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PORTUGUÊS Prof. Carlos Zambeli Transcrição | Aula 05 TJ-RS

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Page 1: TJ-RS...brigas por uma palavra masculina, debates. Eles não se referem AOS debates a turma. Faz sentido? O que é AOS? Veio a preposição do verbo e veio o artigo do substantivo

PORTUGUÊSProf. Carlos Zambeli

Transcrição | Aula 05

T J - R S

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Português

AULA 05

Oi, pessoal!

Hoje a gente vai ter aula de Crase.

Crase é muito legal. Olha só, vocês lembram que a primeira aula era Classes de Palavras? E aí a gente viu lá nas classes de palavras uma classe chamada de artigo, uma outra chamada de preposição e uma outra chamada de pronomes oblíquos e uma outra chamada de pronomes demonstrativos. E o que tem tudo isso? Nisso tudo tinha um A, que podia ser artigo, preposição, pronome oblíquo e o A podia ser pronome demonstrativo, aí foi a nossa aula 1.

Na aula 2 a gente viu a principal matéria do Português que é Análise Sintática e na análise sintática a gente viu que a primeira coisa era catar o sujeito que aí vinha a concordância verbal e a segunda coisa era a transitividade e na transitividade vinha a regência verbal.

O que a gente viu em transitividade? Que existia um cara chamado de VTI que era um cara que pedia preposição. E existia um cara chamado VTDI que pelo fato de ser I eles usavam a preposição.

Viu como a matéria se cruzou? Então a gente começou a ver na aula 1 ver as classes e via a aula 2 fez uma outra base. E o que é a aula 5? A aula 5 que é a aula de crase é a soma disso, é exatamente essa mistura de análise sintática com morfologia. No sonho a gente vai ter a crase preposição + artigo. Só que eu vou te mostrar que existem outros casos também, mas 80% dos casos são isso aqui.

Então pensa a lógica, a lógica vai ser sempre essa: de um lado vem a preposição A e do outro lado eu vou ter um artigo ou um A pronome demonstrativo.

Agora olha que pergunta legal que eu vou fazer: “Eu te falei que A pode ser 4 coisas (artigo, preposição, pronome oblíquo e pronome demonstrativo) e eu te falei que a crase vai trabalhar com a preposição A, com o artigo A e com o pronome demonstrativo A, mas por que o pronome oblíquo A não entra no rolo da crase?” Porque quando ele for um pronome oblíquo ele vai exercer a função sintática de um OD, lembra? O e A objeto direto, LHE se relacionando com o verbo, objeto indireto, lembra disso?

Quando o A for oblíquo ele é direto e o que caracteriza um objeto direto? Não ter preposição, por isso que eu não consigo ter crase com pronome oblíquo porque ele não usa preposição. E o que é a crase se não preposição mais artigo ou pronome demonstrativo?

Essa é a matéria de hoje, se a gente estudasse análise sintática a fundo a gente não precisaria ter aula de crase, porque é análise sintática, eu vou te mostrar, mas é análise sintática.

Vamos começar então:

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Regra 1

Primeiro rolo é ver quando vai crase, esse que é o mais legal, é quando vai o negócio né? Então quando é que vai ter crase? Aí ele diz assim:

O que é correlata? É tipo assim, tu vai trocar um feminino substantivo por um masculino substantivo. Tu vai trocar um feminino pronome tu vai botar um masculino pronome, correlata, mesma classe de palavra e de preferência sinônimo.

Surgindo a combinação AO tu tem crase, é assim: tu tem crase, se tu botar o masculino tem que aparecer AO. Tu acha que tem crase, tu põe o masculino e vira O, não tem crase. Tu acha que tem crase, tu troca pelo masculino e vira A, não tem crase.

Então olha só:

Eles não se referem às brigas a turma.

Fica claro pra gente que quem se refere, se refere A. Qual é o rolo? Brigas é uma palavra feminina e se é uma palavra feminina tem o artigo AS na frente, não é atoa que tem o as, brigas manda um artigo, preposição mais um artigo é crase nas brigas.

Não consigo ser indiferente à desumanização das pessoas.

Olha só que louco: Quem é indiferente é indiferente A, desumanização é um substantivo, A desumanização, preposição mais artigo é crase.

Tá, mas qual é que é o rolo de trocar o cara e ver o que acontece? O rolo é assim: Vamos trocar brigas por uma palavra masculina, debates.

Eles não se referem AOS debates a turma.

Faz sentido? O que é AOS? Veio a preposição do verbo e veio o artigo do substantivo. Numa análise sintática eu diria assim: Qual é a função sintática do termo sublinhado?

1 Eles não se referem às brigas a turma.

Aí a gente vai lá para o Subway, qual é a primeira coisa? Sujeito, Eles.

