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A Historia da Gastronomia no Brasil  Gastronomia: É a arte de cozinhar de modo que se dê o maior prazer a quem comeGastrônomo: É o amante das boas iguarias (comida fina ou apetitosa)

Escrever sobre a gastronomia de um país grande como o Brasil é meio difícil pelas diferenças entre as regiões do país.

Desde o descobrimento do Brasil em 1500 até os dias de hoje, teve muitos povos que vindo para o Brasil trouxeram muito de suas crenças, culturas e hábitos, que de certa forma misturaram com a nossa cultura. Essa cultura onde a gastronomia faz parte. Desse modo cada imigrante que veio para o nosso país trouxe sua preferência alimentar.

A Europa teve sua participação na nossa cultura alimentar em varias cidades brasileiras. Portanto a gastronomia brasileira se deve a influência de vários povos.

Portugal teve a sua participação quando Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil numa de suas navegações eles trouxeram de regiões do Oriente, Índia, os condimentos (substancia aromática, que realça o sabor dos alimentos, tempero), e que começou a ser usado pelos índios, localizado na cidade de Porto Seguro na Bahia. Trouxeram também presunto, vinho, pão, açúcar e etc.. Como eles também encontraram aqui animais, plantas e peixes que não conheciam. Os portugueses trouxeram seus hábitos alimentares já com suas influencias com os orientais, a cultura negra, as escravas africanas trabalhavam na cozinha das fazendas, e um pouco da cultura indígena, sendo que permanecem até os dias de hoje.

A participação espanhola e portuguesa se confunde na sua semelhança, pois os dois paises tiveram influência dos árabes.

Mas foram os alemães os primeiros a vir fundar colônias no sul do país, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, e também no Espírito Santo. O alemão não trouxe só a influência, mas um reforço de certas espécies que foram utilizados pelos portugueses, como a cerveja e as carnes salgadas e defumadas.

Os gregos e romanos já tinham todo cuidado de como preparar a alimentação. Os romanos eram mais criativos, pois eram mais valorizados.

Entre 1860 e 1890 desembarcaram 974 mil italianos no Brasil e também trouxeram um gosto especial pelas massas com farinha de trigo, com os molhos densos e condimentos. Ninguém conseguiu mudar a alimentação italiana que acabou participando e muito na gastronomia brasileira.

Toda culinária nacional é formada por cozinhas regionais. No Brasil as influências foram muitas. A partir delas apareceram adaptações e variações. Como a cozinha sertaneja, nordestina, caipira, tropeara, mineira, gaúcha, da

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fazenda e outras. Hoje se tem uma nova era de pesquisa devido à atenção sobre a origem dos pratos, aos ingredientes e a evolução das receitas.Foi desde 1955 que iniciou o conceito de comer rápido e com as mãos.

A comida japonesa é admirada no mundo devido ela a priorizar a apresentação dos pratos, e na simplicidade de preparo dos alimentos, ela consegui combinar sabores e textura. Usa pouco tempero, e tudo deve ser feito na hora, e se usa só alimento resfriados e não congelados. A refeição japonesa é feita com tempo para se liberar emoção.

Não podemos esquecer que a revolução industrial nos trouxe avanços tecnológicos como: fogão a gás, a pasteurização, a refrigeração, e a luz elétrica. Com a luz elétrica os jantares começaram a ser servido mais tarde sendo assim criado na Inglaterra o chá das cinco, sendo mais uma refeição.

Alimentar nos dias de hoje não é só mais uma necessidade apenas física, mas é também uma forma prazerosa em se alimentar.

Nos dias de hoje a gastronomia esta estimulando o turismo, pois com o turismo a rede de hotéis aumentou, a assim aumentou também a mão de obra especializada.

A gastronomia é uma arte das mais antigas e sua principal matéria prima é os alimentos, pois é um ato que se utiliza todos os nossos sentidos. Ela esta cada vez mais apurada, pois o consumidor esta também cada vez mais exigente, tem o paladar mais apurado e querendo conhecer o sabor dos alimentos e seu visual mais aprimorado, tendo assim um prazer maior na arte de comer bem. E se gostar com certeza voltará.

