tratado elementar de magia prática

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  • 5/24/2018 Tratado Elementar de Magia Pr tica

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    TRATADO ELEMENTAR DE MAGIA PRTICAGerard Anaclet Vincent Encausse

    Papus - [trad. d E.P.]

    So Paulo: Ed. Pensamento, 1995

    SOBRE PAPUS(1865-1916)

    TRECHOS SELECIONADOS & COMENTRIOS

    VOLUME I - TEORIA

    NDICE

    1. Cap. I - Definio de Magia

    2. Cap. II - O Homem

    2.1. Sobre Meditao

    2.2. Sade e Equilbrio

    2.3. Fora Nervosa

    2.4. Sobre o Sono2.4. Sobre Embriagus

    2.4. Sobre a Loucura

    Cap. III - A Natureza

    3.1. Homem e Microcosmo

    3.2. Astrologia

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    3.3. Natureza Inteligente

    3.4. Memria das Formas

    Captulo IV - O Arqutipo

    4.1 Homem e Deus

    Captulo I

    DEFINIO DE MAGIAMagia cavalos carruagens e cocheiros

    Vistes alguma vez um fiacre (coche, carruagem) transitando pelas ruas de Paris? ... se observaresatentamente este fiacre, estareis em condies de aprender rapidamente a mecnica, a filosofia, psicologia esobretudo, a magia. Se minha pergunta ... vos parece absurda que no sabeis ainda observar. Olhais, masno vdes; experimentais passivamente sensaes, mas no tendes o costume de as analisar, de procurar asrelaes das coisas. ... Todos os fenmenos fsicos que ferem nossos sentidos, no so mais do que reflexosdas vestes de princpios mais elevados: as idias. ...

    Voltemos ao nosso fiacre. Uma carruagem, um cavalo, um cocheiro, eis toda a filosofia, eis toda a magia.... Se o ser inteligente, o cocheiro, quisesse pr em movimento seu fiacre sem o cavalo, o carro no andaria.... [Entretanto] muitos supem que magia a arte de fazer mover fiacres sem cavalos ou, traduzindo emlinguagem um pouco mais elevada, de agir sobre a matria pela vontade e sem intermedirios de espciealguma. ... Observastes que o cavalo mais forte que o cocheiro e que, por meio das rdeas, o cocheirodomina a fora bruta do animal que ele conduz? O cocheiro representa a inteligncia e, sobretudo, aVONTADE, o que governa todo o sistema ... A carruagem representa a matria, o que inerte ... O cavalorepresenta a fora.

    Obedecendo ao cocheiro e atuando sobre a carruagem, o cavalo move todo o sistema. [O Cavalo] oprincpio motor ... elo intermedirio entre a carruagem e o cocheiro, elo que prende o que suporta

    (matria) ao que governa(pensamento, inteligncia). [Em outras palavras] ... O cocheiro a VONTADEHUMANA, o cavalo a VIDA (FORA VITAL) ... sem a qual o cocheiro no pode agir sobre acarruagem.

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    ... Ora, quando ns nos encolerizamos ao ponto de perder a cabea, [dizemos que] o sangue "subiu cabea" {ou, a fora vital, o cavalo descontrolado apoderou-se da mente], isto , o cavalo "desboca-se" e,

    cus! Nesse caso, o dever do cocheiro [manter o pulso firme nas rdeas], e pouco a pouco, o cavalo,dominado por essa energia, torna-se calmo. O mesmo acontece com o ente humano: seu cocheiro avontade, deve agir energicamente sobre a clera, as rdeas que prendem a fora vital VONTADE devemser mantidas em tenso [sob controle]

    A magia sendo uma cincia prtica, requer conhecimentos tericos preliminares, como todas as cinciasprticas. Entretanto, h diferena entre um engenheiro mecnico, que passou por um curso universitrio eum mecnico tcnico ou leigo, que fez um curso rpido ou aprendeu na lida do dia a dia da oficina. Emmuitos lugarejos, h leigos em magia que, de fato, produzem fenmenos curiosos e realizam curas, porqueaprenderam a fazer estas coisas vendo como eram feitas pelos mais velhos, repetindo tradies cujofundamento, geralmente, se perdeu. Esses "magos leigos" so os chamados FEITICEIROS ...

    Sendo prtica, a magia uma cincia de aplicao. Mas, o qu o operador vai aplicar? SUA VONTADE ...o princpio diretor, o cocheiro do sistema. Perguntamos ainda: em qu, em qual objeto ser aplicada estaVONTADE? Na MATRIA? Nunca! Seria como um cocheiro agitando-se na bolia da carruagemenquanto o cavalo ainda est na estrebaria! Um cocheiro AGE SOBRE um cavalo, no sobre a carruagem.... Um dos grandes mritos da cincia oculta justamente ter fixado este ponto: que o esprito no pode agirsobre a matria diretamente; o esprito age sobre um AGENTE INTERMEDIRIO, o qual, por sua vez,reage (repercute) sobre a matria. O operador dever, pois, aplicar sua VONTADE no diretamente namatria, porm naquilo que modifica a matria incessantemente, [seu mediador plstico] que, a cinciaoculta chama PLANO ASTRAL ou PLANO DE FORMAO DO MUNDO MATERIAL.p 17-18-19-20-21

    Antes de comandar as foras em ao em um gro de trigo, aprendei a comandar aquelas que agem em vsmesmos e lembrai-vos que antes de ocupardes uma cadeira de Mestre na Sorbonne, preciso passar peloLiceu e pela Faculdade. p 21

    2. DEFININDO MAGIA Magia ... a aplicao da VONTADE s foras HIPERFSICAS (oumetafsicas) da natureza. Estas foras HIPERFSICAS diferem das FORAS FSICAS no que se refere sua essncia energtica: as foras fsicas so puramente mecnicas enquanto, as hiperfsicas so psico-orgnicas. Nas palavras de Papus, as foras hiperfsicas "... so produzidas por seres vivos em vez de oserem por mquinas" (PAPUS, 1995 - p 22, 23). So exemplos de foras FSICAS: calor, luz, eletricidade.So foras que tocam os sentidos fsicos e se relacionam s percepes comuns dos olhos, ouvidos, tato,

    olfato e paladar. J a fora hiperfsica manifesta-se especialmente por meio do PENSAMENTO-VONTADE capaz de controlar a vitalidade ou fluxo de energia vital. "Reichenbach provou, desde 1854,que os seres animados e certos corpos magnticos desprendiam, na obscuridade, eflvios visveis para ossensitivos. Estes eflvios constituam para Reichenbach a manifestao de uma fora desconhecida que elechamou OD. ...H, na ndia, seres humanos adextrados ...no manejo destas foras hiperfsicas ... (Idem, p23). Papus descreve a experincia de um faquir capaz de promover o desenvolvimento de uma semente emplanta adulta em poucas horas usando to somente seus eflvios vitais.

    "A vontade do faquir ps em jgo uma fora que anima em algumas horas uma planta, que s umano de cultura poderia conduzir ao mesmo resultado. Ora, esta fora no tem dez nomes para umhomem de bom senso; ela chama-se simplesmente VIDA. ...A vontade do faquir atuou sobre a

    VIDA ADORMECIDA NO vegetal e no s ps esta fora vital em movimento como tambm lheforneceu elementos de ao MAIS ATIVOS que aqueles que fornece habitualmente a natureza. O

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    faquir nada fez de SOBRENATURAL. Ele apenas PRECIPITOU um fenmeno natural: fez umaexperincia mgica, mas nada produziu de contrrio s leis da Natureza. Mas que meios utiliza ofaquir para ATIVAR uma fora latente na planta? A cincia oculta ensina que o faquir utilizou SUA

    PRPRIA FORA VITAL. Isso demonstra que A VIDA PODE "SAIR" DO SER HUMANO EAGIR DISTNCIA."

    (PAPUS, 1995 - p 23, 24)

    Pelo exposto podemos dizer que magia "a ao consciente da vontade sobre a vida". ...Para distinguir asforas de que se ocupa a Magia das foras fsicas chamaremos as foras mgicas de FORAS VIVAS. AMagia a APLICAO DA VONTADE HUMANA, dinamizada (concentrada e direcionada) evoluorpida das foas vivas da Natureza (direcionada para a produo de fenmenos coerentes com as leis danatureza)." p 26

    CAPTULO II O HOMEM

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    O homem tri lo: nele tudo se manifesta em trs esferas ontol iccas de ser se a no as ecto fsico ou

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    SOBRE PAPUS

    (1865-1916)

    VOLUME II - PRTICA

    Cap. V - Introduoa realizao do homem

    5.1. Alimentao

    5.2. Vegetarianismo

    5.3. Regime Animal

    5.4. Excitantes Materais

    5.5. lcool

    5.6. Caf

    5.7. Ch

    5.8. Haschisch

    5.9. Respirao

    5.10. Respirao IIcomo usar - dicas de Papus

    5.11. Educao do Ser PsquicoCorpo Astral e Alma Astral

    5.12. Educao do Homem Mineral-Vegetal

    5.13. Educao do Homem Animal

    5.13. Educao do Homem Racional

    5.14. O Amor na Formao do Mago

    5.15. Sexo & Castidade

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    CAPTULO V Introduo

    a realizao do homem

    Neste captulo, Papus trata das prticas que o estudante de magia deve adotar a fim de obter o preparofsico, psquico, psicolgico e espiritual necessrios ao exerccio dos chamados "poderes mgicos" oufaculdades metafsicas. O autor fala da alimentao, dos excitantes, da meditao, da educao dossentidos e da inteligncia.

    Antes de agir sobre a natureza, o homem dever ser suficientemente senhor de si mesmo para resistir s

    emoes de seu ser impulsivo. Um cavaleiro controla seu cavalo usando as rdeas. O homem controla oser impulsivo usando fora nervosa. A qualidade da fora nervosa determina o grau de domnio do

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    homem verdadeiro sobre o homem animal. Ora, a qualidade da fora nervosa depende da qualidade dosalimentos, da qualidade do ar e do ritmo respiratrio.

    O preparo de um mago inclui, portanto, alm de cuidados alimentares, exerccios como a meditao eoutros mais que servem para educar os sentidos (percepo) e a expresso (manifestao da vontade). Aeducao do olhar, com o emprego dos espelho e prtica de contemplao; educao da palavra, paraque seja clara, concisa e com inflexo firme; educao do gesto, origem dos pentculos (traado desmbolos), educao do andar e gestos de modo geral. p 126

    Alimentao

    Depois do que foi dito podemos perceber a importncia que assume a questo dos alimentos para omagista. O ideal a atingir por aquele que se sujeita ao regimen de alimentao preconizado pela Magia,consiste em pr disposio da vontade a maior quantidade possvel de fora nervosa em um tempo

    dado. Quando o mago atinge o nvel de fora realmente satisfatrio ele atinge tambm aquilo que sechama LIBERDADE DE ESPRITO. O esprito livre tem condies de dispor, com segurana, de umaenorme quantidade de fluido nervoso. Este estado se manifesta principalmente pela manh ou em jejum,isto , nos momentos em que o ser humano est menos ocupado com o trabalho fisiolgico doorganismo, sobretudo a digesto. p 127

    Para fixar bem nossas idias, representemos o ser humano como um balo que pode alcanar diversasalturas conforme o pso maior ou menor que serve de lastro. O balo o esprito; o lastro ou pso ocorpo, o organismo; as cordas so a fora nervosa. ...Um pr-requisito dos mais importantes para sealcanar a liberdade de esprito justamente a diminuio do pso do organismo (e este peso se refereno s massa fsica, mas tambm massa de pensamentos que tencionam a mente). Isso no significa

    passar fome. As prticas msticas relativas ao corpo devem ser controladas, devem ser peridicas, nuncacontnuas. ...Pode-se treinar progressivamente para libertar uma quantidade cada vez maior de foranervosa ...sob a condio de no esquecer que a reposio da fora nervosa depende da absoro dealimentos.

