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Todas as espécies se multiplicam com o objetivo de perpetuação destas. A multiplicação das plantas frutíferas pode ocorrer através dos dois ciclos básicos: o sexuado e o assexuado.Na multiplicação através do ciclo sexuado ocorre recombinação genética, formando indivíduos, ou seja, os embriões gaméticos das sementes, caracterizando assim a Reprodução (ESALQ, 2008).Na multiplicação através do ciclo assexuado não ocorre recombinação genética e as plantas formadas são denominadas clones, as quais são obtidas por diversos métodos vegetativos, caracterizando a Propagação (ESALQ, 2008).Dessa forma, podemos diferenciar dois principais tipos de propagação de plantas frutíferas:1. REPRODUÇÃO - propagação sexuada via seminal, por semente. Para formação e desenvolvimento das plantas reproduzidas por sementes é necessário que o pólen (gameta masculino) fecunde o óvulo (gameta feminino) contido no ovário da flor. Como resultado dessa polinização, o ovário se transformará em um fruto com suas respectivas sementes. Estas sementes plantadas darão plantas cujas flores, no momento da formação dos gametas: masculino (pólen) e feminino (óvulo) os caracteres hereditários dos pais normalmente se separam. Daí, se propagarmos por sementes uma planta frutífera de reconhecido valor pelas finas qualidades de seus frutos, dificilmente conseguiremos descendentes que produzam frutos idênticos.TRANSCRIPT
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FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS
INSTITUTO DE CINCIAS AGRRIAS ICA
FACULDADE DE AGRONOMIA
FRUTICULTURA
Diego Oliveira Ribeiro
Laze Aparecida Ferreira Vilela
4 ano de Agronomia
ABRIL / 2008
MINEIROS - GO
REPRODUO x MULTIPLICAO
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Todas as espcies se multiplicam com o objetivo de perpetuao destas. A multiplicao
das plantas frutferas pode ocorrer atravs dos dois ciclos bsicos: o sexuado e o assexuado.
Na multiplicao atravs do ciclo sexuado ocorre recombinao gentica, formando
indivduos, ou seja, os embries gamticos das sementes, caracterizando assim a Reproduo
(ESALQ, 2008).
Na multiplicao atravs do ciclo assexuado no ocorre recombinao gentica e as
plantas formadas so denominadas clones, as quais so obtidas por diversos mtodos
vegetativos, caracterizando a Propagao (ESALQ, 2008).
Dessa forma, podemos diferenciar dois principais tipos de propagao de plantas
frutferas:
1. REPRODUO - propagao sexuada via seminal, por semente. Para formao e
desenvolvimento das plantas reproduzidas por sementes necessrio que o plen (gameta
masculino) fecunde o vulo (gameta feminino) contido no ovrio da flor. Como resultado dessa
polinizao, o ovrio se transformar em um fruto com suas respectivas sementes. Estas
sementes plantadas daro plantas cujas flores, no momento da formao dos gametas:
masculino (plen) e feminino (vulo) os caracteres hereditrios dos pais normalmente se
separam. Da, se propagarmos por sementes uma planta frutfera de reconhecido valor pelas
finas qualidades de seus frutos, dificilmente conseguiremos descendentes que produzam frutos
idnticos.
2. MULTIPLICAO - propagao vegetativa ou assexuada utiliza-se partes da planta. Se
multiplicarmos a mesma planta frutfera atravs de enxertos ou outro mtodo de propagao
vegetativa, conseguiremos produzir descendentes cujos frutos iro ter as mesmas qualidades
finas da planta me.
Existem diversas razes para a utilizao da propagao de plantas em frutferas. Dentre
elas destacam-se:
Manuteno das caractersticas genticas da planta propagada;
indispensvel na propagao de espcies que no produzem sementes;
Dependendo da espcie, pode ser mais fcil, rpida e mais econmica;
Possibilidade de combinao de mais de um gentipo numa simples planta;
Evita o perodo juvenil1 das plantas.
De modo geral, a maioria das plantas frutferas, de importncia comercial, propagada
vegetativamente, para assegurar a carga gentica da planta me ou planta matriz aos seus
descendentes (OLIVEIRA, 2008).
