o renascimento

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Hora H / 8.º ano O RENASCIMENTO

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Adaptado da Raiz Editora

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Page 1: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

O RENASCIMENTO

Page 2: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

O que foi o Renascimento?Onde e quando se desenvolveu?

Movimento cultural que revolucionou as artes, a literatura e a ciência e teve origem em Itália, no século XV.

Page 3: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Porque é considerada a Itália o berço do Renascimento?

Porquê em Itália?

Porquê em Itália?

D esenvolvim ento económ ico das c idades

ita lianas: F lorença, M ilão, Veneza e R om a

Desenvolvimento económico das cidades

italianas: Florença, Milão, Veneza e Roma

R ivalidade política

entre as c idades m ais

desenvolvidas

Rivalidade política entre as cidades mais

desenvolvidas

M ecenato cultural – a

fam ília dos M édicis , os

papas

Mecenato cultural – a família dos Médicis, os

papas

Vestíg ios da c iv ilização

greco-rom ana e

presença de

inte lectuais de origem

grega que d ivulgaram a

língua e as obras

c lássicas

Vestígios da civilização greco-romana e

presença de intelectuais de origem

grega que divulgaram a língua e as obras

clássicas

Comércio e banca muito desenvolvidos Governantes e papas promoveram a

cultura como forma de distinção social e afirmação política

Obras de arte clássicas inspiraram os artistas

Page 4: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quem eram os principais mecenas do Renascimento?

Lourenço de Médicis governou Florença no século XV. Embelezou a cidade e fundou uma biblioteca e uma escola para a formação de escritores e artistas, onde estudou Miguel Ângelo. Vivia rodeado de humanistas e artistas, que apoiava.

Cosme de Médicis foi banqueiro e político no século XV. Governou Florença, onde mandou construir igrejas e palácios, patrocinando as artes. Foi avô de Lourenço e fundador da dinastia política da família dos Médicis, que se contava entre uma das mais ricas da Europa.

Page 5: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Entre passado e presente: o mecenato cultural

A EDP criou uma Fundação em 2004 que é mecenas da Companhia Nacional de Bailado e da Orquestra Sinfónica Juvenil, para além de apoiar bolsas de estudo, exposições, concursos de música e artes plásticas e possuir uma coleção de arte que conta com mais de 700 obras de mais de 170 artistas.

A Fundação Calouste Gulbenkian foi fundada em Lisboa em 1953 pelo empresário arménio Gulbenkian. Era um grande colecionador de arte, doando, após a morte, a sua coleção e fortuna à fundação para apoiar projetos culturais. Atualmente, a fundação continua a financiar vários programas culturais e bolsas de estudo e investigação.

Page 6: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Explorar fontes históricas

“Lourenço de Médicis tinha adornado os jardins da cidade com belas estátuas antigas; os pátios, os parques e todas as salas do seu palácio encontravam-se embelezados com admiráveis esculturas, quadros e mil objectos da autoria dos melhores mestres que tinham vivido na Itália e no estrangeiro. Todas as obras de arte constituíam (…) uma verdadeira escola para os jovens pintores, aprendizes de escultura e para todos aqueles que se aplicavam ao desenho (…). Lourenço de Médicis favoreceu sempre os grandes génios, particularmente os nobres dotados para as artes (…). Àqueles demasiado pobres (…) assegurava os meios de vida e vestuário e concedia grandes recompensas aos que, entre eles, realizavam os melhores trabalhos.”

Giorgio Vasari, Vidas de Pintores, 1582

Transcreve frases que demonstrem que Lourenço de Médicis era um mecenas.

Page 8: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Veneza

Veneza do Renascimento.

Veneza na atualidade.

Entre passado…

… e presente

Page 9: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quem eram os humanistas?

Rabelais Maquiavel

Thomas More

Erasmo de

Roterdão

Luís de Camões

Eram os intelectuais que iniciaram o Renascimento. Homens cultos, muitos deles professores universitários, oriundos da nobreza, do clero ou da burguesia.

Page 10: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais os novos valores cultivados pelos humanistas?

