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FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS ICA FACULDADE DE AGRONOMIA FRUTICULTURA Diego Oliveira Ribeiro Laíze Aparecida Ferreira Vilela 4º ano de Agronomia ABRIL / 2008 MINEIROS - GO REPRODUÇÃO x MULTIPLICAÇÃO

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Todas as espécies se multiplicam com o objetivo de perpetuação destas. A multiplicação das plantas frutíferas pode ocorrer através dos dois ciclos básicos: o sexuado e o assexuado.Na multiplicação através do ciclo sexuado ocorre recombinação genética, formando indivíduos, ou seja, os embriões gaméticos das sementes, caracterizando assim a Reprodução (ESALQ, 2008).Na multiplicação através do ciclo assexuado não ocorre recombinação genética e as plantas formadas são denominadas clones, as quais são obtidas por diversos métodos vegetativos, caracterizando a Propagação (ESALQ, 2008).Dessa forma, podemos diferenciar dois principais tipos de propagação de plantas frutíferas:1. REPRODUÇÃO - propagação sexuada via seminal, por semente. Para formação e desenvolvimento das plantas reproduzidas por sementes é necessário que o pólen (gameta masculino) fecunde o óvulo (gameta feminino) contido no ovário da flor. Como resultado dessa polinização, o ovário se transformará em um fruto com suas respectivas sementes. Estas sementes plantadas darão plantas cujas flores, no momento da formação dos gametas: masculino (pólen) e feminino (óvulo) os caracteres hereditários dos pais normalmente se separam. Daí, se propagarmos por sementes uma planta frutífera de reconhecido valor pelas finas qualidades de seus frutos, dificilmente conseguiremos descendentes que produzam frutos idênticos.

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FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – ICA

FACULDADE DE AGRONOMIA

FRUTICULTURA

Diego Oliveira Ribeiro

Laíze Aparecida Ferreira Vilela

4º ano de Agronomia

ABRIL / 2008

MINEIROS - GO

REPRODUÇÃO x MULTIPLICAÇÃO

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Todas as espécies se multiplicam com o objetivo de perpetuação destas. A multiplicação

das plantas frutíferas pode ocorrer através dos dois ciclos básicos: o sexuado e o assexuado.

Na multiplicação através do ciclo sexuado ocorre recombinação genética, formando

indivíduos, ou seja, os embriões gaméticos das sementes, caracterizando assim a Reprodução

(ESALQ, 2008).

Na multiplicação através do ciclo assexuado não ocorre recombinação genética e as

plantas formadas são denominadas clones, as quais são obtidas por diversos métodos

vegetativos, caracterizando a Propagação (ESALQ, 2008).

Dessa forma, podemos diferenciar dois principais tipos de propagação de plantas

frutíferas:

1. REPRODUÇÃO - propagação sexuada via seminal, por semente. Para formação e

desenvolvimento das plantas reproduzidas por sementes é necessário que o pólen (gameta

masculino) fecunde o óvulo (gameta feminino) contido no ovário da flor. Como resultado dessa

polinização, o ovário se transformará em um fruto com suas respectivas sementes. Estas

sementes plantadas darão plantas cujas flores, no momento da formação dos gametas:

masculino (pólen) e feminino (óvulo) os caracteres hereditários dos pais normalmente se

separam. Daí, se propagarmos por sementes uma planta frutífera de reconhecido valor pelas

finas qualidades de seus frutos, dificilmente conseguiremos descendentes que produzam frutos

idênticos.

2. MULTIPLICAÇÃO - propagação vegetativa ou assexuada utiliza-se partes da planta. Se

multiplicarmos a mesma planta frutífera através de enxertos ou outro método de propagação

vegetativa, conseguiremos produzir descendentes cujos frutos irão ter as mesmas qualidades

finas da planta mãe.

Existem diversas razões para a utilização da propagação de plantas em frutíferas. Dentre

elas destacam-se:

Manutenção das características genéticas da planta propagada;

É indispensável na propagação de espécies que não produzem sementes;

Dependendo da espécie, pode ser mais fácil, rápida e mais econômica;

Possibilidade de combinação de mais de um genótipo numa simples planta;

Evita o período juvenil1 das plantas.

