trabalho teoria científica

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Teoria da Administração Científica INTRODUÇÃO Para iniciarmos o nosso estudo faz-se necessário entendermos o sentido do termo que será abordado e suas definições. Teoria Científica é o nome dado ao sistema organizado de idéias e conceitos que explicam um conjunto de fenômeno (ou leis) que podem ser testado por meio de experiências reprodutíveis. Uma teoria científica é o maior grau de comprovação que uma hipótese pode alcançar sendo considerada o conhecimento atual mais seguro sobre o tema que trata. A primeira escola do pensamento administrativo a ser abordada e, talvez, a mais conhecida delas é a Escola Mecanicista ou a Teoria da administração Científica. Seu expoente máximo foi Taylor, mundialmente famoso por suas idéias e formas de organizar a empresa e a produção. Porém, antes de analisarmos a Administração Científica, seria conveniente analisar suas origens. Elas estão ligadas às consequências geradas pela revolução Industrial, principalmente a duas delas: o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que gerou um aumento da complexidade da administração e a necessidade de maior planejamento e, consequentemente, uma abordagem científica, substituindo a improvisação por métodos racionais de trabalho; e a necessidade que as empresas passaram a ter de aumentar a eficiência e a competitividade, procurando obter um melhor aproveitamento dos seus recursos para poder enfrentar a concorrência e a competição, que aumentavam a cada dia. Além disso, as condições empresariais do começo do século XX eram ideais para o surgimento de uma nova teoria de administração: grande número de empresas gerando grande concorrência, problemas de aproveitamento do maquinário instalado, com grandes perdas de produção devido a decisões mal planejadas além da insatisfação entre os operários. Os principais nomes deste pensamento são de engenheiros como Frederick Winslow Taylor (1856-1915), Frank Bunker Gilbreth (1868- 1924), Henry Lawrence Gantt (1861-1919) entre outros que também contribuíram naquela época. Com a necessidade básica do aumento de produção e uma visão de baixo para cima da organização (do operário para o gerente) enfatizou-se a análise da divisão do trabalho. Taylor compara a organização como uma máquina, e seus operários uma extensão dela, os quais pela racionalização devem seguir um projeto pré-definido. Os operários, nessa abordagem da Teoria Científica, foram usados e explorados em prol dos interesses particulares da empresa, sem uma 1

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Page 1: Trabalho Teoria Científica

Teoria da Administração Científica

INTRODUÇÃO

Para iniciarmos o nosso estudo faz-se necessário entendermos o sentido do termo que será abordado e suas definições. Teoria Científica é o nome dado ao sistema organizado de idéias e conceitos que explicam um conjunto de fenômeno (ou leis) que podem ser testado por meio de experiências reprodutíveis. Uma teoria científica é o maior grau de comprovação que uma hipótese pode alcançar sendo considerada o conhecimento atual mais seguro sobre o tema que trata.

A primeira escola do pensamento administrativo a ser abordada e, talvez, a mais conhecida delas é a Escola Mecanicista ou a Teoria da administração Científica. Seu expoente máximo foi Taylor, mundialmente famoso por suas idéias e formas de organizar a empresa e a produção.

Porém, antes de analisarmos a Administração Científica, seria conveniente analisar suas origens. Elas estão ligadas às consequências geradas pela revolução Industrial, principalmente a duas delas: o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que gerou um aumento da complexidade da administração e a necessidade de maior planejamento e, consequentemente, uma abordagem científica, substituindo a improvisação por métodos racionais de trabalho; e a necessidade que as empresas passaram a ter de aumentar a eficiência e a competitividade, procurando obter um melhor aproveitamento dos seus recursos para poder enfrentar a concorrência e a competição, que aumentavam a cada dia.

Além disso, as condições empresariais do começo do século XX eram ideais para o surgimento de uma nova teoria de administração: grande número de empresas gerando grande concorrência, problemas de aproveitamento do maquinário instalado, com grandes perdas de produção devido a decisões mal planejadas além da insatisfação entre os operários.

Os principais nomes deste pensamento são de engenheiros como Frederick Winslow Taylor (1856-1915), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Henry Lawrence Gantt (1861-1919) entre outros que também contribuíram naquela época.

Com a necessidade básica do aumento de produção e uma visão de baixo para cima da organização (do operário para o gerente) enfatizou-se a análise da divisão do trabalho. Taylor compara a organização como uma máquina, e seus operários uma extensão dela, os quais pela racionalização devem seguir um projeto pré-definido. Os operários, nessa abordagem da Teoria Científica, foram usados e explorados em prol dos interesses particulares da empresa, sem uma preocupação em sua qualificação, sendo que realizavam trabalhos repetitivos e monótonos. A principal característica dessa teoria era a ênfase nas tarefas.

1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO1

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Para definir o que é administração encontramos muitos termos comumente usados. No entanto, é indispensável que existam coerência e coesão nessas definições mencionadas. Maximiano define Administração como: “o processo de tomar decisões e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos”. (MAXIMIANO, 2000, p. 25). Assim podemos concluir que administrar é o ato de trabalho com e por intermédio de outras pessoas para realizar e atingir os objetivos da organização, bom como de seus membros.

A importância consiste em estruturar e impulsionar as organizações com a finalidade de alcançar seus objetivos de forma eficiente e eficaz. Como afirma Chiavenato: "[...] eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, [...] é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o resultado final obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante." “[...] a eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer necessidades da sociedade por meio do suprimento de seus produtos (bens ou serviços)”. Chiavenato (2000, p. 177).

Assim administrar é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicação dos recursos humanos, materiais, financeiros e informações, visando o alcance dos objetivos. Como a necessidade de aprofundar em estudos científicos sobre como a administração surgiu vamos explicar no decorrer desse trabalho.