« E is o s s o b e r a n o s p o n t í f ic e s ,

o s c a r d e a is e o s b is p o s . H o je ,

e s te s p a s to r e s n ã o fa z e m n a d a

s e n ã o a l im e n ta r -s e b e m .»Erasmo

«Eis os soberanos pontífices, os cardeais e os bispos. Hoje,

estes pastores não fazem nada senão alimentar-se bem.»

Erasmo

N o v o s v a lo r e s d o

H u m a n is m o

Novos valores do Humanismo

C la s s ic is m o

Classicismo

E s p ír i to c r í t ic o

Espírito crítico

T o le r â n c ia

Tolerância

In d iv id u a l is m o

Individualismo

N a tu r a l is m o

Naturalismo

C u r io s id a d e

c ie n t í f ic a

Curiosidade científica

A n t r o p o c e n t r is m o

Antropocentrismo

Page 11: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

O conhecimento do Homem passou a ser tema central das ciências, literatura e artes.

Respeito pela diversidade de opiniões.

Valorização da liberdade do indivíduo, das suas capacidades e realizações.

Valorização do estudo e representação da Natureza.

Valorização da cultura clássica greco--latina, tomada como modelo nas artes e na literatura.

Capacidade de cada indivíduo pensar livremente e julgar por si próprio.

Vontade de conhecer o mundo que nos rodeia.

Quais os novos valores cultivados pelos humanistas?

N o v o s v a lo r e s d o

H u m a n is m o

Novos valores do Humanismo

C la s s ic is m o

Classicismo

E s p ír i to c r í t ic o

Espírito crítico

T o le r â n c ia

Tolerância

In d iv id u a l is m o

Individualismo

N a tu r a l is m o

Naturalismo

C u r io s id a d e

c ie n t í f ic a

Curiosidade científica

A n t r o p o c e n t r is m o

Antropocentrismo

Page 12: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

«Deus escolheu o Homem (...) e, colocando-o no centro do mundo, disse-lhe:- Nós não te demos um lugar preciso, nem forma que te seja própria, nem

função particular (...) para que tu, segundo os teus desejos e discernimento, possas escolher e modelar-te da forma que preferires.»

Pico della Mirandola, Sobre a Dignidade do Homem, séc. XV

O que significa o antropocentrismo renascentista?

E livre-arbítrio? (pág.35, doc. 2)

Page 13: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

A literatura renascentista

«E em perigos e guerras esforçados,Mais do que prometia a força humana»

«Esquecem que o seu nome de bispo significa labor, vigilância, solicitude. Estas qualidades servem-lhes para deitar mão ao dinheiro.»

«A ilha da Utopia tem cinquenta e quatro cidades espaçosas e magníficas.»

«Parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso, e sê-lo realmente, mas estar com o espírito preparado e disposto de modo que (…) possas e saibas tornar--te o contrário.»

Page 14: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

« E i s o s s o b e r a n o s p o n t í f i c e s , o s c a r d e a i s

e o s b i s p o s . H o j e , e s t e s p a s t o r e s n ã o f a z e m

n a d a s e n ã o a l i m e n t a r - s e b e m . D e i x a m o

c u i d a d o d o r e b a n h o a o p r ó p r i o C r i s t o .

E s q u e c e m q u e o s e u n o m e d e b i s p o s i g n i f i c a

l a b o r , v i g i l â n c i a , s o l i c i t u d e . E s t a s q u a l i d a d e s

s e r v e m - l h e s p a r a d e i t a r m ã o a o d i n h e i r o . S e

o s s o b e r a n o s p o n t í f i c e s , q u e e s t ã o n o l u g a r

d e C r i s t o , s e e s f o r ç a s s e m p o r i m i t á - l o n a s u a

p o b r e z a , n o s s e u s t r a b a l h o s , n a s u a

s a b e d o r i a , n a s u a c r u z e n o s e u d e s p r e z o d a

v i d a , n ã o s e r i a m o s m a i s i n f e l i z e s d o s

h o m e n s ? A q u e l e q u e e m p e n h o u t o d o s o s

s e u s r e c u r s o s p a r a a d q u i r i r e s s a d i g n i d a d e

n ã o t e r á d e , e m s e g u i d a , a d e f e n d e r p e l o

f e r r o , o v e n e n o e a v i o l ê n c i a ? »

