tribos do brasil

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    AIMOR

    - Grupo no-tupi, tambm chamado de botocudo. Grandes corredores e guerreiros temveis,foram os responsveis pelo fracasso das capitanias de Ilhus, Porto Seguro e Esprito Santo. Sforam vencidos no incio do Sculo XX.O nome "botocudo", derrogatrio e ofensivo, foi dado pelos portugueses a diversos povos histrica

    e geneticamente heterogneos do grupo lingstico macro-j que habitavam o nordeste de MinasGerais, o sul da Bahia e o norte do Esprito Santo. Em comum, tinham o hbito de usar discos demadeira no lbio inferior e nos lbulos das orelhas para expandi-los de forma peculiar.

    AKUNTSU

    - Nomes alternativos: Akunt'suClassificao lingstica: TupariPopulao: 6 (Funasa - 2007)Local: RondniaOs ltimos seis sobreviventes dos chamados Akuntsu vivem em duas pequenas malocas prximasuma da outra, nas matas do igarap Omer, afluente da margem esquerda do rio Corumbiara, no

    sudeste de Rondnia. A rea constitui uma pequena reserva de mata outrora pertencente a umafazenda particular interditada pela Funai no final dos anos 1980. Caracteriza-se por florestaequatorial de terra firme, razovel incidncia de pequenos morros, poucas nascentes e, assim comoas demais reservas de mata de Rondnia, encontra-se seriamente ameaada por frentes agropastoris.

    ANAMB

    - Classificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 132 ( 2000)Local: ParA lngua Anamb da famlia Tupi-Guarani. Nos anos 80, todos os Anamb com mais de 40 anoseram falantes da lngua indgena e quase todos os que estavam na faixa de 20 a 30 anos a

    entendiam, mas usavam correntemente o portugus. Vivem no alto curso do rio Cairari, um afluentedo Moju, que corre paralelo ao baixo rio Tocantins, pela sua margem direita. Esto na TerraIndgena Anamb, com 7.882 hectares, homologada e registrada, situada no municpio de Moju, PA.

    APIAK

    - Nomes alternativos: ApiacClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 192 (Funasa - 2001)Local: Amazonas, Mato Grosso, ParOs Apiak vivem no norte do Estado de Mato Grosso. Encontram-se dispersos ao longo dos grandescursos fluviais Arinos, Juruena e Teles Pires. Parte deles reside em cidades como Juara, Porto dos

    Gachos, Belm e Cuiab. Tem-se notcia tambm da existncia de um grupo arredio. A maior partede sua populao encontra-se aldeada na Terra Indgena Apiak-Kayab, cortada pelo rio dos Peixes.Os Apiak vivem na margem direita do rio e os Kayab, na margem esquerda. Os Apiak eram um

    povo numeroso, constituindo uma aldeia de at 1.500 pessoas, alm de outras tambm populosas.

    APINAY

    - Nomes alternativos: Apinaj, ApinagClassificao lingstica: Macro-GPopulao: 800 (1994 SIL)Local: Tocantins, perto de Tocantinpolis, 6 aldeias

    APURIN- Nomes alternativos: Ipurinn, Kangite, Popengare

    Classificao lingstica: Arawak

    http://www.survivalfrance.org/peuples/akuntsuhttp://www.arara.fr/BBTRIBOANAMBE.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOAPIAKA.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/akuntsuhttp://www.arara.fr/BBTRIBOANAMBE.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOAPIAKA.html
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    Populao: 2,000 (1994 SIL)Local: Amazonas, Acre; espalhados sobre 1600 kilmetros do Rio Purus, de Rio Branco at Manaus

    1 - ARARA

    - Nomes alternativos: AjujureClassificao lingstica: Caribe

    Populao: 195 (1994 SIL & ISA-98)Local: Par em 2 aldeiasOs Arara ficaram famosos por sua belicosidade e pelos trofus que capturavam dos corpos dosinimigos - cabeas para flautas, colares de dentes e escalpos de face. Mas h muito tempo tambmque sua facilidade de interao com o mundo exterior, e mesmo para a incorporao de estranhos aomundo nativo chama ateno para outros aspectos de seu modo de vida. A superposio virtualentre a paixo guerreira e a disposio constante para o estabelecimento de relaes solidrias egenerosas parece ter sido uma marca de um mundo Arara que hoje cede o passo s relaes decontato com o mundo dos brancos.As mulheres dessa tribo usam, como roupa, apenas uma espcie de cinto chamado uluri, feito deentrecasca de rvore. Se esse cinto se romper (por acaso), a mulher se sente desprotegida e nua. A

    presena deste cinto significa que a mulher no est sexualmente disponvel, e a aproximao sacontece quando ela o retira. Alguns desses povos j esto extintos. Sua lngua a tupi. No ritual detransio entre a infncia e a vida adulta, os meninos ficam reclusos na casa dos homens e tm que

    passar por sofrimentos fsicos e dar provas de fora. Embora no haja um espao fsicodeterminado, as meninas tambm tm que cumprir alguns rituais de passagem.

    2 - ARAWET

    - Nomes alternativos: ArauetClassificao lingstica: Tupi-GuaraniPopulao: 293 (em 2003)Local: no Estado do Par, prximo ao Igarap Ipixuna, afluente do Xingu

    Os Arawet so um povo tupi-guarani de caadores e coletores da floresta de terra firme, que sedeslocou h cerca de quarenta anos das cabeceiras do rio Bacaj, em direo ao rio Xingu, noEstado do Par. O nome "Arawet", inventado por um sertanista da Funai, no significa nada nalngua do grupo. O nico termo que poderia ser considerado uma auto-denominao bde, quesignifica "ns", a "gente", os "seres humanos".

    3 - ASHANINKA

    - Nomes alternativos: KampaClassificao lingstica: ArawakPopulao: 869 (CPI/Acre - 2004)Local: Acre (Breu, Amnia e Alto Envira)

    Os Ashaninka tm uma longa histria de luta, repelindo os invasores desde a poca do ImprioIncaico at a economia extrativista da borracha do sculo XIX e, particularmente entre os habitantesdo lado brasileiro da fronteira, combatendo a explorao madeireira desde 1980 at hoje. Povoorgulhoso de sua cultura, movido por um sentimento agudo de liberdade, prontos a morrer paradefender seu territrio, os Ashaninka no so simples objetos da histria ocidental. admirvel suacapacidade de conciliar costumes e valores tradicionais com idias e prticas do mundo dos

    brancos, tais como aquelas ligadas sustentabilidade socioambiental.Os ashaninkas so hoje, no Acre, a nica tribo que possui tecelagem prpria. Eles produzem cercade 150 tipos de peas, como roupas e bolsas artesanais.

    4 - ASURIN

    - Nomes alternativos: Asurin do Trocar, autodenominam-se Akuwa, o que quer dizer a gente,nsClassificao lingstica: Da famlia Tupi-Guarani

    http://www.arara.fr/BBTRIBOARARA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOARAWETE.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOASHANINKA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOASURINI.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOARARA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOARAWETE.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOASHANINKA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOASURINI.html
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    Populao: Em 2001, eram 303Local: Terra Indgena Trocar, j demarcada e homologada, a 24 quilmetros ao norte da sede doMunicpio de Tucuru, no municpio de Baio, prxima cidade de Tucuru, margem esquerda doRio Tocantins, no Tocantins (PA)Atividade predominante : Coletam mel e aa, para comercializar em pequena escala em Tucuru.Criam algumas cabeas de gado, mas apreciam a carne de caa como : anta, veado, caititu, cotia,

    macaco entre outras.Curiosidade: A caa uma atividade predominantemente masculina, porm, as mulheres tambmcaam.Os Asurin usam espingarda para caar e anzis na pesca, alm de tarrafas e malhadeiras. OsAsurin se autodenominam Akuwa, que significa gente, ns e habitam a Terra Indgena Trocar,com 21.722 hectares demarcados e homologados, localizados no municpio de Baio, em Tucuru,no Par. Pertencem famlia lingstica Tupi-guarani, mas, atualmente, praticamente todos osAssurin falam com fluncia o portugus, principalmente jovens e crianas. No passado, formavamcom o Povo Parakan um grande grupo tupi e teriam como regio de origem o Rio Xingu. Depoisse deslocaram para leste ocupando as cabeceiras do Rio Pacaj e, mais tarde, as proximidades doRio Trocar onde esto at hoje. Atualmente residem em uma nica aldeia a cerca de trs

    quilmetros da margem do Rio Tocantins. Gostam muito de jogar o futebol com os times da regio.Rituais : Todos os anos realizam o cerimonial denominado Morohaitawa onde so formados novosxams. A preparao de um homem para o xamanismo comea quando ele jovem participando dasfestas do tabaco. A atividade xamanstica intensa por isso todo homem assurin um pouco

    paj. Eles consideram Mahira nosso velho av como o criador dos serem humanos e responsvelpela instaurao da ordem na Terra, com poder de vida e morte sobre os humanos. Mahira tambmcontribuiu para a Cultura transmitindo conhecimentos como cultivo da mandioca, confeco deflautas e msicas.

    ATIKUM

    - Nomes alternativos: Aticum

    Populao: 5.852 (Funasa - 2006)Local: Bahia, PernambucoA reserva Atikum, com uma rea de 15.276 hectares e uma populao de 3.582 ndios, estlocalizada na Serra do Um, no municpio de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco.A presena dos indgenas na Serra do Um data provavelmente do sculo XIX. Segundodocumentos de 1801, esses ndios, sob a denominao de Ums juntamente com outras tribos,foram aldeados no local onde permaneceram at 1819, quando a aldeia foi abandonada aps vriosconflitos.Em 1824, houve a disperso de diversos grupos indgenas pelo serto de Pernambuco, tendo osUm se dirigido para regio da Serra Negra.

    ATROARI- Nomes alternativos: Atruah, Atroa, Atrowari, Atroahy, Ki'nya

    Classificao lingstica: CaribePopulao: 350 (1995 SIL)Local: Nos rios Alalau e Camanau na fronteira entre o estado de Amazonas e o territrio deRoraima. Tambm nos rios Jatapu e Jauaperi

    AV-CANOEIRO

    - Nomes alternativos: Canoeiro, Cara-Preta, CarijClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 16 (Funasa - 2006)Local: Gois, Minas Gerais, TocantinsPovo de lngua da famlia Tupi-Guarani que vivia entre os rios Formoso e Javars, em Gois. Em1973, um grupo foi contatado. Foram pegos "a lao" por uma equipe chefiada por Apoena Meireles,

    http://www.arara.fr/BBTRIBOATIKUM.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOAVACANOEIROI.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOATIKUM.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOAVACANOEIROI.html
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    e transferidos para o Parque Indgena do Araguaia (Iha do Bananal) e colocados ao lado de seusmaiores inimigos histricos, os Java.Parte da rea indgena Av-Canoeiro, identificada em 1994 com 38.000 ha, nos municpios deMinau e Cavalcante em Gois, est sendo alagada pela hidreltrica Serra da Mesa, no rioMaranho.

    AW-GUAJ

    - Nomes alternativos: Aw, Wazaizara (Tenetehara), Aiay (Amanay), GwazClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 283 (Funasa - 2005)Local: No Estado do Maranho, habitam a Terra Indgena Aw, no Municpio de Carutapera; ParAtividade predominante : praticam a agricultura itinerante, sendo a caa e a pesca, as formas maisimportantes de sobrevivncia. comum se deslocarem para reas distantes, denominados comoretiros de caa. Cultivam mandioca, arroz, milho, batata doce, car, banana, melo, melancia, feijo,cacau, laranja, maracuj. O uso do babau freqente principalmente em tempos de penria,quando usam o fruto para complementar a dieta.As origens desse povo so obscuras, mas acredita-se que os Guaj sejam originrios dos rios

    Gurupi, Guam e Capim no Estado de Tocantins. Provavelmente formavam junto aos Kaapor,Temb e Guajajara (Tenetehara) um grupo maior da famlia lingstica tupi-guarani naquela regio.Os que vivem na pr-Amazonia brasileira constituem um dos ltimos povos caadores e coletoresno Brasil. Alm dos aldeados pela Funai, existe um certo nmero vivendo na floresta sem contatocom a sociedade que no deve passar de 30 pessoas. Os primeiros contatos com o povo Guajaconteceram em 1973. At ento, acredita-se que essa etnia tinha uma vida nmade subsistindo dacaa de animais silvestres e da coleta de produtos florestais.Rituais : Na esfera religiosa, h participao complementar entre o homem e a mulher. o queacontece no cerimonial de viagem para o cu (oh iwa-beh) praticado durante o perodo daestiagem nas noites de lua cheia. Com a ajuda das mulheres, os homens so adornados com

    plumagens de aves para embarcar nessa viagem.