Já tem o sujeito, agora quem não se refere, não se refere a. O verbo pediu uma preposição? Famoso OI.

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Então pelo fato de vocês saberem que o cara é um objeto indireto tu já sabe que existe uma preposição. Entendeu? Quando eu digo assim: Se tu estudar análise sintática a crase vem de graça, porque tem a preposição ali.

Legal? Sabe como é que tem caído crase nas provas ultimamente? Os caras tem cobrado assim: Se eu trocar brigas por elas manteríamos a relação de crase? Manteríamos as condições para o emprego a crase?

Vou desenvolver esse raciocínio pela análise sintática: Se eu botar o elas, o que eu penso? Mantém a preposição? A preposição sim porque o verbo é VTI, o verbo pede preposição, quem se refere se refere A, a preposição está aqui. Agora o meu rolo é elas aceita o artigo? Não, só vem a preposição.

Então se eu vou trocar elas eu vou botar eles para ver se vai acontecer o AO. E aí olha como é óbvio que não, porque “eles se referem a eles ou aos eles”? A, tu entende isso aqui? É só uma preposição, é só a preposição que veio do verbo, quem se refere se refere A, é essa a troca que quando eu ponho o masculino e fica A é só a preposição que vem do verbo.

Olha a outra:

2 Não consigo ser indiferente à desumanização das pessoas.

Quem é que pediu a preposição A? Foi indiferente, indiferente A. E por que não foi o verbo? Porque ele é um verbo de ligação, verbos de ligação não tem preposição. Verbo de ligação tem característica, ser indiferente. Se ele é indiferente, indiferente A. Aí existe uma outra questão além da crase, entra por aqui a questão: O termo sublinhado na frase 1 e o termo sublinhado na frase 2 exercem a mesma função sintática? Aí tu faz assim: Tem preposição nas duas frases porque tem crase e quem é que pediu a preposição? Aí eu vou lá na regência, aula 4, quem pediu a preposição na frase 1 foi um verbo (referem) e um verbo quando pede uma preposição se chama de OI. Na frase 2 quem pede a preposição não é um verbo, porque o verbo é de ligação, quem pediu a preposição aqui foi a palavra indiferente, que não é verbo, então é nome, famoso complemento nominal.

Quando não é um verbo que pede uma preposição e é um nome que pede uma preposição isso vai receber uma função sintática chamada de complemento nominal. A palavra indiferente é um adjetivo, o adjetivo que pede uma preposição tem complemento nominal. Mas tu entende que a crase é muito mais, porque a crase não é verbo, olha o cuidado que eu tomei para explicar para vocês, eu falei assim: “A crase se forma com a preposição, eu não falei que é com verbo”. E o que tem para trás dessa preposição? Ou um verbo que aí eu chamo de OI ou um nome que eu chamo de complemento nominal.

Tá, Zambeli, não entendi p*** nenhuma! Se tu acha que tem crase troca por AO, essa é a lógica, é o mais básico.

Olha só: Conheci a banca. Será que vai ter crase? Troca banca por um masculino. Conheci o concurso. Entendeu por que não tem crase aqui? Sim? Mas aí tu ama análise sintática e como é que tu analisa isso? Quem é o sujeito? O sujeito é eu. Conheci o quê? a banca, entendeu porque não vai crase? Porque o cara é VTD, se o cara é VTD não tem preposição.

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Regra 2

A regra 2 funciona assim: Pronomes demonstrativos, nos pronomes demonstrativos eu já estou falando da regra a preposição que vem do verbo ou do nome e não vai lá no artigo, ela vem para o pronome demonstrativo.

Só que quem são os pronomes demonstrativos? É o aquela, aquele e o aquilo.

Ele fez referência àquele aluno. E é muito louco porque a gente estudou uma vida inteira que não vai crase antes de palavras masculinas, de maneira geral não vai, com os pronomes demonstrativos vai. Porque quem faz referência, faz referência A, então esse cara manda uma preposição e essa preposição não pode ficar perdida no além então ela fusiona com o pronome.

Olha só, qual é a função sintática do termo sublinhado? Essa preposição veio de onde? Do verbo ou do nome? vamos lá, quem é o sujeito? O sujeito é Ele. Que é que Ele fez? Ele fez tudo isto: referência àquele aluno, tudo isso é um OD. Lembra a metáfora do Subway? Isto tudo é o recheio: referência àquele aluno. Só que lembra a história do orégano? O cara joga o orégano e o orégano não escolhe direitinho onde vai cair, ele cai no pão, ele cai no recheio, ele cai no molho. Isto aqui: àquele aluno é um orégano, só que oregano ele se relaciona não aos verbos, ele se relaciona aos nomes porque eles são pequenininhos, são estruturas menores, o recheio é grande, sujeito pode ser grande, mas o orégano é nada, àquele aluno é um orégano, é um complemento nominal.