Erasmo de Roterdão, O Elogio da Loucura (adaptado), 1511

«Eis os soberanos pontífices, os cardeais e os bispos. Hoje, estes pastores não fazem nada senão alimentar-se bem. Deixam o cuidado do rebanho ao próprio Cristo. Esquecem que o seu nome de bispo significa labor, vigilância, solicitude. Estas qualidades servem-lhes para deitar mão ao dinheiro. Se os soberanos pontífices, que estão no lugar de Cristo, se esforçassem por imitá-lo na sua pobreza, nos seus trabalhos, na sua sabedoria, na sua cruz e no seu desprezo da vida, não seriam os mais infelizes dos homens? Aquele que empenhou todos os seus recursos para adquirir essa dignidade não terá de, em seguida, a defender pelo ferro, o veneno e a violência?»

Erasmo de Roterdão, O Elogio da Loucura (adaptado), 1511

Antropocentrismo: o conhecimento do Homem e das suas ações tornou-se o tema central dos humanistas.

Espírito crítico: crítica aos líderes da Igreja, mais preocupados em deitar mão ao dinheiro e viver luxuosamente do que em seguir o exemplo de pobreza e sabedoria dado por Cristo.

Quais as característicasda literatura do Renascimento?

Page 15: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

« A s a r m a s e o s b a r õ e s a s s in a la d o s

Q u e , d a O c id e n ta l p r a ia L u s i ta n a ,

P o r m a r e s n u n c a d e a n te s n a v e g a d o s

P a s s a r a m a in d a a lé m d a T a p r o b a n a ,

E m p e r ig o s e g u e r r a s e s fo r ç a d o s ,

M a is d o q u e p r o m e t ia a fo r ç a h u m a n a ,

E e n t r e g e n te r e m o ta e d i f ic a r a m

N o v o R e in o , q u e ta n to s u b l im a r a m ;

E ta m b é m a s m e m ó r ia s g lo r io s a s

D a q u e le s R e is q u e fo r a m d i la ta n d o

A F é , o Im p é r io , e a s te r r a s v ic io s a s

D e Á f r ic a e d e Á s ia a n d a r a m d e v a s ta n d o ,

E a q u e le s q u e p o r o b r a s v a le r o s a s

S e v ã o d a le i d a M o r te l ib e r ta n d o :

C a n ta n d o e s p a lh a r e i p o r to d a a p a r te ,

S e a ta n to m e a ju d a r o e n g e n h o e a r te .»

Luís de Camões, Os Lusíadas, canto I, estrofes 1 e 2, 1556

«As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegadosPassaram ainda além da Taprobana,Em perigos e guerras esforçados,Mais do que prometia a força humana,E entre gente remota edificaramNovo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosasDaqueles Reis que foram dilatandoA Fé, o Império, e as terras viciosasDe África e de Ásia andaram devastando,E aqueles que por obras valerosasSe vão da lei da Morte libertando:Cantando espalharei por toda a parte,Se a tanto me ajudar o engenho e arte.»

Luís de Camões, Os Lusíadas, canto I, estrofes 1 e 2, 1556

Camões é influenciado pelas epopeias clássicas de Homero e Virgílio (classicismo), glorificando os grandes feitos e qualidades dos portugueses.

O plano dos deuses acompanha toda a obra, a sua intervenção favorece a viagem dos portugueses até à Índia.

É um escritor viajado e com uma vasta cultura, um verdadeiro humanista.

Quais as característicasda literatura do Renascimento?

Page 16: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Maquiavel dá conselhos ao Príncipe sobre a forma que considera mais adequada à governação, mesmo que isso implique não olhar aos meios para atingir certos fins.

Mobiliza o conhecimento que tem sobre o ser humano para construir um autêntico tratado teórico sobre o modo como os governantes deviam atuar para governar bem.

Estes princípios são adotados pelos reis absolutistas a partir do século XVI para centralizar o seu poder.