    - A pgina sobre os ndios Aw no site Survival.BANIWA

    - Nomes alternativos: Baniva, Baniua, CuripacoClassificao lingstica: AruakPopulao: 5.811 (Dsei/Foirn - 2005)Local: AmazonasOs Baniwa vivem na fronteira do Brasil com a Colmbia e Venezuela, em aldeias localizadas smargens do Rio Iana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, alm de comunidades no Alto Rio

    Negro/Guaina e nos centros urbanos de So Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM).J os Kuripako, que falam um dialeto da lngua baniwa, vivem na Colmbia e no Alto Iana(Brasil). Ambas etnias aparentadas so exmias na confeco de cestaria de arum, cuja arte milenarlhes foi ensinada pelos heris criadores e que hoje vem sendo comercializada com o mercado

    brasileiro. Recentemente, tm ainda se destacado pela participao ativa no movimento indgena daregio. Esta corresponde a um complexo cultural de 22 etnias indgenas diferentes, mas articuladasem uma rede de trocas e em grande medida identificadas no que diz respeito organizao social,cultura material e viso de mundo.

    5 - BORORO

    - Nomes alternativos: Coxipon, Araripocon, Aras, Cuiab, Coroados, PorrudosClassificao lingstica: Bororo (Tronco Lingustico Macro-J)Populao: 1.392 (Funasa - 2006)Local: Mato GrossoAtividade predominante : So tradicionais caadores e coletores. Adaptaram-se agricultura da qualextraem sua subsistncia

    http://www.arara.fr/BBTRIBOGUAJA.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/awahttp://www.arara.fr/BBTRIBOBANIWA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOBORORO.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOGUAJA.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/awahttp://www.arara.fr/BBTRIBOBANIWA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOBORORO.html
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    Curiosidade : Dentro de cada cl h uma comunho de bens culturais (nomes, cantos, pinturas,adornos, enfeites, seres da natureza) que s podem ser usados pelos membros desse determinado cla no ser que este direito seja participado a outras pessoas em pagamento por favores recebidos.Habitam a regio do planalto central de Mato Grosso e est distribudo em cinco Terras Indgenasdemarcadas: Jarudore, Meruri, Tadarimana, Tereza Cristina e Perigara. Com uma histria de muitaresistncia ao avano das frentes e expanso de territrios, a pacificao com o povo Bororo

    ocorreu no final do sculo XIX. Destacam-se pela confeco de seus artesanatos de plumagem(cocar e braadeiras em pena) e tambm pela pintura corporal em argila.Rituais : Os Bororo praticam diversos rituais como a Festa do Milho para celebrar a colheita docereal, um alimento importante na nutrio dos ndios; Furao de Orelha e Lbios, alm doRitual do Funeral, uma celebrao sagrada para todos que se consideram ndio (Boe).O funeral o que mais chama ateno pela complexidade, podendo durar at dois meses. A mortede algum pode provocar mudanas ou reforar as alianas. Mas a tribo obedece a uma organizaosocial rgida. So de lngua tronco macro-j, autodenominado boe. A aldeia dividida em duas

    partes - exare e tugaregue - que, por sua vez, se subdividem em cls com deveres muito bemdefinidos. Eles reconhecem a liderana de dois chefes hereditrios que sempre pertencem metadeexare, conforme determinam seus mitos. Os antigos Bororo destribuam-se por extensa regio,

    compreendida entre a Bolvia, a Oeste, o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao Norte, e o rio Taquari,ao Sul.

    CAET

    - Os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a Ilha de Itamarac at as margens do Rio SoFrancisco. Depois de comerem o bispo, foram considerados "inimigos da civilizao". Em 1562,Men de S determinou que fossem "escravizados todos, sem exceo".

    CARIJ

    - Seu territrio estendia-se de Canania (SP) at a Lagoa dos Patos (RS). Vistos como "o melhorgentio da costa", foram receptivos catequese. Isso no impediu sua escravizao em massa por

    parte dos colonos de So Vicente. Foram dizimados pelo trabalho forado nos canavias da baixadasantista.Os Carijs construam suas casas cobrindo-as com cascas de rvores e j fabricavam redes eagasalhos com o algodo que cultivavam, forrando-as com peles e ataviando-as com plumas e

    penas. Acostumaram-se a ajudar todos os navios que lhe solicitassem auxlio, at que um dia,trados na sua boa f, acabaram considerando os brancos inimigos.

    DENI

    - Nomes alternativos: DaniClassificao lingstica: ArawPopulao: 875 (Funasa - 2006)

    Local: AmazonasCompreendem mais de 600 tribos indgenas que habitam uma plancie entre os Rios Purus e Juru,localizados no Amazonas. Considerados como Tribo Arawa, os Deni so parte do brao lingusticoAruak. A primeira meno aos Deni aparece no relatrio SPI de 1942. So divididos em grupos oucls. Cada cl tem certa autonomia poltica, possuindo sua prpria auto-identidade: Bukure Deni,Kuniva Deni, Minu Deni, Varasa Deni, Hava Deni, Madija Deni. Devido ao baixo potencialagrcola do solo da floresta, os Deni equilibram sua dieta com a flora e a fauna selvagens. Os Deniso nmades e sua populao das aldeias oscila bastante, as aldeias so apenas uma agregao degrupos familiares e de famlias. Eles no possuem uma unidade inerente como comunidade. O Cicloda Borracha, que se estendeu do fim do sculo XIX at 1940, foi a principal causa da rpidaocupao ocidental dos vales dos Rios Purus e Juru e dos consequentes e trgicosdesaparecimentos, diretamente ou pela introduo de doenas, de muitas Tribos Indgenas doAmazonas. Durante o boom da borracha, estima-se que a populao indgena da regio do RioPurus era de aproximadamente 40 mil indivduos.

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    6 - ENAWEN-NAW

    - Nomes alternativos: Eram conhecidos como Salum, mas por meio dos vizinhos Pareci, em1983, se descobriu a verdadeira denominao do grupo.Classificao lingstica: famlia ArukPopulao: 445 (Funasa - 2006)Local: Aldeia prxima ao Rio Iqu, afluente do Rio Juruena, no nordeste do Mato GrossoAtividade predominante : Pesca e coletaCuriosidade : Tradicionalmente no consomem caa e no tm o hbito de caar. O peixe considerado alimento nobre, fundamental nos rituais e objeto de troca nas relaes sociais eamorosas.Vivem em uma regio de vegetao variada, com cerrado e floresta tropical localizada no vale doafluente do Rio Juruena, a noroeste de Mato Grosso, municpio de Juna, Comodoro e Campo Novodos Paresi. Vivem nesse territrio em uma nica aldeia perto do Rio Iqu. Dificilmente osEnawen-Naw deixam suas aldeias para contato com os no-ndios mantendo sua autonomiadevido localizao geogrfica privilegiada e at hoje no falam o portugus. Os produtos da coletacomplementam a alimentao e servem de matria-prima para enfeites, roupas e objetos. O mais

    importante o mel misturado com gua e consumido como refresco. Dentre os frutos, destacam-secastanha, buriti, bacaba e pequi. Tambm comem fungos (cogumelos selvagens), razes, algunstipos de insetos e de larvas. Cascas, razes e folhas especiais so usadas como remdio.Produzem sal vegetal de palmeiras e panelas de barro. Da palha do buriti confeccionam cordas,cestos, peneiras, raquetes para assar peixes, saias, enfeites de braos e cobrem casas. De madeirasespeciais fazem canoas, bancos, remos, arcos, flechas, fogo. Fabricam tambm redes, saias e

    pulseiras de algodo. um povo muito alegre e rico em diversidade musical e danas, bem comonas indumentrias que caracterizam sua peculiaridade.Rituais : Os Enawen-Naw so muito espiritualistas sendo que suas atividades econmicas soorientadas pelo calendrio ritual, pois acreditam que h um outro tipo de vida aps a morte.- A pgina sobre os ndios Enawen Naw no site Survival.

    FULNI-- Nomes alternativos: Fulni, Furni, Forni, Carnij, Iat, Yat

    Classificao lingstica: Ia-t, Macro-G, FulnioPopulao: 3.659 (Funasa - 2006)Local: Pernambuco - guas BelasOs Fulni so o nico grupo do Nordeste que conseguiu manter viva e ativa sua prpria lngua - oIa-t - assim como um ritual a que chamam Ouricuri, que atualmente realizam no maior sigilo. Na

    parte central das terras da reserva indgena se encontra assentada a cidade de guas Belas rodeadatotalmente pelo territrio Fulni. So mais de 2.900 ndios que vivem em Pernambuco.

    GAVIO

    - Nomes alternativos: Gavio do Me Maria, Gavio Parakatej, Gavio do OesteClassificao lingstica: JPopulao: 476 (Funasa - 2006)Local: ParEsse nome foi atribudo a diferentes grupos Timbira da regio do mdio Tocantins por viajantes dosculo XIX, que sempre falavam do carter guerreiro desses ndios. A denominao vem das penasde gavio usadas em suas flechas. Esses ndios foram muito reduzidos pelo contgio de doenas emseus primeiros contatos com os brancos. Uma das maiores tradies a corrida de toras: as equipesde revezamento (formada somente por homens), carregam troncos de buriti nos ombros. O maisimportante no quem chega primeiro, o que vale mais o divertimento. A comemorao maior

    quando as equipes chegam juntas ou quase juntas. Cada indivduo recebe dois nomes e um delesno pode ser divulgado. Mostrar ao outro este segredo, significa transferir poder. Quando algumrecebe o nome de um parente que j morreu carrega a responsabilidade de manter as caractersticas

    http://www.arara.fr/BBTRIBOENAWENE.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/enawenenawehttp://www.arara.fr/BBTRIBOFULNIO.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOENAWENE.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/enawenenawehttp://www.arara.fr/BBTRIBOFULNIO.html
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    do antepassado e quem o escolhe assume o papel de padrinho com a funo de transmitir a cultura.Depois do casamento, por um perodo determinado, entre genro e sogra, nora e sogro, ficam

    proibidos de chamar o outro pelo nome.

    GOITAC

    - Ocupavam a foz do Rio Paraba. Tidos como os ndios mais selvagens e cruis do Brasil,

    encheram os portugueses de terror. Comedores de gente, guerreiros ferozes e arredios. Ascaractersticas mais citadas para definir os ndios goitacazes so tambm uma boa pista paraentender por que se sabe to pouco sobre essa tribo, de grandes caadores e pescadores, que chegouao litoral por volta do sculo II. Grandes canibais e intrpidos pescadores de tubaro. Eram cerca de12 mil.

    GUAJAJARA

    - Nomes alternativos: Guazazara, Tenetehar, TenetehraClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Tenetehara (IV)Populao: 19.471 (Funasa - 2006)Local: Maranho, 81 aldeias

    Os Guajajara so um dos povos indgenas mais numerosos do Brasil. Habitam 11 Terras Indgenasna margem oriental da Amaznia, todas situadas no Maranho. Sua histria de mais de 380 anos decontato foi marcada tanto por aproximaes com os brancos como por recusas totais, submisses,revoltas e grandes tragdias. A revolta de 1901 contra os missionrios capuchinhos teve comoresposta a ltima "guerra contra os ndios" na histria do Brasil.

