tipologia e gênero textual

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Chamamos de texto tudo aquilo que COMUNICA – que possui SENTIDO.

Os textos podem se apresentar de forma verbal (escrito ou falados) ou não verbal (em forma de imagens ou sons). Eles são agrupados de duas formas distintas: em gêneros e em tipologias.

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TIPOLOGIA TEXTUAL

Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver.

É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.

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TIPOLOGIA TEXTUAL

• Narração;• Descrição;• Dissertação;• Exposição;• Injunção.

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Narração – é a modalidade de redação na qual contamos um ou mais fatos que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.

Descrição – é o tipo de redação na qual se apontam as características que compõem um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem.

Dissertação – é o tipo de composição na qual expomos ideias gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as comprovem.

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Exposição - tem como função principal INFORMAR. Quem escreve um texto expositivo tem como objetivo EXPLICAR um tema para o seu interlocutor. Usamos a tipologia expositiva para: esclarecer um conceito, apresentar um problema e soluções, analisar diferentes explicações e implicações sobre um fenômeno. Ex. Artigo Científico, palestras, seminários.

Injunção - indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras e eventos).

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NARRAÇÃO

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Características da narração

Narração é o relato dos fatos ordenados em sequência lógica com inclusão de personagens.

São elementos fundamentais da narração: o fato, o episódio ou o incidente (O que?); a personagem ou personagens envolvidos nela (Quem?)

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Ocorre, contudo, a presença facultativa de outras circunstância, seguindo o seguinte esquema:

Como? Modo como se desenvolvem os fatos

Onde? Local ou locais de ocorrência

Quando? Tempo, epóca e momento em que se deu o fato

Por quê? Causa ou motivo do acontecimento

Por isso. Consequência ou resultado

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Estrutura da NarraçãoUma Narração contém as seguintes partes:

Introdução ou Exposição: é uma apresentação do assunto ou tema, geralmente coincide com o começo da história; é o momento em que o narrador apresenta os fatos iniciais, as personagens e, às vezes, o tempo e o espaço.

Complicação: é o desenrolar dos acontecimentos, ação das personagens ou conflito entre personagens e situações

Clímax: é o auge do conflito, o ponto culminante da história ou o suspense da narrativa

Desfecho: é a resolução do conflito, é a conclusão da história, pode ser surpreendente, trágica, cômica e corresponde ao final da história.

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Narração “Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.”

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Tempo Cronológico (histórico)

•Chamado também de linear, diacrônico, é mensurável e segue a organização do dia-a-dia. Tem o ritmo do calendário ou do relógio e pode, muitas vezes, ser apontado por situações adverbiais: à noite, naquela manhã, no outono de 1997. Outros índices temporais podem ser levados em consideração: durante a adolescência, por um instante. 

Psicológico (interior ou pessoal)

•Decorre "dentro" das criaturas. E sempre imaterial, não mensurável, particular. A única maneira de medi-lo é através das associações com a duração dos sentimentos.  Exemplo do cotidiano: Você marca um encontro, o primeiro, com quem ama, às 7 da noite. Às cinco em ponto você já tomou banho, escolheu a roupa. Olha o relógio que não move os ponteiros. Estas duas horas que separam vocês serão infinitamente longas, embora o tempo real tenha sido marcado nos relógios de maneira idêntica a todas as horas. Um outro exemplo: sentado(a) na carteira do vestibular, com a aflição das inúmeras questões pela frente, seu relógio voa quatro horas são céleres demais. 

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Espaço

• Nenhuma personagem, em qualquer tipo de narrativa, está solta no espaço. A especialidade existe sob a forma de ambiente onde se insiram as personagens. E numa classificação simplista, podem ser qualificados; de abertos (o campo, uma praça) e fechados (uma casa, um cômodo, uma sala). Os espaços, muitas vezes, singularizam as criaturas.

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Espaço Físico ou Geográfico

• É o lugar onde acontecem os fatos que envolvem as personagens: uma rua movimentada, uma cidade, um cinema, uma escola, um cômodo de uma casa, etc. O espaço.

• O espaço pode ser descrito detalhadamente ou suas características podem aparecer diluídas na narração.

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Espaço Social (ambiente)

• É o espaço relativo às condições socioeconômicas, morais e psicológicas que dizem respeito às personagens. O espaço social situas as personagens na época, no grupo social e nas condições em que se passa a históira.

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Ação

• Muito cuidado para não confundir ação com enredo, história ou argumento narrativos. Podemos definir ação como uma sequência de acontecimentos na narração e, como se encadeiam numa ordem natural de causa e efeito, acabam por formar o todo de que se alimenta a história. Dessa forma, um conjunto de ações feitas ou recebidas pelas personagens, encadeadas entre si, geram o enredo. 