« (… ) A u m p r ín c ip e , p o r ta n to , n ã o é

e s s e n c ia l p o s s u ir to d a s a s q u a l id a d e s a c im a

m e n c io n a d a s , m a s é b e m n e c e s s á r io p a r e c e r

p o s s u í - la s . A n te s , o u s a r e i d iz e r q u e ,

p o s s u in d o -a s e u s a n d o -a s s e m p r e , e la s s ã o

d a n o s a s , e n q u a n to q u e , a p a r e n ta n d o

p o s s u í - - la s , s ã o ú te is ; p o r e x e m p lo : p a r e c e r

p ie d o s o , f ie l , h u m a n o , ín te g r o , r e l ig io s o , e

s ê - lo r e a lm e n te , m a s e s ta r c o m o e s p ír i to

p r e p a r a d o e d is p o s to d e m o d o q u e ,

p r e c is a n d o n ã o s ê - lo , p o s s a s e s a ib a s

to r n a r - - te o c o n t r á r io (… ) .»

Nicolau Maquiavel, O Príncipe, 1513

«(…) A um príncipe, portanto, não é essencial possuir todas as qualidades acima mencionadas, mas é bem necessário parecer possuí-las. Antes, ousarei dizer que, possuindo-as e usando-as sempre, elas são danosas, enquanto que, aparentando possuí--las, são úteis; por exemplo: parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso, e sê-lo realmente, mas estar com o espírito preparado e disposto de modo que, precisando não sê-lo, possas e saibas tornar--te o contrário (…).»

Nicolau Maquiavel, O Príncipe, 1513

Quais as característicasda literatura do Renascimento?

Page 17: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Thomas More imaginou uma ilha ideal – a Utopia – onde os homens são felizes porque o espaço, a economia e a sociedade estão mais bem organizados, de forma a garantir a justiça e uma maior igualdade. Os governantes são mais justos e sensatos. É uma forma construtiva de criticar aquilo que considera estar errado na sociedade do seu tempo (revela espírito crítico).

Quais as característicasda literatura do Renascimento?

« A i lh a d a U to p ia te m c in q u e n ta e

q u a t r o c id a d e s e s p a ç o s a s e m a g n í f ic a s . A

l in g u a g e m , o s h á b i to s , a s in s t i tu iç õ e s , a s

le is s ã o p e r fe i t a m e n te id ê n t ic a s . A s

c in q u e n ta e q u a t r o c id a d e s s ã o e d i f ic a d a s

s o b r e o m e s m o p la n o e p o s s u e m o s

m e s m o s e s ta b e le c im e n to s e e d i f íc io s

p ú b l ic o s , m o d i f ic a d o s s e g u n d o a s

e x ig ê n c ia s lo c a is . (… )

A s r o u p a s tê m a m e s m a fo r m a p a r a to d o s

o s h a b i ta n te s d a i lh a ; e s ta fo r m a é

in v a r iá v e l , e a p e n a s d is t in g u e o h o m e m d a

m u lh e r, o s o l te i r o d o c a s a d o . (… )»

Thomas More, Utopia, 1516

«A ilha da Utopia tem cinquenta e quatro cidades espaçosas e magníficas. A linguagem, os hábitos, as instituições, as leis são perfeitamente idênticas. As cinquenta e quatro cidades são edificadas sobre o mesmo plano e possuem os mesmos estabelecimentos e edifícios públicos, modificados segundo as exigências locais. (…)As roupas têm a mesma forma para todos os habitantes da ilha; esta forma é invariável, e apenas distingue o homem da mulher, o solteiro do casado. (…)»

Thomas More, Utopia, 1516

Page 18: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

«A imprensa é um exército de 26 soldados de chumbo com o qual se pode conquistar o mundo.»

Johannes Gutenberg, inventor daimprensa (1397-1468)

De que forma a invenção da imprensapermitiu a difusão das ideias humanistas?

Invenção da imprensaDESCOBRE VANTAGENS

Invenção da imprensa

DESCOBRE VANTAGENS

Multiplicação de livros

Multiplicação de livros

Livros mais baratos e acessíveis a um maior número de pessoas

Livros mais baratos e acessíveis a um maior

número de pessoasDifusão mais rápida de

novas ideias

Difusão mais rápida de novas ideias

Page 20: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais os progressos registadosna astronomia náutica e na geografia?

O geógrafo Duarte Pacheco Pereira demonstrou que a observação e a experiência provaram que muito daquilo que os antigos diziam era falso.

Nau da armada de Afonso de Albuquerque comandada por Duarte Pacheco Pereira em 1503.

Com a expansão marítima portuguesa alargou-se o conhecimento da Natureza e do Mundo (naturalismo) e desenvolveu-se a curiosidade científica e o espírito crítico, pois o conhecimento dos autores antigos foi revisto à luz do novo saber.

