvido e continua a ser executado de acordo com os

Planos Individuais de Estágio (PIE) elaborados pelo Centro de Estudos Judiciários, numa

articulação entre Diretor, Diretor-Adjunto e respetivos coordenadores distritais, os quais

mereceram oportunamente o parecer favorável do Conselho Pedagógico e a sua homologação

por parte do CSTAF.

Os 41 juízes estagiários terminam o seu estágio de ingresso no dia 31 de dezembro de 2018, por

força do artigo 6.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro.

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Relatório de Atividades 2017.2018 39

3. Formação Contínua

3.1. Breve nota introdutória

O presente documento pretende fazer uma súmula da execução do Plano de Formação Contínua

de 2017-2018, aprovado em reunião do Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, em 12 de

julho de 2017.

O Plano em apreço teve início a 27 de outubro de 2017, com a primeira sessão do Colóquio sobre

“Arte e Justiça”, e terá a sua conclusão a 19 de setembro de 2018, com o workshop sobre

“Cooperação Judiciária Civil”.

3.2. Ações de formação contínua previstas e

realizadas, por tipologia

O Plano de Formação Contínua 2017-2018 ampliou o modelo implementado no ano transato, em

termos de tipologias e formatos de formação, com o propósito de aumentar a motivação e a

participação de todos os intervenientes.

Este Plano de Formação previa a realização de um total de 90 ações de formação, divididas em 5

tipologias, tendo sido realizadas 86, como indicado no quadro da página seguinte.

Para além das ações de formação contínua previstas, tipificadas e calendarizadas, o CEJ levou

ainda a efeito dois workshops (incluídos no quadro acima) subordinados ao tema da “Cooperação

Judiciária Civil”.

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Relatório de Atividades 2017.2018 40

Tipologia Total de ações de formação

previstas Total de ações de formação

realizadas

Tipo A Colóquios de 1 dia 39 37

Tipo B Seminários de 2 dias 12 11

Tipo C Cursos de

Especialização, de 3 e 4 dias

6 6

Tipo D Workshops de 1 dia 27 26

Tipo E Cursos online 4 4

Outras ações de formação

Iniciativas várias 0 0

Extra Plano Seminário e workshops 2 2

Total 90 86

Das ações de formação previstas apenas não se realizaram:

Colóquios:

A2 “Ética e deontologia”

A6 “Comunicar a Justiça - Confiança na Justiça”

Seminário

B10 Curso intensivo para magistrados do Ministério Público em Direito

Administrativo e Direito Fiscal

Workshop

D7 Direito a Férias

3.3. Ações de formação contínua realizadas, por

jurisdição e tipologia

O total de ações de formação realizadas foi de 86, distribuídas pelas seguintes jurisdições e

tipologias:

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Relatório de Atividades 2017.2018 41

Tipologia

JURISDIÇÃO

Total Tribunais Administrativos

e Fiscais

Tribunais Judiciais Outras

Ações de Formação

Penal e Processual

Penal

Civil e Processual

Civil

Família e Crianças

Trabalho e Empresa

A 6 6 4 4 6 11 37

B 2 2 2 2 2 1 11

C 2 1 1 1 1 0 6

D 2 9 10 2 1 4 28*

E 1 1 0 0 1 1 4

Total 13 19 17 9 11 17 86

* Dois workshops extra plano

3.4. Inscrições e presenças – juízes e

magistrados do Ministério Público

As inscrições de juízes e magistrados do Ministério Público nas diversas ações de formação

contínua promovidas pelo CEJ decorreram junto dos Conselhos Superiores. A maioria das ações

de formação realizadas teve também a participação de Advogados e de outros profissionais da

área forense que se inscreveram junto do CEJ utilizando a ficha de inscrição disponibilizada para o

efeito aquando da divulgação do programa.

As ações de formação contínua das previstas no Plano de Formação tiveram um total de 9730

inscrições (4688 inscrições de juízes de jurisdição comum, 748 juízes da área administrativa e

fiscal e 3844 inscrições de magistrados do Ministério Público).

A participação efetiva resultou num total de 6251 magistrados. Para além destes participantes, e

como foi referido anteriormente, as ações de formação tiveram também a procura de advogados

e outros profissionais – 450 presenças. De entre os diversos profissionais que frequentaram as

ações de formação promovidas pelo CEJ, há também a registar a participação de técnicos da

Procuradoria-Geral da República, do Núcleo de Assessoria Técnica da PGR, de técnicos da

Autoridade Tributária e de inspetores da Polícia Judiciária.

Nos totais indicados estão incluídas todas as inscrições e presenças nas ações de formação, muito

embora não viessem calendarizadas e/ou previstas no Plano de Formação.

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Relatório de Atividades 2017.2018 42

O Quadro abaixo reflete o total cronológico de inscritos e presentes em cada tipologia de ação de

formação contínua realizada ao longo do Plano de Formação 2017-2018, ordenado de forma

cronológica.

Estatísticas_Total_Inscrições_Presenças Ano de 2017 - 2018

Código da ação Ação Total

inscri-ções

Presen-ças

Ausên-cias

MJ inscri-ções

MP

inscri-ções

TAF Inscri-ções

OUTRO Inscri-ções

A1_2017/2018 Julgar sob perspetiva de

género - entre a igualdade e a constitucionalidade

179 132 47 123 46 0 5

A10_2017/2018 A reforma do processo de

trabalho 119 96 23 79 36 0 2

A11_2017/2018 Humor, direito e liberdade

de expressão 361 293 68 204 150 7 0

A12_2017/2018

O fenómeno "alienação parental" - mito(s) e

realidade(s) 236 178 58 149 81 0 3

A13_2017/2018 Direitos das pessoas com

deficiência 109 83 26 67 41 1 0

A14_2017/2018 Intervenção tutelar

educativa 200 126 64 107 79 0 2

A15_2017/2018 As novas contraordenações

administrativas 87 56 31 15 24 48 0

A16_2017/2018 Perda ampliada de bens e

recuperação de ativos 384 225 159 135 249 0 0

A17_2017/2018 Propriedade intelectual e

industrial 143 95 48 105 37 1 0

A19_2017/2018 Imagem e voz 132 69 63 81 45 6 0

A2_2017/2018 (Adiada)

Ética e deontologia 99 0 0 68 31 0 0

A20__2017/2018 Arte e justiça 45 32 13 23 20 2 0

A20_3_2017/2018 Arte e justiça 47 28 19 29 16 2 0

A20_4_2017/2018 Arte e justiça 49 27 22 36 13 0 0

A21_2017/2018 Psicologia judiciária (Penal) 420 317 103 225 186 0 9

A22_2017/2018 Psicologia judiciária

(família) 159 109 50 90 69 0 0

A23_2017/2018 Direito europeu do trabalho

(TEDH/TJUE) 65 40 25 54 11 0 0

A24_2017/2018 Justiça e poesia – entre a

emoção e a razão 87 69 15 63 20 1 1

A25_2017/2018 Regimes especiais do contrato de trabalho

101 68 41 70 37 0 1

A26_2017/2018 Ausências ao trabalho 87 61 26 63 22 0 1

A27_2017/2018 A indemnização por

sacrifício 138 74 64 88 15 33 1

A28_2017/2018 Contencioso dos planos

urbanísticos 58 36 22 5 18 35 0

A29_2017/2018 Cooperação judiciária penal 414 303 111 218 196 0 0

A3_2017/2018 Tráfico de seres humanos 200 156 44 80 114 0 3

A30_2017/2018 O TJUE e a Carta dos

direitos fundamentais da União Europeia

182 120 62 145 22 13 1

A31_2017/2018 Impugnação direta, indireta

ou incidental e omissões regulamentares

48 27 21 7 8 33 0

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 43

A32_2017/2018 Proteção ambiental e licenciamento único

ambiental 27 17 10 6 14 7 0

A33_2017/2018 Direito de informação

administrativa e proteção de dados

55 43 12 17 10 26 1

A34_2017/2018 Direito fiscal internacional e europeu e jurisprudência do

TJUE 59 40 19 6 18 35 0

A35_2017/2018 Insolvência e processo

tributário 201 143 67 74 59 68 0

A36_2017/2018 Tributação indireta (IVA e

IEC) 77 49 28 4 20 53 0

A4_2017/2018 Transporte de passageiros

e mercadorias 197 142 65 179 18 0 0

A5_2017/2018 Violência doméstica e de

género e mutilação genital feminina

217 174 63 92 117 2 3

A6_2017/2018 (Adiada)

Comunicar a justiça - confiança na justiça

160 0 0 123 35 2 0

A7_2017/2018 O direito dos animais 349 188 161 187 152 2 4

A8_2017/2018 Amor e direito – reflexos

jurídicos e judiciários 159 106 53 97 56 4 1

A9_2017/2018 Direito probatório,

substantivo e processual penal

630 525 105 270 266 2 46

B1__2017/2018 Contratação pública 200 176 24 10 30 68 92

B10_2017/2018 (Adiada)

Curso intensivo para magistrados do ministério

público em direito administrativo e direito

fiscal

15 0 0 0 15 0 0

B2_2017/2018 Prevenir ou promover - uma solução para cada criança

106 74 32 67 38 0 1

B3_2017/2018 Execução fiscal 134 119 16 11 25 44 54

B4_2017/2018 Direito do urbanismo 103 46 57 25 29 40 9

B5_2017/2018 Direito societário e

comercial 282 200 82 249 11 6 12

B6_2017/2018 Conferência com a OIT 30 22 8 18 6 0 6

B7_A_2017/2018 Curso breve de inglês

jurídico 38 31 7 16 10 0 12

B7_B_2017/2018 Curso breve de inglês

jurídico – Porto 19 13 6 17 2 0 0

B9_2017/2018

Boas práticas na aplicação dos regulamentos europeus

sobre direito da família e sucessões

90 55 35 75 15 0 0

C1_2017/2018 Temas de direito civil e

processual civil 321 224 97 257 38 12 14

C2_2017/2018 Temas de direito penal e

processual penal 502 41 85 205 216 0 81

C3_2017/2018

Temas de direito administrativo

82 48 34 9 5 53 15

C4_2017/2018 Temas de direito do

trabalho e de processo do trabalho

113 88 25 63 33 0 17

C5_2017/2018 Temas de direito tributário 123 103 20 14 20 54 35

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 44

C6_2017/2018 Temas de direito da família

e das crianças 181 129 52 97 60 2 11

D1.A_2017/2018 Violência doméstica 13 9 4 7 6 0 0

D1.B_2017/2018 Violência doméstica 25 20 5 15 10 0 0

D1.C_2017/2018 Violência doméstica 31 19 12 15 14 0 1

D10_2017/2018 Ferramentas de gestão (Citius, bases de dados,

Word, Excel) 43 23 20 22 20 1 0

D11_2017/2018 Cibercrime / prova digital 42 29 13 22 20 0 0

D12_2017/2018 Regime geral do processo

tutelar cível 43 26 17 21 20 0 1

D2_2017/2018 Direito internacional da

família 41 26 15 20 21 0 0

D3.A_2017/2018 Concurso de crimes e

cúmulo jurídico de penas 51 42 9 22 20 1 4

D3.B_2017/2018 Concurso de crimes e

cúmulo jurídico de penas 20 9 11 17 3 0 0

D4.A_2017/2018 Contraordenações nos

tribunais administrativos 29 16 13 3 1 25 0

D4.B_2017/2018 Contraordenações nos

tribunais administrativos 31 18 13 4 3 24 0

D5.A_2017/2018 Gestão do stress 26 12 14 15 10 1 0

D5.B_2017/2018 Gestão do stress 8 5 3 5 3 0 0

D5.C_2017/2018 Gestão do stress 12 8 4 10 2 0 0

D5.D_2017/2018 Gestão do stress 11 6 5 10 1 0 0

D6.A_2017/2018 Negligência médica -

aspetos penais 20 15 5 6 13 1 0

D6.B_2017/2018 Negligência médica -

aspetos penais 30 21 9 15 15 0 0

D7_2017/2018 (Adiada)

Direito a férias 14 0 0 10 4 0 0

D8_2017/2018 Objeto da prestação de trabalho e mobilidade

funcional 10 7 3 9 1 0 0

D9._2017/2018 Cooperação judiciária civil 26 17 9 23 3 0 0

D9.B_2017/2018 Cooperação judiciária civil 25 13 12 23 2 0 0

D9.C_2017/2018 Cooperação judiciária civil 19 13 6 19 0 0 0

D9.D_2017/2018 Cooperação judiciária civil 14 12 2 14 0 0 0

D9.E_2017/2018 Cooperação judiciária civil 10 10 0 9 1 0 0

D9.F_2017/2018 Cooperação judiciária civil 12 5 7 10 2 0 0

E1_2017/2018 Recuperação de ativos 29 18 11 15 14 0 0

E2_2017/2018 Inglês jurídico b-learning 26 21 5 22 0 2 1

E3_2017/2018 Curso breve de direito e Contencioso aduaneiro

13 7 6 3 4 6 0

E4_2017/2018

Direitos laborais como direitos fundamentais (com o Conselho da Europa) em regime de e-learning com

sessão presencial obrigatória a 26 de janeiro

14 8 6 9 5 0 0

Totais 9730 6251 3479 4688 3844 748 450

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Relatório de Atividades 2017.2018 45

3.5. Locais de realização das ações de

formação contínua

Em virtude de o CEJ ter a sua sede domiciliada em Lisboa, as ações de formação contínua foram

maioritariamente realizadas na cidade de Lisboa.