De modo geral, a maioria das plantas frutíferas, de importância comercial, é propagada

vegetativamente, para assegurar a carga genética da planta mãe ou planta matriz aos seus

descendentes (OLIVEIRA, 2008).

1 Período juvenil é o período onde o meristema apical não responde aos estímulos, internos e externos, para a mudança do

crescimento vegetativo para o reprodutivo.

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TIPOS DE PROPAGAGAÇÃO VEGETATIVA

DAS FRUTÍFERAS

1. Mergulhia: consiste no enraizamento de uma parte da planta a ser propagada, na

própria planta e depois o destacamento da mesma para obtenção da muda. A base do processo

é o enterrio de uma porção de um ramo, curvado da planta que se quer propagar, para que

enraíze e, depois do enraizamento, destaca-se de uma vez ou gradativamente a muda,

plantando-a em um recipiente. O ramo que vai ser enterrado deve ser desfolhado ou anelado e,

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depois, preso ao solo por uma estaca de madeira, bambu ou pedaço de arame grosso. Ex:

jabuticabeira, abieiro, camu-camu, etc (TODA FRUTA, 2003).

Figura 01. Etapas da Mergulhia.

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

2. Alporquia: método usado para propagar plantas difíceis de enxertar. É uma variação da

mergulhia. Neste método, escolhe-se, em uma planta adulta, alguns ramos de 1 a 3 cm de

diâmetro, faz-se neles um anelamento (retirada da casca) de 3 a 5 cm e, depois, cobre-se a

parte anelada com esfagno ou uma mistura de esterco e serragem úmida, cobrindo com saco

plástico, bem amarrado, forçando assim o enraizamento no local cortado. Pode-se fazer um anel

também abaixo do local que vai enraizar, para forçar a brotação das gemas. Vai-se cortando

mais, conforme o enraizamento, até se destacar o ramo bem enraizado, tendo-se então a muda.

Esta necessita de um estufim, ou câmara de nebulização com alta umidade para ser colocada,

após a sua retirada da planta para um período de adaptação e pegamento. Varias frutíferas têm

sido assim propagadas, embora seja um método caro e de pouco rendimento (TODA FRUTA,

2003).

Figura 02. Etapas da Alporquia.

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

3. Estaquia: baseada no enraizamento de um pedaço de ramo (estaca), geralmente de 15

a 40 cm de comprimento e de 0,5 a 2 cm de diâmetro, cortado da parte madura da planta, isto é,

não muito nova, ou verde. Há plantas que enraízam melhor de estacas mais novas. Em

fruticultura, as estacas lenhosas têm maior uso, embora para algumas espécies seja usada a

estaca herbácea. Podem ser usadas para propagação ou para obtenção de porta-enxertos.

O ramo para estaca é cortado da planta; são retiradas suas folhas e espinhos, com a

tesoura de poda. Sua parte basal é cortada em bisel (inclinado) junto a uma gema, e seu ápice é

cortado reto. A seguir, são enterradas em solo bem preparado (canteiro, viveiro ou recipiente),

deixando apenas 1/3 de seu tamanho para fora do solo. Das gemas, sairão as brotações da

parte aérea. O sistema radicular sairá da parte cortada (TODA FRUTA, 2003).

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Figura 03. Etapas da Estaquia em caule. Figura 04. Etapas da Estaquia em folha.

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

4. Enxertia: é a união dos tecidos de duas plantas, geralmente da mesma espécie,

passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (copa) e o porta-enxerto (cavalo). A

copa, cavaleiro ou enxerto é a parte de cima, que vai produzir os frutos da variedade desejada e

o cavalo ou porta-enxerto é o sistema radicular, o qual tem como funções básicas o suporte da

planta, fornecimento de água e nutrientes e a adaptação às condições de solo, clima e doenças

Segundo TODA FRUTA (2003), a enxertia pode ser feita por vários métodos, sendo os mais

comuns a encostia, a borbulhia, a garfagem com suas variações, conforme a planta, pois cada

espécie se adapta a um tipo.