Page 21: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais os progressos registados na astronomia,cartografia e matemática?

O cosmógrafo, geómetra e matemático Pedro Nunes aplicou a matemática à cartografia e às técnicas de navegação.

As viagens transoceânicas exigiam mapas e conhecimentos de astronomia cada vez mais rigorosos e precisos, o que implicou o desenvolvimento da matemática e da geometria para resolver problemas práticos.

Tratado da Esfera, acerca de princípios de cosmografia (1537).

Page 22: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais os progressos registados na astronomia?

O geocentrismo defendido pelo geógrafo Ptolomeu, no século II, colocava a Terra fixa, no centro do Universo, em torno da qual giravam todos os planetas e o Sol. Esta era a teoria que vigorava até ser substituída pelo heliocentrismo defendido por Copérnico e comprovado por Galileu.

«Depois de longas investigações, convenci-me de que: O Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. (…) Que a Terra é um planeta principal, sujeito a movimento (…)»

Nicolau Copérnico, De Revolutionibus Orbium Coelestium, 1543

Page 25: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Sintetizando…os progressos científicosregistados no Renascimento

Progressos da

ciência

Astronomia náutica,

geografia e cartografia

Botânica e medicina

Astronomia

Com a expansão marítima triunfou uma mentalidade mais experimental, um saber mais rigoroso e atualizado, fundado na experiência e no entendimento (razão).

Desenvolvimento do espírito crítico: o conhecimento dos autores antigos foi revisto à luz dos novos conhecimentos.

Alargamento do conhecimento da Natureza e do mundo (naturalismo).

Desenvolvimento da curiosidade científica.

Desenvolvimento da matemática: Pedro Nunes aplicou a matemática à elaboração de mapas e cartas.

Heliocentrismo de Copérnico.

Garcia de Orta e Cristóvão da Costa lançaram as bases da farmacopeia.

André Vesálio desenvolveu estudos do corpo humano através da dissecação de cadáveres.

Page 27: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

A arquitetura foi marcada pela forte influência greco-romana:

Colunas e pilastras de ordens clássicas (dórica, jónica, coríntia, toscana e compósita)

Arco de volta perfeita, substituindo o arco quebrado gótico

Abóbada de berço, em vez de ogiva

Cúpula hemisférica, normalmente com lanternim

Frontões triangulares

Entablamento com frisos e cornijas

Planta basilical nas igrejas

Reconstituição do Pártenon, séc. V a. C.

Panteão de Roma, séc. II.

Que influência exerceu a arte greco-romanana arquitetura renascentista?

Page 28: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Villa Rotonda, Andrea Palladio, 1566.

Frontão

Colunas jónicas

Cúpula e lanternim

Arco de volta perfeita

Quais as características da arquitetura renascentista?

Entablamento (friso e cornija)

Page 29: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Basílica de S. Lourenço em Florença, de Brunelleschi.

Quais as características da arquitetura renascentista?

Interior da Igreja de S. Lourenço, Florença, 1425.

Arcos de volta perfeita

Ponto de fuga

Simetria

Page 30: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais as características da arquitetura renascentista?

Racionalidade

Simetria

Palazzo Medici Riccardi, Florença, de Michelozzo, encomendado por Cosme de Médicis, século XV

Palazzo Rucellai, Florença, Leon Battista Alberti, encomendado por Giovanni Rucellai, 1446 a 1451

Palazzo Rucellai, Leon Battista Alberti

Palazzo Medici Riccardi, Michelozzo

Page 31: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Planta da Villa Rotonda, Andrea Palladio.

Desenho da Villa Rotonda, Andrea Palladio, e cúpula.

Quais as características da arquitetura renascentista?

Simetria e racionalidade

Horizontalidade dos edifícios

Page 32: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Igreja de S. Lourenço em Florença, de Brunelleschi, 1419-60, patrocinada por Cosme de Médicis, classificada património mundial pela UNESCO.

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos? E os seus mecenas?

Page 33: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Fachada de Santa Maria Novela, Florença, obra de Alberti (poeta, filósofo, arquiteto, pintor, músico, escultor, escritor…).

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos?