Contudo, apreciados os resultados decorrentes da experiência de anos anteriores, e com a

concordância dos Conselhos Superiores e a contento de um número cada vez maior de

interessados nas ações de formação contínua promovidas pelo CEJ, manteve-se a prioridade de

descentralizar os locais de realização e receção de muitas dessas ações de formação, abrangendo

todas as tipologias.

Para esse efeito, aumentou-se o número de ações de formação contínua realizadas pelo CEJ (ver

quadro supra) e apostou-se na melhoria da qualidade da transmissão pelos vários media

utilizados: videoconferência e Canal CEJ (meios próprios) e “Justiça TV”. Em resultado desse

esforço, o número de participantes pôde crescer, por comparação aos últimos anos.

Também com o apoio dos Conselhos Superiores, procurou-se que os juízes e magistrados do

Ministério Público assistissem às ações de formação nos tribunais onde exerciam funções ou,

quando tal não era possível, nos tribunais mais próximos, o que resultou numa redução de custos

e recursos envolvidos, tanto a nível económico-financeiro como nas respetivas agendas.

Os Colóquios (tipo A) realizados – 37 –, com exceção da “Arte e Justiça”, foram transmitidos à

distância.

Os Seminários (tipo B) realizados – 11 – foram também transmitidos a distância, com exceção do

curso “Boas Práticas na Aplicação dos Regulamentos Europeus sobre Direito da Família e

Sucessões” e dos Cursos de Inglês Jurídico.

Todos os Cursos de Especialização Tipo C – 6 – foram transmitidos à distância.

Os 28 workshops (tipo D) foram realizados nas seguintes localidades: Aveiro; Braga/ Guimarães;

Coimbra; Évora; Faro; Funchal; Leiria; Lisboa; Ponta Delgada; Porto; Setúbal; Vila Real; Viseu.

Os locais escolhidos para a receção da transmissão de cada ação de formação foram, na maioria,

tribunais judiciais. Todavia, manteve-se a aposta na transmissão de algumas ações de formação

específicas para tribunais das respetivas jurisdições.

Importa, ainda assim, reafirmar a delegação do CEJ no Porto, pelas condições que reúne, como

um ativo centro de formação no norte do País (numa das ações – “Amor e Direito” – parte da

formação decorreu a partir do Porto sendo a restante a partir de Lisboa).

Foi possível disponibilizar espaço físico para realização das ações de formação nas seguintes

cidades:

Lisboa, Porto, Setúbal, Évora, Braga, Aveiro, Faro, Guimarães, Funchal, Viseu, Vila Real, Ponta

Delgada, Leiria, Coimbra.

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Relatório de Atividades 2017.2018 46

Quanto aos locais de transmissão, foi igualmente possível dilatar os locais de visionamento

presencial, a partir de:

Beja, Bragança, Guarda, Seia, Leiria, Portalegre, Viana do Castelo, Loulé, Penafiel, Castelo Branco,

Vila Nova de Gaia, Mirandela, Évora, Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Ribeira Grande, Vila

Franca do Campo, São Roque do Pico e Chaves.

Comprova-se o Canal CEJ como o melhor meio de transmissão das ações de formação contínua,

tendo sido testada com êxito a utilização de uma segunda câmara de gravação, facto que permite

perspetivar um maior aproveitamento dos recursos existentes e pensar-se num alargamento das

ações a transmitir.

Quanto à transmissão por videoconferência, continuaram a subsistir falhas pontuais, com origem

em constrangimentos na rede do Ministério da Justiça. Tentando obviar esses condicionalismos, o

IGFEJ passou a disponibilizar um técnico de apoio junto dos locais (tribunais) de receção.

Relativamente à transmissão por streaming, expandida o ano passado, estão em uso 8 pens 4G,

que têm permitido uma melhoria na qualidade da receção, nos locais em que estão colocadas.

Com respeito às transmissões pela “Justiça TV”, verificaram-se algumas dificuldades no início do

ano letivo que, entretanto, foram sendo debeladas e aperfeiçoadas com a aquisição, por parte

dos próprios, de novos dispositivos de emissão/receção.

3.6. Publicação de livros digitais - e-books

Foram concebidos e publicados, entre setembro de 2017 e julho de 2018, os seguintes e-books:

Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial

FORMAÇÃO INICIAL

Designação do e-book Mês/Ano

Direito de Associação – o controlo da legalidade 4/18

FORMAÇÃO CONTÍNUA

Designação do e-book Mês/Ano

Direito Registal 10/17

Direitos das Pessoas com Deficiência – 2016 11/17

Direito dos Contratos 11/17

Direitos das Pessoas com Deficiência – 2017 12/17

Direito das Garantias 5/15

A tutela geral e especial da personalidade humana 4/17

Direito do Consumo 2015-2017

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CADERNO ESPECIAL

Designação do e-book Mês/Ano

Trabalhos Temáticos de Direito Civil e Processo Civil - Cabo Verde

9/17-1/18

Total (Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial) 9

Jurisdição da Família e das Crianças

FORMAÇÃO CONTÍNUA

Designação do e-book Mês/Ano

Psicologia Judiciária 6/18

O Fenómeno "Alienação Parental" - Mito(s) e Realidade(s)

7/18

Parentalidade e Género 7/18

A Internet e as crianças – riscos e potencialidades 7/18

Total (Jurisdição da Família e das Crianças) 4

Jurisdição Penal e Processual Penal

FORMAÇÃO CONTÍNUA

Designação do e-book Mês/Ano

Crime de Incêndio Florestal 4/18

O domínio do imaterial: prova digital, cibercrime e a tutela penal de direitos intelectuais

5/18

Psicologia Judiciária 6/18

Urbanismo: vertente penal e contraordenacional – 2014 7/18

Cibercriminalidade e Prova Digital 7/18

Direito da União Europeia - Garantias Processuais 7/18

FORMAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO

Designação do e-book Mês/Ano

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo I

10/17

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo II

10/17

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo III

10/17

Total (Jurisdição Penal e Processual Penal) 9

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Relatório de Atividades 2017.2018 48

Jurisdição do Trabalho e da Empresa

FORMAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO

Designação do e-book Mês/Ano

O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração

12/18

CADERNO ESPECIAL

Designação do e-book Mês/Ano

Direito das Relações Laborais na Administração Pública 6/18

Total (Jurisdição do Trabalho e da Empresa) 2

Jurisdição Administrativa e Fiscal

FORMAÇÃO INICIAL

Designação do e-book Mês/Ano

Contencioso da Nacionalidade – 2.ª edição 11/17

O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração

12/17

FORMAÇÃO CONTÍNUA

Designação do e-book Mês/Ano

Temas de Direito Tributário 2017 - Procedimento Tributário e Custas Processuais

10/17

Temas de Direito Tributário 2017 - Insolvência, Taxas, Jurisprudência do TEDH e do TJ

11/17

Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal 1/18

Responsabilidade civil dos poderes públicos 4/18

Contratação Pública 4/18

A prova no processo tributário - 2017 5/18

A Responsabilidade Civil Médica (decorrente de actos médicos praticados em hospitais públicos)

6/18

Temas de Direito Tributário 2017 - IVA e Tributação do Rendimento

6/18

Direito do Urbanismo - 2014-2017 7/18

CADERNO ESPECIAL

Designação do e-book Mês/Ano

Direito das Relações Laborais na Administração Pública duplicado

6/18

Total (Jurisdição Administrativo e Fiscal) 12

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Relatório de Atividades 2017.2018 49

Outras

FORMAÇÃO CONTÍNUA

Designação do e-book Mês/Ano

Humor, Direito e Liberdade de Expressão - 2017 5/18

Julgar sob Perspetiva de Género - Entre a Igualdade e a Constitucionalidade

7/18

Referências bibliográficas - Manual das normas portuguesas NP 405

FORMAÇÃO THEMIS

Designação do e-book Mês/Ano

Trabalhos Themis 2018 - 33.º Curso de Formação de Magistrados

7/18

CADERNO MEMÓRIA

Designação do e-book Mês/Ano

Cadernos Associação Cultural C.E.J. Fac simile do N.º 2 – Edição de 1986

CADERNO ESPECIAL

Designação do e-book Mês/Ano

Juízes e Ministério Público: Os Estatutos nos países de língua portuguesa

11/17

CADERNO ESTUDOS SOCIOGRÁFICOS

Designação do e-book Mês/Ano

“Quem São Os Futuros Magistrados – Caracterização Sociográfica dos Auditores de Justiça do 33.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (2017-2019)

2/18

Total (Outros) 7

3.7. Outras atividades

O Departamento da Formação desenvolveu outras iniciativas, nomeadamente:

- Newsletter TJUE/CEJ;

- Newsletter TEDH/CEJ;

- Boletim bibliográfico de novidades de publicações;

- Catálogo de publicações do CEJ;

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- Programas das ações de formação por ano letivo;

- Relatório de execução e plano de atividades;

- Elaboração do cartaz de Homenagem ao Conselheiro Carlos Lopes do Rego;

- Magistratura do Ministério Público – Guia de Procedimentos – 2.º Ciclo;

- 33.º Curso – 2.º Ciclo de Formação – Magistratura Judicial ‒ Organização Segundo o

Plano de Atividades;

- Layout para sorteio do curso normal.

O Departamento da Formação foi igualmente chamado a colaborar noutras atividades,

designadamente:

- Layout da Revista da DGRSP “Sombras e Luzes”;

- Plano de Estudo – Manuais orientadores do 2.º ciclo;

- V Curso Breve em Direito dos Estrangeiros: O Contencioso de Asilo, Imigração e

Nacionalidade;

- Formação "Processo Civil adaptado ao Processo de Inventário" - Instituto dos Notários

de Portugal.

3.8. Formação contínua - em síntese

As ações de formação contínua e respetivas matérias levadas a cabo foram distribuídas da

seguinte forma pelas diferentes jurisdições:

10.

Matéria Nº de ações de

formação

Jurisdição

Cível 17

Penal 19

Família 9

Trabalho 11

Administrativo e Fiscal 13

Genéricas 17

Total 86

No decurso do ano letivo 2017-2018, o CEJ empenhou-se na prossecução do aproveitamento dos

meios de formação a distância, de modo a facilitar a autoformação e a conjugação entre a vida

particular e as necessidades de formação.

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Relatório de Atividades 2017.2018 51

A adesão a esta metodologia tem vindo a aumentar paulatinamente, consubstanciada no

incremento do número de utilizadores/formandos do universo a que a formação se dirige e que se

reflete no aumento quer das ações de formação quer das temáticas.

O modelo de formação adotado foi baseado quer em dossiers de formação prévios a cada ação de

formação (com jurisprudência, legislação e outros elementos documentais relevantes), quer

numa escolha criteriosa e variada de formadores, tendo-se mantido a preocupação em trazer ao

CEJ magistrados dos tribunais superiores e em associar académicos e profissionais na sua área de

reconhecido mérito.

A página web do CEJ, e, subjacentemente, a Plataforma Moodle, foi utilizada como repositório

científico dos textos, apresentações e outros documentos relativos a cada uma das ações de

formação, o que possibilitou uma maior abertura da formação ministrada pelo CEJ à comunidade

jurídica, para além de serem disponibilizados todas as intervenções em vídeo dos oradores que

autorizaram.

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Relatório de Atividades 2017.2018 53

4. Departamento de

Relações Internacionais

4.1. Introdução

As competências funcionais do Departamento de Relações Internacionais (DRI) do Centro de

Estudos Judiciários tal como estão enunciadas no artigo 4.º dos Estatutos do CEJ, aprovados pela

Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto, constituem a base legal daqueles que são os objetivos

estratégicos do Departamento, a saber:

Dinamizar em todas as suas vertentes a intervenção internacional do Centro de Estudos

Judiciários, contribuindo ativamente para a afirmação e reforço do prestígio do CEJ, enquanto

instituição de formação judiciária de qualidade reconhecida;

Potenciar os recursos humanos disponíveis, incrementando a participação de magistrados

nacionais em ações de formação de âmbito internacional, dentro e fora do país, e a participação

de magistrados estrangeiros em ações de formação realizadas em Portugal;

Contribuir decisivamente, na área da formação de magistrados e de outros profissionais da

Justiça, para o reforço das relações de cooperação e de amizade que unem Portugal a terceiros

países, em particular àqueles a que nos ligam especiais laços históricos e culturais.

Em linhas gerais, pode afirmar-se que a intervenção do DRI ocorre sempre que uma atividade

formativa ou um compromisso institucional do CEJ de alguma maneira assumem contornos

internacionais, de forma bilateral ou multilateral, quer as mesmas tenham por destinatários

diretos magistrados portugueses, quer se traduzam em ações de cooperação com congéneres

estrangeiras ou com delegações que nos visitam.

Norteado por aqueles objetivos estratégicos, e tendo sempre em conta os

custos orçamentais que as mesmas poderiam envolver, o Departamento desenvolveu durante

o ano letivo de 2017/2018 as atividades programadas para as diversas áreas em que ocorre a sua

intervenção, e que em síntese poderão referenciar-se a quatro domínios fundamentais: a

participação na Rede Europeia de Formação Judiciária (EJTN), a cooperação com países de língua

oficial portuguesa, o relacionamento bilateral estabelecido com instituições de formação

estrangeiras congéneres do CEJ e a cooperação com outras entidades vocacionadas direta ou

indiretamente para a formação, como a Academia de Direito Europeu (ERA).

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Relatório de Atividades 2017.2018 54

Com o presente relatório visa-se assim constituir a memória descritiva das diversas atividades

que, no âmbito das suas relações internacionais, o CEJ veio a desenvolver durante o referido ano

letivo, abrangendo consequentemente o período compreendido entre 1 de setembro de 2017 e 31

de julho de 2018. Nele importa destacar, como tópicos nucleares, aquelas quatro grandes áreas de

intervenção, fazendo ainda uma breve referência inicial à estrutura e organização interna do

Departamento.