a. Encostia: é um tipo de enxertia no qual se leva o cavalo em um recipiente, até a

planta que se quer propagar (copa). Corta-se uma porção de um ramo de cada planta,

de mesma dimensão e encostam-se as partes cortadas, amarrando-se, em seguida,

com fita plástica para haver a união dos tecidos. Pode-se fazer um anelamento, que

consiste de uma incisão ao redor do ramo, acima do corte, no cavalo. Após um período

de 30 a 60 dias, havendo a união, pode-se cortar a parte acima do ponto de união do

cavalo, destacando o ramo da planta original, formando a nova copa, originando, assim,

uma muda, agora constituída da copa e do cavalo. Esse método pode ser usado para

propagar plantas difíceis de enxertar. A encostia é usada também quando se quer

substituir o cavalo de uma planta já enxertada, plantada no pomar.

b. Borbulhia: consiste em se usar uma borbulha ou gema a qual vai ser fixada junto ao

cavalo, após o corte de parte do mesmo. A borbulha pode ser fixada em um corte da

casca ou sob ela, em uma abertura em forma de T que pode ser normal ou invertido, em

janela ou em placa. Todo corte deve ser feito com canivete bem afiado.

c. Garfagem: é um processo no qual se usa um pedaço apical de um ramo, com 5 a 10

cm de comprimento, com várias gemas, chamado garfo. O garfo é obtido de ramos

coletados da planta que se quer propagar (matriz) e que irá originar a copa. O garfo

deve estar com gemas bem salientes, para que possam brotar depois da enxertia. Há os

tipos de garfagem no topo e lateral. A primeira pode ser em fenda (cheia, meia ou

esvaziada) e em inglês (simples ou complicado). Existem outros métodos de garfagem,

mais difíceis de executar.

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Figura 05. Principais tipos de enxertia.

Fonte: Núcleo de Estudo em Fruticultura no Cerrado / ICIAG/ UFU.

ESTADOS PRODUTORES DE FRUTAS NO BRASIL

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A fruticultura brasileira é um dos segmentos da economia brasileira mais destacados,

apresentando evolução contínua, e que busca atender um grande mercado interno em

crescimento e um melhor acesso ao mercado mundial de frutas.

Tabela 01. Produção Brasileira de Laranja por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 14.366.030 3.052.581

Minas Gerais 577.684 266.393

Bahia 802.290 174.029

Rio Grande do Sul 311.745 141.259

Sergipe 738.787 130.570

Paraná 375.309 64.561

Goiás 113.040 44.896

Pará 213.972 37.667

Rio de Janeiro 69.814 34.461

Santa Catarina 126.776 19.428

Espírito Santo 24.849 9.296

Alagoas 34.408 8.677

Ceará 17.036 7.267

Amapá 8.300 3.893

Mato Grosso 5.199 3.865

Maranhão 8.140 3.597

Distrito Federal 11.214 2.243

Acre 5.558 1.938

Amazonas 11.810 1.850

Piauí 5.046 1.711

Paraíba 5.412 1.623

Mato Grosso do Sul 3.819 1.481

Rondônia 4.421 1.275

Rio Grande do Norte 4.760 1.068

Pernambuco 3.972 836

Roraima 2.153 754

Tocantins 1.899 701

Total 17.853.443 4.017.920

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 02. Produção brasileira de banana por estados em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Bahia 975.620 370.354

São Paulo 1.178.140 338.491

Minas Gerais 550.503 239.095

Santa Catarina 668.003 163.883

Pará 537.900 149.552

Pernambuco 359.432 139.307

Ceará 363.025 122.429

Paraíba 257.447 105.109

Amazonas 244.767 85.161

Paraná 229.493 80.423

Rio de Janeiro 162.327 71.988

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Maranhão 127.927 71.127

Goiás 153.018 67.954

Espírito Santo 180.207 59.385

Mato Grosso 60.527 52.371

Rio Grande do Sul 108.187 51.062

Rio Grande do Norte 201.891 49.445

Sergipe 64.547 27.357

Rondônia 57.570 26.735

Tocantins 35.368 18.140

Mato Grosso do Sul 16.449 15.989

Alagoas 49.127 15.454

Roraima 36.454 14.582

Acre 55.479 9.489

Piauí 25.203 7.935

Amapá 2.635 2.157

Distrito Federal 2.154 969

Total 6.703.400 2.355.943

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 03. Produção brasileira de coco por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Bahia 713.571 182.038