2 PRECURSORES DA TEORIA CIENTÍFICA

2.1 Charles Babbage (1791-1871)

Charles Babbage nasceu em 26 de dezembro de 1791 em Teignmouth, Inglaterra. Durante sua juventude, Babbage gostava muito de matemática, especialmente de álgebra, mas também era bom conhecedor das outras áreas da matemática de seu tempo. Excêntrico Babbage ficou famoso, principalmente pela perspicácia de sua mente e durante treze anos ocupou a cátedra de matemática em Cambridge, que fora de lsaac Newton. Foi membro fundador da Royal Astronomical Society, escreveu sobre assuntos que iam de política a técnicas de manufatura. Babbage verificou que a Sociedade Inglesa de Astronomia tinha uma enorme dificuldade em elaborar os complicados cálculos de astronomia e teve a brilhante idéia de inventar uma máquina de computação matemática. Planejou uma máquina conhecida como Motor Diferencial, que continha dispositivos de entrada e saída de dados, memória e uma unidade calculadora que hoje é guardado em museu como o primeiro computador digital.

Conhecido como o precursor do computador digital, teve uma contribuição enorme no desenvolvimento do método científico na administração. Afirmava que os princípios de organização poderiam ser aplicados em todos os campos administrativos.

Recomendou o uso de dados na administração de uma empresa, a determinação de custos precisos para cada processo e a fixação de uma bonificação proporcional à eficiência do operário e ao sucesso da empresa. Enfatizou também a importância das técnicas de tempos e do estudo da fadiga dos olhos. A linha de montagem idealizada por Ford foi baseada em parte nos estudos de Babbage, que se preocupou, também, com a padronização de formulários e impressos. Propôs fixar tempos padrão para as operações repetitivas e dividiu o trabalho entre esforço mental e esforço físico. Falou até sobre a localização das fábricas que deveriam estar próximas das matérias-primas e também do sistema de sugestão, tão utilizados pelas empresas hoje. (LODI, João Bosco, 1973)

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Faleceu em Londres, no dia 18 de outubro de 1871 em sua residência em Dorset Street escrevendo seu nome como um dos maiores gênios da história. 

2.2 Henry Varnum Poor (1812-1905)

Engenheiro, destacou-se como um dos primeiros elaboradores da Teoria Administrativa, cinqüenta anos antes de Taylor, tendo na sua análise dos problemas referentes à administração incrível profundidade e realismo. Poor é também considerado o primeiro consultor industrial.

Concebe a ciência da administração fundada em três princípios: Organização – cuidadosa divisão do trabalho desde o presidente até o trabalhador

comum, cada um tendo deveres e responsabilidades especificados e sendo cada um responsável diante de seu superior imediato.

Comunicação – método de prestação de contas (reporting) através de toda a organização e que permite à administração superior ter uma idéia precisa e contínua do progresso das operações.

Informação – conjuntos das comunicações escritas, isto é, o registro dos relatórios operacionais reunidos e analisados.Publicou balanços e informações financeiras sobre as empresas tendo que travar

uma batalha de anos para provar a necessidade e os benefícios da exposição desses dados. Depois dele muitos países, por decreto, estabeleceram a obrigatoriedade da publicação de balanços e relatórios de diretoria

2.3 Henry Towne (1844-1924)

Engenheiro e economista norte- americano nascido (1844 - 1924) na German Town, Philadelphia, Pennsylvania que definiu a importância da administração como ciência e recomendou o desenvolvimento dos princípios da administração, sendo freqüentemente chamado de pai da administração cientifica, começou sua vida profissional como mecânico e teve participação importante durante a guerra civil supervisionando a fabricação e manutenção dos navios.

Henry R. Towne era filho de João Henrique e Maria (Tevis) T. Towne. Freqüentou a Universidade da Pensilvânia de 1861 a 1862, mas não completou um grau. A universidade mais tarde, concedeu-lhe um grau de mestre honorário. Após seu primeiro ano de faculdade, Towne encontrou trabalho como desenhista na Port Richmond Iron Works, em 1863, Towne foi encarregado de trabalhos de reparação para a união canhoneira Massachusetts. Durante 1864-1866, foi encarregado de construir motores em monitores para a Marinha dos Estados Unidos. Após a guerra, foi para Paris e estudou física na Sorbonne. Quando voltou, encontrou um emprego com a empresa de William Lojas & Co. em Filadélfia. No verão de 1868, ele foi introduzido para Linus Yale Jr. por um amigo multuo, foi por este tempo, procurando uma nova oportunidade de negócio e tornou-se bastante impressionado com as possibilidades de o novo cilindro, desde nova capital a gestão da empresa, Towne reorganizou a empresa como Yale & Towne Manufacturing Co., deixou a presidência em 1915. Dentro deste período, ele desenvolveu o plano de Towne-Halsey. De acordo com o FW Taylor que consiste em registrar o melhor tempo no qual o trabalho tem sido feito, e que fixa este como um padrão. Se o trabalhador consegue fazer o trabalho em menor tempo, ele ainda é pago o mesmo salário por hora do tempo ele trabalha no local de trabalho e, além disso, é dado um prêmio por ter trabalhado mais rapidamente, compostas de um quarto a metade da diferença entre os

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salários vencidos e os salários pagos inicialmente, quando o trabalho foi feito no tempo normal.

Towne foi um dos primeiros engenheiros para ver a gestão como um novo papel social para engenheiros e que o desenvolvimento de técnicas de gestão foi importante para o desenvolvimento da profissão de engenheiro. Ele colocou suas idéias sobre o papel de gestão para o engenheiro, em seu "O Engenheiro como Economista". Ele foi eleito presidente da ASME em 1888, e seu discurso presidencial continuou a dirigir como melhorar a eficiência do trabalhador e da loja (ver de participação nos lucros). Henry R. Towne faleceu em 15 outubro de 1924. Sua esposa Cora E. White, com quem se casou em 1868, morreu em 1917. .

3. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A revolução industrial teve inicio em meados do século XVIII na Inglaterra e consistiu em mudanças tecnológicas com um impacto muito profundo no processo produtivo das indústrias, afetando a vida social e econômica. Com a evolução, veio a descoberta da eletricidade e tudo mais, o homem passou a usar maquinas nas indústrias e deixar o serviço humano de lado, ou apenas para comandar as maquinas. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grande reservas de carvão mineral em seu subsolo, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reserva de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância, também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.           

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos faltam empregos para a população.

3.1 Surgimento da Administração Científica

O surgimento da Administração Científica está ligado às consequências geradas 4

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pela Revolução Industrial, principalmente a duas delas: o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que gerou um aumento da complexidade da administração e a necessidade de maior planejamento e, consequentemente, uma abordagem científica, substituindo a improvisação por métodos racionais de trabalho; e a necessidade que as empresas passaram a ter de aumentar a eficiência e a competitividade, procurando obter um melhor aproveitamento dos seus recursos para poder enfrentar a concorrência e a competição, que aumentavam a cada dia.

Além disso, as condições empresariais do começo do século XX eram ideais para o surgimento de uma nova teoria sobre a administração: grande número de empresas gerando grande concorrência, problemas de aproveitamento do maquinário instalado, com grandes perdas de produção devido a decisões mal planejadas, insatisfação entre os operários etc. (Ribeiro, 2003, p. 16)

4 FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856-1915)

4.1 Biografia

Frederick Winslow Taylor foi o criador e participante mais destacado do movimento da Administração Científica. Nasceu em 1.856, na Pensilvânia. Tornou-se trabalhador manual, apesar de ter sido aprovado para a Escola de Direito de Harvard. Segundo seus biógrafos, Taylor tomou essa decisão, pois os estudos prejudicaram sua visão. Trabalhou para uma empresa fabricante de bombas hidráulicas onde começou a observar o que achava má administração. Em 1.878, retomou os estudos, desta vez em engenharia; obteve o título de mestre em 1.883. Começou a desenvolver, também, os primeiros de uma série de muitos aprimoramentos técnicos. Foi na Midvale que observou os problemas das operações fabris que podemos encontrar em algumas empresas até hoje. Por exemplo:

A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador.

Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalhador. Muitos trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades. As decisões dos administradores baseavam-se na intuição e no palpite. Não havia integração entre os departamentos da empresa. Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidão. Os gerentes pareciam ignorar que a excelência no desempenho significava

recompensas tanto para eles próprios quanto para a mão-de-obra. Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da produção.

Taylor procurou resolver esses e outros problemas que eram e continuam sendo comuns nas empresas. Desenvolvendo através de suas observações e experiências, seu sistema de administração de tarefas ou também como sistema de Taylor, taylorismo e, finalmente, administração científica. A administração científica é um sistema que economiza trabalho produzindo mais em menos tempo.

Em 1.893, Taylor foi contratado para trabalhar exclusivamente na Bethlehem Steel (uma das grandes siderúrgicas, com 400 empregados em 1900), na qual desenvolveu suas idéias a respeito da administração científica. Nessa empresa, inventou, com J. Maunsel White, o que se tornou conhecido como o processo Taylor-White para o tratamento térmico do aço empregado na produção de ferramentas ; o que trouxe aprimoramentos de 200 à 300% na capacidade de corte.

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Em 1.901, retornou para a Filadélfia, dedicando-se à divulgação de suas idéias. Em 1.910, foi criada a Sociedade para a Promoção da Administração Científica, que se tornou, em 1.915, ano de sua morte, Sociedade Taylor.

Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:

1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

4.2 Divisão dos estudos e aplicação da teoria de Taylor

Primeiro período

O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study).  

O que Taylor procurou dizer em Shop Management foi que: 1. O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter custos unitários de produção.2. Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.3. Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas.4. Os empregados deviam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida.5. Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados.

Segundo Período

O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro 6

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Princípios da Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.

Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:

1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência.

Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que são: o erro que vem de época imemorial  e quase universalmente disseminado entre

os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários;

o sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;

os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.

2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.

De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.

Taylor sintetiza os objetivos da administração científica: desenvolver uma ciência para substituir o velho método empírico; selecionar o trabalhador, treiná-lo, instruí-lo, já que no passado eles escolhiam o próprio trabalho; cooperar com os trabalhadores, para que o trabalho seja feito de acordo com a ciência desenvolvida.

No passado, no trabalho, quase toda a responsabilidade caía na mão-de-obra, nesta nova fase a administração tem que estar mais bem preparada que o trabalhador, para não haver erro novamente.

Taylor também acreditava no incentivo do trabalhador individual que significa ganho material, e estímulo pessoal. Nesta última fase a principal mudança foi a criação de um departamento de planejamento. As técnicas desse princípio eram: Estudos de tempos e movimentos. Padronização de ferramentas e instrumentos. Padronização de movimentos. Conveniência de uma área de planejamento. Cartões de instruções. Sistema de pagamento de acordo com o desempenho. Cálculo de custos.

A administração científica foi tida como uma revolução mental. A produtividade é gerada através da eficiência, não da escravização do trabalhador e sim da inteligência de como se trabalha.

4.3 Taylor e a Administração Científica

A Administração Científica é uma escola clássica de administração, tendo recebido também outras denominações: clássica, americana e tradicionalista. Inicialmente, Taylor

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Teoria da Administração Científica

chegou à conclusão de que a administração das empresas precisava ser melhorada e que havia muitas perdas com a ineficiência.

Taylor estudou o ambiente industrial e entendeu que a pouca remuneração recebida pelos operários, que por eles era injusta, causava a falta de eficiência e a baixa produtividade. A partir disso, Taylor determinou a produção-padrão que seria um referencial justo para o funcionário receber sua remuneração. Para estabelecê-la, foi necessário determinar a melhor maneira de realizar cada tarefa (the one Best way) e quanto tempo um homem plenamente apto gastaria na execução dessa tarefa (tempo padrão). O modo ideal e o tempo-padrão só puderam ser encontrados através do estudo de tempos e movimentos.