4.2. Estrutura e organização interna

Funcionando o DRI na dependência direta do Diretor do CEJ, o respetivo quadro formal foi

composto entre 2012 e 2015 por um/a Coordenador/a e por uma Técnica Superior, que

asseguravam a planificação das atividades e a execução das diversas competências legais que ao

Departamento estão cometidas. Porém, considerando o aumento exponencial de trabalho a

cargo do DRI, nomeadamente no que toca à formação a assegurar aos PALOPs e as múltiplas

solicitações que lhe eram (e são) continuamente endereçadas por outras entidades, v.g. a REFJ,

exigindo a disponibilidade permanente e simultânea de várias pessoas, no CEJ e/ou no

estrangeiro, houve necessidade de aumentar o número de colaboradores do DRI, de forma a

poder continuar a assegurar a imagem de prestígio internacional que é apanágio do CEJ.

Nesse sentido, desde 27 de outubro de 2015 que o DRI passou a contar com a colaboração ativa

do Dr. Diogo Alarcão Ravara, juiz docente na área de direito do trabalho e com a Dra. Maria

Perquilhas, juíza docente na área de família e crianças, na qualidade de ‘responsáveis de projeto’.

O DRI continua igualmente a contar, desde 2016, com a técnica superior Dra. Ana Inácio, que

constitui equipa com a Dra. Cristina Messias.

Para além disso, e sempre que a especificidade do tema ou a sobreposição de agendas o exige, é

ainda solicitada a colaboração de outros docentes e/ou técnicos superiores, considerando a sua

especialização na matéria em causa e as respetivas capacidades linguísticas. A título de exemplo,

refira-se o Juiz-Desembargador Carlos de Melo Marinho, que participou já numa reunião do sub

grupo de Civil da REFJ e colaborou ativamente em diversas atividades desta rede (seminários e

programa Aiakos). Também a Dra. Margarida Valada, docente de inglês jurídico, tem participado

ativamente nas reuniões do subgrupo de Linguística, da REFJ, e o Dr. Fernando Silva, do Gabinete

de Estudos Jurídicos do CEJ, na componente pedagógica do projeto PACED (formação de

formadores).

4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária

No quadro da Rede Europeia de Formação Judiciária (REFJ), organização que congrega as

diversas instituições de formação judiciária de todos os Estados-membros da União Europeia, e

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Relatório de Atividades 2017.2018 55

que conta ainda com a Academia de Direito Europeu de Trier (ERA) entre os seus membros

efetivos, a participação de CEJ desdobrou-se em três vertentes essenciais: a) na estrutura

organizativa da Rede; b) nas ações de formação promovidas pela REFJ e pelos seus membros; c)

nos programas de intercâmbio para magistrados.

Para além de tais aspetos, importa referir que o CEJ desempenha ainda um papel ativo na difusão

de todas as atividades formativas promovidas no âmbito da REFJ em que foi admitida a

participação de juízes e procuradores nacionais, designadamente veiculando as mesmas junto das

magistraturas através do CSM, PGR e CSTAF, e solicitando às mesmas entidades a centralização e

a graduação das candidaturas apresentadas.

4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ

Em reunião da Assembleia Geral, em Amesterdão, decorrida em junho de 2016, o CEJ foi

novamente eleito para integrar o ‘Steering Committee’ no período 2017-2019.

Para o mesmo período, foi igualmente eleito para integrar os Grupos ‘Programas’, ‘Programa de

Intercâmbios’ e ‘Metodologias’. No âmbito do Grupo ‘Programas’, que se subdivide em subgrupos

que trabalham as diferentes áreas formativas, o CEJ está ainda representado nos subgrupos

‘Civil’, ‘Justiça Criminal’, ‘Direitos Humanos’ e ‘Linguística’.

Desde então e no período em causa, o CEJ fez-se representar e participou ativamente em todas as

reuniões ordinárias dos diferentes órgãos estatutários e grupos de trabalho da REFJ de que faz

parte.

Salientam-se as reuniões do Grupo ‘Programas’ e do ‘Steering Committee’, em que o CEJ foi

anfitrião e que decorreram nos dias 20, 21 e 22 de novembro 2017.

4.3.2. Grupos ‘Programas’; Subgrupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal,

‘Direitos Humanos’ e ‘Linguística’

Da participação nas atividades formativas inseridas no âmbito do Grupo ‘Programas’ salientam-se

de seguida as que tiveram lugar no CEJ.

No âmbito do subgrupo Justiça Criminal, destaca-se a realização em Lisboa do seminário europeu

sobre Cybercrime, problems of jurisdiction and international cooperation in criminal matters, nos

dias 5 e 6 de março de 2018, coordenado pelo Juiz de Direito e Docente do CEJ Dr. Alexandre

Oliveira e com a intervenção de dois conferencistas nacionais, e a presença de 40 magistrados

oriundos de diferentes Estados--Membros.

No quadro das atividades do subgrupo Linguística, há a referir a realização do seminário

Vocabulary on Human Rights EU Law, que teve lugar no CEJ na semana de 02 a 06 de Julho 2018 e

que contou com a presença de 52 magistrados oriundos de diferentes Estados--Membros.

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Relatório de Atividades 2017.2018 56

4.3.3. Concurso Themis

O concurso Themis, também promovido pela REFJ, traduz-se numa competição envolvendo

equipas provenientes de instituições de formação europeias, compostas por três auditores de

justiça com não mais de dois anos de percurso formativo, a quem incumbe a redação prévia de

um trabalho que deverá incidir sobre um assunto à sua escolha inserido num dos quatro grandes

temas propostos (Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, Cooperação Judiciária

Internacional em Matéria Civil, Interpretação e Aplicação dos artigos 5.º e 6.º da Convenção

Europeia dos Direitos do Homem, e Ética e Deontologia). Cada uma dessas áreas temáticas

constitui o objeto das quatro meias-finais do concurso, sendo aí apresentada oralmente pelas

equipas concorrentes e depois discutida com os membros do Júri.

Na 14.ª Edição do Themis, o CEJ participou nas seguintes meias-finais, com equipas constituídas

por auditores de justiça do 33.º Curso Normal:

▪ Meia-final B: Vilnius, 07-10 maio 2018, duas equipas, com trabalhos sobre ‘Emotional

Parenthood And its possible legal consequences’ e “Fixing” the body, endangering the

soul? Challenges of intersex children under the fundamental rights’’. Uma destas equipas

logrou a qualificação para a Grande Final THEMIS a decorrer em Paris, de 28 a 31 de

outubro 2018;

▪ Meia-final C: Salónica, 04-07 junho 2018, uma equipa com um trabalho sobre o tema

Technology and new means of Communication in European Civil Procedure – regulations

(EC)1393/2007 and (EC) 1206/2001;

▪ Meia-final D: Budapeste, 03-06 julho 2018, duas equipas com trabalhos sobre The

independence of the judiciary in the democratic balance of the 21st century e Rebuilding the

bridge between the judicial system and the Community.

Esta 14.ª Edição do Themis contou com um total de 41 equipas nas 4 meias-finais.

4.3.4. Catálogo Plus

No Catálogo Plus da REFJ inserem-se todas as atividades de formação interna que as diversas

instituições componentes da Rede decidiram abrir à participação de magistrados judiciais e do

Ministério Público dos restantes países-membros.

O DRI, por regra, introduz neste Catálogo todas as atividades constantes do seu programa de

formação contínua que se vislumbrem de interesse na perspetiva do magistrado estrangeiro,

excluindo por isso todas aquelas em que a componente é de exclusivo reporte à aplicação da lei

nacional.

Desde 2011, no denominado ‘Catálogo Plus’, a REFJ passou a financiar também a interpretação

simultânea e a participação de dez magistrados estrangeiros em tais atividades formativas (ao

invés do que sucede com as ações do Catálogo Geral, cujas despesas de deslocação são

exclusivamente suportadas pelos próprios), desde que os respetivos países de origem incluam

também ações de formação abertas à participação de estrangeiros e que como tal sejam

admitidas pela Rede, designadamente tendo em conta a relevância da temática a abordar.

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Relatório de Atividades 2017.2018 57

Nessa medida, o CEJ propôs e logrou ver incluídas no ‘Catálogo Plus’ de 2017/2018 três ações de

formação contínua.

A primeira decorreu nos dias 21 e 22 de setembro de 2017, sobre o tema Conference with ILO; a

segunda teve lugar já em 2018, nos dias 8 e 9 de março sobre o tema Preventing or Promoting – a

solution for each child e a terceira, também em 2018, nos dias 3 e 4 de maio novamente sobre o

tema Conference with ILO.

Em cada uma destas ações de formação estiveram presentes 10 magistrados estrangeiros, assim

garantindo a participação de outros tantos magistrados portugueses em iniciativas formativas

semelhantes promovidas por congéneres nossas que tiveram lugar ao longo do ano.

4.3.5. Grupo Programa de intercâmbios

(Exchange Programme)

O Programa de Intercâmbios da REFJ comporta a realização de diferentes ações de intercâmbio,

nelas assumindo particular relevância os estágios propriamente ditos destinados a magistrados

judiciais e do Ministério Público em funções, junto de colegas estrangeiros em exercício numa

jurisdição afim e com a duração de uma ou duas semanas, e os estágios orientados para

formadores, com a duração de uma semana junto de instituições de formação judiciária de outro

Estado-Membro da União Europeia.

Cerca de dois mil magistrados europeus participam anualmente nas atividades das diferentes

valências do Programa de Intercâmbios. Em estreita articulação com o CSM, a PGR e o CSTAF, o

CEJ tem promovido, em 2018, a participação de:

▪ 27 magistrados portugueses em estágios de duas semanas, em língua inglesa, junto de

colegas estrangeiros de jurisdições afins;

▪ 10 magistrados portugueses em estágios de uma semana, em língua inglesa, junto de

colegas estrangeiros de jurisdições afins;

▪ 3 magistrados em estágios de longa duração (4 meses) na EUROJUST;

▪ 1 magistrado num estágio de longa duração (12 meses) no Tribunal Europeu dos Direitos

do Homem;

▪ 2 magistrados num estágio de longa duração (12 meses) no Tribunal de Justiça da União

Europeia;

▪ 7 magistrados formadores em estágios de uma semana, em língua inglesa, junto de

colegas de outras instituições congéneres;

▪ 8 magistrados em visitas de estudo de 2 dias ao Tribunal de Justiça da União Europeia

(TJUE);

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▪ 20 magistrados em visitas de estudo de 2 dias ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

(TEDH); ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE); às instituições de Bruxelas e à

Agência dos Direitos Fundamentais

Quanto ao número de magistrados estrangeiros que vieram a ser colocados pelo DRI para

realização de estágios em Portugal, assinalam-se as seguintes participações:

▪ 12 magistrados colocados em diferentes tribunais do país, para um estágio

individual de duas semanas em língua portuguesa;

▪ 11 magistrados para um estágio individual de uma semana, nos tribunais e em inglês;

▪ 7 magistrados formadores para um estágio em grupo, no CEJ, de uma semana e em

língua inglesa.

No que respeita à formação inicial, em 2013 a REFJ implementou o designado programa ‘AIAKOS’

que pretendeu institucionalizar de forma generalizada em todo o espaço europeu as visitas de

intercâmbio dos candidatos às carreiras na magistratura, dando desta forma resposta às

preocupações da Comissão quanto ao incremento da formação em Direito Europeu e aos

intercâmbios de profissionais do foro junto de instituições congéneres de outro Estado-Membro.

As visitas de intercâmbio no âmbito do programa AIAKOS ocorrem habitualmente no último

trimestre de cada ano.

Assim, na semana de 23 a 27 de outubro de 2017, o CEJ acolheu 39 auditores de justiça

estrangeiros (3 belgas, 1 búlgaro, 1 croata, 1 checo, 1 finlandês, 17 franceses, 4 alemães, 3 gregos, 3

espanhóis, 4 polacos e 1 eslovaco), enquanto 40 auditores de justiça do 33º Curso se deslocaram,

em diferentes grupos, às nossas congéneres de Bélgica, Bulgária, República Checa, França,

Finlândia, Alemanha, Grécia, Polónia, Croácia, Eslováquia, Espanha e Suécia, na semana de 20 a 24

de novembro 2017.

4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação

Para além da REFJ, o CEJ é igualmente membro da Rede de Lisboa, da Rede Ibero-Americana de

Escolas Judiciais (RIAEJ), e da RECAMPI (Rede de Capacitação de Ministérios Públicos Ibero-

americanos).

A Rede de Lisboa, estrutura participada pelas instituições de formação judiciária de todos os

países membros do Conselho da Europa, encontra-se hoje integrada na CEPEJ (Comissão Europeia

para a Eficácia da Justiça), não dispondo de órgãos próprios com capacidade para promover

autonomamente quaisquer atividades formativas entre os respetivos membros. Nessa medida,

qualquer iniciativa que nesse âmbito venha a ter lugar está dependente da promoção e do

suporte financeiro que à mesma venha a ser concedido pelo Conselho da Europa.

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Relatório de Atividades 2017.2018 59

Deste modo, e no âmbito do Conselho da Europa, o CEJ participa nas atividades do Programa

HELP (European Programme for Human Rights Education for Legal Professionals), no quadro das

quais decorre anualmente uma Conferência da Rede HELP. O Programa HELP tem como

finalidade apoiar os Estados-Membros do Conselho da Europa na implementação da Convenção

Europeia dos Direitos do Homem ao nível nacional, o que se pretende conseguir através das

conferências anuais da Rede HELP onde representantes das instituições nacionais de formação

dos 47 Estados-Membros do Conselho da Europa discutem formas de promover e melhorar a

formação na área dos Direitos Humanos e aprofundar a cooperação entre as diversas instituições

envolvidas.