1 Perodo juvenil o perodo onde o meristema apical no responde aos estmulos, internos e externos, para a mudana do
crescimento vegetativo para o reprodutivo.
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TIPOS DE PROPAGAGAO VEGETATIVA
DAS FRUTFERAS
1. Mergulhia: consiste no enraizamento de uma parte da planta a ser propagada, na
prpria planta e depois o destacamento da mesma para obteno da muda. A base do processo
o enterrio de uma poro de um ramo, curvado da planta que se quer propagar, para que
enraze e, depois do enraizamento, destaca-se de uma vez ou gradativamente a muda,
plantando-a em um recipiente. O ramo que vai ser enterrado deve ser desfolhado ou anelado e,
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depois, preso ao solo por uma estaca de madeira, bambu ou pedao de arame grosso. Ex:
jabuticabeira, abieiro, camu-camu, etc (TODA FRUTA, 2003).
Figura 01. Etapas da Mergulhia.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
2. Alporquia: mtodo usado para propagar plantas difceis de enxertar. uma variao da
mergulhia. Neste mtodo, escolhe-se, em uma planta adulta, alguns ramos de 1 a 3 cm de
dimetro, faz-se neles um anelamento (retirada da casca) de 3 a 5 cm e, depois, cobre-se a
parte anelada com esfagno ou uma mistura de esterco e serragem mida, cobrindo com saco
plstico, bem amarrado, forando assim o enraizamento no local cortado. Pode-se fazer um anel
tambm abaixo do local que vai enraizar, para forar a brotao das gemas. Vai-se cortando
mais, conforme o enraizamento, at se destacar o ramo bem enraizado, tendo-se ento a muda.
Esta necessita de um estufim, ou cmara de nebulizao com alta umidade para ser colocada,
aps a sua retirada da planta para um perodo de adaptao e pegamento. Varias frutferas tm
sido assim propagadas, embora seja um mtodo caro e de pouco rendimento (TODA FRUTA,
2003).
Figura 02. Etapas da Alporquia.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
3. Estaquia: baseada no enraizamento de um pedao de ramo (estaca), geralmente de 15
a 40 cm de comprimento e de 0,5 a 2 cm de dimetro, cortado da parte madura da planta, isto ,
no muito nova, ou verde. H plantas que enrazam melhor de estacas mais novas. Em
fruticultura, as estacas lenhosas tm maior uso, embora para algumas espcies seja usada a
estaca herbcea. Podem ser usadas para propagao ou para obteno de porta-enxertos.
O ramo para estaca cortado da planta; so retiradas suas folhas e espinhos, com a
tesoura de poda. Sua parte basal cortada em bisel (inclinado) junto a uma gema, e seu pice
cortado reto. A seguir, so enterradas em solo bem preparado (canteiro, viveiro ou recipiente),
deixando apenas 1/3 de seu tamanho para fora do solo. Das gemas, sairo as brotaes da
parte area. O sistema radicular sair da parte cortada (TODA FRUTA, 2003).
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Figura 03. Etapas da Estaquia em caule. Figura 04. Etapas da Estaquia em folha.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
4. Enxertia: a unio dos tecidos de duas plantas, geralmente da mesma espcie,
passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (copa) e o porta-enxerto (cavalo). A
copa, cavaleiro ou enxerto a parte de cima, que vai produzir os frutos da variedade desejada e
o cavalo ou porta-enxerto o sistema radicular, o qual tem como funes bsicas o suporte da
planta, fornecimento de gua e nutrientes e a adaptao s condies de solo, clima e doenas
Segundo TODA FRUTA (2003), a enxertia pode ser feita por vrios mtodos, sendo os mais
comuns a encostia, a borbulhia, a garfagem com suas variaes, conforme a planta, pois cada
espcie se adapta a um tipo.
a. Encostia: um tipo de enxertia no qual se leva o cavalo em um recipiente, at a
planta que se quer propagar (copa). Corta-se uma poro de um ramo de cada planta,
de mesma dimenso e encostam-se as partes cortadas, amarrando-se, em seguida,
com fita plstica para haver a unio dos tecidos. Pode-se fazer um anelamento, que
consiste de uma inciso ao redor do ramo, acima do corte, no cavalo. Aps um perodo
de 30 a 60 dias, havendo a unio, pode-se cortar a parte acima do ponto de unio do
cavalo, destacando o ramo da planta original, formando a nova copa, originando, assim,
uma muda, agora constituda da copa e do cavalo. Esse mtodo pode ser usado para
propagar plantas difceis de enxertar. A encostia usada tambm quando se quer
substituir o cavalo de uma planta j enxertada, plantada no pomar.