A visão da teoria de Taylor é de baixo para cima, ou seja, a ênfase e o foco estão no nível operacional. Dava-se ênfase na análise e divisão do trabalho do operário procurando aumentar a produtividade.

Na segunda fase de seus estudos, Taylor estabelece a seleção científica do trabalhador, isto é, a necessidade, ao contratar um novo funcionário, de determinar, de acordo com suas habilidades pessoais, qual tarefa lhe é mais compatível. Define, portanto, o homem de 1ª classe, que é aquele que executa sua tarefa sem desperdício de tempo, evitando assim prejuízos para a empresa.

O sistema de Taylor dava ao trabalhador a oportunidade de trabalhar com a máxima eficiência, recebendo em troca um salário superior àquele pago aos demais trabalhadores de sua categoria. Para Taylor, conseguia-se assim maior produtividade e rendimentos, pois tanto trabalhadores com empresa passavam a ter seus interesses atendidos, melhor remuneração de um lado e menor custo de produção por outro.

Fonte: Adaptado de Ribeiro (2003)Figura 1: Taylor foi o nome de maior expressão da Administração Científica.

4.4 Modelo Organizacional segundo Taylor

Na visão taylorista, uma organização era formada por três elementos fundamentais: o estado-maior, os encarregados de preparação e operários. O estado-maior era formado por um pequeno grupo de pessoas que comandavam todas as outras, sendo responsabilidade desse grupo planejar e coordenar todos os trabalhos. Os encarregados de preparação eram cargos específicos, criados por Taylor, para preparar o trabalho para os operários. Eram divididos em: encarregado das ordens de execução, encarregado das instruções, encarregado do tempo e encarregado da disciplina. Os operários eram a parte

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TAYLOR

As empresas tinham grandes perdas com a ineficiência. O trabalho devia ser fortemente melhorado.

Administração Cientifica

Preocupações de Taylor

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Teoria da Administração Científica

responsável pela execução das tarefas. Segundo Taylor, a empresa deveria dar oportunidade e condições para que eles obtivessem o máximo possível de ganho. Além disso, a empresa deveria tratá-los com justiça, respeitando sempre o seu modo de vida uma vez que cumprissem com suas obrigações.

Para o bom funcionamento do sistema, Taylor estabeleceu o princípio da subordinação funcional. Esse tipo de sistema permitia que a pluralidade de comando fosse incentivada para agilizar o fluxo de procedimentos dentro do processo produtivo. Consistia em qualificar funcionários para exercerem a função de supervisor, com especialização nas diversas áreas da fábrica, os quais exerceriam o poder por meio da autoridade funcional sobre os demais funcionários com atribuições de rotina no chão da fábrica, independente da subordinação que cada um estava ao seu chefe imediato.

A Administração Científica instituiu, também, o sistema de mérito, que consistia na demissão dos incapazes; em maior salário para os que produzissem mais e promoção para os que apresentassem melhor desempenho.

4.5 Organização Racional do Trabalho (ORT)

Taylor verificou que, em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Notou que isso levava a diferentes maneiras e métodos para fazer a mesma tarefa, em cada oficio, e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operário. Como, entre os diferentes métodos e instrumentos usados em cada trabalho, há sempre um método mais rápido e um instrumento mais adequado que os demais, estes métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise científica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a critério pessoal de cada operário. Essa tentativa de substituir métodos empíricose rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).

Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou processo para executar seu trabalho, para encorajar sua iniciativa. Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição de responsabilidade: a Administração (gerência) fica com o planejamento (estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente.

Os principais aspectos da organização racional do trabalho (ORT) são os descritos abaixo:

estudo dos tempos e movimento; estudo da fadiga humana; divisão do trabalho e especialização do operário; desenho de cargos e de tarefas; incentivos salariais e prêmios de produção; conceito de "homo economicus"; condições ambientais de trabalho; padronização de métodos e de máquinas; supervisão funcional.

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Teoria da Administração Científica

4.6 Estudo dos Tempos e Movimentos

O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Metódica e pacientemente analisando a execução das tarefas de cada operário, Taylor viu a possibilidade de decompor as tarefas em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou unidos com outros movimentos, para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário.

A essa análise do trabalho seguia-se o estudo dos tempos e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para a execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro. A esse tempo médio eram adicionados tempos elementares e mortos (esperas, tempos de saída do operário da linha para suas necessidades pessoais etc.), para resultar o chamado "tempo padrão". Com isso padroniza-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução.

Os objetivos do estudo de tempos e movimentos são:

Eliminação de todo o desperdício de esforço humano. Adaptação dos operários à tarefa. Treinamento dos operários. Especialização do operário. Estabelecimento de normas de execução do trabalho.

O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia humanas. Foram realizados estudos (estatísticos) sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. O estudo dos movimentos tem três finalidades:

Eliminar movimentos inúteis na execução de uma tarefa. Executar os movimentos úteis com a maior economia de esforço e tempo. Dar aos movimentos uma coordenação apropriada e economia de movimentos.

4.7 Estudos sobre a fadiga

Taylor desenvolveu estudos sobre a fadiga e seus efeitos sobre a produtividade. Ele defendia o conceito da eliminação de movimentos que apenas desgastavam os funcionários e que não eram eficientes; defendia a adaptação de movimentos de acordo com a fisiologia humana. Segundo Taylor, a fadiga humana produzia diversos efeitos maléficos como o aumento dos acidentes de trabalho, o aumento de doenças, maior tempo de realização de tarefas, menor qualidade do trabalho e maior rotatividade de pessoal com menor produtividade.

A fadiga é considerada um redutor da eficiência. Para reduzir a fadiga, foi proposto princípios de economia de movimentos relativos ao uso do corpo humano, na disposição do material no local de trabalho e às ferramentas e equipamentos.