Nesse contexto, o CEJ fez-se representar na Conferência anual da Rede HELP que teve lugar em

Estrasburgo nos dias 20 e 21 de junho de 2018 pelo Dr. Diogo Ravara.

No âmbito da parceria HELP in the 28, concebida para aprofundar a temática dos Direitos

Humanos, o CEJ acolheu entre janeiro e abril de 2018, a segunda edição do curso de b-learning

sobre “Os direitos dos trabalhadores enquanto Direitos Humanos” (formalmente integrado no

plano anual de formação contínua do CEJ) e destinado a um grupo integrado por magistrados

portugueses, por inspetores do trabalho e técnicos do Ministério do Trabalho com

responsabilidades no acompanhamento da implementação da Carta Social Europeia ao nível

nacional e do reporte ao Comité Europeu dos Direitos Sociais, tendo a preparação do mesmo

ficado a cargo do Dr. Diogo Ravara.

Ainda no âmbito da parceria HELP, o CEJ acolheu, nos dias 07 e 08 de maio, a realização de um

curso de Formação de Formadores HELP que contou com a participação de magistrados

portugueses e espanhóis, assim como de outros participantes provenientes da Bulgária, Irlanda,

República Checa e Roménia.

Quanto à RIAEJ e à RECAMPI, a inexistência de recursos financeiros próprios e a dispersão

geográfica são fatores que limitam fortemente a realização de qualquer iniciativa conjunta que

possa ter lugar no âmbito das mesmas.

4.4. Países de Língua Portuguesa

O relacionamento estreito com os países integrantes da CPLP e com as instituições de formação

judiciária que deles fazem parte sempre constituiu uma das prioridades do CEJ e um meio de

afirmação do prestígio internacional da instituição, pelos particulares laços históricos e culturais

que a todos unem. Aos mais diversos níveis, têm sido desenvolvidas atividades de natureza

formativa e de cooperação com os países de língua portuguesa e respetivas instituições judiciárias

e magistraturas.

Nesse âmbito, e utilizando as listas de endereços que para o efeito organizou, o DRI tem ainda

estabelecido contactos com juízes e procuradores desses países de forma regular,

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Relatório de Atividades 2017.2018 60

designadamente mantendo-os informados sobre as atividades inseridas no plano anual de

formação contínua e dando-lhes também a conhecer o catálogo de edições disponíveis no sítio do

CEJ.

4.4.1. Brasil

As relações de amizade e de cooperação com o Brasil têm tido tradução nos vários protocolos

estabelecidos com diferentes escolas de formação, de âmbito federal ou estadual, e nas visitas de

grupo que várias dessas instituições nossas congéneres têm solicitado ao CEJ e cuja promoção

sempre assegurámos.

4.4.2. Outros países da CPLP

No âmbito do relacionamento com os PALOP, a atuação do CEJ continua a desenvolver-se em

estreita colaboração com a DGPJ, entidade que tem centralizado ao nível governamental a

cooperação para a área da Justiça com os países africanos de expressão portuguesa, com Macau

e com Timor-Leste, bem como com o “Camões, Instituto da Cooperação e da Língua”.

No que aos PALOP diz respeito, relembramos que em setembro de 2016 foi celebrado um

protocolo tripartido entre o “Camões, Instituto da Cooperação e da Língua”, o Centro de Estudos

de Judiciários e a Escola da Polícia Judiciária, no sentido de ser implementado o Projeto de Apoio

à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP e em Timor Leste, designado PACED, com

financiamento da União Europeia.

Tem sido objetivo geral do PACED contribuir para a afirmação e consolidação do Estado de Direito

nos PALOP e em Timor Leste, através da prossecução do seguinte objetivo específico - prevenir e

lutar eficazmente contra a corrupção, o branqueamento de capitais e o crime organizado,

especialmente no que toca ao tráfico de estupefacientes.

O Centro de Estudos Judiciários tem colaborado desde o princípio neste projeto como entidade

formadora, tendo por escopo a capacitação de técnicos do sistema bancário e financeiro,

investigadores, magistrados do Ministério Público e Juízes.

A formação tem sido ministrada especificamente nas áreas do tráfico de estupefacientes,

corrupção e branqueamento de capitais, sendo abordados transversalmente os instrumentos

legais, nacionais e internacionais e o tema da prova, à luz do direito vigente em todos os países

dos PALOP e Timor Leste.

A primeira fase do projeto teve lugar no CEJ, em novembro de 2016, sendo concretizada através

de uma ação de formação de formadores com a duração de 20 dias úteis, e com 24 destinatários,

sendo eles 6 técnicos bancários, 6 investigadores, 6 magistrados do Ministério Público e seis

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Relatório de Atividades 2017.2018 61

Juízes, oriundos em igual número e profissão de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São

Tomé e Príncipe e Timor Leste.

A segunda fase do projeto teve início em 2017, com as primeiras ações de formação nacionais a

terem lugar em Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ao longo dos meses de maio, junho e

julho, por períodos de 3 semanas (Angola) ou uma semana (os demais).

As ações em referência foram dinamizadas por dois formadores internacionais docentes do CEJ,

na qualidade de tutores e pelos formadores nacionais que tinham participado na ação de

formação de formadores no CEJ, em Novembro de 2016.

No segundo semestre de 2017 decorreram ainda outras formações nacionais em Timor-Leste,

Moçambique e Guiné Bissau, por períodos de 2, 3 e uma semana, respetivamente.

Já no primeiro semestre de 2018, tiveram lugar em Angola e Moçambique segundas edições das

formações nacionais, em três regiões diferentes daqueles países e para o segundo semestre de

2018 estão previstas novas formações nacionais em Timor-Leste, Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Fora do contexto do PACED, teve início no CEJ em 18 de setembro de 2017 mais um curso de

formação inicial de magistrados do Ministério Público de Cabo Verde, o denominado “II Curso

Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público de Cabo Verde”.

Assim, e de acordo com o Memorando de Entendimento estabelecido entre a Procuradoria-Geral

da República de Cabo Verde e o Centro de Estudos Judiciários, o CEJ concebeu, planificou e levou

a efeito uma nova ação de formação de 7 auditores de justiça de Cabo Verde, futuros magistrados

do Ministério Público daquele país, tendo a seleção dos auditores ficado “a cargo da

Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde”.

Este curso de formação (inicial) teórico-prático do CEJ foi especialmente concebido para

magistrados do Ministério Público de Cabo Verde, tendo em atenção o direito vigente naquele

país.

O final da formação ocorreu em 31 de janeiro de 2018.

A formação em causa assumiu as seguintes vertentes:

1. Entre 18 de setembro e 21 de dezembro de 2017, formação teórica e teórico-prática dos

formandos ministrada no CEJ, por formadores escolhidos pelo CEJ, com especial

incidência em:

− Direito e processo penal;

− Direito e processo civil;

− Direito e processo do trabalho;

− Direito da família e das crianças;

− Ética e deontologia profissionais.

2. No mesmo período, visitas de estudo a instituições judiciárias e outras, por parte dos

formandos, nomeadamente:

− Às instalações do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL);

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Relatório de Atividades 2017.2018 62

− ao INMLCF;

− às instalações da Polícia Judiciária-Lisboa;

− à Procuradora-Geral da República;

− à Casa Pia – Belém;

− ao Centro Educativo Navarro Paiva;

− às instalações da Autoridade para as Condições do Trabalho.

3. Entre 04 a 31 de janeiro de 2018, formação teórico-prática dos formandos, em

regime de “estágio de observação” nos tribunais da comarca de Lisboa-Seixal ou Lisboa-

Oeste, orientada por formadores escolhidos pelo CEJ, nas áreas de:

− Direito e processo penal;

− Direito e processo civil;

− Direito e processo do trabalho;

− Direito da família e das crianças.

A metodologia formativa utilizada recorreu à plataforma informática do CEJ, onde foram

inseridos os materiais formativos mais relevantes, tendo sido desenvolvida uma plataforma

formativa exclusivamente dedicada a este curso.

A direção executiva do curso coube à coordenadora do DRI e o respetivo secretariado à técnica

superior do departamento Ana Inácio.

O CEJ organizou ainda entre os dias 4 e 13 de dezembro de 2017 um curso de formação sobre

“Execução de Sentenças para os Tribunais Aduaneiros de Moçambique”, destinado a um número

compreendido entre 13 e 15 juízes, procuradores e funcionários dos Tribunais Aduaneiros de

Moçambique.

A pedido do “Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Capitais em África

Ocidental” (GIABA), entre os dias 29 de Janeiro e 2 de Fevereiro de 2018, o CEJ organizou

igualmente um curso de “Instrução, Investigação e Julgamento de Crimes de Branqueamento de

Capitais e Financiamento do Terrorismo à Luz do Direito Internacional e das Normas do GAFI”,

destinado a juízes, procuradores e investigadores de Cabo Verde e da Guiné Bissau.

Entre 22 e 28 de Junho de 2018, decorreu ainda no CEJ um novo curso de “Elaboração de

Sentenças e Outros Actos Judiciais no Processo Tributário”, por solicitação dos Tribunais Fiscais e

Aduaneiros de Moçambique.

Para além destas atividades e do relacionamento institucional, o CEJ acolheu ainda, no período

em causa, todos os magistrados oriundos de países de língua portuguesa que individualmente se

nos dirigiram, manifestando interesse em participar em ações de formação ou simplesmente o

desejo de melhor conhecer a instituição.

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Relatório de Atividades 2017.2018 63

4.5. Atividades bilaterais

4.5.1. Escolas espanhola e francesa

As tradicionais relações de intercâmbio com as escolas de formação judiciária de Espanha e de

França, de que o CEJ foi pioneiro ao nível europeu, encontram-se hoje enquadradas no Programa

de Intercâmbios da REFJ, como já se referiu.

Deste modo, as visitas de intercâmbio de auditores de justiça entre aquelas instituições são hoje

objeto de financiamento por parte da REFJ, e a partir do final de 2013 passaram a inserir-se no

âmbito do Programa AIAKOS, a um nível multilateral.

Mantêm-se, todavia, as relações privilegiadas ao nível bilateral com o Centro de Estudios Judiciales

de Madrid, com a Escuela Judicial de Barcelona e com a École Nationale da la Magistrature francesa

(ENM), visando a elaboração e a promoção conjunta de módulos e ações de formação judiciária

em torno de diferentes temáticas ao nível do direito europeu.

No âmbito das relações bilaterais com a ENM, destacamos a realização de um estágio

internacional de uma auditora de justiça francesa, que se deslocou a Portugal no período de 29 de

janeiro a 26 de fevereiro 2018 com o objetivo de contactar com diversas instituições judiciárias e

universitárias. O estágio foi preparado pela Embaixada de França em conjunto com o CEJ e,

durante três dias, a auditora de justiça francesa tomou contacto particular com a formação inicial

e contínua ministradas pelo CEJ.

4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA)

No período em análise e reportando-nos a 2017, o CEJ organizou, conjuntamente com a ERA, e

acolheu nas suas instalações a realização de vários seminários, nomeadamente um seminário

sobre “Anti-discrimination Law” que decorreu nos dias 06 e 07 de novembro, que contou com a

participação de três conferencistas nacionais, além de 19 outros magistrados portugueses (para o

efeito isentados da taxa de inscrição), um seminário sobre o tema “Family & Succession Law” que

decorreu nos dias 29 e 30 de novembro de 2017, dirigido a 37 magistrados judiciais nacionais da

jurisdição de Família (para o efeito isentados de taxa de inscrição), e no qual participaram três

conferencistas nacionais, um seminário sobre “Trafficking Human Beings” que decorreu nos dias

04 e 05 de dezembro de 2017, com a intervenção de quatro conferencistas nacionais, além da

participação de sete magistrados portugueses (para o efeito isentados da taxa de inscrição), e um

seminário sobre “Linguistics - Judicial cooperation in civil matters” que decorreu entre 11 a 14 de

dezembro e no qual participaram quatro magistrados portugueses.

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Relatório de Atividades 2017.2018 64

Ainda em 2017, o CEJ fez-se representar pelo Senhor Diretor e por um dos seus Diretores Adjuntos

no Congresso Jubileu de comemoração dos 25 anos da ERA e na reunião anual do Governing

Board, eventos que decorreram em Trier nos dias 19 e 20 de outubro.

Já em 2018, concretamente nos dias 13 e 14 de março, o CEJ acolheu a realização de mais um

seminário da ERA, desta feita sobre o tema “Investigating Web 2.0”, e no qual participaram 3

magistrados portugueses ao abrigo do acordo de parceria celebrado entre ambas as instituições.