b. Borbulhia: consiste em se usar uma borbulha ou gema a qual vai ser fixada junto ao
cavalo, aps o corte de parte do mesmo. A borbulha pode ser fixada em um corte da
casca ou sob ela, em uma abertura em forma de T que pode ser normal ou invertido, em
janela ou em placa. Todo corte deve ser feito com canivete bem afiado.
c. Garfagem: um processo no qual se usa um pedao apical de um ramo, com 5 a 10
cm de comprimento, com vrias gemas, chamado garfo. O garfo obtido de ramos
coletados da planta que se quer propagar (matriz) e que ir originar a copa. O garfo
deve estar com gemas bem salientes, para que possam brotar depois da enxertia. H os
tipos de garfagem no topo e lateral. A primeira pode ser em fenda (cheia, meia ou
esvaziada) e em ingls (simples ou complicado). Existem outros mtodos de garfagem,
mais difceis de executar.
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Figura 05. Principais tipos de enxertia.
Fonte: Ncleo de Estudo em Fruticultura no Cerrado / ICIAG/ UFU.
ESTADOS PRODUTORES DE FRUTAS NO BRASIL
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A fruticultura brasileira um dos segmentos da economia brasileira mais destacados,
apresentando evoluo contnua, e que busca atender um grande mercado interno em
crescimento e um melhor acesso ao mercado mundial de frutas.
Tabela 01. Produo Brasileira de Laranja por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 14.366.030 3.052.581
Minas Gerais 577.684 266.393
Bahia 802.290 174.029
Rio Grande do Sul 311.745 141.259
Sergipe 738.787 130.570
Paran 375.309 64.561
Gois 113.040 44.896
Par 213.972 37.667
Rio de Janeiro 69.814 34.461
Santa Catarina 126.776 19.428
Esprito Santo 24.849 9.296
Alagoas 34.408 8.677
Cear 17.036 7.267
Amap 8.300 3.893
Mato Grosso 5.199 3.865
Maranho 8.140 3.597
Distrito Federal 11.214 2.243
Acre 5.558 1.938
Amazonas 11.810 1.850
Piau 5.046 1.711
Paraba 5.412 1.623
Mato Grosso do Sul 3.819 1.481
Rondnia 4.421 1.275
Rio Grande do Norte 4.760 1.068
Pernambuco 3.972 836
Roraima 2.153 754
Tocantins 1.899 701
Total 17.853.443 4.017.920
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 02. Produo brasileira de banana por estados em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 975.620 370.354
So Paulo 1.178.140 338.491
Minas Gerais 550.503 239.095
Santa Catarina 668.003 163.883
Par 537.900 149.552
Pernambuco 359.432 139.307
Cear 363.025 122.429
Paraba 257.447 105.109
Amazonas 244.767 85.161
Paran 229.493 80.423
Rio de Janeiro 162.327 71.988
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Maranho 127.927 71.127
Gois 153.018 67.954
Esprito Santo 180.207 59.385
Mato Grosso 60.527 52.371
Rio Grande do Sul 108.187 51.062
Rio Grande do Norte 201.891 49.445
Sergipe 64.547 27.357
Rondnia 57.570 26.735
Tocantins 35.368 18.140
Mato Grosso do Sul 16.449 15.989
Alagoas 49.127 15.454
Roraima 36.454 14.582
Acre 55.479 9.489
Piau 25.203 7.935
Amap 2.635 2.157
Distrito Federal 2.154 969
Total 6.703.400 2.355.943
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 03. Produo brasileira de coco por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 713.571 182.038
Cear 237.968 64.122
Par 247.627 53.285
Pernambuco 143.030 36.743
Esprito Santo 175.457 35.200
Sergipe 124.119 31.324
Rio de Janeiro 71.206 29.733
Rio Grande do Norte 81.254 29.276
So Paulo 33.857 22.170
Mato Grosso 27.365 17.707
Paraba 62.018 17.139
Minas Gerais 43.876 16.291
Alagoas 48.830 12.769
Gois 16.481 6.229
Rondnia 12.373 5.986
Piau 14.832 4.385
Tocantins 9.549 4.329
Mato Grosso do Sul 4.940 2.583
Maranho 6.589 2.548
Amazonas 2.494 867
Paran 1.326 816
Acre 529 257
Total 2.079.291 575.797