    O estado de sade fsica obtido por um harmonioso equilbrio entre o esprito e o organismo. Quando,sem transio, o ser voluntarioso, a Vontade se sobrepe ao corpo, h o perigo de desfalecimento eloucura. A situao contrria, do organismo que oprime o esprito, resulta em sonolncia eembrutecimento. Suponhamos que, estando em jejum, fazemos uma refeio abundante e pesada. medida que a sensao de satisfao do estmago se estabelece, as idias se obscurecem. Isso ocorreporque, a fora nervosa que estava a servio do esprito passa a ser usada pela esfera instintiva do ser

    humano; a fora nervosa vai ser empregada na digesto. O homem instintivo, para quem a satisfao doapetite constitui uma das formas de felicidade, deixa-se seduzir por esses gozos de embrutecimentoprogressivo e ainda favorece este embrutecimento entregando-se ao sono ps refeio, a sesta.Semelhante indivduo est inteiramente escravizado ao seu organismo e no conseguiria realizarqualquer operao mgica. p 127 - 128 - 129

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    Vegetarianismo

    A educao do magista passa por perodos de preparao pessoal que tornam o estudante apto a realizaroperaes mgicas. Estes perodos variam entre 7 e 40 dias. Nestas pocas, o regimen vegetariano deveser o nico a ser empregado. Isso tem sua razo de ser: o homem orgnico uma criao da naturezaque deve estar a servio do homem-esprito. Em sua experincia terrena o organismo humano possui umcentro vital animal no peito e um centro vital vegetal no abdmen.

    Os alimentos vegetais agem quase que unicamente no homem instintivo e seu emprego constante produzCALMA ORGNICA, FSICA. Um organismo assim preparado, alimentado com vegetais, no oferece

    muita resistncia FORA DE VONTADE. Se quereis vos abandonar aos sonhos e experimentarsensaes que nunca sero saturadas pelo tdio, tomais como meio ambiente o CAMPO e adotai comoregimen alimentar o vegetarianismo. Tende o cuidado de beber somente leite ou gua e logo vereiscomo uma paz profunda se instala no ser outrora agitado. Mas se desejais ir mais longe e fazer nascerem vs faculdades transcendentais adormecidas, acrescentai a este regimen o CH, vrias vezes ao dia epraticai, pela manh e noite, a MEDITAO durante uma hora ou hora e meia e estareis em condiesde conseguir fenmenos muito ntidos de telepatia e viso do astral.

    O regime vegetariano que exclui o peixe, a carne e o lcool, sendo usado no campo ou em meio anlogo,livre de toda preocupao material, pode ser usado durante longos anos sem nenhum perigo. A princpio,o estudante deve exercitar-se em perodos curtos, de 7 dias; depois, passar a 15 dias e assim por diante.Nos regimes vegetarianos de longa durao admitem leite, ovos e queijo. Quando se pretende realizaruma operao mgica, ovos e queijo so suprimidos. Este o chamado "regime pitagrico".

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    O clima deve ser levado em considerao quando se estabelece o regime alimentar. Nas regies frias oorganismo precisa de mais gorduras. Nas regies quentes, tropicais e equatoriais, como Egito e ndia, aenergia solar supre boa parte da necessidade energtica do corpo e por isso, uma poro de arroz

    suficiente como prato principal ao longo de um dia. Em outras palavras, no se pode impor a um inglso mesmo regime alimentar de um indiano. Uma vez compreendida essa necessidade de adaptao,importa saber que o vegetarianismo continuado confere ao homem fora fsica e diminui as tensesnervosas.

    Finalmente, antes de entregar-se a um regime alimentar, a fim de realizar operao mgica, precisoconcentrar-se no objetivo que se quer atingir e das foras disponveis. Somando a isto as consideraessobre o ambiente e o clima, pode-se ento determinar o nmero de dias durante os quais o regime deverser seguido.

    O regime comum deve ser substitudo pelo vegetarianismo gradualmente. No incio so suprimidos os

    excitantes, como o caf e o lcool; depois, a carne no almoo e no jantar; a seguir, o peixe conservandopor mais tempo o uso da manteiga e do azeite.

    O regime dura oito dias e consiste em uma dieta de legumes cozidos sem sal e, de preferncia, colhidospelo operador. um regime que somente deve ser empregado no campo. Nas grandes cidades, de vidaagitada, onde tudo gravita em torno da esfera passional ...os ensaios do regime vegetariano exclusivo sodesastrosos. Temos constatado fenmenos evidentes de anemia cerebral em vrias pessoas que tentaramseguir estritamente este regime ao qual ningum pode resistir mais de seis meses. p 130 - 131 - 132 -133 - 136

    Regime Animal

    Os alimentos vegetais atuam sobre o centro emocional ou instintivo, involuntrio. Os alimentos do reinoanimal atuam sobre o centro passional e desenvolvem de um modo considervel a resistncia doorganismo aos impulsos vindos quer do exterior, que da vontade. O regime animal convm,principalmente, aos de ao na vida cotidiana ou queles que suportam a vida febril das grandes cidades.Este regime deve ser excludo da educao mgica porm, o magista deve conhecer seus efeitos.

    Na antigidade, os animais sacrificados nos templos para alimentao, eram "encantados" antes dosacrifcio. O sacerdote sacrificador fazia um ritual, uma prece, cujo objetivo era promover a separaoentre o corpo fsico e corpo astral e assim evitar o sofrimento do animal. Em tais condies, a carneconsumida era astralmente boa e no desenvolvia nenhuma faculdade m no ser humano.

    Atualmente, os animais so assassinados industrialmente em uma atmosfera de horror, revolta esofrimento sem medida. A conseqncia deste fato que os contemporneos no absorvem somente acarne; absorvem ao mesmo tempo a clera, a revolta e o embrutecimento. Se os profanos nocompreendem e zombam destas verdades, outros compreendero e sabero o motivo da tradio daprece antes de comear uma refeio, qualquer que seja a religio. uma necessidade verdadeira napoca atual para afugentar as ms influncias astrais. p 136 - 137

    Excitantes Materiais

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    Assim como alimentos vegetais atuam sobre os centros nervosos do instinto e os animais sobre oscentros passionais, h substncias que agem sobre o centro intelectual: so os EXCITANTES (drogas).Sabe-se que, no estado normal, uma reserva de fora nervosa existe nos plexos nervosos do grandesimptico. A primeira ao de um excitante influir sobre estas reservas liberando fora nervosaarmazenada. O efeito produzido um aumento sbito do fluxo de idias. O preo deste estmulo, quandopassa o efeito da droga, uma fadiga profunda do organismo que, se for prolongada, pode trazer gravesperturbaes. Neste estudo, trataremos das propriedades das seguintes substncias: lcool, caf, ch,haschisch (extrato de cannabis sativaou maconha). p 138

    lcool

    Resultado da qumica dos laboratrios humanos, o lcool, como a maior parte dos excitantes um dosmais poderosos e tambm dos mais perigosos. Sua ao, em forma de aguardente (destilados, cachaa,vodka, etc.) muito rpida porm pouco profunda e de pouca durao. Sob a influncia do lcool, umagrande quantidade de fora nervosa liberada e o esprito fica como que iluminado pela riqueza deidias que surgem e se relacionam no centro intelectual. O lcool no se presta portanto aos trabalhosdemorados de anlise, de deduo; adequa-se unicamente concepo de idias matrizes que, se noforem anotadas na hora, em geral, perdem-se no esquecimento depois do sono que advm ao cessar oefeito do excitante.

    Como foi dito, a ao do lcool dura pouco. No se deve recorrer a uma segunda dose em uma mesmaocasio. A ingesto de uma segunda dose, na esperana de prolongar os efeitos da primeira, intil eperigosa. A vivacidade intelectual d lugar a um embotamento da percepo e do discernimento: aembriagus. A combinao do lcool destiladocom acares resulta em um outro tipo de excitantealcolico: o licor. A ao dos licores mais lenta que ao do destilado puro. O licor age maisintensamente sobre os desejos e pode fortalecer momentaneamente a capacidade de realizao davontade em ocupaes intelectuais. O destilado puro, atua sobre as necessidades fsicas e emocionais. prefervel o licor s "guas ardentes" sempre que o objetivo for uma ao. O lcool "seco", sem acar, mais indicado meditao ou trabalho de concepo de idias. p 139 - 140

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    Caf

    O caf o mais poderoso dos excitantes no que diz respeito durao dos efeitos. O caf coado, produz

    dois resultados perfeitamente distintos:

    1) Durante a primeira hora que se segue a sua ingesto, o caf opera sobre o plexo nervoso do abdmene, ajudado pelo calor, facilita o trabalho digestivo permitindo ao esprito dispor de maior quantidade defora nervosa corrente, ou seja, sem recorrer s reservas.

    2) Duas ou trs horas aps a ingesto, o caf comea a operar na esfera intelectual e esta ao dura deuma a duas horas para cada xcara. Assim, se for tomado a uma hora da tarde, a ao psquicacomeas 3 e continua at as 5. Depois disto, o estmago vazio e ocioso, torna o trabalho intelectual ainda maisfcil.

    Quem pretende usar o caf como estimulante deve se preparar para isso, preparando suas anotaes,traando seus esquemas e esboos antes de comear a trabalhar. O melhor horrio de uso pela manh,em jejum ou em quase jejum. Entretanto, necessrio estar prevenido contra as reaes adversas. Empessoas nervosas o caf pode provocar uma espcie de "ressaca", crises de tristeza. Por isso, o empregodo caf mais seguro em pessoas vigorosas e deve ser evitado pelos fracos e anmicos. p 140 - 141

    Ch

    A excitao intelectual fornecida pelo ch intermediria entre a do lcool e a do caf; esta excitao,porm muito suave. O ch torna o indivduo melanclico e enfraquece paulatinamente os centros

    nervosos. Temos visto freqentemente anemias nervosas graves em estudantes russos que abusaram doch. Este excitante possui a faculdade de sustentar um trabalho intelectual continuado. Por isso, onico que pode ser empregado nos perodos de realizao. O defeito capital do ch atuar muitoprofundamente sobre os centros nervosos de modo que o perodo de reparao do organismo muitolongo. A anemia nervosa provocada pelo ch manifesta-se pela ausncia total de iniciativa e coragem. p142

    Haxixe

    O haschisch (haxixe) uma das drogas mais perigosas do ponto de vista psicolgico. Muita gente pensaque esta substncia proporciona vises sublimes e xtase. Isso no verdade. preciso saber usar o

    haxixe. Tal como o pio, porm com ao mais intensa, o haxixe libera rapidamente toda a reserva defora nervosa ativando a esfera intelectual de modo que as idias pr-existentes ao uso da droga soexageradas, amplificadas de modo prodigioso. Isso implica existncia de idias antes da queima dohaxixe.

    Quando as idias originais so vulgares, vulgares tambm so as impresses que resultam do uso dohaxixe. Um experimentador, tendo usado o haxixe sem uma idia pr-concebida e esperando o que iasuceder, simplesmente dormiu e sonhou que era um cachimbo e que fumava a si prprio. O haxixe umamplificador e no um criador. A reao adversa, ps-efeito, freqentemente se apresenta comosensao de angstia e ocorrncia de pesadelos.