4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras

Procurando permanentemente dar resposta positiva a solicitações no sentido de acolher visitas

de entidades interessadas e de melhor conhecer o sistema português de formação de

magistrados, durante o ano 2017/2018 o CEJ acolheu a visita, entre outras, das seguintes

personalidades e delegações estrangeiras:

▪ 29 setembro 2017: Delegação de oficiais de justiça alemães;

▪ 06 novembro 2017: Delegação de representantes de instituições judiciárias do

Montenegro;

▪ 07 a 15 novembro 2017: Presidente do Tribunal de Recurso de Timor-Leste;

▪ 15 a 18 janeiro 2018: Delegação brasileira (Pesquisa sobre a formação de juízes em

Portugal);

▪ 22 fevereiro 2018: Grupo MOVEO (Advogados estagiários dos Tribunais de Stuttgart

e Freiburg);

▪ 28 fevereiro 2018: Delegação de Juízes Desembargadores e Inspetores Judiciais da

República da Guiné-Bissau;

▪ 20 março. 2018: Grupo MOVEO (Advogados estagiários do Tribunal de Schweinfurt);

▪ 28 março 2018: Delegação da Bulgária (Projecto “Development of the Potential of

the Judiciary’s Human Resource by Creating an Effective Model for Obtaining Legal

Capacity”);

▪ 12 abril 2018: Delegação da Sérvia;

▪ 15 maio 2018: Grupo MOVEO (Advogados estagiários dos Tribunais de Frankfurt e

Düsseldorf);

▪ 23 maio 2018: Delegação de Juízes do TJUE;

▪ 06 junho 2018: Delegação de Assessores do Supremo Tribunal da Letónia

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5. Gabinete de Estudos Judiciários

5.1. Recursos Humanos

O Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) é uma unidade orgânica nuclear que se encontra na

dependência direta do Diretor do CEJ, na sequência da revogação da alínea c) do n.º 1 do artigo

95.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro, pela Lei n.º 45/2013, de 3 de julho.

O quadro de pessoal afeto ao Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) compreendeu, no ano em

análise, apenas um trabalhador com a categoria de técnico superior, o que ocasiona

constrangimentos, limitações e dificuldades ao trabalho desenvolvido por este Gabinete.

5.2. Atividade desenvolvida

De acordo com as atribuições fixadas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, o

Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu no ano letivo de 2017/2018 diversas atividades que

podem que podem sistematizar-se nos seguintes temas:

▪ Estudos e trabalhos de investigação;

▪ Atividades de apoio à formação de magistrados;

▪ Organização e apoio à realização de atividades sociais e culturais;

▪ Comunicação institucional e imagem;

▪ Outras atividades.

Releva destacar neste contexto a ação desenvolvida pelo GAEJ no âmbito do Projeto de Apoio à

Consolidação do Estado de Direito (PACED), em estreita colaboração e sob coordenação do

Departamento de Relações Internacionais (DRI), onde se relata, com mais detalhe, toda a

atividade desenvolvida.

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Relatório de Atividades 2017.2018 66

5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios

a) Estudos concluídos neste ano de atividades

▪ Quem São os Futuros Magistrados - Caracterização Sociográfica dos Auditores de

Justiça do 33.º Curso de Formação de Magistrados (2017-2019), (e-book apresentado

em sessão pública realizada no CEJ, a 28 de fevereiro de 2018;

▪ Formação Inicial de Magistrados – 32.º Curso de Formação de Magistrados:

Inquérito sobre a Estrutura e Organização do 1.º Ciclo do Curso de Formação

Teórico-Prática – Relatório de Avaliação;

▪ Formação Inicial de Magistrados – 4.º Curso de Formação de Juízes para os

Tribunais Administrativos e Fiscais: Inquérito sobre a Estrutura e Organização do 1.º

Ciclo da Formação Inicial de Magistrados – Relatório de Avaliação;

No âmbito do PACED, o GAEJ produziu 32 relatórios relativos às ações de formação nacionais

realizadas no âmbito da 2.ª fase do projeto. Estes relatórios consistem em relatórios de inquéritos

de avaliação de expectativas, de avaliação da formação. Ainda neste ponto, foi o GAEJ que coligiu

os elementos e elaborou os 8 dossiers gerais de cada uma das ações de formação nacionais

previstas na 2.ª fase do PACED e e já realizadas (Angola – 2, Moçambique – 2, Cabo Verde, Guiné-

Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

b) Outros documentos

O GAEJ assegurou a compilação dos diversos contributos que compõem o Plano de Atividades e o

Relatório de Atividades

Ainda no âmbito dos estudos, foram realizados pelo GAEJ diversos pequenos estudos de

investigação, nomeadamente de caráter estatístico, elaborados ad hoc, em função das

necessidades de informação de apoio à decisão da Direção do Centro de Estudos Judiciários, do

Departamento de Formação ou do Departamento de Relações Internacionais e de apoio a

necessidades específicas de docentes ou na sequência de pedidos de entidades externas e após

autorização da Direção.

5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados

Nesta área e no âmbito específico do PACED, o GAEJ assegurou:

▪ A gestão de conteúdos e administração de utilizadores do curso especificamente

criado para esta ação de formação na plataforma Moodle do CEJ;

▪ A tutoria na vertente pedagógica nas ações de formação nacionais realizadas em

Moçambique (duas ações, a primeira entre 1 e 25 de setembro de 2017, a segunda

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 67

entre 1 e 30 de julho de 2018), na Guiné-Bissau (de 2 a 11 de novembro de 2017) e em

Angola (de 29 de abril a 27 de maio de 2018);

▪ O apoio administrativo e técnico-pedagógico aos tutores da vertente jurídica

designados pelo CEJ nas mesmas ações de formação nacionais e na ação realizada

em Timor-Leste (de 18 a 22 de setembro de 2017).

5.2.3. Atividades sociais e culturais

O GAEJ organizou, em conjunto com o DEF, as exposições:

▪ “E Depois do Adeus – História de Uma Canção de Abril”, cedida pela Sociedade

Portuguesa de Autores, que esteve patente na Sala Bocage, de 26 de abril a 18 de

maio;

▪ “Florbela Espanca – Perdidamente”, igualmente cedida pela Sociedade Portuguesa

de Autores, que esteve patente em vários espaços do CEJ, de 21 de março a 16 de

abril.

Ambas as exposições compõem-se de telas que reproduzem documentos diversos (livros,

manuscritos, filmes, discos, entre outros) e despertaram interesse tanto internamente, como

externamente, sendo visitadas por um número de visitantes que não foi possível apurar,

principalmente visitantes internos ao CEJ.

Ainda no âmbito sociocultural, o GAEJ organizou a receção de três visitas de cariz histórico-

cultural ao CEJ, no âmbito das Comemorações dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em

Portugal (uma iniciativa conjunta da Assembleia da República. Ministério da Justiça, Direção-Geral

do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Câmara Municipal de Lisboa e Centro Cultural de Belém).

Estas visitas às instalações do CEJ (anteriormente ocupadas pela cadeia do Limoeiro), intituladas

“O Limoeiro, Um Carrasco e um Lobo - Os Últimos Suspiros da Pena de Morte em Lisboa”, realizaram-

se nos dias 10 de outubro e 30 de novembro de 2017 e 10 de março de 2018 e contaram com a

participação total de cerca de 70 pessoas.

Ainda relacionado com a mesma iniciativa, o GAEJ fez uma apresentação sobre o mesmo tema no

Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté (Charneca da Caparica) no dia 10 de janeiro de 2018.

O GAEJ organizou ainda uma outra visita de cariz histórico e cultural e centrada na história do

Limoeiro, com um grupo informal de visitantes, no dia 21 de junho.

Com um pendor mais informativo e formativo - particularmente centradas nos processos de

recrutamento, seleção e formação de magistrados e dirigidas a estudantes de Direito e aspirantes

ao ingresso nas magistraturas - o GAEJ organizou a receção, acompanhou e guiou as seguintes

visitas:

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▪ Nos dias 26 de outubro de 2017 e 4 de abril de 2018, dois grupos de cerca de 50

visitantes cada, integrados em visitas solicitadas pela ELSA-FDL (European Law

Students' Association - Núcleo da Faculdade de Direito de Lisboa);

▪ No dia 16 de novembro de 2017, um grupo da Associação de Estudantes de Direito

da Universidade do Minho (cerca de 60 visitantes);

▪ No dia 23 de fevereiro de 2018, um grupo da Associação Académica de Coimbra

(cerca de 50 visitantes).

▪ No dia 27 de março de 2018, um grupo da ELSA-UAL (European Law Students'

Association - Núcleo da Universidade Autónoma de Lisboa), com cerca de 20

visitantes;

▪ No dia 18 de abril de 2018, um grupo da Universidade Europeia, com cerca de 20

visitantes;

▪ De cariz um pouco diferente, dadas especificidades dos públicos, o GAEJ

acompanhou e guiou nos dias 11 (manhã e tarde) e 18 de abril, três grupos de alunos

do ensino básico do Agrupamento de Escolas do Mundão, visita organizada em

parceria com a ComDignitatis - Associação Portuguesa para a Promoção da

Dignidade Humana (cerca de 150 visitantes).

No total foram recebidas doze visitas, abrangendo cerca de 470 visitantes.

Nestas atividades compete ao GAEJ acompanhar os visitantes ao longo de todo o percurso no

CEJ. Estas visitas obedecem ao seguinte modelo que é, contudo, adaptado caso a caso aos

objetivos da visita e ao público desta:

▪ Uma primeira parte, reforçada nas visitas de cariz cultural e histórico, em que se

visitam alguns dos locais mais emblemáticos do Limoeiro e se faz uma apresentação

da história do local onde se situa o CEJ, desde o período tardo-romano até ao séc.

XX, com especial enfoque nas condições de vida dos reclusos na cadeia;

▪ Uma segunda parte, com maior peso nas visitas de cariz formativo e informativo,

centrada no recrutamento, seleção e formação de magistrados e o papel do CEJ

nestes processos.

O GAEJ apoiou ainda, quando solicitado, as atividades do projeto Justiça para Tod@s ou em visitas

dinamizadas por docentes e que foram decorrendo ao longo de todo o ano letivo.

5.2.4. Comunicação institucional e imagem

O GAEJ tem desenvolvido ao longo dos últimos anos um trabalho ao nível da comunicação

institucional e imagem do CEJ que tem vindo a ganhar relevância e peso na atividade desta

unidade orgânica.

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Relatório de Atividades 2017.2018 69

À semelhança de anos transatos, o GAEJ assegurou:

▪ A compilação, organização, formatação e composição gráfica de documentos de

como o Plano de Atividades, o Relatório de Atividades, os Planos de Estudos e

documentos similares;

▪ Contribuição com conteúdos para a Agenda do CEJ (newsletter eletrónica) e

distribuição da mesma pela comunicação social e por subscritores particulares;

▪ A ligação com a comunicação social, particularmente na divulgação de eventos e

outras informações sobre o CEJ, bem como rececionando pedidos de informação e

respetivo encaminhamento;

▪ Na organização d’As Conferências do CEJ, nomeadamente na conceção da nova

imagem e respetivos suportes de divulgação, bem como na divulgação das mesmas

junto da imprensa e de outras entidades que nisso manifestaram interesse;

▪ Coorganização, conceção da imagem e material de comunicação (cartazes,

folhetos, e-cards, expositores roll-up e convites) de outros eventos realizados pelo

CEJ.

No dia 2 de novembro de 2017, o GAEJ assegurou a realização de uma sessão de apresentação

sobre o CEJ, o recrutamento, a seleção e a formação de magistrados na Faculdade de Direito da

Universidade Nova de Lisboa, no âmbito da JOB SHOP Nova Direito - a Feira das Saídas da FDUNL.

No dia 28 de novembro, foi assegurada a representação do CEJ no Recruiting Lounge da Jobshop

17/18 da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica.

Por proposta do próprio GAEJ, este organizou duas edições do Open Day CEJ, a 6 de dezembro e 1

de abril. Este evento consiste em abrir as portas do CEJ ao público em geral mas, em particular,

aos estudantes de Direito das faculdades e universidades de todo o país e aspirantes ao ingresso

nas magistraturas, mostrando-lhes o CEJ, a sua organização e atividades, com particular destaque

para os processos de recrutamento, seleção e formação inicial, bem como a história do Limoeiro.

Visou-se com este evento contribuir para aumentar a imagem e o prestígio do CEJ, dando a

conhecer os seus espaços e atividades incluindo alguns aspetos que, normalmente, não são tão

conhecidos.

Este evento revelou-se um sucesso na adesão. As 240 vagas previstas foram rapidamente

ocupadas, tendo estado presentes cerca de 150 convidados.

Em termos organizacionais, as visitas decorreram conforme o planeado, com grande interesse e

recetividade por parte dos visitantes, mas sobressaíram – pelo interesse e interação que

despertaram junto dos visitantes – os momentos de interação dos visitantes com magistrados e

com Auditores de Justiça (que, após apelo do GAEJ, se voluntariaram para o fazer) em que estes

partilharam, em tom muito informal, as suas experiências profissionais e formativas no CEJ e no

concurso de ingresso na formação inicial de magistrados.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 70

5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades

O trabalhador afeto ao GAEJ integrou o grupo de trabalho especialmente criado para assegurar a

organização e realização do concurso de ingresso no curso de formação inicial teórico-prática de

magistrados. Ainda na esfera deste concurso, coube ao GAEJ analisar as propostas recebidas de

várias entidades para a realização do Exame Psicológico de Seleção, tendo elaborado, a pedido da

Direção, uma informação de sistematização e de síntese das mesmas.

O GAEJ realizou ainda trabalho na prestação de informação estatística relativa à atividade do CEJ

a outras entidades oficiais.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 71

6. Divisão do Centro do

Documentação

6.1. Introdução

A Divisão do Centro de Documentação recolhe, trata, organiza, disponibiliza e preserva os

recursos informativos relevantes para as atividades formativas que decorrem no CEJ.

Tendo como orientação os objetivos que foram definidos no Plano de Atividades para a unidade

orgânica em análise, o presente relatório visa dar a conhecer a evolução da organização do

arquivo, do fundo documental e da gestão das publicações periódicas, a gestão dos diversos

espaços, com vista à melhoria da sua organização e condições de armazenagem, bem como, uma

melhoria da prestação de serviços à comunidade envolvente.