Ceará 237.968 64.122

Pará 247.627 53.285

Pernambuco 143.030 36.743

Espírito Santo 175.457 35.200

Sergipe 124.119 31.324

Rio de Janeiro 71.206 29.733

Rio Grande do Norte 81.254 29.276

São Paulo 33.857 22.170

Mato Grosso 27.365 17.707

Paraíba 62.018 17.139

Minas Gerais 43.876 16.291

Alagoas 48.830 12.769

Goiás 16.481 6.229

Rondônia 12.373 5.986

Piauí 14.832 4.385

Tocantins 9.549 4.329

Mato Grosso do Sul 4.940 2.583

Maranhão 6.589 2.548

Amazonas 2.494 867

Paraná 1.326 816

Acre 529 257

Total 2.079.291 575.797

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 04. Produção brasileira de mamão por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Espírito Santo 629.236 410.423

Bahia 726.991 270.174

Ceará 57.741 17.387

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Paraíba 30.937 12.425

Rio Grande do Norte 33.773 11.702

Pernambuco 12.913 5.562

Pará 16.909 5.515

Minas Gerais 12.932 5.392

Sergipe 9.882 4.966

São Paulo 9.871 3.357

Mato Grosso 5.143 2.818

Rio Grande do Sul 2.539 2.526

Goiás 2.810 1.878

Alagoas 5.793 1.647

Amazonas 3.494 1.391

Acre 1.795 1.156

Rondônia 3.073 1.117

Paraná 1.667 931

Tocantins 1.460 692

Rio de Janeiro 976 547

Maranhão 927 421

Roraima 1.474 413

Mato Grosso do Sul 587 280

Amapá 508 235

Piauí 331 124

Santa Catarina 40 46

Distrito Federal 17 15

Total 1.573.819 763.140

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 05. Produção brasileira de abacaxi por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Paraíba 586.102 152.790

Pará 482.623 140.551

Minas Gerais 557.378 130.227

São Paulo 255.935 45.001

Rio Grande do Norte 195.775 43.358

Bahia 218.462 42.070

Tocantins 80.676 39.920

Rio de Janeiro 195.913 39.846

Ceará 53.734 35.184

Espírito Santo 78.410 31.269

Goiás 82.408 27.162

Amazonas 52.654 18.005

Mato Grosso 41.672 17.269

Maranhão 63.799 10.692

Pernambuco 40.462 9.804

Sergipe 17.404 7.569

Rondônia 16.074 4.754

Alagoas 19.883 4.540

Paraná 9.323 3.313

Rio Grande do Sul 9.600 2.879

Acre 5.053 2.821

Mato Grosso do Sul 7.470 2.791

Roraima 1.640 1.139

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Amapá 1.609 791

Santa Catarina 867 255

Piauí 653 233

Distrito Federal 200 74

Total 3.075.778 814.307

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 06. Produção brasileira de uva por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Rio Grande do Sul 611.868 579.262

Pernambuco 150.827 315.469

São Paulo 190.660 247.441

Bahia 109.408 185.728

Paraná 99.253 92.238

Santa Catarina 47.971 34.157

Minas Gerais 14.389 30.524

Mato Grosso 2.080 5.389

Ceará 1.831 3.213

Mato Grosso do Sul 629 1.330

Paraíba 630 1.260

Espírito Santo 504 1.130

Goiás 2.015 937

Distrito Federal 119 238

Rondônia 228 185

Tocantins 72 158

Piauí 80 120

Total 1.232.564 1.498.779

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 07. Produção brasileira de abacate por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 77.107 35.342

Minas Gerais 38.777 24.395

Paraná 22.265 5.148

Rio Grande do Sul 8.167 4.613

Ceará 5.202 1.980

Distrito Federal 2.596 1.116

Espírito Santo 4.433 964

Pernambuco 2.838 757

Rio Grande do Norte 2.051 659

Rio de Janeiro 687 458

Pará 1.225 364

Acre 383 248

Rondônia 661 230

Piauí 237 194

Paraíba 784 192

Amazonas 1.363 136

Bahia 459 112

Goiás 100 25

Total 169.335 76.933

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

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Tabela 08. Produção brasileira de caqui por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 83.393 72.013

Rio Grande do Sul 28.732 19.956

Rio de Janeiro 19.040 10.058

Paraná 26.071 7.543

Minas Gerais 5.360 7.260

Santa Catarina 2.154 1.390

Bahia 60 138

Espírito Santo 39 36

Total 164.849 118.394

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 09. Produção brasileira de figo por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 7.953 16.271