    7 - GUARANI

    - Nomes alternativos: Ava-Chiripa, Ava-Guarani, Xiripa, Tupi-GuaraniClassificao lingstica: Tupi-GuaraniPopulao: considerado um dos povos mais populosos no Brasil, com cerca de 27 mil ndiosLocal: Reserva Indgena do Rio Silveira, localizada em Boracia, divisa entre Bertioga e So

    Sebastio. Mas, existem aldeias Guarani em diversos estados como : Mato Grosso, So Paulo,Esprito Santo, Paran, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Par.Atividade predominante : praticam a agricultura de subsistncia plantando arroz, mandioca entreoutros itens.Curiosidade : as danas, cantos e rituais so direcionados ao Deus Tup, pedindo proteo s

    pessoas e natureza. Valorizam a preservao do meio ambiente.Considerado um dos mais populosos povos indgenas no Brasil, foi um dos primeiros a manteremcontato com os portugueses resistindo a qualquer imposio em sua cultura. Os Guarani foram osque mais resistiram e ainda resistem muito para manter seus costumes tradicionais como a lngua, asdanas e, principalmente as manifestaes religiosas. Apesar do constante contato com os no-ndios, eles mantm suas caractersticas fsicas pois muitas aldeias no admitem a miscigenao.

    So agricultores de subsistncia plantando arroz, mandioca outros. Em muitas aldeias existemescolas onde o ensino bilnge.H, contudo, entre os subgrupos Guarani-andeva, Guarani-Kaiowa e Guarani-Mbya existentes noBrasil, diferenas nas formas lingsticas, costumes, prticas rituais, organizao poltica e social,orientao religiosa, assim como formas especficas de interpretar a realidade vivida e de interagirsegundo as situaes em sua histria e em sua atualidade.- Histrias dos Guaranis de Santa Catarina- Ywy rupa: a territorialidade Guarani- A pgina sobre os ndios Guarani no site Survival.

    HIXKARYANA

    - Nomes alternativos: Hixkariana, Hishkaryana, Parukoto-Charuma, Parucutu, Chawiyana,Kumiyana, Sokaka, Wabui, Faruaru, Sherewyana, Xerewyana, Xereu, HichkaryanaClassificao lingstica: Caribe

    http://www.arara.fr/BBTRIBOGUARANI.htmlhttp://www.overmundo.com.br/blogs/historias-dos-guaranis-de-santa-catarinahttp://www.overmundo.com.br/blogs/ywy-rupa-a-territorialidade-guaranihttp://www.survivalfrance.org/peuples/guaranihttp://www.arara.fr/BBTRIBOGUARANI.htmlhttp://www.overmundo.com.br/blogs/historias-dos-guaranis-de-santa-catarinahttp://www.overmundo.com.br/blogs/ywy-rupa-a-territorialidade-guaranihttp://www.survivalfrance.org/peuples/guarani
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    Populao: 804 (censo de Maio, 2001)Local: Amazonas, Rio Nhamund acima at os rios Mapuera e Jatap

    HUPDA

    - Nomes alternativos: Hupd, Hupd Mak, Jupd Mac, Mak-Hupd, Mac De Tucano, UbdClassificao lingstica: Maku (Puinave, Macro-Tucano)

    Populao: 1,208 no Brasil (1995 SIL); 150 na Colmbia (1991 SIL); 1,350 nos dois pasesLocal: Rio Auari, noroeste de AmazonasJ se tornou moeda corrente entre os regionais e na literatura etnogrfica sobre o NoroesteAmaznico a distino entre os chamados "ndios do rio", de fala Tukano e Arawak, e os "ndios domato", de fala Maku.Enquanto os primeiros so agricultores que fixam suas aldeias nas margens dos rios navegveis, osMaku vagam nos divisores de gua, estabelecendo-se temporariamente onde encontram condiesecolgicas favorveis caa e adequadas ao modo como eles costumam resolver seus conflitosinternos: "quando a gente se desentende, a gente se espalha no mato e fica l at a raiva passar."

    IKPENG

    - Nomes alternativos: Txiko, Txikn, Chicao, Tunuli, TonoreClassificao lingstica: KaribPopulao: 342 (Funasa - 2006)Local: Parque Xingu, Mato GrossoOs Ikpeng vieram para a regio dos formadores do Xingu no incio do sculo XX, quando viviamem estado de guerra com seus vizinhos alto-xinguanos. O contato com o mundo no indgena foiainda mais recente, no incio da dcada de 60, e teve conseqncias desastrosas para sua populao,que foi reduzida em menos da metade em razo de doenas e morte por armas de fogo. Foram entotransferidos para os limites do Parque Indgena do Xingu e pacificados. Hoje em dia mantmrelaes de aliana com as demais aldeias do Parque, mas constituem uma sociedade bastante

    peculiar. J no guerreiam mais, contudo ainda mantm no cerne de sua viso de mundo a guerra

    como motor no apenas da morte, mas de substituio dos mortos pela incorporao do inimigo noseio do grupo, sendo assim tambm reprodutora da vida social.

    JAMAMADI

    - Nomes alternativos: Yamamad, Kanamanti, CanamantiClassificao lingstica: ArawakPopulao: 884 (Funasa - 2006)Local: Amazonas, espalhados sobre 512.000 km2Os Jamamadi fazem parte dos povos indgenas pouco conhecidos da regio dos rios Juru e Purusque sobreviveram aos dois ciclos da borracha, em meados do sculo XIX. Nos anos 1960, foi

    previsto seu desaparecimento como grupo diferenciado, mas a partir daquela poca os Jamamadi

    conseguiram se recuperar, tanto em termos demogrficos quanto culturais.JARAWARA

    - Nomes alternativos: Jarura, Yarawara, JarauaraClassificao lingstica: ArawPopulao: 180 (Funasa - 2006)Data do incio do trabalho da SIL: 1987Local: Seis aldeias dentro da area indgena Jamamadi-Jarawara, no municpio de Lbrea,Amazonas. A reserva fica perto do rio Purus, acima de Lbrea e no lado oposto do rio.Os Jarawara pertencem aos povos indgenas pouco conhecidos da regio dos rios Juru e Purus.Eles falam uma lngua da famlia Araw e habitam apenas a Terra Indgena

    Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, que constantemente invadida por pescadores e madeireiros.

    JUMA

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    - Nomes alternativos: Yum, Katauixi, Arara, Kagwahiva, Kagwahibm, Kagwahiv, Kawahip,Kavahiva, Kawaib, KagwahiphAuto-denominao: KagwahivaClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Kawahib (VI)Populao: 5 (2002); Havia 300 em 1940Local: Amazonas, Rio Au, tributrio do Mucuim

    Os Juma pertencem a um conjunto de povos falantes da famlia lingstica Tupi-Guaranidenominado Kagwahiva. No sculo XVIII, provvel que os Juma somassem de 12 a 15 mil ndios.Aps sucessivos massacres e a expanso das frentes extrativistas, se viram reduzidos a poucasdezenas na dcada de 1960. Atualmente, restam apenas cinco indivduos: um pai com suas trsfilhas e uma neta.

    8 - JURUNA

    - Nomes alternativos: Yudj, YurunaClassificao lingstica: JurunaPopulao: 362 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso, Par

    Povo indgena cuja lngua a nica representante viva da famlia Juruna, do tronco Tupi.Autodenominam-se Yudj; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, bocas pretas, porque atatuagem caractersticas desses ndios era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a

    boca. Na metade do sculo XIX tinham uma populao estimada em 2.000 ndios, que viviam nobaixo rio Xingu. Um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em territrio compreendido peloParque do Xingu (MT).Segundo levantamento de mdicos da Escola Paulista de Medicina, que prestam servios de sadeaos ndios do parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na margem direitado mdio e baixo rio Xingu, e h um grupo de 22 ndios, segundo dados da Funai de 1990, que vivena Volta Grande do rio Xingu, numa pequena rea indgena chamada Paquiaba, no municpio deSenador Jos Porfrio, no sudeste do Par.

    Suas terras sero atingidas pela construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte.9 - KAAPOR

    - Nomes alternativos: Urubu, Kamb, Urubu-Capor, Urubu-Kapor, Kaapor.Auto-denominao: Ka'aporClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Oyampi (VIII)Populao: 991 (Funasa - 2006)Local: Maranho10 aldeias espalhadas sobre 7168 km2. H quatro aldeias grandes, Z Gurupi, Ximbo Renda,Gurupi-una e gua PretaOs primeiros encontros de paz dos Kaapor com os brasileiros ocorreram em 1928 em Canind norio Gurupi. Em 1928 era conhecido como Posto Indgena Pedro Dantas. Naquela poca, o Posto seencontrava na ilha na frente do local atual de Canind, do lado do Par. Veja as trs perspectivassobre estes encontros neste website do Kaapor. Com a chegada de civilizao os Kaapor seretiraram para a selva at que a reserva presente foi demarcada. A populao estava estvel comcerca de quinhentas pessoas por muitos anos. Houve um censo feito pelo chefe do Posto Canindem 1968 e a populao foi enumerada em um pouco mais de quinhentas pessoas. Naquela poca, ochefe do posto foi a quase todas as aldeias e fez um censo. Mais um censo foi feito pelo chefe doPosto Turiau no final dos anos 70. Mais uma vez, foram enumerados em pouco mais de quinhentas

    pessoas. Desde ento a distribuio de medicamentos por vrios grupos ajudou a combater amortalidade infantil, e tambm ajudou aos adultos a sobreviverem epidemias de gripe forte.

    Atualmente (2002) os Kaapor esto enumerados em cerca de oitocentas pessoas.Uma caracterstica interessante da lngua Kaapor foi o desenvolvimento de uma lngua de sinaisentre eles. Existem vrios surdos-mudos entre eles que so capazes de se comunicar com outros queno so surdos-mudos. O povo desenvolveu uma lngua de sinais entre si (sistema de comunicao

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    intra-tribal). Um surdo-mudo visitando uma aldeia distante tem capacidade de se comunicar comum membro de outra aldeia sem problema.Uma outra caracterstica interessante sua elaborada cerimnia de nomeao, com muitos enfeitesde pena. No dia de nomear o(s) filho(s), esperam o nascimento do sol, e enfrentando o sol nascenteo padrinho escolhido danar com uma criana em seus braos, tocando um apito feito do osso do

    p do gavio-real. Diversas crianas podem ser nomeadas durante esta cerimnia. O padrinho e o

    pai da criana tm ornamentos feitos de penas tais como um capacete feita das penas da cauda dopssaro japu, uma pea nos lbios decorada com a pena da cauda da arara como base, brincos,pulseiras, e s vezes faixas no brao tambm. Esta cerimnia est precedida por uma noite debebedeira onde consomem quantidades grandes de cerveja feita de beiju (pur de mandioca tostadaem bolinhos redondos) de banana ou de caju. A lngua Kaapor tem 14 consoantes e 6 vogais que soorais e podem ser nasais.

    KADIWU

    - Nomes alternativos: Kaduveo, Kadivu, Kadiveo, Mbaya-Guaikuru, Caduvo, Ediu-AdigClassificao lingstica: Mataco-GuaicuruPopulao: 1.629 (Funasa - 2006)

    Local: Mato Grosso do Sul, cerca da Serra da Bodoquena. 3 aldeiasOs Kadiwu, conhecidos como "ndios cavaleiros", por sua destreza na montaria, guardam em suamitologia, na arte e em seus rituais o modo de ser de uma sociedade hierarquizada entre senhores ecativos. Guerreiros, lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai, razo pela qual, como contam,tiveram suas terras reconhecidas.

    KAINGANG

    - Outras denominaes : Coroados, GuayansPopulao : 28.000 (Funasa - 2006)Lngua : famlia JLocal: Paran, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, So Paulo

    Dos Kaingang de So Paulo, que at o incio do sculo XX se mostravam hostis aos trabalhos daestrada de ferro So Paulo-Corumb, hoje sobrevivem 100 nos postos Icatu (Penpolis) e Vanure(Tup). Os Kaingang meridionais, habitam as reservas de diversos postos indgenas ou vivemespalhados pelos trs Estados sulinos:

    NoParan, nos postos Baro de Antonina (Arapongas), Queimadas (Reserva), Iva (Pitanga),Fioravante Esperana (Palmas), Rio das Cobras e Boa Vista ( Iguau), Apucarana (Londrina),Mangueirinha (Mangueirinha), Jos Maria de Paula (Guarapuava);Em Santa Catarina, no posto Xapec (Chapec), onde h uma subdiviso chamada Xoklng.;

    NoRio Grande do Sul, so 4.100 ndios distribudos nos postos Cacique Doble, Ligeiro, Nonoai eGuarita, Serrinha, Vontouro, Monte Caseiros, Inhacor, e Borboleta, esta ltima rea ainda noreconhecida, todos nos municpios do extremo noroeste do Estado.