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Personagens principais e secundárias

a) Protagonistas - sustentam, servem como eixo, para todos os fatos inerentes à narrativa.

b) Antagonistas - designação atual para o antigo vilão. Cabe a elas impedir, dificultar, atormentar a "vida" das personagens protagonistas. Como observação, seria bom lembrar que as antagonistas não precisam ser propriamente pessoas; às vezes, são representadas por sentimentos, grupos sociais, peculiaridades de ordem física, psicológica ou social dos indivíduos e até podem representar instituições. Suponhamos que você tenha uma história onde dois indivíduos do mesmo sexo se amem e queiram casar. O antagonista será o Estado, a sociedade, a Constituição que os impedirá de concretizarem seus desejos. 

c) Coadjuvantes – o mesmo que secundárias. Dão suporte à continuidade da história, intermediando as ações e girando ao redor das principais como seres complementares. 

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Foco narrativo

• Ao lermos uma história, há alguém que desempenha o importante papel de nos contar os fatos ocorridos nela, não é verdade? Esse alguém se chama narrador, mas precisamos saber também a forma da qual ele se utiliza para realizar essa importante tarefa. Pronto! Descobrimos o que é o foco narrativo, ou seja, a forma com que o narrador relata o discurso.

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Poema tirado de uma notícia de jornal

“João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número”

Uma noite, ele chegou no bar Vinte de Novembro

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na lagoa Rodrigues de Freitas e morreu afogado.

(Manuel Bandeira, 1974)

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Quem? João Gostoso

Quando? Uma noite

O que? Chegou no bar

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na lagoa

Por isso morreu afogado

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DESCRIÇÃO

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Descrição

“Sua estatura era alta e seu corpo esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura”.

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Descrição

Observe o texto a seguir:

Ele é nojento, asqueroso. Um inseto mesmo. E é tão pequeno, tão baixo, que ninguém nota sua presença. Mas ele nunca está sozinho. Iguais a ele existem aos milhões só em sua casa. E, olha, não se iluda: eles são todos iguais. Totalmente sem escrúpulos, fazem mal a moças e rapazes, adultos e crianças. Ele é um ser tão desprezível, que respirar perto dele pode causar até alergia. E sabe o que ele gosta mais de comer? Restos de pele humana.

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DISSERTAÇÃO

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Estrutura básica da dissertaçãoO texto dissertativo, assim como o

narrativo e o descritivo, deve apresentar-se organizado, obedecendo à seguinte divisão:

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IntroduçãoServe para preparar o leitor;Deve estar relacionada com o que se vai discutir ou expor no desenvolvimento;

Deve ser breve, apenas um parágrafo;

Não deve desviar-se do que estará contido no desenvolvimento;

Deve ser objetiva, portanto sem rodeios.

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Desenvolvimento

É a parte mais significativa da redação; São apresentados os raciocínios lógicos, a argumentação, as controvérsias e deduções;

É a substância do trabalho; Não pode ser menor que a introdução.

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Conclusão

É o fecho da redação; Nela, o redator pode resumir os pontos de vista; Apresentar uma síntese das ideias contidas no

desenvolvimento; Não pode ser dispensada; Deve ser breve e ter caráter geral; Apenas um parágrafo.

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Dissertação

“Muitos debates tem havido sobre a eficiência do sistema educacional brasileiro. Argumentam alguns que ele deve ter por objetivo despertar o estudante a capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las com a realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão dos problemas sócio-econômicos e que despertasse no aluno a curiosidade científica seria por demais desejável.”

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Tema e TítuloTema: é a ideia sobre a qual o texto deverá ser desenvolvido; é o assunto sobre o qual se escreverá.

Título: é uma expressão geralmente curta, colocada antes do início da redação; é uma referência ao assunto de que tratará o texto.

Exemplo:

Tema: As grandes capitais dos Estados brasileiros são depositárias de graves problemas sociais.

Título: As capitais e os seus problemas

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Estruturando uma dissertação: argumentação

Imagine que você queira dissertar sobre o seguinte tema: “O mundo moderno caminha atualmente para sua própria destruição”

Sua primeira provicência deve ser copiar este tema em uma folha de rascunho e fazer a pergunta: Por quê?

Ao iniciar sua reflexão sobre o tema proposto e sobre uma possível resposta para a questão procure recordar-se do que já leu ou ouvir a respeito dele.

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O ideal, para que sua dissertação explore suficientemente o assunto, é que você obtenha duas ou três respostas para a questão formulada; estas respostas denominam-se argumentos.

Observe agora que argumentos podemos encontrar para este tema. Uma possibilidade é pensar que o mundo pode vir a destruir-se por causa dos inúmeros conflitos internacionais que tem ocorrido nestes últimos tempos. Assim, já teríamos o primeiro argumento:

Tem havido inúmeros conflitos internacionais

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Pensando um pouco mais sobre o porquê de estarmos à beira da destruição, podemos ter mais dois argumentos:

- o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico;

- permanece o perigo de uma catástrofe nuclear.