    Sob o ponto de vista mgico, o uso de todas as drogas aqui mencionadas encerra uma boa dose deperigo. Elas aumentam o imprio do ser impulsivo sobre a vontade e preciso uma autoridade muito

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    forte sobre si mesmo para no se deixar dominar por estas substncias, que so a encarnao da alma domundo na matria. p 142 - 143

    Respiraoresumo introdutrio

    So aspectos da matria ou corpo fsico do ser humano:

    1 - O Vegetal-Mineral, movido por necessidades e metabolismo involuntrio.

    2 - O animal. Inclui as necessidades, o metabolismo involuntrio porm caracteristicamente movidopor desejos ou PAIXES.

    3 - Intelectual, movido pelos hbitos e condicionamentos culturais, motivado por lgicacomportamental.

    Os trs aspectos coexistem e se revezam na predominncia que exercem sobre o SER EM CONDIOHUMANA, em circunstncias diversas. Os aspirantes a Magos empregam mtodos, prticas, estudos,exerccios a fim de submeter estes aspectos do fsico denso-orgnico MENTE LIVRE, que o homemverdadeiro, o Homem Superior, o INDIVDUO REAL que antecede personalidade, entidade efmera edeterminada por fatores socio-culturais. Nos tpicos anteriores, vimos que alimentos e drogas

    (excitantes) so usados para modificar as condies de ao e reao do corpo fsico. No tpico a seguir,Papus fala sobre os meios de influir sobre o corpo astral.

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    Passamos rapidamente em revista os modificadores do corpo fsico, alimentos e excitantes. Chegamosagora aos modificadores do corpo astral: o ar atmosfrico e os perfumes, as substncias volteis,quando misturadas ao ar inspirado, operarem diretamente sobre os pulmes. ...O ar inspirado constitui o

    modificador do sangue mais rpido de que se dispe. A substncia voltil aspirada age diretamentesobre o sangue e no momento mesmo em que o glbulo vermelho sofre a ao vitalizante do aratmosfrico inspirado.

    Trs aspectos so importantes no estudo da respirao como modificador do corpo astral:

    1 - A ao do ar sobre o sangue, sob o ponto de vista da fora nervosa.2 - O ritmo respiratrio e as modificaes que esse ritmo opera na disposio do homem.3 -A ao dos excitantes do corpo astral ou os perfumes. p 145 - 148

    O ritmo respiratrio age sobre os centros nervosos de maneira notvel. A inspirao rpida age como

    excitante; a inspirao lenta e sobretudo a expirao prolongada e espaada, acalmar os centrosnervosos. ...O pulmo e o corao podem ser considerados como duas rodas com engrenagensentrosadas uma na outra, o que faz com que o aumento do ritmo respiratrio seja reproduzido no ritmocardaco com reflexos em todo o sistema circulatrio. A respirao , pois, o dispositivo mecnico-orgnico que restabelece o equilbrio dos fluxos sempre que este equilbrio se perde por um distrbioqualquer. p 145 - 146

    Como Usar a Respirao Dicas de Papus

    Na embriagus: quando um excitante material, como o lcool, tiver esgotado uma parte da foranervosa, pela respirao que a reparao imediata se far, caso ela possa ser feita. A aspirao trar

    dinamismo reparador e a expirao eliminar uma parte do lcool absorvido. Todavia, ser precisograduar bem a respirao do bbado. Para obter um resultado positivo a respirao dever muito lenta emuito profunda, pois uma respirao rpida produziria um efeito contrrio. ...Da o perigo do ar livrepara os brios, os quais, saindo da mesa em estado de febre, respiram muito depressa e so, conformeuma de suas expresses, "estuporados' pelo meio exterior. p 148

    Respirao e Magia: o magista deve exercitar-se em fazer muitas vezes largas (lenta e longa)inspiraes verificando cuidadosamente o efeito produzido sobre seu organismo bem como a duraodesse efeito. Cada ao importante dever sempre ser precedida de trs inspiraes profundas, feitaspensando fortemente na ao que se deve empreender.

    O efeito da respirao, agindo como excitante intelectual, ser aumentado se a pessoa se move enquantofaz as referidas inspiraes. Eis porque um passeio aps a refeio substitui facilmente os excitantesmateriais. O ar inspirado o alimento do corpo astral . Os perfumes so substncias capazes deexcitar o corpo astral, o ser anmico. Trs tipos de perfume so notveis considerados sob o ponto devista de seus efeitos sobre o homem:

    o incenso leva a orar, o almiscar a amar, a fumaa do tabaco a dormir

    * INCENSO e seus anlogos: operam sobre psquico e so excitantes intelectuais.

    * ALMISCAR - influi sobre o ser anmico, o corpo astral, porm despertando impulsos instintivos.

    * TABACO(cigarros) -tambm age sobre o ser instintivo com ligeira excitao intelectual a princpio.p 150

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    Educao do Ser Psquico

    O objetivo mgico a submisso total do ser impulsivo ao Homem de Vontade. O magista no deve

    tolerar nenhuma sujeio, nenhuma emoo reflexa, sem estar em condies de opor-se s mesmas. Nostpicos anteriores abordamos o uso dos alimentos e o estudo da respirao que permitem favorecer odesenvolvimento das aptides mgicas. Devemos agora considerar a SENSAO. Encontraisdiariamente pessoas que vos dizem: "No posso tocar em veludo" ou "No suporto cheiro de lrio" ouainda "Sempre que vejo um sapo sinto-me desfalecer". Pois bem, todas estas repulses instintivas, todasestas emoes, puramente reflexas, devem ser implacavelmente dominadas pelo estudante de Magia, oque constitui um processo de educao da Vontade.

    Quando falamos em vencer estes impulsos antipticos dos sentidos, no significa que se deva passar agostar do antes se rejeitava. Longe disso, pretendemos que a vontade seja suficientemente desenvolvidapara ser capaz de se opor manifestao impulsiva das sensaes. O reflexo se produzir sempre porm

    o objetivo da educao mgica fortalecer a vontade a fim dominar os atos reflexos. Uma vontade capazde vencer reflexos uma vontade poderosa. p 151- 153

    comentrio As SENSAES, resultado das capacidades receptoras-perceptoras dos orgos dossentidos, so agradveis ou desagradveis em funo de fatores circunstanciais. O gostar ou no gostarde certas sensaes um tipo de "juzo" condicionado que fica retido na memria. A sensao sereproduz porque a memria, ao recuperar o conhecimento, ao traz-lo de volta conscincia, recuperarelacionando o objeto sensao primitiva de agrado ou desagrado.

    TATO e o PALADAR se referem ao corpo fsico e aos instintos. OLFATO, ao corpo astral e ao centroanmico (centro da alma astral); AUDIO relaciona-se ao ser psquico e ao centro intelectual. VISO,

    pertence ao Homem de Vontade

    TATO Qualquer que seja a sensao, viscosa ou de outra espcie, produzida pelo contato de umanimal ou de um corpo, preciso acostumar-se a perceb-la sem a menor emoo, sobretudo se estasensao desagradvel. Alm disso, um asseio constante e minucioso indispensvel para manter osorgos do tato e todo o organismo em perfeito estado. Aconselhamos tambm, o banho dirio quase frio,tomado ao levantar e seguido de uma frico de leo ou de uma infuso de verbena. Estas prticas soindispensveis durante os oito dias que antecedem uma operao mgica. p 152

    PALADAR preciso exercitar-se em apreciar os pratos que se come mesmo quando no so doagrado do experimentador. O mesmo aconselhamos com relao s bebidas usuais, como o leite e a

    cerveja. Estas prticas, aparentemente inteis, so da mais alta importncia para domar o instinto, o qual,se no estiver dominado, entrava, mais tarde, todos os esforos do magista. necessrio, tambm,exercitar-se em variar as horas de refeio e diminuir progressivamente a quantidade de alimentosingeridos, voltando depois ao regime habitual. p 152

    OLFATO A educao do olfato por meio de perfumes deve ser contnua, pois ela permitir observarbem os efeitos das diversas substncias aromticas sobre o centro anmico (corpo-alma astral). precisohabituar-se a vencer as antipatias por este ou aquele odor floral, dos alimentos etc.. Toda repugnnciafsica de origem reflexa. p 153

    AUDIO A educao da audio das mais importantes para o magista. Tal como a vista, a

    audio a chave do senso esttico. Para tanto, necessrio familiarizar-se com os sons, tanto os sonsmusicais quantos os sons em geral, do meio ambiente, dos rudos urbanos aos sussurros da natureza. Aeducao musical se faz pelo processo bvio de se dedicar apreciao de diferentes ritmos, com

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    especial ateno paraa msica clssica ocidental, os concertos para piano, peras etc.. alm da msicacontempornea de todas as tendncias. Paralelamente, a educao da audio complementada comsesses de relaxamento e/ou meditao com especial ateno voltada para o sons, sejao som ambiente,

    seja uma msica escolhida para este fim. Neste caso, a preferncia para as peas instrumentais, semvocais. Tambm recomendvel, para os ocidentais, buscar sonoridades de diferentes culturas: indiana,africana, rabe, chinesa, japonesa. p 153

    Msica Excitante Intelectual

    A msica comove diretamente a alma e as ordens religiosas assim como as antigas sociedadesiniciticas, tm em grande conta este fato; mas o centro psquico s susceptvel de comover-se naproporo direta de seu grau de desenvolvimento. H uma grande diferena entre a maneira pela qual,um operrio, um burgus, as pessoas, sendo diferentes, percebem a msica. Diferentes gneros demsica so simpticas ou antipticas para diferentes classes de seres humanos.

    A msica, na sua qualidade de excitante intelectual, to variada que pode adaptar-se s necessidades detodos os seres humanos qualquer que seja a sua educao fsica....Podemos, em linhas gerais fazer aseguinte classificao:

    * a msica instintiva, representada pela canoneta, o bal musette e o caf-concerto.

    * Msica anmica, o "gnero eminentemente francs", desde a marcha militar e o canto nacional at apera cmica.

    * Msica intelectual que, para o povo a "romanza" e, para p artistas, uma pera de Wagner. p 156 -

    157VISO A freqncia aos museus e a meditao diante das obras dos mestres, principalmente pelamanh, facilitam a educao esttica da vista. O ch poder ser empregado para ajudar. Porm, em setratando de educao da vista, o ponto mais importante o domnio absoluto, pela vontade, sobre asemoes que so despertadas por percepes visuais, pelas imagens, especialmente quando so visesestranhas ou inesperadas. Estas emoes podem produzir-se a qualquer momento porm devem serdominadas no mesmo instante pela ao enrgica da vontade. A maior parte das iniciaes antigasatentavam muito a este ponto.