Como é que eu sei que isso é um complemento nominal e não um OI? Porque a preposição não saiu do verbo, se ela viesse do verbo seria um OI, mas a preposição sai do nome, o nome pede, então ele completa não o verbo e sim o nome.

Agora se eu sou o cara da prova eu não perguntaria crase eu perguntaria assim: Os termos destacados nas seguintes frases exercem a mesma função sintática?

9 Ele fez referência àquele aluno.

10 Nunca disseram a verdade àquelas pessoas.

Na frase 10, que é o sujeito? Eles só que não, é sujeito indeterminado. Que é que disseram? a verdade, só que nesse contexto quem diz a verdade diz a verdade A, então tu está me dizendo que a preposição saiu do verbo, OI. Se o verbo pede a preposição é OI. Se um adjetivo, um substantivo pedem uma preposição é complemento nominal. Então assim, vai crase, beleza, só que entende que é antes a crase? É quel é a função sintática desses caras. Se eu bater o olho as frases se parecem iguais, num primeiro momento só que em uma das frases a preposição veio do nome e em outra ela veio do verbo.

Olha só que bonito, só para a gente não se perder. Ah, Zambeli, mas quando tu falou a transitividade tu falou que só tinha dois caras que iam pedir preposição (VTI, VTDI). Isso,

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quando a preposição vier de um verbo só vem desses dois caras. Mas ela pode vir também de um nome.

Suas queixas são idênticas às de seus colegas. Aí vocês vão ter uma regra que vai ser assim: A palavra está subentendida. Suas queixas são idênticas as queixas de seus colegas. Isso, e por que é uma palavra subentendida? O que é queixas, morfológico? Ele é um substantivo, substantivo é nome. Na frase o às é um pronome, está no lugar do nome, está subentendido queixas.

Vamos trocar queixas por lamentos, Seus lamentos são idênticos aos de seus colegas. E se a gente pensar na Faurgs não existe uma regra da Faurgs. Não tem uma questão a Faurgs que diz assim: Se trocarmos a palavra queixas pela palavra lamentos quantas outras palavras a frase deveriam mudar para fins de concordância? Tem crase, tem morfologia, tem concordância, tem um monte de coisa aí nessa questão.

Se você quer ficar no tradicional, beleza, vamos fazer essas manha aqui para a gente entender, mas olha como é bizarra a manha.

Ele fez referência àquele aluno. Ele fez referência a este aluno.

Nunca disseram a verdade àquelas pessoas. Nunca disseram a verdade a estas pessoas.

Regra 3

Essa é a regra mais legal porque ela é uma regra semântica, sentido. Ela é uma regra de sentido, tem haver com análise sintática, eu vou te mostrar, mas ela facilita a minha vida pensando semanticamente, pensando no sentido.

Funciona assim: Só acontece com palavras femininas. Porque o feminino tem ambiguidade, eu não vou ter clareza no feminino e o masculino fica bem claro.

Funciona assim, por exemplo, vocês já ouviram que a transitividade depende do contexto? Meio caminho andado.

Vamos estudar à noite.

O que noite pode ser quando eu digo: Vamos estudar à noite. Eu posso ter no turno da noite e eu posso ter a noite como objeto de estudo. Como é que eu vou saber então? E aí a gramática fez assim: Se à noite é teu objeto de estudo, eu vou te explicar pela sintática, se a noite é teu objeto de estudo então é ela que é estudada, faz sentido? Então isso é um OD. OD não tem preposição.

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Quem é o sujeito a frase? O sujeito é nós. Nós vamos estudar o quê? Vamos estudar a noite. Estudar é VTD e a noite é OD.

Mas se for à noite o turno que nós vamos estudar é uma ideia de tempo e tudo que é uma ideia de tempo, modo, lugar, intensidade se chama de adjunto adverbial. Então quem vai estudar, vai estudar, VI. A transitividade depende do contexto.

Olha só, a palavra noite pode ser o objeto de estudo que é o que será estudado e a palavra noite pode ser uma ideia de tempo.

Cara, como é que eu vou saber isso? Eu não tenho como te dar um verbo com preposição porque a transitividade depende do contexto. Então se convencionou o quê? Quando o cara for objeto direto não tem jeito, não vai ter a crase, mas quando for o sentido diferente do nome, da coisa, vai ter a crase.

A regra das locuções femininas é: Tudo que for diferente do nome leva a crase. Como assim do nome? Do nome a coisa.