A fadiga pode ser identificada por sinais como:

acúmulo de substâncias residuais no organismo humano, prejudicando o seu bom funcionamento

desaparecimento das reservas orgânicas; alteração dos centros nervosos; ação tóxica em geral; excesso de trabalho.

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A prevenção da fadiga poderia ser feita por meio de:

trabalho racionalizado; eliminação das condições ambientais inadequadas; intervalos de recuperação; respeito à capacidade orgânica individual. boa alimentação

4.8 Divisão do Trabalho e Especialização do Operário

Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário se especializou na execução de uma única tarefa ou de tarefas simples e elementares.

Uma filosofia moderna que poucas empresas apresentam hoje, Taylor já propunha na sua época, que era a oportunidade de remanejo e qualificação do operário.

"Assim este sistema que procura conhecer a personalidade do trabalhador, em vez de despedi-lo logo, ou baixar-lhe o salário por produção deficiente, concede a ele tempo e auxílio necessário para se tomar eficiente no trabalho atual ou se transferir para outro, no qual seja capaz física e mentalmente" (TAYLOR, Frederick Winslow, 1966, p. 64).O s A linha de montagem foi sua principal base de aplicação. Essas idéias tiveram rápida aplicação na indústria americana e estenderam-se rapidamente a todos os demais países e a todos os campos de atividades. A partir daí, o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer a sua maneira de trabalhar e passou a ser treinado à execução automática e repetitiva, durante toda a sua jornada de trabalho. A idéia básica era de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto mais especializado fr or um operário, tanto maior será a sua eficiência.

4.9 Desenho de Cargos e Tarefas

Tarefa é toda e qualquer atividade executada por uma pessoa no seu trabalho dentro da organização. A tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas. Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é criado e projetado e combinado com outros cargos para a execução das tarefas.

A simplificação no desenho dos cargos permite as seguintes vantagens:

Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo os custos de produção;

Minimização dos custos de treinamento; Redução de erros na execução, diminuindo os refugos e rejeições; Facilidade de supervisão, pois cada supervisor pode controlar um número maior de

subordinados; Aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior produtividade.

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4.10 Incentivos salariais e o Homo Economicus

Remuneração de Taylor: O operário deve ser pago conforme sua produção – Pagamento por Resultados.

O sistema de remuneração em vigor anteriormente à Administração Científica consistia no pagamento por peças. Taylor inovou estabelecendo padrões de produção em escala que serviam de base para os pagamentos. Os operários mais produtivos ganhavam salários mais altos. Mas, para adotar esse sistema, era necessário especificar o trabalho a ser realizado a partir de desenhos, medidas e formas.

Foi desenvolvido um plano de incentivos salariais e de prêmios de produção. A idéia básica era a de que a remuneração baseada no tempo (salário mensal, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário: o operário que produzisse pouco ganharia pouco e o que produzisse mais, ganharia na proporção de sua produção. Era necessário um estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassassem o tempo padrão. Era necessário criar um incentivo salarial ou prêmio de produção. O tempo padrão, isto é, o tempo médio necessário para o operário realizar a tarefa racionalizada, constitui o nível de eficiência equivalente a 100%. Acima de 100% de eficiência, a remuneração por peça era acrescida de um prêmio de produção ou incentivo salarial adicional que aumentaria à medida que se elevasse a eficiência do operário. Com o plano de incentivo salarial, se obteve um custo de produção cada vez mais reduzido e, em conseqüência, maior produtividade e maior rendimento.

Verificamos isto nesta afirmação de Taylor:

"Para provocar a iniciativa do trabalhador, o diretor deve fornecer-lhe incentivo especial, além do que é dado comumente no ofício. Esse incentivo pode ser, por exemplo, promessa de rápida promoção ou melhoria, salário mais elevado sob a forma de boa remuneração por peça produzida, ou por prêmio, ou gratificação de qualquer espécie, a trabalho perfeito e rápido, menores horas de trabalho, melhores condições de ambiente e serviço do que são dadas habitualmente" (TAYLOR, Frederick Winslow, 1966, p. 34).

Taylor, através de experiências, comprovou que muitos operários estão sempre desejosos de trabalhar com maior rapidez, desde que verifiquem acréscimos em seus salários. Isso levou Taylor a fazer achar que o estudo do trabalhador deveria ser feito por meio de uma abordagem econômica, considerando o homem motivado pela busca do dinheiro e pelo medo de perder o emprego. Ele adotou o conceito de homo economicus para caracterizar o operário, isto é, a idéia de que para trabalhar mais o homem é influenciado apenas pelo fator econômico, portanto só aumentará seu ritmo de trabalho se receber em troca recompensas financeiras.

Assim o caminho era: selecionar o trabalhador mais apto para o cargo (seleção científica do trabalhador); ensinar a ele o melhor modo de executar a tarefa; e, por meio de recompensas financeiras e condicionando sua remuneração à sua eficiência, a empresa conseguir que ele produzisse o máximo possível, pois seu salário seria proporcional à sua produção.

Essa visão da natureza humana - o homem econômico - não se limitava a ver o homem como um empregado por dinheiro. Segundo a Administração Científica, ele deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão, pois o operário na época era considerado um indivíduo "limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas" (CHIAVENATO, 1993, p.73).

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4.11 Condições Ambientais de Trabalho

Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições que garantam o bem- estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga.

As condições de trabalho que mais preocuparam os engenheiros da Administração Científica foram às seguintes:

adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção para minimizar o esforço do operário e a perda de tempo na execução da tarefa;

arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção; melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a ventilação, a

iluminação, o conforto geral no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador; projeto de instrumentos e equipamentos especiais para cargos específicos, como

transportadores, seguidores, contadores e outros utensílios para reduzir movimentos desnecessários.