    Perder a cabea diante da viso de algo inesperado perder o controle da Vontade e sucumbir aos

    reflexos do ser impulsivo, submetendo o Ser Imortal aos terrores que assombram mortais, sempreassustados com qualquer coisa que se parea com o que chamam de "manifestaes do alm". Ora, asentidades astrais, por exemplo, s podem empregar o medo contra um experimentador isolado em seucrculo e magicamente armado (pentculos, signos, espada, basto, aura prpria). ...Compreende-seporque o treinamento, a educao da vista e o domnio constante da vontade sobre as emoes toimportante para aqueles que querem fazer experincias difceis, como a evocao consciente. Masapressemo-nos a dizer que estas experincias so raras na prtica mgica e muitas outras existem queno requerem to minuciosas preparaes nem este rigoroso treinamento. p 154 - 155

    Educao do Ser Instintivohomem mineral-vegetal

    Tendes dificuldade em realizar vossas idias, apesar de as conceberdes facilmente? Sentis embarao emcontinuar em trabalho um tanto extenso, embora o trabalho da imaginao se efetue por si mesmo? Isso

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    quer dizer que em vosso ser prepondera demasiadamente o centro instintivo sobre o intelectual. preciso reagir seno jamais realizareis qualquer projeto e vos tornareis, pouco a pouco, um dessesociosos falastres de caf que despertam admirao a um auditrio pela originalidade e vigor de suas

    idias mas que so impotentes para construrem coisas. Pessoas assim do origem categoria dosinvejosos vencidos pela vida que passam as noites nas mesas dos bares.

    O trabalho de realizao implica um sofrimento ao qual preciso habituar-se sob pena de morteintelectual. Com efeito, durante a realizao o esprito se materializa, o que uma dor contra a qualreage e s pode ser aniquilada, a nosso ver, por dois meios:

    1. o hbito de realizar sempre mesma hora.

    2. o embrutecimento consciente e a materializao do esprito obtidos pelo desenvolvimento do serinstintivo.

    um erro grave desprezar o corpo fsico e suas necessidades; este erro a causa da impotnciaintelectual, do misticismo improdutivo e at da loucura. A Natureza deu ao homem uma trplice parelhapara se conduzir na vida e no matando o animal desta parelha que se chega onde se quer. Na vidaterrena, o corpo fsico, o animal, quem sustenta a disposio orgnica do homem durante as tarefasmais longas e estafantes. necessrio, pois, "coagular" ou concentrar a fora nervosa pela educao doser instintivo. So recomendados neste treinamento:

    ALIMENTOS:Refeies substanciais ricas em vegetais.

    BEBIDAS:(excitantes) Leite e cerveja.

    RESPIRAO:Lenta e pouco profunda.

    PERFUMES:Tabaco

    SENSAO:Paladar

    MSICA:Lenta, montona, fcil.

    HORA PROPCIA:A tarde, de preferncia ao anoitecer

    Certos artistas de temperamento naturalmente ativo, substituem instintivamente este trino material pelohbito de realizar seus trabalhos em um horrio determinado. Emile Zola, dizem, tinha por hbitoescrever (ou seja, realizar) cinco a seis pginas de trabalho todas as manhs. Este momento, comefeito, aquele em que o esprito, saindo do sono com o mximo de fora, est o mais calmo possvel. p159 - 160

    Educao do Homem-animal

    H certos homens de rosto plido, de olhar profundo, pensadores notveis, muitas vezes realizadoresfecundos mas que se no se resguardam contra adversidades materiais no tardam a sucumbir aos golpesdo destino implacvel. So talentos maravilhosos condenados ao aniquilamento desde o seu nascimento.

    Eles no tm bastante resistncia orgnica para atividades materiais e a origem deste tipo de nimo osangue. Ora, o animal, no homem, no naturalmente preparado para suportar as adversidades prprias

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    da civilizao. Os egpcios e, mais tarde, os gregos, exigiam de seus filsofos as provas fsicas, cujapreparao era a ginstica. O treinamento do animal estabelece a seguinte rotina:

    ALIMENTOS:Carnes assadas, caa.RESPIRAO:Rpida e profunda.

    PERFUMES:Almscar

    SENSAO:Olfato

    MSICA:Marchas

    HORA PROPCIA:Imediatamente aps as refeies. p 161

    Educao do Homem Racional

    Tendes grandes mos e dedos grossos, contais com um vigor muito grande para o trabalho porm tendestambm grande dificuldade de assimilao rpida e compreenso artstica? Queres aguar vosso serintelectual; queres pr vosso trabalho e at vosso apetite servio do crebro? Confiai em vossamemria, j que a tendes excelente. Mas atentai que ser preciso aprender a vencer as necessidades e osapetites que constituem quase toda a vossa existncia. Ser preciso dominar sempre os acessos de cleraque vos invadem a cada contrariedade. Ser preciso praticar os exerccios intelectuais querecomendamos sobre a sensao e a msica. Acrescentai a isto o regime seguinte e dentro de seis meses,eu vos prometo, afinareis sua alma e apreciareis sensaes refinadas que antes lhe eram indiferentes.

    ALIMENTOS:Frutas e laticnios, ovos, pouca carne, acar.

    BEBIDAS:(excitantes) Caf, uma vez ao dia e ch, duas vezes, durante um dia, a cada semana. Comobebida habitual, gua pura ou ligeiramente misturada com vinho.

    RESPIRAO:Rpida com expirao bem gradual.

    PERFUMES:Incenso apreciado durante ritualde prece.

    SENSAO:O ouvido deve ser desenvolvido assim como a vista.

    MSICA:Sacra, concertos sinfnicos, pera, msica clssica.

    HORA PROPCIA:Sempre em jejum, pela manh, das 7 as 11 horas. Durante a tarde, das 5 as 7 horas.Para realizar, prefira o perodo da manh; para criar, o incio da noite. p 162

    O Amor na Formao do Mago

    O amor o estimulante do Homem de Vontade, do Esprito Livre. Porm, devemos estar atentos aoemprego to comum e leviano que se faz da palavra AMOR. Para o Homem Superior, o melhorestimulante, aquilo que o move, no uma substncia, um perfume ou mais arrebatadora das msicas.

    Para comover o esprito imortal seu recntido mais profundo necessrio esse fenmeno, queconforme seja vivenciado, pode ser a pior ou a mais elevada experincia existencial: o amor.

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    O amor um catalisador de relaes que funciona atravs de uma espcie de interao eletromagntica.O amor afinidade misteriosa da atrao entre os tomos assim como a atrao entre dois seres

    humanos. O amor o grande mvel de todo ser criado. H dois caminhos principais que conduzem ofenmeno do amor: um o sexual, instintivo, o ato fecundador que a mais material manifestao deamor. O outro caminho o xtase, uma satisfao mais espiritual e elevada.

    Aquele que foge do amor terreno e carnal no saber jamais resistir-lhe. Entretanto, deixar-se arrastarpelo mais poderoso dos sentimentos, em qualquer de suas manifestaes assaz perigoso. O imprudenteque apela para a Magia para satisfazer uma paixo amorosa, no passa de um ignorante ou um tolo,porque procura armas para combater no momento mesmo em que se confessa vencido. O magista nodeve ser dominado pelo afeto amoroso assim como tambm no deve desconhec-lo. A castidadeabsoluta s exigida do experimentador durante quarenta dias que precedem operao mgica. Mas semagista deve saber resistir clera e ao dio que sente nascer em si, melhor ainda deve saber dirigir a

    potncia do amor quando ela se apresenta no seu caminho.O fato que na medida em que o ser psquico se eleva, refina seus gostos, novos amores se revelam aohomem e a Cabala nos ensina que o sbio, consagrando seus esforos e suas viglias ao cultodesinteressado da verdade, ser ajudado em seus trabalhos pela presena cada vez mais perceptvel daalma irm, entidade astral que sacrifica sua evoluo pessoal pela do bem amado. A est um dosmistrios mais profundos dos "mistrios do amor"; s aqueles que estudaram a cabala penetraro osegredo. ...Da mesma forma que o homem do mundo, experiente, sabe distinguir as amorosas dasvendedoras de amor, o magista deve saber reconhecer o amor verdadeiro onde quer que ele se manifeste,assim como precisa saber distinguir os vendedores que desonram o templo mais sagrado de todos. p 171a 175 - texto adaptado

    Sexo & Castidade

    O amor, que identificamos como excitante do ser total um centro de expresso relacionado GERAO. A gerao pode ser psquica, fisolgica ou fsica. A unio de dois crebros para o mesmofim cria idias vivas; a unio de dois coraes dedicados a um mesmo ideal cria sentimentos quesobrevivem morte fsica; a unio fsica (sexual) de dois seres d origem s criaturas. A cincia domagista consiste em substituir progressivamente os prazeres da procura do amor fsico pelos deleitesmais delicados, os sentimento durveis e depois, pelos entusiasmos menos enganadores das criaesintelectuais.

    O homem que considera o amor fsico, o sexo, como o eixo fundamental do bem estar ou da realizaona existncia, est condenado ao mal estar a frustrao inevitveis pois, com o passar dos anos o vigorsexual se dissipa, e se no conhece outros prazeres, fica desprovido de interesse pela vida e torna-sepresa fcil da apatia, do desnimo.

    O controle dos impulsos sexuais exige um treino longo e progressivo. Somente a ignorncia justifica aimposio de uma castidade absoluta aos jovens recm iniciados e que ignoram quase tudo da vida . Osmaiores dentre os fundadores de ordens religiosas eram, ao contrrio, velhos militares ou pessoas jcansadas do mundo e seus prazeres. Santo Agostinho um bom exemplo, pois somente ingressou nummosteiro depois de passar toda a juventude entre estudos e amores profanos.

    evidente que quem visa desenvolver poderes excepcionais deve achar-se em condies de resistir ssugestes do sexo. Os ritos mais rigorosos impem, ao menos, quarenta dias de abstinncia aos prticosmais treinados, antes de qualquer operao mgica. O objetivo : 1) no dissipar uma energia

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    qualitativamente preciosa, que a energia sexual ou geradora; 2. Evitar trocas energticas nocivas quepodem resultar do ato sexual.

    No proibido ao magista amar; mas ele no deve, absolutamente, deixar-se dominar pelo amor a talponto de sua vontade aniquilada pelo ser desejado e/ou amado. Os impulsos do amor devem ser tratadoscomo reflexos sobre os quais o homem de vontade (e mulheres tambm) deve manter predomniocompleto a todo instante.

    Em boa parte dos casos, os parceiros sexuais ou amorosos no admitem por muito tempo partilhar o seramado com a Magia, rival cujos encantos aumentam com o tempo ao passo que os atrativos do amorpassam, decaem, como tudo que se refere ao plano material. O processo de adaptao do magista deve,pois, capacitar o Iniciado a ceder ou resistir ao amor conforme sua vontade. Um ser humano cuja esferasuperior desenvolvida deve saber deter-se no instante em que uma paixo amorosa vai manifestar-se,especialmente se um sentimento caracteristicamente "passionale" (de paixo), ou seja, um desejo do

    Ser Passivo que tenta se impor ao Ser de Vontade.

    O indivduo que exerce uma funo sacerdotal deve ser casto e abster-se de carne durante os quinze diasque precedem e os quinze dias que seguem o desempenho do sacerdcio porque, em verdade, realiza umato de Alta Magia. Deve-se dominar as sugestes do amor com todo o esforo de uma vontade enrgica,porm nunca ignorar seus mistrios. A prtica alterna perodos mais ou menos longos de abstinnciaabsoluta, perodos consagrados ao estudo, ao trabalho e s ocupaes da vida cotidiana. p 202 a 205 -texto adaptado

    SOBRE PAPUS(1865-1916)

    VOLUME III - PRTICA

    TRECHOS SELECIONADOS & COMENTRIOS

    Cap. VI - Meditao

    6.1. Exerccios de Papus

    6.2. Cincia das Analogias

    6.3. Fortalecendo a Vontade

    6.3. Reaes do Ser Impulsivo

    Cap. VII - Realizao da Vontade

    7.1. Educao do Olhar: Espelho Mgico

    7.2. Educao da Palavra

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    7.3. Educao do Gesto

    7.4. Educao do Andar

    CAPTULO VI

    meditao

    A sensao o alimento do ser psquico. Sendo assim, uma sensao deve sofrer uma espcie deprocessamento para sua completa assimilao, tal como acontece com os alimentos que passam peladigesto antes dos nutrientes poderem ser utilizados pelo organismo.

