trabalho historia 8 renascimento

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1.Em que contexto surgiu a mentalidade renascentista Entre os seculos XV e XVI, em resultado dos descobrimentos, o homem europeu desenvolveu uma nova visão das capacidades e do mundo que o rodeia. É em Itália que se afirma um movimento cultural chamado Renascimento, inspirado na cultura greco- romana que pretendia valorizar o Homem. O homem abandona a visão teocêntrica, mentalidade medieval, e nasce uma nova visão do mundo assumindo o homem uma forma de pensamento conhecido por antropocentrismo, em que o Homem confiava nas suas capacidades para tudo conhecer. O Homem coloca-se no centro do universo enquanto ser dotado de inteligência e símbolo de perfeição. Através do qual se coloca no centro do universo e assim assiste-se a valorização do humano (humanismo) e as qualidades que este tem. Logo o homem passou a ter mais confiança nas qualidades e das competências próprias do individuo e permite atingir uma realização pessoal (individualismo), como aconteceu na antiguidade grega. Com a mudança de atitude do homem, face ao conhecimento do mundo e da vida e simultaneamente o desenvolvimento do espirito crítico faz que haja a recusa do pré-concebido antes de submeter a uma reflexão. (espirito critico).

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renascimento

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Page 1: Trabalho Historia 8 Renascimento

1.Em que contexto surgiu a mentalidade renascentista

Entre os seculos XV e XVI, em resultado dos descobrimentos, o homem europeu desenvolveu uma nova visão das capacidades e do mundo que o rodeia.

É em Itália que se afirma um movimento cultural chamado Renascimento, inspirado na cultura greco-romana que pretendia valorizar o Homem.

O homem abandona a visão teocêntrica, mentalidade medieval, e nasce uma nova visão do mundo assumindo o homem uma forma de pensamento conhecido por antropocentrismo, em que o Homem confiava nas suas capacidades para tudo conhecer.

O Homem coloca-se no centro do universo enquanto ser dotado de inteligência e símbolo de perfeição.

Através do qual se coloca no centro do universo e assim assiste-se a valorização do humano (humanismo) e as qualidades que este tem.

Logo o homem passou a ter mais confiança nas qualidades e das competências próprias do individuo e permite atingir uma realização pessoal (individualismo), como aconteceu na antiguidade grega.

Com a mudança de atitude do homem, face ao conhecimento do mundo e da vida e simultaneamente o desenvolvimento do espirito crítico faz que haja a recusa do pré-concebido antes de submeter a uma reflexão. (espirito critico).

A experiencia e a razão eram a base de todo o conhecimento e desperta assim uma nova atitude face ao saber. Este era construído com a observação direta da

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natureza e com base na crítica. Com tudo isto o homem passa a ter interesse pelo estudo da natureza (naturalismo).

Assim é no contexto em que existe o interesse pelo ser humano e pelas suas capacidades que se dá origem ao Renascimento, que é o movimento de renovação cultural, intelectual e artística que se caracteriza por um regresso aos ideais da antiguidade clássica (Grécia e Roma).

2.Quais as condições que favoreceram o surgimento do Renascimento em Itália.

As condições que favoreceram o surgimento do Renascimento em Itália foram:

Muitas cidades Italianas tinham-se tornado ativos e prósperos centros de comércio, e graças a essa prosperidade existiam famílias muito ricas, tais como grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses, que se entregavam ao Mecenato, isto é, davam proteção a artistas e sábios.

Devido à existência de riquezas nas cidades italianas, existiu uma grande competição entre elas, em que todas queriam ter os melhores artistas, sábios e construir os melhores monumentos.

Abundavam na Itália os vestígios da arte greco-romana que inspiraram os artistas do renascimento. Também as bibliotecas dos mosteiros guardavam muitas obras da Antiguidade, que os intelectuais estudavam.

A existência de escolas e universidades de grande prestígio que se dedicavam ao estudo dos autores da Antiguidade greco-romana;

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E é assim que a partir de Itália as ideias renascentistas se espalham pela Europa.

3. O que caracteriza a mentalidade renascentista.

No renascimento a mentalidade teocêntrica passa a ser antropocêntrica, ou seja, Deus não é mais o centro de tudo e passa a ser o homem. No renascimento a ciência é valorizada ao contrário da idade média, em que tudo era explicado fantasiosamente.