Culinária do Brasil

A culinária do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, indígenas e africanos[1]. Muitas das técnicas de preparo e os ingredientes mais usado são de origem indígena, sofrendo adaptações por parte dos escravos e dos portugueses.

Esses faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os ingredientes que faltassem por correspondentes locais. A feijoada, prato típico do país, é um exemplo disso[2]. Os escravos trazidos ao Brasil desde fins do século XVI, somaram à culinária nacional elementos como o azeite-de-dendê e o cuscuz. A leva de imigrantes recebida pelo país entre os séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxe algumas novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de diversos ingredientes.

A alimentação diária, feita em três refeições, envolve o consumo de café-com-leite, pão, frutas, bolos e doces, no café da manhã, feijão com arroz no almoço, refeição básica do brasileiro, aos quais são somados, por vezes, o macarrão, a carne, a salada e a batata e, no jantar, sopas e também as várias comidas regionais.

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As bebidas destiladas foram trazidas pelos portugueses ou fabricadas na terra como a cachaça. O vinho é também muito consumido, por vezes somado à água e açúcar, na conhecida sangria. A cerveja por sua vez começou a ser consumida em fins do século XVIII e é hoje uma das bebidas alcoólicas mais comuns.

História

No período colonial os portugueses assimilaram os ingredientes dos nativos na África, Ásia e América para sobreviver em terras estranhas, mas também por curiosidade. No Brasil a produção interna de alimentos era limitada, pois a economia estava toda voltada para a exportação.

A culinária colonial constituinte das bases culinárias do país pode ser dividida em quatro correntes[3]: a do litoral  açucareiro; a do norte; a dos bandeirantes que partiam de Vila de Piratininga; e a quarta, da pecuária.

No norte, os habitantes dependiam mais dos conhecimentos indígenas para sobreviver e para a coleta das drogas do sertão e, por isso, sua alimentação incluía pratos e ingredientes exóticos como a carne de peixes como o pirarucu, a carne de jacarés, tartarugas — além de seus ovos — e do peixe-boi do qual se fazia também a manteiga, e frutas.

Como o terreno próximo a Vila de São Paulo do Piratininga era inadequado ao cultivo da cana de açúcar, a economia voltou-se para o interior, para a procura de ouro, pedras preciosas e apresamento dos indígenas e, por isso, puderam desenvolver-se lavouras de subsistência. O sistema de plantação dos tupis — aonde se cultivam pequenas áreas estratégicas — foi aproveitado pelos viajantes: plantava-se uma área para que houvesse alimento na viagem de volta[4]. A própria história influenciou a culinária de cada região.

Indígenas

A alimentação indígena tinha como alicerce a mandioca, na forma de farinha e de beijus[5], mas também de frutas, pescado, caça, milho, batata e pirões e, com a chegada dos portugueses do inhame trazido da África.

Todos os povos indígenas conheciam o fogo[6] e o utilizavam tanto para o aquecimento e a realização de rituais quanto para preparar os alimentos. As principais formas de preparo da carne eram assá-la em uma panela de barro sobre três pedras (trempe)[7], em um forno subterrâneo (biaribi), espetá-la em gravetos pontudos e colocá-la para assar ao fogo — de onde teria vindo o churrasco do Rio Grande do Sul[7][8] — colocá-la sobre uma armação de madeira até ficar seca para que assim pudesse ser conservada (moquém) ou algumas vezes cozê-la. No biaribiri colocavam uma camada de folhas grandes em um buraco e sobre elas a carne a ser assada e sobre essa carne ainda, uma camada de folhas e outra de terra, acendendo sobre tudo um fogueira[9] de onde teria surgido o modo de preparar o barreado[9]. Por vezes a carne cozida servia para o preparo de pirões, mistura de farinha de mandioca, água e caldo de carnes. Havia duas formas de prepará-lo, cozido ou escaldado[10]. Na

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primeira, o caldo é misturado com a farinha aos poucos e mexido até ganhar consistência adequada, na segunda, simplesmente misturam-se os dois, resultando em um pirão mais mole.