    Fisiologia da Meditao

    1) Filtrao das sensaes pelos orgos dos sentidos, primeiro passo para a produo de idias.

    2) Fixao das idias.

    3) "Digesto" das idias, origem do pensamento.

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    Os orgos dos sentidos representam, para a sensao, o que a boca, o estmago e os intestinos

    representam para os alimentos: orgos de separao e de primeira transformao. Uma vez produzidas,as idias, anlogas ao quilo, so condensadas na memria, como o quilo condensado, em grande parte,no fgado. Chardel definiu a memria como uma reao da inteligncia sobre a sensibilidade.Transcendendo a inteligncia condicionada e a memria, comea a ao do magista, que considera amemria, to cara aos pedagogos atuais, como uma faculdade puramente passiva.

    A digesto das idias muito mais complicada que a digesto dos alimentos. Ao que sente, segue-se aao daquele que PENSA, ao muito mais elevada, caracterstica exclusiva de seres humanos. "Teridias, disse Fabre d'Olivet, sentir; ter pensamentos criar". Ora, a meditao o exerccio dopensamento; a origem do dom das faculdades remotas (ou latentes) do homem, inclusive o dom daprofecia e o xtase.

    O desenvolvimento especial da memria no absolutamente necessrio ao exerccio da meditao e aprofecia, por exemplo, se desenvolver mais provavelmente na alma de um pastor contemplativo danatureza que no esprito de um erudito carregado de diplomas e preconceitos. A instruo uminstrumento, um meio e, muitas vezes, um perigo quando incompleta; jamais um fim, exceto para oOcidental que se autodenomina "um homem prtico".

    pelo exerccio progressivo da meditao que se chega, pouco a pouco, aodesenvolvimento dasfaculdadespsquicas superiores, de onde derivam ts ordens de fenmenos que os autores antigosclassificaram como: arroubo, xtase e sonho proftico. O decorre da meditaodas coisas espirituais combinada com um ritmo respiratrio caracterizado pela expirao

    voluntariamente retardada. O procedimento produz catalepsia do corpo fsico e iluminao do corpoastral que pode entrar em contato teleptico com o plano espiritual embora "permanea no fsico". OXTASEse manifesta exteriormente pelos mesmos fenmenos: catalepsia, olhar fixo, ritmo respiratriopeculiar etc.) mas, neste estado, ocorre o deslocamento do corpo astral alm da viso distncia. OSONHO PROFTICO no se confunde com o sonho da psicologia da personalidade, que processafatos, vises e idias vividos e que ocuparam a mente durante um dia ou por longos perodos. O sonhoprofticoindepende, inclusive do estado de sono. desencadeado por uma sbita iluminao da alma,um estado de conscincia no qual h percepo do plano astral. Sobre < escreveu proftico,>

    Aquele que quizer ter sonhos divinos deve estar fisicamente disposto e preparado e no ter ocrebro sujeito a vapores nem o esprito s paixes; no deve cear neste dia nem beber coisa

    alguma que o possa atordoar. Que seu quarto esteja muito limpo e seja mesmo exorcisado econsagrado, queimando-se nele algum perfume. Sob o travesseiro, colocar uma figura sagrada etendo invocado a divindade por meio de santas oraes, o operador deve deitar-se com opensamento fixo naquilo que quer saber; pois assim que ele ter sonhos muito verdaderios ecertos." PAPUS, p 337

    Da mesma forma que os diversos processos que descrevemos aqui auxiliam o treino do que SENTE emns, o exerccio da meditao desenvolve rapidamente e com segurana o que PENSA. Mas o que preciso fazer para praticar a meditao? perguntareis. Goethe, quando desejava penetrar um segredoda natureza relativo anatomia, por exemplo, tomava o crnio de um animal qualquer e, sentando-se nojardim, contemplava longamente o objeto de suas investigaes.

    Exerccios

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    1)O primeiro exerccio psquico que deveis praticar consiste em SUBSTITUIR SEMPRE as respostas eas idias puramente reflexas, sadas da memria, por respostas refletidas e comedidas. No mais terrvelinimigo dos esforos da meditao que a massa flutuante das idias "que se tm muito sabidas".

    2)Evitar discusses: as discusses contraditrias e polmicas devem ser cuidadosamente evitadas. Nopassam de exerccios puramente inteis, ferem quase sempre o adversrio sem nenhum proveito eexcitam o amor-prprio despertando o orgulho, anulando a serenidade. Deixe que os impulsivosdiscutam vontade. Aprendei a guardar silncio sempre que uma discusso violenta comece em vossapresena. Leia com freqncia os Versos ureos de Pitgoras: ensinai, dizei, porm, respeitai-vos obastante para no discutir NUNCA. um emprego intil das faculdades intelectuais.

    3)Buscar OLHAR mais que somente VER os fatos do dia a dia. preciso encontrar a idia ocultaquese esconde sob a sensao visvel, material.

    4) Quando, pela reflexo sobre as sensaes for um hbito, depois de habituar-se a reconhecer oinvisvel, a idia revelada pela forma, o esotrico que se oculta sob o vu do exotrico, preciso ir maislonge e procurar as relaes das idiasentre si.

    Cincia das Analogias

    A meditao est estreitamente relacionada com o chamado raciocnio analgico. Plantas, pedras, quepara o leigo no tm significao, manifestam ao magista as assinaturas astraisque ligam aquela pedraou planta a tal ou qual animal ou situao planetria. Esta habilidade de estabelecer analogias o grandesegredo dos "curadeiros" e dos feiticeiros de aldeia. A Magia a cincia das relaes das coisas, disseKircher. Investigar por si mesmo, alm dos livros, as analogias naturais, tal deve ser um exerccio

    constante para o magista.

    A essncia da meditao a reflexo profunda sobre objeto ou objetos. Alm da Natureza e seusrecantos to propcios, recomendamos a contemplao das obras de arte. til dedicar vrias sesses deateno voltada para uma determinada pea sem nunca consagrar a mesma sesso a duas obrasdiferentes. Quando se trata de uma produo literria preciso proceder da mesma forma. Deter-se emum livro, um texto e evitar a leitura simultnea de escritos diferentes.

    Fortalecimento da Vontadepara quem tem dificuldade em tomar decises

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    Todas as manhs, ou ao despertar, e tanto quanto possvel, ao nascer do dia, envolver-vos-eis em umcobertor de l cobrindo at a cabea. Sentado no leito, concentra o pensamento nos trabalhos aempreender durante o dia. Atenta para o corpo, observando as impresses fornecidas pelo sentidointerno. Fareis este exerccio de meditao, a princpio durante 20, depois 20 minutos a cada manh.Durante este tempo a respirao ser lenta e profunda. Observa a respirao, respeita seus ritmos at quese torne regular.

    Reaes do Ser Impulsivo

    O exerccio da Vontade no fcil. Cada afirmao do poder da vontade precedida e seguida de umareao em sentido contrrio. O ser impulsivo pode se tornar muito enrgico instaurando desnimo elassido quando o indivduo estava aparentemente firme em sua disposio para um trabalho. Comefeito, o trabalho intelectual s se pode obter custa da submisso absoluta do Homem Impulsivo aoHomem de Vontade. Um treino especial necessrio e o fracasso significa completa impotncia pararealizar operaes mgicas ou mesmo tarefas ordinrias.

    Suponhamos que aps uma crise de preguia e de pessimismo, venceste estes sentimentos e vosentregais ao trabalho. Nem bem comea a escrever ou desenhar e surge um forte desejo de sair, deandar. Se no estiveres prevenido para resistir, abandonareis neste momento seu objetivo e em uminstante estars na calada. O que sucede que o Ser Instintivo, cujo modo de ao habitual o

    exerccio de andar, vos engana e zomba de vossa vigilncia. Porm, vs resistis, empenha-se notrabalho, vence a primeira tentao e logo uma enorme sede manifesta-se em vs.

    uma outra astcia do centro instintivo, pois cada gole de lquido absorvido rouba uma parte da foranervosa e com isso a disposio necessria realizao projetada. Mais uma vez, dominas o mecanismode fuga e que ests mesmo j completamente empenhado em sua proposta. Eis ento a terceira tentao:emoes que se manifestam. Imagens de fatos passados, afeies, ambies. A mente tomada pordevaneios que colocam a perder toda a concentrao.

    As reaes so muito pessoais mas todos os magistas experimentam tais obstculos. Contra estatendncia de disperso somente a disciplina da resistncia pode surtir efeito. Para resistir, o

    conhecimento das reaes do Ser Impulsivo indispensvel. A pacincia e a perseverana opostas a este

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    Ser Impulsivo permitem atingir rpida e seguramente um objetivo, o qual no se deve perder de vistanem por um instante. Lembrai-vos da lenda das sereias. p 165

    Captulo VII

    realizao da vontade

    introduo

    Este um Captulo dedicado ao ensino objetivo do modos, do comorealizar atos mgicos. um textosobre tcnicas. Nos captulos anteriores ao autor deixou claro que Magia a cincia da fora deVontade, no sentido de ser o conhecimento que permite ao homem possuir o completo domnio sobresua capacidade de querer e realizar. O aprendiz de magia precisa saber dirigir esta fora metafsica,

    essencialmente mental e provavelmente ligada realidade subatmica, ao universo das partculas.

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    A Alta Magia ocidental de mestres como Papus e Eliphas Levi insiste neste ponto: a iniciao mgicacomea com o aprendizado de algo que a maioria das pessoas considera um instinto ou um impulsoatvico: QUERER. Enquanto a filosofia discute o livre arbtrio, multides fazem coisas sem querer e

    sem pensar todos os dias, movidas por sugestes estampadas em teles. Querer coisas parece ser umamera manifestao de necessidades que no precisa ser ensinada. Mas no assim. Primeiro porque huma grande distncia entre QUERER, que estabelecer um objetivo, ou toscamente DESEJAR, movidopor instintos vulgares comuns a todo reino animal ou pior, o desejo das multides ainda mais primrioque o desejo de qualquer bicho porque o desejo corrompido pelos pela busca de identidade cultural eaceitao social.

    O querer do cotidiano um ato reflexo, um impulso inconsciente. assim que as pessoas se abandonama "quereres" dos mais insensatos e mesmo nocivos; e comem demais, bebem demais, fumam demais,compram demais. Aprender a querer, alcanar a liberdade do querer, o querer consciente, est na basedos pr-requisitos indispensveis realizao de qualquer ato mgico, ou seja uma ao exercida por

    meio do uso da fora metafsica de um pensamento definido e verdadeiramente livre.O desenvolvimento da Vontade comea com os diversos exerccios fisiolgicos e psquicos e evoluipara o treinamento dos recursos de expresso do homem: o olhar, a palavra, o gesto e o andar ou aoem geral. Em Magia, cada um desses recursos de expresso est associado a instrumentospotencializadores e smbolos da Vontade. O espelho mgico, por exemplo, serve, sobretudo, para aeducao do olhar; o basto, a espada, o traado de figuras pentaculares e o artesanato de talisms, paraa educao do gesto; as frmulas orais, evocaes e preces exercitam a magia das palavras; os crculos epasseios concorrem para a educao da capacidade de agir no meio fsico. Ao mesmo tempo, lidar comtodos esses instrumentos e obedecer a frmulas rituais favorece o desenvolvimento da capacidade deconcentrao (concentrar a ateno, a mente) em todas as coisas que se faz. p 179

    Educao do Olharespelhos mgicos

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    Os espelhos mgicos, usados em exerccios de educao do olhar, so instrumentos de condensao daluz astral; por isso, o carvo, o cristal, o vidro e os metais so empregados no artesanato, na confecodos espelhos mgicos. O mais simples dos espelhos mgicos um copo de cristal cheio de gua pura.