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 04. Produo brasileira de mamo por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Esprito Santo 629.236 410.423
Bahia 726.991 270.174
Cear 57.741 17.387
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Paraba 30.937 12.425
Rio Grande do Norte 33.773 11.702
Pernambuco 12.913 5.562
Par 16.909 5.515
Minas Gerais 12.932 5.392
Sergipe 9.882 4.966
So Paulo 9.871 3.357
Mato Grosso 5.143 2.818
Rio Grande do Sul 2.539 2.526
Gois 2.810 1.878
Alagoas 5.793 1.647
Amazonas 3.494 1.391
Acre 1.795 1.156
Rondnia 3.073 1.117
Paran 1.667 931
Tocantins 1.460 692
Rio de Janeiro 976 547
Maranho 927 421
Roraima 1.474 413
Mato Grosso do Sul 587 280
Amap 508 235
Piau 331 124
Santa Catarina 40 46
Distrito Federal 17 15
Total 1.573.819 763.140
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 05. Produo brasileira de abacaxi por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Paraba 586.102 152.790
Par 482.623 140.551
Minas Gerais 557.378 130.227
So Paulo 255.935 45.001
Rio Grande do Norte 195.775 43.358
Bahia 218.462 42.070
Tocantins 80.676 39.920
Rio de Janeiro 195.913 39.846
Cear 53.734 35.184
Esprito Santo 78.410 31.269
Gois 82.408 27.162
Amazonas 52.654 18.005
Mato Grosso 41.672 17.269
Maranho 63.799 10.692
Pernambuco 40.462 9.804
Sergipe 17.404 7.569
Rondnia 16.074 4.754
Alagoas 19.883 4.540
Paran 9.323 3.313
Rio Grande do Sul 9.600 2.879
Acre 5.053 2.821
Mato Grosso do Sul 7.470 2.791
Roraima 1.640 1.139
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Amap 1.609 791
Santa Catarina 867 255
Piau 653 233
Distrito Federal 200 74
Total 3.075.778 814.307
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 06. Produo brasileira de uva por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Rio Grande do Sul 611.868 579.262
Pernambuco 150.827 315.469
So Paulo 190.660 247.441
Bahia 109.408 185.728
Paran 99.253 92.238
Santa Catarina 47.971 34.157
Minas Gerais 14.389 30.524
Mato Grosso 2.080 5.389
Cear 1.831 3.213
Mato Grosso do Sul 629 1.330
Paraba 630 1.260
Esprito Santo 504 1.130
Gois 2.015 937
Distrito Federal 119 238
Rondnia 228 185
Tocantins 72 158
Piau 80 120
Total 1.232.564 1.498.779
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 07. Produo brasileira de abacate por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 77.107 35.342
Minas Gerais 38.777 24.395
Paran 22.265 5.148
Rio Grande do Sul 8.167 4.613
Cear 5.202 1.980
Distrito Federal 2.596 1.116
Esprito Santo 4.433 964
Pernambuco 2.838 757
Rio Grande do Norte 2.051 659
Rio de Janeiro 687 458
Par 1.225 364
Acre 383 248
Rondnia 661 230
Piau 237 194
Paraba 784 192
Amazonas 1.363 136
Bahia 459 112
Gois 100 25
Total 169.335 76.933
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
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Tabela 08. Produo brasileira de caqui por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 83.393 72.013
Rio Grande do Sul 28.732 19.956
Rio de Janeiro 19.040 10.058
Paran 26.071 7.543
Minas Gerais 5.360 7.260
Santa Catarina 2.154 1.390
Bahia 60 138
Esprito Santo 39 36
Total 164.849 118.394
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 09. Produo brasileira de figo por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 7.953 16.271
Rio Grande do Sul 9.446 10.401
Minas Gerais 4.321 4.538
Paran 1.487 2.382
Santa Catarina 325 228
Cear 84 210
Rio de Janeiro 32 53
Gois 35 35
Distrito Federal 6 19
Esprito Santo 8 13
Total 23.697 34.150
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 10. Produo brasileira de goiaba por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 117.878 51.738
Pernambuco 123.393 50.469
Bahia 18.596 12.655
Distrito Federal 8.827 8.474
Minas Gerais 9.336 7.754
Gois 22.498 6.924
Rio Grande do Sul 6.380 4.694