Rio Grande do Sul 9.446 10.401

Minas Gerais 4.321 4.538

Paraná 1.487 2.382

Santa Catarina 325 228

Ceará 84 210

Rio de Janeiro 32 53

Goiás 35 35

Distrito Federal 6 19

Espírito Santo 8 13

Total 23.697 34.150

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 10. Produção brasileira de goiaba por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 117.878 51.738

Pernambuco 123.393 50.469

Bahia 18.596 12.655

Distrito Federal 8.827 8.474

Minas Gerais 9.336 7.754

Goiás 22.498 6.924

Rio Grande do Sul 6.380 4.694

Espírito Santo 5.377 4.590

Rio de Janeiro 9.609 4.387

Paraná 3.984 3.590

Rio Grande do Norte 3.163 2.641

Ceará 5.073 2.581

Pará 3.640 1.492

Paraíba 4.800 1.387

Sergipe 561 504

Piauí 813 418

Mato Grosso 67 201

Rondônia 612 177

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Alagoas 446 132

Mato Grosso do Sul 194 103

Santa Catarina 65 36

Maranhão 41 34

Tocantins 45 27

Amapá 90 19

Amazonas 45 9

Total 345.533 165.036

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 11. Produção brasileira de limão por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 829.097 192.644

Bahia 34.070 13.701

Rio de Janeiro 34.117 12.958

Rio Grande do Sul 23.147 12.541

Minas Gerais 25.643 11.830

Espírito Santo 15.983 10.019

Sergipe 13.567 7.838

Ceará 9.658 4.420

Paraná 10.897 3.877

Goiás 6.245 2.143

Pernambuco 3.221 1.963

Mato Grosso 2.146 1.139

Distrito Federal 2.658 1.063

Pará 5.911 1.044

Piauí 2.285 922

Paraíba 1.968 782

Mato Grosso do Sul 1.293 582

Rondônia 1.637 456

Acre 1.340 415

Rio Grande do Norte 779 413

Santa Catarina 406 325

Amazonas 3.636 295

Maranhão 545 240

Tocantins 123 47

Alagoas 98 46

Roraima 61 12

Total 1.030.531 281.715

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 12. Produção brasileira de maçã por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Santa Catarina 504.994 260.080

Rio Grande do Sul 299.972 207.525

Paraná 42.758 35.286

Minas Gerais 936 1.592

São Paulo 1.875 1.348

Total 850.535 505.831

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

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Tabela 13. Produção brasileira de manga por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Bahia 396.662 201.003

Pernambuco 152.694 63.768

São Paulo 204.607 61.677

Minas Gerais 62.406 31.475

Rio Grande do Norte 38.775 20.921

Sergipe 26.277 11.667

Ceará 38.181 10.634

Paraíba 23.064 5.762

Piauí 15.517 4.211

Paraná 8.338 3.686

Espírito Santo 5.791 3.003

Rio de Janeiro 4.737 2.203

Maranhão 3.278 1.727

Alagoas 8.477 1.413

Rondônia 2.432 1.147

Goiás 1.770 1.016

Mato Grosso 2.508 934

Tocantins 2.057 791

Distrito Federal 2.251 716

Rio Grande do Sul 706 688

Mato Grosso do Sul 360 202

Amazonas 918 117

Acre 405 50

Total 1.002.211 428.811

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 14. Produção brasileira de maracujá por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Bahia 139.910 83.614

Espírito Santo 51.070 44.038

Ceará 40.261 32.885

Sergipe 41.526 30.284

São Paulo 40.989 26.603

Minas Gerais 44.025 26.554

Pará 45.297 18.114

Rio de Janeiro 15.012 10.095

Paraná 8.531 7.034

Goiás 13.212 6.744

Pernambuco 7.803 6.090

Paraíba 6.072 4.101

Santa Catarina 5.183 2.350

Rio Grande do Norte 2.879 2.116

Alagoas 5.504 1.961

Mato Grosso 4.283 1.956

Distrito Federal 1.542 1.684

Tocantins 1.721 856

Rondônia 1.631 788

Amapá 1.052 709

Mato Grosso do Sul 546 507

Acre 472 370

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Maranhão 219 179

Amazonas 904 163

Piauí 169 143

Total 479.813 309.938

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 15. Produção brasileira de marmelo por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Minas Gerais 721 640

