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TOMO I – LEGISLAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES E CORRELATA SUMÁRIO Parte 1 – Leis de Telecomunicações LEI N° 10.703, DE 18 DE JULHO DE 2003 Dispõe sobre o cadastramento de usuários de telefones celulares pré-pagos e dá outras providências. LEI N° 10.610, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002 Dispõe sobre a participação de capital estrangeiro nas empresas jornalísticas e de radiodifusão. LEI N° 10.359, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001 Dispõe sobre a obrigatoriedade de os novos aparelhos de televisão conterem dispositivo que possibilite o bloqueio temporário da recepção de programação inadequada. Com alterações introduzidas pela Lei n° 10.672, de 15 de maio de 2003. LEI N° 10.222, DE 9 DE MAIO DE 2001 Padroniza volume de áudio de transmissão de rádio e televisão nos espaços dedicados à propaganda e dá outras providências. LEI N° 10.052, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2000 Institui o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações – Funttel, e dá outras providências. Alterada pela Lei n° 10.332, de 19 de dezembro de 2001. LEI N° 9.998, DE 17 DE AGOSTO DE 2000 Institui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust. LEI N° 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 Institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária e dá outras providências. Com alterações introduzidas pela Lei n° 10.597, de 11 de dezembro de 2002. E.M. 231/MC - Exposição de Motivos do Projeto da LGT Encaminhamento do Projeto de Lei que versa sobre a nova organização dos serviços de telecomunicações, sobre a criação de um órgão regulador e outros aspectos, em atendimento à Emenda Constitucional n° 8, de 15 de agosto de 1995. LEI N° 9.472, DE 16 DE JULHO DE 1997 (Lei Geral de Telecomunicações - LGT) Dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional n° 8, de 1995. Com alterações introduzidas pela Lei n° 9.691, de 22 de julho de 1998 (Tabela FISTEL) e Lei n° 9.986 de 18 de julho de 2000. LEI N° 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996 Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5º da Constituição Federal (Sigilo Comunicações Telefônicas). LEI N° 9.295, DE 19 DE JULHO DE 1996 (Lei Específica) Dispõe sobre os serviços de telecomunicações e sua organização, sobre o órgão regulador e dá outras providências. Com alterações introduzidas pela Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997. LEI N° 8.977, DE 6 DE JANEIRO DE 1995 Dispõe sobre o serviço de TV a cabo e de outras providências. Com alterações introduzidas pela Lei n° 10.461, de 17 de maio de 2002. LEI N° 6.538, DE 22 DE JUNHO DE 1978 Dispõe sobre os Serviços Postais. LEI N° 5.792, DE 11 DE JULHO DE 1972 Institui política de exploração de serviços de telecomunicações, autoriza o Poder Executivo a constituir a empresa Telecomunicações Brasileiras S/A. - TELEBRÁS, e dá outras providências.

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  • TOMO I LEGISLAO DE TELECOMUNICAES E CORRELATA

    SUMRIO Parte 1 Leis de Telecomunicaes LEI N 10.703, DE 18 DE JULHO DE 2003

    Dispe sobre o cadastramento de usurios de telefones celulares pr-pagos e d outras providncias.

    LEI N 10.610, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002

    Dispe sobre a participao de capital estrangeiro nas empresas jornalsticas e de radiodifuso.

    LEI N 10.359, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001 Dispe sobre a obrigatoriedade de os novos aparelhos de televiso conterem dispositivo que possibilite o bloqueio temporrio da recepo de programao inadequada. Com alteraes introduzidas pela Lei n 10.672, de 15 de maio de 2003.

    LEI N 10.222, DE 9 DE MAIO DE 2001 Padroniza volume de udio de transmisso de rdio e televiso nos espaos dedicados propaganda e d outras providncias.

    LEI N 10.052, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2000 Institui o Fundo para o Desenvolvimento Tecnolgico das Telecomunicaes Funttel, e d outras providncias. Alterada pela Lei n 10.332, de 19 de dezembro de 2001.

    LEI N 9.998, DE 17 DE AGOSTO DE 2000

    Institui o Fundo de Universalizao dos Servios de Telecomunicaes Fust.

    LEI N 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 Institui o Servio de Radiodifuso Comunitria e d outras providncias. Com alteraes introduzidas pela Lei n 10.597, de 11 de dezembro de 2002.

    E.M. 231/MC - Exposio de Motivos do Projeto da LGT

    Encaminhamento do Projeto de Lei que versa sobre a nova organizao dos servios de telecomunicaes, sobre a criao de um rgo regulador e outros aspectos, em atendimento Emenda Constitucional n 8, de 15 de agosto de 1995.

    LEI N 9.472, DE 16 DE JULHO DE 1997 (Lei Geral de Telecomunicaes - LGT) Dispe sobre a organizao dos servios de telecomunicaes, a criao e funcionamento de um rgo regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional n 8, de 1995. Com alteraes introduzidas pela Lei n 9.691, de 22 de julho de 1998 (Tabela FISTEL) e Lei n 9.986 de 18 de julho de 2000.

    LEI N 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996 Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5 da Constituio Federal (Sigilo Comunicaes Telefnicas).

    LEI N 9.295, DE 19 DE JULHO DE 1996 (Lei Especfica) Dispe sobre os servios de telecomunicaes e sua organizao, sobre o rgo regulador e d outras providncias. Com alteraes introduzidas pela Lei n 9.472, de 16 de julho de 1997.

    LEI N 8.977, DE 6 DE JANEIRO DE 1995 Dispe sobre o servio de TV a cabo e de outras providncias. Com alteraes introduzidas pela Lei n 10.461, de 17 de maio de 2002.

    LEI N 6.538, DE 22 DE JUNHO DE 1978 Dispe sobre os Servios Postais.

    LEI N 5.792, DE 11 DE JULHO DE 1972 Institui poltica de explorao de servios de telecomunicaes, autoriza o Poder Executivo a constituir a empresa Telecomunicaes Brasileiras S/A. - TELEBRS, e d outras providncias.

  • DECRETO-LEI N 236, DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967 Complementa e modifica a Lei n 4.117, de 27 de agosto de 1962. Com alteraes introduzidas pela Lei n 10.610, de 20 de dezembro de 2002.

    LEI N 5.070, DE 7 DE JULHO DE 1966

    Cria o Fundo de Fiscalizao das Telecomunicaes e d outras providncias. Com alteraes introduzidas pelas Leis n 9.472, de 16 de julho de 1997, e n 9.691, de 22 de julho de 1998. Considerar a tabela de valores anexa Lei n 9.472, com alteraes introduzidas pela Lei n 9.691, de 22 de julho de 1998.

    LEI N 4.117, DE 27 DE AGOSTO DE 1962 Institui o Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes. Com alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n 236, de 28 de fevereiro de 1967. Revogada pela Lei n 9.472/97, salvo quanto a matria penal no tratada na referida lei e quanto aos preceitos relativos radiodifuso.

    Parte 2 Decretos DECRETO N 5.496, DE 21 DE JULHO DE 2005

    Promulga o texto das Emendas aos Artigos I, II, VIII, IX e XVI do Acordo relativo Organizao Internacional de Telecomunicaes por Satlite (INTELSAT), aprovado pela XX Reunio da Assemblia das Partes em Copenhague, em 31 de agosto de 1995.

    DECRETO N 4.829, DE 3 DE SETEMBRO DE 2003 Dispe sobre a criao do Comit Gestor da Internet no Brasil - CGIbr, sobre o modelo de governana da Internet no Brasil, e d outras providncias.

    DECRETO N 4.733, DE 10 DE JUNHO DE 2003 Dispe sobre polticas pblicas de telecomunicaes e d outras providncias. Alterado pelo Decreto n 5.581, de 10 de novembro de 2005.

    DECRETO N 3.737, DE 30 DE JANEIRO DE 2001 Dispe sobre a regulamentao do Fundo para o Desenvolvimento Tecnolgico das Telecomunicaes - Funttel, e d outras providncias. Alterado pelo Decreto n 4.149, de 01 de maro de 2002.

    DECRETO N 3.624, DE 5 DE OUTUBRO DE 2000 Dispe sobre a regulamentao do Fundo de Universalizao dos Servios de Telecomunicaes - Fust, e d outras providncias.

    DECRETO N 3.429, DE 20 DE ABRIL DE 2000 Promulga as Emendas ao Acordo Operacional Relativo Organizao Internacional de Telecomunicaes por Satlite (INTELSAT) para Implementar o Regime de Mltiplos Signatrios, aprovadas pela XXVI Reunio dos Signatrios, em Washington, em 16 de abril de 1996.

    DECRETO N 3.210, DE 14 DE OUTUBRO DE 1999

    Dispe sobre a Comisso de Desenvolvimento do Projeto e da Implantao do Sistema de Comunicaes Militares por Satlite - CISCOMIS, e d outras providncias.

    DECRETO N 2.738, DE 20 DE AGOSTO DE 1998

    Promulga a Emenda aos Artigos 6 e 22 do Acordo Operacional da Organizao Internacional de Telecomunicaes por Satlite - INTELSAT, aprovada pelo XXV Encontro dos Signatrios, em Cingapura, em 4 de abril de 1995.

    DECRETO N 2.724, DE 10 DE AGOSTO DE 1998

    Promulga a Emenda ao Artigo XVII (f) do Acordo Relativo Organizao Internacional de Telecomunicaes por Satlite (INTELSAT), de 20 de agosto de 1971, aprovada em 26 de outubro de 1994.

    DECRETO N 2.695, DE 29 DE JULHO DE 1998

    Promulga o Acordo sobre Segurana Tcnica Relacionada ao Desenvolvimento Conjunto dos Satlites e Recursos Terrestres, celebrado entre o Governo da Repblica Federativa do Brasil e o Governo da Repblica Popular da China.

  • DECRETO N 2.546, DE 14 DE ABRIL DE 1998

    Aprova o modelo de reestruturao e desestatizao das empresas federais de telecomunicaes supervisionadas pelo Ministrio das Comunicaes.