    Ele deve ser colocado sobre um guardanapo branco com uma luz colocada por trs. Outro tipo, consisteem um simples quadrado de papel granulado (papel para desenho) enegrecido com carvo ou comfusain (carvo vegetal empregado em desenho). Experimentamos tambm um espelho mgico trazidoda ndia: era uma bola de cristal posicionada de maneira a refletir luz. Todos estes espelhos so objetosque possuem em comum a propriedade de concentar em um ponto uma parcela de luz astralestabelecendo uma conexo entre o Ser individualizado em cada um de ns com a vida universal queabriga todas as formas.

    O exerccio com o espelho mgico simples porm no fcil. A maior dificuldade reside em manter oolhar fixo, sem piscar, completamente entregue contemplao da luz refletida. No comeo doexerccio, o estudante se posiciona confortavelmente e olha fixamente para o espelho. Logo sentir

    picadas nos olhos, agonia, ressecamento que convida a baixar as plpebras um instante. Ceder a esseimpulso anular qualquer esforo feito at ento. A tendncia a pestanejar apenas um hbito do serimpulsivo, reflexo. Para manter os olhos abertos preciso desenvolver uma tenso de vontade.Obtido esse resultado, vencido o desconforto da imobilidade dos olhos, opera-se em simultneo asaturao do sentido da viso em nvel fsico. O resultado a abertura do canal de viso metafsica: oespelho comea a apresentar colorao diferente. Sero vislumbrados eflvios vermelhos e azuladossemelhantes aos eflvios eltricos e, lentamente, as formas aparecero, ou seja, vises de pessoas,entidades, mundos ou acontecimentos que esto registrados ou contidos na luz astral, onde grandezascomo espao e tempo no existem.

    Alm de proporcionar experincias de vidncia, o exerccio com o espelho mgico desenvolve a

    capacidade de PROJEO DA VONTADEpor meio do olhar. O olhar fixo canaliza, direciona umpensamento, uma vontade, do operador em relao a um receptor. Trata-se de um fenmenodenominado FASCINAO. Na fascinao, o olho do fascinado o espelho e olhar-pensamento dofascinador a LUZ. O fascinado RECEBE impulsos emanados do olho do fascinador. A utilizao dosolhos-olhar como instrumentos de fascinao so parte de um processo mais amplo: a magnetizao ougerencia de fluxos magnticos. Pode=se "imantar" algo ou a si mesmo, situao de absoro,condensao e concentrao de energia; ou pode ser o caro de irradiar, transmitir, enviar energia. Omagnetizador um acumulador de prana ou ENERGIA VITAL, fora transutilitria pois serve adiferentes operaes. Destas, destacam-se as curas de enfermidades, a repulso metafsica de inimigos, areverso de situaes negativas.

    Em espanhol, querer quer dizer, ao mesmo tempo, amar e desejar. Esse o segredo do magismocurativo. Um pensamento firme, intenso, dirigido fundamental para a realizao das operaesmagnticas (concentrar-irradiar) porm preciso aprender sobre fazer um pensamento ser firme econstante sem necessariamente estar presente, todo o tempo, na mente consciente que realiza suaspequenas tarefas do dia-a-dia. Por isso os magos advertem que preciso aprender a querer. textoadaptado das pgs 179 a 182

    O Espelho Negro de John Dee

    Sobre espelhos mgicos, um curioso episdio registrado na vida do misterioso ocultista John Dee(1527-1608) e mencionado no livro de Jacques Bergier, Os livros malditos. John Dee, considerado por

    muitos como charlato, fez estudos brilhantes em Cambridge onde trabalhos com robtica lhe valeram aexpulso da Universidade, acusado de feitiaria. Foi astrlogo, especialista em lnguas antigas ecriptollogo. Em 1581, John Dee sofreu uma estranha experincia:

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    "Um ser sobre-humano, ou ao menos no-humano, apareceu-lhe. Dee chamou-o "anjo". Esseanjo deixou-lhe um espelho negro que existe ainda (o autor escreve em 1971) no MuseuBritnico. um pedao de antracite extremamente bem polido. O anjo lhe disse que olhando

    naquele cristal veria outros mundos e poderia ter contato com raas no-humanas ...O museuBritnico no autoriza (em 1971) exames na pedra negra".

    (BERGIER, 1980 - p 65)

    Educao da Palavra

    A palavra o instrumento de gerao do esprito. A palavra cria. "Falar criar" (LEVI, 1995) e "noprincpio, Era o Verbo" (Gnesis). Uma velha lenda crist diz que o diabo incapaz de tomarpensamentos enquanto no tenham sido materializadospela palavra. A Cincia Oculta ensina que todavibrao no plano fsico determina mudanas de estado particulares no plano astral e no plano psquico

    e, portanto, certa e considervel a influncia que o verbo humano exerce sobre todos os planos danatureza. A emisso da voz compreende trs efeitos simultneos:

    1) uma vibrao, uma onda vibratria que se propaga no plano fsico da natureza.

    2) Emisso de certa quantidade de fluxo vital pondo em ao o plano astral.

    3) A liberao e criao de uma entidade psquica que a IDIA qual O SOM D CORPO e aarticulao d a vida

    Cada idia assim realizada e manifestada no mundo material age, durante um certo tempo, como um ser

    verdadeiro; depois extingue-se e desaparece progressivamente... A durao da ao desta idia dependeda tenso cerebral (concentrao do pensamento e firmeza da locuo) com a qual ela foi emitida.Quando um homem sacrifica sua vida em benefcio da idia que defende, criam-se no astral e sobretudono mundo divino, correntes de uma potncia considervel.

    Existe uma cincia do Verbo conservada por duas escolas iniciticas: a oriental, com seus mantranse aocidental, com suas frmulas cabalsticas em lngua hebraica. Na cincia do Verbo, a locuo obedeceritos estabelecidos e as palavras ou frases so como vestimentas de idias, frmulas que comunicam aoastral a Vontade humana. pela intensidade vital da imaginao que a palavra torna-se um instrumentode poder. A maior dificuldade na prtica desta cincia ocorrer da ser palavra cortada por uma violentaemoo; por isso, o magista deve ter bastante domnio sobre seu Ser Impulsivo a fim de evitar este

    acidente que poderia trazer conseqncias funestas. p 183-184

    Educao do Gesto

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    O olhar e a palavra, considerados como orgos de expresso, tm como defeito o no serempermanentes. Eis a a importncia a importncia do gesto coo recurso para a fixao de idias. O gesto o produtor do desenho, da escrita, da pintura, da escultura, da dana e de todas as artes que deixam sgeraes futuras um sinal permanente de suas realizaes. A escrita, o desenho, so materializao de

    idias. A Cincia Oculta ensina que as formas existem, em essncia, no astral antes de serem realizadasno plano fsico. O plano astral extremamente susceptvel a ser impressionado pelas FORMAS,especialmente os esquemas lineares que esquematizam uma estrutura. A imagem sinttica de umapotncia fsica, o esquema desta potncia, linguagem no plano astral e influi sensivelmente,comunicando idias, informando os seres que habitam este plano.

    Um homem visto atravs da limitao visual dos olhos do corpo um conjunto visual que inclui o traje,a cor do olhos, o porte; porm os olhos do corpo no vem o a imagem do Ser Moral. No estadoastral,ao contrrio, somente se percebe este SER MORAL. Ali, o homem aparece como um ser mais ou menosluminoso, conforme sua elevao psquica. A imagem humana, no astral, se compe de linhas fludicasde diversas cores cuja reunio representa muito bem a figura do pentagrama mgico(estrela de cinco

    pontas).Diante de um pentagrama, certas potncias astrais reconhecem a figura de um homem dotado de umaVontade poderosa; porque, no plano astral, a imagem do homem se converte no esquema da estrela decinco pontas; na esfera astral s se percebem esquemas sintticos. Tal a origem dos signos bizarrosdenominados assinaturas astrais e que se vem figuradas sobre a maior parte dos talisms: soresumos, grafo-snteses de princpios da mais alta importncia.

    Para que um gesto ate sobre o astral no preciso ser fixado sobre um suporte fsico e o Sinal daCruz, figurado por um simples movimento de mo, como fazem os cristos, um talism de potnciasingular quando executado com verdadeira vontade e grande f; um sinal milenar, anterior ao prprio

    cristianismo, que carrega todo o poder de uma crena alimentada pela f de milhes de praticantes ecorrentes de pensamento. O Sinal da Cruz um dos sinais mais eficientes como significativo da unio

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    do homem com Deus e funciona bem contra os impulsos nocivos e situaes de aflio psquica-psicolgica. p 185-186

    Educao do Andar

    O deslocamento do corpo fsico no plano material acompanhado de um deslocamento de envoltriosfludicos no astral. A cada passo, o homem atrai ou repele fluidos que se cruzam sem cessar no plano deformao da natureza. A maior parte das pessoas no tem nenhuma conscincia deste fato. Aquele que,depois de Ter posto em tenso sua vontade, empreende uma marcha particular, deixa sobre a estrada queseguiu um rastro fludico e dinmico de sua passagem.

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    O magista que descreve um crculo e que refora seu poder volitivo tornando duas vezes sobre ocaminho percorrido eleva, no espao, uma muralha perceptvel pelos videntes e intransponvel para seresastrais. Antes de colher uma planta, antes de penetrar em um lugar terrvel e no qual se quer encerrar as

    potncias malfeitoras, o magista formular sua vontade pelo trplice crculo fludico.Um exerccio recomendado por Eliphas Levi e que tem um valor considervel consiste em vencer afadiga resultante de uma marcha prolongada para realizar sua vontade sobre um objeto materialqualquer. Assim, se vos acontece de entrar em casa numa hora adiantada da noite, aps uma caminhadafatigante, quando todo o vosso ser reclama um repouso revigorante, tornai a sair e vai a lugar situada ameia hora de vossa casa. Ide apanhar a primeira pedra que l encontrar ou qualquer outro objeto queseja, depois, retorna tua casa. Este objeto, smbolo do esforo voluntrio, um talism pessoal maiseficaz que todos os amuletos que puderes comprar. Todo o segredo da ao psquica dasperegrinaesest na prtica deste exerccio do andar. p 201-202

    Sobre o andar, mencionamos ainda um pequeno texto extrado de O dirio de um mago, do escritorfictcio Paulo Coelho. o Exerccio da Velocidade:

    "Caminhe durante vinte minutos em passos vagarosos, com metade da velocidade que usa habitualmenteem seus deslocamentos a p. Preste ateno a todos os detalhes, pessoas e paisagens que esto suavolta. Observe seu prprio ritmo respiratrio. O exerccio pode ser praticado em qualquer hora oucircunstncia e com regularidade." (COELHO, 1990)

    VOLUME IV - PRTICA

    TRECHOS SELECIONADOS & COMENTRIOS

    NDICE

    Captulo. VIIIPrincpios de Astrologia

    SETE PLANETAS

    8.1. Saturno

    8.2. Jpiter

    8.3. Marte

    8.4. Sol

    8.5. Vnus

    8.6. Mercrio

    8.7. Lua

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    8.8. Planetas & Gestao

    CAPTULO VIII

    Princpios de Astrologia

    O fluido astral que circula nos seres e nas coisas terrestres passa por sucessivos estados de condensaoou de dissoluo. Ensina o esoterismo que tais estados dependem da posio dos corpos celestes cujainfluncia predomina significativamente em nosso planeta. So sete os astros que o conhecimentomgico considera importantes em suas relaes e interao com a Terra. Eis seus nomes e smbolos deidentificao:

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    Saturno Jpiter Marte Sol Vnus Mercrio Lua

    Estes sete astros movimentam-se no cu como ponteiros de um relgio. Um relgio celeste com seteponteiros dotados de movimentos mais ou menos rpidos. Neste relgio csmico, metaforicamente, oSol representa um ponteiro de destaque, como o das horas, nos relgios comuns. O mesmo ocorre com aLua, que pode ser comparada a um ponteiro indicativo dos minutos. A diferena que, ao invs dosponteiros astronmicos marcarem relaes de tempo, suas combinaes indicam disposies astrais,tendncias precipitao ou retardamento de acontecimentos, estados psquicos dos homens, dos deuses(inteligncias superiores) e do cosmos.