Esprito Santo 5.377 4.590
Rio de Janeiro 9.609 4.387
Paran 3.984 3.590
Rio Grande do Norte 3.163 2.641
Cear 5.073 2.581
Par 3.640 1.492
Paraba 4.800 1.387
Sergipe 561 504
Piau 813 418
Mato Grosso 67 201
Rondnia 612 177
-
Alagoas 446 132
Mato Grosso do Sul 194 103
Santa Catarina 65 36
Maranho 41 34
Tocantins 45 27
Amap 90 19
Amazonas 45 9
Total 345.533 165.036
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 11. Produo brasileira de limo por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 829.097 192.644
Bahia 34.070 13.701
Rio de Janeiro 34.117 12.958
Rio Grande do Sul 23.147 12.541
Minas Gerais 25.643 11.830
Esprito Santo 15.983 10.019
Sergipe 13.567 7.838
Cear 9.658 4.420
Paran 10.897 3.877
Gois 6.245 2.143
Pernambuco 3.221 1.963
Mato Grosso 2.146 1.139
Distrito Federal 2.658 1.063
Par 5.911 1.044
Piau 2.285 922
Paraba 1.968 782
Mato Grosso do Sul 1.293 582
Rondnia 1.637 456
Acre 1.340 415
Rio Grande do Norte 779 413
Santa Catarina 406 325
Amazonas 3.636 295
Maranho 545 240
Tocantins 123 47
Alagoas 98 46
Roraima 61 12
Total 1.030.531 281.715
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 12. Produo brasileira de ma por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Santa Catarina 504.994 260.080
Rio Grande do Sul 299.972 207.525
Paran 42.758 35.286
Minas Gerais 936 1.592
So Paulo 1.875 1.348
Total 850.535 505.831
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
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Tabela 13. Produo brasileira de manga por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 396.662 201.003
Pernambuco 152.694 63.768
So Paulo 204.607 61.677
Minas Gerais 62.406 31.475
Rio Grande do Norte 38.775 20.921
Sergipe 26.277 11.667
Cear 38.181 10.634
Paraba 23.064 5.762
Piau 15.517 4.211
Paran 8.338 3.686
Esprito Santo 5.791 3.003
Rio de Janeiro 4.737 2.203
Maranho 3.278 1.727
Alagoas 8.477 1.413
Rondnia 2.432 1.147
Gois 1.770 1.016
Mato Grosso 2.508 934
Tocantins 2.057 791
Distrito Federal 2.251 716
Rio Grande do Sul 706 688
Mato Grosso do Sul 360 202
Amazonas 918 117
Acre 405 50
Total 1.002.211 428.811
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 14. Produo brasileira de maracuj por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 139.910 83.614
Esprito Santo 51.070 44.038
Cear 40.261 32.885
Sergipe 41.526 30.284
So Paulo 40.989 26.603
Minas Gerais 44.025 26.554
Par 45.297 18.114
Rio de Janeiro 15.012 10.095
Paran 8.531 7.034
Gois 13.212 6.744
Pernambuco 7.803 6.090
Paraba 6.072 4.101
Santa Catarina 5.183 2.350
Rio Grande do Norte 2.879 2.116
Alagoas 5.504 1.961
Mato Grosso 4.283 1.956
Distrito Federal 1.542 1.684
Tocantins 1.721 856
Rondnia 1.631 788
Amap 1.052 709
Mato Grosso do Sul 546 507
Acre 472 370
-
Maranho 219 179
Amazonas 904 163
Piau 169 143
Total 479.813 309.938
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 15. Produo brasileira de marmelo por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Minas Gerais 721 640
Bahia 70 235
Rio Grande do Sul 225 97
Gois 62 76
Total 1.078 1.048
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 16. Produo brasileira de pra por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Rio Grande do Sul 8.950 9.068
So Paulo 4.252 4.480
Paran 2.687 2.541
Santa Catarina 2.386 1.663
Minas Gerais 1.471 1.037
Total 19.746 18.789
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 17. Produo brasileira de pssego por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Rio Grande do Sul 119.130 107.048
So Paulo 42.949 52.402
Minas Gerais 24.524 42.278
Santa Catarina 30.750 20.387
Paran 17.979 17.295
Esprito Santo 100 144
Rio de Janeiro 39 20
Total 235.471 239.574