Com a Administração Científica, as condições de trabalho passam a ser consideradas importantes elementos no aumento da eficiência. O conforto do operário e a melhoria do ambiente físico (iluminação, ventilação, eliminação do ruído etc.) passaram a ser muito valorizado porquanto essenciais para a eficiência do trabalhador.

4.12 Padronização

A Administração Científica passa a ter uma preocupação constante com a padronização dos métodos e processos de trabalho, com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias-primas e componentes, a fim de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e assim, eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. A padronização pode conduzir à simplificação, à medida que a uniformidade obtida reduz as exceções que complicam os procedimentos.

Após muito tempo conseguiu-se definir um ou dois tipos de instrumentos adotados como padrão, que permitiram aumento imediato de velocidade no trabalho. Entretanto Taylor definiu que esses estudos levariam a um sistema de pesquisa e desenvolvimento infindável.

"A administração científica pede, em primeiro lugar, investigação cuidadosa de cada modificação sofrida pelo mesmo instrumento, ainda durante a aplicação dos conhecimentos empíricos; depois estuda o tempo para verificar a velocidade que cada um pode alcançar e, reunindo em instrumento padrão todos os característicos bens apresentados por eles, permite ao operário trabalho com mais rapidez e facilidade do que antes. Este instrumento único é, então, adotado como padrão, em lugar das espécies várias, ainda existentes, e se torna modelo para todos os trabalhadores, até que seja suplantado por outro que se revela melhor pelo estudo do tempo e dos movimentos" (p. 107).

a É necessária uma investigação cuidadosa de cada modificação sofrida pelo mesmo instrumento ainda durante a aplicação dos conhecimentos empíricos; depois o estudo do tempo para verificar a velocidade que cada um pôde alcançar e, reunido num instrumento multiaplicável todas as características boas identificadas pelo estudo permitem ao operário trabalhar com maior agilidade e facilidade do que antes. Esse instrumento

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padrão depois é substituído por outro que se revele melhor pelo estudo do tempo e dos movimentos, ocorrendo, assim, o processo de aprimoramento dos diversos equipamentos a favor da superação sucessiva do índice de desempenho / produtividade.

4.13 Supervisão Funcional

Na Administração funcional (necessidade de instrutores para os operários), um único antigo contramestre é substituído por oito diferentes homens, cada um com contribuições especiais. Atuando como agentes de seção de planejamento, são líderes altamente treinados que, em todos os momentos, ajudam e orientam os trabalhadores. Escolhidos por seus conhecimentos e habilidades pessoais, estão capacitados não somente a dizer o que o trabalhador deve fazer, mas, em caso de necessidade, executar o serviço na frente do operário, de modo a ilustrar a melhor forma de realizar o trabalho.

Assim, a descentralização da autoridade formou vários supervisores, cada um especializado em determinada área. Haveria supervisores de qualidade, de produção, de manutenção etc. Nesse sistema o operário teria mais de um chefe / supervisor a quem deveria prestar contas.

4.14 Separação entre área Gerencial e Operacional

Para Taylor, deveria haver uma separação entre quem executa a tarefa (área operacional) e quem elabora e planeja (área gerencial), o que o levou a sugerir a criação do departamento de planejamento. Esse departamento teria a função de pensar e sugerir mudanças para a área operacional, enquanto os operários se encarregariam apenas de executar as tarefas, ou seja, haveria total separação entre quem pensa e quem faz.

4.15 Cera no Trabalho

Já nessa época identificava-se problemas similares aos atuais, como a cera no trabalho, que poderia ser demonstrada por meio de determinadas ações:

operar uma máquina empregando apenas parte de sua capacidade de produção; trabalhar em ritmo lento; e executar o trabalho sem que se pudesse prever se seria ou não concluída a cota

estabelecida.

5 OUTROS INTEGRANTES DA TEORIA CIENTÍFICA

5.1 Frank (1868-1924) e Lilian Gilbreth (1878-1972)

Frank Bunker Gilbreth nasceu em 1868. Decidiu abandonar os estudos e aprender o ofício de pedreiro. Trabalhou para uma empresa de construção e tornou – se superintendente. Logo começo, a fazer observações sobre os movimentos para facilitar o trabalho.

Em 1895, criou sua empresa produtora de concreto. Inventou muitos dispositivos que facilitaram o trabalho no ramo civil. Inclusive os andaimes que contribuíram e ainda contribui na colocação de tijolos.

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Segundo Frank Gilbreth: “O estudo de movimentos... nada mais é que o começo de uma era do estudo de movimentos, que irá um dia influenciar todos nossos métodos de ensinar profissões. Cortará custos e aumentará a eficiência e o salário dos trabalhadores. (Bricklanying system, 1909).

Em 1912, Frank estabeleceu – se consultor. Suas preocupações eram semelhantes às de Taylor embora seus interesses fossem em construções, não em engenharia, e em movimentos, não no tempo, como Taylor. Sendo assim um dos principais mentores da criação da Sociedade para a Promoção da Administração Cientifica.

Segundo Gilbreth, para ter sucesso:

O trabalhador precisa conhecer seu ofício Deve ser rápido Deve fazer o mínimo de movimentos para alcançar o resultado desejado

Lillian M. Gilbreth (1878-1972) auxiliou seu marido Frank em suas pesquisas,

sendo também pioneira no uso de estudos de movimentos para melhorar a produtividade do trabalhador. Sendo a primeira mulher a ser professora na escola de engenharia.

Para os Gilbreth o estudo dos movimentos e a introdução de aprimoramentos nos métodos de trabalho iam minimizar a fadiga dos trabalhadores. Também propuseram a redução das horas diárias de trabalho e dias de descansos remunerados para eles: “O objetivo da vida é a felicidade, não importa o que signifique felicidade. A eliminação da fadiga, começando com um desejo de conservar a vida humana e eliminar o desperdício, devem aumentar os dias de felicidade”.