Page 34: O Renascimento

Hora H / 8.º anoBasílica de S. Pedro em Roma, de Miguel Ângelo e Bramante, séc. XVI.

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos?

Page 35: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Catedral de Florença, Duomo, Cúpula renascentista de Brunelleschi

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos?

Page 36: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Cúpula da Catedral de Florença, Duomo, Frescos de Vasari e de Zuchero

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos?

Page 37: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Chão da Catedral de Florença, Duomo, FlorençaOPA = OPERA Pontifício APOSTOLICA – símbolo da guilda de artesãos que mantinham as igrejas e catedrais católicas

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos?

Page 38: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Galeria dos Ofícios, Galleria degli Uffizi, Florença, de Vasari, encomendado por Cosme de Médicis, Florença, 1560-1580

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus arquitetos?

Page 39: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Atividade: com os olhos e a mão do arquiteto renascentista

1. Observa atentamente a imagem do diapositivo que se segue, que representa a basílica de S. Pedro em Roma.

2. Desenha no teu caderno a estrutura e os elementos arquitetónicos essenciais que observaste na basílica.

3. Compara com o desenho do teu colega de carteira e, em conjunto, completem com os elementos que sintam estar em falta.

4. Faz a legenda do desenho com o nome de cada um dos elementos arquitetónicos da basílica.

5. Sublinha os elementos arquitetónicos que comprovem a influência greco-romana.

Quais as características da arquitetura renascentista?

Page 40: O Renascimento

Hora H / 8.º anoBasílica de S. Pedro em Roma, de Miguel Ângelo e Bramante, séc. XVI.

Page 41: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Florença em 3D

Page 42: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Entre passado e presente: do clássico ao neoclássico

O Palácio de S. Bento, sede da Assembleia da República, foi reconstruído em 1895 sobre as ruínas de um antigo convento do século XVI. O arquiteto seguiu as linhas do estilo neoclássico.

Page 43: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

A pintura renascentista

Leonardo da Vinci, Mona Lisa

Jan Van Eyck, O Casal Arnolfini

Sandro Botticelli, O Nascimento de Vénus

Rafael, Escola de AtenasLeonardo da Vinci, A Última Ceia

Miguel Ângelo, Criação do HomemVasco Fernandes, S. Pedro

Page 44: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Leonardo da Vinci, Mona Lisa, 1503- -1507, Museu do Louvre, Paris.

Retrato

Pintura a óleo

Composição usando esquemas

geométricos

Perspetiva (profundidade)

Paisagem -Naturalismo

Individualismo

Utilização da técnica do sfumato

Quais as características da pintura renascentista?

Page 45: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Leonardo da Vinci, A Última Ceia, 1495-97.

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus autores?

Simetria

Realismo: uso de sombreados e grande diversidade de tonalidades para representar o pormenor

Ponto de fuga

Page 47: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Miguel Ângelo, O Juízo Final,

Capela Sistina, 1534-41,

Vaticano.

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus autores?

Page 48: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Sandro Botticelli, O Nascimento de Vénus, 1485, Galeria dei Uffizi (Florença).

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus autores?

Page 49: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais as obras mais emblemáticas?Quem foram os seus autores?

Sandro Botticelli, A Primavera, 1478.

Page 51: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Construção em pirâmide

Miguel Ângelo, Pietà, 1499.

Como se caracteriza a escultura renascentista?

Representação do nu

Realismo: representação do

detalhe (músculos, veias, dobras do

vestuário)

Miguel Ângelo, David, 1501-04.

Page 52: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Verrocchio, Bartolomeu Colleoni, 1483. Colleoni foi um condotiero italiano, ou

seja, um mercenário contratado para chefiar uma milícia, no período em que

havia grandes rivalidades entre as cidades italianas.

Representação de estátuas equestres

Como se caracteriza a escultura renascentista?

Realismo

Individualismo – forma de distinção

social

Page 53: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

INVENÇÃO DA PERSPETIVA

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

Brunelleschi, interior da Igreja de S. Lourenço, Florença, 1421

Page 54: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

CONTRAPPOSTO

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

Brunelleschi, interior da Igreja de S. Lourenço, Florença, 1421

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Hora H / 8.º ano

GEOMETRIZAÇÃO DAS COMPOSIÇÕES

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

A – Pietá, Miguel Ângelo, mármore, 174cm de altura 1498-1501. B – David, Donatello, bronze, 165cm de altura, 1430-1440

Page 56: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

SFUMATO

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

Santa Ana, a Virgem e o Menino, óleo sobre madeira, 1510, 168cmX112cm

A técnica do sfumato modela suavemente as personagens e o espaço envolvente e dá profundidade à paisagem que serve de fundo à obra.