6.2. Vertente Arquivo

6.2.1. Gestão do Arquivo

▪ Os inventários iniciados e concluídos, entre 1-9-2017 e 31-8-2018:

− UMRP: Conselho da Unidade de Missão para a Reforma Penal

− Lei Orgânica do CEJ

− Disciplina militar

− Proposta de alteração ao Código CIVA

− Processos de cobrança

− Código das custas judiciais

− Processo administrativo de recuperação de empresas

− Regime jurídico de proteção das pessoas singulares sobre endividadas

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 72

− Curso de Assessores

− GOE: Grupo Orientador de Estágios (processos dos candidatos)

− Revisão do Código Civil

− Revisão do Processo de trabalho

− Trabalhos dos cursos (conclusão)

▪ Foram já revistos, segundo as normas internacionais de arquivística, para eventual

inserção no ATOM:

− Planos de atividades

− Relatórios de atividades

− Balanço Social

− Lei orgânica

− Boletim de informação estatística

− Avaliação sociográfica

− Apuramento dos resultados dos inquéritos

− Provas escritas

− Orientação de estágios

− Estágios de atividades teóricas práticas

− Planos do Curso

− Planos de formação continua

− Avaliação das ações de formação

− Programas das ações de formação

− Formação especial dos PALOP

− Guia dos candidatos

− Relatórios dos estágios de contacto da formação inicial

▪ Transferência de documentação pertencente a outros serviços: Biblioteca (1),

Departamento de Formação (2), Gabinete Jurídico (3), Direção (1), Departamento de

Relações Internacionais (1), Coordenadores Regionais do MP de Lisboa e Évora (2)

acompanhados das respetivas guias de remessa para o Arquivo do CEJ;

▪ Foram, ainda, concretizadas as ações inerentes à valorização, inventariação, classificação

e conservação do património arquivístico do CEJ;

▪ Com base na versão 1 da Lista consolidada para a classificação e avaliação da informação

pública disponibilizada no site da DGLAB, foi solicitado aos serviços, no âmbito do Grupo

de Trabalho de Arquivos do Ministério da Justiça (GTAMJ) que validassem e/ou

acrescentasse nos processo de negócio, tendo em vista uma revisão Plano de

Classificação Documental do Ministério da Justiça (PCA MJ), maio de 2018.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 73

▪ No âmbito do Grupo de Trabalho de Arquivos do Ministério da Justiça, foi solicitado que

revíssemos o preenchimento da FRD e Relatório de impacto da nova lei de acesso aos

documentos administrativos (LADA) – maio de 2018.

6.2.2. Apoio aos Utilizadores

Serviços de referência e leitura, consulta de documentos e de pesquisas específicas

disponibilizados aos serviços internos e ao cidadão. Resposta a 18 pedidos internos de consulta de

documentos à guarda do Arquivo. Resposta a 3 pedidos externos, no âmbito Lei n.º 26/2016, de 22

de agosto. Verifica-se um aumento dos pedidos, que passou de 14 para 21, relativamente ao ano

anterior.

6.3. Vertente Biblioteca

6.3.1. Gestão do Fundo Documental

6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2017 a 31-8-2018)

As publicações dão entrada na Biblioteca por compra, produção própria, oferta e permuta. No

que respeita à aquisição de publicações por compra, em 2017/2018, baseou-se, tal como nos anos

transatos, nas necessidades dos utilizadores internos do CEJ e no enriquecimento de

determinadas áreas temáticas mais necessitadas de atualização.

As obras que deram entrada por oferta, resultaram de doações efetuadas por entidades externas

e autores.

As obras que entraram por permuta basearam-se em protocolos estabelecidos com outras

instituições, em troca da Revista do CEJ, do Prontuário de Direito do Trabalho, ou outras

publicações.

De salientar ainda, a produção interna (monografias e multimédia) que foi significativa e teve

muita procura, tanto por utilizadores internos, como externos.

O quadro a seguir representa na sua globalidade, as publicações entradas na biblioteca, nas

quatro modalidades acima mencionadas e por tipo de documento.

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Relatório de Atividades 2017.2018 74

Documentos N.º

Monografias 632

Multimédia 81

Publicações em série 35

Total 748

O quadro seguinte apresenta o total das publicações entradas na Biblioteca por produção própria,

oferta e permuta.

a) Por oferta, permuta ou produção própria

Documentos N.º

Monografias 546

Multimédia 81

Publicações em série 12

Total* 639

*Dos quais 77 foram produzidos pelo CEJ (e-books)

Permutas:

O Centro de Documentação mantém permutas de publicações com as seguintes entidades:

1. Associação Jurídica da Maia: Revista MaiaJurídica

2. Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia

Judiciária: Revista de investigação criminal

3. Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Revista Julgar

4. Autoridade da Concorrência – Revista de concorrência e regulação

5. Biblioteca da Assembleia da República

6. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa: Revista

Direito e Justiça

7. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: Boletim da

Faculdade

8. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: Revista da

Faculdade de Direito de Lisboa

9. Biblioteca da Ordem dos Advogados: Revista da Ordem dos Advogados e

Boletim da Ordem dos Advogados

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Relatório de Atividades 2017.2018 75

10. Biblioteca do Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros – Boletim de Ciência e

Técnica Fiscal

11. Biblioteca Geral da Universidade Portucalense Infante D. Henrique – Revista

Jurídica

12. Centro de Direito Biomédico: Lex Medicinae

13. Centro de Direito da Família: Lex Familiae

14. Centro de Estudos Sociais: Revista Crítica de Ciências Sociais

15. Conselho da Justiça Federal (Brasil) – Revista CEJ

16. Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA):

Revistas Legislação – Cadernos de Ciência de Legislação e Cadernos INA

17. ERA - ERA-Forum : scripta iuris europaei

18. Editora da Meritum - Biblioteca da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e

da Saúde da Universidade FUMEC (Brasil) - Revista de Direito da Universidade

FUMEC

19. Escola de Direito da Universidade do Minho – Scientia Ivridica

20. Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia

21. Fundação CEFA – Fundação para os Estudos e Formação Autárquica

22. Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)., do Ministério da Solidariedade

e Segurança Social (MSSS) : Sociedade e Trabalho

23. Mediateca da Universidade Lusíada – Minerva : revista de estudos laborais;

Lusíada. Direito

24. Observatório da Imigração: Revista Migrações

25. Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: Revista do Ministério

Público

26. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal de Contas

27. Universidade Autónoma de Lisboa: Galileu – Revista de Economia e Direito

28. Tribunal Supremo de Angola

b) Aquisições onerosas

Documentos N.º Valor

Monografias 141 2.784,80€

Multimédia -- --

Publicações em série* 23 1.172,50€

Total 109 3.957.30€

* Renovação de assinaturas

No período em apreço ocorreu uma diminuição significativa das aquisições das monografias, por

compra, relativamente ao ano passado, de 4.452,24€ para 2.784,80€.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 76

Continua a constatar-se um aumento significativo de documentos produzidos a nível interno,

nomeadamente de e-books.

No que diz respeito às publicações periódicas registaram-se alterações no número de títulos

assinados pela biblioteca, passando de 20 para 19, sendo que de algumas publicações foram

renovados 2 anos.

Assinaturas renovadas:

1. AB Instantia (Ano 2016 e 2017)

2. Anatomia do crime

3. Cadernos de direito privado

4. Cadernos de justiça administrativa

5. Cadernos de justiça tributária

6. Coletânea de jurisprudência

7. Coletânea de jurisprudência. Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça

8. Direito das sociedades em revista

9. O direito

10. Propriedades intelectuais

11. Questões laborais

12. Revista de direito civil

13. Revista de direito e de estudos sociais

14. Revista de direito intelectual

15. Revista de direito público

16. Revista de finanças públicas e direito fiscal

17. Revista de legislação e de jurisprudência (Ano 146 e 147)

18. Revista portuguesa de ciência criminal (Ano 2016 e 2017)

19. Revista portuguesa de direito do consumo

Divulgação das novas aquisições:

Elaboração de uma publicação mensal que consiste num Boletim bibliográfico de novas

publicações que entram ao longo do mês na Biblioteca e a respetiva divulgação através dos e-

mails do Centro de Documentação ([email protected] ou [email protected]).

6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos

em base de dados (valores absolutos)

No dia 1 de setembro de 2018 a base de dados bibliográficos registava um total de 38199 registos

bibliográficos, correspondente a um aumento de 1709.

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Relatório de Atividades 2017.2018 77

Documentos Agosto 2017 Agosto 2018

Monografias 14301 14849

Analíticos (revistas/livros 21113 22187

Multimédia 800 875

Publicações em série* 276 288

Total 36490 38199

Nesta área concretizaram-se ainda as seguintes tarefas:

▪ Assegurou-se o tratamento dos artigos das publicações periódicas, nacionais e

estrangeiras, entradas na Biblioteca;

▪ Continuação do tratamento técnico documental das publicações periódicas,

nacionais e estrangeiras, existentes em depósito, já com cota, mas não inseridas

no catálogo informatizado;

▪ Continuou-se o tratamento dos artigos de monografias, nomeadamente, Estudos

em Homenagem, Comemorações, Colóquios, Jornadas, etc. que, pela sua

importância, mereçam um tratamento autónomo;

▪ Continuou-se o tratamento técnico dos e-books, resultantes da formação inicial ou

das ações de formação continua.

Em julho/agosto foi executado um grande trabalho de arrumação das monografias na sala de

leitura, tendo sido enviadas para depósito as obras menos consultadas e edições anteriores,

deixando espaço para crescimento nas respetivas cotas, mas permitindo sobretudo aos

utilizadores uma mais rápida localização da(s) obra(s).

Esta restruturação da arrumação na sala de leitura implicou por sua vez uma grande

arrumação/distribuição das cotas das monografias no depósito. E foram ainda acondicionados no

depósito todo o material não-livro que se encontrava arrumado na Sala de Estudo.

6.3.1.3. Abate e reparações de documentos

Neste âmbito, realizaram-se 37 reparações de documentos (monografias e publicações

periódicas), sem custos acrescidos, como se pode verificar no quadro seguinte:

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 78

Reparações Total

Volumes 38

Custo (€) 0

* Reparações realizadas internamente

Realizou-se o abate de documentos duplicados, disponíveis on-line ou em mau estado de

conservação, num total de:

Abates Total

Monografias 7

Publicações em série 7

Total 14

6.3.2. Apoio aos Utilizadores

A biblioteca está aberta à Direção, a toda a comunidade docente, aos auditores de justiça, bem

como a utilizadores externos. Os pedidos dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo de

empréstimo, que nos fornece, no período em análise, o total de 3968 registos.

6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de

documentos

Documentos N.º

Monografias 2472

Analíticos (revistas/livros) 1484

Multimédia 12

Total 3968

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Relatório de Atividades 2017.2018 79

6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores por grupo - pedidos de

consulta e empréstimo de documentos

Documentos N.º

Auditores 1837

Dirigentes 38

Docentes 729

Funcionários 38

Externos 757

Entidades 294

Leitura de presença 275

Total 3968

Da análise destes quadros verificamos que a atividade deste serviço serve, essencialmente,

auditores de justiça e os docentes. Continua a verificar-se uma grande afluência dos utilizadores

externos. De registar que houve um aumento relativamente ao ano transato de 721 empréstimos,

apesar da informação disponibilizada na plataforma de e-learning para o 34.º Curso de Formação

dos Tribunais Judiciais.

6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de empréstimos

interbibliotecas (EIB)

Temos ainda que reportar 17 pedidos de empréstimos interbibliotecas, acionados para os nossos

utilizadores internos, em que as monografias e/ou publicações em série vieram ao CEJ, e 221 que

foram acionados via e-mail.

EIB N.º

Utilizador Interno 139

Utilizador Externo 62

Interbibliotecas 20

Total 221

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Relatório de Atividades 2017.2018 80

6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações de

documentos

Digitalizações N.º

Utilizador Interno 210

Utilizador Externo 205

Interbibliotecas 103

Total 518

6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas

Pesquisas N.º

Utilizador Interno 142

Utilizador Externo 98

Interbibliotecas 69

Total 309

6.4. Qualidade dos serviços

6.4.1. Recolha e Tratamento de Informação Estatística

Com o objetivo de aferir e melhorar a qualidade dos serviços prestados, através da avaliação do

grau de satisfação dos utilizadores da Biblioteca, foi elaborado e distribuído um questionário, via

Google Drive, durante os meses de junho/julho, junto dos utilizadores internos e externos. Com

este método de questionário tivemos um recorde de respostas, 92. Encontra-se em fase de

tratamento.

Esta recolha de informação é muito importante e relevante como forma de apoio à gestão, pois

permite ter dados quantitativos e qualitativos sobre a utilização dos serviços e instalações,

permitindo igualmente apurar o grau de satisfação dos utilizadores.

No questionário são avaliados os serviços prestados, os recursos de informação existentes, os

equipamentos e instalações disponíveis.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 81

6.4.2. BiblioNet

Em novembro de 2017 foi realizado um contrato de atualização de software, assistência técnica e

manutenção de sistema de gestão de biblioteca BiblioNet, por um ano, no valor de 694,95€.

6.4.3. Formação dos utilizadores internos

No dia 9 de outubro foi realizada uma sessão de formação dirigida aos Auditores de Justiça e

Cooperantes do 33.º curso Normal e ao II Curso Especial de Cabo Verde. Esta intitulava-se

Apresentação da Biblioteca e Demonstração do OPAC, como os seguintes objetivos :

▪ Reconhecer as normas gerais de acesso e utilização do CEDOC - Biblioteca

▪ Dominar estratégias de pesquisa, recuperação, seleção e validação da informação em

diversos contextos.

6.5. Gestão de publicações

O CEJ edita monografias, isoladamente ou em parceria, abrangendo temáticas diversificadas nas

áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas publicações em série: a Revista do CEJ e o Prontuário

de Direito do Trabalho.