    Os astros em geral, e tambm estes sete, so, na maioria segundo Papus, e todos eles, segundo osTesofos, centros inteligentes ou mais, seres vivos e inteligentes, emissores de foras dinmicas, comefeitos fsicos e poticos em seu campo de ao. No nosso sistema solar, a Terra interage com estesastros pois todo o conjunto integra no somente um sistema fsico de corpos siderais. Mais que isso, um sistema metafsico de seres vivos e dotados de diferentes graus de conscincia, inteligncia epotncia de ao.

    comentrio do editor

    A idia da inteligncia dos corpos celestes no exclusiva da Alta Magia Ocidental; ao contrrio,

    pertence a tradies muito antigas, que remontam s cosmogonias indianas, que se referem aos"Espritos Planetrios" dos sete Regentes dos Cus da Terra. Os horscopos astrolgicos referem-sejustamente influncia de cada um destes Espritos sobre a formao de todas as criaturas terrenas eseus ciclos existenciais. Com atributos caractersticos, cada astro, em funo de suas relaes espaciais,entre si e com a Terra, determina o desenvolvimento de todo tipo de fenmeno: dos climticos-geolgicos at as condies de formao intra=uterina, nascimento e desenvolvimento de um serhumano. Em seu Tratado Elementar, Papus preenche inmeras pginas com ilustraes de "assinaturasdos espritos planetrios" e de seus anjos e demnios, e como usar estes caracteres na configurao dostalisms, nmeros e tbuas numricas correspondentes alm de frmulas de consagrao ou seja, demagnetizar o objeto, conferir ao talism a energia pessoal do magista. So Toms de Aquino, eminentedoutor da Igreja Catlica Apostlica Romana escreve:

    "No me recordo de j ter encontrado nas obras dos santos e dos filsofos alguma palavra quenegue serem os planetas guiados por seres espirituais ...Parece-me que possvel demonstrar queos corpos celestes esto regidos por uma inteligncia, seja diretamente de Deus, seja porintermdio dos anjos." (BLAVATSKY, 2003 - vol. V, p 310)

    Em Ocultismo, os sete astros principais em relao Terra possuem, cada um, caractersticas prpriasque devem ser conhecidas do magista porque so analogicamente associadas a signos e seres da Terra,sua origem, sua histria, sua evoluo. Cores, pedras, metais, plantas, animais, metais relacionados acada um dos sete astros so usados em magia na confeco de talisms, amuletos, sachs (bentinhos),medalhas, jias, figuras traadas em tela, pergaminho ou papel e, claro, em poes. A seguir, os

    atributos de cada astro sero examinados em tpicos separados:

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    Saturno Chamado Cronos, o "deus" smbolo do Tempo que devora todas ascoisas transitrias, como a personagem da teogonia grega, que devorava seus prprios filhos temendoser superado por um deles. Saturno, que foi destronado por Jpiter (Zeus), representa o esprito afeito acoisas antigas e melancolia alm de experincia. No hosocopo, et ligado aos signos de Capricrnio eAqurio. Saturno e a Lua, em sua fase minguante, o astro preferido dos magos negros e suasinfluncias so, em geral, consideradas malficas do ponto de vista humano. Saturno associado aosseguintes seres e objetos do mundo material:

    COR:chumbo, negro metlico

    DIA DA SEMANA:sbado

    METAL: chumbo, usado na confeco dos talisms dedicados a Saturno.

    SIGNOS ZODIACAIS ASSOCIADOS:Capricrnio e Aqurio

    PEDRAS DE SATURNO: pedra-im e calcednia. A pedra-im muito importante para o magistaporque entra na consfeco da baqueta mgica (ver instrumentos do Mago). No se deve confundir estapedra-im, que uma substncia natural, com o ferro magnetizado obtido industrialmente. Quando umhomem deseja saber se sua mulher virtuosa, toma uma pedra-im e coloca-a sob a cabea daquelapessoa. Se honesta, abraar o companheiro; caso contrrio, deixar imediatamente o leito. Reduzindo-se esta pedra a p e lanando este p sobre carves nos quatro cantos de uma casa, todos aqueles que ali

    estiverem escondidos, sairo. (PAPUS apud Grande Alberto, p 234)

    PLANTAS DE SATURNO: So de Saturno os venenos que entorpecem e atordoam, como a maiorparte das solanceas. As plantas que parecem no produzir frutos; as que produzem razes, folhas ougalhos negros, como a Figueira Negra, O Pinheiro e o Cipestre; as que tm gosto margo, com odor forte,como o Aipo Silvestre, consagrado a Pluto Apium graveolens umbelifero. (PAPUS apud GrandeAlberto, p 237)

    ANIMAIS DE SATURNO:poupa (passarinho, ave coraciforme de plumagem vermelha, marcada depreto e branco com um tufo de penas na cabea. Nome cientfico: Upupa epops); toupeira e sapo; siba(octpode marinho, como o polvo).

    Poupa -aquele que leva consigo olhos de poupa, engorda e se os pe sobre o estmago, se reconciliarcom todos os seus inimigos. Levando a cabea do animal na bolsa, evita-se o logro em negcios.

    Toupeira -este animal possui propriedades admirveis: colocada no ninho de alguma ave, os ovos setornaro estreis. Esfregando um cavalo negro com a gua em que se cozinhou uma toupeira, o cavalotorna-se branco.

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    Jpiter Este planeta representa o homem de razo e vontade, a calma, o mtodo. EmMagia, a influncia de Jpiter est ligada s honras e glrias das realizaes longamente trabalhadas.Seus signos astrolgicos so Sagitrio e Peixes.

    COR:Tons de Azul e amarelo claro transparentes.

    DIA DA SEMANA:Quinta-feira

    SIGNOS ZODIACAIS ASSOCIADOS:Sagitrio e Peixes

    METAL:estanho.

    PEDRAS DE JPITER:Safira e Berilo. Quem carrega consigo a Safiraencontra a paz e a concrdia,a devoo e a piedade, inspira o bem, modera a ira e o ardor das paixes interiores. Quanto ao Berilo,sendo plido, quase transparente como gua, resolve demandas e questes, protege contra os inimigos epropicia a vitria da justia. Usada por crianas, tem a virtude facilitar a aprendizagem nos estudos.(PAPUS, p 234)

    PLANTAS DE JPITER: As plantas de Jpiter so caracterizadas por seu cheiro aromtico e osfrutos, quase todos oleaginosos, tem sabor doce, como as nozes, amndoas, avels etc.. As rvores somajestosas, como o carvalho, e so consideradas portadoras de felicidade, como a aveleira, o lamo, afigueira branca e, particularmente, a oliveira. Suas ervas caractersticas so a hortel, a buglossa

    (Anchussa off), empregadas em Magia com destaque para o Meimendro (Hyosciamus niger,solancea), assim caracterizada no Grande Alberto: "Sua raiz, sendo colocada sobre lceras, fecha-as eimpede que se inflamem as feridas. Quem trouxer consigo o meimendro evitar as surgimento de lcerase abcessos. Sua raiz muito boa para a Gota. Seu suco com mel alivia as dores do fgado, pois Jpiterdomina este rgo. afrodisaco alm de conferir ao portador uma aura agradvel e jovial. (PAPUSapud Grande Alberto, p 238)

    ANIMAIS DE JPITER:guia - Veado Delfim

    Reduzindo-se a p os miolos de uma guia e misturando este p ao suco da cicuta, aqueles que tomareso preparado comearo a arrancar os prprios cabelos at o ltimo fio. A figura bizarra desta reao

    significa que a poo produz alteraes mentais como alucinaes. (PAPUS apud Grande Alberto, p244)

    Marte o planeta mais prximo da Terra. Avermelhado e violento, ele aimagem do homem de guerra. Marte possui a coragem, a energia, a clera e a violncia. Em Magia, suainfluncia utilizada para momentos que exigem ao.

    COR:vermelho fogo

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    DIA DA SEMANA:Tera-feira

    METAIS:ferro

    SIGNOS ZODIACAIS ASSOCIADOS: ries e Escorpio

    PEDRAS DE MARTE:Ametista Diamante

    Ametista: para ter bom carter e no se embriagar nunca, toma-se uma pedra de ametista cor deprpura; a melhor encontra-se nas ndias. maravilhosa para os brios e torna o esprito acessvel scincias.

    Diamante:aqueles que querem suplantar seus inimigos usaro o diamante. Colocada no peito, do lado

    esquerdo, poderosa contra inimigos, conserva a razo, pe em fuga animais ferozes e venenosos eevita as ms intenes daqueles que vos queiram assassinar ou fazer qualquer outro mal. Faz cessar

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    questes, processos, problemas judiciais. Tambm eficaz em anular as substncias venenosas eelementais,como duendes. (PAPUS, p 234)

    PLANTAS DE MARTE:Os troncos das rvores, o alho, as urtigas, cebolas, mostarda e o "eufrbio"(da famlia das euforbiceas, que inclui rvores, arbustos e ervas incluindo cerca de 7 mil e 200 espcies,como o pequeno cipestre, ruibardo dos pobres, herbcea com folhas speras e flores branco-esverdeadas).

    Sobre o Eufrbio, Papus cita mais um trecho do Grande Alberto (Grimrio, livro de frmulas einformaes de feiticeiros): "sua raiz boa para dor de cabea, parte do corpo associada a Marte. usada tambm para as doenas dos testculos e para as lceras podres, quando Marte est em Escorpio,signo que retm a semente. Seu suco admirvel para disenteria e hemorridas bem como para doenasdo estmago. (PAPUS, p 239)

    ANIMAIS DE MARTE:Corvo, Lobo, Lucio.Enterrando-se a cauda de um lobo em uma aldeia, ela impedir que aqueles animais a entrem.Dependurando-se uma causa sobre a mangedoura das vacas ou em um curral, o lobo no se aproximarenquanto a cauda ali estiver.