Page 57: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

PINTURA A ÓLEO

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

Jan Van Eyck–O casal Arnolfini, 1434, óleo sobre madeira, 81,8X59,70 cm, National Gallery, Londres

Page 58: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

PERFECIONISMO E REALISMO TÉCNICOS

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

Desenhos de Leonardo da Vinci sobre o corpo humano

Page 59: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

PERFECIONISMO E REALISMO TÉCNICOS

Superação dos modelos da Antiguidade Clássica

Lebre, Durer, Albrecht, aguarela e guache sobre papel, 25X22,5 cm, 1502

Ervas, Durer, Albrecht, aguarela, pena e tinta, lápis e aguada sobre papel, 40,3X31,1cm, 1503

Page 61: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais as características da arte portuguesados séculos XV e XVI?

A arte portuguesa

A arte portuguesa

Localização periférica em relação aos centros artísticos na Europa

Localização periférica em relação aos centros artísticos na Europa

Persistência do uso dos modelos góticos

Persistência do uso dos modelos góticos

Expansão marítima e colonial

Expansão marítima e colonial

P r e p o n d e r â n c ia d a a r te m a n u e l in a ,

in t r o d u ç ã o ta r d ia e p o u c o s ig n i f ic a t iv a d o

e s t i lo r e n a s c e n t is ta

Preponderância da arte manuelina, introdução tardia e pouco significativa do

estilo renascentista

Page 62: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Janela do Capítulo, Convento de Cristo, Tomar, de Diogo de Arruda, 1510.

Originalidade nos motivos decorativos:

Elementos ligados ao mar

Elementos vegetalistas e naturalistas

Símbolos reais e nacionais

Quais as características da arte manuelina?

Algas

Alcachofras

Cruz da Ordem de

Cristo

Armas de D. Manuel I

Esfera armilar

Cabos

Cordas retorcidas

Page 63: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais as características da arte manuelina?

Igreja de Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos.

Verticalidade

Colunas trabalhadas fazem lembrar palmeiras

Abóbada de cruzamento de ogivas

Page 64: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Quais as características da arquiteturarenascentista portuguesa?

Colunas jónicas

Arco de volta

perfeita

Colunas dóricas

Entablamento (friso e cornija)

Claustro renascentista do Convento de Cristo em Tomar, 1557-95.

Page 65: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Naturalismo

Simetria

Realismo: uso de sombreados e de grande diversidade de tonalidades para representar o pormenor

Perspetiva

Grão Vasco, São Pedro, cerca de 1530.

Quais as características da pinturaportuguesa renascentista?

Page 66: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Que outras obras emblemáticas marcarama arte renascentista em Portugal?

Igreja da Graça, Évora, 1530-40. Igreja de S. Paulo, Braga, c. 1589.

Page 67: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Casa dos Bicos, Lisboa, c. 1523, de clara influência italiana.

Que outras obras emblemáticas marcarama arte renascentista em Portugal?

Page 68: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Palácio de Vila Viçosa.As obras iniciaram-se em 1501, sendo a fachada de 1537.

Que outras obras emblemáticas marcarama arte renascentista em Portugal?

Page 69: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Que outras obras emblemáticas marcarama arte renascentista em Portugal?

Ermida de Nossa Sra. da Conceição, Tomar, 1535-40.Denota influência da arquitetura clássica italiana.

Page 70: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Que outras obras emblemáticas marcarama arte renascentista em Portugal?

Painéis de São Vicente de Fora, Nuno Gonçalves (1470-80). Obra-prima da pintura portuguesa, revela um grande realismo no tratamento das figuras que faziam parte da sociedade portuguesa da época dos Descobrimentos.

Page 71: O Renascimento

Hora H / 8.º ano

Raiz Editora

Adaptação: Cristina Barcoso Lourenço

Agrupamento de Escolas de Montenegro

Faro, 2013