5.2 Henry Lawrence Gantt (1861-1919)

Henry Gantt nasceu em 1861. Em 1884 formou-se em engenharia mecânica. Em 1887 foi trabalhar pra Midvale Steel e se tornou assistente no departamento de engenharia, onde Taylor era o engenheiro-chefe de produção. Em 1888 tornou-se assistente direto de Taylor.

Gantt era também um inventor prático, e junto com Taylor registrou seis patentes.Gantt ficou em Midvale até 1893. Em 1889 foi para a Bethlehem trabalhar

novamente com Taylor. Em 1903 apresentou à ASME um trabalho, “A graphical daily balance in manufacturing” (Controle gráfico diário de produção), no qual descreveu um método gráfico de acompanhamento dos fluxos de produção. Esse método tornar-se-ia o gráfico de Gantt, com técnicas de planejamento e controle.

Gantt observou que o ser humano resiste à mudanças e normas grupais, que afeta diretamente na produtividade.

Em 1917, quando iniciou-se nos Estados Unidos a Primeira Guerra Mundial, Gantt trabalhou para o governo na coordenação da produção de munição e arsenais militares. Em 1918 demonstrou ter uma impressionante capacidade industrial no órgão em que trabalhava, pois coordenou a construção de 533 navios e, no final da guerra, os americanos tinham 341 estaleiros com 350.000 trabalhadores que haviam construído 1.300 navios em 18 meses. Nesse período, Gantt desenvolveu o gráfico que leva o seu nome.

Gantt era humanista, preocupado com o bem estar dos trabalhadores. Pregava a cooperação entre patrões e empregados em lugar do autoritarismo. Quase defendeu o socialismo, pois acreditava que o mutualismo era o caminho para a prosperidade econômica. Foi também um dos criadores do treinamento profissionalizante.

As principais contribuições de Gantt foram:

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Plano de bonificação Gráficos Métodos de controle de produção

5.3 Harrington Emerson (1853-1931)

Harrington Emerson foi um engenheiro e um dos auxiliares de Frederick Taylor e responsável pela popularização da Teoria da Administração Científica. Os seus principais trabalhos foram a simplificação dos métodos de estudo desenvolvidos por Taylor e o desenvolvimento dos primeiros trabalhos sobre seleção e recrutamento de trabalhadores. Idealizou 12 princípios para eficiência:

01- Traçar um plano objetivo e bem definido, de acordo com os ideais.02- Estabelecer o predomínio do bom senso.03- Manter orientação e supervisão competentes.04- Manter disciplina.05- Manter honestidade nos acordos.06- Manter registros precisos imediatos e adequados.07- Fixar remuneração proporcional ao trabalho.08- Fixar normas padronizadas para as condições do trabalho.09- Fixar normas padronizadas para o trabalho.10- Fixar normas padronizadas para as operações.11- Estabelecer instruções precisas.12- Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficiência.

5.4 Hugo Munsterberg (1863-1916)

Hugo Munsterberg ( 1863 – 1916 ) é reconhecido como visionário que previu o futuro da psicologia. Recebeu o título de doutor em Psicologia da Universidade de Leipzig, em 1885, e de doutor em Medicina, em 1887. Como estudante, trabalhou com Wilhelm Wundt, criador da psicologia experimental. Em 1897, foi para Harvard, da qual se tornou professor e diretor do programa de psicologia.

Em sua carreira, fez contribuições substanciais em quase todos os campos da psicologia. Chegou a ser chamado de “fundador da psicologia aplicada nos EUA e na Europa”, pois defendia a utilização da psicologia em situações práticas. Foi presidente da American Psychological Association, membro de diversos conselhos editoriais e orientador de estudantes que se tornariam profissionais famosos.

Munsterberg é considerado o criador da psicologia industrial. Ele propõe a psicologia na indústria, porque ela ajuda a encontrar os homens mais capacitados para o trabalho; definir as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção; produz as influências desejadas, na mente humana, do interesse da administração.

Criou e empregou os primeiros testes de seleção de pessoal. Foi também o primeiro consultor de organização para assuntos de comportamento humano. Em 1920, a psicologia industrial estava estabelecida como ramo importante da administração de empresas.

5.5 Morris Llewellyn Cooke (1872-1960)

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Depois de se graduar na Universidade de Lehigh, Morris Cooke tornou-se um engenheiro de consultoria para empresas de energia elétrica. Trabalhou como assessor económico do governador Gifford Pinchot e depois foi o Diretor do Departamento de Obras Públicas da Filadélfia entre 1911 e 1916, onde aplicou a teoria de Taylor. Cooke também fez aplicação da Administração Científica no governo e na educação.

6 HENRY FORD E A APLICAÇÃO DA TEORIA CIENTÍFICA

Henry Ford (1863-1947) aplicou de forma plena os princípios de Taylor no qual determinava cientificamente cada parte do processo produtivo, os trabalhadores que deveriam desempenhar as tarefas neste processo não precisavam dominar o trabalho completo, podendo se concentrar em apenas uma atividade específica.

Assim como o nome de Taylor está associado a administração cientifica, Henry Ford está a linha de montagem. Ford nasceu em Springwells em 30 de julho de 1863; iniciou sua trajetória com motores na fazenda de seu pai. O trabalho era pesado exigia muito esforço, daí o interesse em diminuir o trabalho manual com o uso de máquinas. Por volta de 1890 assumiu o lugar de engenheiro maquinista na cidade de Detroit, em 1893 após sua promoção ao cargo de engenheiro chefe Ford dedicou se a experiências com motores a gasolina. Sua primeira empresa foi a Detroit Automobile Company, sob a responsabilidade de ser engenheiro chefe, entretanto, a fábrica fechou devido à discordância com os outros diretores em relação à adoção da produção em massa como modelo padrão. Anos mais tarde, montou outra empresa, esta voltada para carros de corrida, contudo, a produção desses carros não obteve êxito. Mesmo assim, Ford persistiu com a idéia e juntamente com o projetista Harold Wills montou o chamado carro 999, com o qual Barney Oldfield se tornou campeão, divulgando o carro em todo país. Esse passo foi importante, pois o rendimento financeiro proveniente do sucesso de seu carro deu suporte financeiro a suas idéias e assim a Ford Motor Company foi fundada.

