tipologia textual

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Tipologia Textual

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  • TIPOLOGIA TEXTUALProf Ms Deise Hartuique

  • Tipologia TextualEsse no um assunto pacfico, h muitas nomenclaturas diferentes. Usaremos a proposta de Charadeau

  • Tipos de textosFuno social exercida pelo textoReligiosoJurdicoPedaggicoJornalstico

  • Gneros textuaisFormato do texto reconhecido socialmenteSermoPetio inicialLivro didticoNotcia

  • Sermo da quarta-feira de Cinza Pe Antnio VieiraOra, suposto que j somos p, e no pode deixar de ser, pois Deus o disse, perguntarmeeis e com muita razo, em que nos distinguimos logo os vivos dos mortos? Os mortos so p, ns tambm somos p: em que nos distinguimos uns dos outros? Distinguimo-nos os vivos dos mortos, assim como se distingue o p do p. Os vivos so p levantado, os mortos so p cado: os vivos so p que anda, os mortos so p que jaz: Hic jacet. Esto essas praas no vero cobertas de p; d um pdevento, levanta-se o p no ar, e que faz? O que fazem os vivos, e muitos vivos. No aquieta o p, nem pode estar quedo: anda, corre, voa, entra por esta rua, sai por aquela; j vai adiante, j torna atrs; tudo enche, tudo cobre, tudo envolve, tudo perturba, tudo cega, tudo penetra, em tudo e por tudo se mete, sem aquietar, nem sossegar um momento, enquanto o vento dura. Acalmou o vento, cai o p, e onde o vento parou, ali fica, ou dentro de casa, ou na rua, ou em cima de um telhado, ou no mar, ou no rio, ou no monte, ou na campanha. No assim? Assim . E que p, e que vento este? O p somos ns: Quia pulvis es; o vento a nossa vida: Quia ventus es vita mea (J 7, 7). Deu o vento, levantouse o p; parou o vento, caiu. Deu o vento, eis o p levantado: esses so os vivos. Parou o vento, eis o p cado: estes so os mortos. Os vivos p, os mortos p; os vivos p levantado, os mortos p cado; os vivos p com vento, e por isso vos; os mortos p sem vento, e por isso sem vaidade. Esta a distino, e no h outra.

  • Modos de organizao do discursoEnunciativoDescritivoNarrativoArgumentativo

  • Enunciativo Quando o locutor justifica sua locuoComeo a arrepender-me deste livro. No que ele me canse; eu no tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros captulos para esse mundo sempre tarefa que distrai um pouco da eternidade.Memrias pstumas de Brs Cubas

  • DescritivoO locutor um observador que levanta caractersticas de alguma coisa (pessoas, lugares, objetos, animais, situaes)Descrio objetiva os sentidos so usados pelo observador para descreverDescrio subjetiva os sentimentos so usados pelo observador para descrever

  • NarrativoO locutor faz um relato; preciso que haja 5 elementos para considerarmos o texto narrativoNarradorPersonagensEnredoTempo espao

  • Narrador Quem conta histriaPode apresentar-se em duas perspectivasNarrador-personagem conta uma histria que aconteceu com ele mesmoNarrador observador conta uma histria que aconteceu com outroPode ser onisciente (conhecer tudo sobre o personagem) ou no.

  • Personagens Quem vive a histriaPrimriosProtagonista que tem um objetivo a cumprirAntagonista que tem a misso de impedir o protagonista a realizar seu idealSecundrios so os adjuvantes dos personagens primriosPodem ter uma complexidade to intensa que so chamados psicolgicos

  • Enredo a histria em si, pode serRealista constitudo com base no mundo real Verossmel a realidade instaurada tende a parecer com o mundo realInverossmel construdos com base no que no se assemelha realidade objetiva

  • Tempo O tempo da narrativaInterno quanto tempo dura a histria Cronolgico : incio, meio e fimPsicolgico: contado aleatoriamente, como as memrias soltas.Externo quando acontece a histria

  • Espao Onde ocorre a histria, pode serParticipativo a histria s poderia acontecer neste determinado lugar (histrias regionalistas)Pano de fundo a histria poderia acontecer em qualquer lugar (histrias universais)

  • Argumentativo Expor ideias para convercer/persuadir atravs de argumentos. estruturado da seguinte forma:Introduo (tese)Desenvolvimento (argumentos)Concluso

  • Um AplogoMachado de Assis

    Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: Por que est voc com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa nestemundo? Deixe-me, senhora. Que a deixe? Que a deixe, por qu? Porque lhe digo que est com um ar insuportvel? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabea. Que cabea, senhora? A senhora no alfinete, agulha. Agulha no tem cabea. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. Mas voc orgulhosa. Decerto que sou. Mas por qu? boa! Porque coso. Ento os vestidos e enfeites de nossa ama, quem que os cose, seno eu?