    11 - KALAPALO

    - Populao : 504 (Funasa - 2006)Lngua : KaribLocal: Mato GrossoA vida social nas aldeias kalapalo um dos quatro grupos de lngua Karib que habita a regio doAlto Xingu, englobada pelo Parque Indgena do Xingu varia de acordo com as estaes do ano.

    Na estao seca, que se estende de maio a setembro, a comida abundante e tempo de realizarrituais pblicos, que costumam contar com muita msica e a participao de membros de outrasaldeias. Na estao chuvosa, a comida torna-se escassa e a aldeia fecha-se nas relaes entre ascasas e os parentes. No contexto multitnico do Parque Indgena do Xingu, os Kalapalo tm sedestacado por uma participao ativa na vigilncia de seus limites, evitando a invaso defazendeiros vizinhos.

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    KAMAYUR

    - Outras denominaes : KamaiurPopulao : 492 (Funasa - 2006)Lngua : Tupi-guaraniLocal: Mato GrossoTribo de cerca de duzentas pessoas, vivem na regio dos formadores do rio Xingu, Mato Grosso do

    Norte. Esta populao indgena, da famlia lingstica tupi-guarani, vinda talvez das costaslitorneas do Maranho, emigrou, muito provavelmente a partir do sculo XVII, para instalar-se

    progressivamente nesta regio seguindo outros grupos indgenas fugindo do contato com osportugueses (1870). Apesar da diversidade de origens e de lnguas, essas tribos constituem-se hojenuma rea cultural definida: as tribos da rea do uluri ou as chamadas tribos xinganas, que ocupama parte sul do Parque Indgena do Xingu. Ao norte vivem outras tribos, com algumas das quais osKamayur mantiveram contatos espordicos, muitas vezes conflituosos, no decorrer de suamigrao

    KAMBIW

    - Outras denominaes : KambioaPopulao : 2 820 (Funasa - 2006)Local: PernambucoOs Kambiw, com uma populao de cerca de 1.100 ndios, vivem aldeados pela Fundao

    Nacional do ndio (Funai), numa rea de 2.700 hectares, localizada nos municpios de Ibimirim,Inaj e Floresta, na regio do Moxot, em Pernambuco.A reserva, criada em 1971, reuniu cerca de cem famlias que se encontravam vagando pela regio,devido s perseguies dos grande proprietrios de terra.

    KANELA

    - Outras denominaes : Canela, Ramkokamekr, Apanyekr, TimbiraLngua : Timbira Oriental, da Famlia JPopulao : 2.502 (Funasa - 2008)Local: MaranhoCuriosidade : Os Kanela tm um conjunto de ciclos rituais baseados na famlia. Entre os principaisritos esto o nascimento, puberdade, casamento, resguardo ps-parto e o luto. Na passagem daadolescncia, os meninos passam pela perfurao da orelha e as meninas ficam reclusas, quandoocorre a primeira menstruao.Os Kanela so compostos de cinco naes remanescentes dos Timbira Orientais, sendo a maior ados Ramkokamenkr descendentes dos Kapiekran como eram conhecidos em 1820. O grupoRamkokamenkr, que significa ndios do arvoredo de almcega atualmente se autodenomina como nome portugus Canela. A principal aldeia Ramkokamenkr, Escalvado, conhecida pelos

    sertanejos e moradores de Barra do Corda como Aldeia Ponto e fica a cerca de 70 km a sul-sudestedessa cidade, no Maranho. A Terra Indgena Kanela conta com 125.212 hectares demarcados ehomologados. Dois fatos marcaram a vida desse povo. Em 1931, um fazendeiro instalou seurebanho na rea e afugentou a principal fonte de alimentao que a caa. Iludindo os ndios,ofereceu-lhes uma festa em que foram embriagados e massacrados. Outro fato foi em 1963, quandoum lder messinico fez o povo Kanela acreditar que haveria uma transformao : os brancosvirariam ndios e estes se tornariam brancos. Seis deles morreram por determinao dosfazendeiros. O grupo possui uma cultura preservada mantendo equilibrado o relacionamento doindivduo com a natureza e a sociedade. As maiores expresses de arte so as formas musicais e asdanas acompanhadas de cantos que hoje ocorrem nos perodos das grandes festas. Entre os Kanela,o urucum passado no corpo em situaes familiares, enquanto a tintura azul-escura do jenipapo

    usada somente em uma determinada situao cerimonial, jamais no dia-a-dia. Uma de suastradies a Corrida de Toras com a participao de homens e mulheres considerados velozes. Astoras para homens pesam mais de 100 quilos e para mulheres 80.

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    Rituais : O conjunto de ciclos rituais acontece durante as festas e est baseado na participao dequase toda a sociedade. Meninos so introduzidos na classe de idade por quatro ou cinco festas deiniciao. Como passo principal para o casamento definitivo, a maioria das meninas entra comoassociada nos rituais masculinos para receber seus cintos de maturidade, necessrios para seremaceitas pelos parentes.

    12 - KARAJ

    - Outras denominaes : Xambio, Chamboa, Yn, CaraiaunaLngua : Karaj, de origem lingstica Macro-JPopulao : 2.532 (Funasa - 2006)Local: Gois, Mato Grosso, Par, Tocantins. Terra Indgena do Parque Nacional do Araguaia na Ilhado Bananal, TocantinsAtividade predominante : A alimentao da comunidade habitualmente retirada do Rio Araguaia edos lagos. Apreciam alguns mamferos e demostram especial predileo na captura de araras,

    jaburus.Plantam : milho, banana, mandioca e melancia. Eles aproveitam tambm os frutos do cerrado, comoo oiti e o pequi, e a coleta do mel silvestre.

    Curiosidade : Os Karaj preferem a monogamia e o divrcio censurado pelo grupo. Se ainfidelidade do homem casado se torna pblica, os parentes masculinos da mulher abandonada

    batem no homem infrator perante toda a aldeia, numa grande ao dramtica, que pode tomarpropores maiores com o acirramento de nimos entre os grupos domsticos envolvidos,resultando inclusive em queima da casa da famlia do marido infrator. Os Karaj possuem ntimarelao com o Rio Araguaia que fonte de sua subsistncia. Segundo o mito da criao, os Karajsaram do fundo desse rio e ocuparam as terras perto das margens. Guardam muitas tradiesdemonstradas em cantos e festas. Uma de suas caractersticas a diferenciao entre a fala dasmulheres e crianas e a dos homens, feitas atravs de fonemas e expresses especficas. So muitoricos na fabricao de seu artesanato arity e dos adornos isiywidyna. Destacam-se pelas

    plumagens, cestarias e cermicas.

    Rituais : Os rituais praticados so demonstrados pelos cantos como a Festa do Hetohoky, CasaGrande e tambm esto inseridos nas danas e lutas corporais ijesu onde principalmente oshomens jovens usam a oportunidade para demonstrar fora e coragem. Outra festa a do Aruanem homenagem ao peixe da regio que eles crem proteger a todos os Karaj.

    KARIRI-XOC

    - Outras denominaes : Cariri-xocPopulao : 1.763 ( 2000)Local: AlagoasSituados na beira do Rio So Francisco, na cidade de Porto Real do Colgio, em Alagoas, a triboKariri-Xoc, e seus remanescentes continuam na sua luta pela resistncia cultural at os dias dehoje. So mais ou menos 2.400 pessoas em suas 200 famlias.

    KARIPUNA

    - Nomes alternativos: Karipna, Karipna do Ua, PatuwaClassificao lingstica: Crioulo (francs)Populao: 2.235 (Funasa - 2006)Local: Amap, na fronteira da Guiana FrancesaOs Karipuna fazem parte do complexo de povos indgenas da regio do baixo rio Oiapoque, queesto inseridos em redes amplas de intercmbio, que englobam famlias ndias ou no-ndiasestabelecidas em aldeias e cidades vizinhas, no Brasil e na Guiana Francesa. A despeito de tratar-sede uma sociedade com fronteiras pouco precisas, fluidas e indefinidas, dados os constantesintercmbios, intercasamentos e realocaes das famlias, os Karipuna utilizam a expresso nossosistema para definir um conjunto de prticas, conhecimentos e crenas que consideram prprias,englobando conhecimentos xamansticos e catlicos.

    http://www.arara.fr/BBTRIBOKARAJA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOKARIRI.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOKARAJA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOKARIRI.html
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    KARITIANA

    - Nomes alternativos: CaritianaClassificao lingstica: Tupi, ArikemPopulao: 320 (2005)Local: RondniaOs Karitiana constituem um dos muitos grupos do estado de Rondnia ainda pouco estudados pelaAntropologia. Nos ltimos anos, suas principais batalhas em nome de sua reproduo fsica e scio-cultural tm sido a reivindicao de ampliao de sua Terra Indgena e o investimento na educaoescolar, como forma de reforar o ensino da lngua karitiana a nica remanescente da famlialingstica Arikm , bem como de valorizao dos costumes e histrias que os particularizamcomo povo.

    KATUKINA

    - Nomes alternativos: TukunaClassificao lingstica: KatukinaPopulao: 450 (2007)Local: AmazonasDesigna dois grupos indgenas, da famlia Katukina, que autodenominam-se Peda Djap ("Gente daOna"). Vivem em diversos grupos no rio Bi, afluente do Jata e Amazonas. Existemaproximadamente 220 ndios. Os Katukina de lngua da Famlia Pano, vivem no rio Envira, nasmargens do rio Gregrio, juntamente com os Yawanaw, na rea indgena Rio Gregrio, Acre, e narea indgena de Campinas. Os Katukina j foram chamados, por muitos viajantes, como "ndios

    barbados" por causa do costume de pintar a boca de preto. A troca de cnjuges bastante comum,mas os filhos sempre ficam com a me.

    KAXARARI

    - Nomes alternativos: KaxaririClassificao lingstica: PanoPopulao: 323 (Funasa - 2006)Local: Alto Rio Marmelo, tributrio do Rio Abuna, Acre, Rondnia, AmazonasO cacique Alberto Csar, 54, conta que Kaxarari nome atribudo pelos brancos, aautodenominao Run-cun e a lngua pertence famlia lingstica Pano. "Queremos resgatar asdanas e a lngua. Velho que morreu h trs anos nunca viu a dana, mas guardou as histrias".Em 1924, uma epidemia de sarampo dizimou grande parte da populao, em 1957-58 eram 13famlias. Hoje so cerca de 400 pessoas divididos em 4 comunidades: Pedreira, Paxiba, Barrinha eMarmelinho, que ocupam uma rea de 145 mil hectares demarcados em 1987.

    13 - KAXINAW

    - Nomes alternativos: Cashinau, Caxinau, Huni KuinClassificao lingstica: PanoPopulao: 4.500 (CPI/AC - 2004)Local: AcreOs Kaxinaw pertencem famlia lingstica Pano que habita a floresta tropical no leste peruano,do p dos Andes at a fronteira com o Brasil, no estado do Acre e sul do Amazonas, que abarcarespectivamente a rea do Alto Juru e Purus e o Vale do Javari.