Olha essa frase aqui: Sinto-me à vontade nesta sala. Quem é o sujeito? O sujeito é Eu. Que ideia que te deu nesta sala? Lugar, adjunto adverbial. E sinto-me à vontade te dá uma ideia de quê? Modo. E existe vontade como substantivo? Existe. Então me sentir a vontade é o modo, é diferente a coisa, por isso que tem crase. Tudo que for diferente do nome, a palavra tem a crase.

Olha essa:

Bati a porta. A porta era batida, o objeto era batido, então isso aqui é um OD.

Bati à porta. Aí é o lugar que vai ser batido, em que vai ser batido, isso aqui é o lugar, então é um adjunto adverbial.

Vamos a frase clássica, que é para não esquecer:

Paguei a vista. Eu paguei o quê? A imagem, a vista, OD.

Paguei à vista. Mas pode ser o modo como eu paguei, adjunto adverbial.

Vista pode ser o olhar, pode ser o modo que eu pago e pode ser a paisagem.

Paguei a prazo. Paguei à prazo. Agora é sem crase, mesmo sendo o modo. E qual é a diferença? É que quando a palavra prazo for substantivo, for a coisa eu digo o quê? O prazo terminou e eu paguei a prazo, tu nunca tem ambiguidade no masculino, lembra? Eu não tenho ambiguidade porque o nome do bagulho é O e o modo é A, então eu não tenho ambiguidade. Aqui tu não vai ter crase porque tu não tem ambiguidade no masculino, por isso que tem a regra que não tem crase antes de palavras masculinas.

São as três regras tops de crase o resto é tudo derivação, o resto é tudo aleatório ou não cai. Essas três vão estar na sua prova.

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Regra 4

Vamos conhecer a opcional que aparece com o nome de facultativa, aqui já é diferente porque não é pela relação do sentido que nem nessa regra 3 que eu te mostrei agora é uma relação de tu querer ou não.

E existem só 3 casos, e as provas inventam casos para tentar te pegar. Lembra que só existem 3. E a gente decora assim: Até sua Tati, são os 3 casos de crase facultativa, preposição Até, pronome possessivo feminino no singular, sua, acompanhando um nome próprio feminino, Tati.

Eu entreguei o presente a Tati (ou à Tati). Quem é o sujeito? O sujeito é Eu. O que é que eu entreguei? o presente, OD. A quem? a Tati, OI.

A preposição eu te garanto que tem, agora o que eu não posso garantir? O artigo, porque Tati é um nome próprio que pode ou não ter artigo. Se não tiver artigo não tem crase se tiver tem crase.

Agora olha essa: Se eu trocar a palavra Tati para Giu, não tendo crase antes de Tati o que eu coloco antes do Giu para ser equivalente? A, porque se fosse AO é a regra 1 e aí tem crase.

Não tem que ter O na frente do Giu? É nome próprio, pode ou não pode.

Vou criar uma questão agora de prova: Se eu tirar a crase ou não ali da Tati altera a função sintática? Botei crase na frase, tirei crase a frase, altera o que ele faz na frase? Não, ele continua sendo OI, porque o rolo do OI não é o artigo é a preposição. O que faz ele ser OI é ter preposição, a preposição não é facultativa o que é facultativo é o artigo.

Tem uma regra que a gente vai ver daqui a pouco que é quando não vai crase e não vai crase com preposição diferente de a, vai ter uma regra lá que a gente vai ver. Não vai crase com preposição diferente de a, só que aí te a regra 3 que fala: Calma, se for a preposição ATÉ, lembra assim: se for a preposição ATÉ, até tem crase.

Fui até a escola. (ou até a escola) A gramática entendê: Fui até o colégio ou ao colégio.

O xodó a facultativa é a 2:

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Vocês já ouviram falar de pronome substantivo e pronome adjetivo? É bem fácil. É assim: Esta guria é minha amiga. Ela é querida. Nesses dois períodos quantos pronomes eu tenho? 3, esta (demonstrativo), minha (possessivo) e ela (reto).

Agora olha só o pronome esta acompanha um nome, o pronome minha companha um nome e o pronome ela se refere a um nome. E aí a gramática inventou que este pronome (esta) é chamado de pronome adjetivo, é uma subdivisão. O minha na frase também é um pronome adjetivo, já o pronome ela é pronome substantivo porque fica no lugar do nome.

Vamos fazer uma análise sintática aqui: Esta guria é minha amiga. Ela é querida. Quem é o sujeito? Esta guria é o sujeito. É, é o verbo de ligação e minha amiga é o predicativo. Guria é o núcleo do meu sujeito, o núcleo do meu predicativo é amiga. Dois substantivos, esta e minha tem a função de adjunto adnominal por estarem juntos ao nome. É o orégano, tudo que se refere ao nome é pequenininho, não é o sujeito, não é o complemento, é o que está lá dentro do sujeito.