  • Voc? Esta agora melhor. Voc que os cose? Voc ignora que quem os cose sou eu e muito eu? Voc fura o pano, nada mais; eu que coso, prendo um pedao ao outro, dou feio aos babados... Sim, mas que vale isso? Eu que furo o pano, vou adiante, puxando por voc, que vem atrs obedecendo ao que eu fao e mando... Tambm os batedores vo adiante do imperador. Voc imperador? No digo isso. Mas a verdade que voc faz um papel subalterno, indo adiante; vai s mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e nfimo. Eu que prendo, ligo, ajunto...Estavam nisto, quando a costureira chegou casa da baronesa. No sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao p de si, para no andar atrs dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, geis como os galgos de Diana para dar a isto uma cor potica. E dizia a agulha:

  • Ento, senhora linha, ainda teima no que dizia h pouco? No repara que esta distinta costureira s se importa comigo; eu que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...A linha no respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e no est para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela no lhe dava resposta, calou-se tambm, e foi andando. E era tudo silncio na saleta de costura; no se ouvia mais que oplic-plic-plic-plicda agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, at que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessrio. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe: Ora, agora, diga-me, quem que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegncia? Quem que vai danar com ministros e diplomatas, enquanto voc volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga l.

  • Parece que a agulha no disse nada; mas um alfinete, de cabea grande e no menor experincia, murmurou pobre agulha: Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela que vai gozar da vida, enquanto a ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que no abro caminho para ningum. Onde me espetam, fico.Contei esta histria a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabea: Tambm eu tenho servido de agulha a muita linha ordinria! Texto extrado do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora tica - So Paulo, 1984, pg. 59.

  • Copacabana Copacabana, tambm chamada em letra de msica de "Princesinha do Mar", um dos locais mais conhecidos do Brasil e do mundo devido sua histria, beleza da praia cercada de montanhas e por sua movimentao cultural ao longo dos anos.Em termos de lazer, um local interessante para frias, por estar na regio onde se localizam bons hotis e estrategicamente localizada em termos de transportes e facilidade de locomoo. Mais do que praia, o bairro possui stios hstricos e locais para passeios inclusive ecolgicos, com belas vistas.Entre suas atraes locais, em primeiro lugar, vem a praia, onde pode-se tomar banho de sol e praticar esportes durante o dia, e sair para uma caminhada no calado ao entardecer ou noite.De acordo com um dos mais famosos livros-guias de turismo, Copacabana descrita como:

  • "Copacabana sem dvida a capital do turismo Brasileiro. possvel passar frias inteiras no Brasil sem sair de Copacabana, e algumas pessoas fazem isto. A maioria dos bons hotis e tambm hotis luxuosos esto em Copacabana. Em Copacabana existe uma infinidade de restaurantes, lojas e bares. Copacabana na verdade a rea com mais vivacidade do Rio."A praia que considerada a mais famosa e conhecida do mundo tem cerca de 6 km de extenso, e da praia pode-se ver o Po de Aucar e o Morro do Leme, ambos montanhas de rocha e com encostas verdes. O ultimo kilometro da faixa de areia da parte leste da praia, entre a avenida Princesa Isabel e o Morro do Leme chamado Praia do Leme.

  • Eu ainda no vi 'Tropa de elite', mas j adianto que o melhor filme brasileiro do ano e que merece estourar nas bilheterias

    Publicada em29/08/2007s 10h18m Artur Xexo um daqueles filmes que agradam a gregos e troianos, ou s massas e aos crticosEstava pronto para dedicar esta coluna ao fato de que, a pouco mais de um ms de sua estria, "Tropa de elite" j pode ser considerado o melhor filme brasileiro do ano. Mas essa disposio s durou at ler, ontem, aqui no GLOBO, o artigo do diretor do filme, Jos Padilha. Irritado, com toda a razo, por ter seu filme pirateado, Padilha no livra a cara de ningum na cadeia produtiva do disco pirata. Nem do consumidor. "Ao compradores dos produtos piratas, quero lembrar que esses indivduos (empresrios e trabalhadores que investiram o seu suor, o seu tempo e o seu dinheiro para criar um filme, uma msica ou um software) tm famlia, e tambm precisam de suas rendas para sobreviver".