Vendedora de tacacá no mercado do Ver-o-Peso, Belém.Ao lado da farinha e do beiju, a caça era outra das principais fontes de alimento[11]. As principais carnes eram as de mamíferos[12] como o porco-do-mato, o queixada, o caititu, a paca, o veado, macacos e a anta, que servia a comparações com o boi, a anta estrangeira[13]. Eram preparadas com pele e vísceras, o pêlo queimado pelo fogo e os miúdos, órgãos internos, depois retirados e repartidos[14].

A pesca, de peixes, moluscos e crustáceos, era realizada com arco a pequenas distâncias, sem haver uma espécie mais apreciada que outras[15]. Os maiores eram assados ou moqueados e os menores cozidos sendo o caldo utilizado para fazer pirão[16]. Por vezes, secavam os peixes e socavam-nos até fazer uma farinha que podia ser transportada durante viagens e caçadas[16]. A paçoca era produzida da mesma maneira, pilando-se a carne com a farinha de mandioca, alimento posteriormente adaptado com castanhas de caju, amendoins e açúcar no lugar da carne e transformado em um doce[17].

Para temperar o alimento usavam a pimenta ou uma mistura de pimenta e sal pilada chamada ionquet, inquitaia, juquitaia, ijuqui[18]. Sempre era colocado após o preparo e mesmo comido junto com o alimento, colocando-se um naco de comida na boca e em seguida o tempero. O sal era obtido a partir de difíceis processos de secagem da água do mar, em salinas naturais[19] — sal mineral — ou a partir da cinza de vegetais.

Paçoca de amendoim.Entre os alimentos líquidos indígenas encontra-se a origem do tacacá, do tucupi, da canjica e da pamonha. O primeiro surge a partir do sumo da mandioca cozida, chamado manipueira, misturado com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta e sal[20] e o segundo a partir da fervura mais demorada do mesmo sumo. A canjica era uma pasta de milho puro até receber o leite, o açúcar e a canela dos portugueses[21] ganhando adaptações de acordo com o preparo, como o mungunzá, nome africano para o milho cozido com leite, e o curau, feito com milho mais grosso[21]. A pamonha era um bolo mais grosso de milho ou arroz envolvido em folhas de bananeira[22]. Fabricavam também bebidas alucinógenas para reuniões sociais ou religiosas como a jurema no Nordeste[23]. Com seus ingredientes e técnicas a culinária indígena formaria a base da culinária brasileira e daria sua autenticidade[8], com a mandioca sendo o ingrediente nacional[8], pois incluído na maioria dos pratos.

Escravos

Quindim.A alimentação cotidiana na África por volta do século XVI incluía arroz, feijão, milhetos, sorgo e cuscuz. A carne era em sua maior parte da caça[24] abundante de antílopes, gazelas, búfalos, aves, hipopótamos e elefantes. Pescavam pouco[25], de arpão, rede e arco. Criavam gado ovino, bovino e caprino[26], mas a carne dos animais de criação era em geral destinada ao sacrifício[27] e trocas; serviam como reserva monetária[26]. Preparavam os

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alimentos, assando, tostando ou cozendo-o[25] e para temperar a comida tinham apreço pelas pimentas[25], mas também utilizavam molhos de óleos vegetais, como o azeite-de-dendê que acompanhavam a maioria dos alimentos[28].

O escravo era apresentado aos gêneros brasileiros antes mesmo de deixar a África[29], recebendo uma ração de feijão, milho, aipim, farinha de mandioca e peixes[29] para a travessia. A base da alimentação escrava não variava de acordo com a função que fosse exercer, quer fosse nos engenhos, nas minas ou na venda[30]. Essa base era a farinha de mandioca. Ela variava mais em função de seu trabalho ser urbano ou rural e de seu proprietário ser rico ou pobre. A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; nas pobres era de farinha, laranjas e bananas[31]. Nas cidades, a venda de alguns pratos poderia melhorar a alimentação do escravo através dos recursos extras conseguidos[32], mas eles não tinham a liberdade de plantar os produtos da terra para consumo em pedaço cedido pelo senhor como os escravos do campo[33]. Os temperos usados eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. Este último tem sua origem nas Índias[34] e seria usado na costa leste da África já no século XVI, sendo trazido para o Brasil aonde é utilizado para regar peixes, mariscos, o arroz-de-coco, o cuscuz, o mungunzá e ainda diversos outras iguarias.