Assim sendo, a Divisão do Centro de Documentação:

Procedeu à preparação, distribuição e controle da Revista do CEJ n.os 1 e 2 (2017) e do Prontuário

de Direito do Trabalho n.os 1 e 2 (2017) através das ofertas institucionais e permutas, como se pode

verificar no quadro seguinte.´

Títulos N.º

Revista do CEJ n.º 1 (2017) 157

Revista do CEJ n.º 2 (2017) 134

Prontuário de Direito do Trabalho n.º 1 (2017) 157

Prontuário de Direito do Trabalho n.º 2 (2017) 98

Total 546

O quadro seguinte indica outras publicações, editadas anteriormente pelo CEJ, que foram

oferecidas, permutadas ou vendidas:

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 82

Publicações/tipos N.º

Monografias 254

Periódicos 346

Total 600

6.6. Outras atividades

▪ Foi elaborado um estudo dos Indicadores de desempenho e utilização de serviços e

recursos da Biblioteca. Foram analisados três itens: aquisição, tratamento técnico e

empréstimo, num período que medeia entre o ano letivo 2008/2009 e o ano letivo

2016/2017.

▪ Comemorou-se o Dia internacional dos arquivos a 9 de junho de 2018 com uma exposição

intitulada Conservar a memória do CEJ, patente entre 9 a 22 de junho, que incluía visita aos

arquivos mediante marcação.

Imagem 1 – Fundos custodiados pelo CEJ

Imagem 2 – Fundo CEJ

▪ A Chefe de Divisão participou, como oradora, no workshop “Ferramentas de gestão do

CITIUS e de pesquisa em base de dados, que decorreu no CEJ, no dia 22 de junho.

▪ A Exposição bibliográfica relacionada com a temática do colóquio Direito à informação

administrativa e proteção de dados, patente de 25 de junho a 13 de julho.

▪ Foi elaborado um Plano de emergência para o Arquivo e Biblioteca do Centro de

Documentação. Consiste num Plano de Emergência Interno, que pretende definir um

conjunto de normas, procedimentos e recomendações com o objetivo de assegurar a

proteção e salvaguarda da documentação.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 83

6.7. Infraestruturas

Desinfestação da Biblioteca, Arquivo e depósitos da biblioteca e das publicações em janeiro de

2018.

6.8. Recursos humanos

Em 2017-2018, no mapa de pessoal verificou-se uma alteração significativa na sua composição: 1

Chefe de Divisão; 2 Técnicas Superiores; 2 Assistentes Técnicas. Pois em 2 de abril, entrou por

mobilidade mais um Técnico Superior.

O quadro anexo evidencia as ações de formação de que foi beneficiário o pessoal da Divisão.

DATA CURSO INSTITUIÇÃO FORMADORA

FUNCIONÁRIA

26 setembro Atom SGMJ Paula Tomás

e Isabel Wheelhouse

2 e 3 de outubro Koha/Unimarc SGMJ Isabel Ferreira

e Carla Seixas

14 de novembro Koha/Empréstimos SGMJ Paula Tomás

e Isabel Ferreira

17 de novembro Arte e justiça CEJ/MNA Paula Tomás

23 de novembro Koha/Unimarc SGMJ Carla Seixas

15 de junho Propriedade intelectual e industrial CEJ Paula Tomás

27 de junho a 29 de junho

Divulgue-se! O serviço educativo nos arquivos

BAD Isabel Wheelhouse

6 de julho Direito à informação administrativa

e proteção de dados CEJ Paula Tomás

12 a 13 de julho Linguagem corporal e

microexpressões em contextos profissionais

INA Paula Tomás

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 85

7. Departamento de Apoio Geral

7.1. Introdução

O Departamento de Apoio Geral (DAG) foi criado pelos Estatutos do CEJ aprovados em Anexo à

Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto, publicada no Diário da República, 1ª Série, n.º 167, de 29 de

agosto.

Nos termos do artigo 5º dos referidos Estatutos, o DAG é a unidade orgânica genericamente

responsável pela conceção, organização e manutenção do sistema de informação do CEJ, pelo

apoio jurídico e pelo apoio, nas áreas da informática e multimédia e da gestão financeira,

patrimonial e de recursos humanos, às atividades do CEJ.

Foi ainda prevista a criação de uma unidade orgânica flexível, denominada divisão, e de duas

unidades flexíveis com o nível de secção.

Estas unidades orgânicas flexíveis foram criadas por despacho da Diretora do CEJ, de 15 de

setembro de 2008.

Assim, tendo em conta as atribuições definidas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários,

bem como o Plano de Atividades para o ano 2017/2018, apresenta-se o relatório das atividades

realizadas pelo Departamento de Apoio Geral.

7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos

Estatutos do CEJ

7.2.1. Área de recursos humanos e expediente

▪ Foram executadas todas as tarefas inerentes ao processamento de vencimentos, bolsas

de formação e outros abonos dos trabalhadores do CEJ e auditores de justiça e procedeu-

se à liquidação dos respetivos descontos.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 86

▪ No âmbito do processamento de vencimentos, foram elaborados, mensalmente, os

ficheiros RIGORE para envio aos serviços da contabilidade, unidade orgânica competente

para o pagamento das remunerações.

▪ Procedeu-se, mensalmente, ao preenchimento e envio dos ficheiros relativos às entregas

de contribuições para a ADSE, CGA e Segurança Social.

▪ Foi elaborada, mensalmente, e transmitida por via eletrónica, à Autoridade Tributária e

Aduaneira, a Declaração Mensal de Remunerações.

▪ Foi feito o envio mensal da relação de descontos efetuados pelos trabalhadores, docentes

e auditores de justiça às respetivas entidades.

▪ Foi efetuada a emissão mensal dos Documentos Únicos de cobrança (DUC) relativos a

penhoras.

▪ Foram mantidos atualizados os processos individuais dos trabalhadores e auditores de

justiça do CEJ.

▪ Foi efetuado o controlo da pontualidade e assiduidade dos trabalhadores, bem como a

criação de horários e justificação de ausências, de acordo com as normas legais aplicáveis,

através do sistema informático em uso no CEJ.

▪ Foram elaboradas declarações e outros documentos, designadamente notas biográficas.

▪ Foi prestada a colaboração solicitada na tramitação dos procedimentos concursais.

▪ Foram asseguradas as ações necessárias em matéria de gestão e administração de

recursos humanos do CEJ.

▪ Foram assegurados os reportes de informação obrigatórios, em matéria de recursos

humanos, designadamente:

− O registo trimestral e semestral de Recursos Humanos no Sistema de Informação da

Organização do Estado (SIOE-RH);

− O envio trimestral, ao IGFEJ, do mapa de controlo de efetivos, nos termos do disposto no

n.º 3 da Resolução de Conselho de Ministros n.º 22/2012, de 9 de março;

▪ Foram processadas as remunerações e ajudas de custo aos formadores nos tribunais,

designadamente honorários, ajudas de custo e transportes e enviados os respetivos

ficheiros para a área da contabilidade, tendo em vista os registos em Gerfip e posterior

pagamento através do homebanking.

▪ Foram processadas as despesas com transportes relativamente aos formadores da

formação contínua, aos membros dos júris das provas escritas e orais do 33º Curso de

Formação Inicial de Magistrados e enviados os respetivos ficheiros para a área financeira,

tendo em vista os registos em GERFIP e posterior pagamento através do homebanking.

No que se refere ao expediente apresenta-se na página seguinte o gráfico do registo de entradas

e saídas entre 1 de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018:

O elevado número de entradas em janeiro é representativo das candidaturas aos concursos ao 5º

Curso Formação dos Tribunais Administrativos e Fiscais e ao 34º Cursos de Formação da

Magistratura Judicial e do Ministério Público.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 87

7.2.2. Área de Contabilidade

Referem-se também as atividades mais relevantes, orientadas para a atividade principal do CEJ,

que foram as seguintes:

▪ Foi elaborada e remetida ao Tribunal de Contas a Conta de Gerência do ano de 2017

▪ Foram elaborados, nos prazos estipulados, os seguintes reportes periódicos obrigatórios

permanentes, mensais, trimestrais e anuais:

− Compromissos Plurianuais [SCEP] – informação permanente;

− Fundos disponíveis – informação mensal;

− Pedido de Libertação de Créditos – Informação mensal;

− Necessidades relativas a despesas com o pessoal – Informação mensal;

− Pagamentos em Atraso – Informação mensal;

− Envio de faturas registadas através do e-fatura – Informação Mensal;

− Deslocações em Território Nacional e Estrangeiro – Informação Mensal;

− Previsão Mensal da Execução – Informação mensal;

− Fluxos financeiros para as Autarquias Locais (cooperação técnica e financeira) –

Informação trimestral;

− Unidade de Tesouraria – Informação Trimestral;

0

200

400

600

800

1000

1200

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

ENTRADAS SAIDAS

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 88

− Contrapartidas Financeiras Mensais – Informação Trimestral;

− Conta Geral do Estado – Informação Anual;

− Transferência para organizações internacionais – Informação Anual.

No âmbito da execução do orçamento foram efetuados:

− 455 Cabimentos,

− 664 Compromisso;

− 536 Autorizações de Despesa;

− 742 Autorizações de Pagamento;

− 79 Alterações Orçamentais.

− Foi garantida a legalidade de todas as despesas.

− Foram efetuados diversos pedidos de abertura de crédito especial

− Foi registada no Sistema de Gestão de Receitas, da Direção Geral do Orçamento, liquidada

e cobrada toda a receita própria.

− Foram emitidas faturas de todos os serviços prestados.

− Foram enviadas à Unidade de Compras do Ministério da Justiça, os levantamentos de

necessidades solicitados, no âmbito dos procedimentos centralizados, bem como os

relatórios de execução dos respetivos contratos.

− Foi feita a transição do POCP para o SNC-AP.

7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública

Área patrimonial:

▪ Foi assegurada a manutenção das instalações e da viatura afeta ao CEJ.

▪ Foram elaborados autos de abate relativos a equipamentos obsoletos e sem reparação,

para abater ao inventário.

▪ Foram registadas todas as entradas e saídas de material de stock em armazém.

▪ Foram efetuados todos os reportes obrigatórios mensais.

▪ Foram providenciadas as autorizações necessárias à condução dos veículos afetos ao

Centro de Estudos Judiciários por trabalhadores que não exercem as funções de

motorista.

▪ Foram satisfeitas 187 requisições internas de material

▪ Foram produzidas 39 informações

▪ Foram emitidas 1.189 faturas

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 89

▪ Foram realizados 165 carregamentos de passes de transporte aos Senhores Docentes.

Contratação pública:

▪ Foram remetidas à Secretaria de Estado da Administração Pública as comunicações ao

abrigo da Portaria n.º 16/2013, de 17 de janeiro, relativas a um contrato de assistência

técnica e à aquisição de serviços de formação contínua, cujas ações se realizam

permanentemente.

▪ Foram enviados à Unidade de Compras do Ministério da Justiça os levantamentos de

necessidades relativos aos procedimentos centralizados, bem como os relatórios de

execução dos respetivos contratos.

▪ Foram realizados 3 ajustes diretos e 47 ajustes diretos simplificados, sendo de destacar o

levantamento da alcatifa e a pavimentação dos gabinetes do 2º piso, pintura da escada

exterior e instalação de equipamento de som e vídeo nas salas de aula.

▪ Foram enviados 2.069 ofícios.

7.2.4. Apoio jurídico

7.2.4.1. Apoio jurídico

O apoio jurídico, materializado em funções de serviços jurídicos e de contencioso e tendo como

principal objetivo contribuir para o controlo da legalidade dos procedimentos institucionais e para

a prossecução dos princípios e valores que orientam a atuação do Centro de Estudos Judiciários,

tem como principais atividades:

▪ Assegurar o apoio jurídico necessário à tomada de decisão por parte da direção do Centro

de Estudos Judiciários, mediante a emissão de estudos, pareceres e informações, com a

profundidade e o rigor necessários;

▪ Analisar e preparar projetos de diplomas legais, de regulamentos e outros instrumentos

normativos;

▪ Promover estudos de avaliação e impacto legislativo relativos à aplicação de legislação,

que não se inscrevam nas atribuições e competências de outras unidades orgânicas;

▪ Contribuir para a fixação da interpretação dos diplomas próprios que regem a atividade

do Centro de Estudos Judiciários, bem como preparar normas e instruções destinadas a

assegurar a sua aplicação, sem prejuízo das competências de outras unidades orgânicas;

▪ Acompanhar os processos jurisdicionais e graciosos em que o Centro de Estudos

Judiciários seja interveniente através da elaboração, atempada e com a fundamentação e

a qualidade adequadas, de peças processuais e jurídicas;

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 90

▪ Elaborar informações e prestar esclarecimentos visando assegurar a correta execução das

decisões judiciais;

▪ Prestar o apoio técnico-jurídico necessário à prossecução das atribuições das demais

unidades orgânicas do Centro de Estudos Judiciários.