    DECRETO N 2.338, DE 07 DE OUTUBRO DE 1997 Regulamento da Agncia Nacional de Telecomunicaes. Com alteraes introduzidas pelos Decretos n 4.037 de 29 de novembro de 2001, n 3.986, de 20 de outubro de 2001, n 3.873, de 17 de julho de 2001 e n 2.853, de 2 de dezembro de 1998.

    DECRETO N 52.026, DE 20 DE MAIO DE 1963

    Aprova o Regulamento Geral para execuo da Lei n 4.117, de 27 de agosto de 1962. Revogado pelo Decreto de 15 de fevereiro de 1991 (sem nmero), publicado no DOU de 18 de fevereiro de 1991.

    Parte 3 Legislao Correlata

    LEI N 11.196, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2005

    Institui o Regime Especial de Tributao para a Plataforma de Exportao de Servios de Tecnologia da Informao - REPES, o Regime Especial de Aquisio de Bens de Capital para Empresas Exportadoras - RECAP e o Programa de Incluso Digital; dispe sobre incentivos fiscais para a inovao tecnolgica; altera e revoga inmeros instrumentos legais que tratam do assunto.

    LEI N 10.871, DE 20 DE MAIO DE 2004

    Dispe sobre a criao de carreiras e organizao de cargos efetivos das autarquias especiais denominadas Agncias Reguladoras, e d outras providncias. Alterado pela Lei n 11.292, de 26 de abril de 2006.

    LEI N 10.610, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002 Dispe sobre a participao de capital estrangeiro nas empresas jornalsticas e de radiodifuso sonora e de sons e imagens, conforme o pargrafo 4 do artigo 222 da Constituio, altera os artigos 38 e 64 da Lei n 4.117, de 27 de agosto de 1962, o pargrafo 3 do artigo 12 do Decreto-Lei n 236, de 28 de fevereiro de 1967 e d outras providncias.

    LEI N 10.520, DE 17 DE JUNHO DE 2002

    Institui, no mbito da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal, modalidade de licitao denominada prego, para aquisio de bens e servios comuns, e d outras providncias.

    LEI N 10.332, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001

    Institui mecanismo de financiamento para o Programa de Cincia e Tecnologia para o Agronegcio, para o Programa de Fomento Pesquisa em Sade, para o Programa Biotecnologia e Recursos Genticos Genoma, para o Programa de Cincia e Tecnologia para o Setor Aeronutico e para o Programa de Inovao para Competitividade, e d outras providncias. Altera o 9 do artigo 2 da Lei n 10.052, de 28 de novembro de 2000.

    LEI N 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

    Estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias.

    LEI N 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000 D prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e d outras providencias.

    LEI N 9.986, DE 18 DE JULHO DE 2000

    Dispe sobre a gesto de recursos humanos das Agncias Reguladoras e d outras providncias. Com as alteraes introduzidas pelas Leis n 10.871, de 20 de dezembro de 2002 e n 10.470, de 25 de junho de 2000 e n 11.292, de 26 de abril de 2006 e pelas Medidas Provisrias n 2.229-43, de 6 de setembro de 2001 e n 2.216-37, de 31 de agosto de 2001.

  • LEI N 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 Regula o processo administrativo no mbito da Administrao Pblica Federal.

    LEI N 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 Altera a Legislao Tributria Federal (COFINS). Com alteraes introduzidas pelas Leis n 11.051, de 29 de dezembro de 2004, n 10.865, de 30 de abril de 2004, n 10.865, de 30 de abril de 2004, n 10.637 de 20 de dezembro de 2002 e n 9.990 de 21 de julho de 2000 e Medida Provisria n 2.158-35, de 27 de agosto de 2001.

    LEI N 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 Altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias.

    LEI N 9.609, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 Dispe sobre a proteo da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercializao no Pas, e d outras providncias.

    LEI N 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997 Estabelece normas para as eleies (selecionada matria correlata a telecomunicaes).

    LEI N 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996 Dispe sobre a arbitragem.

    LEI N 9.074, DE 7 DE JULHO DE 1995 Estabelece normas para outorga e prorrogaes das concesses e permisses de servios pblicos e d outras providncias. Atualizada e republicada como determinado pelo art. 22 da Lei n 9.648, de 27 de maio de 1998. Com alteraes introduzidas pelas Leis n 10.848, de 15 de maro de 2004, n 10.684, de 30 de maio de 2003, n 10.577, 27 de novembro de 2002 e n 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

    LEI N 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 Dispe sobre o regime de concesso e permisso da prestao de servios pblicos previsto no artigo 175 da Constituio Federal, e d outras providncias. Atualizada e republicada como determinado pelo art. 22 da Lei n 9.648, de 27 de maio de 1998. Com alteraes introduzidas pela Lei n 9.791, de 24 de maro de 1999 e Lei n 9074, de 7 de julho de 1995.

    LEI N 8.884, DE 11 DE JUNHO DE 1994 Transforma o Conselho Administrativo de Defesa Econmica - CADE em Autarquia, dispe sobre a preveno e represso s infraes contra a ordem econmica e d outras providncias. Com alteraes introduzidas pelas Leis n 10.843, de 27 de fevereiro de 2004, n 10.149, de 21 de dezembro de 2000, n 9.873, de 23 de novembro de 1999, n 9.470, de 10 de julho de 1997, n 9.069, de 29 de junho de 1995 e n 9.021, de 30 de maro de 1995.

    LEI N 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

    Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal, institui normas para licitaes e contratos da Administrao Pblica e d outras providncias. Com alteraes introduzidas pelas Leis n 11.107, de 6 de abril de 2005, n 11.079, de 30 de dezembro de 2004, n 10.973, de 2 de dezembro de 2004, n 9.648, de 22 de maio de 1998, n 9.032, de 28 de abril de 1995 e n 8.883, de 8 de junho de 1994.

    LEI N 8.389, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991 Institui o Conselho de Comunicao Social, na forma do art. 224 da Constituio Federal e d outras providncias.

    LEI N 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990 Define crimes contra a ordem tributria, econmica e contra as relaes de consumo, e d outras providncias.

    LEI N 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 (Cdigo de Defesa do Consumidor)

    Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias. Com alteraes introduzidas pelas Leis ns 9.870, de 23 de novembro de 1999, 9.298, de 1 de agosto de 1996, 9.008, de 21 de maro de 1995, 8.884, de11 de junho de 1994, 8.703, de 6 de setembro de 1993 e 8.656, de 21 de maio de 1993.

  • LEI N 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 (Lei das S/A) Dispe sobre as Sociedades por Aes. Com alteraes introduzidas pelas Leis n 10.303, de 20 de dezembro de 2001, n 10.194, de14 de fevereiro de 2001, n 9.457, de 5 de maio de 1997, n 9.249, de 26 de dezembro de 1995, n 8.021, de 12 de abril de 1990, n 7.730, de 31 de janeiro de 1989 e Decreto Lei n 2.287, de 23 de julho de 1986. Revoga o Decreto Lei n 2.627, de 26 de setembro de 1940, com exceo dos artigos 59 a 73.

    LEI N 5.250, DE 9 DE FEVEREIRO DE 1967 Regula a liberdade de manifestao do pensamento e de informao. Com alteraes introduzidas pelas Leis n 7.300, de 27 de maro de 1985, n 6.640, de 8 de maio de 1979 e n 6.071, de 3 de julho de 1974 e pelo Decreto-lei n 207, de 27 de fevereiro de 1967 e Decreto-lei n 510, de 20 de maro de 1969.

    LEI N 2.083, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1953 Regula a liberdade de imprensa.

    DECRETO-LEI N 2.627, DE 26 DE SETEMBRO DE 1940 Dispes sobre as sociedades por aes. Revogado pela Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com exceo dos artigos 59 a 73.

    DECRETO N 5.602, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2005 Regulamenta o Programa de Incluso Digital institudo pela Lei n 11.196, de 21 de novembro de 2005. Revoga o Decreto n 5.467, de 15 de junho de 2005.

    DECRETO N 5.542, DE 20 DE SETEMBRO DE 2005 Institui o Projeto Cidado Conectado - Computador para Todos, no mbito do Programa de Incluso Digital, e d outras providncias.

    DECRETO N 5.467, DE 15 DE JUNHO DE 2005 (Texto no includo) Estabelece termos e condies para a reduo a zero das alquotas da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita de venda dos produtos de informtica de que trata o Programa de Incluso Digital, nos termos do 2 do art. 28 da Medida Provisria n 252, de 15 de junho de 2005. Revogado pelo Decreto n 5.602, de 6 de dezembro de 2005

    DECRETO N 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005

    Regulamenta o prego, na forma eletrnica, para aquisio de bens e servios comuns, e d outras providncias. Revoga o Decreto n 3.697, de 21 de setembro de 2000.

    DECRETO N 5.296, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004

    Regulamenta as Leis n 10.048, de 8 de novembro de 2000os , que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. Alterado pelo Decreto n 5.645, de 28 de dezembro de 2006.

    DECRETO N 4.517, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

    Dispe sobre o remanejamento de Funes Comissionadas Tcnicas FCT para a Agncia Nacional de Telecomunicaes ANATEL.

    DECRETO N 3.555, DE 8 DE AGOSTO DE 2000

    Aprova o Regulamento para a modalidade de licitao denominada prego, para aquisio de bens e servios comuns. Com alteraes introduzidas pelo Decreto n 3.693, de 20 de dezembro de 2000 e Decreto n 3784, de 6 de abril de 2001.

    DECRETO N 2.181, DE 20 DE MARO DE 1997

    Dispe sobre a organizao do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor SNDC, estabelece as normas gerais de aplicao das sanes administrativas previstas na Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990. Revoga o Decreto n 861, de 9 de julho de 1993 e d outras providncias.

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Mpv/252.htm#art282https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Mpv/252.htm#art282https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10048.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10048.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10048.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm

  • Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 10.703, DE 18 DE JULHO DE 2003.

    Mensagem de vetoDispe sobre o cadastramento de usurios de telefones celulares pr-pagos e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Incumbe aos prestadores de servios de telecomunicaes na modalidade pr-paga, em operao no territrio nacional, manter cadastro atualizado de usurios.