Ela é querida. Sujeito é Ela, é é o verbo de ligação e querida é o predicativo do sujeito.

Agora tu sabe o que é adjetivos ele tem que estar do lado do nome, ele tem que encostar no nome senão ele é substantivo.

Só para a gente entender: Minha amiga é querida (ou à minha amiga é querida)? Tanto faz, ou seja, o artigo possessivo aceita ou não o artigo, então tá.

Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua. Quem faz alusão, faz alusão a, a preposição tem que ir, mas o rolo é que minha é um pronome possessivo feminino adjetivo no singular. Então tanto faz.

Mas não fiz à sua. E aí não está do lado do cara né? Então aqui a crase é obrigatória. É só no adjetivo, é só no que está acompanhando o nome, se ele não acompanhar um nome é obrigatório, tem que estar acompanhando nome.

Vamos pegar uma outras frases aqui:

Entregamos os brindes a sua colega.

Entregamos os brindes a suas colegas.

Entregamos os brindes as suas colegas.

Quem é o sujeito aqui? Nós.

Que é que entregamos? Os brindes, OD.

Faz sentido que quem entrega brinde, entrega brinde A alguém e esse A que vem daqui é uma preposição, então as estruturas que vem depois (a sua colega, a suas colegas, as suas colegas ) são chamadas de OI.

Então o verbo pede uma preposição e essa preposição é o A e é daí que começa o meu OI.

No singular é facultativo o uso a crase: Entregamos os brindes a/à sua colega.

A crase aqui é proibida, A no singular e palavra no plural a crase nem a pau, e é só preposição porque vem do verbo. Entregamos os brindes a suas colegas.

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Aqui a crase é obrigatória, porque quem entrega, entrega às suas colegas, então aqui a crase é obrigatória. Entregamos os brindes às suas colegas.

Quando a gente estudou análise sintática eu não estava preocupado com a morfologia de uma forma geral, eu te dizia assim: Quem é o sujeito? Quem é o OD? Quem é o OI? O nosso rolo agora está lá dentro do nosso OI nesse caso, porque a gente está pensando: preposição existe, agora existe o artigo, não existe o artigo, não sei se existe o artigo, então são 3 possibilidades de crase, facultativa, proibida e obrigatória. Entendeu por que essa é a regra que mais caí? Porque ela joga nos 3, se tu botar o cara no plural, se tu botar o cara no singular tu altera toda a regra, essa é a regra que mais cai nos concursos.

Agora a gente vai ver quando não vai crase:

A regra diz assim: Não vai crase com palavras masculinas, tu enxerga que é como atravessar a rua? Como é que a crase é? Tu olha para os dois lados, de um lado de um lado vem a preposição e do outro tem que vir uma palavra que eu fusione. Quem é que falha na rua quando a palavra é masculina? Se o cara é masculino não vem o A de lá, vem o O, então não vai ter crase.

Agora olha que bonito: Ele saiu a pé. E a gente erra no dia a prova pensando que é o modo, sim é o modo, mas é masculino, não tem ambiguidade. Porque quando o pé for substantivo eu vou dizer O pé, A pé só pode ser o modo, então não vai crase.

Nunca vendemos a prazo. É o modo que ele vai vender, tudo bem, mas não tem dúvida na ambiguidade é diferente do feminino. Então não vai crase com palavra masculina porque a gente não tem o artigo.

Olha só: Qual é o artigo que vai na frente de um verbo? A resposta é nenhum, porque no dia em que tu der o artigo para o verbo ele não é mais verbo, ele vira nome (o cantar, o fumar, o beber), substantivo. Então não vai crase antes de verbo.

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Não vai crase antes de artigo indefinido, porque lembra de atravessar a rua? Vem a preposição e a preposição é sempre A e aí eu botei o UMA, o que tu quer que aconteça? Não vai ter crase, não vai fusionar.

Então olha só:

Fomos a uma empresa especializada.

Quem vai, vai A, a algum lugar. Só que tu entende que a palavra empresa não tem um artigo definido antes dela? É um artigo indefinido, não vai crase.

Olha essa:

Entreguei meu material a uma funcionária do curso.

Quem é o sujeito? O sujeito é Eu. Que é que eu entreguei? meu material, OD, mas quem entrega isso entrega isso A, a uma funcionária do curso é OI, tudo certo, só que o rolo da funcionária é que ele tem o uma, não pode.

Cai na prova assim: Se tirarmos a palavra uma da frase seriam criadas no contexto as condições para o uso a crase? Claro, porque daí tu entrega alguma coisa A, A funcionária, crase.