Seguidamente são abordadas as áreas mais relevantes de atuação e uma síntese dos principais

trabalhos desenvolvidos, destacando-se, desde já, a emissão de inúmeras informações e

pareceres no âmbito, designadamente, do procedimento e atividade administrativa, do direito à

informação administrativa e proteção de dados, da gestão documental, do regime de ingresso

nas magistraturas, a formação de magistrados e a natureza, estrutura e funcionamento do Centro

de Estudos Judiciários, e do regime do trabalho em funções públicas.

a) Concurso de ingresso no 34.º curso de formação inicial para magistrados dos tribunais

judiciais e concurso de ingresso no 5.º curso de formação inicial para juízes dos tribunais

administrativos e fiscais

Foi prestado apoio jurídico no âmbito do regime aprovado pela Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro,

destacando-se o contributo para a elaboração dos avisos de abertura e demais expediente, a

revisão do guia de boas práticas relativo ao concurso de ingresso à formação inicial de

magistrados (Concurso de Ingresso – Guia de Boas Práticas), bem como a assessoria prestada

durante o decurso dos concursos, a qual envolveu, além da emissão de inúmeros pareceres e

informações, o acompanhamento de todas as fases dos concursos – realçando que, após a

publicitação das listas provisórias dos candidatos admitidos e não admitidos, foram analisadas

inúmeras reclamações – e a elaboração de despachos e de atas.

No âmbito dos concursos, destaca-se, ainda, o tratamento das seguintes temáticas:

▪ Acesso aos documentos administrativos;

▪ Frequência do curso de formação inicial em regime de comissão de serviço;

▪ Legalização de documentos estrangeiros;

▪ Regime jurídico do reconhecimento de graus académicos superiores estrangeiros.

Finalmente, salienta-se o apoio jurídico em sede de impugnações administrativas apresentadas

pelos candidatos aptos mas não habilitados à frequência do curso e candidatos excluídos.

b) Concurso de ingresso no 33.º curso de formação inicial para magistrados dos tribunais

judiciais

Foi prestado apoio jurídico em sede de impugnações administrativas apresentadas por candidatos

aptos mas não habilitados à frequência do curso e por candidatos excluídos.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 91

c) Curso de formação específico para o exercício de funções de presidente do tribunal e de

magistrado do Ministério Público coordenador

Foi assegurado o apoio à gestão da fase formativa do curso de formação específico para o

exercício de funções de presidente do tribunal e de magistrado do Ministério Público

coordenador previsto nos artigos 97.º e 102.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, e determinado

pelo Despacho n.º 2724/2017, de 10 de março, de Sua Excelência a Ministra da Justiça.

d) Procedimento extraordinário e urgente de formação de administradores judiciais

Continuação da prestação de assessoria jurídica no âmbito deste procedimento, prosseguindo o

acompanhamento dos processos jurisdicionais em que o Centro de Estudos Judiciários é

interveniente.

Foram, ainda, encetadas as diligências necessárias à entrega à entidade responsável pelo

acompanhamento, fiscalização e disciplina dos auxiliares de justiça do acervo documental

respeitante ao procedimento.

e) Processos jurisdicionais

Assegurou-se a intervenção do Centro de Estudos Judiciários em 27 processos da jurisdição

administrativa:

Dos referidos processos, 6 encontram-se em fase de recurso e 11 findaram durante o período de

referência.

No âmbito do tratamento dos processos em que o Centro de Estudos Judiciários é parte, e ainda

pendentes na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, foi prestada a colaboração necessária e

foram desenvolvidas várias diligências em articulação com aquela Secretaria.

52%

22%

11%

7% 4%

4%

Ação administrativa especial

Procedimentos de massa

Processos cautelares

Ação administrativa

Ação de execução para pagamento de quantia certa

Intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 92

f) Mediação e resolução extrajudicial de conflitos

Operou-se a mediação e a resolução de conflitos em 7 processos.

g) Protocolos

Foi prestado apoio jurídico no âmbito da elaboração e celebração dos seguintes protocolos:

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos Judiciários e a Lusa-Agência de Notícias de Portugal,

S.A.;

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos Judiciários e a ComDignitatis – Associação

Portuguesa para a Promoção da Dignidade Humana;

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos Judiciários e a Fundação para a Ciência e a

Tecnologia, I.P.

h) Outras atividades

Designação para o exercício das funções de secretariado:

▪ Das reuniões dos presidentes dos júris de seleção das provas orais e das provas de

avaliação curricular dos concursos de ingresso no 34.º curso de formação inicial para

magistrados dos tribunais judiciais e no 5.º curso de formação inicial para magistrados dos

tribunais administrativos e fiscais;

▪ Do júri da fase avaliativa do curso de formação específico para o exercício de funções de

presidente do tribunal e de magistrado do Ministério Público coordenador previsto nos

artigos 97.º e 102.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, que estabelece as normas de

enquadramento e de organização do sistema judiciário, determinado pelo Despacho n.º

2724/2017, de 10 de março, de Sua Excelência a Ministra da Justiça.

7.2.4.2. Apoio geral

No período em referência, foi prestada assessoria jurídica no âmbito do desenvolvimento de

outras competências do Departamento de Apoio Geral, designadamente em matéria de

contratação pública e de recursos humanos. Referem-se, seguidamente, os principais trabalhos

desenvolvidos.

a) 2.1. Contratação pública

Designação para os júris dos procedimentos de formação do contrato de fornecimento de

eletricidade e do contrato de aquisição de serviço de outsourcing de impressão.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 93

b) 2.2. Recursos humanos

b.1) Informações e pareceres

Foi prestada assessoria jurídica através da emissão de informações, pareceres e projetos de

despacho, em todos os processos e estudos em que essa assessoria foi solicitada,

designadamente no âmbito do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na

Administração Pública (SIADAP), estabelecido pela Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro

(comissão de avaliação do desempenho e comissão paritária).

b.2) Recrutamento e seleção

Foram assegurados os trabalhos inerentes ao procedimento concursal comum para o

preenchimento de dois postos de trabalho na categoria de assistente técnico da carreira geral de

assistente técnico, incluindo a integração do júri designado, aberto pelo Aviso n.º 4826/2017,

publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio de 2017, e aos procedimentos a

observar na avaliação do período experimental, incluindo a integração dos respetivos júris.

Foi, ainda, prestado apoio jurídico e administrativo nos procedimentos de seleção para

recrutamento de docentes abertos pelos Avisos n.º 12645/2017, de 23 de outubro, e n.º 5090/2018,

de 17 de abril.

b.3) Regulamentação interna

Procedeu-se à alteração do Regulamento do Fundo de Maneio.

b.4). Informação legal, Internet e Intranet

Procedeu-se à divulgação, junto das unidades orgânicas/trabalhadores competentes, das

novidades legislativas e jurisprudenciais, com direta influência no desenvolvimento da atividade

do Centro de Estudos Judiciários. Promoveu-se, ainda, a atualização da área «Documentos de

Publicitação Legal» da página eletrónica do Centro de Estudos Judiciários, bem como da área

«Legislação» da Intranet, disponibilizando-se, designadamente, versões atualizadas de diplomas

legais com relevância no desenvolvimento da atividade deste Centro.

7.3. Outras atividades

No ano de atividades 2017/2018 foram, ainda, desenvolvidas outras atividades das quais se

destacam:

▪ Resposta a vários Questionários\Inquéritos, nomeadamente de satisfação de entidades

públicas e privadas designadamente da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça e

empresas prestadoras de serviços ao CEJ.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 94

▪ Reporte trimestral e anual das ações e valores despendidos em publicidade institucional,

na Plataforma eletrónica sobe Publicidade Institucional do Estado.

▪ Foram elaboradas inúmeras propostas, informações e pareceres, sobre assuntos

transversais a todas as unidades orgânicas, tendo em vista decisão superior.

▪ Foram elaborados e remetidos, a diferentes entidades, inúmeros ofícios relativos a todas

as áreas funcionais do CEJ;

▪ Foi elaborado e enviado à Secretaria-Geral do Ministério da Justiça o Balanço Social

Consolidado, com base no Balanço Social oportunamente remetido pelo GAEJ.

▪ Foi preparada informação diversa, sobre execução orçamental, recursos humanos e

compras públicas e remetida às diferentes entidades, designadamente o Instituto de

Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a Direção-Geral do Orçamento, a Secretaria

- Geral do MJ e a Direção-Geral do Emprego e da Administração Pública.

▪ Foram secretariadas todas as reuniões dos Conselhos Geral e Pedagógico e elaboradas as

respetivas atas.

7.4. Divisão de Informática e Multimédia

A Divisão de Informática e Multimédia (DIM) é constituída por seis elementos, o chefe de divisão

e cinco elementos da área de informática e multimédia.

De acordo com as competências definidas para a Divisão, foram desenvolvidas e implementadas,

ao longo do ano de atividade, tarefas para assegurar a operacionalidade dos sistemas

informáticos, de multimédia e de telecomunicações e a sua adequação às necessidades do CEJ.

Dispomos de um serviço interno de apoio a utilizadores (helpdesk) que no período em apreço

recebeu 1045 pedidos. Estes pedidos são solicitados pelas várias unidades orgânicas, que incluem

intervenções nas áreas de software, hardware, rede estruturada e wifi,

e-learning e multimédia.

7.4.1. Informática

Ao longo do período em análise salientam-se diversas tarefas realizadas pela DIM na área do

hardware e software, nomeadamente:

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 95

▪ Acompanhamento e resolução de problemas existentes na rede física estruturada e na

rede sem fios nos edifícios, principal e da direção;

▪ Suporte, administração e backup das aplicações em funcionamento no CEJ, em particular

da aplicação em funcionamento na biblioteca, Bibliosoft e da aplicação de controlo de

assiduidade, PI;

▪ Manutenção da base de dados entidades, que permitiu a consolidação das bases de dados

de entidades, existentes em cada unidade orgânica. Esta aplicação permite o acesso e

atualização dos dados de forma centralizada;

▪ Desenvolvimento de dois novos módulos na aplicação que gere o concurso de ingresso no

CEJ e o percurso académico de auditores no CEJ durante o 1.ºciclo;

▪ Desenvolvimento de módulo aplicacional para junção de documentos e posterior envio da

Declaração Mensal de Remunerações;

▪ Manutenção e atualização de bases de dados e aplicações de desenvolvimento interno;

▪ Manutenção e atualização do sítio de internet, resultando numa frequente

disponibilização na internet de toda a informação relativa às atividades das unidades

orgânicas do CEJ;

▪ Manutenção da intranet e atualização dos conteúdos da responsabilidade da DIM;

▪ Início do processo de migração dos documentos existentes em pastas partilhadas para

uma intranet do CEJ desenvolvida pelo IGFEJ em software SharePoint;

▪ Apoio no concurso de ingresso para o 34.º curso de formação de magistrados para os

tribunais judiciais e 5.º curso de formação de magistrados para os tribunais administrativos

e fiscais;

▪ Preparação dos cento e vinte e seis portáteis pertencentes aos auditores que integram o

33º. Curso de formação para magistrados;

▪ Acompanhamento do processo de impressão e cópia no CEJ, permitindo deste modo

rentabilizar os equipamentos existentes e recomendar equipamentos a adquirir, assim

como respetivos consumíveis;

▪ Realização do concurso para contração de cinco equipamentos de impressão e cópia em

regime de outsourcing pelo período de 36 meses;

▪ Configuração dos novos equipamentos de impressão e sua disponibilização na rede.

No período em análise o sítio de internet teve um total de 349 918 sessões. A percentagem

referente a utilizadores portugueses é de 95,23 e o seu tempo médio por sessão de 4 minutos e

48 segundos, como se pode visualizar na tabela seguinte.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 96

País Nº Sessões Duração

média

Segundo os indicadores de disponibilidade do sítio de internet, o número de utilizadores foi de

134278, obtendo o seu pico máximo no mês de março, como se pode observar no gráfico

seguinte.

9103

8967 8751

10758

15767

12782

16396

11361

11518

9566

12338

6971

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18

Nº de Utilizadores

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 97

7.4.2. Multimédia

Nesta área a DIM continuou a prestar serviço regular de apoio às sessões da formação inicial e

ações da formação contínua, bem como o acompanhamento e apoio a outros eventos

promovidos pelo CEJ. Destacam-se a realização de algumas tarefas essenciais:

▪ Filmagem, edição e pós-produção em formato digital de várias ações do plano de

formação contínua, nas suas várias tipologias: conferências, seminários, colóquios,

workshops, cursos de especialização e cursos on-line, e sua disponibilização no sítio de

e-learning (consultar gráfico “Vídeos produzidos por mês”);

▪ Com a colaboração da DIM foram emitidas por videoconferência, canal CEJ ou através da

Justiça TV as ações de formação a distância previstas no plano de formação contínua do

ano 2017/2018;

▪ Apoio na produção de e-books de suporte às ações de formação para as áreas Civil,

Família, Trabalho, Penal, Administrativo e Fiscal e outras;

▪ Serviço regular de apoio audiovisual às aulas da formação inicial e formação contínua,

bem como o acompanhamento e apoio a outros eventos promovidos pelo CEJ, de acordo

com protocolos institucionais, através da disponibilização de videoprojectores e

equipamentos de audiovisual;

▪ Participação na produção de publicações físicas do CEJ (Revista e Prontuário);

▪ Elaboração de documentos específicos (avaliação, cálculo, formulários) em diversas

aplicações (Acrobat, Excel e Google Docs) para apoio a formação presencial e a distância;

▪ Criação na plataforma de e-learning de diversos cursos correspondentes às ações de

formação do plano de formação contínua do ano 2017/2018;

▪ Criação na plataforma de e-learning das áreas para apoio à formação do 33.º curso de

formação de magistrados para os Tribunais Judiciais.

No gráfico da página seguinte pudemos consultar o número de acessos mensal à plataforma de

e-learning realizado por utilizadores registados.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2017.2018 98

No período em análise foram produzidos 950 vídeos. No gráfico junto visualizamos o número de

vídeos produzidos mensalmente.

set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18

44 678

58 605 55 730

47 036

67 294

57 243

47 820 50 052

28 299

44 255

4 179 657

set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18

46

11

34

73

117

69

168

103 95

71

163

0

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