    1o O cadastro referido no caput, alm do nome e do endereo completos, dever conter:

    I - no caso de pessoa fsica, o nmero do documento de identidade ou o nmero de registro no cadastro do Ministrio da Fazenda;

    II - no caso de pessoa jurdica, o nmero de registro no cadastro do Ministrio da Fazenda;

    III - (VETADO)

    2o Os atuais usurios devero ser convocados para fornecimento dos dados necessrios ao atendimento do disposto neste artigo, no prazo de noventa dias, a partir da data da promulgao desta Lei, prorrogvel por igual perodo, a critrio do Poder Executivo. (Vide Decreto n 4.860, de 18.10.2003)

    3o Os dados constantes do cadastro, salvo motivo justificado, devero ser imediatamente disponibilizados pelos prestadores de servios para atender solicitao da autoridade judicial, sob pena de multa de at R$ 10.000,00 (dez mil reais) por infrao cometida.

    Art. 2o Os estabelecimentos que comercializam aparelhos de telefonia celular, na modalidade pr-paga, ficam obrigados a informar aos prestadores de servios, no prazo de vinte e quatro horas aps executada a venda, os dados referidos no art. 1o, sob pena de multa de at R$ 500,00 (quinhentos reais) por infrao.

    Art. 3o Os prestadores de servios de que trata esta Lei devem disponibilizar para consulta do juiz, do Ministrio Pblico ou da autoridade policial, mediante requisio, listagem das ocorrncias de roubos e furtos de aparelhos de telefone celular, contendo nome do assinante, nmero de srie e cdigo dos telefones.

    1o O cadastro de que cuida o caput dever ser disponibilizado no prazo de cento e oitenta dias, a partir da promulgao desta Lei.

    2o As empresas que no cumprirem o disposto no caput sofrero as seguintes penalidades:

    I - (VETADO)

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.703-2003?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.703-2003?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.703-2003?OpenDocumenthttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2003/Mv340-03.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4860.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4860.htm#art1

  • II - multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais);

    III - resciso contratual.

    Art. 4o Os usurios ficam obrigados a:

    I - atender convocao a que se refere o 2o do art. 1o;

    II - comunicar imediatamente ao prestador de servios ou seus credenciados:

    a) o roubo, furto ou extravio de aparelhos;

    b) a transferncia de titularidade do aparelho;

    c) qualquer alterao das informaes cadastrais.

    Pargrafo nico. O usurio que deixar de atender ao disposto neste artigo ficar sujeito multa de at R$ 50,00 (cinqenta reais) por infrao, cumulada com o bloqueio do sinal telefnico.

    Art. 5o As multas previstas nesta Lei sero impostas pela Agncia Nacional de Telecomunicaes - ANATEL, mediante processo/procedimento administrativo, considerando-se a natureza, a gravidade e o prejuzo resultante da infrao.

    Pargrafo nico. Os recursos financeiros resultantes do recolhimento das multas estabelecidas nesta Lei sero destinados ao Fundo Nacional de Segurana Pblica, de que trata a Lei no 10.201, de 14 de fevereiro de 2001.

    Art. 6o A ANATEL, de comum acordo com os prestadores de servios de que trata esta Lei, dever promover ampla campanha institucional nos meios de comunicao, com mensagens a respeito da convocao de que trata o art. 1o, 2o, desta Lei.

    Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 18 de julho de 2003; 182o da Independncia e 115o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA Miro Teixeira

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 21.7.2003

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10201.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10201.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10201.htm

  • LEI N 10.610, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002.o

    Dispe sobre a participao de capital estrangeiro nas empresas jornalsticas e de radiodifuso sonora e de sons e imagens, conforme o 4o do art. 222 da Constituio, altera os arts. 38 e 64 da Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962, o 3o do art. 12 do Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Esta Lei disciplina a participao de capital estrangeiro nas empresas jornalsticas e de radiodifuso sonora e de sons e imagens de que trata o 4o do art. 222 da Constituio.

    Art. 2o A participao de estrangeiros ou de brasileiros naturalizados h menos de dez anos no capital social de empresas jornalsticas e de radiodifuso no poder exceder a trinta por cento do capital total e do capital votante dessas empresas e somente se dar de forma indireta, por intermdio de pessoa jurdica constituda sob as leis brasileiras e que tenha sede no Pas.

    1o As empresas efetivamente controladas, mediante encadeamento de outras empresas ou por qualquer outro meio indireto, por estrangeiros ou por brasileiros naturalizados h menos de dez anos no podero ter participao total superior a trinta por cento no capital social, total e votante, das empresas jornalsticas e de radiodifuso.

    2o facultado ao rgo do Poder Executivo expressamente definido pelo Presidente da Repblica requisitar das empresas jornalsticas e das de radiodifuso, dos rgos de registro comercial ou de registro civil das pessoas jurdicas as informaes e os documentos necessrios para a verificao do cumprimento do disposto neste artigo.

    Art. 3o As alteraes de controle societrio de empresas jornalsticas e de radiodifuso sonora e de sons e imagens sero comunicadas ao Congresso Nacional.

    Pargrafo nico. A comunicao ao Congresso Nacional de alterao de controle societrio de empresas de radiodifuso ser de responsabilidade do rgo competente do Poder Executivo e a comunicao de alteraes de controle societrio de empresas jornalsticas ser de responsabilidade destas empresas.

    Art. 4o As empresas jornalsticas devero apresentar, at o ltimo dia til de cada ano, aos rgos de registro comercial ou de registro civil das pessoas jurdicas, declarao com a composio de seu capital social, incluindo a nomeao dos brasileiros natos ou naturalizados h mais de dez anos titulares, direta ou indiretamente, de pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante.

    Art. 5o Os rgos de registro comercial ou de registro civil das pessoas jurdicas no procedero ao registro ou arquivamento dos atos societrios de empresas jornalsticas e de radiodifuso, caso seja constatada infrao dos limites percentuais de participao previstos no art. 2o, sendo nulo o ato de registro ou arquivamento baseado em declarao que omita informao ou contenha informao falsa.

    Art. 6o Ser nulo de pleno direito qualquer acordo entre scios, acionistas ou cotistas, ou qualquer ato, contrato ou outra forma de avena que, direta ou indiretamente, confira ou objetive conferir, a estrangeiros ou a brasileiros naturalizados h menos de dez anos, participao no capital total e no capital votante de empresas jornalsticas e de radiodifuso, em percentual acima do previsto no art. 2o, ou que tenha por objeto o estabelecimento, de direito ou de fato, de igualdade ou superioridade de poderes desses scios em relao aos scios brasileiros natos ou naturalizados h mais de dez anos.

    1o Ser tambm nulo qualquer acordo, ato, contrato ou outra forma de avena que, direta ou indiretamente, de direito ou de fato, confira ou objetive conferir aos scios estrangeiros ou brasileiros naturalizados h menos de dez anos a responsabilidade editorial, a seleo e direo da programao veiculada e a gesto das atividades das empresas referidas neste artigo.

    2o Caracterizada a prtica dos crimes tipificados no art. 1o da Lei no 9.613, de 3 de maro de 1998, aplicar-se- a sano prevista no art. 91, inciso II, letra a, do Cdigo Penal participao no

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 10.610-2002?OpenDocumenthttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm

  • capital de empresas jornalsticas e de radiodifuso adquirida com os recursos de origem ilcita, sem prejuzo da nulidade de qualquer acordo, ato ou contrato ou outra forma de avena que vincule ou tenha por objeto tal participao societria.

    Art. 7o Os arts. 38 e 64 da Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962, passam a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 38. Nas concesses, permisses ou autorizaes para explorar servios de radiodifuso, sero observados, alm de outros requisitos, os seguintes preceitos e clusulas:

    a) os administradores ou gerentes que detenham poder de gesto e de representao civil e judicial sero brasileiros natos ou naturalizados h mais de dez anos. Os tcnicos encarregados da operao dos equipamentos transmissores sero brasileiros ou estrangeiros com residncia exclusiva no Pas, permitida, porm, em carter excepcional e com autorizao expressa do rgo competente do Poder Executivo, a admisso de especialistas estrangeiros, mediante contrato;

    b) as alteraes contratuais ou estatutrias que no impliquem alterao dos objetivos sociais ou modificao do quadro diretivo e as cesses de cotas ou aes ou aumento de capital social que no resultem em alterao de controle societrio devero ser informadas ao rgo do Poder Executivo expressamente definido pelo Presidente da Repblica, no prazo de sessenta dias a contar da realizao do ato;

    c) a alterao dos objetivos sociais, a modificao do quadro diretivo, a alterao do controle societrio das empresas e a transferncia da concesso, da permisso ou da autorizao dependem, para sua validade, de prvia anuncia do rgo competente do Poder Executivo;

    ..................................................................................

    g) a mesma pessoa no poder participar da administrao ou da gerncia de mais de uma concessionria, permissionria ou autorizada do mesmo tipo de servio de radiodifuso, na mesma localidade

    .................................................................................

    i) as concessionrias e permissionrias de servios de radiodifuso devero apresentar, at o ltimo dia til de cada ano, ao rgo do Poder Executivo expressamente definido pelo Presidente da Repblica e aos rgos de registro comercial ou de registro civil de pessoas jurdicas, declarao com a composio de seu capital social, incluindo a nomeao dos brasileiros natos ou naturalizados h mais de dez anos titulares, direta ou indiretamente, de pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante.

    Pargrafo nico. No poder exercer a funo de diretor ou gerente de concessionria, permissionria ou autorizada de servio de radiodifuso quem esteja no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial." (NR)

    "Art. 64. ..................................................................................

    ..................................................................................

    g) no-observncia, pela concessionria ou permissionria, das disposies contidas no art. 222, caput e seus 1o e 2o, da Constituio." (NR)

    Art. 8o Na aplicao desta Lei, dever ser obedecido o disposto no art. 12 do Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967.