  • Temendo que, hoje ainda, eu seja convocado para prestar depoimento em alguma delegacia, prefiro dizer que no vi "Tropa de elite". Poderia fazer como o presidente Lula, que, flagrado assistindo a uma cpia falsificada de "2 filhos de Francisco", alegou que no sabia que era pirata. Ou revelar que assisti ao filme numa das muitas sesses que vm sendo promovidas nos aparelhos de vdeo de academias de ginstica. Mas seria mais difcil ainda convencer os leitores de que freqento academias de ginstica. Poderia dizer que estava no nibus em que o filme foi mostrado para o time do Fluminense. Ou que fiz parte de uma das muitas rodinhas que se formam em torno dos camels do Centro para acompanhar o filme em aparelhos de DVDs. Mas no. Aderindo luta antipirataria, afirmo: ainda no vi "Tropa de elite".Portanto, no posso dizer que, assim como "Cidade de Deus", um daqueles filmes que agradam a gregos e troianos, ou s massas e aos crticos. s massas, Jos Padilha oferece um filme de ao com um ritmo no muito comum em produtos nacionais. Diferentemente de "Cidade de Deus", a ao no reforada por efeitos de montagem. "Tropa de elite" tem um roteiro esperto e cenas de ao policial muito bem filmadas. A ao existe por si s, independentemente de truques na sala de edio. Aos crticos, Jos Padilha oferece uma complexa radiografia da violncia e da corrupo que mistura bandidos e policiais no Rio de Janeiro.

  • Como no artigo de ontem, o cineasta no livra a cara de ningum. Durante grande parte da projeo, um filme de bandido e mocinho, em que os bandidos so os PMs; e os mocinhos, os policiais do Bope. a corrupo da PM contra o incorruptvel Bope. Com o tempo, o espectador comea a duvidar da legalidade dos mtodos de treinamento do Bope e de sua prpria ao violenta nos morros cariocas. O filme solta farpas tambm para o trabalho de ONGs nas favelas e suas duvidosas relaes com o trfico - ou "movimento". "Eles tm conscincia social", justifica uma das estudantes que trabalham na ONG do filme. Ela mesma ver que no bem assim.Bem, isso tudo eu escreveria se tivesse visto o filme. Diria tambm que Jos Padilha reuniu um grupo de atores de primeira. Grande parte dele com apelo popular por fazer parte do elenco de "Paraso tropical". O protagonista Wagner Moura - surpreendentemente, sem a companhia de Lzaro Ramos - em mais um trabalho irrepreensvel neste ano da graa de 2007. O primeiro nome feminino o de Fernanda Machado, revelao da novela na pela da infeliz Joana. No filme est tambm Marcelo Valle, o Srgio Otvio, motorista de Antenor. E, por fim, o timo Caio Junqueira, num papel de destaque no filme e que teve uma participao episdica na novela - ele era o funcionrio do hotel na frica do Sul que tinha uma armao com Olavo, lembra?

  • Se eu tivesse visto "Tropa de elite", poderia dizer ainda que o filme tem os melhores dilogos da Retomada.Tornou-se uma prtica exibir o filme antes, bem antes, para... hummm... formadores de opinio. A pirataria de 'Tropa de elite' ampliou esse pblico privilegiadoNo sei o quanto essa pirataria vai prejudicar a carreira do filme nos cinemas. um caso indito no Brasil. Aconteceu com o filme de Jos Padilha o temor de toda a indstria cinematogrfica: ser pirateado antes de entrar em cartaz. por isso que, cada vez mais, os filmes tm lanamentos simultneos em todo o mundo. por isso que a indstria investe todas as suas cartas no primeiro fim de semana em cartaz. Mas quando a cpia pirata chega ao mercado antes mesmo de a indstria tentar se precaver... a no h o que fazer. No entanto, no posso deixar de pensar que a pirataria de "Tropa de elite" democratizou uma prtica que tem acompanhado todos os grandes lanamentos nacionais. Assisti a "Cidade de Deus" num cinema lotado mais de um ms antes de sua estria nos cinemas. E no foi aquela a primeira sesso para a qual fui convidado. Tornou-se uma prtica exibir o filme antes, bem antes, para... hummm... formadores de opinio. uma maneira de o filme ganhar espao nos jornais e criar expectativa para seu lanamento. A

  • pirataria de "Tropa de elite" ampliou esse pblico privilegiado. Muito mais gente est vendo o filme e no s os... formadores de opinio. No duvido nada que os produtores tenham uma surpresa e acabem estreando com o maior boca a boca da histria do cinema. O filme tem potencial para levar aos cinemas o pblico que no freqentador assduo das salas de projeo, como aconteceu com "Cidade de Deus" e com "2 filhos de Francisco".Bem, se ningum acreditar que no vi o filme, estabeleo aqui um compromisso: assim que estrear, vou ao cinema, compro um ingresso e o mostro aqui para vocs.