Prato apreciado no Brasil atualmente, o cuscuz era conhecido em Portugal e na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil[35]. Surgido no norte da África, entre os berberes[36], ele podia ser feito de arroz, sorgo, milhetos ou farinha de trigo[36] e consumido com frutos do mar. Com o transporte do milho da América ele passou a ser feito principalmente deste. No Brasil é por regra, consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes[37].

Imigrantes

Dos imigrantes chegados ao Brasil do século XIX ao início do século XX, alemães, italianos, espanhóis, sírio-libaneses, japoneses, os alemães e italianos deixam maiores influências na culinária nacional. Os alemães não muito numerosos, vindos de diferentes regiões da Alemanha e limitados ao Sul e Sudeste do país apenas reforçam o consumo de gêneros já utilizados pelos portugueses[38] como a cerveja, a carne salgada, sobretudo de porco, e as batatas[38]. Ao mesmo tempo em que mantêm o consumo de alguns gêneros como as salsichas, a mortadela, o toucinho e a cerveja, mostram-se adaptativos substituindo o que lhes falta da terra natal por matérias-primas locais[38]. As comidas típicas da Alemanha não se difundem pelo país[38].

Os italianos por sua vez, em maior número e mais espalhados pelo território nacional conseguem impor as massas de farinha de trigo e os molhos[39]. O macarrão italiano tornou-se alimento complementar[39], ao lado da farofa, do feijão, do arroz e das carnes. Além do macarrão, outras massas italianas foram trazidas como a pizza, o ravioli e a lasanha e outras comidas que não massas como os risottos e a polenta[39]. Divulgaram também o sorvete como doce e

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sobremesa[40]. Fortaleceram o gosto pelo queijo, usado em todas as massas[41], tanto que o queijo passa a ser consumido junto com doces e frutas, como com a goiabada, ou sozinho, assado[41].

Alimentação diária

Frutas brasileiras por Albert Eckhout.Durante o período colonial, o passadio da maior parte da população não era muito variado e incluía a farinha de mandioca, feijões e carnes-secas[3]. O feijão-preto é de origem sul-americana[2] apesar de outras espécies já serem conhecidas na Europa como o feijão-fradinho, a de consumo mais comum em Portugal. O feijão era plantação tipicamente doméstica e sua plantação e colheita estavam a cargo das mulheres, pois os homens ocupavam-se de outras plantações e do gado[2]. Ao lado da mandioca na forma de farinha, era, como é até hoje, elemento principal da alimentação diária[2], espalhando-se pelo território nacional acompanhando as migrações populacionais, para o interior do Nordeste com a pecuária, para o Centro-Oeste e Sudeste com o ouro e para o Sul, devido a questões fronteiriças nos séculos XVIII e XIX[2]. A dos escravos era composta basicamente de mandioca e milho cozidos ou na forma de farinha, feijões, bananas e laranjas e outras tubérculos. Apenas nos dias festivos havia grande abundância e diversidade de pratos à mesa[8].

Sem serem consideradas alimentos[42], as frutas faziam parte do cardápio nacional de diversas formas: ao natural, na forma de doces e na de bebidas, alcoólicas ou não[43], embora o hábito de beber suco seja trazido pelos portugueses, franceses e holandeses[20]. Muitas frutas foram trazidas pelos portugueses como a jaca, a manga e o jambo no século XVIII e algumas brasileiras levadas para outras colônias[43]. As frutas acompanham os pratos salgados, como a feijoada e as carnes, e preparados[44], influência indígena e africana na alimentação[45]. Algumas frutas reservavam-se para a infância[46] e muitas superstições envolviam o consumo de outras. Como o alimento não podia ser conservado por muito tempo ao ar livre, os colonos desenvolveram doces em compota e carnes secas e salgadas. Atualmente, no entanto, as frutas são consumidas em sobremesas, sorvetes e vitaminas.