    Art. 9o No se aplica a limitao estabelecida no caput do art. 12 do Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967, aos investimentos de carteira de aes, desde que o seu titular no indique administrador em mais de uma empresa executante de servio de radiodifuso, ou em suas respectivas controladoras, nem detenha mais de uma participao societria que configure controle ou coligao em tais empresas.

    1o Entende-se como coligao, para fins deste artigo, a participao, direta ou indireta, em pelo menos quinze por cento do capital de uma pessoa jurdica, ou se o capital de duas pessoas jurdicas for

  • detido, em pelo menos quinze por cento, direta ou indiretamente, pelo mesmo titular de investimento financeiro.

    2o Consideram-se investimentos de carteira de aes, para os fins do caput deste artigo, os recursos aplicados em aes de companhias abertas, por investidores individuais e institucionais, estes ltimos entendidos como os investidores, com sede ou domiclio no Brasil ou no exterior, que apliquem, de forma diversificada, por fora de disposio legal, regulamentar ou de seus atos constitutivos, recursos no mercado de valores mobilirios, devendo cada ao ser nominalmente identificada.

    Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisria no 70, de 1o de outubro de 2002.

    Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 20 de dezembro de 2002; 181o da Independncia e 114o da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Juarez Quadros do Nascimento

  • Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 10.359, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001.

    Vide Mpv n 195, de 2004

    Dispe sobre a obrigatoriedade de os novos aparelhos de televiso conterem dispositivo que possibilite o bloqueio temporrio da recepo de programao inadequada.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Os aparelhos de televiso produzidos no territrio nacional devero dispor, obrigatoriamente, de dispositivo eletrnico que permita ao usurio bloquear a recepo de programas transmitidos pelas emissoras, concessionrias e permissionrias de servios de televiso, inclusive por assinatura e a cabo, mediante:

    I - a utilizao de cdigo alfanumrico, de forma previamente programada; ou

    II - o reconhecimento de cdigo ou sinal, transmitido juntamente com os programas que contenham cenas de sexo ou violncia.

    Art. 2o vedada a comercializao de aparelhos de televiso fabricados no Brasil aps a entrada em vigor desta Lei ou importados a partir da mesma data que no disponham do dispositivo bloqueador referido no artigo anterior.

    Pargrafo nico. O Poder Executivo estabelecer as condies e medidas de estmulo para que os atuais televisores existentes no mercado e os que sero comercializados at a entrada em vigor desta Lei venham a dispor do dispositivo eletrnico de bloqueio a que se refere o art. 1o.

    Art. 3o Competir ao Poder Executivo, ouvidas as entidades representativas das emissoras especificadas no art. 1o, proceder classificao indicativa dos programas de televiso.

    Pargrafo nico. A classificao indicativa de que trata o caput abranger, obrigatoriamente, a identificao dos programas que contenham cenas de sexo ou violncia.

    Art. 4o As emissoras de televiso aberta e as operadoras de televiso por assinatura e a cabo devero transmitir, juntamente com os programas que contenham cenas de sexo ou violncia, sinal que permita seu reconhecimento pelo dispositivo especificado no inciso II do art. 1o desta Lei.

    Art. 5o As emissoras de televiso aberta e as operadoras de televiso por assinatura e a cabo devero divulgar previamente suas programaes, indicando de forma clara os horrios e canais de exibio dos programas que contiverem cenas de sexo ou violncia, nos termos do pargrafo nico do art. 3o desta Lei.

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.359-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.359-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.359-2001?OpenDocumenthttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Mpv/195.htm#art7

  • Art. 6o As infraes do disposto nesta Lei sujeitam os infratores s penas previstas na Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962 - Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967, e demais modificaes posteriores.

    Art. 7o O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da sua publicao.

    Art. 8o Esta Lei entra em vigor um ano aps a sua publicao.

    Art. 8o Esta Lei entra em vigor em 30 de junho de 2004.(Redao dada pela Lei n 10.672, de 15.5.2003) (Vide Mpv n 195, de 2004).

    Braslia, 27 de dezembro de 2001; 180o da Independncia e 113o da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Aloysio Nunes Ferreira Filho

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 28.12.2001

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4117.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4117.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4117.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0236.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0236.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0236.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0236.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.672.htm#art4.https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.672.htm#art4.https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Mpv/195.htm#art7

  • Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 10.332, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001.

    Mensagem de veto

    Regulamento

    Institui mecanismo de financiamento para o Programa de Cincia e Tecnologia para o Agronegcio, para o Programa de Fomento Pesquisa em Sade, para o Programa Biotecnologia e Recursos Genticos Genoma, para o Programa de Cincia e Tecnologia para o Setor Aeronutico e para o Programa de Inovao para Competitividade, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Do total da arrecadao da Contribuio de Interveno no Domnio Econmico, instituda pela Lei no 10.168, de 29 de dezembro de 2000, sero destinados, a partir de 1o de janeiro de 2002:

    I 17,5% (dezessete inteiros e cinco dcimos por cento) ao Programa de Cincia e Tecnologia para o Agronegcio; Regulamento

    II 17,5% (dezessete inteiros e cinco dcimos por cento) ao Programa de Fomento Pesquisa em Sade;Regulamento

    III 7,5% (sete inteiros e cinco dcimos por cento) ao Programa Biotecnologia e Recursos Genticos - Genoma; Regulamento

    IV 7,5% (sete inteiros e cinco dcimos por cento) ao Programa de Cincia e Tecnologia para o Setor Aeronutico; Regulamento

    V 10% (dez por cento) ao Programa de Inovao para Competitividade.

    Art. 2o Os Programas referidos no art. 1o desta Lei, previstos na Lei no 9.989, de 21 de julho de 2000, objetivam incentivar o desenvolvimento cientfico e tecnolgico brasileiro, por meio de financiamento de atividades de pesquisa e desenvolvimento cientfico-tecnolgico de interesse das reas do agronegcio, da sade, da biotecnologia e recursos genticos, do setor aeronutico e da inovao para a competitividade.

    1o As parcelas de recursos destinadas ao financiamento dos Programas referidos no caput do art. 1o sero alocadas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico - FNDCT, criado pelo Decreto-Lei no 719, de 31 de julho de 1969, e restabelecido pela Lei no 8.172, de 18 de janeiro de 1991, em categorias de programao especficas.

    2o No mnimo 30% (trinta por cento) dos recursos de cada Programa sero destinados a projetos desenvolvidos por empresas e instituies de ensino e pesquisa sediadas nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incluindo as respectivas reas de abrangncia das Agncias de Desenvolvimento Regionais.

    Art. 3o Os recursos destinados ao Programa de Inovao para Competitividade, previstos no inciso V do art. 1o e no art. 5o desta Lei, sero utilizados para:

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.332-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.332-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.332-2001?OpenDocumenthttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2001/Mv1405-01.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/decreto/2002/D4195.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4157.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4143.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4154.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4179.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9989.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9989.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9989.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9989.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8172.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8172.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8172.htm

  • I - estmulo ao desenvolvimento tecnolgico empresarial, por meio de programas de pesquisa cientfica e tecnolgica cooperativa entre universidades, centros de pesquisas e o setor produtivo;

    II - a equalizao dos encargos financeiros incidentes nas operaes de financiamento inovao tecnolgica, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep;

    III - a participao minoritria no capital de microempresas e pequenas empresas de base tecnolgica e fundos de investimento, atravs da Finep;

    IV - a concesso de subveno econmica a empresas que estejam executando Programas de Desenvolvimento Tecnolgico Industrial - PDTI ou Programas de Desenvolvimento Tecnolgico Agropecurio - PDTA, aprovados em conformidade com a Lei no 8.661, de 2 de junho de 1993; e

    V - a constituio de uma reserva tcnica para viabilizar a liquidez dos investimentos privados em fundos de investimento em empresas de base tecnolgica, por intermdio da Finep, conforme disposto em regulamento.

    1o O Poder Executivo regulamentar a subveno econmica de que trata o inciso IV deste artigo, observado o limite de at 50% (cinqenta por cento) do total dos investimentos de custeio realizados na execuo dos PDTI ou PDTA, e fixar os limites mximos admissveis para fins da equalizao, da participao no capital e da constituio da reserva tcnica, previstos nos incisos II, III e V deste artigo.

    2o A regulamentao da subveno econmica de que trata o inciso IV e dos demais instrumentos do Programa de Inovao para Competitividade dar prioridade aos processos de inovao, agregao de valor e aumento da competitividade do setor empresarial.

    Art. 4o Sero constitudos, no mbito do Ministrio da Cincia e Tecnologia, comits gestores com a finalidade de estabelecer as diretrizes gerais e definir os planos anuais de investimentos, acompanhar a implementao das aes e avaliar os resultados alcanados, relativamente aos Programas de que trata esta Lei.

    1o Os comits gestores sero compostos por representantes do Governo Federal, do setor industrial e do segmento acadmico-cientfico.

    2o A participao nos comits gestores no ser remunerada.

    3o As despesas operacionais, de planejamento, prospeco, acompanhamento, avaliao e divulgao de resultados, relativas manuteno dos Programas previstos no art. 1o desta Lei, no podero ultrapassar o montante correspondente a 5% (cinco por cento) dos respectivos oramentos anuais.

    Art. 5o A proposta oramentria anual da Unio destinar ao Programa de Estmulo Interao Universidade-Empresa para o Apoio Inovao, institudo pela Lei no 10.168, de 2000, recursos no inferiores ao equivalente a 43% (quarenta e trs por cento) da receita estimada da arrecadao do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente sobre os bens e produtos beneficiados com os incentivos fiscais previstos na Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001.

    Pargrafo nico. Os recursos de que trata o caput deste artigo sero adicionais queles previstos no art. 2o da Lei no 10.168, de 2000, devendo ser alocados ao FNDCT, na forma prevista em regulamento.

    Art. 6o O art. 2o da Lei no 10.168, de 2000, passa a vigorar com a seguinte redao:

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8661.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8661.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8661.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8661.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10176.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10176.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10176.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10176.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2

  • "Art. 2o .............................................................

    .....................................................................