Bahia 70 235

Rio Grande do Sul 225 97

Goiás 62 76

Total 1.078 1.048

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 16. Produção brasileira de pêra por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Rio Grande do Sul 8.950 9.068

São Paulo 4.252 4.480

Paraná 2.687 2.541

Santa Catarina 2.386 1.663

Minas Gerais 1.471 1.037

Total 19.746 18.789

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 17. Produção brasileira de pêssego por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

Rio Grande do Sul 119.130 107.048

São Paulo 42.949 52.402

Minas Gerais 24.524 42.278

Santa Catarina 30.750 20.387

Paraná 17.979 17.295

Espírito Santo 100 144

Rio de Janeiro 39 20

Total 235.471 239.574

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

Tabela 17. Produção brasileira de tangerina por estado em 2005.

Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)

São Paulo 546.325 173.444

Rio Grande do Sul 170.776 87.112

Minas Gerais 119.790 46.160

Paraná 264.708 44.973

Rio de Janeiro 41.687 14.107

Espírito Santo 15.350 5.071

Goiás 11.294 4.340

Paraíba 11.966 3.595

Sergipe 10.981 3.285

Santa Catarina 7.300 3.104

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Pernambuco 8.100 2.724

Bahia 10.351 2.149

Acre 2.083 981

Ceará 2.211 858

Distrito Federal 2.446 856

Mato Grosso do Sul 1.639 467

Mato Grosso 602 419

Tocantins 666 333

Rondônia 762 211

Maranhão 297 152

Pará 1.707 112

Amazonas 1.126 100

Piauí 192 85

Rio Grande do Norte 240 72

Total 1.232.599 394.710

Fonte: Brasilian Fruit, 2005.

POLIEMBRIONIA

A poliembrionia é o fenômeno de ocorrência de formação de vários embriões de uma

única semente. Dos embriões formados, um é resultante da fertilização do óvulo e os demais

embriões formados é resultado da nucela. Como a nucela é originada do tecido materno os

embriões formados assexuadamente são idênticos a planta mãe, sendo, portanto importante

para a propagação geneticamente idêntica.

Segundo Silva (2008) a Eugenia pyriformis Cambess. (uvaia), é uma espécie arbórea

tropical do Brasil, que pode ser utilizada em programas de reflorestamento e em áreas urbanas e

seus frutos apresentam potencialidade de uso industrial. Contudo, apesar da elevada

porcentagem de germinação, a produção de sementes dessa espécie é insuficiente para

produção de mudas em escala comercial.

De acordo com trabalhos citados por Silva (2008) a família Myrtaceae contempla

algumas espécies com sementes poliembriônicas, inclusive dentro do gênero Eugenia. Contudo,

não há evidências da presença de poliembrionia em uvaia. A presença de poliembrionia em

diversas espécies da família Myrtaceae e, ainda, de embrião aparentemente indiviso em

Eugenia sugerem a possibilidade de se aumentar o número de plântulas obtidas de cada

semente.

A citricultura brasileira representa importante papel econômico na produção de produtos

agrícolas. Não só por seu expressivo valor de produção, como por sua importância na geração

de empregos diretos e indiretos. Em nível mundial, o Brasil destaca-se como maior produtor de

citros e maior produtor e exportador de suco concentrado congelado de laranja.

Os citrus apresentam grande capacidade de mutação e consequentemente alta

capacidade variabilidade genética. As mutações genéticas tem um papel muito importante no

processo evolutivo das plantas de propagação vegetativa. Práticas como a enxertia e a estaquia,

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comumente utilizadas em árvores frutíferas, facilitam a conservação e acumulação de mutações.

Além desses métodos de reprodução assexual, a embrionia nucelar comum em citrus, devido ao

desenvolvimento de embriões apogâmicos, possibilita a preservação de muitas mutações

espontâneas.

VARIEDADE REVIGORADA

A obtenção de novas variedades de frutíferas é um processo complicado devido ao alto

grau de heterozigose que as plantas frutíferas apresentam, tornando muitas vezes o processo

de cruzamento inviável devido a dificuldade de obter novas variedades, em muitas espécies de

frutíferas o cruzamento entre plantas para obter novas variedades é impossível.