Ou cai o contrário também: Se colocarmos a palavra uma na frase seriam mantidas as condições para o uso a crase? Não porque daí tu colocou um artigo diferente de A, não pode ter crase. É assim que cai na prova.

Entreguei meu material a uma funcionária do curso. Funcionária é o núcleo do OI e uma está junto de funcionária, adjunto adnominal. Do curso está junto de funcionária então também é adjunto adnominal.

Depois de preposição e diferente de A e diferente do ATÉ também, porque o até aceita, lembra que é facultativo?

Eles foram para a praia. Quem vai, vai A. Só que aí a gente está ligado que quem vai, vai A no dia a prova. Só que ele diz: foram para a praia. Só que na gramática é assim: Vai para a praia, tu vai ficar. Vai à praia, tu vai e volta.

Eles foram para a praia. Faz sentido que esse a é a praia? E este para está vindo do verbo, então não vai funcionar a crase.

E aí a prova coloca para a em negrito e pergunta: O termo em negrito pode ser substituído por à, sem prejuízo para o sentido e para a correção? Diz que sim, pode. É preciosismo o que te falei é modinha a gramática, na prova eles perguntam exatamente isso.

A aula começou após as 9h. As 9h não é determinado, pode ser 9h05min, pode ser 9h10min então não vai crase e após é uma preposição e essa as é um artigo.

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A regra 6 é a regra que a gente aprendeu no colégio, A no singular e palavra no plural a crase nem a pau. Se o A está no singular é porque não está com o artigo que fusiona e gera a crase por isso que é nem a pau, é só para rimar.

Conhecidas como palavras repetidas não vai crase. Por que lembra que quando eu troco por masculino tem que fazer AO? É a mesma regra.

Esses pronomes a gente vai pensar assim:

Passamos os dados do projeto a ela. Quem passa, passa os dados do projeto, que é um OD, a ela, que é um OI, passamos é um verbo bitransitivo, VTDI. Legal, a preposição foi pela análise sintática, foi uma preposição, só que ela não aceita o artigo na frente, eu não digo: a ela é legal, então não tem artigo, logo esse cara é só uma preposição.

Agora olha só:

Eles podem ir a qualquer restaurante. Quem pode ir, pode ir A, ele mandou uma preposição. Só que qualquer é um pronome que não aceita artigo. Eu digo: Qualquer pessoa sabe. Eu não digo: A qualquer pessoa sabe. Então não tem artigo, então não tem crase.

Olha a regra que estávamos vendo antes:

Refiro-me a esta aluna. Quem se refere, se refere A. Eu digo: “Está aluna vai passar” ou eu digo “A esta aluna vai passar”? Esta aluna vai passar.

Agora olha só se cai na prova assim: Poderíamos substituir o termo a esta por aquela sem prejuízo para o sentido e para a correção? Desse jeito não, mas se eu colocar uma crase sim “Refiro-me àquela aluna”.

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A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada. Só que quem se dirigiu se dirigiu A, A quem me dirigi. O quem não tem artigo na frente, não tem como ter crase.

E aí a prova faz uma pergunta muito do mal: Poderíamos trocar a quem por a qual sem prejuízo para o sentido e para a correção? Lembra que o a qual tem o artigo? Ele tem um artigo e aí eu estou mandando uma preposição, quando eu mando uma preposição essa preposição gera crase no a qual (A pessoa à qual me dirigi estava atrapalhada).

O restaurante a cuja dona me referi é ótimo. Quem se refere, se refere A, está aqui o A, mas não tem crase porque o cuja não tem artigo na frente dele.

Vamos fazer uns exercícios para darmos uma treinada.

Respostas:

a) Enviarei a você as informações referentes às nossas atuais atividades.b) Com relação a suas habilidades, procure dar mais ênfase às que se referem à pintura. c) Você vai à aula hoje? d) Escreveram a ti antes de escreverem a mim!e) Telefone a ela, depois a você e a todas as nossas amigas.f) A cena à qual assistimos foi lamentável. g) Prefiro maçã a pera. h) Prefiro a maçã à pera.i) Os preços continuam a subir.j) Prefiro aquela maçã àquele mamão. / Prefiro àquela maçã aquele mamão.k) Entreguei a bolsa àquela que atendeu ao portão.l) Refiro-me às exportações e não às importações.

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Vamos falar de orações, essas orações interrompem esse ciclo que a gente começou, elas vão começar uma nova fase, elas têm isso que a gente viu, mas elas vão dizer: A gente pode mais.

Vamos imaginar: Eu gosto de trakinas, mas minha mãe não comprou. Isso aqui é um período e é exatamente o que a prova vai fazer, analisa esse período.