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 17. Produo brasileira de tangerina por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
So Paulo 546.325 173.444
Rio Grande do Sul 170.776 87.112
Minas Gerais 119.790 46.160
Paran 264.708 44.973
Rio de Janeiro 41.687 14.107
Esprito Santo 15.350 5.071
Gois 11.294 4.340
Paraba 11.966 3.595
Sergipe 10.981 3.285
Santa Catarina 7.300 3.104
-
Pernambuco 8.100 2.724
Bahia 10.351 2.149
Acre 2.083 981
Cear 2.211 858
Distrito Federal 2.446 856
Mato Grosso do Sul 1.639 467
Mato Grosso 602 419
Tocantins 666 333
Rondnia 762 211
Maranho 297 152
Par 1.707 112
Amazonas 1.126 100
Piau 192 85
Rio Grande do Norte 240 72
Total 1.232.599 394.710
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
POLIEMBRIONIA
A poliembrionia o fenmeno de ocorrncia de formao de vrios embries de uma
nica semente. Dos embries formados, um resultante da fertilizao do vulo e os demais
embries formados resultado da nucela. Como a nucela originada do tecido materno os
embries formados assexuadamente so idnticos a planta me, sendo, portanto importante
para a propagao geneticamente idntica.
Segundo Silva (2008) a Eugenia pyriformis Cambess. (uvaia), uma espcie arbrea
tropical do Brasil, que pode ser utilizada em programas de reflorestamento e em reas urbanas e
seus frutos apresentam potencialidade de uso industrial. Contudo, apesar da elevada
porcentagem de germinao, a produo de sementes dessa espcie insuficiente para
produo de mudas em escala comercial.
De acordo com trabalhos citados por Silva (2008) a famlia Myrtaceae contempla
algumas espcies com sementes poliembrinicas, inclusive dentro do gnero Eugenia. Contudo,
no h evidncias da presena de poliembrionia em uvaia. A presena de poliembrionia em
diversas espcies da famlia Myrtaceae e, ainda, de embrio aparentemente indiviso em
Eugenia sugerem a possibilidade de se aumentar o nmero de plntulas obtidas de cada
semente.
A citricultura brasileira representa importante papel econmico na produo de produtos
agrcolas. No s por seu expressivo valor de produo, como por sua importncia na gerao
de empregos diretos e indiretos. Em nvel mundial, o Brasil destaca-se como maior produtor de
citros e maior produtor e exportador de suco concentrado congelado de laranja.
Os citrus apresentam grande capacidade de mutao e consequentemente alta
capacidade variabilidade gentica. As mutaes genticas tem um papel muito importante no
processo evolutivo das plantas de propagao vegetativa. Prticas como a enxertia e a estaquia,
-
comumente utilizadas em rvores frutferas, facilitam a conservao e acumulao de mutaes.
Alm desses mtodos de reproduo assexual, a embrionia nucelar comum em citrus, devido ao
desenvolvimento de embries apogmicos, possibilita a preservao de muitas mutaes
espontneas.
VARIEDADE REVIGORADA
A obteno de novas variedades de frutferas um processo complicado devido ao alto
grau de heterozigose que as plantas frutferas apresentam, tornando muitas vezes o processo
de cruzamento invivel devido a dificuldade de obter novas variedades, em muitas espcies de
frutferas o cruzamento entre plantas para obter novas variedades impossvel.
Uma forma de conseguir propagar uma planta sem perder as caractersticas da planta
selecionada atravs da poliembrionia. Neste caso a planta multiplicada via semente, sendo
nada mais do que uma multiplicao vegetativa. Para uma planta ser multiplicada por esse
mtodo necessrio a polinizao, para estimular que os embries nucelares se desenvolvam,
e neste caso o embrio gamtico reduzido e em muitos casos pode at morrer. Quando o
embrio gamtico no morto naturalmente se faz necessrio o trabalho de elimin-lo
manualmente, para isso ele identificado por ser menos desenvolvido.