    2o A partir de 1o de janeiro de 2002, a contribuio de que trata o caput deste artigo passa a ser devida tambm pelas pessoas jurdicas signatrias de contratos que tenham por objeto servios tcnicos e de assistncia administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim pelas pessoas jurdicas que pagarem, creditarem, entregarem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer ttulo, a beneficirios residentes ou domiciliados no exterior.

    3o A contribuio incidir sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada ms, a residentes ou domiciliados no exterior, a ttulo de remunerao decorrente das obrigaes indicadas no caput e no 2o deste artigo.

    4o A alquota da contribuio ser de 10% (dez por cento).

    5o O pagamento da contribuio ser efetuado at o ltimo dia til da quinzena subseqente ao ms de ocorrncia do fato gerador." (NR)

    Art. 7o A Lei no 10.168, de 2000, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 2o-A:

    "Art. 2o-A. Fica reduzida para 15% (quinze por cento), a partir de 1o de janeiro de 2002, a alquota do imposto de renda na fonte incidente sobre as importncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior a ttulo de remunerao de servios de assistncia administrativa e semelhantes."

    Art. 8o O art. 2o da Lei no 10.052, de 28 de novembro de 2000, passa a vigorar acrescido do seguinte pargrafo:

    "Art. 2o .....................................................................

    ...............................................................................

    9o As despesas operacionais de planejamento, prospeco, anlise e estruturao de operaes, contratao, aplicao de recursos, acompanhamento de operaes contratadas, avaliao de operaes e divulgao de resultados, necessrias implantao e manuteno das atividades do Funttel, no podero ultrapassar o montante correspondente a 5% (cinco por cento) dos recursos arrecadados anualmente." (NR)

    Art. 9o (VETADO)

    Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 19 de dezembro de 2001; 180o da Independncia e 113o da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Malan Ronaldo Mota Sardenberg

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 20.12.2001

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art22https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art22https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2ahttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2ahttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10168.htm#art2ahttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10052.htm#art29https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10052.htm#art29https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10052.htm#art29

  • Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 10.222, DE 9 DE MAIO DE 2001.

    Padroniza o volume de udio das transmisses de rdio e televiso nos espaos dedicados propaganda e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Os servios de radiodifuso sonora e de sons e imagens padronizaro seus sinais de udio, de modo a que no haja, no momento da recepo, elevao injustificvel de volume nos intervalos comerciais.

    Art. 2o O Poder Executivo criar, no perodo de cento e vinte dias, a contar da publicao desta Lei, os mecanismos necessrios normalizao tcnica da matria, bem como fiscalizao de seu cumprimento.

    Art. 3o O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitar o infrator pena de suspenso da atividade pelo prazo de trinta dias, triplicada em caso de reincidncia.

    Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 9 de maio de 2001; 180o da Independncia e 113o da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Jos Gregori Pimenta da Veiga

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 10.5.2001

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.222-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.222-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.222-2001?OpenDocument

  • Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 10.052, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2000.

    Mensagem de VetoInstitui o Fundo para o Desenvolvimento Tecnolgico das Telecomunicaes Funttel, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o institudo o Fundo para o Desenvolvimento Tecnolgico das Telecomunicaes Funttel, de natureza contbil, com o objetivo de estimular o processo de inovao tecnolgica, incentivar a capacitao de recursos humanos, fomentar a gerao de empregos e promover o acesso de pequenas e mdias empresas a recursos de capital, de modo a ampliar a competitividade da indstria brasileira de telecomunicaes, nos termos do art. 77 da Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997.

    Art. 2o O Fundo para o Desenvolvimento Tecnolgico das Telecomunicaes ser administrado por um Conselho Gestor e ter como agentes financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES e a Empresa Financiadora de Estudos e Projetos Finep.

    1o O Conselho Gestor ser constitudo pelos seguintes membros:

    I um representante do Ministrio das Comunicaes;

    II um representante do Ministrio da Cincia e Tecnologia;

    III um representante do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior;

    IV um representante da Agncia Nacional de Telecomunicaes Anatel;

    V um representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES;

    VI um representante da Empresa Financiadora de Estudos e Projetos Finep.

    2o Cabe ao Poder Executivo nomear os membros do Conselho Gestor do Funttel, devendo a primeira investidura ocorrer no prazo de at noventa dias a partir da publicao desta Lei.

    3o O Conselho Gestor ser presidido pelo representante do Ministrio das Comunicaes e decidir por maioria absoluta.

    4o O mandato e a forma de investidura dos conselheiros sero definidos em regulamento.

    5o Os agentes financeiros prestaro contas da execuo oramentria e financeira do Fundo ao Conselho Gestor.

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.052-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.052-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.052-2000?OpenDocumenthttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/MV1794-00.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art77https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art77https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art77https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art77

  • 6o Ser definida na regulamentao a forma de repasse dos recursos pelos agentes financeiros para a execuo dos projetos aprovados.

    7o Os membros do Conselho Gestor no sero remunerados pela atividade exercida no Conselho.

    8o O Ministrio das Comunicaes prestar ao Conselho todo o apoio tcnico, administrativo e financeiro.

    9o As despesas operacionais de planejamento, prospeco, anlise e estruturao de operaes, contratao, aplicao de recursos, acompanhamento de operaes contratadas, avaliao de operaes e divulgao de resultados, necessrias implantao e manuteno das atividades do Funttel, no podero ultrapassar o montante correspondente a 5% (cinco por cento) dos recursos arrecadados anualmente.(Pargrafo includo pela Lei n 10.332, de 19.12.2001)

    Art. 3o Compete ao Conselho Gestor:

    I aprovar as normas de aplicao de recursos do Fundo em programas, projetos e atividades prioritrias na rea de telecomunicaes, em consonncia com o disposto no art. 1o desta Lei;

    II aprovar, acompanhar e fiscalizar a execuo do Plano de Aplicao de Recursos submetido pelos agentes financeiros e pela Fundao CPQd;

    III submeter, anualmente, ao Ministrio das Comunicaes a proposta oramentria do Funttel, para incluso no projeto de lei oramentria anual a que se refere o 5o do art. 165 da Constituio Federal, observados os objetivos definidos no art. 1o desta Lei, as polticas de desenvolvimento tecnolgico fixadas pelos Poderes Executivo e Legislativo e a existncia de linhas de crdito;

    IV prestar conta da execuo oramentria e financeira do Funttel;

    V propor a regulamentao dos dispositivos desta Lei, no mbito de sua competncia;

    VI aprovar seu regimento interno;

    VII decidir sobre outros assuntos de interesse do Funttel.

    Art. 4o Constituem receitas do Fundo:

    I dotaes consignadas na lei oramentria anual e seus crditos adicionais;

    II (VETADO)

    III contribuio de meio por cento sobre a receita bruta das empresas prestadoras de servios de telecomunicaes, nos regimes pblico e privado, excluindo-se, para determinao da base de clculo, as vendas canceladas, os descontos concedidos, o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao (ICMS), a contribuio ao Programa de Integrao Social (PIS) e a Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

    IV contribuio de um por cento devida pelas instituies autorizadas na forma da lei, sobre a arrecadao bruta de eventos participativos realizados por meio de ligaes telefnicas;

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10332.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10332.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/MV1794-00.htm

  • V o produto de rendimento de aplicaes do prprio Fundo;

    VI o produto da remunerao de recursos repassados aos agentes aplicadores;

    VII doaes;

    VIII outras que lhe vierem a ser destinadas.

    Pargrafo nico. O patrimnio inicial do Funttel ser constitudo mediante a transferncia de R$ 100.000.000,00 (cem milhes de reais) oriundos do Fistel.

    Art. 5o (VETADO)

    Art. 6o Os recursos do Fundo sero aplicados exclusivamente no interesse do setor de telecomunicaes.

    1o A partir de 1o de agosto de 2001, vinte por cento dos recursos do Fundo sero alocados diretamente Fundao CPQd.

    2o A partir de 1o de agosto de 2002, facultado ao Conselho Gestor alterar o percentual definido no 1o, levando em considerao a necessidade de recursos para preservao da capacidade de pesquisa e desenvolvimento tecnolgico da Fundao CPQd, nos termos do art. 190 da Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997.

    3o Os recursos referidos nos 1o e 2o sero aplicados sob a forma no reembolsvel.

    4o A Fundao CPQd apresentar, anualmente, para apreciao do Conselho Gestor, relatrio de execuo dos Planos de Aplicao de Recursos, na forma que dispuser a regulamentao.

    5o (VETADO)

    6o As contas dos usurios de servios de telecomunicaes devero indicar, em separado, o valor da contribuio ao Funttel referente aos servios faturados.

    7o (VETADO)

    Art. 7o Os recursos destinados ao Funttel, no utilizados at o final do exerccio, apurados no balano anual, sero transferidos como crdito do mesmo Fundo no exerccio seguinte.

    Art. 8o O Poder Executivo expedir a regulamentao necessria ao pleno cumprimento desta Lei no prazo de noventa dias.

    Art. 9o Esta Lei entra em vigor cento e vinte dias aps a sua publicao.

    Braslia, 28 de novembro de 2000; 179o da Independncia e 112o da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Jos Gregori Pedro Malan Alcides Lopes tpias Pimenta da Veiga Ronaldo Mota Sardenberg

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 29.11.2000

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/MV1794-00.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art190https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art190https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art190https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm#art190https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/MV1794-00.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/MV1794-00.htm

  • Presidncia da Repblica Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 9.998, DE 17 DE AGOSTO DE 2000.

    Mensagem de Veto n 1.109 Institui o Fundo de Universalizao dos Servios de Telecomunicaes.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Fica institudo o Fundo de Universalizao dos Servios de Telecomunicaes Fust, tendo por finalidade proporcionar recursos destinados a cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuvel ao cumprimento das obrigaes de universalizao de servios de telecomunicaes, que no possa ser recuperada com a explorao eficiente do servio, nos termos do disposto no inciso II do art. 81 da Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997.