    Lcio: animal marinho de Marte

    SAIBA MAIS CLICANDO NA FIGURA

    Sol O Sol representa a juventude com todas as suas ambies, seu orgulho, suacombinao arriscada de audcia e inexperincia com as coisas prticas. Est associado ao gosto pelasartes e ao desprezo a tudo o que vulgar. Sua mitologia, presente em todas as culturas do mundosurpreende os leigos por seus sincretismos ao longo da histria. No Egito, Osris era o Sol, Rei Celeste;

    para o moderno parse (sec. XIX) ortodoxo, o "olho de Ormuzd", considerado 'Deus Onividente","Deus Salvador (BLAVATSKY, 2003). O Sol pode ainda ser identificado com o Hlios grego, Apolo,em Roma, ou o Cristo catlico, por exemplo. (PAPUS, P 215 - texto adaptado)

    COR:amarelo ouro

    DIA DA SEMANA:domingo

    SIGNO ZODIACAL ASSOCIADO:Leo

    METAL:ouro

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    PEDRAS DO SOL:"carbnculo" (granada nodular trabalhada com cabucho, instrumento de lapidaocom extremidade cnica), crislito (chrysolitho, pedra preciosa cor de ouro), heliotrpio* - variedade degata verde com pingos vermelhos.

    (* nota do editor)

    crislito:usado como amuleto, torna prudente quem o trs consigo evitando aes irrefletidas. Afugentaos fantasmas, impede a loucura, combate o sentimento de medo.

    heliotrpio: os necromantes chamam esta pedra de "pedra preciosa de Babilnia". Era usada pelossacerdotes da antigidade para adivinhao e interpretao de orculos. encontrada na Etipia, emChipre e na ndia.

    PLANTAS DO SOL: frutos, ervas aromticas, girassol, rannculo (ou flor polignia).

    As plantas do Sol, em geral, so aromticas e classificadas conforme seus movimentos em relao aoastro, como o girassol, ou as que abrem ou fecham suas flores e/ou folhagens ao nascer e ao crepsculo,respectivamente, tais como o loureiro, a penia, chelidnia, etc.. A mais caracterstica das plantassolares o Girassol, cujas propriedade so assim descritas no Grande Alberto:

    "O girassoltem uma virtude admirvel quando colhido no ms de agosto, enquanto o Sol est nosigno de Leo. Envolvida em uma folha de louro junto com um "dente-de-leo", quem a trouxerconsigo no sofrer o menor dano, nem mesmo por palavras. Quem colocar o girassol sob acabea, durante a noite, ver e conhecer as pessoas que poderiam prejudic-lo; colocada a flor

    em uma igreja onde houver mulheres, aquelas que tiverem violado a fidelidade que prometeramaos maridos no podero sair enquanto no for retirado o girassol. O rannculo, erva de porcosou ainda polignia cura dores do corao e do estmago. Em forma de beberagem, umestimulante afrodisaco. Sua raiz cura males dos olhos, boa para desobstruir os pulmes econtra os fluxos de sangue dos melanclicos (depresso)." PAPUS, p 240

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    ANIMAIS DO SOL:Cisne - leo - thymallus na figura acima

    Sobre o simbolismo que associa o Sol ao Leo, citemos um trecho de The Source of Measures, de J.R.Skiner: "Houve dois Messias. Um que desceu ao abismo para salvar o mundo: era o sol, despojado deseus raios de ouro e coroado de raios negros, como espinhos. O outro era o vitorioso Messias que subiuao topo do arco celeste e foi personificado pelo Leo de Jud..."

    (citado em BLAVATSKY, 2003 - p 275)O CISNErelaciona-se ao Sol em uma espcie de substitutivo de pssaros mticos: a Fnix e o estranhoGaruda. A Fnix, tambm chamada "Homem-Leo", o emblema do Tempo cclico, peridico. Garuda pssaro-veculo de Vishnu, coeterno com o Deus, uma das trs pessoas da Trindade ou Trimurti hindu(BLAVATSKY, 2003 - v. IV p 235). Alm disso, o cisne um animal que aparece com destaque nahistria do Buda Sakyamuni: foi o primeiro ser cuja vida foi poupada pelo iluminado quando, aindacriana, salvou um deles da panela de um primo caador. (YUTANG, 1955).

    Na tradio mais remota dos hindus, a palavra Hamsa que significa o "Princpio Abstrato". umapalavra do snscrito decomposta em nos semas A-Hm-sa, que significam "Eu sou Ele". A expresso,

    lida de outro modo, "So-ham", inverte-se para "Ele sou Eu", uma referncia identidade entre aessncia do homem e a essncia divina. O smbolo desta abstrao, o Cisne, cujo nome em snscrito precisamente Hamsa.

    Sob tal perscpectiva, o Cisne representa a Sabedoria Divina. Os relatos exotricos apresentam o Cisnecomo um pssaro fabuloso que separa gua e leite misturados numa tigela, bebendo o leite e deixando agua, demonstrao de sabedoria porque o leite representa a esprito e a gua, a matria.Na mesmamitologia, hindu, Brahma atravessa os cus no dorso de um Cisne. O Cisne e o Pelicano aparecemtambm como smbolo das Sociedades Esotricas dos Rosa-Cruzes. O pssaro aparece rodeadodilacerando o prprio peito e, com seu prprio sangue, alimenta sete filhotes. Blavatsky, 2001 -Doutrina Secreta - vol I, p 135-136.

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    Sobre o Leo, assinala Papus, ainda com base no Grande Alberto: "Quem de sua pele fizer correias ecingir-se com as mesmas, no temer inimigos. A carne do animal cura a febre quart e trazendo osolhos do leo sob as axilas, far com que outros animais tornem-se submissos e fujam.

    Vnus a estrela da manh. A juventude feminina com todas as suas faceirices,suas sedues e seus perigos, deusa do amor em todas as suas modalidades. Reina sobre a amante assimcomo sobre a me.

    COR:verde

    DIA DA SEMANA:sexta-feira

    SIGNOS ZODIACAIS ASSOCIADOS:Touro e Libra

    METAL:cobre

    PEDRAS DE VNUS: lpis-lazuli. Esta pedra tem a propriedade de agir contra as febres e contra amelancolia.

    PLANTAS DE VNUS:flores e todas as ervas que se distnguem por seu perfume, como a Verbena, aValeriana, o cabelo de Vnus (Capillum Veneri) alm dos frutos, que so muito doces, como as peras,os figos, as laranjas. As rosas so particularmente consagradas a Vnus, sobretudo nas operaes feitas

    pela manh.

    A Verbena uma das plantas mgicas mais poderosas e misteriosas que existem. Sua raiz, colocada nopescoo, cura escrfulas, parotidas, lceras e a incontinncia unrinria, fazendo-se um emplastro quedeve ser aplicado no local da molstia. soberana para contuses e hemorridas. Quem beber seu sucocom mel em gua quente ter bom hlito e respirao desembaraada. Favorece o amor, porque seusumo d abundncia de smen. Colocada em casa, em uma terra ou em uma vinha, produzir grandesrendimentos. As crianas que a trouxerem consigo em um sach sero bem educadas, amaro a cincia eestaro sempre de bom humor. A Verbena ainda eficiente depurativo (purificante do organismo) eafugenta os espritos malgnos e os demnios (maus pensamentos).

    ANIMAIS DE VNUS:pomba, bode, boi-marinho

    pomba: trazendo-se o corao desta ave em uma pele de lobo, ele extinguir todo o fogo daconcupiscncia e os desejos amorosos; queimando o corao e jogando as cinzas sobre ovos de outrasaves, eles nada produziro. Estas cinzas, se colocadas aos ps de uma rvore, esta no dar mais frutos.O sangue da pomba misturado com gua na qual se tenha cozinhado uma toupeira torna-se uma pooque esfregada pelagem de qualquer animal, faz cair todos os pelos que forem negros.

    bode: com o sangue ainda morno deste animal misturadocom vinagre prepara-se uma poo que temvrios usos: esfregada no rosto, a poo produz vises de coisas horrveis, espantosas; atirada sobre ofogo diante de algum que sofra do "mal caduco" (esclerose), a pessoa morrer imediatamente.

    boi-marinho:mais uma vez o sangue do animal que produz efeitos: atirado na gua junto com um

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    pedao do corao do animal, todos os peixes das proximidades se aproximaro; o pedao de corao,posto sob uma das axilas tornar a pesoa criteriosa e justa; se for um criminoso, ser julgado combrandura e favoravelmente.

    Mercrio O mais rpido dos planetas e o mais prximo do Sol representa ainfncia com seu transbordamento de vitalidade e ao. Na mitologia, o Toth dos egpcios, inventor daescrita e precursor dos estudos ocultistas. Mensageiro dos deuses gregos, o regente das comunicaese da perspiccia e da diplomacia nas relaes sociais.

    COR:o prisma, a faixa do arco-iris. Nos velhos grimrios escrevia-se o nome deste planeta com umacr diferente para cada uma das letras.

    DIA DA SEMANA:Quarta-feira

    SIGNOS ZODIACAIS ASSOCIADOS:Gmeos e Virgem

    METAL:mercrio

    PEDRAS DE MERCRIO:Esmeralda e gata

    esmeralda: Quem almejar ser sbio, reunir riquezas e conhecer o futuro, tomara uma esmeralda - aamarela melhor. Quem a trouxer consigo ter vivacidade deesprito, boa memria e possuir riquezas.

    Colocada sob a lngua, comunica o dom da profecia.

    gata:Agata negra evita toda espcie de perigos. Quem a possui como talism nada tem a temer domundo das adversidades da vida. Para desenvolver um carter generoso, tome-se uma gata negraestriada de branco.

    PLANTAS DE MERCRIO:dominaas sementes e a casca. As ervas de mercrio so compostas devrias naturezas e de diferentes cores. Destacamos aqui a aveleira, a tussilagem (planta medicinalconhecida como unha-de-cavalo) e a mercurial (Mercurialis annua, euforbiceas) - esta ltima tambmchamada urtiga. Alm destas, o Grande Alberto menciona o "quinqueflio" (Pontilla reptans), dafamlia das rosceas: "A raiz desta planta cura chagas e dartros quando usada como emplastro, assim

    como as escrfulas. O suco, misturado com gua alivia as dores de estmago e do peito. Introduzida naboca, combate a dr de dentes ou quaisquer outras da boca, como das gengivas. Trazendo-a consigo, aomodo de sach, d boa sorte no trato com autoridades que concedero o que o portador deseja."(PAPUS, p 242)

    ANIMAIS DE MERCRIO:cegonha - macaco - throchus

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    Lua A lua domina o mundo fsico, que em hermetismo recebe o nome de mundosublunar. Em Magia Prtica, a importncia da Lua aproxima-se da importncia do Sol e, a rigor, bastante guiar-se unicamente por estes dois astros para triunfar em todas as operaes empreendidas....Tudo o que chega Terra, os fluidos, as almas, passa pela Lua e tudo o que parte da Terra, pela Luapassa. A Lua reproduz analogicamente, emsuas fases, a lei universal da involuo e da evoluo emquatro perodos. Durante a primeira metade do seu curso, da Lua Nova Lua Cheia, o momento nicoque o magista deve utlizar para suas operaes de Luz; tambm o momento em que as influnciaslunares esto verdadeiramente dinamizadas.

    COR:branca

    DIA DA SEMANA: Segunda-feira

    SIGNO ZODIACAL ASSOCIADO: Cncer

    METAL: prata

    PEDRAS DA LUA:cristal (quartzo) - prolas - coral branco

    cristal (quartzo):Para fazer fogo necessro tomar esta pedra e exp-la ao Sol em face de qualquersubstancia ou material susceptvel de arder. Triturado e tomadocom mel, o quartzo fazaumentar o leitedas amas.

    coral:O coral admirvel contra tempestades e perigos que se corre sobre as guas. Quem trs consigoo coral branco, como talism, manter o esprito ponderado jamais perdendo a serenidade e o bomsenso.

    PLANTAS DA LUA:a Lua domina as folhas. A este astro so consagradas as plantas aquticas por