Pesquisas revelam que a histria de clones nucelares de citros no Brasil est intimamente
ligada atuao do pesquisador Sylvio Moreira do Instituto Agronmico de Campinas. Clones
nucelares foram desenvolvidos na Estao Experimental de Limeira a partir de 1938.
Muitos desses clones foram obtidos inicialmente como resultados de trabalhos sobre
poliembrionia de citros e em tentativas de cruzamento de variedades
para fins de melhoramento. Os trabalhos com clones nucelares permaneceram estacionrios por
alguns anos at que trs acontecimentos levaram Moreira a reativar seu interesse nessa rea de
pesquisa.
Esses foram: (a) em 1952 Moreira efetuou viagem de estudos aos Estados Unidos e
estagiou na Citrus Experiment Station de Riverside na Califrnia, Estados Unidos, onde esteve
em contato durante vrios meses com alguns investigadores pioneiros em trabalho com clones
nucelares em citros; (b) ao reassumir seus trabalhos, aps retorno dessa viagem, inteirou-se
atravs de avaliaes feitas em viveiros de enxertia da estao experimental de Limeira, da
presena de sintomas de sorose em grande nmero de lanamentos das borbulhas enxertadas
de matrizes da coleo de variedades da estao; (c) no incio da dcada de cinqenta,
surgiram srios problemas relacionados com a presena do ento considerado como vrus da
-
exocorte em material de propagao de muitas variedades comerciais de citros e o uso bastante
generalizado do cavalo de limo Cravo.
Baptistella (2005) afirma que a nova era dos clones nucelares constituiu o maior estmulo
citricultura paulista e tambm a de outros estados que se utilizaram dos conhecimentos
gerados pela pesquisa do Instituto Agronmico em Campinas, Estado de So Paulo. O aumento
mdio de produo proporcionado pela adoo dos clones nucelares foi de trs a cinco vezes o
dos clones velhos, at ento utilizados. A partir da, as plantas brasileiras ficariam praticamente
"vacinadas contra a tristeza" e livres das viroses de enxertia.
RECIPIENTES UTILIZADOS PARA A PRODUO
DE MUDAS DE FRUTFERAS
-
Os recipientes utilizados na fruticultura normalmente apresentam 2 funes:
Funo Biolgica: os recipientes neste caso tm a funo de propiciar suporte de nutrio
das mudas, proteger as razes de danos mecnicos e da desidratao. Devem ter o formato
favorvel para o desenvolvimento das mudas e maximizar a taxa de sobrevivncia e o
crescimento inicial aps o plantio.
Funo Operacional: facilitar o manuseio no viveiro e no plantio.
TIPOS DE RECIPIENTES
1. Sacos plsticos: so ainda utilizados, porm seu uso vem diminuindo, devido a
grande quantidade de substrato ou solo necessrio para o seu enchimento, peso final da muda
pronta, rea ocupada no viveiro, diminuindo a produo por m2, maior necessidade de mo-de-
obra em relao outros tipos de recipientes e, dificuldades de transporte, alm de gerar grande
quantidade de resduos no plantio devido ao seu descarte. Tem como vantagem o baixo custo, a
possibilidade de utilizao de sistemas de irrigao simples, e a possibilidade de obter mudas de
maior tamanho.
2. Tubos: os tubos possuem parede externa, precisam ser preenchidos com substrato e
podem ser plantados com as mudas. A rigidez da parede permite fcil manuseio e transporte
das mudas e a impermeabilidade da parede pode restringir a dessecao do substrato,
dependendo do material com que confeccionado. Como exemplo, podem ser citados os
recipientes de papel, papelo, lminas de madeira, etc. A exceo fica por conta do saco
plstico, que no pode ser plantado com as mudas.
SUBSTRATO
Os substratos cada vez mais esto sendo utilizados em substituio ao solo e minerais
como meio de cultivo, como conseqncia h um aumento na qualidade e na quantidade de
mudas produzidas. Os substratos so colocados em recipientes como tubetes ou bandejas de
poliestireno (isopor).