    10 - KAYAP

    - Nomes alternativos: Kaiap, Caiap, Gorotire, A'ukre, Kikretum, , Makragnotire, Kuben-Kran-Ken, Kokraimoro, Metuktire, Xikrin, Karara

    Classificao lingstica: JPopulao: 5.923 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso, Par

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    Tambm chamados de Caiap, um povo de lngua da famlia J. Distribui-se por 14 grupos:Gorotire, Xikrin do Catet, Xikrin do Bacaj, A'Ukre, Karara, Kikretum, Metuktire (Txu-karrame), Kokraimoro, Kubenkran-kn e Mekragnot. H indicaes de pelo menos trs outrosgrupos ainda sem contato com a sociedade nacional. As aldeias, identificadas pelo nome do grupo aque pertencem, so grandes para os padres da Amaznia: a dos Gorotire tem 920 pessoas, e hreferncias histricas de aldeias com 1500 ndios. Eles mantm pouco contato entre as tribos e

    possuem uma estrutura cultural e social bastante homogenia, com poucas diferenas locais. A formatradicional da aldeia um crculo de casas formando um ptio. No centro, fica uma casa que s utilizada para a reunio dos homens.

    KRAH

    - Nomes alternativos: Cra, KraClassificao lingstica: JPopulao: 2.184 (Funasa - 2006)Local: Tocantins

    Nos seus dois sculos de contato com os brancos, os Krah tm vivido reviravoltas e inverses desituao: ora aliados dos fazendeiros, ora por estes massacrados em 1940; nos anos 50 seguiram um

    profeta que prometia transform-los em civilizados e em 1986 empenharam-se em umareivindicao que implicava justamente no oposto, na sua afirmao tnica: foram em 1986 aoMuseu Paulista, em busca da recuperao do machado semilunar, caro a suas tradies. Assduosviajantes s grandes cidades, cujas ruas e autoridades conhecem melhor que os sertanejos que oscercam, com freqncia telefonam a seus esquivos amigos urbanos a pedir miangas, tecidos e reses

    para abate, indispensveis execuo de seus ritos.KUIKURO

    - Nomes alternativos: Kuikuru, Guicur, Kurkuro, Cuicutl, Kalapalo, Apalakiri, ApalaquiriClassificao lingstica: Famlia Karib (Carib)Populao: 509 (Funasa - 2006)

    Local: Terra Indgena do Xingu no Mato GrossoAtividade predominante : a agricultura da mandioca e a pesca, so a base da alimentao. Tambmcultivam bata doce, milho, algodo, pimenta, tabaco, urucum e frutas como banana, melancia,mamo e limo.Considerado o povo com a maior populao no Alto Xingu, os Kuikuro habitam o sul da TerraIndgena do Xingu, prximo ao Posto Leonardo, perto do municpio de Querncia, no Mato Grosso.So cerca de 450 ndios que falam a lngua Kuikuro, pertencente ao tronco lingstico Karib(Carib). Hoje, habitam trs aldeias, sendo que a principal a Ipatse, onde vivem mais de 300

    pessoas. Os povos do Alto Xingu no comem nenhum bicho de terra ou de pelo, exceto o macaco,uma espcie de Cebus. So excelentes nadadores e produzem artefatos como canoas, bancos,esteiras, cestos e adornos plumrios usados no dia-a-dia e em cerimoniais para pagamento de

    servios como a pajelana ou para selar uma aliana de casamento. A fabricao de um variado erico artesanato hoje fonte de recursos para compra de bens como material de pesca, munies,miangas, combustvel e gneros alimentcios (arroz, sal, acar, leo, etc...)Rituais : Como os demais povos do Alto Xingu, os Kuikuro realizam e participam do Kuarup, umritual em homenagem aos mortos. Entre os mitos, destaca-se a Iamaricum, celebrada pelasmulheres que se vestem com os adereos dos homens.O Kuarup um ritual dos grupos indgenas do Parque do Xingu para homenagear os mortos-Descrio do Kuarup da tribo Kuikuro Regio do Rio Kuluene

    KULINA

    - Nomes alternativos: Kurna, Kolna, Curina ou Colina, Madiha

    Classificao lingstica: ArawaPopulao: 2.537 (Opan - 2002)Local: Acre, Amazonas

    http://www.terrabrasileira.net/indigena/ritos/kuarup/kuarup.htmlhttp://www.terrabrasileira.net/indigena/ritos/kuarup/kuarup.htmlhttp://www.terrabrasileira.net/indigena/ritos/kuarup/kuarup.html
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    So tambm chamados de Kurna, Kolna, Curina ou Colina, e vivem em pequenos grupos. Quandose casa, o homem vive na casa da famlia da esposa e tem que trabalhar para retribuir a mulher.Cada casal tem a obrigao de gerar pelo menos trs filhos, ganhando o direito de construir umacasa separada e continuando juntos se desejar. Eles acreditam que a concepo acontece semqualquer contribuio feminina, e para engravidar, a mulher tanto pode relacionar-se apenas com omarido ou ter vrios parceiros. Em qualquer dos casos, ela a nica responsvel pelos cuidados

    com a criana.Vivendo nas margens dos rios Juru e Purus, os Kulina destacam-se pelo vigor com que mantmsuas instituies culturais, entre elas a msica e o xamanismo. Um exemplo disso que, apesar doantigo contato com brancos e da proximidade de algumas aldeias com centros urbanos, no se temconhecimento de nenhum Kulina vivendo fora de suas terras.

    MAKUXI

    - Nomes alternativos: Macuxi, MacushiClassificao lingstica: KaribPopulao: 23.433 (Funasa - 2006); 9.500 (Guiana - 2001)Local: Roraima, Guiana

    Les Makuxi croient, comme leurs voisins Ingarik, quils descendent des enfants du soleil qui leuront fait le don du feu mais aussi des maladies et des disgrces de la nature.

    - A pgina sobre os ndios Makuxi no site Survival.

    MAMAIND

    - Nomes alternativos: Nambikura do NorteClassificao lingstica: Nambikura, Nambikura do Norte, MamaindPopulao: 1.682 (Renisi - 2008)Local: Mato Grosso, na divisa de RondniaA maioria dos Mamaind vive atualmente em uma nica aldeia que rene cerca de 200 pessoas.Trata-se de uma aldeia grande em relao ao padro tradicional das aldeias nambiquara que tm emmdia entre 100 e 50 pessoas. Muitas famlias so compostas por indivduos provenientes de outrosgrupos Nambiquara do norte que se juntaram aos Mamaind em diferentes momentos.As casas tradicionais feitas de palha de buriti foram substitudas por casas de madeira cobertas comtelhas de amianto no estilo das casas dos colonos regionais. Apenas a casa de recluso da menina

    pbere, um tipo de habitao temporria, continua sendo feita no estilo das moradias tradicionais.

    16 - MARUBO

    - Classificao lingstica: PanoPopulao: 1.252 (Funasa - 2006)Local: Amazonas

    Eles esto em contato com a sociedade nacional desde 1870 e foram incorporados ao trabalho deexplorao da borracha. O homem pode se casar com vrias mulheres (poligamia), e cada uma delasocupa um espao bem definido na maloca. Por influncia dos missionrios, hoje, os mortos sosepultados em cemitrios, mas a cremao fazia parte dos antigos costumes desses ndios, elescomiam as cinzas com mingau para que o morto pudesse continuar entre eles. A nica exceoocorre com as crianas de colo, que so enterradas geralmente entre as rvores. uma populao de600 pessoas, que falam a lngua da famlia Pano e vivem ao longo dos rios Itu e Curu, naAmaznia, junto fronteira com o Peru.

    17 - MATIS

    - Nomes alternativos: Mushabo, Deshan Mikitbo

    Classificao lingstica: PanoPopulao: 322 (2008)Local: Amazonas

    http://www.arara.fr/BBTRIBOMARUBO.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/makuxihttp://www.arara.fr/BBTRIBOMARUBO.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOMATIS.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOMARUBO.htmlhttp://www.survivalfrance.org/peuples/makuxihttp://www.arara.fr/BBTRIBOMARUBO.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOMATIS.html
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    Estimados em vrias centenas na poca dos primeiros contatos (final dos anos 70), os Matis,falantes de uma lngua Pano, no passavam de 87 em 1983. Todos os matis so monolnges.Andam nus, raspam a cabea, fazem orifcios labiais e auriculares e usam zarabatana. Vivem decaa pesca e coleta de produtos como o cacau e o buriti alm das roas de milho, macaxeira,

    pupunha e car.

    18 - MATIPU

    - Classificao lingstica: KaribLocal: Mato GrossoPopulao: 103 (Funasa - 2006)Os Matipu habitam a poro sul do Parque Indgena do Xingu, integrando a rede de trocas ecerimnias inter-societrias que envolve os dez povos da rea cultural do Alto Xingu. Entre estes, ogrupo possui ainda maior identificao com os outros grupos de lngua Karib Kalapalo, Kuikuro e

    Nahuku , com quem mantm relaes privilegiadas de inter-casamentos e comrcio.

    MAXAKALI

    - Nomes alternativos: Caposho, Cumanasho, Macuni, Monaxo, Monocho, Maxacalis, Monac,

    Kumanux, TikmunClassificao lingstica: Macro-G, MaxakaliPopulao: 1.271 (Funasa - 2006)Local: Minas Gerais, 160 km interior do litoral, 14 aldeiasOs Maxakal, enfrentam hoje o grande desafio de superarem as dificuldades decorrentes desucessivas administraes autoritrias, o que se tem refletido nos graves problemas de embriagus,desajustes sociais e marginalizao econmica. A forma de luta adotada pelo grupo tem sido a deopor resistncia sistemtica a casamentos intertnicos e a mudanas na organizao social e no seuuniverso cultural, optando pela entropia e isolamento como ordenadores das suas relaesintertnicas.

    15 - MAYORUNA

    - Nomes alternativos: MatsClassificao lingstica: PanoPopulao: 1.592 (Funasa - 2006)Local: Amazonas

    - Os Mayoruna no so ainda totalmente conhecidos devido a distncia onde esto localizadas assuas aldeias. Anteriormente eles habitavam as cabeceiras do rio Glves (Peru), formador,

    juntamente com o rio Jaquirara, do rio Javari. Este, por sua vez, afluente pela margem direita do rioSolimes.

    19 - MEHINAKO

    - Nomes alternativos: Meinaco, Meinacu, MeinakuClassificao lingstica: AruakPopulao: 227 (Funasa - 2006)Local: Rio Kurisevo, Alto Xingu, Parque do Xingu, Mato GrossoHabitantes da rea cultural regio conhecida como Alto Xingu (englobada pelo Parque Indgena doXingu), os Mehinako so parte de um amplo complexo de povos pouco diferentes entre si. Osistema especializado de trocas comerciais, os rituais intersocietrios e os padres deintercasamento a um s tempo enredam e particularizam os Mehinako das demais etnias que oscircundam. Entretanto, em meio s suas semelhanas com outros povos alto-xinguanos, osMehinako se consideram antes de tudo Mehinako, e se orgulham de ser uma comunidade humanaespecial.

    MUNDURUKU

    - Nomes alternativos: Mundurucu, Weidyenye, Paiquize, Pari, Caras-Pretas

    http://www.arara.fr/BBTRIBOMAYORUNA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOMEHINAKO.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOMAYORUNA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOMEHINAKO.html
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    Classificao lingstica: MundurukuPopulao: 10.065 (Funasa - 2002)Local: Amazonas, Mato Grosso, Par. 22 aldeiasPovo de tradio guerreira, os Munduruku dominavam culturalmente a regio do Vale do Tapajs,que nos primeiros tempos de contato e durante o sculo XIX era conhecida como Munduruknia.Hoje, suas guerras contemporneas esto voltadas para garantir a integridade de seu territrio,

    ameaado pelas presses das atividades ilegais dos garimpos de ouro, pelos projetos hidreltricos ea construo de uma grande hidrovia no Tapajs.Os Munduruku vivem em 32 aldeias, em trs reas no Par e Amazonas. Eles vivem da caa, pesca,coleta e agricultura. O grau de bilingismo dos Munduruku no muito alto, sendo o dos homensmaior do que o das mulheres e crianas.Saiba mais sobre os ndios Munduruku

    NADB

    - Nomes Alternativos: Mak-Nadb, Mak, MacuAuto-Denominao: NadbClassificao lingstica: Mak, Nadb

    Populao: 2.603 (Dsei/Foirn - 2005)Local: 2 aldeias: Rio Uneiuxi e Rio Japur, AmazonasJ se tornou moeda corrente entre os regionais e na literatura etnogrfica sobre o NoroesteAmaznico a distino entre os chamados "ndios do rio", de fala Tukano e Arawak, e os "ndios domato", de fala Maku. Enquanto os primeiros so agricultores que fixam suas aldeias nas margensdos rios navegveis, os Maku vagam nos divisores de gua, estabelecendo-se temporariamente ondeencontram condies ecolgicas favorveis caa e adequadas ao modo como eles costumamresolver seus conflitos internos: "quando a gente se desentende, a gente se espalha no mato e fica lat a raiva passar."