    Art. 2o Caber ao Ministrio das Comunicaes formular as polticas, as diretrizes gerais e as prioridades que orientaro as aplicaes do Fust, bem como definir os programas, projetos e atividades financiados com recursos do Fundo, nos termos do art. 5o desta Lei.

    Art. 3o (VETADO)

    Art. 4o Compete Anatel:

    I implementar, acompanhar e fiscalizar os programas, projetos e atividades que aplicarem recursos do Fust;

    II elaborar e submeter, anualmente, ao Ministrio das Comunicaes a proposta oramentria do Fust, para incluso no projeto de lei oramentria anual a que se refere o 5o do art. 165 da Constituio, levando em considerao o estabelecido no art. 5o desta Lei, o atendimento do interesse pblico e as desigualdades regionais, bem como as metas peridicas para a progressiva universalizao dos servios de telecomunicaes, a que se refere o art. 80 da Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997;

    III prestar contas da execuo oramentria e financeira do Fust.

    Art. 5o Os recursos do Fust sero aplicados em programas, projetos e atividades que estejam em consonncia com plano geral de metas para universalizao de servio de telecomunicaes ou suas ampliaes que contemplaro, entre outros, os seguintes objetivos:

    I atendimento a localidades com menos de cem habitantes;

    II (VETADO)

    III complementao de metas estabelecidas no Plano Geral de Metas de Universalizao para atendimento de comunidades de baixo poder aquisitivo;

    IV implantao de acessos individuais para prestao do servio telefnico, em condies favorecidas, a estabelecimentos de ensino, bibliotecas e instituies de sade;

    V implantao de acessos para utilizao de servios de redes digitais de informao destinadas ao acesso pblico, inclusive da internet, em condies favorecidas, a instituies de sade;

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.998-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.998-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.998-2000?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/Mv1109-00.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm

  • VI implantao de acessos para utilizao de servios de redes digitais de informao destinadas ao acesso pblico, inclusive da internet, em condies favorecidas, a estabelecimentos de ensino e bibliotecas, incluindo os equipamentos terminais para operao pelos usurios;

    VII reduo das contas de servios de telecomunicaes de estabelecimentos de ensino e bibliotecas referentes utilizao de servios de redes digitais de informao destinadas ao acesso do pblico, inclusive da internet, de forma a beneficiar em percentuais maiores os estabelecimentos freqentados por populao carente, de acordo com a regulamentao do Poder Executivo;

    VIII instalao de redes de alta velocidade, destinadas ao intercmbio de sinais e implantao de servios de teleconferncia entre estabelecimentos de ensino e bibliotecas;

    IX atendimento a reas remotas e de fronteira de interesse estratgico;

    X implantao de acessos individuais para rgos de segurana pblica;

    XI implantao de servios de telecomunicaes em unidades do servio pblico, civis ou militares, situadas em pontos remotos do territrio nacional;

    XII fornecimento de acessos individuais e equipamentos de interface a instituies de assistncia a deficientes;

    XIII fornecimento de acessos individuais e equipamentos de interface a deficientes carentes;

    XIV implantao da telefonia rural.

    1o Em cada exerccio, pelo menos trinta por cento dos recursos do Fust sero aplicados em programas, projetos e atividades executados pelas concessionrias do Sistema Telefnico Fixo Comutado STFC nas reas abrangidas pela Sudam e Sudene.

    2o Do total dos recursos do Fust, dezoito por cento, no mnimo, sero aplicados em educao, para os estabelecimentos pblicos de ensino.

    3o Na aplicao dos recursos do Fust ser privilegiado o atendimento a deficientes.

    Art. 6o Constituem receitas do Fundo:

    I dotaes designadas na lei oramentria anual da Unio e seus crditos adicionais;

    II cinqenta por cento dos recursos a que se referem as alneas c, d, e e j do art. 2o da Lei no 5.070, de 7 de julho de 1966, com a redao dada pelo art. 51 da Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997, at o limite mximo anual de setecentos milhes de reais;

    III preo pblico cobrado pela Agncia Nacional de Telecomunicaes, como condio para a transferncia de concesso, de permisso ou de autorizao de servio de telecomunicaes ou de uso de radiofreqncia, a ser pago pela cessionria, na forma de quantia certa, em uma ou vrias parcelas, ou de parcelas anuais, nos termos da regulamentao editada pela Agncia;

    IV contribuio de um por cento sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestao de servios de telecomunicaes nos regimes pblico e privado, exluindo-se o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaes ICMS, o

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm

  • Programa de Integrao Social PIS e a Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social Cofins;

    V doaes;

    VI outras que lhe vierem a ser destinadas.

    Pargrafo nico. No haver a incidncia do Fust sobre as transferncias feitas de uma prestadora de servios de telecomunicaes para outra e sobre as quais j tenha havido o recolhimento por parte da prestadora que emitiu a conta ao usurio, na forma do disposto no art. 10 desta Lei.

    Art. 7o A Anatel publicar, no prazo de at sessenta dias do encerramento de cada ano, um demonstrativo das receitas e das aplicaes do Fust, informando s entidades beneficiadas a finalidade das aplicaes e outros dados esclarecedores.

    Art. 8o Durante dez anos aps o incio dos servios cuja implantao tenha sido feita com recursos do Fust, a prestadora de servios de telecomunicaes que os implantou dever apresentar balancete anual, nos moldes estabelecidos pela Anatel, detalhando as receitas e despesas dos servios.

    Pargrafo nico. A parcela da receita superior estimada no projeto, para aquele ano, com as devidas correes e compensaes, dever ser recolhida ao Fundo.

    Art. 9o As contribuies ao Fust das empresas prestadoras de servios de telecomunicaes no ensejaro a reviso das tarifas e preos, devendo esta disposio constar das respectivas contas dos servios.

    Art. 10. As contas dos clientes das empresas prestadoras de servios de telecomunicaes devero indicar, em separado, o valor da contribuio ao Fust referente aos servios faturados.

    1o (VETADO)

    2o (VETADO)

    3o As empresas prestadoras de servios de telecomunicaes encaminharo, mensalmente, Anatel prestao de contas referente ao valor da contribuio, na forma da regulamentao.

    Art. 11. O saldo positivo do Fust, apurado no balano anual, ser transferido como crdito do mesmo Fundo para o exerccio seguinte.

    Art. 12. (VETADO)

    Art. 13. As contribuies ao Fust sero devidas trinta dias aps a regulamentao desta Lei.

    Art. 14. O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de trinta dias da sua publicao.

    Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 17 de agosto de 2000; 179o da Independncia e 112o da Repblica.

  • FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Jos Gregori Pedro Malan Alcides Lopes Tpias Martus Tavares Pimenta da Veiga

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 18.8.2000

  • Presidncia da Repblica Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

    Institui o Servio de Radiodifuso Comunitria e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 Denomina-se Servio de Radiodifuso Comunitria a radiodifuso sonora, em freqncia modulada, operada em baixa potncia e cobertura restrita, outorgada a fundaes e associaes comunitrias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestao do servio.

    1 Entende-se por baixa potncia o servio de radiodifuso prestado a comunidade, com potncia limitada a um mximo de 25 watts ERP e altura do sistema irradiante no superior a trinta metros.

    2 Entende-se por cobertura restrita aquela destinada ao atendimento de determinada comunidade de um bairro e/ou vila.

    Art. 2 O Servio de Radiodifuso Comunitria obedecer aos preceitos desta Lei e, no que couber, aos mandamentos da Lei n 4.117, de 27 de agosto de 1962, modificada pelo Decreto-Lei n 236, de 28 de fevereiro de 1967, e demais disposies legais. (Vide Medida Provisria n 2.216-37, de 2001)

    Pargrafo nico. O Servio de Radiodifuso Comunitria obedecer ao disposto no art. 223 da Constituio Federal. (Vide Medida Provisria n 2.216-37, de 2001)

    Art. 3 O Servio de Radiodifuso Comunitria tem por finalidade o atendimento comunidade beneficiada, com vistas a:

    I - dar oportunidade difuso de idias, elementos de cultura, tradies e hbitos sociais da comunidade;

    II - oferecer mecanismos formao e integrao da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convvio social;

    III - prestar servios de utilidade pblica, integrando-se aos servios de defesa civil, sempre que necessrio;

    IV - contribuir para o aperfeioamento profissional nas reas de atuao dos jornalistas e radialistas, de conformidade com a legislao profissional vigente;

    V - permitir a capacitao dos cidados no exerccio do direito de expresso da forma mais acessvel possvel.

    Art. 4 As emissoras do Servio de Radiodifuso Comunitria atendero, em sua programao, aos seguintes princpios:

    I - preferncia a finalidades educativas, artsticas, culturais e informativas em benefcio do desenvolvimento geral da comunidade;

    II - promoo das atividades artsticas e jornalsticas na comunidade e da integrao dos membros da comunidade atendida;

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.612-1998?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4117.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art19http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art19http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art19

  • III - respeito aos valores ticos e sociais da pessoa e da famlia, favorecendo a integrao dos membros da comunidade atendida;

    IV - no discriminao de raa, religio, sexo, preferncias sexuais, convices poltico-ideolgico-partidrias e condio social nas relaes comunitrias.

    1 vedado o proselitismo de qualquer natureza na programao das emissoras de radiodifuso comunitria.

    2 As programaes opinativa e informativa observaro os princpios da pluralidade de opinio e de verso simultneas em matrias polmicas, divulgando, sempre, as diferentes interpretaes relativas aos fatos noticiados.

    3 Qualquer cidado da comunidade beneficiada ter direito a emitir opinies sobre quaisquer assuntos abordados na programao da emissora, bem como manifestar idias, propostas, sugestes, reclamaes ou reivindicaes, devendo observar apenas o momento adequado da programao para faz-lo, mediante pedido encaminhado Direo responsvel pela Rdio Comunitria.

    Art. 5 O Poder Concedente designar, em nvel nacional, para utilizao do Servio de Radiodifuso Comunitria, um nico e especfico canal na faixa de freqncia do servio de radiodifuso sonora em freqncia modulada.