Pratos típicos

Os hábitos alimentares variam de região para região de acordo com a história, tanto que é normal desconhecerem-se os quitutes de outras regiões. Assim, no litoral do Nordeste há grande influência africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de pimenta; no Norte há uma maior influência indígena, no uso da mandioca e de peixes; no Sudeste há pratos diversos como o feijão tropeiro e angu ligados aos bandeirantes , em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo, influência dos imigrantes; e no Sul do país há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta e também da culinária alemã. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul.

Norte

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Os pratos do Norte do Brasil têm maior influência dos ingredientes indígenas. Pratos conhecidos incluem o picadinho de jacaré (prato feito com a carne do jacaré), o pirarucu de casaca, preparado com azeitonas, ovos e cheiro-verde, o tacacá, o açaí, o pato no tucupi, prato consumido geralmente na época do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, e a maniçoba.

Nordeste

Moqueca.Pratos característicos da Região Nordeste do Brasil incluem o vatapá, a moqueca (ambos com frutos do mar e azeite-de-dendê), o acarajé (um bolinho de feijões brancos e cebola fritado no azeite de dendê recheado com camarões, pimenta vermelha, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como patrimônio imaterial em 2004, e caruru (quiabo e castanhas de caju, camarões, pimenta e alho), iguaria de origem indígena adaptado pelos escravos nos engenhos e servido aos orixás[8] e o sarapatel. Outras comidas comuns são a farofa, a paçoca, a canjica, a pamonha, a carne-de-sol, a buchada de bode, o queijo coalho e a rapadura. Um bolo originário de Pernambuco[8], mas que posteriormente espalhou-se pelo país é o bolo de rolo, feito com farinha de trigo e recheado . No Maranhão, desenvolveu-se o cuxá com base em uma erva africana, a vinagreira, recebe ainda o caruru e a língua-de-vaca, outra erva.

No restante da costa, há menos influência da culinária africana, mas os mariscos e as frutas tropicais são constantes. As mais conhecidas são as mangas, mamões, goiabas, laranjas, maracujás, abacaxis, fruta-do-conde, e cajus (a fruta e a castanha).

Centro-Oeste

O pequi é muito popular na culinária do estado de Goiás comido geralmente com o arroz. Peixe e carne das fazendas da região dominam o cardápio, juntamente com soja, arroz, milho e mandioca.

Sudeste

Em Minas Gerais, os pratos regionais incluem milho, carne de porco, queijo minas, o pão de queijo, o feijão tropeiro, angu, o tutu à mineira, uma pasta de feijão com farinha de mandioca e bananas fritas. Uma comida típica de São Paulo é o virado à paulista, o qual é feito com arroz, tutu de feijão (massa de feijão com farinha de mandioca), couve-de-folhas salgada e pedaços de carne de porco. Na cidade de São Paulo é possível encontrar grande variedade de culinárias, da francesa à chinesa.

O prato local no Espírito Santo é a moqueca capixaba (a qual inclui principalmente peixe e tomates), diferente do prato baiano apenas no preparo, pois o último receberia azeite-de-dendê e leite de coco[8].

Sul

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No Rio Grande do Sul já é tradicional o churrasco, ou seja, carne bovina assada em churrasqueiras. A comida tradicional do estado do Paraná é o barreado, carne cozida em panelas de barro, por vezes colocadas debaixo da terra para cozinharem sob o calor do sol, e comida com farinha.

Feijoada

Ao contrário da já assentada concepção do surgimento do prato nas senzalas, feito a partir das sobras de carne da casa-grande a feijoada teria surgido no século XIX a partir da adaptação do cozido à portuguesa, prato que remonta ao Império Romano e encontra seus semelhantes na Itália, casouela, na França, cassoulet, e na Espanha, paella[2]. Neste caso, os portugueses acrescentaram ao prato o feijão-preto, pois a mistura de carnes com legumes e feijão era um tabu alimentar para os colonos e, além disso, o rabo, as orelhas e os pés de porco não eram considerados restos e eram muito apreciados na Europa[2][8].