6.1 Princípios da Produção em Massa

A produção em massa foi apenas um dos inúmeros avanços que ele criou e que deixaram sua marca na teoria e prática da administração ele também aplicou em sua fabricação em alto grau os princípios dessa produção que são: peças e componentes padronizados e intercambiáveis e especialização do trabalhador .

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Princípios da produção em massaPrincípios da produção em massa

Peças PadronizadasPeças PadronizadasTrabalhador Especializado

Trabalhador Especializado

Máquinas especializadas

Sistema universal de fabricaçãoe calibragem Controle de qualidade

Simplificação das peças

Simplificação do processo produtivo

Máquinas especializadas

Sistema universal de fabricaçãoe calibragem Controle de qualidade

Simplificação das peças

Simplificação do processo produtivo

Uma única tarefa ou pequeno número de tarefas

Posição fixa dentro de uma sequência de Tarefas

O trabalho vem até o trabalhador

As peças e máquinas ficam no posto de trabalho.

Uma única tarefa ou pequeno número de tarefas

Posição fixa dentro de uma sequência de Tarefas

O trabalho vem até o trabalhador

As peças e máquinas ficam no posto de trabalho.

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Fonte: Adaptado de Maximiano (2006)Figura 2: Princípios da produção em massa

Na produção em massa, as qualificações do trabalhador resumem-se ao conhecimento necessário para a execução de uma tarefa – a clássica atividade de apertar parafusos, parodiada por Charlie Chaplin em “Tempos Modernos”.

6.2 A Linha de Montagem de Henry Ford A princípio o tempo total trabalhado antes de serem repetidas as mesmas operações de um montador da Ford chegava a 514 minutos. Nesse sistema cada trabalhador ficava sempre na mesma área de montagem e fazia uma parte importante de um carro antes de passar para o carro seguinte que depois vinha até ele. O trabalhador também responsável em buscar as peças necessárias no estoque. Então Ford tornou esse processo mais eficiente entregando as peças em cada posto, assim os trabalhadores não precisavam mais ficar saindo em busca das peças o tempo todo. Em seguida decidiu que o montador executaria uma única tarefa, indo de um carro a outro na fábrica. Assim o tempo de ciclo do montador caiu para 2,3 minutos, dai surgiu problemas pois a movimentação consumia tempo e, como os trabalhadores tinham velocidade diferentes de trabalho, os mais lentos atrapalhavam os mais rápidos. Em 1910 formou a primeira planta destinada exclusivamente à montagem final de peças fabricadas em outras plantas. E finalmente no inicio de 1914 adotou a linha de montagem móvel e mecanizada do Chassis, que passou a consumir 1 h e 33 min de trabalho que anteriormente era necessário 12 h e 28 min para ser executado. Com isso obteve resultados espantosos. O tempo médio do ciclo foi reduzido para 1,19 min, por causa da imobilidade do trabalhador. A nova tecnologia reduziu também a necessidade de investimento de capital, diminuindo também os custos dos estoques de peças. E o melhor “Quanto mais carros fabricados, mais baratos eles ficavam”. Ford foi também inovador em muitos outros aspectos. Adotou o dia de trabalho de 8 h e aumentou os salários, pois tinha uma visão ampla, achava que os operários deviam também ter o que produziam. Introduziu também uma forma de “manual”, para o modelo Ford T, com perguntas e respostas de problemas no qual o próprio proprietário poderia solucionar. No entanto podemos afirmar que a aceitação e prática dos princípios da Administração Científica e da linha de montagem é responsável pela expansão da atividade industrial em

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todo o mundo, que até hoje contamos com estes princípios que nunca ficam ultrapassados.

Metodologia

O trabalho foi elaborado através do método de revisão bibliográfica onde foram abordados os seguintes autores: LODI (1973); CHIAVENATO (1989), (2000); RIBEIRO (2003); TAYLOR (1966); GILBRETH (1920) e MAXIMIANO (2000), (2006).

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Conclusão

Após o desenvolvimento desse trabalho, concluímos que a origem e prática de alguns conceitos de administração puderam ser notadas já presente em civilizações muito antigas. Entretanto a Teoria da Administração Científica, mais especificamente o taylorismo, tratava os operários como robôs, pois eles não tinham voz ativa, estavam ali apenas para realizar a produção da melhor forma possível. Mesmo assim, esses fatores não eram determinantes de uma administração eficaz, mas serviram como base para a evolução das novas teorias. Percebemos que Taylor nunca esteve desatualizado e que, pela realidade da época, sua teoria se encaixava nas indústrias perfeitamente, atingindo os objetivos desejados.

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REFERÊNCIAS

Bibliográficas LODI, JOAO BOSCO. Historia da administração. São Paulo: Editora Pioneira, 1973

CHIAVENATO, IDALBERTO. Iniciação a administração. São Paulo: Editora Record, 1989 _________, Introdução a Teoria Geral da Administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000

RIBEIRO, ANTONIO DE LIMA. Teorias da administração. São Paulo: Editora Saraiva, 2003

TAYLOR, FREDERICK WINSLOW. Princípios de administração científica. 6 ed. São Paulo: Editora Atlas, 1966

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GILBRETH, FRANK E LILLIAN. Estudo de Fadiga. NY, Sturgis & Co. Walton, 1916. Revised Edition, a Co. MacMillan, 1920. [Separata, seção Publicações, 1973]

MAXIMIANO, ANTONIO CÉSAR AMARU. Introdução a Administração. 5 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000 __________,Teoria geral da administração - da revolução urbana a revolução digital. 6 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2006

Internet http://explorepahistory.com/displayimage.php?imgId=172

http://www.skepdic.com/brazil/ciencia.html

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