    Pargrafo nico. Em caso de manifesta impossibilidade tcnica quanto ao uso desse canal em determinada regio, ser indicado, em substituio, canal alternativo, para utilizao exclusiva nessa regio.

    Art. 6 Compete ao Poder Concedente outorgar entidade interessada autorizao para explorao do Servio de Radiodifuso Comunitria, observados os procedimentos estabelecidos nesta Lei e normas reguladoras das condies de explorao do Servio.

    Pargrafo nico. A outorga ter validade de trs anos, permitida a renovao por igual perodo, se cumpridas as exigncias desta Lei e demais disposies legais vigentes.

    Pargrafo nico. A outorga ter validade de dez anos, permitida a renovao por igual perodo, se cumpridas as exigncias desta Lei e demais disposies legais vigentes.(Redao dada pela Lei n 10.597, de 2002)

    Art. 7 So competentes para explorar o Servio de Radiodifuso Comunitria as fundaes e associaes comunitrias, sem fins lucrativos, desde que legalmente institudas e devidamente registradas, sediadas na rea da comunidade para a qual pretendem prestar o Servio, e cujos dirigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados h mais de 10 anos.

    Pargrafo nico. Os dirigentes das fundaes e sociedades civis autorizadas a explorar o Servio, alm das exigncias deste artigo, devero manter residncia na rea da comunidade atendida.

    Art. 8 A entidade autorizada a explorar o Servio dever instituir um Conselho Comunitrio, composto por no mnimo cinco pessoas representantes de entidades da comunidade local, tais como associaes de classe, benemritas, religiosas ou de moradores, desde que legalmente institudas, com o objetivo de acompanhar a programao da emissora, com vista ao atendimento do interesse exclusivo da comunidade e dos princpios estabelecidos no art. 4 desta Lei.

    Art. 9 Para outorga da autorizao para execuo do Servio de Radiodifuso Comunitria, as entidades interessadas devero dirigir petio ao Poder Concedente, indicando a rea onde pretendem prestar o servio.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10597.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10597.htm#art1

  • 1 Analisada a pretenso quanto a sua viabilidade tcnica, o Poder Concedente publicar comunicado de habilitao e promover sua mais ampla divulgao para que as entidades interessadas se inscrevam.

    2 As entidades devero apresentar, no prazo fixado para habilitao, os seguintes documentos: I - estatuto da entidade, devidamente registrado;

    II - ata da constituio da entidade e eleio dos seus dirigentes, devidamente registrada;

    Ill - prova de que seus diretores so brasileiros natos ou naturalizados h mais de dez anos;

    IV - comprovao de maioridade dos diretores;

    V - declarao assinada de cada diretor, comprometendo-se ao fiel cumprimento das normas estabelecidas para o servio;

    VI - manifestao em apoio iniciativa, formulada por entidades associativas e comunitrias, legalmente constitudas e sediadas na rea pretendida para a prestao do servio, e firmada por pessoas naturais ou jurdicas que tenham residncia, domiclio ou sede nessa rea.

    3 Se apenas uma entidade se habilitar para a prestao do Servio e estando regular a documentao apresentada, o Poder Concedente outorgar a autorizao referida entidade.

    4 Havendo mais de uma entidade habilitada para a prestao do Servio, o Poder Concedente promover o entendimento entre elas, objetivando que se associem.

    5 No alcanando xito a iniciativa prevista no pargrafo anterior, o Poder Concedente proceder escolha da entidade levando em considerao o critrio da representatividade, evidenciada por meio de manifestaes de apoio encaminhadas por membros da comunidade a ser atendida e/ou por associaes que a representem.

    6 Havendo igual representatividade entre as entidades, proceder-se- escolha por sorteio.

    Art. 10. A cada entidade ser outorgada apenas uma autorizao para explorao do Servio de Radiodifuso Comunitria.

    Pargrafo nico. vedada a outorga de autorizao para entidades prestadoras de qualquer outra modalidade de Servio de Radiodifuso ou de servios de distribuio de sinais de televiso mediante assinatura, bem como entidade que tenha como integrante de seus quadros de scios e de administradores pessoas que, nestas condies, participem de outra entidade detentora de outorga para explorao de qualquer dos servios mencionados.

    Art. 11. A entidade detentora de autorizao para execuo do Servio de Radiodifuso Comunitria no poder estabelecer ou manter vnculos que a subordinem ou a sujeitem gerncia, administrao, ao domnio, ao comando ou orientao de qualquer outra entidade, mediante compromissos ou relaes financeiras, religiosas, familiares, poltico-partidrias ou comerciais.

    Art. 12. vedada a transferncia, a qualquer ttulo, das autorizaes para explorao do Servio de Radiodifuso Comunitria.

    Art. 13. A entidade detentora de autorizao pala explorao do Servio de Radiodifuso Comunitria pode realizar alteraes em seus atos constitutivos e modificar a composio de sua diretoria, sem prvia anuncia do Poder Concedente, desde que mantidos os termos e

  • condies inicialmente exigidos para a outorga da autorizao, devendo apresentar, para fins de registro e controle, os atos que caracterizam as alteraes mencionadas, devidamente registrados ou averbados na repartio competente, dentro do prazo de trinta dias contados de sua efetivao.

    Art. 14. Os equipamentos de transmisso utilizados no Servio de Radiodifuso Comunitria sero pr-sintonizados na freqncia de operao designada para o servio e devem ser homologados ou certificados pelo Poder Concedente.

    Art. 15. As emissoras do Servio de Radiodifuso Comunitria asseguraro, em sua programao, espao para divulgao de planos e realizaes de entidades ligadas, por suas finalidades, ao desenvolvimento da comunidade.

    Art. 16. vedada a formao de redes na explorao do Servio de Radiodifuso Comunitria, excetuadas as situaes de guerra, calamidade pblica e epidemias, bem como as transmisses obrigatrias dos Poderes Executivo, Judicirio e Legislativo definidas em leis.

    Art. 17. As emissoras do Servio de Radiodifuso Comunitria cumpriro tempo mnimo de operao diria a ser fixado na regulamentao desta Lei.

    Art. 18. As prestadoras do Servio de Radiodifuso Comunitria podero admitir patrocnio, sob a forma de apoio cultural, para os programas a serem transmitidos, desde que restritos aos estabelecimentos situados na rea da comunidade atendida.

    Art. 19. vedada a cesso ou arrendamento da emissora do Servio de Radiodifuso Comunitria ou de horrios de sua programao.

    Art. 20. Compete ao Poder Concedente estimular o desenvolvimento de Servio de Radiodifuso Comunitria em todo o territrio nacional, podendo, para tanto, elaborar Manual de Legislao, Conhecimentos e tica para uso das rdios comunitrias e organizar cursos de treinamento, destinados aos interessados na operao de emissoras comunitrias, visando o seu aprimoramento e a melhoria na execuo do servio.

    Art. 21. Constituem infraes - operao das emissoras do Servio de Radiodifuso Comunitria:

    I - usar equipamentos fora das especificaes autorizadas pelo Poder Concedente;

    II - transferir a terceiros os direitos ou procedimentos de execuo do Servio;

    III - permanecer fora de operao por mais de trinta dias sem motivo justificvel;

    IV - infringir qualquer dispositivo desta Lei ou da correspondente regulamentao;

    Pargrafo nico. As penalidades aplicveis em decorrncia das infraes cometidas so:

    I - advertncia;

    Il - multa; e

    III - na reincidncia, revogao da autorizao.

    Art. 22. As emissoras do Servio de Radiodifuso Comunitria operaro sem direito a proteo contra eventuais interferncias causadas por emissoras de quaisquer Servios de Telecomunicaes e Radiodifuso regularmente instaladas, condies estas que constaro do seu certificado de licena de funcionamento.

  • Art. 23. Estando em funcionamento a emissora do Servio de Radiodifuso Comunitria, em conformidade com as prescries desta Lei, e constatando-se interferncias indesejveis nos demais Servios regulares de Telecomunicaes e Radiodifuso, o Poder Concedente determinar a correo da operao e, se a interferncia no for eliminada, no prazo estipulado, determinar a interrupo do servio.

    Art. 24. A outorga de autorizao para execuo do Servio de Radiodifuso Comunitria fica sujeita a pagamento de taxa simblica, para efeito de cadastramento, cujo valor e condies sero estabelecidos pelo Poder Concedente.

    Art. 25. O Poder Concedente baixar os atos complementares necessrios regulamentao do Servio de Radiodifuso Comunitria, no prazo de cento e vinte dias, contados da publicao desta Lei.

    Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 27. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 19 de fevereiro de 1998; 177 da Independncia e 110 da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 20.2.1998

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    MINISTRIO DAS COMUNICAES Documento de Encaminhamento da Lei Geral das Telecomunicaes, comentando-a

    GABINETE DO MINISTRO

    E.M. no 231 /MC

    Braslia, 10 de dezembro de 1996

    Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica: Tenho a honra de submeter elevada considerao de Vossa Excelncia o anexo

    Projeto de Lei, que versa sobre a nova organizao dos servios de telecomunicaes, sobre a criao de um rgo regulador, e sobre outros aspectos institucionais desse setor, em atendimento Emenda Constitucional no 8, de 15 de agosto de 1995.

    Esse Projeto resultado de intenso esforo desenvolvido pelo Ministrio das

    Comunicaes, que contou com o apoio de consultores nacionais e internacionais, obtido atravs de acordo de cooperao firmado entre o Governo Brasileiro, representado pela ABC - Agncia Brasileira de Cooperao, do Ministrio das Relaes Exteriores, e a UIT - Unio Internacional de Telecomunicaes, organismo especializado da Organizao das Naes Unidas. O Projeto recebeu tambm contribuies valiosas de outros rgos do Governo, que o aperfeioaram adequando-o s caractersticas peculiares da organizao administrativa do Pas.