    NAMBIKWARA

    - Nomes Alternativos: Anunsu, Nhambiquara, Nambikuara, NambiquaraClassificao lingstica: NanambikwraPopulao: 1.682 (Renisi - 2008)Local: Vivem nas Terras Indgenas Pirineus de Souza, Nambikwara e Vale do Guapor, nomunicpio de Comodoro, em Mato GrossoCuriosidade : esta etnia pratica o Xikunahity, conhecido como futebol com a cabea.Os Nambikwara tambm j foram chamados de Povos das Cinzas por dormirem no cho beirado fogo e amanhecerem cobertos por uma mistura de cinzas e areia. So vrios grupos da mesmafamlia lingstica que receberam, genericamente, o nome de Nambikwara. Eles se diferenciam deoutros grupos ticos pela lngua, pois falam vrios dialetos e contam com traos culturais marcantese prprios.Rituais : Sua origem explicada pelo mito da pedra preta. Praticam o ritual da flauta sagrada quenarra a histria do menino que se transformou em alimento para seu povo. Nesse ritual, tocam umaflauta nasal.Famosos na histria da etnologia brasileira por terem sido contatados oficialmente pelo MarechalRondon e por terem sido estudados pelo renomado antroplogo Claude Lvi-Strauss, os

    Nambiquara vivem hoje em pequenas aldeias, nas altas cabeceiras dos rios Juruena, Guapor e(antigamente) do Madeira.Saiba mais sobre os ndios Nambikuara

    PALIKUR

    - Nomes Alternativos: Paricuria, Paricores, Palincur, Parikurene, Parinkur-Ine, PakwenClassificao lingstica: Aruk, Aruk do Norte, PalikurPopulao: 1.330 (Funasa - 2006)Local: Amap, Guiana Francesa

    http://www.rosanevolpatto.trd.br/indiosmundurucu.htmhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/indiosnambikwara.htmhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/indiosmundurucu.htmhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/indiosnambikwara.htm
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    No incio do sculo, aps a apropriao do territrio contestado pelo Brasil, os Palikur enfrentaramos maus tratos dos fiscais da aduana brasileira, que os recriminavam por no falarem o portugus eos acusavam de fazerem contrabando. Esta indisposio com o Brasil, decorrente das relaescomerciais estabelecidas h sculos entre os Palikur e franceses, lhes valeu o apelido de amis defranais, e funcionou como uma fora de atrao para parte da populao indgena, que passou a seestabelecer do outro lado da fronteira. Atualmente, os Palikur tm aldeias no Brasil e na Guiana

    Francesa e mantm constante trnsito entre a fronteira. A rede de relaes intra-tnicas se sustentapelos laos de parentesco, alianas matrimoniais e trocas comerciais, a despeito das diferenaseconmicas, polticas e sociais entre os dois pases.

    PANKARU

    - Nomes Alternativos: Pankararu-SalambaiaClassificao lingstica: Aruk, Aruk do Norte, PalikurPopulao: 179 (Funasa - 2006)Local: BahiaSua trajetria foi pontuada por uma sucesso de conflitos fundirios com grileiros e posseiros, queainda no foram totalmente resolvidos. Alm de um histrico de opresso e marginalizao pela

    sociedade no-indgena, os Pankaru tm em comum com os demais grupos indgenas chamados"emergentes" o ritual secreto do "Tor", marca de identidade e resistncia cultural. Os pouco maisde 80 ndios desta tribo esto localizados no Oeste do Estado da Bahia, esquerda do Rio SoFrancisco. Falam a lngua portuguesa.

    PARECI

    - Nomes Alternativos: Paresi, HalitiClassificao lingstica: ArukPopulao: 838 (Funai - 2006)Local: Municpio de Tangar da Serra, Chapada dos Parecis, Mato GrossoAtividade predominante : caa, pesca e coleta de frutos silvestres

    Curiosidade : Para os Pareci, a bola tem suas peculiaridades, feita por eles, com seiva demangabeira, um tipo de ltex, e mede cerca de 30 centmetros de dimetro. Eles tambm praticam oXikunahity, futebol de cabea. Vivem na Terra Indgena Paresi, um territrio de matas, campos ecerrados no municpio de Tangar da Serra, regio do Mdio - Norte do Mato Grosso, e Chapadados Paresis, regio de matas, campos, cerrados, montanhas e planaltos, assentada nos divisores das

    bacias dos rios do Prata e Amazonas. Esses ndios sofreram com a abertura da BR-364, ligando opas de norte a sul atravessando seu territrio. O contato trouxe doenas e grandes perdas de terras,cultura e valores tnicos que eles lutam para preservar at hoje. Segundo o mito da criao, osPareci saram de dentro de uma pedra no Campo Novo dos Parecis liderados pela entidade mticaWazare e se espalharam pela chapada dividindo-se em trs grupos: os Kaxiniti (parte oriental), osWaimar (central) e os Kozarini, (ocidental).Saiba mais sobre os ndios Pareci

    PATAX

    - Nomes Alternativos: Patax H-h-heClassificao lingstica: Maxakali, do tronco Macro-JPopulao: 2.219 (Carvalho - 2005)Local: Bahia, em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte PascoalVive no sul da Bahia, em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte Pascoal, em zona economicamentevalorizada (cacau e turismo), nos municpios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrlia e nas reasindgenas Mata Medonha e Imbiriba. Em 1990, eram aproximadamente 1.600 ndios.Curiosidade : Esse povo sofreu muito devido ao contato com os portugueses, que chegaram at a

    proibi-los de falar sua prpria lngua e de praticar seus rituais religiosos e culturais. Com poucomais de 6 mil pessoas, o povo Patax luta para recuperar suas terras e pelo resgate de sua identidadee reconhecimento como um povo indgena, apesar das perdas ocasionadas pelo contato com a

    http://www.arara.fr/BBXIKUNAHITY.htmlhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/indiosparecis.htmhttp://www.arara.fr/BBXIKUNAHITY.htmlhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/indiosparecis.htm
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    sociedade no-indgena. Os patax vivem na regio interna faixa litornea dos estados de MinasGerais e Esprito Santo e na Bahia. Alguns deles ainda falam a lngua do tronco Macro-J, mas o

    portugus predomina nas aldeias. Entre seus rituais, ainda praticam a tradicional dana chamadaTor. Tem um artesanato rico e variado.Em sua totalidade, os ndios conhecidos sob o etnnimo englobante Patax Hhhe abarcam, hoje,as etnias Baen, Patax Hhhe, Kamak, Tupinamb, Kariri-Sapuy e Gueren. Habitantes da

    regio sul da Bahia, o histrico do contato desses grupos com os no-indgenas se caracterizou porexpropriaes, deslocamentos forados, transmisso de doenas e assassinatos. A terra que lhes foireservada pelo Estado em 1926 foi invadida e em grande parte convertida em fazendas particulares.Apenas a partir da dcada de 1980 teve incio um lento e tortuoso processo de retomada dessasterras, cujo desfecho parece ainda longe, permanecendo a Reserva sub-judice.

    POTIGUARA

    - Nomes Alternativos: Potiguar = "Comedores de camaro", de pety, "camaro" e guara,"comedor"Classificao lingstica: Tupi-Guarani, do complexo ritual do TorPopulao: 11.424 (Funasa - 2006)

    Local: Cear, ParabaSenhoreavam a costa desde So Lus at as margens do Parnaba, e das margens do Rio Acara, noCear, at a cidade de Joo Pessoa, na Paraba. Exmios canoeiros, inimigos dos portugueses,seriam uns 90 milPovo guerreiro, da terra de Acajutibir, os Potiguara constituem um grande exemplo de luta entre os

    povos indgenas no Nordeste brasileiro. Sua histria de contato com a sociedade no indgenaremonta ao incio da colonizao. Hoje, procuram manter o vigor de sua identidade tnica por meiodo reaprendizado da lngua Tupi-Guarani, do complexo ritual do Tor, da circulao de ddivas nasfestas de So Miguel e de Nossa Senhora dos Prazeres, na produo dos idiomas simblicos dosangue e da terra e na produo cultural dentro da prtica do turismo tnico.

    20 - RIKBAKTSA- Nomes alternativos: Aripaktsa, Erikbatsa, Erikpatsa, Canoeiro, Orelhas de Pau

    Classificao lingstica: RikbaktsPopulao: 1.117 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso, confluncia dos rios Sangue e Juruena, Japuira na beira do leste do Juruenaentre os rios Arinos e Sangue, e Posto Escondido na beira do oeste do Juruena 700 kilmetros aonorte. 9 aldeias e 14 colnias.Os Rikbaktsa, conhecidos como "Orelhas de Pau" ou "Canoeiros", tidos como guerreiros ferozes nadcada de 1960, enfrentaram um processo de depopulao que resultou na morte de 75% de seu

    povo. Recuperados, ainda hoje impem respeito populao regional por sua persistncia na defesade seus direitos, territrio e modo de vida.

    SATER-MAW

    - Nomes alternativos: Maue, Mabue, Maragua, Satar, Andira, ArapiumClassificao lingstica: Tupi, Mawe-SaterePopulao: 9.156 (Funasa - 2008)Local: Par, Andir e outros rios. Talvz tambm em Amazonas. Mais de 14 aldeiasOs Sater-Maw ou Sater-Mau, vivem na regio dos vales dos rios Marau e Andir (Amazonas),distribudos por aldeias, com uma populao de 5.800 pessoas. Eles so conhecidos como osintrodutores do guaran na regio. Tm uma forte tradio agrcola e comemoram o fim da colheitacom o tarub, uma bebida fermentada to forte que pode causar embriaguez por at um ms. Aformiga tem um significado especial e muito respeitada por esses ndios. Uma das espcies, atocandira, considerada como divindade e usada nos rituais de passagem. A picada extremamentedolorosa, mas para demonstrar coragem, os meninos tem que colocar a mo dentro de uma espciede luva cheia dessas formigas e resistir dor, para depois disso, serem considerados adultos. Apesar

    http://www.arara.fr/BBTRIBOSAVEREMAWE.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOSAVEREMAWE.html
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    dos 300 anos de contato com a sociedade nacional, mantm a prpria lngua, organizao social,usos e costumes.Os Sater-Maw se vem como inventores da cultura dessa planta, auto-imagem justificada no

    plano ideolgico por meio do mito da origem, segundo o qual seriam os Filhos do Guaran. Oguaran o produto por excelncia da economia Sater-Maw, sendo, dos seus produtoscomerciais, o que obtm maior preo no mercado. possvel ainda pensar que a vocao para o

    comrcio demonstrada pelos Sater-Maw se explique pela importncia do guaran na suaorganizao social e econmica.

    21 - SURU

    - Nome: Suru de RondniaNomes alternativos: Aikewara, Sorors, MudjetreAuto-denominao: Pater, PaiterClassificao lingstica: Tupi-guarani, Mond, SuruPopulao: 264 (Funasa - 2006)Local: Par, Rondnia, na fronteira entre Rondnia e Mato Grosso

    Os Suru foram contatados pela primeira vez em 1969. No se sabe com certeza quantos suru havianaquela poca, mas calcula-se que pelo menos metade deles morresse de sarampo, tuberculose, ehepatite B durante os primeiros cinco anos aps o contato inicial.O primeiro censo, feito na dcada de 70, mostrou entre 200 e 300 indgenas suru. No ano de 1988,havia por volta de 450. No ltimo rescenseamento em 1999, havia 840 suru. A populao destaetnia continua a crescer desde os primeiros anos de contato, quando o grupo ficou bem dizimado.Existe somente um dialeto da lngua suru. H apenas umas pequenas diferenas quanto pronnciade alguns sons. Estas diferenas esto se tornando cada vez mais visveis entre os jovens e os maisidosos. Fala-se cada vez mais portugus, e com esta mudana esto entrando muitos emprstimos nalngua. As nicas diferenas quanto ao uso da lngua pelos dois sexos ocorrem com termosrelacionados a parentesco e s funes do corpo.