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Desta maneira, obtermos o seguine quadro:

Tema: O mundo moderno caminha atualmente para a sua própria destruição

Porquê? (argumentos)

1.Tem havido inúmeros conflitos internacionais

2.O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico

3.Permanece o perigo de uma catástrofe nuclear

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Para elaborar a introdução, basta copiar o tema e acrescentar a ele os argumentos. Na introdução, os argumentos são apenas mencionados. Neste primeiro parágrafo informamos apenas o assunto de que a dissertação vai tratar.

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Observe:

(tema)O mundo moderno caminha atualmente para a sua própria destruição,

(argumento 1)

pois tem havido inúmeros conflitos internacionais,

(argumento 2)

o meio ambiente encontra-se ameaçado por série desequilíbrio ecológico e, além do mais,

(argumento 3)permanece o perigo de uma catástrofe nuclear.

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• No desenvolvimento, cada argumento deverá ser convenientemente desenvolvido em parágrafos.

• Na conclusão basta só um parágrafo. Nele deve estar presente novemente o proposto no início.

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Resumindo todos os procedimentos que utilizamos para construir uma dissertação,

chegamos ao esquema:TÍTULO

1° Parágrafo: Tema + Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3

2° Parágrafo: Desenvolvimento do Argumento 1

3° Parágrafo:Desenvolvimento do Argumento 2

4° Parágrafo: Desenvolvimento do Argumento 3

5° Parágrafo: Expressão inicial + reafirmação do TEMA + observação final + proposta de intervenção

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Exposição O telefone celular 

A história do celular é recente, mas remonta ao passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949).  Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.  Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940. 

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Injunção

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GÊNERO TEXTUAL

São as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características.

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Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.

Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta.

Carta ao leitor: é um gênero textual do tipo dissertativo-argumentativo que possui uma linguagem mais pessoal e leve, em que se escreve aos leitores.

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Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.

Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.

Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.

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Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.

Tutorial: é um gênero textual injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.

Entrevista: é um gênero textual dissertativo-expositivo que é representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado ou de algum outro assunto.

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História em quadrinhos: é um gênero textual narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.

Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.

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Narrador – ouvintes/telespecta-dores

Mídia esportiva Rádio/TV Narrar 

NARRAÇÃO DE JOGO DE FUTEBOL

Apresentador público Mídia Jornal TV rádio Relatar 

NOTICIÁRIO

Empresa (jornal/revista) leitor

Mídia jornal impresso

Jornal /revista impressos

Argumentar/Expor 

EDITORIAL

Cliente - banco Bancária Talão de cheque Expor/Instruir  

CHEQUE

Empresa indústria cliente

Indústria-comércio (mercantil)

Folheto, folder, livro impresso

Instruir  

MANUAL DE INSTRUÇÃO DE TV

Escritor/Leitor  

Indústria Literária Livro Relatar  

BIOGRAFIA

Universidade/Escola Prefeitura

Acadêmico escolar oficial

Folha papel timbrado e envelope

Expor/Argumentar  

CARTA OFÍCIO

Jornalista e entrevistado/leitor

Mídia escrita Revista Interativo/DialogalENTREVISTA  

Escritor leitor Indústria literária Livro Narrar ROMANCE

Escritor leitor de jornal/revista

Mídia impressa jornal/revista

Seção coluna de jornal/revista

Expor / Argumentar  

CRÔNICA

Autores telespectadores

Mídia televisiva Televisão Narrar NOVELA

INTERAÇÃO VERBAL ENUNCIADORES

AMBIENTE DISCURSIVO

SUPORTE DO TEXTO

MODALIDADE DISCURSIVA GÊNERO

TEXTUAL

Terminologia

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Gêneros literários

Gênero Narrativo:Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Nesta classificação, no gênero épico há a presença de um narrador que fundamentalmente conta a história passada de terceiros. Isso implica certo distanciamento entre o narrador e o assunto tratado, coisa que não ocorre no gênero lírico. Os verbos e os pronomes quase sempre estão na 3ª pessoa. Além disso, os textos épicos pressupõem a presença de uma ouvinte ou de uma plateia, que estaria escutando o narrador.

Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes, uma diversidade de gêneros: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê?

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Vejamos a seguir:

• Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.

• Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.

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Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.

Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

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Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV..

Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos.

Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.

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Gênero dramático:Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela

“acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.

Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.

Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas.

Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares.

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Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.

Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.

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Gênero líricoÉ certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e

que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os

pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.

Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William Shakespeare.

Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.

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Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical;

Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara);

Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.

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Acalanto: ou canção de ninar;

Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;

Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança;

Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical;

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Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio;

Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;

Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em: a-b-a-b / a-b-b-a / c-d-c / d-c-d.

Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.