Folclore e superstições alimentares

A maioria das superstições brasileiras à mesa tem origem portuguesa[47]. Algumas tribos indígenas evitavam apenas comer seus animais totem e os escravos tinham o costume de não deixar restos de comida no prato para que não pudessem ser utilizados por seus inimigos[47].

A base das restrições envolve a mistura de comidas e a ingestão de bebidas após certos alimentos[48]. A salada de frutas, por exemplo, era mal vista devido a isso[49]. Da mesma forma, a ingestão de cachaça após certos alimentos como leite, mangas, melancias, bananas e farinha[50], ou o leite com pinhas, banana-anã, jacas e principalmente, mangas[50]. O leite, aliás, por ser visto como um alimento completo não necessitaria de outros e por isso a mistura faria mal à saúde[51]. Outras restrições envolvem o comer em excesso[52] que causaria doenças, como o consumo da cana-de-açúcar e de melancias ao sol e ainda outros alimentos teriam efeitos medicinais, como a cachaça que cortava os efeitos da gripe e dos resfriados[53] e as frutas cítricas[54].

Algumas crenças envolviam o credo religioso católico, quando evitavam falar “nomes feios” à mesa[55], comer despido[55], ou de chapéu[55], por acreditar que fosse uma ofensa a Jesus, ao Anjo da Guarda ou a algum santo que estivesse presente durante as refeições[56]. Ainda devido a religião era o tabu dos treze convivas à mesa[55], isso porque durante a Última Ceia, havia treze pessoas à mesa[57].

Aquando da utilização do fogão à lenha algumas superstições envolviam o acendimento e o apagamento da chama. Por exemplo, a utilização de papel para acender o fogo, fazia com que a comida ficasse sem sabor[58]. Não se devia apagar o fogo com água[59], ou pisando-se sobre as brasas[58], nem acendê-lo pelo meio[59] ou atiçá-lo com objetos metálicos[59]. Jogava-se alho ao fogo para afugentar o diabo quando o fogo estivesse soltando faíscas[59].

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Durante o preparo, há ainda a crendice da boa e da má mão[60]. Ter boa mão é preparar a comida com qualidade, de forma rápida[60]. Culpa-se a má mão quando não se acertam os temperos ou o preparo[60]. Ainda outras crenças envolvendo o preparo incluem o mexer a comida em uma única direção e por uma única pessoa[59] e a proibição de bater na borda da panela com a colher o que poderia ameaçar o preparo, “fazê-lo desandar”[59].

Bebidas

Caipirinha, feita somando-se cachaça, açúcar, gelo e limão.As bebidas alcoólicas indígenas e africanas não eram destiladas, apenas fermentadas[61]. Havia por sua vez, três principais bebidas consumidas na África: o vinho da palma da palmeira do dendê; uma mistura de sementes, do sorgo e de milhetos amassados; e uma feita de milho[62]. Com a criação da indústria do açúcar, os portugueses criaram também a indústria do álcool no Brasil[63].

Para beber água os indígenas dirigiam-se a fontes, riachos e poços[64] e além de bebidas refrescantes feitas somando-se frutas, como o aluá e o açaí, faziam bebidas alcoólicas mascando mandioca, milho e batatas cozidas e deixando-os fermentar, após o quê a massa era fervida[65] tarefa, entretanto, exclusiva das mulheres. As bebidas alcoólicas eram utilizadas em rituais para consumo em grupo. Cada cabana produzia a sua bebida e os indígenas iam de cabana em cabana bebendo em épocas de colheita[66]. Também não costumavam beber enquanto comiam[64].

Entre o século XVII e o início do XVIII, a borra da cana recebia o nome de cagassa ou cachassa, nome de origem espanhola[67], país onde a borra do vinho recebia esse nome. Com a abundância dessa sobra do processo de produção do açúcar, os portugueses cogitaram destilá-la à imitação das técnicas de produção do rum e da tafia ou ratafia, bebida consumida na América Central[68]. O nome se popularizou na segunda metade do século XVIII[69] e já no século XIX havia inúmeros pequenos engenhos espalhados pelo país para a fabricação de rapadura e aguardente[69].