Quantas orações eu tenho nesse período? Oração é verbo, duas (gosto, comprou). Por isso que o nome da matéria é orações, porque é dois, plural.

Analisando a frase, quem é o sujeito? Na primeira oração é Eu e na segunda oração é minha mãe.

Quem não gosta, não gosta de trakinas, OI. Gosto é VTI.

E minha mãe não comprou, nesse contexto, se ela não comprou, não comprou. Comprou é VI.

Esse não da frase me dá uma ideia de negação é o tal do adjunto adverbial, é isso. Isso era o que a gente estudou.

O que a gente quer saber agora é quando eu colocar a palavra mas na frase qual é a ideia que isso vai dar para a frase toda.

Sabe qual é o nome dessa matéria na teoria? Análise Sintática Externa, faz sentido? O que a gente estava estudando era Análise Sintática Interna agora é Externa, só para tu te organizar, não vai cair na prova.

Agora não me interessa quem é o sujeito, quem é o objeto, não interessa. Agora o que interessa é quando eu enfiar esse trem aqui (mas) qual o sentido vai dar para a frase. E isso dá um sentido de oposição. Por que um sentido um sentido de adversidade, de oposição? Porque se eu gosto, qual é a lógica? Minha mãe compra. Só que tu entende que ele foi adversário, ele foi opositor, porque ela não comprou. Entenderam a lógica? É isso, a matéria de agora é o que eu coloco nas frases que conjuntas elas, conjunção. Conhecida também como articuladores porque ela articula um verbo no outro, por isso que se chama orações.

Esses articuladores podem ser vários, podem ser conjunções podem ser pronomes e podem ser pontuação.

Essas orações vão ser divididas em dois grupos: coordenadas e subordinadas. As coordenadas se dividem em dois grupos, as subordinadas se dividem em três grupos. Agora começa a ramificar a matéria porque, eu sei que é f*, mas você tem que entender, a gente tem que achar bonito porque é isso que dá uma coisa chamada de coesão e coerência no texto.

O que é coesão e coerência? É por exemplo, quando o Gustavo Lima diz:

Foi bonito, foi Foi intenso,foi verdadeiro Mas sincero.

Tu entende que a coerência acabou? Por que que a coerência frasal se acaba nessa letra de música?

Porque ele diz:

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Foi bonito, foi Foi intenso, foi verdadeiroMas sincero.

Mas não faz sentido, porque se é mas ele tem que se opor e o Gustavo Lima não se opõe. Entenderam a lógica?

Vamos falar das coordenadas, lembra que eu te falei que um grupo era as coordenadas.

As coordenadas podem ser assindéticas, ou seja, sem a conjunção ou com a conjunção, sindéticas.

Assindéticas são sem conjunção, lembra que A é ausência. Assindética é não conjunção.

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Olha só, faz sentido que ele pega o verbo crie e liga no verbo pergunte que liga no verbo preocupe e que liga no ver é? E quando ele articulou essas orações ele utiliza para linkar a pontuação.

Aí entra a matéria de pontuação que a prova pergunta assim: Poderíamos substituir no período as vírgulas por pontos finais sem prejuízo para o sentido e para a correção? Posso porque elas são chamadas de independentes, livres, cada uma faz o que quer. Elas não tem conjunção, são chamadas de assindéticas.

Agora a gente vai ver as sindéticas. E as sindéticas elas utilizam com conjunção e com pontuação, já vamos adiantar a matéria de pontuação que é a próxima. Então as sindéticas tem o sindeto, a conjunção, o articulador, o que liga. E o que liga é: e, nem, não só… também, mas ainda, etc.

Vocês já viram que português é cheio de exceção, mas quantas exceções eu já falei para vocês? Nenhuma né, porque exceção não é nada.

Agora eu vou ter que te dizer a verdade, aqui cada uma tem uma exceção. São cinco coordenadas sindéticas, são cinco tipos de conjunção e cada uma vai ter uma exceção. E é bem polêmico sempre.

Nas aditivas a exceção é o e.

Pessoal, quantas orações eu tenho nesse período? Duas, discutimos e analisamos.

Um dia eu dizia assim para vocês: Quem é o sujeito de discutimos? Nós. E quem é o sujeito de analisamos? Nós. E o que é que nós discutimos? Várias propostas, OD. E o que é que analisamos? Possíveis soluções, OD.

Agora eu não estou mais preocupado com isso, agora eu estou preocupado assim: Quando eu enfiei esse e para ligar essas orações que ideia isso deu para frase? Uma ideia de soma, porque nós discutimos e analisamos. Somamos duas ações, isso é uma adição.

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Olha o que o Vanguard está falando:

É tão bonito olhar alguém E não sentir medo? E não sentir frio?