Uma forma de conseguir propagar uma planta sem perder as características da planta

selecionada é através da poliembrionia. Neste caso a planta é multiplicada via semente, sendo

nada mais do que uma multiplicação vegetativa. Para uma planta ser multiplicada por esse

método é necessário a polinização, para estimular que os embriões nucelares se desenvolvam,

e neste caso o embrião gamético é reduzido e em muitos casos pode até morrer. Quando o

embrião gamético não é morto naturalmente se faz necessário o trabalho de eliminá-lo

manualmente, para isso ele é identificado por ser menos desenvolvido.

Pesquisas revelam que a história de clones nucelares de citros no Brasil está intimamente

ligada à atuação do pesquisador Sylvio Moreira do Instituto Agronômico de Campinas. Clones

nucelares foram desenvolvidos na Estação Experimental de Limeira a partir de 1938.

Muitos desses clones foram obtidos inicialmente como resultados de trabalhos sobre

poliembrionia de citros e em tentativas de cruzamento de variedades

para fins de melhoramento. Os trabalhos com clones nucelares permaneceram estacionários por

alguns anos até que três acontecimentos levaram Moreira a reativar seu interesse nessa área de

pesquisa.

Esses foram: (a) em 1952 Moreira efetuou viagem de estudos aos Estados Unidos e

estagiou na “Citrus Experiment Station” de Riverside na Califórnia, Estados Unidos, onde esteve

em contato durante vários meses com alguns investigadores pioneiros em trabalho com clones

nucelares em citros; (b) ao reassumir seus trabalhos, após retorno dessa viagem, inteirou-se

através de avaliações feitas em viveiros de enxertia da estação experimental de Limeira, da

presença de sintomas de sorose em grande número de lançamentos das borbulhas enxertadas

de matrizes da coleção de variedades da estação; (c) no início da década de cinqüenta,

surgiram sérios problemas relacionados com a presença do então considerado como vírus da

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exocorte em material de propagação de muitas variedades comerciais de citros e o uso bastante

generalizado do cavalo de limão “Cravo”.

Baptistella (2005) afirma que a nova era dos clones nucelares constituiu o maior estímulo

à citricultura paulista e também a de outros estados que se utilizaram dos conhecimentos

gerados pela pesquisa do Instituto Agronômico em Campinas, Estado de São Paulo. O aumento

médio de produção proporcionado pela adoção dos clones nucelares foi de três a cinco vezes o

dos clones velhos, até então utilizados. A partir daí, as plantas brasileiras ficariam praticamente

"vacinadas contra a tristeza" e livres das viroses de enxertia.

RECIPIENTES UTILIZADOS PARA A PRODUÇÃO

DE MUDAS DE FRUTÍFERAS

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Os recipientes utilizados na fruticultura normalmente apresentam 2 funções:

Função Biológica: os recipientes neste caso têm a função de propiciar suporte de nutrição

das mudas, proteger as raízes de danos mecânicos e da desidratação. Devem ter o formato

favorável para o desenvolvimento das mudas e maximizar a taxa de sobrevivência e o

crescimento inicial após o plantio.

Função Operacional: facilitar o manuseio no viveiro e no plantio.

TIPOS DE RECIPIENTES

1. Sacos plásticos: são ainda utilizados, porém seu uso vem diminuindo, devido a

grande quantidade de substrato ou solo necessário para o seu enchimento, peso final da muda

pronta, área ocupada no viveiro, diminuindo a produção por m2, maior necessidade de mão-de-

obra em relação à outros tipos de recipientes e, dificuldades de transporte, além de gerar grande

quantidade de resíduos no plantio devido ao seu descarte. Tem como vantagem o baixo custo, a

possibilidade de utilização de sistemas de irrigação simples, e a possibilidade de obter mudas de

maior tamanho.

2. Tubos: os tubos possuem parede externa, precisam ser preenchidos com substrato e

podem ser plantados com as mudas. A rigidez da parede permite fácil manuseio e transporte

das mudas e a impermeabilidade da parede pode restringir a dessecação do substrato,

dependendo do material com que é confeccionado. Como exemplo, podem ser citados os

recipientes de papel, papelão, lâminas de madeira, etc. A exceção fica por conta do saco

plástico, que não pode ser plantado com as mudas.