As bebidas mais populares eram, por exemplo, a sangria, mistura de vinho com açúcar e água[70] e os licores de técnica local ou importados da França e de Portugal e que só ganharam prestígio no Segundo reinado, quando eram servidos ao fim dos jantares da aristocracia[71].Outras bebidas foram introduzidas no país acompanhando os estrangeiros, com a abertura dos portos em 1808[72]. A cerveja tornou-se comum no século XIX, mas havia sido introduzida no país desde fins do século XVIII[72]. Havia diversas cervejarias a princípio nas cidades litorâneas, mas depois nas maiores cidades e a Antártica e a Brahma foram fundadas em 1888 e 1904 respectivamente[73]. Era consumida apenas em bares e botequins até a popularização da geladeira[71].

O café, cafezinho, demorou a se popularizar[74] sendo consumido a princípio como remédio ou sedativo[74]. Formou-se o hábito de ser servido para visitas, preparado na hora e também tomado em padarias e confeitarias.

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Uma Nova Cozinha Brasileira 30/09/2010Foi-se o tempo em que os chefs da alta cozinha torciam o nariz para a culinária tradicional brasileira. O novo milênio já começou com a valorização dos ingredientes nacionais. E hoje cresce o número de jovens cozinheiros talentosos que se empenham em lapidar as cozinhas regionais e (re)descobrir novos produtos desse celeiro do mundo.

Os precursores do movimento em prol do nosso patrimônio alimentar foram os chefs franceses Laurent Suaudeau e Claude Troisgros, que chegaram no Brasil em 1979. Por acreditarem numa cozinha feita com o que há de mais fresco, deixaram os enlatados chiques e encontram na feira a exuberância da jabuticaba e do maracujá e dos peixes brasileiros. E tiveram a ousadia de incluí-los no cardápio dos restaurantes dos hotéis em que trabalhavam. Dessa aventura com os nossos produtos Laurent acabou criando uma receita que virou um clássico: a mousseline de mandioquinha.

Outra pioneira, defensora da culinária tradicional revisitada, com técnicas e visual mais aprimorado, é a chef a Mara Salles, do Tordesilhas, de São Paulo. Uma das maiores pesquisadoras da gastronomia brasileira, Salles é hoje considerada uma assumidade no assunto.

No ano 2000, o chef Alex Atala abriu caminho para um novo cenário na gastronomia brasileira com a investigação rigorosa dos ingredientes nativos, principalmente os amazônicos, como a priprioca. Veio encorpar o time de chefs criteriosos Roberta Sudbrack. Com seus “estudos monográficos”, tranformou, por exemplo, a baba e as bolinhas do quiabo em caviar. Em constantes viagens de pesquisas pelo país, a chef Ana Luiza Trajano, do Brasil a Gosto, transforma suas descobertas em saborosos festivais. E o chef Rodrigo Oliveira converte, com sua técnica e criatividade, pratos sertanejos até então rechaçados, como o atolado de bode, em hits do momento.

Assim, surgem pelo país cada vez mais jovens chefs pesquisando e usando nossos produtos. É o caso de Thiago Castanho, do Remanso do Peixe, em Belém, e de Felipe Rameh, do Benedita Bistrô, em Muriaé, Minas Gerais. Tornou-se fashion ingredientes como o tucupi, jambu, castanha-de-baru, maxixe e arroz vermelho. Tomara que prevaleça esse sentimento nacionalista, com uma nova estética, mas sem deixar de lado o sabor apurado da nossa cozinha e o convívio saudável com a tradição

Curso: Engenharia de Controle e Automação

O pai dos tempos modernos

A vontade de saber o que está atrás das máquinas. Com essa motivação, um engenheiro de controle e automação é capaz de fazer uma fábrica inteira funcionar. Em linhas gerais, o curso estuda a melhor forma de aproveitar a tecnologia motora e elétrica dentro de uma planta industrial.

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A matéria-prima do engenheiro é a criatividade. Ele precisa descobrir como um processo manual pode se transformar em automático. E a automação só fica completa quando toda uma linha de produção funciona do começo ao fim sem a intervenção humana.

Para que as engrenagens da indústria possam funcionar, o profissional precisa ter formação interdisciplinar. Os três grandes eixos do curso são a matemática, a física e a informática. Conhecimentos gerais de eletricidade e mecânica também são muito explorados no curso.