    SUY- Nomes alternativos: Sui, Kisdj

    Classificao lingstica: JPopulao: 351 (Funasa - 2006)Local: Parte setentrional do Parque Nacional do Xingu, no Norte de Mato GrossoOs ndios Suy vivem na Parte setentrional do Parque Nacional do Xingu, no Norte de MatoGrosso, com uma populao de 140 pessoas. Falam uma lngua que pertence ao ramo setentrionalda famlia lingstica J, e partilham muitos traos da organizao social e cultural com os outrosmembros dessa famlia lingstica. So mais intimamente relacionados aos Apinay, aos Kayapsetentrionais, e aos Timbira. Os Suy so menos relacionados em termos de lngua e cultura aos J

    centrais (incluindo os Xavante e os Xerente) e os J meridionais (incluindo os Kaingang e osXokleng). Alm dos produtos de suas roas, os Suy vivem da caa, da pesca e da coleta. Comoconseqncia do contato com as frentes de expanso, a populao Suy talvez seja apenas 2O% doque foi outrora (1980). Isso se deve a massacres, a envenenamento e s repetidas epidemias quedevastaram os dois ramos do grupo at sua pacificao em 1959 e 1969, respectivamente. A perda

    populacional levou a uma consolidao de todos os Suy numa nica aldeia. Na ltima dcada,porm, sua populao tem crescido rapidamente; desenvolveram um sentimento de identidadetnica cada vez nais forte.

    TABAJARA

    - Viviam entre a foz do Rio Paraba e a ilha de Itamarac. Aliaram-se aos portugueses. Deviam ser

    uns 40 milTEMB

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    - Nomes alternativos:Classificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 1.425 (Funasa - 2006)Local: Maranho, Par0s Temb tm sido obrigados a conviver com centenas de famlias de posseiros em suas terras esofrem os efeitos da atuao irregular de madeireiros, fazendeiros e empresrios. Entretanto, longe

    de conformarem-se com essa situao, esse povo tm lutado pela desocupao de seu territrio ereinvidicado seus direitos junto aos rgos pblicos e poderes locais.

    TEMIMIN

    - Ocupavam a ilha do Governador, na baa de Guanabara, e o sul do Esprito Santo. Inimigos dostamoios, aliaram-se aos portugueses. Sob liderana de Araribia, foram decisivos na conquista doRio. Eram 8 mil na ilha e 10 mil no Esprito Santo.ndios Temimims do Esprito Santo

    TAMOIO

    - Os verdadeiros senhores da baa de Guanabara, aliados dos franceses e liderados pelos caciques

    Cunhambebe e Aimber, lutaram at o ltimo homem. Eram 70 mil.TENHARIM

    - Nomes alternativos: Tenharem, TenharinAuto-denominao: KagwahivaClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 699 (Funasa - 2006)Local: Amazonas.Os Diahi moram no rio Marmelos, os Karipuna no Posto Rio Jaci Paran em Rondnia, osMorerebi no Rio Preto e Marmelos. 2 aldeiasPovo indgena de lngua Tupi-Guarani, que costumam enterrar os mortos debaixo dos pisos das

    casas. Acreditam que o esprito permanece morando no local e usando os utenslios que possuaquando era vivo. Para pescar, eles colocam dentro d'gua um pedao de madeira com desenho dospeixes que querem capturar. Fazem isso sempre debaixo de rvores frutferas, mas acreditam que afartura da pescaria explicada unicamente pelos desenhos. Eles s no pescam o boto e o peixe-boi

    por serem considerados alimentos sagrados (tabu).

    TERENA

    - Nomes alternativos: Terna, Tereno, EtelenaClassificao lingstica: ArawakPopulao: 19.961 (Funasa - 2006)Local: Mato Grosso do Sul, em 20 aldeias e 2 cidades

    O povo Terena mora principalmente no estado de Mato Grosso do Sul, ocupando reas entre CampoGrande, ao leste, e o Rio Miranda, ao oeste. Residem em mais ou menos vinte aldeias, havendo asmaiores concentraes nas seguintes reas:1. Cachoeirinha/Moreira, na vizinhana de Miranda2. Taunay-Bananal, entre Miranda e Aquidauana que fica uma hora de nibus das duas cidades3. Limo Verde, na rea de Aquidauana4. Buriti e outras aldeias perto, na vizinhana de Campo GrandePopulao: aproximadamente 20,000.A SIL comeou a trabalhar entre os Terena em 1957. Naquela poca, pensava-se que este grupo jtivesse sido bastante assimilado na sociedade brasileira. A sua antiga estrutura poltica tribal j nofuncionava mais, e a maioria dos seus costumes e crenas tradicionais no estavam sendo praticados

    mais. Em ocasies especiais como no Dia do ndio, 19 de abril, ainda fazem a Dana da Ema comas suas sete peas. Na regio conhecida como a dana do Bate-Pau. Embora os Terenas sejam um

    povo basicamente agricultor, mudanas significantes tm ocorrido durante os ltimos cinqenta

    http://www.geocities.com/indiostemiminos/http://www.arara.fr/BBTRIBOTENHARIM.htmlhttp://www.geocities.com/indiostemiminos/http://www.arara.fr/BBTRIBOTENHARIM.html
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    anos. Com maior nfase agora em adquirir uma boa educao escolar, h maior diversidade hoje emdia na maneira que ganham a vida.

    23 - TICUNA

    - Nomes alternativos: Tikuna, TukunaClassificao lingstica: Tikuna

    Populao: 35.000 (2008)Local: AmazonasMaior etnia da Amaznia brasileira, conta com uma populao de 20.135 indivduos, que ocupamcerca de 70 aldeias s margens do rio Solimes, no Estado do Amazonas. Outra parte do grupo viveno Peru. As meninas, quando ficam menstruadas, so submetidas a um ritual de iniciao, quesempre acontece na lua cheia, representando a bondade, a beleza e a sabedoria. Nesta festa, osndios fabricam mscaras de macacos e monstros e enfeites para as virgens. Um dos ndios usa umamscara com cara de serpente e incorpora o esprito do principal personagem do ritual, um monstroque vivia na gua. Durante os festejos, o monstro faz gestos obscenos que divertem a tribo. Eletambm ronda o cubculo onde fica a menina, batendo com um basto no cho. Durante trs dias etrs noites, essa garota protegida por duas tias que aproveitam o tempo dando conselhos de como

    ser uma boa mulher Tikuna: respeitar o marido, ser ativa e trabalhadeira.Com uma histria marcada pela entrada violenta de seringueiros, pescadores e madeireiros naregio do rio Solimes, foi somente nos anos 1990 que os Ticuna lograram o reconhecimento oficialda maioria de suas terras. Hoje enfrentam o desafio de garantir sua sustentabilidade econmica eambiental, bem como qualificar as relaes com a sociedade envolvente mantendo viva suariqussima cultura. No por acaso, as mscaras, desenhos e pinturas desse povo ganharamrepercusso internacional.Saiba mais sobre os ndios Tikuna

    TIRIY

    - Nomes alternativos: Tiri, Trio, Tarona, Yawi, Pianokoto, Piano

    Classificao lingstica: KaribPopulao: 1.156 (Funasa - 2006)Local: Amap, ParOs Tiriy que vivem no Brasil compartilham a faixa oeste do Parque Indgena de Tumucumaque(PIT), desde o final dos anos 1960, com os grupos Katxuyana e Txikuyana, assim como com algunsmembros dos grupos Ewarhuyana e Akuriy. Algumas famlias tiriy encontram-se na faixa leste doPIT, convivendo mais com os Aparai e Wayana que habitam no mdio e alto curso do rio Paru deLeste. No Suriname, onde vivem em maior nmero que no Brasil, os Tiriy encontram-se nos riosTapanahoni, Sipariweni e Paroemeu.A experincia de convvio dos Tiriy com no-ndios, tanto no Brasil quanto no Suriname, se deuem um perodo relativamente recente, tendo ocorrido a partir de meados dos anos 1950 poriniciativa de militares e missionrios. A partir dos anos 1990, alm dos militares e missionrios,

    passaram a atuar na regio outras agncias governamentais e no-governamentais.

    TREMEMB

    - Populao: 2.049 (Funasa - 2006)Local: CearGrupo no-tupi, que vivia do sul do Maranho ao norte do Cear, entre os dois territrios

    potiguares. Grande nadadores e mergulhadores, foram, alternadamente, inimigos e aliados dosportugueses.Eram cerca de 20 mil.Os Trememb foram citados em documentao histrica e em diversas obras do perodo colonial,tendo sido aldeados em certas misses, tanto no Maranho como no Cear, muitas vezesconvivendo e fundindo-se a outras etnias tambm aldeadas pelos religiosos. Almofala foi o maisconhecido aldeamento dos Trememb, tendo sido fechado na segunda metade do sculo XIX. Em

    http://www.rosanevolpatto.trd.br/ticuna1.htmhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/ticuna1.htm
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    1857, suas terras foram doadas aos ndios da antiga povoao, mas acabaram sendo invadidasgradativamente por latifundirios. Contudo, a populao indgena continuou vivendo na mesmaregio, inclusive mantendo o ritual do torm. Chamados de caboclos ou descendentes de ndios

    pelos regionais, os Trememb passaram reivindicar o reconhecimento oficial de sua identidadetnica a partir da dcada de 1980. Em 2003, a Terra Indgena Trememb Crrego do Joo Pereira foia primeira a ser homologada no estado do Cear.

    TRUK

    - Populao: 4.169 (Funasa - 2006)Local: Ilha da Assuno no mdio So Francisco, municpio de Cabrob - PernambucoOs remanescentes dos Truk, cerca de 826 ndios, vivem a 18 quilmetros da cidade de Cabrob,numa rea de 1.650 hectares, na regio do rio So Francisco, em Pernambuco.A agricultura seu principal meio de subsistncia. Cultivam, principalmente, o arroz e a cebola. Nafalta de chuvas as lavouras so irrigadas. Alm do cultivo da terra, a nica fonte de renda se limita a

    biscates na cidade de Ibimirim.Habitantes seculares da Ilha da Assuno, no rio So Francisco, os Truk tiveram suas terrasapropriadas desde pelo menos o sculo XVIII por poderes municipais, eclesisticos e

    posteriormente estaduais. Nos dias de hoje, a comunidade truk luta pela concluso do processo dereconhecimento oficial de seu territrio, bem como pela expulso de posseiros no-indgenas e denarcotraficantes, uma vez que est localizada no chamado Polgono da Maconha no serto

    pernambucano.

    TUKANO

    - Nomes alternativos: TucanoClassificao lingstica: TukanoPopulao: 6.241 (Dsei/Foirn - 2005)Local: AmazonasSo tambm chamados de Tucano, e a famlia lingstica Tukno dividida nos ramos ocidental,

    que compreende lnguas faladas no Peru, Equador e Bolvia; e oriental, com as lnguas Barasna,Desna, Karapan, Kubwa, Pir-Tupya, Surina, Tukno e Wanno, faladas desde a Colmbia ato Brasil, no Noroeste da bacia Amaznica. So extremamente vaidosos, gastam dias e esforos paracapturar aves de plumagens belas, coloridas e variadas para fazer adornos. Eles tambm gostam demodificar as cores originais dando comidas especiais para as aves ou aquecendo as penas, processoconhecido como tapiragem. Usam at duas dezenas de aves para um nico adorno. Estes enfeitesso usados em rituais e aqueles que usam as peas mais bonitas so muito prestigiados pela tribo.Os ndios que vivem s margens do Rio Uaups e seus afluentes Tiqui, Papuri, Querari e outrosmenores integram atualmente 17 etnias, muitas das quais vivem tambm na Colmbia, na mesma

    bacia fluvial e na bacia do Rio Apapris (tributrio do Japur), cujo principal afluente o Rio Pira-Paran. Participam de uma ampla rede de trocas, que incluem casamentos, rituais e comrcio,compondo um conjunto scio-cultural definido.