SUBSTRATO

Os substratos cada vez mais estão sendo utilizados em substituição ao solo e minerais

como meio de cultivo, como conseqüência há um aumento na qualidade e na quantidade de

mudas produzidas. Os substratos são colocados em recipientes como tubetes ou bandejas de

poliestireno (isopor).

Normalmente os substratos são formados por uma mistura de material inerte com um bom

composto orgânico e alguns nutrientes minerais, cujo produto final apresenta alta fertilidade. Os

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componentes do substrato são dosados com o objetivo de obter alta capacidade de drenagem e

arejamento para as raízes.

Um substrato adequado para a produção de mudas deve apresentar as seguintes

propriedades físicas:

1. Porosidade: Para oferecer uma grande quantidade de oxigênio e remover rapidamente o

dióxido de carbono, uma vez que o volume limitado do recipiente leva a maior

concentração de raízes.

2. Capacidade de retenção de água: o substrato deve armazenar água em quantidades

suficiente para oferecer condições de crescimento as plantas, apesar do volume restrito.

3. Textura: quando o recipiente é pequeno, o risco de encharcamento aumenta, se o

substrato não permitir boa drenagem. Se for leve demais, uma alta freqüência de irrigação

ou uma operação única com grande volume de água resulta em lavagem dos nutrientes.

TIPOS DE SUBSTRATOS

1. Canteiros em raiz nua: em viveiros de raiz nua, o único substrato é o próprio solo, que

constitui o meio de desenvolvimento das raízes.

2. Canteiros com mudas em recipientes: o substrato mais utilizado é uma mistura de

materiais, devidamente decompostos. Os principais componentes desta mistura são:

turfa, cinza de caldeira, vermiculita, cascas de árvores e de arroz. A adubação mineral

é introduzida à mistura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A reprodução das frutíferas é a multiplicação natural das plantas através do ciclo sexuado.

Neste caso ocorre a segregação genética e os descendentes são representados por indivíduos.

A propagação das frutíferas é a multiplicação das plantas, que ocorre naturalmente ou por

métodos controlados pelo homem, através de estruturas formadas no ciclo assexuado

(propágulos) a propagação estabelece o clone2.

Todavia, através da propagação vegetativa, conseguiremos transferir integralmente para

os descendentes (plantas filhas), os mesmos caracteres genéticos da planta mãe.

2 Clone é o conjunto de seres independentes, geneticamente idênticos originados através de um simples indivíduo através da

propagação.

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De modo geral, a maioria das plantas frutíferas, de importância comercial, é propagada

vegetativamente, para assegurar a carga genética da planta mãe ou planta matriz aos seus

descendentes.

Em todos os componentes do sistema da produção de mudas, o substrato é o que

permite menor variação na sua característica básica. Normalmente possuem em sua

composição materiais como: casca de pinos, vermiculita expandida, fertilizante mineral, casca de

arroz carbonizada, serrapilheira, húmus de minhoca, casca de árvores, etc.

O susbtrato ideal deve constituir-se de algumas características importantes, tais como,

baixa densidade, boa aeração, elevada capacidade de retenção de água, boa drenagem, baixo

custo, entre outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BAPTISTELLA, Celma da Silva Lago. Evolução dos viveiros de citros no Brasil. Informações Econômicas, São Paulo, v. 35, n.

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2008.

ESALQ (Piracicaba). Aula de horticultura: propagação de plantas. Disponível em:

<http://www.esalq.usp.br/departamentos/lpv/download/Multiplicao%20de%20plantas.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2008.

OLIVEIRA, Carlos Josafá de. Produção de Mudas: frutíferas e flores tropicais. Disponível em:

<http://www.ceplac.gov.br/radar/semfaz/producaodemudas.htm>. Acesso em: 06 abr. 2008.

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<http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp ?conteudo=12353>. Acesso em: 11 abr. 2008.

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2008.

UFSC (Santa Catarina). Horticultura: Propagação assexuada. Disponível em:

<http://www.cca.ufsc.br/lfdgv/Propaga%E7%E3o%20Horti%2001.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2008.

UFU. Iciag / Núcleo de Estudo em Fruticultura No Cerrado. Propagação de frutíferas: enxertia. Disponível em:

<http://www.fruticultura.iciag.ufu.br /reproducao9.htm>. Acesso em: 06 abr. 2008.

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