Para obter a automação de um sistema é necessário conseguir uma visão global do processo produtivo, o que faz o profissional da área usar informações que relacionem áreas de conhecimento distintas, como é o caso da mecânica, da elétrica e da ciência da computação.

Ainda promissores

O curso é considerado um dos mais difíceis da universidade. Mas seja qual for o seu ramo de atividade, o engenheiro tem emprego garantido. Afinal de contas, com uma variedade cada vez maior de produtos no mercado a indústria precisa contar com profissionais que criem e supervisionem processos de produção sempre em mudança.

Além de garantir o padrão de qualidade na fabricação de produtos em série o profissional de automação planeja os processos produtivos para assegurar o controle dos custos industriais. Isso quer dizer que ele tem relação bem próxima com a administração – o que pode render cargos de confiança, dependendo da empresa em que for trabalhar.

O acesso à tecnologia no dia-a-dia vem alargando as possibilidades no mercado. Na medida em que a automação se faz mais presente no cotidiano das pessoas, mais o engenheiro é requisitado. Mas outros ramos, como o de proteção ambiental e a medicina, também precisam da mãozinha dos criadores de máquina, pois só eles são capazes de agilizar o processo produtivo e transformar uma boa idéia em realidade.

A culinária mineira é uma mistura da herança cultural de diversos povos que ajudaram a formar o estado. Com a descoberta das riquezas do ouro e do diamante em Minas, milhares de pessoas de todas as partes do país surgiram em busca de dinheiro. Havia uma quantidade enorme de escravos usada para mão-de-obra, Juízes, militares, funcionários civis, profissionais liberais, comerciantes, artistas e etc. que também vieram para Minas e formavam a sociedade.

Em pouco tempo as áreas de mineração se tornaram o mais importante centro econômico do Reino Português, o que fez com que as atividades produtivas de outras regiões se integrassem. Assim surgiram as primeiras cidades do estado, como Mariana, Ouro Preto,

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Diamantina, São João Del Rei, Tiradentes e várias outras que surgiram nestes locais.

Os bandeirantes de São Paulo descobriram as riquezas. No Rio de Janeiro estava o porto mais próximo para a saída do ouro e a entrada de mercadorias estrangeiras e escravos vindos da áfrica. Os fazendeiros da região nordeste traziam o gado e também produtos agrícolas. Do norte vieram trabalhadores atrás de riquezas. Do sul do país, os tropeiros gaúchos forneciam carne bovina e mulas para o transporte. Sem nos esquecermos da influência dos estrangeiros que já estavam no país.

As receitas vindas de diversas partes do Brasil sofreram mudanças e adaptações. A mistura de ingredientes ou a substituição de um pelo outro foram montando e construindo a culinária do estado.

Durante navegações pelos continentes os portugueses levavam e traziam todo tipo de especiarias, alimentos e bebidas. O que veio de fora se incorporou com a variedade de alimentos que já eram utilizados aqui. Frutas tropicais como a goiaba, a jabuticaba e alimentos usados nas tribos indígenas como a mandioca, o milho, a batata doce e o mel.

O mineiro está sempre pronto para tomar um cafezinho, por isso segundo o costume mineiro é necessário fazer cinco refeições por dia. Café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e café da noite. O café preto não é saboreado sozinho ele é acompanhado de pães, broas, bolos, biscoitinhos, docinhos e etc.

O café pode ser apreciado também com um pouco de leite, mas o costume mineiro é bebê-lo sozinho a qualquer hora do dia.

O café-da-manhã é simples: café, pão com manteiga, broa de fubá ou pão de queijo. No almoço um arroz com feijão, carne, legumes e verduras. A sobremesa não pode faltar, doce em compota, goiabada com queijo ou doce de leite. Depois vem o café da tarde, na verdade ele é parecido com o da manhã, mas é mais reforçado com bolo, rosca, biscoito e o queijo minas fresco. O jantar geralmente repete o almoço e para fazer a digestão um licor ou uma cachaça boa vai bem. Antes de dormir mais um gole de café e algumas quitandas.

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