Fenômenos naturais, por exemplo, que antes era considerados ações de Deus, agora são estudados pelo homem para encontrar a verdade, causa e o funcionamento de tais acontecimentos.

Assim a mentalidade renascentista é caraterizada pelo humanismo, em que as principais caraterísticas são:

Antropocentrismo (homem no centro) Espirito critico Classicismo (influência da cultura greco romana nos

artistas e escritores do renascimento) Naturalismo

4. Que avanços se verificaram a nível científicos, resultantes da nova mentalidade renascentista.

A partir do séc. XV, desenvolveu-se a ideia que todo o conhecimento herdado da antiguidade clássica, devia ser analisado criticamente devendo ser confirmado através pela razão e da experiência.

O saber devia resultar da observação direta da natureza.

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Assim, abriu-se o caminho para o desenvolvimento do conhecimento científico moderno e para o desenvolvimento de vários ramos do saber.

O Homem do Renascimento promoveu i desenvolvimento de várias áreas do saber:

Na Astronomia:

Nicolau Copérnico (1473-1543), afirmou que a Terra girava em torno do Sol e não ao contrário. O sol era o centro do universo e os planetas giravam à sua volta – Heliocentrismo

Na medicina:

Os conhecimentos eram muito rudimentares, durante o renascimento através de estudos de anatomia evoluíram de forma significativa. Começou-se a fazer dissecação de corpos, nas universidades sobretudo devido aos estudos do médico flamengo André Vesálio.

Na Matemática:

Desenvolveram-se instrumentos como o nónio que servia para medir a altura dos astros. Este foi desenvolvido pelo português Pedro Nunes.

Na Geografia:

Duarte Pacheco Pereira (1445-1533) na sua obra Esmeraldo de Situ Orbis, revelou um grande conhecimento, quer das teorias dos autores clássicos, quer dos cosmógrafos do seu tempo, e também uma enorme capacidade de observação e rigor.

Na Botânica:

Garcia da Orta estudou a aplicação medicinal das plantas da India Oriental, conhecimento que deixou na sua obra Colóquios dos Simples e Drogas das Cousas Medicinais da India.

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5. Quais as características da arquitetura renascentista

A arquitetura renascentista é classicista, isto é, inspirasse nos modelos clássicos greco-romanos. As principais caraterísticas são:

A utilização de elementos da arquitetura clássica, como colunas, pilastras, frontões, abóboda de berço, arco de volta, entre outros.

O racionalismo- cada construção era planeada e executada com regras geométricas. Verificava-se a preocupação com o equilíbrio geométrico e com uma rigorosa simetria na distribuição de volumes. Também com a horizontalidade que era conseguida através de elementos como cornijas, frisos e balaustradas.

A decoração, com elementos naturais e de mitologia greco-romana.

6. Quais as características da escultura renascentista

A escultura renascentista tornou-se independente da arquitetura, podendo cada obra ser observada de qualquer ângulo. Estas eram colocadas no centro de grandes praças, geralmente eram estátuas equestres.

Voltou-se à representação do nu, de tradição grega e romana. Atingia-se uma grande perfeição anatómica, devido aos estudos realizados sobre o corpo humano. Assim a figura humana era representada mais fielmente possível.

O naturalismo é a principal caraterística da escultura do Renascimento, onde o corpo humano é representado com rigor expressivo e com efeito de movimento natural.

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7.Quais as características da pintura renascentista

A pintura renascentista revela um elevado nível de criatividade e técnica. Assim a pintura era destacada devido à sua originalidade e técnica.

Os pintores realizavam as suas obras com base nos seguintes princípios:

Realismo: representação da realidade tal como era observado. O retrato era comum o que reflete o individualismo do homem renascentista.

Naturalismo: representação da pessoa humana muitas vezes nua e integrada em paisagens naturais.

Também foram desenvolvidas novas técnicas:

Pintura a óleo: utilizava-se através de tintas misturadas com óleo que dava mais brilho e maior duração das cores.

Sfumato: a gradação infinita das cores, possibilitava o efeito de luz e sombra sem contorno.

Distribuição geométrica: dos diversos elementos destacava-se a composição em pirâmide considerada a mais simples e equilibrada. As figuras eram dispostas numa composição simétrica.

Técnica da perspetiva: utilizavam esta técnica que servia para dar uma ideia de profundidade. O que está mais próximo do observador tem maior dimensão e mais nitidez, contornos mas definidos e cores mais luminosas.