Normalmente os substratos so formados por uma mistura de material inerte com um bom
composto orgnico e alguns nutrientes minerais, cujo produto final apresenta alta fertilidade. Os
-
componentes do substrato so dosados com o objetivo de obter alta capacidade de drenagem e
arejamento para as razes.
Um substrato adequado para a produo de mudas deve apresentar as seguintes
propriedades fsicas:
1. Porosidade: Para oferecer uma grande quantidade de oxignio e remover rapidamente o
dixido de carbono, uma vez que o volume limitado do recipiente leva a maior
concentrao de razes.
2. Capacidade de reteno de gua: o substrato deve armazenar gua em quantidades
suficiente para oferecer condies de crescimento as plantas, apesar do volume restrito.
3. Textura: quando o recipiente pequeno, o risco de encharcamento aumenta, se o
substrato no permitir boa drenagem. Se for leve demais, uma alta freqncia de irrigao
ou uma operao nica com grande volume de gua resulta em lavagem dos nutrientes.
TIPOS DE SUBSTRATOS
1. Canteiros em raiz nua: em viveiros de raiz nua, o nico substrato o prprio solo, que
constitui o meio de desenvolvimento das razes.
2. Canteiros com mudas em recipientes: o substrato mais utilizado uma mistura de
materiais, devidamente decompostos. Os principais componentes desta mistura so:
turfa, cinza de caldeira, vermiculita, cascas de rvores e de arroz. A adubao mineral
introduzida mistura.
CONSIDERAES FINAIS
A reproduo das frutferas a multiplicao natural das plantas atravs do ciclo sexuado.
Neste caso ocorre a segregao gentica e os descendentes so representados por indivduos.
A propagao das frutferas a multiplicao das plantas, que ocorre naturalmente ou por
mtodos controlados pelo homem, atravs de estruturas formadas no ciclo assexuado
(propgulos) a propagao estabelece o clone2.
Todavia, atravs da propagao vegetativa, conseguiremos transferir integralmente para
os descendentes (plantas filhas), os mesmos caracteres genticos da planta me.
2 Clone o conjunto de seres independentes, geneticamente idnticos originados atravs de um simples indivduo atravs da
propagao.
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De modo geral, a maioria das plantas frutferas, de importncia comercial, propagada
vegetativamente, para assegurar a carga gentica da planta me ou planta matriz aos seus
descendentes.
Em todos os componentes do sistema da produo de mudas, o substrato o que
permite menor variao na sua caracterstica bsica. Normalmente possuem em sua
composio materiais como: casca de pinos, vermiculita expandida, fertilizante mineral, casca de
arroz carbonizada, serrapilheira, hmus de minhoca, casca de rvores, etc.
O susbtrato ideal deve constituir-se de algumas caractersticas importantes, tais como,
baixa densidade, boa aerao, elevada capacidade de reteno de gua, boa drenagem, baixo
custo, entre outros.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BRASILIAN FRUIT. reas de Produo. Disponvel em: . Acesso em: 06 abr. 2008.
BAPTISTELLA, Celma da Silva Lago. Evoluo dos viveiros de citros no Brasil. Informaes Econmicas, So Paulo, v. 35, n.
4, p.75-80, abr. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 12 abr.
2008.
ESALQ (Piracicaba). Aula de horticultura: propagao de plantas. Disponvel em:
. Acesso em: 06 abr. 2008.
OLIVEIRA, Carlos Josaf de. Produo de Mudas: frutferas e flores tropicais. Disponvel em:
. Acesso em: 06 abr. 2008.
SILVA, Cristiana V. et al. Fracionamento e germinao de sementes de uvaia. Disponvel em:
. Acesso em: 11 abr. 2008.
TODA FRUTA. Propagao: Mudas de frutferas. Fev. 2003. Disponvel em: . Acesso em: 06 abr.
2008.
UFSC (Santa Catarina). Horticultura: Propagao assexuada. Disponvel em:
. Acesso em: 06 abr. 2008.
UFU. Iciag / Ncleo de Estudo em Fruticultura No Cerrado. Propagao de frutferas: enxertia. Disponvel em:
. Acesso em: 06 abr. 2008.