    TUPINAMB

    - Consituam o povo tupi por excelncia. As demais tribos tupis eram, de certa forma, suasdescendentes, embora o que de fato as unisse fosse a teia de uma inimizade crnica. Os tupinambs

    propriamente ditos ocupavam da margem direita do rio So Francisco at o Recncavo Baiano.Seriam mais de 100 mil.Conhecidos tambm como Tamoio ou Tamuya, viviam numa faixa de litoral que ia da atual cidadede Ubatuba, no litoral norte de So Paulo, a Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro. "Tamoio"significa av, o mais velho, e "Tupinamb" talvez signifique o primeiro, o mais antigo. OsTupinamb viviam sobretudo no estado do Rio de Janeiro, onde se calcula um total de 6 mil

    pessoas. O conjunto da nao Tupinamb nessa regio no deveria ultrapassar 10 mil pessoas.Trs traos principais marcavam este povo: a inteligncia, a guerra e a abertura para o novo.Eram pessoas muito curiosas e observadoras. Um frade francs, Claude dAbbeville, que teve

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    contato com um grupo Tupinamb, no Maranho, escreveu: "Imaginava que iria encontrarverdadeiros animais ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei-me totalmente. So grandesdiscursadores, possuem muito bom senso e s se deixam levar pela razo, jamais sem conhecimentode causa".Saiba mais sobre os ndios Tupinamb

    Gravura em cobre de Theodor de Bry. Dana ritual dos Tupinamb.

    No centro, trs pajs com mantos de penas, cintos e diademas.

    TUPINIQUIM

    - Populao: 1.950 (Funasa - 2006)Local: Bahia, Espirito SantoOs Tupiniquim so, entre inmeros povos indgenas, dos mais citados e paradoxalmente maisdesconhecidos no Brasil. Foram os ndios vistos por Cabral. Viviam no sul da Bahia e em SoPaulo, entre Santos e Bertioga. Eram 85 mil.

    25 - WAIANA APALAI

    - Nomes alternativos: Apalai, Apalay, Appirois, Aparathy, Apareilles, Aparai, Waiana

    Classificao lingstica: KaribPopulao: 317 (Funasa - 2006)Local: Norte do Par, Guiana Francesa e Suriname, Amap, Parque do Tumucumaque, 3,8 milhesde hectares (equivalente a rea da Blgica)Os Aparai e os Wayana so povos de lngua karib que habitam a regio de fronteira entre o Brasil(rio Paru de Leste, Par), o Suriname (rios Tapanahoni e Paloemeu) e a Guiana Francesa (alto rioMaroni e seus afluentes Tampok e Marouini). No Brasil, eles mantm h pelo menos cem anosrelaes estreitas de convivncia, coabitando as mesmas aldeias e casando-se entre si. Porconseguinte, muito comum encontrar referncias a essa populao como um nico grupo, emborasua diferenciao seja reivindicada com base em trajetrias histricas e traos culturais distintos.

    27 - WAI-WAI

    - Nomes alternativos: Waiwai, UaiaiClassificao lingstica: KaribPopulao: 2.914 (Zea - 2005)Local: Amazonas, Par, Roraima, GuianaPovo de lngua da famlia Karb.Vivem na rea indgena Nhamund-Mapuera, na fronteira do Par com o Amazonas, e Waiwai, emRoraima.A populao constituda por uma mistura de vrias tribos atradas e assimiladas por eles ao longodos anos, entre as quais as dos Karafawyana, dos Kaxuyana e dos Hixkariana. Em 1990, segundo aFunai, somavam um grupo de aproximadamente 1250 ndios que vivem nas reas indgenas

    Nhamund-Mapuera, no oeste do Par, e Wai-Wai em Roraima.Fazia parte da cultura deles a troca de mulheres capturadas de outras aldeias, consideradas comotrofus de guerra. Com a chegada dos holandeses que colonizaram o Suriname, antiga colnia nasGuianas, os ndios estabeleceram este mesmo tipo de relao, trocando mulheres por artigoseuropeus. Os holandeses se utilizaram desta prtica para conseguir com que os ndios, ao invs detrazer mulheres, capturassem os escravos negros fugidos.

    28 - WAIPI

    - Nomes alternativos: Wayampi, Waypi, Oyampi, Oiampi, Oyampik, GuayapiAuto-denominao: WaipiClassificao lingstica: Tupi, Tupi-Guarani, Subgrupo 8, Wayampi

    Populao: 905 (Apina/Funai - 2008)Local: Vrias aldeias nos tributrios do rio Amapari na parte leste do Amap e nos rios Oiapoque eCamopi na Guiana Francesa; h tambm uns poucos falantes no rio Paru Leste, na parte nordeste do

    http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendatupinambas.htmhttp://www.arara.fr/BBTRIBOAPALAI.htmlhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/lendatupinambas.htmhttp://www.arara.fr/BBTRIBOAPALAI.html
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    Par, BrasilWajpi o nome utilizado para designar os ndios falantes desta lngua Tupi que vivem na regiodelimitada pelos rios Oiapoque, Jari e Araguari, no Amap. So os mesmos Guaiapi, mencionadosna regio do baixo rio Xingu, sua rea de origem, desde o sculo XVII.

    WAIMIRI ATROARI

    - Nomes alternativos: Kinja, Kia, Uaimiry, CrichanAuto-denominao: Waimiri AtroariClassificao lingstica: KaribPopulao: 1.120 (PWA - 2005)Local: Amazonas, RoraimaSo uma etnia do tronco lingstico Karib, cujo territrio imemorial de ocupao se localiza ao sulde Roraima e norte do Amazonas. Eram mais conhecidos como Crichans, quando segmentosexpansionistas travaram seus primeiros contatos com eles, sobretudo a partir do Sculo XIX. Nos

    primrdios desses contatos, h duas estimativas sobre a populao: uma que os dava como sendoseis mil pessoas; e a outra, em torno de duas mil. Suas terras eram prdigas em produtos de grandeimportncia comercial para a poca, atraindo assim a cobia de colonizadores. A demografia dos

    Waimiri Atroari, que, em 1987, era de 374 pessoas, chegou a crescer registrando em 1999 830ndios.Os Waimiri Atroari, durante muito tempo, estiveram presentes no imaginrio do povo brasileirocomo um povo guerreiro, que enfrentava e matava a todos que tentavam entrar em seu territrio.Essa imagem contribuiu para que autoridades governamentais transferissem a incumbncia dasobras da rodovia BR 174 (Manaus-Boa Vista) ao Exrcito Brasileiro, que utilizou de forasmilitares repressivas para conter os indgenas. Esse enfrentamento culminou na quase extino do

    povo kinja (autodenominao waimiri atroari). A interferncia em suas terras ainda foi agravadadevido a instalao de uma empresa mineradora e o alagamento de parte de seu territrio pelaconstruo de uma hidreltrica. Mas os Waimiri Atroari enfrentaram a situao, negociaram com os

    brancos e hoje tm assegurados os limites de sua terra, o vigor de sua cultura e o crescimento de sua

    gente.26 - WAUR

    - Nomes alternativos: Wauj, Uaura, AuraClassificao lingstica: ArawakPopulao: 410 (Funasa - 2006)Local: Parque Xingu, Mato Grosso

    Os Waur moram na regio sul do Parque Indgena do Xingu e figuram entre as nove comunidadesindgenas que possuem a cultura xinguana. Embora a cultura seja a mesma, as lnguas faladasnesta regio vm duma variedade de famlias lingsticas. Estas lnguas no so mutuamente

    inteligveis, mas muitos dos ndios so multilnges, falando ou entendendo vrias das lnguas dogrupo cultural.Os Waur vivem numa aldeia principal, dirigem tambm uma aldeia agrcola e um Posto Indgenade Vigilncia. A populao Waur da aldeia principal anda por volta de 340, mas tambm h algunsWaur vivendo em outras aldeias devido a casamentos inter-tnicos. As mulheres e crianas Waurse mais da metade dos homens so quase monolnges. Poucos sabem bem o portugus, e o

    portugus que sabem serve principalmente para compras e vendas.Os Waur so notrios pela singularidade de sua cermica, o grafismo de seus cestos, sua arte

    plumria e mscaras rituais. Alm da riqueza de sua cultura material, esse povo possui umacomplexa e fascinante mito-cosmologia, na qual os vnculos entre os animais, as coisas, os humanose os seres extra-humanos permeiam sua concepo de mundo e so cruciais nas prticas de

    xamanismo.XAVANTE

    http://www.arara.fr/BBTRIBOWAURA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOXAVANTE.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOWAURA.htmlhttp://www.arara.fr/BBTRIBOXAVANTE.html
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    - Nomes Alternativos: Xavnte, Shavante, Chavante, Auwe, Awen, Akwe, AkwenAuto-Denominao: AuwClassificao lingstica: Macro-J, JAgrupamento Akwn, XavantePopulao: 13.303 (Funasa - 2007)Local: Serra do Roncador, na parte leste do Mato Grosso, 60 aldeias

    Lngua : Auwen, do tronco lingstico Macro-JA lngua Xavante contm 13 consoantes e 13 vogais das quais quatro so nasais. Termos de honrae carinho so usados com referncia a outros, como os parentes por afinidade e os netos. Muitosdestes relacionamentos chaves so atualmente refletidos na gramtica da lngua. Por exemplo, aofalar diretamente ao genro, um homem usar a forma gramtica indireta (terceira pessoa) em vezdas formas da segunda pessoa.Atividade predominante : caa, pesca, coleta de frutos e palmeirasCuriosidade : A organizao cultural desse povo permanece intacta, e praticam a cerimnia deFurao da Orelha. Os Xavante so famosos tambm pelas suas Corridas de Tora de Buriti, onde osdois cls competem numa espcie de corrida de revezamento, carregando por alguns kilmetrostroncos de buriti que pesam at 80 kilogramas.

    Os Xavante vivem em seis reservas demarcadas, no leste mato-grossense, zona norte oriental doplanalto do Brasil Central. A regio tem grande rede hidrogrfica formada pelas bacias dos afluentesdos rios Kuluene-Xingu e das Mortes-Araguaia. dessa regio de floresta tropical, mato e savana,com rvores baixas e altas, que os ndios retiram o alimento e os materiais para seus artesanatos,armas, instrumentos musicais e as ocas dispostas em forma circular. Se alimentam de caas, frutos,

    palmeiras e pescados.Rituais : Sua organizao cultural e social permanece ainda intacta como danas, cantos, pinturascorporais e cerimnias coletivas como o Daporedzapu (Furao de Orelha), que incluem oslongos e complexos ritos de iniciao para meninos, culminando na cerimnia de furar orelha noqual pequenos paus so inseridos no lbulo das orelhas dos iniciados. Estes paus so usados e emtamanhos progressivamente maiores durante o resto das vidas deles.Uma aldeia tradicional construda com as casas dispostas em forma de ferradura de cavalo, dando-se o seu lado aberto para o rio. O domnio da mulher a casa, cujo abertura sempre d para o centroda aldeia.As mulheres tecem um tipo de cesta incrivelmente forte, a qual elas usam para carregar os nensrecem-nascidos. A ampla ala da cesta passa pela testa da mulher, enquanto a cesta mesma ficadeitada nas costas dela, livrando assim, as mos da mulher para outros trabalhos.

    XET

    - Nomes Alternativos: Hta, Cchet, SetClassificao lingstica: Tupi-guaraniPopulao: 86 (da Silva, C.L. - 2006)Local: Serra dos Dourados, ParanOs Xet so uma etnia em extino, localizados na regio da Serra dos Dourados.Xet, Hta, Chet, Set, Sset, Ar, Yvapar e at Botocudo so as denominaes pelas quais osXet podem ser identificados na literatura, relatos de viajantes e fontes documentais que tratam da

    presena de povos indgenas no espao que hoje constitui o Estado do Paran. Habitantes originaisdo noroeste paranaense, o territrio tradicional dos Xet conhecido como Serra do