Ele soma ações, ele acrescenta, então esse e faz essa relação.

Agora quem é o sujeito aqui? Eles, só que não, indeterminado. E quem é que não faz os exercícios? Eles, só que não. Os sujeitos são indeterminados.

Meu foco agora está na conjunção, nem. Quando eu botei: Não revisam a matéria, nem fazem os exercícios, tu entende que esse nem articulou a frase, somou, porque o cara não faz duas coisas, ele não faz o exercício e ele não revisa a matéria. Eu somo e ao mesmo tempo eu nego, né? Não faz isso e não faz aquilo. Esse nem é um nexo aditivo.

As adversativas são fantásticas, dava para fazer uma apostila só de questões de adversativas. Quem são as adversativas? São aquelas de oposição: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, essas são as adversativas.

Elas dão a ideia de oposição, de contraste, de adversário.

E essa relação se daria só pelas palavras eu não precisaria de conjunção. Porque vocês entendem a relação aqui: grito, silêncio, maus, bons, é isso, só por essa relação a gente já tem a oposição aí eu ponho um mas, um porém, um todavia, um contudo.

Ele gostou que ela chegou atrasada ou não? Não gostou, porque ele diz no diminutivo atrasadinha. Ele diz, eu não gostei, mas tava linda.

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Esse mas dá a ideia a oposição e é evidente que ele não gostou, ele dá um elogio, mas o primeiro não é elogio. O primeiro não é bom, porque tem o mas. Tu entendê como um articulador muda tudo na frase?

Minha boca calou, mas meu coração gritou por cima. O mas ficou aqui na garganta, coitado, coitado desse cara.

Olha que genial “Sejamos todas as capas de edição especial” aí ele brinca, só ele pode fazer isso, nós mortais não podemos porque eles dizem: “Mas, porém, contudo, todavia, não obstante”, “Sejamos também a contracapa”, capa, contracapa entendeu a brincadeira a oposição? Ele brinca com a oposição do lado e a oposição do lado, do lado físico com as conjunções adversativas, é outro nível. Capa, contracapa, conjunção adversativa, não há adversário é capa e contracapa, não é, mas é pelo enfido das conjunções. Entenderam a poesia?

Aí ele explica: “Porque ser a capa e a contracapa É a beleza” não a oposição “a contradição”. É outro nível, os caras estão além.

Tá, mas por que a gente não pode usar isto daqui Mas, porém, contudo, todavia, não obstante”? Porque tu não precisa de dois articuladores, agora vocês já viram as pessoas falando no mundo? Os mortais como é que falam?

As pessoas falam assim às vezes: “Cara, eu estava muito afim, mas, porém quando chegou na hora”.

Quando o cara mete um mas, porém já me dá um treco. O Teatro Mágico brinca, mas ele não está brincando, está errando afu.

Não existe mas, porém. Porque se já é mas já é porém então tu tem que escolher, isso é a prova do egoísmo, pega um parceiro e libera o outro para o mundo, não pode pegar dois.

Vamos anotar uma coisa aqui só para a gente não deixar passar: As adversativas podem ser deslocadas.

Vou te mostrar o que é um deslocamento, a prova pergunta assim: Posso trocar esse mas por entretanto sem prejuízo para o sentido e para a correção na frase abaixo?

“E você chegou atrasadinha, mas tava linda. Minha boca calou, mas meu coração gritou por cima ”

Claro não pensa na música, na música não vai dar, mas como construção frasal dá? Claro que dá, beleza.

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E a prova diz assim: Cara, ela pode sair dali, ela não precisa ficar na articulação bem no meio a frase. Só que aí eu aviso o meu leitor, para avisar o meu leitor o ideal a gramática é um ponto e vírgula, mas pode ser uma vírgula.

Aí ele diz assim: Tira a conjunção daqui. E aí tu diz assim: ;tava linda, entretanto. Tu entendeu o que eu fiz aqui? Eu desloquei a conjunção, o lugar dela era ali só que aí tu desloca, tira do local, desloca, põe pra cá. E aí tu avisa o leitor com o ponto e vírgula e diz: está aqui o que eu tirei do lugar.

Então é: “E você chegou atrasadinha; tava linda, entretanto”. Esse entretanto está deslocado, mas a frase é a mesma, existe isso, as adversativas podem ser deslocadas.

Vamos ver a exceção aqui, menos o mas. O mas não pode sair do lugar. Tu não pode falar assim: “E você chegou atrasadinha; tava linda, mas. O mas não se desloca, todos se deslocam, menos o mas.

Por isso que todas tem uma exceção e das adversativas é o mas.

Pessoal, vamos parar a aula por aqui hoje. Bons estudos e não desiste hein, está valendo um emprego. É isso aí, tchau.