    Esta Exposio de Motivos est estruturada em trs partes. Na primeira delas feita

    uma breve introduo ao assunto, a partir do contexto em que est inserido o setor de telecomunicaes e da proposta de governo de Vossa Excelncia, cuja primeira ao prtica materializou-se na Emenda Constitucional no 8. Na segunda parte so apresentados os fundamentos da proposta ora formulada, abordando os aspectos essenciais da economia do setor, da estrutura de mercado pretendida e da estratgia de introduo da competio na prestao dos servios. Na terceira parte, que trata especificamente do contedo do Projeto de Lei, so abordadas: as disposies principais da proposta de estruturao do rgo Regulador previsto na Constituio Federal; a proposta para uma nova organizao dos servios e temas regulatrios dela decorrentes; e aspectos relacionados reestruturao empresarial e desestatizao do Sistema Telebrs.

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    I - O Contexto Brasileiro 1. Breve Histrico No incio da dcada de 1960, vigendo a Constituio de 1946, cabia Unio, aos

    Estados e aos Municpios a explorao, de acordo com o seu mbito, dos servios de telecomunicaes, diretamente ou mediante a correspondente outorga. Descentralizada da mesma forma era tambm a atribuio de fixar as tarifas correspondentes. Havia ento cerca de 1.200 empresas telefnicas no Pas, a grande maioria de mdio e pequeno porte, sem nenhuma coordenao entre si e sem compromisso com diretrizes comuns de desenvolvimento e de integrao dos sistemas, o que representava grande obstculo ao bom desempenho do setor.

    Os servios telefnicos concentravam-se na regio centro-leste do Pas, onde se

    situavam mais de 60% dos terminais, explorados pela CTB - Companhia Telefnica Brasileira, de capital canadense. Os servios telefnicos interurbanos eram precarssimos, baseados apenas em algumas ligaes em microondas de baixa capacidade, interligando o Rio de Janeiro, So Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Braslia, e em poucos circuitos de rdio na faixa de ondas curtas. As comunicaes telefnicas e telegrficas internacionais, que tambm no atendiam s necessidades do Pas, eram exploradas por empresas estrangeiras.

    A precariedade da situao do setor sensibilizou o Governo e o Congresso, que

    editaram ento o Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes - Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962. Essa lei, que foi o primeiro grande marco na histria das telecomunicaes no Brasil, tinha os seguintes pontos principais:

    ?? criao do Sistema Nacional de Telecomunicaes, visando assegurar a

    prestao, de forma integrada, de todos os servios de telecomunicaes;

    ?? colocao, sob jurisdio da Unio, dos servios de telgrafos, radiocomunicaes e telefonia interestadual;

    ?? instituio do Contel - Conselho Nacional de Telecomunicaes, tendo o Dentel - Departamento Nacional de Telecomunicaes como sua secretaria-executiva;

    ?? atribuio ao Contel de poder para aprovar as especificaes das redes telefnicas, bem como o de estabelecer critrios para a fixao de tarifas em todo o territrio nacional;

    ?? atribuio Unio da competncia para explorar diretamente os troncos integrantes do Sistema Nacional de Telecomunicaes;

    ?? autorizao para o Poder Executivo constituir empresa pblica para explorar industrialmente os troncos integrantes do Sistema Nacional de Telecomunicaes (essa empresa viria a ser a Embratel);

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    ?? instituio do FNT - Fundo Nacional de Telecomunicaes, constitudo basicamente de recursos provenientes da aplicao de uma sobretarifa de at 30% sobre as tarifas dos servios pblicos de telecomunicaes, destinado a financiar as atividades da Embratel;

    ?? definio do relacionamento entre poder concedente e concessionrio no campo da radiodifuso.

    Os instrumentos criados pelo Cdigo foram aos poucos fazendo sentir seus efeitos. O Contel passou a exercer sua misso de orientao da poltica e de fixao de diretrizes para o setor de telecomunicaes; com a submisso ao seu crivo dos planos de expanso dos servios, ele passou tambm a coordenar essas expanses. A Embratel, constituda em 16 de setembro de 1965, lanou-se, com o apoio do FNT, imensa tarefa de interligar todas as capitais e as principais cidades do Pas. Entre 1969 e 1973, a Embratel assumiu a explorao dos servios internacionais, medida que expiravam os prazos de concesso das empresas estrangeiras que os operavam.

    Ainda em 1962, devido precria situao dos servios telefnicos no Rio de

    Janeiro, o Governo Federal decretou a interveno na CTB e, em 1966, foi concretizada a compra das aes daquela empresa pela Embratel.

    Em 1963 o Contel aprovou critrios para nortear o estabelecimento das tarifas dos

    servios de telecomunicaes (que, entretanto, no foram seguidos ao longo do tempo). Em 1966, regulamentou a prtica, ento j de uso corrente, referente participao financeira dos pretendentes aquisio de linhas telefnicas, transformando-a em importante instrumento de apoio expanso dos servios de telefonia no Brasil - o autofinanciamento.

    A questo da fragmentao do poder de outorgar concesses, entretanto, somente

    seria superada em 13 de fevereiro de 1967, pelo Decreto-Lei no 162, que concentrou esse poder na Unio. Essa disposio seria pouco depois consolidada pela Constituio de 1967, mantendo-se at hoje. A Constituio de 1988, entretanto, foi alm, determinando que os servios pblicos de telecomunicaes somente poderiam ser explorados pela Unio, diretamente ou atravs de concesses a empresas sob controle acionrio estatal.

    Em 25 de fevereiro de 1967, atravs do Decreto-Lei no 200, foi criado o Ministrio

    das Comunicaes, ao qual, desde logo, foram vinculados o Contel, o Dentel e a Embratel. O Ministrio das Comunicaes assumiu ento as competncias do Contel.

    As medidas decorrentes do Cdigo levaram a uma melhoria significativa nos

    servios interurbanos e internacionais, mas o mesmo no ocorreu nos servios locais. Isso fez com que, em 1971, o Governo cogitasse da criao de uma entidade pblica destinada a planejar e coordenar as telecomunicaes de interesse nacional, a obter os recursos financeiros necessrios implantao de sistemas e servios de telecomunicaes e a controlar a aplicao de tais recursos mediante participao acionria nas empresas encarregadas da operao desses sistemas e servios. Nascia ento a idia de criao da Telebrs, que seria efetivada em 1972, atravs da Lei no 5.792, de 11 de julho.

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    Essa lei, alm de autorizar a criao da Telebrs -concretizada em 9 de novembro do mesmo ano - tambm colocou sua disposio os recursos do FNT, e autorizou a transformao da Embratel em sociedade de economia mista, subsidiria da Telebrs. Pela lei, a Telebrs ficou vinculada ao Ministrio das Comunicaes.

    Logo aps sua criao, a Telebrs iniciou o processo de aquisio e absoro das

    empresas que prestavam servios telefnicos no Brasil, visando consolid-las em empresas de mbito estadual. Havia nessa poca mais de novecentas operadoras independentes no Brasil e, no total, uma planta de cerca de dois milhes de terminais. Atravs do Decreto n.o 74.379, de 1974, a Telebrs foi designada "concessionria geral" para explorao dos servios pblicos de telecomunicaes em todo o territrio nacional.

    2. A Situao Atual Os servios pblicos de telecomunicaes no Brasil so hoje explorados pelo

    Sistema Telebrs - composto por uma empresa "holding", a Telebrs; por uma empresa "carrier" de longa distncia de mbito nacional e internacional, que explora tambm servios de comunicaes de dados e de telex (a Embratel); e por 27 empresas de mbito estadual ou local - e por quatro empresas independentes, sendo trs estatais (a CRT, controlada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul; a Sercomtel, pela Prefeitura de Londrina; e a CETERP, pela Prefeitura de Ribeiro Preto) e uma privada (a Cia. de Telecomunicaes do Brasil Central, sediada em Uberlndia e que atua no Tringulo Mineiro, no nordeste de S. Paulo, no sul de Gois e no sudeste do Mato Grosso do Sul).

    O Sistema Telebrs detm cerca de 90% da planta de telecomunicaes existente no

    Pas e atua em uma rea em que vivem mais de 90% da populao brasileira. A Unio Federal detm o controle acionrio da Telebrs, com pouco mais de 50% de suas aes ordinrias; da totalidade do capital, entretanto, a Unio detm menos de 22%. A maior parte das aes de propriedade particular, com cerca de 25% em mos de estrangeiros e o restante pulverizado entre 5,8 milhes de acionistas.

    Ao longo de sua existncia, a Telebrs desenvolveu um trabalho notvel. Nos

    ltimos 20 anos, enquanto a populao brasileira aumentou em 50% e o PIB cresceu 90%, a planta instalada de terminais telefnicos do Sistema Telebrs cresceu mais de 500%, o que veio colocar o Pas entre os detentores das maiores redes telefnicas de todo o mundo. Essa rede, que integra o Pas de norte a sul e de leste a oeste, atende hoje a mais de 20 mil localidades em todo o territrio nacional.

    Nesse mesmo perodo, todavia, o trfego telefnico aumentou em proporo

    significativamente maior - mais de 1200% no servio local e mais de 1800% no servio interurbano, o que mostra que a demanda por servios cresceu bem mais do que a capacidade de seu atendimento.

    O trfego telefnico mede, entretanto, apenas a demanda por servios gerada pela

    parcela da populao e das empresas que j dispe de acesso ao sistema. Ele no mede a demanda por novas linhas, isto , no indica a quantidade de pessoas e organizaes que ainda no conseguiu atendimento telefnico individualizado. A demanda por acessos aos servios telefnicos bsicos no est hoje adequadamente quantificada, seja pela inexistncia de pesquisas, seja pelo fato de jamais ter sido atendida, o que no permite uma

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    referncia confivel para realizar projees. Estima-se entretanto que ela varie entre 18 e 25 milhes de potenciais usurios, dependendo do mtodo utilizado e considerando a substituio do autofinanciamento, como condio de acesso ao servio, por uma taxa de instalao, de valor muito menor. Desse total, pouco mais de 14,5 milhes de usurios so atendidos atualmente.

    Por outro lado, verifica-se que mais de 80% dos terminais residenciais concentram-

    se nas famlias das classes "A" e "B", o que mostra que as classes menos favorecidas no dispem de atendimento individualizado; essas pessoas no dispem tambm de adequ